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A gestação é um momento favorável para que a equipe multidisciplinar de saúde

ofereça uma abordagem voltada para a promoção da saúde desde o início da vida, pois
mulheres conscientizadas podem assumir o papel de principal agente de saúde na
família. O cuidado com a saúde da mulher é dever do Estado e é direito da gestante
receber atenção odontológica durante a gravidez. Neste contexto, a atenção
odontológica muitas vezes é tida como prejudicial e contra- indicada. A presente
pesquisa terá como proposta identificar a percepção de gestantes usuárias do SUS sobre
saúde bucal no período gestacional, por meio de uma abordagem qualitativa, com
análise de conteúdo e, nela, análise temática. Serão realizadas entrevistas semi-
estruturadas até obter-se saturação em relação à compreensão dos objetivos dessa
pesquisa. Para isso, serão necessárias ? entrevistas entre as usuárias do SUS. Neste
estudo, serão identificadas 5 categorias de análise: a gestante e suas políticas públicas,
atenção odontológica durante a gestação, visão dos sujeitos de pesquisa sobre gravidez e
suas conseqüências na saúde bucal, como as gestantes resolvem seus problemas de
saúde bucal, a mãe na promoção de saúde bucal, os profissionais de saúde. A análise e
interpretação dos dados tentará solver a existência de mitos, medos e restrições
relacionados à atenção odontológica no pré-natal, e entender que a busca pela atenção
odontológica entre as usuárias do SUS parece ser mais rotineira e sistemática, e que
possivelmente está relacionada à oportunidade de resolver problemas odontológicos
pré-existentes. O trabalho mostrará a importância da equipe de saúde bucal na atenção
as gestantes sendo detectada a necessidade de criar propostas de intervenções visando
melhoria da qualidade de vida da gestante, bebê e de seus familiares.

Palavras-chave: Gravidez; Odontologia; Saúde Bucal;

A gestação é um período marcado por grandes alterações físicas e psicológicas no organismo


feminino e merece uma atenção diferenciada por parte dos profissionais de saúde. Garantir uma
gestação saudável requer um bom acompanhamento pré- natal que inclui a assistência
odontológica. Esta pesquisa qualitativa objetivou investigar o acompanhamento das gestantes
pelas equipes de saúde bucal na unidade de Saúde da Família de Jardim Gramacho. Foram
entrevistados 4 dentistas, 3 médicos, 2 enfermeiros, 3 agentes comunitários de saúde e 17
gestantes, através de um roteiro semi-estruturado. Os resultados mostraram que ações
desenvolvidas são pontuais e não fazem parte da rotina das equipes. O acesso ao tratamento
dentário não é garantido para as gestantes e a percepção em relação ao cuidado com a saúde
bucal ficou prejudicada devido à falta de informações. A participação do dentista no pré-natal
não foi reconhecida pela maioria dos profissionais entrevistados, nem pelas gestantes. Desta
maneira, concluiu-se que a atualização dos conhecimentos técnico-científicos de todos os
profissionais do PSF através da educação permanente, incluindo tópicos específicos sobre saúde
bucal no período gestacional, ampliaria a participação do dentista no pré-natal e a interação com
a equipe de Saúde da Família. A institucionalização da assistência odontológica neste período,
vinculando as consultas médicas e odontológicas, pode ser uma opção para garantir a saúde
bucal das gestantes.

Palavras-chave: Saúde da Família; saúde bucal; gestantes; acompanhamento pré- natal.

Introdução: No município do Rio de Janeiro (MRJ), houve mudanças


substanciais no modelo de atenção primária à saúde, com expansão da Estratégia
de Saúde da Família (ESF), e no modelo de gestão, garantir uma gestação saudável
requer um bom acompanhamento de pré-natal que inclui a assistência odontológica
Nesse processo, há desafios relativos à qualidade do cuidado prestado a gestante
e sua relação com a melhoria da atenção, em especial ao pré-natal odontológico.
Objetivos: investigar e analisar o acompanhamento das gestantes pela equipe de saúde
bucal na unidade de Saúde da Família da Clínica da Família Helena Besserman Vianna
(CFHBV), por meio de uma abordagem qualitativa, com análise de conteúdo e, nela,
análise temática. Metodologia: estudo epidemiológico qualitativo, com análise de
prontuários de mulheres que fizeram o pré natal (n=91) pela ESF (com
médicos/enfermeiros) na referida área do MRJ e que tiveram seus partos no mês
de março de 2014. Realizou-se busca ativa das informações de registros
eletrônicos, em campos fechados ou abertos. Avaliou-se a completude
(frequências absolutas e relativas), segundo critérios de Romero e Cunha, dos
registros de todas as consultas realizadas pelas gestantes e a comparação com
padrões para a qualidade da assistência, considerando protocolos do Ministério
da Saúde. Variáveis estudadas: identificação, dados clínicos e laboratoriais;
plano de cuidado. Resultados: evidenciou-se elevado percentual de
incompletude dos prontuários analisados (ruim=56,04% e muito ruim=38,46%),
especialmente nos registros clínicos (96%). A adequação dos registros às
normas preconizadas foi muito baixa (4,4% e 1,1%), variando conforme
parâmetros utilizados, especialmente o início tardio do pré-natal, reduzido
número de consultas, inadequação dos procedimentos clínicos (batimentos
cardiofetais e altura uterina) e exames recomendados (especialmente, para
detecção do HIV, sífilis e infecção urinária). Conclusões: o registro em saúde é
ferramenta importante para a gestão e melhoria do cuidado longitudinal.
Esforços para melhorar as condições estruturais (inerentes ao PEP, como
facilidade de manuseio, agilidade, conectividade) e o processo de trabalho das
equipes (apoio na implantação PEP; educação permanente e ainda, mais gerais,
como tempo de consultas, número de atendimentos, etc) podem resultar em
melhoria da qualidade da informação e da atenção perinatal.

Palavras-chave: Informação em Saúde; Registro em Saúde; Prontuário


Eletrônico do Paciente; Atenção Primária à Saúde; Estratégia de Saúde da
Família; Saúde materno-infantil

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