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Inezíl Penna Marinho

A EDUCAÇÃOFISICA NO SÉCULO XX

(Síntese das principais ídeías e movimen-


tos, sistemas e métodos dominantes em
nosso século) ..

Revista Brasileira de Educação Física


Caixa Postal 274 - Rio de Janeiro

1 9 5 3
/
/ I

I N E Z I L E E N N A M A R I N H O

••

. .A EDUCAÇÃO
'
FI BICA NO- S~CULO XX

(síntese das 'pr-í.noí.pa í.e Ld o.í.a e e mo


vimentcs, sistemas e m~t..odos dominantes
\ , ,
em nosso sé~ulo).

)
/

Revista Brasileira de Educação Fisica "


C.Postal 274,.. Rio de Janeiro

)
\

• 195:3
A EDUCAQÃO
FISICA NO SEC~~O~

INEZIL PE~~A WÂRINHO

.SUM1RIO "
-
1- Os principais 'movimentos dOiltrinário$) na Educação Física,ve ..•.
rificadJs no século XX: •
aj- Os chamados sistemas cul tu.r s t ae]
b - Os sis t emas .de ginástica respirat6rta;
í

e - O Método Natural de Hébert, antes e depois de\


Joinville-lé-Pont; . •
d)- O sistema üe ginástica básica-dinamarquesa; ,
ej- O Método Franc ~s de Joinivell,e .... le-Pont;
f - O Memento de Instruçãõ Física Militar', na rrança;
h - O ModeTnoSistema SUeco; ,
i - A Ginástica feminina; ,
j - O Halterofilismo.

2- Os congressos internacionais de Educaçã6~Física..


3-- A Educação Física no Brasil durante o século xx;
a1- si tuaçãoanterior ~'adoção do Método Franc~s;
b -, papeL: do MétodO Franc ês na cultura nacional;
c - t'end"éncias, atuais;,' ';:; , :
d - o problema da z-ecr-eaça o.. l-
4- Leitura indicada.

'- '

1- Os princi~ais movimentos doutrinários da -Educação Física no


século XX.-
O século xx se apresenta entre a qu Le s q'Ueassitiram
ê

a naiorês modificações doutrináriás e técnicás no Campo da Edu-


caçãoFísica. :e interessante notar, sobrétudo~ como certos movi
mentos de core~ pouco definidas tomaram vulto e se revestiram
de caracuer íe t í.oàs pr6pria s , t or-nando-e e inde,pendentes e, às vê-
zes,a té se opond.o às. i~eias dentro das quais f'Lgur am suas pr6-
prd as or í.gcns , V'ejamosquais' os grandesmov:imentos neste sécu-
lo que a ee í.na La a éra at6mica.' .. .
a) •.. Os chamados métodos eul tUristas- '1 ,

, Os ~étod os cul turistas proli~feram s~bretudo 'em fihs


do s~culo paasado c na primeira década do )?,resente; estava con~
ti tuido quase sempre ,por coleções' de exercicios ginásticos par
serem realizados em casa. «.Denomin~vam-setamhémIfginéfstica do -
més tão a?e itginástica dq quarto".Os aí.e t ena sima í.e difundidos"fo·,
raL1 aLéra de numerosas variantes do método eué co , ás dê Dr"M.Sc1).S
ber (lfAcrztlicho Zimu,ergyl'llllastik oderSystomtt) e 'os de J.F.Mul' -
ler, estes sempre sob o títUlo "Meu Sistema',1("Meu' Sistei:'ua para
, Crianç3s,"MeuSistor.1a para S~nhorasll,IIMcu Sistema - A aaúdo .
troco de UL1 quarto de hora d exerc:!cio por dia",J "Meu sistema
de Respiração.tl). li. acguí.r , apa rece a obra -do DI'., Ruffier" SÔyOJ
-2-

Forts! - ",:5':'fi1.lelde Cutture Physique pour Hommes,Dannes et En-


fan ts- Gré:cn:Jli; abLeau de 92 Exercic es", cuj di 9 edição, ª em 1946
acusa 80.000 e~emplares. Na França, aliás, o movimento cultu-
rista 'desenvolveu--se bastante, sendo célehre 8. "Es c ol e de Oul-
tare Physique Desbonnet", instalada em Paris, à rua Faubourg
Poí.ee enn.í àr e , 48, com sucursais em Lyon ," Bozdezu s , Reins; Le Ha
vre, Toubouse, Nancy, Gen~ve, Lausanne, Bruxelles, e Bí.Lbao , A
escola anunciava: "Ohaque Êlive est examiné, mensuré, conseillé
'et dirigé par le professeur Desbonnet en personne!" E acrescen
tava~ flRésultats gran-tis en 26 leçons- Augmentation: J;'oitrine de
8 a 20 cintemetres; brascuisse et cou de 3 a 8 oe~tímetres,avant
bras et mollet de'2 a 4 centrim~tres. TI'. i tement spe~ial de 1/
obesité. Diminution: de 8 a 30 -cerrt ímê t r es .d e t our- de c ed.n tur-e "
As outras obras francesas que podem ser assin~ladas dentre as
mais divulgadas são: "Méthode do Dr. pagés; "L'Éducation Phs;§A:que
de l'Enfant"., de M. ParJiiLet; as IIT4buas desportivas Ní.Lae cn 'v den
tre as quais "Les 18 Meilleurs Mouvements pour Assouplir et for=
tifier le Corps", Serie Jeune Fille" e "Les 22 Meilleurs Mouve-
ments"pour Assouplir le Oorps Serie Jeunes Gens." àmbas de. Ber
thier, e "Le s 24 Meil'leur Mouvemcnts de le Atletisme" de DaI~éLT
"Methode de Cu.L ture i1hysiquc pour T6us!~ do Comandante Gelly.; ",Vou_
lez-vaus ne pas Grosir? do Dr. Taubmann. Na Inglaterra e nos Es
tados Unidos os sistemas de Sandow e Atlas foram divu'lgadíssimes
tendo o pr í.mc i r-o emprestado o seu nomc aos a par-eLhos elásticos
que serviam para o s exercícios destinados a aumentar a fôrça mus
cular. Poderemos'ainda acrescentar mais Os seguintes sistemas-
divulgados em outros países: "Sistema Popu;Lar de Gimnasia (Oomo
me hice sano y fuerte)" de Tibor Gordon, que, mOdestamente,colo
caentre parentesis depois de seu nome "Tarzan", "EI Ejercicio --
en casa y 1<3, Salúd" - Oinco minutos dedica-dos al cuidado de 108
nervios; método, racional para desar-r-o Ll.a:r La sa Lud más que 18
fuerza", de Percival G. Masterns, autor inglês traduzido para o
espanhol; "La Salud por eL \ ejercicio li, do Pr o f , J .B. Olavar -' I .
rieta e 1I,1\.1i
Gimnasia" , de Kid Tvan , ambos Elrgentinos; {'Manual
de Gimnasia Nacional y Practica (Mé to do Sueco)", do Prof. M.SQ·~
leirol de Serves , autor franc s, . professor
ê de g~nástica sueca
no Liceu de Versailles, traduzido para o espanhol. Dos mais in·-
teressantes sistemas que poaeu í.mos em nossa biblioteca péJ.rticu··,
lar, é o do Instituto Hermes deMilão: "Alto"- Sistema s pe c.l.a Le
di ginnasticasenzo atrezzi per persone di bassa Istatura"1 a fin'
do qual aparece o anuncio de palmilhas de 2 a 3 centimetros pa-
ra sapatos especiais, com real garantia dc a umen t o na esteduray
isto parece um paradoxo com o fim a que se propoe o sistema.
A multiplicidade' d ss e s s í.süema s e' métodos não no~ P03-~
ê

mite análise mais detalhada,' obrigando-nos apenas a uma visno p~


nor-âm.í.c a , Os sistemas culturistas se caracterizam em ,dois gr u-
pos: exercícios a mão livre e exorcícios com o uso de pequenos
aparelhos. Os primeiros estão sendo substituidos por exercícios
calistónicos e suecos principalmente, en~uahto os últimos derrn~
origem ao moderno movimento do'halterofilismo, que apreciaremos
mais a dí.an t c ,
b ) - .Os SlS
. t emas ee
do" I L t·lca
g:n..n21s .
resplra t6' rl§.-
En fins do séculO passado e, sCbretudo, no iníçio dês
te, a' ignordl1cia dos fundamentos fisio16gicos dtt respiração fez
com que numorosos sistomas se ginástica respirat6ria, quase to-
dos ins:pir:.::.dos no sistema Y-ügi, aparecessem em muitos pa í.s e s so'\-:,
diferent os e,spoctos. Tnterossant e s P. tonna \notar que muito s dc :
autores de tais s Ls t emas são '1.ll$dicos,,_-alguns ntõ d.,? gnand e rGDt;;
me. A quantidade de Lt-vros que existe a r esne t o é enorme e ei:l
í

d Lf'e r-ent e s línguas, razão por que vamos fazer apenas a indicaç~1c'
de algumas: IIlA Respiração e a Saúde ou Art e o. e Respirar", de
Joc:);ü RamacLar-aca ; "Or í.ent ac.í ón d e la cultura Física o 01 Arte
de Saber Respirar según Métod.os de los Jogas", de José ArguelLJ'
-3-
lIPrecis d'Education Physique et Respiratoire", do :Oro P. Louin-
dju; "La Cymnaat i que Respira tóire dt .La Cymnaat Lque Ort.hopcdi que
chezsotE do Dr , Louis Lany j uL'Éd:l.lméil.tionRespiratoirefl-do DI'o G"
A. Rí.char-d 1 "Oymnas t Lca Respira toria- Pur-í.f'Lcuz Lon e .. Slute--]'or.-·
za- Energia ~~mediante l' excr-c Lz í.o f:ísi co e pschico deLl.a respi··, I

razione"; 0.0 .Instituto Hermes de Milano.


A ginástica respiratória está hoje Ln t ed.ramen t e barrí.dr
em face dos estudos e expériênciaS:l realizadas, se)bretudQ entTe
1910 e 1930, por numerosos fisiolGgistas, dentre os qua~s Lind-
ha.rd , Eerlitzka, McCurdy, Larson, Schneider, Heckel, e tc s

A fim de dar Uma idéia suscinta da questão, v e ja mos a l. .


i

guns rápido s comentários a respeito ~ , ' e,

IfReflpirar é v uer-" repetem milhares


í ,de higienistas .rné-.
dicos,. fisio16gistas, pr of es aôr-e s de ,Educação Física... "Re sp irar
é viverl/ ,afirmam as filosofias orientais e ocidental. No.da nía í,e
verda,deiro, confirmamos -nós: "Respirar é viver".
Mas••• há sempre um mas em cada história ~ mas surgem" Q
qui, como ali,josque querem ensinar a resEirar, O que signific~
deseja r que, os/ oU1;ros aprendam a viver, Nao cone cbom ê Les que '
a respiração seja um'fenÓmeno natural, uma nesessidade-orgLtnica
que se processa independentem,ent,e da nossa v orrt ad e , que o fe:to .
na sua primeira manifestaç80 de vida extra-uterina, respira sem
que ninguém se dê'ao cuidado de isso lhe ensinar. Quando a vida
'autenoma subst~~ui a vida parrasitárfLa,~ ~m~que as comun.í.ca ç Ses li;
tero- placentárl,as respondem, pela nutrlça?, as funçoes vegetat.l
vas se condicionam a ~sse fator novo e a mais importante de tê .;..
das elas - a oxida2ão"'propopla smá~ica - setermina 9 e í.muLa t ánee -
mente com a expulsaodo feto, a rospiraçao, .Oessadas as rcüaçõ0'
do, feto com o organismo, materno,pe1.a contração dos vasos u t en.í.n-
ou pelo d.Gsiliocamento da placenta, 'o sangue do recem nascido se
torna pobr€ de oxigênio e rico de gás carbOnico. E os centros
bu.Lbar e s, sob a influência d ê s t e último', determinam o mov-ímerr'.o
dos músculos Ln sp í.r-adoz ee j a alguns movimentos d Lpne í.rio a , su.ced e
o ritmo regular. A ,excitação bul bar pelo sangu o Veno 1.30 se en c a;
rega de promover uma inspiração que o transforma em arterial, eb~'
sa exitação cessa na fase passiva da expiraçãoL'recomeça e cessf
novamen t e , E a hemato s e se pr-oc es sa- 110 pu.Lmao , carncacvcompar.
to, rubro imbebido de sangue,' dilata-,se expandido pelo ar que p:S
• netra n'os bronquiolos e alvéolos pulmonares, tornando-se fdf091c
v e , vo Iumoso , r6 seo , are jado fi. 1" ••••

Estci fato 6 ifu~ortantIssimo na medicina legal; os pul-


mões que não respiraram mergulham e os que r~spiraram sobrenada~
segurulo observações de Bar~holin, em 1663 • Ragar propdsgem 167(;
que se utilizasse essa prova para o diagn6stfbo do nascimento
com ou ~em vida e Schreyer déle se serviu em 1681, com ~xito~nu~
ma aut6psia judiciária. .8 assim, se ínsti tuí a docimasia pu.Lmo-
nar hidrostáti'ca, o má í.s importante método de perícia médico-le-
gal do infanticídio. Por fugir completàmn.nte ao obje:6ivo deste
trabalho, deixqrêJmos de descrever a técnica dessaprova e a série
de considerações e' interpretações que a mesma suscita, conforme
os pUlm5es sstejamou não putrofatos~
,
A respiração, ppr-t an to, deves er considerada como a pr?:
meira manifestação de vida au t ônoma do indivíduo. Não pretende :.
mos por isso mesmo, discutir a importi1ncia da função respirátó -
ria na vida do homem, mas apnnas demonstrar qu e os chamados ex e:
e f cí, os .res pl r-a!órios não S$O ba,stante convincentes, nenhuma .í.n ..'
fIuênci a pod cr ao exercer -par a beneficiar a atividade respira t,C;·
ria. Exercíci os verdadeirament e :respirat6rios poderiam ser con,··
siderados ,~quêles que contribuissem para ativar a função rcsp::.··
ra t6ria 9 pa r a exerci tá-la, pa ra facili;t;~r, a ox.í.gena çâo do s teci ..·
-4-
dos, para enriquecer o sangu e , para enz í.m, fortéüeCer todo o or
gan.í.smo, E ê s s es exercícios, como teremos opor tun íd a de de d 8 ::
monstrar no decorrer dêste trabalho, são b om outros muito dí.f' 3""
rentes dos que ordináriamente, conhecemos pela denorn.l.na çâc (:.;;
exercícios res~iro.t6rios. .

. A~pesar-de' o Eroblema s~mente agora estar sendo fo~p,·


lizado entre nós, é'le não é novo; apena s QS profess~res de ed.\",--
cação física e mesmo muitos mé d.l.cos especializados; repetindo
conhecimento s que lhe f or-am transmitidos, sem pr-ocur-ar descob~~t.:
a verdade qe s eus fundamento a , continuam a usar exercícios respi
ra t6rios, por tradição mai s do que por convicção.. .-~

É interessante' transcrevermos a observação que a r ea-


peito, em 1936, já fazia o Comité Olí~pico Argentino, aprovet -
tando a participação de seu pais na VI Olimpíada realizadn em
Berlim. Do rela t6rio do Sr. RauL J. Solari l' na parte sob o. títu
10 tlReflc;:;-çionés sobre gimnásticas obse'rvadas", consta o seguin::
te:"3- El. Ejercicio respirat6rio pr'opLamont e dicho há sido reem
plazado por La acti vidad resp~ra t6ria ". E é is so, de fa to, o q.1le
interesso.: a atividade respirat6ria. Exercícios respiratório se
rá todo a qu l.o que beneficie
ê a atividade respirat6ria. ....

E Boí.gey , há mais de v.í.rr..e ario a escrevia:

_ "Les exercices qui s'a ecompngnent'd'un travail mu.scl!;


laire considerable sent les plus propress ~ augmenter le volume
du hhorax, enp~evequant un fonctiennement suratif des muscles
respiratoires linspirateurs et expirt:'lteurs). Ne}1s savens que c.Q
teaccumulation de travail se recontre surteut dans les exercices
de forece et de vitesse. Ceux-ci Berent donc les exercices de
cheix cha que fois qu" en voudra devcloper la pei trine. Peu impD;::
te le procede par Lequ.eL la force musculaire sera depensée, PO'1...
vu qu 'il s "emdépense beaucoup em pen de 't emps , Commeles exo.r .
cices qui se pratiquent avec leso jombes repressentent une plua
grande s omme de t.r aba í.L que c cux qui se pr-a t gu orrt avec.les
í t-:-'c 1,'

en donnera La préference aux prcmier. En fai t , auxun exercice n.


dévelopée aue s'í. rapidament la pei'trine que La course si c o n r e '-3 ...
la' lutte. La gymnastique que respiratoire en chambre peut Óg8.',,·
ment amener une certaine ampliation thoraxique, mais elle est
incomparablement moins ef'f Loac e que Les deux moyens pr éc ed cnt a"

E entre nós, o Dr, Bacudo de castro, ao apresentar a


sua original classificação de exercícios em'miogênicos,neurog~-I
ní.co s , pneumog ênâ cca e de desgaste, não deixa de fazer intere,e-
aarrt f as í.mae considerações 1 que a seguir t.r-anse r-evcmoat
tf Ant es, porém, de enc errar êStB cap I tulo, f'a.remos a a·
náli se dos f [Unosos 11 exercícios res piratóri o s'1, poi s par ec e-hos
que ainda riâo existe a compreensão exata do seu valor. 'Em pri.meJ,
ro lu~~ar, en cc nt.r-amoa UJn efeito neurogênico "pela int'ervençaõ da
vont~de, que interfere com a regulaçno automática dos moviillentc~
torácicos e dio..fragmáticos. O melhor resultado dêsteefei to, se _.
ria ,talvez, sugestionar favo~a~elmente os praticantes,especial-
mente os enfermosL pelo fato de sentirem mais nitidamente o ato
vital da respiraçao. Alóm ~êsse, s6 nos seria Iícito espernr rQ
sultados, quando os exercíci os se ;repetissem suficientemente P,ê.
ra criar efeitos nrí.ogên cos , nos müacu.Lo'e torácicos,in~irató-
í

. rios acess6rios e abdo~inais responsáveis pela expiraçno força-


da. Um efeito acessório, antes um sub-produto dos exercícios
respirnt6rios , ~ossívelmente o fator dos melhores resultados •
constitui a r-egu Lar-Lza çâo da pressão eub=dd af r-agmá't Lca , e c ori-
secutiva ação sebre a massa sanguínea do território esplaniec .
facilitando a circulação do retÓrno •. Este efeito é extraordini
riament e reforçado quando s e completa pelos exercíci os da muse'c,
latura abdominal.
-5-
Os ~erdadeiros exercícios respiratórios1 isto 61 os
que exigem esfÓrço da função respiratória, s50, como vimos ,os
pncumcgôni é os" •

No seu conceito, exercícios respiratórios são aq:ll~;. ",J

-que exiC:c;ú c s f r-ço da f'unçâo


ô respirat6ria e e e s a id6i:::i. c·:/ir.", ':,_,
exa tum orrt o com a que d es e j amo's defender neste t.r-a ba Lho quarrt o
j

pr e t enúe.ao s a exclusão dos chamados exercícios que não sejam ;;'(31


dadeiramentc estimulàntes da função respiratória.

Paro. concluir , leste i tem de cons id erações gerais, proPQ


mos:

I...Qlle fique
perfeitamente estabelecida a diferença en
tre a função respiratória e os chama dos exercícios respiratório'EI
pois ~stes nada t~m . a ver ,
com aquêla.

, 11- Que o importante a considerar seja a atividade res


piratória . c '" para isto se torna mister bem conhecer a fi.siologia-
d éJ. res~n2:'ar;ao.

", 111- Que ae j am c ona í.dera dos exercíc;ios respiratórios


a qu l.e s que Lnf Luam sÓbre a a ti vidade
ê re spira tóri a, exerci tan,do
8 função res )ira tória o .

IV- Qu,e sejam banidos como inúteis~ principalmente na


'fase final do trabalho físico (volta n
calma) os exercícios at
tualmente conhecidos sob a denominação de respiratórios, sem in-
terferir,portanto, na regulação automática da respiração,se~n-
do as necessidades orgnnicas do indivíduo.
/

'Sabemos ,que a troca de oxigênio e di6xido de 'carbono


nOS pu Lm.ice, se reo.liza2através da membrana a LveoLar e a sua á-
rea é tão grande (lOO m mais oumenos ) que uma enorme :çnClrgem de
segurança existe. Willinms afirma que a ár,ea de absorç50 a Lvco
lar é cÔrco. de 20 vêzes n área requerida na respiração normal.Õ
mecan í.amo res:)ira tório fácilmen t.e toma oxigênio, suficiente . do
ar ord~nl'írio pura 8S necessidades do corpo. E a quantidade de.
o~ig~n~o usada pelos tecidos está condicionada pelas necessida-
des das células e n8.o pela provisão existente de oxigênio. Evi-
d enc La-cs e , assim, que os exercícios respiratórios nenlfum valor
~presentam em relação à tomada de oxigênio pnra as células do
corpo em ocasião diferen,te daquela em que há um pedido dos ór-
gãos p2ra ~ste gás.
I
Os exercíoios respiratórios perturbam o equilíbrio n~
mal dos illlementos químicos do sangue e artificialmente rompem a
.na rmorrí.a da r eâaçâo que °
~rganismo tende a manter em todos os
t empoa,' são os f$tos que demonstram que os. exercícios respirat.si.
rios perturbum o equilíbrio n omaL dos elemento s ác í.do s e básico~:
do sangue. E isso porque se efetua a r-cs p.í.z-açào f'or-ça da j como a-
conteCe nos exercícios respira tórios ,_ o dióxido de carbono nor
malm.ente pr e sent e rio s angu e, po de diminuir de quanta dade.

Objetivando melhor a'nossa opinião, podemos assim ex


presséÍ-la:

1- Os chamados exercícios r€spira~rios nno merecem


essa d nominação porque não influem sebre D atividade respiratQ
ria no sentido de estimulá-la.
2- Os verdadeiros exercícios respiratórios S80 aqu~ -
Lcs que estimulam a função .r ea p'í.r-a t r í.a , ent~e os qua i s se C()~.;
ó

co.m,por exceldncia, os exeréícios de velocidade, pri~cipalmente


õ. custe: dos m orabr-o s inferiores ~ Entre ~stes, o. corrida se nos o. •
figura o mais intere~sante. -
-6- .

3- Os chamado s exercícios r-eeoLr a t ór-Loa não encontram


fundamentos científicos Cluo'os justifiClüem,quer depois da ativi
dade física,quer, com muito maior razão, semeIa.
4- Conhecida a Lrrt.imi.dad e da função res~ira tória í ;;';-_' ':'.
mos qu e os chamados exercíc ios respiratórios não pcd em údl. ~)-· __ ~o--

de marieLra alguma' para que a "volta à calma" se process (; EIE.ÜS


r~pidamente ou em melhores condiç5e~.

5- Em conseCluência, não se justifiqâ que êstes exercí


cios co~tinuem a integrar a. parte final das sessões,de Educação
Física vulgarment e conhec i da s entre nós por l:!yolta (}rn.ÜJ8". '

6- Os exercícios respira tórios atuais 1 cu ja denominag2o


deverá ser modificada, só se justificam em oasos excepcionaiíss!
mos a titulo de gin~stica corretiva.. .

7- Com fins terapéuticos e.ortopé~iOOs, ~sses exercí-


cios serão prescritos após detalhndo, estudo do paciente e a sua
aplicação se verificará sempre de a côr d.o coma s necessidades p~
ticulares de cada indivíduo.
, 8··· Alguns cientistas modernos, errt r e os do 'Século pas";'
sado Schrobor, admitem que os chamados exercícios respiratórios
possam tor notável influência no trafuamento da asma.

b)- O Método Natural de H6bert antes e deEois de Joinville-le -

-
Pon t ,
Existem diferenças lllundamentais esnt r e o arrt í.go e o mo-
derno Método Natural de Hébert, das Cluais a mais importal'),te est6
em Clue o primeiro incluia exercícios analíticos (assouplissement~
enquanto êste r último os repudia e anatemiza.

Vej amos a ação d es envo lvida por Hébert e a sua corrt r í.»

buição para o Método F,ranc~s da Escol8, de Joinville-Ie-Pont.


\
Georges Héb er t , ofioial de' marinha, tornou-se notável
como.d r-et o.r da Escola de fuzileiros
í nava s de Ilorient.
í Teve Óle -
o grande mérito de codificar um método pessoal os movimentos Clae
Amoros denominou movimentos a}21icados. Viram então os franceses
que os fuzileiros navãis, de pernas e tronco nú, praticavam dr~
versos .exercícios: marcha, corrida , salto, luta,. trepar, trans-
portar, Lariçar , ,tudo isso com alegria na t ur-aL e durante 50 min:!2;
tos consequti vos, passando sem int errupçao, oom repuuso, d e um
exercíoio para outro.~penas alguns movi:tnentos corretivos e. cie!!;
tíficos, assim como sempre acompnhados de um exercício 2tivo,mar
cha oU,corrida. Nada de imobilizar um segmonte do co~po, enClua~.
to os ol~r~s trabalham. Os monitores, seguindo seus homens,sem-
pre os v.igi am, sempre c orr em com êles 9 limi t'am.do-s e a corrigir ~':
penas os moví.merrtos muito mal feitos. Êste método contribui p8
r-aque h,!lJ2.iJ.Sde uma constituição média e às v êz es a t é mediocre -
se transformg}w-sem e.m excelentes atletas. "Elle nous a donné Ias
immortels fusilies del'Yser", afirmou BOigey.

~ Mais tarde Hêbert dirigiu o Cfo16gio deAtletas de Reims


instalaçao exemplar devida a generosidade do' Marquós ~e Poligndc
Seu grande mérito, ainda na 'opinião'de Boigney, foi ter, nmna é-
p oca em que era difícil criar um mov.imen t o de op;ini80 contri 2uido
poderosamente para susoi tar uma corrente favorável àEducaçao F.i
sica na França. E, depois disso, Le vc cne agr-ou , com ardor Jde Ul'1.:
ê

apóstol - expressão de Boigey .; à Educa ção Física f enrí.n.i.na ,' o~;


dados biográficos. s ôbr e H6bert não são mui to abundemtes nem se t.
presentam c ón ca t eno dos devidamente. As pe Lavr-as que encorrtsr-amos~-,
-7-
referem-se s empr e muito mais à sua obra 'do que à sua vLd eis+'o" à

por certo, devido à import~ncia daquela e à contemporaneidade .


desta.

, "A vida...,de ~é?ert, de 1906 até aquê Lo di2~é "Ll..I:12~:::,->-~


na v iv» de Edu caçao Ff s i ca Pr-anc e sa , Encontramos, na VOl"C;,aC~c, ('
a.i e t ema natural associado de perto ou de longe a tdd8S as manl »-

festaçoes, onde se conduzem os sistemas~ Lança com o esporte o


"atleta completo" e luta e on t ra a sueca. Durante a guerra env.ií
veu-se na Educaç~o Físi~a feminina 2 infantil, ao m~smo tempo ~
que funda centros para adole scentes, tomando-se o' s eu método de;
sa forma, um aí s t ema genal de Educação Fi si ca , r:

Seu contacto contínuÇ! com a escola francessa de Démeny


leva a crer que, num futuro suficiente1j1ente pr6ximo, ele sej.a Í1IIl
dos que procurem dar ao país una und.dad.e de doutrina nacional. :

o culto da na t ur eza parece ser O· terreno .ideal onde S8


devem encontrar os sistemas. O disfarce com que se envolve em
geral os métodos não auxilia a penet;raçãoda verdade: unspreten";,
dem qUE;tal sistema seja incomparável" outros, dizem que a qu.ê.Le .
outro não é senão "um conglomerado de truques'e de idéias bizaI)
r-aa"; N[~verdade dtedo sistema tem a go de, bom.
I
,
A'::~~8ciemosagora os f'undamerrt os do método natural de
Hébert c G;:; =:~JrmQ,s
d e trab.G4-8,o pO:r;'~l,€ Vftil;izad,a,s,.

, liA doutrina de Hébert pode resumir-s e nestas palavras:


endurecimen to ~ o.pt'idão, comple ta, utili t.ar-Lamo ,

Eis o ~e diz o pr6prioHébert:


.I

fiA, atividade é uma lei da natureza.

Todo ser vivo, obediente à necessidade natural de ati-


vidade que n5lé' exi s t e che t a a um desenvol virb-ento físico comple",
to pela simples utilizaç-o de seus 6rggos de locomoçgo, de seus
meios de trabalho e de defesa.
,
O homem~oestado natural, o selvagem por exemplo, o-
brigado a levar a vida, ativa para suprir as sua s ne c es s i dud ee 1
reali~a ~sse dqsenvolvimento físico integral executando únicame~
te os exercícios naturais e utilitá~ios: marcha,corrido.,salto,
"trepar, levantar, lançar" 9 \nEtação, def eaa j e't c , e desincumbin-
do-se das tarefas mais cornuns , " .

Em sua opinião;os'habitantos dos países civilizados


Jdeve~ ter as suas- seguintes principais obrigações:
1- ~estinar diariamente ~ cultura do corpo um' periodo
dé tempo suficien1e;

11- Dosar da melhor mane í.r-a.i a distribuição d ê as e tempo


~e, modo 8 nnda fa2?er de" init,il,tI O.,f~ ;"
,
i

No oa pf t u'Lo lI, tratando' dos elementos constitutivos de.


todos os métodos . de Bducaç80 Física, a f rma r í

1- Uma parte educ a t va, cujo papelprinci


í pa L consi s t e
empro'duzir s õb r-e o organismo efeitos bem d ot er-m í.na d'os , Essa 'par.
te tende: ..

19)- Fovorecer mecan íc amentê a ampLí.aç âo da caixa to-


ráRica e dar-lhe mobilidade; , .
- 8-
f
2 º) - Aumentar a capacidade respiratólüa;
3º!':-l!'c;rtifiC8r(eSpeCÜÜlllente' C'Smúsculos abdom:i:,'i.::,S:
41 \.- Desenvolver normalmente todo o t. s. t. s t.'.ona- mus cu La r: í

r-
»> ,- \..iOl'rlglr os u or e; 'tos e asmas a c i _\1::1(::S? IJuL::: <::01:'),')
., " ""'I •• ::I( .." •. , .L' .'-

cos t a
.......s c....
"'r''111 '" c',·~
":1.. A-.(..:.,c~ '" ~ vcsoádua
.•c., o 1:-'c....-:. . a caC- fd a s '1 curvoc~t.u.raCI..L -r o""l)n'" çr,x",-~\b
. }.,,;) .,1.....:. "
.'.1.1. ~ Cv-l_ ,~n'V'0'~"
1':;:1- (, "

\ 6Q)~ Absorver os elementos e os melhores modas UG (~8


cução dos exercícios nat.ur aí.s r marcha, cor r-í.da , salto, natciç&',)'::'
trepar, levantar fardos, lançar objetos e defesa.

IT- Uma parte de aplicação, cujo papcl principal con-


si ste:

. 1º)- Desenvolver~ as aptid5es aO'mais alto grdu utili-


zando cri teriosb.mente a f~rça e a hab.i.Lí.da de adquiridas pela pf:6
tica dos exercícios educ a t.Lvos j - ,=
2Q~- Dar resultados prnticos,
3-o - A fazer conhecer Os meios de se adaptar '~,-, vida.

E mais adiante axplica:


,
liA 'parte educa t í.ga 'compreende os exercícios seguihtes;

l!)- Os movimentos'elementares clássicos dos'braços,daE


pernas e do tronco: e'Lcvaçfie a , flexões e extensões1 o em geral
tsdos os d és Locament os pcrm tidos pelo í. j~go normal das articula~
90es.
Êst'es movimentos s5.o feito s , ou a mão livre, ou com a-
parelhos po ctá t e a , tais como: pequenos ha Lteres,
í barras, maça s ,
extensores e16sticos,e~c.

, 2 º) - As suspensões siràples pelas m~os , inclusi ve as'


progre~sões h~rizontais, braços est~ndidqs Ull braços flexion2d08
pernas elevadas ou abaixadas.
; .. . I

As suspensões
I'V • 1
se fazem com tada -
sorte de objetos onde
asI maos posaam segurar.
3º,)- Os ap6ios s ôbr e as m8ClS somente ou às y~zes SÓbr2
as m50s e as pontos dos p~s, braços estendidos ou flexicnados.
- ( .
Os apeias fazem-ss s~bre tóda espécie de ob j e t.os sé5br2-
as mâos se possam apoiar sem que aspernas toquem o so Lo j ou sÓ-
bre o próprio solo, c~m o auxílio dospés.
4º} ....Os movimentos de, equilíbrio s ôbr e uma só perna.
5º)- Os s eLt Lt.amerrt oa sÓbre um s6 ou o s do í.s p s no é j

mesmo lu_ar ou progredindo;


6Q)- OS movimentos respirat6rios;
7º)~ Os exercícios n8turais ou de 10comoç50;marcharco~
rida, salto.
,
Educ a çâo mecârrí c a dessas f orma s normais' é e du ca çfio res
p irat6rio. durant e a SU8 exe6lUção.· ~-
8º)- Os exeroícios utilitários indispens6veis:hatação
"trepnr"
.. , 8 escalar, 1 evan tar fardos, Lan ça r 01:)
je tos, defesa$

Apr elÍ.dizagem d.as melhores maneiras de execução déssc s


diferJntes exercícios.

A perto de eplicação compreende: '


lº)- Os exercícios naturais- m8rche-corrida,salto,txe
cutados em cündiç5es c8da ~ezmais difíceis. -
J

I -9-
I Marrdha s e corridas cada vez: mais 10ngD.S G, rápidas ~exê-
cU,,-tndo.sem.. terrenos de diversas :maturezas, planos e acidentados?
Salto e pnssagens de obstáculos reais.

2º)- Os exercio~os utilitários indispensáveis:natar~0


lItreparlt e escalar,levantar fardos, Lança r objetos, o.efes2,,-: ,0 ••

gualmente executados em condi ções cada vez mais Glif{ceis ,aprGxJ.


mando-se o mais pos eív oI das situações reais da vida, quer 'diz'êl'
SGb a forma de:' ' I

Exe r-cf.cí.oa de nrrt.aç âo ~ estando de roupa s comuns;


Travessia de rios;
Escaladas de toda natureza;
Lutas debox;
Lutas, ot c ,
I
3º)- Os exercícios de salvamento qu~ consistem e~:
Le va r ao coz-r-o dent ro 'd.agua;
Utilizar teda espécie dB aparelhos ou objetos para es

Transportnr feridos,etc.
4º)- A prática de todos os· j og'o s e desportos, inician-
do ev í.derrt-emerrt e p e.Lo s mais úteisf depoi.s dos exercícios utili-
tários que c lnssificamos como indispensáveis. }jlinaLnent e os trQ.
balhos manuais mais comuns.
I

Os desportos que não S80 indispénsáveis do ponto de vista


utilitário não fazem pràpriamente parte de mn método de Educação
Fisica, mas é evidente que o ,completam de uma maneira muito efi-
caz. Não se pode cogi tar , errt retanto de introduzir, num mé t odo"
e ensínnr de maneira regular um número d e exercíci os, tão c on s i.e-
derfÍvel como a dos desportos et ua Luen'te ,em pr-á t í.ca , A pr efer~n -
oi,a dos interessados ou; sua s.i tuação especial deve prinCipalmen-
te, ~etenninar a sua escolha. '

Em resumo· todo métoÇio de Educação Física prática COffi-


p roende a série dos'seguihtes exercícios:

lº)- Os exercícios educativos elementar~s,isto ~, os


movimentos elemen,t@res clássicos d.e br-a ço s, de pernas e de trog'
00, as su apenaó ea, os apoios" os equilíbrios, os sal ti tamentos,
e os exer-cícios respira t6ri os; \

2Q)-_Os exercicios naturais e os ·exercícios utilitá-


rios indispensáveis, formando oito grupos: márcha,corr:idla,salto
- na tc çâo , "treparU, Lo van ta r, ·~arremes·sar", defesa; _

3º)- Todos os .jogos e desporto~ utilitários, ou de f~n


t.as í.a , em geral, assim como os :trabalhos manuais mais comuns. \,....

A escolha dos exercícios que compõem ama sessão qependc

da idade dos executantes.


lº)-

~
~~«:~~sua constituição

4º~- do grau de dificuldade


ou estado de saúde.
seu grau de' treinamento.
que .se 3tingir nas ses-
soes precedentes.
5 º )-
do resultado e speoial que se pr e t erid e atingir.
6º)- dos pontos fracos que se pretende fortalecer ou
p ç
a erfei oa
,
7º j-
das condi ções climatórica s ,
8º - das condições atmosfóricas do momcnto,
9º - do terreno ou do ~~terial com que se contagetc.
-10 ....

o Capítulo VI! de seu trabalho que estamos analisando


6 todo de~dcado à verificação dos resultados do exercício. Diz
êle:

1I~ verific ação períodica dos' resultados é indispens:l


vel para que se tenha indicações precisas sÓbre o valor de t~;
balho realizado e do método empregadoo

Essa verificação efetua-se por compar o çâo , . A diferen


çado valor das performances ou exercícios realizados em duas e-- .
pecas diferent es dá pr-at c ament e o valor dos rcsul t.ado s obtidos.
í

A aptidão f:tsica "geral pode e er medida por um certo n:á


mero d e pr ova s a.ss í.naLada s numa escala doda fazendo intervir t j1J..ri
, tame:t:-te O1.~sepo.radamente',a. f~r~a muscu~ar,~a des~reza ~ a resis
t~nc1a. AS provas n ec es aa r-a.as a det er-nrí.naça o dessa mcdí.d.a de [112
tidão
, . físico. geral devem compreender no minimo os seguintes exeIl
C1C1 o.s s

lº) ... SiJ.1t-os (d.ando a medida da agiliade, de destreza


e o repoUBO dc:>smembros inferiores);

g.1nica) ?
2º)- Corridas de veloc idade e d.o fundo (resi s t ên c a: OI)
.
í

-
39)- "Trepar" em c cr da lisa (fÓrça muscu Laz- da parte
superior do tronco, dos braços e do ventre); I
4º)- Lançar c pêso ~destreza, cooEdenação de m~vimento[
5Q)- "Lev2ntar""'0 peso com d ua s maoes tfCrça muacul.ar- \
geral) ;
:. 6Q)- Nat8ção (f'erç8 muscular, r-es s tência
í 1 destr ez.a e
flexib:i,.lidade).

Hébert apresenta, para materializar essa verificação


uma série de 12 provas, cujos resultados previstos e a&nitidos
corresponéJ.em a c erto número de pon t e s , As pr ova s são e s tas r

1- Salto em alturas sem ImpuLso j


11- Salto em 81 tura com Lmpu Lao';
111- Salto em distdncia sem impulso;
IV- So.lto em distancia com impu~ o;
V'- Corrida de lCiO metros;
VI- Corrida de 500 metros; "
VII- C,)r~ida de 1.500 metros;
VIIII Corda lisa (sem auxílio das pernas, trep8r a pa~
tir de 5 m.);
IX- Lançamento do p~so de 7,250 kg.; .
E- Levarrt e.r um peso de 40 Kg. um determinado número de
vâzes, suces$ivrument~);
XI- Nat8ç~0- percurso de 100 metros;
XII- Natação- Mergulho, resist€ncia sob a água.
Conforme o númer-o ôo pontos a Lca nçu doa p:; La tabela pr.Q
vista 8 aptidão física é dita: -
\
I- Insuficiente ounula, quo.ndo o número total de pon ••.
tos ~ menor do que zero~ -
11- Inferior, quando o númer-o total de porf os é igual
• 8 zero.
111- Média, quando o número total de pontos é no míni-
mo igual a 18. , .
IV-Superior, quan do o número 't ot a L d ep ont os é no míni-
mo igual 8 36. \
V- Excepcional, ou aptidão de atleta quando o número
de pontos é igual a 60.
...11-
,
B aí estão as cnrocterísticas do método notuwal de Hé-
bert no que diz respeito 2 a ti v.ld a d e física do homem;partindo d6,
ses princípios gerais, Hébert propõe as adaptações às necesidaà~
da criança e da mulh er. . I

A síntese que acabamos de fazer do Método Naturo,l de


Hébert nos.permite uma visão geral do s eu plano de trabalho e:)
sua grande contribuição ao métodocoordenado pela Escola de Join
• ~ile, conforme o próprio Racine afirma:

Em 1916, a redação do Manual Militar de Educação Físi~


ca (infância) foi confiado pelo Oomandente Labrosse, ao Tenente
F:j.scher e a G. Rttcine, Os autores ádo t ar-am o plano de " Leç on
Hébert" , ma~ aorescentaram a import~ncia"dos movimentos a mQos
livres, j<:'Jgos e exercícios preparatórios aos d eapor to a'", I

~preciemos agora Q Moderno ·Método N8tural de Hébert,


obra gigantesca em 5 volwues com mai~ de 4.000 Eáginas, da qual
o I volume ó o mais importante E8ra a compr e ens e o dos f'undamen t oe
respectivo s ,- reunindo a exposiçao doutrinal e os princípio s ori er
tadores do trabalho. \

~is conceitos emitidos no refácio da ex osi-

o objetivo da obra é divulgar o ensino do métodop.atu,'--


ral e os pr-ogr-e eao s realizados na arte de conduzir o +r-abaLho €:i'
na técnica dos exercícios.

o princípio doutrinal permanece imutável mas sua apli.


caçã o é o.perfeiçoável. " /

As sO'luções pa r a alguns dos problemas da edu caç áo físi


ca do' civilizado. aperfeiçoar um método da trabalho c om•.ba se nos
mesmos elemento s d.e desenvolvim.en to ut[li~ados pe I.o -primitivo ;a-
char novan ente os gestos naturai's de nossa espécie e pro curar, a:
Eua melhor técnica.' ' ,

A- obediência ao princípio doutrinql do méto~o exige o


af'a t amcrrt o de movimentos convencionais e de m'todos d-e trobalho
que o cGl~roriem, entretanto, na obra original, apnrecem gesto~
artifici2is e processo& antinaturais de trnbalho, consagrado p'
10 uso tJ:':cUcional de origem militar, dos quais só nos pOdemos-
emanei por , progresivamente, pela evid~ncia de melhores r-e su Lt a dt
obtidos sem seu empr~go. ,

Parn o desenvolvimento fundamental a qualidade da exec~~


ção interessa menos do que a natureza e a quantidade de trabalhe
O problema da educação física deve ser encarado visan-
do inicial.:m:ante a necessidade e a possiblidade de produzir o tr~
balho natural ou fundamental.
, '

A educação física é UJn8 questão de ordem pedag6gica.

Se o médico es t ud a s s a prorfi'urdamante a ciência da edu cr


ção física póderia prestar imensos serviços ~ educação física d.
juv entud e. .,
/
Atua.lrnente a colob,.raçãD do médico ~ s ecunúãr La pela
falta de competência, salvo algumas excepções. Deve permanecer
dentro do s limi t e.s- de seus conhecimento s profissi oria í.s , em sua
função lógica de guar d í.âo d a aaüd e , função essa suficientemente
importante e ab aor-verrte , desde que ~le a ex e cub e com a no oe saã -
ria dedi ca çâo , /'

f '
-12-

} O desenvolvimento físico é inse:r~arável de.? uma cultura,


viril e' de UITlacu Ltur a moral? com exaltaçao de sentimentos nob~os

Existe uma forma elementar, de utilização "dO mé t odo :1.2.->


turo.l que deveria ser conhecida por pala, educadores 'de outras
disciplinas, etc.

Pouco valerá ao .pr-of es s or- de educação física-a sua, bagag=r;;ri


profiEsionéq .. se ê I e n"'o for ao mesmo tempo, um exemplo de energü~
de vont a de, d e coragem e de dedic ação. ,

'Auxilli:ando na 'formação de car-ac t er os viris o professor.


, de educação físi ca diferonc~a-se do técnioo ou treinador. -

A aceitação cada Vez maio; do métodd de trabalho natu~


r~l nosmeios esc oLar-oe e·a sua expansão mundinl t êm sua expl í.ca-j
ÇaO na simplicidade e segurança de seu principio orientador e na
maneira lógica de encarar a formação e o papel do professor.

Essa obra pr-eocupa-cs e com a e'd~caçã'o dJ juventude e nã(,


com 8. :recreação do adulto,

A classificação atual de exercícios apresenta-se da se


gui~te maneira: marcha, corrida, salto,trepar,leYant.ar,defesa,n~
t ação ,: qm.adrupedi smo e equili br-í.smo ,' ~sses dois últimos grupos
enquadravnm-se anteriormente em alguns dos outros, especialment~
no trepar, Pareceu-nos útil classificá-los em separado, não ,s6
por chamar 'a atenção dos professÓres paro. a sua Lmpor-t.ân c í.a , 00;'"
mo para faci li +ar- a confeção de programas. Foi pois o 'interésse
pedag6gico quenos levou 8 ampliar a classificação anterior e a
experi~nCia ainda pode~á levar-nos asubdividí-la ainda mnis.

Am6ros e Démeny foram dois dos grandes mestres que pro


cur-ar-am os melhores mei os de empreender a educação físi'ca na ju::
ventudco O método do primeiro era essencialment~utilitário. Dé-
meny acrescentof à obra de 'Nnoros a idéia da medida, da progres-
Bão~a:a.9rCld~ç5o.ao esf~rço,e levou o exerc:Ccio ao nlcn:r;ce do-s fr,'
cos , Reber lJ af rma haverct9ntinuado
í a obra daqueles dods grandes
.éducadores e conduzir seu tragalho pelas mesmas pr-í.nc í.pa.rs idéü;n
orien tador es.

 educação natural ou instintiva dos sere~ J2..rimi't divo s ,


A a ti vidade ou a pr-od'uçfío do trabalho fí si co é uma lei
da natureza.

Todo ser vivo, obediente à necessidade ~atural que ne-


le exist e', atinge seu desenvol vi merrto físico completo pe Ia sim -
p Les utilização de su-as 6rgãosde locomoção de seus meios de de-
fesa e de trabalho industrial.

o homem no estado de natureza, o selvagem por exemplo


obrigado a levar uma vida ativa para prover as suas necessidades
e garantir sua segurança, . realIza seu desenvolvimento físico in-
tegral, vivendo ao ar livre em estado de semi-nudez e e«ecutando
unicamente os exercícios naturais e utilit1:.1rios de nossa espécie
e para os quais'nossos corpo é especialmente construido e orgânl
zado.
, ,
A e~~,Ç20 racio:gpl e metódica-

TI:8'p~íses civilizado~ os h~bitos legados pelos 8~cen-


dentes, GS 'obrigações sociais, as convenções, os, preconceitos a-
fastam o homem da v i da natural ao ar livre, e o impedem frequeu-
tam.ente,:1esc1o '8 pró;;ria Lnf áno í.a , :de e~ercer plenamente sua a t í
v dadc num s errt í.d o conveniente •. Em co ns oqu ênc í.a dªsse fato seu
í

d cs env oLv Lmcnto físico enco nt r a-sns travado ou limitado, para' ma«
ior pr-e j u v. ,:ie sua aaüd e e de'seuv'igor.
í De ou.t.r-o Lado , o. ex is
i

t ênc:io. ~or]til.ad.af'ác Ll, (físic.amente falando) 1 o confor:rho ou um ;J',."


to bem e s tn.r co Locado mai s ou menos ao al. c anc e da tod os encoro.·" ..
j am à pr-egui.ça :L'ís ica géral e enf'r-a qu.ecem a ,energia 4

o M6todo NaturQl-
,~ O Método Natural nno 6, ~or consequência, senao a cod1
ficação, a adaptação e a gradaçffo dos process~s O lreios êmprega:
dos pe Los seres qu e vivem em estado de natureza para aClquirir acr
desenvo 1vimento integral. :Esses proc essos e m eí.css provam ser os
melhores no estado atual' de nossos .conhecimentos. Basta proeur6
..!los novament e e aprender à u\tilizá-loso ' ,

012 dez grupos fundpmentais, de exerpíqios nat:p-ais e utilitárioST


Todas as formas de atividade Lnd í.c ad a s an+er-ror-men t eco-
mofazendo part-e da educação natural do-primitivo, ac ham-e a e s quarrt o
aps .esforços q.;te exigem ou aos movimentos de que necessitam nos
dez grupos fundamen~ais seguffintes:
1- a mn r-cha 9 2- a corrida; 3- o salto; 4- o quadrupedismo; 5-0 tI?..§
par; 6-~0 equilibrismo;7 .... o lançar; 8 ... o lev2tIltar;-9-a defesa;lO-
8. na ta ça o".

~sses dez gSneros de ~xerc~cios ou atos naturais são u


tilizado~ nn pr6:tica, .s e ja sob sua forma simples, sG1}a em suas
cornb Lna oe s
ç .

\:Osses
"" A dez grupos acz-e's cerrt am-rs \" e , o. tl tulo de comp.l e»
mento indispensável, duas outras espécies" de a t vidades ne cessá
í

rias ~L ed~c~ção física ~o. ~nd~v:0 =. ciUlizad? c?m9 à do primit.+.


vo: as a t í.vád a de s 'de u t í.Lí.dad e pa r t í.cu.Lar- ao Lnd í.v Iduo (andsr a
cava 10 t de b.icicleta 1 de carioa , de patins, de skis, ,manej ar ar-
mas, instrwnentos) e as atividades de pura r eor eaçâc (jogos,dan-·
Ças1 desportos, cantos e gritos).

SimpliciO_o.de· e s egqro.nQ.).· da doutrina na tural-

No primi~ivo, como no civilizádo, o aperfeiçóamento fí-


sico tro.duz-sQ por uma saúde forte, uma harrnon í.a geral das f or mar
que' consti tue a beleza' pq:nstica, e as aptidões auf i.cl crrt e s em to
dos os gênero,s de exercíci os 8SBenciai s. Paz-a 0.1 cançá-lo não exI~f
te senão. um único meio:produzir uma aoma corrveneerrte de trabalho·
fisico praticando, ao ar livre e emestado de sefui-:dudez,os exer-
cícios naturais e utílítá~ios.
Tal é o ob~eto do.Método Natural, que representa assim,
em matéria de educaçao física, a doutrina mais simples como a
mais segura. T.rata-se de a pl Lcaz- corno se deve, oxecu tando p'~~
râl.oto,cínio e metodicamente o que os seres livres 'da cr-eaçao , t arrt.
humanos como animais, realizam por instinto e por impe~iosa nece
ai d ad e,

A sessã~le trabalho natural ou lição ~inté~ica-


~ Plàn~=e modalidade~ de execução. Escolha dos exe~"i2~
Li oes elementores e li oes metódicas de efeitos determinadosoLi-
çoes.de carater fund@uental.Tcnicooudeconse:vagaoo--·


-14-
Resumo t . /

1- Atendendo ao fato do. tempo, consagrado à cultura do


corpo ser limitado pelas obrigaçõe s impost.as pela vida, torna -
se necessnrio empregar ~sse tempo da melhor maneira possível.e-
xecutan~o sessões de trabalho perfeitamente.compostos e or~~;'-
das, Seu plano geral deçorre do princípio doutrinal do méi"Coc,,-}
~atural e seu oaráter de ~x~cução depende do fim particular que
se pretenªe' . atingir: o desenvolvimento ge.eaL, o. t6cnica ou a
eonserv9çao.
' .
.o plano da sessão sintética ou~ssão de trabalho na tur a L,

Comporta a e-xecução de um certo número de exe.r-cfc Los


de cada um dos grandes grupos ou famílias: exercícios d emar-oha ,
corrido; salto,quadrupedismo, trepar e escalar, equilibrismo,le
vo.ntar Q transportar~ lançar e de defesa; Sendo possível tamb6i
-a na t.aço o ,será incluída. Da escolho. dos exercícios dependem os
resultodJs.
/

Princíp~2..s, d~2~cução de um~ sessão do' ~rabo~ ....


Pra ticamente, urna sessão, de t r ci.nomcrrt o é um perourso
ou um d es Locamen t o mais ou menos longo durante o qu.aL mar-cha= ae
corre-se, sal tCl-se, progrideese de quatro pés, trepa-se ou es ca
Ia-se, caminha-se e transporta-se, Lança-ea e j Luta ..•se e 'nada-se7
v

É a imagem da parte ativa da vida na'tur-a L,

Escolha dos exqrcí,cios .9,ue c0l.!E§ema lição-


-
Sua escolha é inicialmente ditada por Ullill consideração
de ordem doutrinal: assegurar o. prioridade ao doslocamento.

'TIepende:
I
(. I

, lQ- do fim que se pretende a l.c ança r ;


2º- doc ar-,5ter da liç'8:9;
3º- das possibilidades dos alunos;
4º- dos meios materiais com que se conte'
5º- do duração 'total prevista'por-a a liÇ5o.
Enfim de um certo número dOeoutras considerações de or ...
dem tócnica, pedagógica, psíquica,etc.

Os dois principais tipos 'de liç3es são: o elementar 01


primitivGj que consiste em realizár de tudo um pouco sem ,outra
preocupoçQO alóm de, exercitor-se no sentido natural ou com o ob-
.."jetivo de ebter resultados práticos.' t o tipo empregado pelos
, que 'possuem. a ponue conhecimentos rudirnentares' do mé t odo na tural
ou que. ignoram os efeitos dos exercícios. O professor pode lan-
çar mão dessa modalidade quando se tratar de liç.5o improvisada •
O segundo tipo de sessão, a lição mot ó d çu ou racisnal,consiste,
í

de um lodo, em respeitor todas bs regras de cohduçao do trabalho


e , de outró lado, em respeitar os efeitos doslexercícios eabre
Q desenvolvimento geral ou o desenvolvimento particular das di .,
versas partes do corpo. A lição metódic~ não pode ser concebid[
isoladali1eüt e. Deve fazer pa.r t e de uma sóri e de um. programa de
treinamento ou de conservação. Isolada, seus efeitos são sem
valor durnvel. '
-15-
A po.rte básicD. ,)U fundmnento.l do. 1i980 e \' pé]rte vo.riável.

A po.rte básica ou constante compreende exercícios Que


garantem ou conservam o desenvolvi nent o gera L ou fundamcnto.l e
ta~b6mpermitem a busca de um efeito particula~ de o.lco.nce demo
ra~o (por e~em:p10 fortalecer a musculatura dorsal, ampliar a
calxa toráxlca).

A parte variável comporta exe~cícios Que atengem a o~


tras necessidades: assegurar a progressao em dificuldade ou em
resistência ou ninda obter derlwrminado resultado pr6tico ou DF
prender uma nova técnic8,etc.
, .
~ Lmpcrtarrt e frisar o f'a t o de Que essas duas par t e s 0.8
lição nõo são no. prática executo.das de nl8neira diferentes uma
da out-ra, ou melhor, uma após a outra, ocnf'und oin-cs e na vex ocuç âoç

Efeitos d8minantes e efeitos_ secundários de uma li~~.

o efeito dominnnte é sempre Q efeito fundo.mental ou de


desenvolvimento geral, ao Qual acrescentam-se todos os efeitos,
secund6rios indispensávei~.
Pod e-s e raspei tando o pLan.o geral do. lição, organizar!
lições ~cndJ~ a l ém dõ efeito f'undamerrt.. 1 , uma dominante secundá
ria Que .R()dc ser segundo o caso: á flexibilidnde, a cor-r-eção dã
atitude, '-c v oLocLdade , ,.a destreza, o aperfeiçoamcn to nervoso, 8
cul tura de energia, et c.

Os três caractcres diferentes de uma lição: fundamental~ técnico


...,
pu de conservaçao.

Ccn:fu:mneo objetivo da sessão s oja o os onvo Iv í.mon'to ,{f;


ô

r-aI , o aperfeiçoamento dos movimentos, e mesmo atingir uma Cel"1;C


virtuosidade, ou apenas a manut cnçâo de uma b08 f'orrna fisic2, elc
será fundnmental tócnic<;l ou de c1iu,scrva2,ão, o que não importa ct
z er que os outros aspectos sejam inte±ramen te, des cur-ados e s rm C;.'"
asswnem UrnD importância apenas secundária na lição em quest50.

~forrna e~entar (ou de a~Iendizagem ) dos exercícios e sua for'


ma natural ou ~.
Na lição de trabalhonatural ou de treinamento genera-
lizQdo assim c orno na de técnica pur-a os exercícios podem ser e-
xecutados de sua s maneiras diferentes:
,
l!- Em sua forma nat,ural ou real.
2º- Em sua forma elanentar ou de aprendizagem (tawbóm
di ta adne::, ti va }, i s t o é, facili ta:; os, simplific a dos 1 torna dos mS~
nos peT:i".;Sos adaptações Que os fazem perder c ons i.der-ave Imcrrt e
como a t v a dea capa ae de f'avorec er o cul ti vo da queLae
í í.d s quq.l i.da-

dcs eLovr-das Que sômcnt e o exercício natural consegue des envolve:'

Líçõ es ou s essoes comple tas e liç,ões ou s ess ~,es r eduz í.da s,

são consideradas completas as s e~sõcs Que comportam


todos os g~neros dos exercíci os j& mcnc í.ona dos e reduzida quarid:
por uma circunstância qualQuer torna-se imposs{vcl execut.ar to ~
dos os exercícios
I
do planb-modêlo •.
A direção do trabalho da lição com.caráter fundamental.
Princípios orientadores e regras fundamentnis.
-16-

Resumo:
Estabelecimentos dos~r8s e ppincí]ios de traba~ho.
F - _. ~

Decorrem alguns da d ou t r-í na nnturale outros. s50 diT,a--


dos pela expe rti ênc í.a ,
Exemplo de um princípio de trabalho natural- traba1~.1éE
com flexibilidade ., em !>posiç50 8 rigidez convencionnl de es ..
s~neia militar ou de orige~ sueca. .
Exemplo de uma regra pedag6g Lca e cone ed er' liberdade de
ação e codo indivíduo, em oposição do trabalho de conjunto auto-
má t í.co e un i f'ó rnrí.z ado , . -

CJntinuid~c de trabalho.
o trabalho da lição realizo.-se sem qU21quer repouso 012 .
soluto ou ir18tividade;,co~pleta',apenas com repousos relntivosou
de~orrentes do alternancla contlnua dos esfjrços 9randes e pequG-
no s , assim c omo por uma sucessão at6gica dos ex er-c cí. ce • . í

Trabalho por.altern~DCia de esforços contrnrios-


/:

~e trabalhe obtem-se seguindo a regra


,A Oontinuidade
natural das ~.l:ternâncias:um esf6rç. mod-ara de ou fraco sucedendo
sempre um es~erço mais intenso.

Ordem de sucessão dos g@neros de exercícios. J Graduaçã3 de int~


sidade do trabalho.
t a seguinte,uma ordem 16gica de sucessão dos diversos
g@neros de exercícios: ~
Série alternada de pequenas corridas e de marchas rápi
das;
quadz-up edí.sme;
trepar e escaladas;
saltos;
equilibri$m. e lançar;
levan~ar - defesa;
)\3rCUrSos regulados e cronometrádos de corrida e de <,

iuar-cha ;
HHrcha càlrnante final.
o início e o fim·da aula-
O início ativo com um sentido de "d.esenferrujar" e o
fim calmante da lição Sãb uma evid~ncia\do respeito ~ regra nat1!:
ral dopomêço e fim do esfôrço violento.
Dosagem da guantidade do trabalho. Individuali.za,Ç,ão
dessa dos~.m í
. A dosagem estará em função das possibilidades orgânicas
ou técnicas de'cada indivíduo, seu grau de treinamento, seu esta-
-do físic o, no dia e igualmente das c ond Lç ôe s a tmo s.fér i.cas,
A individualização dessa dosagem deve ser assegurada,
mesmo em trabalho coletivo, concedendo a cada aluno liberdade de
N

açao.
Rk;gulação das vel oc"idades-
- A iniicaç~o da velocidade,para.cada atividade, deve ser
interpretada, em relaç~o à liberdade de aç~o concedida a cada ~n-

I
,..17-

di víduo da 28g :tlnte maneí.r a ," por exemv.lo: uma indicação


1 de exer>,;::'
ção viva Si,"::',l
~ icará que cada um procurará executar dentro &e 0'(~,
as POSSíbiliéL:::'deB?jnUma .v eLocd da de pr-éx í.ma ao máximo que lhe ~
possível realizar.' ,

Regulação das (luréiçõ~-


A título de indicação:
Corridas e marchas •....................... 4'
Quadrupedislilo ••.•••• '. ~••••••...•.•.••.••• 04'
T re pa r. o o .' •• ;, o • , o • o o o ••••••••.•• o ••• o • o •••• 5'
Equilibri smo. o • o o o o • o' •• o o • " o ••• o o" •• o •• o • o • 4'
Sa 1 t os o • o •••• - o o • o •• o' o o • o •••
ó. o '. o ••• o o CI •• o •• 5'
1Jan ç ar. ,. e • o • o,• o o o • • o o • o o o • o o o o o
DO. o o o .0 o o o • 5'
L.evan t ar o o o I) • fi o • o " • o o o o • '" • o •• o •• o •• o • '. o o o • 3'
De f e s a" •• 3'
.
o • o 40 • o o li
o o o o ., • o .o o o • o o • o o • o • ". o o o o t

Percursos cronometrados •••.•. ó •• '••• 9 ••••• ,5 ,


'
Marcha lenta calmante ••.•.•..••...........• 2
" ,
TOTAL
•.••.••. ~'•.•••..••• 40

l1exibi~.id8.,ªe do "trsbalho,1, Relaxamento muscular e "detente"nervo


SOe

li flexlbilidade é uma das características essenciais d(


oxecução elos exercícios naturais. Sem ela torna-se impossível a-
tingir o aperfeiçoamento técnico. t preciso "combater rigidez; a
volQlltária ou involuntária apreendendo antes de tudo a relaxar ~
Todo movím errt o deve ser executado sem contraç õe s inúteis, procu-
rando relaxar os músculos não interessados 4~retamente ou que nm'
~ejam necessá#ioB à sua execução.
Atitude correta e respiração ampla.
Durqhte a execução élo ;trabalho'a regra"é conservarum.'3.
boa atitude e respirar, livremente e ,amplamente.

Liberdade c0!!ll21eta de ação de cada indivíduo, mesmo -emtraba:"ho


coletvo.
\

\ A liberdade de ação permite a in.dividualização dos gs,-'


ferços. Para garanti-Ia devem ser afastadas todas as formaç088
que obrigam os alunos a dependerem uns dos' outros nos o. esloc a .•
mentos. Aê, f ormaçõe s em va~a e_em ~§. oferec e compl9'ta li b er=
,dade de aç ao , Se algurhà formaçao for nec essária par a executar'~'
terminada atividade a escolha deve recair em alguma bem natural
Que respeite a liberdade e a flexibilidade de execução.
Trabal~ __~~mtrolado Eelo rel~gio. Cultivo da.ag1:.1~dade ~_daL~,lg,
cidade.
Ü sentido dêsse aspecto do trabalho é buscar rapidez d
ação lilGntal, nervosa e muscular. são inúmeras as fases da-aula
que oferecem oport~idade para isso, até mesmo ~uando dos coman-
dos feitos, ,dolo professor e c ona equerrt o fnício de execução Ipor,
parte dos a Lunoe , em que o tempD de rea'ção deve gradualmente ir
diminuindo~ ,
i
Emulação e auto emulaião.,
Para alcançar bons resultados ~ necessário trabalhBT
com ardor e v.m tad e , O professor deve esforçar-se por desperta:r
o gôs t o pelo, esfórço e desenvolver em seus alunos a idéi8 de 1:0-
ta em busca do melhor.
-18-

o trabalho em grupo ofer'ece van't.ag en s fanto para o de-


senvolvimento do g~sto pelo. esf~rço como para o cu I tuvo de. cer .~
tas qualidades

de luta ede, combatividade
.
nec es eér-í.a s à exist.§n-'
I .
Cla. '

,A auto-emulação também deve ser objeto .d e atenção. UnE


ficha ínàividual com os -reçlU1tados que vão-sendo obtidos pelo 2-
luno concretiza os obstác81os
.
a vencer na luta contra si mesmo.
'.
Quadro de compo sição ~e umq. 1i9ão ~e ~reinamént o completo •
.'
r---------~----------~----------.~~.~.------------------------------,
Gé'neros' éle -ações' fun .TipGS Jie ex. de oada um dos grl+I?os funda
damen ais que .compõe J:'ar"te oaSlca J:'ar"te varlaveJ..
~li9ão~~ __. ~ ~~_ ..~~ __~ __-+~~~ ~~ ~
~ lQ~eke~oíció lQ exercíciQ
1- Oorrida e mar'cha 2Q ex'tlroíaio _ 2º exercício
I----"'--·_----....--,.--+----------:-~--+------------_...
~ -1º exercício 10 exercício
I2- Quadrup~dismo_ \ 2Q exercício 2º exercício

) lQ 'exercício'
3- Trepar
, .,
, 2~º exer c fc.í o
lº exercício
2º exercício I

------~.--~~---------~-----------------------+----------------------.~
lº exerc.ício 1 exercício 2
4- Saltar ..
2º exercício 2º exercício
-------------------~-+_4--------------~~---+~------~~~-.-.----------
., lº exercíciG 12 exercício
5- Equilibri{3mo
2º exercício 2º exercício
i
•i
------------------------~---------------~----~-----------------------~
1º exercício 12 exercício
6- Levantar
2º exercício 2º exercício
I T- Lançar lº exercício 10 exercício
2Q exercício 22 exercício
10 exercício Ia exercício
8- Defesa 2º ex er-o I cao 22 exprcfcio
------------------~.~~'~----------------------~------~------------~--.-
9- Corrida e marcha Corrida de .m, Tempo mínimo.
(percure'j 8 regula- Marcha de .m. TeIP-pomínimo.
I

dos e :::.L u »ne t r-adce )


-----,.,.....--------------......---~----_t
_......;o_ .._..~...~...- ..
Marcha lenta e livre de m, no mín,!
lO":'Marcha linal
(calmante) mo.
Mancha em c onjunto ri tme,da com tal ca!!
to ou tal grito. _

Neta:' Os movimentos de respiração amplificadà exe~~tam-se no d~


correr da lição e no final Para prevenir ou c ombate r a s:!:!,
focação, em ritmo individual.
Os movimentos dmples de endireitamente, de proje~ão das
espáduas para trás e extensão dorsal'e cervical processam-se co ....
mo'as de respiração amplificada no sentido de auxiliar ou manter
uma atitude .oor'r-e ta do busto, ou corrigir uma t cnd ênc í.a de arre-
dondar as costas; projetando o pescoço para-a frente,etc. Efetue.
-se duz-arrt e os intervalos f? principalmente cp.ando as vagas vbl +an
~s bases laterais.

Os cuidados com a pela - (abluções, fricções humd.das c


secas) tem lu..::>ar pouco antes de vestirem novamente as roupas. '
-19-
Sessão de Eduaaçãp Físi_ca....:eelo
M~todo !~atu.r'al
~e Héb er b
,.
I \

'Organizada pelo Pr of , rncz il Pm na Mar-Lnhr;

,Du raçâo - 40 minuto s.

1- Corrida ~ march~ (4 m~1


~
I

D- Marcha ativa em flexão (T.II-P.186)


E- Corrida c'om mudança de direção (T.l1-p.299) . .
D- Marcha ativa em extensão. (T.II-P. 188)
E- Corrida com paradas bruscas e retrocesso (T.II-P.30L)
\

11- Quadrupedismo (4 m.)


D- Marcha. a 4.tempos com alternância dos,membros(T.II-F.I-P.
115) • .-
E- Salto quadrupédico em dist~l1cia (T.III-F.I- P•. 1'31)
D- Marcha em atitude dorsal(T.I1I-F.1- P. 117)
E- Baito quadr~pédico em altura (T.III-F.1-P.13l)
IIl-Trepar (5 m.).
-
D- ;Deslocamento horizontal em suspensao ·numa barra .(T.IILF.r1
P. 367) • /
E- Trepar em uma cor)ia lisa com 'o auxílio dos pés (T,.III- F.II
P. 403). .
D- Dominar uma barra simple s/com o auxílio de uma perna (T.III
-F.1I- P. 367) •
E- Trepar em uma corda lisa, .sem auxilio dos pés (T.III-F.II-
P. 405). '
IV-Sal tar ( '5m..)
D- Salt o em altura sem impulso (T. lJ-P. 471)
E- Salto em dist~cia com 'impulso (T.II- P. 517)
D- Salto em d í.s t.ân c.í.a sem .í.mpuf ao, (T.I1- P.507)
E- Salto em alguracom impulso (T.II-P. 481)
v- Equilibrar ( 4m.)
D- EqFilibrar-se sttbre uma trave,mudando um objeto de posição
(.~!,UI- F: IIr•..P. 591) \
E- Pr ~"ro\dirho'rizontalmente com Q auxílio de duas cordas pa-
ral~l~s (T.1II-F.III- P. 655).
D- CamLlhar s~bre uma linha irregular de ·parale;I.epípedos(T.II
F.III- P. 601).
E- Correr com um fardo s~bre a cabeça (T.III-F.III-P. 739)
I VI- Levantar' (3m4) I
D- Transportar a 2 um companheiro" pelo processo' de cadeirinha
(T.IV- F. 1- P.275). ~ , \
• E- Eevantar é transportar um fardo de30 quilos 'sêbre as espá-
'duas (T.IV- F.I- P. 181)' I
D- Transportar a 6 m, um companehrio deitado' (T.IV-F.I-P.275i
E- ~evantar do solo e transportar um companheiro s~bre o om -
bro (~o1V- F.I- P. 271).
VII- Lançar (5m.)
D- Lançar a pelota em preci são, s ám impulso;
E- Lançar a p elota em d í.s tcfncia, com, Lmpu Lao ,- . ,
D- Lançar a.medicine-ball com as duas mãos~por. balanoeamento
do corpo.
E"8"Lançar a m,edicine-ball com um dos br aç oe e com toda a fCrCf1
-CIO·-

'VIII- Defesa (3m.)


D- DefeS:t da (!rav," ta de lado ó

'E- Lut~J:. ;~:~~


D-- Defe ,_~l';,;, ;jl'aVa
ti:de frente.
É- lluta de tràção com o bastão.
IX- Corrida e marcha- pércursQs regulados e cronometrados (5ffi.)
D- Marcha média (8e) a 120 m. por minutos)
E- Corrida média (150 a 200 m.por minuto).
D- Marcha lenta (40 a 80 m. por minuto) ,
ET Corrida viva (200 a 250 m. por minuto).
X- Marcha final ( 2m~)
'Marcha lenta com respiração livre
Marcha com canto.ou assobio.

e)- O Método Franc~s de Joinivtl~le-le-Pont


\

Apreciação ela oLr§Lcoiu}21eta


O trabalho'covrdenado por Joinville-le-Pont, compreen
de três partes, assim distrib~uidas, com os respectivos títulos:
Primi~re "P~riie- Titre, 1- Bases Physiologiques
Titre 11- Bases ·ped.8.gogi.qu8s.
Titre III- Bases Pedagogie Appiiquée •.
Deuxí.õmc Par t í.o- Avant-Propo s- L "Éntrainement Sporti v
Titre IV- Sports Individuels.
Titre V- Sports Collectivs.
~ """'.... J
Anncxes- Organlsatlons Dlverses.
\
./

Troisieme Partie-,Titre VI- Education Physique Militaire.


,
O título lt]3asesFisio16gicas" compreende; Pr-oLegômanos
1- Bases fisiológicas da Educaç~o Física; lI-Plano .deEducação
~ísica; 111- N0ções sCbre o contrêle fisi 016gi co dos resultado s
\

de exercíci os.'
O título "Bases Pedagógica.sl~encerrtu 1-- Pr Lnc Lp.l oa gs;.
rais do -Método; lI-Regras gerais a seguir para a aplicaçãO do
Método; 111- Rogras concerntentes à conduta e execução do traba-
lho; IV- Construção de um estádio, de um ginásio e de uma psici-
na aberta. '
o título "Pedagogia Aplicada" é a exposição cIos exer-e
cícios empr egadca , que se,faz por esta forma: I':""' Quadro de con-
junto dos elemento s do método- '11- Formações e evoluções; III-F.I.§.
xionamentos; IV- Marchar; V- Tr8par; VJ-- Saltar; VII-Levantar, e,
transportar; VIII- Ocrror; IX- Lançart X- Atacar o defender-se;
XI- Nadnr;XII-Poque.nos jogos;' XI'1I- Grandes jogos e jogos de.§.
porti V\b. • .

~8S0S tr~s títulos, como ficou dito~ pertencom à Pri-


meira Parto, _a mais importante para nós e a mais difundida no
Brasil. \
Princípios ·.&c~rtl.s·
8 fo-rmas .d:etrabalho.st.fís~s,.
Segundo precei tum o M6todo , a Biucaç50 Física deverá
ser orientada p~los princípios da fisiológia. Cabe aqui assina-
lar que a rcdaç âo O,0 original francês, a rcJspoito, é ?- seguinto:
I1L'Edud'lation Phy aí.qúe doi t br e gouvernée par 10 s p r-í.nc pcs e18
ê í

Ia phye í.o.Lo gí e", No entanto, a t:radução r-ca'l í.z ade o public aela 110
-21-
Br a e í .. ilA
:L ': física deve ser orientada
cdu oaçâ o TlCÜOS ·princí
pios~2rw .:L ,-?~Lsio16gicosJt., Ora é dvidente que a:----pãlavra-anatõ
mo :go.o fi ; :' .i)h.'a no mriginal, tendo sido acressentada na tra-
auça09 c, C,: ,'1:':10, bem claro que os tradutores
J nao se t Lnham T:'...r.
da logrc:;c~o .~.~:;-,::~:i;8_r do conceito ana t ôm í.c o qu e dominava entre l1:hÉ;
, desde fins r\u, u.it í.mo século.' .. ,

J)urant e a infc1-ncia a educação .1'Ls í.oa deve ví.aa r ao


desenvolvimento harmenico do corpo, enquanto na idade adulto o
sou papel é manter e~melhorar ofuncionamento dos 6rgãos, aumen-
tar o poder do coraçao e dos vasos sanguíneos, o' valor funmional
do a par Lho respirait6rio,
ê a precisão e efici~ncia dos raovi.morrt 0$
0, pelo, conjunto dé'sses meios, assegurar a sa'lÍde.

Um método de educação física deve ser mimples e acessí-


vel a todos com processos variáveis e flexítJeis, _'par-a se amolda .
rem atadas a s ' constituições.. Em sou conjunto, deverá abrang"er:
.
1- A educqç,§o fís~? elementar (pr~-pubertária) destina"!'
da às crianças de 4 a 15 anos,'maís ou menos;

, 1I- A educação ~ís:ij"ª--§"Q.cu!ldárl.-.ê (pubert-ári'a e ,post-!
pubertaria) destinada aos indivlduJs de 13 a 18 anos.

III-.!-ed~ca~ã~ fí~ica ~uperioE (despor~iv8 e atlética)


destinada aos Jovens adm.ítidos a este grau. e que podem seguir
suas pré'~ticas até o declinio de· sua ferça muscular (30 a 35 ance )
.I
:ry-- A educação fíSi.Q§ f~iEin'a.

v- ~sadaEtaiões Erofissionais.
V1- __À ginástica de cons ervação para a idade madura (0.-
p6 s os 35 an.:~s:-;

Os limites .aClma indicados não sõo rígidos; f~ncio-


nQndo mais como advert~ncia aos professeres. Nos indivíduos anOr
mais a ida-de fis-io16gi ca não coincide com a idade cronológica ~d~
vendo, nestes casos, prevalecer a primeira.

as crianças
Es.tudemos, ago;'a, s epaz-ad.unen't e, cada uma das di vi_sã e's
apontada s: Educação Físi ca ~)l ementar
com idade compre~ndida ~n r~4
ou .12re-Euger!?!i.§) - Toma
e 13 anos, mais ou
t
menos. Nesta fase a criança se encontra e~ pleno eresGimento,n2
messi tando, s Óbre tudo, de uma vigorosa saúde. Os obj eti vos pr),;
mordiai s da educação física serão: a) - desenvolv imento das gran-
des. funções: re~piratórias. circulat6ria; articul~r,etc. ,b)-, e~~
car a coordenaçao nervosa, sem qualquer preocupaçao de desenvo.1..-
vimen to s'ist emático dos músculos.
/

Educação 'física secUlldária (pub~rtária e l?..2.§lt=~ubeE.1ár.ia) Neta


fase a brange os 'Lndí.yfduo s com jidade compreendida entre 13 a 18
anos. Sabemos Clue, entre nós, a puberdade se instala mai~ G~~O
nas jovens. Nesta fase os tecidos- em via de transformaçao sa o .
sede de o.tos nutri ti yo-s intensos; a Eesjis t~ncia. orgânica. é fraca
e a f,~r'i'-; nuacu Lar nao está em relaçaô com o tamanho do lndlví-:-
.duo , no':\ c.. função respirat6ria está perfeitamente aduc ada , Eis
a razã,) pela qual os exeroícios de fdrça e de fundo devem s er
ex cLui doo (Li mesma forma que todos os exercícios
j violentos, É
aos 16 G 17 rn os, nos r-apa z e.s , que a s'1_l"pr@tividade nutri ti va
dos ossos se a t euua e os müacu.Los , des env oLvendo-sse ràpidamente
come~am a ôqu.í.r-Lr; .. relevo; a r~sistê'n?ia aumonta ~ se bem: que ain-
da nao seJa lntelramente satlsfat6rla.
..:.22...
4;.J '"
A educacao física sU'Qerior (de.êJ2.ortiva ou ~2tlé11Q.Q).- Vai dos
18"anos )aos 3Ô ou 35 -anos, mais ou menos, Aos 18 anos o cres-
c~m?nt? ainda não está ter~i~adoL mas a sua inten~~dadG terá
rlllmlnuldobastante. A oss í.f.í.ca çâo do esqueleto so ~icnrá cone'
cluida aos 22 ou 23 qnos, mns desde os 18 a resisí~ncia é su-
ficiente para suportar um vigoroso trabalho dos músculos.
O aperfeiçoamento da sáude constitui o principal cuidado ne~
ta fase. T~do aquêle cujo desenvolvimento se tiver feito normã:
mente, \poderá sem receio; suportar os mais rudes exerQícios,as--~
sim comb as práticas desporti vas de maior int-ensidade,ob servado s
certamente, os CUidados indispensáveis que preservem o inClividü.o
da estafa_
feminino':' ~ por volto dos 8 ou 9 anos qu.o come
EducélÇã:-:";1'~8ica
Çal~ aã'i);3T'oc~er
as diferenças de sexo qUtt,se irã~acentuando até-
a Lda de .adulta. Dai começa a aparecer a n.eceaeLdaô e de a dap tar-
o exercício bs carocterísticas do sexo •
.Adàl)ta,ções
Erafissionais- Segunda a posição em que o indivíduo
desempenha 8S suas funçoes, certas sinergias musculares são cons
tantemente solic itadas, eriquan t o outras pouco ou nada pr-oduzem, ...,.
Para :eestabelecer o indiapensável e~uilíbrio orgê1nico é preciso
dar atividade compensndora aos 6rgaos que muitas v~zes permane
cem imóveis ou pouco se movimentam e trabolho diverso àqueles ~,
que executhm continuadamente a mesma tarefa. 'É a isso que se de
nomina ginástica de compensação. -

G·n6.stica 0.0 conserva ão aro. a idade madura- Quando o indivíduo


atinge os 30 ano s ou 3 , certos eXerC1.C10S so lhe y20 tornando
penosos, do mesma -f orma que as atividades desport.:..vas,
em c2rá-
ter de competição, lhe produzem'grondes obalos orgé1nicos. t pr.!2
ciso, então,'distinguir entre as atividades aconselháveis e as
contraindicadas •
.J

Bases pe d,<aguglcas-
.

Segundo a definição do Método "a educação física com-


/
preende ü conjunto o.os exercícios cuja prático racional 6 met6-
dica e r":,c,:;cotível de fazer o homem atingir o ma í.e alto grau de
aperfcü' i.m t o físico, compatível com o sua na tur-ez.a
", E acres
centn s I',-~ :~·_todo homem' possuir :§aúde, ferça e harmonia dos f~r
mas, nâ o indico que tenha atingido o seu aperfeiçoamento totoliTo
:c justific a: n~ pr eciso , além disso, que apr enda a
expiliilirar
efiRazmente, t~das ossos qualidades' na vida cotidiana e
que, assim, adquira um aumento de valor e de. energia que lhe pet
mita dar Q seu máximo de rendimento ao t raba Lho com o mínimo de
\ despesa e f'a diga , /
A educação física não deve, 'pois, limitar-se em asse-
gurar o mais perfeito desenvolvimento do indivíduo e em facultap
-lhe o 'mel~or rendimento e equilíbrio das grandes funções: deve.
também e principalmente , ensinar a disciplinar os movimentos 2
a controir há~itos muuculores que melhor ss adaptom às aplico~oof
úteis da vida. H •

Tol d a concepção nítidamente utilit6ria do Método


Francês cujos processos-resultantes do conhecimento prático do
homem ~m movimento, visam o desenvolvimento harmonioso e a me -
lhor exploração de tÓdas as qua Lí.d ad es físicas e mora i s que con§.
tituem o aperfeiçoamento real da natureza humana.
Essas qualidades grupodas por famílio,podem ser enun-
o ada por uma breve fórmu:1.s;
í

Saúde,fdrça..t r8sistência, destreza! têmpera .9:eca~cr'


ter, harmonia de 'formas. . .'
S saúde, resid e no perfeito equilíbrio das grandes tL~~';
'"
ÇOGS
A fdrça,pode SGr definida de uma'~neira geral: tt5da
potência ca~lZ de produzir uma certa soma de trabalho.
I

A'resist$ncia, depende da gntegrldade e do'melhor de-


senvo~yimQntõ das fun~ôes de nutri~Q (compreendidos os órgãõS
de excrcç50') emreláçao com a integridade e desenvolvimento do
aparelho neuro-muscular.
A destreza se manifesta pela mais econamica utilização
da ferça e por sua adaptação judiciosa ao trabalho a executar.
A t~pera do caráter suger-e energia, coragem e gi~stO
pelo esfarç-õ~(fc)ndeemanam a firmeza, a resistência, a audncia,
o sangue frio, o amor pela inbiativa, pela luta, pelas responsa~
bilidades, em um palavra, t~das as qualidades que constituem a
virilidade.
'A harrmonia.das f~s e dns prGporç,ões pode s2r con e.l
derada como a resultante das qualidades procedentes; supoem com
efeito,.a in~gridade perfeita dos órgãos, desonvclvimento musc~
lar, -normal , s6lida estru"t::elra'
ssea , simétrica e sem,desvio,fle-
ó

xibilidade no andar, firmeza no porte.


o Mét9do Francês, para alcançar as qualidades que aca-
bam de ser apontrdas, preconiza ,seis formas de tr~balho:
1- Os jogo s. \ '>
11- Os 11 assoupli$s ement sft.
111- Os exeroicioseducativos.
1V- As aplicações.
V- Os dc-sportos individuais.
V1- Os desportos coletivos.

A121-i..c2.S::~~:_.L§2Cecução
do trabalho- Valor ,ducativo.
Regrl."L
__,.'~,_.:Ls~_:eara
a 8,plica~o
W-·
do Mótodo.
Qun tro S30 as regJ:lasa seguir, para a aplicação do Mé-
todo:
10.- Grupal1wnto dos, indiv f duo s.
2ª~ Adaptação do ,exercício.
3ª- Atração de exerclcio.
4ª- VerificaçãD periódica da instrução.
\

lª- Grupamento dos indivíduos~'


O Método Francês, bnseado na fisiologia e na experi~n-'
oí.a , adotou uma classifiys.ção racional em grupos de valor fisiQ
lógico eensfv eIinerrb e e qu.í.va Lcnt e,
.•24-
Assim temos:
l'! grau- Oria.nças de' 4 a 6 arios ,
E9.l1cação físiQa elementar 2º grnu- Orianças de. 6 a 9 anos ..
(pre-pubertária). 3g grau- crianças de 9 a 11 anos.
4º grau- Crianças de 11 a 15 anCJ$~
\

Educação física secundária 1!2 grau-adolescentes de 13 a 16 anos.


,
(pubertária e po at=pub er-t a ) 2º grau-rapazes e moças de 16 a 18.

Educação Física superior Adu1ft0~ de ambos 06 sexos de 18 a


(desporti va e at1é tica ) 30 ou 35 anos. ,
Bin&stica de conservação Adultos de ambos os aexo.s com mais
para a idade madura. de 35 anos.

~sses mimites são me~çionados apenas, como indicação.O


educador deve p:r estar muita mais 'atenção, na 1'Qrmàção dos grupos
ao estado fisio14gtco dos indivíduos do que à sua idade real. O
valor fisi:llógico dos indivíduos é determinado, a princípio, ;eor
um exame il1\~dioominucioso. As informações dadas pelo médioo sao
oomplet2das ~ ~attir dos 13 &los,pelos exames físi90S periódioos
que indicLill;)valor prático dos individuos. Êsses exames físiaof
são comprovados pelo oertificado de educação f'Ls.i a , ç ,
o exrune fisiológico deverá ser lcvadooa efeito no i
nício do ano escolar.
Diz o M~todol
.1fNo deourso dos exames médicos deve ser indidndo o gru-
po no qual serão incluídas as crianças, ªualquer que seja sua veE
dadeira idad e, Mencionados 1 os que devem ser d Ls pensados d e todo
trabalho físico, ou s~mente de oertos exercícios, ao instrutor de
vem sel;'dadas razões e in<;licaçmes,se for o caso, os exeroícios,-
de ordem médica, próprios a melhorar o estnd.o do aluno.
eabe ao professor de educação ffsioa complemantqr as
informações sÔbre o valor fisiológico do aluno, submetendo-o a
provas didáticas, de caráter essenoialmente Lnd Lv í.d ua L,
\

O nUmero das provas' variará segundo o grau f:i,siol6gicodo


al~o. Para cada uma,delas é fixado um limite inferior que ô a-
lunodeverá alcançar para ser admitido ao grau imedi2tamente su-
perior.. _
As prOVHS deverão ser, obrigatoriamente, efetuadas em".
dois d ía fJ : '
!
[l)- as pro va s iníparJs no primeiro dia;
b)- as provas pares'no seg~do dia.
Adaptação _.cxeroício~
,(L~
..

o regime de trabalho físico a que serão submetidos os/


alunos depende: i '
_1
g . D:) fi}'n, a a ~,ingir;
2Q- Da dificuldadc' e a da intenstidade próprias dos di
versos exercícios; ,
3Q- Dasqualidades que êstes exercícios são suscetíveis
de"J.esenvolver ou de ape r-r eí.çour , .
O professor enoontrará nos quadros seguintes as indioa
ções gerais que permitirão compor um programa de exercícios,con
venientemente adaptado ao valor físicô de seus ~lunos (Ver os qu~
-25 ..•
dros no Regul<:imentoGeral de Educação Física, pág. 32· a 35).
Atração despertada
. ..
pelo exercício.
o exercício f::tsicomonôtono e severo nao convªm nem à
c~iança e nem ao adulto; t'deve-se~ ao contrário., ter por pr-í.nc f
P:;LO que o exercício físico será tanto ma í.shigi êrrí cc e ea'Lut
ar:
quanto ma í.or o prazer com que fer pr-at í.cado., O instrutor deve
rá ,pois., esforçar-se par-a tornar a se'ssno de trabalhos físicos
atrnente~peln escolha judiciosa dos exercícios, que variará fre
quentemente, Eela introdução de\jogos no momento oportuno no de \
correr da liçao e, principalmente, ~ela emulação e'disposição -
para o t.z-abaLho que provocará em s'\.léf'
classe". .
Verlfic;;,~_t2
peri6dica-
.• . I

_ A verificação períoqica dos exercícios físicos é ren


liznda pola 26dico e pelo pro~eBsor e repousa nos exnmes fisio-
16gicos e pr6ticos. .
A verificação médica da oducação físioa elementar e
e ecundár-í.a , é efetuada dua s v êz es por ano, no início e no fim
do ano letivo,
Os alunos são submetidos a um. exame análogo do começo (10 a-
no escolar; consta, principalmente, de peeaagene e illonsuraçõess
cujos resultados devem figurar ha caderneta esoolar que acompa-
nha a criança até a idade adulta.
num gr-ar
O médico classific a, sob sua responsabillbffi.adc·,
inferior todo'o aluno que julgar retardatário ou o..poupar,duran-
te um detEEminado período.' .
"Para os alunos do ciclo seoundário, o exame fisio16gi
ccde fim do an o , Levad a s emoonta as observações que Cste exame
permitir obter, é seguido de exame prático, de'diflitculdadecompa
tível com o valor físico dos ooncorrentes.
I •
Consta ~ste das mes= '"
mas provas que os exames que conf erem os c erti:Ç'icadosde educa ç I

física do ciclo a que pertencia ó aluno •


.A educ ação físie a superior, 6, em period o normal, veri
f'Lcad: .!·).::"cnmente
sob o ponto de vista fisiológico, na s me.smas
cond.í
ç " ~'~D a eduoação fís ioa elementar e secundária.

SoglUldo o Método Franc$s, o treinamento geral comporta

al- liç5es de educação tísica;


b - sessões de jogo;
c - sess§es de de~ortos individua~s;
d - sessoe~ dB desportos coletivos.
T~das assas sessbes d e trabalho dlevem ser precedidas
por sessões de estudo. Vejamos em que consiste a sess80 de as
tudos, assim como cada uma das outras acima enumor8das:
. Sessão de estudo ..• /
"Fim- a)- Ensinar ao aluno detalhndamente o melhor mo
do de execução dos movimentos que entram na compo aã çâo da liçãõ.
b)- Faz~-io adquirir o "estilO", cuja posse é necessQ.
ria para obter nos desportos Lnd i.v í.duaí.s resultados pr-oporcí.ona í

à sua pot~hcia física.


-26-
8)- Adquirir as noções técnicas e táticas essenciais
e Lnd.í a, .;~·:.::\reispara que l.e possa en tz-egaz- à práti~a dosdes
ê

porto s c. .; :; .iv os,



,
As sessões de estudo s50 previstas:, •
a)- No começo da instrução, isto é, no momento ém que
o aluno é admitido num novo ciclo ou grupo, a fim de ensinar-lhe
um nwnero de elementos novos suficientes para lhe permitir exe-
cutar, o mais cedQ possível as outrks sessões de trabalho,. e,em
particular, a lição de educaç50 física.
b)- No decôrrer da instrução, durante todo o tempo .ne
cess;rio para pa sear; em rev'ista os elementos desconhecidos que
figuram no programa. .
Plano- •

Análogo ao da lição de educação iísico, descrito mais


adiante: I

-sessão preparatória-
-eess8o de estudo prbpriamente dita;
-volta ~ calma.
\
Método de ~rabalho-
O fim da sessão de estudo fi ensinar em d etnlhe,a t6c
nicn do. ,.~':0cução
de um c erto número de elementos. -
O instrutor ~erá, então, por ~rime~ro cUidado"esta
beleeer <1 lista d~stes élementos, levando em conta: -
a)- a duração da sessão;
Poucos elementos serão estudados, porém seu memanismo
d~verá ser bem compreendido e sua'execução correta.
b )-'a necessidade de interessar pelo pnaba Lho , tanto
quanto possível, o oon jurrt.odo organismo.·~ .
I

No decorrer da sessão de estudos, o seguinte p~ocesso


'pedag6gico poder~ dar bons resultados. -
r.

- Paz-a ensinar um elemcn to 'novo, o instrujwr d eve.t

lº- Enuncinr o movimento e,mostrar como se executa;


2 s; Exe cu'tar- O movimento decompondo-o, se c ompor-t ar r
3º- Fazer executar o movimento por tOda a escola em
cadência variável compntível com o grau de habilidade dos nlunos

Apreciações críticas-
o
Método Francês, coordenado pe La escola de Joinvillc~
1e-Pc",t l'r~;stourelevantes' serviços à Educação F$sic~ no Brasil,.
sÓbrct'~ct,;
,~I,)r t í.tdu í.ncí.aâ.mon t e uma oricntaçao aeguna e
que pe.rrrí j
.r,
bora d,~iLi,damcnte rígida.
A9rincipal crítico. que lhe poderemos fazor 6 a de
não ter aco.apcrrhadoa evolução dos progressos científ'icos,as cOl
quistas que so f az í.am , pouco a pouco .nos campo e , pr-Lnc pa lmcn't c
í

da biologia, psicologia, c í.ênc La s fundaú1C:;nto.is


da oduca ao , ç
I
,/

-27-
". ru.rrto o. ginásticn sue ca , graças aos esf{)rços do Izs
tituto de Luc o cImo, Lncor-porava ao seu patrim~niQ" o resultado '\'""
de muitas ebservaçõc's e j"nUmeros expori~nc;i.ns, o Método Franc~s
pela ausenoia de .trabalhO's da Escola do Joinvillc'-le-font, per-
maneoia estagnado e assimL ultràpassado pela ciência o pola fi-
1 o S01'i8, r-epr'e s errtando , tao s~l11e;nt
e Um marco na hi stéria da Edu
caçâo Físic a, da.me ama forma que as pir-ttmides a as í.na Laz-am o apo
geu da civilização ugipcia. -
Obse'rvação:
A li-~ão de oduc açâo física deve ser; continua,nltornQ.
da; ,graduada, atraente e disciplinada.
, .
f) •.•O "M-emonto do Instrução )física Militq.r dn França
O "Mcmento de 'Treinamento Físico M.ilítar'l foi elabora
do c om o concur so das -seguintes pe eaoa e r Mme, Ebba Champotior de
Rí.be s , Ten-cnte Cor::mel Quíncho, Comandante Bastiani, Ooman dan t o
Petchot Bacqlle, Comandante Doyer, Cap. Delatour,Tenente Emilger
e o,ticiais e ihstrú.to~es da Esco.la de Rouffo.oh
A obra compreende t al, ém douma introdução ger-a L e de
"generolidndes s~bre a Educação Físióa Militar", seis partes,po
dendo ser -r.aaí m eaqu ema tu zada r -
IntroduçE':',Gc:çal
Gcncraliél~~ô.c8aóbr e FilucaçD;oF1:{l'icaMilitar.
Noções gerais
, Ci!tp.I
....
Gi1\lástica corretivâ,preventi.va
lª Parto ..•Treinamento e de manu t enç âo ,
FísicaI
Geral, C0P.II-~ições de trctnamento físico
no campo.
Cap.rÍI-Lições de treinamento físico'
cm, pércurso.

~§Pn~te- Tr~inarneuto Físico ,.'" Cap. 1- O Terre-no.


e d oap or t rvo p/o c omba t e Ca p. 11 - O H01'U em •
t~ I

ap.r-
Sessões de intcinções G trein~
3ª ~a rte-T~ein~mento. mentos.
Cap.II-A natação.
~CaP.III-Progressão d~ troinamento.
.. I alor das provns físicas •
Os 'diferentes contrôles~rnstruç0es
gersis. .
4ª parte~ Oontrele do trai Cap.I-Contr~le do tr9inamento físicO
namo nt o físico milit8r.- go ra L,
Cap.II-CoUtr~le do treinemcnto f~si-
I·· co e desportivo paro. o comba t e
IOap.III- Contrele do treino.mento de.§.
, portivo.
~
5ª Parto- l;' ·:;:',:;08 de ana tomió., de :.fis;i,plogia e dó s egur ança ,
6ª Parte- Anexos.
-2B-

Ihtroduçio
A Educação Física Militar passou a constituir parte
integrante da-instfução militar.
O conjunto das atividades físicas tende a ~ar ao comba
tento:
a)- a ro~ist~ncia para a guerra mo~erna;
b)- a·poss~blidado de cunlprir com e~onomia o 'ofiniêll
ela todos os atos do combate;
c)- a confiança o o au to-edomfn í.o , que deriva das duas
qualidades anteriores.
Os franceso15 incorporados ao, exército a pr-e aonbam pro-
fu nda s difcronças
-
individuais de corroentes de vários fat6res, fi
tre Lc: .: ca r õnc a a.LLment ar-: e as provaçoes dos últimos tempos,•
ê í
( -
.A. Lda de ::."(;'1..,11 da incorporação pormi te, entr-e tant o , agir sebro. a L
guns da qu ,)1os aap eo t oa , -
o 'J:rolWJ.mentoFísicID Militar propõe-se tmllbóm a corri
g,ir os defeitos do organismo que se opõem ao deson.volvimento com
pleto .e harraorri oso do homem, educar- seus refloxos, e, enfim, trei
ná-lo para as dificuldades do combate. -

Como o estudo detalhado ~o Memonto de Instrução Física


d a França aumentaria cons d eravc Lemerrt e este trobalhc:i,
lM:i,.lita,r ã

dar.cr.1os_uqt...i,
um esquema dos principais fins do Treinamonto fi
sico militar.
~ra~icadas por todos durante
\~lª)-Lições de ginái as IA semanas. .
tica desportiva, ObJ et tvos s Oorrigir ou dimi -
preventi V'a,e de mua r os desi'quilíbrios 'fisio•..
conservaç50. lógicos não fixadbs;prevenir
o aparecmmento de dissimetri-
as estnuturuis; conserVar as
atitudes corrotas •
O Trciname~ ....
Aliarão os movimentos f'unda -
mentais do método' analítico
.to Físico Go sueco aos exercícios do méto,
2g)-Lições no campo
d2 natural. À passagem das 11
çoes do lQ grupo para as li -
ções de campo será feita de
forma progressiva o sob con ~
trale m6di co ,
I com que o homen saia
",,"FarãO ao
13,9)- Lições,de pe!: c enrir-Lc nrtifioial do cam po
" curso. de exercícios para entrar em
contato oom Iil naturoza"
~
,/' .

H8bilitará o soldado a enfrentar' a luta d Lr-e tr


o ~reinamento Fi no corpo 8 corpo; coloc~ -lo-á,em cantacto ca
sico e ~es~orti: todas 8$ dificuldades do terreno, preparando-
vo para o c omba t o o para descobrir os ardis utilizáveis em com-
bate. /
Este tipo do atividades terá lUbar progressi-
vamente na instrução, em f~nção do estado fi-
,,$icO dos r,ecrutas.

)
Tríploco'fim; ,
o Treinamento des Completar a formação física,de hOillem;aperfoi
pórtivo e a inicIa çaar sua educaçã~ mo+al~ dive~tir desoilvol~
ção nos desportos vendo o grato pela: luta. Essa t í.v í.âa d a SeTI1
à

coletivos. alternada'com o tr~inamento físico goral~ d@


qual ê complemen~o.
I

o Gru:Qai2l.e:q.to
Ho.llOgtneo ,qos Recruta§.-

i; classificaçã.o em grupos deve ser fei ta sob indica-


ção prcc:ísa!, do médico 9 que não s ôment e deverá basear a sua de-
. cisão, sÓbre • estado biol6gico do indivíduo no momento do pri
meiro exame médico~~ mas ainda 's~bre os exames efetuados quer ~
n. terreno, quer no decurso das vistas períodicas de contrCle~
TÓda mudança de grupo, assim coma modi.ficações de t r ct na siont o
não s erno efetua das .dates da eu torização do méd co , que terá t<.t
í

da a responsoõilidade da progressão do treinam9nto €ísico. -

g) "'"O Moderno Sis t cmaSueco

Não insistmremoB mais nesse pont~ que já foi longaIDe~


te estudado.

h)~ A Ginástica Acrobática


- A ginástica a cr obá t í.ca ó a expreSS[\fi de um movLmcnt s
Que oncontrou campo\pr6prício sobretudo nos Estados Unidos, de
onde se transport~u a vários outros países, entre os' quais o Bru
sil e a Su6cua. Os livros americanos mais divulg~des são "Xhõ'
Tumblers Manual", de Laporte Renner, e nstunts en d Tumblings fa'
Girllf, de Virgínia Loe Horneo- Na Suócía fi Prof. j,rne Tammer, sot
e titulo nTi(,mmer-TlffiinLng" publicou uma s6ri e de opu acu.Les inclu
indo exercíçios acrobátic~s e pirámides. ~ntre n6s, a Esoola de
Aerónáutica foi a verdadeira introdutora da ginástica acrobáticf
sistematizada, tendo o seu Depa r tamon t e de Educação Física,publi
cad~1êm 1945, um .pusculo sob o título de "Normas para a InstrÍl
çâo de Salto s e Acrobacia-s Elementares'tt, salcado n s °TheTumb'l7_
Manual". Posteriormento, a ginástica a cr obé t í.c a teve grande GC(
tação na Escola Nacional de Educação Física e Desportos e na Es-
cola de Educação Física dG-Ex6.rcito, devendo-se a es~a última s
'tManuaili de Ginástica licrobática 11, bom t r-abal.ho , emgora Lnt oí.r-amc
te adaptadt,l 'as c~ractorísticas do Mótodo]'ranc {js de Joinville-Ic
Ponto i: exposiçao que faremos a seguir 6 um resumo do Manual or
apr~ço.

A última guerra mundial evidenciou ainda mais a imp,or-


té1ncia do fator moral como e Lern on t o decisivo das batalhas.

Diante .da evolução oxtn8ordin6ria dos meios da ataquo


'0 elemento humano ficou como que d esampar ado , sem fÔrça spara co,
ter a avalanche das descobertas sensacionais que presenciamos.

. sbmente Um corpo forte e protcgido por s61ida moral c


confiante em suas possibilidades, será capaz do reagir ante c
brutalidade dos combat os futuros.
Equipar' o homem, o soldado, com asses o t r bu t os Ó í. ó o-:
ver precipuo doa responsJveis pela integridade do,PatrimÓnio N[
c í.on a l.,
-30-
 Educação Física, encarada no seu sentido amplo de
cultura físici! fator de ::fDrtalecimento moral e desenvolvimento
intelectual, é o processo ma.í,s prntico o atraente para a conse-
cução do objetivo co í.tmadc, . ." /

Através do trabalho i'ísico b em conduzido, com fins per


feitamo:nt o definidos, 89m ~isar apenas a hipcrtrctia muscUlar oü
~ formação de atletas especializados, chegaremos a resultqdos em
cr etos s perdurá-teisap6s a desincorporaç ão dos cone cri tos, porque,
se. ao deixar a caserna o qidaãão não e ncontra ambiente 'capaz do
niant~-):o físicamcmte em fôrma, sua estrutura moral permanecerá
.í.n+aotra até que, com a mobí.Lí.âaçâo , se co.nsbga o rocrguimcnto ms
aptidões ~ísi~as diminuidas pelo ,sodcntarismo da vida moderna.'

A Ginást~ca ~crobdtica, sob o tr!plice aspcct6 , (de


chão, em aparelhos e pirâmides), f or-nec er-á aos instrutores os 1:'.2
cursos técnicos nedessários ~ realização do trabalho físico com-
pátivol com 'a finalidade a atingir.

Ginástica de chão
A "Ginástica de rn ãoft, é um dos meios seguros para a
conquista deste "desidcra tum".
o Homemapreende n utilizar ....se de todos os seus r-ecur
sos naturais emf ~r~a, flexibilidade, destreza e equilibrio. A~
. costuma-se ~D.sdccisoes :rá)ido.s e seguras. 1'orna-sc conscibnt Q do
suas. pos sibilidades, adquire perfeit a noção da responsabilidade'
destemor ab perigo e ferça de vontade para a consecução da vi-
tória. '

Encarada dáss e modo, a "Ginástica .de c háo!", d ar<! oti..,.


mosresultados. Cumpre,' todavia, ev:iitar que ela sirva de vcf ou.l,o
a i'unambu1ismo deturpadores de suas finalidades, pcr Quanto des •••
pertarão nos executantes sentimentos de váidade e cxibicionismo
i compatíveis com a s qualidades' visadas.
I

Todos os aparelhos,por mais simples que sejam, serão


pr-oacc tos.
í O homem deve utili'zar-se de seus próprias recursos
e qualquer aúzílio deverá advir apenas dos s eus próprios comna-
nno í.ros , ' Nas sessões de estudo, o instrutor poderá lançar mao
de alguns aparelhos simples (trmupo1im, travos a pequena altura,
ate,), a fim de facilitar o ensino de certos' exercícios. /

Ás aptidões físicas produzidas p e.La ginástica de Chão


, s50 as seguintcs1

,I )-Flexibilid.ade das articulações ,..particularment e da


c oLuna vertebral; . .
2)-senso de equilíbrio a pequena e gr-anô o al tura sj
3~~dostreza o agilidade; r'
4) -rcsistSncia muacuLar j
.. 5)-ferça musoular.

As qualidades morais visadas pela ginástioa de ohão


compr-eond em:

ll~cora~cm; ..
2 -energia; . .
3 -confiança em sípróprio;
4 )-noção de r ee ponssabilidade.

. J
f
-31-
li.. Ginástica de ChQOdesperto ainda o senso da opcr-tu-.
ní.dad o e d ee envpLv o o raciocínio por mcísc das ações rápüias e
precisas que o praticante é levado a efetuar no decorrer do tra
balho •

liggras conccrnentos !r. d'
alr~çao "" e.cxecuçao,.., do t ra ba lh 0

1I
A) - Sessõo sde estudo:

,1)- As sessões do estudo visam ao apr-en ddzudo pr t co á í

e detalhado dos diferentos movimento a, Terão início com uma


sessão preparatória composta de exorcíci?s .de ate~ção~flexion~
montos de cb., br~ço, pern8, tronco o calxa toráxlca que, de'
pr ef'er cnc e , devam ser conhecidas
í desde as s es sões de j}iná sti-
ca Comum.
Os elementos da sessão pr~priamente.c).itaL serno ensi-
nados um a um, individualmente, após a d emonat raç ao feit.a polo
monitor ou p oLo guia o os excz-c f ct oe diffceis ou perigoso se-
rão dec~mp?stos em ~uas fases natura~s, 8 fim, do, que os instrl!;
cndo's a cqu i.r-am conf'Lança para exccuça o do moví.mcrrt o completo.

. . 2)- Para que as sessões de estudo produz am efeitos,fisio-


1ógicos gerais sÔbre os praticantes o instrutor não devenã' insis
tir em que os alunos executem com perfeição esse ou aqu~le exerF
cicio, mas deverá dar tantos movimentos 1 quan tos compor-te o t. om-
po previsto para a sessão.' ,

i:.~sÍlI1"'icnt"o., .c adu 8CSSZQ" d:n GiJJ.8Stic~.dõ· Cl'ltlo t qovor4'


ser, pz cc edidr: de dÚ8S' ent6' tr~s ,I§essj'os d e Es t ud o po.ra quooo
exorG:!cioS-pGgSDIll ser exeou tudo s em' c~..Iriju.ntofou em pistr,., •
3)- Conv~m acentuar que duránte as Sessões de :Estu.-
do, deve o instrutor manter absoluto contrÔle da tur~, para evi
~ tar que os homens ~e en.teeguem à prátic8, por' conta prõ~r~a, dos'
movimentos que e at.ao sóndo executados um a um sob .suas v í.a t a s ,
:t evitando peTigosos acidentes, sempre injustificáveis.

4)- Frequ-ôncia: As se~sões de e s tu d.o, serno ministra ••


das no decorrer de todo o períOdO de instrução, sempre que forem
introduzidos novos exercícios.
5)- Duração: A sessão propar-a t ór-La tdmará os .2/10 ( do
tempo tot81 da sessão; a prbpri8mente dita ~ 7/10 e a volta a
calma - 1/10.

A sessão propriamente dita será conduzida de modo que


't odo.s 'os exercícios sejam executados por toda a turma.

6) - Organizaç ão :

a)- A Sessio Prepaxst6ria - consta de exercicios de


flexionamentos previstos, podendo ser aplicados tamhém outros e-
xorcf cí oa , uma vez que ~sses elementos j6 devem ser conhecidos
desde as Sessões de Gin11stica Comum.
I
. .

b)- Sessno Pr~~riamente d·ita- cada sessão deverá ter


exercioios de fI exi bilidade, de equilíbrio, de destreza' .e de ft1.r
Ç8 e equilíbrio .•

A título de exemplo, daremos duas Sessões de Estudo·,~


ma Sess5; de Gin&stica de Chão.
c)- Volta à Calma- identic8 ~ da Sess20 de Ginástica
Comum.
-32-
B)- Sessão de Gin8stica de chão:

r-----"';"""""-------r-----~--·-------'-- ------·-·--r
Período .
Ilítensidade
. I ~uraçao
. ~I N Regime' de Tra balho
essã~fj. pr-o , ;Volla ~ Obs.
11,
" prepa- di ta. [calma" 1
ra tó rlc. , ' I
J .

It \
At. 2 ex.de: Ident~ Período de
Cb , ' f L ex • .: c 8 à 1preparaçao'" ,

Prepal:'8 Fraca
'"
çao - .30 a 35
minuto
Bro
Pr. 11
2 ex , eq.:
~ex. d o st]
S. deG.i Ex.fáceis
Comum1 e seguros.
f

\ Tr. 2ex. fdr r t,

_I ::~~.~f-l~-e~~--I-d-e-m--~·-p-e-r-i-o-d-o-
~----~~~---------r--------~.
\plicil ;' 1I 2 IIeq,,\: aPlicação.\,
ção - Forte 1:2 "d ce t Ex, d f í.c e:s
í

• ! 2 Ilferç~ e perigoso~

Nota: . A d ís tribuição d os exercícios por períodos (fáeeis 1 difi~


• ceis, seguros ou perigosos )', nâo deve ser encarada rmgi-
damente~ servindo apenas P8ra dosar a natureza do traba-
lho,' evitando acidentes.

A medida que os homens se torn'arem d es embaz-a ça doe , os


exercícios irão cr-cac endo em dificuldade e perigo; a cri tério ,do
Lns't.r-u tor-, .' J'

. 1) - Duração - A sessãô de fraca intensidade, tém a du-


ra.ção de 36 a. ~5 minutos; a forte de 35 a 40 minutos. ~stes te!!!
pos são a s~.il1l dis tribui.dos :
'&essã·o,prepa:batorül- 2/10; ~essãopropriamente dita -
7 / 10 e a' volta ~ ca Lma -. 1/ 10.
Lt ,.; .

,
.. . 2)- Classif~cação dos ·exercícios a cr-obá t.í.c os r ,
• • J

. '"

a)- quanto ao número' de pratic~ntes:individual oU cole-


tivo; •
b )-;,..quan to às' qualidades qu-e d es envolvem:

- tlexlbilidadQ (marc'has ,rolamentos'~ 1


- equilibrio (apÓios de equilíbrio e paradas simples)
destreza (rodadas e saltos);. . ,
- fOrça (paradas -, duplas c prancha s ) •.

3)- Organização:
(
.,.,.

a1- A eséolha dos oxercícios que devem entrar no qua-


. dro da see sao , ficará subordinada, em: princípio, ao período de
instrução.

. Assim, no Periodo de'Preparação, sergo.inc~uigos 2s


'exe r fcios'fáceis e seguros, ao passo que no de Aplicaçao,serao
mi~istrados 8xercícios difiéeis e perigosos. Os exercícios di-
;. - ,.&.
.. \

b)- Para a orgànização de uma sessão, o instrutor de-


verá levar em conta 8. dificuldade dos exercícios,respeitando a
ordem dm que os mesmos s e encontram, Já' graduados em.dificuldade
.resc ente.
-33-
\
• 4)- Caràterísticas:
a)~ P;;tro. que urna sessão seja continua ê n o c eaaárd o que os
exer cf cí cs c~~~,j['_rn r-oa Ld aado s sem par ada , um após outros. O proc~s
so de eX(j(~-';L:;~~:Oon !lpista" é o maí.s pr t oo,
á í O instrutor reune Ç',
turma após a sessão preparatór-ia 9 designa os exercícios na or
dem em que serno feitos, coloca os homens em coluna por um ou-
,por dois, e comanda o iníoio da pista fiscalizando a-execução.
A "pista" pOderá ser repetida uma ou mais v6zes, de acOrdo com
a intensidade dos exercícios e o grau' de treinamento dos homens.
5)- Idade dos praticantes~
j

A Gin6st~cade Chão poder6 Ber prat~cada Aesde os 7a


nOS, desdeque sejam abolidos os exercícios 'de ferça e as s essOeE!
conten~am apenas movimentos fádeis e segúros, guardadas'as dGvi~
das proporções em relação à idade dos pr a t í.c ant e s, Os' exe rcíciq3
de fÓrça poderã0 ser incluidos a partir dos 14 anos.
/

6) - PrescriçÕ(;shigi ênicas:
A Ginástica de Chão exige cuidados especiais em rela-
ção ao local da sua prática. Quando efetuoda em cOlchões,dBvem
~stes ÍlÇlfre.r
com tantes exposições ao sol; serão batidos di ária
mente para retirar a p0üira. Quando efetuada em terra fôfa,areia
ou grama, devem ser àfastados dos locais ,frequentados por animai
is, a fim de evitar contaminação. O uniforme deverá ser trocado
após o banho que deve suceder imediatamete h Sessão.

Sessão de Ginástica 'de ohão


(Intensidade fr'aca)

Dia
Hora JDuração- 35 minutos.
Local
Uniforme
~essão Preparat6ria (7minutos)
At.- Nmnerar seguidamente.
Cb,- M.N_q.: Flexão e extens~o da cabaça 1m.5;M-IO) .
Br.- Elevaçao laterml dos braços com floxao dos ante-braços no
plano horizontal (m.5;M-IO) , .
Pr.- M.N.2.- Flexão e extensão das pernas~,joe1hos afastados •....
(m-5;M.IO)-
Tr. - Afast. .La t ,- Flexão e extensão do tronco (m-5 ;M.IO).
Cxt. Afast. lat.": Com elevação dos "braços estendidos (3 a 5v~zE,ls)
'Sessão Prb~riamente aita -(24,5 minutos)
1)- Exercícios de flexibilidade,
I
a)- MarC?8 do pato.
b)- Rolamento lateral estendido.
2)- Exercícios dê eqUilíbrio.
a)~ Parada de ombros.
b)- Farada com os braços estendidos.
Exercícios de destreza,
a)- RodadCt dupla para a frente.
b)- Salto com ap~io nas mãos, ~olando as costas
~ s óbr e o
dorso dO um com~nheiro em apaio nas maos e nos joelhos.
-34-
I

4)- Exercíci os de fcjrça:


à) - Prancha com a pôi o. da barriga no s p6s ib e Ul11 compo.nheiro
em d~cúbito dorso.lr perna e braços na vertical.
b)- Pran oha com a põí.o 'mútuo.

- Marcha Loirt a com exercícios r e s p.Ir-a tór-í.oa e

Marcha com canto ou assobio.


- Exercícios de ordem unida.

Ses'são de Ginástica de Qh3:o


(Intensidadd fort6)

Dia
Hora Duração: 40 minutos.
Local
Unilforme
Sessão PrcEarat6ria (~minutos)

At.~ Taboada simples.


Cb.- Circundução da cabeça!., I "" .
Br.- (2) Afast. 18t.- Flexao e extensao dos ante-braçostcom ele
vaião dos braços para trás. /
Pr.-
Tr.-
1
3 - Gr. Afast. Lat.- I.N.Q.
2' - Sentado - M.n. q .•.. Rotação do tronco.
. .
Cxt. - 2 - Afst.lat. - Levando aLt.emadamen te as espáduas paro. oJ
frente e' para trás.

8essãoPr~pri§monte dita·( 28 minutos)

1)- Exercíci os de flexi b:i.lidade:


0.)- Marcha do c8melo (lQ processo).
b )» RoLamerrt o simples para a frente, com as mãos nos torno
zelos •.
2) - Exercíci os de equilíbri o:
0.)- Parada com apeio da cabeça e dasmãos nG chão.
b)- Equilíbrio com apeio dos pés sdbr~ as coxas de um comp~
mhbiro de pé. )
3)- Exercícios de destreza:
a) ... Rodada s ôb r e as costas de um c ompanho.í.r-o de pé.
b)- 881 to para E', frente com apeio nas mãos de um companheiro
deitado em d ecüb t o dorsal,
í pe rnas f}exiomdas.
c)- salto de peixe. ~ .~
4)- Exercícios de fÓrça: \.

0.)- Parada dupla.


b)- Parada com apó í.c sób r e o dorso de um c ompanheí.r-o, t
Volta à calma - (4 minutms)

- Marcha Lcrrt a ,com exercícios respirat6rios


- Marcha com canto ou asobio .
- Exercícios de ordem unida,

\.

I
-35-

A)~ Considera23es +
Gerais
A gí.nã s'tí.ca .cm Aparelhos consiste na pratica de
1)-....
exercícios em barrà fixa, barras p~ralelas, cavalo de pau e es
cada horizontal. Trabalhando partioularmen te a parte supori ar
do corpo, essa forma de trabalho deve ser sempre associada às
dsmais previstas no MaDual C~~1~20, evimando-sea ssp~cializà-
çao que acarreto a desproporçao do tronco em relaçao as pernas.
2)- Com a prática da Ginástica em Aparelhos, verifica
..,seum desenvolvimento Jrápido dn musculatura, por isso que to::
da a mod ez-açâo deve ser· ob.scz-vada,por meio de s essõos curtas e
bem condu,zidas, r eal zadas , no máximo, três v êze s por s emana ,
í

3)- A ~inástica em ~parelhos desenvol~e, em alto grnu,


a coragem e n ~crrça de vontade, pelo que deverá ser praticado
sistematicamonte na tropa~
/ , 4)- A Gihástica em Aparelhos poder6 ser ministr~da,n~
Tropa, a partir do Período de Aplicação. Para os praticantes
com trabalho físi.co anterior (cabos, sargent os , c adotes, ofic Laí.s
e t o,'},e.Ia pod:e:t6l;?cr iniciada desde logo, uma vez que os execu-
tantes já possuem a aptidão física .í.nd Lspnn sáv e.L'a iniciação do
trabalho em aparelhos.

~' ) J
B ) - Re~as para execuçao do trabalho
I 1).•.Composi.çãO- Cada. sessão de Ginástica de Aparelhos
.

c0nstará de três partes:


a)- Sossão Preparat6riaJ Terá a duraç50 de 5 minutos
.e constará do f Lex í.onamerrt os de braços, pernas, tronco e caixa
torácica.
,.
b)~ Sessão Pr6primmente dita: Ocm a duração máxima de'
35 minutos constará de exercícios fieitos nos quatro aparelhos
mencionados anteriormente.
c)- Volta à calma: Idêntica ~ das demais sessões de
trabalho.
2)- Direçã.o: - .
~
a)- j" sessão Pr opr-Làmerrt o dita começará sob a f'ormavd e
Sessõo de Estudo. isto é, o'instrutor ou monitor fará o movimen-
to compLe t o , decompondo-o, em seguf.da, em suas fases 16gic as, expcg
doa .t'écnicaapropriada à melhor- execução do exercicio. Em segui
da os alunos passnrão um à um pelo apard ho , or-Lerrt adcs e auxi-
liados pelo instrutor o monitor. Passados todos os homens ,o ins~
trutor for8 o novo movimento previsto para o mesmo\aparelho e o
trabalho continuará como para o primeiro exercício. Terminada
a série relativa ao p~imeiro aparelho (barra fixa), o instrutor
c0nduzirn a turr~ para o segundo (barras par~lalas) e procederá
de modo id~ntico. Ap6s passar todos os alunos pela escada hori
§ontal e cavalo de páu , .o instrutor reaonç.izirá· a turma ao prI
meiro aparelho para que os homens executem novamDnte os 'exercí-
cios ensinados, mas dessa vez, sem qualquer auxíliO, de manei-
ra-idêntica. I

,b)- Par-avque a sessão seja oo ndüz í.da com ordem e seg,E;


rança, deverão ser tomadas as seguintes precau;ões;

~ Na fase da execução, 6s alunos· deverão ser colocados
em f orma r om tantas colunas, quanbas comporte o aparrs'l.nc , d~ modo
-36-
que todos -)8 movimentos, sejam fiscaliz$dos pelo instrutor ou
moni tor.

- Durante a execução do trabalho a turma deverá ser


conservada em silêncio, à fim de não perturbar os executantes.
- O instrutor e moni t or deverão cons ervar-se de um o
outro lado d'o aparêlho a fim de pr c t.ege.r as quedas desastrosas •
.•..
Nas 9,uedas em que o exocutante ca r- com a cabeça paraí

.baixo, a pro~eçao deverá consistir em app~rá~lo pela nuca,sem


tentar proteger todo o corpo, o que ~uase sempreresu~a impos-
sível" devido ao p~so e à velocidade da quéda.
Além do empr:égo de cc Lchôe s snh OR a paz-ãl.hos, os ex ez-.
cíci os perigos os, de- . í.,' , -
verão ser feitos soba proteçao do a~~relho de se~rança, denomi
nado .tAnzol", cuja cons trução e detalhes são descritos mais adiãn
te.
c i- Caso o instrutor disponha de dc.l s ou mais monã t or-os
o trqbalho pOderá ser foi to em "rodizio (t, ficando ca da auxi líar
em'um apar ê.Lho de modo quo , s em perda de tempo, os alunos pa as em
imediata e sucessivamente de um a outro apar~lho. ,
" ,

d):" Du;rante as pr-í met.r-as sessões o uniforme deverá, ser


o de ginástica comu,.m;quando os homens estiverem mais dasembara";
çados na prdtica dos exerGícios, deverá séT'usado o uniforme d~
C8mpanha; dessaforma, as sessões de giunstica em ap8,felho$-, con~
tituirão um verd8deiro teste das possiblidades físicas e mor:ais
do sOld8do, preparando-o p8ra redizar, com facilidade, a trans-
posição' de um grande número de obstáculos, que poderá encontrar
nó- campo de batalha. '
o)» Os exercíci os catalogados no- prosent e Mnnual, foram
colocados .aob a forma de"s,érie", isto é. constam de uma sub í.da
no a par-ê Lho , um movimento ou deslocamento e uma saída, sempre na
ordem de dificuldade ,crescente d'e séri 8r8 série. Cumpre a as í, ••••

nq1ar t cdaví.a , que as sories s o everao ser usa as quando os pra


ticantes já executem com desemparaço cada um dos exercícios que~
- N II .•• ,
C~ mpoem a tIseri a' .•

I
Barra Horizontal-

- Altura ajustável até 2,40 m.


I
Compririlento' enLre os suportes; 2, 25m.
- ]i~metro- 28 a 30 illU.
O material da barr a ho r í.aont a L deve ser, de prefer~ncia
conf ec'cí.on ado em açó. Os suportes v cr t Lc a í.s são de madeí.r'a com
dirilOns5es de 10 x 10 em, aproximadament e.

B8rr8S paralelqg-

- Altura ajustável ,até 1,60m.


- Comprimento - 3,00 a 3,40 ill.
18rgura ,afastamento das barras) -42 a 46 cm.
As barras devem Ser de medeár a polida em forma oval
(5 em, x 4 cm , )
-37-
o

}
- 1I.1ça- larglU'B 35 a '!J7 em.
Comprimento~ 1,80 ill•
.Altura - 1,10 m,

o corpo do cavalo será de madeiraaco1ehoada coberta de


cour-o; Suporte de madeí.r-a , com 4 p crn a s permitihdo aumentar a
altura do c avaLo até 1150 m, .•...
lças de madeira polida com 28 mm,
de di~metro, afastadas de 42a 46 em. e presas no dorso do cava-
10 tendo a 81 tura maior 12 cm., medindo a emprnhadura 8 em.

Por8 salto poder~ ser usado o mesmo cavalo com alça,s ou


retirando as a Lça e ,

, Para a realização de certos exercíci os ~.necessário o u


80 de colchões pará Eroteger nas quedas ou amor~ecer os saltos.
Esses coldhões deverao ter as dimensões aproximadas de 3,00 x
1,50111X 5 ClU. de algodão ou erina coberta de lona.

Para .a realização de saltos no cavalo de páu , poderão


ser empreg®dos pranchas de impulsão ou trampolim de f~cil cons-
trução.

D)- Nom«2nc~a da posição do corR0"-


/ ~ t '"
Par2 descrever as posiçoes do executartn com ro18çao ao
apa.r e Lho bem c orna as posiçõe s e moviment os furo amen tais:

a)- Posi~ões do corpo' em relaçã,o a o aparelho;

1- Focial- Sempre que o. oorpo esteja com SI,Ul frent e


voltada para o aparelho.
2,;,..Dorsal- Sempre que o corpo esteja com as costas(dqr,
so) volt ada s para o aparelho. !

3- Lateral- Quando o "eixo do corpo" está paralelo ao"ei


xo do aparelho, 4

. - Consideramos" eixo docorpo" a cnana da "Lâriha dos om.•.


bro s" ou l'i:nha imaginária bí.aa cr-omí,a 1.
- Ccns Ld er-amos 11 eixo do n pa.r ê.Lho " alinha que represen-
I
ta o comprimento do apar~lho.

4- Transversal- Quando o l1eixo do corpoH :porma\ §:ngu-


los retos com o "eixo do apar~lho".
5- Hor Lz crrt a Le- Sempre que o c or)J.o esteja su s pen so ou
apoiado no aparelho.

b)- Empunhadur~-
,-
Empunhadur-as ou tltomadasl! são as diversss- mane Lr-a s do
executante sogur-az- o a pa r ê Lho e manter-se nele.

Podem ser assim c La ee í.f í.ca dos r


D8rsal - Tamb6m chama da empunhadur-a "ordinnrta1', -é uma
das mais frequentement e usadas.
~
~ executada da :t:lQneira I
mais n8.-
tural, em geral sem rotaçao dos braços, em qualquer -dos apare
lhos a saber t
Barra hJrizontal- palmas das mâoa d.í.r-í gí das , par'a .a
frente, quando em eus pen sao e para baixo quando em ap í.o., por-ém õ

com os poleg8res sempre em redor da barra e do lado mais próximo


um do 7troo
-38.../
Barras par-a Le La s .•. palmas das inãos se defrontando e
po Legar-e s do lado 'mais próximo um do out r-o , qurin do em apô í.o
transversal, porém com os polegares sempre ao redor da bàrra.
r
Cavalo Cjill arções e argolas- palmas dfrS mãos se defro
tando e po Legar ee do lado mais pr óxd.mo um do outro. -
Pa Lma.r ...•também chamada empunhadur a "Lnvcr sa lt,é jus-
tam€nte executada de maneira inversa a empunha dura dor sal e a
outra a plamar,

Mista- taubóm chamda da "combinada" <5 executada. de ma-


neira que illTIa das mãos mantenha a empunhadura dorsal e a outra
a pa Imar-,
. ,
O afastamento
"e t and at-d" da empunhadur a , deve corres ....
ponder à Lar-gur-a dos ombros. Muito raramente um exercício 6 i-
niciado com os braços em posição "cruzada" ,porém, mesmo a s s.í.m a
empunhadura ainda será dorsal, palmar ou mista.
c)_/PQsições fundamentais- ,
-
1- Suspensãó .: Po s í.çfio ativa 'tomada pelo executante,
quando suspenso pelos lYQilhos, ante-pra~os, pe~ ?U pernas, csta~
do r) p~so do c orpo a baixo do pont o de au e p en aa o •.

2- AFeio-, Posição tomadà pelo' executant e ,quando SUPO!


t.an do O pés o dQ corpo s ôbr e os braços, est ando o c otovel o e o
tronco acima das mãos. I

"'. 3- Sentado- Pos í.çt.cmada


âo ôbr e o par-ê'í.ho , na
s a qua L

a. maior parte' do peso do , exic ut arrt e é suportada pelas coxas


01 nádegas. ..

, Est2,S são as posições f'und.amorrt.a í.e necessárias e con-


sideradás básicas, seja qual fer o a par eLho em que se estiver
trabalba nd o,

Pirc1mides

Como última forma de trabalho Dia ginástica acrobática


temos 2S Sessões de' Pir tlmides .•

As, pirâmides S20 exercícios millldialmente oonhecidos" c


a sua cxccuçfio tem o c ar-á t e.r ma Ls funambulesco que uti li tário.
I '
As pir~mides podem ser pr-aticadas com ou s em a pa re-
lhos, dividindo-se em eonsequência, em;

a)- Pir&nides sem aparelhos;


b)- Pirámldes com aparelhos.
,
Sem aparelhos poderá ~cr praticada em praias,caixas
de arêias, campos gr'amadcs e outros locais de chão raac o , í

, Com utilização de aparelhos, deverá ser praticada em


ginásio •.

Os aparolhos ou material indispensável compreenderão:


colchões de v6rios taméOhQS; cavalos de pa u de dífe-:
rentes alturas, barras paralelas,. p12taformas, ese0das e outros
tan tos aparelhos.

-
"
'.
-39-
As sess5es de pir~mides, n~o devcr~o ter para n6s, as
mesmas carocterísticaa das praticadas no meio civil~ Elas cons
tituirão uma c cmbâ naç ao dos exercícios ensinados nas sessões de
gf.ná s t í.ca ,18 chão e ginástica de apc,relhos,tenCb em vista,desen
volver no -lt;:2·'T'Clli, fÓrç a, equilíbri o e destreza 1 enins[\lldo-lhcs-
meios de gnJ.go.rI- a Lt.ur-as
I
para transposição àle obstáculos,.
d',y,+
com 81 ,;:111

tos mur o s , porrt c s , arvores, etc., que po erao ser ut cã e na vida


em damparuro,

Método de Trabalho
=;.,.;;..;;;..;;;..;;-..,;;;;,.,;;;.......;;:;.;.,... - --~-'

. 1- O método, de trabalho empregado deve ser e88e11oial-


mEnte pr-át í.c o , Lí.mí.t ai éb -se a parte teórica aO ene.Lno ela técni-
ca empregada no execução <1'0 s diferentes movimentos.'.

2· Uma sessão de pir&mides, com a duração de '30 minu


tos, divide-se em três partes. :
a)-Sessão Pr epana t ór-La-, 2/10 do' t enpo itotal;
b)-Sessão Pr~priamGnte dtta- 7/10 do tempo total;
c)-Vblta ~ calma~ 1/10 da duração total
.
da sessão.
I

/ 3- Â Sessão l?repar~tória ,6 id~ntica ~ "sessão Prepara-


tória de Giná-etica do OhEio. , (

4- A Sessão Pr~priamente dita- consta de execução ~e


vários tipos de pirc1mides, onde são ensinadas a técnica da mon-
ta~em da ~ir1mide't a r~aneira de desfazà-lp, bem como os meios de
eVltaraclmmtes,enslnando a forma de saltar dos ,pontos altos,
oaindo seporadamente os diferentes c ompo.rent e s da Pir&nide.
/

5- O ins'trutor deve c cmcça r o desenvolv,imento do tra-


balho, utilizando exercícios fáceis de serem executados.

6- As PirC'tmides devem ser ensi nadas' em sucessivas eta


:Qa.s de aprendigagem, até o01?-seguir combinar para armar a PirâmI
de•

.. ,7- A disposiçà'o dos homcns para aprendizagem deve ser


~ vontade. -Como indic8ção,deverá ·ser tomado o dispositivo em
s em.i,- c írcul o, d e forma que t od os os al,un os obs erv em o ins t ru t or
quando no ensino dos diferentes detalhes da técnic a empregada em
, det crnrí.nado s exercíci os. . _ '

8- O instrutor ou o monitor explica o exercício que'


, vai ensinar, executando ou mandando executar por um g:,üà ou §l:U.-
"xi Lí.ar-, Primeiro devagar, s~hre8 técnioa mai8perfeita de rea
lizn-lo, depow manda repetir ° exercício de illnneira que deve -
ser execusaô o , Em seguida, corifor-me o número de par t c ipant es í

da pir~mide, divide a .escola em pequenos grupos, dando liberdade


de açãof;os alunos paro. praticá-lo, observand? e corrigindo nes-
s~ ocêsiao, os erros.

9- Ensinarlo todos os exercícios da sessão, será execu-


tada uma pirdmide, pbr pequenos grupos; a qual pod er ter á cara ..,
tE;r de .corapot.í çfio ; visando tornar mais atraente a sessão.
10- As s ess3es de p r-ám í.d es dever80 ser pra tio ada s i'T"'
í

nicialmente, emuniforme de ginástica comum, para facilitar a a -r


p r-end.í.gagera, porém, tão logo a turma d an on s t r o conhe c.í.me n t o de
todos OR exercícios, as mesmas deverão ser realizadas em unifor.;..
me de. C3111p:J . .nha , para habilitar o soldado a realizar com desemba-
raço, êsscs' ill:2vimentos, muá t oâ dos qua í.s poderão ser úteis ,em di
versas si tuaç oes do c omba t á.
-40-
11- Tendo em vista a sua aplicação militar, as sessões
de pir~mides, que desenvolvem asqualidades fisi oaa , f ôr-ç a , ~qui-
líbri o, destl"'eza, a o p"lr.r. rl,~~S qualidades mora Ls , coragem e con-
fiança recíproca, deve\ser orientada; fugindo do aspecto funam-
bu.Lesc o , visando 'a sua aplicaç nó' na vi da, em campanha , Troinarlo
em tempo de paz, ccn vcnt errt emérrt e , poderão ser empregados na ,gue1:
z-a , equipes que, com fqcilidade, galgarão, um ponto elevado (ar-
vore , and a r superior de um e dí.f'Lé í.o , 'muro de uma fortificação,
etc.), f8cílitando o progseguimento de uma missão. '

12- Na pir<1mide. de 2 ou mais andares, dev.er·ão ser ob'"


servadas a distribuição dos homens, de forma que, os mais' pesados
e os mais fortes" fiquem como ba s-e , cabendo ao sma.ls ágeis, for-
mar os andares superiores.

tramos certas
Nos manuais
palavras
x
de ginástica --a cr-ob t í.o a amer í.c anos enco n ~
que t~n um significado
é

especial e, entre'
estas, cumpre destacar as seguint es, segundo o"Webster' s Oolle .•.
gia t e Dicti ':;nar;y" :
"__ tlStun~" (Provavelmente a palavra tem ofigem na palavra
"Tash" (Tarefa). liA feat of skill, strength or the like, espe-
cictllly one done to attract attent.ion". Portant o, um fei to do
d.estreza, f~rça, ou COUS8 semelhante, especialmente aquele 'Que
é feito para atrair atenção. "
"Tumblinglt (dê "Tmnblot'!,' que vem de IITumben"-dançar
violentamente, saltar e de "Tuilbian", com o mcsmo ~i~nificadQ o

tlSaltar, pular,etc., rítmicalllm. te.; a gor-a usualmente, executar


feitos acrobáticos, tais como: "Somersaults", "hanüapr í.ng s" ,etc.
Cair subitamente e ví.o Lentamerrt e , &t-ltar,etc, de moüo súbito e
desordenado.
~
"Spring"- Saltar, elevar-se·ràpidamente.

"Sômersault" (vem de supra e saltus)~ "Um salto ou pu


10 em que O· indivíduo faz os calcanhares passarem por cima da ;
cnbeça. nA leal? as jump which a person turns his heels over hi$
h ead" •
flHandspringlf Afeat of tumbling consisting in turning
in the au as in a somersault, with the aid 0:1: a push from both
hande , or on o ha nd s on the gr-ound ", (uma a-t.í.v ac e acrobática
í.ô do
tipo "TUIllbling" que consiste em vo Lt ean no ar, ooino no "somer-
saul til, com o auxf Lí.o de um impulso com Ull18 ou ambas as ,mãos .no
cnâo) o . •.

"
i) ....A Gi,néfstica feminina

A giüástica f'em í.n í.na so fz-ou , no século' XX, dua s gnm-


des influencias, que se ap'r e s orrtam como as mais importantes,su-
perando vigoros$mente tédas as outros iniciativas. Elli B·jorks ....
ten e Jacques Dalcroze são os numes. que se destacam de quantos
ti~eram 8 sua atenção'voltada para a ginástica feminina.
Bjorksten .yrofess~ra do Instituto de Educação Física
da Universidade de i.{e:L.~:tingfers,partiu originariamente do siste-
ma sueco da Ling. Assim, diz ela no prefáCiO de seu livro uGym-
nastique Fétneninell, em dois volumes dos quais Q primeiro publi-
cado em 1918 e o segund? ,em 1923~
J
-41...

Pref~cio da autora /

11 Es t a obro é baseada nos princípios do sis t ema' de Ling;


ela é um resumo das ideia s que mo preocuparam dur ant e mais de
vinte e c'incS an oa , tempo de mí.nha atividade pedagógica, Eu re-
conheço quenao oonseguí exp or- essos pene arnen t oa de forma tal
que eles possam ser apanha do s sê.nerrt e em teoria. Aquilo que me
pareceu fácil e claro de demonstrar ou cxplicnr na aplicação
p r á t i ca , me C8US,U. dificuldades intransponíveis numa exposição
escrit8 0 Essas raz5es me impediram de publicar mais ced6 este.
trabalhe, s Cbreg .náat í.ca feminina. Contudc, nos úl tn mos anos,
recebi apr e c La ç óe e enco ra j ador as s óbr e os meus\princípffios •. De-
pois cresceu em 111i:mo. dese~o de ser uma ajuda e um 'ap ô í,c ~s jo-
vens professÓrns de gl1l8stlca,que trabalham para o progresso da
educação fÍ'sica feu1Ínina. Assim, não me quis furtar à redação
'd "s t e trabalho. '
( e
Bu me dirij o, em primeiro lugar, ~tsminhD.s alunas da
Finlttndia e' da Dinama~ca, que se interessam há muito, de uma má
n e Lr-a prática, pelas minhas id é Las , enlpregando-as. Espero que-
a que s qu~ m? lerem, tenha~
l.a Lndu a para C0111 Ct1;3 ;!}~'Oerfei -
l.gêncí

çoes que sao lnerentes 8 prlmelra parte dessa exposlçao.

Desejo agradecer aos meus jovens colegas de Hêlsing -


fors, que, d e di versa~ maneiras, f'a d, li taram o meu t.z-aba Lho- :Ss·
c Lar eç o ainda que tiA teorio. especializada da ginastico.ll do pro-=
fessor J a Lindhard, da Universi,dade 'de Copenhagen., scr-v í.u-me de
ap~io e fio condutor para redig:i,.r os princíp'ios expostos rie a ta
obra. Elli Bjorat0n.. " . .
\
Ketty Jentser, na ve~são francesa (1929) incluiu um
"Avant- Prepos", qu e merece ser conhecido pelos conc çt t os que
encerra e, sobretudo, pela síntese evolutiva qu.b nos apresenta
a respeito das id~ias daminantes na ~poca.
,
"Pierre- Henri ting fc.i , há mais d-@um século, o genJb
aI fuID.sdor da educação física ~aciohal. Esse homem, peota e
ginasta, trazia ~ c.rne go uma centelha
trou em oomunha o com as leis
í

da Natureza
divii •..", e c r í.ed or-a , Ele en
/
e c:s fez entrev.er a eeus
-
cont eJJ1por~neos. QU8nto mais s e e studa a vida de um g~nio, mais
se orrt ond e a imensidade de e eus hor í.scnt es G má í's se aprecia a
veneração que lhededicam os que são depositários de eua obra. A
.iuécia, e, especialmente o ãinstituto Real e Central de Ginástica
qe Estocolmo~ ao qual nos orgulhamoB de#pertencer, envolveu-a num
cu.Lt o à memória de Ling: diante dela se LncLí nam aqu ê.l e s qujo i
d ea L é .nâo apenas a educo.ção ~físico., mas a educ aç ào de um moéLo- _
geral.

Há um século que grandes educadores camo 'Rousseau,Pes-


·talozzi, Fvoebel 'e, mais modernamente, Maria Montessori ,Adolphe
Ferri~re, 'Ed.ruar-d Clapar~9-e" veem trazendo noções novas à .educa-
ção; naseeu então a escol~ ativa; umprofessor que deseje ser
um educodor não pode ignjrÓ-la.' Pessoo.l1!lente, tivemos o privil.§.
gio ã, ao mesmo tempo, a angustia de sentir, pouco a pouco, ama
grande desarmonia entre o ensino da educação fíei C8 tal como a
h8vío.mos praticado e,o elan vital que anima hoje em dia a psico-
logia da criança •. Não .querendo abandonar repentinam~nte urna ~
neira de pr-oc cd en que, sob certos aspectos, dera bom resultado,
insistimos durante anos no sis t.ema ahtigo. Estávamos entre dc í é

polos: de run lado ,satisfazer às leis da pedagogia funcional' e


deixar o. necessidade inato. de atividade ser exercida livreffient~
de out.r-o lado; limitar essa atividade física p.. ra evitar o iISU,E
menage" e discipliná-Ia do modo o. melhornr o e qu.í.Lfbr í.o das gra~
I
-42-
des funções físio16gic8S, de\onde o dever de lutar contra as
'illQS pos tur-a s esc()lares, as mal f;)rillaçÕes heredi t6ria s e corrí
gí-las na med da do p os s fv eL, Nessa, pesquis a Len ta , Jacques-
í

Dalcroze., o mágico, do ritmo, Baden Powe11, o geni8.1 cri aô or


do escotismo, o Dr. Paul G'Jà,in, professor de auxc Logí.a do };n§:'
titÚl.to J.J. Rouss eau , 'f í.xar-am suc'essiv81TIente 8 nGS28 at en ao ç

s6bre a importdnci8 do ritmo,.do j'jgo e sób r e o va Loz- r-e l a t í.v o


que tem o desenvolvimento do músculo 1 em ompnr-ação com o da
ê

mobilidade 'mormal dos diferentes segmentos articu18res.

Muito 88 tisfei tos fie amos quando enco n tramos uma so l.u '
ção para os problemas que nos preocupavam, nas ideias de EIII
Bjorsten, professora do Insti tuto de EduC8Ção Física ,- l:igado
à Universid&de de Helsingfors. Os dois volumes que ~la publi -'
CJU sÓbre a Ginástica Feminina; em 1918 e 1923 r s,ão animados 00
um sopro novo e, scgu i.nd o um curso de feria s dlrié;i do .peIa pro
fessÔra Bjorsten, tivemos ocasião de adrnirar sua furte porsona
lidade de educadora e Ldea'I Ls ta , -.

N8 r ec enít e evolução 'da educação física nos pa Ls e s os


c and í.na voa 6 como Lnovado r-a que aparece a figura de Elli Bjor~
ten. Outras figuras apareceram com, ideias novas, como Ellin
Falk, Niels Bukh e o maj.or Thulin, diretor do ~Sudsvenka Gym -
nast;ik Insti tute" o Todos eles s ~;Iirerar.1.a influ~ncia de El1i
Bljorsten, que tem uma m. Lma de a r t í.n t.a , feita para compreender
a de Ling, uma intelig~ncia yasta, feita para alcançar o grnn-
de ginasta. ~

, O primeiro volurne da Gin{stica FemínIna, expõe os


pont os de vi s t a de Elli Bjprsten, s '~bre fisi ologia t morfologia
estética e psicologia. O volwne segundo, a ser publicado, é a
aplicação prntica do outro, p8ra crianças de ,oito a doze anos.

Do ponto de vista da fisiologia Elli Bjorsten aban'"


~onou o empr~go preponderante da contraç5o est6tica. Ela apelou
p~;rª o nítmo e seu t:r-ab81ho ginásticotem um efei tifcirculat6rio
intenso. Nuo fOi,porém, posta de lado a contração e s t á t âc aj qu e
faz a educação da top.icidade muscular. "Um movimento é fei to
oem alma, quando,. e" executado _coma pLen tude de express80~ pr 6...•
í,

pria n todo ser pensamftell• "Uma boa 1iç50 de ginástica deve seXi
ccmo uma ~aleta; que possue c orrt anas de coloridos e r-eaum.Lr=ee :
num hino a vida".

Elli Bjorsten, iaealizD a giná~tica como um,esfÓrço


de d cn t ro para fera; ela p r-ocur a criar uma a tmos f ez-a es t í.mu.Lan
te, n~o 2pan8S por meio do ritmo, maS pela imagem. "Ningu6m~
r6, diz ela, a uma es tação sem um fim c orn o lJ.esmo s entiment o e;o1TI
que s4 va n ela para esperar uma pessoa ómi$a-. É pr-eci ao n80 .
í.

f'ne í.ar- a al.e gr-í.a , com movimentos comandados~ d-isciplina repre§.


aí.va , A alegria ó uma grande inspiraçora de ts:ü$t:jS leves,gra -
oã oacs , Como já diss-eram a graçá não ó urna ar ...
t-e, mas uma manei
ra de ser na t ur a L e nobre". "

A professera Bjorsten trata de modo caclareoedor e C!


tivante do sentido psicol:gico da educaçEo físlca~ Ningu~m,an ~
tes dela, tr8toudo 8SSuntO oom tanta autoridndeL convicção c
compct ênc La, Par-a concluir, diremos que a e.ducaçao física assim
cemEreendida +or-na-e e o c o.Labor-adora , no que diz respie to à ed!!
ca çac , dos out ras disciplinas. Ela deixou de ser apenas a ,"ne-
cessidade de ordem bí.o Lóg í.ca , mais ou 111ono[sabor r e cf da , s~bre 8
qual tÓda gen te fala, sem estar 'convencida' de sua impo.rtdncio..
Esta obra é ,po(Bs, paro. nós , uma contribuição admirável ao est~
do do problema complexo que nos prooCUPt e que ela ajudarÓ D.
ao Lucí o.nar , '
-~-43 -

,Para' t crnrí.nar , teL10S o prazer de exprimir o nosso re-


conheciillento àqueles que nos facilitaram o estudo da questão e
aos nossos a l.uncs , cujo en'tu s a smo, ocnf ançn o nlegrj_8~nos
í í de-
ram estínulo nesse trElbalho_" '

Bjo1'skti:SJ'.\, ' con aí.d or-a qu o a gin6stica femin:tj::éJ d ov o ser


em c crrt a fins f'Ls o.l ógí.coa , mor f oLógã c os , e a t é t íco s C'p3icologi-
í

cOSr ~os quais dedica 30 p~gina~,de sua ~bra. Ad0ta a seguinte


divi$ão por idade: 5 o. 8 anos; 8 a 11 a nos j 11 a 13 anos? perío
d o pub er-t ár-Lo e períOdO po s t-spub er-t ár-í o , Já em 1912, na Olimpl
[tda de Est',;colmo 9B.jor,Jtsten havia re31izéJ<3.0 com suas alunas ~ umã
demonstra çâo que impressi onou pro f'uncaniorrt e a quarrt cs D. assis ti
r-ara, A sua influência parece ter sido bem grande pr-í.nc pal.mon-' í

te s~bre Niels Bukh , que realiza .nag nãa t í.ca mas cu.Lí.na uoví.mon-
í

,to somelh8nte.
J2,cques DaLc r-oz e , professor de MúsicéJ do Cons erve trir-t.o
de Gc;nebra, que também ensinava a oLf e j o e estética,é o ideoliza
dor do siBteEla que se vu'Lgar í.acu aob 8 d onoraí.nacâo de Uginosti::
ca RítmicCl". 'Dalcro ze partiu a marcha come exercício
õ elbmentcr
e cr í.ou dep'Jis série de exercícios com os quuí.s objetivava deseg,
volver ((j) QpridOrClr o sentido aud i t v o de StJDS oLune e ,
í

, Assim, o que crIe donominou do rítmica era um co:ijjunto


de tni,s oxcr-c Ic í.c s , enc a.ra do s sob um ponto de vista par t í.c u'Laxt
o .s cn t Ldo musical.
Os fundillJentos ao sistema do Dalcroze podem ser nssim
resumidos.;

8)- Des cnv o'lv or- e aperfeiçoar o sistema nervoso E\ o ~


pare.lho muscular do téJl f ..)r1:12que isso pormi ta Criar uma "racrrt.a
lidéJde ritl11Ícn't, graças ~ cc Labor-aç âo intima do corpo e' do espI
ri to,' "a
ob D Lnf Luênc.í,a cons t an t o da música \I •

b,- EstDb8lecer r8l8.ç50.s .har-môní.oas 4ntre, DS movt men••..


tos cor-p cr a í.s., ddnamt.c emcn t c enlaçados G as pr~)pcrç3'es e dec-.J:m-
posiç5es diversas do "tempo·lt~ isto Ó, cri2r"0 sentido rítmlCQ
musí.c aL" .-

c)- P~r em relaçãc) I)S d.í.nem i.emos co r-por-ai.s matizados


no t onpo , com 8S dimensões e resistências do ·cspaçJ", pa r a ed]l
cor o "s on t í.do do r í.nmo mueí,c o-pq::ástic.) fi. '
, \

É Lmport.arrt e r-es sa Ltar que ê ae o aí c t cma, po'r conside-


l
rar fundmuentelmente o ,ritmo c a p Lás t í.c a , descuida-se dos dc - -----
ma i s spc c t >s não menos importantes.
â

Concluindo, a influência da rítmic'éJ de DaLcr-oz e aôb r e


a ginDsticr feminina foi cJnsidersvel, principalmente no Brasil,
dando :rigOl:l a criaçnodas ca e.í.r-a s de1igin6sticn
ô ,Rítmicni1 exis-
tente nas nesses escolas de :8ducaçno Física~
nu í.t o nen,)!" progcçã0 pcd er cuoe lembrar ainda Maja
C~;Tll
Oar-Lqu i s t , pa r a o qual 'JS moví.ment os d ov orfio ser oxccut aôos com
o mínimo esfÓrço, necesssrio a cnd8 urn deles; paréJ isso recomon
da W:18 "mc cân ca f'unc Lonrú " representada
í por um tipo de l110vimcg
to que, em lU:;2r do se Loc al Lzaz- em um grupo de dot or-m.í.nad o raú~
cu Lo , se pr opagu ao longo s cgmcrrto movido, C.)n10 uma "ond a" ,isto
Ó, a "extens80 do -t ro no o par-a trns, exccut ada por um r-emador (me
cân í.c a f'unc í.cno L) tem um c ar á t c i- *'ondulcll1tetl e não se perece eLl
nrda ao m~Mimonto rígido do gin6sta pri~ni t í.vo (mecânica o aquomá
tica j. No priúwiro tene.e-se a obter o melhor rondifRento CI)[,1o
mfrrí.uo d e o stõr c o , med i arrt e urna ef í.c a a distri bu.í.çfio do trabalho,
..
-4-4-

enquanto qu e , nJsegundo~, se t r-c t a de localizar "tudo" o esf~r-


ço no. nus cul.a tu rn andominal,~o' qu e v. na'tur-a Lmcrrt e , nâo contribui
para desenvolver a coordenaçno. ' ,
Em 1952, por Jcasi50 d)s Jogos 01!@pic2s de Helsinki.
realizou-se naeidade de Tempere, t amb ém na Finlti:ndia, o r CCJn-
, gresso da Liga .Irrt ernacional d e GinG~stica Modc rnu Pom.i n i.na , do
qua l, par-t Lcí'par-am , deni,;re outras r epr-osentantes: Medau' Sehule,
Bode Schule, Lohcland SChule, H.Webber,ale~11ãs;1\.gnet':te Bertrand,
dinrunarquesa; Hilma Jalkanen, Karina Kari, Berthn Reiko,finlán
desas; Margareth Frolich, austríca,etc. O objetivo dessas os"5o
Ia s é t ornar a gí nás t.í.ca feminina bem dis t í.nt a damasculina, exaX
tando\a gr-a ç a e 8 ha rracn í,a e a beleza do movf ccn t cs na mulher,
cujas condições de vida t cnd em-, cada vez mais, a prejudicn-lns.
Utilizando-se suàsi.d.iariamente do. nnísnc a como instrumento valiQ
so mas nso indispensávol e inspirnndo-so na dança 9 tais e s co Lae
r-ea Lí.zam mil c,dmirável trabalho de ritmo, graças à O'stética,em-
pr e s tando eco movimento uma expressão que terna oar-ac t or-t s ta.camon
tefeminin0. -
No corrente ano de 1953, tiVOEUS opJrtun:id. ndeíde as s í.s
tir, no Curso de l•. per f ei.ç oamen t o Técnico-Ped2tgúgiCJ, r ea Lí.aado
em Snntos, s ob o pa t r cc In o do Dep~rtarl1e,nto dd Educação Física
í

de 850 Paulo, 20 magnf'í co trnb8lho da Pr o f , M2rg8~otn Fr01ich,


pelo qual se evidencie o. v er-daü o rn na tur e aa do movimento que·
í

devera c ons t i tuir a base de t odo o trnQalhcJ gí né s t í.c o f emí.n.í.no,


Sent,imos, ma í.s do que nuno a , a razão que nos a ae í.s t í.a , quando,
unos 8trás, pr-o c ur-émo s cJ.emc:nstr8r que 'ttda ginásticn ó rítmica
e que não se p~deria justificar a existência, na Escola Nncí cnal.
([e Educaçã,:; Físico., de uma chamada cad eí.r-a de tlginástica rítr;1i-
C8 t.. Teda a moderna Eduoaçã:) Fís:ic a f'em Lní.na ~ s t ába aeaca nn scl
tura, no relnxamento, na flexibilid8de, ~0 molejo do corpo,na -
gra çu e suavidade do gesto e nn'expressno da fisiúnv~ia, trnd~
zindo o. v.erdadeira na tur eZ8 da mulher por intermédio do m ovl mon
,to. E, do. mc an a f crma que a gí nãe t í.ca d í.namar qu eea e o halterõ
filismo se apresentam ço mo cnritctürísticnment e pr6prL)s ao ho -.:
illeill; o. ginástica de Margareth F~oclioh é a úniC8 que pJderá nd~
qua r=-ee às exig~ncias'e pa r-t í.cu.Lcz-Ldad ee d:?, sexo fGll1inin'J,con-
tribuinto de f'o z-ma d ec i s Lva j pa r-a a exa Lt aç ao da beleza,graça e
auav dad e da rau.l.her , Por ocasião
í do rrr Congresso Mundial de Edu
cação Física,a q~e asmistimos no_corrente ano de 1953 em Istam=
\ bul,tivemos o ensejo de ver novamente o magnífico trabalho de
Margaret Frolich c om a sua equipe de elite, sem dúvida o mel.h er
ttabalho f~min1tlo . que já ví.mos,
j)- O Halterofilismo.
--'-""'"l) r.1oderno hal t ez-of i Lí emo enc0ntr!l a s sua s origens nos
aí s t ena a culturistas, c u jo s exercícios utilizavam a pnr al.ho a, É
um moví.uorrt o ho j e dí.fun.rí do pelo mundo inteiro e que no Brasil
vers conqu Ls t and o cada dia maior número de u dcp tos , Há a que Les
qUQ se c c Loc am c crrt ra o halterofi1ismo alegando SQr o mesmo an
ti-fisi:;l.Yóico o' Nado. maí.s er-ra do; os funda!~1Qntos sõbr-o os
qua s _ ha Lt er -,.ifilismc
í repousa são rigo rüS81~1Qn te fisi .jlógi C:J s.
O princípio tune.811lental está no c.~esenvclvinento do músculo pe-
lo. repetição da contração' muacu.Lar jó hn os que exager-am ê s s e
número 9 proyocando um desenvolvimento exc cpc cna L de certas
í pnr
tes do co r po , n ct adamerrte biceps, grandes dorsais, pcitorais,dcl.
, toides, etc • Osque pr a t í.cam o ha Ltercfilismo são denominado s hn1..
terofilistas e se dividem em dois grupos: seristas ou modelndorGE
e Lovarrt cr e s d e pc~so. Os pr í.ue í.r-ce , por raeio de séries de EEer-
cicios ndredcmente cscúlhidos, faz~n trabnlharcom intensidade
certos grupos muecu Lar-e s , procurando desenvolver a cerrtuâ damen t.e
o corpo por WJ1 conjunto 'deexercício~ analíticos, que lhes t.I~ncde-
18" o físico. Os Levan ta úor-oe do peso sfío a qu Le s que se prep3-
é

r am par-a a s cCE1petiç8es que objeti vam o Leva nt arcen t o do ma cr po í

so em cert8s posiç3es prc-doterm~nadas; as posições cl6spicQS -


-45- -,
\ r
sã~ It jetél1, Hdeve10j;rpe1l e "arra'Ç!né ." e a soma. de qut.Lo s ou li
bras' elos três Levan.t.ament oa d6 o resultado de cada co.ape ti !lror. J
\
Como o desenvolvimento muscUlar exige esforços cada
vez .raaí.s intensos, e, sendo os ha Lt.er-ea de outrora com pee o s fi
xos 1 issso só era possivel pelo aumon+o d o número de repetiçõo s
da c,.;ntroção muscular; mod ernamente, p r6m', c em ~s ha Lt eres, de
an í.Lha e é possível realizar séries cada Vez maã s intensas aumcn
tando nno'apenas o 'número de repeti'i:ões das oontraçõe-s como ain
0..:\, p.r ogr os s Lvamen t o , 0:eêiso do .upar e'Lho de f:JI'IllD.a exigir õ.sfõr.
ço maior em~~ada corrt r-açâ o,
\

o mín or o de livros e revistas sebre halterofilismo é


muito granel e e dentre os trabalhos mais vulgnri zado s está o c.e
Bob Hoffmo.n "How to b e strong, Healthy &,' Huppytl, vo Lume de 400
p8gina s. \ . (' " I

,Há que acrescentar ainda, den t.r-e -rau.lt ce outros, Iut:ds


os seóuintes: "How to ev eLop o. powerful chest",
ô de Chas 'J;'.,Tre'"
vor; "Trainging f::Jr &eat stron~th"e How to develop a powerful
a bd omem" do mesmo autor? e mui tas r-ev.í.stas como "Henlth and
strength", Lrig Lesa , "Strength and Hea.Lth", amerd cana s "Pôr ça e
Saúde;' brasileira ,etc. , .
Uma boa base de c.:mheeimentos de a na torní.a , fisiol,)gia e ci......
n.os.í.o Log La é indispensDvel pa ra :::'riento.r o hill terofilismo sem
trazer proj'n:(zos imediatos ou mcd.í.ato s à saúde dos praticantes.

2- A Educação Fisic8 no Brasil dur8nt e o Século XX


'a) ..• Situação.....§.E;terior .•.. 2: adoção? ao Mét8do FrD1lc~s. \

[po 1900.. a 1930 [,\ Ec:ucação Fisic a,no Brasil ae apresen


ta como em fase de transição pnra S6 organizar administrntivamen
te depois d~ste tino. . ~
-
\.. Assim [) 21 de dezembro de 1905,. o Dr. J ..:;rge de Mornis,
d opu.t ado p elo Estndo do ArIE. zona s , pr onunc La na C~mara, a fim de
justificar o pro j eto que apresentava, um menLT6ve1 dis CuI' sú, du-
rante o qual f'c bastante
í, a pa r-t.eúd o, Nesse discurso, çfaz a apu-
l)gia da Ec1ucaçno FíSica e,a seguir, tal qual fizera Rui Barbosa
em 1882, demon atrr-a : a si tU8.Ç8Ç)em que ela se enc .n t rava nos Esta,- .
dos Unidos e na Eúfopa, exibindo farta,variada e interessante
do cumerrt aç âo , O proóeto que apr-e serrt ou foi· o seguinte:

"O Congresso
, Nacional resolve:
,
.
Aftt. lº)- Ficam cr-La d; s duas es co Laa de EUucaçã0 lf'ísi.
ca , sendo uma militar e ou tr a C~· vil. I

/
'-
A
_ § 1º- Para a instalação da primeira, fica o governo
autorizado a ccmf.s s c.nar ofie i&i s d'e terra
í e mar, para estud.a- ,.
r-em na Europa e America do Norl!:ie o que exis te demelhor na esp~
c í.e , .:

- § 2º- Qunnto à escola cí v í.L, pod erá igualmente ccmí.s


s onar- pe aso a l, ide,neo ou co nt r-a tã-d o imediatamente.'
í

Art. 2Q)- FlC~O podór executivo autcrtznJo a adqui-


rir. terrenJs Rara que a moc da d e das esc oLas supe ri ur e s possa,
í,

.....em espaços/apropriodos ,dnr-se-á pr6ticél dos jogos ao ar ' liv:c:c~'


I! .

./
l
-46-
/ Art. 32)- O go~~rno dever6 instituir desde já a práti
ca da ginástica sue ca e jegos 0.0 a r- livre,u)s seguin'tes esto.be
lecimentos: Ginásio Naci ona 1 , Co Lég í.o Mili tnr e Esc;,/l'8. de ,Apre!,!
dizes de Marinheir::.s.
I
Sala de Sessões~ 21 de setembro de 1905.
o).. J')rge dt) Morei s, "o
Este projeto mereceu par ec er favürá;í'ol do relator da
Comis'são de Instrução públic8, Dr. Afonso C0Sto., deputado pelo
Estado de PornaDlbuco, do qual c:estc:camJS os seguintes trechos,
<pc no.s parecem os ma.i s Lnt cr easan t.es s . "
, . - - I·· -
"As vontagens da Educ8ça~ F1s1ca nao se contestam ho-
je, e os que acreditam e pensam que esta cducaçâ o nâo tem put.r o
objetivo senão criar muscu'Latirr-a e :fortalecer a parte irJ.pensan-
te de nos aa natureza, não c.mh ec en , de' c er t c , os progressos qu~
t em feito o. f aí ol ogf.a , no V8StO e r-Lqu ss Imc vcempo (.~a e cuc a çâo
í í

da juv enüuô e ,

N88 há c~esenv~lvimento intelectual perfeito, boa pe'r-


cepçno, inteligêncin clura e 1~cid8, ~c não sio per~oitos,for-
tes e equilibrados os~rg8'os que a sc'rvem, por qu e o córebro,ór
- g50 do pons amcrrt o, reflete a energia ou 8. debilicJ.8de de todo õ
cr-gan í.srao , Qüerer e epa ra r a Educação F:Csica da intelectual é
um cr r o , as •• ),.
vez I!!.
es, de graves e ons equ enc DStAl.
18S1 "'" e s sao pr1nc1-,
pios incontáveis ••

QUélútOS pedago gí.e ta s e fi siol\Jg;1.stas têm estudado essa


qu~stão são acordes em reconhecer a influencio. podcros2 da Edu-
c8ção Física s~bre a inteligência, sdbre-o caráter~ s~bre a ~o
ral. E a ped8gogia científica - 'Se tal nome lhe. cabe - ainda -
err ví.a ' d G f'o rma çâo e onde tantas sno as questões e ontroversas
~ unânime nesse porrt o, \ /

;A. Educação Físiça deve ,c meçar na escJla primária,tomar


o or-gants mo a í.nd a tenro, massas p18stic-§s a t.õd a s as iÚlpressues,
paria revigorá-lo e de s env cLv ê-d.o t ser continuada nu ginásio,ucoú
pal1hanclo o es tudan t e no curso secundário, para não ser abundaua;:
da dur ant e I o pc r f' cd' c do s os tud os , na s a.cademias. e na s un ív or-sí.a
dades.
\ ~ tristissimo, di rm.1vS, nós, sermos Um povo era forma :-
ção Que não tem por enquan t o a c errt ua do s traços fisicos de SUE!rQ
ç8, debilitada e enf'na qucct dc , SJb um cLí.ua ene r-vand e e estarmos
ainda tão atrazados em mstéria de Educação Fisica, enquecidos
trjdos'. nó'S elo que Cb d es envo lv Lment 8 cor-por-al , obtido pelos 'j ogos
e pelos exercícios gin6sticos, convenientemente lllinistrac1os,tan
to dep en.c em o vigor, a beleza e 8 própria intelig~l1cia. -;

~ •• o não sendo cbrigot~ria a ginástica, o :profess~r não


reune -em tjrno desi "ma í.s de me.í.a dúzi,a de alunos, t'Jrnando-se
comum ver ariun cil.ar , COr:lO vantangem 'de o er t ;e cblégios' particula-
res - o s er cm ;)S d.i s é puLcs dispe:úsados 'da Ginástica.
í '

li utiliâade do proj~to.não c az e ce mai s d ed omonst r-aç âo ,


No e'stud o rrt ua L dac i ên cd a de educação o desenvolvimento fisico
da mocí.dad e se nos impõe como questão ela máx ma importtlncin .pois
í

~ disso que depende o vigor., a energia e a beleza de nossa ra-


ça e1. oní grande parte, o futuro do nos s o pais o om o naçfio forte,
respeitada e feliz". .

'" ,Erllbora apr.ovado , jamais foi ~:3te .projeto p1f3\to em e-


xecuçao, sendo interessante, nssinalnrque s6 em 1939, se ccn·
cretizou o' ic~eal cem que Ja!"ge de Morais aonha ra umquar to de sé
culo nnte.s.
\ /
i ,
-47-
A 5 de abril de 1906, é criada Uma cadeira de Educaçã.
l!'ísica, anexa à Diretoria Gera L de Instrução P~blica d-o Estad.~
do Amazonas, sendo governador Ant~n.o Co~tantino Nery.
•••• 4'" ,

No ano seguinte, a Missão FFancBsa, contratada ;eara minis


trar ülstrução militar à F~rça Pública do Estado de Sao Paulo,-
funda n~ referida milícia, uma Sala deArmas, destinada ao ensi-
no e pr-á t í.c a da esgrima t origem da Esc ol.a de Educação Fúüca
da Fôrça Pólicial do E~tado d~ são Paulo, o mais antigo estabe-
lecimento e s pec.i a Li.z ado" de, todo o Brasil. Em 1909, cria-se a
Escola em aprêço, que , então; forma' ospx:iJneiro8 "mestres de gi
n,ásticalf e 'mestres da. esgrima", os qua s , por sua vez, divulga.
í

ram n/as fileiras da FÓrça e mesmo no meio civil a práticá do me


todo sueco, então adotado, e a Slá esgrima,nessa 6poca,incipieE;
te naquele Estadoo
ltm ,1915, Manuel de Bonfim pub'l t.ca "Lições de "'edagogi9,'I
livro importanlkíssimo para a época, cuj o cap f t uho V é dedicado' '

à Cultura Física.EJ::l.treOutras
,
coisas afirma o autor:
I
'
,

liA educação motora ou ginástica, c mpreende os exer-


cícios met6dicos necess~rios e pr6prios para desenvolver e apu-
rar as energias do~organismo.
I

Essa expressão ~ ,educação ID9tora - tem a vantagem de


indicar desde logo que os exeroicios de ginástica educati va v,i-
sam diret~lente, não sômente aos órgãos musculares, mais a todo
o conjunto do aparelho mot orda vida O- e ;relação, compreendidos'
( aí, todos ,õs 6rgãos de inervação, e a' todas os' centros superioes
de eoor-d cnação dos movimentos. A Educação Física positiva diri-'
ge..:.se por igual a todos ~sseG ór"'aos' é ativida'des,forInan.do o que
se poderia chamar a boa 'escola dos movimentos e do trabalho mus
cular. Co~rige-se, assim, a nação estretia e falha- de q,ue'a -
ginástica tem por fim exercitar e educar os músculos tão s õmerrt e ,
A ês e e respei to, :como e à.ucação tem muí.t o mais importância, o que '
se· obtem com a gLnástica s ôb r e q sistema nervodo do ~ue o sim ~
p Les desenvolvimento muscular. Para a boa comp:reensao ã~ss,e po.§.
tulado, convém definir explícitamente o objetiv~ da educação gi-
nástica fi.
I
A 10 de janElirot de 1922, o Ministro da Guerra baixa
uma por taria criando o Centro 11ili tar de Educaç ã,.:zFísic a, cu ja
f'LnaLl du de estava espeoifics.da 1'!9 art.\ lº: 110 Oet-..:troMilit ar de
Educação Física destina-se a ~irigir, cODrdenar e difundir O nQ
vo mét9do de educação fis,ic a mi'lit ar e suá3 aplica ções desporti-
va s "; As circunstâncias ,entretanto, não penni tiram,ape\sar da
máxima boa vontade de t odos , inclusi ve do Ministro Pand\Lá Oa16
'geras que o centro se instalasse, o que s6 veio a ser f~ito mãis
tarde, q,uapdo entrou em funcionamento o Curso Provis6rio de Ed~
cação Física. Ainda em 1922, o tenenté João Barbosa Leite pas-
sa a servir como instrutor de educação físicana Esola de Sargeg
tos de Infantaria, tenCb por auxiliar o tenente Jair Ian ta s Ri-
bei r'o , ~Ministrou-se então, pela primeira vez no Brasil, Ed~ca -
ção Física com exercí.ciss I sis temati zaúos , de cn ja. ,prática f'oram
send~ colhidas observaço~s e dados para estudo. ,

-No Distrito Federal,em :1,925, o Professor OJ-iveira Gomes


e 12 outros prof,essÓrc-s trabalham como or í.en't ado.rea de' tÔdas
as escolas públicas d_e cada' distri to escolar. Foi- ~sse um tr§
'talho que apresentou bom rendimento e muito contrib.ui pfl1j!a qu~
a Educação Física nas escolas primária S ohed eo es s e a orientaçao ~
mais racional.

,o Dr. Jorge de Morais,. a 30 de junho de 192ij,pronun'


cia na Cc1mara dos Deputados 'um discurso notável, voltando a tT2:,
-48-
.
tar do mesmo assunto, que ventilara em 1905, começando assim:

t1Sr. Presidente: Há longos anos agitei, no seio do Con-.


gresso Nacional, vários aspectos do problema' elo qual d ec or-r-es L«
nexorávelmente, o futuro e efioiênoia ~a nossa nacionailiida~
d€, vi sto que diz de por-to com o estereoma fundamen ta'l d e seu
povo, qual a energia física e menteil do homem".
\ I

O discurso estámui to bem fundamentado e o autor de-


monstra grsnde segurança no assunyo, descendo a·detalhes de
técnica. Baseàa-se 8m Démeny, nessa 6poca em grande cvidgncia,
e também em Tissiê. Anatematiza o futebol, que então grassava
como verdadeira epidffiuia e que já merecera críticas anteriores
deFernando de Azevedo e Oarlos Sussekind deMendoça u.t Lí eando í

irnagensindirotas: "Enquanto na educação raoional e analtti-


ca todos se oxercitam, jovens, velhos, mulhe.res,homens,crianças
I no esporte,tal como acontece, vê-se enorme estádio onde dois
grupos,no máximo de 11 indívíduos, se exercitam e 10.000 olham
e torcem, como se olhar e torcer por tal ou .qual cÓr de clube'
constituísse exercício físico e a raça pudesse daí se beneficiar'
,/ E desta forma conclui o s eu discurso': "Sr. - Presi-

dent e, s e em outra opcr tunã, a d e , recordei o que Herodoto decan-
tava sóbre os jOnios que pa~eciam imort2is e viviam ew uma eter
na primavera. de beleza juvenil: agora exteriorizo ardentes vo=
to s »ara que os prec ei tos por mim apontados, se· transformem em
leis no Brasil, que só assim poderá ser eficiente na pa3, fazen
do de t'Ôd:os os brasileiros, indtviduos ativos,fortes,seja qual-
for a profissão que adotarem e que, na guerra, em hora angusti.2,
sa que possa v í.r , sejam invencí~eis defensqres do nossopa trim6-
nio". .

~ Nesse mesmo ano de1927, a Escola de preparação de mo


nitores mªntida pela Liga de Esportes da Marinha, diploma, em
dezembro ,a sua primeira turma de monitores, cujo curso fOra de
dois anos. .,

A Reforma Fernando de Azevedo, em 1928, que r-congarrí ...•


zou o ensino primário, normal e profissional no Distrito Federal
estabeleceu qUe nos estabelecimentos de ensino seria mini~trada
em caráter obrigat6rio a Educação Física a todos os alunos. Es-
poc.ific8va ainda que a Educação Físic a aplicada à mulher, seria
conformada 80 seu sexo e ~s suas condições pecu I í.az-e s , Pr ev Ia a
, criação do u.ua Escola Profissional de Educação Física, destinada
a pEEparar e a solsciohar professOres de Educação Física para os
estabelecimentrn de, ensino do Distrito Ped er-aL, E, utópicamento
prescrevia no a r t , 631: "Nenhum pródio escolar. será" cons truído
sem sue compreenda pá't o de recreio
í d de exercíci os físic~s, pa-
vil~ao coberto para ginástica, ce 12,metros por 24,no mínimo~u-
ma piscina .ou banheiros e oficinas de pequenas Lndu.s t.r-La e :n.,
- I

Se ~sse decreto tivesse sido pesto em execução na tota


lidade de seus artgos, o desenvolvimento da Educação Física no -
Distrito 1tederal poderia ser comparada, atualmente, ao das cid!!
des em que se 4ncontra mai~ adiantada. Infelizmente, êle teve
o mesmo destino qa' proposta de Rui Barbosa, em 1882,0 do proje-
to de Jorge de.Morais, em 1905.
E$ 1999, tendo como baluartes o t-enente Inácio de Frei
tas Rol.í.m , e o Dr, Virgílio Alves Bastos, entra em funcionamentb
o Curso Provisório de Educação Física, calcado nos moldes do Cen
tro Militar de Educação Física a que a Portaria Ministerial de~
1v de janeiro, de 1922,' aludia. Matriculam .....
se no meSIDO, al ém
dos oficiais. designados, inúmeros professeres públicos primárichs
para cuja matrícula, o Sr. Fernando de Azevedo ccnc der'a tOd,51s as
I
. "
-49-
facilidades. EssaprimC1:ra turma estava int agrada por oito
primeiros tenentes, dois primeiros tenentes m6dicos 1 v-inte
professdre&civis e sessenta monitores.
N\esse ano ;o General Nestor Seze--"t'edo
dos Passos subme-
te ao es~udo da Comissão de Educação Flsica um ante-projeto de
lei, cujos dois pr~meiros artigos estavam assim redigidos:
IlA!-t.lQ- A Educação Física déte ser praticada por to
dos os residentes no Brasil. Ela é obrigatória em todos os es
tabelecimentos de ensino f ederaLs , municpa is e particulares, ã,
partir da idade de seis éiilnos,pa ra ambos os. sexos.

~ lQ- Para os do sexo masé'ulino, dté a idade de sua in


corporação nas ferças armadas. ~
~2 Q- Para· os do.sexo feminino, ma tri cu.l.a dros nas e aóo
Las primárias e secundárias e nas escolas pr-of'Le sã cnaLs até a-
idade de vinte e um anos.

,- ;11 Art. 2Q~ O ensino da Educação Física será fiscalizado


p e1a Uru.ao
,

ant<;-projeto mereceu uma grande crítica por }:e!


. ' Esse ....
tç da Associaçao Brasileira de Educação, que a respeito emitiu
um parecer bastante longo, analisando !Iasfalhas do ante-nroje
to" e apresentando, nas suas cJnLlusõcs~ medidas sulvstitutivas.
. Em sua mensagem ~o Congresso Nac cna L, na .aber-tuza da í

Pr-í me.l ra sessão da Décima Quarta l!êgishltura, o Presidente Was--


hington Luiz, após estudar longamente a situação no território
nacional, conclui pela necessidade da 110brigatoriedadG dos eXGr
cíci os físi co s metódicos, desde a escola primária tf. -

-
Três métouos lut~vam pela hegemonia na Educação Físi-
ca em nosso país;.:8 sue co , adotd~ em muitos co Le g.í os , o calisté
n ice vigen te nas ACM e em a Lguna edu..c811Ci&r1oa
-, e • a l, e:m5o domi
nante no Exéroito. Mesmo depois da adoção oficial do M6todo -
Francês, outras formas de trabalho ainda resistiram,_ sobretudo
a, Calistenia. Em 1940, publicamos um opúsculo sob. título JlE
duc ação Fí sica - Esta tís ti oa" , do qual extraimoses dados pa::
ra a or~2nizaçio do pre~enLe quadro, bastante objetivo,referen
te aos 1;1étodosadotados nos estabelecimentos de ensino secund!
rio:

_
I
•... .,.."-.,,...,..-~,..
,
M:étodes
Francês
.-...-.....•~
- ~
1938
154
1939
442
Sueco 32 ....,

Alemao i 18 ~~
t=Diversos l . ±.~ 25
__ Sem ,e~~e:c:C([caçãe1 . 25 ~ 25
1
.
Soma T"
. 275 I
585
De 1930 a 1944, o Método Franc~s do~in.u completa -
mente em todas a.s,possas insti tuições relacionadas coma Educa-
ção Física, exc~Qao das A.C.M.que, seguindo orientação norte
americana, continuam adotando a Calistenia~
b)- O Papel dê Método Francêe na cultura nacional
Duranto os anos de 1930 Q 1945, periódo caracteristic~
mente ditatorial, õ Método Franc~s foi imposto de forma obriba~
ria e única a todos os 'estabelecimentos de ensino ,inclusive as
J
-50-
cola s de Educação Fis ica J .r-espons~vei.s pela formação do pe ssoal
. especial-i~ado ~ ; Des.te lnodo 1 G·erações sue essi va e de. profe sseres
de Edueaçao Fl$'lca foram formados eEclus:lvamente dentro do M~-
to<10 Franc ês , ignorando, por completo, t ô da e qua Lqaer- oút r-e .
pz-oceae c de trabalho • ..LJnquanto isto, os programas vigentes nos
estabelecimentos de ensino, quer ci vrs, quer militares, eram es
tritament'e baseados ne .Método Franc~s. As instalações e mate ::
rio.l para as sessões de Educação Física eram os requeridos pe
10 Método Franc ~s; a nQssa industria ee pe cd.aâ.oz ou-ee e na ia bricã '
ç ão de aparelhos para o Método Franc ~s,. tal como ooorre na Sué=
oí.a , onde a industria está mobilizada para a a t m der às exi-
gências do sistema súeco. E, a~sp'oucos, tÓda~ as carac±eristi
cas do Método Franc~s se foram incorporando às manif4stações de
nossa cultura especializada. ~ Eduçação Física Infantil, como
trabalho de D. Guiomar Meirelles Becker, aGinástica R:ttmica,co-
mo o livro da Prof. Lya Bastt.an IvIeyer, a Gipástica Acrobática,
como o manual da Escola d e Educação Física do Exército, tudo "
tu 10 foi enquadrado nas regras e. princípios estabele cidos pelo
MétodO Franc@s. Mesmo depois de 1945, ap6s tentativas isoladas
'para, no meio militar ou civil; serem modificadas as formas de .
trabalho físico por 11;6s. usadas, o "Método Fra,nc ~s, já arraigado
à nos sa cultura, resi'btiu, como r,esistirá sempre aos esforços
feitos para substituí-lo~
, O Método Pr-anc ê s está defini tivament e inc-orporado à·
cultura na6ional~

c)- Tend~~ci~s atuais -


A Educação Física no Brasil está atualmente sob as se
gud.n t ee Lnf'Luêncâ s s , das qua s resultam as t end ênc í.ae daquelas-
í

que a orientam: I
. '

,-----
1- f'r-anc e se.j .
. ' \
2- sueca;
3-americanao
-
A inf+uê~cia .~rancesa se traduz p~la adoQã~ do Mútod?
Fran.cês de Jo+nvl.lle-le-Pont, em ~randesJ proporçoes e pe-la SlIn
r-
patia que alguns de nossos 1í deres manlfestam pelo Moderno Me-
todo Pr-anc s , do. Instituto
ê Natd ona L de Esportes, do qual o Pr o.r,
:Distello foi, em. 1952, '0 grande propagandista, no curso promovi:
do po'Lo Departamento de Educação Fisica do Estado de são Palll07
na cidade dcSantos •
•...
A influencia su~ca, maior justancnte no Estado de São
Pa.i.Lo , encontra -suas r-aa ze s nos cursos ministrados 'pelo Prof.
Johanson nos anos ~e 1951 e 1952, já em Santos, já em ou-
tras diferentes cidades do pais, inclusive no Rio. " ",
• - ,..., _ - " A. - ..4'1"

A dificuldade uiaior para 'a difusÉio do .s s t ema sueco está na falta í

de' aparelhos, pois a nos sa Lnduat r í.a não possui nem matéria pri.,..
ma. nem operáriOS qua'lificados para a. suá fabricação;
" . .
\ A influência
/
ameri cana tem tr~s 'suportes; a caliste •..
nía, vigente ainda nas A. C. 1'.1. e na Marinha; a ginástica acrobá-
tica, de grande aceitação na AeroaQutica e no Exército; a, fi~
na Irnen t e , a r-ccr eaçâo em aparelhos coma multiplicação de Hplay
ground8" e~pa r quee infantis, principalmente em. são Paulo, Distri
to Federal e Rio Grandd do Sul.

A Na Educação Física feminina es\am~s certos de 'que


a influencia de Margareth Rro1i ch se vai fazer e errt ir fortemen
te nos pr6ximos anos.
-51...
d)-O Eroblema daRe9rea~ão-
A palavra !scre,,!:,Ç,Qo provém do latim (recreati~ ,re-
creationem) e significa vulgarmente o mesmo que recreio(diver-
timento, entretenimento). '
/

Poderemos concei tUZU1'recreação como a a t í.ví.d ado físi


ca ou mental a que o indivíduo é naturalmente Lmpe Lí.d o para sã
tisfazer às necessidades físicas, psíquicas, 014 sociais~ ativI
da de essa cuja realizáção lp:e proporciona prazer.' --

Duas são as formas de recreação: passiva e ativao Na


prime ira desempenhamo s o "papel de e:spectc.:!dores como a cont ec e
quan do assistimos a uma partida de futebol, a uma peça t.en t r-a L
ou a um filme·cinematográfico. No aegurido asp-ecto a nossa ati
vidade poderá ser preponderant~mete mental, como no X8drez,nas
palavras cruzadas e demaisjogps intelectuais ou preponderant~
mente físio2 como ocorre nos chamadod .jogos motores, nos dee
portos, ot c.,

b conceito moderno de reoreação tem um conteúdo socio


16gico que não pode ser desconhecido. NoS paí~es em que o pro-
blema foi suscitado" a recreação suz-go com uni. s cnt ido novo, ver-
dadeiramente social. Assim, Recreation e Leisur.e nos Estados
UJ;lidos, Freizeti e Erholung na Alemanha, Loisirs na França,Do
poLavor o na r€'Jlia aa o pailiavras Lnpr-egna dàs de um sentido sõi
cial. Integradú na recreação, assume a educação física 'um nQ
vo sentido'; mais ampLo , mai s agrad~vel, mais posi ti vo , contri-
buindo para tornar o povo un í.s feliz.

Na recreação de natureza física,.> agent'8 nbo se preo


cupa apenas em satisfazer ~s necessidades puramente físicas,cõn
templando também as de ordem psíquica e social. ~

Os jogos e os desJ?ortos, devidamente orientados,o.sti


mulam e desenvolvem o espírito de cooperaç50 o ajustam o indi-
víduo ao s padr0es de cultura. Diz 'o Dr , Nicanor Miranda, dire-
. tor por muitos anos da Divisão de Educaç áo e Recr.cio do ·Depar-
tamento de Cu.L t ur'a de são Paulo" idealizador dos Olub os de .Me-
nores OperáriOS e Clubes Moças Operárias da Capital paulista:
\
HÉsse trabalho da conformização ou ajustamento tem si
do considerado nos Estados Unidos, mormemto,em·c~rtas ~onas ou
distritos de cidades industriais conhecidos pele nomode lI~nu.ns,
isto é, bairros pobres, miEoráveis, pois aí ~ que se formam ns
bandos (Gangs), aí ó que brota a dolinqu~ncia infantil. e juvenil
aí é que proliferam os criminmsos àdultos. .
\

~ finalidade social da re~reação não era reconhecida


ànti'fuamente~ Há um s6culo , os parques. eram construidos e in,ê.
t a Ladcs com. c \i:nic.o -,bjetivQ,' d e embeLez.ar; , a cidade
-Ó». • Era
uma conc epçã o urbanística, inci pient e e pri 1111ti va , O urbanismo
social moderno caracteriza-se pel~ adaptação do meio ambiB~to
às necessidades do homem. E não se poderá ncgar~ em sá cons -
ci~ncia~ que os lazeres e a recreação ocupam também o SGU pes-
to importante no quadro das necessidades vi tais <10 homem; Os
parques ae outrora não t í.ngam eupo r-í.nt ôn.dencí.a nem serviço or-.
gan i.za do~ mcs apenas vigilância policial. À supre-ss80 d'es t a e
a cr í.açâo de serviços que promovom e estimulem facilidades e Ilil..§.
iQs para uma vida mais intensa da comunidader durante as horas
de lazer, começou por trans~ormar e revolucionar as velhas con-
cepções exclusivamente urbanísticas. _
- \

Embelecer a cidade, adornando-a com jardins, praças,


parques, a~enidas~'com canteiros, viadutos, túneis, 6, sem dú-
Vida, uma a t r bua câo capital
í para as administraç õesdos municl,
'-52-
pios. Uma Bela ci~ade deve ter segund0 palavras de Ne~eyert
"harmonia, aí.me t r í.a , equilíbrio e atração na sua estrutura fí_
s ca ; ...,masjamais poderá ser r-cal.merrte bela sem a s hanlloniosas
í

rSlaÇoes /que devem existir entre os comppnenbe s (de sua popu.La


çaoe ale~ria e fel· cidades insuperáveis para o fortalecimento
das J:'elaç,oes humanas, para amizades nobres e alegre companhei-
rismo". -

. A recreaç~o tem responsabilidadQ na formação e no en


rique~bnento da persona~idade humana, agindo eficientemente nã
vida cooperativa ,do grupo e ajudando a criar ,uma ord~ socia~
plena de recreação comun.í a L, enriquecendo a vi da e são ess en ...
ciais para a tranquilidade, a ordem e a segurança
sao .os gr~n d es VéU..,., ores s oca. aa. s da recroaçao.."
N
social. Estes

'CI~ro Q translúdido se apresenta a panorama da recrea


ção nos Est3dos Unidos desde, o comêço do século XX.. " -
Os parques de jogos que antigamente não passavam de simples á-
reas arborizadas, com aparelhos instaldos pelo campo, que não
mantinham serviço organizado, transformàram-se em uma vasta ré
de de centros de recreação, Em muitos 'd8Ies, artísticas paisa
géns e preciososrecanto~, juntamente com um equipamento comple
t o , possibilitaram a execução de um ex'ton ao programa de a ti vida
des cul tura~s 1 próprias o 't da s as idAdes e aambo s os s'exce , X
ô

administraçao dos serviços começou a ser feita em moldes absolu


" tamente democráticos, custeando-se com impostos teclas as despe~
sas. As escolas e instituiçõós outras incluíram os jogos moto
r'e s no seu programa. .Imímc.re s íJOlJortes oón t.í.nuar am a s erpratí
ca doe , tornando-se alguns extremamente populares.6 novrmerrtc s~
difundiu por todo o pais, nos centros iud us tz-Laí.s ,nas grandes
Cidades e na zona rural, circunstância que merece consideração
e análise. E a ssim foi qu e , compar-ado com o de outros país es
- adiantados, o movimento da recreação nos Est8dos Uniaos se tor
nou algo realmente espantoso." (t1A Educação Física nos Estados
',Unidos" in Harmonia entre o ccppo f; o espíri to).
I A de'l Lnquên c.í.a 'juvenil result a em grande e e ca
I a do "uso impróprio das horas de Laz er-!", A Play-Ground and Re
crention Association of Aroerica coligiu. em vár ía s partes do pá
is e públicou grande número de pareceres de juizes demenores,.2.
ficiais de menor-es , aoc í.ó Lcg i s e educadores, os <pais provam ca.UWl
a recreaçno convenientemente dirigida reduziu a delinquência de
25% a 75% em regiões onde era elevada apereéntagem de delin
quência 11 ~

Não será, por ventura, ~ste resuliqdo bastante anim~


dor? /'

Por que não orientarmos,científicamente,as horas de


"Laz er' das crianças e dos jovens, de .nodo a delas tir,ar proveito.

Afirma Leonidio .Ribeiro que liA primeira estatística


feita no Brasil, ent r e ~uinhentas crianças abandonadas e crimí
n asas, demonstrou
,
que"1- riao havia entre ol8:s uma únioa que esti-
vesse absolutamente satapresentando cada qual, pelo menos duas
doenças geralmente graves, oapazes de por sí s6s, comprometer
seu desengolvimento fisi'co e mental" •

. Nicanor Miranda possui um exoelente t r aba'Lho sob 0..-


título iJIÜrigeme propagação dos parques infantis e parques de
.joGos" ~ em que, após erudito. dissertação,evidencia. quo a origem
dos Kindcrga,!3rten (jard1hns, da infê1ncia) e do s parques' infantis
é a mesma; ambos-traduzem a Lnsp Lra çâo ~admirável de F::coebel e
tanto uns como os outros têm nos jogos a sua atividades máxima.
O movimento a fav6r' dos pa r qu'es infantis nasce na Alemanha ,após
I
-53-
a guerra franco-prussian,a, -de onde se estende; Inglaterra e
passa à Dinamarca. Os primeiros paz-que s infantis surgiram no
século passado,em Dusselmorf, nonn, Witten, Bremen e no Paruqe
de T~eptow doBe rlim.
.
O-s parqu~s infan tis surge~ -x:-os Estados Un~dos, em 18859
graças à Dr. Mar-Le Lakerzewska, méd í.ca nor t e--umer-Lcana , que, ten
do visitado a Alemanha, se impressionou tão fortemente que su=
geriu, em seu regresso a construç50 de uma grande caixa de are
La j em um dos jo.rdins pú.blicos deBoston, a fim de que pudessem-.
as crianças.brincar. No ano seguinte, 1886, já havia tr~s par
ques nos Estados Unidos. -

Nicanor Mir8nda, o grande entusiasta do movimento dos


parques infantís, em são Paulo~ assim se refere ~ finalidade de
~ais parques:

"Os pa r qu ea infantís de são Paulo podem s e.r clefirtidos


como logradouros públicos nnde, pela recreação e pelo, jdgo org~
niza_do, s e procura educar a criança, ministrando-lhe simultdne!!
mente tdda a assistência necess8ria~ A tríplice finalidade que
lhes é a tri buída decorre da s n ec es sidades mais Lmcdàato s da
criança proletári8,pau1istana. Nada de que mais careça n crin!1
ç a brasileira, que vi va nas grande.s v c dad e s. como Rio, são Paulo
í

parto Alegre, Belo Horizonte, ou Rec.i.f e , quer vívance subúrbios


nos parques municipais ou n8 zona rural o problema aind2 mais
se agrava, pois é doloroso' oonstatar a precariedade db meios,
hábi.tos e costúmes das crianças que aí' hélbitam".

O papel que .os parques e centros de recreação dese!!!


nenham no sistema educ2cional. é dos mais importan~es. 'Nêles as
órianças e adolescentes encontram opo~tunWades nno apenas para
desenvolver o cDrpo, mas também para aumentar o seumundo psíqui
00, o.dquirir .hábitos sadios, formar a indi apena áv e.L persona lid~
de .. Vivem constituindo uma pequena comun.ida de com seus proble-
ç

mas, suas instituições, suas dificuldades e suas alogrias.PosB


suem o s eu clube para o 'qual elegem os respectivos diretores ,re~
lizam sessões de dirotoria e a t'6 lavram a s atas das mesmas. Or-
ganizam 8S suas caixas ou, bancos, f;j,.nanciando dcterminttdos em -
prBendiIDí.Bntos o discutem os' p.ro bl.emas econôraí.c os que os assobe.!:
bam, Di.apô em de horta cu adosament e tratada,
í, cujo produto c cn
tribui para a sua a12mentação. Roalizam excursões e visitas a -
outras parques e centros, competições diversas, humayida so -
c i a L bastante ativa. O teatro existente aus cd t a j d eaenvc Lve. e
aprimora os dotes artísticos de -grande número de criança.s-,res-:
saltando-,lhes fielmente a sua personalidade; com sua indument.i1
ria característica , vivem fieltúen te os pe r so na gens que desempe
n ham, emprestando entusiasmo e dedicação ao papel quelhes cabe.
o prof. M<:moellVIonteiro Soares publicou na "Revista Bra
sileira de Educação Física~t (nQ 48) um-estudo aô br-e parque de-
recreação', que julgamos -bastante oportundo transcrever paroial
mm~: '
. I
"Os princ Lpaí.e ob je ti vos e, finalidad ee dos. par qu es
de recreio , que são tã'o importantes na vida das cidades moder-
nas, assim . se nrrazoam:-

a)- promover, controlar e regular o emprêgo s(4údável


das horas de· lazer em atividades sadias da vida física e recre§
tiva ;

b)- por interlnédio das atividades Lúd.í.c as j ogo s e des


j

portos, proporcionar 'uma ação educati va ,efiEaz; contribuindo P:ê:


ra o desenvolvimento do. c ar-á t er , na aquisição de bons hábitos,
atitudes e reações ê~dias;
c)- promover o concf c í.o de crianças de t&das as elas
soe sociais; a!raindo, principalmente, as dos bairros pobres,-
onde as condiçoes h.i gí,ênicas e .uor-a í.e deixam a desejar esv t aa ô

do-as e Bmparando-as,em ambiontes saud6veis e atraen~es;


d)- promover e orientar o recreio escolar;

e)- dar segurança, especialmente, nas grandes cidades


às criança s afastando-as dos folgue do s da s rua s , ,dimd.:nuindo a,g
sim o nÚ20ro de desa~tres;
;>-
f)- contrinuirpara a educação higiênica e social das
crianças;
1'1)- diminuir a mendicll:ncin e delinquência infantis.

Resmnindo, os pnrqQes de redre~o visam proporcionar


aos. s eu s frequantadores; r-ecr-e açâo , S cgu ran ç9-, saúdQ fís i ca ,men
tal,' nacionalismo e formação social do car6ter infantil. -
o
prazer de br-í.nc ár é direi to pr-Lmo r d.i.a L da criança
e o Parque de Recreio of~r8ce oportunic:.ades para que ela aa t ís
/ faça 6 seu instinto de jogo.

~ impossível medir a felicidade'propnrcianada pelos


Parques de Recreio às popu]-açõó s das {~randes ê idades o . - ,

-, Somos daou et.es que. aenam qUê a saúde' fisi c a e mental das
grandes masaaa ..d~pende das oportunidades recreativas que cada'
Govêrno oferece a criança, ao adolescente e ao adulto.

Em um inquérito feito em várias cidades dos-~stados


Unidos aôb r e "qua Lo parque de recreio id ea L'", as impres~õe s co
lhidas entre osfrequentadorcs foram as s egu.í.rrt e s t -

a}- um parque de recreio é ideal quando o espaço destina


do ao lüeSII).O seja proporcional às crianças -do bairro pen:w.i-tindo-
a fácil pr6tica de jogos e outras atividades ffsicas. Significa
isto, gr and ee áreas para os !largues, evi tando .a~omerações elo!,!
gas e apera s par-a us o dos aparelhos e pa rt í.c Lpa ç ao nos' jogo s;

b)- quando a a tnaçâo , a ordem, a beleza dos prques,og


de h6 árvuros, cercas vj,vas,gramauos e livre dos dizeres: é proi
bido,etc~ cuntrasta, realmente, com as atividadds lddicas prati-
cadas na rua;
c)- quando proporciona aos sous frequentadores oper-
tunidades de expa:ç.são ade«!uada h idade; atravós dos jogos,ap8-
relhos ,etc. que são aa f da s naturais da energia em "auper-var tI' í,

que de .out r o modo seria. gssta de maneira diferente ,pois a delin


quência infantil é anulada com a ação dos parques de recreio que
evi t am oS' r-oubcs , depredações e jUgos, rudes; , - I

d)...o que possui planos de jogos pa ra cada idnde,hnven


dolugares capec t a.Lnrcrrt e det er mí.nados para cada grupo de menores,
,mé-dios, maí.or cs e adolescentes.

e)- 6 a qu ê.I.e qm que as meninas t êm as mesmas, oportuni


da des de pa r t í.cpar nos jogo s como ios meninos e que até 12 anos
a sa t i vidades são comuns, e a pó s essa idade a ma í-or-éa dos jogos'
é ,COM id erada s epar-adamerrt 6.
, f)- quando oferece uso correto dos aparelhos e quando
tOdas as a ti vi dades 'são pLan e je dan e t6das as criança s e jovens
são recebidos com igual consideração e carinhoj
,." ) quando a s mais variadas ha br Lí.dades f'Ls í.ca s são
õ -
...
55-
desen,volvidad : habilidades maua s , jogos
í pe quenee ,esportes cQ
letivos e in4ividuos, aparelhos,etc.,

h)- aqu eLe em que a g:,rande variedade d e interésses


acha cpor tun í.d adoe par-a expressar-se;assil}l sendo, as Pessoas
qlle gostam de represe~tar, de desenhar", de carta, de fazer a .•.
cnobacias, de dançar, de iniciar coleçoes, terão suas oportuni
dades d serão utilizadas, d es envo.l.vádne , me.Lhor-adne e enc-orajã
das;
i)- quando proporciona a formaç50 de grupos baseados
na idade, inter~sse e habilidade e não havendo melhor meio de
f'o.r.na âo dos relações
ç s oc í.u í.s do que o jôgo'
\
j )- ond e a liderença ó bem or í.on tada, encaminhandO os
tímidos, controlcmdo os egoístas, favorecendo a t'ormaçâo natu-
ral dos grllpos;

k)- é aquêle onde as crianças, o-s -jovens frequ~ntam


c om .. pr~zer ,porque sabem que serão !ratados com gentileza e con
sideraçao pelos profess~res e poderao brincar confoITne as regras
establ'ccidas pelo parque;
,
/

" m.}- quando há sempre algllma coisa/interessante a fazer


- jogo dé salão, ~ara os dios de chuva, ciner~,hist6ria para ou
vir,' ap0,relhos, jggQ3 ao ar livre, festas (fi vfo as , excur eê ea ,drS!
matizaçoes, reunioos de clube,etc.;

n)- quando oferece o máximo prazer com o mlnimo de p~


rigo;

• 0)- ê aquêle que sendo bem orientado, evita o excesso


nas compet ôe s , jogos
í ç demasiados e hlábi tos an t Le-h.í.g í.ên íc 'OS;
. ,

p)- quando proporciona a tedas as .rianças mesmo as


que têm defeitos físicos a mesmo consideração e ensejo de ser
feliz1 pois há atividad~s recreativas satisfat6rias parâ cada
caso,

q)- quando inspire confiança a segurança ~s .famílias


do bairro facilitando o envio dos seus filhos ao parque.

Segundo Howard Br-anoh cr-" O Pa r qu e de Recreio é primei


ramente o lugar 9nde se desenvolve o poder de agir- nadar,pati
nar, jo~ar, cantar, organizar competições .ejogos,fazer brinque
dos, observar, a natureza", portanto, "a juda r a en snar' a criançã
a bem agir, a ser feliz, e educá":'la para hoje ,8 para o futuro'"

Mitche-l e 'Mason quando analiswn-as qualidades neces':'


sárias ao iI play-~eader" as sim ae expr as s amt "Re aunri.ndo o cará-
ter preferido do profe!qso:r ,: devemo s usar os adje ti vos: aLe~r4,
bem humor-ado , sociável, 1.c.onside.~andie"(atencioso,solí~cito) di-
p Lomana , justo firme, sinc ero, entusiasmado e ins pirador. Is to
não ,significa uma pessoa de pouca idade pare apresentar tqis
atributos. Ser jovem não é tanto uma questão de idade,mas de
ativdade mental. Uma pessoa é jovem bastante par a o Uplay-l.ea
derl', enquanto eLà é ativa, cheia de vida e pode irradiar ornes
mo espírito contagiant e". ~ -

O professor de um parque ou oentro de recreação e-


xerce a sua influência não apenas no momento ernque está diri -
gindo a.atividada, mas também sÓbre a_coletlvade a que a insti
.tuição serve, participando de sua vida tão a tí. vamente co~o qual
quer dos membros que a integram. Nos Centros de Recreaçao,ma~
tidos pelo Serviço de Recreação e Assistência Cultural do Mini~
-56- !\
tér:ho ~o .TtG bal ho (SERAC), por e~eIi1Elo,os pro f cs sôr-e s de' Edu
caçao Flslca, além de suas atribuiçoes normais, i'nerentés ao-
Serviço.a quepcrtencem, têm sido convidadas constantwmnnte pa
ra dirigir festividades ou p~trocinar atividades, tal como tem
acont ecido nos con juntos residenciais da.Pr;nha, Realengo, Bangú
e Gâvea onde já se encont=Eam ins talados e organ,izados os pr L •.•
meiros centros de recreaçao, do Distrito Federal, proporcionando
a t evidade s físicas e culturais, incllilsiveartí.sticas,aos traba
lhadores e suas famílias.
t .pr eo so, sobretudo, que os orie ntadores dos parques
í

e centros tenham bem pr-c eorrto aempno que a recreação não está
na atividade em sí mãS na disposição física ou mental com que
o,indivíduo a realiza, não cequ ec cr- jam8rd.sque prazer é a ona.;c
ção básica, indispensável, pará que a recreação se caraoterize:

Leitura Indicada
- I1Arzthiche Zimmergymnastik oder System"- Dr. Me.NI.Schrebcr-
Leipzig .....
1890 r

-"IVIeuSistemade Rcspiração"- J.P. Muller- sãQ, Paulo- Rdanee.


-"Meu Sistema para Crianças-ti J.P. Muller- Sao Paulo -Edanne.
-"Meu Sistema paria Senhoras"- J. P. Muller-São Paulo- Edan.n,e.•
-"Meu Sist CfD.a-A saúde a troco dum quarto de hora d "exercício
por dia" ~ J. P. Mullo r- Lisboa :-Livraria Bertrand.
_fl,SoyonsForts !-DoC.teur Ruffier- Paris- ge. -edition-1946.
_nMa Méthode"-Docteur Pagós- P2.ris- 1932.
- "Comment. obtenir Beauté, Force, Santé-Io Secret de l"tnergie
,Arlléric·aine".
Raumond 'Delattre- Paris.
-"Les 24 Mcilleurs Mcuvemen'ts de L' A thletismell- DaI tê-Paris-Edi
, tion Nilsson-' ,-
-"Les 22Meilleurs Mouvoments pourllssouplir 10 Cor'ps- Série Jeu
nesGens"- Berthier - 1'a Ls - Edi tion Nilsson. ~. -
-"Les 18 Meilleurs Mouvements pour Assol1plir et Fortifier le C
Oorps- " Série Jeune Fille"- Edi tion Nilsson.·
-"L"Education Physique de l'Enfarrt"- M. Parnte-Taris- Edition
Nilsson. ,
-"Mêthode d e Culture Phy.s quc Pour Tous"- Commandant Gell~-Pa..;.
í

ris- 1921-
-"Vouiez-vous ne pas Grossir?"- Docteur Taubmann- Paris-Editi~n
Bornemann.- .'
-"Sistema Popular de tlimnasiall- (Como me hioe sano e fuerte)"
Tibor Gordon (Tarzán)- Santiago de Chile~ 1945~ ,
-fiEl Ejercicio en Casa y la Salud" ..•Pe.rc í.va L G. Masters-Barse-
lona- 1924- .
-"Lá Salud por elEjerciciG"- M.B. 0lavarrieta- Buenos Aires-]
ditoral Claridad. '
_ltlMiGimnasia "- Kid Ivan- Bu eno s Aires- Imp. Abr-amowí.xz Hnos ,
-1'Manual de Gimnasia Racional e Práctica 11 (Método Sueco)- Solei
rol de Serves- Madrid - Casa Editorial- Bailly- Bailliere-S.A.
-"Alto"- Ins ti tutt He rm es Edi tores- Milano Sesta Edizione-
-!IA Respiração e a Saúde ou Arte de Respirar"- Jochi Rama ci ar.§.
ca- tisboa. - ,
-"Orientaciónde la Ct.:\.ltura Física y'el Arte de Saber Respirar
según métoà,os de }OS Jogas" - José Ar-gue LLe s« Buenos Aires-
EditorialCientifica-
-"Traité Pratique de laGj'mnastique Medicale"- Docteur Ruffier
Pàris- Edition Physis.
...Dr , P. Kouinqjy
-"Precis d "Education Phys i qua et Reap.i.r-a t oi.r-c''
Paris- 1927-
.•

-"La Gymnastique Respiratoire et la: Gymnastique Orthopédique


chez soiu- Dr. Louis Lamy- Paris- ,1924-
.-"1a Respiration dans 1 'EJCercice et le Sport" .•.L'Éducation Res
piratoire"- Dr, G.A. Ri'c.hàrd-Paris- 1927-
-"Gimnástica Res',Jirat6ria- Instituto Hermes- Edi tore- Milano.
,"'''LaMéthode Hébert-11 Óamb en ,M. - Litrairié Oc t av e Doin- Pari~-
í

..1930-
-"Manuel Scientifique d 'Educ'ation :.'Jhysi que"- M. Bo í.gey - Payot
& Cie. Paris- 1923-

-I1How to develop a pow4rful chest"-' Chas. T. Trevor- London- ,.
,2nd. Edi tion. ' / /

-"Training for Great strength"- Chas.T. Trevor- London New and


revised edi ti on.
,-"How to be strong, hea l, thyand happy"- Bob Hoffman- York-Pen-
sylvania- 1938- .
-"Th.e 1;ublers Manual"- 1aporte, and Renner- New York- 1943-
-"stunts aud Tumbling for Girls"- Virginia Lee R.rne- New York-
"':"TammerTraining"-Arne Tammer- Frisksportforlaget •..Stockholm
1948~ I-FI-III-IV.
-"Manual de Ginástica Acrobáticà"- E.E.l!'.E. -Rio- 1948"';
-"Normas para a Instltução de Sa1:tos e Acrobacias ElemantaresH-
Departàmento de Educação Físicà da Escola d-e Aeronáutica-1945-
t1
- Gymnastique Féminine-"Elli Bjorksten- Neuchâtel •..1929-
-"Gimnasia Educativa-"- 1uisAgosti- MadriÇl.-r~48-
-"Informe s~bre o Congresso de Educação Física Feminina Moderna"
Alberto Latorre de Faria- Rio- 1952- ,
-"Hist.oria da Educação Física e dos Desportos no Brasilll-.Inezil
Penna Marinho- Rio- 1952- Volt 11-
-"Educação Física"- Estatística"- Inezil Penna Marinho- Rio-
"Educação Física Infantil"- Guiomar Meirel1es Bucker- Belo H,9.
rizonte- 1942-
-"Ginástica Rítmica\!- Lya Bastian M.eyer- PÓrto Alegre-
-"Finalidades dos Par-ques e Centros de Recreação- Açã'o do drien
tador em função dos frQ.quentadores e da coleti vidade"- Inezil
Penna Msrinho- Rio- 1952-

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