Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORTALEZA-CE
2016
2
FORTALEZA-CE
2016
2
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________
Orientador:Prof. Esp. José Orlando Fraga Xavier – Estácio de Sá
__________________________________________
Prof.______________________________________
__________________________________________
Prof.______________________________________
(Paulo Coelho)
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus, por todas as bênçãos cedidas sobre este trabalho e que me
fortaleceu e não me deixou fraquejar, pois sem essa graça o mesmo não teria se realizado.
Durante este curso, senti Tua presença me dando forças em muitas ocasiões difíceis, mas nunca
desisti, pois tinha fé que tudo iria dar certo; quem tem Deus no coração tudo se realiza, sempre
fui sou e serei grato por estar ao meu lado seja ele qual for o momento, assim seja feita a Tua
vontade.
A minha mãe, Heliane, e a minha irmã, Eveline, que sempre foram e serão presentes em
meus objetivos, cujos incentivos me ajudaram a chegar nos meus caminhos traçados. O apoio
delas foi fundamental nos momentos complicados pelos quais passei. Obrigado por tudo, pela
paciência, orações e perseverança em mim e na realização deste trabalho.
A minha esposa, Sônia, que sempre me apoiou em toda decisão que tomei, sempre foi
minha motivação quando parecia fraquejar; foi minha alegria quando estava triste você é, e
sempre será uma peça muito importante em minha vida. Agradeço por toda sua inestimável
dedicação, paciência e carinho, sou muito grato a você.
RESUMO
ABSTRACT
The research undertaken deals with the theme: the Project Management Analysis in a food
company. This study aims to analyze the management of expansion projects in the company, a
company tracking pasta, biscuits, wheat grinding, oil refining, shortenings, margarines and
vegetable creams, investment analysis techniques by observing and its benefits. It was used as
a qualitative descriptive research methodology, document analysis through the investment cash
flow. The basis for the theme was based on books, websites and company documents related to
project management, project management. The study is divided into six chapters. The first being
reserved for project management for some concepts, strategic management and project office;
the second explores the project management itself, with the types of projects, life cycle,
describing until the end; the third highlights the investment analysis techniques; in the room, it
shows that the methodology followed by the case study, which used the project's cash flow from
an analysis of technical investments in order to observe the benefits of project management.
The results of this case study are presented, analyzed and interpreted through investment
analysis techniques and project management means. It is intended to thus fulfill the purposes
of this royally established work. After analyzing the results, it was possible to understand the
importance of carrying out the project management activities.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE PLANILHAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 13
1 GESTÃO DE PROJETOS............................................................................................................... 16
1.1 Conceitos Básicos ........................................................................................................................ 16
1.3 Escritório de Projetos .................................................................................................................. 18
1.4 Gerenciamento de projetos .......................................................................................................... 21
1.5 Tipos de Projetos ......................................................................................................................... 22
1.6 Tipos de Decisões de Investimento de Capital ............................................................................ 39
1.7 Ciclos de Vida do Projeto............................................................................................................ 26
1.8 Benefícios.................................................................................................................................... 28
1.9 O Moderno Gerenciamento de Projetos ...................................................................................... 30
1.10 PMI ............................................................................................................................................ 32
1.11 PMBOK..................................................................................................................................... 33
1.12 Organizações preparadas ........................................................................................................... 33
1.13 Gerente de Projetos ................................................................................................................... 35
1.14 Modelo Geral............................................................................................................................. 37
2 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS ................................................................................. 39
2.1 Método de Avaliação com Valor Presente Líquido .................................................................... 40
2.2 Método de Avaliação com Taxa de Retorno ............................................................................... 43
2.3 Outros Métodos de Avaliação de Projetos .................................................................................. 44
3 METODOLOGIA DA PESQUISA ......................................................................................... 45
3.1 Tipologia ..................................................................................................................................... 45
3.2 Amostra/Objeto de Estudo .......................................................................................................... 45
3.3 Coleta de Dados .......................................................................................................................... 46
3.4 Análise de Dados......................................................................................................................... 46
4 ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................... 47
4.1 Caso de uma Empresa do Ramo Alimentício .............................................................................. 47
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 59
APÊNDICE.........................................................................................................................................59
13
INTRODUÇÃO
O mercado atualmente está cada vez mais competitivo, daí faz-se necessário que as
empresas busquem novas alternativas a partir das quais haja uma conversão ao lucro. Vargas
(2009, p. 4) “Um dos fatores que impulsiona o gerenciamento de projeto é o crescimento da
competitividade”. Assim, o gerenciamento de projeto se torna a chave para que as organizações
obtenham maior rentabilidade, pois poderão pôr em prática as diretrizes em parceria com outros
setores, a saber: a controladoria, o pessoal, marketing, engenharia, entre outras, com economia
de custos fixos, contratação de pessoal, satisfação de clientes, e vários outros benefícios que
serão mencionados nesta pesquisa.
A partir desse tema, foi elaborada a seguinte problemática: Como uma empresa do
ramo alimentício gerencia seus projetos? Neste contexto, este trabalho tem como objetivo geral,
analisar o gerenciamento de projetos em uma empresa do ramo alimentício. Para a metodologia,
foi utilizado o seguinte enquadramento metodológico: descritivo, qualitativo, análise
bibliográfica, documental e estudo de caso. Quanto aos objetivos específicos, elencamos os
seguintes:
acordo com Clements e Gido (2009, p.280), o gestor do projeto deve decidir as tarefas a serem
executadas, o compromisso firmado pelas pessoas envolvidas no projeto bem como a atribuição
de responsabilidade etc.
1 GESTÃO DE PROJETOS
PMI (2016) “Um projeto é temporário no sentido de que tem um início e fim definidos
no tempo, e, por isso, um escopo e recursos definidos”. E um projeto é único no sentido de que
não se trata de uma operação de rotina, mas um conjunto específico de operações destinadas a
atingir um determinado objetivo. Assim, uma equipe de projeto inclui pessoas que geralmente
não trabalham juntas algumas vezes vindas de diferentes organizações e de múltiplas
geografias.
A estratégia deve ser elaborada com a participação de todas as partes interessadas, deve
estar ‘em folhas soltas’, prontas para atualizações e alterações imediatas e ao alcance de
qualquer pessoa da organização. Evidentemente, pode haver partes de divulgação restrita e que
deve ser tratadas com o devido sigilo. Com efeito, Cavagnoli (2011, p.45) destaca que
Estratégias corporativas - que dizem respeito às ações e aos respectivos recursos para
obter vantagem competitiva por meio de seleção de produtos/serviços (os negócios) em
diversos mercados e suas gerencias.
O primeiro passo consiste na análise dos recursos internos da organização, de seu ambiente
externo e dos grupos de poder dentro e em torno da organização;
Quanto às atribuições
- apoio a projetos;
- treinamento;
- consultoria;
- métodos e padrões;
- gerência de projetos.
Quanto à forma
- física;
- virtual;
- mista (física e virtual);
- centralizada;
- distribuída.
Para Vargas (2009, p. 115), “o escritório de projetos tem como objetivo prioritário
suportar os projetos, visando aumentar o nível de maturidade organizacional”.
Consequentemente, aumentar a taxa de sucesso desses projetos, também é um local central para
conduzir, planejar, organizar, controlar e finalizar as atividades.
Fonte: Augusto (2012) VIII Congresso nacional de excelência em gestão – PMBOK 4º Edição
http://www.inovarse.org/sites/default/files/T12_0454_3026.pdf
Essa alocação de recursos pode ser realizada em ativos tangíveis com a compra de
terreno, construção de prédios, compra e instalação de equipamentos etc. Por exemplo, na
construção de uma nova planta produtiva para lançamento de uma nova linha de produtos, como
também para um aumento de eficiência operacional, redução de custo da operação corrente etc.
Além disso, a alocação de recursos pode ser realizada em ativos intangíveis como pesquisa e
desenvolvimento, publicidade, treinamento de pessoal. Lapponi (2007, p. 102) “Os projetos da
empresa do setor privado são aceitos quando criam valor para a empresa”.
Novo produto: O novo produto iniciará uma nova linha, ou será um produto complementar
dos existentes ou será uma versão melhor que a anterior e a dos concorrentes que inovaram.
Clements (2009, p. 4-5) afirma que um projeto possui alguns atributos como a
qualidade e satisfação do cliente, existem tarefas independentes, são utilizados recursos, tem
um esquema de tempo especifico, um esforço único ou de uma única vez, tem um cliente e por
fim envolve um grau de incerteza. O autor também mostra alguns tipos de projetos:
De acordo com França (2009), existem vários tipos de projetos, alguns deles são:
Projetos de sistemas;
Mapeamento de processos;
Infraestrutura;
Gerência de mudanças;
Melhoria contínua.
descrição dos processos organizacionais ou a definição de novos processos, bem como sua
exija mais recursos humanos, custo, e riscos, não que o desenvolvimento do produto não
contenha isso, mas deve ser bem menor estes quesitos.
Fase de Iniciação e Termo de Abertura – É a fase inicial do projeto, quando uma determinada
necessidade é indicada e transformada em um problema estruturado a ser resolvido por ele.
Nessa fase, a missão e o objetivo do projeto são definidos, os documentos iniciais são
confeccionados e as melhores estratégias são identificas e selecionadas. Após definida a
necessidade de se estabelecer um projeto, deve ser criado o termo de abertura ou Project
charter. É o documento legal que reconhece a existência de um projeto. São característicos os
elementos do Project Charter: Título do projeto, resumo das condições que definem o projeto
(introdução), nome do gerente de projeto e suas responsabilidades e autoridades, descrição do
produto do projeto, estimativas iniciais de custo, aprovação com assinatura do executivo
responsável pelo documento (elemento externo ao projeto) e etc.
Fase de Planejamento – É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo
projeto, incluindo cronogramas, interdependências entre atividades, alocação dos recursos
envolvidos, análise de custos etc. para que, no final dessa fase, ele esteja suficientemente
detalhando para ser executado sem dificuldades e imprevistos. Nessa fase, os planos de escopo,
tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos e aquisições são
desenvolvidos.
Fase de Execução – É a fase que materializa tudo aquilo que foi planejado anteriormente.
Qualquer erro cometido nas fases anteriores fica evidente durante essa fase. Grande parte do
orçamento e do esforço do projeto é consumida nessa fase.
Fase de Encerramento e Termo – É a fase quando a execução dos trabalhos é avaliada através
de uma auditoria interna ou externa (terceiros), os documentos do projeto são encerrados e todas
as falhas ocorridas durante o projeto são discutidas e analisadas para que erros similares não
ocorram em novos projetos. Muito conhecida como fase de aprendizado. Uma análise direta do
gráfico mencionado anteriormente não é conclusiva quanto à interdependência e sobreposição
de fases no projeto. Após a conclusão do projeto, o termo de encerramento deverá ser entregue
com assinatura do responsável e data.
Os projetos no decorrer de suas vidas poderão ser verificados e avaliado, Assim, tem-
se a chance de realimentá-los em eventuais desacordos ao que fora previamente estabelecido
no planejamento. De acordo com Lima (2010, p. 56),
1.7 Benefícios
Permite desenvolver diferenciais competitivos e novas técnicas, uma vez que toda a
metodologia está sendo estruturada;
Antecipa as situações desfavoráveis que poderão ser encontradas, para que ações
preventivas e corretivas possam ser tomadas antes que essas situações se consolidem como
problemas;
Adapta os trabalhos ao mercado consumidor e ao cliente;
Disponibiliza os orçamentos antes do início dos gastos;
Agiliza as decisões, já que as informações estão estruturadas e disponibilizadas;
Aumenta o controle gerencial de todas as fases a serem implementadas devido a prévia
realização do detalhamento;
Facilita e orienta as revisões da estrutura do projeto que forem decorrentes de modificações
no mercado ou no ambiente competitivo, melhorando a capacidade de adaptação do projeto;
Otimiza a alocação de pessoas, equipamentos e materiais necessários;
Segundo Valeriano (2005, p.43), “é necessário fazer uma distinção entre serviço,
quando, do ponto de vista do cliente, ele é considerado o produto, e serviços associados”.
Produto, como resultado de atividades ou processos, pode ser constituído de materiais e
equipamentos, materiais processados, informações, serviços ou uma combinação destes no
ambiente organizacional ou social e serviço é o resultado gerado por atividades na interface
fornecedor e cliente e por atividades internas do fornecedor para atender às necessidades do
32
cliente. Observa-se que, de um lado, tem-se serviço como um tipo de produto fornecido ao
cliente. Mas esse serviço/produto é acompanhado de outros serviços, chamados de serviços
associados, entendendo-se aqueles que são prestados ao produto para manter a efetividade do
mesmo durante sua vida útil.
1.9 PMI
O Project Management Institute (PMI) é uma organização sem fins lucrativos que visa
disseminar as melhores práticas de gerenciamento de projetos em todo o mundo. Além disso,
fomenta o debate sobre o tema por meio de publicações, eventos e reuniões. Reconhecida
internacionalmente, a instituição possui mais de 700 mil membros espalhados por diversos
países, os quais estão em constante aperfeiçoamento profissional. O instituto disponibiliza seis
certificações que assegura o conhecimento e a capacidade dos profissionais. Deste modo,
Borges e Rollim (2015) afirma que
O PMI foi instituído em 1969, durante um jantar em um restaurante que ficava a apenas
algumas quadras do City Hall, na Filadélfia, EUA. Esse jantar era uma continuação de vários
meses de discussões entre dois homens, Jim Snyder e Gordon Davis, que decidiram aí a criação
de uma nova organização que proporcionasse um meio de os gerentes de projeto se reunirem,
compartilhando informações e discutindo problemas comuns. As discussões que se seguiram
resultaram na primeira reunião formal no Georgia Institute of Technology, em Atlanta, EUA,
em outubro de 1969.
33
1.10 PMBOK
Todo projeto está imerso em uma determinada hierarquia de sistemas que precisa ser
constantemente respeitada pelo gerente de projeto. Não se pode considerar o projeto mais
importante que a própria organização ou, até mesmo, maior que o meio ambiente que cerca
34
Organizações funcionais;
Organizações matriciais leves com expedidor de projetos;
Organizações matriciais leves com responsável do projetos;
Organizações matriciais balanceadas;
Organizações matriciais fortes;
Organizações por projetos.
A maioria das empresas modernas envolve todas essas estruturas ao mesmo tempo em
seus organogramas, havendo desde setores onde a estrutura é totalmente funcional até
departamentos inteiros com estrutura voltada completamente para projetos. Essas estruturas são
denominadas estruturas compostas ou mistas. Segundo Vargas (2009, p. 105), existem outros
dois tipos de organizações, são elas:
Conforme Valeriano (2005, p. 63), a organização possui uma estrutura (suas partes
constituintes, sua anatomia) e um modo de funcionamento, isto é, o relacionamento interno
entre as partes e do todo com o ambiente (sua fisiologia). A estrutura e o funcionamento “são
feitos um para o outro”, e o conjunto harmonioso visa ao cumprimento da missão. Para isso, a
organização recebe insumos do ambiente e a ele debita seus produtos. A missão da organização
também deve ser monitorada e acompanhada, os desvios e melhoramentos são reciclados ao
conjunto formado pela estrutura e pelo funcionamento, que responderá aos ajustes e às
mudanças necessárias.
Organização departamental
Organização funcional
Organização por projeto
Organização matricial
Conforme visto logo acima, os autores afirmam que possuem vários tipos de
organizações, e os projetos são reflexos das mesmas pois são necessidades que ocorrem nas
organizações durante as atividades das empresas.
Um dos principais riscos que se pode encontrar, atualmente, é a convicção que algumas
pessoas têm de que, com software de planejamento, elas se tornaram gerentes de projeto
instantâneo. Mesmo podendo desempenhar outras atividades funcionais na organização
(estruturas funcionais ou matriciais leves), o gerente de projeto é o responsável último pelo
sucesso do projeto. De acordo com Borges e Rollim (2015, p.32), “esse profissional tem como
36
Gerentes do projeto, diferentemente dos gerentes funcionais, não têm poder para
alcançar seus objetivos sozinhos. Eles dependem dos seus superiores, subordinados e
pares para distribuir os esforços para tornar o projeto bem sucedido. Alguns gerentes
de projetos são mais bem-sucedidos que outros. Isso porque possuem algumas
competências especificas, dependentes de um conjunto amplo de fatores profissionais,
muitos dos quais têm muito pouca ou nenhuma relação direta com habilidades
técnicas. (VARGAS, 2009, p. 123)
Nos projetos uma das mais difíceis decisões que a alta direção da organização precisa
tomar é investir ou não por conta do risco. O gerenciamento de projetos não será realizado com
sucesso sem bons gerentes de projetos. Para selecionar um bom gerente é necessário considerar
algumas questões:
Segundo Vargas (2009, p. 126), existem três pilares que sustentam a seleção do mais
adequado gerente:
Habilidades;
Motivação;
Personalidade.
Também há um conjunto de fatores que precisam ser avaliados durante a seleção do
gerente de projetos, estratificado segundo conjunto de habilidades:
Resolução de problemas
Administração
37
As fases do projeto caracterizam-se por determinar um ponto de trabalho que pode ser
verificado e medido ao longo da execução das fases. A cada fase concluída, os
trabalhos são revisados e os padrões de desempenho entregues, avaliados a fim de se
verificar se estão de acordo com o planejado; em caso de desvio, são determinadas
alterações no projeto para correção e, se necessário, o cronograma é ajustado, e o
cliente informado, caso haja algum impacto perceptivo.
Os autores acima afirmam que todo e qualquer projeto que seja, desde a fase de iniciação,
sempre haverá revisões para se verificar se tudo que foi planejado está sendo desenvolvido
corretamente, por que surgem problemas no decorrer do ciclo, até o encerramento do mesmo.
Segundo Caggiano (2009, p.73), “um investimento de capital pode ser definido como
um investimento que oferece retorno durante muitos períodos futuros e se diferencia dos outros
tipos de investimento cujo retorno pertence ao período de tempo corrente”.
Caggiano (2009, p.73), “As decisões de investimento de capital dizem respeito aos
seguintes assuntos”: (1) Aquisição de ativos de longa duração, como imóveis ou maquinários;
(2) Investimento em outros fundos, dos quais as receitas serão derivadas; (3) Um projeto
especial, que afetará a capacidade futura de ganho da firma, com projetos de pesquisa ou uma
campanha promocional; (4) Ampliação do leque de atividades da firma, que envolva saídas de
capital, como uma nova linha de produção ou mesmo um novo produto; (5) Desenvolvimento
de projetos de capacitação de pessoal de alto nível para as empresas prestadoras de serviço
como universidades, empresas de pesquisa, consultorias alta tecnologia de gestão etc.
marcas, clientes, tecnologia, capital intelectual etc. e em capital de giro para atender
a defasagem entre as datas de entrada do dinheiro das vendas e as datas de desembolso
para pagar as decorrentes obrigações.
Durante um projeto, é possível acontecer casos que podem ter um efeito adverso para
seu sucesso. Qualquer aspecto de um projeto pode envolver certo gral de incerteza, que pode
impactar o resultado de um projeto. Clementes e Gido (2009, p. 76) “risco é a possibilidade de
ocorrer uma circunstância indesejada, que resulte em algum prejuízo”.
De acordo com Vargas (2009, p. 88) “todo risco necessita ser avaliado segundo dois
aspectos: probabilidade de ocorrência e gravidade das consequências. O gerenciamento de risco
possibilita a chance de melhor compreender a natureza do projeto, envolvendo os membros do
time de modo a identificar as potenciais forças e riscos do projeto e responder a eles, geralmente
associados a tempo, qualidade e custos.
Segundo Laponni (2007), o método do valor presente líquido está baseado em uma taxa
mínima de retorno assumida. Esta taxa deveria ser a taxa média de custo do capital para a firma.
41
Esta seria a taxa usada para descontar os fluxos de caixas líquidos a seu valor presente. A taxa
requerida, de acordo com o autor
É a taxa mínima de juro exigida para aceitar um projeto, conhecida também como
custo de oportunidade do projeto. O projeto é aceito se o capital investido durante
certo prazo de analise for recompensado pelo valor do dinheiro no tempo, a inflação
esperada e o risco associado ao destino desse capital. Esses três fatores medidos como
taxas de juro e adequadamente compostos formam a taxa requerida do projeto.
(LAPONNI, 2007, p.141)
Segundo Damodaran (2012, p.14), “a taxa de desconto reflete o retorno real esperado
(refletindo as preferências de consumo), a inflação esperada (para projetar o poder de compra
do dinheiro ou caixa) e um prêmio, ou ágio, pela incerteza associada ao fluxo de caixa”. A Taxa
de Desconto também conhecida como Taxa Mínima de Atratividade, é uma taxa de juros que
representa o valor mínimo que o investidor pretende ganhar em retorno do seu investimento.
Existem dois tipos de taxa de desconto: o Custo Médio Ponderado de Capital (WACC –
Weighted Average Cost of Capital) e o CAPM (Capital Asset Princing Model).
Por esta fórmula, pode-se perceber que o custo de capital próprio é estimado pela
remuneração dos ativos livres de risco, acrescido do prêmio pelo risco do mercado ponderado
pelo risco da empresa.
(CAMP)
Conforme Zanata (2012), a análise do valor presente líquido, ou NPV (Net Present
Value) na expressão em inglês, trata-se de uma técnica onde os saldos de caixa futuros de um
empreendimento são descontados a valor presente considerando-se uma determinada taxa de
juros. Em resumo, o cálculo do valor presente líquido traz ao valor atual os saldos de caixa
projetados.
Segundo Laponni (2007), o método da taxa interna de retorno requer que seja calculada
a taxa de juros que é usada para desconto, que, uma vez aplicada, irá reduzir o valor presente
líquido de um projeto a zero. Tomemos como exemplo o nosso projeto com investimento de
100.000,00 e geração de 25.000,00 por ano. Se ele parar de gerar dinheiro após cinco anos, ou
seja, exatamente no payback, a “tir” (taxa interna de retorno será igual a zero. Por outro lado,
se ele continuar a gerar os 25.000,00 por mais dois anos, a “tir’ será de 13%, ou seja, o projeto
é equivalente a um investimento com uma taxa de 13% ao ano.
O valor da “tir” só pode ser calculado por tentativa e erro, ou seja, por métodos
numéricos. Na verdade, existem vários valores possíveis para a “tir”, e o método numérico
encontrará apenas um deles. Para isso tem-se softwares.
A TIR em um projeto simples é a máxima taxa requerida que aceita o projeto. Se for
afirmado que a TIR é a rentabilidade periódica do capital investido, o compromisso
de que as estimativas se cumpram é uma condição necessária de obter a taxa esperada
TIR, porém não é suficiente, apenas tomar uma boa decisão não garante o bom
resultado esperado. (LAPONNI, 2007, p.176)
44
De acordo com Zanata (2012), a taxa interna de retorno (TIR) é a taxa que iguala o
valor presente líquido a zero, ou seja, reflete o ganho real a ser auferido no investimento. Por
isso, afirma-se que sua utilização e interpretação está diretamente associada a análise do valor
presente líquido. Trata-se, no entender do autor, de um método da taxa interna de retorno que
utiliza os conceitos de valor presente para calcular a taxa de retorno dos fluxos de caixa líquidos
esperados nas propostas de investimento. A interpretação do resultado da taxa interna de retorno
consiste na sua comparação com o custo de capital ou taxa de retorno desejada. Quando a taxa
interna de retorno é menor do que uma dessas taxas, se entende que o investimento não é viável,
e, por outro lado, quando é maior, considera-se o investimento viável.
Lapponi (2007, p. 215) afirma ter outros métodos de avaliação de projetos são eles:
Índice de lucratividade – IL: É definido como o resultado de dividir a soma dos presentes dos
retornos do projeto considerando certa taxa requerida, pelo seu custo inicial, desconsiderando
o sinal negativo desse desembolso, ocorrendo ambos os valores e o resultado do IL na data
inicial do fluxo de caixa.
Valor Futuro Líquido – VFL: o VPL é um valor monetário único na data inicial e equivalente
ao fluxo de caixa do projeto, e o valor futuro líquido VFL é também um valor monetário único
no final do prazo de análise do projeto e equivalente ao VPL. O VFL > 0 mede a criação de
valor do projeto para a empresa, porém em valor equivalente no final do prazo de análise do
projeto. O VPL > 0 também mede a criação de valor do projeto para a empresa na data inicial
do fluxo de caixa.
Valor Uniforme Líquido – VUL: Numa determinada taxa requerida, o VPL é um valor
monetário único na data inicial e equivalente ao fluxo de caixa do projeto, e o VFL é também
um valor monetário único e equivalente ao VPL no final do prazo de análise do projeto. Em
vez de um único capital, o valor uniforme liquido é um fluxo de capitais postecipados iguais a
VUL e equivalente ao fluxo de caixa do projeto. O VUL do projeto pode ser obtido do VPL ou
do VFL, quando um dos dois é conhecido, ou por cálculo direto.
45
Payback Descontado – PBD: Esse procedimento de cálculo do PBD que a avaliação do projeto
com o PBD se aproxima da avaliação com o VPL, pois o saldo presente no final do prazo de
análise é o próprio VPL do projeto. Portanto, se o PBD do projeto simples for menor que o
prazo de análise, o VPL do projeto será positivo. Como conclusão importante, o PBD detecta
sem medir que o projeto criará valor para a empresa, e quanto menor for o PBD, comparando
com o prazo de análise do projeto simples, maior deverá ser o VPL positivo do projeto.
Payback Simples – PBS: Se aplicarmos o procedimento de cálculo do PBD com taxa requerida
igual a zero temos o tempo necessário PBS para recuperar somente o capital inicial,
procedimento denominado payback simples. Enquanto no procedimento de cálculo do PBD é
considerada a remuneração do custo inicial, no procedimento do PBS apenas se mede o tempo
de recuperação do custo inicial.
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1 Tipologia
A logística diante todos os custos e despesas, observa que podem ser feitas melhorias e
redução de custos e despesas, por exemplo, com transportes, pessoal, serviços de terceiros.
Com tudo isso esclarecido e gestores de acordo iniciam-se o fluxo das atividades.
Vice
presidência
Diretoria
Área
solicitante Marketing
(Logística) Escritório de
projeto
(controladoria)
RH
Engenharia
civil (Setor
Pessoal)
Como podemos ver, o fluxo da atividade se estende desde a área solicitante até a vice-
presidência. É importante destacar as fases do fluxograma para melhor entendermos toda a
estruturação que é situada.
Na engenharia civil é feito todo o estudo da planta e desenho gráfico para ser implantado o
novo centro de distribuição, após a logística fornecer o layout. Mas até isso, é feita a
nomeação dos engenheiros, suas equipes, objetivo funcional, situação atual, situação
proposta, escopo do projeto, benefícios esperados e áreas envolvidas. Após a engenharia
civil ter calculado todos os riscos, prazos, qualidade e quanto investirá no projeto logo irá
informar e solicitar ao escritório de projeto a viabilidade do mesmo diante tais informações.
O tempo necessário para desenvolver o projeto depende muito de cada área, pois passará
por aprovações de gerentes, diretores e vice-presidência, assim seguirá para o víeis seguinte.
O marketing, por sua vez, faz um extenso estudo e apresenta qual a melhor forma
estratégica de implantação do centro de distribuição no mercado, com ênfase na localização
e no produto
51
Figura 8: Mercado a ser estudado utilizando os 4P’s
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=4+ps&biw=1024&bih=643&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=
0ahUKEwjrperhnd3MAhVUPlIKHVoFB7wQ_AUIBigB#imgdii=ds3LmFQs2FYwLM%3A%3Bds3LmFQs2F
YwLM%3A%3BVGS498rO8urVtM%3A&imgrc=ds3LmFQs2FYwLM%3
O setor pessoal (Recursos Humanos) irá fazer um levantamento baseado nas informações
recebidas da área de logística sobre as pessoas que trabalham na área, para observar a
possibilidade de redução de pessoal.
Diante de todas as informações fornecidas pelas as áreas citadas, podemos ver logo
abaixo as reduções nas despesas com distribuição e transferência.
Após todas as informações ser passadas por setores citados anteriormente o escritório
de projeto é solicitado para que seja feita a viabilidade do projeto, requerer-se o seguinte: O
WACC informado pela empresa de 11,5% a.a. terá que ser convertido a.m. Este deve ser
calculado da seguinte forma:
(1+11,5%)^(1/12)-1
Um mais o WACC fornecido a.a. elevado a um dividido por doze para transformando
em mês menos um. Assim encontra-se o WACC a.m. de 0,91% a.m. O fator de desconto e o
fluxo de caixa livre são parâmetros para a base de cálculo do fluxo de caixa descontado. Com
isso, o fator de desconto deve ser calculado da seguinte maneira:
1/(1+0,91)^1
mês de janeiro de 2016 até novembro de 2017, subtraindo-se o investimento inicial no instante
zero.
O cálculo do ganho nominal é feito mediante a movimentação de caixa, que nada mais
é do que o somatório dos fluxos de caixa livre descontado o total do investimento do projeto.
É observado que esse fluxo de caixa são valores cheios (bruto) não levando em
consideração o fator de desconto assim formando o ganho nominal de 53.980.
57
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ADMINISTRADORES
Disponívelem:<http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/o-que-e-a-gestao-
estrategica/28653/>acesso em: 28 fev. 2016
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 6ª ed. São Paulo, Atlas, 2012.
BORGES, Carlos. Rollim, Fabiano. Gerenciamento de projetos aplicados. Rio de janeiro ed.
Brasporte2015
CARVALHO, F. C. A. Gestão de Projetos. 1ª. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil,
2015.
APÊNDICE
3
60
4
61