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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA- AV1

(Linguística Básica e Sociolinguística)

Lys Danielle Tenório César


Matrícula: 1265140
Curso: Letras/ Inglês

O poema “Ode ao burguês” reúne em si características predominantes


na primeira fase do modernismo brasileiro, Mário de Andrade como
modernista da primeira geração (1922-1930) – pretende ‘destruir’ os
padrões da arte conservadora, com o objetivo de criar uma ‘arte nova’,
‘mais livre’. No poema, podemos observar algumas dessas
características: versos livres, estrofes heterogêneas, linguagem
coloquial e agressiva, demonstrando o anseio do autor em destruir as
muitas convenções burguesas. O que marca esse período é a
construção de uma literatura genuinamente brasileira, que fala de seu
povo, de seus costumes, ou seja, uma linguagem livre de arcadismos
que aborda temas como o bom humor, a vida cotidiana, o nacionalismo
e a ironia, rompendo com os padrões estéticos do passado através do
uso da liberdade de expressão. Na função poética o que prevalece são
palavras com funções estéticas, sendo trabalhadas de tal maneira que
chame a atenção do leitor pois, é comunicada de forma que atrai o
leitor, utilizando o sentido conotativo ou figurada. Em ‘Ode ao burguês’,
predominantemente vemos o uso da função estética de tal maneira que
ao valorizar o texto produzido por Oswald de Andrade, combinado com
as figuras de linguagens encontradas no poema, a lírica moderna faz
um paralelo promovendo uma ruptura com a lírica clássica, estilo
europeia. O poema difunde ainda, ideias da arte popular, abrindo
espaço para uma supremacia de linguagem, trazendo à tona mais da
brasilidade, dos problemas encontrados na sociedade brasileira e não
na sociedade europeia, como era de costume. Sendo assim, o poema
fala de São Paulo, dos burgueses, da relação sociedade e dinheiro,
dessa visão do Brasil sempre tentando importar costumes franceses,
italianos, o que sobrou da colonização, os dominantes versus
dominados; lembrando a nossa regionalidade quando fala dos
lampiões, dos barões, comparando-os com os condes, duques e a
moeda como troca-de-valia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIRMAN, Joel. Arquivo do modernismo e brasilidade em Mário de


Andrade. Tempo Psicanalítico, Rio de Janeiro, v. 54.2, p. 326-356, 2022.

NAVARRO, Eduardo de Almeida. Língua e Literatura. Revista dos


Departamentos de Letras da faculdade de Filosofia, letras e Ciências Humanas
da Universidade de São Paulo. Humanitas FFLCH/USP – outubro 2013.

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