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Química Verde:

Princípios e Aplicações para um Futuro Sustentável

Eduardo de Souza Medeiros - 12321BMD007

Gyanne Cristina Matias de Sousa - 12311BMD039

Paulla Vitória Moreira Souza – 12321BMD014

Thais França Coutinho - 12321BMD009

Uberlândia - MG
2024

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Química Verde:
Princípios e Aplicações para um Futuro Sustentável

Trabalho apresentado como monografia para


apresentação dos princípios, objetivos e definição da
Química Verde e suas aplicações para a disciplina de
Fundamentos de Química Orgânica para o curso de
Biomedicina da Universidade Federal de Uberlândia, sob
orientação da professora Raquel Maria Ferreira de Sousa.

Autores: Eduardo de Souza Medeiros, Gyanne Cristina


Matias de Sousa, Paulla Vitória Moreira Souza, Thais
França Coutinho.
Docente orientador: Raquel Maria Ferreira de Sousa.
Modalidade do trabalho: Monografia

Uberlândia – MG
2024

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RESUMO

A química verde e um ramo da química que visa diminuir e até mesmo eliminar o uso de
substância que provocam poluição, assim recuperar a qualidade do meio ambiente. Durante
todo esse processo e colocada uma ideia de que podemos desenvolver os conhecimentos de
uma forma mais sustentável e que não agrida o meio ambiente de uma forma muito negativa.
Há uma base de princípios elementares, onde contem doze tópicos que precisam ser seguidas
quando tem intenção de implementá-la em algum local como indústria, instituição de ensino
ou pesquisa na área de química. Porém há alguns desafios da química verde que estão pautados
em reduzir a poluição e os problemas ambientais sobre os seres vivos, eliminas os compostos
químicos e subtítulos por um método mais sustentável.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 5

1.1 DESAFIOS.................................................................................................................. 5

1.2 OBJETIVOS............................................................................................................... 6

1.3 OS DOZE PRINCÍPIOS DA QUÍMICA VERDE..................................................... 7

2. DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 8

2.1 PRINCÍPIOS DA QUÍMICA VERDE EM AÇÃO................................................... 9

2.2 AVANÇOS E LEGISLAÇÃO.................................................................................. 11

3. APLICAÇÃO DA QUÍMICA VERDE........................................................................12

3.1 O SÉTIMO PRINCÍPIO............................................................................................ 12

3.2 O NONO PRINCÍPIO............................................................................................... 13

3.3 O DECIMO PRINCÍPIO............................................................................................14

4. CONCLUSÃO............................................................................................................14

5. REFERÊNCIAS..........................................................................................................15

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1. INTRODUÇÃO

1.1 - DESAFIOS

A indústria química abrange diversos setores da economia em nossa sociedade, e não é


de hoje a luta contra o mal uso de métodos e tecnologias de produção que impactam
negativamente a integridade e a disponibilidade de recursos escassos no meio ambiente. Os
principais problemas ambientais, como a emissão de gases de efeito estufa (GEE) que
contribuem para o aquecimento global, dependência de recursos não renováveis como petróleo
e gás natural como matéria-prima e fonte de energia, contribuindo para o esgotamento desses
recursos e intensificando a dependência energética, o lançamento de poluentes industriais sem
tratamento adequado que contamina rios e lagos, comprometendo a qualidade da água. São só
alguns exemplos de problemas ambientais que se agravaram nas últimas décadas devido a
irresponsabilidade e falta de regulamentação da indústria química tradicional, que geram
grandes impactos ambientais irreversíveis.
A figura A demostra os desafios que a química verde enfrenta.

Figura A: Desafios da química verde

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1.2 - OBJETIVOS

A aplicação da Química Verde na realidade atual, emerge como uma resposta aos desafios
ambientais e sociais da química tradicional. Ela busca desenvolver produtos e processos
químicos que sejam mais eficientes, menos poluentes e mais seguros para a saúde humana e o
meio ambiente, levando em consideração um futuro sustentável e saudável para próximas
gerações. Apresentando uma breve contextualização sobre a natureza, finalidade, práticas e
ensino da química verde (green chemistry) e seu papel na educação científica para a
consolidação de uma ciência da sustentabilidade. Este é um trabalho coletivo no âmbito da
docência e pesquisa científica sobre o papel da educação como ferramenta essencial para se
alcançar o desenvolvimento sustentável.

A figura B demonstra a esquematização do que a Química verde pretende implantar.

Figura B: Objetivos da Química Verde

Baseado em seus objetivos e deveres, um tópico bastante reconhecido e comentado


dentro das aplicações da Química Verde, conforme citado acima, são os 12 Princípios da
Química Verde, desenvolvidos e publicados em 1998 pelos químicos norte-americanos Paul T.
Anastas e John C. Warner através do livro "Green Chemistry: Theory and Practice”, onde
década de 90 era marcada por uma crescente consciência ambiental. Impulsionados por eventos
como a Cúpula da Terra no Rio de Janeiro (1992) e o Protocolo de Kyoto (1997), a química

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tradicional, com seus processos poluentes e produtos nocivos, começou a ser questionada. A
obra de Paul Anastas e John Warner foi inovadora e lançou as bases para um novo
desenvolvimento global na química, focado na sustentabilidade e na responsabilidade
ambiental.

1.3 – DOZES PRINCÍPIOS DA QUÍMICA VERDE

A Tabela 1 a seguir, descreverá os 12 princípios e seus respectivos objetivos.


Princípios Objetivos de aplicação

P1 – Prevenção Evitar a formação de resíduos para não o tratar,


eliminando assim a possibilidade de poluição
futura
P2 - Economia atômica Em uma reação ideal, planejar metodologias
sintéticas que maximizem a incorporação de
todos os materiais de partida no produto final,
eliminando ou diminuindo a formação de
resíduos.
P3 - Síntese segura Reduzir a toxicidade no processo de síntese de
um produto químico, tanto de reagentes quanto
de produtos
P4 - Desenho de produtos seguros Desenhar produtos químicos seguros e
eficientes, de tal modo que realizem a função
desejada e não sejam tóxicos
P5 - Solventes e auxiliares seguros Eliminar ou reduzir o uso de substâncias
auxiliares como, solventes, agentes de
purificação e secantes tóxicas. Quando
inevitável, devem ser inofensivos ou
reutilizados.
P6 - Eficiência energético A utilização de energia pelos processos
químicos precisa ser reconhecida pelos seus
impactos ambientais econômicos e deve ser
minimizada. Se possível, os processos químicos
devem ser conduzidos a temperatura e à pressão
ambientes.
P7 - Uso de matéria-prima de fontes renováveis Priorizar o uso de biomassa como matéria-prima
no desenvolvimento de novas tecnologias e
processo, em detrimento de fontes não
renováveis
P8 - Evitar a formação de derivadas Minimizar a derivatização desnecessária ou, se
possível, evitá-la, porque estas etapas requerem
reagentes adicionais e podem gerar resíduos.
P9 – Catálise Priorizar reagentes catalíticos (tão seletivos
quanto possível) em substituição aos reagentes
estequiométricos
P10 - Geração de produtos biodegradáveis Desenhar e produzir produtos químicos que se
fragmentem em produtos de degradação inócuos
e não permaneçam no ambiente, ao final de sua
função.
P11 - Análise em tempo real para a prevenção Desenvolver metodologias analíticas que
da poluição viabilizem um monitoramento e controle dentro

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do processo químico em tempo real, antes de
formação de substâncias nocivas.
P12 - Química intrinsecamente segura para a Minimizar o risco de acidentes químicos,
prevenção de acidentes vazamento de gases, explosões e incêndios, por
meio da escolha adequada das substâncias
utilizadas em um processo químico.
Tabela 1. Fonte: os autores, com base em Anastas e Warner (1998)

2. DESENVOLVIMENTO

Como vimos, a modernidade trouxe a evolução das tecnológicas, as indústrias no geral


vêm apresentando grande crescimento de consumo, entretanto, toda evolução, de qualquer área
que observarmos, terá a mesma finalidade, melhorar e manter a boa qualidade da vida humana.
Na indústria química não é diferente, vem apresentando grandes melhorias com novos métodos
de trabalho, por exemplo, produtos farmacêuticos, tintas, conservantes, dentre outros. Porém,
em dois séculos de existência desta indústria, acorreram diversos impactos negativos ao meio
socioambiental, com poluições de resíduos.

Atualmente, a Química Verde está sendo amplamente estudada e aplicada em várias


áreas. Uma das áreas de foco é o desenvolvimento de processos químicos que minimizam a
produção de resíduos e reduzem a dependência de recursos não renováveis. Também estão
sendo desenvolvidas novas técnicas de síntese que evitam o uso de solventes perigosos e
reagentes químicos. Em relação aos produtos, está sendo dada maior atenção à concepção de
materiais que são projetados para serem reciclados ou que se degradam ao final de sua vida
útil, minimizando a poluição ambiental.

Também está sendo usada para desenvolver novas fontes de energia, como
biocombustíveis e células solares. Além disso, na educação este assunto está se tornando cada
vez mais importante, com programas acadêmicos incorporando princípios e práticas de
Química Verde em seus currículos.

Outro campo de estudo importante na área é a pesquisa de catalisadores mais eficientes


e menos prejudiciais ao meio ambiente. A utilização de catalisadores pode aumentar a
eficiência das reações, reduzindo a necessidade de condições extremas de temperatura ou

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pressão e diminuindo a formação de subprodutos indesejados. Também promove a utilização
de fontes de energia renováveis nos processos químicos para reduzir a dependência de
combustíveis fósseis. Este é um campo de pesquisa bastante promissor, com muitos cientistas
procurando formas de incorporar energia solar, eólica e outras formas de energia renovável nos
processos químicos.
Podemos dizer que a QV está se voltando para a biologia, com o desenvolvimento da
chamada Química Verde Biológica. Este campo de estudo foca no uso de organismos vivos,
ou partes deles, para realizar reações químicas. Isso pode incluir o uso de enzimas em reações
químicas ou a modificação genética de organismos para produzir substâncias químicas
específicas.
A Química Verde pode ser considerada como uma comunidade de ensino atualmente,
pois envolve diversas redes, programas e projetos em todo o mundo na direção da
ambientalização curricular. Existe esta necessidade urgente da implicação de educadores(as)
das áreas científicas com o compromisso de educar para a sustentabilidade, reivindicando e
impulsionando desenvolvimentos tecnos científicos favorecedores da sustentabilidade e
multiplicando as iniciativas para implicar ao conjunto de docentes e cidadãos em geral, já que,
educar na filosofia e na prática da QV requer o domínio das ferramentas apropriadas para a
inclusão de seus princípios. Há um esforço contínuo para incorporar os princípios da Química
Verde na educação química em todos os níveis, desde o ensino fundamental até a pós-
graduação. O objetivo é preparar a próxima geração de químicos para pensar em maneiras mais
sustentáveis e ecológicas de realizar a química.

2.1 Princípios da Química Verde em Ação:

Os produtos ou processos da química verde são divididos em três grandes categorias:

I) o uso de fontes de recursos naturais ou recicláveis de matéria-prima.

O uso de fontes renováveis diminui o volume de resíduos, uma vez que o método permite que
a matéria-prima seja reutilizada após seu uso. Por exemplo, a reciclagem do papel traz
economia de energia. Se fosse para utilizar a madeira virgem, o processo levaria mais tempo,
o que implica em um aumento do gasto de energia.

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II) Aumentar a eficiência de energia, ou seja, utilizar menos energia para produzir a mesma
quantidade de produto.

Quando se discute energia, eficiência energética significa gerar a mesma quantidade de energia
com menos recursos naturais ou obter o mesmo serviço com menos energia. Como por
exemplo, Cada um de nós pode contribuir para um uso mais eficiente da energia, buscando
equipamentos mais eficientes, ou seja, aqueles que usam menos recursos para proporcionar a
mesma quantidade de energia útil.

A figura C representa uma lâmpada incandescente e uma lâmpada de led

Figura C: Lâmpadas

Ao substituir uma lâmpada incandescente por uma lâmpada de LED por exemplo, estamos
promovendo uma ação de eficiência energética, pois as lâmpadas de LED consomem até 90%
menos que as incandescentes.
Com o objetivo de promover o uso eficiente de energia elétrica, foi criado o Programa
Brasileiro de Etiquetagem (PBE), coordenado pelo Inmetro. Ele fornece as informações sobre
a eficiência energética dos equipamentos. Desta forma, na hora de comprar um equipamento,
poderemos escolher o mais eficiente. Essa etiqueta também estimula a fabricação de produtos
cada vez mais eficientes.

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2.2 Avanços e legislação:

O incentivo e a forte regulamentação ao uso de fontes renováveis tornam-se cruciais


diante da nossa realidade, a inserção de princípios e métodos de prevenção e sustentabilidade
dentro dos setores industriais, forçam a procura de eficiência energética, na utilização de
recursos renováveis e a produção de químicos menos tóxicos e biodegradáveis, sendo
fundamental para minimizar os impactos ambientais. No Brasil, diversas legislações visam
controlar e minimizar o impacto ambiental das atividades industriais, algumas delas como A
Lei nº 6.938/1981, a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), estabelece diretrizes para
a proteção ambiental, incluindo a prevenção da poluição e a recuperação de áreas degradadas.
A Resolução CONAMA nº 430/2011 estabelece os padrões de qualidade do ar e define os
limites de emissão de poluentes para diferentes tipos de fontes, como indústrias, veículos e
usinas de energia. Indústrias que excedam esses limites podem ser multadas e até mesmo
interditadas.

Pode-se citar também a atuação do principal tratado internacional para combater as


mudanças climáticas, em 2011 na décima sétima Conferência das Nações Unidas sobre as
Mudanças Climática (COP17), foi lançando as bases para um novo acordo climático global e
em 2015 a adoção do Acordo de Paris na COP21, com metas ambiciosas de redução de emissão
e participação de todos os países.

A aplicação dessas técnicas e tecnologias sustentáveis além de controlar e diminuir a emissão


de poluentes, beneficiam os custos de energia mais baixos para o setor químico, como também
pode consolidar a posição exemplar do Brasil para uma transição energética tecnológica e
sustentável. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), o setor
brasileiro industrial químico fatura hoje valores que representam 11% do Produto Interno Bruto
(PIB) industrial do país, considerando-nos um grande potencial nesse setor sustentável na
indústria. A grande biodiversidade do Brasil permite possibilidades de criação de iniciativas
para a economia circular.

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3 - APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE

De modo geral os 12 princípios foram criados para nortear as pesquisas e para que os
químicos pudessem ter diretrizes para a avaliação do impacto ambiental de suas pesquisas.
Esses 12 princípios foram apresentados acima de forma sucinta (tabela 1). Neste capítulo será
abordado, com maiores informações juntamente com exemplos de aplicações, alguns dos
princípios.

3.1 O sétimo princípio:

O sétimo princípio da química verde conta com o uso de matérias-primas de fontes


renováveis. Todos os produtos utilizados para a produção não devem conter componentes que
são nocivos de algum modo a saúde humana ou ao meio ambiente. Essas matérias são criadas
a partir de produtos biodegradáveis.

Sendo um deles os biocombustíveis que são exemplos de derivados de biomassa renovável


e podem substituir, parcialmente ou totalmente, os combustíveis derivados de petróleo e gás
natural. E eles são considerados fontes alternativas, pois há um baixo índice de emissão de
poluentes. Segundo a Agência nacional do petróleo, os dois principais biocombustíveis
líquidos mais utilizados no Brasil e o etanol e o biodiesel.

O etanol é produzido a partir cana-de-açúcar, a produção desse biocombustível no brasil


conta atualmente com 361 usinas superenergéticas, em 2020 foi processado mais de 660
milhões de toneladas de cana, sendo possível produzir por volta de 34 bilhões de litros de
etanol. O Brasil e o maior produtor de etanol do mundo, sendo ele produzido a partir da cana
ou do milho. Levando em conta que a produção a partir do milho cresceu, podendo produzir
um volume de 2,4 bilhões de litros.

O biodiesel e produzido a partir de óleos vegetais ou de gorduras animais e adicionado ao


diesel de petróleo em porções variadas. O Brasil e o segundo maior produtor de biodiesel no
mundial onde possui 49 unidades produtivas em operação no país. O setor de biodiesel tem
uma inclusão social com mais de 98% do volume comercializado vem de usinas com selo
biocombustível social, que possui a inclusão de agricultores familiares. Porém a produção de

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biocombustíveis emite gases poluentes e produz resíduos prejudicais a qualidade das águas e
do ar, como por exemplo a fumaça e vinhoto.

3.2 O nono princípio:

O nono princípio envolve a ideia de que podemos reduzir o tempo de processamento de uma
reação por meio de catalizadores, assim evitando a formação de produtos indesejados.

As reações de catálise são fundamentais em laboratórios e indústrias, sendo alvo de interesse


científico e econômico. Atualmente, há uma crescente busca por técnicas que reduzam o
impacto ambiental, promovendo a Química Verde. Isso tem levado a um aumento do uso de
biocatalisadores na indústria, eles são substâncias capazes de catalisar reações bioquímicas,
promovendo a redução ou o aumento de energia de ativação destas reações, assim alterando a
velocidade que corre a reação bioquímica. Os principais catalizadores utilizados são as
enzimas, proteínas que catalisam reações químicas especificas, atuando sobre substratos e em
locais específicos, trazendo uma vantagem e uma limitação.

A vantagem e que as enzimas permitem transformações químicas alinhadas com os


princípios da Química Verde, resultando em reações mais limpas e produtos de alta pureza. No
entanto, essa especificidade demanda um ambiente controlado, o que pode complicar o manejo
das reações bioquímicas. As enzimas também são biodegradáveis, não acumulam resíduos no
meio ambiente e podem ser imobilizadas para reutilização em ciclos, possibilitando processos
contínuos de biotransformação.

Por isso e possível afirmar que os processos de biotransformação apresentam grandes


contribuições para a crescente política de química verde, resultam em grandes conquistas, tais
como a preservação ambiental o menor consumo de energia e competitividade industrial devido
a menores custos de processo, maior qualidade do produto final e a capacidade de produzir
novos produtos. Isso os torna cada vez mais relevantes na comunidade acadêmica e no setor
industrial, impulsionados pela busca por desenvolvimento sustentável, tecnológico, viabilidade
financeira e aplicabilidade comercial.

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3.3 O decimo princípio:

No decimo princípio é ressaltado que os produtos produzidos devem ser desenvolvidos de


uma forma que após serem utilizados, devem se degradar em produtos que não são nocivos o
meio ambiente.

De acordo com esses fatores podemos utilizar como exemplo as bioembalagens , onde o
intuito e diminuir o uso de embalagens plásticas. Elas têm origem em matérias-primas
renováveis, biodegradáveis e compostáveis, porém ainda há grandes desafios sendo eles o seu
aperfeiçoamento, barreira, moldagem, tecnologia, preço e disponibilidade e produção em
grande escala, por outro lado já a uma disponibilização de compra no mercado, dessa forma
pode reduzir os plásticos utilizados e ter um produto biodegradável.

4 - CONCLUSÃO

A Química Verde já demonstra seu potencial em diversos setores industriais, como


biocombustíveis, indústria farmacêutica, indústria têxtil e principalmente no setor agrônomo
onde, oferece alternativas ecológicas aos pesticidas e fertilizantes tradicionais, promovendo a
agricultura sustentável e a segurança alimentar. Mas apesar dos avanços, a Química Verde
ainda não permeia todas as áreas da indústria. A mineração tradicional e a produção de
petroquímicos por exemplo, dependente de combustíveis fósseis, e ambos causam danos
consideráveis ao meio ambiente. A Química Verde busca oferecer soluções para a remediação
de áreas degradadas, o desenvolvimento de processos de extração mais limpos, a produção de
insumos básicos, como biocombustíveis e biomateriais, sempre buscando menor impacto
ambiental.
A implementação de tecnologias verdes pode ser mais cara inicialmente, exigindo
investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação. No entanto, os benefícios a longo
prazo, como a redução de custos operacionais, a minimização de passivos ambientais e a
otimização de processos, compensam os investimentos iniciais. Permitindo a construção de um
futuro em que a química esteja harmonicamente a serviço da humanidade e do meio ambiente.

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5 - REFERÊNCIAS

Clark, J. H., Macquarrie, D. J. Handbook of green chemistry and technology. John Wiley &
Sons, 2018

Nakano, E. Química Verde: Uma alternativa para a sustentabilidade. Editora Blucher,


2012

Carvalho, Alessandra S. et al. Química verde para a sustentabilidade: natureza, objetivos


e aplicação prática. ed.- Curitiba; Appris, 2020.
Lancaster, M. Green chemistry: An introductory text. Royal Society of Chemistry. 2002
Anastas, P. T. Warner, J. C. Green chemistry: Theory and practice. Oxford University
Press, USA, 1998
Química verde no Brasil: 2010-2030 - Ed. rev. e atual. - Brasília, DF: Centro de Gestão e
Estudos Estratégicos, 2010.

Lernardão, Eder J. et al. "Green chemistry" - Os 12 princípios da química verde e sua


inserção nas atividades de ensino e pesquisa. Química Nova, v. 26, n.1, jan. 2003. DOI:
https://doi.org/10.1590/S0100-40422003000100020. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/XQTWJnBbnJWtBCbYsKqRwsy#. Acesso em: 05 mar. 2024.
Silva, Flavia M. et al. Desenvolvimento sustentável e química verde. Química Nova, v. 28, n.
1, fev. 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422005000100019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/gS7t9QZV77mjSt4qLwwYCLf/?lang=pt#. Acesso em: 05 mar.
2024.
Coelho, José M. Brasil avança no setor de biocombustíveis, Entrevista - Gov.br, 31 out. 2022.
Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/energia-minerais-e-
combustiveis/2021/07/brasil-avanca-no-setor-de-biocombustiveis. Acesso em: 06 mar. 2024.

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Perguntas:
1) Qual a importância da Química Verde para o futuro?
Ela tem papel fundamental para a construção de um futuro mais sustentável, pois
oferece alternativas para reduzir os impactos negativos da indústria química no meio
ambiente e na saúde humana. A aplicação dos princípios da Química Verde pode
contribuir para a mitigação das mudanças climáticas e a preservação de recursos
naturais.

2) De acordo com as alternativas, marque V para aquelas que se relacionarem com os 12


princípios aplicados Química Verde e F para as alternativas não condizentes e
relacionáveis com esses princípios.

( ) Minimização do o uso de recursos naturais e formação de resíduos. (V)

( ) Segurança e eficiência energética. (V)

( ) Desenvolvimento tecnológico em curto prazo, alta demanda e custo baixo. (F, não
se aplica a definição e prazo ou um determinado tempo para a produção e
desenvolvimento de técnicas para reduzir os impactos que o meio ambiente sofre com
a produção industrial não regulamentada, o ideal seria que todos os setores possam ser
revolucionados o mais breve possível, mas a aplicação Química Verde enfrenta
muitos desafios como limitações técnicas, custos altíssimos que ocasionam um longo
período de pesquisas e estudos relacionados

( ) Prolongação da vida útil de materiais e reaproveitamento de resíduos (V)

( ) Mitigação e corte de gastos e investimentos financeiros (F, não se aplica a redução


ou um limite de investimento para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que
seriam contribuintes para um processo sustentável e promissor, um dos desafios da
aplicação da Química Verde na atualidade envolve a falta de investimento e altos
custos, além de outros fatores.)

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