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Culto de Domingo
13 de Outubro
Quando o apóstolo Paulo escreveu sua primeira epístola para a igreja de Corinto, esta se
encontrava em desordem geral. Falar em línguas foi causando desordem nos cultos e
dividindo a igreja em dois grupos, isto é, aqueles que se achavam superiores, tendo o dom
de falar em línguas, e aqueles sem este dom.
Culturalmente Corinto era uma cidade multinacional, devido à sua importância comercial.
Havia romanos, gregos, egípcios, sírios, judeus e povos de muitos outros países e
territórios, vivendo ali. Portanto, Corinto era um grande centro político e comercial, lugar de
reuniões de todas as camadas sociais da época.
Com seu movimentado porto marítimo, era parada quase que obrigatória dos que seguiam
do Ocidente para o Oriente e vice-versa. Assim a cidade fervilhava de forasteiros,
comerciantes, soldados e marinheiros.
Nesta cidade culta e cosmopolita, estava situada uma poderosa e influente igreja cristã,
dotada de todos os dons espirituais. I Cor. 1:7
Deus concedeu o dom de línguas aos cristãos coríntios afim de que eles pudessem anunciar
o evangelho aos estrangeiros que por ali passavam.
c) O dom de línguas em Corinto tomou-se uma exibição sem amor, pois seu possuidor era
tido como um cristão superior aos demais crentes.
e) Paulo não estava proibindo o genuíno dom de línguas, ou seja, idiomas estrangeiros, mas
sim, estava regulamentando ou disciplinando o uso incorreto ou o abuso de um dom legítimo
do Espírito, de forma ilegítima. (I Cor. 14:39-40)
f) A palavra indouto usada em 1 Cor. 14:16, prova que as línguas faladas em Corinto eram
idiomas estrangeiros, pois, se os indoutos não entendem, então os doutos, ou os instruídos
e versados em muitas línguas, as compreendem.
Logo então, as línguas faladas em Corinto eram línguas das nações, pois se fossem dos
anjos, estáticas ou ininteligíveis, Paulo não mencionaria os 'indoutos'. Por outro lado, as
línguas, sinal para os infiéis como foi no Pentecostes, como poderia ser um sinal para infiéis,
se no mundo ninguém entende, só Deus?
E não poderia ser diferente, pois em Isa. 33:18 se fala de 'um povo cruel de língua estranha
que não se pode entender.
Ora, sabemos que a língua estranha que não se pode entender referida nesta profecia,
trata-se do idioma das nações: Assíria e Babilônia.
Paulo, portanto, não estava estabelecendo uma moderna igreja pentecostal.
A falta de ordem lá era diferente, pois se operava o verdadeiro dom de línguas de povos ou
nações, e não as modernas imitações.
Paulo não encorajou o uso do dom de línguas em público, a não ser com a presença de um
intérprete. (I Cor. 14: 12, 13, 37)
Caso alguém quisesse falar língua estrangeira na igreja de Corinto e não fosse traduzida por
ele ou por outro, para que tanto os presentes como o que falava entendessem, o mesmo
deveria ficar calado, e apenas meditando e orando silenciosamente a Deus.
Notamos que Deus quer que os ouvintes entendam, pois o dom é para pregar e falar aos
homens (v. 21).