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Aula 03

Curso: Português p/ INSS (todos os cargos)


Professor: Fabiano Sales
Curso de Português – Analista do INSS
Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03

CURSO DE PORTUGUÊS PARA


ANALISTA DO SEGURO SOCIAL
AULA 03

SUMÁRIO PÁGINA
01. Classes Gramaticais 02
02. Substantivo 02
03. Artigo 11
04. Adjetivo 13
05. Numeral 16
06. Interjeição 18
07. Advérbio 19
08. Palavras Denotativas 22
09. Preposição 23
10. Questões Comentadas 26
11. Lista das Questões Apresentadas na Aula 33
12. Gabarito 36

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CLASSES GRAMATICAIS

Inicialmente, informo a vocês que, por razões didáticas, o tópico “Emprego


das Classes de Palavras” foi dividido em três partes. Nesta aula, abordaremos as
seguintes classes gramaticais: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, interjeição,
advérbio e preposição. Nos encontros seguintes, estudaremos as classes dos
verbos e dos pronomes.
As conjunções, bem como o emprego e o sentido que imprimem às relações
que estabelecem, serão estudadas na aula 05.

Feitas as considerações iniciais, passemos, agora, ao emprego das classes


de palavras.

A Nomenclatura Gramatical Brasileira apresenta dez classes gramaticais. Por


razões práticas, dividiremos essas categorias em variáveis e invariáveis:

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

Substantivo Conjunção
Adjetivo Interjeição
Artigo Preposição
Numeral Advérbio
Pronome *Palavras Denotativas
Verbo

O que seriam classes gramaticais variáveis? Devemos entender classes de


palavras variáveis aquelas categorias que variam em gênero (masculino/feminino) e
número (singular/plural).
Caso particular ocorre com a classe verbal, uma vez que pode variar em
tempo, modo, número, pessoa e voz e, ainda, com a classe pronominal, pois
também pode apresentar variação em pessoa. Porém, fiquem tranquilos, pois essas
duas categorias gramaticais serão detalhadas na próxima aula.

A primeira classe de palavras variável que estudaremos hoje é o


substantivo. Essa categoria é responsável por designar nomes de seres, de
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qualidades, de ações ou de estados.


O substantivo pode ser:
 Próprio – designa, especificamente, o nome de um “ser” pertencente a uma
espécie.
Exemplos: Rio de Janeiro, Fabiano, Brasil.

Dica estratégica!

Substantivos próprios podem, dependendo do contexto, tornar-se comuns.

Exemplos:
Judas foi quem traiu Jesus.
Ele é um judas.

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 Comum – designa, genericamente, o nome dos “seres” de uma espécie.

Exemplos: metrópole, homem, país.

 Concreto – designa “seres” cuja existência independe de outros. Esqueçam


aquela noção que nos ensinaram na escola, em que se falava que o substantivo
concreto constitui-se somente naquilo que é palpável.

Exemplos: ar, Deus, gnomo, cadeira.

 Abstrato – designa “seres” cuja existência depende de outros. Serão


substantivos abstratos aqueles que representam qualidades, ações ou estados.

Exemplos: beleza, invenção, tristeza.

A existência da “beleza” pressupõe a existência de um ser que seja belo; a


“invenção” depende da criação feita por algum ser (a invenção do telefone, por
exemplo); por sua vez, a tristeza só existirá se existir um ser que tenham esse
sentimento.

 Primitivo – aquele que origina a formação de outro vocábulo.

Exemplos: jardim, terra, livro.

 Derivado – aquele que é formado a partir de um vocábulo.

Exemplos: jardineiro, terráqueo, livraria.

 Simples – apresenta apenas um radical.

Exemplos: capim, sol, pé.


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 Composto – apresenta pelo menos dois radicais.

Exemplos: capim-limão, girassol, pontapé.

 Coletivo – designa a totalidade de “seres” de uma espécie.

Exemplos: manada (de elefantes), corja (de bandidos, assaltantes), esquadra (de
navios).

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Bem, vamos continuando...

Como disse a vocês, o substantivo pode variar em gênero e número.


Vejamos como isso ocorre.

FLEXÃO DE GÊNERO

Quanto ao gênero, o substantivo pode ser masculino ou feminino.

Exemplos: aluno, aluna; irmão, irmã.

Quanto à forma, os substantivos podem ser:

Uniformes – representam ambos os gêneros (masculino e feminino) com apenas


um radical.

Os substantivos uniformes subdividem-se em:

a) Sobrecomuns – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros.


Somente o contexto poderá determinar o gênero desses substantivos.

Exemplos: o cônjuge, a criança, a testemunha, o cadáver.

b) Comuns-de-dois – contêm uma só forma para representar ambos os gêneros.


Nesse caso, porém, o determinante fará a distinção entre masculino e feminino.

Exemplos: o dentista / a dentista; o estudante / a estudante.

c) Epicenos – contêm uma só forma para ambos os gêneros. Nesse caso, porém, a
distinção dos gêneros será feita pelo acréscimo do vocábulo macho / fêmea.

Exemplos: a onça (macho/fêmea); o sabiá (macho/fêmea); a girafa (macho/fêmea).


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Biformes – com apenas um radical, apresentam formas distintas para designar os


gêneros masculino e feminino.

Exemplos: freguês, freguesa; professor, professora; chorão, chorona; irmão, irmã.

Observação!

Existem pares de vocábulos semanticamente opostos. São os


chamados heterônimos.

Exemplos: pai – mãe; genro – nora; cavalheiro – dama.

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Dica estratégica!

O gênero do artigo pode acarretar a mudança de sentido do substantivo.

Exemplos: o caixa (funcionário) – a caixa (recipiente); o coma (sono mórbido) – a


coma (cabeleireira); o coral (pólipo, canto em coro) – a coral (cobra venenosa).

Passemos, agora, à flexão de número dos substantivos.

FLEXÃO DE NÚMERO

Regra Geral

Em regra, a formação de plural dos substantivos ocorre com o acréscimo do


morfema -s. Isso ocorrerá quando os substantivos forem finalizados por vogal,
ditongo oral ou ditongo nasal -ÃE.

Exemplos: planeta – planetas; chapéu – chapéus; mãe – mães.

Regras Específicas

Substantivos finalizados por:

a) S

I. acréscimo de ES nos monossílabos ou oxítonos.

Exemplos: ás – ases; ananás – ananases.

Observação: Os substantivos CAIS e CÓS são invariáveis.

II. flexão no determinante, em caso de paroxítonos e proparoxítonos.


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Exemplos: o vírus – os vírus; o ônibus – os ônibus.

b) AL, EL, OL e UL : plural em IS.

Exemplos: pardal – pardais; pincel - pincéis; álcool – alcoóis; azul – azuis.

Dica estratégica!

Alguns substantivos fazem plural em ES.

Exemplos: mal – males; cônsul – cônsules.

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Cuidado: No composto “mal-estar”, a terminação “ES” será acrescida somente ao


segundo elemento. Portanto, a flexão correta é “mal-estares”.
É importante ressaltar, ainda, a flexão adequada do determinante:
“o mal-estar” / “os mal-estares”.

b) IL

- Se forem oxítonos, o plural será em S.

Exemplos: fuzil – fuzis.

- Se forem paroxítonos, o plural será em EIS.

Exemplos: fácil – fáceis.

Atenção!

Os vocábulos a seguir apresentam dupla grafia , admitindo, portanto, mais


de uma possibilidade de plural:

Oxítonos - projetil – projetis; reptil – reptis

Paroxítonos – projétil – projéteis; réptil – répteis.

c) M: plural em -NS.

Exemplos: armazém – armazéns; álbum – álbuns.

d) N : plural em -S ou -ES.
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Exemplos: hímen – himens (ou hímenes); líquen – liquens (ou líquenes).

e) R, Z: plural em –ES.

Exemplos: hangar – hangares; arroz – arrozes; gravidez - gravidezes.

f) X : a flexão ocorrerá apenas no determinante (artigo, pronome, ...).

Exemplos: o ônix – os ônix; o clímax – os clímax.

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Dica estratégica!

Alguns substantivos apresentam a forma pluralizada: “bens”, “costas”,


“férias”, “haveres”, “óculos” etc. Não confundam esses vocábulos, por exemplo, com
“bem”, “costa” e “féria”, “haver”, “óculo”, pois o sentido é diferente. Vamos ver
abaixo:

Bem : virtude, benefício


Bens : propriedades, riquezas

Costa : litoral
Costas : parte dorsal

Féria : quantia em dinheiro


Férias : período de descanso

Haver : verbo “haver”


Haveres : bens (substantivo)

Óculo : luneta
Óculos : lentes em uma armação

Alguns substantivos são usados apenas no plural.

Exemplos: os afazeres, as alvíssaras, os arredores, as bodas, as calças,


as cócegas, as condolências, as efemérides, as exéquias, as fezes, os pêsames,
os parabéns, os picles, as reticências, os suspensórios, as têmporas, as vísceras,
os víveres etc.

Cuidado!

Quando pluralizados, alguns substantivos deslocam a sílaba tônica.

Exemplos: caráter - caracteres; espécimen - especímenes; júnior - juniores;


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sênior – seniores; lúcifer – lucíferes.

PLURAL DOS SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO

Para memorizar, vamos partir para o quadro-resumo a seguir:

SUBSTANTIVOS FINALIZADOS EM -ÃO Exemplos


ação – ações; balão – balões;
Regra geral plural em -ÕES
nação – nações ...

Todos os paroxítonos acórdão – acórdãos; órfão – órfãos ...


plural em -ÃOS

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Alguns oxítonos e cidadão – cidadãos; cristão – cristãos;


plural em -ÃOS
monossílabos corrimão – corrimãos ...

Alguns oxítonos e alemão – alemães; pão – pães; escrivão


plural em -ÃES
monossílabos – escrivães; tabelião – tabeliães ...

aldeão – aldeãos, aldeões;


vulcão – vulcãos, vulcões;
admitem dois verão – verãos, verões;
Alguns oxítonos
plurais sultão – sultães, sultões;
guardião – guardiães, guardiões;
corrimão – corrimãos, corrimões ...

admitem três alão – alãos, alães, alões;


Alguns oxítonos
plurais ancião – anciãos, anciães, anciões ...

SUBSTANTIVOS DIMINUTIVOS

Regra geral: retirada do -s , que será deslocado para após o sufixo.

Exemplos:

mães  mãe + zinha + s = mãezinhas


papéis  papei + zinho + s = papeizinhos
flores  flore + zinha + s = florezinhas
bares  bare + zinho + s = barezinhos

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Dica estratégica!

Para formar o diminutivo plural em nomes que contenham S no radical,


deveremos acrescenta-se APENAS o sufixo no plural.

Exemplo:
pires (sing.) – piresinho (diminutivo singular) - piresinhos (diminutivo plural)

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PLURAL DOS NOMES COMPOSTOS

O plural dos nomes compostos pode ser feito de várias maneiras, conforme a
classe gramatical a que pertençam os elementos. Vejamos:

 Todos os elementos variarão quando houver:

abelha-rainha  abelhas-rainhas
Substantivo + Substantivo aluno-mestre  alunos-mestres
obra-prima  obras-primas

Substantivo + Adjetivo amor-perfeito  amores-perfeitos


(e vice-versa) má-língua  más-línguas

Numeral + Substantivo primeira-dama  primeiras-damas


quinta-feira  quintas-feiras

 Nenhum elemento irá ao plural quando houver: (somente o determinante varia)

Pronome o bota-fora  os bota-fora


Verbo + ou o fala-mansa  os fala-mansa
Advérbio

o leva-e-traz  os leva-e-traz
Verbos de sentidos contrários
o perde-ganha  os perde-ganha

a Maria vai com as outras 


Frases substantivadas
as Maria vai com as outras

 Somente o primeiro elemento irá ao plural quando:


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decreto-lei  decretos-lei
O segundo elemento
salário-família  salários-família
limitar o primeiro, indicando cavalo-vapor  cavalos-vapor
finalidade ou semelhança
caneta-tinteiro  canetas-tinteiro

Houver preposição olho de sogra  olhos de sogra


pé de moleque  pés de moleque

Apenas o primeiro elemento do


composto for variável joão-ninguém  joões-ninguém

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 Somente o último elemento irá ao plural quando houver:

lítero-musical  lítero-musicais
luso-brasileira  luso-brasileiras
Adjetivo + Adjetivo
luso-africano  luso-africanos

Exceção:
surdo-mudo  surdos-mudos

Sufixos grão-mestre  grão-mestres


GRÃO e GRÃ
(significando ‘grande’) grã-cruz  grã-cruzes
e BEL
(adjetivo ‘belo’) bel-prazer  bel-prazeres

Verbo guarda-costa  guarda-costas


Advérbio sempre-viva  sempre-vivas
Substantivo abaixo-assinado  abaixo-assinados
+ ou ave-maria  ave-marias
Interjeição Adjetivo vizo-rei  vizo-reis
Prefixo
Obs.: guarda-civil  guardas-civis
guarda-noturno  guardas-noturnos

planalto  planaltos
fidalgo  fidalgos
Compostos sem hífen mandachuva  mandachuvas
paraqueda  paraquedas
lobisomem  lobisomens

tico-tico  tico-ticos
Onomatopeias
bem-te-vi  bem-te-vis
pingue-pongue  pingue-pongues

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pega-pega  pega-pegas*
corre-corre  corre-corres*

Verbo + Verbo *Posicionamento da FUNRIO.


(reduplicação)
Observação: O Vocabulário Ortográfico
da Língua Portuguesa (VOLP) e a ABL
também admitem os seguintes plurais:
pegas-pegas e corres-corres.

Alguns compostos admitem mais de uma forma pluralizada.

Exemplos: padre-nosso  padre-nossos, padres-nossos


salvo-conduto  salvo-condutos, salvos-condutos
fruta-pão  frutas-pão, frutas-pães
guarda-marinha  guarda-marinhas, guardas-marinha, guardas-marinhas

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ARTIGO – classe gramatical variável que antecede o substantivo, indicando


seu gênero e número.

O artigo pode ser:

 Definido – refere-se a um ser preciso, determinado. É representado por o(s),


a(s).

Exemplos: O jogo foi fantástico. (Temos um jogo específico, do qual temos


conhecimento.)

 Indefinido – refere-se a um ser de maneira imprecisa, vaga. É representado


por um, uma, uns, umas.

Exemplos: Um jogo foi fantástico. (Temos um jogo qualquer, não especificado.)

EMPREGO DO ARTIGO

O artigo definido pode:

- referir-se a uma espécie inteira.

Exemplo: O limão é azedo. (= Todo limão é azedo.)

- assumir o valor de pronomes demonstrativo e possessivo.

Exemplos:

Partirei no momento para a Espanha. (= este)


Na semana passada, eu estava com os pés inchados. (= meus)

- indicar intimidade ou familiaridade, quando empregado antes de nomes


próprios. 96411120900

Exemplo: Samara sempre estuda comigo. (não há familiaridade, intimidade)


A Samara sempre estuda comigo. (há familiaridade, intimidade)

É importante mencionar para vocês que a anteposição do artigo (e


demais determinantes) substantiva qualquer palavra.

Exemplos:
O amar da cor à vida. (verbo passa a substantivo)
Ela me disse um não. (advérbio passa a substantivo)
o telefone celular  o celular (adjetivo passa a substantivo)
o Teatro Municipal  o Municipal (adjetivo passa a substantivo)
A moça, cujo olhar é sedutor, chegou há pouco. (verbo passa a substantivo)

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OMISSÃO DO ARTIGO

Aqui, temos um ponto muito importante, pois é imprescindível para o


emprego do acento grave.

Devemos omitir o artigo:

- antes de nomes ou expressões de sentido generalizado.

Exemplo: Tempo é dinheiro.

- antes do vocábulo casa, quando houver referência ao próprio lar.

Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos em casa. (e não “na casa”)

Dica estratégica!

Se o vocábulo casa estiver especificado, será admitido o emprego do artigo.

Exemplo: Aos finais de semana, estudamos juntos na casa da Samara.

- antes do vocábulo terra, significando terra firme.

Exemplo: Os marinheiros ficaram em terra. (e não “na terra”)

Dica estratégica!

Se o vocábulo terra estiver especificado, será admitido o emprego do artigo.

Exemplo: Os marinheiros ficaram na terra prometida.

- antes ou depois do pronome relativo cujo (e flexões).


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Exemplo: Esta é a aluna a cuja mãe me referi. (a = preposição exigida pelo verbo
“referir-se”)

- antes de pronomes de tratamento iniciados por Vossa ou Sua.


Exemplos: Dirigi-me a Vossa Excelência. (a = preposição)
Escrevi uma carta a Sua Excelência, o deputado. (a = preposição)

Dica estratégica!

As formas de dona, senhora, senhorita e madame admitem a anteposição


de artigo.

Exemplos: A senhorita/senhora/dona/madame é muito bonita.

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Pessoal, segue uma dica importante:

Quando o artigo estiver precedido da palavra TODO (e flexões), designará


totalidade; sem o artigo, significará “qualquer”, “cada”.

Exemplos: Todos os alunos serão aprovados no concurso. (totalidade de alunos)

Todo dia estudamos para o concurso do INSS. (qualquer dia)

ADJETIVO – classe de palavras que atribui qualidade ou estado a um


substantivo.
Os adjetivos podem ser:
 Restritivos – atribuem características eventuais.
Exemplos: fogo baixo, homem sujo.
 Explicativos – atribuem características inerentes, próprias.
Exemplos: fogo quente, homem mortal.

Dica estratégica!

A colocação dos adjetivos após os substantivos é a regra geral. Vale frisar


que, em certas circunstâncias, o significado do adjetivo poderá variar, se estiver
anteposto ou posposto ao substantivo.

Exemplos:

velho amigo (=amigo de longa data, antigo) / amigo velho (=amigo idoso).
bela garota (=garota de bons princípios) / garota bela (=garota bonita).
pessoa certa (=pessoa ideal) / certa pessoa (=qualquer pessoa).
pobre homem (=homem infeliz) / homem pobre (=homem sem recursos financeiros)
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FLEXÃO DE GÊNERO

Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser:

Uniformes – são aqueles que contêm uma só forma.

Exemplos: aluno inteligente, aluna inteligente.

Biformes – flexionam-se em gênero, masculino e feminino.

Exemplos: aluno esperto, aluna esperta; rapaz cristão, moça cristã.

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Nos adjetivos biformes, a regra geral é trocar a terminação -o por -a:


esperto, esperta; bonito, bonita.

Entretanto, alguns adjetivos não seguem a regra acima.

Exemplo: trabalhador – trabalhadeira.

Professor, o adjetivo feminino de trabalhador não é trabalhadora? Não,


meus amigos! Se quisermos atribuir uma característica ao substantivo mulher, por
exemplo, deveremos escrever “mulher trabalhadeira”. Fiquem atentos a esses
detalhes!

Alguns adjetivos não variam em gênero. Quais? São aqueles terminados em


-U, -ÊS e -OR.
Exemplos:

o cidadão/a cidadã zulu; o homem/a mulher cortês; o bilhete/a carta anterior.

Nos adjetivos terminados em “-eu”, troca-se a terminação por “-eia”.


Exemplos: europeu, europeia; plebeu, plebeia; pigmeu, pigmeia, ateu, ateia.

Exceções: judeu, judia; sandeu, sandia.

Em adjetivos terminados em “-ão”, troca-se a terminação por “-oa”, “-ã” ou


“-ona”.

Exemplos: beirão, beiroa; cristão, cristã; amigão, amigona.

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FLEXÃO DE NÚMERO

Quanto à flexão numérica, os adjetivos simples seguem as mesmas regras


apresentadas para os substantivos.

Exemplos: bonito – bonitos; bela – belas; esperto – espertos.

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FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS

Regra geral: Como vimos na flexão dos nomes compostos, a regra geral dos
adjetivos compostos é flexionar somente o último termo.

Exemplos: reunião lítero-musical  reuniões lítero-musicais


festa cívico-religiosa  festas cívico-religiosas
ciência político-social  ciências político-sociais

Exceções: surdo-mudo  surdos-mudos; surda-muda  surdas-mudas.

Nos adjetivos compostos referentes a cores, quando o segundo elemento


é um adjetivo, flexiona-se apenas o último.

Exemplos:

olho verde-claro  olhos verde-claros


calça azul-escura  calças azul-escuras

Dica estratégica!

Em conformidade com as lições de Evanildo Bechara, na obra Gramática


Escolar da Língua Portuguesa, 2ª edição ampliada e atualizada pelo Novo Acordo
Ortográfico da Língua Portuguesa, editora Nova Fronteira, 2010, pág. 107, “nos
substantivos compostos que designam cores, ambos os elementos vão para o
plural: os verdes-claros, os amarelos-esverdeados, os azuis-escuros”.

Observação!

De acordo com as lições de Domingos Paschoal Cegalla, na obra Novíssima


Gramática da Língua Portuguesa, Companhia Editora Nacional, 48ª edição, 2010,
pág. 165, os adjetivos compostos “azul-marinho, azul-celeste e azul-ferrete são
invariáveis: ternos azul-marinho, mantos azul-celeste, gravatas azul-ferrete”.
O gramático acrescenta, ainda, que é invariável o adjetivo ultravioleta:
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raios ultravioleta.
Consoante Bechara, “ambos os elementos ficam invariáveis nos adjetivos
compostos que designam cores quando o segundo elemento é um substantivo:

olho verde-água  olhos verde-água


olho azul-turquesa  olhos azul-turquesa
uniforme verde-oliva  uniformes verde-oliva
carro vermelho-sangue  carros vermelho-sangue”

Esse também é o posicionamento de Domingos Paschoal Cegalla,


acrescentando que, “nos compostos desse tipo, subentende-se a expressão
da cor de: tapetes verde-esmeralda  tapetes da cor verde da esmeralda”.

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Dica estratégica!

Nos substantivos compostos deste tipo, admitem-se dois plurais.

Exemplos: o verde-água  os verdes-águas ou os verdes-água

o verde-abacate  os verdes-abacates ou os verdes-abacate

o azul-turquesa  os azuis-turquesas ou os azuis-turquesa

Locução adjetiva – expressão formada por uma preposição e um


substantivo. Equivale a um adjetivo.

Exemplos:

água de chuva = água pluvial


água de rio = água fluvial
suco de estômago = suco gástrico / estomacal
era de gelo = era glacial
período de guerra = período bélico
amor de irmão = amor fraternal
festas de verão = festas estivais
cordão de umbigo = cordão umbilical
atitude de paixão = atitude passional
jogada de mestre = jogada magistral
gesto de criança = gesto infantil / pueril
doença de fígado = doença hepática
produção de ouro = produção aurífera

NUMERAL – classe de palavras que exprime quantidade, ordem,


multiplicação ou divisão.

O numeral pode ser: 96411120900

 Cardinal – designa quantidade.

Exemplos: zero, um, dois, três, quatro ...

 Ordinal – designa ordem.

Exemplos: primeiro, segundo, terceiro, quarto...

 Multiplicativo – designa multiplicação.

Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo...

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 Fracionário – indica divisão.

Exemplos: um terço, metade, meio, um quinto...

NUMERAIS
MULTIPLICATIVOS FRACIONÁRIOS

duplo, dobro ou dúplice meio ou metade


triplo ou tríplice terço
quádruplo quarto
quíntuplo quinto
sêxtuplo sexto
séptuplo sétimo
óctuplo oitavo
nônuplo nono
décuplo décimo
undécuplo undécimo ou onze avos
duodécuplo duodécimo ou doze avos
cêntuplo centésimo

Dica estratégica!

Cuidado com algumas “armadilhas” de prova.

Exemplos: A beata comprou um terço. (um = numeral cardinal; terço = substantivo)

A beata comprou um terço dos produtos. (um terço = numeral fracionário)

EMPREGO DO NUMERAL

Emprega-se numeral:
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- na designação de séculos, reis, papas, príncipes, imperadores, capítulos de


obras, festas, feiras, utilizam-se algarismos romanos, devendo:

- usar o ordinal até o 10º.

Exemplos: capítulo II = capítulo segundo


século VII = século sétimo

- usar o cardinal para os demais (desde que o numeral esteja posposto ao


substantivo).

Exemplos: capítulo XII = capítulo doze


século XVII = século dezessete

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Dica estratégica: Se o numeral estiver anteposto ao substantivo, deveremos lê-lo


como numeral ordinal.

Exemplos: XII capítulo = décimo segundo capítulo


XVII século = décimo sétimo século

 Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias e outros textos


oficiais, devemos:

- usar o ordinal até nove.

Exemplos: Artigo 3º (terceiro); Artigo 7º (sétimo)

- usar o cardinal de dez em diante.

Exemplos: Artigo 10 (dez); Artigo 20 (vinte); Artigo 46 (quarenta e seis).

 No primeiro dia do mês, devemos:

- usar o numeral ordinal.

Exemplo: Hoje é dia primeiro.

- nos demais dias, devemos empregar o numeral cardinal.

Exemplo: Hoje é dia dez.

INTERJEIÇÃO – classe de palavras que exprime sentimentos ou emoções.

Exemplos: 96411120900

Oba! Fui convocado para tomar posse! (alegria)


Você vai conseguir. Coragem! (animação)
Psiu! Você está falando muito alto. (silêncio)
Mantenha distância! Líquido inflamável. (advertência)
Ai! Cortei o dedo. (dor)
Cruzes! (medo)
Olá, pessoal! (saudação)

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ADVÉRBIO – classe de palavras invariável que exprime circunstância.


Modifica adjetivos, verbos e advérbios, podendo, também, modificar uma oração.
Trata-se de um tópico do conteúdo programático bastante cobrado nas provas da
FUNRIO.
Exemplos:
Ela é muito bonita. (muito = advérbio)
Estudarei hoje. (hoje = advérbio)
Você escreve muito bem. (muito = advérbio)
Provavelmente você passará no concurso. (provavelmente = advérbio)

CLASSIFICAÇÃO DO ADVÉRBIO

O advérbio pode apresentar as seguintes circunstâncias:

a) tempo: amanhã, agora, anteontem, ontem, hoje, breve, antes, depois, jamais,
nunca, outrora, sempre ...

Exemplo: Amanhã faremos a prova.

Atenção!

Os advérbios nunca e jamais indicam ideia de tempo, e não de negação.


Fiquem atentos!

b) lugar: aqui, ali, cá, lá, acolá, atrás, dentro, embaixo, longe, perto ...

Exemplo: Fique aqui, pois voltarei rapidamente.


Cuidado!

O vocábulo “onde” deve ser empregado somente quando houver referência a


lugar físico:

“A cidade onde estou é linda”.


96411120900

É incorreto o emprego em outros contextos, tais como no trecho “A situação


onde me encontro é favorável”. Notem que, no exemplo apresentado, não há
referência a lugar, razão por que o emprego de “onde” está incorreto. Nesse caso, é
correto o emprego das expressões “em que” ou “na qual”:

A situação em que me encontro é favorável.


A situação na qual me encontro é favorável.

c) modo: bem, mal, depressa, assim, alerta, felizmente ...

Exemplo: Sentiu-se bem após ver o gabarito da prova.

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Em geral, os advérbios terminados em -mente são obtidos a partir do adjetivo


feminino: “educada + mente = educadamente”. Por essa razão, o -a, de
“educadamente” deve ser classificado como desinência de gênero feminino.
Entretanto, nem todos os advérbios terminados em -mente são oriundos de
adjetivos biformes: “feliz + -mente = felizmente”; “cortês + mente = cortesmente”.

Também não podemos dizer que todos os advérbios terminados em -mente


apresentam a circunstância de modo. Querem testar? Por exemplo, na frase
“Choveu torrencialmente.”, o advérbio “torrencialmente” intensifica a forma verbal
“Choveu”. Logo, é um advérbio de intensidade, equivalente a “muito”: “Choveu
muito”.

Dica estratégica!

Quando advérbios terminados em -mente estiverem em sequência, a norma


culta admite o emprego do sufixo apenas na última forma adverbial.

Exemplo: Os policiais agiram calma e sabiamente.


advérbio advérbio

d) intensidade: bastante, demais, mais, menos, muito, pouco, quão, assaz, tão ...

Exemplo: Quão bom estar com você. (= Muito bom estar com você.)

e) dúvida: porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez ...

Exemplo: Provavelmente vocês passarão no concurso.

f) afirmação: certamente, decididamente, efetivamente, realmente, sim ...

Exemplo: Certamente vocês passarão no curso.

g) negação: não, absolutamente ...

Exemplo: Não durma tarde!


96411120900

Dica estratégica!

Segundo as lições de Celso Cunha, em Nova Gramática do Português


Contemporâneo, a norma culta apresenta preferência pelo emprego das formas
adverbiais analíticas “mais bem” e “mais mal” junto a particípio, em detrimento da
forma “melhor”.

Exemplos: Os esquadrões mais bem encavalgados foram despedidos (...)

(...) abalava e rompia as armas mais bem temperadas.

Foram os exemplos mais bem escolhidos.

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Nos demais casos, é preferível o emprego da forma “melhor”.

Exemplos: Ninguém conhece melhor os interesses do que o homem virtuoso.


(advérbio “melhor” – não admite flexão)

Não há exemplo melhor deste tipo de superstição que o estatuto da noção de raça
no nazismo. (adjetivo “melhor” – é uma forma comparativa de superioridade do
adjetivo “bom”, razão por que admite flexão, concordando em número com o nome a
que se refere: exemplo melhor.)

Locução adverbial – é o conjunto de duas ou mais palavras que tem o


mesmo valor de um advérbio. Basicamente, sua estrutura mínima é composta de
uma preposição e um substantivo.

Exemplos:

Atrasado para a prova, o candidato saiu às pressas.

O carro virou à direita.

Sempre vou a pé.

DIFERENÇA ENTRE LOCUÇÃO ADJETIVA E LOCUÇÃO ADVERBIAL

Tanto a locução adjetiva quanto a locução adverbial têm a mesma estrutura


mínima: preposição + substantivo. Desse modo, a maneira de diferenciá-las é
verificar a que palavras elas se ligam.

Exemplos: 96411120900

(1) Ela fez cara de medo.

Em (1), a expressão “de medo” está ligada ao substantivo “cara”. Logo, é


uma locução adjetiva.

(2) Ela morreu de medo.

Em (2), a expressão “de medo” modifica o sentido do verbo “morrer”.


Portanto, é uma locução adverbial, exprimindo valor de causa.

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Palavras (e locuções) denotativas – Segundo a Nomenclatura Gramatical


Brasileira (NGB), não se enquadram nas classes de palavras.

As palavras denotativas podem expressar, por exemplo:

PALAVRA(S) (E LOCUÇÕES)
EXPRESSA EXEMPLO
DENOTATIVA(S)

Adição ademais; além disso; ainda; Ajudou-me financeiramente.


ainda por cima, além de tudo ... Além disso, casou-se comigo.
Afastamento embora “Vou-me embora pra
Pasárgada” (Manuel Bandeira)
Afetividade ainda bem que; felizmente; Lamentavelmente, perdemos
infelizmente ... o jogo.
Aproximação quase, praticamente, cerca de, Havia cerca de vinte pessoas.
aproximadamente ...
Concessão mesmo; assim mesmo; ainda Mesmo com muito sono,
assim ... permaneceu ao volante.
Designação eis ... Eis o concurso por que tanto
estudo.
Exclusão apenas; exceto; sequer; só; Só você passou no concurso.
somente ...
Explicação a saber; isto é; por exemplo ... Amanhã, isto é, sábado, será
o meu dia.
Inclusão até; até mesmo; inclusive; Romário fez uma ótima jogada.
mesmo; também ... Até a torcida adversária o
aplaudiu.
Negação não, tampouco, absolutamente, Você me empresta seu carro?
pois sim ... Pois sim.
Realce
(Pode ser retira- é que; é quem; sobretudo; Eu é que passei no concurso.
da do período mesmo ... Você é quem foi aprovado.
sem prejuízo 96411120900

para a estrutura
sintática)
Restrição em termos; em parte; Você, pessoalmente, é muito
relativamente ... linda.
Retificação aliás; isto é; ou melhor; ou Acertei todas as questões, isto
antes, digo ... é, passei no concurso.
Situação afinal; então, agora, em suma Afinal, você passou no
... concurso ?

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PREPOSIÇÃO - classe gramatical invariável que liga termos.

Exemplos:
Confiamos em seu sucesso.
Preciso de sua ajuda.

CLASSIFICAÇÃO DA PREPOSIÇÃO

As preposições podem ser:

a) essenciais - desempenham a função típica de preposição desde sua


origem: a, ante, após, com, até, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por,
sem, sob, sobre, trás.

b) acidentais - palavras que pertencem a uma outra classe gramatical, mas


que são usadas como preposição: fora, como, conforme, consoante, fora,
exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos, que, senão ...

Exemplos:
Temos que passar no concurso. (conjunção empregada como preposição)
Muitos sorriram, exceto ele. (advérbio empregado como preposição)

Observação!

A preposição pode unir-se a outros elementos.


Exemplo: 96411120900

A moça foi ao teatro. (a (preposição) + o (artigo definido))


O carro estacionado é deste rapaz. (=de (preposição) + este (pron. demonstrativo))
Você está numa enrascada. (= em (preposição) + uma (artigo indefinido))
Após as provas, iremos à praia. (= a (preposição) + a (artigo definido))
Iremos àquela praia maravilhosa após as provas. (a (preposição) + aquela (pronome
demonstrativo))

Com nomes próprios, não há união entre preposição e artigo:


Ele é colunista de O Globo.

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VALOR SEMÂNTICO DA PREPOSIÇÃO

Este ponto sempre figura nas provas elaboradas pela FUNRIO.

As preposições que não imprimem valor semântico ao termo com que se


relacionam são chamadas de relacionais. São obrigatórias, iniciando a estrutura de
objeto indireto ou de complemento nominal.

Exemplos: Preciso de dinheiro. (o verbo precisar rege preposição de, elemento que
introduz a estrutura do objeto indireto “de dinheiro”)

Confio em você. (o verbo confiar rege o emprego da preposição em, elemento que
inicia a estrutura do objeto indireto “em você”)

Aquele rapaz caminha igual a você. (o adjetivo igual rege preposição a, termo que inicia
a estrutura do complemento nominal “a você”)

A necessidade de ajuda é latente. (o substantivo necessidade exige a preposição de,


elemento pertencente à estrutura do complemento nominal “de ajuda”)

Já as preposições que imprimem matiz semântico são denominadas


nocionais.
Segundo as lições de Evanildo Bechara, na obra Gramática Escolar da
Língua Portuguesa, “cada preposição tem o seu significado unitário, primário, que
se desdobra em outros significados contextuais (sentido), em acepções particulares
que emergem do nosso saber sobre a língua e as coisas, e da nossa experiência de
mundo”.

Exemplos:
(1) Cortei o pão com a faca.

No trecho “Cortei o pão com a faca”, compreendemos que “a faca” não só


esteve presente ao ato de “cortar o pão”, mas foi o “instrumento” utilizado para
realizar esta ação. 96411120900

(2) Estudei com prazer.

Já em “Estudei com prazer”, o “prazer” não só esteve “presente”, como


também representou o “modo” como a ação foi levada a termo.

(3) Everaldo cortou o pão com a Rosa.

Em (3), temos uma acepção contextual (sentido) de “ajuda” ou “companhia”.

Portanto, é preciso analisar o valor semântico que a preposição atribui ao


termo na sentença.

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Vejamos outras acepções:

 A

Fomos a Copacabana. (destino)


Escrevam a lápis. (instrumento)

 ANTE

Ficou conversando ante o portão de casa. (posição)


Ante o sucesso na profissão, ficou satisfeito. (causa)

 ATÉ

Dirigimo-nos até a praia do Leme. (espaço)


Conversaram sobre futebol até às cinco horas da tarde. (tempo)

 COM

O mendigo morreu com a fome. (causa)


Brindarei a aprovação com a namorada. (companhia)
Bateu na cabeça do bandido com o revólver. (instrumento)

 DE

O mendigo morreu de fome. (causa)


Ela virá de Belém. (origem)
Falei muito de futebol. (assunto)

 EM

Cursou a grade curricular e graduou-se em Letras. (especialidade)


96411120900

Ficamos em seu apartamento. (lugar)

 PARA

O vizinho veio para ajudá-la a consertar o encanamento. (finalidade)


Comprou a passagem e viajou para a Europa. (destino)

 POR

Vendia legumes por dois reais. (preço)


Atualmente, as pessoas comunicam-se muito por celular. (meio)

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1. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) “Mas havia um luar dentro de


mim; o do Sertão.” A palavra “sertão” apresenta-se no plural da mesma forma
que:

a) irmão
b) pão
c) mão
d) coração
e) órgão

Comentário: O vocábulo “sertão” admite como plural a forma “sertões”. A mesma


terminação de plural é encontrada na assertiva (D). O substantivo “coração” tem seu
plural representado pela forma “corações”. Nas demais opções, temos os seguintes
plurais: irmãos, pães, mãos e órgãos.

Gabarito: D.

2. (FUNRIO-2008/JUCERJA/Técnico Administrativo) As palavras compostas


são formadas por elementos de diferentes classes gramaticais. Das
alternativas abaixo, a constituída de verbo + substantivo é:

a) porta-malas;
b) aço-molibdênio;
c) alto-falantes;
d) mal-acostumado;
e) obra-prima.

Comentário: O gabarito da questão é a assertiva (A). O composto “porta-malas” é


formado a partir da junção do verbo “portar” com o substantivo “malas”. Vale
destacar que, em compostos formados por “verbo + substantivo”, apenas o último
termo vai ao plural, conforme apresentado na opção em análise.
Nas demais opções, os compostos são formados com as seguintes classes
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gramaticais:
b) substantivo + substantivo (ambos os termos se pluralizam: aços-molibdênios)
c) advérbio + adjetivo (somente o segundo termo se pluraliza: alto-falantes)
d) advérbio + adjetivo (somente o segundo termo se pluraliza: mal-acostumados)
e) substantivo + substantivo (ambos os elementos se pluralizam: obras-primas)

Gabarito: A.

3. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) O nome composto que, no


plural, segue a mesma regra que “puxa-saco” é:

a) beija-flor
b) segunda-feira

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c) banana-maçã
d) amor-perfeito
e) corre-corre

Comentário: A questão deveria ter sido anulada. No enunciado, o examinador


apresentou o composto “puxa-saco”. Esse elemento é constituído de
“verbo + substantivo”, variando apenas no último termo: puxa-sacos.
A mesma forma pluralizada é apresentada na opção (A), em que “beija-flor” é
um composto formado por “verbo + substantivo”, originando o plural “beija-flores”.
Porém, curiosamente a banca apontou a letra (E) como gabarito definitivo da
questão. De acordo com o posicionamento da FUNRIO, em compostos
constituídos de verbos repetidos (reduplicação), a flexão de plural ocorre apenas no
segundo elemento, originando “corre-corres”. Todavia, é importantíssimo destacar
que a Academia Brasileira de Letras (ABL), por meio do Vocabulário Ortográfico da
Língua Portuguesa (VOLP), edição 2009, também admite a flexão em ambos os
elementos: “corres-corres”. Lamentavelmente, entretanto, a banca manteve a letra
(E) como resposta definitiva.

Gabarito: E.

4. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) “Tentou mandá-lo


embora umas vinte vezes...” O emprego do artigo indefinido na forma plural no
exemplo destacado acima tem por objetivo indicar “quantidade de vezes”:

a) exata
b) irrisória
c) pequena
d) aproximada
e) real

Comentário: No trecho “Tentou mandá-lo embora umas vinte vezes (...)”, o emprego
do artigo indefinido “umas” tem por objetivo indicar “quantidade (aproximada) de
vezes”. No contexto, equivale à expressão “cerca de”, que significa
“aproximadamente”: Tentou mandá-lo embora cerca de / aproximadamente vinte
vezes... . Logo, a letra (D) é a resposta da questão.
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Gabarito: D.

5. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) Escolha a opção em que a


palavra destacada pertence a outra classe gramatical diferente da que
apresenta em “... roeu a manga de um paletó de casimira inglesa....”

a) A inglesa dava aula para todas as turmas.


b) Compramos uma louça inglesa.
c) A cantora inglesa se apresentou no Brasil.
d) Ele trabalha numa fábrica inglesa.
e) A estatal foi vendida para uma multinacional inglesa.

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Comentário: No trecho “... roeu a manga de um paletó de casimira inglesa ...”, o


vocábulo destacado caracteriza o substantivo “casimira”. Portanto, pertence à
classe dos adjetivos.
Nas opções, por conseguinte, devemos encontrar uma palavra que pertença
a outra classe gramatical. É o que ocorre na assertiva (A). No período “A inglesa
dava aula para todas as turmas”, o vocábulo destacado foi substantivado pelo artigo
definido “a”, sendo núcleo do sintagma nominal “a inglesa”. Logo, temos um
substantivo.
Nas demais opções, todas as palavras atribuem características, pertencendo
à classe dos adjetivos.

Gabarito: A.

6. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) Em “Dormia tranquilamente em


um quarto de empregada...”, o vocábulo destacado indica:

a) causa
b) tempo
c) lugar
d) condição
e) modo

Comentário: No contexto, a palavra “tranquilamente” modifica o sentido do verbo


“dormir”. Conforme estudamos nas lições, o advérbio pode modificar o adjetivo, o
verbo, além de outro advérbio. Portanto, o vocábulo “tranquilamente” pertence à
classe adverbial, exprimindo noção de modo: Ele dormia de que modo?
Tranquilamente. Dessa forma, encontramos o gabarito da questão na assertiva (E).

Gabarito: E.

7. (FUNRIO-2008/Ministério da Justiça) A classe gramatical do vocábulo em


caixa-alta está corretamente indicada em:

A) “... a montar uma BARRAQUINHA...” - adjetivo.


B) “... explica QUE a maioria dos ambulantes...” - pronome relativo.
C) “... pagam A comerciantes...” - artigo.
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D) “... OU sequer convidados...” - preposição.


E) “... VENDA ambulante não é trabalho.” - substantivo.

Comentário: A indicação adequada encontra-se na assertiva (E). O vocábulo


“venda” é núcleo do sintagma “venda ambulante”, pertencendo à classe dos
substantivos.
Nas demais opções, temos:
a) “barraquinha” – substantivo;
b) “que” – conjunção integrante (assunto que será estudado em aulas futuras);
c) “a” – preposição;
d) “ou” conjunção alternativa.

Gabarito: E.

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8. (FUNRIO-2008/CBMERJ/Guarda-vidas) No fragmento “onde segundos se


tornam preciosos”, o termo “segundos” pertence à classe dos (das):

a) numerais;
b) adjetivos;
c) preposições;
d) advérbios;
e) substantivos.

Comentário: No trecho “onde segundos se tornam preciosos”, o vocábulo destacado


não indica uma ordenação, ou seja, não pertence à classe dos numerais (ordinais).
Por meio do contexto, identificamos que a palavra “segundos” integra o rol dos
substantivos, significando “unidade básica de medida de tempo”. Portanto, temos o
gabarito da questão na opção (E).

Gabarito: E.

9. (FUNRIO-2008/Ministério da Justiça) Nos fragmentos a seguir reproduzidos,


o vocábulo destacado com o uso da letra maiúscula foi corretamente
classificado em:

a) “vão para AS galerias” – pronome oblíquo;


b) “muros altos A cerca numerosos edifícios” – verbo;
c) “A insistência, A ameaça velada, A malandragem” – conjunção;
d) “Para não deixar A linha em branco” – adjetivo;
e) “uma cruz A lápis vermelho” – preposição.

Comentário: A resposta da questão encontra-se na assertiva (E). No trecho “uma


cruz A lápis vermelho”, o termo destacado é uma preposição, tendo, portanto, a
classe gramatical corretamente indicada pela banca examinadora.
Nas demais opções, temos as seguintes classes gramaticais:

a) artigo definido;
b) preposição;
c) artigo definido;
d) artigo definido;
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Gabarito: E.

10. (FUNRIO-2008/Prefeitura de Cel. Fabriciano-MG) Em “Aqueles que


atravancam meu caminho, eles passarão... e eu passarinho” (Mário Quintana),
o autor propõe, para efeitos de sentido, -ão e -inho, parecendo desprezar o
fato de serem próprios de:

a) classes gramaticais diferentes;


b) universos impossíveis de articular;
c) sentidos opostos um ao outro;
d) sentidos semelhantes um ao outro;
e) classes gramaticais semelhantes.

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Comentário: No trecho “eles passarão”, o vocábulo em destaque recebeu a
terminação “-ão” ao radical “pass-”, indicando que o verbo “passar” está conjugado
na terceira pessoa do plural do futuro do presente (modo indicativo). Por sua vez, no
segmento “e eu passarinho”, o acréscimo do sufixo -inho originou o substantivo
“passarinho”. Por meio do contexto, identificamos que o par de sufixos “-ão”/“-inho”
foi utilizado com a finalidade de colocar em oposição palavras que pertencem a
classes gramaticais distintas. Caso pertencessem à mesma categoria morfológica, o
verbo “passar”, quando flexionado na primeira pessoa do singular do futuro do
presente, apresentar-se-ia sob a forma “passarei” (eu passarei). Logo, a assertiva
(A) é a resposta da questão.

Gabarito: A.

11. (FUNRIO-2008/CBMERJ/2ºTenente-Assistente Social) No trecho “Sobre a


morte e o morrer”, os vocábulos “morte” e “morrer” são:

a) verbos;
b) pronomes;
c) adjetivos;
d) artigos;
e) substantivos.

Comentário: No trecho “Sobre a morte (...)”, o vocábulo “morte” está antecedido pelo
determinante “a”, identificando que tal palavra pertence à classe dos substantivos.
Já no trecho “(...) e o morrer”, temos o verbo “morrer” antecedido do artigo definido
“o”. Com isso, ocorreu o processo de conversão (ou derivação imprópria),
acarretando a mudança de classe gramatical da palavra. No contexto, portanto,
“morrer” é um substantivo, validando a opção (E) como resposta da questão.

Gabarito: E.

12. (FUNRIO-2008/Prefeitura de Niterói-RJ) “É a mesma vergonha do artista


que se pergunta o porquê de sua arte em uma época de peste.”

No fragmento em destaque, o vocábulo grifado assume papel de:

a) conjunção;
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b) pronomes;
c) advérbio;
d) substantivo;
e) adjetivo.

Comentário: Fora de contexto, o vocábulo “porque” pertence à classe das


conjunções, sendo um nexo textual de suma importância na relação entre orações.
Entretanto, conforme vimos nas lições e em questões anteriores, a anteposição do
artigo altera a categoria gramatical das palavras. No trecho “(...) o porquê de sua
arte (...)”, o vocábulo em destaque passa à condição de substantivo. Portanto, a
letra (D) é a resposta da questão.

Gabarito: D.

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13. (FUNRIO-2008/SEJUS-RO/Agente Educador) As palavras da língua se


distribuem em classes e podem mudar de classe sem sofrer modificação na
forma. Nos versos a seguir, “A ninar nos longes da senzala / Lá longe meu pai
campeava / Café preto que nem a preta velha”, as palavras sublinhadas são,
respectivamente:

a) adjetivo – locução adverbial – substantivo – adjetivo.


b) advérbio – adjetivo – adjetivo – substantivo.
c) advérbio – locução adverbial – adjetivo – substantivo.
d) substantivo – advérbio – adjetivo – adjetivo.
e) substantivo – advérbio – adjetivo – substantivo.

Comentário: Fora de contexto, a palavra “longe” é classificada, originariamente,


como advérbio, indicando ideia de lugar. Entretanto, no trecho “A ninar nos longes
da senzala (...)”, o vocábulo “longe” está antecedido do artigo definido “os”, termo
que, amalgamado à preposição “em”, originou a forma “nos”. Devido à anteposição
do determinante – artigo definido “os” –, a palavra “longe” ficou substantivada, ou
seja, passou a integrar a classe dos substantivos. Já no segmento “Lá longe meu
pai campeava”, a palavra “longe” modifica o advérbio “lá”, pertencendo, pois, à
classe adverbial. Por sua vez, o vocábulo “preto”, constante do trecho “Café preto
que nem (...)”, qualifica o substantivo “café”. Trata-se, portanto, de um adjetivo. Por
fim, no segmento “(...) que nem a preta velha”, o vocábulo em destaque está
antecedido do artigo definido “a”, sendo uma importante marca para indicar que
“preta” é um substantivo. Logo, temos a letra (E) como resposta da questão.

Gabarito: E.

14. (FUNRIO-2006/DOCAS-RJ/Assistente Administrativo) “... é o modo como


ela se distribui pelo organismo.”

O termo em destaque tem o mesmo valor em:

a) Não compreendia seus pais por ser jovem.


b) A greve será por tempo indeterminado.
c) Lutamos por melhores salários.
d) As barracas se distribuíam por toda praça.
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e) Falamos por todos os colegas.

Comentário: Questão sobre valor semântico das preposições. No enunciado, temos


uma preposição nocional, ou seja, aquela que expressa um matiz semântico. No
trecho “... é o modo como ela se distribui pelo organismo”, a forma em destaque é
obtida a partir da junção entre a preposição “por” e o artigo definido “o”
(por + o = pelo). Nesse contexto, a forma preposicional em epígrafe exprime sentido
de extensão.
A mesma acepção é encontrada na opção (D). No contexto “As barracas se
distribuíam por toda praça”, a preposição indica a “extensão” da praça. Logo, esta é
a resposta da questão.

Nas demais opções, temos valores semânticos de:

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a) causa, sendo a preposição “por” equivalente à conjunção “porque”: Não
compreendia seus pais porque era jovem.
b) intervalo temporal (tempo): A greve será por tempo indeterminado.
c) finalidade, sendo a preposição “por” equivalente às locuções conjuntivas “para
que”, “a fim de que”: Lutamos para que consigamos melhores salários. / Lutamos a
fim de que consigamos melhores salários.
e) em lugar de/substituição: Falamos por (em lugar de) todos os colegas.

Gabarito: D.

15. (FUNRIO-2008/Prefeitura de Cel. Fabriciano-MG) Assinale a alternativa que


apresenta uma correta relação entre marcas linguísticas e o tipo de relação
estabelecida:

a) “cantassem o hino nacional com ‘mais empenho’ ” (causa)


b) “define como ‘esporte de macho’ ” (condição)
c) “enquanto os germânicos apenas balbuciavam” (tempo)
d) “entrar em eventos esportivos’ (tempo)
e) “mais ânimo antes de confrontos importantes” (lugar)

Comentário: A resposta da questão encontra-se na opção (C). No trecho “enquanto


os germânicos apenas balbuciavam”, identificamos a ideia de tempo expressa pela
conjunção “enquanto”, sendo a relação corretamente apontada pelo examinador.
Nas demais opções, temos relações de:
a) modo
b) comparação
d) lugar
e) tempo

Gabarito: C.

16. (FUNRIO-2008/Ministério da Justiça) “Luiz Paulo Barreto informou, ainda,


que a pirataria provoca uma redução de dois milhões de postos de trabalho no
mercado formal.”

No trecho destacado, o vocábulo “ainda” pode ser substituído, mantendo o


significado original, por:
96411120900

a) porém;
b) apenas;
c) aliás;
d) conquanto;
e) também.

Comentário: No trecho “Luiz Paulo Barreto informou, ainda, que a pirataria (...)”, o
vocábulo “ainda” é uma palavra denotativa que expressa ideia de inclusão. Para
manter o sentido original, só é possível substituir essa palavra pelo vocábulo
“também”: “Luiz Paulo Barreto informou, também, que a pirataria (...)”. Portanto,
temos a letra (E) como resposta da questão.
Gabarito: E.

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Teoria e questões comentadas
Prof. Fabiano Sales – Aula 03
LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA

1. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) “Mas havia um luar dentro de


mim; o do Sertão.” A palavra “sertão” apresenta-se no plural da mesma forma
que:

a) irmão
b) pão
c) mão
d) coração
e) órgão

2. (FUNRIO-2008/JUCERJA/Técnico Administrativo) As palavras compostas


são formadas por elementos de diferentes classes gramaticais. Das
alternativas abaixo, a constituída de verbo + substantivo é:

a) porta-malas;
b) aço-molibdênio;
c) alto-falantes;
d) mal-acostumado;
e) obra-prima.

3. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) O nome composto que, no


plural, segue a mesma regra que “puxa-saco” é:

a) beija-flor
b) segunda-feira
c) banana-maçã
d) amor-perfeito
e) corre-corre

4. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) “Tentou mandá-lo


embora umas vinte vezes...” O emprego do artigo indefinido na forma plural no
exemplo destacado acima tem por objetivo indicar “quantidade de vezes”:

a) exata
b) irrisória
96411120900

c) pequena
d) aproximada
e) real

5. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) Escolha a opção em que a


palavra destacada pertence a outra classe gramatical diferente da que
apresenta em “... roeu a manga de um paletó de casimira inglesa....”

a) A inglesa dava aula para todas as turmas.


b) Compramos uma louça inglesa.
c) A cantora inglesa se apresentou no Brasil.
d) Ele trabalha numa fábrica inglesa.
e) A estatal foi vendida para uma multinacional inglesa.

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6. (FUNRIO-2009/Prefeitura do Rio de Janeiro) Em “Dormia tranquilamente em


um quarto de empregada...”, o vocábulo destacado indica:

a) causa
b) tempo
c) lugar
d) condição
e) modo

7. (FUNRIO-2008/Ministério da Justiça) A classe gramatical do vocábulo em


caixa-alta está corretamente indicada em:

A) “... a montar uma BARRAQUINHA...” - adjetivo.


B) “... explica QUE a maioria dos ambulantes...” - pronome relativo.
C) “... pagam A comerciantes...” - artigo.
D) “... OU sequer convidados...” - preposição.
E) “... VENDA ambulante não é trabalho.” - substantivo.

8. (FUNRIO-2008/CBMERJ/Guarda-vidas) No fragmento “onde segundos se


tornam preciosos”, o termo “segundos” pertence à classe dos (das):

a) numerais;
b) adjetivos;
c) preposições;
d) advérbios;
e) substantivos.

9. (FUNRIO-2008/Ministério da Justiça) Nos fragmentos a seguir reproduzidos,


o vocábulo destacado com o uso da letra maiúscula foi corretamente
classificado em:

a) “vão para AS galerias” – pronome oblíquo;


b) “muros altos A cerca numerosos edifícios” – verbo;
c) “A insistência, A ameaça velada, A malandragem” – conjunção;
d) “Para não deixar A linha em branco” – adjetivo;
e) “uma cruz A lápis vermelho” – preposição.
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10. (FUNRIO-2008/Prefeitura de Cel. Fabriciano-MG) Em “Aqueles que


atravancam meu caminho, eles passarão... e eu passarinho” (Mário Quintana),
o autor propõe, para efeitos de sentido, -ão e -inho, parecendo desprezar o
fato de serem próprios de:

a) classes gramaticais diferentes;


b) universos impossíveis de articular;
c) sentidos opostos um ao outro;
d) sentidos semelhantes um ao outro;
e) classes gramaticais semelhantes.

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11. (FUNRIO-2008/CBMERJ/2ºTenente-Assistente Social) No trecho “Sobre a


morte e o morrer”, os vocábulos “morte” e “morrer” são:

a) verbos;
b) pronomes;
c) adjetivos;
d) artigos;
e) substantivos.

12. (FUNRIO-2008/Prefeitura de Niterói-RJ) “É a mesma vergonha do artista


que se pergunta o porquê de sua arte em uma época de peste.”

No fragmento em destaque, o vocábulo grifado assume papel de:

a) conjunção;
b) pronomes;
c) advérbio;
d) substantivo;
e) adjetivo.

13. (FUNRIO-2008/SEJUS-RO/Agente Educador) As palavras da língua se


distribuem em classes e podem mudar de classe sem sofrer modificação na
forma. Nos versos a seguir, “A ninar nos longes da senzala / Lá longe meu pai
campeava / Café preto que nem a preta velha”, as palavras sublinhadas são,
respectivamente:

a) adjetivo – locução adverbial – substantivo – adjetivo.


b) advérbio – adjetivo – adjetivo – substantivo.
c) advérbio – locução adverbial – adjetivo – substantivo.
d) substantivo – advérbio – adjetivo – adjetivo.
e) substantivo – advérbio – adjetivo – substantivo.

14. (FUNRIO-2006/DOCAS-RJ/Assistente Administrativo) “... é o modo como


ela se distribui pelo organismo.”

O termo em destaque tem o mesmo valor em:


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a) Não compreendia seus pais por ser jovem.


b) A greve será por tempo indeterminado.
c) Lutamos por melhores salários.
d) As barracas se distribuíam por toda praça.
e) Falamos por todos os colegas.

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15. (FUNRIO-2008/Prefeitura de Cel. Fabriciano-MG) Assinale a alternativa que


apresenta uma correta relação entre marcas linguísticas e o tipo de relação
estabelecida:

a) “cantassem o hino nacional com ‘mais empenho’ ” (causa)


b) “define como ‘esporte de macho’ ” (condição)
c) “enquanto os germânicos apenas balbuciavam” (tempo)
d) “entrar em eventos esportivos’ (tempo)
e) “mais ânimo antes de confrontos importantes” (lugar)

16. (FUNRIO-2008/Ministério da Justiça) “Luiz Paulo Barreto informou, ainda,


que a pirataria provoca uma redução de dois milhões de postos de trabalho no
mercado formal.”

No trecho destacado, o vocábulo “ainda” pode ser substituído, mantendo o


significado original, por:

a) porém;
b) apenas;
c) aliás;
d) conquanto;
e) também.

GABARITO

01. D 09. E

02. A 10. A

03. E 11. E

04. D 12. D

05. A 13. E

06. E 14. D
96411120900

07. E 15. C

08. E 16. E

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