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ESCOLA ESTADUAL SENADOR JOÃO BOSCO RAMOS DE LIMA

Fluxos Migratórios Internacionais e Nacionais

MANAUS
2024
Nayá Mila Azevedo de Almeida Oliveira
João Victor Rodrigues Quaresma
Israella Falcão Teixeira
Adria Castro Lelis

Fluxos Migratórios Internacionais e Nacionais

Trabalho apresentado ao professor


Oniart Silva para aquisição de nota
parcial do 1° Bimestre na disciplina
de Geografia.

MANAUS
2024

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4
2. MIGRAÇÃO INTERNACIONAL........................................................................ 5
2.1 AMÉRICA DO NORTE................................................................................ 6
2.2 EUROPA......................................................................................................6
2.3 ORIENTE MÉDIO........................................................................................ 7
2.4 HEMISFÉRIO SUL E NORTE..................................................................... 7
2.5 ÁREAS DE ATRAÇÃO............................................................................... 7
2.6 ÁREAS DE REPULSÃO............................................................................. 8
3. MIGRAÇÃO NACIONAL...................................................................................9
4. CONCLUSÃO..................................................................................................11
5. REFERÊNCIAS............................................................................................... 12
INTRODUÇÃO

Os fluxos migratórios são movimentos de pessoas dentro de um país ou entre


diferentes países. Eles podem ocorrer por várias razões, como busca por melhores
oportunidades econômicas, fuga de conflitos, perseguições políticas, desastres
naturais, como furacões e terremotos, e outros fatores.
Os fluxos populacionais foram incrementados a partir do desenvolvimento do
sistema de transporte e das telecomunicações, que ofereceram maior mobilidade às
pessoas em todo mundo. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas),
aproximadamente 175 milhões de pessoas vivem fora do país de origem. E, de
acordo com o Relatório Mundial das Migrações de 2022, desenvolvido pela OMI,
desde 2020, existem 281 milhões de migrantes em todo o mundo e o número cresce
a cada ano.
Em geral, os fluxos migratórios podem ser classificados como migração interna
(nacional) e migração externa (internacional).
Fluxos migratórios são um fenômeno complexo e que acontece sob os aspectos
econômicos, políticos, sociais e ambientais e podemos ainda classificar os fluxos
migratórios como permanentes ou temporários, pois alguns migrantes buscam uma
nova residência definitiva, enquanto outros estão apenas à procura de trabalho
temporário ou estudar no exterior.
MIGRAÇÃO INTERNACIONAL

A migração internacional consiste na mudança de moradia com destino a outro país.


Tal ocorrência vem sendo promovida ao longo de muitos anos, a exemplo disso
cita-se a migração forçada de africanos no intento de realizarem trabalhos escravos
em outros continentes. A partir daí, esses fluxos migratórios internacionais têm se
intensificado cada vez mais nas últimas décadas.
O processo de migração internacional pode ser desencadeado por diversos fatores:
em consequência de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas
ou culturais, causas relacionadas a estudos em busca de trabalho e melhores
condições de vida, entre outros. O principal motivo para esses fluxos migratórios
internacionais é o econômico, no qual as pessoas deixam seu país de origem
visando à obtenção de emprego e melhores perspectivas de vida em outras nações.
Conforme relatório de desenvolvimento humano de 2009, realizado pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aproximadamente 195 milhões
de pessoas moram fora de seus países de origem, o equivalente a 3% da população
mundial, sendo que cerca de 60% desses imigrantes residem em países ricos e
industrializados. No entanto, em decorrência da estagnação econômica oriunda de
alguns países desenvolvidos, estima-se que em 2010, 60% das migrações ocorrem
entre países em desenvolvimento.
Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados,
entre eles estão: Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União
Europeia. Os Estados Unidos possuem o maior número de imigrantes internacionais
– dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.
A migração internacional promove uma série de problemas socioeconômicos. Em
face das medidas tomadas pela maioria dos países desenvolvidos no intento de
restringir a entrada de imigrantes, o tráfico destes tem se intensificado bastante.
Outra consequência é o fortalecimento da discriminação atribuída aos imigrantes
internacionais.

AMÉRICA DO NORTE

Os Estados Unidos é o país que mais recebe imigrantes no mundo.


Tradicionalmente, há uma elevada imigração de mexicanos para os Estados Unidos.
Porém, atualmente, o perfil de imigrantes que entram nos EUA está mudando, pois a
proporção de pessoas da América Central e de países do Caribe supera a de
mexicanos que se deslocam para o país. Os migrantes geralmente buscam
oportunidades de trabalho, reunificação familiar e melhores condições de vida.
Cerca de metade dos migrantes internacionais moram em apenas dez países, sendo
que os Estados Unidos recebem a maior quantidade de pessoas (51 milhões), o
equivalente a 19% do total mundial.
Por sua vez, o Canadá, que também fica na América do Norte, é conhecido por ter
um sistema de imigração bem estabelecido e acolhedor para migrantes de diferentes
partes do mundo. O país recebe um fluxo significativo de imigrantes anualmente.

EUROPA

A Europa é um destino importante para fluxos migratórios de muitas partes do


mundo. Existem rotas e motivos variados pelos quais as pessoas migram para o
continente europeu. A rota do Mediterrâneo é uma das principais rotas migratórias
do mundo e envolve a travessia do Mar Mediterrâneo por migrantes que buscam
entrar na Europa. Ela tem sido amplamente utilizada por migrantes e refugiados que
fogem de conflitos, perseguições, pobreza e falta de oportunidades em seus países
de origem. Esse fluxo migratório atingiu uma quantidade alarmante ao longo de
2015, com um aumento exponencial de pessoas tentando entrar na Europa e
solicitando asilo.
Os migrantes que conseguem atravessar o Mediterrâneo chegam geralmente à
Itália, Grécia, Espanha, Malta ou outros países do sul da Europa. No entanto, a
travessia do Mediterrâneo é arriscada e perigosa, havendo condições adversas e
falta de segurança durante a viagem.

ORIENTE MÉDIO

As migrações no Oriente Médio têm como principais causas conflitos armados,


instabilidade política, perseguição religiosa, desastres naturais e busca por melhores
oportunidades econômicas Essa região testemunhou conflitos armados prolongados
em países como Síria, Iraque, Afeganistão e Iêmen, resultando em muitos
refugiados e deslocados internos. No entanto, o Oriente Médio também atrai vários
trabalhadores migrantes de países vizinhos e de outras partes do mundo.
Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Catar e Kuwait são destinos populares
para trabalhadores estrangeiros, principalmente de países do sul da Ásia, África e
Sudeste Asiático.

HEMISFÉRIO SUL E NORTE

Esse fluxo caracteriza-se pela movimentação de pessoas dos países em


desenvolvimento do hemisfério Sul para os países desenvolvidos do hemisfério
Norte. Os migrantes geralmente buscam melhores oportunidades econômicas,
acesso a serviços e a uma vida mais digna. Países da Europa Ocidental e da
América do Norte são os principais destinos.

ÁREAS DE ATRAÇÃO

Os Estados Unidos e a Europa Ocidental são as grandes regiões de atração


populacional.
As fronteiras não estão abertas às pessoas. A mundialização da economia abre as
fronteiras nacionais para mercadorias e capitais, mas os países continuam a erguer
barreiras contra a imigração, restringindo a mobilidade populacional.
Quando a migração legal é muito restringida, cresce a ilegal – a procura por meios
não convencionais de entrar em certo país. Imigrantes ilegais tomam grandes riscos
para chegar aos seus destinos e frequentemente acabam caindo na clandestinidade,
não possuindo documentos para trabalhar na economia formal de seu novo país.
Consequentemente, assumem trabalho pesado com baixa remuneração e vivem em
bairros afastados. Por serem imigrantes ilegais, ficam sujeitos a incertezas e
discriminações e acabam por integrar marginalmente a força de trabalho, o que se
transforma, em alguns casos, em escravidão.
Em crises econômicas, cresce o preconceito contra estrangeiros, fomentado pela
crença de que as pessoas e os produtos vindos de fora são os responsáveis pelas
crises da economia e pelo desemprego. Os imigrantes são frequentemente vítimas
da xenofobia - o medo irracional, a aversão e até mesmo o ódio em relação a
estrangeiros. O enfrentamento da xenofobia é um desafio para a nossa época, pois,
cada vez mais, as fronteiras nacionais são rompidas e os cidadãos passam a
conviver não mais somente com os seus semelhantes de pátria, mas com todos,
como cidadãos de um mundo cosmopolita.

ÁREAS DE REPULSÃO

A África, a Ásia, o Oriente Médio e a América Latina são regiões de maior repulsão
populacional. Na Ásia e na África, há áreas extremamente pobres. Isso resulta em
uma repulsão populacional significativa. Além disso, certas regiões nesses
continentes são palco de guerra. Alguns países asiáticos e africanos constituem
refúgio para grupos terroristas.
Áreas de repulsão populacional sofrem um fenômeno denominado “fuga de
cérebros”: a saída de pessoas com alto nível educacional que imigram para países
ricos e desenvolvidos. “Fuga de cérebros” constitui perda de talento, pois pessoas
bem preparadas frequentemente buscam melhores condições de trabalho e de vida
e mais oportunidades no exterior. Isso agrava o cenário de países com alta repulsão
populacional, que já contam com pouca mão de obra qualificada.

MIGRAÇÃO NACIONAL

As migrações internas, também chamadas de migrações inter-regionais,


representam as dinâmicas dos fluxos migratórios existentes no interior de um dado
território, são aquelas que ocorrem dentro de um mesmo país ou região. O
deslocamento ocorre dentro das fronteiras nacionais, por meio de movimentações
entre cidades e/ou regiões, assim como entre a zona rural e urbana. No caso do
Brasil, é possível identificar alguns vetores migratórios que se manifestam desde o
período colonial, mas que se intensificaram a partir do início do século XX.
O que se pode notar é que esse processo esteve sempre ligado à dinâmica
econômica do país, mas que a composição estrutural também exerceu uma
importante influência. Inicialmente, os sistemas de transportes não eram muito
avançados, assim como a estrutura das rodovias e ferrovias no país não
possibilitava o deslocamento em massa de grande parte da população. Além disso,
as baixas condições de vida em boa parte do território e a predominância do
trabalho escravo em alguns períodos da história do país também funcionaram como
um dificultador para a ocorrência de grandes fluxos migratórios.
O principal vetor das migrações do Brasil nos últimos tempos foi do Nordeste do país
e do Norte de Minas Gerais para as regiões Sudeste e Sul, notadamente as grandes
metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. Esse fluxo iniciou-se no
final do século XIX, mas se consolidou de forma mais acentuada ao longo do século
XX, quando o Nordeste conheceu o seu declínio econômico e o Sudeste brasileiro
industrializou-se a partir das infraestruturas herdadas da economia cafeeira da
região.
Nos 1950, o Brasil vivenciou um intenso fluxo migratório da região Nordeste para o
Sudeste, uma vez que a segunda vivia o período da industrialização e, como
consequência, atraía muita mão de obra. O êxodo rural também se intensificou
nesse período, quando grande parte da população que morava no campo se mudou
para as cidades em busca de melhores condições de vida. Dessa forma, houve
grande concentração da população brasileira nos grandes centros urbanos.
Na década de 70, houve um grande fluxo de deslocamento do Sul do país para a
Amazônia e para o Centro-Oeste. Isso devido à política adotada pelo governo militar,
que financiou grandes propriedades rurais, estimulando o uso intensivo de máquinas
e produtos químicos, para atender às demandas do mercado nacional e das
exportações. Esse estímulo dado a grandes empresas e proprietários, vindos
principalmente do Sul e Sudeste, fez com que fossem implantados latifúndios,
geralmente para criação de gado, na região amazônica.
Pressionados pela expansão das monoculturas e mecanização nas grandes
propriedades rurais, os trabalhadores já não eram tão requisitados. Por isso, muitas
famílias abandonaram o campo em busca de oportunidades na cidade.
Hoje em dia, a principal característica observada nos movimentos migratórios
internos é a desconcentração populacional. Nos últimos anos foi possível observar
uma queda no crescimento das populações das grandes metrópoles, ao mesmo
tempo que cidades médias e pequenas estão em fase de crescimento populacional.
Amigração no Brasil tem sido caracterizada pela chamada migração de retorno, ou
seja, pela volta de população para suas localidades de origem, principalmente para
os estados da região Nordeste. Essa transformação explica-se pelo fato de o
Nordeste vir apresentando novos índices de recuperação econômica e de
industrialização. Além disso, a oferta de empregos no setor industrial do Sudeste
vem diminuindo graças à migração de indústrias para o interior do território brasileiro
(desconcentração industrial) e pelo fato de o setor secundário oferecer menos
empregos em razão do crescente processo de implementação de novas tecnologias
no campo produtivo.
CONCLUSÃO

A migração é um processo que ocorre no mundo inteiro, muitas vezes intensificado


por problemas sociais e econômicos, que motivam ou forçam a população local de
uma região a procurar melhores modos de vida e sustento, seja fora ou dentro do
seu país de origem. A intensificação dos fluxos migratórios nos últimos anos também
é acompanhada de grandes restrições e o aumento do preconceito contra pessoas
em processo de migração ou refugiadas de um país em crise, esse preconceito é
principalmente evidenciado em países mais desenvolvidos da Europa e da América
do Norte, onde os imigrantes são muitas vezes tratados com desrespeito e
desprezo, e submetidos a condições subumanas de emprego e moradia.
A xenofobia na Europa é principalmente presente na relação Brasil e Portugal, com
diversos brasileiros procurando construir sua vida no país europeu e se deparando
com o preconceito vindo do povo português mais conservador.
REFERÊNCIAS

● O que é Xenofobia? Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/o-que-e-sociologia/o-que-e-xenofobia.
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● Migração no Brasil: o que é e os principais fluxos migratórios.
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<https://querobolsa.com.br/enem/geografia/migracao-no-brasil>
● Fluxos migratórios: tipos, causas, consequências e desafios. Aprova
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<https://aprovatotal.com.br/fluxos-migratorios/#:~:text=Os%20fluxos%20migra
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<https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/migracao-internacional.htm>
● Migrações Internas no Brasil. Mundo Educação. Disponível em:
<https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/migracoes-internas-no-brasil.ht
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C3%A0%20din%C3%A2mica%20econ%C3%B4mica%20do%20pa%C3%AD
s.&text=As%20migra%C3%A7%C3%B5es%20internas%20%E2%80%93%20
tamb%C3%A9m%20chamadas,interior%20de%20um%20dado%20territ%C3
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● “Estudo da ONU aponta aumento da população de migrantes
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● Migraçâo: o que é, tipos, causas, no Brasil. Escola Kids. Disponível em:
<https://escolakids.uol.com.br/geografia/migracoes.htm>
● Migrações - Movimentos Populacionais. EducaBras. Disponível em:
<https://www.educabras.com/aula/migracoes-movimentos-populacionais#:~:te
xt=A%20%C3%81frica%2C%20a%20%C3%81sia%2C%20o,M%C3%A9dio%
20%E2%80%93%20s%C3%A3o%20palco%20de%20guerra.>

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