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Modelo SQuaRE - ISO / IEC 25010

Tereza G. Kirner

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ISO / IEC 25010
SQuaRE - Systems and Software QUAlity Requirements
and Evaluation

― ISO: International Organization for Standardization


www.iso.org

― IEC: International Electrotechnical Commission


www.iec.ch

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I. Visão Geral do SQuaRE

O ISO/IEC 25010 (SQuaRE) define:

 Um Modelo de Qualidade de Produto de Software,


composto de 8 características, cada uma subdividida em
sub-características, que podem ser medidas
internamente ou externamente.

 Um Modelo de Qualidade em Uso, composto de 5


características e suas sub-características, que podem
ser medidas quando o sistema está em uso, em um
contexto realístico.

 Diferencial em relação ao ISO 9126


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II. Modelo de Qualidade do Produto
Qualidade do Produto
Software/Sistema

Adequação Compatibilidade Confiabilidade Manutenibilidade


Funcional
• Coexistência • Maturidade • Modularidade
• Completude • Interoperabilidade • Disponibilidade • Reusabilidade
• Corretude • Tolerância a • Analisabilidade
• Adequação Falhas • Modificabilidade
• Recuperabilidade • Testabilidade
Usabilidade

Eficiência • Apropriabilidade
• Reconhecibilidade
• Comportamento • Apreensibilidade Segurança Portabilidade
no Tempo • Operacionalidade
• Uso de • Proteção a erros • Confidencialidade • Adaptabilidade
Recursos do Usuário • Integridade • Instalabilidade
• Capacidade • Design da • Contestabilidade • Capacidade de
Interface do • Responsabilização Substituir
Usuário • Autenticidade
• Acessibilidade

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II. Modelo de Qualidade do Produto

1) ADEQUAÇÃO FUNCIONAL
 Completude Funcional – Capacidade de apresentar um
conjunto apropriado de funções para a realização das
tarefas e o cumprimento dos objetivos do usuário.
 Corretude Funcional – Capacidade de apresentar, de
forma satisfatória, suas funções, resultados e efeitos
correlatos.
 Adequação Funcional – Capacidade das funções de
facilitar o cumprimento das tarefas e dos objetivos
específicos.

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II. Modelo de Qualidade do Produto

2) DESEMPENHO E EFICIÊNCIA
 Comportamento em Relação ao Tempo – Capacidade do
software atender as condições pré-estabelecidas quanto ao
tempo de resposta, processamento e taxa de transferência
apropriados.

 Utilização dos Recursos – Capacidade do software de usar


a quantidade apropriada de recursos.

 Capacidade – Quando o software atende às exigências dos


limites máximos de um parâmetro ligado ao produto /
sistema.

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II. Modelo de Qualidade do Produto

3) COMPATIBILIDADE

 Coexistência – Capacidade do software coexistir com outros


produtos em um ambiente comum.

 Interoperabilidade – Capacidade de dois ou mais produtos de


software ou componentes deles trocarem informações e
utilizarem as informações que forem trocadas.

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II. Modelo de Qualidade do Produto
4) USABILIDADE
 Apropriabilidade – Capacidade de possibilitar ao usuário
compreender se o software é apropriado para as suas tarefas.
 Reconhecibilidade – Capacidade de possibilitar ao usuário
reconhecer as suas tarefas, entre as opções disponíveis pelo
software.
 Apreensibilidade – Facilidade para o usuário aprender a utilizar o
produto de software.
 Operacionalidade – Capacidade do usuário operar e controlar o
software.
 Proteção aos Erros – Capacidade do sistema de proteger o usuário
de cometer erros.
 Design da Interface do Usuário – Capacidade do sistema oferecer
interação agradável para o usuário, a partir de uma boa estética.
 Acessibilidade – Capacidade do produto ser usado por pessoas
com ampla gama de características, em um contexto específico
ligado aos objetivos do sistema. 8
II. Modelo de Qualidade do Produto

5) CONFIABILIDADE
 Maturidade – Capacidade de se evitar falhas decorrentes dos
defeitos do software.
 Disponibilidade – Necessidade dos sistema de software estar
disponível e operacional quando requisitado.
 Tolerância a Falhas – Capacidade de manter um nível de
desempenho pré-definido, mesmo na presença de certos
defeitos no software.
 Recuperabilidade – Capacidade de restabelecer o nível de
desempenho previamente definido e recuperar os dados
afetados após uma falha.

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II. Modelo de Qualidade do Produto
6) SEGURANÇA
 Confidencialidade – Capacidade do software garantir que os
dados estarão acessíveis somente aos usuários que
possuem autorização de acesso.
 Integridade – Capacidade do software de prevenir acessos
e/ou modificação de programas de computador ou dados.
 Contestabilidade – Quantidade de ações ou eventos que
podem ter sua ocorrência comprovada, de modo que os
eventos ou ações não possam ser contestadas mais tarde.
 Responsabilização – Capacidade do produto de registrar as
ações de uma entidade, podendo identificar exclusivamente
as ações à entidade.
 Autenticidade – Capacidade do software de identificar que
um objeto ou recurso é realmente o que ele declara ser.
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II. Modelo de Qualidade do Produto

7) MANUTENABILIDADE

 Modularidade – Capacidade do software ser composto de


componentes modulares, de forma que uma mudança em um
componente tenha impacto mínimo nos demais.
 Reusabilidade – Capacidade de um módulo ser utilizado em
mais de um produto de software, ou ser usado como base
para se desenvolver outros módulos.
 Analisabilidade – Capacidade de permitir diagnóstico de
deficiências ou causas de falhas ou, ainda, identificação de
partes a serem modificadas
 Modificabilidade – Capacidade de permitir alterações.
 Estabilidade – Capacidade de evitar efeitos inesperados
decorrentes da modificação do software.

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II. Modelo de Qualidade do Produto

8) PORTABILIDADE
 Adaptabilidade – Capacidade do software ser adaptado a
diferentes ambientes previamente especificados, sem a
necessidade de mudanças em outras aplicações.
 Capacidade de ser Instalado – O software deve ter
condições de ser instalado em um ambiente pré-
especificado.
 Capacidade de Substituição – Capacidade de um produto
ser substituído por outro produto, conforme previamente
definido, com o mesmo propósito e no mesmo ambiente.

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III. Modelo de Qualidade em USO

Qualidade do Produto
em Uso

Eficácia Eficiência Satisfação Ficar Livre do Cobertura de


Risco Contexto
• Eficácia • Eficiência • Utilidade
• Confiança • Risco Econômico • Completude do
• Prazer • Risco à Saúde Contexto
• Conforto • Risco Ambiental • Flexibilidade

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III. Modelo de Qualidade em USO

1) EFICÁCIA
 Eficácia – Capacidade do sistema propiciar que os
usuários atinjam seus objetivos (conforme reais
necessidades dos usuários).

2) EFICIÊNCIA
 Eficiência – Capacidade do sistema funcionar de forma
correta e completa, com uso adequado dos recursos,
fornecendo resultados aos usuários, conforme o
especificado.

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III. Modelo de Qualidade em USO

3) SATISFAÇÃO
 Utilidade – Grau de satisfação do usuário em relação ao
alcance de resultados práticos esperados.
 Confiança - Grau de confiança que o usuário tem de que o
sistema irá comportar-se conforme o pretendido.
 Prazer - Grau de prazer que o usuário tem ao ter seus
objetivos atendidos pelo sistema (objetivos: obter
conhecimento, fazer um trabalho bem feito, realizar
comunicação pessoal, invocar boas lembranças, etc.)
 Conforto - Grau de satisfação do usuário em relação ao
conforto físico no uso do sistema.

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III. Modelo de Qualidade em USO

4) FICAR LIVRE DE RISCO


 Risco Econômico – Grau segundo o qual um produto de
software é capaz de mitigar os potenciais riscos
financeiros (perda de dinheiro, reputação, etc.), no
contexto de uso do sistema.
 Risco à Saúde e Segurança de Uso – Grau segundo o qual
um produto de software é capaz de mitigar os potenciais
riscos à saúde das pessoas expostas ao sistema.
 Risco Ambiental – Grau segundo o qual um produto de
software é capaz de mitigar riscos a propriedades ou ao
meio ambiente no contexto do uso do sistema.

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III. Modelo de Qualidade em USO

5) COBERTURA DO CONTEXTO

 Completude do Contexto – Grau segundo o qual um


produto de software pode ser usado com eficácia,
eficiência, livre de risco e com satisfação, em todos os
aspectos de utilização que foram previamente
especificados.
 Flexibilidade – Grau segundo o qual um produto de
software pode ser usado com eficácia, eficiência, livre de
risco e com satisfação, em contextos além daqueles
especificados anteriormente nos requisitos do sistema
(diferentes usuários, diferentes culturas, etc.)

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IV. Visões da Qualidade de Software
USUÁRIO - DESENVOLVEDOR - GERENTE

Visão do Usuário

 O usuário está interessado na utilização e no desempenho do


software

 Há interesse nas Medidas Externas de qualidade:


– as funções especificadas estão disponíveis?
– qual é a confiabilidade do software e sua eficiência?
– é fácil de usar?
– é fácil transferir para outro ambiente operacional?

 Características ligadas à produção do software não


interessam
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Visão do Desenvolvedor

 Deve ser coerente com as expectativas do usuário


 requisitos + aceitação

 Interesse em Medidas Internas de qualidade


– ex: controle de caminhos + tempo de espera = tempo de
resposta

 Consideração da qualidade de produtos intermediários

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Visão do Gerente de Desenvolvimento

 Medida global da qualidade


 combinação ponderada de atributos e objetivos da
empresa

 Equilíbrio da melhoria de qualidade do produto com outros


critérios:
– prazo
– custo

 Visão indica a necessidade de uma abordagem mais


abrangente
 mais próxima ao conceito de qualidade de processo

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V. Avaliação da Qualidade pela ISO 25010
Usos da ISO 25010

 Definição dos requisitos de qualidade de um software

 Avaliação das especificações do software durante o


desenvolvimento, a fim de verificar se os requisitos de
qualidade estão sendo atendidos

 Descrição das características e atributos do software


implementado, por exemplo nos manuais de usuário

 Avaliação do software desenvolvido, antes da entrega ao


cliente

 Avaliação do software desenvolvido, antes da aceitação


pelo cliente
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Atividade

Exercício 1 - Qualidade do Produto

Escolher um software e destacar 3 requisitos de


Qualidade do Produto, entre os definidos na Norma
ISO 25010. Definir cada um dos 3 requisitos
destacados e explicar porque o software escolhido
não atende estes requisitos.

Entrega via site, de acordo com a disciplina em que


o aluno está inscrito.

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