CAP.

7
LICENCIATURA EM ENGENHARIA MECÂNICA

ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I | DIMENSIONAMENTO DE VEIOS

ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

CÂNDIDA MALÇA
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
INTRODUÇÃO

DEFINIÇÃO: A DESIGNAÇÃO DE VEIO APLICA-SE A ELEMENTOS DE MÁQUINAS, GERALMENTE DE SECÇÃO

CIRCULAR, QUE PODEM SER ESTACIONÁRIOS OU ROTATIVOS E TRANSMITEM POTÊNCIA.

A POTÊNCIA PODE SER TRANSMITIDA POR RODAS DENTADAS, TAMBORES, VOLANTES, ETC…

ESTES ÓRGÃOS PODEM SER SOLICITADOS À FLEXÃO, À TORÇÃO E À TRACÇÃO OU

COMPRESSÃO.

NOTA: DESIGNA-SE POR EIXO UM VEIO, ESTACIONÁRIO OU ROTATIVO, SOBRE O QUAL NÃO SÃO
APLICADAS CARGAS DE TORÇÃO
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NOTA: OS ÓRGÃOS DE TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA ACOPLADOS AOS VEIOS DEVEM, SEMPRE

QUE POSSÍVEL, ESTAR LOCALIZADOS PERTO DOS APOIOS PARA MINIMIZAR AS TENSÕES E AS
DEFORMAÇÕES PROVOCADAS POR FLEXÃO.
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

NUM VEIO AS TENSÕES MAIS IMPORTANTES SÃO PROVOCADAS PELA FLEXÃO E/OU
TORÇÃO E OCORREM À SUPERFÍCIE
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
INTRODUÇÃO

CONCEITOS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

DESIGNANDO POR MF E MT, OS MOMENTOS FLECTOR E TORÇOR, RESPECTIVAMENTE AS TENSÕES

NORMAIS DE FLEXÃO, , E DE CORTE DEVIDO À TORÇÃO  EM VEIOS DE SECÇÃO CIRCULAR MACIÇA

SÃO:

M r 32M F d d 4
MF   F   sendo r  e I p 
Ip d 3 2 64
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M r 16M T d d 4
MT   T   sendo r  e I p 
Ip d 3 2 32

SE O VEIO ESTIVER SUJEITO À ACÇÃO DE UMA CARGA AXIAL DE TRACÇÃO OU COMPRESSÃO ESTAS
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

PROVOCAM UMA TENSÃO NORMAL AXIAL QUE DEVE SER SOMADA ALGEBRICAMENTE A :

N 4N d 2
N     2 sendo A 
A d 4
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
INTRODUÇÃO
A TENSÃO DE CORTE MÁXIMA É DETERMINADA APLICANDO O CICLO DE MOHR, OU O CRITÉRIO DA TENSÃO
DE CORTE MÁXIMA, DADA POR:

2

máx     2
2
32M F 16M T
sendo :   e  obtemos :
d 3 d 3
16
máx  M 2
 M 2

d 3
F T
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UTILIZANDO COMO CRITÉRIO DE DIMENSIONAMENTO O DA TENSÃO MÁXIMA DE CORTE SER INFERIOR À

c
TENSÃO DE CEDÊNCIA AO CORTE (CRITÉRIO DE TRESCA: c  ), OBTEMOS:
2
c 16  É A TENSÃO DE CEDÊNCIA OBTIDA NO ENSAIO DE TRACÇÃO
 3 M F2  MT 2 onde :  c
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

2N d N É O COEFICIENTE DE SEGURANÇA

32N
d 3 M F2  M T 2
c
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

SEGUNDO O “CODE FOR DESIGN OF TRANSMISSION SHAFTING” DA ASME (AMERICAN SOCIETY OF

MECHANICAL ENGINEERING) O DIMENSIONAMENTO DE VEIOS DE MATERIAIS DÚCTEIS É FEITO

UTILIZANDO O CRITÉRIO DA TENSÃO DE CORTE MÁXIMA, ENQUANTO QUE PARA MATERIAIS FRÁGEIS O

CRITÉRIO APLICADO NO DIMENSIONAMENTO É O DA TENSÃO NORMAL MÁXIMA.

16
PARA MATERIAIS DÚCTEIS: máx  adm sendo máx  M 2
 M 2

d 3
F T
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16
adm   MF  K F    MT  KT 
2 2

d 3
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KF FACTOR APLICADO AO MF QUE CONSIDERA O EFEITO DE CHOQUE E DE FADIGA

KT FACTOR APLICADO AO MT QUE CONSIDERA O EFEITO DE CHOQUE E DE FADIGA

NOTA: TABELADOS FUNÇÃO DO TIPO DE CARGA

 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

EXPRESSÕES DE DIMENSIONAMENTO SEGUNDO A ASME

1. VEIOS DE SECÇÃO CIRCULAR MACIÇA

1.1 SE NÃO EXISTIREM CARGAS AXIAIS:

16
d  MF  K F    MT  KT 
2 2
3
adm
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1.2 SE EXISTIREM CARGAS AXIAIS:

Nd 
2
16 
d      
2
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

3
 F
M K  M K
adm 
F T T
8 

 É O COEFICIENTE À ENCURVADURA
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

PARA TRACÇÃO    1
 1 L
   se  115
L K
 1  0.0044  
PARA COMPRESSÃO   K
 c  L 
2
L
  2   se  115
  nE  K  K
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L É O COMPRIMENTO DO VEIO ENTRE APOIOS

E É O MÓDULO DE ELASTICIDADE DO MATERIAL DO VEIO

I d
K É O RAIO DE GIRAÇÃO = 
A 4
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

n É O COEFICIENTE QUE CONTABILIZA O TIPO DE APOIS DO VEIO:

1, 00  extremidades articuladas


n  2, 25  extremidades fixas
1, 60  extremidades com movimentos parcialmente restringidos (chumaceiras)

 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

2. VEIOS DE SECÇÃO CIRCULAR OCA

2.1 SE NÃO EXISTIREM CARGAS AXIAIS:

16
D 3  MF  K F    MT  KT 
2 2

adm 1  k 4 
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2.2 SE EXISTIREM CARGAS AXIAIS:

Nd 1  k  
2
16  2

D  MF  KF    MT  KT 
2
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

adm 1  k 4 
3
 8 
 

d
NOTA: k
D
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

ESTABELECIMENTO DA TENSÃO DE CORTE ADMISSÍVEL

1. AÇOS SEM ESPECIFICAÇÃO

1.1 SEM CHAVETA

adm  5,5 kgmm-2

1.2 COM CHAVETA

adm  4,0 kgmm-2

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2. AÇOS COM ESPECIFICAÇÃO

2.1 SEM CHAVETA

ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

adm1  0,30 c 
 adm  min(adm1 ; adm2 )
*

adm2  0,18 r 

2.2 COM CHAVETA

adm  0,75adm*
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

DIMENSIONAMENTO DE VEIOS À DEFORMAÇÃO ANGULAR

EM MUITAS APLICAÇÕES AS LIMITAÇÕES AO BOM FUNCIONAMENTO DE UM VEIO E CONSEQUENTEMENTE

DE UM SISTEMA MECÂNICO NÃO RESULTAM DAS TENSÕES APLICADAS, MAS DAS DEFORMAÇÕES TANTO

DE FLEXÃO COMO DE TORÇÃO. ESTA LIMITAÇÃO APARECE GERALMENTE EM VEIOS MUITO LONGOS OU EM

MÁQUINAS DE GRANDE PRECISÃO EM QUE AS DEFORMAÇÕES TOLERÁVEIS SÃO MUITO PEQUENAS, O

QUE EXIGE O DIMENSIONAMENTO DOS VEIOS À DEFORMAÇÃO PROVOCADA POR FLEXÃO OU POR

TORÇÃO.
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NUM ESTADO DE TORÇÃO PURA, A TENSÃO DE CORTE É DADA POR:   Gr

E O MOMENTO TORÇOR POR: M T  G IP 
MT
LOGO A DEFORMAÇÃO ANGULAR SOFRIDA PELO VEIO DEFINIDA POR:  [rad / cm]
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

GI P

M T 180
 [º / cm]
ONDE: G É O MÓDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL GI P 
IP O MOMENTO DE INÉRCIA POLAR DA SECÇÃO
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

1. VEIOS DE SECÇÃO CIRCULAR MACIÇA

32M T
 [rad / cm]
Gd 4

584M T
 4
[º / cm]
Gd
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2. VEIOS DE SECÇÃO CIRCULAR OCA

32M T
 [rad / cm]
Gd 4 1  k 4 
ÓRGÃOS DE MÁQUINAS I

584M T
 [º / cm]
Gd 4 1  k 4 
 DIMENSIONAMENTO DE VEIOS
DIMENSIONAMENTO SEGUNDO O CÓDIGO DA ASME

VALORES DE DEFORMAÇÕES ADMISSÍVEIS:

VEIOS DE TRANSMISSÃO SIMPLES:

  2,5 a 3 º / m
1. PARA A TORÇÃO
VEIOS PRINCIPAIS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO MÚLTIPLAS:

  0, 25 º / m
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EM APLICAÇÕES NORMAIS:

1
f do comprimento do vão
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2. PARA A FLEXÃO 1000

EM APLICAÇÕES DE PRECISÃO:

1
f do comprimento do vão
3000
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