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NEUROLINGUÍSTICA
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PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA
Além dos sinais visíveis do relax profundo ( transe), há também sinais fisiológicos que podem
ser medidos com equipamento adequado. O neuro-transmissor cerebral acetilcolina domina
em vez da norepinefrina. Um eletroencefalograma (EEG) mostrará ondas dominantes.
Ondas cerebrais são divididas em quatro classes: beta (pensamento ativo); alfa (relaxamento);
teta (transe); e delta (sono).
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Evocação ao invés de Sugestão: Fazer comparações entre relaxamento e outros estados que o
aluno já experimentou antes ou lembrá-lo de recursos que o professor sabe que ele tem.
Deleções
- Deleção simples: “Você pode aprender confortavelmente...”
A deleção permite ao aluno pensar em o que e como é mais apropriado aprender.
- Índice referencial não especificado: “Houveram pessoas que significaram muito para você e que
lhe ensinaram muito...”
O aluno sabe quem é, e pensará nelas.
- Verbo não especificado: “À medida que isso fizer sentido para você da sua própria maneira...”
Isso permite ao aluno compreender da maneira que melhor lhe convém.
- Comparação: “Você se sente mais relaxado...”
Essa forma de palavras permite que o aluno relaxe no ritmo que melhor lhe convém.
- Julgamento: “É bom recordar todas as vezes em que foi bem-sucedido...
Isso torna mais fácil para o aluno recordar aqueles momentos.
Distorções
- Equivalentes complexos: “À medida que fecha os olhos, você se torna mais confortável...”
Fechar os olhos torna-se equivalente a ficar mais confortável.
- Leitura mental: “Você é facilmente capaz de fazer isso à medida que se torna mais curioso sobre
exatamente o que você irá aprender...”
Isso sugere uma curiosidade natural que ajudará o aluno.
- Nominalizações: “À medida que se aprofunda no relaxamento e seu conforto aumenta, a
facilidade de sua aprendizagem pode se tornar uma fonte de deleite...”
Essas nominalizações são de tal forma multinível que levam a mente consciente a uma série de
buscas transderivacionais. Não têm qualquer informação específica, assim o aluno faz sentido
delas da forma que melhor lhe convier.
- Causa-efeito: “Ao respirar profundamente e com facilidade, cada respiração o deixará cada vez
mais relaxado...”
Causa-efeito liga o que está acontecendo naturalmente (acompanhando) com o resultado que
você deseja (conduzindo). A causa-efeito é a transição entre o acompanhamento e a condução.
- Pressuposição: “Não sei se você se sentirá mais relaxado antes ou depois que fechar os
olhos...”
Isso pressupõe o resultado (fechar os olhos).
- Outras pressuposições são: “Você quer aprender alguma coisa diferente agora?” (Você
aprendeu alguma coisa.) “Não entre em relaxamento ainda...” (Você entrará em relax.)
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Generalizações
- Universais: “Tudo que sabe está disponível a você em algum lugar de seu subconsciente...”
Usando universais. O Modelo Milton impede quaisquer limites auto-impostos.
- Operadores modais de necessidade: “Você não deveria se limitar se deseja ser o melhor que
puder... Você deve agarrar a oportunidade...”
Operadores modais são usados para sugerir regras potencializadoras para ação.
- Operadores modais de possibilidade: “Você pode se tornar mais bem-sucedido... Você é
capaz de ir mais fundo em sua experiência...”
Esses operadores modais estabelecem um quadro permissivo de empowerment.
Escolha limitada - Ilusão de alternativas: você pode relaxar de olhos abertos ou fechados,
dando a ilusão de que o aluno pode escolher, mas na verdade pressupõe-se que ele irá
relaxar.
Descrição: Enquanto você permanece aí sentado nesta almofada ou cadeira, com as pernas
cruzadas, ouvindo minha voz, com os olhos fechados e respirando tranquilamente, você sente
o peso de seu corpo sobre a almofada ou cadeira, ...
Palavras de permissão e de transferência de poder: Podemos falar, por exemplo, em
continuação ao que falamos acima: e você parece estar se sentindo muito confortável, não
está?
Ligação: Na ligação verbal, podemos falar: Você está sentado nesta cadeira e pode entrar em
relaxamento profundo "Quanto mais seu consciente se distrair com os sons desta sala, tanto
mais facilmente você se concentrará no que estou falando..."
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“Ao sentar-se ali... confortavelmente na cadeira... e ao ver o jogo de luz na parede... e ouvir minha
voz... você pode se permitir relaxar cada vez mais... enquanto começa a imaginar...”
Observe palavras como “e”, “enquanto” e “ao”. Elas ligam os pensamentos suavemente um ao
outro, oferecendo uma experiência sensorial ininterrupta. Também implicam causa e efeito fraco.
Você pode sugerir padrões mais fortes de causa e efeito que levam ao relax com palavras que
implicam tempo, como “quando”, “durante”, “antes” e “desde”. Por exemplo:
- Citações: Esse padrão frequentemente oferece uma sugestão ou ideia como se viesse de outra
pessoa e, portanto, você não tem responsabilidade por ela. Por Exemplo:
“Milton Erickson costumava dizer que todo mundo podia entrar em relaxamento profundo...”
“Minha amiga Elizabeth foi capaz de aprender vários idiomas em relaxamento...”
“Minha mãe certa vez encontrou uma pessoa que havia viajado para a Índia onde um homem
santo lhe contou esta história...”
- Metáforas: Histórias, analogias e parábolas são a melhor forma de acessar recursos “inconsci-
entes”, e Erickson era mestre em contar histórias que não só engajavam o cliente, mas também
continham a chave para a solução de seus problemas e, então, à medida que a história se resol-
via, o cliente era capaz de trazer os recursos sugeridos na história para sua própria situação.
Um uso simples da metáfora no Modelo Milton é o que se chama de “violação restricional”, onde
objetos são creditados com poderes que não possuem. Isso é usado extensivamente em contos
de fadas e lendas, por exemplo:
“As paredes têm ouvidos...”
“Veja como o tempo voa...”
“Fique quieta e deixe que a sala lhe conte seus segredos...”
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Entrevistas com políticos são uma batalha entre o entrevistador que tenta usar o Metamodelo e o
político que tenta se fixar ao Modelo Milton. Frequentemente o político não pode ser específico
porque não sabe as respostas, mas precisa ser específico o suficiente para satisfazer o
entrevistador e vago o suficiente para permitir espaço de manobra.
Se você deseja bons exemplos de linguagem vaga do Modelo Milton, é só olhar e ouvir
propaganda. Anunciantes não sabem quem lerá suas ofertas e, portanto, têm que torná-las
relevantes para o maior número de pessoas possível.
Vendedores também utilizam padrões do Modelo Milton. Às vezes, os padrões lhe são ensina-dos
para ajudá-los a aumentar as vendas – como se o cliente tivesse que ser colocado em relax (transe)
para que compre um produto para início de conversa! Esta parte é importante em vendas. No
entanto, acredito ser bastante dúbio e antiético utilizá-los para tentar confundir o cliente e
manipulá-lo para uma situação ganha-perde.
Vender diz respeito a descobrir os valores do cliente e apresentar os benefícios do produto ou
serviço, não é a respeito de tentar enganar o cliente. Como sempre, o conhecimento exige
responsabilidade.
PRÁTICA
Prática 1. Grupo de três pessoas
Demonstração: Pessoa A pensa em alguma situação na qual ficou profundamente envolvida, com um
foco limitado de atenção.
Ex: cozinhar, ler um livro, assistir a um filme, correr, andar, etc...
A conta para B e C a sua experiência – DIZER APENAS O NOME – com UMA PALAVRA:
Ex: Ler, correr, cozinhar, andar, ler.
B e C descrevem aquilo que acreditam que precisa ter em termos sensoriais quando a pessoa está
passando pela experiência. Palavra mágica: precisa .
Ex: Se a pessoa está caminhando e você fala que está um dia ensolarado, não necessariamente ela está
caminhando durante o dia, pode ser a noite. Ao caminhar ela terá que sentir os pés tocando o chão, os
seus braços e pernas se movimentando, a respiração acompanhando o ritmo de seus passos, etc...
Ser artisticamente vago.
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- Restringir as descrições que devem estar lá, na experiência sensorial – ser inespecífico.
Se falamos: você pode ouvir o barulho (splash) da água, e a pessoa está embaixo d’água, não vai
funcionar. Então se deve dizer “você consegue escutar os sons que a água faz, porque existirão alguns
sons”.
-Usar andamento vocal uniforme, usando como velocidade e o ritmo, a respiração de “A”.
TEMPO: +- 2 MINUTOS/PESSOA
OBSERVAR AS DIFERENÇAS.
COMENTÁRIOS E TROCAS DA EXPERIÊNCIA
- “Hipnose não é um processo que retira o controle das pessoas, é um processo que lhes dá o
controle de si mesmas, a medida que lhes fornece um feedback que normalmente não teriam”.
Richard Bandler.
- Todos podem entrar em estado de transe, apesar de a ciência provar ao contrário – do modo como ela
faz é verdade o que diz, aplica-se o mesmo processo em uma quantidade de pessoas e chega-se a
conclusão de que nem todos são capazes de entrar em transe. Na hipnose convencional isto é correto,
porém não na hipnose Ericksoniana, pois trata de desenvolver as habilidades da hipnose sendo capaz
de colocar uma pessoa em transe sem ao menos se falar na palavra hipnose.
- Não importa o que você vai falar e sim como vai falar.
- Quando tenta convencer alguém conscientemente, dominando-o, isto implica numa resposta de
resistência contra você.
- Nem a resistência, nem a cooperação conseguem ser mais do que a demonstração da habilidade de
resposta das pessoas.
- A tarefa para quem quer ser hábil na arte de hipnotizar consiste em observar a que as pessoas
respondem.
- Rapport (contato)
- Palavras transacionais (fazer transições) – e, enquanto, quando;
- Sentenças disjuntivas – Faz sentido?
- Comunicação desagregada
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- PONTOS A OBSERVAR:
o Respiração
o Tom de pele do rosto
o Tamanho do lábio inferior
o Movimento das pálpebras
o Tremores involuntários nos membros
o Musculatura do rosto
o Dilatação de pupilas
o Olhos fora do foco
- TEMPO: +- 3 a 4 MINUTOS/PESSOA
- OBSERVAR AS DIFERENÇAS.
- COMENTÁRIOS E TROCAS DA EXPERIÊNCIA
Ex: O que me fez aprofundar a sensação de relax... e o que me tirou da sensação de relax.
“Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor”.
Albert Einstein
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5 AFIRMAÇÕES
Exemplos de afirmações não verificáveis- Orientada Interiormente: se sentindo satisfeito, ficando cada
vez mais relaxado, tomando consciência, começando a se recordar como era fascinante... sentindo
uma sensação crescente de conforto, de paz interior, sensação de segurança, sensação de bem-estar,
rejuvenescimento, etc...
Referência Bibliográfica:
O’ Connor, J., Manual de Programação Neurolinguística – Um Guia Prático para Alcançar os resultados
que Você Quer. Editora: Qualitymark. RJ.,2012
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