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VAMOS REFLETIR
SOBRE O
BULLYING?
Por uma cultura de respeito ao
diferente
Guia Didático
Ministério da Educação
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológia de Sergipe
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
Ministro da Educação
Milton Ribeiro
Reitora IFS
Ruth Sales Gama de Andrade
Aracaju
2021
Guia Didático
Vamos Refletir sobre o Bullying?
Ficha Técnica
Aracaju
2021
Lista de Figuras
SD - Sequência Didática
Sumário
Apresentação..............................................................................................7
Introdução..................................................................................................8
1 Contextualizando a nossa proposta.........................................................11
1.1 Bullying: conceito, características e especificidades..............................11
1.2 Combate e prevenção por meio da educação........................................14
2 Sobre a Sequência Didática.....................................................................17
2.1 Sequência Didática: Vamos refletir sobre o Bullying?..........................20
2.1.1 Apresentação da Situação.................................................................20
2.1.2 Produção Inicial.................................................................................22
2.1.3 Módulo I - Bullying: conceito, características e especificidades........23
2.1.4 Módulo II - Bullying e preconceito: vamos refletir sobre a
intolerância à diversidade?.......................................................................27
2.1.5 Módulo III - As consequências do bullying e do cyberbullying: e se
fosse com você?.........................................................................................34
2.1.6 Produção Final - Juntos no combate ao Bullying!.............................40
3 Pra Finalizar...........................................................................................44
Referências................................................................................................45
Apresentação
Nesse sentido, o Guia Didático: Vamos refletir sobre o bullying? – Por uma cultura de
respeito ao diferente – propõe uma série de atividades, dispostas em uma sequência
didática, que busca estimular, aprofundar e enriquecer o debate entre os discentes sobre o
tema em questão. O objetivo da proposta de ensino é motivar a reflexão crítica sobre as
questões que envolvem os fatores que subjazem as ações de intimidação sistemática, de
maneira que, por meio da conscientização e da sensibilização, se possa possibilitar a
ocorrência de uma mudança de comportamento.
Cabe ressaltar que as atividades propostas podem ser desenvolvidas por docentes de
quaisquer disciplinas que desejem trabalhar a temática em suas turmas. Elas podem
também ser alteradas e adaptadas de acordo com as particularidades e necessidades do
grupo de alunos para o qual serão destinadas.
Espera-se que este guia seja uma ferramenta útil para a conscientização e a sensibilização
dos discentes quanto à gravidade de comportamentos agressivos como o bullying e que
possa auxiliar os docentes em práticas educativas que favoreçam essa reflexão.
____________________________
¹Adota-se neste Guia os termos “bullying” e “intimidação sistemática” para denominar o mesmo fenômeno,
conforme consta na Lei 13.185/2015.
7
Introdução
Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo,
torná-lo sério, com adolescente brincando de matar gente,
ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a
educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a
sociedade muda.
Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não
da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do
arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não
temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção.
Encarná-la, diminuindo assim a distância entre o que dizemos e o
que fazemos.
(Paulo Freire, 2000, p. 31)
8
empresas, com idade entre 15 e 26 anos, demonstrou que 49,52% dos jovens
confessaram já ter sofrido bullying no local de trabalho (QUASE..., 2014).
Os estudos sobre a temática têm contribuído para mudar esse cenário. No Brasil, o
bullying passou a ser discutido a partir de 1990, com publicação de artigos científicos
a partir de 2005 (OLIVEIRA-MENEGOTTO, 2013). Com os estudos sobre o tema e a
identificação da gravidade de suas consequências, no ano de 2015, o combate e a
prevenção a esse tipo de violência se tornou uma política pública, por meio da
publicação da Lei 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação
Sistemática (Bullying) em todo o território nacional e estabeleceu que é dever dos
estabelecimentos de ensino, clubes e agremiações recreativas assegurar medidas de
conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e ao bullying.
9
concepção dos alunos acerca do bullying, que resultou nesse Guia Didático. O estudo
subsidiou a criação de uma sequência didática (SD), cujas atividades tiveram, como
ponto de partida, o conhecimento prévio dos discentes. A SD propõe uma série de
atividades que visam fomentar a reflexão e o diálogo sobre a intimidação sistemática
e os fatores que subjazem as ações agressivas, com foco na conscientização e
sensibilização sobre sua gravidade, contribuindo, dessa forma, para ampliar o acervo
didático-pedagógico sobre a temática disponível aos docentes.
O guia inicia com o capítulo intitulado Contextualizando a nossa proposta..., que traz
uma fundamentação teórica da temática, dividida em dois tópicos: Bullying: conceito,
características e especificidades e Combate e prevenção por meio da educação. Em
seguida apresenta-se a SD elaborada no capítulo intitulado Sobre a Sequência
Didática..., onde se faz o detalhamento de cada etapa. Por fim, encerra com as
considerações finais, onde se faz uma breve abordagem sobre os resultados
observados com a aplicação da SD e sobre a importância da realização de ações
educativas para o combate e a prevenção à violência, em especial ao bullying.
10
1 Contextualizando a
nossa proposta...
1.1 Bullying: conceito, características e especificidades
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa “agressor” ou
“alguém que intencionalmente ameaça uma pessoa menor ou mais fraca”, tendo seu
correspondente no verbo to bully, que significa “intimidar”, “tiranizar”, “ameaçar
alguém que é menor ou mais fraco”. Desta forma a palavra bullying significa ato de
intimidar ou ameaçar (CAMBRIDGE..., 2018). Na língua portuguesa, a palavra
bullying não tem um vocábulo correspondente, sendo utilizados, portanto, nos
estudos sobre o tema, os termos “intimidação sistemática”, “vitimização” e o próprio
termo “bullying”.
O vocábulo foi adotado pelo pesquisador Dan Olweus, no fim da década de 1970,
para designar o fenômeno caracterizado por uma subcategoria de comportamento
agressivo que ocorre entre pares, marcado por relações desiguais de poder e
realizado de forma intencional e repetitiva, sem uma motivação evidente, com o
intuito de intimidar, machucar, oprimir e humilhar o outro. Esse tipo de violência
ocorre nas mais diversas classes sociais e se expressa através de agressões verbais,
físicas, psicológicas, sociais e/ou sexuais, que são executadas por uma pessoa
(agressor), ou um grupo de pessoas, contra um indivíduo (vítima) ou um grupo
(OLWEUS, 2013).
Fante (2011, p. 29), ao discorrer sobre bullying, enfatiza, além das características
descritas acima, que ele abrange o comportamento cruel, no qual os mais fortes
fazem dos mais frágeis objetos de diversão e prazer através de “brincadeiras” que
disfarçam o propósito de maltratar e intimidar o outro. Ao descrever algumas ações
desse tipo de agressão, a autora destaca:
11
Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam
profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam,
ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão,
além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações
do comportamento bullying.
Olweus (2013) destaca três critérios relevantes para identificar corretamente os casos
de intimidação sistemática, que são: ações repetitivas contra a mesma vítima num
período prolongado de tempo; desequilíbrio de poder dificultando a defesa da vítima;
e ausência de motivos que justifiquem os ataques.
Silva (2010a) destaca ainda o bullying virtual ou cyberbullying, que consiste nas
agressões realizadas por meio de ferramentas tecnológicas, como celulares,
filmadoras, internet, principalmente nas redes sociais. Comentários discriminatórios,
12
ofensas, fotos manipuladas, publicações indevidas utilizando o nome ou perfil da
rede social da vítima são algumas das formas mais comuns de cyberbullying.
Cleo Fante (2011), ao abordar as consequências das agressões que ocorrem nos
episódios de intimidação sistemática, quando sofrido na infância ou adolescência, diz
que eles podem se refletir na fase adulta, trazendo marcas significativas que afetam
a vida das pessoas envolvidas. No caso dos agressores, a autora destaca a falta de
adaptação aos objetivos escolares, desinteresse e baixo rendimento, valorização da
violência como meio de obtenção de poder, maior tendência para comportamentos
delinquentes e de risco, além da grande possibilidade de desenvolverem problemas
no futuro no que concerne ao desenvolvimento e manutenção de relações positivas,
apresentando dificuldades de convivência nas diversas esferas da vida, tanto pessoal
e profissional, quanto social.
Para as vítimas, as sequelas das agressões são inúmeras e variam de acordo com o
perfil psicológico, vivências e predisposições de cada indivíduo (SILVA, 2010b). Essas
consequências podem ocasionar, segundo Fante (2011), desinteresse pela escola,
queda do rendimento escolar, déficit de concentração e de aprendizagem,
absenteísmo e evasão escolar.
13
1.2 Combate e prevenção por meio da educação
A lei ratifica a ideia de que o combate e a prevenção desse tipo de violência se faz,
sobretudo, através de ações educativas, que promovam a conscientização e o
esclarecimento sobre o fenômeno. Uma proposta educativa que busca a
conscientização da gravidade das ações agressivas e das consequências advindas
delas, que estimula a reflexão crítica sobre as causas que subjazem essas agressões e
que se fundamenta na formação integral do indivíduo, englobando o
desenvolvimento do pensamento crítico e a formação social, moral e ética do aluno,
contribui para a mudança de comportamento e de valores nos discentes,
promovendo, portanto, o combate e a prevenção das ações de bullying de forma mais
eficaz.
Assim como Adorno (2003) acredita e defende que a educação assume um papel
crucial para prevenir e impedir o retorno da barbárie, sustenta-se, como fundamento
dessa proposta de ensino, que é através da educação que podemos combater e
prevenir a ocorrência de casos de intimidação sistemática no espaço escolar. Para
tanto, apresentamos o planejamento de uma série de atividades que fomentam o
debate e a reflexão dos alunos sobre o fenômeno bullying, através de uma sequência
didática, de forma a favorecer a conscientização sobre a temática e sobre as causas
que subjazem as ações agressivas, bem como a sensibilização quanto às
consequências acarretadas, com foco no combate e prevenção desse comportamento
destrutivo, através da mudança de valores e posturas.
16
2 Sobre a Sequência Didática...
Toda prática educativa que busque promover no aluno uma aprendizagem
significativa precisa necessariamente de uma sistematização metodológica (ZABALA,
1998). Essa sistematização é norteada pelos objetivos que se pretende alcançar,
constituindo o encadeamento dos conteúdos e das atividades necessárias à
consecução desses objetivos.
17
Figura 1 – Esquema da Sequência Didática
A sequência didática deste guia foi aplicada na turma do segundo ano do Curso
Técnico Integrado ao Ensino Médio em Eletromecânica. A apresentação da situação
(exposição aos alunos dos conteúdos que serão abordados e das atividades que serão
realizadas) aconteceu no primeiro encontro com os alunos. Em seguida, ainda nesse
primeiro encontro, realizou-se a segunda etapa, que corresponde à produção inicial,
durante a qual os alunos responderam três questões subjetivas sobre a temática, com
o intuito de que expusessem seus conhecimentos. Essas questões foram inseridas no
questionário da pesquisa de mestrado que foi aplicado junto aos alunos através do
Google Formulários e no qual buscou-se verificar, além da concepção dos alunos
sobre a temática, indícios de ocorrência de casos de bullying no campus estudado.
Essa etapa permitiu a avaliação dos saberes prévios dos discentes, o que possibilitou
a adequação da sequência didática, a fim de contemplar as deficiências e
potencialidades encontradas.
Fonte: Os autores.
Cada módulo traz o planejamento das atividades, bem como a descrição detalhada
de suas etapas, de forma a facilitar sua aplicação em um outro momento.
A SD² foi elaborada para aplicação na modalidade de ensino remoto, através dos
aplicativos Google Meet, Google Formulários e Google Sala de Aula, em virtude da
suspensão das aulas presenciais no IFS durante a realização da pesquisa. Entretanto,
é importante frisar que esta proposta de ensino pode ser aplicada também na
modalidade de ensino presencial.
____________________________
²As aulas presenciais no IFS foram suspensas a partir da publicação da Portaria IFS nº 928 de 16/03/2020,
como medida de prevenção e combate à pandemia do vírus Sars-CoV-2, causador da doença COVID-19, sendo
autorizada a substituição das aulas presenciais pelo ensino remoto por meio da Portaria IFS nº 1964, de
20/08/2020, publicada no Boletim de Serviços n° 114/2020.
19
2.1 Sequência Didática: Vamos refletir sobre o Bullying?
20
Metodologia Sequêndia didática composta de 5 etapas.
Estratégias
Apresentação de vídeos (didáticos e
didático-pedagógicas
documentários);
Leitura de artigos de revistas e
notícias jornalísticas;
Debates;
Produção escrita.
21
2.1.2 Produção Inicial
Questionário
22
2.1.3 Módulo I
Bullying: conceito, características e especificidades
Duração:
Uma aula de 50 min.
Objetivo:
Promover a reflexão crítica e o debate sobre o bullying, suas características,
tipologias e personagens envolvidos.
Recursos didáticos:
Computador, tablet ou smartphone com acesso a internet;
Aplicativos Google Meet e Google Sala de Aula;
Texto: PORFÍRIO, Francisco. Bullying. Brasil Escola [online]. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm
Vídeo: Bullying: o que é e como diminuí-lo. Canal Minutos Psíquicos.
Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=v-
5TfJ39sC0&list=PL0PZZV_YTwH31jq9yFGW5Bxj1dQRxvWOP&index=15&t=0s
Ambientação:
Participantes online na interface do Google Meet.
SUGESTÃO DE
AMBIENTAÇÃO
Caso as ati
vidades sejam
realizadas n
a modalidad
presencial, su e
gere-se que os
alunos fiquem
posicionados em
um semicírcu
lo, de form
possibilitar a a
visualização d
vídeo e favorec o
er o debate.
23
Metodologias e Estratégias:
Sugere-se iniciar a aula propondo aos alunos que comentem ou destaquem os trechos
que lhes chamaram mais atenção do texto Bullying, de Francisco Porfírio (Figura 3),
que foi disponibilizado para a leitura na interface do aplicativo Google Sala de Aula
e, em seguida, exibir para a turma o vídeo Bullying: o que é e como diminuí-lo
(Figura 4), de 5 minutos de duração.
Figura 3: Parte do texto “Bullying”.
24
Segundo Momento Vamos conversar? (Duração: 20 min).
25
Vocês acham que os padrões de beleza e comportamento ditados pela sociedade,
assim como as desigualdades sociais vigentes, contribuem para a ocorrência do
bullying?
De acordo com o vídeo e o artigo, vocês conseguem destacar uma causa para
comportamentos agressivos como o bullying?
Na sua opinião, porque o bullying é uma agressão tão grave?
O que vocês acham que pode ser feito para combater o bullying?
Avaliação:
Sugere-se, como avaliação desse módulo, que o docente observe a participação
dos alunos nas discussões, verificando se os mesmos são capazes de:
Caracterizar uma ação de bullying, diferenciando-a de outros tipos de
agressão;
Compreender a gravidade das consequências decorrentes de ações de
intimidação sistemática;
Perceber os fatores motivacionais que frequentemente subjazem esse tipo
de violência;
Identificar ações que contribuem para combater a ocorrência de bullying.
26
2.1.4 Módulo II
Bullying e preconceito: vamos refletir sobre a intolerância à diversidade?
Duração:
Uma aula de 50 min.
Objetivo:
Proporcionar a reflexão sobre bullying e preconceito, diferenciando seus
conceitos e características, assim como identificando as relações que
frequentemente permeiam esses dois fenômenos sociais.
Recursos didáticos:
Computador, tablet ou smartphone com acesso internet;
Aplicativos Google Meet, Google Formulários e Google Sala de Aula;
Dinâmica de grupo Abrigo Subterrâneo adaptada de: SILVA, Roniel
Sampaio. Dinâmica Preconceito. Blog Café com Sociologia [online].
Disponível em: https://cafecomsociologia.com/dinamica-preconceito/
Texto: GUERRA, Luiz Antônio. Preconceito. Infoescola [online]. Disponível
em: https://www.infoescola.com/sociologia/preconceito/
Vídeo: Fama, fé e fortuna: sagrado e profano no mundo do espetáculo,
recortado no trecho: 1:22:14 a 1:28:47. Canal Instituto CPFL. Youtube.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fnzWH1YmBGs
Vídeo: Diversidade – poesia de Bráulio Bessa. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=XP6onGuSpa0&list=PL0PZZV_YTwH31jq9yFGW5Bxj1dQRxvWOP&index=
37&t=0s
Ambientação:
Participantes online na interface do Google Meet.
SUGESTÃO DE AMBIENTAÇÃO
Caso a aula seja realizada na modalidade presencial, recomenda-se que, no
primeiro momento (Dinâmica), os alunos sejam divididos em grupos de 5
componentes, posicionados em círculos, a fim de discutirem e definirem as
personagens que serão escolhidas. Após, deverão se posicionar em um único
grande semicírculo para a realização de um debate sobre as escolhas de cada
grupo. No segundo momento, todos os discentes deverão permanecer
posicionados em um grande semicírculo, de forma a favorecer o diálogo.
27
Metodologias e Estratégias:
Após a revelação dos resultados, orienta-se que o docente estimule o debate sobre as
escolhas feitas pelos alunos, baseadas em informações superficiais, instigando-os a
refletir sobre os motivos que os levaram a escolher determinadas personalidades,
fazendo uma relação entre as escolhas feitas e os preconceitos.
28
6.Tímido, considerado “nerd”, pouco popular na escola, abandonou a
faculdade de matemática no 3º ano para estabelecer seu próprio negócio,
baseado numa invenção visionária.
7.Estudioso, portador de múltiplas deficiências causadas por uma doença
degenerativa, paralisante e sem cura.
8.Estudioso, não fumava, não bebia, grande poder de liderança, autor de uma
famosa autobiografia intitulada “Minha Luta”.
9.Filho adotivo de aristocrata, grande administrador, admirador da música e
do teatro, construiu grandes obras em seu governo. Também é músico e poeta.
10.Moço tímido, na adolescência foi soldado e trabalhador voluntário, filho de
aristocrata, engenheiro civil, empresário bem-sucedido, pai de 12 filhos.
11.Filho de imigrantes, foi coroinha, atleta, graduado em direito, condenado a
15 anos de prisão, tendo sido anistiado.
12.Órfã de pai, tímida, religiosa, fez voto de castidade e tem problemas
cardíacos.
13.Viciado em cocaína, especialista em sexualidade, fumante inveterado.
14.Ainda jovem foi acusado de atentado ao pudor. Pintor, volúvel e
inconstante. Deixou trabalhos inacabados. O pai recusou-se a reconhecer sua
paternidade.
Fonte: Os autores.
Personalidades
29
10.Osama Bin Laden: considerado o maior líder terrorista da história.
11.Fidel Castro: foi presidente vitalício de Cuba, responsável pela prisão de
milhares de cubanos.
12.Madre Teresa de Calcutá: Nobel da Paz. Vida dedicada à erradicação da
pobreza, mortalidade infantil e fome.
13. Sigmund Freud: considerado o pai da psicanálise moderna.
14.Leonardo Da Vinci: gênio do Renascimento.
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores
30
Segundo Momento (Duração: 15 min).
Sugere-se propor aos alunos a leitura do texto Preconceito, de Luiz Antônio Guerra
(Figura 8), disponibilizado na interface do Google Sala de Aula e, após a leitura do
texto, exibir para a turma o vídeo Diversidade e Tolerância Ativa (Figura 9).
31
Terceiro Momento Vamos conversar? (Duração: 20 min).
Recomenda-se, nesse momento, que o docente estimule o debate entre os alunos com
base no texto e no vídeo propostos, incentivando a reflexão sobre as diferenças e
relações existentes entre preconceito e bullying, bem como procurando estimular a
contextualização dos tópicos discutidos com as experiências vivenciadas pelos alunos.
32
Sugere-se encerrar o debate com a exibição do vídeo
Diversidade – poesia de Bráulio Bessa (Figura 10).
Avaliação:
Recomenda-se, como avaliação desse módulo, que o docente observe a
participação dos alunos nas discussões, verificando se os mesmos são capazes
de:
Compreender o conceito de preconceito, diferenciando-o de bullying;
Perceber as relações existentes entre bullying e preconceito;
Entender a influência da intolerância à diversidade nas ações de
intimidação sistemática e preconceito.
33
2.1.5 Módulo III
As consequências do bullying e do cyberbullying: e se fosse com
você?
Duração:
Uma aula de 50 min.
Objetivo:
Promover o esclarecimento sobre as consequências decorrentes das ações de
bullying e cyberbullying, e estimular a reflexão sobre a gravidade de tais
consequências para os sujeitos envolvidos nesses tipos de agressões,
destacando as peculiaridades das ações de cyberbullying que impactam na
gravidade de suas consequências.
Recursos didáticos:
Computador, tablet ou smartphone com acesso internet;
Aplicativos Google Meet e Google Sala de Aula;
Texto: Negra e adotada, garota de 12 anos é alvo de bullying em três
escolas de BH. Estado de Minas [online]. Disponível em:
https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2017/04/16/interna_gerais,8
62543/negra-e-adotada-garota-de-12-anos-e-alvo-de-bullying-em-tres-
escolas.shtml
Vídeo: Preconceito e discriminação na escola. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
time_continue=361&v=i33rAvPEEcE&feature=emb_title
Vídeo: Bullying – Uma conversa sobre perdão. Canal UOL TAB. Youtube.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=Uey7tCYyyUc&list=PL0PZZV_YTwH31jq9yFGW5Bxj1dQRxvWOP&index=2
&t=0s
SUGESTÃO
Para a abordagem do tema deste módulo, os vídeos podem ser substituídos por
um relato de vida de alguma personalidade que foi vítima de bullying e, após a
superação do trauma, se propõe a fazer palestras sobre o assunto, relatando
sua experiência e as consequências sofridas.
34
Ambientação:
Participantes online na interface do Google Meet.
SUGESTÃO DE
AMBIENTAÇÃO
Caso as ativida
des sejam
realizadas na m
odalidade
presencial, sug
ere-se que os
alunos fiquem
posicionados em
um semicírculo
, de forma
possibilitar a v
isualização dos
vídeos e favore
cer o debate.
Metodologias e Estratégias:
Sugere-se propor aos alunos a leitura do texto jornalístico Negra e adotada, garota
de 12 anos é alvo de bullying em três escolas de BH (Figura 11), disponibilizado na
interface do Google Sala de Aula. Após a leitura, estimular o debate sobre o texto, de
forma a proporcionar a reflexão sobre as consequências do bullying sofrido pela
garota e a relação entre essa agressão e o preconceito sofrido por ela.
35
Figura 11: Notícia “Negra e adotada, garota de 12 anos é alvo de
bullying em três escolas de BH.
Hora do debate!
Sugestão de tópicos:
36
Segundo Momento (Duração: 10 min).
Caro Professor,
37
Figura 13: Vídeo “Bullying – uma conversa sobre perdão"
Avaliação:
Sugere-se, como avaliação desse módulo, que o docente observe a
participação dos alunos nas discussões propostas, verificando se os mesmos
são capazes de:
Identificar as consequências decorrentes de ações de bullying e
cyberbullying;
Perceber as peculiaridades das ações de cyberbullying que impactam
diretamente na gravidade de suas consequências.
Compreender como as consequências desses tipos de violência podem
afetar a vida dos sujeitos envolvidos e a sociedade como um todo.
39
2.1.6 Produção Final
Juntos no combate ao Bullying!
Duração:
Uma aula de 50 min.
Objetivo:
Estimular nos alunos a elaboração de material educativo sobre Bullying, no
formato de mapa mental, favorecendo que os mesmos expressem os
conhecimentos obtidos durante as atividades desenvolvidas na SD.
Recursos didáticos:
Computador, tablet ou smartphone com acesso internet;
Aplicativos Google Meet e Google Sala de Aula;
Papel;
Lápis;
Canetas;
Borracha;
Lápis de cor ou canetas hidrocor;
Documentário: Liberdade de ser. Youtube. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?
v=0y0hLx4oppU&list=PL0PZZV_YTwH31jq9yFGW5Bxj1dQRxvWOP&index=2
Ambientação:
Participantes online na interface do Google Meet.
Caso as atividades
sejam
realizadas na mod
alidade
presencial, pode-s
e propor a
elaboração do map
a mental em
grupos de 4 compo
nentes,
favorecendo o diál
ogo entre os
integrantes do gr
upo para a
realização da ativ
idade. Ao
final, cada grupo
pode
apresentar para a
turma o
mapa mental elab
orado.
40
Metodologias e Estratégias:
Explicar aos alunos a atividade que será realizada, comunicando que eles deverão
elaborar um material educativo sobre bullying, no formato de mapa mental,
informando sobre o fenômeno e encorajando o seu combate. Deve-se esclarecer que o
mapa mental elaborado poderá conter as informações que eles acharem relevantes,
mas deverá conter, necessariamente, as seguintes informações:
O que é bullying.
Possíveis causas do bullying.
Possíveis consequências do bullying.
Como combater o bullying.
Deve-se informar ainda que, antes de iniciar a elaboração do mapa mental, os alunos
assistirão um documentário que foi elaborado por discentes de uma escola pública
como recurso educativo de combate ao bullying no espaço escolar.
41
Segundo Momento (Duração: 10 min).
42
Terceiro Momento Elaboração do Mapa Mental (Duração: 30 min.)
Avaliação:
Sugere-se que a avaliação seja feita observando-se a participação dos alunos
nas atividades propostas, verificando se os mesmos são capazes de expressar
nos mapas mentais produzidos o significado de bullying, suas causas e
consequências, bem como a necessidade de se combater esse tipo de violência.
43
3 Pra Finalizar...
A sequência didática apresentada neste guia foi aplicada em uma turma do Curso
Técnico Integrado ao Ensino Médio em Eletromecânica do Campus Lagarto/IFS.
Durante a realização das atividades, foi possível perceber a motivação e o
envolvimento dos alunos nos debates realizados, demonstrando a importância de
trazer para o ambiente escolar a discussão sobre a temática bullying, que é tão
presente no cotidiano deles.
A avaliação das atividades pelos discentes demonstrou que esta sequência didática
contribuiu para, de forma leve e motivadora, esclarecê-los sobre a intimidação
sistemática e conscientizá-los sobre a gravidade das ações e das consequências desse
tipo de agressão. Os debates realizados propiciaram a discussão de experiências
vivenciadas pelos discentes, favorecendo uma reflexão rica de sentido e significado
e, consequentemente, possibilitando uma mudança de comportamento por meio da
conscientização.
Esse guia didático vem contribuir para ampliar o acervo didático-pedagógico sobre a
temática em questão e, dessa forma, espera-se que ele seja um motivador para o
desenvolvimento de práticas educativas de combate e prevenção à violência no
ambiente escolar, em especial, à intimidação sistemática. A sequência didática
proposta pode ser aplicada não só por docentes, mas também pelos demais
profissionais da educação, podendo ser adaptada de acordo com as necessidades e
peculiaridades do público alvo.
44
Referências
ADORNO, T. W. Educação e emancipação. 3 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
BRASIL. Lei nº 13.185, de 6 de novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à
Intimidação Sistemática (Bullying). Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF,
ano 152, n. 213, p. 1-2, 9 nov. 2015. Disponível em:
https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal
=1&pagina=1&data=09/11/2015. Acesso em: 15.09.2020.
CAMBRIDGE Learner’s Dictionary. 4 ed. Cambridge: Cambridge University Press,
2018.
CRISTOVÃO, V.L.L. Sequências Didáticas para o ensino de línguas. In: DIAS, R.;
CRISTOVÃO, V. L. L. (Org.). O Livro Didático de Língua Estrangeira: múltiplas
perspectivas. 1a.. ed. Campinas: Mercado de Letras, 2009. p. 305-344. Disponível em:
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/setembro2011/espanhol_ar
tigos/cristovao.pdf. Acesso em 27.10.2020.
DA SILVA, D. G. Violência e estigma: bullying na escola. São Leopoldo: Universidade
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