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Funções de Linguagem

Carolina Santana
Funções de Linguagem

1- Função emotiva (ou expressiva)


Centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua
emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições
e exclamações.
É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e
cartas de amor (marcas de subjetividade).
“Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério,
simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás
dos óculos e do bigode.”
(Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)
2- Função referencial (ou denotativa)

Centralizada no referente, quando o emissor procura


oferecer informações da realidade. Objetiva, direta,
denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular.

Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

“Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”.


FSP, 16 out.
3- Função imperativa (ou conativa)

Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o


comportamento do receptor. É comum o uso de tu e você,
ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo.

Usada nos discursos, sermões e propagandas que se


dirigem diretamente ao consumidor.

Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!


4- Função fática

Centralizada no canal, tendo como objetivo estabelecer ou


romper contato com o receptor.

Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.


Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos
ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando
este tipo de função ou quando atendemos o celular e
dizemos “Oi” ou “Alô”.
5- Função poética
centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos
criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é
metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações.

É a linguagem figurada apresentada em obras literárias,


letras de música, propagandas etc.

negócio/ego/ócio/cio/0

Epitáfio p
6- Função metalinguística

centralizada no código, usando a linguagem para falar dela


mesma. A metalinguagem pode evitar a incompreensão de
textos variados.
Os dicionários são exemplos de repositórios de
metalinguagem.
“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu
poema.
Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para
explicar o próprio ato de fazer um poema.

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