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Quantos conteúdos conceituais podem ser derivados do conceito célula? Organelas, osmose,
escala microscópica, diferença de animal e vegetal, divisão celular, etc
Fungos, mais próximo da célula animal com parede celular; protozoário mais próximo de
animal também
Obstáculos
Abstração conceitual
Livros didáticos com conceitos descontextualizados – textos soltos das organelas e
células, não mostrando que fazem parte de nós; presença de cores e isso é enraizado
nas crianças (é preciso mostrar que as células estão de todas as maneiras até pra não
frustrar os alunos quando eles observarem nos microscópios e procurarem as
organelas coloridas)
Aulas, comumente expositivas – seja pela infraestrutura da escola, despreparo do
professor, uso de modelos como maquetes apenas – existe a necessidade de jogos,
laboratório, vídeos, etc
Deficiências formativas da docência (formação inicial e continuada)
Deve ser construído pelo aluno e não apenas apresentado, porque só assim a abstração será
vencida
Problemas: geralmente apresentam formato redondo, então deve ser ensinado que tem
diferentes formados de acordo com sua função -> vencer o estereótipo daquela célula de livro,
trazer suas formas e porquê disso, linkar com os sistemas (cada um poderia fazer uma célula
diferente e depois se apresentarem, etc, sendo que cada célula tem diferentes quantidades de
organelas ou tipo, ex: o musculo tem muita mitocôndria; leucócitos tem vários núcleos;
neurônios tem axônios, etc)
Mesma coisa vale para células bacterianas, mostrando que existem as coloniais, solitárias,
diferentes formatos, etc
O modelo é sempre algo enrijecido que atrapalha a ideia de mostrar que as células são fluidas
– então deve analisar se os alunos vão conseguir entender ou não pra ver se pode sacrificar
essa ideia de fluidez (poderia colocar um gel que já ajudaria)
Quando utiliza comida pra representar pode trazer risco de intoxicação, perda de foco, ainda
mais abstração, sacrifica algumas estruturas da célula, proporções, etc
Todo processo de construção de maquetes deve ocorrer durante as aulas para que o docente
realize mediações e intervenções necessárias – isso faz com que os pais não façam pelos
alunos por ex – então eu faço um cronograma de quantas aulas posso disponibilizar para
construção do modelo
Para atender ambos, é interessante que se divida grupos para que um grupo realize um
modelo mais estético, para exposição e um que faça um modelo mais funcional, mais real,
fluido etc
Recursos audiovisuais
MICROSCOPIA
Ex: vídeos de construção de microscópio do Ibere -> microscópio caseiro com celular;
microscópio com 5 reais
Quais componentes curriculares chama pra trabalhar conosco e para quais contribuições?
BIBLIOGRAFIA
O USO DE MODELOS DIDÁTICOS DE CÉLULAS EUCARIÓTICAS COMO INSTRUMENTOS
FACILITADORES NAS AULAS DE CITOLOGIA DO ENSINO FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO
A disciplina de Ciências no ensino fundamental desempenha um papel crucial na alfabetização
científica dos alunos, fornecendo conceitos fundamentais para sua formação. Durante esse
período, são aprendidos conceitos como seres autótrofos, heterótrofos, aeróbicos,
anaeróbicos, além de abordagens sobre células, como unicelulares, pluricelulares, eucariontes,
procariontes, células haploides e diploides, com suas estruturas e funções detalhadas
(LINHARES & TASCHETTO, 2008).
O ensino tradicional, caracterizado pela falta de relação com o cotidiano e pela predominância
de aulas expositivas, onde o professor é o condutor ativo e o aluno é passivo, resulta em
desinteresse e falta de motivação dos alunos. Nesse modelo, o professor determina os
conteúdos e a organização do processo de ensino-aprendizagem (Santos, 2011). No entanto,
essa abordagem tem se mostrado menos eficaz, levando alguns professores a buscar
metodologias alternativas no ensino fundamental e médio. O uso de instrumentos didático-
pedagógicos surge como uma alternativa para melhorar o processo de aprendizagem.
Os instrumentos didático-pedagógicos desempenham um papel de suporte no processo de
ensino-aprendizagem, servindo como elementos experimentais para facilitar a relação entre
professor, aluno e conhecimento (Pais, 2010, p.2). A visualização tridimensional de estruturas,
por meio de modelos didáticos, é destacada como uma ferramenta eficaz para facilitar o
ensino e aprendizagem, especialmente nas aulas de citologia no ensino fundamental. A
pesquisa em questão visa investigar as contribuições do uso de modelos tridimensionais de
células eucarióticas no processo de ensino-aprendizagem em Ciências, com foco no conteúdo
de Citologia, através de uma revisão bibliográfica. O objetivo é analisar como esses modelos
podem melhorar a qualidade do ensino de ciências, especialmente em séries iniciais, onde os
alunos adquirem conceitos fundamentais para diversas áreas do conhecimento.
O ensino fundamental marca o primeiro contato do aluno com a citologia, sendo essencial
trabalhar esse conteúdo cuidadosamente, pois serve como base para o conhecimento sobre os
seres vivos e diversos outros temas (LINHARES & TASCHETTO, 2008).
O ensino dos conceitos sistematizados e abstratos da citologia demanda uma prática educativa
que vá além do desenvolvimento de conteúdos teóricos. O método tradicional, baseado no
uso de livros didáticos, tende a promover atividades centradas na memorização, com limitadas
oportunidades de contextualização (SOUZA, 2007). Essa abordagem resulta na formação de
indivíduos capazes de repetir conceitos, memorizar termos e aplicar fórmulas, mas com
dificuldade em relacioná-los ao cotidiano ou a outros conteúdos (LEITE et al., 2014). Esse
distanciamento entre o ensino de ciências e a aquisição de conhecimentos científicos prejudica
a formação de cidadãos críticos e participativos (SILVA, FILHA & FREITAS, 2016)
Diante desse cenário, os professores têm como uma das principais preocupações a adoção de
metodologias que promovam uma aprendizagem mais eficaz e significativa do conteúdo
(MOREIRA, 2006). Apesar de serem pouco utilizados, modelos pedagógicos demonstram
eficácia no processo de ensino-aprendizagem, podendo despertar o interesse dos alunos pelo
conteúdo e facilitar a obtenção de uma aprendizagem significativa (ELIAS, SIQUEIRA &
SANTOS, 2016).
Diante desse cenário, o uso de modelos didáticos surge como uma proposta alternativa para
superar a carência desses recursos e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. Na
literatura, há diversos estudos que exploram essa prática durante as aulas de citologia,
buscando melhorar a compreensão dos alunos.
Guimarães et al. (2016) conduziu uma pesquisa para avaliar os conhecimentos prévios de
biologia celular em duas turmas de 7º ano do ensino fundamental II. Inicialmente, realizaram
um levantamento do conhecimento dos alunos sobre o tema. Em seguida, ministraram uma
aula expositiva abordando o histórico da biologia celular, a importância da microscopia, a
definição de célula e as características dos diferentes tipos celulares. Apresentaram um
modelo didático de uma célula animal confeccionado com materiais de baixo custo,
destacando as organelas de maneira a relacioná-las a situações do cotidiano dos alunos. Após
a intervenção, observaram que os alunos, inicialmente com dificuldades conceituais,
mostraram-se mais interessados e motivados ao aprender o conteúdo.
Outra pesquisa, realizada por Carlan, Sepel & Loreto (2013), teve como objetivo investigar a
adequação do ensino de Biologia Celular no ensino fundamental, analisando se o uso de
diferentes recursos didáticos melhora a compreensão dos alunos sobre o tema. Participaram
65 adolescentes de três turmas do 8º ano. O estudo envolveu três etapas: 1) um pré-teste por
meio de um questionário de múltipla escolha sobre citologia; 2) atividades práticas, como uso
do microscópio, leitura de um gibi e construção de uma célula comestível; 3) um pós-teste
para verificar possíveis mudanças nas opiniões dos alunos em relação ao conteúdo.
O estudo de Silva et al. (2014) teve como objetivo avaliar o desempenho do uso de modelos
didáticos no ensino de citologia para alunos do 7º e 8º ano na disciplina de Ciências. Com
quatro turmas (duas do 7º ano e duas do 8º ano), os autores adotaram a seguinte abordagem:
uma turma de cada ano teve aula expositiva, enquanto a outra teve aula prática.
Nas turmas com aula prática, os alunos receberam explicações teóricas sobre células vegetais
e animais. Em seguida, eles foram fornecidos com materiais para criar uma representação das
células estudadas. Posteriormente, um questionário foi aplicado para comparar o nível de
assimilação dos alunos expostos a aulas com modelos e aqueles expostos a aulas expositivas.
Os alunos que participaram das aulas com modelos demonstraram uma melhor compreensão
dos conceitos, além de maior envolvimento, motivação e criatividade em comparação com os
alunos expostos apenas às aulas expositivas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Biologia, especialmente a parte de Biologia Celular/Citologia, apresenta conteúdos abstratos,
dificultando a aprendizagem dos alunos devido à natureza microscópica das estruturas
abordadas. A falta de laboratórios e equipamentos adequados em muitas escolas contribui
para a abordagem tradicional das aulas, limitando a compreensão do funcionamento celular
pelos alunos.
Uma solução para superar essa lacuna é a adoção de práticas pedagógicas diversificadas que
despertem o interesse dos alunos. O uso de modelos didáticos tridimensionais das células
(animal, vegetal), confeccionados com materiais acessíveis, como papel, tinta, miçangas ou
mesmo materiais comestíveis (balas, chocolate), tem demonstrado resultados significativos.
Esses modelos, por serem de baixo custo, tornam-se acessíveis, e os alunos, ao utilizá-los em
aula, mostram-se motivados e interessados nas atividades propostas. Além disso, os estudos
relatam uma melhora no desempenho não apenas no aprendizado do conteúdo, mas também
na interação entre os alunos.
Embora o estudo das organelas celulares seja importante, sugere-se que seja abordado com
destaque no ensino médio, após os alunos terem adquirido conceitos básicos sobre a célula.
Os resultados da pesquisa indicam melhor desempenho dos alunos quando o conteúdo está
relacionado ao cotidiano, contrastando com um baixo aproveitamento quando enfatizado
apenas na memorização de informações sobre organelas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa explorou a compreensão dos estudantes sobre Biologia Celular no ensino
fundamental, avaliando a aplicação dessas informações no cotidiano e comparando o impacto
do uso de recursos didáticos variados com a abordagem tradicional de ensino. Os resultados
indicaram que muitas escolas brasileiras adotam uma abordagem baseada na memorização e
livros didáticos. A utilização de recursos didáticos variados, como gibis educativos, melhorou o
desempenho dos alunos em questões relacionadas ao cotidiano, mas teve impacto modesto
no reconhecimento de organelas celulares. A aproximação dos conteúdos ao cotidiano e
atividades práticas despertaram maior interesse, mas não foram suficientes para a
compreensão completa. A pesquisa sugere a importância de respeitar a fase de
desenvolvimento dos alunos e enfatiza atividades práticas relacionadas ao cotidiano para
promover uma aprendizagem mais eficaz.
A pesquisa sugere soluções, como investir na formação continuada dos professores, promover
uma maior parceria entre universidades e escolas, e incentivar o uso de recursos didáticos
diversificados no planejamento das aulas. Recomenda-se uma revisão do conteúdo
programático no ensino fundamental, propondo uma abordagem menos centrada em
estruturas subcelulares e no livro didático, e mais focada em conteúdos gerais que relacionem
o funcionamento do organismo com os fenômenos cotidianos. O objetivo é proporcionar aos
alunos uma compreensão mais ampla e facilitar a aquisição de conhecimentos científicos para
formação de cidadãos críticos e autônomos.
A temática escolhida para o trabalho foi a célula, visando despertar o interesse dos alunos do
Ensino Fundamental pelo conhecimento científico. O artigo destaca a dificuldade dos alunos
em compreender conceitos relacionados ao estudo da célula devido à sua natureza
microscópica. Diante disso, foi elaborado um projeto que envolvia a explanação e
experimentação, incluindo a observação de células fixadas e de organismos microscópicos
vivos.
O museu interativo é visto como uma ferramenta valiosa para despertar o interesse dos alunos
pelo conhecimento científico, especialmente em áreas complexas como a citologia. Os
experimentos interativos no museu oferecem aos estudantes a chance de observar modelos
propostos, incentivando o exercício da observação e o despertar do interesse pela ciência. O
texto enfatiza a importância de permitir que os alunos façam perguntas, estimulando o
desenvolvimento da inteligência, autonomia e criticidade.
Conclui-se que o museu interativo, ao proporcionar uma experiência lúdica e não formal,
desempenha um papel crucial no processo educacional, conectando o conhecimento gerado
na escola com a vivência prática e estimulante fora da sala de aula.
Conclusão
O projeto enfocou o estímulo à formulação de perguntas pelos alunos, visando despertar o
interesse deles na disciplina de Ciências. Os resultados dos questionários indicaram um melhor
desempenho na turma B em comparação com a turma A. A complexidade dos conceitos
científicos abordados foi evidenciada pelas dificuldades da turma A em responder,
especialmente de forma escrita, enquanto a turma B demonstrou maior facilidade na
expressão oral.
Uma reflexão envolveu a natureza das perguntas nos questionários pré e pós-visita ao museu.
As questões contextualizadas do segundo teste, apesar de mais informativas, exigiram mais
atenção, revelando desafios de concentração e compreensão nessa faixa etária. O papel
educativo das exposições científicas, mediando entre o exposto e os conhecimentos
individuais, foi destacado como crucial para experiências únicas de aprendizado.
No entanto, o ensino de citologia muitas vezes se limita a descrições isoladas, não explorando
integralmente o papel social e tecnológico dessa disciplina na sociedade. Diante desse cenário,
a adoção de metodologias alternativas, incluindo a produção de materiais didáticos de baixo
custo, torna-se essencial para superar abordagens tradicionais e fragmentadas,
proporcionando aos alunos uma compreensão mais significativa e aplicada do estudo das
células.
CONSIDERAÇÕES
O estudo revelou que a aplicação do jogo Eucaricartas possibilitou aos alunos desenvolver
habilidades para reconhecer e compreender os tipos de células eucarióticas, assim como suas
estruturas organizacionais e funcionais. A compreensão desses conceitos é considerada
essencial para o avanço nos estudos de Biologia, permitindo a construção de novos
significados ao longo do aprendizado.
O jogo Eucaricartas demonstrou ser uma metodologia alternativa eficaz para facilitar a
aprendizagem de conceitos de citologia. As vantagens da abordagem lúdica foram evidentes
nas análises dos testes pré e pós-jogo, destacando que a intervenção metodológica promoveu
uma aquisição mais ampla e facilitada de conhecimentos sobre as estruturas e funções das
organelas celulares.
A utilização de atividades lúdicas no processo de ensino e aprendizagem, como o jogo
Eucaricartas, é considerada crucial para desenvolver habilidades cognitivas dos alunos em
relação a conteúdos conceituais. O professor, ao criar e aplicar jogos didáticos, oferece aos
alunos uma oportunidade agradável e divertida de compreender e raciocinar sobre temas
desafiadores. Nesse contexto, o papel do docente é atuar como um guia facilitador,
permitindo que os alunos construam seus próprios conhecimentos científicos de maneira
autônoma.