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A realidade factual e o dever ser : as percepções dos professores

de educação física Xavante sobre “sua” formação inicial
Ano de defesa:

2020

Autor(a) principal:

Freitas, Gibran Dias Paes de

Orientador(a):

Não Informado pela instituição

Banca de defesa:

Não Informado pela instituição

Tipo de documento:

Dissertação

Tipo de acesso:

Acesso aberto

Idioma:

por

Instituição de defesa:

Universidade Federal de Mato Grosso

Brasil
Instituto de Educação (IE)
UFMT CUC - Cuiabá
Programa de Pós-Graduação em Educação

Programa de Pós-
Graduação:

Não Informado pela instituição

Departamento:

Não Informado pela instituição

País:

Não Informado pela instituição

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Palavras-chave em
Português:

Formação de professores indígenas

Índio Xavante
Educação escolar indígena
Educação física escolar
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Formação de professores indígenas
Xavante indian
Educação escolar indígena
Educação física escolar

Link de acesso:

http://ri.ufmt.br/handle/1/3976

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Resumo:

Esta dissertação foi desenvolvida na Terra Indígena São Marcos; Aldeias Nossa
Senhora de Guadalupe, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Guia e São
Marcos; busca compreender as percepções sobre a formação inicial dos
professores de Educação Física Indígena Xavante, por meio de entrevistas, das
escolas estaduais indígenas das referidas aldeias a partir das categorias
interculturais, saberes universais e locais, limites e possibilidades da prática
pedagógica a partir da formação inicial e conhecimento didático sobre educação
física. Ao longo dos capítulos são apresentadas compreensões e percepções
sobre a população Xavante de Barra do Garça levando em consideração sua
história aspectos socioculturais traçando as andanças e batalhas travadas até
chegar à Terra Indígena São Marcos as relações que foram construídas nesse
processo sua presença no cotidiano de Barra do Garças, como são construídas as
relações entre indígenas e não indígenas, estabelecendo tal contexto na
construção histórica da cidade, sua conjunção atual e a percepção dos não
indígenas sobre os indígenas, assim construindo os limites de uma fronteira
civilizatória entre culturas que ocupam um mesmo território. Assim, nos
apropriamos dos conceitos de “processo civilizatório” a partir de uma visão
colonizadora, “descolonialidade” e “território, espaço e lugar”, com vistas à
superação da perspectiva colonial da educação escolar indígena. O contexto
histórico da educação escolar indígena no Brasil e em Mato Grosso e o debate
sobre a questão jurídica da educação escolar indígena, trazendo como resultado
final a promulgação da Constituição Federal de 1988 e as leis publicadas desde
então. Abordou também o contexto atual da formação inicial de professores
indígenas no Brasil, em Mato Grosso e Barra do Garças, os limites e possibilidades
enfrentados na situação atual. Os resultados apontam para a necessidade de
repensar a formação inicial de professores indígenas no Brasil, Mato Grosso e
Barra do Garças, no que diz respeito à deficiência ainda existente no número de
professores sem licenciatura, considerando que as políticas de educação
universitária têm feito pouco progredir, tendo assim acesso à formação no ensino
fundamental, nas falas dos sujeitos fica evidente a configuração de uma formação
intercultural funcional e de uma educação física esvaziada de criticidade sobre a
cultura corporal dos movimentos indígenas e não indígenas, com ações de
professores e dos escolares que buscam superar essa situação e valorizar suas
práticas corporais e cosmologias no chão da escola. A partir dessas questões, a
análise dos dados aponta para a compreensão da percepção dos sujeitos quanto à
formação em Docência Intercultural como proposta de formação inicial a partir das
categorias já elencadas.

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