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B anco de Quest ões

@h i st o r i a u l a s
@HISTORIAULAS 1
Cont e-nos o que achou
ÍNDICE

HA001- PATRIMÔNIO CULTURAL E O ESTUDO DA HISTÓRIA. ____________ 4


HA002- O SURGIMENTO DAS CIVILIZAÇÕ ES. ___________________________ 8
HA003- ANTIGUIDADE ORIENTAL - A MESOPOTÂMIA. __________________ 13
HA004- O EGITO ANTIGO. _____________________________________________ 16
HA005- OS HEBREUS. __________________________________________________ 20
HA006- OS FENÍ CIOS. __________________________________________________ 23
HA007- OS PERSAS. ____________________________________________________ 27
HA008- A CIVILIZAÇÃ O GREGA. _______________________________________ 30
HA009- A FORMACÃ O DA ROMA ANTIGA. ______________________________ 33
HA010- O IMPÉRIO ROMANO. __________________________________________ 36
HA011- O IMPÉRIO BIZANTINO.________________________________________ 38
HA012- O MUNDO ÁRABE. _____________________________________________ 41
HA013- OS POVOS BÁRBAROS. _________________________________________ 46
HA014- A CULTURA AFRICANA.________________________________________ 51
HA015- A AFRICA SUBSAARIANA. ______________________________________ 59
HA016- A AFRICA SETENTRIONAL . ___________________________________ 64
HA017- A IDADE MÉDIA. _______________________________________________ 69
HA018- A ALTA IDADE MÉDIA. _________________________________________ 77
HA019- A BAIXA IDADE MÉDIA I. ______________________________________ 84
HA020- A BAIXA IDADE MÉDIA II. ______________________________________ 91
HA021- O RENASCIMENTO. ____________________________________________ 98
HA022- OS ESTADOS NACIONAIS. _____________________________________ 103
HA023- O ABSOLUTISMO. _____________________________________________ 109
HA024- A REFORMA RELIGIOSA. _____________________________________ 113
HA025- AS GRANDES NAVEGAÇÕ ES. __________________________________ 121
HA026- COLONIZAÇÃ O DAS AMÉRICAS. ______________________________ 125
HA027- O BRASIL PRÉ-COLONIAL. ____________________________________ 129
HA028- A ADMINISTRAÇÃ O COLONIAL. _______________________________ 133
HA029- EXPANSÃ O TERRITORIAL. ____________________________________ 142
HA030- OS CÍ CLOS ECONÔMICOS E O TRABALHO ESCRAVO. __________ 145
HA031- A CRISE DO COLONIALISMO NO BRASIL ______________________ 149
HA032- O ILUMINISMO. ______________________________________________ 152
HA033- A INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS. ____________________ 159
HA034- A REVOLUÇÃ O FRANCESA. ___________________________________ 165
HA035- A INDEPENDÊNCIAS NA AMÉRICA. ____________________________ 174
HA036- A REVOLUÇÃ O INDUSTRIAL. _________________________________ 177
HA037- A ERA NAPOLEÔNICA. ________________________________________ 184
HA038- A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL. _______________________________ 190

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HA039- A FAMÍ LIA REAL NO BRASIL. _________________________________ 194
HA040- O PRIMEIRO REINADO. _______________________________________ 198
HA041- PERÍODO REGENCIAL.. _______________________________________ 202
HA042- O SEGUNDO REINADO. ________________________________________ 210
HA043- AS REVOLUÇÕES. EUROPEIAS DO SÉCULO XIX. _______________ 219
HA044- A REVOLUÇÃO INGLESA. _____________________________________ 223
HA045- A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA. __________________ 227
HA046- A COMUNA DE PARIS._________________________________________ 234
HA047- EUA NO SÉCULO XIX E A GUERRA CIVIL AMERICANA. ________ 239
HA048- IMPERIALISMO. ______________________________________________ 243
HA049- A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL. ______________________________ 249
HA050- A REVOLUÇÃO RUSSA.________________________________________ 256
HA051- A CRISE DE 1929. ______________________________________________ 260
HA052- A REPÚBLICA DA ESPADA (1889-94). ___________________________ 264
HA053- A REPÚBLICA OLIGÁRQUICA. ________________________________ 268
HA054- O TOTALITARISMO. __________________________________________ 275
HA055- GOVERNO VARGAS. __________________________________________ 280
HA056- ESTADO NOVO. _______________________________________________ 285
HA057- A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. ______________________________ 291
HA058- O PÓS-GUERRA. ______________________________________________ 302
HA059- A GUERRA FRIA.______________________________________________ 305
HA060- REVOLUÇÕES SOCIALISTAS.__________________________________ 307
HA061- AMÉRICA LATINA DO SECULO XX. ____________________________ 315
HA062- GOVERNOS DEMOCRÁTICOS E A CRISE DO POPULISMO. ______ 324
HA063- O PERÍODO MILITAR (1964-1985) PT.1.__________________________ 331
HA064- O PERÍODO MILITAR (1964-1985) PT.2.__________________________ 336
HA065- DESCOLONIZAÇÃO AFRICANA. _______________________________ 343
HA066- DESCOLONIZAÇÃO ASIÁTICA. ________________________________ 348
HA067- CONFLITOS NO ORIENTE MÉDIO. _____________________________ 352
HA068- A NOVA ORDEM MUNDIAL. ___________________________________ 358
HA069- NOVA REPÚBLICA. ___________________________________________ 360
HA070- O MUNDO MODERNO DO SÉCULO XXI. ________________________ 366
HA071- CONFLITOS DA ATUALIDADE. ________________________________ 368

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 HA001- Patrimônio cultural e o estudo da História.

1. Aloisio Magalhães, na Funarte, apoiou-se na moderna Antropologia para


tombar o Terreiro Casa Branca do Engenho Velho, em Salvador (BA), na década de
1980, como forma de proteger e garantir:
a) seu espaço;
b) sua atividade;
c) seus frequentadores;
d) sua natureza;
e) seu entorno.

2. No Mercado do Km 1, em Porto Velho, determinada comerciante, faz uma das


melhores tapiocas de Rondônia. Pode parecer simplória, mas a técnica de fazer essa
iguaria é um dos bens de natureza imaterial de Rondônia, que, a partir de agora,
ganha valor e passa a integrar o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial
que constituem patrimônio cultural rondoniense, objeto do Decreto nº 27.147/2022.
A exemplo de outros estados, e sob o comando da Superintendência Estadual da
Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (SEJUCEL), o governo de Rondônia se adiantou
em sua política de preservação do Patrimônio Cultural Imaterial, estabelecendo
regras claras para proteção e registro.
(Casa Civil – Rondônia cria Registro de Bens Culturais Imaterial e Programa
Estadual de Valorização – Governo do Estado de Rondônia - Governo do Estado de
Rondônia – rondonia.ro.gov.br. Adaptado.

Para produzir uma das melhores tapiocas rondonienses, e dar o sentido exato das
disposições legais da Normativa Estadual, eis que o conhecimento e talento da
comerciante, foi herdado do pai, que herdou da avó, e que herdou da bisavó, e
mantém e aprimora a técnica por quatro gerações. Sendo assim, esse tipo de bem
cultural de natureza imaterial é:
a) Inflexível, pois, como bem de caráter não formal – faz e ensina – apenas por meio
dos exemplos e das palavras.
b) Inatingível, pois são importantes formadoras da memoria e da identidade de apenas
alguns grupos sociais mais estereotipados do Brasil.
c) Inexequível, pois as formas tradicionais e artesanais de expressão podem ser
classificadas, pura e simplesmente, como aprendizados culturais.
d) Inestimável, pois é aquele que se relaciona com a maneira como os diferentes grupos
sociais se expressam por meio de suas festas, saberes, fazeres, ofícios e rituais.
e) Contraproducente, pois contem em si os múltiplos aspectos da cultura cotidiana de
uma comunidade e não pode ser comercializado a nível de obtenção de lucro.

3. O Registro e um instrumento legal proposto como forma de reconhecimento social da


propriedade cultural, o qual se materializa na identificação e produção de

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conhecimento sobre o objeto cultural em pauta. No Brasil, os bens imateriais
considerados patrimônio cultural são acolhidos em diferentes livros de registro.
O Círio de Nossa Senhora de Nazaré (Pará) e o Complexo cultural do bumba meu
boi do Maranhão estão inscritos no livro de registro
a) Saberes: conhecimento e formas de fazer enraizados no cotidiano das comunidades.
b) Formas de expressão: manifestações literárias, musicais, cênicas e recreativas.
c) Memórias: praticas e dispositivos culturais de suporte à identidade coletiva e social.
d) Celebrações: rituais e celebrações que marcam a experiencia coletiva de trabalho,
religiosidade, entretenimento e outras praticas sociais.
e) Lugares: mercados, feiras, santuários, parques e outros espaços onde as práticas
coletivas culturais se concentram e se reproduzem.

4. Em 1972, a Conferência Geral da Unesco passou a abordar o patrimônio mundial,


cultural e natural. Nesse sentido, são considerados Patrimônio Cultural da
Humanidade, EXCETO:
a) Monumentos, como obras arquitetônicas.
b) Vestigio arqueologicos.
c) Sítios naturais em areas de valor científico ou de beleza natural.
d) Habitat de especies animais e vegetais ameaçadas por extinção.
e) Propagandas políticas que marcaram a historia.

5. Sobre patrimônio cultural, é INCORRETO afirmar:


a) Para que a função do patrimônio cultural se realize é essencial que a
representatividade dos bens, em termos da diversidade social e cultural do país,
permita que diferentes grupos sociais possam se reconhecer.
b) Um repertorio de bens, “ou coisas”, ao qual se atribui excepcional valor cultural, faz
com que esses bens sejam merecedores de proteção por parte do poder publico.
c) Constituem patrimônio cultural brasileiro as formas de expressão; os modos de
criar, fazer e viver; as criações cientificas, artísticas e tecnológicas; as obras,
documentos, edificações e os conjuntos urbanos de valor histórico, arqueológico e
científico.
d) A elaboração e a aplicação de instrumentos legais, como o tombamento, são
suficientes para assegurar que um bem venha a cumprir efetivamente sua função de
patrimônio cultural junto a uma sociedade.

6. Sobre o conceito de patrimônio cultural, marque a alternativa INCORRETA.


a) O patrimônio cultural de um povo é formado pelo conjunto dos saberes, fazeres,
expressões, praticas e seus produtos, que remetem a historia, a memoria e a
identidade desse povo.
b) A preservação do patrimônio cultural significa, principalmente, cuidar dos bens aos
quais esses valores são associados, ou seja, cuidar de bens representativos da

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historia e da cultura de um lugar, da historia e da cultura de um grupo social, que
pode (ou, mais raramente não) ocupar um determinado território.
c) A ideia de preservar o patrimônio cultural implica em cuidar da conservação de
edifícios, monumentos, objetos e obras de arte (esculturas, quadros), e de cuidar
também dos usos, costumes e manifestações culturais que fazem parte da vida das
pessoas e que se transformam ao longo do tempo.
d) O objetivo principal da preservação do patrimônio cultural é fortalecer a noção de
pertencimento de indivíduos a uma sociedade, a um grupo, ou a um lugar,
contribuindo para a ampliação do exercício da cidadania e para a melhoria da
qualidade de vida.
e) A ideia de patrimônio está restrita apenas ao conjunto de bens materiais de uma
comunidade ou população, deixando de fora tudo aquilo que é considerado valioso
pelas pessoas, mesmo que isso não tenha valor para outros grupos sociais ou valor
de mercado.

7. No que se refere as Premissas da Política de Patrimônio Cultural Material, assinale a


alternativa INCORRETA.
a) As ações e atividades relacionadas com a preservação do Patrimônio Cultural
Material devem compreender e considerar exclusivamente as sociedades e culturas
do passado.
b) As ações e atividades devem considerar a indissociabilidade entre as dimensões
materiais e imateriais do Patrimônio Cultural.
c) As ações e atividades devem buscar promover a articulação institucional com
diferentes níveis de governo e sociedade civil.
d) As ações e atividades devem buscar articular com os entes federados, os demais
órgãos e as entidades componentes do Estado Brasileiro, na construção de
instrumentos de compartilhamento e de delimitação de atribuições relativas à
preservação dos bens protegidos.
e) As ações e atividades devem buscar estimular o fortalecimento de grupos sociais
para preservação do seu próprio patrimônio cultural material.

8. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)


define como_________ “as praticas, representações, expressões, conhecimentos e
técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes
são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos
reconhecem como parte integrante de seu_____________ ”.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas do texto correta e respectivamente.
a) patrimônio cultural … patrimônio cultural imaterial
b) salvaguarda … patrimônio artístico
c) patrimônio cultural imaterial … patrimônio cultural
d) patrimônio arquitetônico … patrimônio matéria
e) patrimônio histórico … patrimônio cultural

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9. Em 2013, a cidade de São Paulo sediou a exposição itinerante “Grandes mestres da
arte popular ibero-americana”, com peças variadas em termos de técnicas, cores,
formas e materias-primas, com forte impacto visual. Nos textos de apoio da exposição,
o discurso oscilava entre chamar essas peças de artesanato e de arte popular.
Consequentemente, seus criadores, oriundos de camadas populares urbanas, zonas
rurais ou comunidades indígenas, eram ora designados mestres da arte popular, ora
artesãos. Essa situação reflete
a) o processo de internacionalização do sistema das artes, no qual as criações
populares e indígenas ocupam o primeiro plano.
b) uma tensão classificatória que pode ser observada em outras mostras e publicações,
revelando disputas simbólicas estruturais e estruturantes do campo da arte.
c) a retirada de circulação no sistema das artes das formas expressivas dos povos
indígenas.
d) o recente reconhecimento das artes indígenas como patrimônio cultural, garantindo
a sua ampla circulação no sistema das artes.
e) o reconhecimento da atividade profissional dos mestres de ofícios por meio do titulo
de “notório saber”, tornando-os amplamente aceitos no sistema das artes.

10. “No processo de transformação por que passam os museus, seu papel educativo do
público também vem sendo rediscutido. Tornou-se relevante a questão do
aprendizado em museus, a chamada educação patrimonial, a ser introduzida no
currículo das escolas”.(OLIVEIRA,2008). De acordo com os trabalhos que vem sendo
desenvolvidos nessa área, a educação patrimonial se caracteriza como:
a) o recurso educacional adotado pelos museus, a fim de que haja uma nova forma de
“consumo” de seus acervos, adequando-se, assim, aos conceitos de patrimônio
cultural na contemporaneidade.
b) um processo de aprendizado permanente, informal e empírico, voltado para o lazer,
a cultura e o patrimônio.
c) o processo permanente e sistemático de educação, que toma o patrimônio cultural
como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo.
d) uma solução educativa, que se utiliza do patrimônio como recurso didático e fonte
secundária para a educação informal.
e) o procedimento flexível e assistemático para uma nova educação baseada no
patrimônio histórico e cultural, que visa à experimentação do conhecimento pelo
indivíduo e a sociedade.

11. Na “Floresta dos símbolos”, Victor Turner descreve e interpreta rituais da vida dos
Ndembu da Zâmbia. O autor, “por 'ritual', entende o comportamento formal
prescrito para ocasiões não devotadas à rotina tecnológica, tendo como referência a
crença em seres ou poderes místicos” (2005:49). O “símbolo”, por sua parte, é
entendido por Turner como a menor unidade do ritual que expressa as propriedades

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específicas do comportamento ritual. Nesta proposta, Turner entende que a
importância do estudo do ritual entre os Ndembu se deve ao fato de:
a) Os momentos rituais manifestarem aspectos sagrados da vida Ndembu, permitindo
acessar aos valores morais e culturais dominantes desse povo.
b) Os momentos rituais expressarem estados psíquicos e mentais dos indivíduos, não
observáveis em outros contextos da vida cotidiana.
c) Os momentos rituais serem a expressão condensada da estrutura social.
d) Os momentos rituais serem fases distintas, no processo social, através das quais os
grupos se ajustam a mudanças internas e se adaptam a seu ambiente externo.
e) Os momentos rituais serem expressão do conflito, explicitando os dissensos entre os
subgrupos da sociedade Ndembu, implícitos na vida da aldeia.

12. Um bem cultural é reconhecido e tombado como patrimônio segundo critérios:

a) estéticos.
b) artísticos.
c) simbólicos ou espirituais.
d) de raridade.
e) de genialidade.

 HA002- O Surgimento das Civilizações.

1. (Enem) Os nossos ancestrais dedicavam-se à caça, à pesca e à coleta de frutas e


vegetais, garantindo sua subsistência, porque ainda não conheciam as práticas de
agricultura e pecuária. Uma vez esgotados os alimentos, viam-se obrigados a
transferir o acampamento para outro lugar.

HALL, P. P. Gestão ambiental. São Paulo: Pearson, 2011 (adaptado).

O texto refere-se ao movimento migratório denominado


a) pendularismo.
b) nomadismo.
c) êxodo rural.
d) transumância.
e) sedentarismo.

2. A pintura rupestre acima, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa:


a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de
colonização do Brasil.
b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus
membros.

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c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-
história do Brasil.
d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos.
e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o
período colonial.

3. A pré-história costuma ser dividida em três períodos, paleolítico, neolítico e idade


dos metais. São características do período paleolítico, EXCETO:
a) Os homens deste período eram nômades e viviam essencialmente de caça e
coletas.
b) Uma descoberta essencial deste período foi a descoberta de como produzir fogo.
c) Usavam ossos e pedras para confeccionar ferramentas e armas para caça, cortar
e fazer suas vestes.
d) Neste período domesticaram animais, juntamente com mudanças climáticas que
aumentou a temperatura terrestre.

4. A transição do Paleolítico Superior para o Neolítico (entre 10 000 a.C. e 7000 a.C.)
foi acompanhada por algumas mudanças básicas para a humanidade. Entre essas,
poderíamos citar:
a) o aparecimento da linguagem falada;
b) a domesticação dos animais e plantas, isto é o aparecimento da agricultura e do
pastoreio;
c) o aparecimento da magia e da arte;
d) o povoamento de amplas áreas antes não povoadas, como a Europa Central e
Ocidental;
e) o aparecimento de vários novos instrumentos, como a agulha de osso, os arpões,
os anzóis, a machadinha, a lança e a faca.

5. Qual foi o primeiro metal a ser fundido pelos seres humanos no período conhecido
como Idade dos Metais?
a) cobre
b) ferro
c) ouro
d) prata

6. A partir da segunda metade do século XX, o termo Pré-história passou a ser cada
vez mais questionado por historiadores que, em seu lugar, têm utilizado "História
dos povos sem escrita".

Sobre o referido debate entre historiadores, é correto afirmar que o termo Pré-
história é rejeitado porque:

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a) enfatiza a arqueologia e a paleontologia, cujos estudos dependem de custosas
escavações e análise de fósseis.
b) possui conteúdo mistico. evolucionista e preconceituoso, típico das Ciências
Humanas do século XIX.
c) supervaloriza os povos dotados de escrita, compreendendo apenas estes como
passíveis de produzir História.
d) impede os estudos dos povos cujas sociedades não desenvolveram a escrita.
e) iguala povos bárbaros e selvagens aos povos portadores de cultura.

7. As pinturas rupestres são evidências materiais do desenvolvimento intelectual dos


seres humanos. Embora tradicionalmente estudadas pela Arqueologia, elas
ajudaram a redefinir a concepção de que a História se inicia com a escrita, pois
a) funcionam como códices velados de uma comunidade à espera de decifração.
b) expressam uma concepção de tempo marcada pela cronologia.
c) indicam o predomínio da técnica sobre as forças da natureza.
d) atestam as relações entre registros gráficos e mitos de origem.
e) registram a supremacia do indivíduo sobre os membros de seu grupo.

8. “Já se afirmou ser a Pré-História uma continuidade da História Natural, havendo


uma analogia entre a evolução orgânica e o progresso da cultura.”

Sobre a Pré-história, qual das alternativas a seguir é INCORRETA?


a) Várias ciências auxiliam no estudo, como a antropologia, a arqueologia e a
química.
b) A Pré-história pode ser dividida em Paleolítico e Neolítico, no que se refere ao
processo técnico de trabalhar a pedra.
c) Sobre o Paleolítico, podemos afirmar que foi o período de grande
desenvolvimento artístico, cujo exemplo são as pinturas antropomorfas e zoomorfas
realizadas nas cavernas.
d) O Neolítico apresentou um desenvolvimento artístico diferente do Paleolítico,
através dos traços geométricos do desenho e da pintura.
e) Os primeiros seres semelhantes ao homem foram o Australopithecus e o Homem
de Java que eram bem mais adaptados que o Homem de Neanderthal.

9. “Perguntaram a antropóloga americana Margaret Mead o que ela considerava


como primeiro sinal de civilização numa cultura. Ela disse que era um fêmur que
havia quebrado e logo foi curado. No reino animal ninguém sobrevive com este osso
quebrado. Um fêmur curado é a evidência que alguém foi cuidado”.

Segundo a ideia de Margaret Mead, além do fêmur curado, poderíamos citar como
sinal de civilização:

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a) o sedentarismo
b) o enterro dos mortos
c) a domesticação de animais
d) a criação da roda

10. Sobre o surgimento da agricultura pode-se afirmar que:


a) Não é possível precisar um local exato para seu surgimento já que as diferentes
espécies de hominídeos a desenvolveram de forma quase simultânea.
b) As primeiras espécies de plantas a serem domesticadas foram a cevada, laranja e
algodão.
c) Com a agricultura, as sociedades humanas conheceram maior mobilidade, pois
sua consequência direta foi o comércio de excedentes.
d) O trabalho começou a ser dividido por gêneros e daí surgem também os
primeiros registros de escravidão.

11. A denominação "Revolução Neolítica", cunhada nos anos 60 pelo arqueólogo


Gordon Childe, refere-se a uma série de intensas transformações. Entre essas
mudanças, é correto citar
a) a criação do poder político centralizado associado ao domínio do poder religioso.
b) o desenvolvimento de conglomerados urbanos baseados no trabalho escravo.
c) a instituição privada das terras, com o cultivo de cereais e a criação de animais.
d) o surgimento da divisão natural do trabalho, com a atribuição de papel produtivo
relevante à mulher.
e) a transição da economia de subsistência para uma economia industrial

12. O estudo da Pré-História abrange um longo período da história humana. Uma das
periodizações mais conhecidas distingue pelo menos dois grandes períodos. Sobre
esses períodos e suas distinções, é INCORRETO afirmar:
a) No período denominado como neolítico dá-se a descoberta e o controle do fogo,
uma das maiores conquistas desse período, que permitiu aos seres humanos a
fundição dos metais.
b) De modo bem geral, o período paleolítico está para as sociedades de caçadores-
coletores assim como o período neolítico está para a agricultura e a criação de
animais.
c) Tanto o termo paleolítico quanto o neolítico referem-se à forma de tratamento da
pedra.
d) O período denominado como paleolítico se inicia há aproximadamente 4 milhões
de anos, e se estende até cerca de 10000 anos.
e) O período denominado como neolítico se inicia há aproximadamente 8000 a.C. e
se estende até, aproximadamente, 4000 a.C.

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13. Desde o período neolítico, os povos de distintas partes do mundo desenvolveram
sistemas agrários próprios aproveitando as condições naturais de seus habitats e do
conhecimento adquirido e transmitido entre os membros da comunidade.

Assinale a alternativa que estabelece corretamente a relação entre o povo habitante


de uma determinada área, o sistema produtivo por ele desenvolvido, as condições
naturais aproveitadas e os produtos cultivados.
a) Egípcios; uso da irrigação e drenagem; planícies úmidas e férteis dos rios Tigres e
Eufrates; arroz e café.
b) Incas; uso de terraços com técnicas de curvas de nível e irrigação de vales;
aproveitamento dos altiplanos andinos; batata e milho.
c) Chineses; uso intensivo dos terraços das altas montanhas; planalto de Anatólia no
extremo leste da Ásia; café e cacau.
d) Mesopotâmicos; uso de cultivos de inundação e de regadio; vales férteis dos rios
Ganges e Amarelo; cana-de-açúcar e feijão.

14. O termo Pré-história foi criado em 1851 e pretendia designar o período da vida da
espécie humana anterior à invenção da escrita. A história seria estudada, portanto,
a partir do momento em que surgiram os primeiros documentos escritos. Essa ideia
é hoje muito criticada, afinal, os humanos que não sabiam escrever também têm
história".

Por que o termo Pré-História pode ser considerado inadequado?


a) Não se trata de um termo inadequado, apenas um modo de nomear parte da
história.
b) Pré-história é um conceito inventado pelos americanos para diminuir a
importância da civilização africana dentro do mundo.
c) O termo pode passar a falsa ideia de que os povos que não conheciam a escrita
não fizeram parte da História excluindo civilizações importantes como as indígenas.
d) A ideia de Pré-história exclui todos aqueles povos que não foram colonizados
pelos europeus no século XV.

15. Adaptado ao frio, media cerca de 1,65m e conseguia fabricar objetos de pedra.
Também enterrava seus mortos, caçava de maneira organizada e conviveu durante
muito tempo com o homem moderno. O texto descreve o:
a) homo habilis
b) homo sapiens
c) homo de Denisova
d) homo de Neandertal

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 HA003- Antiguidade Oriental - A Mesopotâmia.

1. A Mesopotâmia histórica é comumente confundida como uma civilização e cultura


ordenada e centralizada, mas na realidade é o berço de diversas culturas e povos ao
longo da história. Dos povos que habitaram na região, qual deles promoveu o
surgimento da escrita cuneiforme?
a) Sumérios.
b) Assírios.
c) Caldeus.
d) Amoritas.
e) Acadianos.

2. As primeiras cidades mesopotâmicas são chamadas pelos historiadores de cidades-


Estado. Essa denominação decorre das seguintes características:
a) Por estarem unificadas politicamente a um Estado central, que coordenava cada
uma das cidades.
b) Por manterem uma unidade independente, governada por um Estado central,
mas que respondia a uma autoridade imperial.
c) Por terem autonomia econômica e religiosa, mas manterem-se subordinadas a
uma confederação, à qual deveriam pagar tributos.
d) Por serem independentes, possuírem um governo próprio, divindades protetoras
e capacidade de defesa militar própria.
e) Nenhuma das alternativas acima.

3. Sexto rei sumério (governante entre os séculos XVIII e XVII a.C.) e nascido em
Babel, “Khammu-rabi” (pronúncia em babilônio) foi fundador do I Império
Babilônico (correspondente ao atual Iraque), unificando amplamente o mundo
mesopotâmico, unindo os semitas e os sumérios e levando a Babilônia ao máximo
esplendor. O nome de Hamurábi permanece indissociavelmente ligado ao código
jurídico tido como o mais remoto já descoberto: o Código de Hamurábi. O
legislador babilônio consolidou a tradição jurídica, harmonizou os costumes e
estendeu o direito e a lei a todos os súditos.

Nesse contexto de organização da vida social, as leis contidas no Código citado


tinham o sentido de:
a) assegurar garantias individuais aos cidadãos livres.
b) tipificar regras referentes aos atos dignos de punição.
c) conceder benefícios de indulto aos prisioneiros de guerra.
d) promover distribuição de terras aos desempregados urbanos.
e) conferir prerrogativas políticas aos descendentes de estrangeiros.

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4. As sociedades que, na Antiguidade, habitavam os vales dos rios Nilo, Tigre e
Eufrates tinham em comum o fato de:
a) terem desenvolvido um intenso comércio marítimo, que favoreceu a constituição
de grandes civilizações hidráulicas.
b) serem povos orientais que formaram diversas cidades-estado, as quais
organizavam e controlavam a produção de cereais.
c) haverem possibilitado a formação do Estado a partir da produção de excedentes,
da necessidade de controle hidráulico e da diferenciação social.
d) possuírem, baseados na prestação de serviço dos camponeses, imensos exércitos
que viabilizaram a formação de grandes impérios milenares.

5. Analise as assertivas a seguir sobre a Mesopotâmia.

I. Há uma crença forte por estudiosos de que somente nessa região iniciou a vida
urbana.
II. Não existe registro e pesquisas que apontam o surgimento da vida urbana em
outras regiões do mundo antes da Mesopotâmia.
III. Há pesquisa na atualidade que aponta a possibilidade da existência da vida
urbana em outras regiões que não seja a Mesopotâmia.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

6. Quais dos povos abaixo não faziam parte da Mesopotâmia?


a) Sumérios.
b) Amoritas.
c) Caldeus.
d) Assírios.
e) Hicsos.

7. Qual cidade mesopotâmica ficou conhecida por possuir uma grande biblioteca que
foi construída no século VII a.C., a mando do rei Assurbanípal?
a) Ur.
b) Uruk.
c) Nínive.
d) Babilônia.
e) Assur.

@HISTORIAULAS 14
8. Qual obra da Antiguidade narra a história de um rei sumério em sua jornada em
busca da humildade?
a) Epopeia de Gilgamesh.
b) Bíblia.
c) Talmud.
d) Códice Ixtlilxochitl.
e) Nenhuma das alternativas.

9. Deus mesopotâmico reconhecido como o responsável por ter ensinado o homem a


ser civilizado:
a) Eridu.
b) Enki.
c) Inana.
d) Ishtar.
e)Marduk.

10. Segundo registro dos gregos, uma construção mesopotâmica foi considerada uma
das sete maravilhas do mundo antigo. Estamos falando de qual construção?
a) Torre de Babel.
b) Jardins Suspensos da Babilônia.
c) Colosso de Rodes.
d) Farol de Alexandria.
e) Estela do Código de Hamurábi.

11. Quais eram os dois grandes rios responsáveis por garantir o sustento dos povos
mesopotâmicos?
a) Ganges e Jordão.
b) Nilo e Danúbio.
c) Indo e Amarelo.
d) Jordão e Nilo.
e) Tigre e Eufrates.

12. Qual rei mesopotâmico foi o responsável por formar um reino com um poder
unificado após conquistar as principais cidades da Suméria?
a) Hamurábi
b) Assurbanípal
c) Sargão, o Grande
d) Enlil-Bani
e) Irra-Imiti

@HISTORIAULAS 15
 HA004- O Egito Antigo.

1. Imperador responsável pela unificação do Baixo e Alto Egito, em 3.200 a.C.:


a) Amenófis IV.
b) Menés.
c) Ramsés II.
d) Amenhotep III.
e) Tutancâmon.

2. A sociedade egípcia antiga foi, na maior parte do tempo, politeísta, com diversos
deuses. A religião para esses povos tinha uma importância muito grande. A sociedade
egípcia foi uma sociedade:
a) Absolutista.
b) Teocrática.
c) Democrática.
d) Anarquista.
e) Socialista.

3. O Rio Nilo foi importante para os egípcios, pois:


a) Suas cheias tornavam a terra fértil.
b) Era utilizado pelos egípcios para pesca.
c) Garantia a unidade política do Egito, pois era uma via utilizada para interligar os
territórios.
d) Todas as alternativas anteriores.

4. Sobre as pirâmides no Egito Antigo, assinale a alternativa INCORRETA:


a) As pirâmides foram construídas com o objetivo de serem túmulos para abrigar os
corpos dos faraós, que eram mumificados após sua morte.
b) A maior pirâmide do mundo é a de Quéops, com 230 metros de largura na base e 174
metros de altura.
c) A grandiosidade das pirâmides procurava representar a grandiosidade do faraó.
d) Nas construções, tanto escravizados quanto trabalhadores livres deviam trabalhar.
e) Até hoje não foram elaboradas teorias de como os egípcios conseguiram carregar e
elevar pedras tão pesadas para a construção das pirâmides.

5. Sobre o trabalho e os diferentes grupos sociais no Egito Antigo, assinale a alternativa


INCORRETA:

a) Os camponeses e artesãos tiveram como única função desenvolver trabalhos nos


campos. Nos períodos de cheia do Nilo, eles deveriam trancar-se em casa para rezar
aos deuses solicitando uma boa colheita no futuro.

@HISTORIAULAS 16
b) Os sacerdotes possuíram grande importância na vida política e religiosa egípcia. Eles
ficavam responsáveis pelos rituais e festas religiosas.
c) Os escribas foram funcionários do Estado que tinham como função o registro dos
principais eventos da sociedade e vida do faraó.
d) O faraó era quem deteve o maior poder no governo egípcio. Ele era visto como um
deus, sendo seu cargo transmitido de forma hereditária.

6. Sobre a arte no Egito Antigo, considere V para as afirmativas verdadeiras e F para


as falsas.

( ) A maior parte das obras de arte egípcias tiveram como tema central a
religiosidade.
( ) A dimensão dos indivíduos retratados nas pinturas tinham como objetivo
demonstrar os níveis hierárquicos sociais. Quanto menor o indivíduo, menor seu
prestígio e poder na sociedade.
( ) Um ponto marcante nas pinturas egípcias foi o predomínio das tres dimensões nos
desenhos.
( ) Segundo a Lei da Frontalidade, o troco e os olhos dos indivíduos deveria sempre
ser representado de frente. Já a cabeça, pernas e pés, de perfil.
( ) As esfinges egípcias possuíam a cabeça humana e o corpo de leão para que a cabeça
representasse a sabedoria e o corpo, a força.
a) V-V-V-F-V.
b) F-V-F-V-V.
c) V-V-F-F-V.
d) V-V-F-V-V.
e) V-F-V-V-V

7. Acerca das práticas religiosas no Egito Antigo, assinale a alternativa correta:


a) Da mesma forma que no cristianismo, os egípcios acreditavam na possibilidade da
vida após a morte. Contudo, apenas os indivíduos de camadas sociais mais baixas
poderiam alcança-la, pois eram os únicos vistos pelos deuses como verdadeiros
merecedores.
b) O processo de mumificação, realizado em corpos de faraós, sacerdotes e alguns
nobres, não tinha relação com a ideia de vida após a morte, mas sim com a crença de
que o corpo após o falecimento deveria manter-se intacto para que as futuras gerações
pudessem conhecer os principais líderes dessa civilização.
c) Os sacerdotes tinham um importante papel na religiosidade egípcia, sendo
responsáveis por manter a “ordem cósmica”.

@HISTORIAULAS 17
d) Uma característica importante dos deuses gregos antigos foi o antropozoomorfismo:
a ideia de que os deuses viveriam entre os camponeses e escravos para vigiar os
humanos e escolher os que poderiam encontrar a salvação.
e) Nenhuma das anteriores.

8. Assinale V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas.


( ) Na sociedade egípcia era praticamente inexistente a mobilidade social.
( ) O escriba ficava responsável por realizar o controle de impostos e outras funções
administrativas, além de registrar os fatos importantes da vida do faraó.
( ) Os egípcios possuíam um calendário de 365 dias baseado na observação da
trajetória do sol.
( ) O faraó não poderia recolher impostos sobre a produção dos camponeses, pois as
terras eram privadas, de posse dos nobres.
a) F-V-V-F.
b) V-V-V-V.
c) V-F-V-V.
d) V-V-V-F.
e) V-F-V-F.

9. (PUC – GO 2019) – Leia a sinopse do filme Os deuses do Egito (2016):

“A sobrevivencia da humanidade vê-se ameaçada quando Set, o impiedoso deus das


trevas, se apodera do trono do Egito e transforma o próspero Império em um caos.
Na esperança de salvar o mundo e resgatar seu verdadeiro amor, um mortal chamado
Bek forma uma improvável aliança com o poderoso deus Horus. Sua batalha contra
Set e seus escudeiros atravessa o além e os céus para um confronto épico.”

(Disponível em: https://g.co/kgs/HquKrA. Acesso em: 15 jul. 2018. Adaptado.)

O roteiro desse filme baseia-se em alguns aspectos mitológicos da antiga civilização


egípcia. Destaca-se a luta de Osíris e Horus contra Set, o que representava a
continuidade do nascer do sol e, consequentemente, da vida. Sabendo-se que Osíris,
o deus assassinado por Set, é considerado o primeiro faraó do Egito e que os faraós
subsequentes eram representantes do Sol, marque a alternativa correta:

a) A unificação religiosa tentada por Amenófis IV, em torno do deus solar Aton, indica
um esforço para reforçar o poder faraônico, relacionando, provavelmente pela
primeira vez na história, o monoteísmo a dominação de um único líder.

@HISTORIAULAS 18
b) A luta entre as divindades Osiris e Set é uma forma poética de narrar o conflito entre
os faraós Tutankamon e Akhaenaton, que empreenderam uma guerra que deixou o
Egito arrasado e permitiu a dominação dos hebreus.
c) As pirâmides de Gizé foram templos voltados para a realização do culto popular ao
deus solar Aton. O povo egípcio construiu tres delas para representar os tres filhos
de Ramsés II, fundador da última dinastia egípcia, que o seguiram na função de
faraós.
d) A maior prova da mistura entre religião e política no Egito antigo é a imposição da
obrigatoriedade de mumificar os faraós, que era fielmente obedecida pelo povo
egípcio. Com tal prática, a população reconhecia que a soberania faraônica possuía
continuidade no mundo dos mortos, reinado de Anúbis.

10. “A imagem do Egito antigo que temos no senso comum do ocidente contemporâneo é
tão artificial que uma criança dificilmente associa o Egito ao seu continente, a África
(...). O povo do Egito antigo era negro. Diversos textos antigos (gregos e árabes) assim
os relatam. Na historiografia moderna, porém, esses textos são ignorados. O processo
de construção de uma imagem eurométrica do povo egípcio se dá de forma
maquínica: a arte, a literatura e a mídia ocidentalizam sua imagem (embranquecem
a pele e normativizam suas relações sociais pelo padrão europeu); sua existencia
enquanto povo é dissociada da África”.

(COURI, Aline. O embranquecimento histórico do Egito. 11 abr. 2016. Disponível em


https://www.geledes.org.br Acesso em 25 fev. 2018).

Segundo o ponto de vista exposto no texto pela pesquisadora Aline Couri, a respeito
desse processo de “branqueamento” do Egito antigo, é correto afirmar que:

a) Ele é fruto do desejo daquele povo em se assemelhar aos europeus da época,


potencialmente superiores.
b) É um processo oriundo dos documentos históricos que descreveram o povo egípcio de
tez clara, caucasiana.
c) Trata-se de um racismo reverso, pois os egípcios de hoje procuram se distanciar de
seu passado europeizado.
d) Trata-se de um racismo historiográfico, que negligenciou a negritude de um dos mais
importantes povos africanos.
e) Trata-se de uma visão oriunda das crianças árabes e gregas, que não associam o Egito
ao seu continente, a África.

11. (SÃO CAMILO – 2019) – Os egípcios viam a criação do mundo como uma espécie de
ilha de ordem cercada pelas forças do caos, que a ameaçavam constantemente de

@HISTORIAULAS 19
aniquilação, da mesma forma como o Delta e o Vale férteis e organizados estavam
cercados pelos desertos hostis e anárquicos.

(Ciro F. S. Cardoso. O Egito Antigo, 1982. Adaptado.)

O texto ajuda compreender o motivo de, no Egito Antigo, as práticas religiosas

a) estarem desconectadas da experiência cotidiana, pois se acreditava que as divindades


pouco interferiam nos movimentos da natureza e nos destinos humanos.
b) dependerem da intermediação de sacerdotes, que condenavam atitudes dos fiéis,
como o ócio, a busca da riqueza ou a prática sexual não voltada à procriação.
c) serem utilizadas pelos governantes como forma de iludir e enganar a população
pobre, que passou a acreditar que os faraós eram representantes dos deuses na Terra.
d) penetrarem todos os aspectos da vida pública e privada, como nas cerimônias para
garantir a chegada da inundação, agradecer a colheita ou procriar.
e) restringirem-se á nobreza e aos sacerdotes, uma vez que a maior parte da população
era analfabeta e não tinha acesso aos textos míticos e ás obras religiosas.

 HA005- Os hebreus.

1. Entre os povos do oriente médio, os hebreus foram os que mais influenciaram a


cultura da civilização ocidental, uma vez que o cristianismo é considerado como
uma continuação das tradições religiosas hebraicas.

A partir do texto anterior, assinale a alternativa incorreta:


a) Originários da Arábia, os hebreus constituíram dois reinos: o de Judá e o de
Israel na Palestina.
b) As guerras geraram a unidade política dos hebreus. Essa unidade se firmou
primeiro em torno de juízes e, depois, em volta dos reis.
c) Os profetas surgiram na Palestina por volta dos séculos VIII e VII a.C., quando
ocorreu uma onda de protestos dos trabalhadores contra os comerciantes.
d) A religião hebraica passou por diversas fases, evoluindo do politeísmo ao
monoteísmo difundido pelos profetas.
e) Os hebreus organizaram-se social e economicamente com base na propriedade da
terra, o que deu início a Diáspora.

2. Na tradição muçulmana, há uma narrativa que associa o povo árabe ao patriarca


Abraão e, de igual modo, entre os hebreus também há esse vínculo direto. Nos dois
casos, o vínculo é sanguíneo e remete aos filhos do referido patriarca, que eram,
respectivamente:
a) José, para os hebreus, e David, para os árabes.

@HISTORIAULAS 20
b) Ismael, para os árabes, e Isaque, para os hebreus.
c) Jacó, para os hebreus, e Judá, para os árabes.
d) Isaque, para os árabes, e Ismael, para os hebreus.
e) Ismael, para os hebreus, e Salomão, para os árabes.

3. O termo semita é comumente usado para referir-se aos hebreus (ou judeus), tal
como o termo antissemita é usado para qualificar o tipo de discurso ou ideia pessoal
que tem por objetivo hostilizar a cultura hebraica. A origem desse termo, segundo a
tradição hebraica, remete à figura de:
a) Sem, um profeta obscuro da época dos patriarcas.
b) Sem, um rei babilônico que dominou a Mesopotâmia.
c) Nenhuma das alternativas.
d) Sem, filho de Noé.
e) Sem, isto é, os hebreus seminômades que habitavam a península arábica.

4. Quem é considerado o patriarca fundador dos hebreus?


a) Moisés
b) Davi
c) Abraão
d) Salomão

5. Qual é o evento que marca a fuga dos hebreus da escravidão no Egito?


a) A Páscoa
b) A Criação do Templo de Jerusalém
c) A Construção das Pirâmides
d) O Dilúvio

6. Qual era o líder dos hebreus durante o Êxodo?


a) Rei Davi
b) Moisés
c) Rei Salomão
d) Abraão

7. O que a Arca da Aliança representava para os hebreus?


a) Um símbolo de riqueza
b) Um artefato mágico
c) A presença de Deus
d) Uma ferramenta de guerra

8. Onde foi construído o Primeiro Templo de Jerusalém?


a) Na margem do Rio Nilo
b) Na cidade de Babilônia

@HISTORIAULAS 21
c) Na cidade de Belém
d) No Monte Moriá

9. Quais são os primeiros cinco livros da Bíblia hebraica, também conhecidos como
a "Torá"?
a) Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio
b) Salmos, Provérbios, Isaías, Jeremias, Ezequiel
c) Juízes, Reis, Crônicas, Esdras, Neemias
d) Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos

10. Quem foi o rei famoso conhecido por suas habilidades como juiz e músico na
história dos hebreus?
a) Rei Saul
b) Rei Davi
c) Rei Salomão
d) Rei Josué

11. Qual é o nome do código legal atribuído a Moisés, que influenciou muitos
sistemas legais ao longo da história?
a) Código de Justiniano
b) Código de Ur-Nammu
c) Código de Hamurábi
d) Código de Moisés

12. O que é a "Diaspora" na história dos hebreus?


a) A comemoração do Êxodo
b) A dispersão do povo hebreu por várias regiões do mundo
c) O livro mais importante da Torá
d) O Monte onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos

13. Qual é o nome do festival judaico que comemora a libertação dos hebreus da
escravidão no Egito?
a) Páscoa
b) Hanukkah
c) Rosh Hashaná
d) Yom Kippur

14. Qual profeta hebreu é conhecido por ter sido engolido por um grande peixe e
depois liberado?
a) Isaías
b) Jeremias
c) Jonas

@HISTORIAULAS 22
d) Ezequiel

15. Qual cidade foi a capital do Reino de Israel durante o reinado do rei Davi?
a) Jerusalém
b) Babilônia
c) Atenas
d) Roma

16. Quem construiu o Segundo Templo de Jerusalém após o retorno dos hebreus
do Exílio na Babilônia?
a) Rei Salomão
b) Moisés
c) Esdras e Neemias
d) Rei Davi

17. O que são os Dez Mandamentos?


a) Um conjunto de regras do comércio hebreu
b) As leis do sistema de castas hindu
c) Um código ético e moral dado por Deus a Moisés
d) Os princípios da democracia grega

18. Qual é a festa que celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés no Monte
Sinai?
a) Hanukkah
b) Páscoa
c) Shavuot (Festa das Semanas)
d) Yom Kippur

 HA006- Os fenícios.

1. (Unesp 2003) Na região onde atualmente se encontra o Líbano, instalou-se, no III


milênio a. C., um povo semita, que passou a ocupar a estrita faixa de terra, com cerca
de 200 quilômetros de comprimento, apertada entre o mar e as montanhas. Várias
razões os levaram ao comércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade
geográfica com o Egito; a costa, que oferecia lugares para bons portos; e os cedros,
principal riqueza, usados na construção de navios.
O contido nesse parágrafo refere-se ao povo:
a) fenício.
b) hebreu.
c) sumério.
d) hitita.
e) assírio.

@HISTORIAULAS 23
2. (Ufpb 2006) Sobre os povos da Antiguidade Oriental, é correto afirmar:
a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e desenvolvimento dos
hebreus, devido ao aproveitamento das águas através de complexos e amplos
sistemas de irrigação.
b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos egípcios, de onde provém
o monoteísmo judaico.
c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que
estabeleceram contatos com diversos povos, ao longo da costa do Mar
Mediterrâneo.
d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que
construiu um império que se estendia do Egito às fronteiras da Índia.
e) A escrita cuneiforme, um das mais importantes formas de registro escrito,
produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que
habitou a Mesopotâmia.

3. Que característica da civilização fenícia foi herdada por civilizações da Europa


Ocidental, como a grega e a romana, e que se destaca ainda hoje como uma das
invenções mais importantes para o desenvolvimento da cultura humana?
a) a invenção da bússola.
b) o desenvolvimento da escrita alfabética.
c) a criação da pólvora.
d) a descoberta da fusão de metais, como o ferro.
e) o desenvolvimento do monoteísmo religioso.

4. Os fenícios notabilizaram-se por se deslocarem com grande habilidade através do


mar Mediterrâneo. A colônia mais famosa que essa civilização criou às margens do
Mediterrâneo foi a cidade de Cartago (“Cidade Nova”), que travou guerras contra os
romanos que ficaram conhecidas como:
a) Guerras Ítalo-Africanas
b) Insurreições Cartaginesas
c) Guerras Médicas
d) Guerras Greco-Persas
e) Guerra Púnicas

5. Na Antiguidade, a civilização fenícia particularizou-se por:


a) formar um império teocrático, em que se fundiram as culturas grega e asiática.
b) elaborar o primeiro código de leis escritas, baseado em puniçoẽ s severas.
c) desenvolver o comércio marítimo, fundando colônias na bacia do Mediterrâneo.
d) ter uma crença monoteísta, o que modificou as sociedades do Oriente Próximo.
e) organizar-se em cidades-Estados, sob influência da democracia ateniense.

@HISTORIAULAS 24
6. Algumas civilizaçoẽ s da Idade Antiga, embora brilhantes, não formaram estados
unificados, ou seja, sempre foram politicamente fragmentadas, mostrando o
predomínio periódico de algumas cidades. São exemplos desse enunciado as
civilizaçoẽ s:
a) persa e egípcia.
b) romana e hebraica.
c) sumeriana e romana.
d) acadiana e persa.
e) grega e fenícia.

7. Sobre os povos da Antiguidade Oriental, é correto afirmar:


a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e desenvolvimento dos
hebreus, devido ao aproveitamento das águas através de complexos e amplos
sistemas de irrigação.
b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos egípcios, de onde provém
o monoteísmo judaico.
c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que
estabeleceram contatos com diversos povos, ao longo da costa do Mar
Mediterrâneo.
d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que
construiu um império que se estendia do Egito às fronteiras da Í ndia.
e) A escrita cuneiforme, uma das mais importantes formas de registro escrito,
produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que
habitou a Mesopotâmia.

8. Os Persas foram, na Antiguidade, um dos povos mais importantes a ocupar a


região da Mesopotâmia. Sobre sua história e cultura é possível afirmar que:
a) A vitória de Dario I sobre os Gregos marcou o início da ascensão Persa no
Mediterrâneo, favorecendo a expansão da escrita cuneiforme e dos cultos
monoteístas.
b) Desenvolveram uma religião própria, o Zoroastrismo, e começaram sua
expansão territorial após as conquistas lideradas por Ciro, o Grande.
c) Famosos por suas obras arquitetônicas, os Persas construíram na Babilônia as
maiores pirâmides da Mesopotâmia, tornando aquela cidade o centro de seu
Império.
d) O declínio do Império Persa foi marcado pela derrota de Xerxes para os Assírios
na batalha de Susa.
e) Adotando uma religião que opunha, de forma maniqueísta, o bem e o mal, os
Persas dominaram o comércio mediterrâneo após conquistar o Egito, a Ásia Menor
e a Macedônia, sob a liderança de Nabucodonosor.

@HISTORIAULAS 25
9. Com relação ao Império Persa, é INCORRETO afirmar:
a) Os persas desenvolveram uma administração relativamente descentralizada, com
base nas satrapias.
b) As estradas e os correios foram bastante aperfeiçoados durante esse Império.
c) A religião persa era o zoroastrismo, que pregava a existência de uma luta entre o
mal e o bem, na qual o bem só seria vencedor no dia do juízo final.
d) Os persas perseguiram ferozmente as religioẽ s de outros povos, matando
sacerdotes e destruindo templos, como foi o caso do templo de Salomão em
Jerusalém.
e) Os povos dominados pelos persas eram obrigados a pagar tributos e fornecer
homens para os exércitos do Grande Rei.

10. Sobre a Bíblia e a história dos hebreus, é correto afirmar que:


a) a Bíblia é, ao mesmo tempo, o livro cujas traduçoẽ s estão mais espalhadas pelo
mundo e, segundo alguns historiadores, um dos menos lidos de todos os best-sellers.
Além de ser um livro sagrado, ela também é uma importante fonte de pesquisa para
o conhecimento da história dos hebreus.
b) o povo hebreu, do qual a Bíblia é originária, desde seus primórdios manifestou
total desprezo pelas suas tradiçoẽ s escritas. Isso significa que, para eles, a tradição
oral teve mais importância na transmissão de conhecimentos e costumes, enfim,
para a manutenção de sua identidade.
c) na Bíblia, a história dos hebreus começa em Gênesis, quando Moisés, um dos
patriarcas, recebeu a ordem de deixar a sua terra natal para ir rumo à terra que
Deus lhe mostrou para nela se estabelecer.
d) embora a Bíblia seja considerada um livro sagrado, ela não deve ser vista como
um documento que possa ser estudado por historiadores, pois religião e ciência são
diferentes esferas do conhecimento.
e) a Bíblia, composta pelo Antigo e pelo Novo Testamento, é considerada
integralmente um livro sagrado para cristãos, judeus e mulçumanos.

11. A sociedade hebraica teve a religião como suporte fundamental para a


construção da identidade cultural. Não se pode esquecer também, na época dos
profetas, entre os séculos VIII e VII a.C., que a religião:
a) era politeísta, tendo em Abraão seu grande líder e intermediário nas revelaçoẽ s
divinas.
b) adotou a monoteísmo, com a liderança corajosa de Moisés, que enfrentou a
perseguição egípcia.
c) dividiu-se em três: a dos essênios, a dos saduceus e a dos fariseus.
d) sofreu influência dos persas, acreditando na ressurreição da alma e no paraíso.
e) adquiriu um conteúdo ético, pois os profetas denunciaram as injustiças sociais.

@HISTORIAULAS 26
12. O texto abaixo se refere a uma das civilizaçoẽ s antigas, a hebraica. Sobre ela, é
correto afirmar:
A partir de sua prática religiosa caracterizada pela crença em um único deus,
formou-se o judaísmo, religião em torno do qual construíram sua história.
(Adaptado de: Pedro Santiago. Por dentro da História)

a) os hebreus foram os responsáveis pelo fortalecimento do monoteísmo.


b) assim como os hebreus, os fenícios também foram povos monoteístas e em
conjunto impulsionaram o
comércio daqueles tempos.
c) hebreus e persas eram povos vizinhos e não conseguiram constituir vastos
domínios ou impérios.
Sobressaíram-se apenas em questoẽ s religiosas.
d) a história do povo hebreu pode ser encontrada tanto no Alcorão, quanto na
Bíblia e na Torá.
e) a Bíblia hebraica narra a história de todas as civilizaçoẽ s antigas.

13. Existe uma regra religiosa, aceita pelos praticantes do judaísmo e do islamismo, que
proíbe o consumo de carne de porco. Estabelecida na Antiguidade, quando os
judeus viviam em regioẽ s áridas, foi adotada, séculos depois, por árabes
islamizados, que também eram povos do deserto.
Essa regra pode ser entendida como
a) uma demonstração de que o islamismo é um ramo do judaísmo tradicional.
b) um indício de que a carne de porco era rejeitada em toda a Ásia.
c) uma certeza de que do judaísmo surgiu o islamismo.
d) uma prova de que a carne do porco era largamente consumida fora das regioẽ s
áridas.
e) uma crença antiga de que o porco é um animal impuro.

 HA007- Os persas.

1. (Ufam) Os Persas foram, na Antiguidade, um dos povos mais importantes a ocupar a


região da Mesopotâmia. Sobre sua história e cultura, é possível afirmar que:
a) A vitória de Dario I sobre os gregos marcou o início da ascensão persa no
Mediterrâneo, favorecendo a expansão da escrita cuneiforme e dos cultos
monoteístas.
b) Desenvolveram uma religião própria, o Zoroastrismo, e começaram sua expansão
territorial após as conquistas lideradas por Ciro, o Grande.
c) Famosos por suas obras arquitetônicas, os persas construíram na Babilônia as
maiores pirâmides da Mesopotâmia, tornando aquela cidade o centro de seu
Império.

@HISTORIAULAS 27
d) O declínio do Império Persa foi marcado pela derrota de Xerxes para os assírios
na batalha de Susa.
e) Adotando uma religião que opunha, de forma maniqueísta, o bem e o mal, os persas
dominaram o comércio mediterrâneo após conquistar o Egito, a Ásia Menor e a
Macedônia, sob a liderança de Nabucodonosor.

2. (PUC-SP) Pode-se dizer que um dos elementos fundamentais da religião persa na


Antiguidade, após Zaratustra, é:
a) o politeísmo, caracterizado pela prática da adoração dos ídolos zoomórficos nos
templos religiosos.
b) o caráter local do culto, já que cada região possuía suas próprias divindades
supremas.
c) o dualismo representado pela oposição entre o princípio do bem e do mal.
d) a estrita obediência por parte de toda a população dos preceitos religiosos contidos
nos Vedas.
e) a descrença na imortalidade da alma e na ressurreição.

3. Para facilitar a administração do vasto território persa, foi estabelecida a divisão do


império em satrapias, que consistiam basicamente em províncias governadas por
pessoas designadas pelos reis persas e conhecidas como sátrapas. Os sátrapas, muitas
vezes, não passavam confiança aos reis de sua honestidade e, por isso, funcionários
eram designados para monitorá-los. Estamos falando dos:
a) corvos do rei.
b) olhos e ouvidos do rei.
c) emissários do rei.
d) portadores de boas-novas do rei.
e) enviados de Zaratustra.

4. Os persas conquistaram inúmeros povos e formaram um dos maiores impérios da


Antiguidade. Uma das grandes conquistas dos persas aconteceu em 525 a.C., ao
conquistarem o Egito. Esse feito foi atribuído a:
a) Ciro, o grande
b) Cambises II
c) Dario I
d) Xerxes
e) Dario III

5. (UFRS) O soberano dividiu o seu império em províncias, chamadas satrapias, sendo


a terra considerada como propriedade real e trabalhada pelas comunidades.
Estas características identificam o:
a) império dos persas durante o reinado de Dario.

@HISTORIAULAS 28
b) império babilônico durante o governo de Hamurabi.
c) antigo império egípcio durante a dinastia de Quéops.
d) reino de Israel sob o comando de Davi.
e) estado espartano durante a vigência das leis de Dracon.

6. (PUC-SP) Pode-se dizer que um dos elementos fundamentais da religião persa na


Antiguidade, após Zaratrusta, é:
a) o politeísmo caracterizado pela prática da adoração dos ídolos zoomórficos nos
templos religiosos.
b) o caráter local do culto, já que cada região possuía suas próprias divindades
supremas.
c) o dualismo representado pela oposição entre o princípio do bem e do mal.
d) a estrita obediência por parte de toda a população dos preceitos religiosos contidos
nos Vedas
e) a descrença na imortalidade da alma e na ressureição.

7. “No reinado de Ciro, e posteriormente no de Cambises, não havia um tributo fixo,


sendo o pagamento feito em presentes. Por causa da fixação de tributos e de outras
medidas análogas, os persas chamavam Dario de mascate, Cambises de déspota e Ciro
de pai, pois Dario negociava com tudo, Cambises era duro e insensível e Ciro era
generoso e se preocupava com o bem-estar de seus súditos”.
HERÓDOTO, História. Brasília: Unb, 1988. p. 180.
Dario I foi um dos mais conhecidos reis que existiram na Pérsia antiga, sendo
responsável por várias medidas administrativas e por grandes construções, que
ficaram famosas. Dentre as alternativas abaixo, qual indica uma ação não efetuada
durante o reinado de Dario I?
a) O dárico.
b) As satrapias.
c) A estrada real.
d) A biblioteca de Nínive.
e) O sistema de correios.

8. A Festa do Fogo é um dos rituais da antiga religião persa, o zoroastrismo, e


representa uma homenagem à Ahura-Mazda, o deus do bem, da luz, que é era
contraposto ao deus Arimã, representante do mal, das forças das trevas. O culto do
zoroastrismo não requeria templos e seus fundamentos ficaram registrados no livro
sagrado conhecido como:
a) Corão.
b) Torá.
c) Mahabharata.
d) Zend-Avesta.

@HISTORIAULAS 29
e) Vedas.

9. Ciro foi o primeiro grande imperador persa que promoveu a expansão do então
Reino Persa. Os primeiros povos subjugados por Ciro, que antes dele dominavam o
Reino Persa, eram os:
a) Hebreus
b) Mesopotâmios
c) Fenícios
d) Medos
e) Gregos

10. Sob o comando de Ciro, o Grande, o Império Persa conheceu seu primeiro
período de expansão, tendo como limite Leste-Oeste uma faixa territorial que se
estendia do oeste da Índia até as cidades gregas da Ásia Menor. Apesar da expansão
e conquistas, havia uma prática dos persas com os povos dominados, que pode ser
caracterizada como um(a):
a) respeito às diferenças culturais e religiosas dos povos conquistados.
b) desrespeito às diferenças culturais e religiosas.
c) imposição do zoroastrismo como religião a ser seguida por todos os povos.
d) recusa em se aliar com as elites locais dos territórios dominados.

 HA008- A Civilização Grega.

1. (Enem PPL 2012) Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas


Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas.

BUARQUE, C.; BOAL, A. “Mulheres de Atenas”. In: Meus caros amigos,1976.


Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em 4 dez. 2011 (fragmento)

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga,


caracterizada, naquela época, em razão desua função pedagógica, exercida junto às
crianças atenienses.
a) sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.
b) seu rebaixamento de status social frente aos homens.
c) seu afastamento das funçoẽ s domésticas em períodos de
d) guerra.
e) sua igualdade política em relação aos homens.

2. (Fac. Albert Einstein - Medicin 2017) Por muito tempo, entre os historiadores
pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de

@HISTORIAULAS 30
2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os
estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais
complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a ‘chegada dos gregos significou a
introdução de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar,
lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam’.

Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu

a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das
principais tribos nativas da península balcânica.
b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regioẽ s
com habitantes da parte sul da península balcânica.
c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península
balcânica sobre territórios controlados por grupos bárbaros.
d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica
a conquistadores recém- chegados do norte.

3. (Fgv 2017) (...) a partir do século V a.C., a guerra tornou- se endêmica no


Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade,
ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara
possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informaçoẽ s e
estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão
de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o
conflito nos séculos seguintes.
Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que

a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma


disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três
grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em
todo o Mundo Antigo ocidental.
b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia,
em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades
porque ainda estava em guerra com outros povos.
c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e,
em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de Delos,
aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no
Mediterrâneo.
d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram
e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia
Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo.

@HISTORIAULAS 31
e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade,
envolveu as principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e
derrotaram as forças militares cartaginesas.

4. (Unesp 2017) Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política,


os gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura.
Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer
autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma
determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais
que se colocavam para ela.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade:
a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes.
b) a fragilidade militar de populaçoẽ s isoladas em pequenas unidades políticas.
c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos.
d) a existência de cidades-estados conjugada a padroẽ s civilizatórios de unificação.
e) a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras.

5. Na Grécia Antiga, as principais cidades-estado foram


a) Babilônia e Atenas
b) Esparta e Roma
c) Babilônia e Esparta
d) Atenas e Esparta
e) Roma e Babilônia

6. A história da Grécia antiga está dividida em 4 períodos que se estende do século


XX ao século IV a.C.. São eles:
a) pré-homérico, homérico, arcaico e clássico
b) greco-romano, dórico, homérico, clássico
c) dórico, ateniense, clássico e helenístico
d) helenístico, homérico, ateniense e clássico
e) greco-romano, pré-homérico, clássico e helenístico

7. Sobre a pólis grega é correto afirmar


a) Macedônia e Tebas eram as cidades mais importantes.
b) O termo “polis” em grego significa “sociedade”.
c) Elas não possuíam autonomia e poder.
d) Suas organizações sociais eram iguais para todas.
e) Representavam as cidades-estado da Grécia Antiga.

@HISTORIAULAS 32
8. Na cidade de Atenas, só era considerado cidadão quem nascia na cidade. Logo, os
estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da polis. O nome dado
aos estrangeiros era
a) fratrias
b) georgóis
c) hilotas
d) metecos
e) eupátridas

9. (Vunesp) Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na


vida contemporânea, podemos citar:
a) a concepção de democracia com a participação do voto universal.
b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos.
c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas suas dimensões.
d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão.
e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades-acrópoles.

10. (Mackenzie) "Conta a história que, com a ajuda de Atena, Epeu construiu um
grande cavalo de madeira, onde escondeu guerreiros. Ulisses ardilosamente
introduziu-o em Troia para que os guerreiros a saqueassem." Em sua obra, o autor
transformou a luta pelo controle do estreito de Dardanelos (Helesponto) num
conflito envolvendo deuses e heróis. A obra e o respectivo autor são:
a) A República - Platão.
b) Édipo Rei - Sófocles.
c) A Ilíada - Homero.
d) Os Sete Contra Tebas - Ésquilo.
e) A História da Guerra do Peloponeso - Tucídides.

 HA009- A formação da Roma Antiga.

1. (FAU) A consolidação do poder romano sobre o mar Mediterrâneo se deu a partir


dos conflitos conhecidos como Guerras Púnicas. Qual cidade foi o principal núcleo
de rivalidade com a Roma Antiga naquele conflito?

a) Esparta
b) Tiro
c) Babilônia
d) Cartago
e) Nínive

@HISTORIAULAS 33
2. (Gualimp – adaptado) Entre os motivos que levaram ao fim do Império Romano,
estão as migrações e invasões bárbaras. Atualmente este termo tem diferentes
designações, mas no período romano tinha como sentido:

a) Representar o conjunto de povos cujos valores incitavam a violência e a


destruição como forma de atuação.
b) Denominar povos que não compartilhavam os valores e o idioma falado pelos
romanos.
b) Referir-se aos povos considerados primitivos, ou seja, aqueles que desconhecem a
cidade e as regras de convivência comum.
d) Classificar povos considerados inferiores, que viviam de caça e pesca, eram
nômades e, para os romanos, incapazes de civilizar-se.

3. (Gualimp – adaptado) Após elaborar uma série de medidas, o governo do


imperador Otávio Augusto inaugurou um período de estabilidade política
conhecido como Pax Romana, que se prolongou por mais de 200 anos.
Sobre esse período, é correto afirmar:
a) Foram difundidos valores humanistas, que auxiliaram no fim da escravidão,
aumentando o trabalho assalariado, e a difusão de uma nova filosofia religiosa, o
cristianismo.
b) Abandou-se completamente as conquistas imperialistas, povos conquistados
puderam deixar as terras romanas e voltar às suas origens.
c) O Império Romano atingiu sua máxima extensão territorial, houve crescimento
econômico, dinamização do comércio e o uso de uma moeda unificada.
d) Foram abolidos os espetáculos de gladiadores, o serviço militar obrigatório foi
extinto, em contrapartida, o comércio e a agricultura se expandiram.
e) Nenhuma das alternativas acima.

4. (Instituto AOCP – adaptado) Considere os aspectos gerais da República Romana


(509 a.C. a 27 a.C.), e assinale a alternativa correta.
a) A fase republicana da história dos romanos antigos foi marcada pela ausência de
guerras de conquistas e pela estagnação da expansão territorial.
b) Na República, os plebeus alcançaram importantes conquistas, como a possibilidade
de participação nas decisões políticas do Senado e o fim da escravidão por dívidas.
c) Nas Guerras Púnicas, os romanos foram derrotados pelos cartagineses, que
exigiram pesadas indenizações de moedas e terras. Diante desse quadro, instalou-se
uma crise sem precedentes na República Romana.
d) Tibério e Caio Graco foram legisladores que atuaram para impedir a participação
política dos tribunos da plebe e favorecer os interesses dos latifundiários patrícios
quanto à ampliação de suas propriedades rurais.
e) O general Crasso foi o grande responsável por conduzir as vitórias das legiões
romanas na região da Gália.

@HISTORIAULAS 34
5. No século II d.C., o império romano foi afetado por uma pandemia que resultou na
morte de, estima-se, cinco milhões de pessoas. A peste antonina foi um surto de:
a) Varíola
b) Febre tifoide
c) Peste bubônica
d) Cólera
e) Sarampo

6. Os dois tribunos da plebe que procuraram realizar reformas agrárias na república


romana do século II a.C. ficaram conhecidos como:
a) Irmãos César
b) Irmãos Bruto
c) Irmãos Augusto
d) Irmãos Caio
e) Irmãos Graco

7. Segundo a lenda tradicional de Roma, a história da fundação da cidade está ligada


a dois irmãos chamados:
a) Tibério e Caio
b) Marco e Augusto
c) Rômulo e Remo
d) Otávio e Júlio César
e) Tarquínio e Agripa

8. A maior revolta de escravizados da história romana foi liderada por um gladiador


de origem trácia chamado:
a) Alarico
b) Teodorico
c) Ataúlfo
d) Espártaco
e) Estilicão

9. O período monárquico da história romana é o que os historiadores menos sabem,


sobretudo pela carência de fontes históricas. Entretanto, sabemos que nele Roma foi
dominada por um povo estrangeiro. De quem estamos falando?
a) Gregos
b) Latinos
c) Etruscos
d) Celtas
e) Ilírios

@HISTORIAULAS 35
10. Qual cidade romana foi destruída por uma erupção vulcânica no ano 79 d.C.?
a) Cápua
b) Tarento
c) Nápoles
d) Pompeia
e) Cremona

11. Ao longo do período republicano, uma série de concessões foram feitas aos
plebeus. Essas concessões traziam direitos e benefícios dos quais essa classe não
desfrutava e eram fruto de revoltas. Uma dessas concessões se deu por meio da Lei
Canuleia, de 445 a.C. O que determinava essa lei?
a) Permitia o casamento entre patrícios e plebeus.
b) Colocava fim na escravidão por dívidas.
c) Limitava o número de plebeus convocados para formar as legiões romanas.
d) Colocava fim nos deslocamentos forçados de população.
e) Permitia que os plebeus ingressassem na política.

12. Os últimos séculos da história romana foram marcados por crises e profundas
transformações. Uma dessas mudanças significativas se estabeleceu com o Édito de
Tessalônica, que:
a) determinou a divisão do império em Ocidente e Oriente.
b) tornou o cristianismo a religião oficial do império.
c) colocou fim na perseguição contra os cristãos.
d) transferiu a capital romana para Constantinopla.
e) anunciou a extensão da cidadania romana para todos os habitantes do império.

 HA010- O Império Romano.

1. (Fgv 2016) “Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a
destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o
quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla
e os Alpes Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia,
Trácia, Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são
devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo.
Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e
nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres
assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos
pastam junto aos antigos altares de Cristo (...).”
(São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida
privada. 2000)

@HISTORIAULAS 36
O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela
a) combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do
Estado Romano, em meio às invasoẽ s germânicas e de outros povos.
b) reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os
mercados mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa.
c) expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução
dos organismos representativos da República Romana.
d) crescente restrição à atuação da Igreja nas regioẽ s fronteiriças do Império,
porque o governo romano acusava os cristãos de aliança com os invasores.
e) retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos,
responsabilizados pela grave crise política do Império Romano.

2. (Enem 2a aplicação 2016) A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C.,
fixou por escrito um velho direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o
código permitia, em última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do
outro lado do Tibre” – isto é, fora do território de Roma.
CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal,
1984.
A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou
que os plebeus
a) modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio. b) exercessem a prática
da escravidão sobre seus devedores.
c) conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.
d) ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos.
e) reivindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis.

3. (Fuvest 2016) Os impérios do mundo antigo tinham


ampla abrangência territorial e estruturas politicamente complexas, o que
implicava custos crescentes de administração. No caso do Império Romano da
Antiguidade, são exemplos desses custos:
a) as expropriaçoẽ s de terras dos patrícios e a geração de empregos para os plebeus.
b) os investimentos na melhoria dos serviços de assistência e da previdência social.
c) as reduçoẽ s de impostos, que tinham a finalidade de evitar revoltas provinciais e
rebelioẽ s populares.
d) os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação, moradia, educação e
saúde.
e) as despesas militares, a realização de obras públicas e a manutenção de estradas.

4. (Enem 2016) Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber
como e sob que espécie de constituição os romanos conseguiram em menos de
cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo

@HISTORIAULAS 37
exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar
qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento?
POLÍ BIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II
a.C., é a
a) ampliação do contingente de camponeses livres.
b) consolidação do poder das falanges hoplitas.
c) concretização do desígnio imperialista.
d) adoção do monoteísmo cristão.
e) libertação do domínio etrusco.

5. (Fgv 2015) A colisão catastrófica dos dois anteriores modos de produção em


dissolução, o primitivo e o antigo, veio a resultar na ordem feudal, que se difundiu
por toda a Europa.
Anderson, P. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. Trad. Porto: Afrontamento,
1982, p. 140.
O autor refere-se a três tipos de formações econômico- sociais nesse pequeno trecho.
A esse respeito é correto afirmar:
a) A síntese descrita refere-se à articulação entre o escravismo romano em crise e as
formaçoẽ s sociais dos guerreiros germânicos.
b) O escravismo predominava entre os povos germânicos e tornou-se um ponto de
intersecção com a sociedade romana.
c) A economia romana, baseada na pequena propriedade familiar, foi transformada
a partir das invasoẽ s germânicas dos séculos IV a VI.
d) Os povos germânicos desenvolveram a propriedade privada e as relaçoẽ s servis
que permitiram a síntese social com os romanos.
e) A transição para o escravismo feudal foi proporcionada pelos conflitos constantes
nas fronteiras romanas devido à ofensiva dos magiares.

 HA011- O império Bizantino.

1. (G1 - utfpr 2016) O Império Romano, em crise profunda desde o século III, foi
desmembrado, em 395, pelo Imperador Teodósio. A parte ocidental manteve Roma
como capital, enquanto do lado oriental, a cidade de Constantinopla se tornou sede
de governo. A partir de então, houve dois imperadores, um em cada centro de
poder. No entanto, enquanto Roma se enfraquecia cada vez mais, Constantinopla
prosperava tanto nas atividades econômicas quanto nas culturais. Uma das obras
mais significativas de Justiniano (527-565), imperador bizantino, deu-se no campo
jurídico com a revisão e compilação das leis romanas, que recebeu o nome de:

@HISTORIAULAS 38
a) Lei Imperial.
b) Decretos Imperiais.
c) Direito Consuetudinário.
d) Direito Canônico.
e) Corpus Juris Civilis (Corpo de Direito Civil).

2. (G1 - utfpr 2016) O Império Bizantino, após a queda de Roma, gradativamente se


afastou da influência ocidental e da autoridade exercida pelo papa. Em meados do
século XI, após uma série de discordâncias, ocorreu o Cisma do Oriente que dividiu
o cristianismo em duas partes. No Ocidente, a Igreja Católica Apostólica Romana se
manteve, mas no Oriente, outra Igreja Cristã foi formada.
Assinale o nome que recebeu a Igreja do Império Bizantino. a) Igreja Protestante.
b) Igreja Renascentista.
c) Igreja Cristã Ortodoxa Grega.
d) Igreja Supra Oriental.
e) Igreja Moderna.

3. (Pucpr 2015) O Império Bizantino foi uma civilização na qual a religião tinha um
lugar de grande destaque. Temas religiosos eram muito correntes entre a opinião
pública em geral. Em diversos setores da vida bizantina havia forte influência
religiosa. Em especial, na vida política havia uma conexão importante entre Estado
e Igreja, chegando o imperador a ter um papel de destaque na vida religiosa em
Bizâncio. Com base no exposto, indique o tipo de regime político que se desenvolveu
no Império Bizantino.
a) Califado.
b) Monarquia absolutista. c) Monarquia eletiva.
d) Cesaropapismo.
e) Sacro Império Romano.

4. (Upe 2014) A civilização bizantina foi muito mais original e criativa que, em
geral, lhe creditam. Suas igrejas abobadadas desafiam em originalidade e ousadia os
templos clássicos e as catedrais góticas, enquanto os mosaicos competem, como
supremas obras de arte, com a escultura clássica e a pintura renascentista.
(ANGOLD, Michael. Bizâncio: A ponte da antiguidade para a Idade Média. Rio de
Janeiro: Imago, 2002. p. 9. Adaptado.)
Sobre o legado cultural bizantino, assinale a alternativa CORRETA.
a) Herdando elementos da cultura grega, os bizantinos
desenvolveram estudos sobre a aritmética e a álgebra. b) Negando a tradição
jurídica romana, o império bizantino
pautou sua jurisdição no direito consuetudinário.
c) A filosofia estoica influenciou o movimento iconoclasta,

@HISTORIAULAS 39
provocando o cisma cristão do Oriente no século XI. d) O catolicismo ortodoxo
tornou-se a religião oficial do
império após a denominada querela das investiduras.
e) A catedral de Santa Sofia sintetiza a tradição artística bizantina com seus ícones e
mosaicos.

5. (G1 - ifsul 2017) Dentro do Império Bizantino, a autoridade era o imperador. Este
recebia o auxílio de uma extensa burocracia. O imperador era o componente
fundamental das estruturas políticas dominantes (exercia seus poderes no exército e
na igreja). A tática adquirida pelo Império Bizantino (apelando para a guerra e
utilizando uma diplomacia para afastar e/ou englobar diversos povos enfraquecidos
por sua dominação) fez com que ele cruzasse por onze séculos.
Disponível em: <http://www.infoescola.com/idade- media/formacao-do-imperio-
bizantino/>. Acesso em: 22 jul. 2016. (texto adaptado)
O imperador que formulou o Corpo do Direito Civil e foi responsável pela
reconstrução da Igreja Santa Sofia foi
a) Constantino.
b) Teodósio.
c) Justiniano.
d) Basílio II.

6. O Império Bizantino tinha como sede uma cidade que, ao longo do tempo,
recebeu os nomes de Bizâncio, Constantinopla é atualmente:
a) Israel.
b) Istambul.
c) Jerusalém.
d) Barcelona.
e) Cairo.

7. Sobre o Império Bizantino, marque a alternativa correta:


a) O grande imperador de Bizâncio foi Carlos Magno, de origem humilde, mas
protegido por seu tio, o imperador Justino.
b) Sua localização geográfica era péssima, descampada por todos os lados,
facilitando as invasoẽ s.
c) No Código de Justianiano, Teodósio organizou uma compilação das leis romanas
desde a República até o Império.
d) Constantinopla, a "Nova Roma" de Constantino, foi fundada para servir como
capital do Império.
e) Com o objetivo de reconstruir o Antigo Império Romano, Caio Graco
empreendeu campanhas militares conhecidas pelo nome genérico de "Reconquista".

@HISTORIAULAS 40
8. (UFES) Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou
esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a “revelação da
eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que
Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-lo de forma
visível” (Franco Jr., H. e Andrade F., R. O. O império bizantino. São Paulo:
Brasiliense, 1994, p.27).
Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o
imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando
assim a chamada “crise iconoclasta”. Dentre os fatores que motivaram a ação de
Leão III, podemos citar o (a):
Marque a ÚNICA opção CORRETA:
a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia menor, região onde
o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se
emancipar.
b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de
reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado
se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação.
c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual,
valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja
Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz.
d) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros
(principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço
monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso, de contribuírem para o
Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses.

9. (UECE) Na origem do chamado “Cisma do Oriente”, pode-se apontar


corretamente:
a) as desavenças entre os membros da hierarquia católica e o Imperador bizantino
diziam respeito à cobrança das indulgências e à corrupção dos bispos.
b) significou o aparecimento de inúmeras seitas “reformadas”, que se desligaram da
Igreja romana.
c) no Império Bizantino, a Igreja era submetida ao Imperador e promovia um
excessivo culto aos ídolos e às imagens.
d) em Bizâncio, ao contrário do cristianismo ocidental, as imagens e os ídolos dos
santos não eram objetos de adoração e culto.

 HA012- O mundo árabe.

1. (Puccamp) Para compreender a unificação religiosa e política da Arábia por


Maomé, é necessário conhecer:

@HISTORIAULAS 41
a) a atuação das seitas religiosas sunita e xiita, que contribuíram para a consolidação
do Estado teocrático islâmico.
b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo coraixita, da qual fazia parte.
c) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.
d) as particularidades da vida dos árabes nos séculos anteriores ao surgimento do
islamismo.
e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região
do Maghreb, converteram-se à religião muçulmana e passaram a ser chamados de
mouros.

2. (UFPE) A expansão muçulmana atingiu territórios da Europa, contribuindo para


a divulgação de hábitos culturais que marcaram a formação histórica da Península
Ibérica. Além disso, mudou as relações comerciais da época. Em relação a outros
povos e à Igreja Católica, os muçulmanos:
a) mantiveram, ao longo de sua história, uma tradição de total tolerância religiosa.
b) eram temidos, em razão do seu grande poderio militar.
c) mantiveram uma convivência sem choques culturais, revelando-se, no entanto,
intolerantes com os judeus.
d) foram intolerantes e violentos, não assimilando as culturas adversárias.
e) só eram temidos em Portugal, pelos cristãos e pelos judeus, sendo bem aceitos na
Espanha.

3. Leia o texto a seguir: “[...] O Alcorão ordena: “Não geres confusão na terra após
este justo comando.” Quando diz também que a terra e tudo o que nela existe é criada
para nosso uso, isto não implica uma transferência de propriedade; é uma
incumbência a nós delegada, e respondemos perante o “Senhor de todas as coisas”
pelo nosso ministério. O muçulmano é constantemente relembrado, quer no Alcorão,
quer nos ditos preservados do Profeta, que a ganância e o desperdício estão entre os
maiores pecados. Podemos usar aquilo que nos é disponibilizado para o nosso
sustento, mas nada mais; e mesmo esse pouco não é mais do que um roubo se
abandonamos a nossa função humana e decidimos renunciar a oração universal que
transporta toda a criação de novo para a sua origem.” (Conceição, Miguel. O protesto
da terra. In: Sabedoria Perene.)
Partindo do que está exposto no texto, indique a alternativa INCORRETA:
a) Os “outros ditos preservados do profeta”, aos quais o texto se refere, podem ser
encontrados em livros como a Suna.
b) O islamismo rejeita o desperdício e a ganância por serem, além de tudo, pecado.
c) O texto sugere que o islâmico leva em conta uma espécie de comunhão entre a ação
humana e os bens naturais que lhe foram dados por Deus.
d) O texto acentua o fato de que o mau uso humano da terra e dos bens naturais é
mais grave que um roubo.

@HISTORIAULAS 42
e) O Alcorão, segundo o texto, sugere a reforma agrária e a distribuição de terras
entre os muçulmanos.

4. Leia o texto a seguir: “A gente tem vontade de perder-se em As mil e uma noites,
pois sabe que, se entrar nesse livro, é capaz de esquecer nosso pobre destino humano.
[…] No título de As mil e uma noites existe algo muito importante: a sugestão de que
se trata de um livro infinito. E ele é, virtualmente. Os árabes dizem que ninguém pode
ler As mil e uma noites até o fim. Não por tédio, mas porque se sente que o livro é
infinito. […]”. BORGES, Jorge Luís. Sete noites. São Paulo: Max Limonad, 1983, p.
71-85.
De acordo com o texto, é possível afirmar que:
a) o livro As mil e uma noites é um dos mais confusos livros de literatura já escritos,
já que o leitor “se perde” ao lê-lo.
b) os árabes não se acostumaram com o livro As mil e uma noites, por isso não
conseguem lê-lo até o fim.
c) a riqueza do livro As mil e uma noites está no fato de ele ser infinito, no sentido de
oferecer leituras ilimitadas sobre os temas de que trata.
d) os árabes julgam que As mil e uma noites é uma obra de boa qualidade por ter sido
escrita por chineses.
e) o autor, Jorge Luís Borges, abomina As mil e uma noites, pois é um livro infinito.

5. (Unicamp 2019) Os estudiosos muçulmanos adaptaram a herança recebida dos


povos arabizados. Entre os domínios conquistados pelos muçulmanos estavam a
Mesopotâmia e o antigo Egito, civilizações que desde cedo observaram os fenômenos
astronômicos. O estudo dos fenômenos naturais no Crescente Fértil possibilitou a
agricultura e perdurou por milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da Jônia,
surgiram no século VI a.C. as primeiras explicaçoẽ s dos fenômenos naturais
desvinculadas dos desígnios divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram o
início do intercâmbio entre o conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos
impérios egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve trocas científicas e
culturais com os indianos. O império árabe-islâmico foi, a partir do século VII, o
herdeiro desse legado científico multicultural, ao qual os estudiosos muçulmanos
deram seus aportes ao longo da Idade Média.
(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2012, p. 200-201.)
Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e seus conhecimentos, assinale a
alternativa correta.
a) A extensão do território sob domínio islâmico e a
liberdade religiosa e cultural implementada nessas áreas aceleraram a construção
de novos conhecimentos pautados na cosmologia ocidental.

@HISTORIAULAS 43
b) A partir do século VII, o avanço dos exércitos islâmicos garantiu a expansão do
império de forma ditatorial sobre antigos núcleos culturais da Í ndia até as terras
gregas do Império Bizantino, chegando à Espanha.
c) Os conhecimentos sobre os fenômenos naturais construídos pelos mesopotâmicos,
egípcios, macedônicos, babilônicos, persas, entre outros povos, foram ignorados pelo
Islã Medieval, marcado pelo fundamentalismo religioso.
d) A difusão de saberes multiculturais foi uma das marcas do Império árabe-
islâmico, sendo ele a via de transmissão do sistema numérico indiano para o
Ocidente e de obras da filosofia greco-romana para o Oriente.
6. (Uece 2019) O acontecimento marcante a partir do qual os muçulmanos passaram
a contar o ano I do seu calendário foi
a) o falecimento de Maomé em Medina no ano 632.
b) a saída de Maomé da cidade de Meca no ano 622.
c) o nascimento do profeta Maomé na tribo Coraixita em 570.
d) a revelação divina recebida por Maomé em 580.

7. (Enem 2018) Então disse: “Este é o local onde construirei. Tudo pode chegar aqui
pelo Eufrates, o Tigre e uma rede de canais. Só um lugar como este sustentará o
exército e a população geral”. Assim ele traçou e destinou as verbas para a sua
construção, e deitou o primeiro tijolo com sua própria mão, dizendo: “Em nome de
Deus, e em louvor a Ele. Construí, e que Deus vos abençoe”.
AL-TABARI, M. Uma história dos povos árabes. São Paulo: Cia. das Letras. 1995
(adaptado).
A decisão do califa Al-Mansur (754-775) de construir Bagdá nesse local orientou-se
pela
a) disponibilidade de rotas e terras férteis como base da dominação política.
b) proximidade de áreas populosas como afirmação da superioridade bélica.
c) submissão à hierarquia e à lei islâmica como controle do poder real.
d) fuga da península arábica como afastamento dos conflitos sucessórios.
e) ocupação de região fronteiriça como contenção do avanço mongol.

8. (Fuvest 2018) Um grande manto de florestas e várzeas cortado por clareiras


cultivadas, mais ou menos férteis, tal é o aspecto da Cristandade – algo diferente do
Oriente muçulmano, mundo de oásis em meio a desertos. Num local a madeira é
rara e as árvores indicam a civilização, noutro a madeira é abundante e sinaliza a
barbárie. A religião, que no Oriente nasceu ao abrigo das palmeiras, cresceu no
Ocidente em detrimento das árvores, refúgio dos gênios pagãos que monges, santos
e missionários abatem impiedosamente.
J. Le Goff. A civilizaç ão do ocidente medieval. Bauru: Edusc, 2005. Adaptado.
Acerca das características da Cristandade e do Islã no período medieval, pode-se
afirmar que
a) o cristianismo se desenvolveu a partir do mundo rural, enquanto a religião

@HISTORIAULAS 44
muçulmana teve como base inicial as cidades e os povoados da península arábica.
b) a concentração humana assemelhava-se nas clareiras e nos oásis, que se
constituíam como células econômicas, sociais e culturais, tanto da Cristandade
quanto do Islã.
c) a Cristandade é considerada o negativo do Islã, pela ausência de cidades, circuitos
mercantis e transaçoẽ s monetárias, que abundavam nas formaçoẽ s sociais islâmicas.
d) o clero cristão, defensor do monoteísmo estrito, combateu as práticas pagãs
muçulmanas, arraigadas nas florestas e nas regioẽ s desérticas da Cristandade
ocidental.
e) a expansão econômica islâmica caracterizou-se pela ampliação das fronteiras de
cultivo, em detrimento das florestas, em um movimento inverso àquele verificado no
Ocidente medieval.

9. (AV Moreira) “O Islã ou religião islâmica é a mais recente das grandes religiões
mundiais e foi fundada pelo próprio Deus e divulgada por Muhammad ibn Abdalla...,
seu último mensageiro, que nasceu em Meca, na Arábia, no final do século VI da era
cristã, por volta de 570 d.C. Maomé nasceu em uma das principais famílias da cidade,
sendo descendente de Ismael, que é filho de Abraão com a escrava Agar, que tiveram
que ir para o deserto por pressão de Sara. Maomé ficou órfão ainda criança. Um de
seus tios Abu Talib, cuidou dele e o sustentou...”
(Altoé, Adailton. O Islã e os muçulmanos. Petrópolis, RJ; Vozes, 2003)
Essa nova religião passa a se propagar em toda a região e mais tarde atinge até a
Península Ibérica, na Europa. Sobre essa religião, é possível afirmar:
a) Maomé é considerado o último dos mensageiros, profetas enviados por Deus para
imortalizar sua eterna mensagem à humanidade.
b) A palavra jihad é símbolo da superioridade do islamismo sobre outras religiões.
c) A Hégira é a denominação dada à fuga de Maomé para a Medina, antes
denominada Meca.
d) Os Califas eram apenas os chefes religiosos do Império Islâmico.
e) O Suna é o livro sagrado do islamismo.

10. (Instituto AOCP – adaptado) Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.


O islamismo tem suas origens na Península ___________, na cidade de Meca, onde
nasceu Maomé, por volta do ano de 570. Na ocasião, devido a rivalidades
doutrinárias, o fundador dessa religião teve de fugir para __________, que viria a
ficar conhecida como Medina, a cidade do Profeta. O islamismo prega a submissão a
Alá e se configura como ______________.
Ocorrem, no interior dessa instituição, algumas divisões e dissidências, entre elas
estão as correntes xiitas e ___________. Aos seguidores, recomenda-se o respeito aos
cinco pilares ou mandamentos, quais sejam: a fé em um único deus; rezar cinco vezes
por dia; contribuir com doações; realizar o ___________ no mês do Ramadã; e
peregrinar à Meca.

@HISTORIAULAS 45
a) Arábica / Yathrib / monoteísmo / sunitas / jejum
b) Balcânica / Tiro / politeísmo / sauditas / batismo
c) Anatólia / Damasco / dualismo / jihadistas / sacrifício
d) Ibérica / Canaã / teocracia / masdeístas / ritual
e) Báltica / Riad / deísmo / wahhabistas / culto

11. (Cespe) A Península Arábica foi unificada por Maomé e seus seguidores no século
VII. O profeta propôs a criação de uma comunidade baseada na adesão religiosa, a
Umma. Nos séculos seguintes, tal comunidade se espalhou em direção ao leste e ao
oeste da península. Acerca da expansão do islamismo entre os séculos VII e X, assinale
a opção correta.
a) A unificação da Península Arábica foi dificultada pelas forças da dinastia Omíada,
ali estabelecida.
b) O califado de Granada foi constantemente atacado por cristãos, o que impediu seu
fortalecimento.
c) As tropas árabes eram bem preparadas e disciplinadas, contudo seu avanço rumo
ao ocidente foi barrado pelas forças egípcias.
d) A conversão ao islamismo não era imposta aos povos conquistados, porém os que
aderissem à religião ganhavam benefícios sociais e econômicos, como isenção fiscal.
e) Os califados não possuíam frotas marítimas, o que inviabilizou a expansão islâmica
pelo Mediterrâneo.

 HA013- Os povos bárbaros.

01. (UFT) Na origem das instituições feudais, encontramos elementos germânicos e


romanos, sendo um elemento característico de herança germânica:
a) ruralização, fortalecimento da vida rural e aumento das atividades comerciais
urbanas
b) colonato, sistema de trabalho servil com produção agropastoril destinado ao
consumo
c) formariage, uso generalizado do trabalho servil e o fortalecimento do processo de
ruralização
d) banalidade, pagamento de taxas ao senhor pela utilização de equipamentos e
instalações do senhorio
e) benefício, os chefes militares recompensavam seus guerreiros concedendo-lhes
possessões de terra

02. (UECE) Entre os séculos VI e VIII, passaram a figurar no contexto histórico da


Europa povos que até então estavam às margens, que eram conhecidos como
"bárbaros": germanos, francos, godos, lombardos, hunos etc. Estes povos
consolidaram seu poder e formaram reinos independentes, dando início a uma nova
fase da história do mundo ocidental. Assinale a afirmação verdadeira.

@HISTORIAULAS 46
a) O termo "bárbaro" era utilizado para reconhecer e glorificar aqueles povos que
negociaram com os romanos e alternaram, com estes, a posição de poder.
b) A palavra "bárbaro" era empregada por gregos e romanos para delimitar o que
para eles significava povos não civilizados.
c) Os diferentes povos, oriundos de locais geograficamente distantes, se
autodenominavam bárbaros.
d) A denominação "bárbaros" foi empregada especificamente pelos historiadores
para contrapor a "romanos".

03. (UEL) A chamada “desintegração” do Império Romano remodelou a Europa.


As modificações que ocorreram levaram à formação de uma sociedade com
características próprias, conhecida como sociedade medieval. Sobre o período da
Alta Idade Média (do século V ao X), é correto afirmar:
a) Os povos que ocuparam o Império Romano mantiveram a estrutura política
anterior, com uma divisão equilibrada e estável das funções públicas.
b) Chamados de “bárbaros”, povos como os germanos e os hunos foram
responsáveis pela retomada da atividade mercantil e pela urbanização da
Europa.
c) Com o caráter da migração ou invasão, a chegada dos chamados “bárbaros”
esteve relacionada à falência do mundo escravista e à debilidade militar de Roma.
d) A população residente no antigo Império Romano integrou-se com as várias
tribos germânicas invasoras, formando federações como a Gália e a Hispânia.
e) Os conflitos entre romanos e germanos, decorrentes das invasões, acabaram
caracterizando a denominada Guerra dos Cem Anos.

04. (Univ. de Caxias do Sul) Com a queda do Império Romano do Ocidente, vários
reinos bárbaros foram formados a partir do século V. Relacione os reinos bárbaros
apresentados na COLUNA A às características que os identificam, elencadas na
COLUNA B.
COLUNA A
1 Reino dos Francos
2 Reino dos Visigodos
3 Reino dos Vândalos
4 Reino dos Ostrogodos
COLUNA B
( ) Localizou-se na Península Itálica. Seus dirigentes se esforçaram para
salvaguardar o patrimônio artístico-cultural de Roma. Restauraram vários
monumentos, para manter viva a memória romana. Conservaram a organização
político-administrativa imperial, o Senado, os funcionários públicos romanos e os
militares godos.

@HISTORIAULAS 47
( ) Atravessou a Europa e fixou-se no norte da África. Nesse reino houve
perseguição aos cristãos, cujo resultado foi a migração em massa para outros reinos,
provocando falta de trabalhadores, e uma diminuição da produção.
( ) Situou-se na Península Ibérica; era o mais antigo e extenso. Ocupava
estrategicamente a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o oceano Atlântico, que lhe
permitia a supremacia comercial entre a Europa continental e insular.
( ) Constituiu-se, basicamente, na antiga Gália dos romanos. Estava localizado nos
territórios das atuais França e Bélgica. Foi o reino que teve, entre todos eles, maior
tempo de duração, tornando-se um império, conhecido como o Império Carolíngio.
Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente os parênteses, de
cima para baixo.
a) 1 – 3 – 2 – 4
b) 2 – 1 – 4 – 3
c) 4 – 3 – 2 – 1
d) 2 – 1 – 3 – 4
e) 4 – 2 – 3 – 1

05. (Fuvest) Sobre as invasões dos “bárbaros” na Europa Ocidental ocorridas entre
os séculos III e IX, é correto afirmar que:
a) Foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie,
acarretou a ruína de todas as instituições romanas.
b) Se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram,
decisivamente, para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
c) Apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros,
derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou
os seus remanescentes.
d) Se não fossem elas, o Império Romano não teria desparecido, pois, superada a
crise do século III, passou a dispor de uma estrutura socioeconômica dinâmica e
de uma constituição política centralizada.
e) Os godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de
sua presença.

06. (PUC-RJ) Dentre os vários Reinos Bárbaros que se formaram na Europa, após a
queda do Império Romano Ocidental, um teve grande destaque, em virtude de
personagens como Clóvis e Carlos Magno. O grupo Germano organizador de tal
reino foi o dos:
a) Saxões.
b) Godos.
c) Ostrogodos.
d) Francos.
e) Vândalos

@HISTORIAULAS 48
07. (UFG) Leia o verbete a seguir.
vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um povo germânico de bárbaros
que, na Antiguidade, devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig.
Aquele que destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam. Indivíduo que tudo
destrói, quebra, rebenta.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: dicionário da
língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. (Adaptado).
O verbete “vândalo” indica que o mesmo termo adquire diferentes significados. O
sentido predominante no dicionário citado, e amplamente empregado na cobertura
midiática das recentes manifestações no Brasil, decorre da prevalência, na cultura
ocidental, de uma
a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cultura dos povos germânicos,
consolidou a dicotomia entre civilização e barbárie.
b) mentalidade medieval, que, após a queda do Império Romano, se apropriou da
herança cultural dos povos germânicos conquistadores, valorizando-a.
c) concepção renascentista, que resgatou os valores cristãos da sociedade romana,
reprimidos desde as invasões dos povos bárbaros.
d) imagem construída por povos dominados pelo Império, que identificaram os
vândalos como símbolo de resistência à expansão romana.
e) percepção resultante dos conflitos internos entre os povos germânicos que
disseminou uma imagem negativa em relação aos vândalos.

08. (UFPR) As invasões germânicas têm início no século IV d.C. e promovem


importantes transformações no panorama mediterrâneo, as quais atingem as
estruturas do mundo clássico. Identifique, dentre as transformações abaixo, a que
corresponde à raiz da protofeudalização da Europa Ocidental:
a) Substituição do cristianismo pelos cultos celtas e godos nos reinos germânicos.
b) Ruralização e fragmentação do poder político.
c) Desaparecimento do latim como língua escrita e falada, substituída pelos dialetos
germânicos.
d) Imposição da maneira de viver dos povos germânicos e conseqüente destruição da
cultura do povos dominados.
e) Substituição do Direito Romano pelos costumes dos povos invasores.

09. (PUC/RS) entre os Reinos Bárbaros surgidos após as invasões germânicas e o


fim do Império Romano, o Reino Franco foi o mais importante porque:
a) Os reis francos se converteram ao cristianismo e defenderam o Ocidente contra o
avanço dos muçulmanos.
b) Promoveu o desenvolvimento das atividades comerciais entre o Ocidente e o
Oriente, através das Cruzadas.

@HISTORIAULAS 49
c) Nesse período a sociedade feudal atingiu sua conformação clássica e o apogeu
econômico e cultural.
d) Houve uma centralização do poder e viveu-se um período de paz externa e
interna, o que permitiu controlar o poder dos nobres sobre os servos.
e) Os reis francos conseguiram realizar uma síntese entre a cultura romana e a
oriental, que servia de inspiração ao Renascimento Cultural do século XIV.

10. (FGV/SP) Os romanos denominavam de bárbaros os povos que viviam fora de


suas fronteiras, não tinham seus costumes nem estavam submetidos às suas leis.
Entre os vários grupos de bárbaros que desarticularam o poder do Império
Romano e se apossaram de sua parte ocidental, destacavam-se os germanos. Sobre a
sociedade germânica, é incorreto afirmar que:
a) Vivia do pastoreio e da agricultura de subsistência.
b) Sua vida social era regulamentada pelos costumes (direito consuetudinário).
c) A instituição do comitatus baseava-se em uma relação pessoal e de lealdade entre
o chefe guerreiro e seus soldados.
d) Era uma sociedade primitiva, não conhecia o Estado.
e) Era uma sociedade monoteísta.

11. (UFSC) O debilitamento do Império Romano permitiu a invasão da Europa


Ocidental por tribos bárbaras vindas do norte e do leste, provocando:
a) O aparecimento de pequenos reinos com relativa noção administrativa e
substituição da economia agrícola por urbana.
b) A formação do Império Bizantino, a diminuição dos hábitos de consumo e a
redução da economia de mercado.
c) A desintegração da autoridade central, despovoamento das cidades e ruralização
da economia.
d) O abandono das cidades, aumento da escravidão e substituição da economia
monetária pela troca.
e) O colapso da cultura latina e a organização de pequenos estados políticos
estáveis.

12. (UFPR) Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de Hipona (354-430) em 410,
sobre a devastação de Roma:
Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas horríveis nos são
anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. É
verdade. Ouvimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, não
podemos consolarnos ante tantas desgraças que se abateram sobre a cidade.
(Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de Roma. Tradução de Jean Lauand.
Disponível em: . Acesso em 11 de agosto de 2018.)
Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano (27 a.C. – 476
d.C.) e as informações do trecho acima, assinale a alternativa que situa o contexto

@HISTORIAULAS 50
histórico em que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua
consequência para o Império, entre os séculos IV e V.
a) Trata-se do contexto das invasões dos povos visigodos, sendo uma das causas do
final do Império Romano do Oriente.
b) Trata-se do contexto dos saques de povos vândalos, sendo uma das causas do
final do Sacro Império Romano-Germânico.
c) Trata-se do contexto das pilhagens de povos ostrogodos, sendo uma das causas
do final do Império Bizantino.
d) Trata-se do contexto das incorporações de povos vikings, sendo uma das causas
do final do Sacro Império Romano do Oriente.
e) Trata-se do contexto das invasões de povos bárbaros, sendo uma das causas do
final do Império Romano do Ocidente.

 HA014- A cultura africana.

01. (UFRGS) Assinale a alternativa correta sobre a história das diferentes


sociedades africanas até o século XVI.
a) O império Songhai, situado às margens do rio Níger, teve em sua capital Gao um
importante polo mercantil que reunia mercadores oriundos da Líbia, do Egito e
do Magreb.
b) As sociedades da África equatorial, em função das condições geográficas e
climáticas pouco propícias, eram formadas predominantemente por pastores de
animais de pequeno porte, sendo praticamente inexistente na região o cultivo de
produtos agrícolas.
c) As sociedades de origem Bantu, localizadas na região da África meridional entre
os séculos XII e XV, eram predominantemente nômades e coletoras, não
organizadas em aldeias e com escasso desenvolvimento tecnológico.
d) A África, marcada pela intensa difusão do cristianismo durante as Cruzadas,
contou, entre os século XI e XV, com reduzida presença de elementos islâmicos
na definição das variadas culturas existentes no continente.
e) O estabelecimento da colônia portuguesa em Moçambique, no século XVI,
definiu o início das rotas comerciais ligando a região oriental do continente
africano, entre Madagascar e o Chifre da África, com a Europa e a Ásia.

02. (FGV-SP) “Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o
islamismo foi bem recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da
savana africana, provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-
berbere dos Kunta. (...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis

@HISTORIAULAS 51
pelas concepções religiosas africanas, (...) associava as histórias sagradas às
genealogias, acreditava na revelação divina, na existência de um criador e no
destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século XIV, que o rei do Mali,
numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou
um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de aves.”
(Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)
a) a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial
porque atingiu poucos setores sociais, especialmente aqueles voltados aos
negócios comerciais, além de sofrer forte concorrência do cristianismo.
b) a presença do islamismo no continente africano de ri - vou da impossibilidade
dos árabes em ocupar regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de
territórios subsaarianos, onde ocorreu violenta imposição religiosa.
c) o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações
comerciais marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado,
posteriormente, com o abandono das religiões primitivas da África e com a
hegemonia do islamismo.
d) o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e
essa religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões
tradicionais ou facilitou uma convivência relativamente harmônica.
e) as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as
principais lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas
denominações religiosas, não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.

03. (Mackenzie) Leia os textos a seguir:


“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto árido.
No país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo que as
cenouras. É colhido ao nascer do sol”. Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto da Costa e
Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das
Letras, 2012, p.32 “[Gana] é a terra do ouro.
(...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto discrepa, que o rei de Gana
possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30 arratéis (cerca de 14 kg). Esse
bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido fundido ao fogo ou trabalhado por
instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao outro, a fim de que nele pudesse ser
amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que não se encontra em nenhum outro
lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o rei, que disso se vangloria diante
de todos os soberanos do Sudão”. Al-Idrisi.
Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade ao século
XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37
Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino
de Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é
correto afirmar que tal Reino

@HISTORIAULAS 52
a) causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico como pelo
poder teocrático politeísta de governante.
b) causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade exagerada de
metais preciosos disponíveis como pelo poder autoritário do governante.
c) provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu
desenvolvimento em meio a um continente marcado pela inexistência de
civilizações.
d) desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator
que o desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
e) impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela
sua complexa organização política e social.

04. (FGV-SP) Leia o texto. Após os primeiros contatos particularmente violentos


com a África negra, os portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante
da firme resistência das populações costeiras. Assim, empenharam-se, principal -
mente, em ganhar a confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram
numerosas missões diplo - máticas a seus homólogos da África ocidental. Assim,
entre 1481 e 1495, D. João II de Portugal enviou em - baixadas ao rei do Futa, ao koi
de Tombuctu e ao mansa do Mali. Duas missões diplomáticas foram enviadas ao
Mali, mostrando a importância que o soberano português atribuía a esse país. A
primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda partiu do forte de Elmina. O mansa que as
recebeu, Mahmūd, era filho do mansa Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).
[Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor),
História geral da África, IV: África do século XII ao XVI]
a) encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
b) descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico,
como o feudalismo.
c) reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
d) identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao
continente.
e) percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas
ritualísticas

05. (ENEM 2017) No império africano do Mali, no século XIV, Tombuctu foi centro
de um comércio internacional onde tudo era negociado – sal, escravos, marfim etc.
Havia também um grande comércio de livros de história, medicina, astronomia e
matemática, além de grande concentração de estudantes. A importância cultural de
Tombuctu pode ser percebida por meio de um velho provérbio: “O sal vem do

@HISTORIAULAS 53
norte, o ouro vem do sul, mas as palavras de Deus e os tesouros da sabedoria vêm de
Tombuctu”.
ASSUMPÇÃO, J. E. África: uma história a ser reescrita. In: MACEDO, J. R.
(Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: UFRGS. 2008 (adaptado).
Uma explicação para o dinamismo dessa cidade e sua importância histórica no
período mencionado era o(a)
a) isolamento geográfico do Saara ocidental.
b) exploração intensiva de recursos naturais.
c) posição relativa nas redes de circulação.
d) tráfico transatlântico de mão de obra servil.
e) competição econômica dos reinos da região.

06. (PUC-Rio) O documento acima é uma página do Atlas Catalão, produzido por
volta de 1375, com autoria atribuída ao cartógrafo de Maiorca (Espanha) Abraão
Cresques. O Atlas traz informações sobre aspectos geográficos, mercadorias e
populações do continente africano. No detalhe, o cartógrafo deu destaque ao rei do
Mali, conhecido como mansa Mussa (à direita), ao retratá-lo segurando uma pepita
de ouro, seguido pelo desenho da importante cidade de Tombuctu. Tendo como
referência a imagem acima e os conhecimentos produzidos pelos estudos históricos,
analise as afirmativas seguintes com relação à história do reino africano do Mali e
assinale a afirmativa INCORRETA:

a) O Mali, um dos reinos mais importantes da África, entre os séculos XIII e XV, se
localizava em uma região de intensa circulação de saberes e pessoas.
b) A origem do reino do Mali está nos povos de língua mandê, e o seu representante
político era denominado mansa.

@HISTORIAULAS 54
c) O reino do Mali abarcava Tombuctu, uma cidade economicamente importante
por ser um ponto de encontro das caravanas comerciais transaarianas, que
traziam diversas mercadorias, como sal, noz de cola, ouro, especiarias e tecidos.
d) Mansa Mussa era bastante conhecido em todo o mundo árabe e até mesmo no
europeu, provavelmente por ter viajado por várias cidades importantes, quando
da sua peregrinação à Meca, e por ter expandido o islamismo com a introdução
de sábios muçulmanos nas escolas do Mali.
e) Devido a sua localização geográfica muito próxima ao deserto do Saara, o Mali
esteve em situação de isolamento, sem ser influenciado por culturas estrangeiras.

07. (UFSM) Na parte ocidental do Sahel africano, o Reino do Mali desenvolveu-se


entre os séculos XIII e XVI, período em que impôs sua hegemonia sobre a bacia do
rio Níger. Nas margens desse rio, as cidades de Gao, Djenne e Tombuctu tornaram-
se importantes centros mercantis e políticos do Reino. Um desses centros,
Tombuctu, tornou-se um dos principais polos de cultura do continente africano
graças às vastas bibliotecas e ao importante comércio de livros. Por essas
características, acidade transformou-se no ponto de encontro de poetas, intelectuais
e artistas da e do Oriente Médio. Mesmo após o declínio do Mali, Tombuctu
permaneceu um dos principais centros culturais da África Subsaariana.
Fonte: BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: das cavernas ao terceiro milênio.
2.ed. São Paulo: Moderna, 2010, v.2, p. 28. (adaptado)

@HISTORIAULAS 55
Entre os fatores que possibilitaram a pujança desse centro econômico e cultural,
pode-se destacar

a) o incremento do comércio de escravos negros para a Ásia, Europa e América.


b) a exploração de ricas jazidas de ouro, prata e pedras preciosas.
c) o impulso ao desenvolvimento cultural estimulado pelos missionários cristãos.
d) a hegemonia política decorrente da posse de armas de fogo adquiridas dos
europeus.
e) e o estreitamento dos vínculos culturais com os diversos centros do mundo
muçulmano.

8. (UFU) Além do Egito faraônico, outras civilizações desenvolveram-se no


continente africano, e constituíram-se algumas delas já no início da era cristã, como
grandes centros comerciais e culturais. Dentre os mais importantes impérios e
reinos africanos pré-coloniais, destaca-se:

@HISTORIAULAS 56
I. O império Cuxe, que se desenvolveu inicialmente na região que ficou conhecida
como Núbia. A partir de cerca de 730 a.C., esse império acabou por controlar
praticamente todo o território do Egito. Os imperadores cuxitas passaram a residir
no Egito, ficando conhecidos como “faraós negros”.
II. O reino de Axum, que se desenvolveu no leste da África. Sua economia baseava-
se na agropecuária bem como na atividade comercial, devido à sua proximidade
com o Mar Vermelho. Seu poder foi aumentado graças às suas diversas alianças
comerciais, inclusive com o Império Romano, e se expandiu até a região sul da
Península Arábica.
III. A Civilização Harappiana, que, dentre suas principais atividades econômicas
estavam a produção e o comércio de produtos artesanais feitos de cerâmica, de
marfim e de tecidos de algodão. Redes de trocas comerciais foram estabelecidas
desde o Golfo Pérsico até a Ásia central e a Mesopotâmia.
IV. O Império Benin, que se tornou-se um grande reino por volta do século XV
devido, sobretudo, ao comércio com reinos do norte da África. Possuía um gosto
incomum pelo uso do cobre, presente em suas principais manifestações artísticas. O
império chegou ao fim com a divisão do seu território pelos britânicos.
Assinale a alternativa que apresenta a(s) afirmativa(s) correta(s).
a) Apenas II e III.
b) Apenas I, II e IV.
c) Apenas I e III.
d) Apenas IV.

9. (FMJ) A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) formou-se como uma igreja
separada, considerada cismática pelas autoridades religiosas de Roma e de
Bizâncio. Ela adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do modelo
praticado pelo clero de Alexandria, mas o adaptou às condições locais e a certos
elementos da tradição judaica do Velho Testamento. Alguns costumes, como as
danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos, a admissão
da poligamia, sugerem a persistência de traços da organização social e das religiões
africanas tradicionais. Por outro lado, a distinção entre o consumo de carne pura e
impura, a proibição das mulheres entrarem nos templos no dia seguinte ao que
tiveram relações sexuais e a observação do sábado e não do domingo como dia
consagrado sugerem heranças dos costumes judaicos.
(José R. Macedo. História da África, 2015.)
A versão do cristianismo descrita no texto
a) funde diferentes tradições religiosas, adaptando-as a características culturais
africanas.
b) resulta do chamado Cisma do Oriente, misturando princípios da Igreja católica e
da Igreja ortodoxa oriental.

@HISTORIAULAS 57
c) resgata elementos do paganismo romano, associando-o a rituais religiosos
africanos.
d) nega, de certa forma, o monoteísmo, conservando práticas politeístas das
religiões africanas.
e) assume as diretrizes do cristianismo primitivo, rompendo com dogmas da Igreja
católica.

10. (FGV-SP) O cristianismo foi difundido nos territórios da Núbia, a partir do


século IV, por meio da língua copta, que passou a ser língua- -matriz religiosa de
um cristianismo africano, que diferia da versão oficial romana, e depois da versão
bizantina. Essa versão do cristianismo que se afirmou ao longo dos séculos num
processo intricado de amálgamas entre a doutrina monofisita e os costumes das
religiões tradicionais da África negra.
A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) adotou para si o calendário e o rito
litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria. Havia
costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros
tempos, a admissão da poligamia. Além disso, havia a distinção entre o consumo de
carne pura e impura, a proibição das mulheres de entrarem nos templos no dia
seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do sábado e não do
domingo como dia consagrado.
(José Rivair Macedo. História da África, 2013. Adaptado)
Nessa versão do cristianismo, há
a) uma simpatia pelas práticas religiosas externas e restrições à religiosidade
tradicional da África.
b) uma aversão à religiosidade monoteísta de origem oriental, especialmente ao
islamismo.
c) a influência do cristianismo primitivo associado ao paganismo do Norte da
Europa, que marcava os principais rituais.
d) uma certa antecipação das práticas cristãs presentes nas religiões pós-Reforma,
como a ligação direta entre Deus e o fiel.
e) um complexo processo de mistura e ressignificação de uma série de tradições
religiosas, caso das africanas e do judaísmo.

11. (UNICAMP) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes
de Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e
costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro lado,
deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos, como os
sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários grupos na região da
Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se apoia na presença árabe.
(Adaptado de Luiz Arnaut e Ana Mônica Lopes, História da África: uma
introdução. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.)

@HISTORIAULAS 58
Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:
a) O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela violência
no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente africano.
b) Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os propiciados
pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do islamismo.
c) A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes, suprimindo as
crenças religiosas tradicionais do continente.
d) O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão ocorreu
durante a corrida imperialista do século XIX.

 HA015- A África subsaariana.

1. (UnB) T’Challa é um rei-guerreiro da nação africana fictícia de Wakanda. O


herói de rosto africano é a estrela do filme Pantera Negra, a primeira grande
produção cinematográfica derivada dos quadrinhos da Marvel a trazer um
protagonista e um elenco principal negros para o centro da tela. Subvertendo os
estereótipos que frequentemente cercam o continente africano, Wakanda nunca foi
colonizada. É extremamente desenvolvida, dona de uma secreta tecnologia
avançada cuja
estética se apoia no afrofuturismo.
Tory Oliveira Pantera Negra e o racismo no universo nerd In Carta Capital,
11/2/2018 Internet (com adaptações)

A respeito dos sentidos e das estruturas linguísticas desse fragmento de texto e dos
múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item. A história africana é marcada
pela existência de importantes Estados, impérios e civilizações detentoras de grande
diversidade de estruturas societárias e culturais, tais como o Egito faraônico e os
reinos de Kush, Gana, Mali, Songhai e Kongo.

a) Certo
b) Errado

2. (ACAFE) “O antigo Mali foi criado por diversos povos aparentados que viviam
na região situada entre o rio Senegal e o rio Níger. Os mais importantes deles eram
conhecidos como mandingas (ou malinquês, ou manden). [...] Sundjata Keita (1230-
1255) estendeu a influência do Mali às unidades políticas menores da vizinhança,
lançando as bases de um Estado unificado que se manteria hegemônico até a metade
do século XV.” (MACEDO, José Rivair. História da África. São Paulo: Contexto,
2015. p.55)

@HISTORIAULAS 59
Considerando o contexto abordado, no excerto, e os conhecimentos relacionados ao
tema, assinale a alternativa CORRETA.
a) Grande parte do que se conhece da história do Mali chegou até nossos dias
graças aos sábios e viajantes europeus, que circulavam pela região, registrando
por escrito suas observações, além de terem recuperado antigos escritos na
cidade de Timbuktu, datados do século X.
b) Sundjata Keita se converteu ao cristianismo para ampliar sua participação no
comércio aurífero com os europeus e, ignorando os costumes e as tradições de
seu povo, obrigou que todos aderissem à religião monoteísta cristã.
c) As conquistas territoriais do Mali foram favorecidas pelo processo de
islamização pelo qual esse reino passou a partir do século XIII, além de sua
significativa participação nas rotas comerciais transaarianas.
d) Mesmo sendo um importante reino, o fato de o Mali se localizar,
geograficamente, próximo ao deserto do Saara impossibilitou sua relação com
outros povos e limitou sua participação no comércio da África Ocidental.

3. (UECE) Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a


seguir sobre o Mali:
( ) Há abundante documentação escrita sobre o Império Mali.
( ) Há poucos vestígios arqueológicos da civilização Mali.
( ) Os relatos do viajante Ibn Battuta registram o Império Mali.
( ) Os griots são fontes orais e ajudam a conhecer melhor a história Mali.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) V, F, F, V.
b) V, F, V, F.
c) F, V, F, F.
d) F, V, V, V.

4. (FGV-SP) Leia o texto.


Após os primeiros contatos particularmente violentos com a África negra, os
portugueses viram-se obrigados a mudar de política, diante da firme resistência das
populações costeiras. Assim, empenharam-se, principalmente, em ganhar a
confiança dos soberanos locais. Os reis de Portugal enviaram numerosas missões
diplomáticas a seus homólogos da África ocidental. Assim, entre 1481 e 1495, D.
João II de Portugal enviou embaixadas ao rei do Futa, ao koi de Tombuctu e ao
mansa do Mali.
Duas missões diplomáticas foram enviadas ao Mali, mostrando a importância que o
soberano português atribuía a esse país. A primeira partiu pelo Gâmbia, a segunda
partiu do forte de Elmina. O mansa que as recebeu, Mahmūd, era filho do mansa
Ule (Wule) e neto do mansa Mūsā. (...).

@HISTORIAULAS 60
[Madina Ly-Tall, O declínio do Império do Mali. In Djibril Tamsir (editor),
História geral da África, IV: África do século XII ao XVI]
No contexto apresentado, o Império português mudou a sua estratégia política, pois
a) encontrou um povo que desconhecia o uso da moeda na prática comercial.
b) descobriu tribos que não passaram pelas etapas do desenvolvimento histórico,
como o feudalismo.
c) reconheceu a presença de um Estado marcado por sólidas estruturas políticas.
d) identificou a tendência africana em refutar todas as influências externas ao
continente.
e) percebeu na África, em geral, a produção voltada apenas para as trocas
ritualísticas.

5. (Mackenzie) Leia os textos a seguir:


“De Tarkala à cidade de Gana, gastam-se três meses de marcha um deserto árido.
No país de Gana, o ouro nasce como plantas na areia, do mesmo modo que as
cenouras. É colhido ao nascer do sol”.
Ibn al-Fakih. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da
Antiguidade ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.32
“[Gana] é a terra do ouro. (...) Toda a gente do Magreb sabe, e ninguém disto
discrepa, que o rei de Gana possui em seu palácio um bloco de ouro pesando 30
arratéis (cerca de 14 kg). Esse bloco de ouro foi criado por Deus, sem ter sido
fundido ao fogo ou trabalhado por instrumento. Foi, porém, furado de um lado ao
outro, a fim de que nele pudesse ser amarrado o cavalo do rei. É algo curioso que
não se encontra em nenhum outro lugar do mundo e que ninguém possui a não ser o
rei, que disso se vangloria diante de todos os soberanos do Sudão”.
Al-Idrisi. Citado em: Alberto da Costa e Silva. Imagens da África: da Antiguidade
ao século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.37
Os textos foram escritos por viajantes árabes ao observarem aspectos sobre o Reino
de Gana, na África, durante a Idade Média europeia. Pela análise dos excertos, é
correto afirmar que tal Reino
a) causava espanto e admiração, tanto pelo desenvolvimento econômico como pelo
poder teocrático politeísta de governante.
b) causava estranhamento em seus visitantes, tanto pela quantidade exagerada de
metais preciosos disponíveis como pelo poder autoritário do governante.
c) provocava perplexidade nos viajantes, pois não compreendiam seu
desenvolvimento em meio a um continente marcado pela inexistência de
civilizações.
d) desenvolveu-se sustentado pela riqueza do ouro e pela crença monoteísta, fator
que o desqualificava perante os viajantes que ali passavam.
e) impressionava seus visitantes, tanto pela opulência trazida pelo ouro como pela
sua complexa organização política e social.

@HISTORIAULAS 61
6. (URCA) No século XV, na margem meridional do baixo rio Congo, existiu um
reino denominado Reino do Congo. A capital do reino, Banza Congo (Mbanza),
situava-se na confluência de várias rotas comerciais. Sobre a organização política do
Reino do Congo:
I. O mani Congo (rei) comandava o reino com a ajuda dos líderes regionais, das
aldeias, os quais prestavam auxílio militar.
II. As aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam tributos ao mani Congo -
alimentos, tecidos, sal, dentre outros produtos.
III. Os limites do reino eram traçados pelos conjuntos de aldeias, que deviam
fidelidade ao rei e ao mesmo tempo recebiam a proteção do poder central.
Marque a alternativa correta:
a) Todas as afirmações estão corretas: I, II e III.
b) Estão corretas as afirmações I e II.
c) Estão corretas as afirmações I e III.
d) Apenas a afirmação II está correta.
e) Nenhuma das afirmações é verdadeira.

7. (Universidade de Fortaleza) Principalmente a partir do século XVI, a Coroa


portuguesa interveio militarmente em disputas e conflitos entre africanos para
manter no governo autoridades africanas convenientes com o tráfico e a escravidão.
Tanto no reino Ndongo (Angola), quanto no reino do Congo, os portugueses
auxiliaram na imposição de monarcas dóceis ligados aos interesses do tráfico
atlântico. Com o tráfico, teve início o processo de roedura.
Fonte: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História. Sociedade & Cidadania. 2ª Edição.
Vol. 2. São Paulo: FTD, 2016, 81.
Ao levar em consideração as informações acima, qual das opções abaixo se refere a
relação entre o tráfico atlântico e o processo de roedura?
a) A venda de escravos organizados por africanos garantiram o surgimento de
mercado inexistente até então: venda de homens e mulheres para trabalhos
forçados no mundo.
b) No momento em que as guerras europeias afetaram os africanos, os últimos se
viram obrigados a vender seus irmãos para evitarem ser mortos, ganhando muito
dinheiro.
c) Os africanos, conscientes do excedente de pessoas dentro de seu continente, se
viram obrigados a migrar para outros países, esta relação foi erroneamente
chamada de tráfico.
d) O comércio de homens e mulheres negros, perpetrados principalmente por
europeus, garantiu a escravização de africanos nas Américas, resultando na
exploração colonial da África.
e) A população existente nas Américas não desejava adquirir escravos, porém,
foram obrigados a comprar africanos escravizados, deteriorando, assim, a
história da América colonial.

@HISTORIAULAS 62
8. (UNIFENAS) “Disposto a abraçar a fé de Cristo, o Manicongo enviou, em 1489,
uma embaixada para o rei português, que foi presenteado com tecidos de palmeiras
e objetos de marfim, formalizando seu desejo de se converter ao cristianismo e
pedindo o envio de clérigos, assim como de artesãos, mestres de pedraria e
carpintaria, trabalhadores da terra, burros e pastores. Junto com os pedidos, deixou
claro, segundo Rui de Pina, cronista que registrou o evento, seu desejo de que
doravante os dois reinos se igualassem nos costumes e na maneira de viver,
solicitando que alguns jovens, enviados com a embaixada, fossem instruídos na fala,
escrita e leitura latinas, além dos mandamentos da fé católica. E, com efeito,
durante todo o ano de 1490 os enviados do rei do Congo permaneceram em
Portugal, aprendendo o português, os mandamentos da fé católica e os costumes da
sociedade portuguesa.”
VAINFAS, Ronaldo e MELLO e SOUZA, Marina de. Catolização e poder no tempo
do tráfico: o reino do Congo da conversão coroada ao movimento antoniano, séculos
XV-XVIII.

Disponível em: https://www.historia.uff.br/tempo/artigos_dossie/artg6-7.pdf.


Ao retratar aspectos da organização da sociedade do Congo, o texto destaca a

a) clara relação imediatamente percebida pelos congoleses entre fé e poder.


b) centralidade política estatal dificultada pela imposição de costumes europeus.
c) complexidade política legitimada pelas tradições comerciais iorubás e nagôs.
d) diversidade religiosa estimulada pelo expansionismo colonial português.
e) fragilidade real impulsionada pelo contato com os traficantes de escravos.

9. (UFPR) Considere o seguinte trecho de uma carta enviada pelo rei do Congo ao
rei de Portugal em 1526:
Os comerciantes estão sequestrando o nosso povo dia após dia – filhos deste país,
filhos de nossos nobres e vassalos, mesmo as pessoas de nossa própria família [...].
Essa corrupção e depravação estão tão generalizadas que a nossa terra é
inteiramente despovoada. [...] Precisamos neste reino só de sacerdotes e professores,
e nenhuma mercadoria, a menos que seja vinho e farinha para o santo sacramento
[...]. É nosso desejo que este reino não seja um lugar para o comércio ou transporte
de escravos.
(MEREDITH, Martin. O Destino da África: cinco mil anos de riquezas, ganância e
desafios. Tradução Marlene Suano. Rio de Janeiro: Zahar, 2017, p. 122.)
Com base no texto acima e nos conhecimentos acerca dos contatos entre sociedades
africanas e europeias no início da Idade Moderna, é correto afirmar que:
a) o tráfico de pessoas escravizadas por parte de Portugal visava o despovoamento
do Reino do Congo como estratégia para uma futura colonização.

@HISTORIAULAS 63
b) a cristianização do Reino do Congo se deu através da presença militar e da
construção de feitorias portuguesas na costa africana.
c) o Reino do Congo buscava, através da diplomacia, estabelecer suas próprias leis
para a regulação do tráfico de pessoas escravizadas.
d) as influências políticas e culturais de Portugal eram recebidas com hostilidade
pelo Reino do Congo porque entravam em conflito com tradições locais.
e) as tensões decorrentes do tráfico de pessoas escravizadas ocasionaram a
Primeira Guerra Luso-Portuguesa.

10. (UEA) Njinga dizia que não queria a paz com os portugueses porque os
portugueses haviam aprisionado sua irmã e não queriam libertá-la. O padre
Serafim de Cortona escreveu, então, para o governador português de Angola,
pedindo- -lhe que libertasse a irmã de Njinga, com o que faria grande serviço a Deus
e ao rei, com a introdução “da nossa santa fé naquelas partes”. A favor da
devolução, disse ainda que assim acabaria a já longa guerra e se abriria o “comércio
ao resgate dos negros”.
(Marina de Mello e Souza. Além do visível: Poder, Catolicismo e Comércio no
Congo e em Angola (Séculos XVI e XVII), 2018. Adaptado.)
O episódio é relatado pelo padre Serafim de Cortona em um documento escrito em
1658 sobre Njinga, rainha de territórios do interior da África.
Para o sacerdote,
a) o fim da exploração do trabalho escravo dependia da conversão dos nativos ao
cristianismo
b) os povos do continente africano viviam em paz política antes da chegada dos
colonizadores.
c) as decisões políticas dos colonizadores prejudicavam o crescimento econômico
das tribos africanas.
d) as populações de religiões fetichistas resistiam com destemor às invasões
europeias.
e) os diversos interesses religiosos, políticos e econômicos dos colonizadores eram
complementares.

 HA016- A África Setentrional .

1. (PUC-Rio) A Comissão de Património Mundial da UNESCO declarou, em


08.07.2017, o centro histórico da cidade de Mbanza Congo, norte de Angola, como
Património Mundial da Humanidade.
A candidatura de Angola destacava que o Reino do Congo estava perfeitamente
organizado quando da chegada dos portugueses, no século XV, uma das mais
avançadas em África à data.

@HISTORIAULAS 64
Dividido em seis províncias que ocupavam parte das atuais República Democrática
do Congo, República do Congo, Angola e Gabão, o Reino do Congo dispunha de 12
igrejas, conventos, escolas, palácios e residências
Mbanza Congo declarada Património Mundial da Humanidade -09.07.2017.
Disponível em: . Acesso em: 14 set. 2017.
Tendo como referência a notícia acima e os conhecimentos que você possui, analise
as afirmativas seguintes com relação à história do antigo Reino do Congo.
I - O Reino do Congo foi um dos mais conhecidos reinos da região centro-ocidental
da África. Fundado no fi nal do século XIII, chegou a abranger parte dos atuais
países de Angola, República do Congo, República Democrática do Congo e Gabão.
II - A partir do século XV ocorreram os primeiros contatos dos portugueses com as
autoridades políticas do Reino do Congo, transformando essa região em uma das
maiores exportadoras de africanos escravizados para as Américas.
III - A capital do Reino do Congo era Mbanza Congo ou São Salvador, como ficou
conhecida após a conversão ao catolicismo do manicongo (rei do Congo) e a
construção da Catedral de São Salvador do Congo.
IV - A organização política do Reino do Congo somente ocorreu após a chegada dos
portugueses na região, quando estes influenciaram a formação de uma “elite
burocrática” que ajudava o manicongo (rei do Congo) a governar.
Estão corretas SOMENTE as afirmativas:
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) I, II e IV.
d) I e II.
e) I e III.

2. (UENP) Leia o texto a seguir.


Enquanto a posição da Rainha Njinga com relação ao tráfico [de escravos] era
ambivalente, às vezes abrindo e às vezes fechando os mercados, os reinos de
Matamba e Cassanje, que controlavam a aquisição e distribuição de escravos e
artigos de comércio nos sertões de Luanda, foram estabelecidos devido a seus
vínculos com os portugueses.
(MELO E SOUZA, M. Reis Negros no Brasil Escravocrata. Belo Horizonte: UFMG,
2006. p.109.)
Sobre as Guerras Angolanas, ocorridas no século XVII, considere as afirmativas a
seguir.
I. As alianças feitas entre a Rainha Njinga e os comerciantes europeus deveriam ser
entendidas como uma estratégia para que seu reino, Ndongo, mantivesse uma
relação de independência em relação ao reino do Congo.
II. A posição de Njinga de ora manter aliança com os portugueses ora desfazê-la
deve ser entendida pelo seu arrependimento de ter abandonado o islã e ter se
convertido ao cristianismo.

@HISTORIAULAS 65
III. O reino do Congo manteve-se, ao longo de todo o período das guerras, aliado
aos portugueses. Garcia Afonso II, rei do Congo, era considerado irmão de armas
do reino de Portugal.
IV. Os holandeses entraram na disputa com os portugueses pela aliança política e
comercial com os reinos africanos da região, pois naquele momento precisavam de
escravos para abastecer as plantações de cana no Nordeste brasileiro.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

3. (FGV-SP) [Desde o início do século XIV], no reino do Congo (...) moravam povos
agricultores que, quando convocados pelo mani Congo, partiam em sua defesa
contra inimigos de fora ou para controlar rebeliões de aldeias que queriam se
desligar do reino. Aldeias (lubatas) e cidades (banzas) pagavam tributos ao mani
Congo, geralmente com o que produziam: alimentos, tecidos de ráfia vindos do
nordeste, sal vindo da costa, cobre vindo do sudeste e zimbos (pequenos búzios
afunilados colhidos na região de Luanda que serviam de moeda). (...) o mani Congo,
cercado de seus conselheiros, controlava o comércio, o trânsito de pessoas, recebia
os impostos, exercia a justiça, buscava garantir a harmonia da vida do reino e das
pessoas que viviam nele. Os limites do reino eram traçados pelo conjunto de aldeias
que pagavam tributos ao poder central, devendo fidelidade a ele e recebendo
proteção, tanto para os assuntos deste mundo como para os assuntos do além, pois o
mani Congo também era responsável pelas boas relações com os espíritos e os
ancestrais.
(...) O mani Congo vivia em construções que se destacavam das outras pelo
tamanho, pelos muros que a cercavam, pelo labirinto de passagens que levavam de
um edifício a outro e pelos aposentos reais que ficavam no centro desse conjunto e
eram decorados de tapetes e tecidos de ráfia. Ali o mani vivia com suas mulheres,
filhos, parentes, conselheiros, escravos, e só recebia os que tivessem nobreza
suficiente para gozar desse privilégio.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2006)
A partir da descrição do reino do Congo, é correto afirmar que, nesse reino,
a) toda a organização administrativa estava voltada para a acumulação de riquezas
nas mãos do soberano, que as redistribuía entre as aldeias mais leais e com maior
potencialidade econômica.
b) o político e o sobrenatural estavam intimamente relacionados, além das
semelhanças entre uma corte europeia e uma de um reino na África, porque
ambas eram caracterizadas por hierarquias rígidas.

@HISTORIAULAS 66
c) a ordem política derivava de uma economia voltada para a produção baseada no
uso da mão de obra compulsória, por isso o soberano era o maior beneficiado
com a captura de homens para serem escravizados.
d) a fragmentação do poder entre os chefes das aldeias e os conselheiros do
soberano permitiu a consolidação de uma prática política pouco usual na África,
na qual as decisões eram tomadas pelos moradores do reino.
e) a prevalência da condição tribal favoreceu sua dominação por outros povos
africanos, mas especialmente pelos comerciantes europeus, interessados na
exploração de metais amoedáveis.

4. (UNICAMP) A rainha Nzinga (1624-1663), governante seiscentista do Ndongo,


um reino da África Central situado na atual Angola, chegou ao poder graças à sua
competência militar, à diplomacia bem sucedida, à manipulação da religião e de
conflitos entre potências europeias. Ela criou as condições para a primeira
sublevação popular mbundu contra a exploração portuguesa ao atrair para sua
causa os chefes que estavam sob influência europeia. Depois conquistou o reino
vizinho de Matamba e o governou por três décadas junto com o que restou do
poderoso reino Ndongo; desafiou treze governadores portugueses que regeram
Angola entre 1622 e 1633. Apesar de seus feitos e o longo reinado, comparável ao de
Elizabeth I (1503—1603) da Inglaterra, ela foi desacreditada pelos contemporâneos
europeus e por autores posteriores.
(Adaptado de Linda Heywood, Nzinga de Angola: a rainha guerreira de África.
Lisboa: Casa das Letras, 2017. p. 10-12; 82.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a rainha
Nzinga:
a) Utilizou, como estratégias políticas para conter o avanço português em seus
territórios, a formação de alianças com reinos vizinhos (como Congo), a
exploração dos conflitos entre Portugal e Holanda e a interferência nas redes do
tráfico.
b) Expulsou os portugueses de Angola e reconstruiu o reino do Ndongo em sua
extensão original através da política de distribuição de terras aos sobas que
aceitaram a sua legitimidade no trono.
c) Aboliu o tráfico atlântico de escravizados, apesar da oposição de missionários e
comerciantes portugueses que viviam em Luanda, e perseguiu os sobas
envolvidos com o comércio.
d) Enfrentou um mundo onde o imaginário monárquico e o ideário político eram
hegemonicamente masculinos e, assim como a Rainha Elizabeth I, não teve
sucesso político e militar.

5. (FGV-SP) (...) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades africanas


do século VII ao século XV?

@HISTORIAULAS 67
(...)
Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se
necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e
políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é
fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no
continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico
gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na
África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o
desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do
empobrecimento de uma classe de mercadores africanos
(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea,
2008, p. 37-8)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
a) a maior mudança ocorrida na África, após a imposição do colonialismo ibérico,
esteve relacionada com a passagem da mercantilização do trabalho compulsório
para formas mais brandas de exploração da escravidão, com o avanço de direitos
para os africanos convertidos ao cristianismo.
b) a chegada do colonialismo europeu na África subsaariana foi fundamental para o
desenvolvimento do continente, em razão da organização do tráfico
intercontinental de escravos, permitindo que a maior parte das rendas advindas
dessa atividade ficasse no próprio continente.
c) a existência da escravidão na África negra era desconhecida até a chegada dos
primeiros exploradores coloniais, caso dos portugueses, que impuseram essa
forma de organização do trabalho, condição necessária para a posterior
acumulação de capitais entre as elites regionais africanas.
d) as práticas de utilização do trabalho compulsório em todo o território africano,
até a chegada dos exploradores europeus, estavam articuladas com a essência da
religiosidade do continente, caracterizada pela concepção de que os sacrifícios
materiais levavam os homens à graça divina.
e) a escravidão existente no continente africano, antes da expansão marítima, tinha
uma multiplicidade de características, sendo inclusive doméstica, e o tráfico de
escravos, para atender aos interesses mercantilistas europeus, trouxe decisivas
transformações para as inúmeras regiões da África.

6. (UFRGS) Com relação à história das antigas sociedades africanas e do Oriente


Médio, assinale a alternativa correta.
a) Os assírios notabilizaram-se pelo estabelecimento de relações comerciais
pacíficas com os diversos grupos sociais localizados entre o Golfo Pérsico e o Mar
Mediterrâneo, e foram reconhecidos como o único império antigo desprovido de
exército.

@HISTORIAULAS 68
b) Muitas sociedades do norte da África, antes do contato com as religiões cristã e
islâmica, organizavam-se de forma matrilinear, conferindo às mulheres um papel
destacado nas relações de poder.
c) A civilização egípcia, favorecida pelo sistema hidráulico do Nilo, encontrou no
rio uma barreira de proteção natural que impedia o avanço e o contato com os
demais povos da África.
d) Os povos da Núbia, situados no nordeste do continente africano, formaram a
civilização meroítica, caracterizada pela ausência de práticas religiosas, pela
simplicidade dos seus modelos arquitetônicos e pelo isolamento social.
e) Os hebreus organizaram-se a partir de clãs patriarcais, localizados às margens
do rio Jordão, e constituíram-se como povos predominantemente agrícolas,
proibindo as atividades pastoris, consideradas impuras pela Torá.

 HA017- A Idade Média.

01. (UEL) A organização do mundo medieval, concebida como harmônica, foi


rompida no decorrer dos séculos X ao XV por um complexo processo histórico
constituído por transformações e criações que mudaram a Europa Ocidental.
Em relação à criação das monarquias ibéricas nesse contexto, considere as
afirmativas a seguir.
I. A nobreza portuguesa lutou de forma unificada contra o reino de Castela pela
independência de Portugal, apoiando-se no retorno do Rei Dom Sebastião I.
II. A reconquista da região ibérica, no século XIII, teve início com o Papa Urbano
VII ao conceder o reino de Navarra a Dom Afonso Henrique.
III. A reconquista espanhola equilibrou-se em uma centralização política, mas sem
atingir uma unificação cultural pelas diversas identidades de seus habitantes.
IV. Em Portugal, a Revolução de Avis, composta majoritariamente pelas camadas
burguesas, fortaleceu a unificação política do reino.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

02. (UFGD) No livro “A Sociedade Feudal” (1979), o historiador Marc Bloch


reflete sobre a baixa expectativa de vida na Europa feudal.
A mortalidade infantil, incontestavelmente muito forte na Europa feudal, não
deixava de embotar um pouco os sentimentos relativamente a lutos que eram quase
normais. Quanto à vida dos adultos, mesmo independentemente dos acidentes de
guerra, era em média relativamente curta: pelo menos, quanto podemos avaliar

@HISTORIAULAS 69
pelas personagens principais a que se referem os únicos dados, embora imprecisos,
de que dispomos. Roberto, o Pio, morreu pelos sessenta anos; Henrique I, com 52
anos; Filipe I e Luís VI, com 56. Na Alemanha, os quatro primeiros imperadores da
dinastia saxônica atingiram respectivamente 60 anos – ou perto disso – 28, 22 e 52
anos. A velhice parecia começar muito cedo, desde a idade madura. Aquele mundo
que [...] se julgava muito velho, era de facto dirigido por homens jovens.
BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Edições 70: Lisboa, 1979, p. 94.
Considerando o texto e o contexto social do período histórico, é correto afirmar
que
a) entre tantas mortes prematuras na Europa feudal, asgrandes epidemias eram
responsáveis por muitas delas, haja vista que a sociedade estava mal preparada
para combatê-las. Entre os pobres, além do mais, as mortes eram provocadas
pela fome.
b) as muitas mortes na Europa feudal eram devidas às grandes guerras. A
sociedade tinha alimentação farta e recursos materiais para lidar com as
catástrofes advindas da natureza e dos surtos de doenças.
c) na Europa feudal, a baixa expectativa de vida da sociedade estava associada às
catástrofes da natureza. A medicina avançou consideravelmente no período
medieval, sobretudo no controle de epidemias.
d) as mortes prematuras na Europa feudal são evidências de que o feudalismo
apresentava sérios problemas sociais. Entre os séculos XVII e XVIII, o
feudalismo desapareceu em todos os países da Europa, pois não expressava mais
as demandas populares.
e) o contexto político absolutista dos países europeus da Idade Média contribuiu
decisivamente para as mortes prematuras no período, pois havia muitas guerras.
Por mais que a produção de alimentos fosse abundante e acessível, os conflitos
por terras foram preponderantes pelas mortes.

03. (UEMA) No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado a escrever
sobre a fórmula da fidelidade e assim o fez:
Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente estes seis
princípios: proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade. Proteção,
quer dizer, nada deve ser feito em prejuízo do senhor quanto ao seu corpo.
Segurança, nada em prejuízo da residência onde ele habita ou de suas fortalezas nas
quais ele possa se achar. Honra, quer dizer, nada em detrimento de sua justiça ou
do que possa sua honra depender. Interesse, quer dizer, nada que possa prejudicar
suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o bem que o senhor possa fazer
não lhe deva ser tornado difícil e o que ele esteja fazendo tornado impossível (...)
Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime Pinsky. Modo de
produção feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.
Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem referência às
relações sociais entre

@HISTORIAULAS 70
a) patrícios e plebeus na Antiguidade.
b) suseranos e vassalos na Idade Média.
c) proprietários de terras e escravos no Brasil Colonial.
d) burgueses e classe trabalhadora na sociedade industrial.
e) latifundiários e camponeses na América Contemporânea.

04. (UENP) Sobre a sociedade medieval europeia, o sociólogo alemão Norbert Elias
assim se refere:
A pilhagem, a guerra, a caça de homens e animais – todas estas eram necessidades
vitais, que, devido à estrutura da sociedade, ficavam à vista de todos. E assim, para
os fortes e os poderosos, formavam parte dos prazeres da vida.
(ELIAS, N. O Processo Civilizador. v.I: Uma História dos Costumes. Rio de
Janeiro: Zahar, 1994.)
Com base no texto e nos conhecimentos a respeito do período retratado, assinale a
alternativa correta.
a) A guerra na sociedade medieval estava restrita ao ataque aos povos não cristãos,
como os judeus e mouros. As Cruzadas são um exemplo deste tipo de ação bélica.
b) A violência medieval estava ligada ao mundo secular da nobreza guerreira. As
ações do clero e da Igreja visavam unicamente à contenção da violência e à
manutenção da paz, como nos períodos determinados para a “Trégua de Deus”.
c) Ações violentas de saque e pilhagem eram comuns entre o estamento guerreiro
durante a Baixa Idade Média. Vendetas (atos e contra-atos de vingança),
torturas, mutilações e assassinatos faziam parte da vida social, mesmo com a
intensa atmosfera de religiosidade.
d) Durante a Idade Média europeia, a religião ocupava lugar central na vida das
pessoas. Para as pessoas comuns, tudo era interpretado como manifestação
divina ou tentação demoníaca. O medo da punição e da ira divina fazia com que
a violência fosse contida.
e) Em muitos momentos, os chamados “senhores feudais” praticavam diversos atos
de violência contra os camponeses medievais. Além disso, diversos impostos
oprimiam a vida das famílias camponesas. Mesmo assim, não há notícias de
revoltas populares neste período, devido, principalmente, a um imaginário que
estabelecia que uns foram criados por Deus para trabalhar, outros para orar, e
alguns para guerrear e proteger os demais.

05. (UECE) No ano de 2006, os líderes religiosos, o Papa Católico Bento XVI e o
Patriarca Ecumênico Ortodoxo Bartolomeu I, encontraram-se em Istambul, na
Turquia. O encontro marcou a reaproximação entre Católicos e Ortodoxos, e
renovou os compromissos em continuar o caminho da unidade dos cristãos e o
diálogo entre ambas as religiões. A ruptura entre Católicos e Ortodoxos
a) ocorreu em 330 com a transferência da capital do Império Romano para
Constantinopla.

@HISTORIAULAS 71
b) foi conduzida pelo Imperador bizantino Justiniano, que governou entre 527 e
565.
c) deu-se devido às desavenças entre católicos e o poder imperial, pela cobrança de
indulgências.
d) aconteceu em 1054 e ficou conhecida como Cisma do Oriente.

06. (UEA) A questão de como decorar as igrejas cristãs fez reviver as discussões
sobre o problema geral da imagem e o seu uso na religião cristã. O Papa Gregório
Magno, que viveu no final do século VI, defendeu o seu uso, argumentando que
muitos membros da Igreja não sabiam ler nem escrever e, que, para ensiná-los,
essas imagens eram úteis. Disse ele: “A pintura pode fazer pelos analfabetos o que a
escrita faz pelos que sabem ler”.
(Ernest H. Gombrich. A história da arte, 1993. Adaptado.)
A decisão tomada pelo Papa Gregório Magno expressava
a) a adoção pelas pequenas comunidades cristãs de conteúdos politeístas e
fetichistas das tribos germânicas.
b) o empenho eclesiástico em se manter fiel às proibições dos textos originais e
fundamentadores do monoteísmo.
c) a oposição do papado à preservação de qualquer elemento cultural oriundo da
tradição clássica romana.
d) o esforço de adaptação do catolicismo às condições históricas caracterizadas pela
derrocada do Império Romano e pela formação dos reinos bárbaros.
e) a necessidade do cristianismo romano de combater a expansão do movimento
protestante na Europa.

07. (UESB) A casa de Deus, que se crê una, está assim dividida em três: uns oram,
outros combatem, e os outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem
não sofrem com sua disjunção; os serviços prestados por uma são a condição da
obra das outras; e cada uma, por sua vez, encarrega-se de aliviar o todo.
(BRAICK; MOTA, 2010, p. 144).
O fragmento de texto do bispo Adalberón de Laon, escrito em 1030,
a) expressa a ideologia religiosa da Idade Média, que justificava a divisão da
sociedade em ordens superpostas de difícil mobilidade.
b) entra em contradição com a atuação das Cruzadas, que submetiam nobres e
camponeses a trabalhos iguais durante suas campanhas.
c) fortaleceu a mensagem das ordens religiosas que pregavam a pobreza, o trabalho
manual e o sustento próprio de cada monge.
d) fundamentou o fortalecimento das monarquias absolutistas e seu desligamento
definitivo do poder da Igreja, na Baixa Idade Média.
e) explica a submissão da classe camponesa europeia, nas Idades Média e Moderna,
fazendo-a aceitar passivamente sua expulsão das terras feudais.

@HISTORIAULAS 72
08. (UEG) Leia o texto a seguir.
A Cruzada foi fonte de enormes infelicidades, desde a própria época: a tomada de
Jerusalém, em 1099, o saque de Constantinopla em 1204 são páginas vergonhosas
da história do Ocidente Cristão [...]. É claro que a Cruzada foi muito importante
para a identidade da cristandade: um tal projeto une uma comunidade, dá-lhe uma
unidade.
LE GOFF, Jacques. Uma longa Idade Média. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2008. p. 101–102.
Quando, no século XI, o papa Urbano II convocou a Primeira Grande Cruzada ao
Oriente, usou como justificativa para tamanha movimentação de tropas e recursos o
projeto de
a) reafirmar a universalidade da fé católica, ameaçada pelas conversões em massa
dos cristãos do Oriente ao islamismo.
b) reunificar os Impérios Romano do Oriente e do Ocidente, separados desde o
Édito de Tessalônica de 395.
c) retomar a posse de reinos cristãos ibéricos ocupados por muçulmanos, num
projeto militar chamado de Reconquista.
d) defender os cristãos do Oriente e a retomada dos “lugares santos” que estavam
em posse dos muçulmanos.
e) punir os cavaleiros cristãos que desobedeciam a Paz e a Trégua de Deus,
enviando-os em missão suicida ao Oriente.

09. (UCS) A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimento, apogeu
e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo.
Assinale a alternativa que apresenta de forma correta características do sistema
feudal.
a) A política feudal não proporcionava autonomia aos feudos, sendo, portanto,
centralizada.
b) As terras dividiam-se em reservas senhoris e mansos servis. A sociedade era
estamental, sem mobilidade social.
c) A cultura feudal foi antropocêntrica, ou seja, baseada na visão do homem como
centro do Universo.
d) A principal forma de trabalho foi a escravidão, pois os trabalhadores rurais
eram tratados como mercadorias.
e) O feudalismo apresentou características semelhantes em todo território europeu,
sendo a Inglaterra o modelo mais exemplar.

10. (UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre


a crise do século XIV na Europa, durante a Baixa Idade Média.

@HISTORIAULAS 73
( ) A principal causa da crise foi uma combinação entre a Guerra dos Trinta Anos,
as revoltas continentais contra o absolutismo e a propagação da peste bubônica por
todo o continente.
( ) A Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra foi o principal conflito
militar associado à crise e teve por resultado a vitória francesa diante dos ingleses.
( ) A crise enfraqueceu política e economicamente os senhores feudais, dando início
a uma gradual transferência de poder para as monarquias europeias nos séculos
seguintes.
( ) A crise destruiu o absolutismo monárquico como sistema político e abriu
caminho para a descentralização de poder, típica do período medieval tardio.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – F – V.
b) F – F – V – V.
c) V – V – F – F
d) F – V – V – F.
e) F – V – F – V.

11. (UEL) A organização do mundo medieval, concebida como harmônica, foi


rompida no decorrer dos séculos X ao XV por um complexo processo histórico
constituído por transformações e criações que mudaram a Europa Ocidental.
Em relação à criação das monarquias ibéricas nesse contexto, considere as
afirmativas a seguir.
I. A nobreza portuguesa lutou de forma unificada contra o reino de Castela pela
independência de Portugal, apoiando-se no retorno do Rei Dom Sebastião I.
II. A reconquista da região ibérica, no século XIII, teve início com o Papa Urbano
VII ao conceder o reino de Navarra a Dom Afonso Henrique.
III. A reconquista espanhola equilibrou-se em uma centralização política, mas sem
atingir uma unificação cultural pelas diversas identidades de seus habitantes.
IV. Em Portugal, a Revolução de Avis, composta majoritariamente pelas camadas
burguesas, fortaleceu a unificação política do reino.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

12. (Mackenzie) Ao analisar a estrutura do trabalho, durante a Alta Idade Média,


Leo Huberman afirmou:
“O camponês era, então, um escravo? Na verdade, chamava-se de ‘servos’ a maioria
dos arrendatários, da palavra latina servus, que significa ‘escravo’. Mas eles não eram
escravos, no sentido que atribuímos à palavra, quando a empregamos”.

@HISTORIAULAS 74
Leo Huberman. História da riqueza do homem. 21ª ed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1986, p.06
Considerando os trabalhadores durante o período considerado, a distinção
principal, notada pelo autor, decorre
a) da obtenção de proteção, oferecida pelo senhor aos seus servos que, em troca,
prestavam o juramento de fidelidade ao dono da terra, dentro das relações de
suserania e vassalagem.
b) das especificidades do trabalho naquele período, em que os servos deviam
obrigações ao senhor da propriedade, não podendo ser vendidos ou trocados, já
que estavam vinculados à terra.
c) das formas diferentes de se lidar com a mão de obra, já que, na Idade Média, o
servo podia ser vendido ou trocado a qualquer momento, condição inexistente
com os escravos.
d) da concepção diferenciada sobre o tratamento dado aos trabalhadores, mais
amena em relação aos servos, e de extrema crueldade em relação aos escravos e
suas respectivas famílias.
e) dos diferentes vínculos estabelecidos entre o trabalhador e o senhor da terra: o
escravo estava preso ao seu proprietário, já os servos eram homens livres, que
podiam escolher a proteção de um senhor menos cruel.

13. (UENP) Sobre a sociedade medieval europeia, o sociólogo alemão Norbert Elias
assim se refere:
A pilhagem, a guerra, a caça de homens e animais – todas estas eram necessidades
vitais, que, devido à estrutura da sociedade, ficavam à vista de todos. E assim, para
os fortes e os poderosos, formavam parte dos prazeres da vida.
(ELIAS, N. O Processo Civilizador. v.I: Uma História dos Costumes. Rio de
Janeiro: Zahar, 1994.)
Com base no texto e nos conhecimentos a respeito do período retratado, assinale a
alternativa correta.
a) A guerra na sociedade medieval estava restrita ao ataque aos povos não cristãos,
como os judeus e mouros. As Cruzadas são um exemplo deste tipo de ação bélica.
b) A violência medieval estava ligada ao mundo secular da nobreza guerreira. As
ações do clero e da Igreja visavam unicamente à contenção da violência e à
manutenção da paz, como nos períodos determinados para a “Trégua de Deus”.
c) Ações violentas de saque e pilhagem eram comuns entre o estamento guerreiro
durante a Baixa Idade Média. Vendetas (atos e contra-atos de vingança),
torturas, mutilações e assassinatos faziam parte da vida social, mesmo com a
intensa atmosfera de religiosidade.
d) Durante a Idade Média europeia, a religião ocupava lugar central na vida das
pessoas. Para as pessoas comuns, tudo era interpretado como manifestação
divina ou tentação demoníaca. O medo da punição e da ira divina fazia com que
a violência fosse contida.

@HISTORIAULAS 75
e) Em muitos momentos, os chamados “senhores feudais” praticavam diversos atos
de violência contra os camponeses medievais. Além disso, diversos impostos
oprimiam a vida das famílias camponesas. Mesmo assim, não há notícias de
revoltas populares neste período, devido, principalmente, a um imaginário que
estabelecia que uns foram criados por Deus para trabalhar, outros para orar, e
alguns para guerrear e proteger os demais.

14. (UFN) Observe, no mapa a seguir, a representação das rotas comerciais que
vigoraram no século XII e XIII na Europa ocidental.
Sobre o contexto considerado na ilustração, é possível afirmar que
a) a formação dos burgos, locais fortificados em pontos estratégicos, pôs fim ao
poder dos senhores feudais.
b) neste contexto, formaram-se também as corporações de ofício, associações que
reuniam profissionais do mesmo ramo de atividades, divididos em mestres e
aprendizes.
c) o comércio marítimo de longa distância, atravessando mares antes
desconhecidos, foi uma das inovações desta época.
d) o aparecimento da figura do comerciante, totalmente ausente no período
medieval, implicou transformações profundas no ocidente.
e) a forte influência dos mercadores atraiu a atenção dos senhores feudais, que
firmaram alianças políticas determinantes para a Europa do século XII.

15. (UFN) Observe, no mapa a seguir, a representação das rotas comerciais que
vigoraram no século XII e XIII na Europa ocidental.

@HISTORIAULAS 76
Sobre o contexto considerado na ilustração, é possível afirmar que
a) a formação dos burgos, locais fortificados em pontos estratégicos, pôs fim ao
poder dos senhores feudais.
b) neste contexto, formaram-se também as corporações de ofício, associações que
reuniam profissionais do mesmo ramo de atividades, divididos em mestres e
aprendizes.
c) o comércio marítimo de longa distância, atravessando mares antes
desconhecidos, foi uma das inovações desta época.
d) o aparecimento da figura do comerciante, totalmente ausente no período
medieval, implicou transformações profundas no ocidente.
e) a forte influência dos mercadores atraiu a atenção dos senhores feudais, que
firmaram alianças políticas determinantes para a Europa do século XII.

 HA018- A Alta Idade Média.

01. (ACAFE) O período medieval europeu caracterizou-se pelo predomínio do


sistema feudal, especialmente na Europa centro ocidental. Sua formação remonta as
transformações ocorridas no final do Império Romano Ocidental.
Dentro deste contexto, são características associadas ao feudalismo europeu as
afirmações abaixo, exceto a alternativa:
a) As relações de suserania e vassalagem estavam ligadas ao teocentrismo medieval
e serviam unicamente para formar o cavaleiro, protetor da cristandade.
b) O servo constituiu-se na mão-de-obra principal nas relações feudais de
produtividade. Achava-se ligado à terra e a um senhor feudal.
c) A Igreja Cristã tornou-se uma grande instituição. Exercia o domínio ideológico e
cultural da sociedade feudal, caracterizado pelo teocentrismo.
d) A sociedade era estamental, sem mobilidade social. Os servos, vinculados à terra,
não tinham possibilidade de ascender socialmente.

02. (UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, a


respeito da história do cristianismo entre os séculos IV e XV.
( ) O predomínio da Igreja cristã no Ocidente ocorre a partir da conversão do
imperador Constantino em 312, e da imediata proibição imposta a outras religiões
consideradas pagãs.
( ) A difusão ideológica do cristianismo ocorreu também graças a obras dos
chamados pais da Igreja, como o africano Agostinho, bispo de Hipona e autor
de Cidade de Deus.
( ) A gradual intervenção no estabelecimento de normas a respeito do matrimônio
e do modelo familiar contribuiu para o processo de controle social por parte da
Igreja.

@HISTORIAULAS 77
( ) A Ordem de Cristo, criada em Portugal no século XIV, foi uma ordem de
caráter religioso e militar instituída como prevenção contra a expansão territorial
francesa, realizada pelos cavaleiros templários em nome de Filipe IV.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – F – F – F.
b) V – V – F – F.
c) F – F – V – V.
d) F – V – V – F.
e) F – V – V – V.

03. (UECE) As principais características do Feudalismo são as relações de


dependência e fidelidade.
A doação do feudo se concretizava com um juramento por meio do qual o nobre se
comprometia a
a) proteger e auxiliar militarmente o outro.
b) respeitar e amar o seu vassalo.
c) pagar o direito de usufruto.
d) proporcionar isenção no pagamento de tributos.

04. (UFPR) Para muitos pesquisadores, é correto assinalar que durante a Idade
Média foram os árabes, não os cristãos, os herdeiros e sucessores da ciência
helênica, uma herança que fez com que toda a extensão dos seus domínios, da
Espanha ao Afeganistão, o mundo muçulmano, fosse cenário de uma atividade
intelectual intensa, não só em filosofia, mas também em matemática, astronomia e
medicina. Nem sempre conhecida ou traduzida no Ocidente, essa produção está
preservada em uma grande quantidade de manuscritos.
(BISSIO, Beatriz. O mundo falava árabe. A civilização árabe-islâmica clássica
através da obra de Ibn Khaldun e Ibn Battuta. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2012, p. 36.)
Com base no texto acima e nos conhecimentos sobre o mundo muçulmano na
Idade Média, assinale a alternativa correta.
a) Foi justamente em função do seu caráter religioso fragmentado que o mundo
muçulmano e a sua civilização distinguiramse mais vigorosamente do Ocidente
cristão, fortemente homogêneo. A existência, no seio do Império Muçulmano, de
numerosas tendências religiosas teve consequências consideráveis na produção de
manuscritos.
b) Apesar da sua hegemonia nas ciências durante o período medieval, a civilização
muçulmana era, afinal, um simples conjunto díspar de empréstimos culturais, o
qual não conseguia refletir o novo universalismo e a nova ordem social que se
instaurou com o surgimento do Islã.
c) Durante esse período, cidades como Córdoba, Bagdá e Alexandria, entre outras,
se tornaram centros de intercâmbio de conhecimentos. Tratava-se de um circuito

@HISTORIAULAS 78
cosmopolita do qual a Europa, periférica e tragada por diversas crises religiosas,
não participou.
d) A Idade Média foi um período caraterizado pelo domínio efetivo, militar e
político, dos países muçulmanos sobre os países cristãos. Um domínio
caracterizado, entre outras coisas, pela presença hegemônica da língua árabe nos
espaços comerciais, políticos e acadêmicos da Europa.
e) Existe consenso entre a maioria dos historiadores que estudam o período de que a
emergência do horizonte renascentista deve muito ao trabalho dos sábios e
acadêmicos muçulmanos, conhecidos pelo mundo cristão, sobretudo, através da
Península Ibérica.

05. (UFPR) Leia o trecho abaixo, retirado de uma carta escrita entre 830 e 840 pelo
aristocrata franco Eginhardo, em favor de camponeses:
Ao nosso mui querido amigo, o glorioso conde Hatton, Eginhardo, saudação eterna
do Senhor. Um dos vossos servos, de nome Huno, veio à igreja dos santos mártires
Marcelino e Pedro pedir mercê* pela falta que cometeu contraindo casamento sem o
vosso consentimento [...]. Vimos, pois, solicitar a vossa bondade para que em nosso
favor useis de indulgência em relação a este homem, se julgais que a sua falta pode
ser perdoada. Desejo-vos boa saúde com a graça do Senhor.
(Cartas de Eginhardo. Tradução de Ricardo da Costa. Extratos de documentos
medievais sobre o campesinato (sécs. V-XV). Disponível em:
<https://www.ricardocosta.com/extratos-de-documentos-medievais-sobre-o-
campesinato-secs-v-xv#footnoteref19_nuc8key>. Acesso em 11 de agosto de 2018.)
*pedir mercê = pedir intercessão
No extrato acima, encontramos elementos da vida social e econômica do período
medieval europeu (Alta Idade Média). Esse documento insere-se em qual sistema
social, político e econômico predominante nesse contexto?
a) Feudalismo, caracterizado pela ruralização da economia, pela relação senhorial
entre nobres e servos e pela atuação social e política da Igreja Católica.
b) Mercantilismo, caracterizado pela urbanização da economia, pela relação
senhorial entre nobres e camponeses e pela atuação social e política da Igreja
Protestante.
c) Socialismo, caracterizado pela ruralização da economia, pela relação remunerada
entre nobres e servos e pela atuação cultural e política da Igreja Cristã.
d) Mercantilismo, caracterizado pela urbanização da economia, pela relação
campesina entre nobres e vassalos e pela atuação social e política da Igreja
Ortodoxa.
e) Feudalismo, caracterizado pela urbanização da economia, pela relação agrária
entre o clero e os servos e pela atuação social e cultural da Igreja Cristã.

06. (UECE) Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a


seguir sobre a epidemia que ficou conhecida como “peste negra” que, em sua fase

@HISTORIAULAS 79
crítica entre 1348 e 1350, causou a morte de pelo menos um terço da população do
continente europeu.
( ) Foram proibidos os encontros públicos; as pessoas acometidas pela doença
deviam permanecer em suas casas e, em alguns casos, eram expulsas da cidade.
( ) Os funerais públicos foram proibidos; os corpos dos mortos deixaram de ser
sepultados nos arredores ou dentro das igrejas e passaram a ser enterrados fora dos
muros da cidade.
( ) Vinagre, água de rosas e cravo-da-índia, dentre outros recursos com substâncias
aromáticas, eram utilizados como remédios para conter a peste negra.
( ) Médicos, padres e tabeliões, cujo dever profissional deveria ser zelar pelos
aspectos sanitários, espirituais e jurídicos, foram proibidos de visitar ou assistir os
moribundos.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) F, V, F, V.
b) V, F, V, F.
c) V, V, V, F.
d) F, F, F, V.

07. (UERR) “A casa de Deus, que se crê uma, está pois dividida em três: alguns
rezam, outros combatem e outros trabalham. Essas três partes que coexistem não
suportam ser separadas; os serviços prestados por uma são a condição das obras
das outras duas”.
ADALBERÓN, Bispo de Laon. Canto ao rei Roberto. Século X. In: PEDRERO-
SÁNCHEZ. História da Idade Média: textos e textemunhas. São Paulo: Unesp,
2000. p. 91.
Escolha a alternativa que melhor representa as classes sociais típicas do
Feudalismo descritas no texto dentre as alternativas a seguir:
a) suseranos, vassalos e servos.
b) patrícios, clientes e plebeus.
c) sacerdotes, faraó e felás.
d) igreja, burguesia e proletariado.
e) clero, nobreza e servos.

08. (UEFS) O modo de produção feudal que emergiu na Europa ocidental na Idade
Média foi dominado pela terra. A propriedade agrária era controlada por uma
classe de senhores feudais, a quem os camponeses prestavam serviços e faziam
pagamentos em espécie.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo, 2016. Adaptado.)
O excerto contém informações históricas essenciais sobre o feudalismo, tais como
a) as produções artísticas e os fundamentos culturais.
b) as bases econômicas e as relações sociais.
c) as guerras de dominação e a formação dos reinos bárbaros.

@HISTORIAULAS 80
d) as crenças religiosas e o poder eclesiástico.
e) as atividades comerciais monetarizadas e o crescimento urbano.

09. (UFPR) Considere o fragmento abaixo:


Durante a Idade Média, a figura feminina revestiu-se dos piores atributos
imagináveis. Para os teólogos, além de infantil e inconstante, a mulher era mãe de
todo pecado: Thomas Murner chamava-a de “Diabo doméstico”, enquanto Tomás
de Aquino reservava-lhe a pecha de “macho deficiente”. Essas características
levaram-na a ser o elo fraco das sociedades cristãs, a janela pela qual Satã
adentrava territórios sacramentados. Sendo fraca de vontade e caráter, a mulher
ficava à mercê das tentações demoníacas, tornando-se facilmente discípula e amante
do Diabo.
(SOUZA, Aníbal. Missionários e Feiticeiros. História: Questões e Debates,
Curitiba, v. 13. jul./dez., 1996. p. 118.)
Em relação ao imaginário na Idade Média, é correto afirmar que vigorava uma
forte influência:
a) cristã protestante e alto poder do clero, com grande perseguição contra os
considerados heréticos.
b) cristã protestante e alto poder do clero, além de pouca mobilidade social e grande
perseguição contra os considerados vassalos.
c) católica e alto poder do clero, além de pouca mobilidade social e grande
perseguição contra os considerados heréticos.
d) católica e alto poder dos nobres, além de grande mobilidade social e perseguição
contra protestantes, considerados heréticos.
e) católica e alto poder do clero, além de grande mobilidade social e perseguição
contra os considerados vassalos.

10. (UFU) Observe a imagem.

@HISTORIAULAS 81
Essa pintura retrata um dos fatores que contribuíram para a derrocada do sistema
feudal na Europa Medieval.
Sobre o contexto abordado, é correto afirmar que a rápida disseminação da peste
negra decorreu em grande parte em função
a) da circulação de mercadorias na Europa totalmente urbanizada.
b) do reforço do sistema servil, que debilitou ainda mais os camponeses.
c) da crença na ira divina, que dificultava a cura pela medicina.
d) do baixo nível nutricional e das precárias condições sanitárias dos indivíduos.

11. (UEA) O programa de Suger é claro: a catedral devia se tornar uma espécie de
imenso livro de pedra, no qual não somente a riqueza dos ouros e das gemas
provocasse no fiel sentimentos de devoção, e a cascata de luz das paredes abertas
sugerisse a efusiva presença da potência divina, mas também as esculturas das
portadas, os relevos dos capitéis, as imagens dos vitrais comunicassem aos fiéis os
mistérios da fé, a ordem dos fenômenos naturais, a hierarquia das artes e das
profissões, os acontecimentos da história pátria.
(Umberto Eco. Apocalípticos e integrados, 2005.)
Atribui-se ao abade francês Suger, do século XII, a criação da igreja gótica.
Considerando-se o conteúdo do excerto e conhecimentos sobre a história da Idade
Média Ocidental, é correto afirmar que
a) as artes eclesiásticas eram esteticamente imperfeitas e desprovidas de conteúdos
simbólicos voltados para a edificação moral dos cristãos.
b) a iconografia cristã abrangia um vasto domínio religioso e social, exprimindo as
diversas funções exercidas pela Igreja.
c) o cristianismo medieval era rude e ascético, porque expressava a simplicidade da
existência das primeiras comunidades cristãs.

@HISTORIAULAS 82
d) a Igreja, ligada aos senhores feudais e à realeza, adotou um comportamento
elitista, desvinculado da maioria dos cristãos.
e) os clérigos regulares e seculares abandonaram a preocupação com o pecado e a
salvação das almas, procurando usufruir das riquezas materiais.

12. (UECE) A historiografia recente não aceita mais uma ideia negativa sobre a
Idade Média, porque considera essa ideia um juízo de valor do humanismo
renascentista que pretendia ligar-se diretamente ao pensamento clássico da
antiguidade greco-romana.
Atente ao que se diz a seguir em relação à Idade Média, e assinale com V o que for
verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Nesse período foram extintas algumas línguas e literaturas.
( ) Ocorreu aumento demográfico causado por maior produtividade.
( ) Houve dinamismo social impulsionado pelos comerciantes e artesãos.
( ) Foram criadas as primeira universidades.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) F, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) V, V, F, F.
d) F, F, F, V.

13. (UEL) Como parte do acervo do Museu do Louvre, as obras Estátua Equestre e
Espada Joiosa expressam o período de Carlos Magno, na alta Idade Média europeia
(séculos VIII-IX).
Sobre as características da dinastia carolíngia, assinale a alternativa correta.
a) Carlos Magno criou a Escola Palatina reunindo estudiosos de várias áreas e de
diferentes regiões da Europa.
b) Sob o domínio dos carolíngios ocorreu uma separação entre o poder temporal e o
poder espiritual.
c) O poder central do rei carolíngio se fortaleceu perante o enfraquecimento do
poder local dos senhores feudais.
d) O Tribunal do Santo Ofício regulava de forma hegemônica os conflitos entre os
senhores feudais carolíngios.
e) Carlos Magno manteve um período de paz permanente em seus domínios
territoriais.

14. (UECE) Leia atentamente o seguinte excerto: “Escrita no ambiente da


Congregação Romana do Santo Oficio, a Instructio fazia eco às recentes polêmicas
de origem tanto católica quanto protestante, bem como à atitude mais do que
moderada adotada, nos casos de feitiçaria, pela Inquisição espanhola”.
GINZBURG, C. Os andarilhos do bem: feitiçaria e cultos agrários nos séculos XVI
e XVII. Trad. Jônatas Batista Neto. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p.173.

@HISTORIAULAS 83
Atente às seguintes afirmações sobre a Inquisição espanhola:
I. Foi criada por Fernando II de Aragão e Isabel de Castela em 1478 para manter a
ortodoxia católica.
II. A Inquisição espanhola não teve precedentes similares na Europa desde o século
XII d.C.
III. A abolição da Inquisição espanhola foi aprovada em 1812, mas passou a
vigorar definitivamente a partir de 1834, no reinado de Isabel II.
É correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I e II apenas.
c) II e III apenas.
d) I e III apenas.

15. (UERR) O período entre o século V e o século XV, na Europa Ocidental, ficou
conhecido como Idade Média.
Sobre essa época culturalmente rica e complexa, assinale a única alternativa
verdadeira.
a) O Império Carolíngio, com uma forte economia urbana, uso intensivo da moeda e
governo rigidamente centralizado, assinalou a fase final da era medieval,
conhecido como Baixa Idade Média.
b) A Crise do Século XIV, a Peste Negra e a Guerra dos Cem Anos evidenciaram as
contradições do crescimento demográfico e econômico sob o feudalismo, nos
séculos precedentes.
c) As Cruzadas resultaram em uma vitória fácil e duradoura dos cristãos sobre os
muçulmanos no Mediterrâneo oriental, pois a cristandade medieval mostrou-se
mais tolerante, mais avançada tecnicamente e economicamente que o Islã.
d) Ao longo de toda a Idade Média, não houve contestação às doutrinas oficiais da
Igreja Católica Apostólica Romana, verificando-se uma grande homogeneidade
em todo o mundo cristão.
e) A parte inicial da Idade Média, denominada Alta Idade Média, foi uma era de
disseminação de novas técnicas pelo continente europeu, como os moinhos de
vento, a rotação trienal de culturas no campo, o uso de adubo e da charrua,
aumentando muito a produtividade agrícola.

 HA019- A Baixa Idade Média I.

01. (UFJF) Leia com atenção o texto a seguir sobre o fim do período medieval.
... o final do milênio medieval costuma ser visto sob a forma de uma crise profunda
e generalizada. Brutal, a mortalidade provocada pelo bacilo da peste espalha-se
rápida e maciçamente. Os doentes sucumbem em alguns dias, sem remédio nem

@HISTORIAULAS 84
alívio possíveis. No dizer das testemunhas, toda organização social, até os laços
familiares, foi violentamente perturbada por isso.
BASCHET, J. A civilização feudal: do ano mil à colonização da América. São
Paulo: Globo, 2006, p.247-248. Adaptado.
Acerca da chamada “Crise do século XIV”, assinale a alternativa CORRETA:
a) a expansão agrícola que precedeu a crise do século XIV foi realizada às custas
de arroteamentos, o que contribuiu para minimizar o impacto ambiental e
conter o processo inflacionário.
b) a diminuição da produtividade levou a uma maior exploração da mão de obra
camponesa. Nesse momento a teoria das três ordens foi responsável pela
aceitação do aumento da tributação, evitando, assim, as revoltas camponesas.
c) os deslocamentos de camponeses que fugiam para as cidades ajudaram na
eliminação da epidemia nas zonas rurais, já que a peste apenas atingia as
populações mais pobres e desnutridas.
d) tentando fazer frente à crise do século XIV, a Igreja transferiu sua sede de
Roma para Avignon, na França. Essa medida contribuiu para manter a
unidade da cristandade, a autonomia e o caráter universalista da Igreja.
e) nesse contexto, a fome e as epidemias contribuíram para o processo de
desintegração do feudalismo e o fortalecimento do poder dos reis, que aos
poucos foram tomando para si a autoridade administrativa e militar até então
em mãos senhoriais.

02. (UFN) A ilustração a seguir diz respeito à sociedade feudal da Europa ocidental.

@HISTORIAULAS 85
(Fonte: http://fundamentosdeadministracion2014.blogspot.com.br acesso em
07/04/2017).
Com base nas características do feudalismo, vigente na Europa ocidental, sobretudo
o modelo francês, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações a seguir.
( ) A produção econômica estava concentrada no feudo, ou senhorio rural,
pertencente a um senhor feudal, leigo ou eclesiástico.
( ) Os camponeses trabalhavam seus lotes de terras, distribuídos em parcelas não
contínuas, podendo variar os cultivos.
( ) O sistema de suserania e vassalagem implicava obrigações mútuas entre senhores
e servos.
( ) Até o século XI, as atividades comerciais prevaleceram no âmbito local e a
importância das cidades era praticamente nula.
A sequência correta é
a) V – F – F – F.
b) V – F – V – V.
c) F – V – V – V.
d) F – V – F – V.
e) V – V – F – V.

03. (UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, sobre a


história da Idade Média ocidental.
( ) A instalação de povos de origem germânica no território do Império Romano, as
chamadas “invasões bárbaras”, ocorreu também por meio de processos migratórios
pacíficos e negociados com o Estado romano.
( ) O processo de fragmentação territorial do Império Romano Germânico, após a
ascensão de Carlos Magno no século VIII, foi decorrência da ruptura entre o reino
franco e a Igreja cristã.
( ) A servidão foi uma situação intermediária entre a escravidão definitiva e a
liberdade plena, pois impunha uma série de limitações aos servos, sem torná-los
propriedade dos seus senhores.
( ) A Escolástica, principal método de ensino nas universidades medievais, previa o
estudo filológico da Bíblia e recusava o recurso à filosofia antiga, considerada pagã
e herética.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a) V – V – F – V.
b) F – V – F – V.
c) V – F – V – F.
d) F – V – V – F.
e) F – F – V – V.

04. (UFJF) Sobre a atuação da Igreja Católica na passagem entre a Antiguidade e a


Idade Média (séculos V/VI), podemos afirmar que ela:

@HISTORIAULAS 86
a) conseguiu terminar, de forma definitiva, com a Igreja Cristã Ortodoxa
predominante no Oriente, recuperando seu caráter universalista.
b) mantinha sob sua guarda uma boa parte da produção intelectual existente no
Ocidente, sobretudo em manuscritos nas bibliotecas de mosteiros.
c) enfrentava a continuidade das perseguições oficiais por parte de diversos
Estados que surgiram da fragmentação do Império Romano do Ocidente.
d) concentrava suas pregações religiosas nas áreas urbanas em expansão após o
término do período de intensos conflitos militares.
e) criticava ativamente a exploração dos trabalhadores rurais nas grandes
propriedades de terras que produzia para sua autossuficiência.

05. (UDESC) Em A civilização feudal, o historiador Jérôme Baschet escreveu que a


“Idade Média convida, com particular acuidade, a uma reflexão sobre a construção
social do passado”.
BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: do ano mil à colonização da América. São
Paulo: Editora Globo, 2006, p. 26.
Tendo como referência a citação acima e o período da história, conhecido como
Idade Média, assinale a alternativa incorreta.
a) O Iluminismo consolidou ideias como fragmentação política, fixação espacial,
desordem, regressão e estagnação nas suas representações sobre o mundo
medieval.
b) Os debates contemporâneos sustentam que fazem parte da dinâmica feudal o
poder monárquico, a função militar e a presença de autoridade episcopal.
c) O fenômeno urbano na chamada Idade Média Central está associado ao
desenvolvimento das atividades artesanais e comerciais.
d) O Feudalismo foi uma categoria meramente econômica que designou o modo
de funcionamento de toda a sociedade medieval na Europa.
e) A visão sobre o mundo medieval foi pautada por perspectivas do período no
qual o historiador escreve, como exemplo, a idealização romântica produzida
no século XIX.

06. (UEFS) O processo de declínio do Império Romano do Ocidente começou em


meados do século IV d.C., sobretudo em razão da série de problemas que, desde o
século III, o assolava, como as invasões bárbaras, a crise econômica e a disputa dos
militares pelo poder. (QUEDA DO IMPÉRIO... 2016).
A ligação entre a aludida crise econômica e a formação das bases do modo de
produção feudal se encontram na
a) gradual substituição do sistema escravista pelo de colonato, baseado na
prestação de serviços agrícolas em terras dos senhores, em troca de
subsistência e proteção.

@HISTORIAULAS 87
b) divulgação de uma nova arquitetura, baseada na construção de muralhas em
torno dos castelos dos senhores, decorrente da necessidade de defesa contra as
frequentes rebeliões de escravos.
c) expansão do comércio mediterrâneo, controlado pelos mercadores árabes, que
proibiam o comércio dos romanos com o Oriente Médio.
d) organização das corporações de ofício que controlavam a produção e os preços
das mercadorias nos países do norte da África.
e) adoção do cristianismo como religião oficial do Império, desde o governo de
Otávio Augusto e de Júlio Cesar.

07. (UECE) Durante o período medieval, a Igreja Católica, herdeira das tradições
romanas, sobressaiu-se como a mais poderosa instituição e grande baluarte da
cultura europeia. À medida que avançava e convertia novos povos ao cristianismo,
ampliava mais ainda seu poderio espiritual e material, e fundia a cultura romana
com a dos povos convertidos. No que se refere ao papel da Igreja Católica na
cultura europeia medieval, é correto afirmar que
a) a educação formal espalhou-se pela Europa através da Igreja Católica, à qual
estavam ligadas as escolas e as universidades medievais.
b) a literatura medieval era dominada pelo tema religioso imposto pela Igreja
Católica; nesse período não se escreveu sobre nada que não estivesse no Livro
Sagrado.
c) a filosofia escolástica nascida nas universidades católicas opunha-se à fusão da
fé cristã com o pensamento racional humanista.
d) apesar de controlar a literatura, as artes plásticas ficaram livres de qualquer
tipo de cerceamento religioso por parte da Igreja Católica.

08. (UEFS) A sociedade feudal era dividida em três partes, de acordo com
a) a ocupação de cada grupo político: administrar, representar ou servir.
b) a atribuição de cada grupo social: liderança, organização ou obediência.
c) a definição de cada grupo político: governar, legislar ou julgar.
d) a função de cada grupo social: orar, guerrear ou trabalhar.
e) a origem de cada grupo social: aristocracia, burguesia ou proletariado.

09. (UFRGS) Em setembro de 1555, foi assinada a chamada “Paz de Augsburgo”,


tratado que deu um fim momentâneo às guerras de religião entre católicos e
protestantes no Sacro Império Romano Germânico.
Assinale a alternativa que contém uma das principais cláusulas desse tratado.
a) A expulsão completa de luteranos e calvinistas de todos os territórios do Sacro
Império Romano Germânico.
b) A imposição do absolutismo ao Império por Carlos V, imperador calvinista hostil
ao catolicismo.

@HISTORIAULAS 88
c) A divisão do Império em territórios católicos e luteranos, a partir do princípio
cuius regio, eius religio.
d) A incorporação formal dos territórios católicos do Sacro Império Romano
Germânico ao Império Espanhol.
e) A proibição total da profissão de fé católica em todos os Estados do Sacro
Império Romano Germânico.

10. (Mackenzie) Leia o documento abaixo:


“É permitido a qualquer, sem punição, auxiliar o seu senhor, se alguém o ataca, e
obedecer-lhe em todos os casos legítimos, exceto no roubo, no assassinato e naquelas
coisas que não são consentidas a ninguém, sendo reconhecidas como infames pelas
leis. O senhor deve proceder da mesma maneira com o conselho e a ajuda; e deve ir em
auxilio do seu homem em todas as vicissitudes, sem malícia. É permitido a todo o
senhor convocar o seu homem que deve estar à sua direita no tribunal; e mesmo que
seja residente no mais distante mansus de quem o protege, deverá ir ao pleito se o seu
senhor o convocar”
(Pedrero-Sanchez, M. Guadalupe. História da Idade Média: textos e testemunhos.
São Paulo: Unesp, 1999, p. 95)
O trecho acima foi extraído de um documento inglês do século XI e diz respeito a
uma típica relação feudal. A relação em evidência é a
a) Vassalagem: relação recíproca entre senhores em que fica acordado a proteção
por parte do Suserano e o trabalho nos campos por parte do Vassalo.
b) Servidão: relação vertical entre senhores e camponeses que, uma vez presos à
terra, não podem abandonar suas obrigações nos feudos.
c) Vassalagem: relação horizontal entre senhores a qual cria uma teia de alianças
políticas e uma maior descentralização do poder.
d) Servidão: relação entre senhores e servos a qual estabelece um acordo de
proteção e ajuda econômica em troca de terras para o plantio.
e) Vassalagem e Servidão: relações equivalentes entre nobres e servos em que os
vassalos asseguram o trabalho nas terras senhoriais.

11. (UEFS) O processo de declínio do Império Romano do Ocidente começou em


meados do século IV d.C., sobretudo em razão da série de problemas que, desde o
século III, o assolava, como as invasões bárbaras, a crise econômica e a disputa dos
militares pelo poder. (QUEDA DO IMPÉRIO... 2016).
A ligação entre a aludida crise econômica e a formação das bases do modo de
produção feudal se encontram na
a) gradual substituição do sistema escravista pelo de colonato, baseado na
prestação de serviços agrícolas em terras dos senhores, em troca de
subsistência e proteção.

@HISTORIAULAS 89
b) divulgação de uma nova arquitetura, baseada na construção de muralhas em
torno dos castelos dos senhores, decorrente da necessidade de defesa contra as
frequentes rebeliões de escravos.
c) expansão do comércio mediterrâneo, controlado pelos mercadores árabes, que
proibiam o comércio dos romanos com o Oriente Médio.
d) organização das corporações de ofício que controlavam a produção e os preços
das mercadorias nos países do norte da África.
e) adoção do cristianismo como religião oficial do Império, desde o governo de
Otávio Augusto e de Júlio Cesar.

12. (UFGD) No livro “A Sociedade Feudal” (1979), o historiador Marc Bloch reflete
sobre a baixa expectativa de vida na Europa feudal.
A mortalidade infantil, incontestavelmente muito forte na Europa feudal, não
deixava de embotar um pouco os sentimentos relativamente a lutos que eram quase
normais. Quanto à vida dos adultos, mesmo independentemente dos acidentes de
guerra, era em média relativamente curta: pelo menos, quanto podemos avaliar
pelas personagens principais a que se referem os únicos dados, embora imprecisos,
de que dispomos. Roberto, o Pio, morreu pelos sessenta anos; Henrique I, com 52
anos; Filipe I e Luís VI, com 56. Na Alemanha, os quatro primeiros imperadores da
dinastia saxônica atingiram respectivamente 60 anos – ou perto disso – 28, 22 e 52
anos. A velhice parecia começar muito cedo, desde a idade madura. Aquele mundo
que [...] se julgava muito velho, era de facto dirigido por homens jovens.
BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Edições 70: Lisboa, 1979, p. 94.
Considerando o texto e o contexto social do período histórico, é correto afirmar que
a) entre tantas mortes prematuras na Europa feudal, asgrandes epidemias eram
responsáveis por muitas delas, haja vista que a sociedade estava mal
preparada para combatê-las. Entre os pobres, além do mais, as mortes eram
provocadas pela fome.
b) as muitas mortes na Europa feudal eram devidas às grandes guerras. A
sociedade tinha alimentação farta e recursos materiais para lidar com as
catástrofes advindas da natureza e dos surtos de doenças.
c) na Europa feudal, a baixa expectativa de vida da sociedade estava associada às
catástrofes da natureza. A medicina avançou consideravelmente no período
medieval, sobretudo no controle de epidemias.
d) as mortes prematuras na Europa feudal são evidências de que o feudalismo
apresentava sérios problemas sociais. Entre os séculos XVII e XVIII, o
feudalismo desapareceu em todos os países da Europa, pois não expressava
mais as demandas populares.
e) o contexto político absolutista dos países europeus da Idade Média contribuiu
decisivamente para as mortes prematuras no período, pois havia muitas
guerras. Por mais que a produção de alimentos fosse abundante e acessível, os
conflitos por terras foram preponderantes pelas mortes.

@HISTORIAULAS 90
13. (UEFS) A sociedade feudal era dividida em três partes, de acordo com
a) a ocupação de cada grupo político: administrar, representar ou servir.
b) a atribuição de cada grupo social: liderança, organização ou obediência.
c) a definição de cada grupo político: governar, legislar ou julgar.
d) a função de cada grupo social: orar, guerrear ou trabalhar.
e) a origem de cada grupo social: aristocracia, burguesia ou proletariado.

14. (UEMA) No século XI, o bispo Fulbert de Chartes foi convidado a escrever sobre
a fórmula da fidelidade e assim o fez:
Aquele que jura fidelidade a seu senhor deve ter sempre em mente estes seis
princípios: proteção, segurança, honra, interesse, liberdade, faculdade. Proteção,
quer dizer, nada deve ser feito em prejuízo do senhor quanto ao seu corpo.
Segurança, nada em prejuízo da residência onde ele habita ou de suas fortalezas nas
quais ele possa se achar. Honra, quer dizer, nada em detrimento de sua justiça ou
do que possa sua honra depender. Interesse, quer dizer, nada que possa prejudicar
suas possessões. Liberdade e faculdade, quer dizer, o bem que o senhor possa fazer
não lhe deva ser tornado difícil e o que ele esteja fazendo tornado impossível (...)
Fonte: Fulbert de Chartres. Epistolae, LVIII, ano 1020. In: Jaime Pinsky. Modo de
produção feudal. 2 ed. São Paulo: Global, 1982.
Os princípios apresentados na cerimônia descrita pelo texto fazem referência às
relações sociais entre
a) patrícios e plebeus na Antiguidade.
b) suseranos e vassalos na Idade Média.
c) proprietários de terras e escravos no Brasil Colonial.
d) burgueses e classe trabalhadora na sociedade industrial.
e) latifundiários e camponeses na América Contemporânea.

15. (UFJF) Sobre a atuação da Igreja Católica na passagem entre a Antiguidade e a


Idade Média (séculos V/VI), podemos afirmar que ela:
a) conseguiu terminar, de forma definitiva, com a Igreja Cristã Ortodoxa
predominante no Oriente, recuperando seu caráter universalista.
b) mantinha sob sua guarda uma boa parte da produção intelectual existente no
Ocidente, sobretudo em manuscritos nas bibliotecas de mosteiros.
c) enfrentava a continuidade das perseguições oficiais por parte de diversos
Estados que surgiram da fragmentação do Império Romano do Ocidente.
d) concentrava suas pregações religiosas nas áreas urbanas em expansão após o
término do período de intensos conflitos militares.
e) criticava ativamente a exploração dos trabalhadores rurais nas grandes
propriedades de terras que produzia para sua autossuficiência.

 HA020- A Baixa Idade Média II.

@HISTORIAULAS 91
1. (UEA) O programa de Suger é claro: a catedral devia se tornar uma espécie de
imenso livro de pedra, no qual não somente a riqueza dos ouros e das gemas
provocasse no fiel sentimentos de devoção, e a cascata de luz das paredes abertas
sugerisse a efusiva presença da potência divina, mas também as esculturas das
portadas, os relevos dos capitéis, as imagens dos vitrais comunicassem aos fiéis os
mistérios da fé, a ordem dos fenômenos naturais, a hierarquia das artes e das
profissões, os acontecimentos da história pátria.
(Umberto Eco. Apocalípticos e integrados, 2005.)
Atribui-se ao abade francês Suger, do século XII, a criação da igreja gótica.
Considerando-se o conteúdo do excerto e conhecimentos sobre a história da Idade
Média Ocidental, é correto afirmar que
a) a iconografia cristã abrangia um vasto domínio religioso e social, exprimindo
as diversas funções exercidas pela Igreja.
b) a Igreja, ligada aos senhores feudais e à realeza, adotou um comportamento
elitista, desvinculado da maioria dos cristãos.
c) as artes eclesiásticas eram esteticamente imperfeitas e desprovidas de
conteúdos simbólicos voltados para a edificação moral dos cristãos.
d) os clérigos regulares e seculares abandonaram a preocupação com o pecado e
a salvação das almas, procurando usufruir das riquezas materiais.
e) o cristianismo medieval era rude e ascético, porque expressava a simplicidade
da existência das primeiras comunidades cristãs.

2. (ACAFE) Em 1054, o Cisma do Oriente serviu para acentuar o distanciamento


já existente entre Constantinopla e a Igreja da Europa Ocidental. Uma das
principais consequências do Cisma do Oriente foi:
a) a criação do termo “cristãos novos” para designar a população do Império
bizantino que tinha se desfiliado da Igreja Romana.
b) a Convocação das Cruzadas para invadir e conquistar o reino de Jerusalém e
a formação de um Exército no Império Bizantino para apoiar os cruzados que
se dirigiam para a Terra Santa.
c) o início das Guerras Religiosas, que vai determinar o surgimento da Reforma
Protestante e acentuar as divisões internas do cristianismo europeu.
d) o surgimento da Igreja Ortodoxa, ligada ao Patriarcado de Constantinopla e a
Igreja Católica Apostólica Romana, dirigida pelo Papa.

3. (UFAM PSC) Na história da expansão islâmica, o ano de 750 d.C. representa


uma importante ruptura, uma vez que a dinastia omíada foi destituída do poder no
Califado de Bagdá – cujo domínio político se estendia da Pérsia, passando pela
Península Arábica e Norte da África, até a Península Ibérica – e, em seu lugar,
passou a governar a dinastia abássida. Todavia, não foi somente a sucessão de uma
dinastia por outra, mas também o fim do poder político unificado que, até então,

@HISTORIAULAS 92
formara o Império Islâmico com sede em Bagdá. Entre meados do século VIII e
meados do século X, mais dois califados haviam surgido da fragmentação do
Califado de Bagdá, que continuou a existir, porém com um território menor. Assim,
o poderio político islâmico passou a contar com três califados.
Assinale a alternativa CORRETA quanto aos outros dois califados islâmicos
existentes após a fragmentação do Califado de Bagdá:
a) Califados de Damasco e Trípoli .
b) Califados de Córdoba e Cairo.
c) Califados de Fez e Marrakesh.
d) Califados de Teerã e Bactriana.
e) Califados de Amã e Antioquia.

4. (UFN) Uma pulga encontrada em pelos de ratos era o transmissor de uma


doença que dizimou grande parte da população europeia no século XIV, pois,
naquela época, o conhecimento médico não foi capaz de compreendê- la. Assim,
muitos atribuíram a doença à ira divina, cuja soma de vários fatores resultou a
conhecida crise geral.
A partir disso, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações a seguir.
( ) A Guerra dos Cem Anos, entre a monarquia inglesa e a francesa, foi um dos
fatores da crise do século XIV.
( ) A ideia de cólera divina afastou a população das práticas católicas e da Igreja.
( ) A queda nos preços do trigo no noroeste da Europa ocasionou uma crise entre
os produtores no início do século.
( ) As atividades comerciais do Mediterrâneo atuaram na disseminação da Peste
Negra pelo continente Europeu.
A sequência correta é
a) V - V - F - V.
b) F - F - V - V.
c) V - F - F - V.
d) V - F - F - F.
e) F - F - V - F.

5. (Mackenzie) “Em terras alemãs em lugares afastados, onde a vida permanecia


rude e isolada, os monges não só pregavam o cristianismo, mas também foram
importantes para levar os avanços agrícolas para a região das florestas. Nas matas
fechadas, abriam clareiras, drenavam pântanos e introduziram novas lavouras. As
poucas escolas que existiram na Idade Média eram dirigidas e mantidas pelos monges.
Alguns monastérios serviam também de hospitais e hospedarias”.
Adaptado de: Wallbank, T. W. e outros. History and Life. 4ªed. Illinois: Scott
Foresman, 1993.
De acordo com o texto, é correto afirmar que, durante a alta Idade Média
europeia, a atividade dos monastérios

@HISTORIAULAS 93
a) redimensionava o princípio de “ora et labora” (reza e trabalha), já que os
monges se dedicavam apenas aos trabalhos braçais.
b) seguia o princípio de “ora et labora” (reza e trabalha), pois os monges
dedicavam-se a uma vida reclusa e trabalhos exclusivamente intelectuais.
c) redimensionava o princípio tradicional de “ora et labora” (reza e trabalha),
pois exercia importante ligação com o cotidiano de comunidades próximas.
d) conflitava com o princípio papal de “ora et labora” (reza e trabalha), ao
valorizar a prática do trabalho, em detrimento das orações diárias.
e) contribuiu para o surgimento de uma mentalidade que, ligada às atividades
comerciais urbanas, promoveu contestações ao poder papal sobre os europeus.

6. (UECE) No ano de 2006, os líderes religiosos, o Papa Católico Bento XVI e o


Patriarca Ecumênico Ortodoxo Bartolomeu I, encontraram-se em Istambul, na
Turquia. O encontro marcou a reaproximação entre Católicos e Ortodoxos, e
renovou os compromissos em continuar o caminho da unidade dos cristãos e o
diálogo entre ambas as religiões. A ruptura entre Católicos e Ortodoxos
a) ocorreu em 330 com a transferência da capital do Império Romano para
Constantinopla.
b) foi conduzida pelo Imperador bizantino Justiniano, que governou entre 527 e
565.
c) deu-se devido às desavenças entre católicos e o poder imperial, pela cobrança
de indulgências.
d) aconteceu em 1054 e ficou conhecida como Cisma do Oriente.

7. (UECE) Durante o período medieval, a Igreja Católica, herdeira das tradições


romanas, sobressaiu-se como a mais poderosa instituição e grande baluarte da
cultura europeia. À medida que avançava e convertia novos povos ao cristianismo,
ampliava mais ainda seu poderio espiritual e material, e fundia a cultura romana
com a dos povos convertidos. No que se refere ao papel da Igreja Católica na
cultura europeia medieval, é correto afirmar que
a) a educação formal espalhou-se pela Europa através da Igreja Católica, à qual
estavam ligadas as escolas e as universidades medievais.
b) a literatura medieval era dominada pelo tema religioso imposto pela Igreja
Católica; nesse período não se escreveu sobre nada que nãoestivesse no Livro
Sagrado.
c) a filosofia escolástica nascida nas universidades católicas opunha-se à fusão da
fé cristã com o pensamento racional humanista.
d) apesar de controlar a literatura, as artes plásticas ficaram livres de qualquer
tipo de cerceamento religioso por parte da Igreja Católica.

@HISTORIAULAS 94
8. (UESB) A casa de Deus, que se crê una, está assim dividida em três: uns oram,
outros combatem, e os outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem
não sofrem com sua disjunção; os serviços prestados por uma são a condição da
obra das outras; e cada uma, por sua vez, encarrega-se de aliviar o todo.
(BRAICK; MOTA, 2010, p. 144).
O fragmento de texto do bispo Adalberón de Laon, escrito em 1030,
a) expressa a ideologia religiosa da Idade Média, que justificava a divisão da
sociedade em ordens superpostas de difícil mobilidade.
b) entra em contradição com a atuação das Cruzadas, que submetiam nobres e
camponeses a trabalhos iguais durante suas campanhas.
c) fortaleceu a mensagem das ordens religiosas que pregavam a pobreza, o
trabalho manual e o sustento próprio de cada monge.
d) fundamentou o fortalecimento das monarquias absolutistas e seu desligamento
definitivo do poder da Igreja, na Baixa Idade Média.
e) explica a submissão da classe camponesa europeia, nas Idades Média e
Moderna, fazendo-a aceitar passivamente sua expulsão das terras feudais.

9. (UFRGS) Em setembro de 1555, foi assinada a chamada “Paz de Augsburgo”,


tratado que deu um fim momentâneo às guerras de religião entre católicos e
protestantes no Sacro Império Romano Germânico.
Assinale a alternativa que contém uma das principais cláusulas desse tratado.
a) A expulsão completa de luteranos e calvinistas de todos os territórios do Sacro
Império Romano Germânico.
b) A imposição do absolutismo ao Império por Carlos V, imperador calvinista
hostil ao catolicismo.
c) A divisão do Império em territórios católicos e luteranos, a partir do princípio
cuius regio, eius religio.
d) A incorporação formal dos territórios católicos do Sacro Império Romano
Germânico ao Império Espanhol.
e) A proibição total da profissão de fé católica em todos os Estados do Sacro
Império Romano Germânico.

10. (UCS) A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimento,


apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado
feudalismo. Assinale a alternativa que apresenta de forma correta características do
sistema feudal.
a) A política feudal não proporcionava autonomia aos feudos, sendo, portanto,
centralizada.
b) As terras dividiam-se em reservas senhoris e mansos servis. A sociedade era
estamental, sem mobilidade social.
c) A cultura feudal foi antropocêntrica, ou seja, baseada na visão do homem
como centro do Universo.

@HISTORIAULAS 95
d) A principal forma de trabalho foi a escravidão, pois os trabalhadores rurais
eram tratados como mercadorias.
e) O feudalismo apresentou características semelhantes em todo território
europeu, sendo a Inglaterra o modelo mais exemplar.

11. (UEFS) Apesar de suas limitações na Alta Idade Média, a economia medieval
lançou as bases das transformações que levaram à expansão do mundo europeu no
século. XV.
Entre essas bases, destaca-se
a) o crescimento das corporações de ofício que defendiam o justo preço e o lucro
limitado.
b) a expansão das guerras feudais, exigindo dos senhores a busca de soldados
fora dos seus domínios.
c) a ruralização da economia, voltada para a produção e o consumo das
populações que habitavam os feudos e os pequenos reinos.
d) a expulsão dos comerciantes judeus da Europa e sua fuga para os países do
Extremo Oriente.
e) o crescimento populacional e a expansão urbana, exigindo novas formas de
produção e de comercialização de alimentos.

12. (Mackenzie) As Cruzadas, durante a Idade Média, representaram uma forma


de solução para os problemas decorrentes do início da desestruturação do regime
feudal.
A expressão “Cruzada” “derivou-se do fato de seus integrantes considerarem-se
soldados de Cristo”. Tais expedições constituíram-se em
a) empreendimentos de caráter militar, voltadas contra os inimigos da
Cristandade, sem o apoio formal da Igreja Católica, mas patrocinadas por
nobres feudais, que garantiam privilégios materiais aos participantes.
b) oportunidades oferecidas em uma sociedade fortemente religiosa, mais clerical
do que civil, em que o pecado e o crime equivaliam a mesma coisa, ou seja, do
cruzado obter a indulgência, ou perdão aos seus pecados.
c) movimentos nos quais tanto a iniciativa de lutar contra os infiéis quanto a de
reconquistar a Terra Santa, partia de muitos indivíduos não combatentes,
como mercadores, artesãos, mulheres e crianças, motivados pela fé.
d) iniciativas militares, cujos recursos materiais para sustentar os cruzados
provinham da Igreja Católica, única interessada na reconquista da região.
e) possibilidades para escapar das dívidas e dos pagamentos dos tributos à Igreja
e aos senhores feudais, já que o cruzado, ao participar dessas expedições,
conseguia uma moratória estendida para toda sua vida.

13. (UECE) O calendário é um sistema muito antigo utilizado para registrar e


medir o tempo e regulamentar os ritmos da vida humana. Nele temos a combinação

@HISTORIAULAS 96
de três elementos astronômicos: o dia, o mês e o ano. No decorrer da história
ocidental houve dificuldades de combinar esses três elementos de modo satisfatório,
resultando na elaboração de vários calendários. Atualmente está em vigor o
calendário
a) Juliano.
b) Gregoriano.
c) Hebraico.
d) Metônico.

14. (UFPR) Um dos exemplos de cultura produzida durante o período do império


islâmico foi o “Cânone de Medicina”, escrito pelo médico e filósofo muçulmano
Avicena entre 1012 e 1015. Esta obra sintetizou elementos da literatura médica
siríaca, helenística e bizantina, e foi muito empregada por sábios ocidentais até o
século XVII. Sobre o império islâmico no período do século VII a XV, considerando
o exemplo da obra de Avicena, é correto afirmar:
a) O império islâmico permitiu uma grande circulação de culturas da Europa até
a China, devido a sua relativa tolerância religiosa e a seu incentivo à
assimilação e transmissão de conhecimentos dos diferentes povos
conquistados, como atesta a obra de Avicena.
b) O império islâmico permitiu grande circulação cultural por se expandir
lentamente durante sua existência, ao ritmo da conversão e assimilação dos
povos e das culturas da Europa à Ásia, devido à estratégia de não-violência e
de tolerância religiosa pregada pelo Corão, e presente na obra de Avicena.
c) O império islâmico permitiu uma grande circulação de culturas da Europa à
China devido à sua rápida expansão em menos de um século com o apoio de
exércitos cristãos, o que explica a presença de obras como a de Avicena em
território europeu cristão.
d) Durante seu apogeu, o império islâmico restringiu a circulação de obras
europeias cristãs em territórios muçulmanos e impôs a adoção de obras
científicas islâmicas, como a de Avicena, ao povos não-islâmicos.
e) O império islâmico, durante seu apogeu, incentivou a busca pelo conhecimento
científico nos territórios conquistados, como atesta a obra de Avicena, mas não
logrou sucesso na Europa ocidental, devido ao bloqueio religioso estabelecido
pela Igreja Católica.

15. (UFRR) Sobre as feiras na Idade Média é possível afirmar que:


a) o crescimento das feiras, apesar de ser um negócio lucrativo, não evoluiu,
ficando os mercadores sem oportunidades na nova configuração econômica
que estava surgindo;
b) essas atividades somente foram possíveis graças à unificação da moeda
europeia, que facilitou a atividade dos banqueiros e a compra de mercadorias
pelos servos;

@HISTORIAULAS 97
c) eram consideradas eventos econômicos e culturais. Alguns exemplos de feiras
são as de Provins e de Troyes, na região de Champagne e as feiras de Bruges e
de Antuérpia, na região de Flandres;
d) eram referenciadas como comércio local das cidades para o abastecimento
diário dos seus habitantes;
e) foram impulsionadas pelo fenômeno de regionalização, que desestabilizou a
obtenção de mercadorias vindas de lugares mais distantes.

 HA021- O Renascimento.

01. (Uneb-BA) Leia atentamente os relatos a seguir:


"O pintor que trabalha rotineira e apressadamente, sem compreender as coisas, é
como o espelho que absorve tudo o que encontra diante de si, sem tomar
conhecimento".
“Experiência, mãe de toda a certeza”
“Só o pintor universal tem valor”
São trechos de Leonardo da Vinci, personagem destacada do Renascimento. Neles, o
autor exalta compreensão, experiência, universalismo, valores que marcaram o:
a) Teocentrismo, como princípio básico do pensamento moderno.
b) Epicurismo, em alusão aos princípios dominantes na Idade Média.
c) Humanismo, como postura ideológica que configurou a transição para a Idade
Moderna.
d) Confucionismo, por sua marcada oposição ao conjunto dos conhecimentos
orientais.
e) Escolasticismo, dado que admitia a fé como única fonte de conhecimento.

02. (UEL) O Renascimento, amplo movimento artístico, literário e científico,


expandiu-se da Península Itálica por quase toda a Europa, provocando
transformações na sociedade. Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) o racionalismo renascentista reforçou o princípio da autoridade da ciência
teológica e da tradição medieval.
b) houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos ideais medievais ligados
aos dogmas do catolicismo, sobretudo da concepção teocêntrica de mundo.
c) nesse período, reafirmou-se a ideia de homem cidadão, que terminou por
enfraquecer os sentimentos de identidade nacional e cultural, os quais
contribuíram para o fim das monarquias absolutas.
d) o humanismo pregou a determinação das ações humanas pelo divino e negou
que o homem tivesse a capacidade de agir sobre o mundo, transformando-o de
acordo com sua vontade e interesse.
e) os estudiosos do período buscaram apoio no método experimental e na
reflexão racional, valorizando a natureza e o ser humano.

@HISTORIAULAS 98
03. (Unesp) A pintura representa no martírio de Cristo os seguintes princípios
culturais do Renascimento italiano:

a) a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase na natureza espiritual de


Cristo.
b) a preocupação intensa com a forma artística e a ausência de significado
religioso do quadro.
c) a disposição da figura de Cristo em perspectiva geométrica e o conteúdo
realista da composição.
d) a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista de uma
humanidade sem pecado.
e) a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma divindade desvinculada
dos dramas humanos.

04. (UPE) Quais características do Renascimento estão presentes na obra?

@HISTORIAULAS 99
a) A filosofia Escolástica e a Patrística
b) A exaltação a Deus e o Teocentrismo
c) A misoginia e a exaltação do masculino
d) O Orientalismo e as influências chinesas
e) O Humanismo e a retomada de temas clássicos

05. (PUC-MG) O Renascimento, enquanto fenômeno cultural observado na Europa


Ocidental no início da Idade Moderna, encontra-se inserido no processo de
transição do feudalismo para o capitalismo, expressando o pensamento e a visão de
mundos próprios de uma sociedade mercantil e, portanto, mais aberta e dinâmica.
Manifestando-se principalmente através das artes e da filosofia, o movimento
renascentista tinha como eixo
a) a sabedoria popular e o domínio da maioria, como mecanismo de combate ao
poder aristocrático e de oposição aos novos segmentos sociais em ascensão.
b) a oposição a todas as religiões organizadas, pois os princípios religiosos
impediam a liberdade de opinião e tornavam o homem alienado. A igualdade
jurídica de todos os indivíduos, suprimindo-se os privilégios de classe e
equiparando os direitos e obrigações dos cidadãos.

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c) a liberdade de trabalho inerente a qualquer pessoa, como instrumento capaz
de possibilitar a criação e o crescimento do ser humano, sendo necessário
abolir as corporações de ofício.
d) a valorização do homem por sua razão e por suas criações, difundindo a
confiança nas potencialidades humanas e superando o misticismo dominante
no período medieval.
e) o Racionalismo e o Geocentrismo (convicção de que tudo pode ser explicado
pela razão e pela ciência; concepção de que a Terra é o centro do universo).

06. (UEFS) O movimento em direção à modernidade iniciado pela Renascença foi


significativamente acelerado pela Revolução Científica do século XVII. A Revolução
Científica destruiu a cosmologia medieval e estabeleceu o método científico – a
observação e a experimentação rigorosa e sistemática – como meio essencial de
desvendar os segredos da natureza.
PERRY, Marvin. Tradução de Waltensir Dutra e Silvana Vieira. Civilização
ocidental. São Paulo: Martins Fontes, 2002, p. 282.
A afirmação do texto relaciona-se
a) ao renascimento científico europeu, que introduziu novas concepções relativas,
dentre outras, ao heliocentrismo, à anatomia humana, às operações
matemáticas decimais e à produção de textos.
b) ao modo de produção feudal, resultante do aumento da produtividade agrícola
e da expansão do poder dos senhores feudais, ampliando a exploração sobre a
classe servil.
c) à finalização da concorrência comercial entre as cidades italianas que
disputavam a hegemonia no mar Mediterrâneo.
d) à eclosão da Reforma Protestante, que condenava o apoio da Igreja Católica às
interpretações científicas dos fenômenos religiosos.
e) ao fortalecimento das tradições, que afirmavam a identidade entre as raças e a
igualdade da capacidade intelectual entre elas.

07. (Espcex) As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a


XVI ficaram conhecidas como Renascimento. Foram características deste
movimento:
a) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo.
b) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego).
c) Individualismo e utilização de novos recursos como a perspectiva no desenho e
na pintura.
d) Racionalismo e críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica.
e) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosas nas produções artísticas.

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08. (Unicamp) De uma forma inteiramente inédita, os humanistas, entre os séculos
XV e XVI, criaram uma nova forma de entender a realidade. Magia e ciência,
poesia e filosofia misturavam-se e auxiliavam-se, numa sociedade atravessada por
inquietações religiosas e por exigências práticas de todo gênero.
(Adaptado de Eugenio Garin, Ciência e vida civil no Renascimento italiano. São
Paulo: Ed. Unesp, 1994, p. 11.)
Sobre o tema, é correto afirmar que
a) O pensamento humanista implicava a total recusa da existência de Deus nas
artes e na ciência, o que libertava o homem para conhecer a natureza e a
sociedade.
b) A mistura de conhecimentos das mais diferentes origens - como a magia e a
ciência - levou a uma instabilidade imprevisível, que lançou a Europa numa
onda de obscurantismo que apenas o Iluminismo pôde reverter.
c) As transformações artísticas e políticas do Renascimento incluíram a
inspiração nos ideais da Antiguidade Clássica na pintura, na arquitetura e na
escultura.
d) As inquietações religiosas vividas principalmente ao longo do século XVI
culminaram nas Reformas Calvinista, Luterana, Anglicana e finalmente no
movimento da Contrarreforma, que defendeu a fé protestante contra seus
inimigos.

09. (UNITAU) A realidade do Renascimento é absolutamente diferente daquela do


Ocidente Medieval. O século XVI viu dissolverem-se, aos poucos, esses países
maravilhosos que, como miragens, tinham atraído os europeus para fora da
Europa. Era preciso reconhecer a evidência: as regiões longínquas não eram como
antes se imaginava. O império do Preste João, onde se acredita, fluía um rio do
paraíso, tornou-se, modestamente, a Etiópia, de onde os portugueses, em 1540, mal
conseguiram conter a fúria de povos muçulmanos. As Antilhas não eram as Ilhas
Afortunadas. Cipango se tinha afundado para sempre no Pacífico de Fernão de
Magalhães e Francis Drake.
DELUMEAU, J. A civilização do Renascimento. Lisboa: Editorial Estampa, 1994.
Adaptado.
Entre os séculos XV e XVI, o progresso das técnicas, que é uma das características
do Renascimento, provocou novas percepções de mundo, indicando um profundo
sintoma de mudança geral.
Assinale a alternativa que apresenta outra característica da cultura do
Renascimento.
a) O Homem encontrava-se balizado entre o Pecado Original e o Juízo Final,
ideias que atuavam como as fronteiras inicial e derradeira das possibilidades
humanas.

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b) A concepção de Homem era estática, devido às enormes limitações que as
potencialidades sociais e individuais sofriam.
c) A arte era, acima de tudo, religiosa, com destaque para a vida dos santos e
para a oposição clara entre o sagrado e o profano.
d) Houve o desenvolvimento da noção de indivíduo, expresso na criação dos
retratos e autorretratos, o que indicava a presença de uma autoconsciência ou
de uma autoafirmação.
e) Houve o regresso à Antiguidade e à corrente de pensamento humanista, cuja
visão teocêntrica colocava a autoridade da Igreja como centro do universo.

10. (UNIFENAS) A Renascença, aquele período histórico em que os valores deste


mundo passaram a suplantar os do além-túmulo, floresceu na Itália
aproximadamente à época em que Colombo descobriu a América. Sob seu impulso,
o individuo percebeu ser o artífice e diretor do próprio destino, em vez de atribuir
esse mérito a Deus. Suas necessidades, ambições e desejos, seus prazeres e posses,
sua mente, sua arte, seu poder, sua glória eram o propósito da vida.
(Barbara W. Tuchman, A Marcha da Insensatez – de Troia ao Vietnã, Bestbolso,
Rio de Janeiro, 2012, p. 73).
Tendo como base a leitura do texto, bem como seus conhecimentos, é possível
afirmar que o movimento citado no texto tinha como fundamento
a) consolidar a mentalidade religiosa medieval.
b) definir um modo de vida com base no pensamento teocêntrico.
c) questionar os valores burgueses.
d) condenar as descobertas marítimas.
e) difundir o humanismo e o antropocentrismo.

 HA022- Os Estados nacionais.

01. (UFV-MG) A formação dos Estados Nacionais da Europa ocidental, durante a


Época Moderna (século XV ao XVIII), embora tenha seguido uma dinâmica
própria em cada país, apresentou semelhanças em seu processo de constituição.
Sobre essas semelhanças é incorreto afirmar:
a) politicamente, o regime instituído é a monarquia absoluta, da qual a França é
o modelo clássico.
b) o clero e a nobreza tinham posição e prestígio assegurados pela posse de terras
e estavam sempre juntos na defesa de seus interesses.
c) em termos sociais, esse período se caracterizou pela lenta afirmação da
burguesia, que estava à frente de quase todos os empreendimentos da época.

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d) para fortalecer o Estado, os reis adotaram um conjunto de medidas para
acumular riquezas e desenvolver a economia nacional, denominado de
mercantilismo.
e) a centralização do poder político na Itália ocorreu devido à grande influência
da burguesia mercantil de Gênova e Veneza.

02. (FATEC-SP)
A França é uma monarquia. O rei representa a nação inteira, e cada pessoa não
representa outra coisa senão um só indivíduo ante o rei. Em consequência, todo poder,
toda autoridade, reside nas mãos do rei, e só deve haver no reino a autoridade que ele
estabelece. Deve ser o dono, pode escutar os conselhos, consultá-los, mas deve decidir.
Deus que fez o rei dar-lhe-á as luzes necessárias, contanto que mostre boas intenções.
Luís XIV – Memórias sobre a arte de governar.
Podemos caracterizar o absolutismo monárquico posto em prática nos países
europeus durante a Idade Moderna como:
a) uma aliança entre um monarca absolutista e a burguesia mercantil, a fim de
dominar e excluir o poder da nobreza.
b) uma aliança bem-sucedida entre a burguesia e o proletariado.
c) uma forma de governo autoritária, cujo poder estava centralizado nas mãos de
uma pessoa que exercia todas as funções do Estado.
d) um sinônimo de tirania exercida pelo monarca sobre seus súditos.
e) um poder total concentrado nas mãos da nobreza, no qual cabia aos juízes e
deputados a tarefa de julgar e legislar.

03. (Pucpr) As Guerras Civis Religiosas do século XVI na França favoreceram o


fortalecimento do poder absoluto dos monarcas da dinastia Bourbon, que reinaram
do século XVI ao XVIII e parte do XIX. Assinale a única alternativa errada no que
se refere ao absolutismo real na França:
a) Luís XIII, filho de Henrique IV e Maria de Médicis, teve longo reinado, sendo
muito ajudado pela hábil política do Cardeal Richelieu.
b) Luís XIV marcou o auge do absolutismo real, mandou construir o suntuoso
Palácio de Versalhes e continuou, através de Colbert, a aplicar o
mercantilismo no plano econômico.
c) Na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), sob o rei Luís XV, a França vitoriosa
tomou aos ingleses partes da Índia e, na América, a enorme região da
Louisiana.
d) Na Guerra de Sucessão da Espanha (1701-1713), França e Espanha lutaram
contra uma coligação europeia. Os tratados de Utrecht e Rastadt definiram a
paz. A França perdeu para a Inglaterra a Terra Nova e Acádia e a Espanha
perdeu Gibraltar, ainda em poder daquela potência insular.

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e) Henrique IV fundou a dinastia de Bourbon e pacificou a França, tendo os
protestantes (huguenotes) alcançado liberdade de culto e o domínio sobre
várias cidades fortificadas, nos termos do Edito de Nantes (1598).

04. (Pucsp) "O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus.
Os reis são deuses e participam de alguma maneira da independência divina. O rei
vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê melhor..."
(Jacques Bossuet.)
Essas afirmações de Bossuet referem-se ao contexto
a) do século XII, na França, no qual ocorria uma profunda ruptura entre Igreja
e Estado pelo fato de o Papa almejar o exercício do poder monárquico por ser
representante de Deus.
b) do século X, na Inglaterra, no qual a Igreja Católica atuava em total acordo
com a nobreza feudal.
c) do século XVIII, na Inglaterra, no qual foi desenvolvida a concepção
iluminista de governo, como está exposta.
d) do século XVII, na França, no qual se consolidavam as monarquias nacionais.
e) do século XVI, na Espanha, no momento da união dos tronos de Aragão e
Castela.

05. (UFRGS) Pelo Edito de Nantes, em 1598, Henrique IV da França


a) reprimiu violentamente os protestantes em Paris, no acontecimento conhecido
como "A Noite de São Bartolomeu".
b) instituiu a cobrança de impostos territoriais somente para os protestantes
franceses.
c) estabeleceu a igualdade política entre os diferentes credos.
d) diminuiu o poder dos católicos franceses, assegurando a supremacia política
aos huguenotes.
e) concentrou todo o poder em suas mãos, implantando o absolutismo na França.

06. (UNAERP) A política externa de Luís XIV, o Rei Sol, teve como principal
característica:
a) A ruína da economia francesa em decorrência das sucessivas guerras que a
França travou contra outros países para preservar sua supremacia na Europa,
juntamente com os gastos vultosos para manutenção da corte.
b) A consolidação do absolutismo monárquico através da redução dos poderes da
alta burguesia.
c) Concentração da autoridade política na pessoa do rei.
d) Por ter reduzido seus ministros à condição de meros funcionários, passar a
fiscalizar, pessoalmente, todos os negócios do Estado.

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e) A autossuficiência do país com a regulamentação da produção, a criação de
manufaturas do Estado e o incremento do comércio exterior.

07. Analise os documentos abaixo e responda à questão

Imagem 01: KISNER, Pauline (2015). Diários anacrônicos. A sociedade francesa na


época de Maria Antonieta. O glorioso Palácio de Versalhes, construído por Luis
XIV (avô do marido de Maria Antonieta) ainda no século XVII. Um lugar para
reunir a nobreza sob os olhares atentos do rei e para celebrar a etiqueta como
forma de identificação da nobreza.
Disponível em: http://diariosanacronicos.com/anakhros/2015/11/25/a-sociedade-
francesa-na-epoca-de-maria-antonieta/.
DOCUMENTO II
“É somente na minha pessoa que reside o poder soberano.” [...] “é somente em mim
que os meus tribunais recebem a sua existência e a sua autoridade, a plenitude desta
autoridade, que eles não exercem senão em meu nome, permanece sempre em mim,
e o seu uso nunca pode ser contra mim voltado; é unicamente a mim que pertence o
poder legislativo, sem dependência e sem partilha; é somente por minha autoridade
que os funcionários dos meus tribunais procedem, não à formação, mas ao registro,
à publicação, à execução da lei, e que lhes é permitido advertir-me o que é do dever
de todos os úteis conselheiros; toda a ordem pública emana de mim, e os direitos e
interesses da nação que se pretende ousar fazer um corpo separado do Monarca,
estão necessariamente unidos com os meus e repousam inteiramente nas minhas
mãos.”
MARQUES, Adhemar; BERUTTI, Flávio; FARIA, Ricardo. História moderna
através de textos. São Paulo: Contexto, 1990.p.58.

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Com base nesses documentos e em seus conhecimentos sobre o Antigo Regime na
Europa, é possível afirmar que a sociedade francesa durante o reinado de Luís XIV
(1661-1715) estava organizada em
a) classes, com grandes possibilidades de ascenção social. A população possuia
liberdade de expressão religiosa e não havia conflitos sociais.
b) estados, com pouca possibilidade de ascenção social. A ordenação social era
hierárquica, pois o lugar das pessoas era definido ao nascer e não deveria ser
alterado por ser uma expressão da vontade divina.
c) estamentos, baseado no princípio da igualdade social e ecônomica e no direito
divino do monarca. Os integrantes do Primeiro Estado pagavam impostos ao
Rei e moravam fora do Palácio de Versalhes.
d) ordens, com pouca possibilidade de ascenção social. A sociedade era
organizada, pois o poder do rei era limitado por um Parlamento Central, o
que evitava à desigualdade social e os conflitos sociais no país.
e) estados, com grande participação da Igreja Católica no contexto político.
Nesta sociedade as doutrinas religiosas democráticas visavam o bem comum
da população. O Primeiro Estado também pagava impostos ao Rei.

08. (UEL) Analise a figura a seguir e responda a questão.

Com base na figura e nos conhecimentos sobre o reinado de Luís XIV, na França,
assinale a alternativa correta.
a) Como fonte histórica, a pintura é considerada produção estética destituída de
articulações com a sociedade do período.
b) Essa pintura representa, da perspectiva política, símbolos do Absolutismo, ao
tornar reconhecida a figura do rei.

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c) O monarca Luís XIV dispunha de autoridade limitada, recordando a divisão
iluminista do poder em três esferas.
d) A extensão de direitos de cidadania ao Terceiro Estado foi um dos principais
traços políticos do período.
e) A característica política do reinado de Luís XIV foi a separação entre a
instituição religiosa e o Estado.

09. (UVV) A frase “O Estado sou Eu” é utilizada para indicar situações em que um
indivíduo concentra muitos poderes pessoais e comanda o governo de acordo com
seus próprios interesses. A origem da sentença é atribuída a Luís XIV, monarca
absolutista, que governou a França entre meados do século XVII e início do século
XVIII.
Sobre os diversos aspectos do Absolutismo francês, qual das alternativas abaixo está
correta?
a) Foi um sistema socioeconômico no qual o Estado era apenas um organizador
das atividades essenciais para a população, e o poder político era pulverizado
entre diversos setores sociais, divididos segundo suas atividades laborais:
assim era o Absolutismo francês durante o reinado de Luís XIV. Essa situação
só seria alterada com a Revolução Francesa de 1789.
b) A Revolução Francesa foi consequência direta e imediata do reinado de Luís
XIV. A época do governo de Luís XIV, o monarca francês se preocupava em
elaborar uma Constituição Nacional que legitimasse seus poderes. No entanto,
tal iniciativa foi barrada pelos três estados, compostos pelo clero, pela nobreza
e pela burguesia, por isso, a necessidade da revolução.
c) O Absolutismo, na França, não ocorreu com Luís XIV, nem com qualquer
outro monarca daquela época, mas, sim, como uma reação às mudanças
operadas durante a Revolução Francesa, como o serviço militar obrigatório. A
volta da monarquia, após a derrota de Napoleão, trouxe uma estabilidade
política inédita para os franceses.
d) O Absolutismo francês, durante o governo de Luís XIV, representou o auge
daquele regime político por proporcionar grande concentração de poder nas
mãos do rei pela subordinação da aristocracia francesa ao monarca, pela
unificação nacional e pela constituição de uma burocracia estatal e de um
exército nacional fortes.
e) O poder de Luís XIV, um dos reis franceses mais conhecidos da história, era
limitado e controlado de acordo com a divisão de poderes que existia na
França, à época. Como havia uma carta de leis a ser seguida, o poder
legislativo e o poder judiciário poderiam impor obstáculos às decisões do
poder executivo, comandado pelo soberano nacional e pelo seu primeiro-
ministro.

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10. (FACASPER) Em um Estado absolutista, o crime maior é o de infidelidade, é a
inconfidência, o crime de lesa-majestade. A vontade do soberano é um princípio
que, por si, justifica as medidas tomadas pelos agentes do Estado. Foi na França que
o absolutismo atingiu o seu máximo desenvolvimento na Idade Moderna. Luís XIV,
apelidado de Rei Sol, foi o monarca que melhor encarnou a figura de um rei
absoluto.
Fonte: ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado absolutista. São Paulo.
Brasiliense, 1985. p. 18.
A respeito da forma de governo descrita no texto, é correto afirmar:
a) As eleições periódicas estabeleciam o revezamento no poder, medida à qual até
o rei estava submetido.
b) O governo era pautado em leis promulgadas por voto direto e popular,
expressando a democracia.
c) As relações entre o rei e a nobreza eram regidas por critérios meritocráticos,
sem privilégios de origem.
d) A burguesia era o grupo social privilegiado no Absolutismo, em função da sua
origem campesina.
e) O poder ficava centralizado nas mãos do rei, que tinha o poder de legislar,
administrar e punir.

 HA023- O absolutismo.

01. (UNICENTRO) Assinale a alternativa correta sobre as principais características


do mercantilismo como política econômica do Estado Absolutista.
a) Balança comercial favorável, bulionismo e sistema colonial.
b) Liberalismo econômico, especulação financeira e balança comercial
deficitária.
c) Hegemonia da Igreja, contrarreforma e reforma protestante.
d) Livre comércio, estado mínimo e incentivo ao empreendedorismo.
e) Desemprego estrutural, degradação da natureza e flexibilização das leis
trabalhistas.

02. (IFSudMinas) A aliança entre os ideais filosóficos do Iluminismo e o poder


monárquico deu origem ao chamado despotismo esclarecido. Sobre esse regime de
governo, podemos afirmar que:
a) todo monarca devia ser também formado em filosofia.
b) estabelecia que todo Estado devia se transformar numa monarquia
parlamentarista.
c) Voltaire se opunha ao despotismo esclarecido porque não permitia a liberdade
de crença religiosa.

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d) foi a tentativa de colocar em prática alguns princípios do Iluminismo sem,
entretanto, abandonar o poder absoluto.
e) Rousseau foi seu principal defensor, pois acreditava que, desta forma, os reis
ficariam submetidos à soberania popular.

03. (UNIFENAS) Leia estes textos.


Texto I – Déspota: indivíduo autoritário, tirano.
Texto II – Esclarecido: pessoa ilustrada, que tem conhecimento das coisas.
Despotismo Esclarecido, no século XVIII, era uma forma de governo
a) que defendia a extinção da Monarquia.
b) que defendia governos exclusivamente liberais.
c) que conciliava feudalismo e democracia.
d) que defendia o parlamentarismo republicano.
e) que conciliava Absolutismo e princípios iluministas.

04. (FGV-SP) O Estado era tanto o sujeito como o objeto da política econômica
mercantilista. O mercantilismo refletia a concepção a respeito das relações entre o
Estado e a nação que imperava na época (séculos XVI e XVII). Era o Estado, não a
nação, o que lhe interessava.
(Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, 1943, p. 459-461 Apud Adhemar
Marques e et alii (seleção), História moderna através de textos, 1989, p. 85.
Adaptado)
Segundo o autor
a) as relações profundas entre o Estado absolutista e o nacionalismo levaram à
intolerância e a tudo o que impedia o bem-estar dos súditos, unidos por
regulamentações e normas rígidas.
b) as práticas econômicas intervencionistas do Estado absolutista tinham o
objetivo específico de enriquecer a nação, em especial, os comerciantes, que
impulsionavam o comércio externo, base da acumulação da época.
c) o mercantilismo foi um sistema de poder, pois o Estado absolutista implantou
práticas econômicas intervencionistas, cujo objetivo maior foi o fortalecimento
do poder político do próprio Estado.
d) o Estado absolutista privilegiou sua aliada política, a nobreza, ao adotar
medidas não intervencionistas, para preservar a concentração fundiária, já
que a terra era a medida de riqueza da época.
e) a nação, compreendida como todos os súditos do Estado absolutista, era o alvo
maior de todas as medidas econômicas, isto é, o intervencionismo está
intimamente ligado ao nacionalismo.

05. (EsPCEx) Portugal foi um dos primeiros países europeus a pôr em prática uma
eficiente centralização político-administrativa. Em 1383, para solucionar problemas

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relacionados a sua sucessão dinástica e, também, para evitar a sua anexação pelo
reino de Castela, deflagrou-se um movimento que ficou conhecido como Revolução
de Avis. Esta levou ao poder Dom
a) Manuel.
b) João.
c) Afonso Henriques.
d) Dinis.
e) Fernando.

06. (FGV-SP) O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele
representava fundamentalmente um aparelho de proteção da propriedade dos
privilégios aristocráticos, embora, ao mesmo tempo, os meios pelos quais tal
proteção era concedida pudessem assegurar simultaneamente os interesses básicos
das classes mercantis e manufatureiras nascentes. Essencialmente, o absolutismo
era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado,
destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição tradicional. Nunca foi um
árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um instrumento da
burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma
nobreza atemorizada.
(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. Adaptado)
Segundo Perry Anderson, o Estado absolutista
a) não tinha força política para submeter os trabalhadores do campo e a
aristocracia com a cobrança de pesados impostos e, simultaneamente, oferecer
participação política e vantagens econômicas para o crescimento da burguesia
comercial e manufatureira.
b) nunca se submeteu aos interesses da burguesia mercantil e manufatureira em
detrimento da aristocracia, mas, ao contrário, tornou-se um escudo de
proteção dos camponeses contra o domínio feudal exercido por meio de
pesados impostos.
c) garantiu, sob a sua proteção, o domínio econômico e político da aristocracia
sobre os camponeses e, para sobreviver economicamente, atendeu aos
interesses de expansão do mercado da burguesia mercantil e manufatureira,
mas a afastou do poder político.
d) preservou a propriedade feudal e os interesses dos camponeses, mas, para que
isso se efetivasse, submeteu-se à pressão da burguesia mercantil e
manufatureira ao aproximá-la do poder político, oferecendo cargos públicos a
essa classe.
e) não protegeu a aristocracia nem os camponeses que, para sobreviverem,
estabeleceram alianças pontuais com a burguesia comercial em ascensão
econômica e com crescente participação política, com o intuito de obter acesso
à terra.

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07. (FAMECA) Na perspectiva mais geral, o Antigo Regime – mais rígido ou mais
flexível de país para país – representava o quadro institucional que permitiu a
formação e cristalização da etapa mercantil do capitalismo (capitalismo comercial);
a dinâmica própria do desenvolvimento capitalista, por seu turno, ao ampliar as
áreas de ação, intensificar o ritmo de crescimento econômico, tende a promover
constantes reajustamentos.
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-
1808), 1981.)
O texto menciona, direta ou indiretamente, três elementos centrais no processo de
formação do capitalismo comercial. Esses elementos são
a) o absolutismo, o mercantilismo e o colonialismo.
b) o racionalismo, o industrialismo e o imperialismo.
c) o expansionismo, o liberalismo e o distributivismo.
d) o feudalismo, a descentralização monárquica e o servilismo.
e) o tecnicismo, o protecionismo e o desenvolvimentismo.

08. (UNIVAG) Com efeito, é a partir do Renascimento que a importância da corte


cresce em todos os países da Europa, e é entre os séculos XVII e XVIII que esse tipo
de organização se torna representativo dos modelos, costumes e da política da
época. Foi na França que se desenvolveu a expressão mais perfeita da sociedade da
corte, com um argumento cênico aprimorado. Nesse momento, e em Versalhes, deu-
se a ligação mais evidente entre “a grandeza do reino e a grandeza da corte”,
quando, após o processo de domesticação, a nobreza passaria a orbitar em torno do
rei e da corte, que se convertia no centro de sua existência. Era lá que se afirmava o
modelo de uma vida sempre pública, por oposição ao modelo burguês do século
XIX, e de uma sociedade cujo teatro internalizado reafirmava a cada momento uma
rígida hierarquia.
(Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador, 1998. Adaptado.)
O texto caracteriza um determinado “modelo de vida” e afirma que ele se opunha a
outro, o “burguês do século XIX”. Esses dois modelos podem ser associados,
respectivamente,
a) ao absolutismo monárquico no Antigo Regime, em que a nobreza estava
submetida ao rei, e ao individualismo burguês, que triunfou após as revoluções
liberais.
b) ao mecenato no Renascimento, pelo qual a burguesia buscava controlar o
poder político, e à França absolutista, na qual a riqueza da corte era mantida
em segredo.
c) à sociedade de ordens no Antigo Regime, que negava os privilégios sociais, e
aos princípios de liberdade e igualdade econômica defendidos pela burguesia.

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d) à valorização da intimidade na corte de Versalhes e, em contraste, à exibição
pública dos ideais burgueses, sob influência dos valores renascentistas.
e) aos rituais de etiqueta na Europa Moderna, praticados por todas as camadas
sociais, e à simplicidade da burguesia do século XIX, que perdeu seu status.

09. (UEMG) O Absolutismo como forma de governo esteve presente na península


Ibérica, na França e na Inglaterra, tendo impactado e influenciado as maiores
economias de seu tempo.
Seus pensadores mais conhecidos e suas teorias foram:
a) Nicolau Maquiavel e sua teoria de que o indivíduo estava subordinado ao
Estado; Thomas Hobbes, criador da teoria do Contrato; Jacques Bossuet e
Jean Bodin, que defenderam que o Rei era um representante divino.
b) Nicolau Maquiavel e a teoria do Contrato; Thomas Hobbes e a teoria da
supremacia do Rei como representante divino; Jacques Bossuet e Jean Bodin,
que defenderam a subordinação do indivíduo ao Estado.
c) Maquiavel, Jacques Bossuet e Jean Bodin, cujas teorias só se diferenciaram na
aplicabilidade teológica, bem como Thomas Hobbes, que preconizou o
indivíduo como senhor de seus direitos.
d) Maquiavel e Thomas Hobbes, que conceberam o Contrato Social, Jacques
Bossuet, que estabeleceu o conceito de individualismo primordial, e Jean
Bodin, que defendeu a primazia da esfera governamental.

10. (IFPE) Qual dentre as alternativas abaixo não corresponde a uma característica
das monarquias absolutistas surgidas na Europa na Idade Moderna?
a) Nos regimes absolutistas, todo o poder político e administrativo estava
centralizado na figura do Rei.
b) O poder do monarca foi legitimado por vários teóricos, como Nicolau
Maquiavel e Jacques Bossuet.
c) A teoria do Direito Divino dos Reis afirmava que o poder do monarca
absolutista tem como fundamento a vontade de Deus.
d) Mesmo com o poder centralizado, a população poderia fazer interferências em
decisões reais, caso essas fossem impopulares.
e) A economia desses Estados era baseada em práticas conhecidas como
Mercantilismo.

 HA024- A reforma Religiosa.

01. (Enem PPL 2020) No início do século XVI, as relíquias continuavam protegendo
edifícios e cidades, promovendo curas milagrosas, sendo levadas em solenes
procissões pelas ruas, sacralizando altares de igrejas por toda a Europa, em uma

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notável continuidade em relação ao papel que haviam desempenhado havia mais de
mil anos no continente. Mas, em meados daquele século, essa situação tinha se
transformado. O culto às relíquias foi fortemente repudiado pelos reformadores
protestantes, que pregavam uma igreja invisível.
CYMBALISTA, R. Relíquias sagradas e a construção do território cristão na Idade
Moderna. Anais do Museu Paulista, n. 2, jul.-dez. 2006.
A nova abordagem sobre a prática indicada no texto fundamentava-se no(a)
a) abandono de objetos mediadores.
b) instituição do ascetismo monástico.
c) desprezo do proselitismo religioso.
d) revalorização dos ritos sacramentais.
e) consagração de preceitos populares.

02. (Enem 2020) Desde o mundo antigo e sua filosofia, que o trabalho tem sido
compreendido como expressão de vida é degradação, criação e infelicidade,
atividade vital é escravidão, felicidade social e servidão. Trabalho e fadiga. Na
Modernidade, sob o comando do mundo da mercadoria e do dinheiro, a prevalência
do negócio (negar o ócio) veio sepultar o império do repouso, da folga e da preguiça,
criando uma ética positiva do trabalho.
ANTUNES. R O século XX e 8 era da degradação do trabalho In SILVA. J P. (Org)
Por uma sociologia do século XX. São Paulo: Annablume. 2007 (edaptado).
O processo de ressignificação do trabalho nas sociedades modernas teve início a
partir do surgimento de uma nova mentalidade, influenciada pela
a) reforma higienista, que combateu o caráter excessivo e insalubre do trabalho
fabril.
b) Reforma Protestante, que expressou a importância das atividades laborais no
mundo secularizado.
c) força do sindicalismo, que emergiu no esteio do anarquismo reivindicando
direitos trabalhistas.
d) participação das mulheres em movimentos sociais, defendendo o direito ao
trabalho.
e) visão do catolicismo, que, desde a Idade Média, defendia a dignidade do
trabalho e do lucro.

03. (Mackenzie) O Rei Henrique VIII, aclamado defensor da fé pela Igreja Católica,
rompeu com o Papa Clemente VII em 1534, por:
a) opor-se ao Ato de Supremacia que submetia a Igreja Anglicana à autoridade
do Papa.
b) rever todos os dogmas da Igreja Católica, incluindo a indissolubilidade do
sagrado matrimônio, através do Ato dos Seis Artigos.

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c) aceitar as 95 teses de Martinho Lutero, que denunciavam as irregularidades
da Igreja Católica.
d) ambicionar assumir as terras e as riquezas da Igreja Católica e enfraquecer
sua influência na Inglaterra.
e) defender que o trabalho e a acumulação de capital são manifestações da
predestinação à salvação eterna como professava Santo Agostinho.

04. (Unifesp) “Se um homem não trabalhar, também não comerá” – São Paulo
O texto acima traduz a ideia defendida pelo:
a) Protestantismo de Lutero;
b) Protestantismo de Calvino;
c) Catolicismo da Idade Média;
d) Catolicismo da Contra-Reforma.

05. (Esan-SP) Na Alemanha do século XVI, havia grande contradição entre o que a
Igreja católica pregava e o que se praticava. Nos principados as dificuldades eram
enormes. Os camponeses sentiam-se sobrecarregados de impostos. As cidades
ansiavam por liberdade. O clero desprezava a missão espiritual. Muitos bispos
levavam uma existência de prazer, o que ofendia os crentes sinceros e simples. Os
abusos apontados no enunciado geraram o ambiente favorável à aceitação do novo
credo sustentado por:
a) Henrique VIII.
b) João Knox.
c) João Huss.
d) João Calvino.
e) Martinho Lutero.

06. (FCC-SP) O Ato de Supremacia, promulgado por Henrique VIII, na Inglaterra,


contribuiu para:
a) divulgar intensamente a doutrina calvinista no país, sobretudo na região da
Escócia.
b) iniciar a expansão externa, formando, assim, as bases do império colonial
inglês.
c) promover a reforma anglicana, ao mesmo tempo em que contribuiu para a
centralização do governo.
d) implantar o catolicismo no reino, o que foi acompanhado de repressão aos
reformistas.
e) restaurar os antigos direitos feudais, que foram limitados pela Magna Carta
de 1215.

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07. (UNESP) As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros
fatores, reagiam contra
a) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja
Católica.
b) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da
ascensão da burguesia.
c) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e
doutrinária da Igreja Católica.
d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e
na Ásia.
e) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da
Igreja Católica.

08. (Espcex) Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século


XVI, podemos afirmar que
a) foram reflexo de disputas políticas entre os jesuítas e o papa.
b) tinham o objetivo de estabelecer a venda de indulgências para os pecadores.
c) permitiram à Igreja Católica uma total hegemonia religiosa na Alemanha.
d) só foram possíveis graças às decisões adotadas no Concílio de Trento.
e) na Inglaterra foram promovidas pelo rei Henrique VIII.

09. (Pucsp) A doutrina calvinista estabelecia para seus adeptos uma vida regrada,
disciplinada, dedicada ao trabalho, afastada do ócio, dos vícios e da ostentação. Esse
código de conduta levou alguns autores a considerar esses princípios do calvinismo
como fatores que favoreceriam o processo de acumulação capitalista. Dentro dessa
doutrina, apoiada numa interpretação particular da noção de onisciência divina,
conformar-se a esse ideal de conduta não seria o caminho para a salvação, mas seus
resultados visíveis - o sucesso material - dariam ao eleito a confirmação do estado de
graça.
Esse código de conduta fundamentava-se no princípio doutrinário que pregava
a) a justificação pela fé, ou seja, a fé como meio de obtenção da graça e da
salvação.
b) a predestinação à salvação, ou seja, a ideia de que alguns já nascem escolhidos
por Deus para serem salvos, estado impossível de ser modificado, passível,
apenas, de ser reconhecido pelos "sinais" presentes na vida dos "eleitos".
c) a salvação pelas obras, ou seja, a redenção por um ato voluntário do indivíduo,
que deveria cumprir os mandamentos divinos, praticar a caridade, intensificar
orações e peregrinações.
d) a vocação missionária e a opção pelos pobres, ou seja, a missão de pregar o
evangelho e difundir a doutrina especialmente entre aqueles que se achavam
destituídos das riquezas terrenas.

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e) a valorização do ascetismo, a flagelação do corpo e a negação da posse de
riquezas materiais como meios de alcançar a graça divina, afastando da mente
e da alma aquilo que seria considerado "tentação da carne"

10. (Unirio) "Deus chama cada um para uma vocação particular cujo objetivo é a
glorificação dele mesmo. O comerciante que busca o lucro, pelas qualidades que o
sucesso econômico exige: o trabalho, a sobriedade, a ordem, responde também ao
chamado de Deus, santificando de seu lado o mundo pelo esforço, e sua ação é
santa."
(João Calvino. In: Mousnier, Roland. História Geral das Civilizações. Os séculos
XVI e XVII: os processos da civilização europeia. SP: Difel, 1973, p. 90, tomo IV, v.
1.)
A opção que correlaciona a citação acima com o contexto da reforma protestante,
no século XVI, que pregava mudanças no cristianismo e na ação da igreja católica é
o
a) calvinismo, a condenação da doutrina da predestinação absoluta formulada
pelo pensamento tomista medieval.
b) anglicanismo, a supressão do clero e dos sacramentos na vida religiosa como
forma de enfraquecimento do papado.
c) luteranismo e no calvinismo, a pregação teológica de submissão do Estado à
Igreja reformada.
d) luteranismo, a defesa do princípio da salvação do homem pela fé sem a
necessidade de intermediação da Igreja e da realização de obras pias.
e) anglicanismo e no luteranismo, a substituição do latim pelo alemão nos cultos
religiosos.

11. (CUSC) Um aspecto importante do calvinismo é a valorização moral do trabalho


e da poupança, que resulta numa situação de bem-estar social e econômico, o que
poderia ser interpretado como sinal favorável de Deus à salvação do indivíduo.
(Fernando Seffner. Da Reforma à Contrarreforma, 1993.)
Da afirmação, depreende-se que o calvinismo
a) valorizou o indivíduo como agente de sua própria salvação, o que eliminava o
papel de Deus e do clero no processo.
b) contribuiu para o desenvolvimento do capitalismo, pois o trabalho e o
enriquecimento tinham uma justificativa religiosa.
c) implicou o confisco das propriedades eclesiásticas, que foram distribuídas ao
povo a fim de garantir seu bem-estar.
d) reforçou as estruturas feudais de dominação, uma vez que a acumulação de
riquezas era necessária à salvação.
e) contrariou a teoria da predestinação, já que a prosperidade econômica era
incompatível com a austeridade puritana.

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12. (UNICENTRO) Entre os princípios básicos da Reforma Luterana, encontram-se
os seguintes:
a) A conduta de comprar indulgências e praticar o celibato clerical.
b) O clero é o único intermediário entre Deus e os fiéis e são reafirmados os sete
sacramentos.
c) A língua oficial da Reforma Luterana é o latim, tanto para o culto quanto para
a Bíblia.
d) A salvação é alcançada pela fé e o fiel é capaz de interpretar ele mesmo os
textos bíblicos através dessa mesma fé.
e) O pão e o vinho transformam-se em corpo e sangue de Cristo na Eucaristia.

13. (EsPCEx) No começo do século XVI, interessado em construir a basílica de São


Pedro, em Roma, o Papa Leão X negociou com o banqueiro Jacob Függer a venda
das indulgências, que garantiriam o perdão dos pecados àqueles fiéis que as
comprassem.
Esse abuso do poder exercido pelo Papa causou profunda revolta em um monge do
Sacro Império Romano-Germânico chamado:
a) Erasmo de Roterdã
b) Thomas Morus
c) Pieter Bruegel
d) Martinho Lutero
e) Nicolau Copérnico

14. (IFBA) No início do século XVI, Martinho Lutero publicizava suas teses
contrárias a alguns rumos que a Igreja católica vinha tomando ao longo da idade
média. Essa movimentação de Lutero desencadeou um movimento que foi chamado
de Reforma Protestante. A reforma notabilizou muitas críticas à Igreja, dentre
elas:
a) Recusar a importância da terra para os grandes proprietários, tirando deles
todos o poder divino que poderiam reivindicar através da nobreza.
b) Ter sido o elemento fundador do iluminismo que tanto criticava as ideias
mágicas contidas nos milagres católicos.
c) O refortalecimento do feudalismo.
d) Criticar a prática das indulgências católicas que acarretava na salvação pelos
arrependimento e não pela fé.
e) Criar grande preocupação na Igreja Católica, mantendo sua preocupação
centrada na Europa, o que justificou o tardio povoamento do Brasil.

15. (UEFS) As reformas protestantes, no século XVI, representaram uma

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a) decisão de ampliar os recursos financeiros da Igreja, seguida do aumento na
cobrança de dízimos e na venda de indulgências.
b) reação a certas práticas do clero e uma divisão da Igreja Católica, seguida da
formação de novas igrejas.
c) aceitação da necessidade de politizar o clero, seguida da aproximação política
da Igreja Católica com reis e imperadores.
d) tentativa de aprofundar as discussões doutrinárias da Igreja, seguida da
realização de conclaves que aprofundaram a unidade dos clérigos.
e) rejeição do compromisso social da Igreja Católica, seguida da perseguição a
clérigos engajados em programas sociais.

16. (FASA) Sobre a crise religiosa e as mudanças na Igreja Católica, na Europa


Moderna, é correto afirmar:
Sobre a crise religiosa e as mudanças na Igreja Católica, na Europa Moderna, é
correto afirmar:
a) O choque entre os interesses da classe economicamente dominante e a posição
da Igreja Católica, no que se refere ao lucro excessivo, foi um importante fator
dos movimentos reformistas.
b) A autoridade dos papas católicos saiu fortalecida e hegemônica, apesar dos
conflitos com os imperadores e monarcas absolutistas europeus.
c) Os reformistas protestantes, nos tratados de paz religiosa, aceitaram todos os
dogmas e preceitos da Igreja Católica, excetuando-se o celibato clerical.
d) Os humanistas do Renascimento participaram das discussões teológicas com
filósofos católicos, com o objetivo de manter uma frente cristã unida no
combate à expansão islâmica na Europa ocidental.

17. (IF Sertão) A Europa Ocidental foi marcada no século XVI por muitas lutas
sociais em que o sentimento religioso se misturava às ambições materiais, protestos
populares e diferentes projetos políticos.
Sobre o movimento da Reforma Religiosa na Europa, assinale “V” (verdadeiro) e
“F” (Falso) e depois marque a alternativa correspondente.
( ) A Igreja Católica estava promovendo políticas de melhoria da qualidade de vida
das populações campesinas e comerciantes urbanos, doando toda a sua riqueza
conquistada ao longo do século XIII.
( ) Martinho Lutero, monge agostiniano, foi o primeiro a insurgir contra a venda de
indulgências, embora sua crítica fosse mais profunda, expressava uma expectativa
de reforma geral da Igreja de Roma.
( ) O Papa Leão X, em 1517, autorizou venda de indulgências para financiar a
construção da nova basílica de São Pedro em Roma.
( ) Com exceção do batismo e da eucaristia, a doutrina pregada por Lutero punha
em xeque os demais sacramentos da Igreja, pois não constavam na Bíblia.

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( ) João Calvino liderou um dos movimentos reformistas e pregava a volta do
domínio do Papa Leão XVI ao trono de Roma.
A sequência correta é:
a) V-F-V-V-F
b) F-F-V-F-V
c) F-F-F-F-F
d) V-V-V-V-V
e) F-V-V-V-F

18. (IFPR) A Igreja Anglicana, denominação congregacional cristã das igrejas da


Inglaterra, historicamente define sua origem entre os antigos celtas que, no século
VI, foram incorporados pelas missões gregorianas à Igreja de Roma. Só voltou a ser
independente, dez séculos depois, quando o rei Tudor, Henrique VIII, renunciou à
autoridade do papa que se recusou a anular seu casamento com Catarina de
Aragão, após 24 anos de união, sem que dela frutificasse um sucessor para o trono.
Em 1534, um documento assinado pelo Parlamento inglês concedeu ao rei a
soberania sobre a Igreja Católica na Inglaterra que, para legitimar seu poder
temporal e espiritual instituiu a obrigatoriedade de todos os súditos lhe jurarem
fidelidade. Qualquer recusa era considerada um ato de traição, passível de breve
julgamento e de penalidades como banimento dos domínios ingleses até a morte, por
enforcamento ou decapitação. A esse respeito, pode-se afirmar que o ofício que
instituiu a Reforma inglesa e legitimou o anglicanismo como religião oficial
resultou:
a) do Ato de Supremacia.
b) das 95 teses do Castelo de Wittenberg.
c) da Querela das Investiduras.
d) da Lei dos 39 Artigos.

19. (ACAFE) No ano de 2017 lembra-se os 500 anos da Reforma Protestante. A


publicação das 95 teses de Martinho Lutero iniciou um confronto entre Roma e o
monge agostiniano.
Considere a Reforma Protestante e seus desdobramentos, ocorrida na Europa, e
analise as afirmações a seguir.
I. A ética Calvinista glorificava o trabalho e o lucro e classificava a riqueza como
uma graça divina.
II. Para reforçar o catolicismo na Inglaterra e, com o apoio do Papa Clemente,
Henrique fundou a Ordem Anglicana.
III. Em sua doutrina, Lutero manteve o celibato e a liturgia em latim.
IV. Excomungado pela Igreja Católica, Lutero recebeu a proteção da nobreza
alemã.
Todas as afirmações corretas estão em:

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a) II - III
b) I - IV
c) I - II - III
d) II - III – IV

20. (UNESP) As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros


fatores, reagiam contra
a) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja
Católica.
b) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da
ascensão da burguesia.
c) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e
doutrinária da Igreja Católica.
d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e
na Ásia.
e) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da
Igreja Católica

 HA025- As Grandes Navegações.

01. (Mackenzie) "As grandes mudanças que se verificam na arte náutica durante a
segunda metade do século XV levam a crer na possibilidade de chegar-se,
contornando o continente africano, às terras do Oriente. Não se pode afirmar,
contudo, que a ambição de atingir por via marítima esses países de fábula
presidissem as navegações do período henriquino, animada por objetivos
estritamente mercantis. (...) Com a expedição de Antão Gonçalves, inicia-se em 1441
o tráfico negreiro para o Reino (...) Da mesma viagem procede o primeiro ouro em
pó, ainda que escasso, resgatado naquelas partes. O marfim, cujo comércio se
achava até então em mãos de mercadores árabes, começam a transportá-lo os
barcos lusitanos, por volta de 1447." (Sérgio Buarque de Holanda, Etapas dos
descobrimentos portugueses.)
Assinale a alternativa que melhor resume o conteúdo do trecho acima:
a) A descoberta do continente americano por espanhóis, e depois, por portugueses,
revela o grande anseio dos navegadores ibéricos por chegar às riquezas do
Oriente através de uma rota pelo Ocidente.
b) Os portugueses logo abandonaram as viagens de descoberta para o Oriente
através do Atlântico, visto que lhes bastavam as riquezas alcançadas na África,
ou seja, ouro, marfim e escravos.
c) Embora a descoberta de uma rota africana para o Oriente fosse para os
portugueses, algo cada vez mais realizável em razão dos avanços técnicos, foi a

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exploração comercial da costa africana o que, de fato, impulsionou as viagens do
período.
d) As navegações portuguesas, à época de D. Henrique, eram motivadas, acima de
tudo, pelo exotismo fabuloso do Oriente; secundariamente, contudo, dedicavam-
se os portugueses ao comércio de escravos, ouro e marfim, sobretudo na costa
africana.
e) Durante o período henriquino, os grandes aperfeiçoamentos técnicos na arte
náutica permitiram aos portugueses chegar ao Oriente contornando o continente
africano.

02. (PUC-MG) Relacionam-se às viagens marítimas europeias dos séculos XV e


XVI, exceto:
a) o desenvolvimento de técnicas náuticas;
b) o estabelecimento de novas rotas comerciais;
c) o enfraquecimento dos Estados Absolutistas;
d) a implantação das práticas mercantilistas.

03. (Fuvest) No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI,


Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a
supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a
nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para
alguns particulares (…)" (Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL
ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág. 180).
Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal, concluímos que:
Ao analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal, concluímos que:
a) a falta de unidade política e territorial em Portugal determinava a fragilidade
econômica interna.
b) a expansão do império acarretava crescentes despesas para o Estado, queda da
produtividade agrícola, diminuição da mão de obra, falta de investimentos
industriais, afetando a economia nacional.
c) a luta para expulsar os muçulmanos do reino português, que durou até o final do
século XV, empobreceu a economia nacional que ficou carente de capitais.
d) a liberdade comercial praticada pelo Estado português no século XV levou ao
escoamento dos lucros para a Espanha, impedindo seu reinvestimento em
Portugal.
e) o empreendimento marítimo português revelou-se tímido, permanecendo Veneza
como o principal centro redistribuidor dos produtos asiáticos, durante todo o
século XVI.

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04. (USS) "Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição
geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a
tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e
elas começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da
história portuguesa tão ou mais importantes."
Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na
expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica:
a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já
visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima
iria concretizar.
b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os
negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para
a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos
"povos bárbaros".
c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em
disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico,
político e social de Portugal.
d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio
entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários
agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários.
e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a
independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse
específico na expansão.

05. (Cesup/Unaes/Seat-MS) Na expansão da Europa, a partir do século XV,


encontramos intimamente ligados à sua história:
a) a participação da espanha nesse empreendimento, por interesse exclusivo de
Fernando de Aragão e Isabel de Castela, seus soberanos na época;
b) a descoberta da América, em 1492, anulou imediatamente o interesse comercial
da Europa com o Oriente;
c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras descobertas entre Portugal e
Espanha, sob fiscalização e concordância da França, Inglaterra e Holanda;
d) Portugal, imediatamente após o descobrimento do Brasil, iniciou a colonização,
extraindo muito ouro para a Europa, desde 1500;
e) O pioneirismo português.

06. (PUC-MG) O descobrimento da América, no início dos tempos modernos, e


posteriormente a conquista e colonização, considerando-se a mentalidade do homem
ibérico, permitem perceber que, EXCETO:
a) O colonizador, ao se dar conta da perda do paraíso terrestre, do maravilhoso,
lançou-se à reprodução da cenografia europeia da América;

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b) O colonizador, negando o que pudesse parecer novo, preferiu ver apenas o seu
reflexo no espelho da história;
c) Colombo se recusava a ver a América, preferindo manter seus sonhos de que
estaria próximo ao Oriente;
d) O processo de descrição e observação do novo continente envolvia basicamente a
manutenção do universo indígena;
e) A conquista representou a possibilidade de transplante e difusão dos padrões
culturais europeus na América.

07. (Espcex) Um conjunto de forças e motivos econômicos, políticos e culturais


impulsionou a expansão comercial e marítima europeia a partir do século XV, o que
resultou, entre outras coisas, no domínio da África, da Ásia e da América.
(Extraído SILVA, 1996)
O fato que marcou o início da expansão marítima portuguesa foi o (a)
a) contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.
b) conquista de Ceuta em 1415.
c) chegada em Calicute, Índia, em 1498.
d) ascensão ao trono português de uma nova dinastia, a de Avis, em 1385.
e) descobrimento do Brasil em 1500.

08. (Cesgranrio) Acerca da expansão marítima comercial implementada pelo Reino


Português, podemos afirmar que:
a) a conquista de Ceuta marcou o início da expansão, ao possibilitar a acumulação
de riquezas para a manutenção do empreendimento.
b) a conquista da Baía de Arguim permitiu a Portugal montar uma feitoria e
manter o controle sobre importantíssima rota comercial intra-africana.
c) a instalação da feitoria de São Paulo de Luanda possibilitou a montagem de
grande rede de abastecimento de escravos para o mercado europeu.
d) o domínio português de Piro e Sidon e o consequente monopólio de especiarias do
Oriente Próximo tornaram desinteressante a conquista da Índia.
e) a expansão da lavoura açucareira escravista na Ilha da Madeira, após 1510,
aumentou o preço dos escravos, tanto nos portos africanos quanto nas praças
brasileiras.

09. (Unesp) A propósito da expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e


XVI pode-se afirmar que
a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das
novas terras.
b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países
ibéricos.
c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.

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d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
e) os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar
Mediterrâneo.

10. (PUCCamp-SP) O processo de colonização europeia da América, durante os


séculos XVI,XVII e XVIII, está ligado à:
a) expansão comercial e marítima, ao fortalecimento das monarquias nacionais
absolutas e à política mercantilista.
b) Disseminação do movimento cruzadista, ao crescimento do comércio com os
povos orientais e à política livre-cambista.
c) Política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao
crescimento do comércio bilateral. Criação das companhias de comércio, ao
desenvolvimento do modo feudal de produção e à política liberal.
d) Política industrial, ao surgimento de um mercado interno consumidor e ao
excesso de mão-de-obra livre.

 HA026- Colonização das Américas.

01. (PUC-RJ) A fundação da Virgínia e da Nova Inglaterra, no início do século


XVII, fez a Inglaterra adentrar a disputa colonial no Novo Mundo. Nos vastos
domínios dos impérios ibéricos nas Américas, foram produzidas sociedades muito
diversas e complexas – por exemplo, as do V.R. da Nova Espanha, as da região
caribenha e as do V.R. do Peru. Entretanto, também nas colônias britânicas, desde
a sua formação, fortes diferenças acabaram forjando sociedades bem diversas. Essa
diversidade foi expressão de vários fatores, entre eles estão
I – O fato de os propósitos das Companhias de Comércio de Londres e de Plymouth
terem sido radicalmente distintos, tal como as populações que transportaram para a
América.
II – O predomínio dos interesses mercantis e escravistas nas colônias da Virgínia, ao
sul, contrastando com as motivações de ordem mais religiosa e política dos
puritanos que orientaram a ocupação das colônias ao norte.
III – A dificuldade de a Igreja Anglicana fazer valer a sua autoridade e
administração nas colônias do norte, berço da intolerância religiosa, loci de
separatistas religiosos – dos congregacionistas, presbiterianos, batistas e anabatistas
etc.

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IV – A decisão prévia do Rei James I de oferecer colônias particulares a donatários
ou proprietários – como William Penn e Lord Baltimore – na região das Colônias
do Meio.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) I e II estão corretas.
b) III e IV estão corretas.
c) II e IV estão corretas.
d) II e III estão corretas.
e) I e IV estão corretas

02. (PUC-RJ) “Para o progresso do armamento marítimo e da navegação, que sob a


boa providência e proteção divina interessam tanto à prosperidade, à segurança e
ao poderio deste reino [...], nenhuma mercadoria será importada ou exportada dos
países, ilhas, plantações ou territórios pertencentes à Sua Majestade, ou em
possessão de Sua Majestade, na Ásia, América e África, noutros navios senão nos
que [...] pertencem a súditos ingleses [...] e que são comandados por um capitão
inglês e tripulados por uma equipagem com três quartos de ingleses [...], nenhum
estrangeiro [...] poderá exercer o ofício de mercador ou corretor num dos lugares
supracitados, sob pena de confisco de todos os seus bens e mercadorias [...]”.
Segundo Ato de Navegação de 1660. In: Pierre Deyon. O mercantilismo. São Paulo:
Perspectiva, 1973, p. 94-95.
Por meio do Ato de Navegação de 1660, o governo inglês:
a) estabelecia que todas as mercadorias comercializadas por qualquer país europeu
fossem transportadas por navios ingleses.
b) monopolizava seu próprio comércio e impulsionava a indústria naval inglesa,
aumentando ainda mais a presença da Inglaterra nos mares do mundo.
c) enfrentava a poderosa França retirando-lhe a posição privilegiada de
intermediária comercial em nível mundial.
d) desenvolvia a sua marinha, incentivava a indústria, expandia o Império, abrindo
novos mercados internacionais ao seu excedente agrícola.
e) protegia os produtos ingleses, matérias-primas e manufaturados, que deveriam
ter sua saída dificultada, de modo a gerar acúmulo de metais preciosos no Reino
inglês.

03. (Espcex) Durante a colonização inglesa na América, as colônias do norte tiveram


uma flexibilização política ao monopólio, pois, durante algum tempo, permitiram o
comércio entre as colônias e com as Antilhas francesas e espanholas, além de a
metrópole não reprimir o contrabando. Tal fato sucedeu-se devido a estas colônias
a) terem como características o trabalho livre e a grande propriedade.

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b) estarem localizadas em área de clima temperado, que não favorecia o cultivo da
cana-de-açúcar, tabaco e algodão, por isto não produziam produtos tropicais que
interessavam à Inglaterra.
c) terem sido formadas por pessoas da nobreza parasitária, que desejavam manter
o “status quo”.
d) serem de origem holandesa, colônia fundada por Giovanni Caboto, italiano
radicado em Amsterdã.
e) estarem numa posição geográfica próxima às Antilhas; além disso, a Inglaterra
encontrava-se em guerra com a França e por isso sofriam com a escassez de mão
de obra especializada.

04. (PUC-PR) O mapa mostra as Treze colônias inglesas na América do Norte,


normalmente divididas entre norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul, a
partir de Maryland até a Geórgia. Colonização de iniciativa particular no século
XVI, as Treze colônias inglesas mantinham grandes diferenças entre si, sendo as
principais entre o norte e o sul.

Dentre elas, podemos citar


a) o norte foi caracterizado por receber um grande fluxo de imigrantes ingleses,
estimulados pelos cercamentos e pelas perseguições religiosas sofridas na
Inglaterra, vieram para colônia e montaram grandes fazendas de açúcar, tabaco
e algodão, voltadas à exportação para a Europa.
b) o sul abrigou colônias de povoamento, onde a pequena propriedade para
subsistência e o trabalho livre foram predominantes.

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c) a coroa inglesa se manteve presente nas Treze colônias, cobrando impostos e
fundando a Companhia Geral do Comércio, órgão cuja competência era
fiscalizar e manter o monopólio inglês sobre os produtos exportados pela colônia.
d) as colônias ao norte foram conhecidas pela exploração de matéria-prima que
abastecia as manufaturas inglesas, contudo, a partir das revoltas de escravos e o
início do trabalho assalariado, o valor das transações aumenta muito, tornando
inviável para a Inglaterra continuar ligada às colônias.
e) as colônias do sul eram voltadas à exploração, possuíam um sistema de produção
baseado no plantation, portanto, com trabalho escravo, monocultura e
exportação.

05. (UFRGS) Considere as afirmações abaixo, sobre os processos de colonização e as


estruturas sociais das Américas nos séculos XVII e XVIII.
I - Nas colônias inglesas e francesas do Caribe, a unidade de produção
predominante foi a pequena propriedade agrícola, em que trabalhavam camponeses
livres, de origem majoritariamente europeia.
II - Nas colônias da Nova Inglaterra, predominaram as plantations monocultoras e
exportadoras, em que a forma de trabalho principal era a mão de obra escravizada.
III- Na Nova França, atual Quebec, os colonizadores estabeleceram um sistema
senhorial baseado no feudalismo francês, o que gerou uma grande concentração de
terras e uma baixa atração de imigrantes para esses territórios.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

6. (IFSudMinas) Leia as afirmativas abaixo sobre as especificidades da colonização


inglesa na América do Norte:
I. Conhecidas como Nova Inglaterra, algumas das 13 colônias inglesas da América
do Norte foram criadas por iniciativa de particulares, muitos dos quais eram
refugiados políticos e religiosos.
II. Nas colônias do sul, predominaram a pequena e média propriedade, com
trabalho livre assalariado, familiar e também o de servidão por dívidas (indentured
servant), em que camponeses ingleses tinham suas despesas de viagem para a
América custeadas em troca da prestação de serviços em terras de proprietários já
estabelecidos na colônia.
III. Em virtude dos problemas internos vivenciados na Inglaterra do século XVII,
notadamente os conflitos entre o parlamento e a monarquia e o interesse da

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burguesia mercantil inglesa no comércio oriental levaram a metrópole a
negligenciar a relação com suas colônias americanas.
IV. O chamado “Comércio Triangular” foi uma expressão utilizada para designar
um conjunto de relações comerciais estabelecidas entre algumas das 13 colônias
inglesas da América do Norte com a região das Antilhas e com a África.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) I, II e III
b) II, III e IV
c) I, III e IV
d) I e II
e) I, II, III e IV

 HA027- O Brasil pré-colonial.

01. (Cesgranrio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período


"pré-colonial" (1500-1530), foi marcado pelo(a):
a) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil;
b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano.
c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já
experimentada no Oriente;
d) fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar os
indígenas;
e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses.

02. (UFPE) As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas de assegurar,


aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre essas feitorias, é correto afirmar
que:
a) feitoria foi uma forma de colonização, empregada por portugueses na África, na
Ásia e no Brasil, com pleno êxito para a atividade agrícola.
b) as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o Governo Geral de
Mem de Sá, como proposta mais moderna de administração colonial.
c) as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no litoral das
terras conquistadas e serviam para armazenamento de produtos da terra, que
deveriam seguir para o mercado europeu.
d) tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral brasileiro quanto as
fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a presença do Estado português e a
ausência de interesses de particulares.
e) o êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a
criação das capitanias hereditárias.

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03. (USS) Assinale a alternativa correta a respeito do período pré-colonial
brasileiro:
a) Os franceses não reconheciam o domínio português, tanto que chegaram a se
estabelecer no Rio de Janeiro e no Maranhão.
b) O trabalho intenso de Anchieta e Nóbrega na catequese dos índios tinha o
objetivo de impedir a escravização do gentio.
c) A ocupação temporária europeia, por meio de feitorias, deveu-se à inexistência
de organização social produtora de excedentes negociáveis.
d) A cordialidade dos indígenas contrastava com a hostilidade europeia dos
portugueses, cujo objetivo metalista conduzia sempre à prática da violência.
e) A cordialidade inicial entre europeus e índios deveu-se ao fato de que o objetivo
catequético superava os fins materiais da expansão marítima.

04. (UFF) "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como
um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores
gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua
antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que
tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e
moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada
temperatura que nada deixaria produzir;
d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da
experiência da nova visão de homem, característica do século XV;
e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por
Deus na Gênese.

05. (Espcex) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como
período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das
terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A
atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para
o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século
XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português
em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da
época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral
brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.
Berutti, 2004.
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)

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a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em
decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha
prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao
comércio com as Índias.
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos
indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de
lucro da burguesia metropolitana portuguesa.
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História,
explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos
interesses daqueles que patrocinavam as expedições.

06. (Unesp) Leia o texto para responder à questão.


[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das
do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se
não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos
entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso
Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se
não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem
preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua
vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os
outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os
reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho
ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os
tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos podem ser associados,
respectivamente,
a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares.
b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes.
d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar.
e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros.

07. (Fatec) Se levarmos em conta que os colonizadores portugueses mantiveram um


contato maior com as nações tupi, podemos dizer que as sociedades indígenas
brasileiras viviam num regime de comunidade primitiva, no qual
a) não existia propriedade privada, pois os únicos bens individuais eram os
instrumentos de caça, pesca e trabalho, como o arco, a flecha e o machado de
pedra.

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b) cabia aos homens, além da caça e da pesca, toda a atividade agrícola do plantio a
da colheita.
c) cada família tinha a sua propriedade, apesar de todos trabalharem para o
sustento da comunidade.
d) a economia era planificada, e todo o excedente era trocado com as tribos
vizinhas.
e) tanto a propriedade privada quanto a agricultura de subsistência e a divisão de
trabalho obedeciam a critérios naturais, ou seja, de acordo com o sexo e a idade.

08. (Unicamp) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os


primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles
vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles
fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e
depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu
umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas
e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós
tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que
levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos
de dar-lhe!”
(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo:
Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.)
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as
culturas indígena e europeia foi
a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar
transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização,
abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando
com os colonizadores.
b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra,
principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava
acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto
com essa população.
c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na
exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a
escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura.
d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para
suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção
industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das
populações nativas.

09. (Pucrs) Responder à questão sobre o período précolonial brasileiro, com base no
texto a seguir:

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"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não
recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham
filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com
visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou
cinco luas [meses]. Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para
trocá-los com aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio
tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período pré-colonial
brasileiro conhecido por
a) mita.
b) escambo.
c) encomienda.
d) mercantilismo.
e) corvéia.

10. (UFV) Sobre o período Pré-colonial, é CORRETO afirmar:


a) Um grupo de mercadores portugueses, representados por Fernão de Loronha,
arrendou o direito de exploração do território, no início do século XVI.
b) A extração de pau-brasil era destinada à exportação dessa madeira para a
construção de fortes e edifícios administrativos portugueses nas possessões
ultramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki.
c) A administração do Governador-Geral Duarte da Costa permitiu a utilização da
mão de obra indígena na instauração de feitorias que, mais tarde, possibilitariam
a implementação dos engenhos de açúcar.
d) A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco e São Vicente, assim como de
algodão, no Maranhão, permitiu a expansão da presença portuguesa para além
dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas.

 HA028- A administração colonial.

01. (Enem 2021) Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me
aprouve banir para essa cidade vários ciganos — homens, mulheres e crianças —
devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em
diversos navios destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso
da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de
penalidades, não permitindo que ensinem dita língua a seus filhos, de maneira que
daqui por diante o seu uso desapareça.
TEIXEIRA, R C. História dos ciganos no Brasil Recdo Núciso ce Estudos Ciganos.
2008

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A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718,
apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em
a) converter grupos infiéis à religião oficial.
b) suprimir formas divergentes de interação social.
c) evitar envolvimento estrangeiro na economia local.
d) reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.
e) controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.

02. (Enem 2020) O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no


ano 1817, foi analisado de formas diferentes por dois meios de comunicação daquela
época. O Correio Braziliense apontou para o fato de ser “a comoção no Brasil
motivada por um descontentamento geral, e não por maquinações de alguns
indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento como um
“pontual desvio de norma, apenas uma 'mancha' nas 'páginas da História
Portuguesa", tão distinta pelos testemunhos de amor e respeito que os vassalos desta
nação consagram ao seu soberano”.
JANCSÓ, I; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.).
Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000
(adaptado).
Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento, embora com
percepções diversas, relacionam-se a um aspecto do processo de independência da
colônia luso-americana expresso em dissensões entre
a) quadros dirigentes em torno da abolição da ordem escravocrata.
b) grupos regionais acerca da configuração politico-territorial.
c) intelectuais laicos acerca da revogação do domínio eclesiástico.
d) homens livres em torno da extensão do direito de voto.
e) elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário.

03. (Enem Digital 2020) Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de
luto, reuniu os negros no pátio da casa-grande e falou para eles. A voz não era mais
aquela voz mansa de outros tempos. Agora Seu Lula era o dono de tudo. O feitor, o
negro Deodato, recebera as suas instruções aos gritos. Seu Lula não queria vadiação
naquele engenho. Agora, todas as tardes, os negros teriam que rezar as ave-marias.
Negro não podia mais andar de reza para S. Cosme e S. Damião. Aquilo era
feitiçaria. [...]
E o feitor Deodato, com a proteção do senhor, começou a tratar a escravatura como
um carrasco. O chicote cantava no lombo dos negros, sem piedade. Todos os dias
chegavam negros chorando aos pés de D. Amélia, pedindo valia, proteção contra o
chicote do Deodato. A fama da maldade do feitor espalhara-se pela várzea. O
senhor de engenho do Santa Fé tinha um escravo que matava negro na peia. [...] E o
Santa Fé foi ficando assim o engenho sinistro da várzea.

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RÊGO, J. L. Fogo morto. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.
A condição dos trabalhadores escravizados do Santa Fé torna-se exponencialmente
aflitiva após a morte da senhora do engenho.
Nessa passagem, o sofrimento a que se submetem é intensificado pela reação à
a) mania do novo senhor de se dirigir a eles aos gritos.
b) saudade do afeto antes dispensado por D. Mariquinha.
c) privação sumária de suas crenças e práticas ritualísticas.
d) inércia moral de D. Amélia ante as imposições do marido.
e) reputação do Santa Fé de lugar funesto a seus moradores.

04. (Enem Digital 2020) As pessoas do Rio de Janeiro se fazem transportar em


cadeirinhas bem douradas sustentadas por negros. Esta cadeira é seguida por um
ou dois negros domésticos, trajados de librés mas com os pés nus. Se é uma mulher
que se transporta, ela tem frequentemente quatro ou cinco negras indumentadas
com asseio; elas vão enfeitadas com muitos colares e brincos de ouro. Outras são
levadas em uma rede. Os que querem andar a pé são acompanhados por um negro,
que leva uma sombrinha ou guarda-chuva, como se queira chamar.
LARA, S. H. Fragmentos setecentistas. São Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado).
Essas práticas, relatadas pelo capelão de um navio que ancorou na cidade do Rio de
Janeiro em dezembro de 1748, simbolizavam o seguinte aspecto da sociedade
colonial:
a) A devoção de criados aos proprietários, como expressão da harmonia do elo
patriarcal.
b) A utilização de escravos bem-vestidos em atividades degradantes, como marca da
hierarquia social.
c) A mobilização de séquitos nos passeios, como evidência do medo da violência nos
centros urbanos.
d) A inserção de cativos na prestação de serviços pessoais, como fase de transição
para o trabalho livre.
e) A concessão de vestes opulentas aos agregados, como forma de amparo
concedido pela elite senhorial.

05. (Enem PPL 2020) Uma sombra pairava sobre as tão esperadas descobertas
auríferas: a multidão de aventureiros que se espalhara por serras e grotões
mostrava-se criminosa e desobediente aos ditames da Coroa ou da Igreja.
Carregavam consigo tantos escravos que o preço da mão de obra começara a
aumentar na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Ao fim de dez anos, a tensão
entre paulistas e forasteiros, entre autoridades e mineradores, só fazia aumentar.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo:
Planeta, 2010.

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No contexto abordado, do início do século XVIII, a medida tomada pela Coroa
lusitana visando garantir a ordem na região foi a
a) regulamentação da exploração do trabalho.
b) proibição da fixação de comerciantes.
c) fundação de núcleos de povoamento.
d) revogação da concessão de lavras.
e) criação das intendências das minas.

06. (Enem PPL 2020) A Inglaterra não só os produzia em condições técnicas mais
avançadas do que o resto dos países, como os transportava e distribuía. Tinha, pois,
necessidades de mercados, e foi por isso que se esforçou, naquela etapa de sua
história, para criá-los e desenvolvê-los. O Tratado de Methuen em 1703 estabelecia
a compra dos tecidos ingleses por parte de Portugal, enquanto a Inglaterra se
comprometia a adquirir a produção vinícola dos lusitanos.
SODRÉ, N. W. As razões da independência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1969 (adaptado).
No contexto político-econômico da época, esse tratado teve como consequência para
os britânicos a
a) aplicação de práticas liberais.
b) estagnação de superávit mercantil.
c) obtenção de privilégios comerciais.
d) promoção de equidade alfandegária.
e) equiparação de reservas monetárias.

7. (Enem 2018)
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto
da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra
o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos
há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.
Brasil Colônia
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra
estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e
bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como
os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para
Portugal, porque tudo querem para lá.
SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil:
cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América
estavam relacionadas à
a) utilização do trabalho escravo.
b) implantação de polos urbanos.

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c) devastação de áreas naturais.
d) ocupação de terras indígenas.
e) expropriação de riquezas locais.

8. (Enem 2018 PPL) Na África, os europeus morriam como moscas; aqui eram os
índios que morriam: agentes patogênicos da varíola, do sarampo, da coqueluche, da
catapora, do tifo, da difteria, da gripe, da peste bubônica, e possivelmente da
malária, provocaram no Novo Mundo o que Dobyns chamou de “um dos maiores
cataclismos biológicos do mundo”. No entanto, é importante enfatizar que a falta de
imunidade, devido ao seu isolamento, não basta para explicar a mortandade, mesmo
quando ela foi de origem patogênica.
CUNHA, M. C. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro
Enigma, 2012.
Uma ação empreendida pelos colonizadores que contribuiu para o desastre
mencionado foi o(a)
a) desqualificação do trabalho das populações nativas.
b) abertura do mercado da colônia às outras nações.
c) interdição de Portugal aos saberes autóctones.
d) incentivo da metrópole à emigração feminina.
e) estímulo dos europeus às guerras intertribais.

9. (Enem 2018) Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na


Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança
tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das
catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos,
dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte,
dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do
século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil
para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)
a) expressão do valor das festividades da população pobre.
b) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
c) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
d) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
e) instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

10. (Enem Libras 2016) Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma
marca da tradição rebelde da população trabalhadora urbana na maior cidade do
Império do Brasil, que reunia escravos e livres, brasileiros e imigrantes, jovens e

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adultos, negros e brancos. O que mais os unia era pertencer aos porões da
sociedade, e na última escala do piso social estavam os escravos africanos.
SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil
para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.
De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção da tradição
mencionada foi a
a) elitização de ritos católicos.
b) desorganização da vida rural.
c) redução da desigualdade racial.
d) mercantilização da cultura popular.
e) diversificação dos grupos participantes.

11. (Enem 2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contráro das outras situações
de contestação política na América portuguesa, é que o projeto que lhe era
subjacente não tocou somente na condição, ou no instrumento, da integração
subordinada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu
nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G.
(Org).).Viagem incompleta: a experiência Brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac,
2000.
a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000. A diferença entre as
sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de
a) eliminar a hierarquia militar.
b) abolir a escravidão africana.
c) anular o domínio metropolitano.
d) suprimir a propriedade fundiária.
e) extinguir o absolutismo monárquico.

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12. (Enem 2016)
TEXTO II
Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para atrair novos devotos, pois
eram obedientes a Deus e ao poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento
sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiéis os ensinamentos que julgava
corretos e que deviam ser imitados por escravos que, em geral, traziam outras
crenças de suas terras de origem, muito diferentes das que preconizava a fé católica.
OLIVEIRA, A. J. Negra devoção.Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 20,
maio 2007 (adaptado).
Posteriormente ressignificados no interios de certas irmandades e no contato com
outra matriz religiosa, o ícone e a prática mencionada no texto estiveram desde o
século XVII relacionados a um esforço da Igreja Católica para
a) reduzir o poder das confrarias.
b) cristianizar a população afro-brasileira.
c) espoliar recursos materiais dos cativos.
d) recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
e) atender a demanda popular por padroeiros locais.

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13. (Enem PPL 2016) As convicções religiosas dos escravos eram entretanto
colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram
batizados obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se às
doutrinas religiosas de seus mestres. Iemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi
sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das
divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.
VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo:
Corrupio, 1981.
O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros
escravizados para
a) compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
b) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
c) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
d) integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
e) possibilitar a adoração de santos católicos.

14. (Enem PPL 2016) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha
acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o
número de habitantes aumentara dez vezes.
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma Corte
corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São
Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).
A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade
a) cafeeira, com a atração da imigração europeia.
b) industrial, com a intensificação do êxodo rural.
c) mineradora, com a ampliação do tráfico africano.
d) canavieira, com o aumento do apresamento indígena.
e) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado.

15. (Enem 3ª Aplicação 2016) As camadas dirigentes paulistas na segunda metade


do século XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas,
desde o início da colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São
Paulo) tinham sido responsáveis pel ampliação do território nacional, enriquecendo
a metróple portuguesa com ouro e expandindo suas possessões. Graças à integração
territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda como fundadores da
unidade nacional. Representavam a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil
ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca Nacional. n, 34, 1
jul. 2008 (adaptado).
No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo
a) promover o pioneirismo industrial pela substituição de importações.
b) questionar o governo regencial após a descentralização administrativa.

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c) recuperar a hegemonia perdida com o fim da política do café com leite.
d) aumentar a participação política em função da expansão cafeeira.
e) legitimar o movimento abolicionista durante a crise do escravismo.

16. (Enem 2014) O índio era o único elemento então disponível para ajudar o
colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e,
para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e
alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da
liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os
padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça
desenfreada dos colonos.
CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).
Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao
catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi
mediada pela
a) demarcação do território indígena.
b) manutenção da organização familiar.
c) valorização dos líderes religiosos indígenas.
d) preservação do costume das moradias coletivas.
e) comunicação pela língua geral baseada no tupi.

17. (Enem PPL 2014)


TEXTO 1
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com
certeza não existiria. A Colõnia se fragmentaria, como se fragmentou a parte
espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países
distintos. (José Murilo de Carvalho)
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João
VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi
construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia
de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil
começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de Mello)
1808 — O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov.
2007(adaptado).
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao
Brasil. Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante
de um dos possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado
discutido e um argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para
o segundo estão associados, respectivamente, em:
a) Integridade territorial — Centralização da administração régia na Corte.

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b) Desigualdade social — Concentração da propriedade fundiária no campo.
c) Homegeneidae intelectual — Difusão das ideias liberais nas universidades.
d) Uniformidade cultural — Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas.
e) Continuidade espacial — Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias.

18. (Enem PPL 2014) Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel,
ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos
falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta
e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e
cinquenta. E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e todos eles,
surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para que
esses mudos falem e esses surdos ouçam.
VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva. São
Paulo: Global, 1985 (adaptado).
No decorrer da colonização protuguesa na América, as tentativas de resolução do
problema apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na
a) ampliação da violência nas guerras intertribais.
b) desistência da evangelização dos povos nativos.
c) indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas.
d) pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões americanas.
e) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da
catequese.

 HA029- Expansão territorial.

1. (Fuvest) Entre as mudanças ocorridas no Brasil Colônia durante a União Ibérica


(1580 – 1640), destacam-se
a) a introdução do tráfico negreiro, a invasão dos holandeses no Nordeste e o início
da produção de tabaco no recôncavo Baiano
b) a expansão da economia açucareira no Nordeste, o estreitamento das relações
com a Inglaterra e a expulsão dos jesuítas
c) a incorporação do Extremo-Sul, o início da exploração do ouro em Minas Gerais
e a reordenação administrativa do território
d) a expulsão dos holandeses do Nordeste, a intensificação da escravização indígena
e a introdução das companhias de comércio monopolistas
e) a expansão da ocupação interna pela pecuária, a expulsão dos franceses e o
incremento do bandeirismo

2. (Cesgranrio) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao


litoral e associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante
os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos

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interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia. As afirmações
abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades
dominantes.
No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de
índios atraíram os colonizadores.
A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada
aos conflitos luso-espanhóis na Europa.
O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais,
Goiás e Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação
está ligada à mineração.
A zona missionária no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos,
interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a
demarcação das fronteiras.
O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi
um prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão de obra
para a expansão da lavoura.
As afirmações corretas são:
a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.

3. (UFC) No Brasil, ao longo do século XVII, ocorreram vários movimentos de


expansão territorial que resultaram no aumento de seu território. Podem-se
localizar esses movimentos:
a) em São Paulo, de onde partem bandeiras, no início do século, para realizar o
apresamento de indígenas e, posteriormente, para buscar metais preciosos.
b) ao longo dos rios do Nordeste, onde se planta cana-de–açúcar nas antigas
fazendas de gado, após a saturação de plantações, nas áreas próximas ao litoral.
c) na região amazônica, em decorrência do deslocamento de populações do
Nordeste, para explorar a extração da borracha.
d) na região Sul, para onde se deslocam, conduzidas por missionários franciscanos,
as populações indígenas em fuga, após conflitos com os portugueses.
e) na região do Mato Grosso, pela ação de catequese de missionárias carmelitas que
realizavam suas ações, livres das pressões dos bandeirantes e da Coroa
Portuguesa.

4. (UFTM) Grande parte do território amazônico, pertencente à Espanha de acordo


com o Tratado de Tordesilhas, foi incorporado à América portuguesa, no período
colonial, graças à:

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a) ação dos jesuítas, que instalaram missões, e à coleta de drogas do sertão.
b) construção de fortes, contra os ataques estrangeiros, e à extração de borracha.
c) instalação de núcleos urbanos em pontos estratégicos e à criação de gado.
d) construção de ferrovias, a fm de interligar o território, e ao extrativismo vegetal.
e) organização de bandeiras para capturar índios e à aquisição do Acre.

5. (UFSE) O texto abaixo refere-se à atividade pecuarista no Brasil Colônia:


O gado podia penetrar o Sertão. Não tinha o problema seríssimo do transporte, porque
transportava a si mesmo. A mão de obra exigida era pouca. Sem a complexidade da
agricultura, principalmente da canavieira, tinha na amplitude do sertão o caminho de
sua expansão, acompanhando os rios rumo ao interior.
Assinale a única alternativa não contida no texto:
a) a criação do gado era pouco exigente com respeito à mão de obra
b) a agricultura açucareira era atividade mais complexa do que a criação de gado
c) a penetração do gado no Sertão não envolvia custos no transporte
d) a pecuária não tinha maior produtividade do que as atividades agrícolas
e) o Sertão apresentou-se como caminho adequado para a expansão e criação do
gado

6. (Fuvest) Em 1694, uma expedição chefiada pelo bandeirante Domingos Jorge


Velho foi encarregada pelo governo metropolitano de destruir o quilombo de
Palmares. Isto se deu porque:
a) os paulistas, excluídos do circuito da produção colonial centrada no Nordeste,
queriam aí estabelecer pontos de comércio, sendo impedidos pelos quilombos.
b) os paulistas tinham prática na perseguição de índios, os quais, aliados aos negros
de Palmares, ameaçavam o governo com movimentos milenaristas
c) o quilombo desestabilizava o grande contingente escravo existente no Nordeste,
ameaçando a continuidade da produção açucareira e da dominação colonial.
d) os senhores de engenho temiam que os quilombolas, que haviam atraído brancos
e mestiços pobres, organizassem um movimento de independência da colônia.
e) os aldeamentos de escravos rebeldes incitavam os colonos à revolta contra a
metrópole, visando trazer novamente o Nordeste para o domínio holandês

7. (Fuvest) No século XVII, contribuíram para a penetração para o interior


brasileiro
a) o desenvolvimento das culturas da cana-de-açucar e do algodão.
b) o apresamento de indígenas e a procura de riquezas minerais.
c) a necessidade de defesa e o combate aos franceses.
d) o fim do domínio espanhol e a restauração da monarquia portuguesa.
e) a Guerra dos Emboabas e a transferência da capital da colônia para o Rio de
Janeiro.

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08. (UNITINS) “A atividade mineradora no Brasil teve início no período colonial.
Apesar de os portugueses demonstrarem interesses pela existência de metais
preciosos na Colônia, as jazidas auríferas mais produtivas só foram encontradas no
final do século XVII. Por causa dessa descoberta, ocorreram mudanças importantes
na economia e na sociedade. Além de favorecer a expansão territorial, o ouro
estimulou o desenvolvimento de novas cidades, a ampliação e a diversificação das
atividades econômicas.”
(MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4. ed. São
Paulo: Moderna, 2012, p. 266.)
Sobre o período da mineração no antigo norte de Goiás, hoje Tocantins, é correto
afirmar que
a) a exploração do ouro das minas teve duração prolongada, e foram vários fatores
que contribuíram para a longa duração dessa exploração, entre eles, tecnologias
avançadas que eram utilizadas na explosão aurífera.
b) os demais setores se desenvolveram rapidamente a partir do declínio da
mineração, fonte de toda atividade econômica nas regiões mineradoras. Houve
aceleração da importação e do comércio externo, particularmente com a
metrópole.
c) houve grande concentração nas zonas urbanas das populações que trabalhavam
nas minas devido ao declínio da mineração, contribuindo para aumento intenso
do comércio nas antigas cidades mineiras.
d) a falta de mão de obra assalariada para os trabalhos nas minas foi um dos
fatores apontados para o declínio da mineração.
e) a população dos arraiais do ouro foi constituída por diferentes grupos humanos,
e o enorme fluxo de gente que se dirigia para as minas fez com que sua
composição social se tornasse bastante heterogênea.

09. (UEA) A conformação do território brasileiro é compreendida, em grande parte,


pelos movimentos expansionistas no período colonial. Atendendo ao mercado
interno, a atividade econômica que permitiu a expansão territorial pelo interior do
Brasil foi
a) a atividade mineradora.
b) o cultivo do café.
c) a atividade pecuária.
d) o cultivo da cana-de-açúcar.
e) a extração das drogas do sertão.

 HA030- Os cíclos econômicos e o trabalho escravo.

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1. (Fuvest) Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no
Nordeste do Brasil e na sua posterior expulsão:
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre
Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos
senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do
domínio estrangeiro pela população.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da
dominação espanhola em Portugal
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da
Companhia das Índias Ocidentais

2. (Mackenzie) Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período


colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades
econômicas, é correto afirmar que:
a) na atividade açucareira, prevalecia o latifúndio e a ruralização, a mineração
favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno.
b) o trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na
mineradora.
c) o ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a
acumulação de capitais ingleses
d) geraram movimentos nativistas como a Guerra dos Emboabas e a Revolução
Farroupilha.
e) favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos
e o desenvolvimento de uma economia independente da Metrópole.

3. (PUC-RS) As invasões holandesas no Brasil, no século XVII, estavam


relacionadas à necessidade de os Países Baixos manterem e ampliarem sua
hegemonia no comércio do açúcar na Europa, que havia sido interrompido
a) pela política de monopólio comercial da Coroa Portuguesa, reafirmada em
represália à mobilização anticolonial dos grandes proprietários de terra.
b) pelos interesses ingleses que dominavam o comércio entre Brasil e Portugal
c) pela política pombalina, que objetivava desenvolver o beneficiamento do açúcar
na própria colônia, com apoio dos ingleses.
d) pelos interesses comerciais dos franceses, que estavam presentes no Maranhão,
em relação ao açúcar.
e) pela Guerra de Independência dos Países Baixos contra a Espanha, e seus
consequentes reflexos na colônia portuguesa, devido à União Ibérica.

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6
4. (UFMG) O interesse dos holandeses em ocupar áreas no Brasil está relacionado
com:
a) A conquista de territórios estratégicos para quebrar o monopólio da rota da
prata
b) Os contratos preferenciais firmados entre Portugal e Inglaterra
c) As barreiras impostas pela Espanha à participação flamenga no comércio
açucareiro. (Lembrar das disputas entre Espanha e Países Baixos, os quais se
tornaram independentes, e em contrapartida a Espanha retaliou através de
restrições comerciais. A partir disso é que os holandeses tentar expandir seus
negócios e criam Cia. Das índias Orientais e Cia. Das índias Ocidentais, e
invadem o Brasil...)
d) As solicitações dos senhores de engenho, insatisfeitos com o supermonopólio
metropolitano.
e) A instalação de técnicas mais avançadas, visando à elevação da produtividade.

5. (UFPR) O ser senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz
consigo o ser servido, obedecido e respeitado por muitos”. Essa frase de João
Antônio Andreoni (conhecido como Antonil), escrita no seu livro Cultura e
Opulência do Brasil por suas drogas e minas, refere-se aos:
a) ricos comerciantes que lidavam com os negócios de exportação e importação;
b) proprietários das terras que formavam a aristocracia agrária, de grande poder
econômico e político;
c) lavradores assalariados que plantavam a cana-de-açúcar;
d) trabalhadores livres dos engenhos: artesãos, barqueiros, capatazes;
e) grandes proprietários das fábricas de manufaturas têxteis.

6. (UFPE) Através dos engenhos de produção de açúcar, Portugal conseguiu


acumular riquezas e ampliar os investimentos no Brasil. Contou ainda com o
financiamento dos holandeses. As condições de vida, nos engenhos de cana-de-
açúcar:
a) não privilegiavam nem mesmo os senhores, devido à sua falta de estrutura;
b) eram de luxo apenas para os representantes oficiais da Igreja Católica;
c) eram de muito luxo e ostentação para aqueles que trabalhavam como
assalariados;
d) eram muito precárias nas senzalas, onde habitava a maior parcela dos escravos;
e) dependiam apenas dos senhores, que algumas vezes construíam pequenas
moradias para seus escravos.

7. (UFPel/RS) "[...] Se, num primeiro momento, o que se observa são movimentos
relativamente simples de exploração da mata – numa relação que confunde
colonialismo com extrativismo –, a efetivação do domínio toma feições de uma de

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7
limitação geometrizada do território pela via das capitanias hereditárias, mas se
consolida pela destruição da mata atlântica e sua substituição pela cana-de-açúcar.
[...]" SANTOS, Douglas. A reinvenção do espaço. São Paulo: EDUNESP, 2002.
De acordo com o exposto e os seus conhecimentos sobre as relações citadas,
identifique a alternativa correta:
a) cana-de-açúcar, gimnosperma que produz sacarose, foi um produto extrativo de
grande importância econômica no Período Colonial brasileiro e contribuiu para
alterar a paisagem florestal.
b) Com a divisão do território brasileiro em Capitanias Hereditárias, desenvolveu-
se, em algumas delas, a plantação de cana-de-açúcar – angiosperma que produz
a sacarose, composta por glucose e frutose – intensificando-se o
desflorestamento, que se estende até os dias atuais
c) A geometrização, da qual resultou o mapa do atual território brasileiro,
demonstra a extinção das Capitanias Hereditárias quando da criação do
Governo-Geral, no Brasil Colônia.
d) O traçado contemporâneo da divisão territorial brasileira foi determinado no
Período Colonial, ao contrário da exploração econômica do bioma citado no
texto, localizado na região central do país.
e) O colonialismo tem, na atividade extrativa, o seu único meio de acumulação de
capitais; portanto, explorar as reservas vegetais significa manter a riqueza por
mais tempo.

08. (Fuvest) As tentativas holandesas de conquista dos territórios portugueses na


América tinham por objetivo central
a) a apropriação do complexo açucareiro escravista do Atlântico Sul, então
monopolizado pelos portugueses.
b) a formação de núcleos de povoamento para absorverem a crescente população
protestante dos Países Baixos.
c) a exploraçãodasminasdeourorecém‐descobertasnointerior, somente acessíveis
pelo controle de portos no Atlântico.
d) a ocupação de áreas até então pouco exploradas pelos portugueses, como o
Maranhão e o Vale Amazônico.
e) a criação de uma base para a ocupação definitiva das áreas de mineração da
América espanhola.

09. (Unespar) A produção da cana de açúcar no Brasil colonial:


I. Tinha como base mão de obra escrava, era destinada, sobretudo, ao mercado
interno e realizada em latifúndios.
II. Propiciou uma colonização urbana, marcada pela mobilidade social e dominada
pelos senhores de engenho.

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8
III. Foi marcada por uma sociedade patriarcal, escravocrata e permeada de
religiosidades.
IV. Tinha como unidade básica o engenho, no qual se situavam, entre outros
elementos, a casa-grande, a senzala, o moinho, uma capela e a produção de gêneros
de primeira necessidade.
a) I e III estão corretas;
b) II e IV estão corretas;
c) I, II e IV estão corretas;
d) I, II e III estão corretas;
e) III e IV estão corretas.

10. (UECE) Sobre a presença de europeus, durante os séculos XVI, XVII e XVIII,
no território que hoje pertence ao Brasil, é correto afirmar que
a) se restringiu aos portugueses que, desde o Tratado de Tordesilhas, eram os
únicos com direito sobre esta terra plenamente reconhecido pelas demais nações
europeias.
b) diferentemente de outras regiões da América, nenhuma das cidades do Brasil
sofreu ataques de piratas ou corsários de origem europeia.
c) devido ao Tratado de Tordesilhas, apenas portugueses e espanhóis estiveram
pelas terras brasileiras durante os séculos de nossa colonização.
d) além dos portugueses, em diversas regiões do atual território brasileiro, nos
primeiros séculos da colônia, houve presenças de espanhóis, franceses e
holandeses.

 HA031- A crise do colonialismo no Brasil

01. (UFRGS) Sobre a história do colonialismo português, considere as afirmações


abaixo.
I - A partir do século XV, Portugal estabeleceu colônias, entrepostos comerciais e
feitorias na África, na América e na Ásia, o que lhe permitiu transformar-se em um
extenso império ultramarino.
II - No continente americano, as colônias portuguesas permaneceram sob o
comando da metrópole até o final do século XIX, quando o fim da escravidão no
Brasil rompeu com a rede comercial no Atlântico Sul.
III - Na segunda metade do século XX, iniciaram-se os levantes independentistas das
colônias portuguesas na África, impulsionados pela Revolução dos Cravos de 1974.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.

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c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

02. (Universidade Tiradentes) A exploração da América foi uma condição essencial


para o nascimento do capitalismo, e, também, um índice de sua expansão em escala
mundial: “as descobertas de ouro e de prata na América, o extermínio, a
escravização das populações indígenas, forçadas a trabalhar no interior das minas,
o início da conquista e pilhagem das Índias Orientais e a transformação da África
num vasto campo de caçada lucrativa são os acontecimentos que marcaram o
alvorecer da era da produção capitalista. Esses processos idílicos são fatores
fundamentais da acumulação primitiva. Os métodos (de acumulação primitiva) se
baseiam, em parte, na violência mais brutal, como é o caso do sistema colonial. Mas
todos eles utilizavam o poder do Estado, a força concentrada e organizada da
sociedade para ativar artificialmente o processo de transformação do modo feudal
de produção no modo capitalista, abreviando assim as etapas de transição.
(A EXPLORAÇÃO... 2018).
O processo de expansão marítima e comercial e o estabelecimento do sistema
colonial ocorreram dentro de um contexto histórico mais amplo, que pode ser
identificado,
a) na centralização do poder político e no apoio financeiro da burguesia comercial
ao projeto colonialista.
b) na expansão do movimento do Renascimento Cultural, que aboliu o poder
político da Igreja Católica.
c) no surgimento e na consolidação do Humanismo e na superação da sociedade
estamental.
d) na Contrarreforma católica, que impediu a superexploração da mão de obra
servil escrava.
e) no liberalismo econômico, que incentivou a concorrência comercial, provocando
o desenvolvimento manufatureiro.

03. (FAM) A Espanha era uma metrópole durável, mas de modo nenhum
desenvolvida. Se as colônias exportavam produtos primários, a Espanha também o
fazia. Se as colônias dependiam da marinha mercante estrangeira, também a
Espanha dependia. Se as colônias eram dominadas por uma elite senhorial, pouco
disposta a economizar e a investir, também o era a Espanha. As duas economias
diferiam numa única atividade: as colônias produziam metais preciosos.
(John Lynch. “As origens da independência da América Espanhola”. In: Leslie
Bethell (org.). História da América Latina, 2001. Adaptado.)
A análise do texto permite afirmar que

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0
a) as colônias espanholas mantinham uma relação econômica de igualdade e
parceria com a metrópole, equilibrando sua balança comercial.
b) a Espanha dependia de suas colônias na América, pois precisava dos metais
preciosos destas para sustentar sua economia.
c) a Espanha mantinha a dominação sobre as colônias graças à política de incentivo
às atividades comerciais e à produção de manofaturados.
d) a Espanha garantia o exclusivismo colonial graças à sua excelente frota naval,
evitando a invasão de outras metrópoles europeias.
e) as colônias espanholas forneciam matérias-primas à metrópole, enquanto esta
era capaz de fornecer produtos industrializados

04. (FAMECA) Na perspectiva mais geral, o Antigo Regime – mais rígido ou mais
flexível de país para país – representava o quadro institucional que permitiu a
formação e cristalização da etapa mercantil do capitalismo (capitalismo comercial);
a dinâmica própria do desenvolvimento capitalista, por seu turno, ao ampliar as
áreas de ação, intensificar o ritmo de crescimento econômico, tende a promover
constantes reajustamentos.
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-
1808), 1981.)
O texto menciona, direta ou indiretamente, três elementos centrais no processo de
formação do capitalismo comercial. Esses elementos são
a) o absolutismo, o mercantilismo e o colonialismo.
b) o racionalismo, o industrialismo e o imperialismo.
c) o expansionismo, o liberalismo e o distributivismo.
d) o feudalismo, a descentralização monárquica e o servilismo.
e) o tecnicismo, o protecionismo e o desenvolvimentismo.

05. (Unaerp) O trabalho na cana era extenuante e desumano. Por décadas, esta
colônia francesa sustentou um dos mais lucrativos negócios do Novo Mundo com o
chicote apontado para o corpo dos escravos africanos. Os negros cavavam valas
para o plantio das mudas, cuidavam dos brotos, zelavam pelo crescimento, faziam a
colheita e toda a fabricação do açúcar. Os lucros dependiam da exploração do
trabalho. A manutenção da escravidão pelos donos de engenho se baseava em
castigos brutais e tinha um nível de perseguição implacável. Os relatos da época
descreviam que as punições das chibatas eram mais comuns do que receber comida.
A tortura sistemática originava, não sem razão, uma sede de vingança. E esse foi um
dos motivos da revolta que seria iniciada em 1791 e conformou a única rebelião
vitoriosa de escravos desde a Antiguidade clássica.
MILANI, Aloisio. “Revolução Negra”. Disponível em:
http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/revolucao_negra.html. Acesso em
ago. 2014. Adaptado.

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1
O texto descreve a revolução que originou a independência
a) do Senegal, liderada por Vincent Ogé e iniciada simultaneamente à fase do
Diretório da Revolução Francesa.
b) da Argélia, liderada por André Rigaud e iniciada simultaneamente à fase do
Consulado da Revolução Francesa.
c) do Benin, liderada por Adrien Houngbédji e iniciada simultaneamente à fase da
reação termidoriana da Revolução Francesa.
d) do Haiti, liderada por Toussaint L’Overture e iniciada simultaneamente à fase
da Assembleia Nacional da Revolução Francesa.
e) da Martinica, liderada por Julien Raimond e iniciada simultaneamente à fase da
Convenção Nacional da Revolução Francesa.

06. (UEFS) Do ponto de vista social, o trabalho é considerado mais sob o aspecto em
que diz respeito aos homens que o efetuam do que sob o ângulo em que aumenta a
riqueza dos que o dirigem. As condições sociais do trabalho dependem do sistema
econômico, do grau de desenvolvimento das forças produtivas, do grau de
organização dos trabalhadores, da legislação e da regulamentação do Estado
(Direito do Trabalho).
(BIROU, 1978, p. 409).
Com base na análise do texto e nos conhecimentos a respeito da evolução das
relações de trabalho na história da humanidade, desde os tempos antigos até a
contemporaneidade, responda à questão a seguir.
O estabelecimento da escravidão como base da produção colonial, na Idade
Moderna, está associado
a) ao desconhecimento de outras formas de mão de obra pelos exploradores da
época.
b) à expansão do islamismo no Ocidente e sua crença na inferioridade racial de
negros e indígenas.
c) à ampliação, na Europa, do mercado de trabalho para os servos da gleba,
impedindo a emigração de trabalhadores para o Novo Mundo.
d) à atribuição do valor de mercadoria aos seres humanos capturados e
escravizados, gerando e alimentando um novo mercado consumidor.
e) à baixa densidade demográfica registrada nas áreas coloniais e sua incapacidade
de atender às necessidades da produção para o mercado.

 HA032- O iluminismo.

01. (Espcex) Observe as ideias de três pensadores da Idade Moderna.


- Adam Smith (escocês), em sua obra A riqueza das nações, afirmava que a única
fonte de riqueza era o trabalho, e não a terra.

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2
- A ideia central da doutrina de Karl Marx (alemão) é que a “história das
sociedades humanas é a história da luta de classes”.
- Thomas Malthus (inglês), em sua obra Ensaio sobre o princípio da população,
escreveu que a natureza impõe limites ao progresso material, já que a população
cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em
progressão aritmética.
Pode-se afirmar que
a) os três pensadores defendem o liberalismo clássico.
b) as três ideias propõem a ditadura do proletariado.
c) Adam Smith propõe o liberalismo clássico, Thomas Malthus e Karl Marx, o
socialismo utópico.
d) Thomas Malthus e Adam Smith defendem o pensamento liberal clássico e Karl
Marx foi um dos autores do socialismo científico.
e) Karl Marx e Adam Smith são considerados anarquistas, e Thomas Malthus,
socialista utópico.

02. (IFCE) A Europa Ocidental vivenciou, entre os séculos XVI e XVIII, inúmeras
transformações culturais. É(são) uma dessas transformações:
a) o Movimento Reformista do Século XVI foi caracterizado por uma unificação de
pensamento e práticas nos diversos países nos quais se difundiu.
b) o Pensamento Científico, nos Séculos XVII e XVIII, fundamenta-se na Crítica,
no Empirismo e no Naturalismo.
c) os Tribunais da Santa Inquisição foram extintos entre 1545 e 1563, graças à
Contrarreforma Religiosa, que alterou os dogmas católicos a partir de um
enfoque humanista.
d) as ideias liberais econômicas, na metade do século XVIII, criticavam o Sistema
Colonial e defendiam a Manutenção dos Monopólios que eram o principal
gerador de riqueza da sociedade.
e) o Movimento Iluminista, no século XVIII, baseava-se no racionalismo e criticava
os fundamentos do poder da igreja que apoiava os princípios do poder
monárquico absoluto.

03. (Upf) “A revolução francesa consigna-se desta maneira um lugar excepcional da


história do mundo contemporâneo. Revolução burguesa clássica, ela constitui, para
a abolição do regime senhorial e da feudalidade, o ponto de partida da sociedade
capitalista e da democracia liberal na história da França”.
SOBOUL, Albert. A revolução francesa. São Paulo: DIFEL, 1985, p. 122.
A grande Revolução Francesa, como outras revoluções burguesas do século XVIII,
refletiu as ideias dos filósofos iluministas. Dentre as características a seguir
relacionadas, assinale a alternativa que apresenta a base do Iluminismo.

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3
a) A defesa da doutrina de que a soberania do Estado absolutista garantiria os
direitos individuais e eliminaria os resquícios feudais ainda existentes.
b) A proposição da criação de monopólios estatais e a manutenção da balança de
comércio favorável, para assegurar o direito de propriedade.
c) A crítica ao mercantilismo, à limitação ao direito à propriedade privada, ao
absolutismo e à desigualdade de direitos e deveres entre os indivíduos.
d) A crença na prática do entesouramento como meio adequado para eliminar as
desigualdades sociais e garantir as liberdades individuais.
e) A defesa da igualdade de direitos e liberdades individuais, proporcionada pela
influência da Igreja Católica sobre a sociedade, por intermédio da educação.

04. (Upe) As ideias liberais refizeram reflexões e anunciaram novas perspectivas


sociais. Um dos seus pensadores mais famosos, Locke, defendia o(a)
a) fim da propriedade privada e da escravidão, com a queda da sociedade colonial e
o fim do mercantilismo.
b) consolidação da monarquia constitucional, destacando a universalidade do
conhecimento e as possibilidades de massificação da cultura.
c) pensamento de Descartes e o fim do idealismo, ressaltando o valor de democracia
e da igualdade social na Europa do século XVII.
d) liberdade natural dos humanos, afirmando a necessidade da propriedade
privada e combatendo o absolutismo.
e) crescimento do capitalismo, sem afetar a força política da nobreza e dos poderes
dos monarcas absolutistas da época.

05. (Fuvest) "Um comerciante está acostumado a empregar o seu dinheiro


principalmente em projetos lucrativos, ao passo que um simples cavalheiro rural
costuma empregar o seu em despesas. Um frequentemente vê seu dinheiro afastar-se
e voltar às suas mãos com lucro; o outro, quando se separa do dinheiro, raramente
espera vê-lo de novo. Esses hábitos diferentes afetam naturalmente os seus
temperamentos e disposições em toda espécie de atividade. O comerciante é, em
geral, um empreendedor audacioso; o cavalheiro rural, um tímido em seus
empreendimentos...".
(Adam Smith, A RIQUEZA DAS NAÇÕES, Livro III, capítulo 4)
Neste pequeno trecho, Adam Smith
a) contrapõe lucro a renda, pois geram racionalidades e modos de vida distintos.
b) mostra as vantagens do capitalismo comercial em face da estagnação medieval.
c) defende a lucratividade do comércio contra os baixos rendimentos do campo.
d) critica a preocupação dos comerciantes com seus lucros e dos cavalheiros com a
ostentação de riquezas.
e) expõe as causas da estagnação da agricultura no final do século XVIII.

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06. (Mackenzie) Assinale a alternativa em que aparecem as principais ideias de Jean
Jacques Rousseau em sua obra O CONTRATO SOCIAL.
a) Cada homem é inimigo do outro, está em guerra com o próximo e por esta razão
cria o Estado para sua própria defesa e proteção.
b) O Estado é uma realidade em si e é necessário conservá-lo, reforçá-lo e
eventualmente reformá-lo, reconhecendo uma única finalidade: sua
prosperidade e grandeza.
c) O governante deve dar um bom exemplo para que os súditos o sigam. Através da
educação e de rituais, os homens de capacidade aprenderiam e transmitiriam os
valores do passado.
d) Que as classes dirigentes tremam ante a ideia de uma revolução! Os
trabalhadores devem proclamar abertamente que seu objetivo é a derrubada
violenta da ordem social tradicional.
e) A única esperança de garantir os direitos de cada indivíduo é a organização da
sociedade civil, cedendo todos os direitos à comunidade, para que seja
politicamente justo o que a maioria decidir.

07. (Uece) Identifique, nas sentenças a seguir citadas, aquela que expressa o
pensamento de Montesquieu:
a) "É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder, tende a abusar dele.
Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder
seja contido pelo poder".
b) "(...) é preciso (...) encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a
pessoa e os bens de cada associação, de qualquer força comum, e pela qual, cada
um, não obedeça senão a si mesmo, ficando assim tão livre quanto antes."
c) "O Estado está obrigado a proporcionar trabalho ao cidadão capaz, e ajuda e
proteção aos incapacitados. Não se pode obter tais resultados a não ser por um
Poder Democrático."
d) "A única maneira de erigir-se um poder, capaz de defendê-los contra a invasão e
danos infligidos, uns contra os outros (...) consiste em conferir todo o poder e
força a um só homem."
e) “O homem é o único animal racional, porém, o único que comete absurdos”.

08. (Unesp) Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os
bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a
todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.
Esse, o problema fundamental cuja solução o contrato social oferece.
[...]
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção
suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte
indivisível do todo.

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5
(Jean-Jacques Rousseau. Do contrato social, 1983.)
O texto apresenta características
a) iluministas e defende a liberdade e a igualdade social plenas entre todos os
membros de uma sociedade.
b) socialistas e propõe a prevalência dos interesses coletivos sobre os interesses
individuais.
c) iluministas e defende a liberdade individual e a necessidade de uma convenção
entre os membros de uma sociedade.
d) socialistas e propõe a criação de mecanismos de união e defesa de todos os
trabalhadores.
e) iluministas e defende o estabelecimento de um poder rigidamente concentrado
nas mãos do Estado.

09. (EsPCEx) Em 1781, o general inglês Cornwallis rendeu-se aos revoltosos norte-
americanos, na batalha de Yorktown, dando início às negociações que levaram a
Inglaterra a reconhecer os Estados Unidos da América como nação livre. Na
formação desse novo estado pode-se destacar
a) um poder central forte e nenhuma autonomia política e administrativa aos
estados membros.
b) a adoção do sistema parlamentarista.
c) a participação política dos indígenas e negros.
d) um poder central muito fraco e estados membros com muita autonomia política e
administrativa.
e) a formação de um estado com base em ideias oriundas do Iluminismo.

10. (UECE) No ano de 1472, o filósofo italiano Marsílio Ficino, em uma carta,
apresenta sua opinião sobre a imprensa: segundo ele, esta invenção resulta de uma
característica própria de uma época de ouro.
Trata-se de uma época em que as antigas artes liberais se uniram a uma invenção
que caracteriza a fase
a) contemporânea da história.
b) industrial da história.
c) moderna da história.
d) clássica da história.

11. (UNIMONTES) Analise as afirmativas a seguir acerca de Galileu Galilei (Pisa,


15/2/1564 – Florença, 8/1/1642), físico, matemático, astrônomo e filósofo italiano:
I - Galileu argumentou, frente à Inquisição, que seu estudo, publicado na forma de
divulgação científica e escrito em italiano, limitava seus leitores apenas aos
matemáticos.

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II - Galileu argumentou que o homem podia ter expectativas de compreensão do
funcionamento do Universo e atingi-las através da observação do mundo real.
III - Galileu argumentou que a Bíblia não pretendia se manifestar quanto a teorias
científicas e que era normal assumir, nos casos em que ela conflitava com o senso
comum, uma linguagem alegórica.
IV - Galileu argumentou, em sua obra Diálogo sobre os dois sistemas principais do
Universo, que o equívoco da teoria de Copérnico repousava em sua tentativa de
suprimir a onipotência de Deus.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I e IV, apenas.

12. (UECE) Atente para o seguinte trecho de um artigo de jornal: “Segundo o


coordenador do Setor de Ciências Naturais e Sociais da Unesco no Brasil, Fabio
Eon, os direitos humanos estão sendo alvo de uma onda conservadora que trata a
expressão como algo politizado. — ‘Existe hoje uma tendência a enxergar direitos
humanos como algo ideológico, o que é um equívoco. Os direitos humanos não são
algo da esquerda ou da direita. São de todos, independentemente de onde você
nasceu ou da sua classe social. É importante enfatizar isso para frear essa onda
conservadora’ — ressalta Eon, que sugere um remédio para o problema: —
‘Precisamos promover uma cultura de direitos humanos’”.
Disponível em: O Globo. https://oglobo.globo.com/sociedade/os-direitos-
humanosnao-sao-da-esquerda-ou-da-direita-sao-de-todos-23088573.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi aprovada pela Assembleia Geral
da ONU em 1948. Já a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi
aprovada durante a primeira fase da Revolução Francesa, pela Assembleia Nacional
Constituinte.
No que diz respeito à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, é correto
afirmar que
a) apesar de ser um documento revolucionário moderno, tem suas premissas
filosóficas no pensamento político de Aristóteles.
b) é de inspiração hobbesiana, tendo seus primórdios nos inícios do Estado
moderno.
c) é de inspiração iluminista e liberal, sob influência de grandes pensadores do
século XVIII, tais como Locke e Rousseau.
d) é de inspiração marxista, no influxo dos grandes movimentos grevistas e
reivindicatórios que aconteceram na França durante o século XIX.

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13. (EsPCEx) Assim como os fenômenos físicos – diziam os iluministas -, as relações
entre os indivíduos são regidas pelas leis da natureza. Os pensadores iluministas
podem ser divididos em dois grupos: os filósofos e os economistas.
Respectivamente, são representantes desses dois grupos:
a) Voltaire e Adam Smith.
b) Diderot e Montesquieu.
c) Piaget e François Quesnay.
d) Vincent de Gournay e Voltaire.
e) François Quesnay e Sartre.

14. (FATEC) Sobre o Iluminismo, movimento filosófico surgido na Europa entre o


final do século XVII e início do século XVIII, é correto afirmar que
a) valorizava a razão como o único meio confiável de alcançar o conhecimento,
opondo-se às explicações religiosas para os fenômenos naturais, sociais e
políticos.
b) buscava revitalizar a fé no cristianismo, enfraquecida pela hegemonia do
pensamento científico, que florescera nos últimos séculos do período medieval.
c) pregava a importância dos sentimentos em detrimento da razão e da religião,
caracterizando a legitimidade do Romantismo como expressão humana.
d) defendia a retomada de ideias e valores característicos da Antiguidade Clássica,
como o politeísmo, a estratificação social e a vida urbana.
e) procurava fortalecer os movimentos sociais das minorias à luz de descobertas
científicas que afirmavam a inexistência das raças humanas.

15. (UFSM) "É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas
liberdade política não consiste nisso. [...] A liberdade é o direito de fazer tudo o que
as leis permitem; e se um cidadão pudesse fazer o que elas proíbem, ele não teria
mais liberdade, porque os outros também teriam esse poder”.
Fonte: MONTESQUIEU. O espírito das leis. In: WEFFORT, Francisco (Org.). Os
clássicos da política. São Paulo: Ática, 1989.
O trecho do francês Montesquieu, um dos expoentes do movimento iluminista,
relaciona-se a princípios norteadores de uma sociedade
a) organizada de maneira aristocrática, na qual não existe respeito às normas
jurídicas.
b) orientada por relações políticas pautadas por normas jurídicas, as quais definem,
delimitam e garantem as liberdades civis.
c) socialista, cujo objetivo maior é atingir a liberdade a partir da igualdade jurídica
e social.
d) anômica, na qual a ausência de regras é desejo universal.
e) orientada pela defesa da primazia da propriedade privada e da total liberdade
do cidadão perante o Estado.

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 HA033- A Independência dos Estados Unidos.

01. (Unirio) O processo de independência das 13 colônias da América do Norte, que


culminou com a Declaração de Independência dos Estados Unidos em 1776,
relaciona-se à:
a) adoção de uma política liberal pelo Parlamento Inglês, que favoreceu o
desenvolvimento colonial ao encerrar o monopólio comercial da Companhia das
Índias Orientais sobre a venda do chá (1773).
b) intensificação do controle sobre as colônias da América do Norte, devido à crise
econômica inglesa ao final da Guerra dos Sete Anos (1756-63).
c) proibição da cobrança do “imposto do selo”, decretada pela Inglaterra, o que
extinguiu a principal fonte de renda do governo colonial americano (1763).
d) sublevação dos colonos, frente às decisões do Primeiro Congresso Continental de
Filadélfia, que reforçava o controle político da metrópole inglesa sobre as 13
colônias (1774).
e) intervenção militar na luta pela independência e ao auxílio econômico fornecido
por outras colônias americanas, tais como o México e o Canadá, que expulsaram
os ingleses do território americano após a Declaração de Independência (1776).

02. (UFF) “Todos os homens foram criados iguais e são dotados de certos direitos
inalienáveis, dentre os quais estão a Vida, a Liberdade e a Busca da Felicidade”.
A Declaração de Independência dos Estados Unidos foi marco de um processo que
apontou para grandes transformações; com ela rompia-se o domínio colonial
europeu sobre o continente americano. Entretanto, não assistimos só a rupturas,
mas também a continuidades na separação das colônias inglesas e na formação
estadunidense. Sobre tal processo, pode-se afirmar que:
I. embora baseada nos ideais liberais de igualdade e liberdade, a legislação
americana, à época da independência, por mais que garantisse a liberdade de
religião, de expressão e de reunião, construiu uma soberania popular restrita, a
partir de um sistema eleitoral censitário, que beneficiava os proprietários;
II. a Constituição de 1787 reforçava o poder central e equilibrava as disparidades
entre os estados, através do Congresso bicameral – o Senado e a Câmara de
Representantes – e do papel atribuído à Suprema Corte, construindo um sistema
inteiramente novo;
III. os ideais liberais da Revolução Americana definem-se pela defesa intransigente
da liberdade econômica e pela renúncia a qualquer tipo de protecionismo,
resultando na dominação dos setores do Norte, de forte tradição comercial e pela
necessidade de importação dos bens produzidos pela indústria inglesa, contrariando

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os interesses dos proprietários sulistas, que buscavam fortalecer a sua economia,
para abastecer o mercado interno;
IV. a manutenção da escravidão, uma das grandes heranças do período colonial,
visava a atender os interesses dos proprietários rurais da região sul, bem como dos
comerciantes de almas, inclusive retirandose da redação final da Declaração de
Independência o trecho que criticava a propriedade escrava.
Assinale a opção correta.
a) A afirmativa I está correta.
b) As afirmativas I, II e III estão corretas
c) As afirmativas I , II e IV estão corretas.
d) As afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) As afirmativas II, III e IV estão corretas.

03. (Unespar) “Nós consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que
todos os homens foram criados iguais, que foram dotados pelo seu Criador de certos
direitos inalienáveis, que entre estes se encontram a vida, a liberdade e a busca da
felicidade. Que com o fim de assegurar estes direitos, instituem-se os governos entre
os homens, derivando os seus justos poderes do consentimento dos governados. Que
sempre que qualquer forma de governo se torna destrutiva destes fins, cabe ao povo
o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir um novo governo, baseando-o em tais
princípios, e organizando os seus poderes na forma que lhe pareça mais adequada
para garantir a sua segurança e felicidade. A prudência, certamente, aconselha que
não se mudem os governos estabelecidos há muito tempo por motivos leves e
passageiros; e, de fato, a experiência tem demonstrado que a humanidade está mais
disposta a sofrer enquanto os males são suportáveis, do que a fazer justiça abolindo
as formas a que se acostumou. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações,
perseguindo invariavelmente o mesmo objetivo, evidencia um desígnio de submeter
o povo ao despotismo absoluto, é do seu direito e do seu dever libertar-se de tal
governo e instituir novas salvaguardas para a sua segurança futura. Tal tem sido o
paciente sofrimento destas colônias; e tal é agora a necessidade que as obriga a
alterar os seus sistemas de governo anteriores. A história do atual Rei da Grã-
Bretanha é uma história de ofensas e usurpações reiteradas, tendo todas elas por
objetivo direto o estabelecimento de uma tirania absoluta sobre estes estados.”
(Trecho da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América – as treze
colônias.
(Disponível em: http://www.agal-gz.org. Acessado em setembro de 2014)
A independência dos Estados Unidos ocorreu em 04/07/1776. Precisamente, essa
data marca a assinatura da Declaração de Independência das treze colônias.
Baseando-se no trecho supracitado da referida Declaração, nas características desse
evento e no contexto em que ele ocorreu e se desdobrou, assinale a alternativa
INCORRETA.

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a) independência dos Estados Unidos da América foi conquistada por meio de
conflitos que envolveram, além da Grã-Bretanha e as treze colônias, países como
a França e a Espanha;
b) De acordo com o trecho citado, o governo britânico, no intuito de instituir um
regime despótico nas treze colônias, praticou insistentes extorsões, as quais
colocavam em risco direitos indispensáveis;
c) Uma das consequências imediatas da Guerra de Independência dos Estados
Unidos, ainda no século XVIII, foi a anexação, pelas treze colônias, dos
territórios adjacentes, que hoje formam o atual mapa daquele país;
d) O processo de independência dos Estados Unidos foi precedido por uma sucessão
de ações restritivas das liberdades políticas e taxações especiais aplicadas pela
Grã-Bretanha aos seus colonos americanos;
e) No excerto acima da Declaração, defende-se que a população tem a obrigação de
rebelar-se contra governos que não asseguram prerrogativas irrevogáveis,
destacando-se, assim, a soberania e determinação dos povos frente aos governos
de tendência absolutista.

04. (PUC-PR) O mapa mostra as Treze colônias inglesas na América do Norte,


normalmente divididas entre Norte, de Massachusetts até a Pensilvânia, e sul, a
partir de Maryland até a Geórgia. Colonização de iniciativa particular no século
XVI, as Treze colônias inglesas mantinham grandes diferenças entre si, sendo as
principais entre o Norte e o Sul.

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Dentre elas, podemos citar
a) o norte foi caracterizado por receber um grande fluxo de imigrantes ingleses,
estimulados pelos cercamentos e pelas perseguições religiosas sofridas na
Inglaterra, vieram para colônia e montaram grandes fazendas de açúcar, tabaco
e algodão, voltadas à exportação para a Europa.
b) as colônias do sul eram voltadas à exploração, possuíam um sistema de produção
baseado no plantation, portanto, com trabalho escravo, monocultura e
exportação.
c) o sul abrigou colônias de povoamento, onde a pequena propriedade para
subsistência e o trabalho livre foram predominantes.

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d) a coroa inglesa se manteve presente nas Treze colônias, cobrando impostos e
fundando a Companhia Geral do Comércio, órgão cuja competência era
fiscalizar e manter o monopólio inglês sobre os produtos exportados pela colônia.
e) as colônias ao norte foram conhecidas pela exploração de matéria-prima que
abastecia as manufaturas inglesas, contudo, a partir das revoltas de escravos e o
início do trabalho assalariado, o valor das transações aumenta muito, tornando
inviável para a Inglaterra continuar ligada às colônias.

05. (PUC-RJ) Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento


“Declaração de Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos
representantes políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no
ano de 1776.
“Quando no decurso da História do Homem se torna necessário um povo quebrar
os elos políticos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um
estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da
Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante as opiniões da
Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação.
(...)
(...) o Povo tem direito a (...) instituir um novo governo, assentando os seus
fundamentos nesses princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe
pareça mais adequado à promoção de sua Segurança (...).”
Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados
Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e
ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento.
a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do
Estado na condução política da sociedade.
b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de
conhecimento e intervenção tanto na natureza como na condução política das
sociedades.
c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-
nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de
determinados grupos.
d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar
ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como
os direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade.
e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a
ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições
de vida para a mesma.

06. (UNINTA) A luta dos Estados Unidos contra a Inglaterra foi apenas uma
“guerra de independência” ou foi uma revolução? [...] Alguns têm procurado ver,

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3
na guerra de independência americana, uma revolução [...], outros negam que essa
guerra tenha trazido às antigas colônias inglesas profundas modificações
econômicas e sociais. O meio termo é a opinião que deve prevalecer. (GODECHOT.
2017).
GODECHOT. Jacques. Disponível em:
<http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/independencia-doseua-
reforma-ou-revolucao.htm>. Acesso em: 25 set. 2017.
A partir do conceito de “revolução”, como mudanças profundas na estrutura
econômca e social de uma determinada sociedade, é correto afirmar que ele se
aplica
a) à independência das colônias americanas, que romperam com as relações
mercantis com as metrópoles europeias e limitaram o poder dos caudilhos e
chefes políticos locais
b) à Revolução de Fevereiro, na Rússia, quando o partido Menchevique estabeleceu
uma reforma agrária radical e o fim da distinção salarial, após a prisão e a
execução do Czar Nicolau II.
c) ao domínio jacobino, no período do Terror, durante a Revolução Francesa,
momento em que a propriedade privada foi abolida e a escravidão colonial foi
extinta
d) à Revolução Cubana, processo que se iniciou com um caráter nacionalista e
democrático, mas se radicalizou após a Invasão da Baía dos Porcos, patrocinada
pelos Estados Unidos.
e) ao processo de descolonização africana, que levou as colônias a romperem
relações com as metrópoles e estabelecerem o modo de produção socialista, como
a África do Sul e Ruanda.

07. (USF) Declaração de Independência dos Estados Unidos


Quando, no curso dos acontecimentos humanos, torna-se necessário a um povo
dissolver os laços políticos que o ligam a outro e assumir, entre os poderes da Terra,
situação independente e iguala que lhe dão direito as Leis da Natureza e de Deus, o
correto respeito às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que o
levaram a essa separação.
Considerando estas verdades evidentes por si mesmas, que todos os homens são
criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos Direitos inalienáveis, que
entre estes estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade.
DRIVER, Stephanie Schwrtz. A decladação de independência dos Estados Unidos.
Zaharm 2006. p. 53.
Esse documento
a) contribuiu, ao tratar sobre a liberdade, para a imediata libertação dos escravos
após a independência das Treze Colônias, em 4 de julho de 1776.

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b) influenciou diretamente a Conjuração Baiana, bem como a Confederação do
Equador, no Brasil.
c) excluiu de imediato as diferenças entre os nortistas e sulistas, proporcionando o
desenvolvimento econômico dos Estados Unidos.
d) incorporou as ideias do iluminista John Locke, quando defende os direitos
naturais do homem, como a vida e a liberdade.
e) traduziu, ao remeter o nome de Deus, os interesses das classes dominantes, que
defendiam a religião anglicana como a oficial do Estado.

08. Os parágrafos que se seguem foram extraídos do documento “Declaração de


Independência dos Estados Unidos”, assinado pela unanimidade dos representantes
políticos das Treze Colônias, no Segundo Congresso Continental no ano de 1776.
"Quando no decurso da História do Homem se torna necesário um povo quebrar os
elos políticos que o ligavam a outro e assumir, de entre os poderes terrenos, um
estatuto de diferenciação e igualdade ao qual as Leis da Natureza e do Deus da
Natureza lhe conferem o direito, o respeito que é devido perante as opiniões da
Humanidade exige que esse povo declare as razões que o impelem à separação. (...)
Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados
(...) o Povo tem direito a (...) instituir um governo, assentado os seus fundamentos
nesses princípios e organizando os seus poderes do modo que lhe pareça mais
adequado à promoção de sua Segurança (...)."
Fonte: http://www.infopedia.pt/$declaracao-de-independencia-dos-estados
Assinale a alternativa que corresponde CORRETAMENTE ao conjunto de ideias e
ideais relacionados à época histórica tratada pelo documento.
a) O liberalismo enquanto doutrina defendia a menor intervenção possível do
Estado na condução política da sociedade.
b) O racionalismo científico renascentista atribuía ao homem o poder de
conhecimento e intervenção tanto na natureza como na condução política das
sociedades.
c) O nacionalismo partia do pressuposto de que a lealdade do indivíduo ao Estado-
nação deveria estar acima dos interesses pessoais ou dos interesses de
determinados grupos.
d) O Iluminismo defendia, de modo geral, a ideia de que o Estado deveria assegurar
ao Homem o direito de expressar sua consciência de forma autônoma, bem como
os direitos inalienáveis à vida e à busca da felicidade.
e) As doutrinas sociais emergentes do contexto da sociedade industrial pregavam a
ampliação da participação política à classe operária, além de melhores condições
de vida para a mesma.

 HA034- A revolução Francesa.

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01. (UFRGS) Após a Revolução de 1789, a França viveu um período de grande
instabilidade, marcado pelo radicalismo e pela constante ameaça externa. Assinale a
alternativa correta em relação a esse período.
a) Com a queda da Bastilha, símbolo do autoritarismo real, os deputados da
Assembleia Constituinte, aproveitando o momento político, proclamaram a
República, pondo um termo final ao Antigo Regime.
b) Em meio ao caos provocado pela fuga do Rei e pela derrocada da Monarquia,
iniciou-se, em Paris, a criação de uma sociedade baseada nos ideais socialistas, a
Comuna de Paris.
c) o período conhecido como o Grande Terror foi protagonizado pelo jacobino
Robespierre, que posteriormente foi derrubado por Napoleão, um general que se
destacara por sua trajetória vitoriosa.
d) o golpe do 18 Brumário representou a queda do Diretório, regime que se
pretendia representante dos interesses burgueses, mas que era inepto a governar.
e) Durante um curto período de tempo, após a queda da Bastilha, a França
vivenciou uma Monarquia Constitucional, mas, na prática, o Rei ainda mantinha
a mesma autoridade de antes.

02. (Fuvest) Há controvérsias entre historiadores sobre o caráter das duas grandes
revoluções do mundo contemporâneo, a Francesa de 1789 e a Russa de 1917; no
entanto, existe consenso sobre o fato de que ambas
a) fracassaram, uma vez que, depois de Napoleão, a França voltou ao feudalismo
com os Bourbons e a União Soviética, depois de Gorbatchev, ao capitalismo
b) geraram resultados diferentes das intenções revolucionárias, pois tanto a
burguesia francesa quanto a russa eram contrárias a todo tipo de governo
autoritário.
c) puseram em prática os ideais que as inspiraram, de liberdade e igualdade e de
abolição das classes e do Estado
d) efetivaram mudanças profundas que resultaram na superação do capitalismo na
França e do feudalismo na Rússia.
e) foram marcos políticos e ideológicos, inspirando, a primeira, as revoluções até
1917, e a segunda, os movimentos socialistas até a década de 1970.

03. (UDESC) Alguns historiadores analisam que a Revolução Francesa (1789)


comportou duas revoluções , ocorridas paralelamente: a burguesa e a camponesa.
Assinale a alternativa incorreta, a respeito de algumas das questões que
justificariam essa análise sobre a Revolução Francesa.
a) As agitações e turbulências provocadas pela penúria aumentaram a desordem e
contribuíram para que o tempo da colheita - que sempre fora motivo de
preocupação - se tornasse tempo de perigo, naquele momento histórico.

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b) No antigo regime o desemprego e a carestia dos víveres agravaram a
mendicância no campo, a partir de 1788, o que contribuiu para as chamadas
revoltas da fome , que deram corpo à revolução burguesa em curso.
c) A expressão Grande Medo de 1789 refere-se a um conjunto de revoltas
camponesas que marcaram a entrada dos camponeses na cena revolucionária.
d) A Revolução Francesa foi a revolução das luzes (burguesa e aristocrática), que
ocorreu totalmente separada da revolução popular: esta, um simples episódio no
período.
e) O conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentado pelo poder real,
contribuiu fortemente para dar às chamadas revoltas da fome um caráter social.

04. (Fuvest) Nas Revoluções Francesa (1789), Mexicana (1910), Russa (1917) e
Chinesa (1949), há um elemento comum a todas. Trata-se da
a) presença imperialista
b) ideologia socialista
c) ideologia liberal
d) participação do operariado
e) participação do campesinato

05. (UDESC) “Renunciar à liberdade é renunciar à qualidade de homem, aos


direitos da humanidade, e até aos próprios deveres. Não há nenhuma reparação
possível para quem renuncia a tudo. Tal renúncia é incompatível com a natureza do
homem. Assim, seja qual for o lado por que se considerem as coisas, o direito de
escravizar é nulo, não somente porque ilegítimo, mas porque absurdo e sem
significação. As palavras escravidão e direito são contraditórias; excluem-se
mutuamente. (Jean-Jacques Rousseau. O Contrato Social.)
O livro O contrato Social, escrito por Rousseau e lançado em 1762, apresenta ideias
que confluem com as lutas por “liberdade, igualdade e fraternidade”, conhecido
lema da Revolução Francesa.
Com base na citação de Rousseau – O Contrato Social, assinale a alternativa correta
a respeito das relações entre a Revolução Francesa e a prática da escravidão.
a) Um dos princípios da Revolução Francesa, a igualdade, está previsto na
Declaração dos direitos do homem e do cidadão. Por este motivo, a partir de
1791, a escravidão, em todas as suas formas, foi abolida e jamais restabelecida
nas colônias francesas.
b) Ainda que o posicionamento dos revolucionários fosse homogêneo, no que diz
respeito ao fim da escravidão, esta foi abolida apenas em 1791, com a assinatura
de um tratado entre Napoleão e o líder haitiano Toussaint Louverture. Após a
assinatura deste tratado, a escravidão jamais foi restabelecida em uma colônia
francesa.

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c) A defesa da liberdade e as lutas pelo fim da escravidão eram pautas bastante
cômodas para os revolucionários franceses, pois a França nunca contou com
pessoas escravizadas em suas colônias.
d) Os posicionamentos dos revolucionários a respeito da escravidão eram
relativamente contraditórios. Apesar das preleções de Rousseau, alguns grupos
defendiam, primeiramente, apenas o fim do tráfico negreiro. As lutas pela
abolição da escravidão e a independência do Haiti, concretizada apenas em 1804,
são representativas destas contradições.
e) Como a obra não cita as mulheres, pode-se concluir que Jean-Jacques Rousseau
era um defensor da escravidão apenas para as mulheres.

06. (MACK) Sobre a Revolução Francesa, é incorreto afirmar que:


a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos Cordeliers e o Clube dos
Jacobinos;
b) a convocação dos Estados Gerais foi uma demonstração da força econômica do
Antigo Regime;
c) ela representou uma ruptura estrutural, pois a burguesia, até então
marginalizada em relação ao poder político, sublevou-se, tornando-se senhora do
Estado;
d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a síntese da concepção
burguesa da sociedade;
e) a Bastilha, antiga prisão do estado, foi tomada de assalto por artesãos, operários,
pequenos comerciantes, lavadeiras e costureiras.

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07. (UEL) Analise a imagem a
seguir.

Exposta no Museu do Louvre, a obra “Liberdade Guiando o Povo”, remete à


existência de questão social ainda hoje debatida.
Com base na imagem e nos conhecimentos sobre modernidade e vida social, é
correto afirmar que a obra representa
a) a luta de estratos sociais em defesa da igualdade jurídica e pela conquista dos
direitos de cidadania.
b) a primeira tentativa de revolução social do proletariado moderno contra a
burguesia.
c) a participação popular na luta pelo direito de voto pelas mulheres e contra o
trabalho infantil.
d) o repúdio ao caráter sangrento das revoluções populares, produtoras de regimes
ditatoriais.
e) a democracia, que atinge a plenitude quando homens, mulheres e jovens pegam
em armas.

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08. (ETEC) Iniciada em 1789, a Revolução Francesa tinha como um de seus
principais objetivos a abolição da sociedade de Antigo Regime, com o fim dos
privilégios e das desigualdades entre os diferentes grupos sociais.
Pouco antes da Revolução, a sociedade francesa estava dividida entre
a) apoiadores de Napoleão e de Robespierre, importantes lideranças políticas
conservadoras que lutavam pela manutenção da monarquia francesa.
b) burguesia e trabalhadores rurais e urbanos, já que o clero e a nobreza não
tinham participação significativa na política francesa no período pré-
revolucionário.
c) Girondinos e Sans Culottes, grupos rivais que disputavam a hegemonia política e
representavam os diferentes interesses da burguesia na relação com o rei Luís
XVI.
d) Primeiro e Segundo Estados (clero e nobreza), que reuniam cerca de 3% da
população, e Terceiro Estado, que abrigava a burguesia, os trabalhadores
urbanos e rurais e pagava, sozinho, todas as taxas e os impostos diretos cobrados
pela monarquia.
e) Primeiro e Segundo Estados (clero e nobreza), que reuniam a minoria da
população, mas pagavam, sozinhos, todas as taxas e os impostos diretos que
financiavam os programas assistenciais que mantinham parte do Terceiro
Estado.

09. (IFSulDeMinas) Leia o texto:


A França do século XVIII era caracterizada como um país absolutista onde o rei
governava com poderes absolutos. Controlava a economia, a justiça, a política e até
mesmo a religião dos seus súditos. A sociedade encontrava-se estratificada e
hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o
privilégio de não pagar impostos. Nainalva Reis

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Observe a
imagem:

A liberdade guiando o povo, 1830 - Eugène Delacroix


Relacionando o texto com a imagem encontramos argumentos que ajudam a
compreender o quadro social da França, principalmente, às vésperas do ano de
1789. Considerando seus conhecimentos sobre o contexto da Revolução Francesa, o
texto e a imagem apresentados, assinale a alternativa que melhor define o contexto
social da França pré-revolucionária.
a) A aparente situação revolucionária foi caracterizada apenas por um movimento
de burgueses insatisfeitos com a ordem vigente, porém aceitaria uma composição
política com a monarquia para preservar seus privilégios.
b) Os jacobinos apenas propuseram mudanças pontuais na Constituição que estava
em vigor, não aprofundando em direitos como liberdade de expressão.
c) A transformação social aconteceria até mesmo sem o processo revolucionário,
pois as transformações mundiais apontavam que todos os países do mundo
derrubaram suas monarquias ainda no século XVIII.
d) O Terceiro Estado reunia trabalhadores, camponeses e burguesia dentro de suas
estratificações sociais, porém o grupo social de maior destaque foi a burguesia,

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que neste momento já se encontrava organizada tanto politicamente quanto
socialmente.

10. (Universidade de Fortaleza) “Revoltas populares deixam na história e na


consciência humana uma marca indelével, mesmo quando fracassam ou são
desonradas. Elas encarnam o momento, tão raro, em que a fatalidade se insurge, e o
povo toma a dianteira”
(Serge Hamili, Brasil Diplomatique. Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Elogio às
revoluções. Edição 22, 05 de maio de 2009).
Foi nesse contexto, que a Revolução Francesa, como movimento social e político,
abriu caminho para uma sociedade moderna e acabou por influenciar diversos
lugares no mundo, com os seus ideais de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
Além dessa influência, a Revolução Francesa deixou como legado direto
a) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
b) a criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
c) a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
d) o sufrágio universal a todos os cidadãos.
e) as doutrinas da Declaração de Independência Americana.

11. (UCPEL) A obra “A liberdade guiando o povo”, pintada por Delacroix,


representa de forma elogiosa a Revolução de 1830, ocorrida na França e que teve
frutos espalhados pelo mundo inteiro.
Com influência fundamental na crise do Antigo Regime, esta revolução tem, como
uma de suas consequências, a(o):
a) implantação da Segunda República Francesa, comandada por um conjunto de
líderes populares, entre os quais se destacava Louis Blanc.
b) apoio a D. Pedro I por parte da elite brasileira, que pretendia convencer o
Imperador brasileiro a ficar no comando do país e desencorajá-lo a voltar a
Portugal.
c) apoio dos liberais portugueses à filha do Imperador brasileiro D. Pedro I, Maria
da Glória, na disputa pela sucessão do trono português contra seu tio, Miguel,
associado ao pensamento absolutista.
d) tomada do controle da cidade de Paris pelo povo e estabelecimento de um
autogoverno na capital francesa, episódio que ficou conhecido como Comuna de
Paris.
e) unificação da Itália, a partir da liderança de Giuseppe Mazzini e implantação da
República de inspiração conservadora e burguesa.

12. (UFRR) “As modificações sobre as interpretações do Iluminismo começaram a


partir de 1970, no momento em que os historiadores iniciaram uma nova leitura
sobre a historiografia do Iluminismo. Isso aconteceu devido às pesquisas realizadas

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no âmbito do estudo das ideias da sociedade do século XVIII, que tinha o objetivo
de pesquisar como os ideais iluministas foram difundidos e recebidos pela
população de sua época. Ademais, as interpretações e traduções de termos passaram
pelas análises de fontes da época antes de passarem pelas traduções. As
consequências dessas alterações foram sentidas pelos próprios especialistas, que
passaram a entender o Iluminismo não mais como um movimento homogêneo, um
bloco único de ideias iguais, sem ramificações, centrado quase que exclusivamente
na França; agora passava a ser interpretado como um movimento heterogêneo, com
várias ramificações com algumas ideias em comum, mas longe de serem uniformes.”
(Adaptado de LOPES, Flavio Renato de Aguiar. “Iluminismo ou iluminismos?” In
Revista Vernáculo, n. 27, 1º sem/2011, pp. 133-161 147- 149. Acessado em
25/11/2020. Disponível em
https://revistas.ufpr.br/vernaculo/article/view/31092/21011)
O ideário europeu, que marcou o século XVIII, contribuiu para a eclosão da
Revolução Francesa, ao:
a) recusar a felicidade humana e terrena e apoiar ao Liberalismo.
b) limitar o conhecimento greco-romano e denunciar a Teocracia papal.
c) preservar a natureza e aderir ao Absolutismo.
d) defender o ateísmo e se opor à soberania popular.
e) enaltecer o progresso humano e estimular ao pensamento lógico.

13. (UFU) O quadro reproduzido acima, A liberdade guiando o povo, de Eugène


Delacroix, é talvez uma das pinturas mais emblemáticas produzida nos últimos 250
anos. O trabalho pertencente ao período do Romantismo, retrata uma mulher
representando a liberdade, que guia o povo acima dos corpos sem vida,
empunhando a bandeira tricolor em uma das mãos e um mosquete com baioneta na
outra.
Essa pintura, extremamente simbólica, retrata qual evento histórico ocorrido na
França?
a) A Revolução de 1830, que marcou, dentre outras coisas, a rebelião contra as
práticas centralizadoras de Carlos X.
b) A Revolução de 1789, evento que simboliza a concretização da burguesia como
classe dominante na França.
c) A Revolução de 1848, conhecida também como a “Primavera dos Povos”, que
marca uma série de revoltas contra alguns regimes autocráticos europeus.
d) A Revolução de 1871, denominada Comuna de Paris e considerada por alguns
historiadores como o primeiro governo de caráter proletário e popular no
contexto de ascensão do capitalismo.

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14. (ESA) No final do século XVIII, a colônia brasileira foi palco de alguns
movimentos influenciados pela Independência das Treze Colônia Inglesas da
América do Norte (1776) e pela Revolução Francesa (1789).
A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1789), respectivamente,
estão inseridas nesse contexto histórico, cujo objetivo comum era a:
a) abolição total da escravidão.
b) melhoria da remuneração dos soldados.
c) criação de um tipo de serviço militar obrigatório.
d) implantação de indústrias do Brasil.
e) criação de uma República independente.

15. (UECE) Os pensadores iluministas do século XVIII difundiram ideias liberais


que ganharam força com a Revolução Francesa e a Independência dos Estados
Unidos, e firmaram-se com as Revoluções de 1848.
No século XIX, o liberalismo defendia os interesses da
a) classe operária.
b) imprensa.
c) elite industrial.
d) burguesia.

 HA035- A Independências na América.

01. (Unesp) Leia:


É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com
um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem,
uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um
só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal
não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e
caracteres dessemelhantes dividem a América. (Simón Bolívar. Carta da Jamaica
[06.09.1815]. In: Simón Bolívar: política, 1983.)
O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica.
Podemos dizer que:
a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade
americana e, em sua ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do
Brasil.
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de
independência e unidade da América e se empenhou na manutenção de sua
condição de colônia espanhola.
c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou
para que a América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia
norte-americana no continente.

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d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do
continente, mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana.
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade
americana, mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças
internas eram insuperáveis.

02. (PUC-RIO) Sobre os movimentos de independência ocorridos na América


inglesa, em 1776, e na América hispânica nas primeiras décadas do século XIX,
estão corretas as alternativas, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
a) Em meados do século XVIII, nas treze colônias inglesas, os colonos americanos
reagiram contra as leis impostas pelo Parlamento britânico e organizaram-se
para defender a sua autonomia político administrativa, a liberdade de comércio e
a igualdade de direitos entre os habitantes do Reino e das colônias.
b) Em 1776, as colônias inglesas votaram a Declaração de Independência, que
defendia princípios fundamentais do Iluminismo como a igualdade, o direito à
liberdade e a instituição de governos fundados no consentimento dos governados.
c) Os movimentos de independência na América hispânica estão diretamente
relacionados à invasão napoleônica da Espanha em 1808 e à deposição do rei
Fernando VII, que resultaram no estabelecimento de juntas de governos locais
na América, iniciando um intenso e amplo período revolucionário.
d) Assim como ocorreu com as treze colônias inglesas, todas as colônias espanholas
na América tornaram-se independentes ao mesmo tempo, apesar de não terem
mantido a unidade territorial existente e terem se dividido em vários estados
nacionais independentes.
e) A revolução de independência das treze colônias inglesas e também os ideais
iluministas depositários de novos princípios de organização política e social,
contrários à monarquia, ao direito divino dos reis e a favor da soberania
popular, tiveram uma enorme influência nos movimentos de independência da
América hispânica.

03. (UFPR) A mão de obra utilizada nas plantations que se estabeleceram nas
colônias europeias na América era formada majoritariamente por escravos trazidos
da África e seus descendentes. Sobre os processos de independência na América e
sua relação com a escravidão de africanos e afrodescendentes, assinale a alternativa
correta.
a) A libertação dos escravos na América do Norte foi o principal motivador da
Independência das Treze Colônias inglesas.
b) Os escravos e os negros e mestiços livres haitianos armaram-se para a luta e
tiveram papel fundamental nos levantes contra as autoridades francesas que
culminaram na Independência do Haiti e na abolição da escravidão nesse
território.

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c) As palavras Liberdade, Igualdade, Fraternidade, tornadas lema da Revolução
Francesa, foram estendidas às suas colônias e concretizadas quando o governo
revolucionário da França aboliu simultaneamente a escravidão em todos os seus
territórios na América, desencadeando as guerras de independência.
d) Somente Colômbia, Venezuela e Equador levaram a cabo a abolição da
escravidão durante seus processos de independência.
e) O Haiti e as Treze Colônias inglesas declararam sua independência das
metrópoles, respectivamente França e Inglaterra, proibindo o tráfico de escravos
nas últimas décadas do século XVIII.

04. (UFPR) Vários movimentos contrários à opressão colonial ocorreram nas


Américas, sobretudo no século XIX, visando à independência em relação às
metrópoles. Sobre esses movimentos, é correto afirmar:
a) A maioria deles fracassou, permanecendo os países submetidos às suas
metrópoles, como colônias, até o século XX.
b) San Martín e Simón Bolívar foram líderes de movimentos de independência
ocorridos na América Latina.
c) A Guerra dos Farrapos foi o principal movimento pela independência do Brasil
em relação a Portugal.
d) Os movimentos de independência foram inspirados no exemplo das colônias
africanas, que estavam tornando-se países independentes no século XIX.
e) Os movimentos de independência da América Latina foram determinantes na
independência das colônias norteamericanas.

05. (UFPR) Leia o texto a seguir: É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o
mundo novo uma só nação com um só vínculo, que ligue suas partes entre si e com o
todo. Já que tem uma mesma origem, uma mesma língua, mesmos costumes e uma
religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo que confederasse os diferentes
Estados que haverão de formar-se […].
(Fonte: <http: //www.iela.ufsc.br/noticia/sim%C3%B3n-bol%C3%ADvar-e-carta-
da-jamaica>. Acesso em: 06 agosto 2017.)
Considerando o extrato da “Carta de Jamaica”, de Simón Bolívar, e com base nos
conhecimentos sobre as independências na América espanhola, assinale a
alternativa correta.
a) Os movimentos de independência na América espanhola foram impulsionados
pela tentativa de invasão napoleônica no Haiti recém-libertado. A Carta de
Jamaica foi o documento que fundamentou esses movimentos.
b) Os movimentos de independência foram liderados por mestiços e escravos que
ansiavam conseguir a liberdade expulsando os espanhóis. Aproveitando a
ausência do rei Fernando VII, encarcerado por Napoleão, Bolívar escreveu a

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carta na Jamaica, chamando todas as colônias a se unirem para formar uma
grande federação contra a coroa espanhola.
c) Simón Bolívar foi o grande artífice das independências da América espanhola.
Seu carisma e poder de mando permitiram unir todos os movimentos em uma
grande frente libertadora, que começou na Argentina em 1816 e chegou até a
Colômbia em 1821.
d) O projeto de Simón Bolívar era tornar as colônias governadas pela Espanha em
uma grande confederação de estados nos moldes das colônias americanas do
Norte, porém as diferenças entre alguns líderes no interior do movimento
anticolonial não viam com bons olhos esse projeto.
e) A Carta de Jamaica foi a primeira declaração de independência das colônias
espanholas. Escrita no formato da declaração de independência haitiana,
declarava o fim da escravidão nas colônias e a expulsão dos peninsulares das
terras americanas.

06.(Cesgranrio) Na primeira metade do século XIX, diversos movimentos pela


independência eclodiram nas colônias espanholas da América, marcando a luta de
seus povos contra o domínio da metrópole Ibérica. Marque a opção que se refere,
corretamente, a um desses movimentos:
a) Na Argentina, os comerciantes portenhos aliados ao líder militar Manuel
Belgrano extinguiram os Cabildos e as Juntas Governativas, controladas por
representantes da Coroa Espanhola.
b) No Chile, a forte presença militar inglesa aquartelada no norte do país impediu o
avanço do movimento de independência formado por segmentos populares
liderados por Bernardo O. Higgins que, derrotado, exilou-se na Venezuela.
c) No México, a elite "criolla", que ocupava os altos cargos da administração
colonial, aliada aos espanhóis da metrópole, proclamou Fernando VII da
Espanha como Imperador do México, sobrevivendo a monarquia mexicana até o
advento da Revolução Zapatista.
d) No Peru, o principal centro de resistência espanhola tornou-se independente após
a tomada conjunta de Lima pelos exércitos de Bolívar e San Martin, tornando-se
este último o primeiro presidente perpétuo da República Peruana.
e) No Uruguai, a conquista da independência não encerrou o poder personalista dos
caudilhos, mas fortaleceu os segmentos burgueses atuantes em Montevidéu.

 HA036- A revolução Industrial.

01. (Unesp) "A superioridade da indústria inglesa, em 1840, não era desafiada por
qualquer futuro imaginável. E esta superioridade só teria a ganhar se as matérias-
primas e os gêneros alimentícios fossem baratos. Isto não era ilusão: a nação estava
tão satisfeita com o que considerava um resultado de sua política que as críticas

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foram quase silenciadas até a depressão da década de 80." (Joseph A. Schumpeter,
"HISTÓRIA DA ANÁLISE ECONÔMICA")
Desta exposição conclui-se por que razão a Inglaterra adotou decididamente, a
partir de 1840, o:
a) isolacionismo em sua política externa.
b) intervencionismo estatal na economia.
c) capitalismo monopolista contrário à concorrência.
d) agressivo militarismo nas conquistas de colônias ultramarinas.
e) livre-comércio no relacionamento entre as nações.

02. (UEL) Um fator que contribuiu decisivamente para o processo de


industrialização na Inglaterra do século XVIII foi:
a) a acumulação de capital resultante da exploração colonial praticada pela
Inglaterra através do comércio.
b) a concorrência tecnológica entre ingleses e americanos, que estimulou o
desenvolvimento econômico.
c) a expulsão das tropas napoleônicas do território inglês, que uniu os interesses
nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento.
d) o movimento ludista na Inglaterra com a destruição das máquinas consideradas
obsoletas, ao incentivar a invenção de novas máquinas.
e) a abertura de mercados na Alemanha e na França para a Inglaterra, por meio de
um acordo comercial conhecido por Pacto de Berlim.

03. (UFG) Leia as informações a seguir:


Em meados do século XVIII, James Watt patenteou na Inglaterra seu invento, sobre
o qual escreveu a seu pai: “O negócio a que me dedico agora se tornou um grande
sucesso. A máquina de fogo que eu inventei está funcionando e obtendo uma
resposta muito melhor do que qualquer outra que tenha sido inventada até agora”.
Disponível em: http://www.ampltd.co.uk/digital_guides/ind-rev-series-3-parts-1-to-
3/detailed-listing-part-1.aspx. Acesso em: 29 out. 2012.(Adaptado).
a) puritana, gás natural e aumento na ocorrência de inversão térmica.
b) gloriosa, petróleo e destruição da camada de ozônio.
c) gloriosa, carvão mineral e aumento do processo de desgelo das calotas polares.
d) industrial, gás natural e redução da umidade atmosférica.
e) industrial, carvão mineral e aumento da poluição atmosférica.

04. (Fuvest) Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na Inglaterra do século


XVIII, é correto afirmar que ela:
a) foi adotada não somente para promover maior eficácia da produção, como
também para realizar a dominação capitalista, à medida que as máquinas

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submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de disciplina e a uma
determinada hierarquia.
b) ocorreu graças ao investimento em pesquisa tecnológica de ponta, feito pelos
industriais que participaram da Revolução Industrial.
c) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas universidades.
d) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários estimulavam os operários a
desenvolver novas tecnologias.
e) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de algumas gerações de
inventores, tendo sido adotada pelos industriais que estavam interessados em
aumentar a produção e, por conseguinte, os lucros.

05. (PUC-SP) Para o processo de industrialização na Inglaterra do século XVIII, foi


decisivo (a):
a) a relação colonial, mantida com a Índia e a América do Norte, que possibilitou
um grande acúmulo de recursos financeiros.
b) o estímulo ao desenvolvimento inglês, promovido pela concorrência tecnológica
com os americanos.
c) a união dos interesses nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento, logo
após a expulsão das tropas napoleônicas do território inglês.
d) o incentivo à inovação tecnológica como resultado da ação dos ludistas que
destruíram as máquinas consideradas obsoletas.
e) o acordo comercial conhecido por Tratado de Methuen, que estabeleceu a
abertura de mercados alemães.

06. (PUC-Campinas) Dentre as consequências sociais forjadas pela Revolução


Industrial pode-se mencionar:
a) o desenvolvimento de uma camada social de trabalhadores, que destituídos dos
meios de produção, passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de
trabalho.
b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência para o operariado,
proporcionada pelo surto de desenvolvimento econômico.
c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus capitais e suas ferramentas em
oficinas ou domicílios rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de
produção.
d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de financiar a monarquia e ser
também, uma instituição geradora de empregos.
e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas favorecendo a organização do
mercado de trabalho, de maneira a assegurar emprego a todos os assalariados.

07. (UFGD) O mundo que hoje conhecemos é filho da Revolução Industrial. Ela
abre um período na história humana em que, pela primeira vez, os limites para a

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produção de riquezas pelos homens foram implodidos e nunca mais deixaram de ser
superados e expandidos. Pode-se dizer, sem medo de exagero, que ela virou o
mundo de ponta cabeça, fazendo com que hoje pensemos, vivamos, trabalhemos e
produzamos de uma forma que está relacionada, direta ou indiretamente, à
Revolução Industrial.
MORAES, Luís Edmundo. História Contemporânea. Da Revolução Francesa à
Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Editora Contexto, 2017. p. 47.
Sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar que
a) a Inglaterra foi pioneira no processo de industrialização. No século XVIII, os
ingleses iniciaram a mecanização da produção pela indústria têxtil de algodão.
b) ela teve início no século XVIII e a mecanização começou pela indústria de bens
de produção, visando a atender o mercado interno alemão.
c) as primeiras máquinas, criadas no século XVII, eram movidas a energia elétrica,
isso proporcionou um inaudito ganho de produtividade na indústria têxtil de lã.
d) as relações de trabalho, na Inglaterra, durante o século XIX, eram fortemente
reguladas pelo Estado, garantindo condições de trabalho dignas e direitos
previdenciários para os operários, a exemplo das indenizações em razão de
acidentes de trabalho.
e) tendo em vista as condições insalubres do trabalho industrial, no século XIX,
apenas homens adultos trabalhavam nas indústrias têxteis inglesas.

08. (IFRR) Dentre as chamadas revoluções burguesas destaca-se a revolução


industrial.
Sobre o tema, assinale o correto:
a) indica uma transformação gradual de substituição da força humana pela força
das máquinas e ganhou intensidade na Inglaterra do século XVIII.
b) foi impulsionada diretamente pela descoberta das Américas no século XVI.
c) teve alcance limitado aos países do norte da Europa, chegando à América apenas
no século XX.
d) começou na França; Napoleônica, espalhando-se posteriormente para a a Ásia e
a África.
e) foi um processo inglês que substituiu a força humana pela máquina,
preocupando-se com a conservação dos recursos naturais.

09. (Unioeste) Leia atentamente a afirmação abaixo:


“O momento seguinte da expansão da economia industrial, e aquele que mais
diretamente nos interessa aqui, foi desencadeado pelo advento da chamada Segunda
Revolução Industrial, também intitulada de Revolução Científico-Tecnológica,
ocorrida de meados do século (XIX) à sua plena configuração em 1870 (...) No curso
de seus desdobramentos surgirão, apenas para se ter uma breve ideia, os veículos
automotores, os transatlânticos, os aviões, o telégrafo, o telefone, a iluminação

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0
elétrica e a ampla gama de utensílios domésticos, a fotografia, o cinema, a televisão,
os arranha-céus e seus elevadores (...) o sabão em pó, os refrigerantes gasosos, o
fogão a gás, o aquecedor elétrico, o refrigerante e o sorvete, as comidas enlatadas, as
cervejas engarrafadas, a Coca-Cola, a aspirina, o Sonrisal (...) E não era só uma
questão de variedade de novos equipamentos, produtos e processos que entravam
para o cotidiano, mas o mais perturbador era o ritmo com que estas inovações
invadiam o dia-a-dia das pessoas, principalmente no contexto de outro fenômeno
derivado da revolução, as grandes metrópoles modernas (...)”
SEVCENKO, N. “O prelúdio republicano: astúcias da ordem e ilusões do
progresso”. In: SEVCENKO, N. (Org.). História da vida privada no Brasil: da Belle
Époque à era do Rádio. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, v. 3, p. 09-10.
Sobre os impactos causados pela chamada “Segunda Revolução Industrial” é
CORRETO afirmar que:
a) como resultado das transformações históricas do capitalismo, exclusivamente nos
Estados Unidos, esta revolução gerou uma sociedade baseada no consumismo.
b) todos os produtos, processos e equipamentos listados pelo autor na citação acima
não pertencem mais ao cotidiano das pessoas que vivem no século XXI.
c) seu ritmo perturbador provocou mudanças nos hábitos e comportamentos
sociais, destaque para as práticas do consumo de produtos industrializados.
d) uma das características desta revolução nos campos da ciência e da tecnologia foi
ser responsável por transformar a União Soviética numa potência capitalista
mundial.
e) as grandes metrópoles representaram um “fenômeno derivado da revolução”,
porque foram nelas que a expansão da economia industrial trouxe o fim do
consumismo

10. (ETEC) Em 1848, na região de Manchester, Inglaterra, 99% das mariposas


(Biston betularia) eram brancas e 1%, negras. Estas últimas, de fato, eram presas
fáceis de capturar por serem bem visíveis sobre os alvos troncos cobertos de liquens.
Depois, veio a era do carvão, a poluição matou os liquens e, em 1895, em
Manchester, 90% das borboletas eram negras e 10%, brancas, agora, por sua vez,
presas fáceis sobre os troncos enegrecidos pelo carvão.
TIEZZI, Enzo. Tempos históricos, tempos biológicos. A terra ou a morte: os
problemas da nova ecologia. São Paulo: Nobel, 1988. p.67. Adaptado.
Além do caso das mariposas de Manchester, a Revolução Industrial gerou outros
efeitos ambientais na Inglaterra.
Entre eles, a
a) redução das emissões de poluentes devido à adoção, por parte da burguesia
inglesa, de modelos agroecológicos de produção.
b) extinção de animais de grande porte, largamente utilizados como fonte de
energia para a movimentação dos motores das máquinas.

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1
c) adoção da monocultura de espécies exógenas, como o milho e a cana-de-açúcar,
que contribuíram para a significativa redução da biodiversidade nativa.
d) proliferação de “desertos verdes”, com as plantações de eucalipto e a emissão de
materiais particulados na atmosfera.
e) derrubada de florestas para a mineração de carvão e o descarte de esgoto não
tratado e de resíduos industriais nos rios.

11. (ENEM PPL 2018) A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira
Revolução Industrial e o nascimento do proletariado, cresceram as pressões por
uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma
paisagem social muito distinta da que antes existia.
QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de
clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002.
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores
sociais:
a) Burguesia e trabalhadores assalariados.
b) Igreja e corporações de ofício.
c) Realeza e comerciantes.
d) Campesinato e artesãos.
e) Nobreza e artífices.

12. (FATEC) No mundo atual, permeado pela lógica capitalista, a capacidade de


adaptação às demandas impostas pelo cenário vigente é de extrema importância
para aqueles que se empenham em crescer no trabalho. Os trabalhadores precisam
garantir sua sobrevivência e dessa maneira estão adoecendo com o novo ritmo de
produção. Sintomas como estresse, ansiedade, fobias e outros, vêm surgindo cada
vez mais rápido nas pessoas que sofrem grandes pressões no trabalho.
[....]
Na Revolução Industrial, além das mudanças no setor comercial e agrícola, tivemos
acima de tudo as transformações sociais, ou seja, a passagem da sociedade rural
para a sociedade urbana.
<https://tinyurl.com/y86wcuhe> Acesso em: 09.03.2017. Adaptado.
Assinale a alternativa que elenca corretamente as principais características da
Primeira Revolução Industrial.
a) Valorização do trabalho artesanal; utilização de tração animal; eliminação da
divisão do trabalho e surgimento da classe média.
b) Valorização do trabalho qualificado; utilização de petróleo como fonte de
energia; aprofundamento do uso das tecnologias da informação e surgimento dos
profissionais liberais.
c) Valorização do trabalho feminino; utilização de biocombustíveis; eliminação do
trabalho braçal e surgimento das leis trabalhistas.

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2
d) Invenção de máquinas para substituir o trabalho humano; utilização de carvão
mineral e vapor; aprofundamento da divisão do trabalho e surgimento do
proletariado.
e) Invenção de ferramentas e técnicas agrícolas; utilização de energia solar e eólica;
eliminação do trabalho escravo e surgimento do campesinato.

13. (UEA) A Revolução Industrial estendeu-se da Inglaterra para outros países.


A ênfase na produção de riquezas por meio da industrialização transformou, ao
longo do século XIX, a história europeia com
a) o processo gradual de nivelamento econômico do continente e de criação de um
Parlamento europeu.
b) a dissolução das concepções de nacionalismo e de antagonismos entre classes
sociais.
c) o avanço de um processo acentuado de urbanização e de formação da classe
operária.
d) a extinção dos partidos políticos democráticos e da ideologia liberal do livre-
cambismo.
e) a vitória dos Estados absolutistas sobre as Repúblicas populares e das unidades
nacionais sobre os poderes locais.

14. (URCA ) “[...] No princípio da década de 1830, entre um terço e a metade da


força de trabalho (em todas as classes de trabalho) nas indústrias algodoeiras tinha
menos de vinte e um anos de idade. No setor de lãs cardadas, a proporção de jovens
era ainda maior. Entre os adultos, bem mais da metade eram mulheres. [....] A força
de trabalho adulto nas indústrias têxteis do Reino Unido atingia 191.671 pessoas,
das quais 102.812 eram mulheres e apenas 88.859, homens.” (THOMPSON E. P. A
formação da Classe Operária. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. V.II p.170)
Sobre a situação dos trabalhadores durante a Revolução Industrial Inglesa, pode-se
afirmar:
a) O movimento sindical foi inicialmente organizado através do Ludismo que tinha
como base de ação reuniões e assembleias pacíficas que reivindicavam melhores
condições de vida e direitos para os trabalhadores.
b) Em virtude das péssimas condições de vida, progressivamente, houve um retorno
dos trabalhadores da cidade para o campo, desacelerando o processo industrial
na Inglaterra em algumas décadas.
c) A existência de uma legislação específica protegia os menores de idade e não
permitia o trabalho de crianças nas fábricas.
d) As cidades, sobretudo, os bairros da classe operária, eram espaços altamente
insalubres com péssimas condições de saúde, higiene e moradia. Os baixos
salários pagos aos trabalhadores e a péssima alimentação contribuíam para a sua
baixa expectativa de vida.

18
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3
e) Por serem mais especializadas, as mulheres eram mais requisitadas para a
indústria de trabalho têxtil e, em muitas situações, tinham salários maiores que
os homens nas fábricas.

15. (UFMS PASSE) A Revolução industrial foi um conjunto de mudanças que


aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A _____________________foi
marcada pela descoberta do ferro e do carvão. A ______________ foi marcada pela
descoberta da energia elétrica e do uso do petróleo como combustível. Já a
_________________________ foi marcada pela internet, a globalização por meio da
tecnologia.
Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.
a) Segunda Revolução Industrial, Primeira Revolução Industrial, Terceira
Revolução Industrial.
b) Terceira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial, Primeira
Revolução Industrial.
c) Segunda Revolução Industrial, Terceira Revolução Industrial, Primeira
Revolução Industrial.
d) Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial, Terceira
Revolução Industrial.
e) Terceira Revolução Industrial, Primeira Revolução Industrial, Segunda
Revolução Industrial.

 HA037- A era Napoleônica.

01. (Unesp) Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer


mercadoria pertencente à Inglaterra, ou proveniente de suas fábricas e de suas
colônias é declarada boa presa.
Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias
inglesas, ou lá tendo estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em
porto algum.
Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a
disposição acima, será apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se
fossem propriedade inglesa.
(Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de
Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da história contemporânea
(1789-1963), 1977.)
Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em
1806, permitem notar a disposição francesa de:
a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a
depender mais de seu comércio interno.

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b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o
comércio na Europa e nas áreas coloniais.
c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da
ocupação militar da Península Ibérica.
d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a
hegemonia francesa nos mares europeus.
e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização,
limitando seu comércio com o restante da Europa.

02. (UFMG) Leia este texto:


Antes, Napoleão havia levado o Grande Exército à conquista da Europa. Se nada
sobrou do Império continental que ele sonhou fundar, todavia ele aniquilou o Antigo
Regime, por toda parte onde encontrou tempo para fazê-lo; por isso também seu
reinado prolongou a Revolução, ele foi o soldado desta, como seus inimigos jamais
cessaram de proclamar. (LEFBVRE, Georges. A Revolução Francesa. São Paulo:
IBRASA, 1966. p 573.)
Tendo em vista a expansão dos ideais revolucionários proporcionada pelas guerras
conduzidas por Bonaparte, é CORRETO afirmar que:
a) os governos sob influência de Napoleão investiram no fortalecimento das
corporações de ofício e dos monopólios.
b) as transformações provocadas pelas conquistas napoleônicas implicaram o
fortalecimento das formas de trabalho compulsório.
c) Napoleão, em todas as regiões conquistadas, derrubou o sistema monárquico e
implantou repúblicas.
d) o domínio napoleônico levou a uma redefinição do mapa europeu, pois fundiu
pequenos territórios, antes autônomos, e criou, assim, Estados maiores.
e) Os países da Península Ibérica, como Portugal e Espanha, foram os únicos do
continente Europeu a não serem afetados pelas guerras napoleônicas.

03. (IBMEC-SP) A expansão napoleônica no século XIX influenciou decisivamente


vários acontecimentos históricos no período. Entre esses acontecimentos, podemos
destacar:
a) A Independência dos Estados Unidos. Com a atenção da Inglaterra voltada para
as batalhas com a marinha napoleônica, os colonos americanos declararam sua
independência, vencendo rapidamente os ingleses.
b) A formação da Santa Aliança, um pacto militar entre Áustria, Prússia,
Inglaterra e Rússia que evitou a eclosão de movimentos revolucionários na
Europa e impediu a independência das colônias espanholas e inglesas na
América.
c) A Independência do Brasil. Com a ocupação de Portugal pelas tropas
napoleônicas, houve um enfraquecimento da monarquia portuguesa que

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culminou com as lutas pela independência e o rompimento de D. Pedro I com
Portugal.
d) A Independência das colônias espanholas. Em 1808, a Espanha foi ocupada pelas
tropas napoleônicas ao mesmo tempo em que se difundiam os ideais liberais da
Revolução Francesa que inspirou as lutas pela independência.
e) O Congresso de Viena. A França de Napoleão assinou um pacto com a Áustria,
Inglaterra e Rússia cujo objetivo maior era estabelecer uma trégua e reorganizar
todo o mapa europeu.

04. (UFRGS) Por volta de 1811, o Império napoleônico atingiu o seu apogeu. Direta
ou indiretamente, Napoleão dominou mais da metade do continente europeu. Tal
conjuntura, no entanto, reforçou os sentimentos nacionalistas da população dessas
regiões. A ideia de nação, inspirada nas próprias concepções francesas, passou a ser
uma arma desses nacionalistas contra Napoleão.
Assinale a afirmação correta, relativa à conjuntura acima delineada:
a) Após o bloqueio continental, em todos os Estados submetidos à dominação
napoleônica, os operários e os camponeses, beneficiados pela prosperidade
econômica, atuaram na defesa de Napoleão contra o nacionalismo das elites
locais.
b) A Inglaterra, procurando manter-se longe dos problemas do continente, isolou-se
e não interveio nos conflitos desencadeados pelos anseios de Napoleão de
construir um Império.
c) A Espanha, vinculada à França pela dinastia dos Bourbon desde o século XVIII,
não reagiu à dominação francesa. Em nome do respeito às suas tradições e ao seu
nacionalismo, a Espanha aceitou a soberania estrangeira imposta por Napoleão.
d) Em 1812, Napoleão estabeleceu sólida aliança com o Papa, provocando a adesão
generalizada dos católicos. Temporariamente, os surtos nacionalistas foram
controlados, o que o levou a garantir suas progressivas vitórias na Rússia.
e) Herdeira da Filosofia das Luzes, a ideia de nação, tal como difundida na França,
fundou-se sobre uma concepção universalista do homem e de seus direitos
naturais. Essa concepção, porém, pressupunha o princípio do direito dos povos
de dispor sobre si mesmos.

05. (Uema) O mapa abaixo representa a divisão geopolítica europeia no início do


século XIX, destacando a estratégia militar napoleônica conhecida como Bloqueio
Continental.

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6
A linha de Bloqueio Continental que se estende de Portugal até a Noruega,
representada no mapa, revela a intenção francesa de
a) integrar a economia europeia, com a isenção das tarifas alfandegárias.
b) fortalecer a França, garantindo-lhe a livre circulação pelos portos britânicos.
c) desenvolver a economia espanhola, consolidando seu monopólio comercial na
Península Ibérica.
d) isolar a Grã-Bretanha, impedindo-lhe o acesso a importantes mercados da
Europa continental.
e) inibir o comércio de escravos oriundos de portos africanos, situados ao norte da
Linha do Equador.

06. (Espcex) No início do século XIX, Napoleão Bonaparte ordenou a ocupação de


Portugal, motivando com isso a fuga da família real portuguesa para o Brasil. Esse
evento desencadeou primeiramente a(o)
a) Conjuração Baiana.
b) abdicação de D. Pedro I.
c) elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
d) introdução das ideias revolucionárias francesas no Brasil.
e) estabelecimento do Pacto Colonial.

07. (FATEC) Ao assumir o poder na França, Napoleão Bonaparte anunciou que o


período conturbado da Revolução de 1789 chegaria ao fim. Em busca de conciliação
nacional, ele afirmava estar acima dos interesses particulares e prometia que, a
partir daquele momento, iria fazer da França a maior potência do mundo.
Conhecido como Era Napoleônica, o período em que Napoleão Bonaparte governou
a França ficou marcado
a) pela promulgação de um novo Código Civil que, entre outras determinações,
separou Igreja e Estado, legalizou o divórcio e consolidou a abolição dos direitos
feudais da nobreza e do clero.

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b) pela manutenção dos laços de cooperação entre França e Inglaterra e pelo
Tratado de Versalhes, que estabeleceu o princípio de autodeterminação dos
povos.
c) pela adoção do pluralismo religioso, ocasionado pela chegada à França de
imigrantes oriundos das colônias francesas no Oriente Médio e na África.
d) pela guerra contra os Estados Unidos e pela conquista dos territórios indígenas
do oeste da América do Norte.
e) pela criação da União Europeia, que unificou econômica e politicamente todos os
países do continente.

08. (UEMS) No processo da Revolução Francesa, o golpe do 18 Brumário, que levou


Napoleão Bonaparte ao poder, implicou:
a) a consolidação do poder da burguesia.
b) a convocação da Assembléia Nacional Constituinte.
c) a aprovação da Declaração dos Direitos do Homem.
d) a instituição do período do Terror.
e) a composição política entre girondinos e jacobinos.

09. (ACAFE) O Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte em 1806


tinha por objetivo isolar a Inglaterra dos países europeus e estipulava que os países
da Europa e aliados da França não poderiam comercializar com os ingleses. Este
evento europeu trouxe consequências para o Brasil, pois ocasionou um evento com
profundas transformações políticas e sociais. Assim, assinale a alternativa correta
acerca do evento que gerou essas transformações.
a) A vinda da Família real portuguesa para o Brasil e o consequente decreto da
Abertura dos Portos.
b) A transferência da capital, da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
c) A invasão do território português pelos espanhóis e a anulação do Tratado de
Tordesilhas.
d) A Revolução do Porto, em 1820, contribuindo com a intensificação do comércio
entre franceses e comerciantes luso-brasileiros.

10. (F. de Ciências Médicas da Santa Casa de SP) Os sucessos militares de Napoleão
Bonaparte resultaram da organização de um novo exército de cidadãos pela
Revolução Francesa.
As vitórias de Bonaparte no continente europeu implicaram
a) consolidação das tradicionais dinastias absolutistas europeias.
b) desarticulação da produção têxtil da primeira revolução industrial.
c) desestabilização de sistemas de dominação das metrópoles ibéricas.
d) propagações de revoluções sociais de caráter jacobino em escala universal.
e) modificações geopolíticas restritas aos espaços da Europa Ocidental.

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11. (EBMSP) Napoleão Bonaparte tinha o hábito de dormir pouco. Acordava no
meio da noite para trabalhar. Ele afirmava:“Seis horas de sono para um homem,
sete para mulheres e oito para um tolo”. No início da Revolução Industrial, o sono
deixou de ser visto como uma atividade intelectual, e as pessoas que dormiam
demais passaram a ser consideradas fúteis e preguiçosas.
CUMINALE, Natalia. O despertar das boas noites de sono. Veja. São Paulo: Abril,
a. 47, e. 2388, n. 35, 27 ago. 2014, p. 96-101. Adaptado
A Revolução Industrial além de alterar as concepções de sono e lazer existentes
entre as classes dominantes, como aludido no texto, atingiu também os hábitos
cotidianos das classes trabalhadoras
a) por serem os horários noturnos destinados a atividades religiosas desenvolvidas
pelas igrejas católicas e protestantes.
b) pela prática existente à época entre essas classes de copiar os hábitos cotidianos
das classes dominantes.
c) em decorrência da proibição do acesso dessas classes à educação voltada para a
prática de atividades de bem-estar.
d) em razão das longas jornadas de trabalho, da precariedade das moradias e da
exploração a que eram submetidas pelos patrões.
e) por serem obrigados pelo Estado a abandonarem as atividades intelectuais e se
integrarem aos trabalhos manufatureiros que lhes garantiam a sobrevivência.

12. (EsPCEx) Após a Batalha de Waterloo, em 1815, Napoleão Bonaparte foi


novamente derrotado militarmente, resultando no seu exílio na ilha de Elba.
Qual foi esta segunda batalha decisiva?
a) Batalha do Marne.
b) Batalha de Tannenberg.
c) Batalha de Verdun.
d) Batalha de Caporetto.
e) Batalha das Nações.

13. (PUC-Campina) A ascensão ao governo da França e a queda de Napoleão


Bonaparte foram marcadas, respectivamente,
a) pelo golpe de estado conhecido como 18 de brumário, e pelas sucessivas derrotas
do exército napoleônico para os ingleses e seus aliados.
b) pelo início do período ditatorial conhecido como Grande Terror, e pela
restauração do poder monárquico, exercido pelos Bourbons.
c) pelo fim do período conhecido como Diretório, com a recuperação do poder pela
burguesia, e pela vitória dos movimentos populares que destituíram Napoleão do
trono imperial.

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d) pela dissolução da Assembleia e a instauração de um governo formado por três
cônsules (Consulado), e pela invasão inglesa que se seguiu à morte de Napoleão
na batalha de Waterloo.
e) pela condenação do líder Robespierre à guilhotina, por membros da alta
burguesia contrários à Revolução, e pelo acordo estabelecido entre as
monarquias francesa e inglesa, que levaram Napoleão à prisão, na ilha de Elba.

14. (UEFS) Nós somos trinta milhões de homens reunidos pelas luzes, a propriedade
e o comércio. Trezentos ou quatrocentos mil militares nada são nessa massa. Além
do fato de o general comandar exclusivamente pelas qualidades civis, a partir do
momento em que não está mais na função, ele retorna à ordem civil. Os próprios
soldados não passam de filhos dos cidadãos. O exército é a nação.
(Napoleão Bonaparte. Sobre a guerra, 2015.)
O discurso de Napoleão, pronunciado em 1807, revela características presentes na
Revolução Francesa, como
a) a influência do pensamento liberal, a valorização da noção de cidadania e a
defesa da igualdade jurídica.
b) o combate às diferenças sociais, a criação de instituições supranacionais e a
instauração de governos democráticos.
c) a centralização do poder com apoio dos militares, a expansão das fronteiras
nacionais e a rejeição da economia de mercado.
d) o orgulho patriótico, a defesa das tradições civis e religiosas e a reforma do
sistema tributário.
e) a expansão da revolução por meio da guerra, a rejeição da luta de classes e a
limitação do poder da burguesia.

15. (UFRGS) A Santa Aliança, coalizão entre Rússia, Prússia e Áustria, criada em
setembro de 1815, após a derrota de Napoleão Bonaparte, tinha por objetivo político
a) promover e proteger os ideais republicanos e revolucionários franceses em toda a
Europa.
b) impedir as intenções recolonizadoras dos países ibéricos e apoiar as
independências dos países latino-americanos.
c) lutar contra a expansão do absolutismo monárquico e a influência do papado em
todos os países europeus.
d) combater e prevenir a expansão dos ideais republicanos e revolucionários
franceses em toda a Europa.
e) apoiar o retorno de Napoleão ao governo francês e garantir o equilíbrio entre as
potências europeias.

 HA038- A Independência do Brasil.

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1. (Enem) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares
do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti:
Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar.
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos Pernambucanos. Recife:
Cultura Acadêmica, 1907.
O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende:
a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam com a população
escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo de mudança.
b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à metrópole,
como ocorreu na Noite das Garrafadas.
c) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de
receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista.
d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os
marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora.
e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a
implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti.

2. (Mackenzie) A independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da


nação tomada em seu conjunto.
Caio Prado Jr.
Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
a) A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de
profundas mudanças sociais.
b) O movimento da independência foi uma ação da elite, preservando seus
interesses e privilégios.
c) Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa Guerra de
Independência.
d) Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o modelo
político dos radicais liberais.
e) A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo,
extinguindo a escravidão logo após a independência.

3. (Unifesp) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil:


a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do
que ocorreu com os demais países da América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os
demais países da América do Sul.

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1
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma
curta ocupação estrangeira.
d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras
externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar
da forma exterior monárquica.

4. (UPF) Independência do Brasil:


A Independência do Brasil, em 1822, foi fruto de uma série de fatores cujo ponto de
partida se pode localizar na vinda da família real para o Brasil, em 1808. Com a
Corte no Brasil e a sede da monarquia para cá transmutada, deflagrou-se uma
verdadeira inversão de papéis, tornando-se Portugal uma “colônia de uma colônia
sua”. A tentativa de Portugal de reverter essa situação e tornar-se novamente
metrópole do Brasil foi revelada de forma mais contundente através da:
a) Inconfidência Mineira, de 1789.
b) Revolução do Porto, de 1820
c) Revolução Pernambucana, de 1817.
d) Revolução Francesa, de 1789.
e) Revolução Praieira, de 1848.

5. (ENEM) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família


real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato
administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios
continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus
parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil.
São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América
portuguesa por terem:
a) incentivado o clamor popular por liberdade
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado os movimentos separatistas das províncias.

6. (FGV) Com relação à África portuguesa, a emancipação política do Brasil em


1822:
a) provocou fortes reações nas elites angolanas, a ponto de alguns setores
manifestarem interesse em fazer parte do Império Brasileiro.
b) acarretou a suspensão definitiva do tráfico negreiro como uma forma de
retaliação do governo português contra sua ex-colônia.

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2
c) levou ao aparecimentos de movimentos pela independência em Angola e
Moçambique, que só se tornariam vitoriosos ao final do século XIX.
d) levou a Coroa portuguesa a implementar regimes de segregação racial em suas
possessões africanas, inspirados na experiência inglesa na África do Sul.
e) provocou o desinteresse português na manutenção dos seus domínios no
ultramar e o abandono dessas possessões a outras potências europeias.

7. (Enem PPL) É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império
a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para
comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-Io entre as
nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a
cargo de um povo estranho.
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário
desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa
comemoração está diretamente relacionada com
a) a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade
nacional.
b) o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou
logo após 1822.
c) os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a
abolição da escravidão.
d) o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de
estrangeiros do país.
e) a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à
transferência da Corte para o Rio de Janeiro.

08. (Unesp) Sobre o processo de independência da colônia portuguesa na América,


no inicio do século xix, é correto afirmar que:
a) Foi liderado pela elite do comércio local, por intermédio de acordos que
favoreceram colonizados e a antiga metrópole.
b) A ruptura com a metrópole europeia provocou reações, como guerras entre
portugueses e brasileiros em algumas províncias.
c) Os acordos comerciais com a Inglaterra garantiram o comércio portugueses de
escravos para a agricultura brasileira.
d) A vinda da Família Real limitou o comércio de exportação para portugueses e
ingleses, assegurando o monopólio da metrópole.
e) As antigas colônias espanholas, recém-emancipadas, auxiliaram os brasileiros
nas guerras contra a metrópole portuguesa.

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09. (Fuvest) Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito
José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas
então enfrentados pelo Império português na América:
A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter
mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei
ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas
ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes
daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova
ordem de coisas deve ocasionar na América.
Nesse excerto, o autor referia-se:
a) aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que
ameaçara o domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
b) às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata
do monarca a Portugal.
c) à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa
Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
d) às implicações que os movimentos de independência na América espanhola
traziam para a dominação portuguesa no Brasil.
e) ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do
Brasil independente.

10. (UEMG) “Ouvi, ó Povos, o grito, Que vamos livres erguer; O Brasil sacode o
jugo, Independência ou Morrer. Congresso opressor jurara Nossos povos abater:
Em seu despeito amamos Independência ou Morrer. Depois de trezentos anos Livre
o Brasil vai viver: Deve a Pedro a Liberdade, Independência ou morrer.”
(“Independência ou morrer”. Poesia anônima, publicada pela Tipografia do Diário
no ano de 1822, Rio de Janeiro. Apud: CARVALHO, José Murilo de, BASTOS,
Lúcia & BASILE, Marcelo (Orgs.). Guerra literária: panfletos da Independência
(1820-1823). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, 257-258. 4 v.)
No cenário político em que a poesia acima foi elaborada, as relações entre Brasil e
Portugal agravaram-se devido à/ao
a) tentativa das Cortes portuguesas de recolonizar o Brasil.
b) objetivo das elites brasileiras de expulsar o Príncipe Regente.
c) expectativa dos liberais portugueses em fortalecer o Absolutismo.
d) esforço dos deputados escravistas para criar a Constituição cidadã.

 HA039- A família Real no Brasil.

1. (Enem) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares


do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti:

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Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar.
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos Pernambucanos. Recife:
Cultura Acadêmica, 1907.
O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende:
a) dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam com a população
escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo de mudança.
b) da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à metrópole,
como ocorreu na Noite das Garrafadas.
c) do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de
receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista.
d) do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os
marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora.
e) da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a
implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti.

2. (Mackenzie) A independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da


nação tomada em seu conjunto.
Caio Prado Jr.
Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
a) A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de
profundas mudanças sociais.
b) O movimento da independência foi uma ação da elite, preservando seus
interesses e privilégios.
c) Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa Guerra de
Independência.
d) Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o modelo
político dos radicais liberais.
e) A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo,
extinguindo a escravidão logo após a independência.

3. (Unifesp) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil:


a) surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do
que ocorreu com os demais países da América do Sul.
b) sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os
demais países da América do Sul.
c) vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma
curta ocupação estrangeira.

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d) desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras
externas e conflitos internos.
e) adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar
da forma exterior monárquica.

4. (UPF) Independência do Brasil:


A Independência do Brasil, em 1822, foi fruto de uma série de fatores cujo ponto de
partida se pode localizar na vinda da família real para o Brasil, em 1808. Com a
Corte no Brasil e a sede da monarquia para cá transmutada, deflagrou-se uma
verdadeira inversão de papéis, tornando-se Portugal uma “colônia de uma colônia
sua”. A tentativa de Portugal de reverter essa situação e tornar-se novamente
metrópole do Brasil foi revelada de forma mais contundente através da:
a) Inconfidência Mineira, de 1789.
b) Revolução do Porto, de 1820
c) Revolução Pernambucana, de 1817.
d) Revolução Francesa, de 1789.
e) Revolução Praieira, de 1848.

5. (ENEM) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família


real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato
administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios
continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus
parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil.
São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América
portuguesa por terem:
a) incentivado o clamor popular por liberdade
b) enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
c) motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
d) obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
e) provocado os movimentos separatistas das províncias.

6. (FGV) Com relação à África portuguesa, a emancipação política do Brasil em


1822:
a) provocou fortes reações nas elites angolanas, a ponto de alguns setores
manifestarem interesse em fazer parte do Império Brasileiro.
b) acarretou a suspensão definitiva do tráfico negreiro como uma forma de
retaliação do governo português contra sua ex-colônia.
c) levou ao aparecimentos de movimentos pela independência em Angola e
Moçambique, que só se tornariam vitoriosos ao final do século XIX.

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d) levou a Coroa portuguesa a implementar regimes de segregação racial em suas
possessões africanas, inspirados na experiência inglesa na África do Sul.
e) provocou o desinteresse português na manutenção dos seus domínios no
ultramar e o abandono dessas possessões a outras potências europeias.

7. (Enem PPL) É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império
a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para
comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-Io entre as
nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a
cargo de um povo estranho.
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário
desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa
comemoração está diretamente relacionada com
a) a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade
nacional.
b) o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou
logo após 1822.
c) os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a
abolição da escravidão.
d) o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de
estrangeiros do país.
e) a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à
transferência da Corte para o Rio de Janeiro.

08. (Unesp) Sobre o processo de independência da colônia portuguesa na América,


no inicio do século xix, é correto afirmar que:
a) Foi liderado pela elite do comércio local, por intermédio de acordos que
favoreceram colonizados e a antiga metrópole.
b) A ruptura com a metrópole europeia provocou reações, como guerras entre
portugueses e brasileiros em algumas províncias.
c) Os acordos comerciais com a Inglaterra garantiram o comércio portugueses de
escravos para a agricultura brasileira.
d) A vinda da Família Real limitou o comércio de exportação para portugueses e
ingleses, assegurando o monopólio da metrópole.
e) As antigas colônias espanholas, recém-emancipadas, auxiliaram os brasileiros
nas guerras contra a metrópole portuguesa.

09. (Fuvest) Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito


José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas
então enfrentados pelo Império português na América:

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7
A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter
mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei
ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas
ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes
daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova
ordem de coisas deve ocasionar na América.
Nesse excerto, o autor referia-se:
a) aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara
o domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
b) às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata
do monarca a Portugal.
c) à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa
Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
d) às implicações que os movimentos de independência na América espanhola
traziam para a dominação portuguesa no Brasil.
e) ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do
Brasil independente.

10. (UEMG) “Ouvi, ó Povos, o grito, Que vamos livres erguer; O Brasil sacode o
jugo, Independência ou Morrer. Congresso opressor jurara Nossos povos abater:
Em seu despeito amamos Independência ou Morrer. Depois de trezentos anos Livre
o Brasil vai viver: Deve a Pedro a Liberdade, Independência ou morrer.”
(“Independência ou morrer”. Poesia anônima, publicada pela Tipografia do Diário
no ano de 1822, Rio de Janeiro. Apud: CARVALHO, José Murilo de, BASTOS,
Lúcia & BASILE, Marcelo (Orgs.). Guerra literária: panfletos da Independência
(1820-1823). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, 257-258. 4 v.)
No cenário político em que a poesia acima foi elaborada, as relações entre Brasil e
Portugal agravaram-se devido à/ao
a) tentativa das Cortes portuguesas de recolonizar o Brasil.
b) objetivo das elites brasileiras de expulsar o Príncipe Regente.
c) expectativa dos liberais portugueses em fortalecer o Absolutismo.
d) esforço dos deputados escravistas para criar a Constituição cidadã.

 HA040- O Primeiro Reinado.

01. (CESGRANRIO) O artigo a seguir é uma tentativa do brasilianista Kenneth


Maxwell de reinterpretar aspectos do movimento de independência do Brasil (1822).
Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de independência como uma
“coisa ruim”, como uma regressão, um triunfo do “despotismo” sobre a
“liberdade”, da “escravidão” sobre a “liberdade”, de um regime “imposto” sobre

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8
um regime “representativo”, da oligarquia sobre a democracia, da reação sobre o
liberalismo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, todas essas acusações
podem ser imputadas ao novo regime, assim como de fato foram feitas na época.
MAXWELL, K. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência.
MOTA, C. G. (org.) In: Viagem Incompleta. A experiência brasileira (1500-2000).
São Paulo: Ed. SENAC, 2000. p. 181.
Um aspecto do processo de independência brasileiro que confirma as proposições do
autor é a(o)
a) inexistência de um legislativo permanente
b) concentração de poderes na figura do imperador
c) fixação de uma aristocracia de nascimento no Brasil
d) despotismo da revolução do Porto de 1820
e) descontentamento popular com a emancipação

02. (FIP-Moc ) (...) Na rua da Quitanda, onde se concentrava o comércio a varejo, já


não se encontravam apenas lojas de portugueses. (...) crescera o número de
estabelecimentos estrangeiros, que ofereciam mercadorias novas ou difíceis de
serem encontradas em tempos passados (...).
(Descrição da vida urbana no Rio de Janeiro, após a chegada da Corte Portuguesa,
no início do século XIX.)
Fonte: MATTOS, Ilmar R. O Rio de Janeiro: Capital do Reino. São Paulo: Atual,
1995.
O cenário descrito é resultado:
a) do fortalecimento do mercado interno, devido à crescente urbanização.
b) de uma deliberada política industrialista, iniciada por D. João VI.
c) da assinatura de Tratados e a Abertura dos Portos às Nações Amigas.
d) da entrada de imigrantes que disseminaram novos hábitos culturais.
e) da eliminação de leis que proibiam a instalação de manufaturas locais.

03. (UniAtenas) Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824)


Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado
privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro
Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da
independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado).
Com base na leitura do Art.98 e em seus conhecimentos sobre o sistema político
brasileiro ao longo do Primeiro Reinado (1822 – 1831), pode – se afirmar que
a) a primeira Constituição do Brasil foi promulgada por Rui Barbosa e estabelecia
o voto universal e a formação de três poderes – Legislativo, Judiciário e
Executivo –, ficando os dois últimos sob o controle do Imperador.

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b) a primeira Constituição do Brasil foi criada por D. João VI e afirmava o seu
prestígio político com base no poder moderador e judiciário.
c) a primeira Constituição do Brasil foi outorgada por D. Pedro I e estabelecia o
voto censitário e a formação de quatro poderes – Legislativo, Judiciário,
Executivo e Moderador –, ficando os dois últimos sob o controle do Imperador.
d) a primeira Constituição do Brasil, estabelecida em 25 de março de 1824, instituiu
um regime democrático e republicano, sendo que a religião católica também
passou a ser oficializada no país.
e) a primeira Constituição do Brasil, outorgada em 1824, não garantia a D. Pedro I
o direito de nomear ministros, dissolver a Assembleia Legislativa, controlar as
Forças Armadas e nomear os presidentes das províncias ao longo do Primeiro
Reinado.

04. (FUVEST) O sistema eleitoral adotado no Império Brasileiro estabelecia o voto


censitário. Esta afirmação significa que:
a) o sufrágio era indireto no que se referia às eleições gerais
b) para ser eleitor era necessário possuir uma determinada renda anual
c) as eleições eram efetuadas em dois turnos sucessivos
d) o voto não era extensivo aos analfabetos e às mulheres
e) por ocasião das eleições, realizava-se o recenseamento geral da população.

05. (Unichristus) O Período do Primeiro Reinado, que durou de 1822 a 1831,


caracterizou-se pela consolidação do Império no Brasil e por várias reações políticas
contrárias ao Imperador Dom Pedro I. A Constituição Imperial, outorgada em
1824, foi responsável tanto por efetivar referida consolidação do poder imperial
quanto por gerar a insatisfação de lideranças políticas da oposição, já que tal
Constituição garantia ao imperador o exercício do Poder Moderador.
Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/imperio- -
primeiro-reinado-1822-1831-pedro-1-abdica-o-trono.htm. Acesso em: 20 fev. 2018.
Pela análise do texto, pode-se inferir que a reação contrária ao imperador foi a
a) Revolta da Vacina, em que a população lutou contra o governo oligárquico e
autoritário.
b) Confederação do Equador, em que os pernambucanos lutaram pela separação do
Brasil.
c) Guerra dos Emboabas, com paulistas lutando pelo controle da capitania.
d) Revolução Praieira, em que pernambucanos defenderam a bandeira de Portugal.
e) Insurreição Pernambucana, movimento contrário à independência do Brasil.

06. (Mackenzie) O episódio conhecido como “A Noite das Garrafadas”, briga entre
portugueses e brasileiros, relaciona-se com:
a) a promulgação da Constituição da Mandioca pela Assembleia Constituinte.

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b) a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava as taxas de alfândega,
acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros.
c) o descontentamento da população do Rio de Janeiro contra as medidas
saneadoras de Oswaldo Cruz.
d) a manifestação dos brasileiros contra os portugueses ligados à sociedade
“Colunas do Trono” que apoiavam Dom Pedro I.
e) a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de propriedades residenciais para
alojá-la no Brasil.

07. (UNIFENAS) A sociedade imperial brasileira, que tinha a Constituição de 1824


como base, apresentava um caráter contraditório: o Império se alinhava aos
princípios liberais que se espalhavam pela Europa, no entanto mantinha a
escravidão, justificada com a predominância do direito à propriedade privada.
Um importante elemento presente na Constituição de 1824 outorgada por D. Pedro
I foi
a) a adoção da República como forma de governo.
b) a criação do Poder Moderador.
c) o direito de voto extensivo a toda a população.
d) a extinção do tráfico de escravos.
e) o rompimento de relações diplomáticas com a Inglaterra.

08. (UFPR) Com a abdicação do imperador D. Pedro I em 1831, o fracasso do


primeiro reinado tomou corpo. Com relação a isso, considere os fatos abaixo:
I. A imigração europeia para o Brasil ocorrida nesse período.
II. A eclosão da guerra na Província Cisplatina (1825-1828) contra as Províncias
Argentinas, a qual consumiu recursos do Estado em formação e cujo principal
resultado foi a criação da República Oriental do Uruguai, em 1828.
III. A indisposição do Imperador nas negociações com os deputados das províncias
do Brasil, que levou ao fechamento da Assembleia Constituinte, em 12 de novembro
de 1823, e à imposição de uma carta constitucional em 1824.
IV. A queda do gabinete dos Andradas, que levou o Imperador a se cercar de
inúmeros portugueses, egressos de Portugal ainda ao tempo do governo de D. João
VI.
Tiveram influência direta no desfecho do primeiro reinado os fatos apresentados
em:
a) II, III e IV somente.
b) I, III e IV somente.
c) III e IV somente.
d) I, II e III somente.
e) I e II somente.

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1
09. (ACAFE) O Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte em 1806
tinha por objetivo isolar a Inglaterra dos países europeus e estipulava que os países
da Europa e aliados da França não poderiam comercializar com os ingleses. Este
evento europeu trouxe consequências para o Brasil, pois ocasionou um evento com
profundas transformações políticas e sociais.
Assim, assinale a alternativa correta acerca do evento que gerou essas
transformações.
a) A invasão do território português pelos espanhóis e a anulação do Tratado de
Tordesilhas.
b) A transferência da capital, da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro.
c) A vinda da Família real portuguesa para o Brasil e o consequente decreto da
Abertura dos Portos.
d) A Revolução do Porto, em 1820, contribuindo com a intensificação do comércio
entre franceses e comerciantes luso-brasileiros.

10. (UFES) “Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário:


Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a
quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes
vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento
de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes
que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de
quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (… ).”
(Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR.
Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).
O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política
contra a:
a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo
Poder Moderador.
b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros
o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses.
c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar
uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.
d) liberalização do sistema de mão de obra nas disposições constitucionais, por
pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas
e da produção de açúcar.
e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio
português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.

 HA041- Período Regencial.

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1. (UFF) O Período Regencial, compreendido entre 1831 e 1840, foi marcado por
grande instabilidade, causada pela disputa entre os grupos políticos para o controle
do Império e também por inúmeras revoltas, que assumiram características bem
distintas entre si. Em 1838, eclodiu, no Maranhão, a Balaiada, somente derrotada
três anos depois.
Pode-se dizer que esse movimento:
a) contou com a participação de segmentos sertanejos - vaqueiros, pequenos
proprietários e artesãos - opondo-se aos bem-te-vis, em luta com os negros
escravos rebelados, que buscavam nos cabanos apoio aos seus anseios de
liberdade;
b) foi de revolta das classes populares contra os proprietários. Opôs os balaios
(sertanejos) aos grandes senhores de terras em aliança com escravos e
negociantes;
c) foi, inicialmente, o resultado das lutas internas da Província, opondo cabanos
(conservadores) a bemte-vis (liberais), aprofundadas pela luta dos segmentos
sertanejos liderados por Manuel Francisco dos Anjos, e pela insurreição de
escravos, sob a liderança do Negro Cosme, dando características populares ao
movimento;
d) lutou pela extinção da escravidão no Maranhão, pela instituição da República e
pelo controle dos sertanejos sobre o comércio da carne verde e da farinha - então
monopólio dos bem-te-vis -, sendo o seu caráter multiclassista a razão
fundamental de sua fragilidade;
e) sofreu a repressão empreendida pelo futuro Duque de Caxias, que não distinguiu
os diversos segmentos envolvidos na Balaiada, ampliando a anistia decretada
pelo governo imperial, em 1840, aos balaios e aos negros de Cosme,
demonstrando a vontade do Império de reintegrar, na vida da província, todos os
que haviam participado do movimento.

2. (Fatec) O período da História do Brasil entre 1831 e 1840, conhecido como


período regencial e cujas datas correspondem respectivamente à abdicação e à
maioridade de D. Pedro II, tem como um de seus traços marcantes
a) a constante luta das correntes liberais contra o sistema escravista e a
monarquia.
b) a perda da influência da economia inglesa sobre o Brasil, devido à crise da
produção algodoeira no Egito e na Índia.
c) o aumento do comércio de produtos primários de exportação, superando a crise
do Primeiro Reinado.
d) o rompimento definitivo dos laços com Portugal, em virtude da ascensão dos
liberais ao poder.

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e) a instabilidade política e social, decorrente de numerosos movimentos
revolucionários.

3. (PUC-RS) Dentre os fatores que levaram os gaúchos a proclamar a República


Rio-Grandense, durante a Revolução Farroupilha, é correto apontar
a) a pressão exercida pelas potências estrangeiras, que se opunham ao regime
monárquico brasileiro; os altos impostos cobrados pelo império; e a proibição do
contrabando de gado, extremamente prejudicial aos gaúchos.
b) os acordos alfandegários feitos pelo governo imperial com potências estrangeiras,
prejudiciais à economia nacional; os altos impostos cobrados pelo império; e a
permissividade em relação ao contrabando, o que era prejudicial aos interesses
riograndenses.
c) a execução de leis de caráter liberal, contrárias aos interesses do povo; a falta de
investimento público no setor industrial; e a proteção excessiva das riquezas
naturais do solo, buscando preservar a vegetação do pampa, o que prejudicava a
economia gaúcha.
d) a pressão exercida por potências estrangeiras contra o excessivo livre-cambismo
brasileiro; o incentivo à terceirização da manufatura do couro; e a proibição do
contrabando, o que prejudicava os produtores gaúchos na concorrência com os
produtores platinos, devido ao aumento dos seus custos de produção.
e) a execução de leis de caráter liberal, contrárias aos interesses do povo; os
acordos favoráveis ao tráfico negreiro, celebrados entre o Brasil e potências
estrangeiras; e a necessidade de elevar os impostos para favorecer o
desenvolvimento da pecuária, o que prejudicava o setor industrial gaúcho.

4. (UFC) Entre 1835 e 1840, ocorreu no Pará uma revolta chamada de


"Cabanagem". Com relação a esta rebelião, é correto afirmar:
a) os "cabanos" representavam o grupo mais radical do período da Regência,
lutando por uma República sem escravos e sem grandes proprietários rurais.
b) o governo central ignorou o movimento em função das tímidas propostas de
reforma social divulgadas pelos "cabanos", evitando a repressão.
c) os líderes "cabanos" eram grandes proprietários de terras, enriquecidos com o
ciclo da borracha e insatisfeitos com a política de centralização do governo
regencial.
d) a repressão ao movimento ocorreu em resposta aos atos de violência perpetrados
pelos "cabanos", na maioria escravos rebelados e índios.
e) os "cabanos" propunham a manutenção da estrutura social vigente, apesar das
tropas rebeldes serem compostas de negros, mestiços e índios.

5. (UFV) "Nas Revoltas subseqüentes à abdicação, o que aparecia era o


desencadeamento das paixões, dos instintos grosseiros da escória da população; era

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a luta da barbaridade contra os princípios regulares, as conveniências e
necessidades da civilização. Em 1842, pelo contrário, o que se via à frente do
movimento era a flor da sociedade brasileira, tudo que as províncias contavam de
mais honroso e eminente em ilustração, em moralidade e riqueza."
(TIMANDRO. "O libelo do povo", 1849)
O texto anterior estabelece uma comparação entre a composição social das rebeliões
do início do período regencial e da revolução liberal de 1842. Essa visão refletia as
distorções do ponto de vista da elite senhorial escravista ao julgar os movimentos
populares. Historicamente, a CABANAGEM e a BALAIADA são consideradas:
a) grandes revoltas de escravos, liberadas por Zumbi dos Palmares.
b) revoltas contra a dominação da metrópole portuguesa, no contexto da crise do
antigo sistema colonial.
c) revoltas de proprietários brancos, contrários à centralização política em torno da
pessoa do Imperador.
d) conflitos raciais e de classe, envolvendo índios, vaqueiros, negros livres e
escravos.
e) rebeliões sociais que, com o apoio dos militares, pretendiam a proclamação da
república e o fim da monarquia.

6. (Unirio) A consolidação do Império foi marcada por várias rebeliões, que,


representando grupos, regiões e interesses diversificados, ameaçaram o Estado
Imperial.
Assinale a opção que associa uma dessas rebeliões ocorridas durante o Império com
o que foi afirmado acima:
a) A Cabanagem, no Grão-Pará, expressou a reação dos comerciantes locais contra
o monopólio do comércio.
b) A Praieira, em Pernambuco, foi a mais importante manifestação do Partido
Restaurador.
c) A Sabinada, na Bahia, teve origem na mais importante rebelião popular e de
escravos do período.
d) A Balaiada, no Maranhão, apesar da sua fidelidade monárquica, representou o
ideal federal da oligarquia.
e) A Farroupilha, no Rio Grande, foi a mais longa rebelião republicana e
federalista, expressando ideais dos proprietários gaúchos.

7. (UFF) Por ser o herdeiro de menor idade, a abdicação de D. Pedro I, em 1831,


resultou na formação de governos regenciais que, até 1840, enfrentaram inúmeras
dificuldades para manter a integridade territorial do Império. Entre as várias
rebeliões irrompidas nas províncias, a ocorrida no Maranhão notabilizou-se pela
diversidade social dos insurgentes, entre os quais não faltaram escravos a
quilombolas.

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A revolta mencionada denomina-se:
a) Cabanagem
b) Balaiada
c) Farroupilha
d) Revolta dos Malês
e) Praieira

8. (FIP-Moc Medicina) MANIFESTO FARROUPILHA


(...) a província se constitui livre e independente, com título de República Rio-
Grandense, não só por ter todas as faculdades para se representar entre as nações
livres do universo, senão também obrigada pela prepotência do Rio de Janeiro, que
por tantas vezes tem destruído seus filhos, ora deprimindo sua honra (...), e
finalmente desfalcando-os de suas rendas (...).
Fonte: SPALDING, Walter.Farroupas.2.ed.Porto Alegre: Sulina. (Adaptado).
MANIFESTO CABANO
(...) os paraenses não são rebeldes; os paraenses querem ser súditos, mas não
querem ser escravos.
Fonte: DEL PRIORI, M. Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90.
São Paulo; Scipione, 1997.
MANIFESTO BALAIO
(...) Ora brasileiros, olhem com mais justa preocupação. Para que esta divisão e
desunião? Só porque tem a pele alva, querem roubar o direito que cada um tem em
si por lei divina e humana.
Fonte: SANTOS, M.J.V. A balaiada e a insurreição de escravos no Maranhão. São
Paulo; Ática, 1983.
Esses manifestos demonstram que as rebeliões regenciais foram provocadas pela:
a) insatisfação das províncias do Norte/Nordeste com o excessivo centralismo
político.
b) competição política entre as províncias do sul e demais regiões do Brasil.
c) opressão social e política, que desconsiderava províncias e grupos sociais.
d) aproximação entre Moderados e Exaltados, resultante da eficiência dos regentes.
e) força aglutinadora das camadas populares, que saíram vitoriosas dos
movimentos em questão.

09. (UFGD) De acordo com o historiador Paulo Pereira de Castro, o período


regencial brasileiro (1831-1840) teria sido uma “experiência republicana”. Sobre
esse contexto, assinale a alternativa correta.
a) Foi um momento marcado por uma relativa estabilidade econômica, na qual a
população detinha uma maior participação política, de acordo com o Ato
Adicional de 1834.

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b) Um período em que, embora conturbado politicamente, foram aprovadas
algumas medidas de caráter liberal, devido à pressão exercida pela Inglaterra,
tais como a reformulação do Código de Processo Criminal, que proibia o tráfico
de africanos escravizados.
c) Expressa um momento em que o país adotou o sistema republicano de governo,
liderado apenas por brasileiros. Tal fato provocou protestos por parte dos
monarquistas em quase todas as províncias, nas chamadas rebeliões do período
regencial.
d) Período de relativa descentralização política, conferindo certa autonomia às
províncias, fato evidenciado pela reformulação do Código de Processo Criminal e
a instituição do Ato Adicional de 1834.
e) Período em que eclodiram diversos levantes nas províncias, protestando contra
medidas que visavam ao fortalecimento do poder central, tais como a
reformulação do Código de Processo Criminal e a instituição do Ato Adicional.

10. (ACAFE Medicina) “A criação de gado se generalizou, na região, assim como a


transformação da carne bovina em charque (carne-seca). O charque era um
produto vital...”
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. 5ª. Edição. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 1997. Página 168.]
Pode-se afirmar que as questões envolvendo o charque resultaram num conflito
ocorrido no período regencial que chegou até o início do Segundo Reinado no
Brasil. Nesse sentido, é correto afirmar:
a) As questões envolvendo o charque foi um dos motivos da Guerra dos Farrapos,
iniciada no Rio Grande do Sul.
b) Esse conflito ocorreu na região mineradora, entre os produtores nordestinos e
gaúchos, e ficou conhecido como Guerra dos Emboabas.
c) A produção de charque em Mato Grosso, área de intensa pecuária no Segundo
Reinado, ocasionou um conflito entre produtores locais e estancieiros oriundos
do Rio Grande do Sul. A solução foi a divisão de Mato Grosso, criando-se o
estado de Mato Grosso do Sul.
d) Após este conflito, o Imperador D. Pedro II autorizou a importação de charque
do Uruguai e da Argentina, já que as charqueadas da região sudeste foram
extintas. O charque platino entrava no Brasil com baixas taxas alfandegárias.

11. (UPE) Rio de Janeiro, 1831. Com cerca de 150 mil habitantes, a capital do
Império era um grande caldeirão político e social em ebulição. A chamada
Revolução de 7 de abril forçara a abdicação do primeiro imperador e instituíra uma
regência trina para governar a nação até a maioridade de Pedro II.
BASILE, Marcello. Revolta e cidadania na corte regencial.
In: http://www.scielo.br/pdf/tem/v11n22/v11n22a03

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7
No contexto apontado, a arena política brasileira encontrava-se dividida entre três
grupos, que disputavam o poder e os cargos públicos com interesses bastante
distintos. Eram eles, respectivamente:
a) unitaristas, maragatos e jacobinos.
b) liberais, militares e conservadores.
c) socialistas, federalistas e anarquistas.
d) liberais moderados, liberais exaltados e caramurus.
e) comerciantes, proprietários de escravos e militares.

12. (PUC-Campinas) (...) o romantismo no Brasil não foi apenas um projeto estético,
mas também um movimento cultural e político, profundamente ligado ao
nacionalismo. Diferente do movimento alemão de finais do século XIX, tão bem
descrito por Norbert Elias, o nacionalismo brasileiro, pintado com as cores do lugar,
partiu sobretudo das elites cariocas, que, associadas à monarquia, esforçavam-se em
chegar a uma emancipação em termos culturais. Os temas eram nacionais, mas a
cultura, em vez de popular, era cada vez mais palaciana (...). Atacados de frente por
um historiador como Varhagen, que os chamava de “patriotas caboclos”, os
indianistas brasileiros ganharam, porém, popularidade e tiveram sucesso nesse
contexto na imposição da representação romântica do indígena como símbolo
nacional.
(SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos
trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 139-140)
A valorização do indígena como símbolo nacional, no Brasil do segundo reinado,
está diretamente relacionada
a) ao projeto político da monarquia, que almejava construir uma ideia de nação
sem conflitos étnicos, que contribuísse para unificar as províncias e suas
diferentes identidades locais.
b) às ambições da elite carioca, que queria participar do circuito cultural europeu
em pé de igualdade e buscou, para isso, mostrar o quanto a cultura brasileira era
mais original que a europeia, por ser autêntica, plural e exótica.
c) à escrita, pela primeira vez, de uma história oficial do Brasil, por estudiosos
nacionalistas como Varhagen, que exaltou o passado pré-cabralino e o mito das
três raças, valorizando a capacidade de centralização e pacificação política do
império.
d) às aspirações imperialistas de Pedro II, que pretendia demonstrar a
superioridade e nobreza dos indígenas do território brasileiro ante os indígenas
que habitavam as ex-colônias hispânicas, para justificar o expansionismo
brasileiro na região platina.
e) à política cultural civilizatória vigente, ancorada no patrocínio imperial à vinda
da Missão Francesa a fim de que o indígena e o negro pudessem ser retratados

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como parte de uma mesma identidade nacional, por meio de diferentes
linguagens artísticas.

13. (ACAFE) A fase histórica do Brasil conhecida como Período Regencial foi de
1831 com a abdicação de D. Pedro I até o final de 1840, quando Pedro de Alcântara
assumiu o trono do Império do Brasil.
Acerca do período regencial é correto afirmar, exceto:
a) Criação da Guarda Nacional que, entres outras funções, servia para reprimir
conflitos e rebeliões regionais. Os grandes proprietários rurais receberam o título
de “Coronel”.
b) A Guerra da Cisplatina e a Confederação do Equador foram movimentos que
aconteceram no período regencial e serviram de pretexto para antecipar a
maioridade de Pedro de Alcântara (D. Pedro II), e levá-lo ao trono do Império.
c) Politicamente, os Liberais Moderados eram formados por proprietários rurais e
comerciantes brasileiros das províncias. Defendiam a manutenção da escravidão.
d) Em 1835, escravos de origem islâmica realizaram a Revolta dos Malês, em
Salvador, na Bahia. A revolta foi sufocada por forças imperiais e muitos
revoltosos foram presos e degredados.

14. (UFVJM) Leia este texto.


“O período compreendido entre 1831 e 1889 consolidou a independência do Brasil.
Mas antes que isto ocorresse houve uma fase turbulenta – 1831/1850, em que a
unidade do país estivera ameaçada. Por isso mesmo, esse contexto pode ser
entendido como um período de “construção da ordem”.
Fonte: CARVALHO, José Murilo. A vida política. In: CARVALHO, José Murilo.
(Org.). A Construção Nacional 1830-1889. SP: Objetiva, 2012. p.84. Adaptado
Nas primeiras décadas do Império e, especificamente, no período das Regências
(1831-1840), a unidade territorial brasileira foi ameaçada pelas diversas rebeliões
ocorridas em diferentes regiões do país.
Sobre as “revoltas regenciais”, é correto afirmar que:
a) A revolta regencial conhecida como Farroupilha questionava a centralização
política do poder no Rio de Janeiro e, com isso, propunha que a capital do
Império fosse transferida para o Rio Grande do Sul.
b) As revoltas regenciais: Cabanagem, Sabinada, Balaiada e Farroupilha não
podem ser consideradas lutas contra o poder político instituído no Império, mas,
sim, como manifestações populares com demandas especificamente locais.
c) Com a abdicação de D. Pedro I, sem um sucessor dinástico, o poder político do
Brasil Imperial passou a ser exercido por uma regência, a qual conseguiu manter
a estabilidade política do regime até o “golpe da maioridade” de D. Pedro II.
d) As revoltas ocorridas no Pará (Cabanagem), em Salvador (Sabinada), no
Maranhão (Balaiada) e no Rio Grande do Sul (Farroupilha), apresentavam

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programas de luta bastante variados, mas tinham em comum o
descontentamento com centralização do poder político na província do Rio de
Janeiro.

15. (UEFS) Em 1835, a Regência Una foi assumida por Diogo Feijó. Foi eleito em
votação apertada, com pouco mais da metade dos votos, numa demonstração clara
de que enfrentaria grande oposição em seu governo. Logo explodiram rebeliões em
várias províncias, alguma reivindicando mais poder, outras com objetivos
separatistas e até mesmo tendência republicana. Todas com maior ou menor
mobilização popular.
(VAINFAS ET AL. 2010. p. 207).
No clima de rebeliões do período descrito no texto, as maiores mobilizações
populares ocorreram
a) na Cabanagem do Grão-Pará, na Balaiada do Maranhão e nos Malês, na Bahia.
b) na guerra da Cisplatina, no quilombo dos Palmares e na guerra de
independência na Bahia.
c) na Revolução Pernambucana de 1817, na Confederação do Equador e na guerra
dos Mascates.
d) na campanha da Maioridade, na pressão pela abdicação de D. Pedro I e na
declaração de guerra do Brasil ao Paraguai.
e) em todas as províncias do Sul e do Sudeste, onde prevalecia a maioria da
população rural, carente de atendimento por parte dos setores governamentais.

 HA042- O Segundo Reinado.

01. (Enem PPL 2020) Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o
arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto
às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar,
em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de
escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de
batalha.
SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.
Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.
Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o
descontentamento com a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo
grupo dos
a) pais, pela separação forçada dos filhos.
b) cativos, pelo envio compulsório ao conflito.
c) religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.
d) oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.

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e) senhores, pela perda do investimento em mão de obra.

02. (Enem Digital 2020) Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888


A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D.
Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e
ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da
referida lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente
como nela se contém.
Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67° ano da
Independência e do Império.
Princesa Imperial Regente.
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).
Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)
a) abandono de propostas de imigração.
b) fracasso do trabalho compulsório.
c) manifestação do altruísmo britânico.
d) afirmação da benevolência da Corte.
e) persistência da campanha abolicionista.

03. (Enem PPL 2019) O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) reuniu
historiadores, romancistas, poetas, administradores públicos e políticos em torno da
investigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo sentido, a estrutura dessa
instituição, pelo menos como projeto, reproduzia o modelo centralizador imperial.
Assim, enquanto na Corte localizava-se a sede, nas províncias deveria haver os
respectivos institutos regionais. Estes, por sua vez, enviariam documentos e relatos
regionais para a capital.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo:
Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II, o referido instituto
objetivava
a) construir uma narrativa de nação.
b) debater as desigualdades sociais.
c) combater as injustiças coloniais.
d) defender a retórica do abolicionismo.
e) evidenciar uma diversidade étnica.

04. (Enem PPL 2018) Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas,
em geral, previam a presença de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar

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a ideia em prática. Na província do Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e
todas malsucedidas: colocar rapazes e moças em dias alternados e, em 1874, em
prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de deputados se
manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição
“desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA
FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo
Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto
histórico:
a) Formação enciclopédica dos currículos.
b) Restrição do papel da mulher à esfera privada.
c) Precariedade de recursos na educação formal.
d) Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
e) Oferta reduzida de profissionais do magistério público.

5. (Enem PPL 2017)


Art. 1º – O estrangeiro que, por qualquer motivo, comprometer a segurança
nacional ou a tranquilidade pública, pode ser expulso de parte ou de todo o
território nacional.
Art. 2º – São também causas bastantes para a expulsão:
1ª) a condenação ou processo pelos tribunais estrangeiros por crimes ou delitos de
natureza comum;
2ª) duas condenações, pelo menos, pelos tribunais brasileiros, por crimes ou delitos
de natureza comum;
3ª) a vagabundagem, a mendicidade e o lenocínio competentemente verificados.
BRASIL. Lei 1.641, de 7 de janeiro de 1907. Disponível em: www2.camara.leg.br.
Acesso em: 29 ago. 2012 (adaptado).
No início do século XX, na transição do trabalho escravo para o livre, os objetivos
da legislação citada eram
a) disciplinar o trabalhador e evitar sua participação em movimentos políticos
contrários ao governo.
b) estabelecer as condições para a vinda dos imigrantes e definir as regiões que
seriam ocupadas.
c) demonstrar preocupação com as condições de trabalho e favorecer a organização
sindical.
d) criar condições políticas para a imigração e isolar os imigrantes socialmente
indesejáveis.
e) estimular o trabalho urbano e disciplinar as famílias estrangeiras nas fábricas.

13. (Enem PPL 2016)

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Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Império, coroa com louros o

monarca.
Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e
Bragança, mas que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”,
cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção
de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador
do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco,
coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se
em sinônimo da nacionalidade.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos
trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).
No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de
determinadas figuras e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o
objetivo de tal estratégia era
a) exaltar o modelo absolutista e despótico.
b) valorizar a mestiçagem africana e nativa.
c) reduzir a participação democrática e popular.
d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.

14. (Enem PPL 2015) Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na
lei eleitoral brasileira, a fim de introduzir o voto direto. A grande novidade, porém,
ficou por conta da exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. As
consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em 1872, havia mais de 1 milhão
de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das eleições
parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil passou por transformações
como as descritas, que representaram a
a) ascensão dos “homens bons”.
b) restrição dos direitos políticos.
c) superação dos currais eleitorais.

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d) afirmação do eleitorado monarquista.
e) ampliação da representação popular.

15. (Enem 2015)


TEXTO I
Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à
população de cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio
de estratégias possíveis. No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode
ser mensurada apenas em termos numéricos. O impacto que a extinção da
escravidão causou numa sociedade constituída a partir da legitimidade da
propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras.
ALBUQUERQUE, W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no
Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
TEXTO II
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro
se tornou mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que
antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito
facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já
não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os
negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte.
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da
escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).
Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que
complementa os argumentos apresentados no Texto II é o(a)
a) variedade das estratégias de resistência dos cativos.
b) controle jurídico exercido pelos proprietários.
c) inovação social representada pela lei.
d) ineficácia prática da libertação.
e) significado político da Abolição.

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16. (Enem 2014)
De volta do Paraguai
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter derramado seu sangue em defesa da
pátria e libertado um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país natal para
ver sua mãe amarrada a um tronco horrível de realidade!…
AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org.).
Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras &
Expressões, 2001 (adaptado).
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da
Pátria” que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na
a) negação da cidadania aos familiares cativos.
b) concessão de alforrias aos militares escravos.
c) perseguição dos escravistas aos soldados negros.
d) punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
e) suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.

17. (Enem 2014) Respeitar a diversidade de circunstâncias entre as pequenas


sociedades locais que constituem uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra
suprema das leis internas de cada Estado. As leis municipais seriam as cartas de

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cada povoação doadas pela assembleia provincial, alargadas conforme o seu
desenvolvimento, alteradas segundo os conselhos da experiência. Então,
administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se atingirá de
outra sorte.
BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937 (adaptado).
O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a
implantação do
a) regime monárquico representativo.
b) sistema educacional democrático.
c) modelo territorial federalista.
d) padrão político autoritário.
e) poder oligárquico regional.

18. (Enem PPL 2014) Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas
no centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos
imperiais — o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados,
burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro,
Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses.
Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e
proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e
Rio Grande do Sul.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no
Segundo Reinado (1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos
Conservador e Liberal estão indicados, respectivamente, em:
a) Abolição da escravidão — Adoção do trabalho assalariado.
b) Difusão da industrialização — Conservação do latifúndio monocultor.
c) Promoção do protecionismo — Remoção das barreiras alfandegárias.
d) Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.
e) Implementação do republicanismo — Constituição da monarquia constitucional.

19. (Enem 2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra
servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco,
por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer,
talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução
obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou
quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou
perder, a causa da liberdade.
NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo:
Publifolha, 2000 (adaptado).

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No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer
o fim da escravidão no Brasil, no qual
a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais..
c) optava pela via legalista de libertação.
d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
e) antecipava a libertação paternalista dos cativos.

20. (Enem PPL 2012)


TEXTO I
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento
da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma
verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura de duas correntes diversas:
o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento dos
herdeiros de escravos.
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso
em: 12 out. 2011 (adaptado).
TEXTO II
Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube
trabalhar nos bastidores para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando
com maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão internacional para a
causa abolicionista, publicando em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas
elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um
constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim.
COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marketing. Disponível em:
www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria
como resultado da:
a) Evolução moral da sociedade.
b) Vontade política do Imperador.
c) Atuação isenta da Igreja Católica.
d) Ineficácia econômica do trabalho escravo.
e) Implantação nacional do movimento republicano.

21. (Enem 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e
Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e
Clérigos de Ordens Sacras.
IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.
V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz,
indústria, comércio ou empregos.

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Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em:
https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).
A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua
formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos
brasileiros“ com o objetivo de garantir
a) o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira
b) a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.
c) a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro.
d) o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
e) a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-
administrativas.

22. (Enem PPL 2011) Escrevendo em jornais, entrando para a política, fugindo para
quilombos, montando pecúlios para comprar alforrias... Os negros brasileiros não
esperaram passivamente pela libertação. Em vez disso, lutaram em diversas frentes
contra a escravidão, a ponto de conseguir que, à época em que a Lei Áurea foi
assinada, apenas uma pequena minoria continuasse formalmente a ser propriedade.
Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, nº 19.
São Paulo: Vera Cruz, 2005.
No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma análise historiográfica
realizada nas últimas décadas por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se
diferencia das análises mais tradicionais. Essa análise recente apresenta a extinção
do regime escravista, em grande parte, como resultado
a) da ação benevolente da Princesa Isabel, que, assessorada por intelectuais e
políticos negros, tomou a abolição como uma causa pessoal.
b) da ação da imprensa engajada que, controlada por intelectuais brancos sensíveis
à causa da liberdade, levantou a bandeira abolicionista.
c) das necessidades do capitalismo inglês de substituir o trabalho escravo pelo
assalariado, visando ampliar o mercado consumidor no Brasil.
d) da luta dos próprios negros, escravos ou libertos, que empreenderam um
conjunto de ações que tornaram o regime escravista incapaz de se sustentar.
e) do espírito humanitário de uma moderna camada proprietária que, influenciada
pelo liberalismo, tomou atitudes individuais, libertando seus escravos.

23. (Enem PPL 2010) A dependência regional maior ou menor da mão de obra
escrava teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da
escravatura. Mas apossibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa
caso típico de São Paulo desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante.
FAUSTO, B. História do Brasil, São Paulo: EDUSP, 2000.
A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão
de obra, que resultou

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a) na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos
libertos, uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a
superexploração do trabalho.
b) no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os
privilégios políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização
econômica com a adoção do trabalho livre.
c) no “branqueamento” da população, para afastar o predomínio das raças
consideradas inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de
civilização dos trópicos.
d) no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o
Vale do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
e) na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos
libertos nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em
outras regiões do país.

24. (Enem PPL 2010) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela
sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser
um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez
precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente,
provavelmente não venceria nunca.
LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Indepedência à Guerra do Paraguai.
BETHELL, Leslie (Org). História da América Latina: da Independência até 1870, v.
III. São Paulo: EDUSP, 2004.
A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois
a) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de
primeira ordem.
b) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina.
c) concretizou a emancipação dos escravos negros.
d) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.
e) solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas.

 HA043- As revoluções europeias do século XIX.

1. (Udesc 2018) Leia atentamente o texto a seguir:


“Existem hoje, sobre a Terra, dois grandes povos que, tendo partido de pontos
diferentes, parecem adiantar-se para o mesmo fim: são os americanos e os russos
(...) Para atingir a sua meta, o primeiro apoia-se no interesse pessoal e deixa agir,
sem dirigi-las, à força e à razão dos indivíduos. O segundo concentra num homem,
de certa forma, todo o poder da sociedade. Um tem por principal meio a liberdade;
o outro, a servidão. O seu ponto de partida é diferente, os seus caminhos são

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diversos; não obstante, cada um deles parece convocado, por um desígnio secreto da
Providência, a deter nas mãos, um dia, os destinos da metade do mundo.”
(Tocqueville, Alexis de. A democracia na América, 1835) A partir deste trecho,
publicado por Tocqueville em 1835, é correto afirmar que o autor:
a) refere-se às políticas imperialistas que, mesmo pautadas em princípios diferentes,
podiam ser observadas tanto nos Estados Unidos quanto na Rússia do século XIX.
b) refere-se, evidentemente, ao período da Guerra Fria e ao governo de Gorbachev,
na Rússia.
c) refere-se aos resultados da Primeira Guerra Mundial, ao papel representado por
Lenin, no governo da Rússia, e por Roosevelt, no governo norte-americano.
d) relaciona os princípios básicos da democracia às práticas do governo russo do
século XIX.
e) analisa os resultados da Revolução Russa e as atitudes de retaliação do governo
norte-americano.

2. (Uefs 2018) Com o início da anexação do Marrocos pela França, uma crise
violenta eclode entre a França e a Alemanha, que, em 1911, coloca uma canhoneira
diante de Agadir, para demonstrar sua decisão de partir para o confronto. A prova
de força se resolve com a devolução à Alemanha de parte de Camaroẽ s. Em 1912, o
sultão do Marrocos decide assinar um tratado de protetorado que poẽ seu país sob a
tutela francesa.
(Marc Ferro. A colonização explicada a todos, 2017. Adaptado.)
O historiador descreve as relaçoẽ s de força presentes nos processos de anexação de
territórios e mercados pelos países imperialistas europeus. São exemplos dessas
relaçoẽ s:
a) oposiçoẽ s culturais entre os povos expansionistas e decisoẽ s arbitradas por
organizaçoẽ s políticas supranacionais.
b) disputas entre economias industrializadas e acordos em prejuízo de sociedades
colonizadas.
c) divergências de sistemas sociais entre naçoẽ s colonizadoras e missoẽ s civilizadoras
dos povos cristãos nos países afro-asiáticos.
d) guerras mundiais desencadeadas nas áreas colonizadas e desindustrialização das
naçoẽ s dominadoras.
e) divisoẽ s dos conquistadores em exploradores e favoráveis aos povos colonizados e
formação da liga internacional de naçoẽ s dominadas.

3. (Fgv 2018) A proclamação da República Popular da China em 1o de outubro de


1949 e a eleição do governo presidido por Mao Tsetung foram resultados da luta
contra a ocupação da China por potências estrangeiras e contra o regionalismo que
fortalecia os senhores de terra.

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O movimento camponês, liderado por Mao Tsetung, sagrou- se vitorioso em
outubro de 1949. Entretanto, as raízes desse movimento estão no século 19 e nas
condiçoẽ s que se foram criando a partir da intervenção das potências estrangeiras,
no início do século 20.
No que diz respeito às interferências estrangeiras nesse país, é correto afirmar que
a) a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) terminou com a
vitória do Império Russo e sua decorrente ação do imperialismo russo no processo
de partilha de grande parte do território da China Imperial.
b) as Guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860) garantiram à Inglaterra a abertura
comercial da China e permitiram também que outras potências europeias e asiáticas
revelassem seus interesses no Império Chinês.
c) a guerra entre o Império Chinês e o Japão (1894-1895) resultou no
enfraquecimento da China e no início da hegemonia alemã em grande parte desse
país, principalmente por meio das amplas inversoẽ s de capitais.
d) a Revolta dos Boxers (1898-1901) representou a luta das classes médias urbanas e
da classe operária pela ampliação da cidadania político-eleitoral, contra os grandes
senhores de terra e a República chinesa recém- proclamada.
e) a Longa Marcha (1923-1927), organizada pelo Partido Comunista Chinês em
aliança com o Partido Nacional do Povo, lutou contra as presenças estrangeiras na
China, e foi derrotada pelos japoneses no momento da invasão da Manchúria.

4. (Upe-ssa 2 2018) O darwinismo social pode ser definido como a aplicação das leis
da teoria da seleção natural de Darwin na vida e na sociedade humanas. Seu grande
mentor foi o filósofo inglês Herbert Spencer, criador da expressão “sobrevivência
dos mais aptos”, que, mais tarde, também seria utilizada por Darwin.
Fonte: BOLSANELLO, Maria Augusta. Darwinismos social, eugenia e racismo
científico: sua repercussão na sociedade e na educação brasileiras. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/er/n12/n12a14.pdf /Adaptado.
Essa teoria foi utilizada no século XIX pelas naçoẽ s europeias para justificar a
a) independência da Oceania.
b) colonização dos Estados Unidos.
c) dominação imperialista na Ásia e África.
d) supremacia racial das naçoẽ s latino-americanas. e) inferioridade dos Estados
Unidos frente ao Japão.

5. (Uece 2018) A situação demográfica da África no século XIX não sofreu alteração
significativa em seu conjunto. Mesmo com a intensificação da campanha a favor da
abolição do tráfico negreiro, não houve resultado imediato. À medida que o tráfico
em direção às Américas diminuía, aumentava rumo a
a) Zanzibar e adjacências do Oceano Í ndico.
b) Patagônia e Nova Zelândia.

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1
c) Austrália e Filipinas.
d) Inglaterra e Í ndia.

6. (Pucrj 2018) Desde o último quartel do século XIX até o início da Primeira
Guerra Mundial, no contexto de um capitalismo cada vez mais globalizado, grande
parte do território africano foi partilhado entre um conjunto de Estados europeus.
Indique qual destes Estados não fazia parte desse conjunto:
a) Bélgica
b) Grã-Bretanha
c) Império Russo
d) Itália
e) Países Baixos

7. (Uece 2017) Observe o que diz o historiador Luiz Koshiba:


“Entre 1840 e 1880, uma vigorosa corrida rumo à industrialização havia tomado
conta da Europa e se estendido também aos EUA e ao Japão. [...] Com a emergência
de novas potências industrialmente mais bem equipadas, a concorrência foi
acirrada e acabou resultando em concentraçoẽ s e centralizaçoẽ s de capital, o que
gerou empresas de grande porte, com poder suficiente para monopolizar segmentos
inteiros do mercado. [...] Os grandes grupos empresariais capazes de monopolizar
ramos inteiros da economia precisavam de fornecimentos estáveis e baratos de
matérias-primas. [...] Em pouco tempo, os países capitalistas centrais repartiram
entre si os territórios e os mercados da África e da Ásia.”.
KOSHIBA, Luiz. História: Origens, estruturas e processos. São Paulo: Atual, 2000,
p. 382-3.
O trecho acima narra fatos relativos ao período

a) do renascimento cultural e da expansão ultramarina, que foi responsável pela


colonização do novo mundo. b) da crise do capitalismo liberal e da implantação dos
governos totalitários na Europa e na Ásia.
c) da crise do socialismo real e do predomínio hegemônico do capitalismo liderado
pelos EUA.
d) da segunda revolução industrial e do imperialismo que conduziria as potências
capitalistas à Primeira Grande Guerra Mundial.

8. (Espcex (Aman) 2017) No século XIX, uma corrente de filósofos acreditava ser
possível reformar o capitalismo por meio da ação do estado ou da associação dos
trabalhadores em cooperativas autogeridas. Esses princípios são denominados
a) Materialismo Histórico.

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2
b) Socialismo Utópico.
c) Socialismo Científico.
d) Liberalismo.
e) Anarquismo.

9. (Unesp 2016) A condição essencial da existência e da supremacia da classe


burguesa é a acumulação da riqueza nas mãos dos particulares, a formação e o
crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho assalariado.
[...] O desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em que a burguesia
assentou o seu regime de produção e de apropriação dos produtos. A burguesia
produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são
igualmente inevitáveis.
(Karl Marx e Friedrich Engels. “Manifesto Comunista”. Obras escolhidas, vol. 1,
s/d.)
Entre as características do pensamento marxista, é correto citar
a) o temor perante a ascensão da burguesia e o apoio à internacionalização do
modelo soviético.
b) o princípio de que a história é movida pela luta de classes e a defesa da revolução
proletária.
c) a caracterização da sociedade capitalista como jurídica e socialmente igualitária.
d) o reconhecimento da importância do trabalho da burguesia na construção de
uma ordem socialmente justa.
e) a celebração do triunfo da revolução proletária europeia e o desconsolo perante o
avanço imperialista.

 HA044- A revolução Inglesa.

01. (UDESC) Assinale a alternativa correta em relação à Revolução Inglesa,


conhecida também por Revolução Gloriosa.
a) O Liberalismo inglês foi derrotado, e os burgueses, contrários a ele, foram
chamados a participar do governo.
b) Os ingleses, depois de muitas lutas, conseguiram fazer um Monarca se submeter
a uma Carta de Princípios elaborada pelo Parlamento.
c) O Absolutismo inglês, muito mais antigo e vigoroso que o francês, fortaleceu-se
ainda mais após a Revolução.
d) A glória da Revolução consistia em produzir um novo regime de forma pacífica,
sem mortes, quando os problemas sociais há muito já tinham sido resolvidos.
e) A industrialização depois da Revolução foi lenta e tardia.

02. (UFC-CE) A Revolução de 1688, na Inglaterra, representou:

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3
a) a diminuição do poder exercido pelo Parlamento.
b) a extinção do poder aristocrático com a adoção do voto popular.
c) o restabelecimento do poder dos reis católicos, durante várias décadas.
d) a derrota do Absolutismo, tornando o Parlamento soberano político da nação.
e) a consolidação do poder do soberano, que podia suspender a execução das leis,
em caso de guerra.

03. (UFJF) A Revolução Gloriosa de 1688 foi, segundo Hannah Arendt, o


acontecimento no qual o termo Revolução "encontrou guarida definitiva na
linguagem histórica e política", embora seu significado ainda não fosse aquele que
veio a ter depois da Revolução Francesa (1789).
Sobre a Revolução Gloriosa é CORRETO afirmar que:
a) significou a união dos Whigs e Tories simplesmente para combater as pretensões
de Jaime II de restabelecer o puritanismo;
b) diferentemente dos "revolucionários" franceses, os "revolucionários" ingleses
conseguiram, de fato, abolir a monarquia e proclamar a república;
c) mesmo não tendo desencadeado tanto derramamento de sangue quanto a
Revolução Francesa, a Revolução Gloriosa abriu espaço para a participação
popular, ao reinstituir a cooperação entre Coroa e Parlamento;
d) apesar de se autodenominar Revolução, o movimento inglês era claramente
restauracionista, ou seja, visava a restituir o poder aos protestantes;
e) o movimento visava a restaurar na Inglaterra a república, seguindo o modelo de
Oliver Cromwell.

04. (Unesp-SP) ... o período entre 1640 e 1660 viu a destruição de um tipo de Estado
e a introdução de uma nova estrutura política dentro da qual o capitalismo podia
desenvolver-se livremente.
HILL, Christopher. A Revolução Inglesa de 1640. Lisboa, Presença, 1981.
O autor do texto está se referindo:
a) à força da marinha inglesa, maior potência naval da Época Moderna.
b) ao controle pela coroa inglesa de extensão de áreas coloniais.
c) ao fim da monarquia absolutista, com a crescente supremacia política do
parlamento.
d) ao desenvolvimento da indústria têxtil, especialmente dos produtos de lã.
e) às disputas entre burguesia comercial e agrária, que caracterizavam o período.

05. (Unifesp-SP) Nas outras monarquias da Europa, procura-se ganhar a


benevolência do rei; na Inglaterra, o rei procura ganhar a benevolência [da
Câmara] dos Comuns.”
DELEYRE, Alexandre. Tableau de l’Europe. 1774.
Essa diferença entre a monarquia inglesa e as do continente deve-se:

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4
a) ao rei Jorge III que, acometido por um longo período de loucura, tornou-se
dependente do Parlamento para governar.
b) ao fato de a casa de Hannover, por sua origem alemã, gozar de pouca
legitimidade para impor aos ingleses o despotismo esclarecido.
c) ao início da rebelião das colônias inglesas da América do Norte contra o
monarca, que o obrigou a fazer concessões.
d) à peculiaridade da evolução política inglesa a qual, graças à Carta Magna, não
passou pela fase da monarquia absolutista.
e) às revoluções políticas de 1640 (Puritana) e 1688 (Gloriosa), que retiraram do rei
o poder de se sobrepor ao Parlamento.

06. (FATEC) Guilherme de Orange foi proclamado rei com o nome de Guilherme
III, depois de ter assinado o Bill Of Rights, com as limitações impostas pelo
Parlamento à monarquia
Sobre essas limitações é correto dizer que:
a) instituíam um ministério composto pela nobreza latifundiária e a burguesia
urbana.
b) instituíam o anglicanismo como religião oficial da Inglaterra e a tolerância a
todos os cultos, o que foi confirmado pelo rei, apesar de ele ser católico
extremado.
c) combatiam a liberdade de imprensa, a liberdade individual e a propriedade
privada.
d) dispensavam a aprovação das Câmaras para o aumento de impostos.
e) configuraram um conjunto de medidas que acabou por substituir a monarquia
absoluta vigente por uma monarquia constitucional.

07. (UFRN) “Os Cabeças Redondas (round-heads) receberam esse nome pelo corte
de cabelo que usavam: curto, de forma arredondada, desprezando a moda corrente
dos cabelos longos entre os membros da corte... A partir das vitórias militares sobre
os Cavaleiros, conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I
reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente
pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de
Justiça a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649 o rei
foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”
HILL, C. O eleito de Deus: Oliver Cromwell e a Revolução Inglesa. São Paulo:
Companhia das Letras, 1988. p. 179.
a) o Parlamento, ao executar o rei, atacava um princípio central do Estado
Absolutista, que era a ideia da origem divina do poder real e de sua incontestável
autoridade.
b) os Cabeças Redondas defendiam não apenas a extinção do regime monárquico
como também a luta armada contra nações que tivessem esse regime.

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5
c) a Revolução Inglesa questionava a legitimidade do Antigo Regime Monárquico e
desencadeou uma série de revoluções, pondo fim ao Estado Moderno na Europa.
d) a Revolução Inglesa estava afinada com os interesses da nascente burguesia,
mantendo alguns privilégios da nobreza, ligada à Igreja Anglicana.

08. (UNESP) O “Ato de Navegação” de 1651 teve importância e consequências


consideráveis na história da Inglaterra porque:
a) favoreceu a Holanda que obtinha grandes lucros com o comércio inglês.
b) Oliver Cromwell dissolveu o Parlamento e se tornou ditador.
c) contribuiu para aumentar o poder e favorecer a supremacia marítima inglesa no
mundo.
d) considerava o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza nacional.
e) abolia todas as práticas protecionistas.

09. (EMESCAM) A Revolução Gloriosa (1688-1689), na Inglaterra significou:


a) Ascensão da burguesia ao poder direto, introduzindo no país o sistema
parlamentarista no qual o “rei reina, mas não governa”.
b) A consolidação do poder do soberano, que podia suspender a execução das leis
em caso de guerra.
c) A diminuição do poder exercido pelo Parlamento.
d) O restabelecimento do poder dos reis católicos, durante várias décadas.
e) O desprestígio total da burguesia, que perdeu seus direitos adquiridos para a
monarquia que passou a ter poderes ilimitados.

10. (UNESP) A Revolução Puritana (1640) e a Revolução Gloriosa (1688)


transformaram a Inglaterra do século XVII. Sobre o conjunto de suas realizações,
pode-se dizer que
a) determinaram o declínio da hegemonia inglesa no comércio marítimo, pois os
conflitos internos provocaram forte redução da produção e exportação de
manufaturados.
b) resultaram na vitória política dos projetos populares e radicais dos cavadores e
dos niveladores, que defendiam o fim da monarquia e dos privilégios dos nobres.
c) envolveram conflitos religiosos que, juntamente com as disputas políticas e
sociais, desembocaram na retomada do poder pelos católicos e em perseguições
contra protestantes.
d) geraram um Estado monárquico em que o poder real devia se submeter aos
limites estabelecidos pela legislação e respeitar as decisões tomadas pelo
Parlamento.
e) precederam as revoluções sociais que, nos dois séculos seguintes, abalaram
França, Portugal e as colônias na América, provocando a ascensão política do
proletariado industrial.

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6
 HA045- A unificação da Itália e da Alemanha.

01. (Universidade de Fortaleza) Acerca do processo de unificação da Alemanha e


seu impacto na Europa, é possível afirmar, exceto:
a) O Império Austríaco e o Reino da Prússia eram nações extremamente
industrializadas que lutaram pelo domínio da Confederação Germânica,
composta por 39 monarquias independentes, resultando na unificação alemã.
b) A Guerra Franco-Prussiana teve como pretexto a oferta, pelas Cortes
espanholas, do trono da Espanha a um primo do Rei da Prússia, despertando a
oposição da França. A vitória do exército prussiano garantiu a unificação da
Alemanha.
c) A criação do Zollverein, política de cooperação aduaneira entre os estados da
Confederação Germânica, feita sob liderança da Prússia, excluiu a participação
do ImpérioAustríaco, enfraquecendo-o economicamente.
d) Depois da Revolução de 1848 nos Estado Alemães, os conflitos militares que
selaram o processo de unificação alemã são, em ordem cronológica: Guerra dos
Ducados, Guerra Austro-Prussiana e Guerra Franco-Prussiana.
e) O processo de unificação da Alemanha, junto com o italiano, simbolizou um
período de acirramento das disputas entre as economias europeias, preparando o
terreno para a primeira guerra mundial.

02. (Unaerp) As tentativas de imposição da ideia nacional que emergiram entre 1815
e 1848 pela via revolucionária e democrática foram caladas, mas a ideia nacional se
imporia de qualquer modo, pelas construções tradicionalistas que se inspiraram no
romantismo literário e no historicismo que procurou dar ênfase às singularidades
nacionais, com o culto aos particularismos dos passados nacionais. Essa segunda
vertente do ideal nacional esteve em voga na Europa a partir de meados dos anos
1800, e as suas melhores expressões políticas foram os processos de unificação da
Itália e da Alemanha.
LESSA, Antônio Carlos. História das Relações Internacionais: a Pax Britannica e o
mundo do século XIX. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p.105-106 (Coleção
Relações Internacionais). Sobre os processos de unificação da Itália e da Alemanha,
é incorreto afirmar que
a) a convergência dos interesses políticos e econômicos da burguesia industrial, que
ascendera bastante ao longo do século XIX, e da aristocracia proprietária de
terras, que passou a entender a importância da indústria para sua imposição
diante dos vizinhos, foi fundamental em ambos os países para os processos de
unificação.

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7
b) tais processos ameaçavam seriamente o equilíbrio europeu estabelecido com o
Tratado de Viena de 1815, que havia determinado que as quatro principais
potências europeias da época, Inglaterra, França, Rússia e Império Austro-
Húngaro, iriam agir para normatizar conflitos e disputas territoriais de menor
magnitude no continente.
c) o processo de unificação italiana iniciou-se de fato quando o Conde de Cavour
assumiu o posto de primeiro-ministro do Reino da Sardenha-Piemonte em 1852 e
envolveu uma série de guerras por disputa de territórios de cultura italiana
contra a Áustria e a Igreja Católica, que envolveram ainda a participação da
França e da Prússia.
d) o processo de unificação alemã ganhou força quando Otto von Bismarck assumiu
a chancelaria da Prússia em 1862, sob o reinado de Guilherme I, e envolveu um
processo de incorporação de territórios de cultura germânica à sua órbita de
influência, o que afetou os interesses austríacos na região, além de guerras contra
a própria Áustria, a Dinamarca e a França.
e) as relações internacionais europeias do século XIX, fortemente pontuais e
temporárias, e as disputas diplomáticas entre os países europeus, especialmente
entre a Prússia de Bismarck e a França de Napoleão III, tiveram grande
influência sobre os processos de unificação da Alemanha e da Itália; a Inglaterra,
contudo, afastouse desses processos o máximo que pôde.

03. (Fuvest) "Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos". "Ao invés da
Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia". Estas frases,
sobre as unificações italiana e alemã:
a) aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em
benefício da Prússia, a italiana, como demonstra a escolha de Roma para capital,
contemplou todas as regiões.
b) apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e
incompleto de ambas, decorrentes do passado fascista, no caso italiano, e nazista,
no alemão.
c) chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações,
imposta pelo Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha.
d) escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e
aristocrática e a italiana foi democrática e popular.
e) tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao
caráter impositivo de processo liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck,
na Alemanha.

04. (PUC-Campinas) A guerra franco-prussiana de 1870 inspirou romances de


diferentes categorias. A obra, porém, de maior fôlego sobre o tema foi sem dúvida o
romance La Débâcle, de Émile Zola. Este autor documentou-se antes de escrever

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sobre a derrota do exército francês. O iniciador da literatura naturalista consultou
diversas testemunhas do conflito. No século XIX, a história não representava mais
simplesmente um pano de fundo para os romances, mas se tornava protagonista.
(www.linhaseveredas.blogspot.com. Ana Luiza Bedê, 01/07/2010) A derrota do
exército, a que o texto de Ana Luiza Bedê faz referência, foi responsável pela
consolidação da unificação alemã. A partir desse momento, o desenvolvimento
industrial da Alemanha tornou-se mais rápido e intenso, assumindo características
próprias, como
a) as inovações tecnológicas, adequadamente aproveitadas pelo Estado, que
criaram as condições essenciais para que o capitalismo industrial, baseado na
produção em massa, se desenvolvesse.
b) uma vasta rede fluvial navegável e os investimentos privados na construção de
bons portos, favoreceram o escoamento da produção e estimularam o seu
desenvolvimento industrial.
c) a introdução de novas técnicas agrícolas que propiciaram o aumento da
produção de alimentos e, ao expulsarem o trabalhador do campo, forneceram
mão de obra abundante às industrias.
d) a presença do Estado como gestor do desenvolvimento econômico e a aliança
entre banqueiros e industriais que foram decisivas para que o país empreendesse
sua arrancada industrial.
e) uma forte estabilidade política que reforçou as ligações do Estado com suas
colônias asiáticas e garantiu a obtenção de matérias-primas necessárias para o
avanço do processo industrial.

05. (UNESP) As unificações políticas da Alemanha e da Itália, ocorridas na segunda


metade do século XIX, alteraram o equilíbrio político e social europeu. Entre os
acontecimentos históricos desencadeados pelos processos de unificações, encontram-
se:
a) a ascensão do bonapartismo na França e o levante operário em Berlim.
b) a aliança da Alemanha com a Inglaterra e a independência da Grécia.
c) o nacionalismo revanchista francês e a oposição do Papa ao Estado italiano.
d) a derrota da Internacional operária e o início da União Europeia.
e) o fortalecimento do Império austríaco e a derrota dos fascistas na Itália.

06. (UFPR) A unificação alemã foi articulada pelo reino da:


a) Prússia, após a derrota da Comuna de Paris na Guerra Franco-Prussiana,
apoiado em uma aliança com a aristocracia austríaca e a burguesia prussiana.
b) Áustria, devido à sua superioridade industrial e militar dentro da Confederação
Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia prussiana.

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c) Áustria, como resposta à ameaça prussiana de unificação após a instituição do
Zollverein na Confederação Germânica, apoiado em uma aliança com a
aristocracia austríaca.
d) Prússia, devido ao seu poderio militar e força econômica dentro da Confederação
Germânica, apoiado em uma aliança entre a aristocracia e a alta burguesia.
e) Prússia, devido à mobilização nacionalista da Confederação Germânica durante
a Guerra Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a grande burguesia
austríaca.

07. (UECE) A personagem histórica que teve fundamental importância no contexto


da Unificação Italiana e lutou, também, na Revolução Farroupilha, no sul do Brasil,
na segunda metade do século XIX, foi:
a) Camilo de Cavour.
b) Otto Von Bismark
c) Benjamin Disraeli
d) Benito Mussolini
e) Giuseppe Garibaldi

08. (Universidade de Pernambuco) Não causa admiração o fato de os historiadores


falarem de uma “Europa Bismarckiana”. Em todos os Estados Europeus, a questão
das relações com o Império alemão está no centro das preocupações dos homens de
governo: é para Bismarck que todos olham.
(DUROSELLE, Jean Baptiste. A Europa de 1815 aos nossos dias. São Paulo:
Pioneira, 1970, p. 37.) Dentre as principais características políticas do governo desse
influente líder alemão, a que mais se destacou foi a
a) desestruturação da ideia de império, construindo a primeira República alemã,
com sede na cidade de Weimar.
b) construção de ampla política diplomática, que proporcionou uma ausência de
guerra europeia entre as potências no intervalo de 1871 a 1914.
c) diminuição dos domínios territoriais devolvendo à França as regiões da Alsácia-
Lorena no intuito de desfazer um possível foco de conflito.
d) implementação da estabilidade pela paz e não pela força, reduzindo o efetivo do
exército alemão e evitando uma corrida de armamentos.
e) organização do Congresso de Berlim que desfez as hostilidades entre as potências
europeias, colocando um fim nas antigas rivalidades entre essas nações.

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0
9. (ESPM) As imagens mostram dois importantes personagens da história europeia
do século XIX, figuras que expressaram com sua liderança o sentimento

nacionalista:
a) a figura I é de Bismarck, ministro prussiano e articulador do processo de
unificação da Alemanha – a figura II é de Vitor Emanuel, rei do Piemonte-
Sardenha e primeiro rei da Itália unificada;
b) a figura I é de Guilherme I, declarado kaiser do II Reich alemão em 1871 – a
figura II é de Vitor Emanuel, rei do Piemonte-Sardenha e primeiro rei da Itália
unificada;
c) a figura I é de Von Moltke, o comandante prussiano responsável pela unificação
alemã – a figura II é de Giuseppe Garibaldi, líder dos camisas vermelhas, forças
populares republicanas, que combateram pela unificação da Itália;
d) a figura I é de Bismarck, representante da aristocracia prussiana e artífice da
unidade alemã – a figura II é Giuseppe Garibaldi, herói da unificação italiana e
líder dos camisas vermelhas;
e) a figura I é do kaiser Guilherme I, fundador do II Reich alemão – a figura II é de
Camilo Cavour, ministro do reino do Piemonte-Sardenha e artífice da unificação
italiana.

10. (FGV) A unidade italiana – o processo de constituição de um Estado único para


o país – conserva o sistema oligárquico (...) Isto não impede a formação do Estado,
mas retarda a eclosão do fenômeno nacional.
(Leon Pomer, O surgimento das nações, 1985, p. 40-42) Fizemos a Itália; agora,
precisamos fazer os italianos.
(Massimo d’Azeglio apud E. J. Hobsbawm, A era do capital, 1977, p. 108) A partir
dos textos, é correto afirmar que
a) apesar de ter nascido antes da nação, o Estado italiano, unificado em 1871,
representou os interesses dos não proprietários, o que implicou a defesa de
mudanças revolucionárias, que tornaram o Estado não autoritário e permitiram
a emergência do sentimento nacional, já fortificado pelas guerras de unificação.

23
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1
b) o Estado italiano, nascido em 1848, na luta da alta burguesia do norte pelo poder,
representava os interesses liberais, isto é, a unidade do país como um
alargamento do Estado piemontês, na defesa da pequena propriedade e do voto
universal, condições para a consolidação do sentimento nacional que cria os
italianos.
c) em 1848, a criação do Estado italiano, pela burguesia do Reino das Duas Sicílias,
foi uma vitória do liberalismo, pois a estrutura fundiária, baseada na grande
propriedade, e a exclusão política dos não proprietários permaneceram,
encorajando os valores nacionais, condição para diminuir as diferenças
regionais.
d) em 1871, o processo de unificação e o sentimento nacional estavam intimamente
ligados, na medida em que a classe proprietária do centro da península, vitoriosa
na guerra contra a Áustria, absorveu os valores populares nacionais, o que
legitimou a formação do Estado autoritário, defensor das desigualdades
regionais.
e) o Estado italiano nasceu antes da nação, em 1871, como uma construção
artificial, frágil e autoritária da alta burguesia do norte, cujos interesses de
dominação excluíram as mudanças revolucionárias e atrasaram a emergência do
sentimento nacional, ainda estranho para a grande maioria das diferentes regiões
da península.

11. (Campo Real) De todos os países europeus, a Itália talvez seja aquele em que o
uso da Antiguidade a serviço dos governos autoritários tenha atingido o seu ponto
máximo. De unificação tardia – 1859-1870 –, a Itália teve na sua união um dos
maiores eventos de sua História. A esse processo de unificação sucederá a escolha de
Roma como capital.
(SILVA, Glaydson. História antiga e usos do passado. São Paulo: Annablume, 2007.
p.39.) Considerando o argumento apresentado pelo autor, a escolha da capital da
Itália unificada representou:
a) uma valorização estética da arte helenística.
b) um uso estratégico do espaço geográfico.
c) uma tentativa pragmática de reconciliação religiosa.
d) um apelo político ao mito da romanidade.
e) um reconhecimento cultural do folclore latino.

12. (UFRGS) Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que está correta em
relação ao processo de unificação italiana, concluída na segunda metade do século
XIX.
a) O Congresso de Viena concluiu o processo de integração nacional italiano na
medida em que este veio ao encontro dos interesses das elites locais.

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2
b) O processo de unificação nacional resultou das fortes pressões da burguesia do
sul do país, cuja economia demandava um mercado interno homogêneo,
dinâmico e integrado para a colocação da sua moderna produção industrial.
c) A construção do Estado Nacional implicou enfrentar e expulsar as tropas de
ocupação pertencentes aos impérios britânico, russo e espanhol, estabelecidas na
Península Itálica desde os acontecimentos de 1848.
d) O movimento de unificação partiu das áreas mais industrializadas, teve forte
presença de uma burguesia interessada na ampliação do mercado interno e foi
sustentado pela ideologia do nacionalismo.
e) A consolidação da formação do Estado nacional italiano ocorreu com a anuência
do papa Pio IX e o reconhecimento, pelo primeiro-ministro Cavour, da existência
e da soberania do Estado do Vaticano, após as negociações da Questão Romana.

13. (UFPR) No Brasil, desde 2011, tem havido diversas comemorações dos 150 anos
da Unificação Italiana, relembrando os fortes laços culturais entre os dois países.
Sobre a relação entre a Unificação Italiana e a imigração de italianos para as
Américas, é correto afirmar:
a) A Unificação Italiana foi o resultado de uma série de revoltas populares, que
culminaram em 1861 com a formação de uma república socialista sob a direção
de Giuseppe Mazzini. A burguesia, que não concordava com o novo regime,
emigrou para as Américas, levando capital suficiente para iniciar a
industrialização em países como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.
b) O processo da Unificação Italiana contou com a intensa participação do Império
brasileiro, pois D. Pedro II almejava estabelecer relações comerciais com os
italianos. É notória a participação de Giuseppe Garibaldi na política brasileira
do período imperial. Após a unificação, contudo, nem o Brasil nem os demais
países aliados conseguiram levantar a Itália de uma profunda crise econômica, o
que levou a uma grande leva emigratória para as Américas de 1880 a 1930.
c) A Unificação Italiana foi um processo iniciado no início do século XIX, que se
concluiu em 1861, com uma monarquia constitucionalista, sob o comando de
uma aliança entre burgueses e latifundiários, que afastou os setores populares do
poder. Muitos italianos camponeses e trabalhadores saíram empobrecidos após a
unificação, o que estimulou uma intensa emigração para as Américas entre 1880
e 1930, engrossando fileiras de trabalhadores agrícolas e operários.
d) A Unificação Italiana durou de 1861 a 1870, agregando estados independentes
sob a direção do reino de Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi
possível após a Unificação Alemã, que marcou o fim da ingerência de Otto Von
Bismark na política europeia. Após esse processo, o monarca instituído perseguiu
duramente seus inimigos políticos, que emigraram para as Américas.
e) A emigração italiana para as Américas teve início por conta de uma série de
dificuldades financeiras causadas por problemas climáticos, que, por volta de

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1850, prejudicaram as colheitas. O volume de emigrantes intensificou-se após a
Unificação em 1861, em decorrência do fato de que o governo anarquista
instituído fracassou na tentativa de reerguer o país.

14. (Universidade de Vassouras) No momento da unificação, em 1860, estimou-se


que não mais de 2,5% de seus habitantes falassem a língua italiana no dia a dia. O
resto falava idiomas de tal forma diferentes, que professores enviados pelo Estado
italiano para a Sicília, nessa época, foram confundidos com ingleses. Provavelmente
uma percentagem bem maior, mas ainda uma modesta minoria, teria se sentido
naquela data como italianos. Não é de se admirar que Massimo d’Azeglio (1792-
1866) tivesse exclamado: “Fizemos a Itália, agora precisamos fazer os italianos”.
Adaptado de HOBSBAWM, Eric. A Era do Capital – 1848-1875. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1981. Para a consolidação dos Estados europeus em fins do século XIX,
não foram suficientes as revoluções. A frase “Fizemos a Itália, agora precisamos
fazer os italianos” indica a necessidade de ações efetivas por parte do Estado, tais
como:
a) favorecimento do livre comércio para apoio à burguesia nacional
b) incentivo à vinda de imigrantes para ocupação de novos territórios
c) formação de um exército de mercenários em busca de controle militar
d) estabelecimento do ensino público obrigatório em busca da unidade da nação

 HA046- A Comuna de Paris.

01. (Mackenzie) Entre o final de 1870 e o início de 1871, uma guerra entre nações –
França e Prússia – transformou-se em um conflito civil entre franceses, que
desencadeou o surgimento de um governo eleito parisiense, em março de 1871,
denominado de Comuna de Paris.
A respeito do contexto histórico da época, podemos afirmar que
a) a Comuna de Paris foi o primeiro levante operário da história moderna a
manifestar o apoio popular perante o imperador francês, motivado pelo espírito
nacionalista, após a invasão do país por tropas prussianas.
b) a maioria dos deputados monarquistas, na Assembleia Nacional Francesa,
durante a Guerra Franco-Prussiana, era favorável à capitulação ante a Prússia.
Porém, o operariado francês em todo o país insuflou-se lutando contra a invasão.
c) com a captura do imperador francês Luís Bonaparte, instituiu-se um Governo
Provisório que, com o apoio da população, aceitou a capitulação da França
perante a Prússia, entregando suas armas e desarmando o exército diante dos
oponentes prussianos.
d) a instauração de um primeiro governo socialista organizado por operários
deveu-se à dominação política e econômica da burguesia parisiense sobre a classe
operária e a derrota da Prússia pela França.

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e) a derrota sofrida na Guerra Franco-Prussiana e as péssimas condições de vida
do operariado francês cooperaram para que, em 1871, em Paris, o levante dos
trabalhadores tenha sido, apesar de breve, a primeira experiência de um governo
socialista.

02. (UFRGS) Observe a imagem abaixo.

Considere as afirmações sobre


a Comuna de Paris, que governou a cidade entre março e maio de 1871.
I - O movimento foi iniciado como monarquista, conservador e católico e tentava
reconduzir o Imperador Napoleão III, deposto por um golpe militar republicano em
1870, ao governo da França.
II - A Comuna aboliu o serviço militar obrigatório e a pena de morte, decretou o
direito dos trabalhadores de administrar empresas abandonadas e estabeleceu a
separação plena entre Igreja e Estado na cidade.
III- O exército francês, durante a chamada “Semana Sangrenta”, com o apoio da
Assembleia Nacional e do governo republicano, invadiu a cidade e reprimiu
duramente os sublevados.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

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03. (FGV-SP) A Comuna é, assim, um órgão executivo e legislativo ao mesmo
tempo, onde os poderes não estão “divididos”, mas sim “descentralizados”. (...)
nasce como prefeitura e age como tal. Mas acima dela nada existe. (...) A Comuna
toma funções próprias do Estado centralizador e, ao projetá-lo em uma dimensão
municipal, converte-se, de fato, em uma reformulação fundamental da relação entre
o poder e a sociedade. (...) seria o “governo dos produtores”, a “república do
trabalho”.
(Horácio González. A Comuna de Paris, 1982)
A partir do excerto e do que se sabe sobre a Comuna, é correto afirmar que
a) a Comuna de Paris foi um órgão político centralizador, nascido em meio à
Primeira Guerra, em 1914, e visava manter as relações típicas entre o poder e a
sociedade da hierarquia liberal burguesa, isto é, baseadas no capital e na
propriedade; foi derrotada.
b) foi uma forma de autogestão, nascida da luta liberal em Paris, cidade
abandonada pelo governo de Thiers, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em
1914, para proteção das relações entre o poder centralizado e a sociedade da
ordem liberal burguesa; foi vencedora.
c) a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou
transformar as funções do Estado em um pacto comunal que destruiu as forças
políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de solidariedade; foi
derrotada.
d) os trabalhadores de Paris tomaram o poder, em 1871, para impedir o avanço
alemão sobre a cidade; eles tinham o objetivo de alterar as relações democráticas
existentes, baseadas na cooperação e na descentralização; foram vencedores.
e) a Comuna nasceu em Versalhes, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1866,
para proteger o governo antidemocrático que havia abandonado Paris e cuja
ação privilegiava os interesses dos trabalhadores urbanos e do campo; foi
derrotada.

04. (PUC-SP) "O culpado se chama burguesia. (...) Sim, a pátria está subjugada,
Paris desonrada e, amanhã, terá a canga prussiana presa em seu pescoço. Mas é ela,
a burguesia, quem prendia as mãos da revolução e esmagava seus dedos (...)."
Jules Vallès. Le cri du peuple (1/3/1871), in Crônicas da Comuna. São Paulo:
Ensaio, 1992, p. 17
O texto, escrito no calor da luta da Comuna de Paris, relaciona o movimento
a) à revolução social proletária e à resistência contra a invasão estrangeira da
cidade.
b) ao nacionalismo francês e prussiano e à revolução política liderada pela
burguesia.
c) à reforma constitucional e à ampliação dos mecanismos institucionais de
participação política.

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d) ao fim do poder republicano burguês e à restauração do império na França.
e) à instalação do comunismo e à necessária repressão aos anarquistas.

05. (UEG) Leia o texto a seguir.


Na madrugada de 18 de Março, Paris acordou com o rebentamento do trovão vive
la commune! Que é a Comuna, essa esfinge que atormenta o espírito burguês?
“Os proletários da capital – dizia o Comitê Central no seu manifesto do dia 18 de
Março – no meio dos desfalecimentos e das traições das classes governantes,
compreenderam que para eles tinha chegado a hora de salvar a situação tomando
em mãos a direção dos negócios públicos.” MAX, Karl. Vive la Comune! In:
MARQUES, A. BERUTTI, F. FARIA, R. História contemporânea através de textos.
São Paulo: Contexto, 2010. p. 56.
A citação refere-se à Comuna de Paris, movimento popular que controlou a capital
francesa em 1871. O manifesto dos revolucionários acusou o governo francês de
traição porque o mesmo
a) obrigou os proletários a integrarem-se ao Exército para lutarem na guerra
franco-prussiana.
b) entregou as estratégicas regiões de Alsácia e Lorena para serem incorporadas à
Prússia.
c) coligou com a Inglaterra e Prússia contra os trabalhadores para evitar a
revolução socialista.
d) tentou desarmar a população de Paris, obedecendo às imposições do governo
prussiano.
e) autorizou a ocupação de Paris permanentemente pelo exército prussiano.

06. (ENEM PPL 2013) Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por ter sido
massacrada, sufocada no sangue pelos carrascos da reação monárquica e clerical,
tornou-se ainda mais viva, mais poderosa na imaginação e no coração do
proletariado da Europa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi uma negação
audaciosa, bem pronunciada, do Estado.
BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas: o federalismo e o
internacionalismo na
Comuna de Paris. São Paulo: Hedra, 2011.
A Comuna de Paris despertou a reação dos setores sociais mencionados no texto,
porque
a) instituiu a participação política direta do povo.
b) consagrou o princípio do sufrágio universal.
c) encerrou o período de estabilidade política europeia.
d) simbolizou a vitória do ideário marxista.
e) representou a retomada dos valores do liberalismo.

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07. (FMABC) “A revolução social está em marcha e ninguém irá barrar seu
caminho. (...) A Comuna pode salvar tudo! Eu o juro! Eu o juro em nome de minhas
lembranças dolorosas e das minhas altivas esperanças. (...) A burguesia poderia
ajudar a nos massacrar, mas seríamos apenas alguns no cemitério, e ela rolaria
amanhã, criminosa e arruinada, ao abismo! Que ela se junte à Comuna! Nós
oferecemos isso hoje, amanhã talvez seja tarde demais. Decidam-se!”
Jules Vallès. “Decidiam-se!”, Le cri du peuple, 3/4/1871. Crônicas da Comuna. São
Paulo: Ensaio, 1992, p. 23-24
O texto acima foi publicado em Paris, durante a Comuna de 1871. Podemos dizer
que a Comuna de Paris
a) a) foi a primeira revolução burguesa da história contemporânea e instaurou a
República na França.
b) representou um momento de aliança da burguesia e do proletariado franceses
contra o Segundo Império.
c) foi alimentada pelas ideias sociais do século XIX e pela derrota francesa na
Guerra Franco-Prussiana.
d) representou a primeira tentativa bolchevique de expandir a hegemonia soviética
para fora da Rússia.
e) foi uma rápida experiência de poder burguês, celebrada por teóricos como Karl
Marx e Mikhail Bakunin.

08. (ENEM PPL 2013) É uma mudança profunda na estrutura social, isto é, uma
transformação que atinge todos os níveis da realidade social: o econômico, o
político, o social e o ideológico. Uma revolução é uma luta entre forças de
transformação e forças de conservação de uma sociedade. Quando ocorre uma
revolução, a vida das pessoas sofre uma mudança radical no próprio dia a dia.
AQUINO, R. S.L. et al. História das Sociedades: das sociedades modernas às
sociedades atuais. Rio de Janeiro: Record, 1999 (fragmento).
Na França, em 1871, após a derrota de Napoleão III na guerra contra a Rússia e a
presidência de Louis Adolphe Thiers, os trabalhadores franceses organizaram uma
rebelião que levou à tomada de Paris e à organização de um governo popular,
denominado de Comuna de Paris. Este processo é considerado como uma
importante experiência política, porque
a) extinguiu definitivamente o voto censitário e instituiu o voto por categoria
profissional.
b) foi a mais duradoura experiência de governo popular na História
contemporânea.
c) criou um Estado dos trabalhadores formado por comunas livres e autônomas.
d) definiu um Estado voltado para atender os interesses de todas as classes sociais.
e) substituiu o exército por milícias comandadas pelos antigos generais, mas
subordinadas ao poder das comunas.

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 HA047- EUA no Século XIX e a guerra civil Americana.

01. (Cesgranrio) No início do governo Abraão Lincoln, os Estados Unidos


apresentavam-se divididos e, nas palavras desse presidente, o país era “uma casa
dividida contra si mesma”, uma vez que:
I – os sulistas, favoráveis ao sistema escravista, reagiram com hostilidade à eleição
de um presidente contrário à expansão desse sistema.
II – a secessão sulina era um rude golpe para o país, face ao caráter complementar
das economias do norte e do sul.
III – os Estados nortistas não abriram mão da política livre-cambista, condenada
pelo Sul protecionista.
IV – divididos internamente, os Estados Unidos não poderiam prosperar
economicamente e enfrentar desafios externos.
Assinale se estão corretas apenas:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, II e III
e) I, II e IV

02. (Fuvest) Ao final da Guerra de Secessão, a constituição dos Estados Unidos


sofreu a XIII Emenda, que aboliu a escravidão. Os brancos sulistas:
a) abatidos, emigraram em massa, para não conviver com os negros em condições
de igualdade política e social.
b) inconformados com a concessão de direitos aos negros, desenvolveram a
segregação racial e criaram sociedades secretas que os perseguiam.
c) arruinados, tiveram suas terras submetidas a uma reforma agrária e distribuídas
aos ex-escravos.
d) desanimados, abandonaram a agricultura e voltaram-se para a indústria, a fim
de se integrarem à prosperidade do capitalismo do norte.
e) recuperados, substituíram as plantações de algodão por café, contratando seus
ex-escravos como assalariados.

03. (UEPB) Na metade do século XIX, os Estados Unidos enfrentaram uma guerra
civil. Tendo se tomado, no final do século XVIII, uma nação com um sistema
democrático e federativo (baseado na separação dos poderes), e mesmo com o
desenvolvimento econômico que experimentavam, os EUA sucumbiram à Guerra da
Secessão, que matou cerca de 700 mil norte-americanos. Assinale a única alternativa
INCORRETA.

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a) O motivo central da Secessão e' o descompasso económico e social entre as
regiões Norte e Sul dos EUA. Enquanto o Norte se industrializava e era vetor de
progresso da América do Norte, o Sul permanecia agrário, escravocrata,
patriarcal e avesso ao liberalismo e ao capitalismo.
b) Com o fim do conflito, o Sul, derrotado pelo Norte, foi ocupado militarmente até
1877. Arruinados pela escravidão e devastados pela guerra, os sulistas se
recusavam a aceitar a derrota e alimentavam o mito da causa perdida se
dedicando ao banditismo e a sociedades secretas como a Ku Klux Klan.
c) A Secessão, ou cisão, agravou-se na medida em que, enquanto os estados do
Norte queriam adotar tarifas protecionistas para seus produtos industrializados,
os estados do Sul defendiam uma politica de livre comércio para que pudessem
exportar algodão para onde bem quisessem.
d) Na metade do século XIX, o processo da independência dos EUA. iniciado em
1776, só havia sido concluído nos estados do Norte. Os estados do Sul, avessos à
Declaração da Independência das treze colônias, se lançaram a guerra civil para
voltarem a ser colônias da Inglaterra.
e) A Guerra se tornou inevitável quando Abraham Lincoln tomou posse na
presidência dos EUA e declarou estado de insurreição, ja que sete estados sulistas
haviam proclamado a dissolução da União. O fato se consumou quando tropas
confederadas atacaram o Forte Sumter, na Carolina do Sul, um reduto político
dos federalistas.

04. (UFRGS) A Guerra Civil entre o Norte e o Sul dos Estados Unidos, ocorrida
entre 1861-1865, teve por consequência profundas mudanças na economia e na
sociedade do país.
Assinale a alternativa que apresenta essas mudanças.
a) A abolição da escravidão e a afirmação do modelo capitalista de inspiração
nortista em todo o país.
b) A manutenção da escravidão e a disseminação do modelo de agricultura
monocultora sulista para toda a nação.
c) A conquista do México e a ampliação da escravidão em direção aos territórios
recém-conquistados.
d) A vitória do Sul industrial diante do Norte rural e sua separação permanente da
União.
e) A conciliação entre Norte e Sul e a manutenção da escravidão em ambas as
regiões.

05. (UNESP) Entre as diferenças políticas que levaram o Norte e o Sul dos Estados
Unidos à Guerra Civil, em 1861, podemos citar
a) a disputa pelo mercado consumidor europeu de matérias primas e pelo mercado
consumidor latino-americano de manufaturados.

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b) a disputa em relação às terras do Oeste, que vinham sendo conquistadas e
gradualmente incorporadas à União.
c) o apoio nortista às lutas pela independência de Cuba e a rejeição sulista às
emancipações políticas no Caribe.
d) a anexação de terras do México por estados do Norte e a defesa sulista da
autonomia e da soberania territorial mexicana.
e) o esforço de expansão para o Sul e o consequente estabelecimento de hegemonia
norte-americana sobre a América Latina.

06. (FGV) Entre 1861 e 1865, os Estados Unidos foram palco da chamada Guerra de
Secessão.
A esse respeito é correto afirmar:
a) O conflito teve início com a reação dos fazendeiros sulistas provocada pela
abolição da escravidão, implementada pelo presidente republicano Abraham
Lincoln.
b) As diferentes estruturas socioeconômicas do Norte e do Sul e sua divergência
com relação às tarifas de produtos importados estiveram entre as causas do
conflito.
c) A economia sulista estava baseada na produção familiar e voltada para o
mercado interno, enquanto no Norte produziam-se artigos destinados ao
mercado externo.
d) A disputa entre o Norte e o Sul colocou frente a frente dois projetos políticos
antagônicos, no que se refere à questão dos direitos trabalhistas e da livre
organização sindical.
e) O conflito serviu para encerrar a política de segregação racial vigente em
diversos estados norte-americanos e para consolidar a inclusão social dos povos
indígenas no país.

07. (CESGRANRIO) Historiadores apontam que a Ku Klux Klan foi fundada no


Tennessee pouco depois da guerra civil americana, ou Guerra de Secessão (1861-
1865), por um grupo de ex-soldados confederados (da região sul do país, derrotada
no conflito). O nome foi inspirado na palavra grega para círculo: kuklos.
Originalmente concebida como um clube recreativo, a KKK rapidamente começou
a atuar de forma violenta para intimidar populações negras do sul dos EUA e
garantir a supremacia dos moradores de raça branca.
BBC, 30/12/2015. Disponível em: https://www.bbc.com/
portuguese/noticias/2015/12/151230_kkk_aniversario_tg. Acesso em: 15 de jan.
2019.
O surgimento do movimento racista descrito pela notícia é explicado pela(o)
a) expansão do movimento cultural hippie
b) fundação do partido dos Panteras Negras

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c) proclamação da abolição da escravidão por parte da União
d) emergência das lutas por igualdade de direitos civis
e) recrutamento de negros ao exército dos EUA

08. (UDESC) O filme “E o vento levou”, de 1939, com direção de Victor Fleming,
retrata um período da História dos Estados Unidos conhecido como a Guerra de
Secessão (ou Guerra Civil Americana), ocorrida entre os anos de 1861 a 1865.
Analise as proposições sobre este período, e assinale (V) para verdadeira e (F) para
falsa.
( ) Os estados que formavam os EUA estiveram envolvidos em uma sangrenta
guerra (norte X sul) na qual estava em jogo, entre outros motivos, a oposição entre a
utilização do trabalho livre e o trabalho escravo.
( ) Os sulistas defendiam o fim do trabalho escravo em todo o território dos EUA, e
o movimento pela abolição dos escravos tornou-se maior durante a primeira metade
do século XIX.
( ) O fim da escravidão nos EUA não significou igualdade de condições para as
populações de ex-escravos e seus descendentes, uma vez que em muitos estados dos
EUA foram criadas leis segregacionistas, como, por exemplo, a que separava negros
de brancos em espaços públicos como ônibus, banheiros, bares e restaurantes.
( ) Além da divergência sobre a escravidão, outros temas que opunham os estados
do Norte aos do Sul referiam-se às tarifas sobre importação, ao acesso a novas
terras localizadas a oeste, à atuação do governo federal em relação ao sistema
bancário e ao sistema de transportes.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – F – F – F
b) F – F – F – V
c) F – F – V – V
d) V – F – F – V
e) V – F – V – V

09. (UNIMONTES) A Guerra de Secessão norte-americana, ocorrida entre os anos


de 1861 a 1865, foi desencadeada pelas acentuadas desigualdades entre os estados do
norte e os do sul, mobilizando mais de 2 milhões de homens. O conflito foi
considerado um dos eventos mais violentos do século XIX.
Sobre esse acontecimento, é INCORRETO afirmar:
a) A escravidão foi ponto de discórdia entre os estados do norte e do sul, sendo que
os federalistas eram contrários à escravidão, pois dificultava a ampliação do
consumo de bens no país.
b) Após a proibição da escravidão em todo o território, em 1865, os libertos não
obtiveram os mesmos direitos que o restante da população, por causa da política
segregacionista de diversos estados derrotados na guerra.

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c) Durante a guerra, o país ficou dividido entre os estados do norte, chamados
confederados, conhecidos como ianques, e os estados do sul, chamados
federalistas, pois almejavam a formação de um novo país.
d) A manutenção da escravidão foi defendida por aqueles estados cuja economia
era baseada no latifúndio e tinha na mão de obra escrava a base de sua
economia.

10. (UEG) Leia o texto a seguir.


Lincoln tinha convicções abolicionistas. Mas acima delas estava a necessidade de
manter a União. [...] No meio da guerra o presidente Lincoln decretou a abolição da
escravatura. Mas não pôde ver a vitória. Foi assassinado por um fanático, em 1865,
dias antes da total rendição do sul.
SCHMIDT, M. Nova História da América. São Paulo: Nova Geração, 1998. p. 96 -
97.
No contexto da Guerra de Secessão, travada entre os estados do sul agrícola e do
norte industrial dos Estados Unidos, a defesa do abolicionismo pertencia à
plataforma política
a) do Partido Democrata
b) do Partido Republicano
c) dos membros da União
d) dos estados Confederados
e) dos políticos independente

 HA048- Imperialismo.

01. (UERJ) Na Exposição Internacional de Bruxelas, foram apresentados os


resultados das ações imperialistas do governo belga na região do Congo, no
decorrer da segunda metade do século

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3
XIX.

A partir da análise do texto e da fotografia, a concepção que orientou essas ações e


um de seus efeitos para as populações congolesas da época estão indicados,
respectivamente, em:
a) globalismo - discriminação
b) etnocentrismo - aculturação
c) colaborativismo - racialização
d) evolucionismo – miscigenação

02. (ENEM PPL 2021) A produção de um ou dois cultivos de exportação


transformou-se em regra em 1935: cacau na Costa do Ouro, amendoim no Senegal e
em Gâmbia, algodão no Sudão, café e algodão em Uganda, café e sisal na Tanzânia
etc. O trabalho forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita
desnutrição, graves surtos de fome e epidemias, em certas partes da África, no início
da Era Colonial.
BOAHEN, A. A. O legado do Colonialismo. Correio da Unesco, n. 7, jul. 1984
(adaptado).
Nos termos apresentados no texto, o Neocolonialismo europeu deixou o seguinte
legado para as áreas ocupadas:

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a) Desconcentração da estrutura fundiária.
b) Expropriação de direitos humanitários.
c) Autossuficiência do mercado interno.
d) Valorização de técnicas ancestrais.
e) Autonomia do setor financeiro.

03. (ACAFE) No século XIX, o Imperialismo e sua política expansionista, levaram


os Estados Unidos a aumentar consideravelmente sua extensão territorial, partindo
da costa do Atlântico e chegando até o Pacífico.
Neste contexto, todas as alternativas estão corretas, exceto a alternativa:
a) Na guerra contra o México, foi anexada a Califórnia, o Novo México e o Texas.
b) Através da concepção do “Destino Manifesto”, as terras indígenas não foram
atingidas pelo processo de colonização. Os nativos eram considerados cidadãos
estadunidenses.
c) A Doutrina Monroe tinha como objetivo evitar a interferência das potências
europeias na América. Os estadunidenses desejavam exercer sua influência sem a
presença europeia.
d) O Havaí foi anexado pelos EUA tornando-se um Estado americano.
Anteriormente, os EUA já investiam no arquipélago, consolidando na região
uma elite de fazendeiros e comerciantes.

04. (Enem PPL 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o
poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias
devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque
temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são
inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação
de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas
ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma
a) cruzada religiosa.
b) catequese cristã.
c) missão civilizatória.
d) expansão comercial ultramarina.
e) política exterior multiculturalista.

05. (PUC-Rio) A política de expansionismo e domínio econômico, cultural e


territorial praticada por países europeus, pelos Estados Unidos e pelo Japão, entre o
fim do século XIX e o início do século XX, é chamada de imperialismo. Sobre o
imperialismo, analise as afirmativas a seguir.

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I – A expansão do capital financeiro produziu um sistema internacional onde
regiões agrícolas ou pouco industrializadas ficaram dependentes das principais
potências econômicas.
II – Os defensores do expansionismo imperialista argumentaram que a conquista
seria justificável, pois regiões atrasadas ou selvagens seriam “civilizadas” pelo
comércio, pela moral e pela ciência.
III – A ampliação da circulação de mercadorias, pessoas e ideias construiu, por
décadas, um ambiente internacional de contínua prosperidade, abundância e paz.
IV – O ideal civilizatório que sustentou o expansionismo imperialista possibilitou o
desenvolvimento de teorias racistas que afirmavam a superioridade de
colonizadores frente aos colonizados.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e III.
b) II, III e IV.
c) I e IV.
d) II e IV.
e) I, II e IV.

06. (UNICAMP) “Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior


baseada na amizade íntima com os Estados Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos
Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…) Em tais
condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (...).
Para mim a Doutrina Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos
da Europa tão completamente e definitivamente como a lua da terra.”
(Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira Silva, “Manoel
Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História,
n. 138. São Paulo, jul. 1988, p.88.)
Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere,
é possível afirmar que:
a) A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base
a ideia de “a América para os americanos”.
b) Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política
imperialista americana de tornar o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.
c) Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”,
Nabuco reforçava a necessidade imediata de o Brasil romper suas relações
diplomáticas com Portugal.
d) O pensamento americano considerava legítimas as intenções norte-americanas
na América Central, bem como o apoio às ditaduras na América do Sul, desde o
século XIX.

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07. (Fuvest) A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o
imperialismo criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os
continentes africano e europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se
tornado independentes, continuaram usando a língua dos colonizadores. O
português, por exemplo, é língua oficial de
a) Camarões, Angola e África do Sul.
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul.
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde.
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
e) Camarões, Congo e Zimbábue.

08. (UNESP) Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista o “futuro


do Brasil”, o arremate e a obra monumental da nação a ser construída pela
industrialização coordenada pelo Estado planificador, pela ação das “forças do
progresso” (aquelas voltadas para o desenvolvimento do “capitalismo nacional”),
que paulatinamente iriam derrotar as “forças do atraso” (o imperialismo, o
latifúndio e a política tradicional, demagógica e “populista”).
(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)
Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida
a) como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o
contingente de mão de obra rural.
b) dentro de um conjunto de iniciativas de caráter liberal, que buscava eliminar a
interferência do Estado nos assuntos econômico-financeiros.
c) dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se
caracterizava pelo clima de paz nas relações internacionais.
d) dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política
brasileiras, que pretendia modernizar o país.
e) como um esforço de internacionalização da economia brasileira, que provocaria
aumento significativo da exportação agrícola.

9. (UECE) O Imperialismo e a América latina têm sido objetos de diferentes


abordagens. Sobre esse tema, analise o excerto a seguir:
“Se a América Latina não foi esquartejada como a África, deveu-se ao fato — é
preciso reconhecê-lo — de ter tido, sem que houvesse solicitado, um "tutor". Um
tutor ousado porque se atreveu a dizer que a América era para os americanos, num
momento em que apenas tinha a ilusão de ser uma potência. No entanto, quando
este tutor se transformou em grande potência, mudou de discurso e gritou que era
dono.”
(BRUIT, H.H. O imperialismo. São Paulo: Editora Atual, 1987. p.44.)
O país a que o autor se refere como “tutor” é
a) França.

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7
b) Inglaterra.
c) Estados Unidos.
d) Espanha.

10. (Unioeste) “[...] Entre 1880 e 1914, a maior parte do mundo, à exceção da
Europa e das Américas, foi formalmente dividida em territórios sob governo direto
ou sob dominação política indireta de um ou outro Estado de um pequeno grupo:
principalmente Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e
Japão.[...]” Texto adaptado de HOBSBAWM, Eric. J. A Era dos Impérios. 1875-
1914. 10ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006. p.88.
Considerando o fragmento acima, com relação ao imperialismo, fenômeno que
ocorreu entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do XX, é
correto afirmar que
a) a expansão imperialista empreendida por países como a Grã-Bretanha, França e
Alemanha está relacionada à busca por novos mercados e à crença na
superioridade cultural e racial dos europeus.
b) a expansão imperialista da segunda metade do século XIX e primeira metade do
século XX, não está relacionada à rivalidade entre várias economias industriais
concorrentes.
c) a expansão imperialista empreendida por alguns países europeus, os EUA e o
Japão resultou no estabelecimento de relações igualitárias entre metrópoles e
povos dependentes.
d) a expansão imperialista empreendida por países como a Grã-Bretanha, França e
Alemanha está relacionada unicamente à busca de novos mercados, pois as
teorias raciais somente foram elaboradas e colocadas em prática na África do
Sul, durante o regime do Apartheid.
e) embora historiadores como Eric Hobsbawm usem o termo “imperialismo” para
se referirem à divisão da África por países europeus como Grã-Bretanha,
Alemanha, Itália e França, nenhum dos governantes destes países se
autodenominavam “imperadores”.

11. (Enem 2011) Em meio às turbulências vividas na primeira metade dos anos
1960, tinha-se a impressão de que as tendências de esquerda estavam se
fortalecendo na área cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC) da União
Nacional dos Estudantes (UNE) encenava peças de teatro que faziam agitação e
propaganda em favor da luta pelas reformas de base e satirizavam o “imperialismo”
e seus “aliados internos”.
KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão
Popular, 2003.
No início da década de 1960, enquanto vários setores da esquerda brasileira
consideravam que o CPC da UNE era uma importante forma de conscientização das

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classes trabalhadoras, os setores conservadores e de direita (políticos vinculados à
União Democrática Nacional - UDN -, Igreja Católica, grandes empresários etc.)
entendiam que esta organização
a) constituía mais uma ameaça para a democracia brasileira, ao difundir a
ideologia comunista.
b) contribuía com a valorização da genuína cultura nacional, ao encenar peças de
cunho popular.
c) realizava uma tarefa que deveria ser exclusiva do Estado, ao pretender educar o
povo por meio da cultura.
d) prestava um serviço importante à sociedade brasileira, ao incentivar a
participação política dos mais pobres.
e) diminuía a força dos operários urbanos, ao substituir os sindicatos como
instituição de pressão política sobre o governo.

 HA049- A Primeira Guerra Mundial.

01. (PUC-Campinas) Em relação às causas da Primeira Guerra Mundial é correto


afirmar que:
a) A incapacidade dos Estados liberais em solucionar a crise econômica do século
XIX colocou em xeque toda a estrutura do sistema capitalista. A instabilidade
política e social das nações europeias impulsionou as disputas colonialistas e o
conflito entre as potências.
b) A desigualdade de desenvolvimento das nações capitalistas europeias acentuou a
rivalidade imperialista. A disputa colonial marcada por um nacionalismo
agressivo e pela corrida armamentista expandiu os pontos de atrito entre as
potências.
c) O sucesso da política de apaziguamento e do sistema de aliança equilibrou o
sistema de forças entre as nações europeias, acirrando as lutas de conquista das
colônias da África e da Ásia.
d) O expansionismo na Áustria, a invasão da Polônia pelas tropas alemãs
assustaram a Inglaterra e a França, que reagiram contra a agressão declarando
guerra ao inimigo.
e) O desequilíbrio entre a produção e consumo incentivou a conquista de novos
mercados produtores de matérias-primas e consumidores de bens de produção
reativando as rivalidades entre os países europeus e os da América do Norte.

02. (Uel) “A Grande Guerra de 1914 foi uma consequência da remobilização


contemporânea dos anciens regimes da Europa. Embora perdendo terreno para as
forças do capitalismo industrial, as forças da antiga ordem ainda estavam
suficientemente dispostas e poderosas para resistir e retardar o curso da história, se
necessário recorrendo à violência. A Grande Guerra foi antes a expressão da

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decadência e queda da antiga ordem, lutando para prolongar sua vida, que do
explosivo crescimento do capitalismo industrial, resolvido a impor a sua primazia.
Por toda a Europa, a partir de 1917, as pressões de uma guerra prolongada afinal
abalaram e romperam os alicerces da velha ordem entrincheirada, que havia sido
sua incubadora. Mesmo assim, à exceção da Rússia, onde se desmoronou o antigo
regime mais obstinado e tradicional, após 1918 – 1919, as forças da permanência se
recobraram o suficiente para agravar a crise geral da Europa, promover o fascismo
e contribuir para retomada da guerra total em 1939.”
(MAYER, A. A força da tradição: a persistência do Antigo Regime. São Paulo:
Companhia das Letras, 1987. p. 13-14.)
De acordo com o texto, é correto afirmar que a Primeira Guerra Mundial:
a) teria sido resultado dos conflitos entre as forças da antiga ordem feudal e as da
nova ordem socialista, especialmente depois do triunfo da Revolução Russa.
b) resultou do confronto entre as forças da permanência e as forças de mudança,
isto é, do escravismo decadente e do capitalismo em ascensão.
c) foi consequência do triunfo da indústria sobre a manufatura, o que provocou
uma concorrência em nível mundial, levando ao choque das potências
capitalistas imperialistas.
d) foi produto de um momento histórico específico em que as mudanças se
processavam mais lentamente do que fazem crer os historiadores que tratam a
guerra como resultado do imperialismo.
e) engendrou o nazifascismo, pois a burguesia europeia, tendo apoiado os
comunistas russos, criou o terreno propício ao surgimento e à expansão dos
regimes totalitários do final do século.

03. (UFF) Muitos historiadores consideram a Primeira Guerra Mundial como fator
de peso na crise das sociedades liberais contemporâneas. Assinale a opção que
contém argumentos todos corretos a favor de tal opinião.
a) A economia de guerra levou a um intervencionismo de Estado sem precedentes;
a “união sagrada” foi invocada em favor de sérias restrições às liberdades civis e
políticas e, em função da guerra recém-terminada, eclodiram em 1920 graves
dificuldades econômicas que abalaram os países liberais sobretudo através da
inflação.
b) Em todos os países, a economia de guerra forçou a abolir os sindicatos operários,
a confiscar as fortunas privadas e a fechar os Parlamentos, pondo assim em
xeque os pilares básicos da sociedade liberal.
c) Durante a guerra, foi preciso instaurar regimes autoritários e ditatoriais em
países antes liberais como a França e a Inglaterra, em um prenúncio do fascismo
ainda por vir.

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d) A guerra transformou Estados antes liberais em gestores de uma economia
militarizada que utilizou de novo o trabalho servil para a confecção de armas e
munições, em flagrante desrespeito às liberdades individuais.
e) Derrotadas na Primeira Guerra Mundial, as grandes potências liberais foram,
por tal razão, impotentes para conter, a seguir, o desafio comunista e o fascismo.

04.(Unesp) A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) resultou de uma alteração da


ordem institucional vigente em longo período do século XIX. Entre os motivos desta
alteração, destacam-se:
a) a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente antagônicos e a constituição
de países industrializados na América.
b) a desestabilização da sociedade europeia com a emergência do socialismo e a
constituição de governos fascistas nos países europeus.
c) o domínio econômico dos mercados do continente europeu pela Inglaterra e o
cerco da Rússia pelo capitalismo.
d) a oposição da França à divisão de seu território após as guerras napoleônicas e a
aproximação entre a Inglaterra e a Alemanha.
e) a unificação da Alemanha e os conflitos entre as potências suscitados pela
anexação de áreas coloniais na Ásia e na África.

05. (Unirio) Dentre os fatores que conduziram à Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), destacamos o(a):
a) nacionalismo eslavo aliado à desagregação do Império Turco.
b) acordo militar anglo-germânico visando à partilha da África.
c) desequilíbrio internacional provocado pela aliança da Rússia com o Império
Austro-Húngaro.
d) descontentamento da França frente à ocupação no Marrocos.
e) oposição do Imperador Francisco Ferdinando à admissão da Sérvia no Império
Austro-Húngaro.

06. (Mackenzie) Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a questão


balcânica, que pode ser associada:
a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.
b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra.
c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, ao nacionalismo
eslavo e ao temor austríaco quanto à formação da Grande Sérvia.
d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação
da Bósnia-Herzegovina.
e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões
pendentes relacionadas ao Tratado de Brest-Litowsky e o desmembramento da
Áustria-Hungria.

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07. (UFGD) O mundo que hoje conhecemos é filho da Revolução Industrial. Ela
abre um período na história humana em que, pela primeira vez, os limites para a
produção de riquezas pelos homens foram implodidos e nunca mais deixaram de ser
superados e expandidos. Pode-se dizer, sem medo de exagero, que ela virou o
mundo de ponta cabeça, fazendo com que hoje pensemos, vivamos, trabalhemos e
produzamos de uma forma que está relacionada, direta ou indiretamente, à
Revolução Industrial.
MORAES, Luís Edmundo. História Contemporânea. Da Revolução Francesa à
Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Editora Contexto, 2017. p. 47.
Sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar que
a) a Inglaterra foi pioneira no processo de industrialização. No século XVIII, os
ingleses iniciaram a mecanização da produção pela indústria têxtil de algodão.
b) ela teve início no século XVIII e a mecanização começou pela indústria de bens
de produção, visando a atender o mercado interno alemão.
c) as primeiras máquinas, criadas no século XVII, eram movidas a energia elétrica,
isso proporcionou um inaudito ganho de produtividade na indústria têxtil de lã.
d) as relações de trabalho, na Inglaterra, durante o século XIX, eram fortemente
reguladas pelo Estado, garantindo condições de trabalho dignas e direitos
previdenciários para os operários, a exemplo das indenizações em razão de
acidentes de trabalho.
e) tendo em vista as condições insalubres do trabalho industrial, no século XIX,
apenas homens adultos trabalhavam nas indústrias têxteis inglesas.

08. (UNESP) Entre as tensões anteriores à Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


que contribuíram para o desgaste das relações diplomáticas e para o início do
conflito armado, é possível citar:
a) o acirramento das disputas geoestratégicas entre Estados Unidos e União
Soviética.
b) o expansionismo territorial e político japonês no continente asiático e nas ilhas do
Oceano Pacífico.
c) os esforços dos países capitalistas para conter o avanço do socialismo no Leste
europeu.
d) as disputas, entre as potências europeias, por áreas coloniais no continente
africano.
e) a incapacidade da Sociedade das Nações de coordenar as negociações entre os
países membros.

09. (UEMG) “Basta uma rápida olhada nas origens do movimento nazista para
descartar completamente a ideia de que o Partido Nacional-Socialista dos
Trabalhadores Alemães (NSDAP) fosse de esquerda, afirma o historiador Jürgen

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Zarusky, do Instituto para História Contemporânea MuniqueBerlim. ‘[O nazismo]
era profundamente enraizado em tendências extremistas de direita que já existiam
ao fim da Primeira Guerra Mundial’, explica. E essa é uma posição há muito
consolidada entre especialistas. ‘Nenhum historiador profissional classificaria a
ditadura nazista como de esquerda. O Nacional-Socialismo e o conceito de
volksgemeinschaft (comunidade nacional) eram antiliberais, racistas e
nacionalistas,’ diz o historiador André Postert, do Instituto Hannah Arendt, de
Dresden.”
(Entenda as origens do Nazismo. Carta Capital. Disponível em:
https://www.cartacapital.com.br/politica/entenda-as-origensideologicas-do-
nazismo/) Acesso em 18 jan 2022.
O debate sobre a orientação ideológica do nazismo se espalhou pelas redes sociais
nos últimos anos em que muitos argumentam sobre o regime nazista alemão, sem o
devido conhecimento científico.
A respeito do tema, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as
corretas.
I. O regime nazista promoveu a formação de guetos, a criação de campos de
concentração e trabalhos forçados, o confisco de bens e a perseguição a judeus,
comunistas, homossexuais etc.
II. O regime nazista representou a defesa da união europeia contra os avanços dos
interesses norte-americanos.
III. O governo nazista promoveu a eugenia que desembocou em genocídio
sistemático, fuzilamentos sumários, migração forçada de judeus e outros grupos
considerados como inferiores pelo discurso oficial.
IV. O regime nazista representou a defesa de todas as nações europeias contra os
avanços dos interesses do capitalismo norteamericano e dos banqueiros judeus.
a) Apenas I e IV.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas III e IV.

10. (PUC-PR) Enquanto o mundo vivia toda a agitação dos efeitos causados pela
Primeira Guerra Mundial, enfrentava as consequências da crise do capitalismo
liberal, o surgimento do socialismo e dos regimes totalitários na Europa, no Brasil se
viviam as primeiras décadas do recém-proclamado regime republicano.
Assim, além de administrar as consequências dos acontecimentos externos e
consolidar a jovem República, os primeiros presidentes brasileiros precisavam
organizar as estruturas republicanas instaladas num país marcado por uma
sociedade desigual social, política, econômica e culturalmente.
Sobre o período histórico brasileiro conhecido como República Velha ou Primeira
República, assinale a alternativa CORRETA.

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a) Durante a Primeira República, foram implantadas reformas significativas que
beneficiaram os grupos sociais menos favorecidos.
b) O primeiro civil a exercer o cargo de presidente da República foi o cafeicultor
paulista Prudente de Moraes, que, contrariando os interesses da oligarquia
cafeeira, implantou uma política nacional desenvolvimentista conhecida como
Reformas de Base.
c) Dos vários movimentos sociais, políticos e culturais que contestaram as práticas
eleitorais fraudulentas durante a República Velha, a Revolução Federalista foi a
única a impor um Presidente que não fosse paulista ou mineiro, colocou na
presidência da República o gaúcho Getúlio Vargas.
d) Os presidentes da República desse período, tendo o cidadão comum como
referência, utilizaram amplamente um discurso nacionalista e de defesa dos
interesses nacionais.
e) Nesse período, além da prática de alianças e fraudes, havia ainda outros arranjos
eleitorais, que afastavam qualquer possibilidade de os grupos divergentes
vencerem as eleições, como o voto de cabresto.

11. (ACAFE) Podem ser considerados antecedentes da Primeira Guerra Mundial


(1914-1918), EXCETO a alternativa.
a) As disputas imperialistas entre as grandes potências europeias. Os países
disputavam mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas.
b) A “paz armada”, um período de desenvolvimento da indústria bélica, apesar de a
Europa viver um período de paz aparente.
c) Imposição do Tratado de Versalhes aos alemães. O governo alemão reagiu
invadindo o Império Austro-Húngaro.
d) Uma forte tensão política na Europa, destacando-se os movimentos nacionalistas,
como o pangermanismo e o pan-eslavismo.

12. (Universidade de Pernambuco) A Primeira Guerra Mundial tornava-se cada vez


mais “real” para o Brasil, contribuindo para o crescimento de protestos contra a
neutralidade brasileira – a favor do posicionamento pró-aliado –, e para o
surgimento de movimentos de caráter nacionalista, como a Liga da Defesa Nacional,
fundada em setembro de 1916. Apesar da pressão e dos sucessivos ataques a vapores
brasileiros, o governo brasileiro permaneceu neutro até junho de 1917.
FAGUNDES, Luciana Peçanha. Música e guerra: impactos da Primeira Guerra
Mundial no cenário musical carioca. Rev. Bras. Hist. [online]. 2017, vol.37, n.76,
pp.23-44.
Sobre as artes no período retratado pelo texto, assinale a alternativa CORRETA.
a) Eram caracterizadas por forte influência austro-germânica, retirando do Brasil
a força da tradição francófila.

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b) Optaram por total neutralidade com o conflito para evitar censura por parte do
Estado brasileiro que apoiava os alemães.
c) Proporcionaram ampla abertura para a música e cultura do leste da Europa,
especialmente a Rússia e as obras de Stravinsky.
d) Refletiram repressão total à música alemã, levando o jovem músico Heitor Villa-
Lobos a ser publicamente censurado em 1914, por apresentar a ópera de
Wagner.
e) Foram marcadas por uma intensa politização, dificultando artistas, músicos e
intelectuais a afirmarem neutralidade ou indiferença em relação ao conflito.

13. (UESB) Os anos em que antecederam a Primeira Guerra Mundial, cenário em


que foi exibido o filme O Grande Ditador, não foram marcados por nenhum conflito
entre as nações europeias. No entanto, entre o final do século XIX e o início do
século XX, as principais nações envolvidas nas disputas imperialistas realizaram
uma grande corrida armamentista. A tecnologia bélica sofreu grandes avanços
nessa época, e grande parte desses armamentos eram testados nas possessões
coloniais espalhadas pelos continentes asiático e africano.
Na época relacionada à I Grande Guerra e à II Guerra Mundial, as alianças
buscavam satisfazer interesses políticos, militares, geográficos, étnicos e econômicos,
como se observa
a) na Santa Aliança, que buscava a proteção da Igreja para os projetos
expansionistas da União Soviética no Oriente Médio.
b) na Tríplice Aliança, que, no período anterior à Primeira Grande Guerra,
aproximou a Alemanha, a Itália e a Áustria/Hungria, em defesa de interesses
territoriais na Europa Central.
c) na formação da OTAN, que reunia todos os aliados que lutavam contra a
expansão estadunidense no Golfo Pérsico, com a ameaça do uso de armas
atômicas.
d) na extinção do Pacto de Varsóvia, que se opunha à expansão militar da Rússia no
leste europeu apoiada pelo Estado de Israel e pelo Estado Palestino.
e) nos compromissos militares e ideológicos firmados pelos BRICS durante a
Guerra Fria, colocando em risco o equilíbrio do mercado do petróleo
internacional.

14. (UFMS) Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentou uma grande
crise econômica e social, o que gerou instabilidade política e possibilitou a ascensão
e o crescimento do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães e a
ascensão de Adolf Hitler ao poder, em 1933. Assinale a alternativa que congrega
elementos do governo chefiado por Hitler:
a) Antissemitismo; estabelecimento do território alemão unificado; sistema
pluripartidário; totalitarismo; anticomunismo.

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b) Tolerância étnica; estabelecimento do território alemão unificado; sistema
unipartidário; democracia; anticomunismo.
c) Antissemitismo; pulverização do território alemão; sistema unipartidário;
democracia; anticomunismo.
d) Antissemitismo; estabelecimento do território alemão unificado; sistema
unipartidário; totalitarismo; anticomunismo.
e) Antissemitismo; pulverização do território alemão; sistema pluripartidário;
democracia; comunismo.

15. (EMESCAM) Ao final da Primeira Guerra Mundial o liberalismo passou por


um período de grande crise, tanto no plano político quanto no plano econômico. Os
governos liberal-democráticos, sofriam agora duros ataques. Havia países como
Itália e Alemanha, recentemente unificados, e, portanto, sem muita vivência das
práticas da eleição e funcionamento de governos parlamentares em nível nacional.
Assim, trabalhadores, classes médias, militares, estavam por alguma razão
contrários à existência desses governos. O perigo maior surgiu na Itália, em seguida
na Alemanha (Nazismo), e logo se espalhou: o fascismo.
Sobre essa temática, todas as alternativas abaixo estão corretas, exceto:
a) Sob o regime fascista, o nacionalismo era incentivado pela propaganda, pelos
discursos dos líderes, pela marcha dos soldados, pelas bandeiras com o símbolo
da Suástica, manifestando publicamente em prol da ordem, da segurança, da
disciplina e do controle.
b) Temendo a expansão dos movimentos socialistas, empenhados em organizar as
lutas dos trabalhadores contra a exploração capitalista, as classes dominantes
europeias apoiaram e fortaleceram os regimes totalitários.
c) O nazismo não exercia controle rígido sobre as instituições educacionais, e os
professores gozavam de ampla liberdade de expressão.
d) Algumas das características da doutrina hitlerista eram o antissemitismo, o
expansionismo militar e a afirmação da superioridade da raça alemã.
e) A “solução final” que o regime nazista encontrou foi exterminar fisicamente
todos os judeus. Este procedimento é chamado de holocausto e contabilizou cerca
de 6 milhões de judeus assassinados.

 HA050- A Revolução Russa.

01. (UFRGS) Considere as afirmações sobre a Revolução Russa de 1917 e seus


desdobramentos.
I - Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 1917, e a abdicação do czar
Nicolau II, foi instaurado um regime parlamentar liberal, mais tarde removido pela
Revolução Bolchevique de outubro do mesmo ano.

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II - Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os Estados Unidos e as
principais potências europeias apoiaram a luta dos bolcheviques contra os
chamados “brancos” contrarrevolucionários.
III - Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos “velhos bolcheviques”,
antigos revolucionários aliados de Lênin, foram removidos do poder e executados a
mando de Josef Stalin.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

02. (UEFS) Uma política foi sendo aos poucos colocada em prática, desde 1919,
pelos países vencedores na Primeira Guerra Mundial: não intervir, porém conter o
bolchevismo. Formar uma “barragem contínua”, apoiando-se no exército polonês e
no exército romeno. Era o primeiro esboço do mais tarde chamado “cordão
sanitário”.
(Jean-Jacques Becker. O Tratado de Versalhes, 2011. Adaptado.)
O historiador alude, implicitamente,
a) à irrelevância da revolução russa nas relações internacionais.
b) à ausência de plano no combate dos capitalistas ao socialismo soviético.
c) à aliança entre nações capitalistas e forças czaristas no combate ao socialismo.
d) à defesa pelo Ocidente das liberdades democráticas nos estados socialistas.
e) à consolidação da revolução socialista na Rússia soviética.

03. (UFFRJ) Em 1921, o problema nacional central era o da recuperação econômica


- o índice de desespero do país é eloquente: naquele ano, 36 milhões de pessoas não
tinham o que comer. Nas novas e ruinosas condições da paz, o "comunismo de
guerra" revelava-se insuficiente: era preciso estimular mais efetivamente os
mecanismos econômicos da sociedade. Assim, ainda em 1921, no X Congresso do
Partido, Lenin propõe um plano econômico de emergência: a Nova Política
Econômica.
NETO, J. P. "O que é Stalinismo". São Paulo: Brasiliense, 1981.
Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto afirmar que:
a) ela reintroduziu práticas de exploração econômica anteriores à Revolução Russa
de 1917, que se traduziram num abandono temporário de todas as
transformações socialistas já feitas e um retorno ao capitalismo.
b) ela consistiu na manutenção de elementos econômicos socialistas, na organização
da economia (como o planejamento) e na permissão para o estabelecimento de
elementos capitalistas por meio da livre iniciativa em certos setores.

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c) ela significou fundamentalmente uma reforma agrária radical que promoveu a
coletivização forçada das propriedades agrárias e a construção de fazendas
coletiva, os Kolkhozes.
d) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo a volta controlada de relações
capitalistas na economia, já que ela ampliou ainda mais o nível de desemprego e
produziu fome em grande escala.
e) ela significou, com a abertura para o capitalismo, um aumento substancial da
produção industrial, mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os incentivos
anteriormente concedidos à produção agrícola, foi a razão da ruína do campo

04. (UEG) Observe a charge a seguir:

A charge citada, produzida no contexto das reflexões sobre o centenário da


Revolução Russa, ironiza
a) a difusão da servidão e ruralização da economia a partir do fechamento do país
durante o governo do Czar Alexandre II.
b) o despotismo czarista em relação aos operários, como foi o caso do massacre no
chamado Domingo Sangrento de 1905.
c) a proeminência da Igreja Católica Ortodoxa, principalmente do monge
Rasputin, sobre os membros da família real czarista.
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d) o domínio ideológico da burguesia no chamado Governo Provisório, que
acarretou o empobrecimento de camponeses e operários.
e) a insatisfação dos soldados combatentes da I Guerra Mundial, obrigados a lutar
em condições precárias, enfrentando a fome e o frio.

05. (Famerp 2018) Seja como for, o comunismo não se limitava à Rússia. […] Uma
das minhas primeiras experiências políticas, quando me tornei membro do partido
[comunista] na época em que ainda estudava em Berlim, foi uma discussão com o
companheiro responsável por meu recrutamento. Ele ficou desconcertado quando
lhe disse: “Bem, todo mundo sabe que a Rússia é um país atrasado, por isso
podemos esperar que o comunismo tenha suas derrotas por lá.”
(Eric J. Hobsbawm. O novo século, 2000.)
A afirmação do estudante de Berlim e futuro historiador inglês baseava-se na ideia
de que
a) as revoluções operárias vitoriosas ocorreram ao longo da história nos países mais
industrializados.
b) as rupturas sociais radicais, inauguradas pela Revolução Francesa, deram
origem a regimes totalitários.
c) o sucesso revolucionário seria possível somente no caso da propagação da
revolução para países dominados pelos europeus.
d) a vitória dos comunistas na Rússia foi liderada por partidos oriundos dos
movimentos camponeses.
e) a revolução bolchevista deveria enfrentar a questão do desenvolvimento
econômico do país.

06. (Pucrj 2018) A Revolução Socialista na Rússia, em 1917, foi um dos


acontecimentos mais significativos do século XX, uma vez que derrubou o regime
tzarista e estabeleceu o socialismo no país. Sobre o contexto sociopolítico anterior à
Revolução, analise as afirmativas a seguir:
I. A maior parte da população estava no campo, submetida a condições de trabalho
muito precárias devido a um sistema fundiário concentrado.
II. A indústria e o setor financeiro se desenvolveram muito ao longo do século XIX e
se tornaram a base de uma forte burguesia nacional.
III. A igreja ortodoxa mantinha forte influência sobre a elite aristocrática e era um
dos pilares ideológicos do regime monárquico.
IV. No decorrer do século XIX, o operariado russo tornou-se a principal oposição ao
regime monárquico através de uma sólida rede de sindicatos e partidos.
Estão corretas SOMENTE as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.

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9
c) I e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

 HA051- A crise de 1929.

01. (EsPCEx) O ano de 1930 foi difícil para os cafeicultores brasileiros. De acordo
com o historiador Boris Fausto, o volume de vendas do café caiu mais de 35%
naquele ano. O motivo fundamental para a queda nas exportações do produto foi a
crise mundial do capitalismo.
A principal causa dessa crise mundial foi
a) a desindustrialização da economia norte-americana, que acabou por
desabastecer o mercado internacional.
b) a superprodução da indústria dos Estados Unidos da América, que cresceu além
das necessidades dos mercados interno e internacional.
c) a vigorosa industrialização da União Soviética, que supriu satisfatoriamente os
mercados interno e internacional.
d) o excesso do capital financeiro na Europa, que afetou diretamente o surgimento
de governos democráticos na Península Ibérica.
e) a quebra da Bolsa de Moscou, que acabou por induzir falências de empresas e de
bancos e milhões de desempregados nos Estados Unidos.

02. (FATEC) Leia o texto.


O dia 24 de outubro de 1929 marca o início do que muitos historiadores consideram
a pior crise econômica da história do capitalismo. Nesse dia, a bolsa de valores de
Nova Iorque sofreu a maior baixa de sua história e, devido à centralidade dos
Estados Unidos na economia mundial, a crise se espalhou para diversos países.
Entre os fatores causadores da crise destacam-se
a) a ascensão de regimes nazifascistas, com forte apelo nacionalista, na Itália e na
Alemanha, e a aceleração do crescimento econômico do chamado BRICS (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul).
b) o descompasso entre a produção e o consumo no mercado dos EUA, e a
diminuição das exportações desse país para a Europa, o que gerou aumento dos
estoques de produtos agrícolas e industrializados e a queda brusca do valor das
ações das empresas no mercado financeiro.
c) o endividamento dos Estados Unidos, em consequência da devastação que o país
sofreu na Primeira Guerra Mundial, e a falência da França e da Inglaterra, que
deixaram de cumprir seus compromissos financeiros com a comunidade
internacional.

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0
d) a brusca desvalorização do dólar no mercado internacional, provocada pelo
aumento do preço das commodities agrícolas dos países em desenvolvimento, e a
política de substituição de importações, adotada pelas economias asiáticas.
e) as medidas protecionistas adotadas pela União Soviética, favorecendo as
indústrias dos países do Leste europeu, e as barreiras alfandegárias impostas aos
produtos estadunidenses por parte dos integrantes da Zona do Euro.

03. (Unit-AL) No auge da prosperidade do período pós-Primeira Guerra Mundial,


na década de 20 do século passado, ocorreu uma das maiores crises vividas pelo
capitalismo, a Grande Depressão.
Esse fenômeno foi provocado e superado, respectivamente,
a) pela crise de produção que atingiu os países capitalistas / pela adoção de um forte
protecionismo estatal, como o New Deal.
b) pelo colapso da economia planificada na URSS / pela implantação do sistema
capitalista nas nações satélites da União Soviética.
c) pela escassez da produção industrial nos países periféricos / pela adoção do
liberalismo econômico.
d) pelo calote da dívida de guerra pela Alemanha e pelo Japão / pela
ocidentalização da economia asiática, com a emergência dos Tigres Asiáticos.
e) pela destruição do sistema econômico capitalista europeu / pela formação da
União Europeia.

04. (UESB) Também é certo que o movimento de 1930 foi mais que um simples
golpe político-militar, ele quebrou de vez a hegemonia política dos cafeicultores
paulistas e mineiros e deu início a uma série de importantes transformações na vida
social, política, econômica e cultural da sociedade brasileira. Desse ponto de vista,
pode ser chamado de Revolução.
(TEIXEIRA, 2000, p. 257).
A quebra da hegemonia política dos cafeicultores a que se refere o texto articula-se
com
a) a grande incidência de greves operárias responsáveis pela imobilização da
produção industrial e pelo endividamento dos grandes proprietários rurais.
b) a desorganização da produção cafeeira, atingida pelos conflitos provocados pela
Coluna Prestes e pela Revolução Constitucionalista de São Paulo.
c) a ocorrência de grandes secas no sudeste, responsáveis pela queda na produção e
na exportação do café para os Estados Unidos.
d) as alianças políticas entre cafeicultores e tenentes, o que enfraqueceu o poder dos
sindicatos rurais.
e) o cenário econômico-financeiro mundial, atingido pela Crise de 1929, e com a
queda das exportações de produtos agrícolas para os grandes centros
capitalistas.

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1
05. (UNIFENAS) Em 1933, o democrata Franklin Delano Roosevelt assumiu a
presidência dos Estados Unidos. O país vivia uma crise gravíssima. Eram quase 14
milhões de desempregados, falências generalizadas, descrédito da economia. O
presidente adotou um conjunto de medidas caracterizadas pela intervenção direta
do Estado na condução da economia. Boa parte das propostas eram defendidas pelo
economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946). Dentre as medidas
adotadas, a jornada de trabalho semanal foi reduzida, um salário mínimo foi fixado,
obras públicas como estradas, hospitais e escolas, geravam novos postos de
trabalho.
a) Doutrina Roosevelt
b) Política do Big Stick
c) New Deal
d) American way of life
e) Nova Política Econômica

06. (EsPCEx) Nos primeiros anos da década de 1930, o mundo assistiu a uma grave
crise econômica que atingiu boa parte do mundo capitalista. Para combatê-la o
governo dos Estados Unidos da América adotou um conjunto de medidas que ficou
conhecido como New Deal. Esse programa
a) diminuiu a intervenção do Estado na economia.
b) aumentou a intervenção do Estado na economia.
c) retirou a presença do Estado da economia.
d) tornou a economia americana mais liberal.
e) provocou a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, dando origem ao
episódio que ficou conhecido como a “quinta-feira negra”.

07. (UNICENTRO) Nas últimas décadas do século 20, a expressão “neoliberalismo”


passou a fazer parte não só do dia a dia de economistas, mas, também, do noticiário
jornalístico, que difundiu o termo para toda a sociedade. Obviamente, para haver
um “neoliberalismo”, é preciso que tenha havido, anteriormente, um “liberalismo”,
doutrina econômica que tem suas bases em autores clássicos, como o filósofo escocês
Adam Smith.
“O liberalismo vem do individualismo. As três questões básicas do liberalismo são a
garantia da propriedade privada, a garantia dos excedentes monetários e a
liberdade de usar os excedentes monetários, para qual se usa a doutrina de Adam
Smith”, diz o professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Valter Duarte Ferreira Filho.
(LIBERALISMO. 2016).
A adoção dos princípios do liberalismo econômico contribuiu para a
a) formulação da Doutrina Truman.

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2
b) consolidação do Estado de Bem-Estar Social.
c) política desenvolvida pelos regimes nazi-facistas.
d) eclosão da Crise de 1929.
e) expansão da Revolução Russa.

08. (UNIFOR) O economista Celso Furtado, em seu livro Formação Econômica do


Brasil, na última parte, analisa os efeitos da Grande Depressão de 1929 sobre a
Economia Brasileira, particularmente em relação à produção de café e à
industrialização. Dentre as afirmações de Furtado, podemos citar
a) a Grande Depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu a
diversificação das exportações agrícolas.
b) a Grande Depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e a mudança
do eixo dinâmico da economia para a região nordeste.
c) a Grande Depressão de 1929 que não atingiu o setor cafeeiro, pois este produzia
para o mercado interno.
d) a Grande depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu,
indiretamente, o crescimento da produção industrial para o mercado interno.
e) a Grande depressão de 1929 que provocou a crise do setor cafeeiro e induziu,
indiretamente, o crescimento da produção industrial para o mercado externo.

09. (UEA) A crise econômica de 1929, que teve início nos Estados Unidos da
América, logo se estendeu para outras economias do mundo devido
a) à localização de empresas norte-americanas nas nações asiáticas e à alta dos
preços das ações na bolsa de Nova Iorque.
b) ao intervencionismo estatal nas áreas financeiras e à fuga de capitais dos países
em processo de desenvolvimento.
c) à estatização das empresas de petróleo em escala global e à falência geral dos
Estados capitalistas.
d) aos capitais norte-americanos aplicados no exterior e à contração do seu
mercado de importação.
e) ao aumento da produção de produtos tropicais nos Estados Unidos e à
desorganização das economias agroexportadoras.

10. (IFSudMinas) A crise financeira de 2008 foi a maior da história do capitalismo


desde a grande depressão de 1929. Começou nos Estados Unidos após o colapso da
bolha especulativa no mercado imobiliário, alimentada pela enorme expansão de
crédito bancário e potencializada pelo uso de novos instrumentos financeiros, a crise
financeira se espalhou pelo mundo todo em poucos meses. O evento detonador da
crise foi a falência do banco de investimento Lehman Brothers no dia 15 de
setembro de 2008, após a recusa do Federal Reserve (Fed, Banco Central
Americano) em socorrer a instituição.

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3
OREIRO, J. L. Origem, causas e impacto da crise financeira global de 2008.
Ecodebate: 15/09/2011. Disponível em: . Acesso em: 13/09/2012.
Com base em seus conhecimentos sobre as crises financeiras de 1929 e 2008, assinale
verdadeiro (V) ou falso (F).
( ) As duas crises – de 1929 e de 2008 – se iniciam nos EUA e se expandem
rapidamente, mas se limitam apenas ao continente americano.
( ) O setor financeiro tem participação importante nos dois momentos de crise, já
que a especulação nas bolsas e mercados de finanças é intensa em ambos os
momentos.
( ) A crise de 1929 desencadeou o programa governamental que ficou conhecido
como New Deal, que previa a elevação dos gastos públicos de forma a aquecer a
economia.
( ) Diferentemente da crise de 1929, a crise de 2008 não teve consequências para o
mundo do trabalho, já que as taxas de desemprego não aumentaram.
A sequência obtida é:
a) F, V, V, F.
b) F, F, V, V.
c) V, V, F, V.
d) V, V, V, F.
e) F, F, F, V.

 HA052- A República da Espada (1889-94).

1 . (UFV) A ideologia republicana ganhou força a partir de 1870, porque o


desenvolvimento das relações de produção capitalista em andamento no Brasil
exigia mudanças que o Império não podia realizar. Todavia, o Movimento
Republicano não foi homogêneo; ele congregou diferentes segmentos sociais
que,defendendo interesses específcos, opunham-se à continuidade do Império e ao
atraso por ele representado. Dentre estes segmentos sociais NÃO se encontrava:
a) o operariado; representado por líderes sindicais e políticos, que viam na
consolidação da República a possibilidade de fortalecimento da sua organização.
b) parte da oficialidade do Exército, ligada há ideologia positivista e que propunha a
consolidação de uma república autoritária.
c) a burguesia industrial, ligada á produção ainda incipiente de bens de consumo e
interessada em garantir mais industrialização.
d) a burguesia cafeeira do oeste paulista, interessada em promover a
descentralização política como forma de garantir a ampliação do seu poder.
e) a classe média dos centros urbanos, representada por ideólogos liberais,
defensores de um sistema federativo nos moldes da Constituição Norte-
Americana.

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4
2. (UFRN) O movimento militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca, em
1889, proclamou a República no Brasil, implantando um modelo de governo que se
declarava democrático. Décio Saes, ao estudar posteriormente esse movimento,
afirma que a democracia nascente definia-se desde logo como uma democracia
elitista e limitada, que correspondia a um refinamento da dominação de classe dos
proprietários de terras no plano das instituições políticas, configurando um novo
modelo de exclusão política.
SAES, Décio. Classe média e sistema político no Brasil. São Paulo: T. A. Queiroz,
1984.
Pode-se afirmar que a democracia da República Velha foi um novo modelo de
exclusão política na medida em que, nesse período,
a) implantou-se o federalismo, em que cada estado membro ganhava autonomia
para eleger o governador do estado e os deputados, que deveriam ser grandes
proprietários rurais.
b) adotou-se como sistema de governo o presidencialismo, em que o presidente da
República deveria escolher seus ministros entre os grandes cafeicultores
paulistas.
c) garantiu-se o direito de voto aos brasileiros do sexo masculino, maiores de 21
anos, excetuando analfabetos, mendigos, soldados e religiosos sujeitos à
obediência eclesiástica.
d) proclamou-se a independência entre o Estado e a Igreja, pondo fim ao regime do
padroado, vigente no Império, embora fosse vetado o acesso de protestantes aos
cargos públicos.

3. (FGV) "Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e aspirações... São,


por isso, instrumentos eficazes para atingir a cabeça e o coração dos cidadãos a
serviço da legitimação de regimes políticos... Os candidatos a herói não tinham, eles
também, profundidade histórica, não tinham a estatura exigida para o papel. Não
pertenciam ao movimento da propaganda republicana, ativa desde 1870... A busca
de um herói para a República acabou tendo êxito onde não o imaginavam muitos
dos participantes da proclamação".
CARVALHO, J. M. de, "A formação das almas." O imaginário da República no
Brasil, São Paulo: Cia das Letras, p.55-57.
A escolha e a construção do principal herói da República recaíram sobre:
a) Deodoro da Fonseca, devido à sua imensa popularidade, por ser um republicano
histórico e um ferrenho adversário dos poderes monárquicos.
b) Benjamin Constant, líder popular identificado com a causa operária, defensor do
positivismo e um representante civil com amplo trânsito entre os militares.
c) Duque de Caxias, grande comandante da Guerra do Paraguai, identificado com
uma política centralizadora e patrono do Exército brasileiro.

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@HISTORIAULAS
5
d) Bento Gonçalves, presidente da república rio-grandense e principal líder da
revolta farroupilha do século XIX, considerado o patrono militar do
republicanismo no Brasil.
e) Tiradentes, militar e republicano transformado em mártir, cuja morte passou a
ser associada ao sacrifício de Jesus Cristo.

4. (UFRN) A República da Espada teve início quando os militares lideraram o país


politicamente entre os anos de 1889 a 1894. Assim que a Monarquia foi derrubada,
o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca guiou as decisões tomadas
no Brasil naquele período. Um dos fatores que contribuiu para a ascensão dos
militares ao poder no Brasil, logo no início da República, foi
a) o apoio incondicional das oligarquias rurais e dos grandes cafeicultores paulistas,
que tinham, em sua maioria, representantes no exército brasileiro.
b) a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, que de uma certa forma fortaleceu o
exército, que passou a exigir maiores saldos e maior participação política.
c) a subvenção inglesa na implantação da República Brasileira interessada na
expansão da Doutrina Monroe, que defendia o fim dos regimes monárquicos na
América.
d) a tendência latino-americana de estabelecer governos ditatoriais e militares,
atrelados às concepções imperialistas e bolivarianas e, naturalmente,
desvinculados da influência norte-americana.

5. (Mackenzie) O primeiro período da história republicana do Brasil, de 1889-1894,


ficou conhecido como República da Espada, por ser marcado pela presença de
governos militares dos marechais Deodoro da Fonseca (1889-1891) e Floriano
Peixoto (1891-1894). Com relação a esse período considere as afirmativas abaixo.
I. A proclamação da República foi consequência da aliança entre os cafeicultores
paulistas com o exército, para derrubar o império, embora os dois setores tivessem
projetos políticos republicanos diferentes. Para proteger o novo regime, e permitir a
instalação das instituições republicanas, instalou-se um governo forte, controlado
pelos militares.
II. Após a instauração do regime republicano e a consolidação de suas instituições,
rompeu-se o consenso entre cafeicultores e militares sobre a permanência do
Exército no poder. Tanto o republicanismo radical quanto o positivismo
republicano não possuíam bases sociais significativas para sustentá-los no poder.
III. A ascensão de Prudente de Morais encerrou o período da República da Espada,
consagrando a vitória da oligarquia cafeeira. Porém, esse grupo passou a dar ênfase
na modernização e na industrialização, para contar com o apoio das classes médias
urbanas e demais grupos sociais que ameaçavam seu projeto político.
Assinale
a) se somente a afirmativa I estiver correta.

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6
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

6. (UEL) O Positivismo desenvolveu-se no Brasil durante o II Império e foi


defendido por políticos ilustres como Benjamin Constant, Júlio de Castilho,
Teixeira Mendes, marcando fortemente os ideais republicanos que culminaram com
a Proclamação da República, em 1889.
Com base nos conhecimentos sobre as influências positivistas no processo de
transição do regime imperial para o republicano, considere as afirmativas a seguir.
I. Como expressão mais forte dessas mudanças, o pavilhão imperial adotou o lema
positivista.
II. A ideia de uma democracia representativa levou à adoção do sistema do voto
universal, o que permitia a acomodação das classes sociais.
III. A presença do ideário positivista destacou-se no setor militar, sobretudo entre os
oficiais de alta patente.
IV. A formação de um governo de cunho autoritário caracterizou-se pela imposição
da ordem através da força militar, na chamada República de Espadas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

7. (UNIMONTES) Os presidentes da República do Brasil, entre 1889 e 1894, eram


militares. Esse período ficou historicamente conhecido como República da Espada.
Acerca desse período, analise as afirmativas a seguir, considerandoas corretas (C)
ou incorretas (I).
( ) O Marechal Deodoro da Fonseca, em seu Governo Provisório, foi apoiado pelo
Partido Republicano Paulista e pelo Exército, extinguiu o Conselho de Estado, o
Senado Vitalício e fechou a Câmara dos Deputados até as eleições para a
Assembleia Constituinte.
( ) O Presidente Floriano Peixoto adotou, em seu governo, medidas econômicas
liberais, como a diminuição das taxas de importação, liberação de empréstimos às
empresas de capital estrangeiro e autorização de emissão de papel-moeda aos
bancos particulares.
( ) A Revolta Federalista, movimento de caráter popular que eclodiu na região Oeste
de São Paulo e se disseminou para Minas Gerais e Paraná, reivindicava garantias de

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7
trabalho e igualdade de salários aos trabalhadores urbanos e rurais nas três
unidades federativas.
( ) A Revolta da Armada, ocorrida em 1893, foi deflagrada, entre outros fatores,
pela resistência de alguns grupos militares, principalmente da Marinha, à ascensão
política de civis e a algumas mudanças políticas promovidas pelo governo de
Floriano Peixoto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA, de cima para baixo:
a) I, C, I, C.
b) I, I, C, I.
c) C, C, C, I.
d) C, I, I, C.

8. (IFPR) Quase dois anos após a implantação da República, o Brasil não estava
pacificado, nem o regime consolidado. Entre 1892-95, os gaúchos vivenciaram a
Revolta Federalista, um conflito armado envolvendo latifundiários e estancieiros,
quando mais de doze mil combatentes foram mortos. De um lado estavam os pica
paus (usavam quepe em forma de uma ave bicuda), defensores de Castilho e do
presidencialismo fortalecido, enquanto do outro, estavam os federalistas, chamados
de maragatos (alguns eram uruguaios, descendentes de espanhóis de Maragateia,
estabelecidos em solo rio grandense) sob a liderança do comandante Gumercindo
Saraiva. Devido à gravidade, o conflito adquiriu âmbito nacional, ameaçando, além
do poder estadual, o próprio regime republicano, por isso Floriano Peixoto enviou
tropas legalistas contra os inimigos que, fugindo ao cerco, se deslocaram para o
norte do estado, alcançando depois Santa Catarina e Paraná, onde foram detidos,
frustrando sua tentativa de chegar à capital da República. Assinale a alternativa
que apresenta o nome da forte resistência aos federalistas e que deu a vitória aos
legalistas.
a) Cerco da Misericórdia.
b) Cerco de Canudos.
c) Cerco da Lapa.
d) Cerco das Araucárias.

 HA053- A República Oligárquica.

1. (ENEM) Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias


paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A
união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do
período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas
frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).

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A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um
acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma
idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas
divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de
envolvimento no comércio exterior.
TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.
Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).
Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se
com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos
apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar
os candidatos à presidência, sem necessidade de alianças.
b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do
conceito de aliança entre estados para este período.
c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança
entre mineiros e paulistas.
d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma
aliança duradoura entre as oligarquias.
e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno
unificavam os interesses das oligarquias.

2. (Unit-AL) A República Oligárquica foi o momento em que o Brasil esteve na mão


dos setores das oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Os grandes fazendeiros –
os “coronéis” – estavam diretamente ligados ao poder, influenciando as eleições
para presidente e governador.
(CARACTERÍSTICAS... 2019).
Sobre esse período da história republicana brasileira, marque V nas afirmativas
verdadeiras e F, nas falsas.
( ) As agitações sociais da República Velha, como a Guerra de Canudos, abriram
espaço para a expansão de movimentos de esquerda, como o Tenentismo, que
pretendeu estabelecer uma república socialista no país.
( ) Os anos iniciais da República foram de grande agitação social, marcados por
movimentos insurgentes, como a Revolução Federalista do Rio Grande do Sul e a
Guerra de Canudos, no Sertão da Bahia.
( ) A “Política dos Governadores” predominou através de um acordo no qual o
presidente dava suporte aos candidatos oficiais nas eleições dos estados e, os
governadores, de sua parte, apoiavam o indicado do governo nas eleições para
presidente.
( ) O movimento sanitarista tornou-se um importante marco na construção do
Estado Nacional Brasileiro e na mudança da relação entre Estado e sociedade,
apesar de a população não ver com bons olhos a iniciativa dos sanitaristas, que

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queriam acabar com as epidemias que assolavam as periferias das grandes cidades,
surgindo, assim, revoltas, como a da Vacina.
( ) A Primeira Guerra Mundial provocou um grande crescimento industrial, devido
à substituição de importações e, inclusive, às exportações de manufaturados aos
aliados, superando a economia cafeeira no volume de exportações e dando início ao
processo de industrialização do país.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a
a) F V F V V
b) V V V F F
c) F V V V F
d) V F V F F
e) F F F V V

3. (ESA) No ano de 1930, foi rompido o acordo da política do café com leite, isto é, o
desentendimento entre os partidários do Partido Republicano Paulista (PRP) e do
Partido Republicano Mineiro (PRM).
Nesse contexto histórico, que agitou a cena política nacional, nasceu a Aliança
Liberal (AL), um agrupamento político que reunia líderes dos estados:
a) de Minas Gerais, do Mato Grosso e do Ceará.
b) de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.
c) de São Paulo, da Bahia e de Pernambuco.
d) do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba.
e) do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e da Bahia.

4. (FDV) Leia, atentamente, o texto a seguir:


Reação republicana é o nome pelo qual ficou conhecida a chapa de
oposição apresentada, em 1921, por alguns estados – Bahia, Pernambuco, Rio de
Janeiro e Distrito Federal – contra o candidato à presidência da Repúblicaapoiado
por Minas Gerais e São Paulo. Em março de 1922, seria escolhido o novo presidente
da República, que substituiria o paraibano Epitácio Pessoa, no cargo desde 1919.
Seguindo a política do café-com-leite, as oligarquias de Minas e São Paulo lançaram
o nome do governador mineiro, Arthur Bernardes, à sucessão presidencial.
Insatisfeitos, alguns estados de importância secundária no cenário político-
econômico da época – ou que buscavam mais espaço frente à hegemonia mineira e
paulista – indicaram o então senador fluminense Nilo Peçanha para a disputa
contra a chapa situacionista. Estava formada, assim, a Reação republicana. (grifos
no original)
(Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historiabrasil/reacao-
republicana-oligarquias-disputam-o-poder.htm>. Acesso em: 11 ago. 2015)
O texto é capaz de atestar o caráter:

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0
a) não exatamente estável do pacto entre as oligarquias dominantes, ao longo da
Primeira República.
b) equilibrado e moderado dos interesses políticos em choque, naquele contexto.
c) tradicional da política republicana brasileira, marcado até os dias de hoje por
partidos políticos fortes, representativos e de longa existência.
d) vitorioso da Política dos Governadores sob o ponto de vista da promoção de uma
integração duradoura entre as lideranças estaduais.
e) frágil da Constituição de 1891, ao negar o gozo da plena autonomia federativa
aos estados.

5. (UECE) Atente para as seguintes afirmações a respeito da Política do Café com


Leite:
I. A Política do Café com Leite representava a imagem de um bem sucedido acordo
entre Minas Gerais e São Paulo: um acordo de alternância na presidência da
república entre os dois estados.
II. A união do Estado de São Paulo com o Estado de Minas Gerais foi um traço
importante, mas que não resume toda a história do período; com o tempo, surgiram
sérias divergências.
É correto afirmar-se que
a) as duas proposições são falsas.
b) as duas proposições são verdadeiras.
c) apenas a proposição I é verdadeira.
d) apenas a proposição II é verdadeira.

6. (UFN) No ano de 1889, um fato foi interpretado por muitas pessoas como um
milagre. Em uma missa no Ceará, a boca de uma mulher sangrou após comungar, e
várias pessoas entenderam que a hóstia havia se transformado em sangue. Quem
celebrava a missa era o padre Cícero Romão Baptista, cujo ocorrido motivou a sua
projeção política.
Nesse contexto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. No final do século XIX, a separação entre Igreja e Estado trouxe transformações
importantes para as práticas políticas e institucionais brasileiras e provocou reações
populares no país.
PORQUE
II. No período em questão, o poder político do nordeste brasileiro baseava-se no
coronelismo e na dominação oligárquica regional.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta
da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.

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c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
e) As asserções I e II são proposições falsas.

7. (UFVJM) Sendo função social antes que direito, o voto era concedido àqueles a
quem a sociedade julgava poder confiar sua preservação. No Império, como na
República, foram excluídos os pobres (seja pela renda, seja pela exigência da
alfabetização), os mendigos, as mulheres, os menores de idade [menores de 21], as
praças de pré (soldados e marinheiros), os membros de ordens religiosas. Ficava
fora da sociedade política a grande maioria da população.
Algumas mudanças, como a eliminação do Poder Moderador, do Senado Vitalício e
do Conselho de Estado e a introdução do federalismo, tinham, sem dúvida,
inspiração democratizante, na medida em que buscavam desconcentrar o exercício
do poder. Mas, não vindo acompanhadas por expansão significativa da cidadania
política, resultaram em entregar o governo mais diretamente aos setores
dominantes, tanto rurais quanto urbanos.
Fonte: CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. O Rio de Janeiro e a
República que não foi. 3ª Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 43-46.
Sobre a configuração da cidadania e a organização dos poderes no período
denominado República Oligárquica, pode-se afirmar que:
a) ocorreu a adoção do Federalismo que concentrou poderes em torno do Executivo
federal.
b) houve a permanência de dispositivos legais que garantiam ao governo federal
poderes praticamente ilimitados.
c) ocorreu a continuidade de aspectos presentes na política brasileira que impediam
o acesso da maioria da população à participação política.
d) desenvolveu-se um amplo processo de democratização com a participação
política dos diversos grupos sociais que compunham a sociedade brasileira na
época.

8. (PUC-Rio) “É de lá [dos estados] que se governa a República, por cima das


multidões que tumultuam, agitadas, nas ruas da capital da União. A política dos
estados [...] é a política nacional.”
(Manoel Ferraz Campos Sales. Da propaganda à presidência, 1908).
A partir do diagnóstico acima, o presidente Campos Sales (1898-1902) criou a
“Política dos Governadores”, esquema político que deu ao país uma estabilidade de
configuração oligárquica. Assinale a opção que resume o funcionamento daquela
política.
a) Pela Constituição republicana de 1891, as pessoas de baixa renda não tinham
direito de voto, sendo, portanto, o congresso nacional composto somente por
membros das elites e dos sindicatos oficiais.

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b) A inacessibilidade das camadas populares aos poucos serviços públicos tornava-
as dependentes dos chefes locais para o atendimento de suas necessidades
básicas, destituindo-as, na prática, da cidadania e, portanto, do exercício do voto.
c) A Constituição de 1891 estabeleceu uma tal superposição do executivo federal
sobre todas as outras instâncias de poder que os municípios e os estados ficaram
alijados da política nacional.
d) Os executivos estaduais, apoiados pelo executivo federal, garantiam a eleição dos
candidatos oficiais graças às suas ligações com o poder local dos “coronéis”, o
que estabeleceu uma cadeia nacional de troca de favores.
e) A inexistência de uma legislação trabalhista na Primeira República (1898-1930)
afastou os trabalhadores urbanos da vida política, entregando, dessa forma, o
comando do Estado brasileiro aos grandes empresários.

9. (UNICAMP) A denominação de república oligárquica é frequentemente atribuída


aos primeiros 40 anos da República no Brasil. Coronelismo, oligarquia e política dos
governadores fazem parte do vocabulário político necessário ao entendimento desse
período.
(Adaptado de Maria Efigênia Lage de Resende, “O processo político na Primeira
República e o liberalismo oligárquico”, em Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida
Neves Delgado (orgs.), O tempo do liberalismo excludente – da Proclamação da
República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 91.)
Relacionando os termos do enunciado, a chamada “república oligárquica” pode ser
explicada da seguinte maneira:
a) Os governadores representavam as oligarquias estaduais e controlavam as
eleições, realizadas com voto aberto. Isso sustentava a República da Espada, na
qual vários coronéis governaram o país, retribuindo o apoio político dos
governadores.
b) Diante das revoltas populares do período, que ameaçavam as oligarquias
estaduais, os governadores se aliaram aos coronéis, para que chefiassem as
expedições militares contra as revoltas, garantindo a ordem, em troca de maior
poder político.
c) As oligarquias estaduais se aliavam aos coronéis, que detinham o poder político
nos municípios, e estes fraudavam as eleições. Assim, os governadores elegiam
candidatos que apoiariam o presidente da República, e este retribuía com
recursos aos estados.
d) Os governadores excluídos da política do “café com leite” se aliaram às
oligarquias nordestinas, a fim de superar São Paulo e Minas Gerais. Essas
alianças favoreceram uma série de revoltas chefiadas por coronéis, que
comandavam bandos de jagunços.

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10. (IFRR) O paulista Manuel Ferraz de Campos Sales assumiu a presidência da
república em 1898, após o fim do mandato de Prudente de Morais. Candidato das
elites oligárquicas, Campos Salles procurou adotar medidas que visavam a
consolidação dos interesses políticos dos cafeicultores.
As principais ações do governo Campos Sales se concentraram na área econômica,
uma vez que a crise gerada pela política do encilhamento do governo de Deodoro da
Fonseca só se agravava mais. Além de uma inflação em níveis altíssimos e uma
desvalorização cada vez maior da moeda, o preço do café, principal produto
brasileiro, estava em constante declínio no mercado internacional.
Campos Sales procurou renegociar a dívida externa com os ingleses, maiores
credores do Brasil na época. De fato, a Inglaterra aceitou a suspensão temporária
do pagamento de juros da dívida e a concessão de dez milhões de libras em troca de
uma série de medidas de austeridade: combate à inflação, valorização da moeda e
corte de gastos.
I A política dos governadores conciliava o poder central e o estadual, fortalecendo
as oligarquias.
II Ao assumir o governo, Campos Sales encontrou as finanças públicas em situação
extremamente grave.
III Para promover a industrialização, negociou um acordo de investimentos com os
banqueiros, denominado funding-loan.
IV Ao final de seu governo, tanto a inflação aumentara, como também o déficit
público.
V Para garantir o domínio das oligarquias, criou o sistema de sufrágio censitário.
VI O Congresso Nacional mantinha-se atrelado ao Executivo, em virtude do
mecanismo chamado “degola”.
Julgue os itens acima, relativos ao governo Campos e assinale a alternativa em que
as todos os estão corretas.
a) I, II e V
b) I, II e III
c) I, III e VI
d) I, II e VI
e) II, III e IV

11. (Fatec) "Cabo de enxada engrossa as mãos - o laço de couro cru, machado e
foice também. Caneta e lápis são ferramentas muito delicadas. A lida é outra:
labuta pesada, de sol a sol, nos campos e nos currais (...) Ler o quê? Escrever o quê?
Mas agora é preciso: a eleição vem aí e o alistamento rende a estima do patrão, a
gente vira pessoa." (Palmério, Mario. VILA DOS CONFINS).
Com base no texto, é correto afirmar que, na República velha:

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a) o predomínio oligárquico, embora vinculado à manipulação do processo
eleitoral, estava longe de estabelecer qualquer compromisso entre "patrão" e
empregados.
b) a campanha eleitoral levada a cabo pelos chefes políticos locais visava a atingir,
principalmente, os trabalhadores urbanos já alfabetizados e menos embrutecidos
pela "labuta pesada".
c) a transformação operada no trabalhador durante o período eleitoral
representava a marca de um sistema político que estendia o poder dos grandes
proprietários rurais, dos "campos e currais", aos Municípios e, daí, à capital do
Estado.
d) o predomínio oligárquico, baseado em favores pessoais, buscava, sobretudo,
dissolver os focos de tensão social e oposição política, representados nas diversas
formas de organização dos trabalhadores rurais naquele momento.
e) o período eleitoral era o único momento em que os chefes locais se voltavam para
os seus subordinados, impondo-lhes seus candidatos e dispensando-os dos
trabalhos que "engrossavam as mãos".

 HA054- O Totalitarismo.

1. (PUC-MG) Ao contrário do historiador contemporâneo ao fascismo – como Franz


Neumann, Theodor Adorno e Ângelo Tasca –, nós sabemos, através de Auschwitz, o
que é o fascismo ou, ao menos, sabemos qual é a sua prática, ao contrário, ainda,
dos historiadores que escreveram no imediato pós-guerra, como Trevor-Hooper, G.
Barraclough ou Eric Hobsbawm (até algum tempo), não podemos tratar o fascismo
como um movimento morto, pertencente à história e sem qualquer papel político
contemporâneo. Encontramo-nos, desta forma, numa situação insólita: sabemos
qual a prática e as consequências do fascismo e sabemos, ainda, que não é um
fenômeno puramente histórico, aprisionado no passado. Assim, torna-se impossível
escrever sobre o fascismo histórico – o que é apenas uma distinção didática – sem
ter em mente o neofascismo e suas possibilidades.
FILHO, Daniel Aarão Reis. O século XX. p. 111-2.
Assinale a opção que sintetiza corretamente a ideia contida no trecho acima.
a) O fascismo é um fenômeno definido conceitualmente, cuja prática é identificada
pelos historiadores que coexistiram com ele historicamente.
b) O fascismo não é um fenômeno histórico ligado ao passado, ele se insere na
política contemporânea atual sob outras formas de atuação.
c) O fascismo não pode ser tratado sem qualquer relação com a política
contemporânea, já que hoje sabemos sua prática e suas consequências.
d) O fascismo, conforme os historiadores, é um fenômeno que não poder ser escrito,
já que se circunscreve na história contemporânea como passado e presente.

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2. (Unifesp) Morrer pela Pátria, pela Ideia (...) Não, isso é fugir da verdade. Mesmo
no front, matar é que é importante (...). Morrer não é nada, isso não existe. Ninguém
pode imaginar sua própria morte. Matar é o importante. Essa é a fronteira a ser
cruzada. Sim, esse é o ato concreto de vontade. Porque aí você torna sua vontade
viva na de outro homem.
Esse texto, de 1943-45, expressa a visão de mundo de um adepto da ideologia
a) socialista.
b) liberal-fascista.
c) nazi-fascista.
d) anarquista.
e) capitalista.

3. (Unitau) “No nazismo, temos um fenômeno difícil de submeter à análise racional.


Sob um líder que falava em tom apocalíptico de poder ou destruição mundiais, e um
regime fundado numa ideologia absolutamente repulsiva de ódio racial, um dos
países mais cultural e economicamente avançados da Europa planejou a guerra e
lançou uma conflagração mundial que matou mais de 50 milhões de pessoas”.
KERSHAW, Ian, 1993, p.3-4, apud HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1993, p.113.
Em linhas gerais, podemos caracterizar a ideologia nazista como
a) nacionalista e pluripartidarista.
b) racista e internacionalista.
c) marxista e pacifista.
d) estadista e anticapitalista.
e) nacionalista e anticomunista.

4. (PUCCamp-SP) "O Fascismo italiano e o Nazismo alemão conquistaram o


respeito de muitos setores da população, conseguindo um financiamento junto à alta
burguesia. Assim puderam resolver a crise do capitalismo, com a instalação de
ditaduras de direita que garantiram a ordem do sistema, os lucros e as
propriedades".
Servindo de exemplo a muitos países também atingidos pelos efeitos da Grande
Depressão, o totalitarismo:
a) Reforçou o desenvolvimento armamentista, preparando o terreno opara a
eclosão da Segunda Guerra Mundial.
b) Transformou a Alemanha no país mais rico e poderoso da Europa, ameaçada em
sua supremacia apenas pela Dinamarca.
c) Organizou e contribuiu para a evolução do bloco capitalista, sob o controle dos
Estados Unidos.
d) Desenvolveu a tendência de cooperação entre os Estados.

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e) Reacendeu as velhas disputas nacionalistas existentes, desde o século XIX, entre
a Grécia e a Turquia.

5. (UERJ) Os turbulentos jovens nazistas da Alemanha são os guardiães da Europa


contra o perigo comunista (...). O escoamento das reservas de energia da Alemanha
para a Rússia poderia ajudar o povo russo a restaurar uma existência civilizada, e
talvez inverter a tendência do comércio mundial, em favor da prosperidade.
(Rothermer. Daily Mail. 28/11/1933)
De acordo com a visão da imprensa dos países capitalistas, explicitadas no texto
acima, a Grande ameaça que pairava no mundo no momento do “entreguerras”
era:
a) o perigo dos governos de feição autoritária, como aqueles implantados na Itália e
no Japão.
b) a possibilidade de uma guerra entre os nazistas e as potências ocidentais, como
Grã-Bretanha e França.
c) a expansão do nazismo para o leste europeu, ameaçando as relações de comércio
entre área e a Europa ocidental.
d) a propagação do comunismo em direção ao ocidente, o que poderia ser evitado
através de uma guerra entre Hitler e Stalin.

6. (UFF-RJ) As décadas de 20 e 30 do século atual foram marcadas pela ascensão do


nazifascismo na Europa, caracterizado como um movimento que resultou em
regimes antiliberais, antidemocráticos e antissocialistas.
Assinale a opção que se refere corretamente a tal fenômeno:
a) O fenômeno do fascismo reproduziu-se ao longo da História através dos regimes
militares latino-americanos contemporâneos.
b) Sua influência no Brasil resumiu-se à emergência da ação integralista brasileira.
c) O nazifascismo seduziu as massas na Europa porque se assentou somente em
bases psicológicas.
d) Ao responder à ameaça da bolchevização, o fascismo buscou atender aos apelos
de uma população miserável, bem como salvaguardar os interesses das classes
médias perante os riscos da proletarização.
e) Originado na Alemanha, representou uma saída liberal para a crise europeia do
pós Primeira Guerra Mundial.

7. (UFF-RJ) Algumas características do salazarismo se confundem com o fenômeno


do fascismo. No entanto, para muitos autores, o regime de Salazar não pode ser
identificado como um exemplo de fascismo.
Assinale a opção que revela uma particularidade do regime instaurado em Portugal.
a) O forte apelo nacionalista conduziu à criação, em Portugal, de uma propaganda
oficial de apoio ao regime.

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b) O salazarismo estimulou, sistematicamente, a emigração como estratégia oficial
de captação de recursos.
c) O salazarismo negou os princípios do capitalismo liberal, legitimando a
intervenção do Estado na Economia.
d) Os sindicatos corporativistas foram exclusivos do regime salazarista.
e) O regime português se caracterizou pela existência de um partido único,
intitulado União Nacional.

8. (UFJF-MG) "(...) o totalitarismo leva à catástrofe, que tem grande possibilidade


de significar guerra ". (DAHRENDORF, R. O conflito social moderno.)
Historicamente, a relação entre totalitarismo e guerra verificou-se com a eclosão da
Segunda Guerra Mundial, que, em boa medida, deveu-se à emergência e ao
desenvolvimento de uma das formas mais acabadas de totalitarismo, isto é, o
Nazismo, sobre o qual é CORRETO afirmar:
a) emergiu na Alemanha, país que entrou na Primeira Guerra Mundial como uma
democracia e, após o término da mesma, transformou-se em uma verdadeira
ditadura;
b) possui como característica essencial a exaltação da comunidade e da nação em
detrimento do indivíduo;
c) seu discurso caracteriza-se pelo apelo frequente à razão e ao intelecto em
detrimento da emoção;
d) antes do III Reich, os nazistas proclamaram a República de Weimar, responsável
pela recuperação da economia alemã;
e) ao ascender ao poder, Hitler cortou relações econômicas com os Estados Unidos,
impedindo que a Alemanha sofresse as consequências da Crise de 1929.

9. (PUC-PR) Comparando o totalitarismo da direita ou nazifascismo e o


totalitarismo de esquerda ou socialismo, na teoria e na prática governamental onde
existiram, pode-se afirmar corretamente que:
I. Ambos censuravam os meios de comunicação, quer falados ou escritos.
II. Ambos procuravam fazer a igualdade de classes sociais, promovendo a
coletivização dos campos e fábricas.
III. O nazifascismo revelou-se tão internacionalista quanto o socialismo.
IV. Enquanto as bases teóricas do nazismo são encontradas na obra Mein Kampf,
de Adolf Hitler, o socialismo inspirou-se nos escritos de Karl Marx e de Frederico
Engels.
Estão corretas:
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) III e IV.

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e) II, III e IV.

10. (UFPEL-RS) O século XX gerou várias ideologias totalitárias que, apesar de


possuírem aspectos comuns, como o nacionalismo e a preocupação com o
desenvolvimento industrial, possuíam também características particulares
diferenciadoras.
Assinale a alternativa que expressa essas características.
a) O nazismo combateu a burguesia industrial e financeira alemã, enquanto o
fascismo era antissemita.
b) O nazismo era racista, enquanto o stalinismo combatia a propriedade privada e a
burguesia.
c) O nazismo defendia o comunismo, enquanto o fascismo pregava o
cooperativismo.
d) O fascismo defendia o comunismo, enquanto o stalinismo defendia a economia
capitalista.
e) O fascismo era mais racista que o nazismo, enquanto o stalinismo exaltava a
democracia liberal.

11. (UFSE) "(...) O apoio das massas aos fascistas não pode ser explicado em função
da eficácia da máquina propagandística, mas pelas próprias condições mentais e
econômicas dessas massas (...)"
"A família pequeno-burguesa é o xis da questão para Reich. Ela opera com a
energia sexual dos filhos para lhes impor as normas sociais e canalizá-la para os
rumos da manutenção do status quo. Cultiva a honra, o dever, a docilidade não-
crítica, a subserviência à autoridade. A posição que o pai assume em relação a seu
superior hierárquico na sociedade, é introduzida por ele na família. Assim
submetido a uma identificação com o pai, o filho manterá, com qualquer
autoridade, as mesmas inclinações de subserviência dotadas de forte carga afetiva.
O problema maior, para Reich, é que esta estrutura familiar pequeno-burguesa era
copiada pelas famílias proletárias..."
(Ricardo. Ademar. Flávio. História. Minas Gerais: Lê. 1993. 3v)
A partir do texto pode-se afirmar que a novidade do nazismo era sua força
a) em convencer as massas marginalizadas e desempregadas de que o nazismo seria
a solução dos problemas.
b) psicológica, que predispunha todos, trabalhadores ou não, a aceitarem ou
assumirem seu corpo ideológico.
c) racionalista, que submetia a todos ao Estado, entendido pelos nazistas como
catalizador da vontade nacional.
d) em imitar os ritos fascistas, na medida em que se criou campos de internamento
para a educação de crianças e de jovens.

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e) nacionalista, que impunha a crença de que em nome da religião qualquer tipo de
sacrifício podia ser exigido dos indivíduos.

12. (UFU-MG) Sobre o fascismo italiano e o nazismo alemão, assinale a alternativa


INCORRETA.
a) Os fascistas italianos se opunham ao conceito de lutas de classes marxistas:
pregavam a união dos trabalhadores com os capitalistas sob a direção do Estado.
b) O fascismo italiano e o nazismo alemão conquistaram o respaldo de muitos
setores da população, conseguindo financiamento junto à alta burguesia.
c) O fascismo não foi um fenômeno político, social e ideológico exclusivamente
italiano.
d) A ação do Estado nacional – socialista, na economia nazista visava,
principalmente, atender às necessidades da população, apostando na dissolução
da propriedade privada.
e) A ascensão do nacional – socialismo deu-se a partir da eclosão da crise
econômica dos anos 30, a qual agravou a situação financeira do país,
aumentando o número de descontentes com o regime e culminando com o fim da
República de Weimar.

 HA055- Governo Vargas.

1. (Enem 2021) Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova — 1932


A Educação Nova, alargando a sua finalidade para além dos limites das classes.
assume, com uma feição mais humana, a sua verdadeira função social, preparando-
se para formar "a hierarquia democrática” pela “hierarquia das capacidades”,
recrutadas em todos os grupos sociais, a que se abrem as mesmas oportunidades de
educação. Ela tem, por objeto, organizar e desenvolver os meios de ação durável
com o fim de “dirigir os desenvolvimentos natural e integral do ser humano em cada
uma das etapas de seu crescimento”, de acordo com uma certa concepção do
mundo.
Disponivel em: wrun hastec fo unicamp br Acesso em 7 out es
Os autores do manifesto citado procuravam contrapor-se ao caráter oligárquico da
sociedade brasileira.
Nesse sentido, o trecho propõe uma relação necessária entre
a) ensino técnico e mercado de trabalho.
b) acesso à escola e valorização do mérito.
c) ampliação de vagas e formação de gestores.
d) disponibilidade de financiamento e pesquisa avançada.
e) remuneração de professores e extinção do analfabetismo.

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2. (Enem PPL 2020) Há outras razões fortes para promover a participação da
população em eleições. Grande parte dela, particularmente os mais pobres, esteve
sempre alijada do processo eleitoral no Brasil, não somente nos períodos ditatoriais,
mas também nos democráticos. Na eleição de 1933, por exemplo, apenas 3,3% da
população do país votaram. Em 1945, com a volta da democracia, foram parcos
13,4%. Em 1962, só 20% dos brasileiros foram às urnas.
KERCHE, F.; FERES JR., J. Um nobre dever. Revista de História da Biblioteca
Nacional, n. 109, out. 2014.
O baixo índice de participação popular em eleições nos períodos mencionados
ocorria em função da
a) adoção do voto facultativo.
b) exclusão do sufrágio feminino.
c) interdição das pessoas analfabetas.
d) exigência da comprovação de renda.
e) influência dos interesses das oligarquias.

3. (Enem 2017) Estão aí, como se sabe, dois candidatos à presidência, os senhores
Eduardo Gomes e Eurico Dutra, e um terceiro, o senhor Getúlio Vargas, que deve
ser candidato de algum grupo político oculto, mas é também o candidato popular.
Porque há dois “queremos”: o “queremos” dos que querem ver se continuam nas
posições e o “queremos” popular… Afinal, o que é que o senhor Getúlio Vargas é?
É fascista? É comunista? É ateu? É cristão? Quer sair? Quer ficar? O povo,
entretanto, parece que gosta dele por isso mesmo, porque ele é “à moda da casa”.
A Democracia. 16 set. 1945. apud GOMES. A.C.; D’ARAÚJO, M. C. Getulismo e
trabalhismo. São Paulo: Ática. 1989.
O movimento político mencionado no texto caracterizou-se por
a) demandar a confirmação dos direitos trabalhistas.
b) apoiar a permanência da ditadura estadonovista.
c) resgatar a representatividade dos sindicatos sob controle social.
d) reivindicar a transição constitucional sob influência do governante.
e) reclamar a participação das agremiações partidárias.

4. (Enem 2017) Durante o Estado Novo, os encarregados da propaganda


procuraram aperfeiçoar-se na arte da empolgação e envolvimento das “multidões”
através das mensagens políticas. Nesse tipo de discurso, o significado das palavras
importa pouco, pois, como declarou Goebbels, “não falamos para dizer alguma
coisa, mas para obter determinado efeito”.
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. In:
PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: FGV, 1999.
O controle sobre os meios de comunicação foi uma marca do Estado Novo, sendo
fundamental à propaganda política, na medida em que visava

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a) conquistar o apoio popular na legitimação do novo governo.
b) ampliar o envolvimento das multidões nas decisões políticas.
c) aumentar a oferta de informações públicas para a sociedade civil.
d) estender a participação democrática dos meios de comunicação no Brasil.
e) alargar o entendimento da população sobre as intenções do novo governo.

5. (Enem Libras 2017) Getúlio libertou o povo, e são 8 horas de trabalho e só. Não
tinha que trabalhar dia e noite mais não. Getúlio é que fez as leis. A princesa Isabel
assinou a libertação, mas quem nos libertou do jugo da escravatura, do chicote, do
tronco, foi Getúlio, Getúlio Dorneles Vargas. Papai falava assim: “Meu filho. Nunca
houve um modo de governo igual a esse, meu filho”.
Relato de Cornélio Cancino, 82 anos, descendente de ex-escravos, Juiz de Fora
(MG), 9 maio 1995. In: MATTOS, H.; RIOS, A. L. (Org.). Memórias do cativeiro:
família, trabalho e cidadania no pós-Abolição. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2005 (adaptado)
A construção da memória apresentada no texto remete ao seguinte aspecto da
referida experiência política:
a) Fortalecimento da ideologia oficial, limitada à dimensão da escola.
b) Legitimação de coligações partidárias, vinculadas à utilização do rádio.
c) Estabelecimento de direitos sociais, associados à propaganda do Estado.
d) Enaltecimento do sentimento pátrio, ligado à consolidação da democracia.
e) Desenvolvimento de serviços públicos, submetidos à direção dos coronéis.

6. (Enem 2016) Em 1935, o governo brasileiro começou a negar vistos a judeus.


Posteriormente, durante o Estado Novo, uma circular secreta proibiu a concessão
de vistos a “pessoas de origem semita”, inclusive turistas e negociantes, o que causou
uma queda de 75% da imigração judaica ao longo daquele ano. Entretanto, mesmo
com as imposições da lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no país
durante a guerra e as ameaças de deportação em massa nunca foram concretizadas,
apesar da extradição de alguns indivíduos por sua militância política.
GRIMBERG, K. Nova língua interior. 500 anos de história dos judeus no Brasil. In:
IBGE, Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 (adaptado).
Uma razão para a adoção da política de imigração mencionada no texto foi o(a)
a) receio do controle sionista sobre a economia nacional.
b) reserva de postos de trabalho para a mão de obra local.
c) oposição do clero católico à expansão de novas religiões.
d) apoio da diplomacia varguista às opiniões dos líderes árabes.
e) simpatia de membros da burocracia pelo projeto totalitário alemão.

7. (Enem PPL 2016)


Aquarela do Brasil

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Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim!
Ah! Abre a cortina do passado
Tira a mãe preta do Cerrado
Bota o rei congo no congado
Brasil! Pra mim!
Deixa cantar de novo o trovador
A merencória luz da lua
Toda canção do meu amor
Quero ver a sá dona caminhando
Pelos salões arrastando
O seu vestido rendado
Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim!
ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento).
Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de Ary Barroso é um exemplo
típico de
a) música de sátira.
b) samba exaltação.
c) hino revolucionário.
d) propaganda eleitoral.
e) marchinha de protesto.

8. (ENEM 2011) É difícil encontrar um texto sobre a Proclamação da República no


Brasil que não cite a afirmação de Aristides Lobo, no Diário Popular de São Paulo,
de que “o povo assistiu àquilo bestializado”. Essa versão foi relida pelos
enaltecedores da Revolução de 1930, que não descuidaram da forma republicana,
mas realçaram a exclusão social, o militarismo e o estrangeirismo da fórmula
implantada em 1889. Isto porque o Brasil brasileiro teria nascido em 1930
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final
do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).
O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a
Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus
momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram

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construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira
de
a) valorizar as propostas políticas democráticas e liberais vitoriosas.
b) resgatar simbolicamente as figuras políticas ligadas à Monarquia.
c) criticar a política educacional adotada durante a República Velha.
d) legitimar a ordem política inaugurada com a chegada desse grupo ao poder.
e) destacar a ampla participação popular obtida no processo da Proclamação.

9. (Enem 2010) De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150
leis novas de proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus
setores. Todas elas têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o
trabalhador brasileiro encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro
lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942.
Apud BERCITO, S. R. Nos Tempos de Getúlio: da revolução de 30 ao fim do
Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990.
A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-institucionais ocorridas
no Brasil, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, evidenciam o papel histórico
de certas lideranças e a importância das lutas sociais na conquista da cidadania.
Desse processo resultou a
a) criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que garantiu ao
operariado autonomia para o exercício de atividades sindicais.
b) legislação previdenciária, que proibiu migrantes de ocuparem cargos de direção
nos sindicatos.
c) criação da Justiça do Trabalho, para coibir ideologias consideradas
perturbadoras da “harmonia social”.
d) legislação trabalhista que atendeu reivindicações dos operários, garantido-lhes
vários direitos e formas de proteção.
e) decretação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que impediu o controle
estatal sobre as atividades políticas da classe operária.

10. (Enem 2009) O autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu
livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos
conduziria à desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça
e ineficiência; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio Vargas,
seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria
providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um gênio político.
CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940 (adaptado).
Segundo as ideias de Francisco Campos,
a) os eleitores, políticos e juízes seriam malintencionados.
b) o governo Vargas seria um mal necessário, mas transitório.

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c) Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos.
d) a Constituição de 1937 seria a preparação para uma futura democracia liberal.
e) Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto.

 HA056- Estado Novo.

1. (UEFS) O Estado que nasceu com a Revolução de 1930 no Brasil distinguiu-se do


Estado da Primeira República (1889-1930)
a) pela suspensão dos impostos sobre as atividades industriais e pelo abandono da
política de proteção à economia cafeeira.
b) pela moralização dos processos eleitorais previstos pela primeira Constituição
republicana e pela concessão de voto aos analfabetos.
c) pelo fortalecimento do poder central e pela tendência a conceder algum tipo de
proteção aos trabalhadores urbanos.
d) pela aplicação dos princípios da política dos governadores e pelo projeto
econômico-financeiro do Encilhamento.
e) pelo esforço de organização de uma comunidade de países latino-americanos e
pela oposição à hegemonia dos Estados Unidos na América.

2. (PUC-Campinas) As primeiras transmissões radiofônicas no país foram


realizadas em 1922, durante os festejos do primeiro centenário da Independência.
No ano seguinte começaria a funcionar a primeira emissora brasileira, a Rádio
Sociedade do Rio de Janeiro, dirigida por Henrique Morize e Edgard Roquete
Pinto.
(In: AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. História. São Paulo: Ática, 2009,
p. 435)
O texto refere-se à introdução no Brasil de um dos meios de comunicação que,
a) no Estado Democrático, teve como finalidade modernizar e profissionalizar a
burocracia através do programa Hora do Brasil.
b) no Estado Novo, foi utilizado como instrumento de propaganda do regime,
através do programa radiofônico Hora do Brasil.
c) na República Velha, contribuiu para fortalecer a oligarquia cafeeira, através de
programa infantil de personificação do patriotismo.
d) na Nova República, foi responsável pela divulgação dos escritos sobre cultura
brasileira através de programas de alfabetização.
e) no Governo Militar, teve como missão fundamental estimular valores tais como o
nacionalismo, através do programa Hora do Brasil.

3. (ACAFE) Os antecedentes da subida de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, estão


ligados à crise política que indicaria o candidato do governo federal para as eleições
presidenciais de 1930. As desavenças entre o PRP - Partido Republicano Paulista e o

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PRM - Partido Republicano Mineiro, levaram o presidente Washington Luís a
indicar Júlio Prestes para concorrer à presidência da república.
Nesse contexto é correto afirmar, exceto:
a) Os políticos de Minas Gerais, que apoiavam Washington Luís, seguiram o líder
político Antônio Carlos e com a formação da Aliança Liberal passaram a compor
o grupo de apoio a Getúlio Vargas.
b) Líderes da Aliança Liberal não aceitavam o resultado das eleições. Alegavam
fraude no sistema eleitoral.
c) Na disputa com Júlio Prestes, Getúlio Vargas mostrou a força da Aliança Liberal
e foi eleito presidente da república, sendo empossado ainda em 1930.
d) O assassinato por motivos pessoais de João Pessoa - político da Paraíba e
candidato a vice-presidente na chapa de Getúlio Vargas - também contribuiu
para o clima de revolta que levou Getúlio Vargas ao poder.

4. (UFAM PSC) No ano de 1935, Getúlio Vargas, apoiado pela Lei de Segurança
Nacional, colocou a ANL (Aliança Nacional Libertadora) na ilegalidade e fechou
diversos sindicatos de orientação comunista. Apesar disso, a ANL entusiasmou seus
quadros militares, ligados basicamente ao PCB (Partido Comunista do Brasil), a
programar um levante armado em novembro de 1935, estimulado pela
Internacional Comunista de Moscou.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) Nas cidades de Natal (RN), Recife (PE) e Rio de Janeiro (DF), os aliancistas
foram vitoriosos, pois conseguiram implantar um governo revolucionário.
b) A Intentona Comunista de 1935 nasceu no movimento operário e contou com a
adesão maciça dos militares e do PCB.
c) Devido ao seu fracasso, o levante da ANL ficou conhecido pejorativamente como
Intentona Comunista.
d) A motivação para o levante comunista foi a aprovação pelo Congresso Nacional
do estado de sítio e do estado de guerra no Brasil.
e) A Intentona Comunista teve início no Rio de Janeiro e contou com o apoio
popular, tendo derrotado as forças policiais e assumido o poder por quatro dias.

5. (PUC-PR) “O ano de 1930 tem grande significado na vida de Prestes; é o


momento em que, diante da pressão para que assumisse a liderança do movimento
que ficaria conhecido como a “Revolução de 30”, ele rompe com seus antigos
companheiros, os “tenentes”, e se posiciona publicamente a favor do programa do
Partido Comunista.”
PRESTES, Anita Leocadia. Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro. São
Paulo: Boitempo, 2015.
Presente em diferentes momentos da história do Brasil, Luiz Carlos Prestes tornou-
se personagem importante da República Velha até a Redemocratização.

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Primeiramente integrante do movimento tenentista, durante os anos de exílio, após
o fim da Coluna Prestes (1925-27), estuda e se aproxima do comunismo, regressando
clandestinamente ao país como líder da Intentona Comunista (1935).
Uma tentativa de revolução que faz parte de um contexto histórico em que podemos
afirmar que
a) composto por grupos diferentes como líderes sindicais, comunistas e intelectuais,
o levante de 35 foi amplamente combatido pelos militares, cujos batalhões se
levantaram contra os revoltosos a partir de Natal chegando até o Rio de Janeiro,
antiga capital do país.
b) a ANL, agremiação política apoiada por Prestes, defendia principalmente a
reforma agrária, a suspensão do pagamento da dívida externa e o combate ao
fascismo. Com seu fechamento pelo governo Vargas, teve início a organização do
levante armado conhecido sob o nome de Intentona Comunista com diversos de
seus remanescentes.
c) os integralistas participaram ativamente do aparelhamento da Intentona
Comunista, movimento articulado entre antigos membros da ANL e da AIB,
ambos partidos políticos contrários ao governo Vargas.
d) o recém-criado PCB contava com amplo apoio popular, fato que ajudou no
alastramento da revolta pelo país e gerou forte reação do governo, que
respondeu com grande número de prisões e cassações políticas.
e) o presidente Vargas conseguiu contornar o levante comunista de 1935, contudo,
dois anos depois, um novo movimento chamado Plano Cohen teve início,
provocando o decreto de estado de sítio e o início de um governo ditatorial, o
Estado Novo (1937-45).

6. (UEMG) “Em agosto de 1942, dez submarinos alemães deslocaram-se para o


litoral brasileiro. Um deles recebeu ordem para atacar. No dia 15, o navio Baependi
foi sua primeira vítima. Outras duas embarcações teriam igual destino. Morreram
551 pessoas, apenas nesse dia. Nos quatro seguintes, mais três navios foram
afundados, com mais 56 mortes. Os submarinos do Eixo continuaram atacando o
litoral brasileiro. Foram afundados, até o fim da guerra, mais 12 navios brasileiros,
perdendo a vida mais 334 pessoas."
(FERRAZ, Francisco César. Os brasileiros e a Segunda Guerra Mundial. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005, p. 40-41)
Diante dos acontecimentos, acima narrados, o governo brasileiro juntouse aos
Aliados no esforço contra os países nazifascistas. Em 1945, essa decisão
intensificaria uma contradição do Estado Novo, ao combinar
a) o fim da censura à imprensa e a anistia de todos os presos políticos.
b) o impedimento do queremismo e a realização de eleições presidenciais.
c) o combate nacional às ideias autoritárias e a organização mundial de partidos.
d) o apoio externo às forças democráticas e a manutenção interna de uma ditadura.

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7. (UFRN) Colocado à frente do Poder Executivo no Brasil após o movimento de
1930, Getúlio Vargas manteve-se até 1945. Nesse período, que ficou conhecido como
a “Era Vargas”,
a) a promulgação do Código dos Interventores definia a competência dos tenentes
como substituto dos governadores, eliminando o poder das oligarquias estaduais.
b) a Ação Integralista Brasileira (AIB), agrupamento político de natureza fascista
liderado por Plínio Salgado, fez continuamente forte oposição a Vargas.
c) a Constituição promulgada em 1934 ratificou o acúmulo dos poderes Executivo e
Legislativo nas mãos do presidente, que governou por meio de decretos-leis.
d) a adoção de uma legislação trabalhista visava atender alguns interesses dos
trabalhadores, sendo definidos, entre outros direitos, a duração da jornada de
trabalho, o descanso semanal e o pagamento de hora extra.

8. (UEM) A respeito da época do Estado Novo (1937-1945) no Brasil, assinale a


alternativa correta.
a) Apesar de ter sido implantado pela força, o regime governado por Getúlio
Vargas logo se democratizou, permitindo o pluripartidarismo e garantindo a
liberdade de expressão política e ideológica, inclusive para os socialistas.
b) O Brasil foi forçado pelo contexto internacional a aderir aos aliados que
combatiam o nazi-fascismo, embora dentro do governo existissem indivíduos que
simpatizavam com Adolf Hitler e com Benito Mussolini, o ditador italiano.
c) O governo comandado por Getúlio Vargas proibiu a formação de companhias
privadas de colonização e assumiu o controle de todas as iniciativas de formação
de frentes pioneiras no território brasileiro.
d) Influenciado pelos Estados Unidos da América, o governo criou várias reservas
indígenas dentro das quais podiam ser desenvolvidas as mais diversas atividades
empresariais, inclusive cassinos, que não eram proibidos no País.
e) O regime comandado por Getúlio Vargas se empenhou em reduzir a legislação
trabalhista, que era muito complexa, ao mínimo necessário para o
funcionamento das empresas, extinguindo o imposto sindical e o salário mínimo.

9. (EsPCEx) O Estado Novo foi um período da chamada “Era Vargas”, em que o


presidente tinha os mais amplos poderes. Das alternativas abaixo, aponte aquela
que corresponde a um evento ocorrido durante o Estado Novo.
a) A população paulista deflagrou a chamada Revolução Constitucionalista.
b) Foi criado o Ministério da Educação e Saúde, em novembro de 1930.
c) Eclodiu a Intentona Comunista.
d) O Governo aprovou a Lei de Sindicalização, que definia os sindicatos como
órgãos consultivos.

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e) O Brasil participou da 2ª Guerra Mundial com a Força Expedicionária
Brasileira.

10. (EsPCEx) O início do período republicano no Brasil foi marcado por uma série
de conflitos que culminaram com a Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao
poder. Abaixo estão listados atos e fatos relacionados a nossa história.
I- Modelo econômico agroexportador.
II- Comissão Verificadora de Poderes.
III- Possibilidade do Presidente nomear Interventores estaduais.
IV- Criação da Consolidação das Leis Trabalhistas.
Assinale a opção que apresenta elementos relacionados à Primeira República.
a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) II e IV
e) III e IV

11. (UEA - SIS) Leia o texto para responder às questão.


A Segunda Guerra chegou até aqui. E pela primeira vez um presidente da
República visitou Vila Bela. [...] O presidente Vargas disse que os Aliados
precisavam do nosso látex, e que ele e todos os brasileiros fariam tudo para derrotar
os países do Eixo. [...] Os cargueiros voltaram a navegar nos rios da Amazônia;
transportavam borracha para Manaus e Belém, e depois os hidroaviões levavam a
carga para os Estados Unidos. Os sonhos e as promessas também voltaram.
(Milton Hatoum. Órfãos do Eldorado, 2008.)
É correto relacionar a afirmação do presidente Getúlio Vargas, “os aliados
precisam do nosso látex”,
a) ao fracasso do cultivo artificial da seringueira.
b) à crise da indústria automobilística durante a Guerra.
c) ao desenvolvimento da campanha militar no Oriente.
d) à fragilidade bélica da borracha sintética.
e) à proximidade das regiões produtoras amazônicas com as áreas de conflito.

12. (UECE) O final dos anos 1920 e o início dos anos 1930 foram marcados por uma
crise financeira generalizada, agravada pela quebra da bolsa de Nova York, que, no
Brasil, afetou mais fortemente a
a) economia cafeeira.
b) produção algodoeira.
c) manufatura açucareira.
d) indústria automobilística.

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13. (UECE) A partir de 1938, o Governo Vargas empreendeu a chamada “Marcha
para Oeste”. Leia atentamente o que se diz acerca dos objetivos e desdobramentos
dessa “Marcha”.
I. O objetivo inicial era incorporar as regiões que formam os estados de Mato
Grosso, Mato Grosso e Goiás à malha econômica do País.
II. A “Marcha” tinha o objetivo de incentivar a migração interna criando estradas e
apoiando o desenvolvimento industrial.
III. Essa marcha gerou conflitos de terras e confrontos entre migrantes e
comunidades indígenas, resultando em muitas mortes.
IV. A partir desses conflitos surgiu a proposta de criação de reservas fechadas para
as comunidades indígenas, isolando-as em seu próprio território.
É correto o que se afirma em
a) I e II apenas.
b) I, III e IV apenas.
c) II, III e IV apenas.
d) I, II, III e IV.

14. (UFN) O texto abaixo, foi distribuído em 1950, na campanha presidencial de


Getúlio Vargas.
Creio em Getúlio Vargas, todo poderoso, creador das leis trabalhistas. Creio no
Brasil e no seu filho, nosso patrono, o qual foi concebido pela revolução de 30.
Nasceu de uma Santa Mãe, investiu sobre o poder de Washington Luiz foi
condecorado com o emblema da República, desceu ao Rio no terceiro dia,
homenageou os mortos, subiu ao Catete e está hoje assentado em São Borja, donde
há de vir para a nova vitória. Creio em seu retorno ao palácio do Catete, na
comunhão dos pensamentos na sucessão presidencial. Amém.
(Revista de História da Biblioteca Nacional, Ano 9, n. 100, Janeiro de 2014. p.81)
Sobre o contexto das décadas de 1930 a 1945, a que se refere o texto, considere as
afirmativas, assinalando V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) O uso de projetos-lei, em substituição à constituição de 1891, foi uma das
primeiras iniciativas de Vargas, após chegar ao poder em 30.
( ) A obrigatoriedade do ensino primário público e gratuito foi uma das ações do
governo provisório.
( ) A participação do Brasil na luta contra o nazi-facismo garantia a aceitação dos
setores liberais ao governo de Vargas, durante o Estado Novo.
( ) Por meio de um discurso conciliador dos conflitos sociais e de uma proximidade
com as massas urbanas, Vargas dedicou-se a uma política desenvolvimentista.
A sequência correta é
a) F – F – V – F.
b) F – V – F – V.
c) V – F – V – V.

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0
d) V – V – F – V.
e) V – F – V – F.

15. (UEMG) As estrofes a seguir pertencem à música de Teixeirinha, denominada


“24 de agosto”, produzida em 1962 e presente na 6ª faixa do disco LP “Saudades de
Passo Fundo”. A música homenageia Getúlio Vargas.
“Vinte e quatro de agosto a terra estremeceu
Os rádios anunciaram o fato que aconteceu
As nuvens cobriram o céu, o povo em geral sofreu
O Brasil se vestiu de luto, Getúlio Vargas morreu!
Seu nome ficou na história pra nossa recordação
Seu sorriso era a vitória da nossa imensa nação
Com saúde, ele venceu guerra e revolução
Depois foi morrer à bala pela sua própria mão”.
(Adapatado)
Considerando a letra da música e os conhecimentos históricos sobre o tema, assinale
a alternativa INCORRETA.
a) O título da música refere-se à data em que Getúlio Vargas cometeu suicídio, em
1954, deixando uma carta-testamento, cuja autenticidade não foi devidamente
comprovada, na qual consta a frase "Saio da vida para entrar na história".
b) A “guerra” à qual a música se refere é a Segunda Guerra Mundial, da qual o
Brasil participou, através da Força Expedicionária Brasileira (FEB), lutando ao
lado dos aliados em território italiano.
c) A homenagem de Teixeirinha quer destacar a popularidade de Getúlio Vargas,
conhecido por ser o “Pai dos Pobres”. Esse codinome provavelmente está
relacionado, entre outros fatores, ao fato de Getúlio Vargas adotar uma política
trabalhista, com a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), sendo
responsável pelas concepções da Carteira de Trabalho, da Justiça do Trabalho e
do salário mínimo.
d) A revolução mencionada na música diz respeito à Revolução Constitucionalista
de São Paulo, também conhecida como Guerra Paulista, movimento armado que
ocorreu no segundo governo de Getúlio Vargas, a favor de suas políticas
populistas.

 HA057- A Segunda Guerra Mundial.

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1
1. (Enem 2012)

Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a agonia,
o autoritarismo militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um
gibi de um herói com uma bandeira americana no peito aplicando um sopapo no
Fürer só poderia ganhar destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar.
COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em:
www.revistastart.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
A capa da primeira edição norte-americana da revista do Capitão América
demonstra sua associação com a participação dos Estados Unidos na luta contra
a) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial.
b) os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial.
c) o poder soviético, durante a Guerra Fria.
d) o movimento comunista, na Guerra do Vietnã.
e) o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001.

2. (Enem 2012)

29
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2
Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos como o Maio de 1968 ou
a campanha contra a Guerra do Vietnã culminaram no estabelecimento de
diferentes formas de participação política. Seus slogans, tais como “Quando penso
em revolução quero fazer amor”, se tornaram símbolos da agitação cultural nos
anos 1960, cuja inovação relacionava-se
a) à contestação da crise econômica europeia, que fora provocada pela manutenção
das guerras coloniais.
b) à organização partidária da juventude comunista, visando o estabelecimento da
ditadura do proletariado.
c) à unificação das noções de libertação social e libertação individual, fornecendo
um significado político ao uso do corpo.
d) à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à reprodução, que era tomado
como solução para os conflitos sociais.
e) ao reconhecimento da cultura das gerações passadas, que conviveram com a
emergência do rock e outras mudanças nos costumes.

3. (Enem 2009) O objetivo de tomar Paris marchando em direção ao Oeste era, para
Hitler, uma forma de consolidar sua liderança no continente. Com esse intuito,
entre abril ejunho de 1940, ele invadiu a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica e a
Holanda. As tropas francesas se posicionaram na Linha Maginot, uma linha de
defesa com trincheiras, na tentativa de conter a invasão alemã. Para a Alemanha, o
resultado dessa invasão foi
a) ocupação de todo o território francês, usando-o como base para a conquista da
Suíça e da Espanha durante a segunda fase da guerra.
29
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3
b) a tomada do território francês, que foi então usado como base para a ocupação
nazista da África do Norte, durante a guerra de trincheiras.
c) a posse de apenas parte do território, devido à resistência armada do exército
francês na Linha Maginot.
d) a vitória parcial, já que, após o avanço inicial, teve de recuar, devido à
resistência dos blindados do general De Gaulle, em 1940.
e) a vitória militar, com ocupação de parte da França, enquanto outra parte ficou
sob controle do governo colaboracionista francês.

4. (Enem 2009) O ataque japonês a Pearl Harbor e a consequente guerra entre


americanos e japoneses no Pacífico foi resultado de um processo de desgaste das
relações entre ambos. Depois de 1934, os japoneses passaram a falar mais
desinibidamente da “Esfera de coprosperidade da Grande Ásia Oriental”,
considerada como a “Doutrina Monroe Japonesa”.
A expansão japonesa havia começado em 1895, quando venceu a China, impôs-lhe o
Tratado de Shimonoseki passando a exercer tutela sobre a Coreia.
Definida sua área de projeção, o Japão passou a ter atritos constantes com a China e
a Rússia. A área de atrito passou a incluir os Estados Unidos quando os japoneses
ocuparam a Manchúria, em 1931, e a seguir, a China, em 1937.
Sobre a expansão japonesa, infere-se que:
a) o Japão tinha uma política expansionista, na Ásia, de natureza bélica, diferente
da doutrina Monroe.
b) o Japão buscou promover a prosperidade da Coreia, tutelando-a à semelhança
do que os EUA faziam.
c) o povo japonês propôs cooperação aos Estados Unidos ao copiarem a Doutrina
Monroe e proporem o desenvolvimento da Ásia.
d) a China aliou-se à Rússia contra o Japão, sendo que a doutrina Monroe previa a
parceria entre os dois.
e) a Manchúria era território norte-americano e foi ocupado pelo Japão,
originando a guerra entre os dois países.

5. (Enem 2009) O Massacre da Floresta de Katyn foi noticiado pela primeira vez
pelos alemães em abril de 1943. Numa colina na Rússia, soldados nazistas
encontraram aproximadamente doze mil cadáveres. Empilhado em valas estava um
terço da oficialidade do exército polonês, entre os quais, vários engenheiros, técnicos
e cientistas. Os nazistas aproveitaram-se ao máximo do episódio em sua propaganda
antissoviética. Em menos de dois anos, porém, a Alemanha foi derrotada e a Polônia
caiu na órbita da União Soviética — a qual reescreveu a história, atribuindo o
massacre de Katyn aos nazistas. A Polônia inteira sabia tratar-se de uma mentira;
mas quem o dissesse enfrentaria tortura, exílio ou morte.

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@HISTORIAULAS
4
Disponível em: http://veja.abril.com.br. Acesso em: 19 maio 2009 (adaptado).
Disponível em: http://dn.sapo.pt. Acesso em: 19 maio 2009 (adaptado).
Como o Massacre de Katyn e a farsa montada em torno desse episódio se
relacionam com a construção da chamada Cortina de Ferro?
a) A aniquilação foi planejada pelas elites dirigentes polonesas como parte do
processo de integração de seu país ao bloco soviético.
b) A construção de uma outra memória sobre o Massacre de Katyn teve o sentido
de tornar menos odiosa e ilegítima, aos poloneses, a subordinação de seu país ao
regime stalinista.
c) O exército polonês havia aderido ao regime nazista, o que levou Stalin a encará-
lo como um possível foco de restauração do Reich após a derrota alemã.
d) A Polônia era a última fronteira capitalista do Leste europeu e a dominação
desse país garantiria acesso ao mar Adriático.
e) A aniquilação do exército polonês e a expropriação da burguesia daquele país
eram parte da estratégia de revolução permanente e mundial defendida por
Stalin.

6. (Enem 2008) Em discurso proferido em 17 de março de 1939, o primeiro-ministro


inglês à época, Neville Chamberlain, sustentou sua posição política:
“Não necessito defender minhas visitas à Alemanha no outono passado, que
alternativa existia? Nada do que pudéssemos ter feito, nada do que a França
pudesse ter feito, ou mesmo a Rússia, teria salvado a Tchecoslováquia da destruição.
Mas eu também tinha outro propósito ao ir até Munique. Era o de prosseguir com a
política por vezes chamada de ‘apaziguamento europeu’, e Hitler repetiu o que já
havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de população alemã na Tchecoslováquia,
eram a sua última ambição territorial na Europa, e que não queria incluir na
Alemanha outros povos que não os alemães.”
Disponível em: www.johndclare.net. Com adaptações.
Sabendo-se que o compromisso assumido por Hitler em 1938, mencionado no texto
acima, foi rompido pelo líder alemão em 1939, infere-se que
a) Hitler ambicionava o controle de mais territórios na Europa além da região dos
Sudetos.
b) a aliança entre a Inglaterra, a França e a Rússia poderia ter salvado a
Tchecoslováquia.
c) o rompimento desse compromisso inspirou a política de ‘apaziguamento
europeu’.
d) a política de Chamberlain de apaziguar o líder alemão era contrária à posição
assumida pelas potências aliadas.
e) a forma que Chamberlain escolheu para lidar com o problema dos Sudetos deu
origem a destruição da Tchecoslováquia.

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7. (Fuvest) “Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior.”
(Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941).
A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados
na Primeira Guerra Mundial, que contribuíram para alimentar antagonismos e
levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Entre esses problemas, identificamos:
a) o crescente nacionalismo econômico e o aumento da disputa por mercados
consumidores e por áreas de investimentos.
b) o desenvolvimento do imperialismo chinês da Ásia, com abertura para o
Ocidente.
c) os antagonismos austro-ingleses em torno da questão da Alsácia-Lorena.
d) a oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo
todo tipo de nacionalismo.
e) a divisão da Alemanha, que a levou a uma política agressiva de expansão
marítima.

8. (Fuvest) As bombas atômicas, lançadas contra Hiroshima e Nagasaki em 1945,


resultaram na morte de aproximadamente 300.000 pessoas, vítimas imediatas das
explosões ou de doenças causadas pela exposição à radiação. Esses eventos
marcaram o início de uma nova etapa histórica na corrida armamentista entre as
nações, caracterizada pelo desenvolvimento de programas nucleares com
finalidades bélicas.
Considerando essa etapa e os efeitos das bombas atômicas, analise as afirmações
abaixo.
I. As bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki foram lançadas pelos
Estados Unidos, único país que possuía esse tipo de armamento ao fim da Segunda
Guerra Mundial.
II. As radiações liberadas numa explosão atômica podem produzir mutações no
material genético humano, que causam doenças como o câncer ou são transmitidas
para a geração seguinte, caso tenham ocorrido nas células germinativas.
III. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, várias nações desenvolveram armas
atômicas e, atualmente, entre as que possuem esse tipo de armamento, têm-se
China, Estados Unidos, França, Índia, Israel, Paquistão, Reino Unido e Rússia.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

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9. (UFPR) Segundo a historiadora Regina da Luz Moreira, “o retorno dos
contingentes da FEB precipitou (...) a queda de Vargas em 1945”.
Fonte: CPDOC. "Fatos & Imagens > 1944: O Brasil vai à guerra com a FEB".
Assinale a alternativa que justifica a declaração acima, relacionando a atuação do
Brasil, por meio da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na Segunda Guerra
Mundial com o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-1945).
a) Ao lutar pela democracia e contra os fascismos na Europa com a FEB, o governo
de Vargas perdeu apoio interno ao manter regime autoritário.
b) Ao lutar pela democracia e derrotar os fascismos na Europa, os pracinhas
conquistaram apoio popular para derrubar a ditadura de Vargas.
c) Ao derrubar o regime franquista na Espanha, os soldados brasileiros inspiraram
a população a lutar por eleições, após 15 anos de Estado Novo.
d) Ao derrotar os fascistas na Batalha de Monte Castelo na Itália, a FEB conquistou
o apoio norte-americano para derrubar a ditadura de Vargas.
e) Ao lutar pela libertação dos povos europeus, o governo brasileiro esgotou seus
recursos financeiros no Exército, precipitando a queda de Vargas.

10. (UFRGS) Em 1942, o governo brasileiro decretou estado de guerra contra a


Alemanha e a Itália, enviando, em 1944, tropas para o continente europeu. Com
relação à participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar
que
a) a experiência da Força Expedicionária Brasileira (FEB), durante a Primeira
Guerra Mundial (1914-1918), foi decisiva para o sucesso da expedição brasileira.
b) a tomada de Monte Castelo, na Itália, foi a principal conquista militar realizada
pelos pracinhas da FEB.
c) o Brasil, durante o período em que permaneceu neutro em relação aos conflitos,
não permitiu a instalação de bases militares norte-americanas em seu território.
d) a participação do Brasil na guerra, contra os regimes nazifascistas, estava em
consonância com a forma de governo democrática assumida por Getúlio Vargas,
desde 1937.
e) a participação do Brasil junto aos aliados concedeu ao país um assento
permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

11. (UFRN) Em relação à Segunda Guerra Mundial é correto afirmar que:


a) Hitler empreendeu uma implacável perseguição aos judeus, que resultou na
morte de seis milhões de pessoas.
b) os norte-americanos permaneceram neutros na guerra até 1941, quando
bombardearam Hiroshima e Nagasaki.
c) De Gaulle foi o chefe do governo de Vichy.
d) com o ataque alemão a Pearl Harbor, os norte-americanos resolveram entrar na
guerra.

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7
e) a Crise de 1929 nada teve a ver com a Segunda Guerra Mundial.

12. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914-1918 se iniciou, a ciência médica


tinha feito progressos tão grandes que se esperava uma conflagração sem a
interferência de grandes epidemias. Isso sucedeu na frente ocidental, mas à leste o
tifo precisou de apenas três meses para aparecer e se estabelecer como o principal
estrategista na região (...). No momento em que a Segunda Guerra Mundial está
acontecendo, em territórios em que o tifo é endêmico, o espectro de uma grande
epidemia constitui ameaça constante. Enquanto estas linhas estão sendo escritas
(primavera de 1942) já foram recebidas notificações de surtos locais, e pequenos,
mas a doença parece continuar sob controle e muito provavelmente permanecerá
assim por algum tempo.
Henry E. Sigerist, Civilização e doença.
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.
O correto entendimento do texto acima permite afirmar que
a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as duas grandes guerras mundiais do
século XX, era uma ameaça porque ainda não tinha se desenvolvido a biologia
microscópica, que anos depois permitiria identificar a existência da doença.
b) parte significativa da pesquisa biológica foi abandonada em prol do atendimento
de demandas militares advindas dessas duas guerras, o que causou um
generalizado abandono dos recursos necessários ao controle de doenças como o
tifo.
c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não afetaram os combatentes dos
países ricos, já que estes, ao contrário dos combatentes dos países pobres,
encontravam-se imunizados contra doenças causadas por vírus.
d) a ameaça constante de epidemia de tifo resultava da precariedade das condições
de higiene e saneamento decorrentes do enfrentamento de populações humanas
submetidas a uma escala de destruição incomum promovida pelas duas guerras
mundiais.
e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra Mundial, foi utilizado como arma letal
contra exércitos inimigos no leste europeu, que eram propositadamente
contaminados com o vírus da doença.

13. (ACAFE) Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a atual capital alemã teve seu
território dividido entre os países aliados. A divisão física, que marcava a
polarização política do pós-guerra, foi feita pelo Muro de Berlim, construído em
agosto de 1961, e que se tornou um dos grandes símbolos da Guerra Fria.
Considerando o contexto mencionado, é CORRETO afirmar:
a) Na Conferência de Potsdam, em 1945, os países aliados decidiram sobre os
territórios ocupados pelos nazistas, sendo a Alemanha dividida entre essas

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8
potências e dando origem a República Democrática Alemã e a República Federal
da Alemanha.
b) Ao término da Segunda Guerra Mundial, os principais vencedores possuíam o
mesmo alinhamento político, ou seja, o socialismo e buscaram aproximação com
o bloco capitalista.
c) A Guerra Fria se caracterizou pela polarização política entre os Estados Unidos
e a Alemanha, e definiu uma situação em que houve intensos conflitos armados
que envolveram várias nações ao longo de décadas.
d) A queda do muro de Berlim marca o fortalecimento do comunismo e o
proeminente colapso dos países aliados, situação que veio a se concretizar em
1991 com a Reunificação Alemã.

14. (UECE) O trabalho de Herman Bernhard Lundborg, utilizado para justificar a


ideia de “higiene racial”, foi fundamental para o debate sobre eugenia. Assim sendo,
a eugenia passou a ser defendida pelo regime nazista, culminando, em 1935, na
aprovação das Leis de Nuremberg. Essas leis
a) obrigavam a esterilização de pessoas com problemas hereditários e a castração
de delinquentes sexuais e de homossexuais.
b) criaram centros de reprodução humana e, ao mesmo tempo, legitimaram o
programa Lebensborn, que incentivava pessoas saudáveis a reproduzirem-se.
c) dispunham sobre práticas de limpeza e higienização, com vistas a proporcionar a
melhoria genética da espécie humana.
d) proibiam o casamento ou contato sexual de alemães com judeus, bem como com
pessoas portadoras de doenças mentais, contagiosas ou hereditárias.

15. (UFGD) O filme Vestígios do Dia (1993), dirigido por James Ivory, com roteiro
do escritor Kazuo Ishiguro, é um drama que narra a vida do mordomo Stevens
(Anthony Hopkins), que dedica sua vida exclusivamente ao trabalho, em servir
fielmente seu patrão. Como pano de fundo, temse uma mansão histórica, palco de
decisões e reuniões pré-Segunda Guerra, com fortes discursos em favor ao nazismo.
Esse contexto abordado pelo filme traz à tona um dos acontecimentos que marcou o
período da Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, um evento traumático, que
vitimou milhões de pessoas.
A respeito do Holocausto, é correto afirmar que
a) atingiu apenas os judeus e foi um problema localizado na Alemanha.
b) ocorreu na década de 1940, em virtude da desobediência civil dos judeus.
c) não foi exclusivamente um problema judeu.
d) vitimou especialmente judeus, brasileiros e ameríndios latino-americanos.
e) ocorreu devido aos problemas político-econômicos que Alemanha, Polônia e
Israel vivenciavam.

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16. (PUC-RS) “Guerra improvável, paz impossível”, disse o historiador francês
Raymond Aron. A frase ilustra as relações internacionais Pós-Segunda Guerra
Mundial. Sobre esse contexto, é correto afirmar:
a) A intensa rivalidade entre as superpotências lançava o risco de guerra,
resultando numa corrida armamentista. Entretanto, a disputa armamentista
suscitava o risco de destruição em massa, afastando a possibilidade de uma
guerra direta entre as superpotências.
b) O projeto Guerra nas Estrelas foi desenvolvido pela URSS como forma de
garantir a hegemonia políticomilitar, sendo neutralizado pelos EUA, que, para
isso, se valeram de campanhas com forte conteúdo ideológico e da extensão do
seu domínio sobre o Terceiro Mundo.
c) Os EUA, debilitados pelo aumento dos gastos militares, limitaram-se
comercialmente, perdendo importantes áreas de controle na América Latina
para o bloco soviético.
d) Os movimentos revolucionários financiados pela URSS eclodiram
principalmente no Terceiro Mundo.
e) Os EUA buscaram abrir, estrategicamente, a economia dos países socialistas
como forma de controle, tentando uma aliança econômica, apesar das
divergências político-ideológicas.

17. (PUC-Rio) Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os governos dos Estados
Unidos e da União Soviética foram os protagonistas de uma disputa política, militar,
econômica e cultural de alcance global. A tensa rivalidade entre as duas
superpotências e seus aliados dividiu o mundo por quatro décadas e foi denominada
“Guerra Fria”.
Sobre esse período, é CORRETO afirmar que:
a) a competição tecnológica esteve no centro da disputa da Guerra Fria. A
construção de satélites, mísseis e redes de comunicação tornaram o mundo mais
seguro e politicamente estável.
b) a tensão militar ficou concentrada no continente europeu. Com isso, a América
Latina, África e Ásia ficaram livres de ações intervencionistas de americanos e
soviéticos.
c) os arsenais de bombas atômicas eram o “ponto de equilíbrio” da Guerra Fria. A
capacidade de destruição mútua fez com que os Estados Unidos e a União
Soviética evitassem um conflito direto.
d) a perseguição ideológica fez com que milhares de americanos e russos
abandonassem seus países, gerando uma enorme onda migratória para as regiões
do “Terceiro Mundo”.
e) o cinema desempenhou um papel importante na construção das narrativas da
Guerra Fria. Filmes americanos e soviéticos desenvolveram roteiros que

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0
enfatizavam as ideias de harmonia e compreensão a fim de equilibrar o discurso
belicoso dos seus governos.

18. (UECE) No ano de 2015, completam-se setenta anos do fim da Segunda Guerra
Mundial. Assinale a opção que corresponde aos episódios que marcaram o início e o
fim desse conflito respectivamente.
a) Declaração de guerra do império Austro-Húngaro ao Reino da Sérvia e o dia do
Armistício em que a Alemanha entregou suas armas.
b) A invasão da Polônia por Hitler e a explosão das bombas atômicas em Hiroshima
e Nagasaki.
c) A Revolução de Outubro na Rússia e a declaração de vitória dos aliados por
parte da ONU.
d) O assassinato de um negociante judeu-polonês no porto do Mar Báltico de
Danzing em janeiro de 1939 e a reunião de Roosevelt, Churchill e Stalin.

19. (FAMEMA) A ordem geopolítica do pós-Segunda Guerra Mundial articulou a


bipolarização do poder entre
a) Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, com a instituição do Muro de
Berlim.
b) Rússia e China, com a instituição do protecionismo econômico.
c) Estados Unidos e União Soviética, com a chamada Guerra Fria.
d) Coreia do Norte e Coreia do Sul, com a deflagração da Guerra da Coreia.
e) Estados Unidos e Reino Unido, com a proclamada Guerra ao Terror.

20. (FCMS/JF) Sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial (1939-


1945), é correto afirmar que foi:
a) impulsionada a partir da aliança com os países Aliados, especialmente com os
Estados Unidos, possibilitando a participação da Força Expedicionária Brasileira
no conflito.
b) motivada pelos ataques às bases militares de Pearl Harbor, que influenciaram a
entrada de diversos países latino-americanos no conflito.
c) movida por interesses exclusivamente morais, uma vez que interessava ao
governo brasileiro de Getúlio Vargas lutar pela democracia e pela liberdade.
d) realizada de forma ampla e permanente, com o envio de diversas tropas para a
região do conflito durante os seis anos que duraram a guerra.

21. (ENCCEJA) Os anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da
União Soviética não formam um período homogêneo na história do mundo. Apesar
disso, a história desse período foi reunida sob um padrão único pela situação
internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS: o constante confronto

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1
das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial na chamada
“Guerra Fria”.
HOBSBAWM, E. A era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991. São Paulo:
Cia. das Letras, 1995 (adaptado).
O autor reconhece que a característica fundamental do período mencionado é a
a) fragilidade dos países socialistas.
b) bipolaridade da economia mundial.
c) regionalização dos conflitos militares.
d) criação da Organização das Nações Unidas.

 HA058- O Pós-guerra.

1. No século passado, por volta dos anos 70, o arsenal de armas nucleares à
disposição dos militares da U.R.S.S. e dos E.U.A. era mais que suficiente para
desintegrar várias vezes toda a humanidade, caso fosse usado em uma guerra.
Nessas circunstâncias, o fantasma do holocausto nuclear esteve presente no
cotidiano de bilhões de habitantes do planeta, até o fim da União Soviética, no
começo dos anos 90. Contribuiu para afastar esse pesadelo catastrófico:
a) a crise dos mísseis soviéticos em Cuba.
b) a criação do Pacto de Varsóvia.
c) a vitória dos E.U.A. na Guerra do Golfo.
d) os acordos assinados por Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchev.
e) a decisão de H. Truman, de só usar a energia nuclear para fins pacíficos.

A Segunda Guerra Mundial fez emergir interesses e aspirações conflitantes que


culminaram em relevantes mudanças nos quinze anos posteriores (1945- 1960).
Entre esses novos acontecimentos, é possível citar:
a) o início dos movimentos pela libertação colonial na África e a divisão do mundo
em dois blocos.
b) a balcanização do sudeste da Europa e o recrudescimento das ditaduras na
América Latina.
c) a criação do Mercosul e a expansão dos comunistas no Oriente Médio.
d) os conflitos entre palestinos e judeus e o desaparecimento do império austro-
húngaro.
e) o desmantelamento da União Soviética e a dominação econômica dos Estados
Unidos.

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2. A Guerra do Vietnã – símbolo da resistência do povo vietnamita – submeteu as
forças militares americanas à sua mais fragorosa derrota. Para os vietnamitas, a
presença americana no Sudeste da Ásia apenas substituía as forças colonialistas da:
a) França
b) Inglaterra
c) Holanda
d) Bélgica
e) Alemanha

3. Após a Segunda Guerra Mundial, consolidou-se uma ordem político-econômica


internacional que expressou o(a):
a) conflito político e ideológico entre a União Soviética e os Estados Unidos.
b) supremacia política e militar da Europa Ocidental.
c) subordinação neocolonial dos países árabes e da América Latina.
d) liderança política mundial da China Comunista através de sua participação na
ONU.
e) hegemonia econômica mundial das ex-nações imperialistas, tais como a Inglaterra
e a França.

4. “É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a
promover o retorno ao poder econômico normal do mundo, sem o que não pode
haver estabilidade política nem garantia de Paz.” (Plano Marshall – 5.VI.1947)
O plano Marshall se constituiu:
a) na principal meta da política externa norte americana, que era pacificar o
Extremo Oriente.
b) num projeto de ajuda industrial aos países da América Latina.
c) num importante instrumento de expansão do comunismo na Europa.
d) na definição da política externa isolacionista dos EUA, paralela à montagem do
complexo industrial militar.
e) num dos meios de penetração dos capitais norteamericanos nas economias
européias.

5. País formado após a Primeira Guerra Mundial, adotou o socialismo após a


Segunda Guerra Mundial sob o comando do General Tito. Mergulhando em uma
sangrenta Guerra Civil provocou a intervenção da União Européia, fez com que os
sérvios se opusessem ainda mais radicalmente a qualquer possível acordo para a
pacificação da região. Este país foi a:
a) Iusgoslávia
b) Polônia
c) Tcheco-Eslováquia
d) Bulgária

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3
e) Romênia

6. Qual das seguintes afirmações explica, sucintamente, o fim da URSS?


a) O regime entrou em colapso porque os dirigentes estavam desmoralizados, desde
as denúncias de Kruchev no XX Congresso do Partido.
b) O regime deixou de ser sustentado pelo Exército, adversário tradicional do
Partido Comunista.
c) A vitória militar dos EUA na Guerra Fria tornou inviável a manutenção do
regime.
d) O colapso do regime deveu-se à crise generalizada da economia estatal,
combinada com o fracasso da abertura controlada de Gorbachev.
e) Os líderes soviéticos abandonaram a crença no socialismo e decidiram
transformar a URSS em um país
capitalista.

7. Após o término da Segunda Guerra Mundial, o mundo ficou bipolarizado entre


duas superpotências: a ex-União Soviética e os Estados Unidos. Enquanto a
primeira liderava o bloco socialista, a outra comandava o bloco:
a) comunista.
b) anarquista.
c) feudal.
d) escravista.
e) capitalista.

8. “Há oitenta anos, a Rússia era forte por causa do dinamismo revolucionário do
comunismo, incluindo o poder de atração da sua ideologia. Há quarenta anos, a
Rússia Soviética era forte por causa do poderio do Exército Vermelho. Hoje, a
Rússia de Putin é forte por causa do gás e do petróleo.”
Timothy Garton Ash, historiador inglês, janeiro de 2007.
Do texto, depreende-se que a Rússia
a) manteve inalterada sua posição de grande potência em todo o período
mencionado.
b) recuperou, na atualidade, o seu papel de país líder da Europa.
c) conheceu períodos de altos e baixos em função das conjunturas externas.
d) passou de força política, a força militar e desta, a força econômica.
e) conservou, sempre, a sua preeminência graças ao incomparável poderio militar.

9. No início da década de 60, o arsenal nuclear à disposição das grandes potências


era suficiente para destruir a Humanidade, caso fosse utilizado em uma situação de
conflito. Ao assumir o governo, o presidente Kennedy (1961 – 63) defendeu a
substituição da política externa norte-americana de confronto por uma de

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4
entendimento com a URSS, cujo objetivo era o desarmamento gradual das duas
superpotências. Esse programa do governo Kennedy foi conhecido como:
a) Doutrina Drago
b) Corolário Roosevelt
c) Doutrina Monroe
d) Nova Fronteira
e) Política de Boa Vizinhança

 HA059- A guerra Fria.

1. (Enem PPL 2019) Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre a Proibição
das Armas Químicas (CPAQ) marcou um momento novo das relações
internacionais no campo da segurança. Aberta para assinaturas em Paris, em
janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de negociações na Conferência do
Desarmamento em Genebra, a CPAQ entrou em vigor em abril de 1997. Ao abrir a
I Conferência dos Estados-Partes na CPAQ, em Haia, o secretário-geral da ONU,
Kofi Annan, descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”. Disse: “O que
vocês fizeram com sua livre vontade foi anunciar a essa e a todas as futuras gerações
que as armas químicas são instrumentos que nenhum Estado com algum respeito
por si mesmo e nenhum povo com algum senso de dignidade usaria em conflitos
domésticos ou internacionais”.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas: trajetória
futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.
O que a Convenção representou para o cenário geopolítico mundial?
a) Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais.
b) Restrição aos complexos industriais militares.
c) Enfraquecimento de blocos políticos regionais.
d) Cerceamento às agências de inteligência estatal.
e) Desestabilização das empresas produtoras de munições.

2. (Enem 2018) Os soviéticos tinham chegado a Cuba muito cedo na década de 1960,
esgueirando-se pela fresta aberta pela imediata hostilidade norte-americana em
relação ao processo social revolucionário. Durante três décadas os soviéticos
mantiveram sua presença em Cuba com bases e ajuda militar, mas, sobretudo, com
todo o apoio econômico que, como saberíamos anos mais tarde, mantinha o país à
tona, embora nos deixasse em dívida com os irmãos soviéticos – e depois com seus
herdeiros russos – por cifras que chegavam a US$ 32 bilhões. Ou seja, o que era
oferecido em nome da solidariedade socialista tinha um preço definido.
PADURA, L. Cuba e os russos. Folha de São Paulo, 19 jul 2014 (adaptado).
O texto indica que durante a Guerra Fria as relações internas em um mesmo bloco
foram marcadas pelo(a)

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5
a) busca da neutralidade política.
b) estímulo à competição comercial.
c) subordinação à potência hegemônica.
d) elasticidade das fronteiras geográficas.
e) compartilhamento de pesquisas científicas.

3. (Enem 2016 - 3ª Aplicação) A Guerra Fria foi, acima de tudo, um produto da


heterogeneidade no sistema internacional — para repetir, da heterogeneidade da
organização interna e da prática internacional — e somente poderia ser encerrada
pela obtenção de uma nova homogeneidade. O resultado disto foi que, enquanto os
dois sistemas distintos existiram, o conflito da Guerra Fria estava destinado a
continuar: a Guerra Fria não poderia terminar com o compromisso ou a
convergência, mas somente com a prevalência de um destes sistemas sobre o outro.
HALLIDAY, F. Repensando as relações internacionais. Porto Alegre: EdUFRGS,
1999.
A caracterização da Guerra Fria apresentada pelo texto implica interpretá-la como
um(a)
a) esforço de homogeneização do sistema internacional negociado entre Estados
Unidos e União Soviética.
b) guerra, visando o estabelecimento de um renovado sistema social, híbrido de
socialismo e capitalismo.
c) conflito intersistêmico em que países capitalistas e socialistas competiriam até o
fim pelo poder de influência em escala mundial.
d) compromisso capitalista de transformar as sociedades homogêneas dos países
socialistas em democracias liberais.
e) enfrentamento bélico entre capitalismo e socialismo pela homogeneização social
de suas respectivas áreas de influência política.

4. (Enem 2009) O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e


1990, gerou expectativas de que seria instaurada uma ordem internacional marcada
pela redução de conflitos e pela multipolaridade.
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta:
a) o aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas,
ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o
tráfico de drogas e o crime organizado.
b) o fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes
potências, o que se traduziu em maior estabilidade nos continentes europeu e
asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria.
c) o desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em
regiões assoladas por conflitos passaram a ser realizadas pela Organização das
Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países emergentes.

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6
d) a plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de
um conflito nuclear como ameaça global, devido à crescente consciência política
internacional acerca desse perigo.
e) a condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões
da ONU no que concerne às ações militares

5. (ENEM 1999) Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos


jornais era o que tratava da moeda única europeia. Leia a notícia destacada abaixo.
O nascimento do Euro, a moeda única a ser adotada por onze países europeus a
partir de 1 de janeiro, é possivelmente a mais importante realização deste
continente nos últimos dez anos que assistiu à derrubada do Muro de Berlim, à
reunificação das Alemanhas, à libertação dos países da Cortina de Ferro e ao fim da
União Soviética. Enquanto todos esses eventos têm a ver com a desmontagem de
estruturas do passado, o Euro é uma ousada aposta no futuro e uma prova da
vitalidade da sociedade Européia. A “Euroland”, região abrangida por Alemanha,
Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália,
Luxemburgo e Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase
80% do americano, 289 milhões de consumidores e responde por cerca de 20% do
comércio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar com o dólar a condição
de moeda hegemônica.
A matéria refere-se à “desmontagem das estruturas do passado”, que pode ser
entendida como
a) a confrontação dos modelos socialista e capitalista para deter o processo de
unificação das duas Alemanhas.
b) a crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia levando à polarização
ideológica da antiga URSS.
c) a inserção de alguns países do Leste Europeu em organismos supranacionais,
com o intuito de exercer o controle ideológico no mundo.
d) a prosperidade das economias capitalista e socialista, com o consequente fim da
Guerra Fria entre EUA e a URSS.
e) o fim da Guerra Fria, período de inquietação mundial que dividiu o mundo em
dois blocos ideológicos opostos.

 HA060- Revoluções Socialistas.

1. (UFRGS) Considere as afirmações sobre a Revolução Russa de 1917 e seus


desdobramentos.
I - Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 1917, e a abdicação do czar
Nicolau II, foi instaurado um regime parlamentar liberal, mais tarde removido pela
Revolução Bolchevique de outubro do mesmo ano.

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II - Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os Estados Unidos e as
principais potências europeias apoiaram a luta dos bolcheviques contra os
chamados “brancos” contrarrevolucionários.
III - Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos “velhos bolcheviques”,
antigos revolucionários aliados de Lênin, foram removidos do poder e executados a
mando de Josef Stalin.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

2. (UEFS) Uma política foi sendo aos poucos colocada em prática, desde 1919, pelos
países vencedores na Primeira Guerra Mundial: não intervir, porém conter o
bolchevismo. Formar uma “barragem contínua”, apoiando-se no exército polonês e
no exército romeno. Era o primeiro esboço do mais tarde chamado “cordão
sanitário”.
(Jean-Jacques Becker. O Tratado de Versalhes, 2011. Adaptado.)
O historiador alude, implicitamente,
a) à irrelevância da revolução russa nas relações internacionais.
b) à ausência de plano no combate dos capitalistas ao socialismo soviético.
c) à aliança entre nações capitalistas e forças czaristas no combate ao socialismo.
d) à defesa pelo Ocidente das liberdades democráticas nos estados socialistas.
e) à consolidação da revolução socialista na Rússia soviética.

3. (UFFRJ) Em 1921, o problema nacional central era o da recuperação econômica -


o índice de desespero do país é eloquente: naquele ano, 36 milhões de pessoas não
tinham o que comer. Nas novas e ruinosas condições da paz, o "comunismo de
guerra" revelava-se insuficiente: era preciso estimular mais efetivamente os
mecanismos econômicos da sociedade. Assim, ainda em 1921, no X Congresso do
Partido, Lenin propõe um plano econômico de emergência: a Nova Política
Econômica.
NETO, J. P. "O que é Stalinismo". São Paulo: Brasiliense, 1981.
Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto afirmar que:
a) ela reintroduziu práticas de exploração econômica anteriores à Revolução Russa
de 1917, que se traduziram num abandono temporário de todas as
transformações socialistas já feitas e um retorno ao capitalismo.
b) ela consistiu na manutenção de elementos econômicos socialistas, na organização
da economia (como o planejamento) e na permissão para o estabelecimento de
elementos capitalistas por meio da livre iniciativa em certos setores.

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8
c) ela significou fundamentalmente uma reforma agrária radical que promoveu a
coletivização forçada das propriedades agrárias e a construção de fazendas
coletiva, os Kolkhozes.
d) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo a volta controlada de relações
capitalistas na economia, já que ela ampliou ainda mais o nível de desemprego e
produziu fome em grande escala.
e) ela significou, com a abertura para o capitalismo, um aumento substancial da
produção industrial, mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os incentivos
anteriormente concedidos à produção agrícola, foi a razão da ruína do campo

4. (UEG) Observe a charge a seguir:

A charge citada, produzida no contexto das reflexões sobre o centenário da


Revolução Russa, ironiza
a) a difusão da servidão e ruralização da economia a partir do fechamento do país
durante o governo do Czar Alexandre II.
b) o despotismo czarista em relação aos operários, como foi o caso do massacre no
chamado Domingo Sangrento de 1905.
c) a proeminência da Igreja Católica Ortodoxa, principalmente do monge
Rasputin, sobre os membros da família real czarista.
d) o domínio ideológico da burguesia no chamado Governo Provisório, que
acarretou o empobrecimento de camponeses e operários.
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e) a insatisfação dos soldados combatentes da I Guerra Mundial, obrigados a lutar
em condições precárias, enfrentando a fome e o frio.

5. (Famerp 2018) Seja como for, o comunismo não se limitava à Rússia. […] Uma
das minhas primeiras experiências políticas, quando me tornei membro do partido
[comunista] na época em que ainda estudava em Berlim, foi uma discussão com o
companheiro responsável por meu recrutamento. Ele ficou desconcertado quando
lhe disse: “Bem, todo mundo sabe que a Rússia é um país atrasado, por isso
podemos esperar que o comunismo tenha suas derrotas por lá.”
(Eric J. Hobsbawm. O novo século, 2000.)
A afirmação do estudante de Berlim e futuro historiador inglês baseava-se na ideia
de que
a) as revoluções operárias vitoriosas ocorreram ao longo da história nos países mais
industrializados.
b) as rupturas sociais radicais, inauguradas pela Revolução Francesa, deram
origem a regimes totalitários.
c) o sucesso revolucionário seria possível somente no caso da propagação da
revolução para países dominados pelos europeus.
d) a vitória dos comunistas na Rússia foi liderada por partidos oriundos dos
movimentos camponeses.
e) a revolução bolchevista deveria enfrentar a questão do desenvolvimento
econômico do país.

6. (Pucrj 2018) A Revolução Socialista na Rússia, em 1917, foi um dos


acontecimentos mais significativos do século XX, uma vez que derrubou o regime
tzarista e estabeleceu o socialismo no país. Sobre o contexto sociopolítico anterior à
Revolução, analise as afirmativas a seguir:
I. A maior parte da população estava no campo, submetida a condições de trabalho
muito precárias devido a um sistema fundiário concentrado.
II. A indústria e o setor financeiro se desenvolveram muito ao longo do século XIX e
se tornaram a base de uma forte burguesia nacional.
III. A igreja ortodoxa mantinha forte influência sobre a elite aristocrática e era um
dos pilares ideológicos do regime monárquico.
IV. No decorrer do século XIX, o operariado russo tornou-se a principal oposição ao
regime monárquico através de uma sólida rede de sindicatos e partidos.
Estão corretas SOMENTE as afirmativas:
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I e IV.
e) III e IV.

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0
7. (Fuvest) Na segunda metade do século XIX, em face do avanço do Ocidente na
Ásia, a China:
A. Tornou-se, como a Índia, uma colônia, com a única diferença de ser dominada por
várias potências e não apenas pela Inglaterra.
B. Reagiu, como o Japão, realizando, ao mesmo tempo, um processo de restauração
imperial e de modernização econômica.
C. Manteve, formalmente, seu estatuto de Império Celestial, mas ao preço de enormes
perdas e concessões às potências ocidentais.
D. Conseguiu fechar-se ao Ocidente graças à Rebelião Taiping, depois de derrotada
pela Inglaterra na Guerra do Ópio.
E. Resistiu vitoriosamente a todas as agressões do Ocidente até Pequim ser saqueada
durante a Guerra dos Boxers

8. (UFRN) A China atravessava grandes dificuldades econômicas em 1966, quando


Mao Tsé-tung deu início à Revolução Cultural, que se declarava contrária a “quatro
velharias”: velhas ideias, velha cultura, velhos costumes e velhos hábitos”. Apesar
de propagar transformações nessas áreas, a revolução Cultural foi também um
movimento político, pois:
a) fortaleceu o poder de Mao Tsé-tung, em razão da repressão aos líderes acusados
de direitistas e do expurgo dos que faziam oposição ao grupo maoísta.
b) possibilitou a consolidação da Guarda Vermelha no poder, a qual reimplantou o
burocratismo, o autoritarismo e o nepotismo típico do modelo soviético.
c) ampliou a influência do modelo soviético sobre o comunismo chinês, com o
investimento de muitos capitais e contando com a cooperação de técnicos
soviéticos no planejamento da economia.
d) traçou uma nova diretriz para o país, com a qual Mao Tsé-tung buscava o
desenvolvimento de relações internacionais que atraíssem capitais e empresas
estrangeiras.

9. (UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo,


referentes República Popular da China.
( ) No final da década de 1950, o Partido Comunista Chinês contestou a hegemonia
soviética sobre o bloco comunista, mas nunca rompeu diretamente com Moscou. ( )
A Grande Revolução Cultural perseguiu diversos intelectuais e tinha, como
objetivo, depurar o Partido Comunista Chinês das propostas revisionistas. ( ) O
líder Deng Xiaoping promoveu mudanças a partir de um plano de reformas que
reestruturou a economia chinesa. ( ) A China, após as reformas econômicas, entrou
em uma fase de crescimento acelerado, tornando-se a segunda potência econômica
mundial. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,
é

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1
a) V – V – F – F.
b) F – V – V – V.
c) F – F – V – V.
d) V – V – F – V.
e) V – F – V – F.

10. (Unicamp-SP) No Ocidente, as relações de Mao Tsé-tung com o marxismo foram


objeto de discussão. Alguns estudiosos questionaram se Mao era realmente um
marxista, enquanto outros argumentaram que seu pensamento estava baseado no
stalinismo e não acrescentava nada de novo no marxismo-leninismo. As ideias de
Mao só foram reconhecidas internacionalmente pelo termo “maoísmo” depois da
Revolução Cultural.
Adaptado de LAWRENCE, Alan. China under communism. Londres/Nova Iorque:
Routledge, 2000, p.6.
O fato dos estudiosos ocidentais questionarem a filiação marxista dos ideais de Mao
Tsé-tung estava relacionado:
a) ao chamado conflito sino-soviético, que resultou na ruptura de relações entre
China e URSS.
b) à aliança de Mao e do Partido Comunista Chinês com Chang Kai-shek e o
Kuomintang durante a II Guerra Mundial.
c) à organização da Revolução Chinesa a partir de uma base camponesa e não
operária.
d) à Revolução Cultural e às críticas que surgiram à burocracia do Partido
Comunista Chinês.

11. (UEM) “Em 1976, esgotava-se na China o fôlego da Revolução Cultural, iniciada
em 1966. Nesse ano morria Mao Tsé-tung, seu principal idealizador. Em 1978, sob a
liderança de Deng Xiaoping, o país começaria a flexibilizar o regime socialista.
Buscava-se então uma difícil conciliação entre a abertura econômica em direção à
economia de mercado e à preservação do regime político autoritário sob a
hegemonia do Partido Comunista Chinês.”
(ARRUDA, J. J. de A. e PILETTI, N. Toda a História. São Paulo: Ática, 2003. p.
465.)
A respeito da História da China, assinale a alternativa correta.
a) Mao Tsé-Tung chegou ao poder por meio da revolução armada de orientação
socialista que ficou conhecida como revolução cultural.
b) O denominado Grande Salto para a Frente, realizado pela Revolução Chinesa
ocorreu quando Mao-Tsé Tung conduziu a China ao capitalismo.
c) A abertura econômica iniciada a partir de 1978 com Deng Xiaoping promoveu
um intenso desenvolvimento da China que a coloca, hoje, entre as maiores
economias do planeta.

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2
d) A abertura econômica iniciada por Deng Xiaoping estendeu-se também à política
e, hoje, a China vive uma democracia semelhante aos países do Ocidente
europeu.
e) Mesmo tendo uma população superior a 1,3 bilhão de habitantes, a China
constituiu-se no maior exportador de alimentos do planeta.

12. (FCC) Em outubro de 1949, Mao Tsé-tung, derrotando os nacionalistas,


proclamou a República Popular da China. No interior do chamado campo socialista
esse fato foi de suma importância, uma vez que:
a) A Revolução possibilitou a criação, em 1950, do bloco de Estados desvinculados
dos blocos geopolíticos da Guerra Fria: os Países Não Alinhados.
b) O mundo vivenciava plenamente a Guerra Fria e, naquele contexto, a adesão da
China representou uma grande vitória para o socialismo.
c) A Revolução Socialista Chinesa, no auge da Guerra Fria, quase precipitou o
mundo em uma nova guerra nuclear entre os blocos capitalista e socialista.
d) A conversão da China ao sistema socialista, no contexto da Guerra Fria, retraiu
os Movimentos Nacionais pela Libertação dos países no Oriente Médio.

13. (FGV-SP) A Grande Marcha empreendida nos anos 30 por Mao Tsé-tung e seus
seguidores foi:
a) uma fuga dos contingentes comunistas que estavam sendo perseguidos pelas
tropas do Kuomitang.
b) uma fuga dos seguidores de Mao perseguidos pelas tropas japonesas que
invadiram a Manchúria.
c) uma tentativa das tropas comunistas de cortar as linhas de abastecimento das
tropas nacionalistas.
d) uma tentativa das tropas de Mao de cercar as tropas japonesas que haviam
invadido a Manchúria e o norte da China.
e) a marcha empreendida pelos comunistas sobre Nankim para derrotar as tropas
do Kuomitang.

14. (FGV) Com a rendição do Japão aos aliados, em 1945, reiniciou-se a Guerra
Civil na China. O governo dirigido por Chiang Kai-Shek, chefe da facção de direita
conhecida como nacionalista, recebeu ajuda norte-americana mas não conseguiu
deter a ofensiva político-militar dos comunistas chineses, liderados por Mao Tse-
Tung. Os comunistas entraram em Pequim em janeiro de 1949 e, no dia 1º de
outubro, proclamaram a República Popular da China. (Myrian Becho Mota e
Patrícia Ramos Braick, História: das cavernas ao terceiro milênio)
Entre as especificidades guardadas pela revolução chinesa, vitoriosa em 1949, é
possível apontar:

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3
a) A ausência de um partido comunista forte e atuante, a neutralidade das
potências mundiais e o apoio do exército japonês aos revolucionários.
b) A ausência de um partido comunista organizado nacionalmente, o apoio decisivo
de Cuba e a defesa do socialismo por meio da via parlamentar.
c) A construção de uma ordem socialista associada a preceitos capitalistas, a
presença de brigadas internacionais e o apoio militar da Índia.
d) A presença de uma guerra de longa duração, a progressão lenta do poder local
ao poder central e a decisiva participação dos camponeses.
e) A manutenção da propriedade privada, a restauração da monarquia na China e
a presença de tropas revolucionárias da Iugoslávia e da Albânia.

14. (Fuvest)

A fotografia acima, tirada em Beijing, China, em 1989, pode ser identificada,


corretamente, como
a) reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise
económica que então se abateu sobre aquela potência comunista.
b) emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na
recuperação de valores religiosos ancestrais na China.
c) demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua
política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime.
d) montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que
nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.
e) símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda
hoje marcante naquele país.

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@HISTORIAULAS
4
15. (UERJ) CAMPOS DE “REEDUCAÇÃO PELO TRABALHO” NA CHINA: A
MUDANÇA DE UM SISTEMA DE OPRESSÃO POR OUTRO
A extinção do sistema chinês de campos de “reeducação pelo trabalho” (RTL)
arrisca não ser mais do que uma mudança cosmética. “Abolir o sistema de RTL é
um passo na direção certa. Mas há agora indicadores de que isto é apenas para
desviar as atenções públicas dos abusos cometidos naqueles campos, onde a tortura
é uma prática sistemática. É claro que as políticas subjacentes de castigar pessoas
pelas suas atividades políticas ou pelas suas crenças religiosas não mudaram. Os
abusos e a tortura continuam na China, apenas assumiram uma expressão
diferente”, sustenta a perita Corinna Barbara Francis, da Anistia Internacional.
Adaptado de amnistia-internacional.pt, 17/12/2013.
Nas últimas quatro décadas, o sistema político chinês vem evoluindo de forma muito
lenta, se comparado às grandes mudanças econômicas observadas no país.
A prática mencionada no texto foi intensamente utilizada no momento da história
chinesa denominado:
a) Longa Marcha
b) Guerra do Ópio
c) Revolução Cultural
d) Levante dos Boxers

 HA061- América latina do Século XX.

1. (FUVEST) Existem semelhanças entre as ditaduras militares brasileira (1964-


1985), argentina (1976 1983), uruguaia (1973-1985) e chilena (1973-1990).
Todas elas:
a) receberam amplo apoio internacional tanto dos Estados Unidos quanto da
Europa Ocidental.
b) combateram um inimigo comum, os grupos esquerdistas, recorrendo a métodos
violentos.
c) tiveram forte sustentação social interna, especialmente dos partidos políticos
organizados.
d) apoiaram-se em idéias populistas para justificar a manutenção da ordem.
e) defenderam programas econômicos nacionalistas, promovendo o
desenvolvimento industrial de seus países.

2. (UFRGS) Na Argentina, os dois mandatos presidenciais de Carlos Menem (1989 a


1999) são considerados como o auge da adoção de medidas de orientação neoliberal.
É correto afirmar que, no seu conjunto, essas medidas resultaram em
a) desindustrialização do país devido à perda de competitividade, o que gerou
desemprego.
b) retração da atividade agropecuária diante da desvalorização do peso.

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5
c) ampliação de recursos destinados aos programas sociais de combate à fome.
d) nacionalização de empresas e monopólio, por parte do Estado, dos
hidrocarburetos.
e) ampliação da capacidade da indústria voltada ao mercado interno.

3. (UFSM) Analise o fragmento a seguir.


Irarrazabal chama-se a rua por onde caminhávamos em setembro. Foi ali, pela
primeira vez, que vimos passar um caminhão cheio de cadáveres. Era uma tarde de
setembro de 1973, em Santiago do Chile, a apenas alguns minutos antes do toque de
recolher. Caminhávamos rumo à Embaixada da Argentina e nossas chances eram
estas: ou saltávamos para dentro dos jardins da Embaixada e ganhávamos asilo
político, ou ficávamos na rua, em pleno toque de recolher. Se ficássemos na rua,
certamente seríamos presos e teríamos, pelo menos, algumas noites de tortura.
Fonte: GABEIRA, Fernando. O que é isso, companheiro? SP: Cia. das Letras, 2009.
p. 10-11. (adaptado)
O texto acima refere-se:
I. à situação dos militantes de esquerda nos países do Cone Sul, nos anos 1960 e 70:
a prisão, a tortura e a morte realizadas pelos órgãos de segurança dos regimes
militares.
II. ao modo como os golpes militares se processavam, com eliminação física da
oposição política e militar, muitas vezes com uso sistemático da tortura.
III. ao contexto político que acompanhou a derrota dos governos nacional-
desenvolvimentistas ou socialistas e à implantação de um modelo que privilegiava a
internacionalização econômica.
IV. à dura reação do bloco conservador latino-americano frente ao avanços das
organizações de esquerda que pleiteavam a reforma socioeconômica ou, algumas
vezes, o socialismo.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I
b) apenas II.
c) apenas I, II e III.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.

4. (PUC-RIO) Nas décadas de 1960 e 1970, a América Latina viveu a experiência de


inúmeros golpes que deram início a Ditaduras Militares que, apesar das diferenças
entre si, apresentam características comuns. Das alternativas abaixo, quais
apresentam afirmativas que expressam corretamente esta idéia?
I – Em todos estes regimes militares as instituições representativas sofreram abalos,
ocorreu a falência ou crise aguda dos partidos políticos tradicionais, assim como a
militarização da vida política em geral.

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@HISTORIAULAS
6
II – O governo dos Estados Unidos, profundamente envolvido na Guerra Fria no
continente asiático, não participou diretamente dos golpes militares ocorridos nesta
época na América Latina.
III – A nova ordem política que se institucionalizou a partir destes golpes militares
procurou se legitimar em nome dos princípios contidos na “doutrina de segurança
nacional”, cujo ponto central era “impedir a iminente ameaça comunista” no
continente.
IV – De maneira geral, nos novos governos autoritários nascidos destes golpes,
ocorreu o desmantelamento das organizações sindicais, por meio da supressão do
direito de greve, da intervenção nos sindicatos, da prisão e assassinato de líderes
trabalhistas.
ASSINALE a alternativa correta:
a) Apenas as afirmativas II, IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, II, III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

5. (Unesp-SP) Um conjunto de normas mais ou menos semelhantes se impôs na


Argentina após 1976, no Uruguai e no Chile, depois de 1973, na Bolívia quase
ininterruptamente, no Peru de 1968 até 1979, no Equador, de 1971 a 1978. (Clóvis
Rossi)
Assinale a alternativa que melhor expressa o conjunto de normas de exceção que
marcaram a trajetória político-institucional dos países latino-americanos indicados
no texto.
a) Dissolução de partidos e sindicatos, com o objetivo de estabelecer uma nova
ordem democrática e popular.
b) Domínio político das organizações guerrilheiras.
c) Extinção dos partidos políticos, intervenção nos sindicatos e suspenção das
eleições diretas.
d) Política externa alinhada automaticamente à União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas e ao bloco do Leste.
e) Formação de uma frente parlamentar, para revisão constitucional.

6. (Cesgranrio) A eleição de Salvador Allende em 1970 no Chile constitui-se num


acontecimento específico atípico no panorama geral da América Latina.
Sua política de governo se caracterizou por ser:
a) nacionalista, com exclusão de membros da Guarda Nacional – bastião de poder
no governo anterior.
b) liberal, com livre importação de produtos manufaturados.

31
@HISTORIAULAS
7
c) isolacionista no contexto continental, com pressões militares e econômicas por
parte dos Estados Unidos.
d) democrática, com amplo respaldo popular e de grupos esquerdistas cristãos.
e) reformista, com privatizações dos bancos estatais e manutenção da reforma
agrária iniciada anteriormente.

7. (ENEM) A Operação Condor está diretamente vinculada às experiências


históricas das ditaduras civil-militares que se disseminaram pelo Cone Sul entre as
décadas de 1960 e 1980. Depois do Brasil (e do Paraguai de Stroessner), foi a vez da
Argentina (1966), Bolívia (1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina
(novamente, em 1976). Em todos os casos se instalaram ditaduras civil-militares (em
menor ou maior medida) com base na Doutrina de Segurança Nacional e tendo
como principais características um anticomunismo militante, a identificação do
inimigo interno, a imposição do papel político das Forças Armadas e a definição de
fronteiras ideológicas.
(PADRÓS, E. S. Et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul
(1964-1985): história e memória. Porto Alegre: Conag, 2009. (adaptado).
Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida operação tinha como
objetivo coordenar a:
a) modificação de limites territoriais.
b) sobrevivência de oficiais exilados.
c) interferência de potências mundiais.
d) repressão de ativistas oposicionistas.
e) implantação de governos nacionalistas.

8. (ESPM) Era o dia 11 de setembro. Desviados de sua missão habitual por pilotos
decididos a tudo, os aviões se lançam para o coração da grande cidade, resolvidos a
abater os símbolos de um sistema político detestado. Imediatamente explosões,
fachadas que voam em pedaços, desabamentos num barulho infernal, sobreviventes
aterrorizados, fugindo cobertos de escombros.
E a mídia difunde a tragédia ao vivo. (…) Nova York, 2001? Não, Santiago do Chile,
11 de setembro de 1973. Com a cumplicidade dos Estados Unidos, golpe de Estado
do general Pinochet contra Salvador Allende e o palácio presidencial metralhado
pela força aérea. Dezenas de mortos e o início de um regime de terror que durou
quinze anos…
(Ignácio Ramonet. Guerras do Século XXI: novos temores e novas ameaças)
Sobre o ocorrido em 11/09/1973 é correto afirmar que:
a) o governo de Salvador Allende, da Unidade Popular, composta por socialistas e
comunistas, desencadeou intensa mobilização social, cujo resultado foi uma
articulação entre setores da sociedade chilena hostis ao socialismo e os EUA,

31
@HISTORIAULAS
8
então sob a presidência de Richard Nixon, visando praticar o golpe que derrubou
o governo constitucional de Allende;
b) eleito pelo Partido Democrata Cristão, de posições liberais, Salvador Allende
traiu os setores da sociedade chilena que contribuíram para a sua vitória. Com o
apoio do exército chileno e da embaixada dos EUA o governo Allende foi
derrubado;
c) Salvador Allende chegou ao poder em 1970 por meio de uma revolução que
recebeu o apoio de Cuba. Em resposta ao apoio cubano ao governo Allende, os
EUA, contribuíram com setores anticomunistas da sociedade chilena para
desencadear o golpe que levou o general Pinochet ao poder;
d) extremado anticomunista, o general Pinochet vivia, desde os primeiros dias do
governo Allende, nos EUA, onde planejou o golpe de 11/09/1973 em colaboração
com as autoridades norte-americanas;
e) o golpe de 11/09/1973, liderado pelo general Pinochet, com o bombardeamento da
sede do governo chileno, o palácio presidencial de La Moneda, numa ação que
levou Allende a resistir até a morte, provocou enérgicos protestos dos governos
dos demais países sul-americanos que se recusaram a reconhecer a ditadura
comandada por Pinochet.

9. (FGV) O Chile voltou a polarizar-se nas eleições de 1970, mas desta vez entre a
direita e a esquerda, diante do fracasso do governo de Eduardo Frei. A Esquerda se
apresentava mais uma vez com Salvador Allende, através de uma frente chamada
Unidade Popular. (…)
Allende triunfou, embora obtendo apenas 34% dos votos, mas favorecendo-se da
divisão das outras candidaturas.
[Emir Sader, Chile (1818-1990) – Da independência à redemocratização]
Assinale a alternativa que apresenta corretamente o governo de Salvador Allende.
a) Caracterizou-se pela construção do socialismo pela via pacífica, e contou com um
programa de reformas econômicas, como a nacionalização de mineradoras e
estatização de bancos.
b) Representou um grave retrocesso na organização popular na América Latina,
pois o governo chileno estabeleceu alianças conservadoras, inclusive com setores
da extrema-direita.
c) Constituiu-se na primeira experiência nacionalista radical da América Latina,
com a estatização do petróleo, mas, paradoxalmente, com a privatização da
telefonia e das ferrovias.
d) Estruturou-se a partir da chamada terceira via, ou seja, um sistema conciliador
entre o socialismo e o capitalismo, daí ter sofrido importante oposição do Brasil e,
principalmente, de Cuba.

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@HISTORIAULAS
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e) Organizou a Operação Condor, que perseguia militantes políticos que lutavam
contra regimes autoritários, em parceria com as forças repressivas da Argentina,
do Paraguai e do Uruguai.

10. (Enem 2016) A Operação Condor está diretamente vinculada às experiências


históricas das ditaduras civil-militares que se disseminaram pelo Cone Sul entre as
décadas de 1960 e 1980. Depois do Brasil (e do Paraguai de Stroessner), foi a vez da
Argentina (1966), Bolívia (1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina
(novamente, em 1976). Em todos os casos se instalaram ditaduras civil-militares (em
menor ou maior medida) com base na Doutrina de Segurança Nacional e tendo
como principais características um anticomunismo militante, a identificação do
inimigo interno, a imposição do papel político das Forças Armadas e a definição de
fronteiras ideológicas.
PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-
1985): história e memória. Porto Alegre: Corag, 2009 (adaptado).
Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida operação tinha como
objetivo coordenar a
a) modificação de limites territoriais.
b) sobrevivência de oficiais exilados.
c) interferência de potências mundiais.
d) repressão de ativistas oposicionistas.
e) implantação de governos nacionalistas.

11. (UFPR) Em 2012 completaram-se 30 anos da Guerra das Malvinas (Malvinas


para os argentinos; Falklands para os ingleses), sendo que as animosidades entre
Argentina e Inglaterra na disputa pelas ilhas inglesas situadas ao extremo sul da
América do Sul foram recentemente relembradas pela presidenta argentina
Cristina Kirchner. Sobre esse conflito, é correto afirmar:
a) O conflito foi iniciado pelos ingleses, por conta da existência de petróleo na
região, que começava a ser explorado por companhias argentinas de forma
clandestina. A superioridade militar e econômica da Inglaterra contou para a
derrota dos argentinos, que foram pegos desprevenidos em um ataque-surpresa.
Como resultado, a Argentina amargou uma grave crise econômica.
b) O conflito foi iniciado pela Argentina no contexto da intensa ditadura peronista
iniciada em 1976. A herdeira política de Perón, Isabelita, recorreu à elite militar
para retomar as Ilhas Malvinas, cujos recursos se esgotavam com a exploração
inglesa. Apesar da derrota argentina, o tratado de paz garantiu que a população
argentina habitante das ilhas pudesse controlar a ocupação inglesa.
c) O conflito foi iniciado pelos ingleses, que não toleravam a ocupação desordenada
dos argentinos sobre as suas ilhas. Os argentinos, por sua vez, nunca aceitaram o
domínio inglês sobre as ilhas, e desde o início dos anos 1980 prepararam-se para

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0
retomar o território. A prosperidade econômica pela qual a Argentina passava foi
decisiva para que o país vencesse a guerra.
d) O conflito foi desencadeado pela Argentina no contexto da ditadura militar
iniciada em 1976. A fim de angariar apoio popular no início dos anos 1980, o
governo almejou reconquistar as Ilhas Malvinas, retomando um discurso
nacionalista. Contudo, com a rápida derrota dos argentinos, o regime militar logo
foi derrubado, sucedido por um governo democrático e civil em meio a uma grave
crise econômica.
e) O conflito foi iniciado pelos argentinos, que desejavam retomar o território por
conta de seus recursos minerais, a fim de aplacar a grave crise econômica que
assolava a Argentina. A Inglaterra não queria deixar as Ilhas, por se beneficiar
das riquezas naturais em um período de instabilidade financeira após o
desmantelamento do Estado de Bem-Estar Social. Aproveitando-se da fragilidade
inglesa, a Argentina venceu a guerra.

12. (Cesgranrio) O "peronismo", fenômeno político que surge na Argentina na


década de 1940, pode ser identificado como:
a) a variante argentina do fascismo europeu, tendo nas classes médias sua principal
base social;
b) mais um dos regimes ditatoriais da tradição caudilhista latino-americana e
identificado com as populações rurais;
c) uma tendência demagógica e oportunista, voltada para o desenvolvimento do
operariado em bases nacionalistas;
d) uma forma de "populismo", apoiada nos setores mais novos do proletariado
urbano e nas camadas inferiores das classes médias;
e) uma ditadura popular de novo tipo, uma vez que contava com o apoio do
campesinato e dos operários pobres.

13. (Fatec) Nos anos cinqüenta, a política econômica da Argentina sofreu várias
críticas dos que acreditavam ser o peronismo um regime populista. Isso se deu
porque o peronismo:
a) conteve o movimento sindical, o que constituiu um desestímulo para a massa
operária.
b) beneficiou, sobretudo, as classes ligadas ao capitalismo industrial.
c) realizou muitas mudanças estruturais para garantir o sucesso do justicialismo.
d) terminou com o programa de nacionalização das ferrovias implantado
anteriormente.
e) diminuiu, sensivelmente, o poder de controle estatal sobre a produção.

14. (Fuvest) Sobre o governo de Juan Domingo Perón (1946-1955) na Argentina,


podemos afirmar que,

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1
a) recebeu expressivo apoio de parte importante da classe trabalhadora, ainda que
não lhe tenha concedido benefícios concretos.
b) foi um governo com uma retórica nacionalista, que recebeu dos "descamisados"
importante sustentação política.
c) deslocou o centro das atenções políticas para a figura carismática de Eva Perón,
assumindo o presidente uma postura discreta e secundária.
d) foi um governo ditatorial, pois fechou o Congresso e colocou os partidos políticos
na ilegalidade.
e) buscou persistentemente, no plano internacional, uma aliança com os Estados
Unidos

15. (Mackenzie) "Ex-atriz, Eva Duarte nunca parou de representar. Depois que
casou com Perón, assumiu o papel de Evita Perón, 'a mãe dos descamisados'. Bela,
sofisticada, ardente, foi responsável por parte da popularidade do marido...
Evita adorava distribuir brinquedos e doces para os descamisados. Era tão
excitante quanto as bolhinhas de champagne! Os pobres a chamavam de 'Dama da
Esperança'..."
(Mário Schmidt)
As expressões: "a mãe dos descamisados", e "Dama da Esperança" refletem uma
face da política populista, que tinha dentre seus objetivos:
a) confiscar as grandes propriedades agrárias para reorganizar a agricultura,
promover a conciliação dos camponeses com o governo, fomentar o planejamento
e controle da política econômica e social pelos trabalhadores urbanos.
b) abolir a servidão econômica e social e preparar o campo político para a burguesia
romper os laços de dominação colonial e implantar o capitalismo na Argentina.
c) transformar a sociedade argentina, substituindo a aristocracia de sangue-
chapetones pela do dinheiro, admitindo reformas que promovessem a igualdade
econômica dos cidadãos.
d) promover uma política de conciliação de classes sociais visando à modernização e
ao desenvolvimento econômico autônomo, realizando concessões às classes
trabalhadoras para manter o apoio popular.
e) cooptar a simpatia da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), para
apoiar o programa de redução do déficit público e estabilidade econômica da
Argentina, Plano Austral, abalada pela política econômica do regime militar.

16. (Puc-Mg) Nos anos de 1960/1970, vários países da América Latina sofrem
intervenções militares. Essas intervenções ocorrem porque é necessário, EXCETO:
a) garantir o poder da elite político-social incrustada no Estado.
b) salvaguardar os interesses do capital estrangeiro investido nos países.
c) reduzir o espaço democrático conquistado pelos sindicatos e partidos.
d) reconhecer o papel das forças armadas como instrumentos do poder civil.

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2
e) ampliar a ação e o poder do Estado no controle da sociedade civil.

17. (Ufmg) No ano de 1993, a imprensa denunciou que setores da sociedade


apoiavam a "Fujimorização" como alternativa para a situação brasileira.
Isso significava
a) a adoção de uma ampla reforma ministerial, para resolver o imobilismo político
do Governo Federal e aumentar seu apoio junto ao Congresso Nacional.
b) a aplicação de um plano econômico com a dolarização da economia, a exemplo do
que ocorreu na Argentina, como saída emergencial para a deteriorização do
padrão de vida.
c) a entrada maciça de capital japonês, como solução para o rápido agravamento da
crise econômica e modernização do parque industrial.
d) a fragmentação do território nacional levado a cabo por movimentos separatistas,
como o da "República dos Pampas", em resposta à desigualdade social brasileira.
e) a implantação de um modelo autoritário, por meio de um golpe de Estado com o
apoio do exército, para viabilizar uma reforma econômica.

18. (Ufrs) O primeiro projeto de implantação global do neoliberalismo na América


Latina teve início
a) na Venezuela, após o "impeachment" do Presidente Carlos Andrés Peres.
b) no Chile, a partir da ditadura de Pinochet.
c) no Brasil, com a formulação do Plano Trienal do Governo João Goulart.
d) em Cuba, com a ascensão ao poder de Fidel Castro.
e) no Peru, após o golpe de Estado que concentrou poderes nas mãos de Fujimori.

19. (Unesp) "Um conjunto de normas mais ou menos semelhantes se impôs na


Argentina após 1976, no Uruguai e no Chile, depois de 1973, na Bolívia quase
ininterruptamente, no Peru, de 1968 até 1979, no Equador, de 1971 a 1978".
(Clóvis Rossi)
Assinale a alternativa que melhor expressa o conjunto de normas de exceção que
marcaram a trajetória político-institucional dos países latino-americanos, indicados
no texto.
a) Dissolução de partidos e sindicatos, com objetivo de estabelecer uma nova ordem
democrática e popular.
b) Domínio político das organizações guerrilheiras.
c) Extinção dos partidos políticos, intervenção nos sindicatos e suspensão das
eleições diretas.
d) Política externa alinhada automaticamente à União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas e ao bloco do Leste.
e) Formação de uma frente parlamentar, para revisão constitucional.

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3
20. (Unirio) Ao longo das décadas de 70 e 80, deste século, diversos conflitos
marcaram a América Latina em sua participação nos acontecimentos recentes do
mundo contemporâneo. Sobre esses conflitos, é correto afirmar-se que no(a):
a) Panamá, em 1989, a posse de Manuel Noriega, aliado politicamente aos Estados
Unidos, permitiu o cancelamento do acordo firmado anteriormente entre esses
países, o qual previa a devolução da "zona do canal" à soberania panamenha.
b) Caribe, as intervenções militares norte-americanas encerram-se com a adoção da
política de defesa dos direitos humanos durante a presidência de Jimmy Carter
nos Estados Unidos, entre 1977-1980.
c) Chile, a coalizão de forças operárias e camponesas lideradas pelo líder socialista
Salvador Allende derrubou, em 1973, o regime militar que há décadas governava
o país.
d) Nicarágua, a Revolução Sandinista, em 1979, vitoriosa contra a ditadura de
Anastácio Somoza, instituiu um governo de tendência socialista apoiado pelo
regime cubano, desestabilizando politicamente a América Central.
e) Argentina, a reconquista das Ilhas Malvinas (Falklands) após a vitória na guerra
contra a Inglaterra, em 1982, ampliou a base popular do governo militar,
favorecendo sua permanência no poder até os dias atuais.

 HA062- Governos democráticos e a crise do populismo.

1. (UFF) “Visto que, de fato, a Constituição de 1946 estabeleceu normas e medidas


para a instalação de uma estrutura democrática no país, dando ensejo a uma
abertura do processo político nos dezoito anos subsequentes, ao observador mais
descuidado a redemocratização pode parecer mais radical do que na realidade o
foi.”
SOUZA, Maria do Carmo Campello de. Estado e Partidos Políticos no Brasil (1930-
1964). São Paulo: Alfa-Omega, 1976, p. 105.
Com base nas afirmações contidas no texto, é possível afirmar que
a) a redemocratização iniciada em 1945 perdeu sua radicalidade por ter sido apenas
um ritual político, vazio de efetivos partidos.
b) a redemocratização de 1945 só pôde existir em função da criação de três novos
grandes partidos políticos, totalmente independentes de vínculos com o Estado
Novo: o PSD, a UDN e o PTB.
c) o retorno do pluripartidarismo e de eleições diretas foi superposto à estrutura
herdada do Estado Novo, marcada pelo sindicalismo corporativista e pelo sistema
de interventorias.
d) a redemocratização não foi radical devido à preponderância que teve, junto a ela,
a União Democrática Nacional (UDN), partido formado com o beneplácito de
Vargas.

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4
e) a hipertrofia do Poder Legislativo foi uma das consequências da
redemocratização.

2. (Enem 2011) “A consolidação do regime democrático no Brasil contra os


extremismos da esquerda e da direita exige ação enérgica e permanente no sentido
do aprimoramento das instituições políticas e da realização de reformas corajosas
no terreno econômico, financeiro e social.”
Mensagem programática da União Democrática Nacional (UDN) – 1957.
“Os trabalhadores deverão exigir a constituição de um governo nacionalista e
democrático, com participação dos trabalhadores para a realização das seguintes
medidas: a) Reforma bancária progressista; b) Reforma agrária que extinga o
latifúndio; c) Regulamentação da Lei de Remessas de Lucros.”
Manifesto do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) – 1962.
BONAVIDES, P; AMARAL, R. Textos políticos da história do Brasil. Brasília:
Senado Federal, 2002.
Nos anos 1960 eram comuns as disputas pelo significado de termos usados no debate
político, como democracia e reforma. Se, para os setores aglutinados em torno da
UDN, as reformas deveriam assegurar o livre mercado, para aqueles organizados no
CGT, elas deveriam resultar em
a) fim da intervenção estatal na economia.
b) crescimento do setor de bens de consumo.
c) controle do desenvolvimento industrial.
d) atração de investimentos estrangeiros.
e) limitação da propriedade privada.

3. (Unirio) A redemocratização do Brasil, em 1945, e o fim da Segunda Guerra


Mundial consolidaram uma política externa, já esboçada durante o conflito
Mundial, que pode ser caracterizada pelo(a):
a) “pragmatismo responsável”, no qual os interesses econômicos prevaleceram
sobre as posições políticas.
b) alinhamento aos Estados Unidos e ao Bloco Capitalista no contexto da Guerra
Fria.
c) “política externa independente”, que priorizava a aproximação com as antigas
colônias recém-independentes.
d) valorização da integração e formação de blocos, dentro de uma concepção latino-
americanista.
e) aproximação com os países europeus, visando a recuperar os mercados perdidos
durante a Segunda Guerra.

4. (UDESC) Sobre o período que sucede o Estado Novo, até a ocorrência do Golpe
Militar (1945 1964), é correto afirmar:

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5
a) Durante este período, houve a fusão de interesses entre Jânio Quadros e João
Goulart; uma vez na oposição, renunciaram em favor de uma junta militar e de
um governo democrático.
b) Logo após o fim do Estado Novo, houve um processo de retomada dos preceitos
autoritários, incluindo uma reedição da Constituição de 1937.
c) A redemocratização do país ocorreu somente a partir da implantação do Ato
Institucional número 1, promulgado pelos militares.
d) Juscelino Kubitschek, como primeiro presidente a tomar posse em Brasília,
implantou o regime autoritário no país.
e) Durante um curto período teve-se um governo parlamentarista.

5. (UFF) “Visto que, de fato, a Constituição de 1946 estabeleceu normas e medidas


para a instalação de uma estrutura democrática no país, dando ensejo a uma
abertura do processo político nos dezoito anos subsequentes, ao observador mais
descuidado a redemocratização pode parecer mais radical do que na realidade o
foi.”
SOUZA, Maria do Carmo Campello de. Estado e Partidos Políticos no Brasil (1930-
1964). São Paulo: Alfa-Omega, 1976, p. 105.
Com base nas afirmações contidas no texto, é possível afirmar que:
a) a redemocratização iniciada em 1945 perdeu sua radicalidade por ter sido apenas
um ritual político, vazio de efetivos partidos.
b) a redemocratização de 1945 só pôde existir em função da criação de três novos
grandes partidos políticos, totalmente independentes de vínculos com o Estado
Novo: o PSD, a UDN e o PTB.
c) o retorno do pluripartidarismo e de eleições diretas foram superpostos à
estrutura herdada do Estado Novo, marcada pelo sindicalismo corporativista e
pelo sistema de interventorias.
d) a redemocratização não foi radical devido à preponderância que teve, junto a ela,
a União Democrática Nacional (UDN), partido formado com o beneplácito de
Vargas.
e) a hipertrofia do Poder Legislativo foi uma das consequências da
redemocratização.

6. (Espm) A criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE),


para recolher fundos para a criação de empresas estatais de energia, transporte,
siderurgia; a criação do Instituto Brasileiro do Café (IBC) e a do Ministério da
Saúde (que se desliga do Ministério da Educação); a formulação de um Plano Geral
de Industrialização; a criação do Serviço de Bem-Estar Social, do Instituto de
Migração e Colonização, do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) foram
realizações:
a) do governo de Getúlio Vargas (1951-1954);

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6
b) do governo de Eurico Dutra (1946-1950);
c) do governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961);
d) do governo de João Goulart (1961-1964);
e) do governo do Marechal Castello Branco (1964-1967).

7. (Fuvest)
“Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho
Faz a gente se animar, oi
Eu já botei o meu
E tu não vais botar?
Já enfeitei o meu
E tu vais enfeitar?
O sorriso do velhinho
Faz a gente trabalhar”
(RETRATO DO VELHO, de Mário Pinto e Haroldo Lobo)
Esse samba, muito popular na época, foi utilizado como instrumento de propaganda
pelo movimento político que visava o retorno do seu líder. Identifique esse
movimento e seu líder.
a) Jacobinismo e Floriano Peixoto.
b) Monarquismo e D. Pedro II.
c) Janismo e Jânio Quadros.
d) Queremismo e Getúlio Vargas.
e) Tenentismo e Luís Carlos Prestes.

8. (Enem) O período de João Goulart (1961-1964) foi marcado por grande


instabilidade. Pode-se dizer que esse governo viveu sobre o signo do golpe de
Estado. Sobre o referido período, é correto afirmar que:
a) A emenda parlamentarista de 1961 aumentou o poder do presidente da república.
b) O sucesso do Plano Trienal no combate à inflação e na retomada do crescimento
econômico estabilizou a economia.
c) A constante maioria do governo no Congresso era garantida pela aliança entre o
PTB e a UDN.
d) Os grandes empresários liberaram recursos para a execução das reformas de
base.
e) A proposta de reforma agrária, com emenda constitucional, provocou uma forte
oposição dos proprietários rurais ao governo.

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@HISTORIAULAS
7
9. (FIP-Moc) O discurso de posse de Jânio Quadros foi uma denúncia das condições
em que recebia o governo: “sacamos contra o futuro muito mais do que a
imaginação ousa arriscar (...) cumpre agora saldar amargamente”.
Fonte: RICUPERO, Rubens – A diplomação na construção do Brasil – 1750-2016.
Versal Editora, 2017.
A situação descrita é justificada pelo:
a) perdão dos credores europeus e americanos, das dívidas significativas contraídas
pelo Brasil, no chamado “Funding-loan”.
b) crescimento da taxa inflacionária e do deficit orçamentário, no período final do
governo de Juscelino Kubitschek.
c) desastre da política de valorização dos Mil Réis, resultando em uma balança
comercial desfavorável aos interesses nacionais.
d) aumento de 100% do salário mínimo, proposto por João Goulart, Ministro da
Economia, no segundo Governo Vargas.
e) término do chamado “Milagre Econômico”, resultante da desvalorização do
dólar, moeda da cota de petróleo.

10. (CUSC) Na década de 1960, sob o lema “Integrar para não entregar”, o governo
brasileiro
a) estabeleceu redes de comunicação por todo o país, garantindo a coesão em um
território até então desigual.
b) adotou práticas de valorização da diversidade cultural, evitando manifestações
separatistas pelo país.
c) determinou a realização de pesquisas censitárias, orientando políticas de inclusão
social.
d) ampliou o recolhimento de impostos federais, minimizando a autonomia
econômica dos municípios.
e) implantou projetos de exploração econômica na Amazônia, ignorando as
populações tradicionais na região.

11. (ESPM) Observe o fragmento de texto e indique a alternativa que completa a


lacuna.
Foi nos governos ____________ que ocorreu a criação de uma série de empresas
estratégicas focadas no desenvolvimento industrial. Entre outras, destacam-se a
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), a
Fábrica Nacional de Motores (FNM), a Petrobras, além do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico (BNDE) e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco
(Chesf).
Fonte: Geografia em Rede, Edilson Adão & Laércio Furquim. São Paulo, FTD,
2018.
a) Vargas (1930-1945) e Militar (1964-1989).

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b) Vargas (1930-1945) e JK (1956-1961).
c) JK (1956-1961) e Militar (1964-1984).
d) Militar (1964-1984) e FHC (1994-2002).
e) Vargas (1930-1945 e 1951-1954).

12. (ACAFE) Após a saída de Getúlio Vargas do poder em 1945 o então Ministro da
Guerra do Estado Novo, General Eurico Gaspar Dutra, foi eleito presidente do
Brasil. Entre as características do seu governo pode-se destacar, exceto:
a) Alinhamento com o bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos e rompimento
de relações diplomáticas com a União Soviética.
b) Criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), fundação da
Petrobrás e início da campanha nacional “O petróleo é nosso”.
c) Uma nova constituição foi aprovada e o voto tornou-se obrigatório para todos os
brasileiros alfabetizados, maiores de 18 anos e de ambos os sexos.
d) Propôs o SALTE, um plano econômico desenvolvimentista que priorizava
investimentos na Saúde, Alimentação, Transporte e Energia.

13. (UFRGS) O período da chamada República Populista (1945-1964) foi marcado


por uma série de crises políticas, das quais o Golpe Preventivo, realizado pelo
Marechal Henrique Lott, em novembro de 1955, é um exemplo. O principal objetivo
desse golpe era
a) afastar o presidente Jânio Quadros e instaurar uma ditadura militar no país.
b) garantir a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek, hostilizado pelos
setores conservadores da sociedade civil e das Forças Armadas.
c) derrubar o vice-presidente João Goulart e substituí-lo por um político mais
próximo à ala conservadora das Forças Armadas.
d) prevenir uma possível vitória do Partido Comunista Brasileiro nas eleições de
1955.
e) substituir o presidente Juscelino Kubitschek por Carlos Lacerda, candidato
vitorioso no pleito daquele ano.

14. (FGV-SP) “(...) eu comecei a defender a tese que me valeu o título de golpista e
até de fascista. Comecei a defender a tese de que a eleição de outubro de 55 – a
sucessão de Café Filho – não poderia ser realizada com a lei eleitoral em vigor, toda
cheia de defeitos (...)”
(Carlos Lacerda, apud José Dantas Filho e Francisco F. M. Doratioto, A República
bossa-nova – A democracia populista (1954-1964))
Entre os “defeitos” da lei eleitoral em vigor entre 1946 e 1964, é correto apontar
a) a proibição de coligações eleitorais para os cargos majoritários, que tornou
comum as traições partidárias, nas quais um candidato ao executivo apoiava um
candidato a parlamentar de outro partido.

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@HISTORIAULAS
9
b) a realização de eleições gerais a cada quatro anos, em todos os níveis, que
potencializava a importância da eleição presidencial e retirava a atenção dos
pleitos estaduais e das casas legislativas.
c) as cláusulas de barreira para as agremiações partidárias, que inviabilizavam a
formação de partidos efetivamente nacionais, o que impediu o crescimento dos
principais partidos, a UDN e o PSD.
d) as inesgotáveis polêmicas que marcavam as eleições presidenciais, pois a prática
do segundo turno era considerada inconstitucional pelos partidos mais
progressistas, especialmente o PTB.
e) a votação em separado dos candidatos à presidência e à vice-presidência, que não
precisavam ser da mesma coligação partidária, o que poderia ocasionar a escolha
popular de candidatos com projetos políticos bem diversos.

15. (FACERES) Pode-se afirmar que as políticas sociais adota-das pelos governos
brasileiros entre 1930 e 1964 tinham um forte caráter populista. A forma como os
governan-tes buscaram conquistar o apoio popular e o paternalis-mo excessivo, em
alguns momentos, construíram no Brasil uma imagem deturpada, por parte de
alguns seto-res da sociedade, de participação política e reivindica-ção de direitos.
A partir do exposto e de conhecimentos referentes à República Populista, assinale a
alternativa correta.
a) O populismo, fenômeno típico e exclusivo do Brasil, demonstra acima de tudo
uma continuidade histórica no país, em que as práticas protecionistas existentes
entre coronéis e seus afilhados políticos apenas se revestiram de uma roupagem
nova.
b) A submissão dos sindicatos ao governo, ocorrida na Era Vargas, além de ser uma
prática populista, serve como fonte explicativa da ineficiência e da pouca
influência dessas instituições classistas no Brasil até os dias atuais, comprovada
pelo fracasso dos movimentos grevistas ocorridos nos últimos anos.
c) A camada de intelectuais e artistas brasileiros mais expoentes no período em
questão incorporou a mentalidade governamental, limitando-se a cooperar com
os projetos políticos que visavam, grosso modo, diminuir as desigualdades sociais
e beneficiar as camadas mais necessitadas da população.
d) Na análise do comportamento sócio político de grande parte da população
brasileira, nos dias atuais, percebe-se uma clara ruptura com o passado histórico
da nação. Práticas como o assistencialismo e o comodismo perante a luta pelos
direitos – tarefa relegada à ação governamental no passado – não são mais
perceptíveis em diversos setores da sociedade nacional, podendo-se afirmar que
estas ficaram enterradas na história.
e) No Brasil, o populismo revestiu-se do caráter trabalhista e assistencialista, no
qual o governo tornou-se o mais poderoso porta-voz do povo, usando às vezes de
violência e às vezes de políticas de favorecimento temporárias e superficiais para

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@HISTORIAULAS
0
conquistar o apoio popular, não significando, no entanto, que neste período
medidas de grande importância para o direito dos trabalhadores não tivessem
sido conquistadas.

 HA063- O período Militar (1964-1985) pt.1.

1. (Enem 2018) São Paulo, 10 de janeiro de 1979.


Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.
Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os passaportes
aos senhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel Brizola, Luis Prestes, Paulo
Schilling, Gregório Bezerra, Márcio Moreira Alves e Paulo Freire.
Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente com a pele, a cor dos
cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e o sangue destes oito senhores.
Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, venho por meio desta
devolver o passaporte que, negado a eles, me foi concedido pelos órgãos competentes
de seu governo
Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil. In.: HENFIL.
Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981 (adaptado).
No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista Henfil expressava uma
crítica ao(à):
a) censura moral das produções culturais.
b) limite do processo de distensão política.
c) interferência militar de países estrangeiros.
d) representação social das agremiações partidárias.
e) impedimento de eleição das assembleias estaduais.

2. (Enem Libras 2017) A construção da Transamazônica foi interpretada por alguns


estudiosos como uma espécie de contrarreforma agrária, na medida em que abriu
para as populações rurais pobres uma nova fronteira de expansão. Na prática,
porém, os projetos de colonização da Amazônia fracassaram ou não tiveram
continuidade. Em 1985, o MST retoma a ancestral luta pela reforma agrária
brasileira. Essa luta não é nova, sendo defendida por abolicionistas do século XIX e
pelas Ligas Camponesas nos anos 1950-60.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo:
Planeta, 2010 (adaptado).
O processo histórico mencionado evidencia, em temporalidades distintas, um
confronto entre
a) projetos políticos de ocupação fundiária e resistência social.
b) estratégias públicas de qualificação técnica e cultura tradicional.
c) mecanismos legais de delimitação territorial e articulação legislativa.
d) planejamentos estatais de reforma trabalhista e organização partidária.

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@HISTORIAULAS
1
e) modelos econômicos de desenvolvimento nacional e mobilização sindical.

3. (Enem Libras 2017) Falavam em fuzilamentos, em gente que era embarcada nos
aviões militares e atirada em alto-mar. Havia muita confusão. Sempre que há
mudança violenta de poder, a regra dos entendidos é sumir, evaporar-se, não se
expor, nos primeiros momentos da rebordosa, um sargento qualquer pode decidir
sobre um fuzilamento. Depois as coisas se organizam, até mesmo a violência é
estruturada, até mesmo o arbítrio. Mas quem, no meio tempo, foi fuzilado, fuzilado
fica.
CONY, C. H. Quase memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
A narrativa refere-se ao seguinte aspecto da segurança nacional durante a Ditadura
Militar:
a) Institucionalização da repressão como política estatal.
b) Normatização da censura como mecanismo de controle.
c) Legitimação da propaganda como estratégia psicossocial.
d) Validação do conformismo como salvaguarda do consenso.
e) Ordenação do bipartidarismo como prerrogativa institucional.

4. (Enem 2013) Depois de dez anos de aparente imobilidade, 77 950 operários


estavam em greve em São Bernardo, Santo André, São Caetano e Diadema – o
chamado ABCD, coração industrial do país. Em todas as fábricas, os operários
cruzaram os braços em silêncio. Apanhado de surpresa, o governo militar ficou por
algum tempo sem ação. Os empregadores, por sua vez, sofriam sérios prejuízos a
cada dia de greve.
ALVES, M. H. M. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Vozes, 1984
(adaptado).
O movimento sindical, em fins dos anos 1970, começou a se rearticular e a
patrocinar greves de significativa repercussão. Essas greves aconteceram em um
contexto político-institucional de
a) revogação da negociação coletiva entre patrões e empregados.
b) afirmação dos direitos individuais por parte de minorias.
c) suspensão da legislação trabalhista forjada durante a Era Vargas.
d) limitação à liberdade das organizações sindicais e populares.
e) discordância dos empresários com as políticas industriais.

5. (Enem 2012) Diante dessas inconsistências e de outras que ainda preocupam a


opinião pública, nós, jornalistas, estamos encaminhando este documento ao
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, para que o entregue
à Justiça; e da Justiça esperamos a realização de novas diligências capazes de levar
à completa elucidação desses fatos e de outros que porventura vierem a ser
levantados.

33
@HISTORIAULAS
2
Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976. Apud. FILHO, I. A.
Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida durante o regime militar, em 1975,
levou a medidas como o abaixo-assinado feito por profissionais da imprensa de São
Paulo. A análise dessa medida tomada indica a
a) certeza do cumprimento das leis.
b) superação do governo de exceção.
c) violência dos terroristas de esquerda.
d) punição dos torturadores da polícia.
e) expectativa da investigação dos culpados.

6. (ENEM PPL 2011) Em Brasília, foram mais de cem mil pessoas saudando os
campeões. A seleção voou diretamente da Cidade do México para Brasília. Na festa
da vitória, Médici presenteou os jogadores com dinheiro e posou para os fotógrafos
com a taça Jules Rimet nas mãos. Até uma Assessoria Especial de Relações Públicas
(AERP) chegou a ser criada para mudar a imagem do governo e cristalizar, junto à
opinião pública, a imagem de um país vitorioso, alavancando campanhas que
criavam o mito do “Brasil grande” que “vai para frente”. Todos os jogadores
principais da Copa de 70 foram usados como garotos-propaganda.
Bahiana, A. M. Almanaque Anos 70. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006 (adaptado).
A visibilidade dos esportes, especialmente do futebol, nos meios de comunicação de
massa, tornou-os uma questão de Estado para os governos militares no Brasil, que
buscavam, assim,
a) legitimar o Estado autoritário por meio de vitórias esportivas nacionais.
b) mostrar que os governantes estavam entre seus primeiros praticantes.
c) controlar o uso de garotos-propaganda pelas agências de publicidade.
d) valorizar os atletas, integrando-os como funcionários ao aparelho de Estado.
e) incentivar a expansão da propaganda e do consumo de artigos esportivos.

7. (Enem 2010)
Ato Institucional nº 5
Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos,
contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de
acordo com este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os
respectivos efeitos.
Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010.
Nos artigos do AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a atuação do
poder judiciário, porque isso significava
a) a substituição da Constituição de 1967
b) o início do processo de distensão política

33
@HISTORIAULAS
3
c) a garantia legal para o autoritarismo dos juízes
d) a ampliação dos poderes nas mãos do Executivo
e) a revogação dos instrumentos jurídicos implantados durante o regime militar de
1964

8. (ENEM PPL 2010) A gente não sabemos escolher presidente


A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dentes
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil
A gente somos inútil
MOREIRA, R. Inútil, 1983 (fragmento)
O fragmento integra a letra de uma canção gravada em momento de intensa
mobilização política. A canção foi censurada por estar associada:
a) ao rock nacional, que sofreu limitações desde o início da ditadura militar.
b) a uma crítica ao regime ditatorial que, mesmo em sua fase final, impedia a
escolha popular do presidente.
c) à falta de conteúdo relevante, pois o Estado buscava, naquele contexto, a
conscientização da sociedade por meio da música.
d) à dominação cultural dos Estados Unidos da América sobre a sociedade
brasileira, que o regime militar pretendia esconder.
e) à alusão a baixa escolaridade e à falta de consciência política do povo brasileiro.

9. (ENEM PPL 2009) No Brasil, na complexidade de seu território, com muitas


diferenças regionais, ocorreu um fato marcante no cenário político nacional, capaz
de mobilizar e aglutinar todos os segmentos da sociedade. Esse fato, relacionado ao
processo de redemocratização, foi o movimento por eleições diretas, que ficou
conhecido como “Diretas Já”. Esse processo representava, na época, os anseios de
uma sociedade marcada por anos de regime militar.
O movimento mencionado foi desencadeado
a) pela mobilização suprapartidária oriunda da região Sul do Brasil.
b) pelos trabalhadores sem-terra do Nordeste, com base nos movimentos sociais
oriundos do campo.
c) de acordo com os arranjos sociais e as lutas de classe dos trabalhadores
vinculados ao setor petroleiro.
d) a partir da articulação dos movimentos sociais e sindicais com base sólida na
região Sudeste do país.
e) pela união de diferentes segmentos sociais liderados pelos sindicatos da região
Centro-Oeste.

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10. (Enem 2009) “Boicote ao militarismo”, propôs o deputado federal Márcio
Moreira Alves, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em 2 de setembro de
1968, conclamando o povo a reagir contra a ditadura. O clima vinha tenso desde o
ano anterior, com forte repressão ao movimento estudantil e à primeira greve
operária do regime militar. O discurso do deputado foi a "gota d’água". A resposta
veio no dia 13 de dezembro com a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI 5).
Ditadura descarada. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro,
ano 4, nº 39, dez. 2008 (adaptado).
Considerando o contexto histórico e político descrito acima, o AI 5 significou
a) a restauração da democracia no Brasil na década de 60.
b) o fortalecimento do regime parlamentarista brasileiro durante o ano de 1968.
c) o enfraquecimento do poder central, ao convocar eleições no ano de 1970.
d) o desrespeito à Constituição vigente e aos direitos civis do país a partir de 1968.
e) a responsabilização jurídica dos deputados por seus pronunciamentos a partir de
1968.

11. (ENEM 2006) Os textos a seguir foram extraídos de duas crônicas publicadas no
ano em que a seleção brasileira conquistou o tricampeonato mundial de futebol.
"O General Médici falou em consistência moral. Sem isso, talvez a vitória nos
escapasse, pois a disciplina consciente, livremente aceita, é vital na preparação
espartana para o rude teste do campeonato. Os brasileiros portaram-se não apenas
como técnicos ou profissionais, mas como brasileiros, como cidadãos deste grande
país, cônscios de seu papel de representantes de seu povo. Foi a própria afirmação
do valor do homem brasileiro, como salientou bem o presidente da República. Que o
chefe do governo aproveite essa pausa, esse minuto de euforia e de efusão patriótica,
para meditar sobre a situação do país. (...) A realidade do Brasil é a explosão
patriótica do povo ante a vitória na Copa."
Danton Jobim. Última Hora, 23/6/1970 (com adaptações).
"O que explodiu mesmo foi a alma, foi a paixão do povo: uma explosão
incomparável de alegria, de entusiasmo, de orgulho.
(...) Debruçado em minha varanda de Ipanema, [um velho amigo] perguntava: —
Será que algum terrorista se aproveitou do delírio coletivo para adiantar um plano
seu qualquer, agindo com frieza e precisão? Será que, de outro lado, algum carrasco
policial teve ânimo para voltar a torturar sua vítima logo que o alemão apitou o fim
do jogo?
"Rubem Braga. Última Hora, 25/6/1970 (com adaptações).
Avalie as seguintes afirmações a respeito dos dois textos e do período histórico em
que foram escritos.
I - Para os dois autores, a conquista do tricampeonato mundial de futebol provocou
uma explosão de alegria popular.

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II - Os dois textos salientam o momento político que o país atravessava ao mesmo
tempo em que conquistava o tricampeonato.
III - À época da conquista do tricampeonato mundial de futebol, o Brasil vivia sob
regime militar, que, embora politicamente autoritário, não chegou a fazer uso de
métodos violentos contra seus opositores.
É correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

 HA064- O período Militar (1964-1985) pt.2.

1. (PUC-SP) Durante o ano de 2017, duas Constituições brasileiras estão


"aniversariando”: a “Polaca”, como foi chamada a Constituição de 1937, e a Carta
de 1967. Entre elas, há muitas semelhanças, tais como
a) o fato de serem decretadas por presidentes eleitos para estabelecer regimes
autoritários capazes de manter a paz política e social e a segurança em momentos
de polarização política.
b) ambas ampliaram o Poder Executivo em detrimento do Legislativo e do
Judiciário, enfraqueceram a autonomia dos Estados e criaram mecanismos para
controlar os meios de comunicação.
c) ambas criaram dispositivos legais para o funcionamento do pluripartidarismo e
para a participação equilibrada dos poderes republicanos.
d) a incorporação de Atos Institucionais autoritários que reforçavam o poder
Legislativo para garantir a paz interna e a independência do país através de
ampla atividade legislativa.

2. (FUVEST) Documentos da Agência Central de Inteligência Americana (CIA)


mostram que o Brasil quis liderar a Operação Condor e só não conseguiu porque
enfrentou resistência dos outros países membros – Argentina, Chile, Uruguai,
Paraguai e Bolívia. (...) Os documentos da CIA fazem parte do Projeto de
Desclassificação Argentina (The Dirty War, 1976‐1983), do governo americano, e
incluem mais de 40 mil páginas. Duas dezenas delas fazem menções ao Brasil (...)
Marcelo Godoy, O Estado de São Paulo. Abril/2019.
A respeito da Operação Condor, é correto afirmar:
a) Ainda que tivesse um alvo comum de repressão política, ela não implicava o
alinhamento automático dos regimes ditatoriais de cada país.

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b) Ao encontrar resistência dos demais países que dela participavam, o Brasil
passou a criticar publicamente suas ações.
c) Em vista da oposição norte‐americana à iniciativa, a cooperação entre os países
membros não foi implantada.
d) O governo ditatorial paraguaio assumiu a posição de liderança no acordo
firmado entre seus paísesfundadores.
e) Limitou‐se à troca de informações sobre os opositores políticos que buscaram
exílio em cada um desses países.

3. (UFPR) O golpe civil-militar de 1964 no Brasil provocou uma ruptura violenta no


sistema democrático vigente desde 1946. O país passou a ser governado por generais
escolhidos pelo Congresso Nacional em eleições indiretas e sem a participação
popular. Uma das formas jurídicas mais frequentes empregadas pelo regime para a
garantia da governabilidade deu-se por meio da decretação dos “Atos
Institucionais”.
A respeito desse processo histórico, que durou 21 anos (1964-1985), assinale a
alternativa INCORRETA.
a) A ditadura civil-militar extinguiu os partidos políticos e cancelou seus respectivos
registros através do Ato Institucional nº 2, de 1965.
b) A ditadura civil-militar realizou escassos investimentos tanto em obras de
infraestrutura rodoviária quanto em sistemas de comunicação.
c) As graves violações de direitos humanos, sobretudo a aplicação de tortura, as
detenções ilegais e os desaparecimentos de opositores foram práticas sistemáticas
durante grande parte desse período histórico.
d) Pelo Ato Institucional nº 5, de 1968, o regime militar suspendeu, entre outras, as
garantias constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e estabilidade, bem
como a de exercício em funções por prazo certo.
e) A Lei nº 6.683, de 1979, concedeu anistia política a todos aqueles que cometeram
crimes políticos ou conexos com estes, no período compreendido entre 1961 e
1979.

4. (ESPM) Em 1/9/1969, há exatos 50 anos, nos chamados anos de chumbo, o jornal


Folha de São Paulo estampava em manchete de primeira página:
Com trombose cerebral, Costa e Silva se afasta
O jornal acrescentava: Pouco antes das 22 horas deste domingo 31/8, a Agência
Nacional informou o país, em cadeia de rádio e televisão que o presidente Arthur da
Costa e Silva, acometido de trombose cerebral, está temporariamente impedido de
chefiar o governo.
Reunido no Rio de Janeiro, o Alto Comando das Forças Armadas editou o Ato
Institucional No. 12, que teve por efeito:

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7
a) o vice-presidente Pedro Aleixo, civil e voz solitária, que havia se erguido contra o
AI-5, foi imediatamente empossado na Presidência da República;
b) o Alto Comando das Forças Armadas assumiu a presidência do Brasil e a exerceu
até o término do mandato de Costa e Silva, rompendo a institucionalidade
garantida pela Constituição de 1967 então em vigência;
c) foi empossado na presidência o General Ernesto Geisel, que revogou o AI-5 assim
que assumiu;
d) foi formada uma junta militar que assumiu interinamente, rompeu a
constitucionalidade do próprio regime e impediu a posse do vice-presidente Pedro
Aleixo, tendo em 30/10/1969 transferido a presidência para o General Garrastazu
Médici;
e) a revogação de todos os atos discricionários e a instituição de uma lei de anistia
ampla geral e irrestrita, deflagrando a abertura política.

5. (UECE) Atente para o que diz Boris Fausto a respeito do Movimento das Diretas
Já:
“Daí para frente, o movimento pelas diretas foi além das organizações partidárias,
convertendo-se em uma quase unanimidade nacional. Milhões de pessoas encheram
as ruas de São Paulo e do Rio de janeiro, com um entusiasmo raramente visto no
país. A campanha das “diretas já” expressava ao mesmo tempo a vitalidade da
manifestação popular e a dificuldade dos partidos de exprimir reivindicações. [...]”
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995, p.509.
Considerando o excerto acima e o que se sabe sobre esse movimento, é correto
afirmar que
a) apesar do grande envolvimento popular, de artistas e esportistas e do apoio de
lideranças políticas de partidos de oposição, o movimento foi derrotado no
Congresso pela maioria do PDS, ligada ao governo militar.
b) o fracasso do movimento em conseguir eleições diretas para presidente da
república se deu pela não participação dos partidos políticos naquele momento
histórico.
c) o sucesso da campanha das Diretas Já, resultou na eleição direta do Presidente
Tancredo Neves, que venceu, em segundo turno, o candidato dos militares, Paulo
Maluf do PDS, partido que se originou da ARENA.
d) o Movimento das Diretas Já não logrou êxito devido à falta de apoio da sociedade
civil e sobretudo dos movimentos sociais e dos artistas, que preferiram silenciar
ao invés de ir às ruas pedir por eleições diretas.

6. (UNESP) A construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu durante os anos 1970 e


1980
a) contribuiu para a queda do regime cívico-militar brasileiro, depois que a
imprensa denunciou grandes desvios de verbas da obra.

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b) assegurou a autonomia energética definitiva de Argentina e Paraguai, países que
participaram do projeto e se beneficiaram com sua execução.
c) permitiu o restabelecimento das relações diplomáticas entre Argentina, Brasil e
Paraguai, rompidas desde a Guerra do Paraguai.
d) proporcionou a consolidação das hegemonias argentina e brasileira no comércio e
no controle político da região do Rio da Prata.
e) foi uma iniciativa conjunta dos governos militares do Brasil e do Paraguai, que
teve forte impacto geoestratégico na região do Rio da Prata.

7. (UFT) O terceiro ciclo de repressão imposto pelos militares, que tomaram o poder
no Brasil em 1964, ocorreu com a promulgação do Ato Institucional n° 5, o AI-5, o
que consolidou o Estado de Segurança Nacional.
É CORRETO afirmar que na luta armada, entendida por parte da oposição ao
Regime Militar como o único recurso contra a repressão, os movimentos
guerrilheiros inspiravam-se nas:
a) Revolução dos Cravos e na Independência Americana, bem como nas ideias de
Marcelo Caetano e Thomas Jefferson.
b) Revolução Francesa e na Guerra Civil Americana, bem como nas ideias de
Montesquieu e Thomas Jefferson.
c) Revolução Cubana e na Revolução Chinesa, bem como nas ideias de Che
Guevara e Mao Tsé-Tung.
d) Na Revolução dos Cravos e na Revolução Sandinista, bem como nas ideias de
Marcelo Caetano e Daniel Ortega.

8. (PUC-RS) As políticas de Estado após o Golpe Civil-Militar de 1964


caracterizaram-se por
I. incentivar a produção cultural nacional através da criação de órgãos de fomento
como a FUNARTE e a EMBRAFILME, mas também por censurar imprensa,
músicas, filmes e livros.
II. aprofundar e consolidar o desenvolvimento econômico com bases capitalistas em
associação com o capital internacional.
III. controlar e desarticular a participação popular através da extinção dos partidos
políticos existentes, criando o bipartidarismo e suspendendo as eleições diretas para
prefeito, governador e presidente.
IV. promover políticas de habitação popular com a criação de grandes conjuntos
habitacionais através do financiamento do Banco Nacional de Habitação.
Estão corretas as afirmativas
a) I e II apenas.
b) II e III apenas.
c) III e IV apenas.
d) I, II, III e IV.

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9. (UFMS) Após os eventos políticos de 1968 no Brasil, como a “Marcha dos 100
mil”, no Rio de Janeiro, e vários outros protestos por parte de estudantes e
trabalhadores contra a ditadura militar, o governo brasileiro promulga o Ato
Institucional nº 5 (AI-5). Assinale a alternativa que congrega os principais pontos do
AI-5:
a) Fechamento do Congresso Nacional; liberdade constitucional de expressão para
música, cinema, teatro e televisão; censura da imprensa; proibição de reuniões
políticas não autorizadas pela polícia.
b) Autonomia do Congresso Nacional; censura prévia de música, cinema, teatro e
televisão; censura da imprensa; proibição de reuniões políticas não autorizadas
pela polícia.
c) Fechamento do Congresso Nacional; censura prévia de música, cinema, teatro e
televisão; liberdade de imprensa; proibição de reuniões políticas não autorizadas
pela polícia.
d) Autonomia do Congresso Nacional; censura prévia de música, cinema, teatro e
televisão; censura da imprensa; liberação reuniões políticas sem autorização da
polícia.
e) Fechamento do Congresso Nacional; censura prévia de música, cinema, teatro e
televisão; censura da imprensa; proibição de reuniões políticas não autorizadas
pela polícia.

10. (UNESP) Em meados da década de 1970, as condições externas que haviam


sustentado o sucesso econômico do regime militar sofreram alterações profundas.
(Tania Regina de Luca. Indústria e trabalho na história do Brasil, 2001.)
As condições externas que embasaram o sucesso econômico do regime militar e as
alterações que sofreram em meados da década de 1970 podem ser exemplificadas,
respectivamente,
a) pelos investimentos oriundos dos países do Leste europeu e pelo aumento gradual
dos preços em dólar das mercadorias importadas.
b) pela ampla disponibilidade de capitais para empréstimos a juros baixos e pelo
aumento súbito do custo de importação do petróleo
c) pelos esforços norte-americanos de ampliar sua intervenção econômica na
América Latina e pela redução acelerada da dívida externa brasileira.
d) pela ampliação da capacidade industrial dos demais países latino-americanos e
pelo crescimento das taxas internacionais de juros
e) pela exportação de tecnologia brasileira de informática e pela recessão econômica
enfrentada pelas principais potências do Ocidente.

11. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre o fim da ditadura civil-militar


brasileira, nos anos 1980.

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I - Entre as principais consequências da ditadura, estão os altos índices de inflação,
de endividamento externo e de concentração de renda.
II - Com o sucesso da política social elaborada pelo governo Sarney, houve um
processo de apaziguamento dos conflitos rurais, que marcou a chamada “paz no
campo”.
III- Com a função de elaborar uma nova constituição para o país, a Assembleia
Nacional Constituinte foi formada por cidadãos que não ocupavam mandatos
legislativos.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

12. (ACAFE) O governo militar de Ernesto Geisel apresentou sinais de um processo


de abertura política. O próprio Geisel argumentava que a abertura seria de
maneira “lenta, gradual e segura”. Acerca do governo do Ernesto Geisel, todas as
alternativas estão corretas, exceto a:
a) Foi criado o Pró-Álcool, que tinha como objetivo não deixar o país vulnerável
com as crises do petróleo, como ocorreu em 1973. Automóveis começaram a sair
das fábricas com motores a álcool.
b) A Lei Falcão permitia uma propaganda política mais ampla para que os
candidatos divulgassem seus programas de governo. Era o início da abertura
político-eleitoral.
c) Episódio marcante da ditadura em seu governo foi o caso do jornalista Vladimir
Herzog, encontrado morto numa cela do DOI-CODI (Destacamento de Operações
e Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), na cidade de São
Paulo.
d) Recentemente um antigo documento elaborado pelo então diretor da CIA
(Central Intelligence Agency), William Colby e tornado público pelo governo
estadunidense, indica que Geisel autorizou a execução de militantes em casos
excepcionais.

13. (FUVEST) Não nos esqueçamos de que este é um tempo de abertura. Vivemos
sob o signo da anistia que é esquecimento, ou devia ser. Tempo que pede contenção
e paciência. Sofremos todo ímpeto agressivo. Adocemos os gestos. O tempo é de
perdão. (...) Esqueçamos tudo isto, mas cuidado! Não nos esqueçamos de enfrentar,
agora, a tarefa em que fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. Não nos
esqueçamos de organizar a defesa das instituições democráticas contra novos
golpistas militares e civis para que em tempo algum do futuro ninguém tenha outra

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vez de enfrentar e sofrer, e depois esquecer os conspiradores, os torturadores, os
censores e todos os culpados e coniventes que beberam nosso sangue e pedem nosso
esquecimento.
Darcy Ribeiro. “Réquiem”, Ensaios insólitos.
Porto Alegre: L&PM, 1979.
O texto remete à anistia e à reflexão sobre os impasses da abertura política no
Brasil, no período final do regimemilitar, implantado com o golpe de 1964. Com
base nessas referências, escolha a alternativa correta.
a) A presença de censores na redação dos jornais somente foi extinta em 1988,
quando promulgada a nova Constituição.
b) O projeto de lei pela anistia ampla, geral e irrestrita foi uma proposta defendida
pelos militares como forma de apaziguar os atos de exceção.
c) Durante a transição democrática, foram conquistados o bipartidarismo, as
eleições livres e gerais e a convocação da Assembleia Constituinte.
d) A lei de anistia aprovada pelo Congresso beneficiou presos políticos e exilados, e
também agentes da repressão.
e) O esquecimento e o perdão mencionados integravam a pauta da Teologia da
Libertação, uma importante diretriz da Igreja Católica.

14. (PUC-PR) “Nunca fomos tão felizes”, exclamava o slogan oficial difundido pela
TV nos anos 1970, em pleno “mila-gre econômico”, que pode ter uma leitura
ambígua. Como exclamação, traduz uma sensação de felici-dade coletiva inédita.
Por outro lado, se dita em tom irônico, coloca em dúvida o próprio sentido propa-
gandístico da frase. A ambiguidade traduz involuntariamente as contradições da
economia brasileira, esfera em que o regime bradou seus maiores feitos.”
Fonte: NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São
Paulo: Contexto, 2014. P. 147
Durante o regime militar houve o chamado “milagre econômico” que pode ser
explicado como:
a) Um período de pleno emprego em que houve maior distribuição de renda e
diminuição do custo de vida.
b) O uso de fatores como isentar investidores estrangeiros de alguns impostos,
conceder crédito a empresários, e promover grandes obras de infraestrutura.
c) Política econômica de investimentos unicamente estatais em diversos setores,
desde pequenos produtores rurais a indústria de bens de produção duráveis.
d) Aceleração de consumo e ampliação do poder aquisitivo, principalmente devido
ao aumento da igualdade social.
e) Plano econômico do ministro da fazenda Delfim Netto para conceder crédito ao
empresariado, enquanto o governo também investia em políticas sociais de
combate a miséria.

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15. (UEMG) Texto I
“Foram cinco anos de Geisel e mais seis de Figueiredo, completando onze anos de
interminável abertura, imune aos reclamos da sociedade, que, a despeito do vigor da
resistência democrática, não conseguiu abreviar essa longuíssima transição, que
culminou na tremenda frustração do Colégio Eleitoral e da traumática morte
televisionada de Tancredo Neves.”
(FICO, Carlos. Brasil: transição inconclusa. In: FICO, Carlos; ARAÚJO, Maria
Paula & GRIN, Mônica (Orgs.). Violência na história: memória, trauma e
reparação. Rio de Janeiro: Ponteio, 2012, p. 31).
Texto II
“Uma concepção de democracia considera que uma sociedade democrática é aquela
em que o povo dispõe de condições de participar de maneira significativa na
condução de seus assuntos pessoais e na qual os canais de informação são acessíveis
e livres. Outra concepção de democracia é aquela que considera que o povo deve ser
impedido de conduzir seus assuntos pessoais e os canais de informação devem ser
estreitamente controlados.”
(CHOMSKY, Noam. Mídia: propaganda política e manipulação. Tradução
Fernando Santos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2013, p. 9-10)
Da comparação entre os textos I e II depreende-se que, no Brasil, o processo de
redemocratização caracterizou-se por
a) conservar ideias autoritárias sobre a participação popular na vida política.
b) inaugurar novos direitos sociais com a vitória da campanha pelas Diretas Já.
c) incorporar justas punições aos torturadores abrangidos pela Lei de Anistia.
d) estimular práticas cidadãs em decisões relativas aos investimentos públicos.

 HA065- Descolonização Africana.

1. (FGV-RJ) Leia o trecho da canção abaixo para responder à questão:


Até que a filosofia que sustenta uma raça
Superior e outra inferior
Seja finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada,
Haverá guerra, eu digo, guerra.
(...)
Até que os regimes ignóbeis e infelizes,
Que aprisionam nossos irmãos em Angola, em Moçambique,
África do Sul, em condições subumanas,
Sejam derrubados e inteiramente destruídos, haverá
Guerra, eu disse, guerra.
(...)
Até esse dia, o continente africano

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Não conhecerá a paz, nós, africanos, lutaremos,
Se necessário, e sabemos que vamos vencer,
Porque estamos confiantes na vitória
Do bem sobre o mal,
Do bem sobre o mal...
War. Bob Marley, 1976
A canção War foi composta por Bob Marley a partir do discurso pronunciado pelo
imperador da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975), em 1936, na Liga das Nações. As
ideias do discurso, presentes na letra da canção acima, estão associadas:
a) Ao darwinismo social, que propunha a superioridade africana sobre as demais
raças humanas.
b) Ao futurismo, que consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do
mundo.
c) Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos
negros africanos e a seus descendentes.
d) Ao sionismo, que defendia que o imperador Selassié era descendente do rei
Salomão e da rainha de Sabá e deveria assumir o governo de Israel.
e) Ao apartheid, que defendia a superioridade branca e a política de segregação
racial na África do Sul.

2. (Cesgranrio) “Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por


minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de
anos… Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no
terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz.”
(Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores
históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela
Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não
respeitou as características culturais do continente.
d) fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos
países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes
desigualdades sociais.

3. (Unirio) A descolonização do continente africano, a partir de 1950, libertou


nações do imperialismo. Entretanto, não solucionou os problemas estruturais de
diversos países do continente. Sobre os países africanos descolonizados, é correto
afirmar-se que:

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a) em Ruanda, ao processo de independência, conquistada em 1962, seguiu-se a
criação de um governo de coalizão popular que, apoiado por investimentos
ocidentais, extinguiu as rivalidades étnicas e as guerras tribais.
b) em Angola, a prolongada guerra civil após a independência, em 1975, provocou a
intervenção da ONU no conflito, com a participação de soldados brasileiros, cujo
objetivo é desarmar a guerrilha e auxiliar na reconstrução do país.
c) em Moçambique, que alcançou a independência em 1975, o movimento
guerrilheiro de inspiração socialista FRELIMO (Frente de Libertação de
Moçambique), apoiado pela União Soviética, conquistou a gestão das regiões
auríferas da Rodésia.
d) na Argélia, independente em 1962, após o fracasso das tentativas de
estabelecimento da democracia com as recentes eleições, ocorreu o golpe de
estado dos fundamentalistas muçulmanos.
e) na Namíbia, a fraqueza política e econômica dos governos posteriores à
independência, ocorrida em 1990, facilitou a invasão militar, com a anexação de
seu território pela África do Sul.

4. (UFSM-RS) "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei
mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei
quando estiverem em conflito com a minha consciência. O assim chamado patrão
poderá sussurrar-vos e tentar forçar-vos a servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por
vosso dinheiro ou sob ameaça. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão
em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada."
(Mahatma Gandhi)
In: MOTA, Myriam; BRAICK, Patrícia. História das cavernas ao Terceiro Milênio.
São Paulo: Moderna, 2005. p.615.
“Acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada” são palavras de
Mahatma Gandhi (1869-1948) que, no contexto da Guerra Fria, inspiraram
movimentos como
a) o acirramento da disputa por armamentos nucleares entre os EUA e a URSS,
objetivando a utilização do arsenal nuclear como instrumento de dissuasão e
amenização das disputas.
b) a reação dos países colonialistas europeus visando a diminuir o poder da
Assembleia Geral da ONU e reforçar o poder do Secretário-Geral e do Conselho
de Segurança.
c) as concessões unilaterais de independência às colônias que concordassem em
formar alianças econômicas, políticas e estratégicas com suas antigas metrópoles,
como a Comunidade Britânica de Nações e a União Francófona.
d) o reforço do regime de “apartheid” na África do Sul que, após prender o líder
Nelson Mandela e condená-lo à prisão perpétua, procurou expandir a segregação
racial para os países vizinhos, como a Rodésia e a Namíbia.

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5
e) o não alinhamento político, econômico e militar aos EUA ou à URSS, decisão
tomada pelos países do Terceiro Mundo reunidos na Conferência de Bandung, na
Indonésia.

5. (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos flagelos mortíferos da


fome e das guerras civis, a situação de praticamente todo o continente africano é,
neste momento de sua história, catastrófica. Este quadro trágico decorre:
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a herança do neocolonialismo,
uma vez que a dominação colonial européia se encerrou logo após a segunda
guerra mundial.
b) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao colonialismo europeu, mas
interno ao continente, que é o tribalismo, que impede sua modernização.
c) da inserção da maioria dos países africanos na economia mundial como
fornecedores de matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.
d) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao continente, a espoliação
imposta e mantida pelo Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação.
e) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, que redundou na formação
de micro-nacionalismos incapazes de reconstruir antigas formas de associação
bem como de construir novas.

6. (Fuvest) As resistências à descolonização da Argélia derivaram essencialmente:


a) da reação de setores políticos conservadores na França, associados aos franceses
que viviam na Argélia.
b) da pressão das grandes potências que temiam a implantação do fundamentalismo
islâmico na região.
c) da iniciativa dos Estados Unidos que pressionaram a França a manter a colônia a
qualquer preço.
d) da ação pessoal do general De Gaulle que se opunha aos projetos hegemônicos
dos Estados Unidos.
e) da atitude da França que desejava expandir suas colônias, após a Segunda
Guerra Mundial.

7. (FGV) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em
curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no
Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de
coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre
os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais
africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.

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6
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a
desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem
considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o
que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.

8. (Fatec) A descolonização do Oriente Médio enfrentou sérias dificuldades


decorrentes, entre outras razões, das arbitrariedades cometidas na demarcação dos
territórios de cada uma das novas nações. Esse procedimento, ao tentar solucionar
os problemas dos ex-dominadores, dividiu grupos tradicionais, tirando-lhes regiões
ricas ou estratégicas, colocando, com isso, os nascentes Estados em rivalidade
permanente e levando, algumas vezes, ao surgimento de guerras como a Guerra dos
Seis Dias (1967).
Esse conflito trouxe como principal problema para aquela região:
a) o boicote petrolífero determinado pela OPEP contra os países do Ocidente.
b) a guerra civil no Líbano após a queda de Nasser no Egito.
c) a ocupação por Israel de vários territórios árabes, principalmente a margem
ocidental do rio Jordão.
d) a internacionalização de Jerusalém e a ocupação israelense em Golan.
e) o fechamento do Canal de Suez e a ocupação egípcia da região do Sinai.

9. (Cesgranrio) "A Conferência está de acordo em declarar que o colonialismo, em


todas as suas manifestações, é um mal a que deve ser posto fim imediatamente."
(DECLARAÇÃO DA CONFERÊNCIA DE BANDUNG, abril de 1955)
Após a Segunda Guerra Mundial, a dominação ocidental no continente asiático e no
continente africano foi contestada por movimentos locais de confronto com as
nações imperialistas, em prol da independência e da autodeterminação dos povos
desses continentes. Dentre os fatores que possibilitaram o processo de
descolonização afro-asiático, NÃO podemos apontar a(o):
a) influência da doutrina socialista, principalmente nas áreas coloniais que sofreram
transformações revolucionárias, tais como o Vietnã e Angola.
b) transferência para as áreas coloniais de uma ideologia humanista e
antinacionalista, expressa na organização doutrinária do Bloco dos Não-
Alinhados.
c) deslocamento dos centros hegemônicos das decisões políticas internacionais da
Europa para os EUA e a U.R.S.S.
d) enfraquecimento das potências coloniais européias provocado por sua
participação na Segunda Guerra Mundial.
e) fim do mito da inferioridade dos povos afro-asiáticos, em virtude das vitórias
japonesas contra os ocidentais na guerra do Pacífico.

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@HISTORIAULAS
7
10. (Fgv) "... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se
apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo
neutralismo, mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e
proclamaram o compromisso dos povos liberados de ajudar a libertação dos povos
dependentes..."
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que
estavam sofrendo as conseqüências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas
propostas defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
c) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio,
provocado pela quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.
d) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados "tigres asiáticos" que
valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a
educação.
e) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que condenou o
colonialismo, a discriminação racial e a corrida armamentista.

 HA066- Descolonização asiática.

1. (UNESP) Não há livro didático, prova de vestibular ou resposta correta do Enem


que não atribua a miséria e os conflitos internos da África a um fator principal: a
partilha do continente africano pelos europeus. Essas fronteiras teriam acotovelado
no mesmo território diversas nações e grupos étnicos, fazendo o caos imperar na
África. Porém, guerras entre nações rivais e disputas pela sucessão de tronos
existiam muito antes de os europeus atingirem o interior da África. Graves conflitos
étnicos aconteceram também em países que tiveram suas fronteiras mantidas pelos
governos europeus. É incrível que uma teoria tão frágil e generalista tenha durado
tanto – provavelmente isso acontece porque ela serve para alimentar a
condescendência de quem toma os africanos como “bons selvagens” e tenta isentá-
los da responsabilidade por seus problemas.
(Leandro Narloch. Guia politicamente incorreto da história do mundo, 2013.
Adaptado.)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que:
a) as desigualdades sociais e econômicas no mundo atual originam-se
exclusivamente das contradições materiais do capitalismo.
b) o conhecimento histórico que privilegia a “óptica dos vencidos” apresenta um
grau superior de objetividade científica.

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8
c) na relação entre diferentes etnias, o etnocentrismo é um fenômeno antropológico
exclusivo dos países ocidentais modernos.
d) para explicar a existência dos atuais conflitos étnicos na África, é necessário
resgatar os pressupostos da ideologia colonialista.
e) a tese filosófica sobre um “estado de natureza” livre e pacífico é insuficiente para
explicar os conflitos étnicos atuais na África.

2. (UEPA) A Conferência de Berlim, realizada na Alemanha em 1885, sacralizou o


processo de partilha da África. Dela fizeram parte a Inglaterra, França, Bélgica,
Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. A geopolítica imposta ao Continente
Africano gerou, nas décadas posteriores, o sentimento anticolonialista, pois:
a) a situação de supremacia europeia definiu-se diplomaticamente, garantindo a
prerrogativa de defesa dos direitos civis dos países que negassem o princípio de
protetorado que as potências do Norte queriam implantar nas colônias do
Atlântico Sul, assegurando aos africanos a liberdade de expressão.
b) os territórios afro-asiáticos a serem explorados formaram a Aliança Nacional
Libertadora e apoiados pelos Estados Islâmicos resistiram ao domínio europeu
transformando o Norte da África em um campo intercultural, onde cristãos e
muçulmanos buscavam a supremacia.
c) a luta pela independência das colônias africanas transformou-se posteriormente
em objeto de debate local e global, ora de orientação capitalista, ora de orientação
socialista, mesclados aos discursos locais nacionalistas, representados por
diferentes projetos políticos.
d) o nível de atraso no desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico africano
em comparação aos outros continentes deixou de existir graças aos
empreendimentos dos países capitalistas nas áreas de dominação, assinalando o
avanço bem-sucedido do capitalismo em relação ao socialismo.
e) o processo de independência das colônias em relação às metrópoles europeias foi
assegurado através das reedições da Conferência, que a cada ano estabelecia um
plano de metas de desenvolvimento local garantindo para as partes envolvidas
igual partilha dos recursos naturais.

3. (Fuvest) A Segunda Guerra Mundial fez emergir interesses e aspirações


conflitantes que culminaram em relevantes mudanças nos quinze anos posteriores
(1945-1960).
Entre esses novos acontecimentos, é possível citar:
a) o início dos movimentos pela libertação colonial na África e a divisão do mundo
em dois blocos.
b) a balcanização do sudeste da Europa e o recrudescimento das ditaduras na
América Latina.
c) a criação do Mercosul e a expansão dos comunistas no Oriente Médio.

34
@HISTORIAULAS
9
d) os conflitos entre palestinos e judeus e o desaparecimento do império austro-
húngaro.
e) o desmantelamento da União Soviética e a dominação econômica dos Estados
Unidos.

4. (Fuvest) Portugal foi o país que mais resistiu ao processo de descolonização na


África, sendo Angola, Moçambique e Guiné-Bissau os últimos países daquele
continente a se tornarem independentes.
Isto se explica:
a) pela ausência de movimentos de libertação nacional naquelas colônias.
b) pelo pacifismo dos líderes Agostinho Neto, Samora Machel e Amílcar Cabral.
c) pela suavidade da dominação lusitana baseada no paternalismo e na
benevolência.
d) pelos acordos políticos entre Portugal e África do Sul para manter a dominação.
e) pela intransigência do salazarismo somente eliminada com a Revolução de Abril
de 1974.

5. (UFRN) Em relação ao processo de descolonização afro-asiático, é correto


afirmar:
a) As potências européias, fortalecidas com o fim da 2 Guerra Mundial, investiram
recursos na luta contra os movimentos de libertação que explodiam nas colônias.
b) A Organização das Nações Unidas tornou-se o parlamento no qual muitos países
condenavam o neocolonialismo, dado que proclamava a autodeterminação dos
povos.
c) A Guerra Fria dificultou a descolonização, em virtude da oposição de soviéticos e
americanos, que viam no processo uma limitação de seu poder de influência na
África e na Ásia.
d) As nações que optaram por guerra e luta armada foram as únicas que
conquistaram independência e autonomia política frente à dominação dos países
europeus.

6. (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos, trinta
e três conflitos armados que fizeram no total mais de sete milhões de mortos. Muitos
desses conflitos foram provocados por motivos étnico-regionais, como os massacres
ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricas desses
conflitos no continente africano é:
a) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para escravização,
extinguiram inúmeros reinos existentes

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0
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a
África num palco de guerras localizadas
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e
costumes, anulou direitos de conquista
d) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do
colonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades

7. (Pucmg) Na segunda metade do século XX, após décadas de dominação européia,


os povos da África conseguem se libertar. São marcas dos Estados Africanos hoje,
EXCETO:
a) o domínio exercido por uma elite africana em lugar do antigo dominador.
b) o falso desenvolvimento econômico realizado em proveito do capital externo.
c) a independência formal associada à manutenção do domínio de "tipo colonial".
d) a solidariedade dos povos negros em luta contra os resíduos da europeização.
e) a tendência autoritária e violenta dos pequenos Estados recém-formados.

8. (PUC-RJ) As lutas pela descolonização transformaram profundamente o mapa


político mundial na segunda metade do século XX. As alternativas abaixo
relacionam características importantes dos Estados nacionais surgidos na África e
Ásia ao longo desse período, com EXCEÇÃO de uma. Qual?
a) A maioria dos novos Estados nacionais adotou sistemas políticos e modelos de
governo ocidentais inspirados nas experiências de suas metrópoles.
b) Os Estados recém-constituídos conseguiram construir uma identidade política
sólida, o que permitiu a organização do movimento dos países "não-alinhados",
em Bandung, na Indonésia.
c) Na maioria dos novos países, coube ao Estado tomar para si as tarefas de
modernização e crescimento econômico com o objetivo de promover o
desenvolvimento nacional.
d) Nos países em que a independência se realizou por meio de revoluções sociais, os
novos Estados tenderam para o modelo soviético.
e) Nos processos de independência conseguidos através de guerras contra as antigas
metrópoles, os exércitos nacionais e suas lideranças acabaram por desempenhar
um papel de destaque na política nacional dos novos Estados.

9. (IBMEC) A África vive, ainda hoje, uma sequência impressionante de golpes


militares e guerras civis, sendo o recente caso da Guiné-Bissau um típico exemplo de
como esse processo continua a ocorrer. Vários são os fatores que explicam tal
fenômeno, sendo um dos mais importantes:
a) a manutenção de uma política assistencialista por parte das antigas potências
coloniais, o que estimula o caos;

35
@HISTORIAULAS
1
b) uma disputa entre grupos políticos divergentes, favoráveis ou não ao liberalismo
econômico;
c) os resquícios da Guerra Fria, ainda evidentes, especialmente na África do Sul e
na região central do continente;
d) a ausência de políticas ambientais que minimizem os efeitos devastadores da fome
e da violência;
e) a execução de uma política colonialista que impôs o conceito de Estado-Nação
sem levar em conta as características locais da sociedade.

10. (UFRN) Na Copa do Mundo de Futebol de 2010, realizada na África do Sul,


muitos brasileiros ficaram surpresos ao saberem que várias nações do continente
africano, como Costa do Marfim, Nigéria, Gana e o próprio país sede do evento,
apresentavam influências linguísticas europeias. Isso ficava evidente, por exemplo,
nos nomes dos jogadores estampados nas camisetas e nos hinos nacionais, cantados
em inglês ou francês.
Essas influências da Inglaterra e da França na África são resultantes
a) da expansão do Cristianismo, estimulado pelos propósitos das Cruzadas.
b) do neocolonialismo do século XIX, no contexto da Segunda Revolução Industrial.
c) da Globalização, que promoveu o intercâmbio cultural mundial no século XX.
d) do tráfico negreiro, que implantou colônias europeias no continente africano.

 HA067- Conflitos no Oriente Médio.

1. (FATEC) “No Oriente Médio, nos anos 1950, à medida que o velho Império
Britânico retirava-se e se reduzia a seu arquipélago inicial, os Estados Unidos
substituíam-no. Para isso, colocou à frente dos países dessa região seus “homens”,
sobretudo na Arábia Saudita e no Irã, principais produtores de petróleo do mundo
– junto com a Venezuela, na época já sob controle estadunidense.”
https://tinyurl.com/y5jobeuu Acesso em: 10.10.2019. Adaptado.
Desde 1953, o Irã foi um grande aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio.
Porém, essa aliança se rompeu e as relações entre os dois países foram cortadas em
1980.
O fato que levou a esse rompimento aconteceu, entre 1978 e 1979, em decorrência
da
a) Guerra Irã-Iraque, na qual o presidente do Irã, Saddam Hussein, ataca o Iraque
com a intenção de expandir o islamismo xiita e se apropriar dos campos de
petróleo na bacia dos rios Tigre e Eufrates.
b) Revolução Socialista, que ocorreu no Irã e que levou o Partido Comunista desse
país ao poder, suprimiu a propriedade privada e nacionalizou as companhias de
petróleo estrangeiras, incluindo as estadunidenses.

35
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2
c) Guerra do Golfo, na qual o exército iraniano invadiu o Kuwait, bombardeou os
poços de petróleo desse país e rumou em direção à Arábia Saudita, quando foi
surpreendido pelas forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos.
d) derrubada das torres gêmeas do Word Trade Center de Nova Iorque, ação
comandada pelo iraniano Osama bin Laden, que tinha a intenção de destruir os
centros de comando das Sete Irmãs do Petróleo instaladas naquele complexo de
edifícios.
e) Revolução Islâmica ocorrida no Irã, em que grupos que eram a favor da
nacionalização do petróleo, organizações islâmicas e movimentos estudantis
apoiaram a rebelião que derrubou a monarquia pró-Estados Unidos e proclamou
a República Islâmica do Irã.

2. (FGV-RJ) Costuma-se dizer que a religião deve ser separada da política e que o
mundo eclesiástico não se deve imiscuir nos assuntos de Estado. Proclama-se que as
altas autoridades eclesiásticas muçulmanas não devem intervir nas decisões sociais e
políticas do governo. Tais afirmações só emanam dos ateus: são ditadas e espalhadas
pelos imperialistas. A política estava separada da religião no tempo do Profeta (...)?
AIATOLÁ KHOMEINI, O Livro Verde dos princípios políticos, sociais e religiosos.
Rio de Janeiro: Record, 1979, p. 27.
O Aiatolá Khomeini foi um dos líderes da Revolução Iraniana de 1979, que
derrubou o regime do Xá Reza Pahlevi. A esse respeito, afirma-se:
I A Revolução Iraniana provocou a substituição de um regime imperial democrático
por um Estado republicano de caráter autoritário.
II Dirigido pelos xiitas, o movimento instaurou um governo fundamentalista que
articulava os interesses do Estado a concepções religiosas muçulmanas.
III A ascensão do regime dos aiatolás foi patrocinada pelos governos dos Estados
Unidos, interessados em estimular o conflito entre Irã e Iraque, dirigido, na época,
por Saddam Hussein.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) II, apenas.

3. (Unioeste) Leia e analise o fragmento abaixo


Desde 2013, o autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante – também
conhecido pelas siglas ISIL ou ISIS, na tradução do nome do grupo em inglês – luta
pela conquista de territórios na Síria e no Iraque, travando uma guerra que já
deixou mais de 230 mil mortos e milhões de desabrigados. [...] Para afirmar a
superioridade do Islamismo, o Estado Islâmico tem se esforçado para destruir sítios

35
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3
arqueológicos e históricos de civilizações e religiões antigas, numa tentativa de
apagar o passado. [...] Em quase três anos de conflitos, o ISIS destruiu, pelo menos,
treze sítios arqueológicos ou ruínas históricas.
ALENCAR, Lucas. Treze locais históricos destruídos pelo Estado Islâmico. 04 jan.
2016. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2016/01/13-
locais-historicos-destruidos-pelo-estado-islamico.html
Ao tratarmos de evidências e procedimentos para análise de processos históricos, é
CORRETO afirmar que
a) a análise histórica não necessita dessas evidências, já que elas eram apenas
utilizadas como foco de visitação turística. Pois, o material necessário para a
reflexão histórica encontra-se registrado em documentos impressos e arquivos
públicos.
b) a destruição desses registros históricos não faz parte do modo como o Estado
Islâmico propõe impor certa leitura da história a partir dos seus interesses e
domínio, esses atos foram realizados por erro de alvos durante os ataques
realizados.
c) a destruição dos sítios arqueológicos e históricos se deve apenas a um conflito no
Oriente Médio em função das práticas religiosas e à intolerância pela intervenção
estrangeira.
d) práticas como as realizadas pelo Estado Islâmico, ao destruírem sítios
arqueológicos e históricos, destacam como o debate sobre memória e história faz
parte das disputas de poder, inclusive, como tentativa de imposição de certo
nacionalismo como controle do presente e do passado para intenções futuras.
e) as fontes são materiais importantes na investigação histórica acadêmica. O
historiador se utiliza desses indícios para aprofundar pesquisas; com destaque
para períodos, fatos e sujeitos. Porém, o uso de sítios arqueológicos e históricos
são desnecessários ao ensino de história, por isso podem ser facilmente
descartados.

4. (UFRGS) Leia as afirmações abaixo, sobre a história do Oriente Médio


contemporâneo.
I - Durante a Guerra dos Seis Dias (1967), os países árabes infligiram uma dura
derrota a Israel e recuperaram os territórios perdidos durante a guerra árabe-
israelense de 1948.
II - Em 1990, após três décadas de separação, Iêmen do Norte e Iêmen do Sul foram
reunificados, o que não impediu a eclosão de uma guerra civil entre facções rivais
em 1994.
III- Nas últimas décadas, Irã e Arábia Saudita têm competido pela liderança
religiosa e econômica da região, o que levou a conflitos geopolíticos entre os países,
como, por exemplo, seus diferentes papéis na atual guerra civil na Síria.
Quais estão corretas?

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@HISTORIAULAS
4
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

5. (FACERES) Leia o trecho abaixo.


“Pouco tempo depois, sentindo que sua pregação chegava ao fim, Maomé decide
fazer uma última peregrinação a Meca, designada desde então com o nome de
peregrinação do adeus. Ela ocorre em março de 632: ‘Hoje concluí Vossa religião e
realizei minha graça em relação a Vós. Recebi para Vós o islã como religião’. Ao
retornar para Medina, o profeta de 63 anos adoece e morre em junho de 632, no
décimo ano da hégira. Ele é enterrado em Medina, local onde viveu durante o exílio.
A nomeação de Abu Bakr, seu fiel companheiro, como califa (sucessor, em árabe),
marca o fim do ‘islã do profeta’ e início do ‘islã histórico’ dos quatro grandes
califas”.
(CHEBEL, Malek. As três vidas de Maomé. História Viva, n. 8, jun. 2004).
A respeito do islamismo, é correto afirmar que:
a) Restringiu-se à península arábica, uma vez que era necessário converter somente
povos de etnia árabe.
b) O regime de califado foi importante para manter a religião unida, sem divisões
internas entre seus seguidores.
c) As divergências entre os califas deram origem às duas principais vertentes do
islamismo, os sunitas e os xiitas.
d) Quando os muçulmanos atingiram a Europa, foram barrados, no inverno, pelo
exército da União Soviética.
e) O islã se expandiu para a região da Pérsia e também para o norte da África, mas
não adentrou pela Europa.

6. (UFAM PSC) Entre 1948 e 1973, o Estado de Israel enfrentou Estados árabes em
quatro conflitos bélicos, que ficaram conhecidos como Guerras Árabe-Israelenses.
O terceiro conflito, conhecido também pelo nome de Guerra dos Seis Dias (5-10 de
junho de 1967), foi causado pela interdição egípcia aos navios israelenses no golfo de
Akaba. Nos seis dias de combates aéreos e terrestres, o Exército israelense enfrentou
e venceu, além das forças militares egípcias, os exércitos de outros dois países
árabes, que haviam firmado aliança com o Egito.
Assinale a alternativa CORRETA quanto aos respectivos Estados árabes que, além
do Egito, foram derrotados por Israel na Guerra dos Seis Dias:
a) Iraque e Irã.
b) Iraque e Qatar.
c) Jordânia e Síria.

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5
d) Jordânia e Iraque.
e) Iraque e Arábia Saudita.

7. (URCA) A Síria é um país estratégico detentor de reservas de petróleo e de gás,


com uma população heterogênea, incluindo xiitas e sunitas, alvo de uma guerra civil
iniciada com o levante da Primavera Árabe no ano de 2011, completando 7 anos em
março de 2018, e é definida, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como uma
guerra com “enorme rastro de tragédia”
(http://nacoesunidas.org).
Sobre o assunto afirma-se:
I - A Primavera Árabe configura-se como um levante com anseios democráticos que
tomou proporções nos países do Oriente Médio.
II - Os conflitos regionais no leste europeu foram desencadeados pela guerra civil na
Síria.
III - Embora a guerra seja em solo sírio existem apoiadores externos tanto ao
governo, quanto aos rebeldes.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) II e III
b) I e II
c) I e III
d) Todas são verdadeiras
e) Nenhuma é verdadeira

8. (UFVJM) A guerra na Síria entrou no seu sexto ano e não mostra sinais de
diminuir. Desde o final de 2011, a situação se degenerou, passando de mobilizações
da sociedade civil por aspirações populares legítimas a uma militarização e
conflagração em uma magnitude sem precedentes. O conflito se transformou numa
guerra multifacetada e altamente fluida com simultâneas guerras de atrito onde os
beligerantes têm experimentado várias vezes avanços e retrocessos, o que serve
apenas para alimentar a ilusão de que uma vitória militar ainda seja possível. Na
realidade, a guerra continua num impasse. Nenhum beligerante está prestes a ser
efetivamente derrotado ou a assegurar um triunfo militar definitivo. A maior
visibilidade adquirida recentemente pelo drama dos refugiados sírios que buscam
abrigo na Europa trouxe notícias e imagens às quais ninguém pode ficar indiferente.
A Síria é hoje um dos campos de batalha mais caóticos e letais do mundo, com
milhares de combatentes estrangeiros em todos os lados do conflito. Com centenas
de grupos armados, há agora guerras dentro das guerras, todas despedaçando o
país e seu povo. Um sofrimento que não faz nenhuma distinção de gênero, etnia ou
religião. Todos os sírios são vítimas dessa guerra destruidora e sangrenta, não
importando se são sunitas ou xiitas, curdos ou palestinos, cristãos ou drusos, ou das

35
@HISTORIAULAS
6
outras inumeráveis comunidades sírias. A violência é endêmica, proliferando tanto
em extensão como em suas diferentes expressões.
Fonte: PINHEIRO, Paulo Sérgio. Quatro Anos de Guerra na República Árabe
Síria: sob o Domínio do Medo e do Fracasso da Diplomacia. In: INSTITUTO DE
PESQUISA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS. Cadernos de Política Exterior.
Brasília: FUNAG, v. 1, n. 2, 2015, .p.9-10.
Com base no fragmento citado é possível afirmar que
a) em seu estado atual, caracteriza-se como um conflito composto por uma
multiplicidade de grupos armados e pela presença de forças beligerantes locais,
regionais e internacionais.
b) os combates encontram-se circunscritos aos territórios ocupados pelo Estado
Islâmico e atingem somente a população de tais territórios.
c) o início dos conflitos, em 2011, está relacionado com a tentativa de Golpe de
Estado arquitetado pelo Estado Islâmico na tentativa de retirar do poder o
presidente Bashar al-Assad.
d) atualmente limita-se militarmente à luta entre os membros do Estado Islâmico e
as tropas leais ao governo sírio.

9. (UPE) Acredito que a maioria dos palestinos não morra de amores por Israel,
mas eles aceitam, a contragosto, que os judeus israelenses não vão sair de lá. Da
mesma maneira que os judeus israelenses – a contragosto – também aceitam que os
palestinos estão aqui para ficar. Essa não é uma base para uma lua de mel, mas
talvez para um divórcio justo, como no caso da República Tcheca e da Eslováquia.
Amós Oz ao jornal alemão Deutsch Welle, publicado no Brasil pela Carta Capital,
em 05 de agosto de 2014.
O texto em questão, do Nobel da Paz Amós Oz, é uma reflexão sobre os atuais
conflitos no Oriente Médio. No contexto do século passado, o principal evento
histórico, considerado um marco na história desse conflito, foi a
a) implementação de um Estado Árabe na região.
b) criação do Estado de Israel pela ONU em 1948.
c) edificação de um muro para separar os dois territórios.
d) frustração dos acordos de cooperação com a Liga Árabe.
e) construção dos assentamentos judeus nas regiões de fronteira.

10. (UESB) A Faixa de Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em
1967, e entregue aos palestinos em 2005 — embora boa parte das fronteiras e
territórios aéreos e marítimos ainda seja controlada pelos israelenses. Em 2007, o
grupo Hamas — considerado terrorista por Israel — venceu as eleições
parlamentares palestinas, fato não reconhecido pelo opositor Fatah. O racha na
administração fez com que o Hamas controlasse a Faixa de Gaza, e o Fatah ficasse a
cargo da Cisjordânia. Desde então, Israel e o Hamas não dialogam.

35
@HISTORIAULAS
7
(COMO O HAMAS..., 2015).
A origem dos conflitos árabe-israelenses localiza-se ainda no final da Primeira
Guerra Mundial, quando
a) ondas migratórias de judeus, influenciados pelo movimento sionista e pela
política da Inglaterra, ocuparam amplas regiões do território palestino.
b) o Império Turco Otomano liberou as migrações judias para ocuparem territórios
na Europa Oriental.
c) os grupos judeus e árabes, perseguidos pelo nazismo, lutaram igualmente contra
o preconceito e a violência.
d) a descoberta e o controle da exploração do petróleo na região deram aos judeus o
poder econômico necessário ao domínio sobre todo o território palestino.
e) as migrações árabes para o território palestino foram proibidas pela Áustria e
pela Hungria, países vencedores da Primeira Guerra Mundial.

 HA068- A nova ordem mundial.

1. Um evento que marcou o fim da Velha Ordem Mundial e, consequentemente, um


novo momento na história do planeta foi a
a) Revolução Francesa.
b) Primeira Grande Guerra.
c) Queda do Muro de Berlim.
d) Partilha da África.
e) Guerra do Ópio.

2. A Velha Ordem Mundial era marcada pela hegemonia bipolar de duas grandes
potências mundiais. Essas potências eram, no período, chamadas de
a) Estados Unidos e União Soviética.
b) China e Estados Unidos.
c) Europa Ocidental e Japão.
d) Rússia e Estados Unidos.
e) Europa Ocidental e Estados Unidos.

3. A Nova Ordem Mundial, do ponto de vista da divisão do poder global, é marcada


por um mundo
a) unipolar.
b) hegemônico.
c) bipolar.
d) homogêneo.
e) multipolar.

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4. Qual país, mesmo com os avanços em termos econômicos e políticos em todo o
mundo, permanece como a grande potência militar do planeta?
a) Coreia do Sul
b) Israel
c) Índia
d) Ucrânia
e) Estados Unidos

5. Uma das características da chamada Nova Ordem Mundial é a


a) participação acentuada de diversos países nas decisões globais.
b) diminuição dos impactos ocasionados no meio ambiente local.
c) retração dos indicadores de desigualdade dos países emergentes.
d) criação de diversos blocos econômicos com união monetária.
e) formação de grupos militares formados por nações comunistas.

6. Em termos econômicos, a Nova Ordem Mundial, entre outros, marcou o


a) crescimento de economias subdesenvolvidas e emergentes.
b) processo de estatização das principais empresas do globo.
c) aumento do número de países com um regime socialista.
d) fenômeno de expansão do comunismo em todos os países.
e) declínio do sistema financeiro mundial de cunho capitalista.

7. A classificação adotada com a Nova Ordem Mundial, conhecida como a divisão do


mundo em Norte e Sul, tem um caráter essencialmente
a) físico.
b) cultural.
c) linguístico.
d) geológico.
e) social.

8. Conforme as classificações de graus de desenvolvimento econômico e social


empreendidas com a Nova Ordem Mundial, o Brasil é corretamente classificado
como uma nação
a) subdesenvolvida e industrializada.
b) comunista e pouco industrializada.
c) desenvolvida e industrializada.
d) socialista e pouco industrializada.
e) capitalista e muito industrializada.

9. Indique um país que, de acordo com a classificação da divisão do mundo em Norte


e Sul, faz parte do chamado Sul global:

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@HISTORIAULAS
9
a) Alemanha
b) França
c) Angola
d) Bélgica
e) Austrália

10. Indique a alternativa que apresenta um dos centros tradicionais do poder da Nova
Ordem Mundial:
a) Rússia
b) Japão
c) Itália
d) Cuba
e) Canadá

11. Assinale a alternativa que indica um país que, especialmente ao longo do século
XXI, emerge como uma nova grande potência global:
a) China
b) Rússia
c) Cuba
d) Brasil
e) França

12. (UFSCAR) Existem controvérsias a respeito da nova ordem mundial. Para uns,
ela seria uni ou monopolar; para outros, ela seria multipolar. Considere o exposto
e assinale a alternativa que é indiscutivelmente correta.
a) O poderio militar norte-americano, sem competidores, é um argumento a favor de
definição da nova ordem como multipolar.
b) A unificação europeia, a recuperação econômica do Japão e a enorme expansão da
China são fatores que pesam a favor do argumento da monopolaridade da nova
ordem mundial.
c) O avanço da globalização fortalece a ideia de um mundo unipolar.
d) O sucesso da primeira guerra do Golfo, de 1991, sugeriu momentaneamente que os
Estados Unidos poderiam desempenhar o papel de superpotência solitária e com
uma estratégia unilateral.
e) O fato de alguns países — Japão, Índia, Brasil e África do Sul — pleitearem uma
vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU é mais um indicador da
monopolaridade no sistema internacional.

 HA069- Nova República.

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@HISTORIAULAS
0
1. (Unespar) Nos últimos trinta anos, a História do Brasil foi marcada por três
manifestações sociais de caráter nacional: a campanha pelas Diretas Já, o
Impeachment do presidente Collor e a onda de protestos que se iniciou em junho de
2013 por conta do aumento do preço da passagem do transporte urbano em São
Paulo, e que, em poucas semanas, incorporou outras reivindicações, manifestantes e
se espalhou Brasil afora. A respeito dos três fenômenos, analise as proposições
abaixo:
I. Assim como as Diretas Já, as manifestações de 2013 tinham como pauta principal
a ampliação da democracia no Brasil contemporâneo;
II. Nas três ocasiões, a televisão foi o mais importante canal de comunicação entre os
manifestantes;
III. O impeachment do então presidente Collor em 1992 foi a única das três
manifestações que teve consequências políticas;
IV. Nas manifestações de junho de 2013 não emergiu nenhuma liderança partidária,
sindical ou estudantil majoritariamente aceita pelos manifestantes;
V. A existência dessas três manifestações reforça a ideia de que o brasileiro é
politicamente apático.
a) I e III estão corretas;
b) II, IV e V estão corretas;
c) I e V estão corretas;
d) Apenas a IV está correta;
e) Apenas a II está correta.

2. (Fuvest) O próximo presidente da República será eleito, em 15 de janeiro de 1985,


por um Colégio Eleitoral composto por:
a) todos os prefeitos das capitais, todos os deputados federais e estaduais.
b) todas as pessoas alfabetizadas, maiores de 18 anos, portadoras do titulo eleitoral.
c) todos os deputados federais e senadores e uma representação de seis deputados
estaduais de cada Assembléia Legislativa.
d) 138 representantes dos governadores estaduais e todos os componentes do
Congresso Nacional.
e) todos os deputados estaduais e federais e todos os senadores.

3. (Unesp) Em seu discurso, ao lançar o plano econômico, o presidente descreveu a


inflação como "o inimigo público número um". O plano obteve imediato apoio da
população e, da noite para o dia, o presidente e o ministro Funaro se tornaram
heróis nacionais. O povo entrava nos supermercados, verificava os preços e
denunciava os gerentes quando notava que algum produto havia sido remarcado
irregularmente.
O texto anterior refere-se ao Plano:
a) Verão

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@HISTORIAULAS
1
b) Cruzado
c) Collor
d) Bresser
e) Campos-Bulhões

4. (Fuvest) A campanha eleitoral de Fernando Collor de Mello baseou-se,


essencialmente, no tema da moralização administrativa e política. Que outro
candidato à Presidência da República explorou, com preferência, a mesma
temática?
a) Eurico Gaspar Dutra.
b) Fernando Henrique Cardoso.
c) Tancredo Neves.
d) Jânio Quadros.
e) Getúlio Vargas.

5. (UDESC) Sobre o Brasil Republicano, assinale a alternativa correta.


a) Na história política republicana brasileira não houve espaço para populismo.
b) Em 1937 houve a criação do Estado Democrático de Getúlio Vargas.
c) Durante o regime militar houve ampliação dos direitos individuais.
d) O autoritarismo foi uma característica importante da república brasileira, a
exemplo da ditadura militar entre 1964 e 1985.
e) O voto deixou de ser obrigatório no Brasil republicano

5. (Ufpe) Durante os debates que antecederam a convocação da Assembléia


Constituinte que se instalou em 1 de fevereiro de 1987, uma reivindicação da
sociedade civil se impôs:

a) Os deputados e senadores que não demonstrassem uma participação ativa nos


debates e nas comissões, tivessem seus mandatos cassados, não podendo voltar a
exercer cargo parlamentar durante oito anos.
b) Fosse convocada esta Assembléia exclusivamente para elaborar a nova
Constituição e que, depois de aprovada, a Assembléia fosse dissolvida e novas
eleições fossem realizadas para compor o Congresso Nacional.
c) Houvesse uma escolha de deputados e senadores proporcional por categoria
profissional como também por setores excluídos da sociedade, deixando apenas
uma pequena parcela de vagas para os candidatos dos partidos.
d) Antes de terem início os trabalhos constituintes, fosse aprovada uma Reforma
Agrária, que contemplasse amplos setores de trabalhadores sem terra, de forma a
diminuir as tensões sociais e, dessa forma, os Constituintes não fossem alvo das
pressões populares.

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@HISTORIAULAS
2
e) A Igreja Católica fosse a responsável por encaminhar todas as propostas
oriundas dos setores populares que estavam organizados em Comunidades
Eclesiais de Base.

6. (Fuvest) Acerca da década de 1980 no Brasil, podemos afirmar, do ponto de vista


econômico, que foi um período
a) de grande expansão, embora fortemente perturbado pelas incertezas quanto à
consolidação da democracia.
b) de forte desenvolvimento da indústria, ainda que não acompanhado por outros
setores da economia.
c) de recomposição da mão-de-obra, como resultado do declínio das migrações.
d) de recessão das atividades econômicas, tanto que muitos o consideram uma
década perdida.
e) de ampla abertura ao capital estrangeiro, propiciando por essa via o aumento do
produto interno bruto.

7. (Puc-RS) A vitória de Fernando Henrique Cardoso nas eleições presidenciais de


1994 possibilitou a continuidade e o aprofundamento do modelo de desenvolvimento
baseado no Plano Real, que fora lançado em julho daquele ano, sob a articulação do
futuro presidente, à época Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco.
Compõem esse modelo de desenvolvimento os itens a seguir, com EXCEÇÃO da
a) necessidade de aprofundar a internacionalização da economia brasileira.
b) preservação da estabilidade da moeda.
c) ampliação da atuação direta do Estado em setores estratégicos da economia.
d) liberação dos mecanismos de mercado como forma de estímulo à competitividade.
e) abertura ao capital estrangeiro como meio potencial de financiar o crescimento.

8. (Unesp) Observe a charge e assinale a alternativa correta.


a) O processo de fechamento político, iniciado durante o Estado Novo, atingiu seu
auge na década de 1960.
b) O Ato Institucional número 5 cassou o direito de voto não só dos analfabetos,
como também dos demais brasileiros.
c) Durante o regime ditatorial dos militares, apesar da falta de participação política,
houve significativo avanço na distribuição de renda.
d) A Constituição de 1988 assegurou, pela primeira vez na história brasileira, o
direito de voto para os analfabetos.
e) A campanha pelas "diretas-já", com apoio popular e da imprensa, conseguiu
restabelecer o voto direto para presidente

9. (Fatec) Sobre o governo José Sarney (1985-1990) pode-se afirmar:

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3
a) Para manter a ordem social, lançou mão de um governo autoritário, abolindo
conquistas políticas anteriores.
b) Durante os cincos anos desse governo, o país enfrentou recordes de taxas de
inflação, diversas crises ministeriais (só da Fazenda foram quatro) e vários planos
econômicos que alteraram as regras da economia.
c) Cancelou a moratória, que havia sido requerida no governo anterior.
d) Devido às grandes agitações sociais, Sarney não conseguiu renegociar a dívida
externa, e a redução dos juros só foi possível com o auxílio do FMI.
e) No fim desse governo, foi aprovado o plano Cruzado, que contribuiu para que
Sarney deixasse o cargo com prestígio e apoio integral do PMDB.

10. (UNESP) Na Primeira República (1889-1930) houve a reprodução de muitos


aspectos da estrutura econômica e social constituída nos séculos anteriores. Noutros
termos, no final do século XIX e início do XX conviveram, simultaneamente,
transformações e permanências históricas. (Francisco de Oliveira. Herança
econômica do Segundo Império, 1985.)
O texto sustenta que a Primeira República brasileira foi caracterizada por
permanências e mudanças históricas. De maneira geral, o período republicano,
iniciado em 1889 e que se estendeu até 1930, foi caracterizado:
a) pela predominância dos interesses dos industriais, com a exportação de bens
duráveis e de capital.
b) por conflitos no campo, com o avanço do movimento de reforma agrária liderado
pelos antigos monarquistas.
c) pelo poder político da oligarquia rural e pela economia de exportação de
produtos primários.
d) pela instituição de uma democracia socialista graças à pressão exercida pelos
operários anarquistas.
e) pelo planejamento econômico feito pelo Estado, que protegia os preços dos
produtos manufaturados.

11. (FUVEST) Na história da República brasileira, a expressão “Estado Novo”


identifica:
a) o período de 1930 a 1945, em que Getúlio Vargas governou o país de forma
ditatorial, só com o apoio dos militares, sem a interferência de outros poderes.
b) O período de 1950 a 1954, em que Getúlio Vargas governou com poderes
ditatoriais, sem garantia dos direitos constitucionais.
c) o período de 1937 a 1945, em que Getúlio Vargas fechou o Poder Legislativo,
suspendeu as liberdades civis e governou por meio de decretos-leis.
d) o período de 1945 a 1964, conhecido como o da redemocratização, quando foi
restabelecida a plenitude dos poderes da República e das liberdades civis.

36
@HISTORIAULAS
4
e) o período de 1930 a 1934, quando se afirmou o respeito aos princípios
democráticos, graças à Revolução Constitucionalista de São Paulo.

12. (Unesp) Desde a década de 1980 vários governos brasileiros adotaram planos
econômicos que pretendiam controlar a inflação. Entre as características destes
planos, podemos destacar
a) o Plano Cruzado, implementado em 1986, que eliminou a inflação, congelou
preços, proporcionou aumento salarial e gerou recursos para o pagamento
integral da dívida externa.
b) o Plano Collor, implementado em 1990, que determinou o confisco de ativos
financeiros e eliminou incentivos fiscais em vários setores da economia.
c) o Plano Real, implementado em 1994, que reduziu as taxas inflacionárias,
estabilizou o valor da moeda, proibiu aumentos de preços no varejo e provocou
forte crescimento industrial.
d) o Plano de Metas, implementado em 2006, que projetou um desenvolvimento
industrial acelerado e a inserção ativa do Brasil no mercado internacional.
e) o Plano de Aceleração do Crescimento, implementado em 2007, que apoiou
projetos imobiliários, determinou investimentos em infraestrutura e estimulou o
crédito.

13. (IBMEC) “Em todo o Brasil, donas-de-casa, munidas com tabelas de preços da
Sunab (Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços), órgão fiscalizador
do governo, eram protagonistas de verdadeiras cenas de histeria coletiva, muitas
vezes diante de câmeras de televisão, se um gerente de supermercado ou
estabelecimento comercial era surpreendido remarcando preços. (…) O
desaparecimento das mercadorias nos supermercados foi o ponto alto do
desabastecimento, resultado do congelamento de preços.”
(Vicentino e Dorigo. “História para o Ensino Médio”, pp. 645-646)
O texto faz referência ao Plano Cruzado que, para combater uma elevada inflação
que chegou a 80% ao mês, tinha como base de sustentação econômica o
congelamento de preços e salários. A aplicação desse plano ocorreu na
administração do presidente:
a) José Sarney.
b) Fernando Collor de Melo.
c) Itamar Franco.
d) Fernando Henrique Cardoso.
e) João Baptista Figueiredo.

14. (Espm) Com a volta dos militares aos quartéis e redemocratização do Brasil, o
presidente José Sarney convocou uma Assembleia Nacional Constituinte, que foi

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@HISTORIAULAS
5
eleita em novembro de 1986. Em 5 de outubro de 1988 foi promulgada aquela que
ficou conhecida por “Constituição Cidadã”.
Assinale entre as alternativas aquela que apresenta novidades incorporadas ao texto
constitucional brasileiro em 1988:
a) Ampliação da cidadania com a extensão do direito de voto aos analfabetos;
criação do “habeas-data” que permite ao cidadão obter informações relativas à
sua pessoa, constantes de registros oficiais.
b) Ampliação da cidadania com a extensão do direito de voto aos maiores de 16
anos – voto facultativo; fim da unicidade sindical.
c) Fim da unicidade sindical; obrigação das empresas estrangeiras manterem no
mínimo 2/3 de empregados brasileiros.
d) Instituição da reeleição para a presidência da república e mandato presidencial
de cinco anos.
e) Voto universal obrigatório para maiores de 18 anos (exceto analfabetos,
soldados e cabos); o direito do presidente baixar decretos com força de lei.

 HA070- O mundo moderno do século XXI.

1. (PUC-Rio) Sobre o significado e os desdobramentos dos atentados terroristas de 11


de setembro de 2001, estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO DE:
a) Os ataques terroristas provocaram mudanças no cotidiano da população norte-
americana, como o crescimento da vigilância e restrições à liberdade e à
privacidade dos cidadãos.
b) A partir do atentado, o governo Bush introduziu na política externa americana o
princípio da “guerra preventiva”, segundo o qual os Estados Unidos têm o
direito de atacar países que possam representar uma ameaça política futura.
c) A reação do governo norte-americano aos atentados aumentou a tensão nas
relações internacionais entre aliados importantes dos Estados Unidos, como a
Alemanha e a França, que demonstraram algum descontentamento com a
política unilateral adotada pelo governo Bush.
d) Devido aos avanços tecnológicos, ocorreu uma expressiva diminuição dos gastos
militares e do número de vítimas, desde então, em comparação com os tempos
da Guerra Fria.
e) Os ataques terroristas fizeram ressurgir a ideia de que os conflitos no século
XXI seriam explicados pela existência de um conflito entre dois modelos de
civilização.

2. O site Wikileaks, que tem como fundador o australiano Julian Paul Assange, ficou
conhecido em 2010 por revelar milhares de documentos diplomáticos confidenciais
do Departamento de Estado dos EUA. Uma mensagem da Secretaria de Estado dos
EUA à embaixada americana em Assunção relatou a preocupação do governo

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@HISTORIAULAS
6
americano da época com a suposta presença de organizações como Al Qaeda, o
Hezbollah e o Hamas na tríplice fronteira (entre Brasil, Argentina e Paraguai), o
que nunca foi confirmado. Essas três organizações são, respectivamente:
a) uma organização paramilitar então chefiada por Osama bin Laden, uma
milícia fundamentalista islâmica xiita sediada no Líbano e uma
organização palestina, de orientação sunita, que governa a faixa de Gaza.
b) uma organização paramilitar sediada no Afeganistão, uma
milícia fundamentalista chechena e uma organização palestina xiita que controla
a faixa de Gaza.
c) um grupo paramilitar iraquiano xiita, uma milícia fundamentalista saudita e um
grupo paramilitar iraniano.
d) uma milícia fundamentalista iraniana, uma organização palestina que controla a
faixa de Gaza e uma organização terrorista Líbia que era controlada por
Muammar al-Gaddafi.
e) uma organização terrorista síria, um grupo paramilitar afegão e uma
organização palestina de orientação sunita, que comanda a faixa de Gaza.

3. Leia o texto a seguir: “Eu até mesmo lancei a seguinte tese, que pode chocar: o
terrorismo islâmico é o reflexo monstruoso do Ocidente cristão que ele abomina.
Isso está claro na sua retórica de vitimização. Basta ler os escritos de Bin Laden: é
em nome das vítimas japonesas das bombas atômicas americanas que os kamikaze
islâmicos atacaram os Estados Unidos. Alguns meses antes dos atentados do 11 de
setembro, o chefe da Al Qaeda enviou uma comunicação às suas tropas para
anunciar que ele preparava uma “Hiroshima contra a América”. Em todas as
partes é em nome das vítimas que os outros fizeram que se persegue, que se mata,
que se massacra ou mutila.” (Dupuy, Jean-Pierre. Crer é não crer. As crenças
religiosas, a violência e o sagrado. In: Revista do Instituto Hamanitas Unisinos On-
line. Disponível
em: http://www.ihuonline.unisinos.br/index.phpoption=com_content&view=article
&id=4448&secao=393)
Neste texto, o matemático e filósofo francês Jean-Pierre Dupuy quer destacar:

a) que os terroristas islâmicos, autores dos ataques de 11 de setembro de 2001,


tinham auxílio do governo japonês, que queria se vingar do ataque atômico que
os EUA fizeram em 1945.
b) que os terroristas, chefiados por Bin Laden, empreenderam os ataques de 11 de
setembro, em dada medida, motivados pela abominação que eles tinham do
Ocidente Cristão (na figura dos Estados Unidos) sendo que tal abominação foi
justificada pelos terroristas com o exemplo das vítimas da bomba de Hiroshima,
de 1945.

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7
c) que o objetivo de Bin Laden, expresso na frase “Hiroshima contra a América”,
era lançar uma bomba nuclear em solo americano. Plano este que não deu certo.
d) que os terroristas islâmicos não eram como os kamikazes japoneses, já que
aqueles (os islâmicos) não se suicidaram como estes (os japoneses), tendo saltado
dos aviões antes que colidissem com os alvos do dia 11 de setembro.
e) que o terrorismo islâmico é o “reflexo monstruoso” do Ocidente cristão por ser o
Ocidente cristão terrorista com o radicalismo islâmico.

 HA071- Conflitos da atualidade.

1. (Enem) No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos


centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses,
56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da
estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e
democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas,
põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série
de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa
a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito,
Hosni Mubarak. Sites e redes sociais – como o Facebook e o Twitter - ajudaram a
mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.
SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. Istoé Internacional.
2 mar. 2011 (adaptado).
Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet
permitiu aos jovens árabes
a) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
b) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
c) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
d) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
e) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

2. (UNIOESTE) Desde março de 2011, estima-se que o conflito na Síria tenha


causado a morte de 100 mil pessoas, segundo o Alto Comissariado das Nações
Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Estima-se que 6,8 milhões de pessoas
necessitem de assistência humanitária urgente. Há mais de 2 milhões de refugiados
sírios nos países vizinhos e no Norte da África. Cerca de 1,2 milhão de famílias
tiveram suas casas atingidas (ONU Brasil).
Sobre o conflito na Síria, assinale a alternativa CORRETA.
a) Trata-se de um conflito entre Israel e o governo de Bashar Al-Assad que
disputam o controle e a influência sobre o território vizinho do Líbano.
b) Trata-se de um conflito entre árabes e curdos. Bashar Al-Assad é um governante
curdo que vem sendo pressionado a deixar o poder pela maioria árabe.

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@HISTORIAULAS
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c) Os curdos, entre os quais está Bashar Al-Assad, correspondem a 70% da
população síria, portanto, garantem amplo apoio ao seu governo democrático.
d) Os principais aliados do governo de Bashar Al-Assad são os governos dos Estados
Unidos e da Rússia que juntos conseguem dar suporte ao ditador e evitar que
grupos de adversários como o Hezbollah dominem o território sírio.
e) O conflito na Síria surgiu em seguida aos movimentos da Primavera Árabe na
Tunísia e no Egito. A reação violenta do governo, aos protestos populares,
resultou em aumento das tensões. Os rebeldes, em sua maioria muçulmanos
sunitas, sofrem forte repressão de Bashar Al-Assad que pertence à minoria
alauíta.

3. (CESGRANRIO) O mundo não vai acabar em 2012. “Que pena!”, dirão os


cínicos. Mas, para aqueles que são, em variados graus, mais otimistas, 2012 será um
ano de atos de equilibrismo. A Primavera Árabe vai tornar-se outro verão.
SUUKYI, A. Um senso de equilíbrio. The economist/ Revista CartaCapital, São
Paulo: Confi ança. O mundo em 2012, n. 677, jan./fev. 2012, p.86.
A expressão Primavera Árabe, empregada no texto, refere-se aos levantes políticos
de 2011 ocorridos majoritariamente no
a) norte da África
b) sudeste da África
c) sudeste da Ásia
d) nordeste da Ásia
e) centro-sul da Europa

4. (UEL) Recentemente, o mundo assistiu a uma série de revoltas populares nos


países árabes. A imprensa internacional destacou o papel das redes sociais nessas
mobilizações contra os ditadores e a repressão dos governos sobre a população civil.
Sobre esses conflitos, assinale a alternativa correta.
a) A Jordânia viu seu rei ser deposto devido ao apoio dos países ocidentais e de
Israel aos movimentos revoltosos.
b) Na Tunísia, o processo revoltoso de setores populares foi sufocado por
empréstimos vultosos da União Europeia.
c) No Marrocos, a permanência da violência deve-se aos conflitos entre cristãos,
muçulmanos e membros de religiões tribais.
d) O Egito manteve Hosni Mubarak no poder devido à intervenção da Liga Árabe,
com apoio norte-americano.
e) O governo da Síria, apesar dos protestos internacionais, atacou os revoltosos com
a anuência do Irã, da Rússia e da China.

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5. (FEPESE) A morte de um tunisiano de 26 anos, um verdureiro que ateou fogo ao
próprio corpo, desencadeou uma série de protestos por diversos países do norte da
África e Oriente Médio.
Assinale a alternativa que identifica uma importante razão desses protestos.
a) A pregação das seitas cristãs da proximidade do fim do mundo e da volta do
Messias.
b) A revolta da população jovem contra a Irmandade Muçulmana que após tomar o
poder no Egito ameaçava o governo tunisiano.
c) A oposição da população, principalmente a mais idosa, aos princípios do Islã,
notadamente os relacionados à monogamia e ao politeísmo
d) A globalização que destruiu osvalores mais caros à juventude islâmica, como a
liberdade pessoal e religiosa, bem como a livre associação e o direito à
manifestação política.
e) A insatisfação da juventude com as restrições à liberdade existentes em muitos
países da região.

6. (UECE) O ano de 2011, além de completar dez anos do atentado terrorista aos
Estados Unidos, tem visto vários conflitos no mundo árabe: a queda dos regimes
tunisiano e egípcio e, em seguida, a derrubada de Muammar Kadhafi, na Líbia, e a
insurreição na Síria. Sobre os atuais conflitos no mundo árabe, é correto afirmar
que:
a) as revoltas da Tunísia e do Egito foram geradas pela indignação diante da
riqueza e da corrupção da elite governante.
b) reivindicam a política de bem-estar social que garante educação, segurança e
saúde gratuitas, bem como uma renda digna para todos.
c) foram gerados pela queda do preço do petróleo e pela indignação com a falta de
oportunidades para os jovens.
d) os casos sírio e líbio decorrem da aceitação da desigualdade como preço a ser
pago em troca do crescimento econômico.

7. (UECE) Atente à seguinte descrição: a luta contra o regime ditatorial deste


governo que está no poder há quase 50 anos comandado pelo mesmo partido, o
Baath, teve início em março de 2011. Seu governante anterior proibiu a criação de
partidos de oposição. Contudo, em fevereiro de 2012, foi anunciada a criação de
uma nova constituição que entraria em vigor após as eleições presidenciais de 2014,
e que previa o pluripartidarismo.
O país árabe que passou por essa questão política, que influenciou os conflitos
armados posteriores é o(a)
a) Tunísia.
b) Egito.
c) Síria.

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@HISTORIAULAS
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d) Turquia.

8. (UFTM) Em julho de 2011, a série de revoltas contra regimes do mundo árabe,


conhecida como Primavera Árabe, completou seis meses. Os ativistas utilizaram os
dispositivos tecnoinformacionais para questionar os regimes autoritários e
centralizadores que ocorrem em diversos países do Oriente Médio.
Os levantes contra os governos da situação reivindicaram políticas liberais. Sobre
esta crise, é correto afirmar que:
a) o novo cenário político, que se forma após a crise árabe, será construído sobre os
pressupostos ideológicos do alcorão.
b) o uso das mídias interativas extrapolou o espaço físico-geográfico da revolução e
tornou-se uma estratégia política para sensibilizar a comunidade internacional.
c) a grande preocupação mundial dos países do G8, a respeito da Primavera Árabe,
é a revolta dos migrantes muçulmanos que residem em países europeus.
d) o movimento despertou uma onda de atentados terroristas de origem islâmica nos
Estados Unidos.

9. (UEPB) "Estou viajando mãe. Perdoe-me. Reprovação e culpa não vão ser úteis.
Estou perdido e está fora das minhas mãos. Perdoe-me se não fiz como você disse e
desobedeci suas ordens. Culpe a era em que vivemos, não me culpe".
(http://tataunews.blogspot.com/2011/04/mohamed-bouazizi-o-heroi-de-
nietzsche.html)
O depoimento do jovem vendedor de verduras, Mohamed Bouazizi, de 26 anos, da
Tunísia, que, indignado pela apreensão de sua mercadoria e pelas humilhações
sofridas, ateou fogo a si mesmo e morreu em frente ao prédio da prefeitura da
cidade de Sidi Bouzid, foi o estopim que desencadeou todo o movimento contra os
regimes autoritários em países do mundo islãmico. O mesmo reflete:
I. Um aspecto da cultura islâmica pelo qual se acredita que ao morrer por uma
causa justa se tem como recompensa o paraíso.
II. A desilusão da população do mundo árabe, sobretudo dos mais jovens, com a
falta de perspectiva, os altos índices de desemprego e o autoritarismo e corrupção
das elites dominantes.
III. O fundamentalismo de grupos islâmicos que pregam um Estado teocrático e a
"guerra santa" contra os valores ocidentais.
IV. O encantamento e desejo de aproximação dos jovens islâmicos com o modelo
ocidental, sobretudo o modelo de democracia, visto que todos esses governos hoje
questionados são inimigos declarados dos Estados Unidos.
Está(ão) correta(s) apenas
a) a proposição II.
b) a proposição IV.
c) as proposições I, II e IV.

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1
d) as proposições III e IV.
e) as proposições I, II e III.

10. (Unicamp) Apesar de ter começado no inverno de 2010, a chamada Primavera


Árabe – uma alusão à Primavera de Praga de 1968 – resultou de protestos por
mudanças sociais e políticas no Oriente Médio e, sobretudo, no norte da África.
Assinale a alternativa que indica corretamente o período da estação de inverno no
norte da África e um país dessa região convulsionado pela Primavera Árabe.
a) De 21 de dezembro a 20 de março; Síria.
b) De 21 de junho a 20 de setembro; Líbia.
c) De 21 de dezembro a 20 de março; Egito.
d) De 21 de junho a 20 de setembro; Irã.

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