Você está na página 1de 31

ALAN JOSE SABINO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE FINANCEIRO NA


ORGANIZAÇÃO

RONDONÓPOLIS
2018
ALAN JOSE SABINO DA SILVA

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE FINANCEIRO NA


ORGANIZAÇÃO

Projeto apresentado ao Curso de Engenharia


de Produção da Instituição UNIC.

Orientador: Valdanes Paludo

RONDONÓPOLIS
2018
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE FINANCEIRO NA
ORGANIZAÇÃO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade UNIC de
Rondonópolis, como requisito parcial para
a obtenção do título de graduado em
Engenharia de Produção.

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)

Rondonópolis, 03 de Dezembro de 2018

3
Dedico este trabalho primeiramente
a Deus, pois, sem ele nada é
realmente possível nesta vida e
também aos meus pais.

4
AGRADECIMENTOS

Sempre a Deus, pois sem ele realmente nada é possível, aos meus
pais, que sempre me apoiaram a não desistir mesmo agora nessa reta final.

Também agradeço aos meus colegas de classe que mesmo depois


deste tempo ainda se importa em ajudar.

Obrigado a todos vocês, são parte de mais uma conquista em minha


vida.

5
RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo bibliográfico sobre qual a importância da


gestão financeira nas empresas. A falta de controle financeiro é um dos
principais problemas enfrentados pelas micro e pequenas empresas em todo
pais. Uma administração financeira bem elaborada e com controles internos
eficazes é fundamental para a saúde das empresas, notadamente para as de
pequeno porte que sofrem tanto com a falta de controle quanto com a
dificuldade em obter os recursos necessários ao financiamento das suas
atividades operacionais O objetivo geral do trabalho foi identificar quais os
Controles financeiros devem ser aplicados em uma organização buscando
resultados satisfatórios na produção. Os objetivos específicos buscaram
identificar na bibliografia os controles financeiros existentes, demonstrar a
importância da realização do controle financeiro para a organização e
identificar a necessidade existente do controle financeiro na organização. A
empresa que não realiza a análise financeira dos seus relatórios contábeis e
faz o seu controle financeiro através de um fluxo de caixa pouco estruturado
acabar se prejudicando. Uma análise financeira bem elaborada poderá auxiliar
no controle e no conhecimento da saúde financeira da empresa, podendo ser
objeto de futuras pesquisas.

Palavras Chaves: Controle financeiro. Gestão de negócio. Importância.

6
ABSTRACT

This paper presents a bibliographic study about the importance of financial


management in companies. Lack of financial control is one of the major
problems faced by micro and small businesses across the country. A well-
developed financial management with effective internal controls is fundamental
for the health of companies, especially for small companies that suffer both from
lack of control and from the difficulty in obtaining the resources necessary to
finance their operational activities. The general objective of the work was to
identify which Financial Controls should be applied in an organization seeking
satisfactory results in the production. The specific objectives sought to identify
existing financial controls in the bibliography, demonstrate the importance of
performing financial control for the organization and identify the existing need
for financial control in the organization. The company that does not perform the
financial analysis of its accounting reports and makes its financial control
through a little structured cash flow ends up being harmed. A well-prepared
financial analysis can help in the control and knowledge of the financial health
of the company and may be subject to future research.

Key words: Financial control. Business management. Importance..

7
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................9

1 A EMPRESA E O PROCESSO DE GESTÃO.............................................................12

1.2 FLUXO DE CAIXA.....................................................................................................12

1.3 CONTROLE BANCÁRIO...........................................................................................17

2 CONTROLE DE CONTAS A RECEBER E A PAGAR 19


3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E CONTROLE FINANCEIRO................................23

3.1 TRIBUTAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS........................................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................30

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................31

8
INTRODUÇÃO

As empresas dispor de informações que proporcionem a sustentação


para as suas tomadas de decisão. Entretanto, apenas algumas têm um sistema
estruturado que possibilita aperfeiçoar o seu processo decisório. Ao
compreender as empresas como um sistema eficaz e interligado ao ambiente,
compreende-se a necessidade de haver um constante alinhamento e o domínio
de processos e estruturas na busca de sua finalidade, pois as empresas são
um conjunto integrado e interdependente de estruturas e processos, com
objetivos comuns.

A falta de controle financeiro é um dos principais problemas enfrentados


pelas micro e pequenas empresas. Uma administração financeira bem
elaborada e com controles internos eficazes é fundamental para a saúde das
empresas, notadamente para as de pequeno porte que sofrem tanto com a
falta de controle quanto com a dificuldade em obter os recursos necessários ao
financiamento das suas atividades operacionais.

A verificação da importância de quais os controles internos são utilizados


na organização, identificando como eles auxiliam na administração, e o que
pode ser melhorado nestes controles para proporcionar uma tomada de
decisão mais eficaz com relação ao crescimento da produção.

O objetivo geral do trabalho foi identificar quais os Controles financeiros


devem ser aplicados em uma organização buscando resultados satisfatórios na
produção. Os objetivos específicos buscaram identificar na bibliografia os
controles financeiros existentes, demonstrar a importância da realização do
controle financeiro para a organização e identificar a necessidade existente do
controle financeiro na organização.

O método de pesquisa apresentou fatores específicos da pesquisa


bibliográfica, na qual o pesquisador coleta dados de obras já publicadas.

Para Lakatos (1992, p.44) as fases da Pesquisa Bibliográfica


compreendem oito fases distintas:

9
a) Escolha do tema: é o assunto que se deseja provar ou desenvolver
b) Elaboração do plano de trabalho: deve-se observar a estrutura de
todo trabalho cientifico. Coletar o material bibliográfico e planejar a
introdução, desenvolvimento e conclusão;

c) Identificação: é fase de reconhecimento do assunto pertinente ao


tema de estudo para realizar a análise do material bibliográfico;
d) Localização: localizar as fichas bibliográficas nos arquivos das
bibliotecas;
e) Compilação: reunião de todo material coletado;

f) Fichamento: transcrever os dados coletados, as fontes de


referência em fichas;

g) Análise e interpretação: é a crítica do material bibliográfico e


comprovação ou refutação das hipóteses, com base nos dados
coletados expondo a sua compreensão; Redação: é a escrita da
pesquisa, que pode ser uma monografia, dissertação ou tese.

A pesquisa bibliográfica utilizou de fontes secundárias, ou seja, aquelas


que já foram publicadas tais como livros, jornais, revista, artigos entre outras.
Seu objetivo é fazer um levantamento de tudo o que já foi escrito sobre o
assunto. Permitindo assim uma análise de todas as informações colhidas,
encontrando dessa maneira a resolução do problema que está sendo
estudado.

Pesquisa bibliográfica segundo Gil (2008): “é desenvolvida com base em


material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Não se recomenda trabalhos oriundos da internet”.

Manzo apud Marconi (2011) diz que a pesquisa bibliográfica “oferece


meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como
também explorar novas áreas, onde os problemas ainda não se cristalizaram
suficientemente”.

O controle financeiro tem como base a coordenação das atividades


realizadas na organização e avaliar como estão as condições financeiras da
empresa através da emissão de relatórios. Realizar o controle financeiro
permite que o empregador conheça a situação real da organização e sabe qual
a melhor hora de realizar investimento. Quais procedimentos de controle
interno podem ser aplicados em uma organização de pequeno e grande porte
para melhorar a sua gestão financeira?

10
É de extrema importância para qualquer organização que o controle
financeiro seja feito de forma frequente buscando através de análises feitas a
identificação de decisões que quando tomadas influenciarão diretamente no
funcionamento das organizações. Nesse sentido justifica-se a importância do
trabalho demonstrando os benefícios da realização do controle financeiro na
organização.

Quando o controle financeiro é feito na organização é possível


acompanhar todas as entradas e todas as saídas, é possível realizar a
execução dos demonstrativos financeiros que apresentarão resultados que
serão usados durante a tomada de decisões.

11
1. A EMPRESA E O PROCESSO DE GESTÃO

As empresas dispõem de informações que proporcionem a sustentação


para as suas tomadas de decisão. Entretanto, apenas algumas têm um sistema
estruturado que possibilita aperfeiçoar o seu processo decisório (TUNG, 1993).

A matriz do subsistema de gestão é um simples modelo de gestão e que


acontece no interior da organização através de um processo orientado
permitindo organizar a administração com relação ao as tomadas de decisões
do fluxo do processo em todos os segmentos empresariais e níveis
hierárquicos, definido como processo de gestão,

O processo de gestão não fica limitado ao planejamento, tem início


partindo do mesmo e abrange todas as etapas da realização das atividades,
até o controle da exceção das atividades. O controle não fica limitado a
acontecimentos passados, mas permite antecedentes e posteriores aos
eventos realizados.

Outro ponto a ser discutido é o controle financeiro ajuda a empresa


identificar receitas, despesas, entradas e saídas. Controlando custos como
empréstimos, investimentos, salários e demais informações da área financeira.
Um administrador financeiro gerencia os assuntos financeiros de qualquer tipo
de organização, e nos últimos anos esse profissional é de extrema importância
nas operações de uma empresa.

1.2 FLUXO DE CAIXA

As empresas muitas vezes se concentram no fluxo de caixa operacional


usado na tomada de decisões gerenciais e no fluxo de caixa livre usado pelos
agentes dos mercados de capitais. O fluxo de caixa operacional é constituído
pelas entradas e saídas de caixa. O fluxo de caixa livre é o valor disponível
para os credores e proprietários fazerem seus investimentos. Muitas empresas,

12
por escassez de caixa, fracassam exatamente no momento que na verdade
estão tendo lucro.

Outro ponto a ser discutido é o controle financeiro ajuda a empresa


identificar receitas, despesas, entradas e saídas. Controlando custos como
empréstimos, investimentos, salários e demais informações da área financeira.
Um administrador financeiro gerencia os assuntos financeiros de qualquer tipo
de organização, e nos últimos anos esse profissional é de extrema importância
nas operações de uma empresa (BRAGA, 1995).

O objetivo básico da função financeira é prover a empresa de recursos


de caixa suficientes de modo a respeitar os vários compromissos assumidos e
promover a maximização de seus lucros. Conceitualmente, o fluxo de caixa é
um instrumento que relaciona os ingressos e saídas. É o valor disponível para
os credores e proprietários fazerem seus investimentos (ALMEIDA, 1996).

O controle de caixa tem como principal objetivo a verificação dos erros


de registros ou mesmo de desvio de recursos. É necessário a conferencia do
caixa de forma rotineira e caso venham a existir diferenças encontradas, as
mesmas devem ser resolvidas no mesmo dia. Quando ocorrem diferenças
causadas por erros de registros, os erros devem ser corrigidos e assim a
diferença fica zerada. Caso ocorram desvios de recursos na organização fica a
decisão a ser tomada por conta do contratante, sendo uma das medidas mais
drásticas, a demissão dos responsáveis pelos desvios.

É um instrumento que possibilita o planejamento e o controle financeiro,


sendo indispensável no processo de tomada de decisão. Indica a
movimentação dos valores dos recursos financeiros, como entradas, saídas e
saldos da empresa, fornecendo relatórios diários e acumulados (ALMEIDA,
1996).

Para Gitman (2010 p.99) os fluxos de caixa das empresas podem ser
divididos em:

“Fluxos operacionais que são fluxos de caixa diretamente


relacionados à venda e à produção de bens e serviços
pela empresa”.
Fluxos de investimentos que são fluxos de caixa

13
associados à compra e venda tanto de ativos imobilizados
quanto de participações societárias em outras empresas.
Fluxos de financiamentos que são fluxos de caixa que
resultam de transações de financiamento com capital de
terceiros e capital próprio. “Incluem a obtenção e
devolução do capital de terceiros, entradas pela venda de
ações e saídas para pagamento de dividendos ou
recompra de ações.”

Devido à ausência de caixa, várias empresas apresentam fracasso no


momento que começam a obter lucros e esse fracasso está ligado a alguns
fatores como: aumento descontrolado das vendas, o que resulta em um
aumento das compras e consequentemente nos custos; falta de capital próprio
e uso excessivo do capital e terceiros aumentando a dívida da empresa;
aumento exagerado dos prazos de venda oferecidos pela empresa para
conseguir clientes; compras intermitentes usadas para reserva para maior
disponibilidade no caixa; diferenças exorbitantes nos pagamentos e
recebimentos, devido aos prazos de compra e venda; baixo giro no estoque e
na produção; devido as limitações do mercado e a falta e insuficiência do
capital de giro ocorre sub-ocupação temporária do capital fixo; má distribuição
de lucros devido as disponibilidades de caixa; os custos altos devido ao
planejamento e controle de caixa irregulares (TUNG, 1993).

As principais alterações nos saldos de caixa resultam de fatores


externos à empresa, mas também, os fatores internos não são menos
importantes (WALTER, 1985).

Os fatores externos são geralmente os declínios das vendas, a


expansão ou retração do mercado, o aumento do nível dos preços, a
concorrência, a inflação, as alterações nas alíquotas de impostos, a
inadimplência, entre outros (FREZATTI, 1997).

Já os fatores internos, são constituídos por todos os elementos internos


que provocarão um impacto sobre o fluxo de caixa da empresa; será
importante que o administrador financeiro seja apto para reconhecer as
consequências financeiras das alterações na produção, vendas, distribuição,
compras, pessoal e todos os demais setores da empresa (FREZATTI, 1997).

14
É de extrema importância o fluxo de caixa para a organização já que o
mesmo ajuda construir os rumos financeiros que a organização possa vir a
seguir, uma vez que a deficiência no caixa pode ocasionar cortes nos créditos,
pode suspender a entrega de materiais e mercadorias e pode ocasionar várias
paralisações na organização.

Segundo Assaf Neto (2003) os fluxos de caixa apresentam-se sob


diferentes formas:

restritos, operacionais e residuais, podendo ainda


relacionar o conjunto das atividades financeiras da
empresa dentro de um sentido amplo, decorrente das
operações.

Nesse sentido, a preocupação não deve ocorrer somente com a área


financeira, mas haver um trabalho conjunto e comprometimento de todos os
setores da organização.

Para Benicio (2000) o comprometimento de todas e muito importante,


por exemplo:

área de produção, ao promover alterações nos prazos de


fabricação dos produtos; nas decisões de compras devem
ser tomadas de maneira ajustada com a existência de
saldos disponíveis de caixa; politicas de cobrança mais
ágeis e eficientes, ao permitirem colocar recursos
financeiros mais rapidamente á disposição da empresa;
área de vendas juntos com a meta de crescimento da
atividade comercial deve manter um controle mais
próximo sobre prazos concedidos e hábitos de pagamento
dos clientes. Área financeira deve avaliar criteriosamente
o perfil do seu endividamento, de forma que os
desembolsos necessários ocorram de acordo com as
necessidades da empresa.

Nesse sentido, o objetivo principal no ao oferecer o fluxo de caixa é


agilizar os processos de entrada de caixa com relação as saídas e realizar a

15
compatibilidade entre a posição financeira que a empresa se encontra e as
obrigações que a mesma precisa cumprir.

É o ciclo operacional que contribui diretamente para o melhor


andamento do fluxo de caixa acelerando ou atrasando as entradas e saídas.
Segundo Almeida (1996) todos os recursos podem ser administrados através
de:

Negociações com fornecedores e outros credores visando


alongar os prazos de pagamento; medidas mais eficientes
de valores a receber, sem prejuízos de vendas futuras,
objetivando reduzir quantidade de clientes inadimplentes;
decisões tomadas na área com intuito de diminuir os
estoques e incrementar seu giro; concessão de descontos
financeiros, sempre que economicamente justificados, na
expectativa de redução dos prazos para recebimentos.

Deve-se afirmar que não é possível que uma empresa sobreviva sem
uma organização financeira, tais como Fluxo de caixa em dia, contas a pagar e
a receber, cadastro de clientes, e um ótimo relacionamento, estes itens é o
extremo básico para que uma empresa venha ser se fixar no mercado
(BENICIO, 2000).

Em muitos casos analisados, é muito comum encontrar um empresário


que não sabe quanto ganha por mês, estão preocupados em vender e produzir,
e deixam a organização para o segundo plano. Neste caso é de suma
importância lembra-los de quanto é importante atualizar os dados financeiros,
conferir todos os documentos de contas a pagar em um dia, ou dia contas a
receber, estipule metas semanais, trimestrais e anuais, manter organização
com fácil visibilidade em planilhas, com fácil acesso (BENÍCIO, 2000).

16
1.3 CONTROLE BANCÁRIO

Controle bancário segundo Braga (1995) pode ser definido como:

Controle bancário é o registro diário de toda a


movimentação bancária e do controle de saldos
existentes, ou seja, os depósitos e créditos na conta da
empresa, bem como todos os pagamentos feitos por
meios bancários e demais valores debitados em conta
(tarifas bancárias, CPMF, juros sobre saldo devedor,
contas de energia, água e telefone, entre as principais).

Essas questões administrativas financeiras costumam ser classificada


em planejamento, organização, direção e controle. O Planejamento empresarial
constitui um processo sistemático e continuo de tomada de decisões no
presente com vistas á consecução de objetivos específicos no futuro (ASSAF
NETO, 2002).

Para Braga (1995) as duas finalidades do controle bancário consiste:

O controle bancário tem duas finalidades: a primeira


consiste em confrontar os registros da empresa e os
lançamentos gerados pelo banco, além de apurar as
diferenças nos registros se isso ocorrer; a segunda é
gerar informações sobre os saldos bancários existentes,
inclusive se são suficientes para pagar os compromissos
do dia.

Para Braga (p. 230):

“O Planejamento financeiro global compreende a


programação avançada de todos os planos da
administração financeira e a integração e coordenação
desses planos operacionais de todas as áreas da
empresa”.

17
Para aperfeiçoar o controle das transações que são necessárias serem
feitas pela empresa, é um ótima fermenta de trabalho manter a organização e
atualização seus dados financeiros, dessa forma Controle Bancário controla as
movimentações bancárias, permitindo controlar as informações provenientes
da integração com os módulos Contas a Receber e Contas a Pagar, cheques,
borderôs, lançamentos diversos, extrato das contas e emissão de relatórios
gerenciais, os quais possibilitam uma análise confiável e em tempo real das
operações realizadas (ALMEIDA, 1996).

18
2 CONTROLE DE CONTAS A RECEBER E A PAGAR

Tem como finalidade controlar os valores a receber, provenientes das


vendas a prazo, e deve ser organizado para: fornece informações sobre o total
dos valores a receber de clientes, estimar os valores a receber que entrarão no
caixa da empresa, por períodos de vencimento, por exemplo, 3, 5, 7, 15, 30, 45
e 60 dias, conhecer o montante das contas já vencidas e os respectivos
períodos de atraso, em como tomar providências para a cobrança e o
recebimento dos valores em atrasos, fornece informações sobre os clientes
que pagam em dia e principalmente fornecer informações para a elaboração do
fluxo de caixa.

Além de organizar o controle dos valores a receber por data de


vencimento, a empresa precisa manter um controle individualizado de cada
cliente cadastrado em ordem alfabética. Essa organização fornece informações
importantes para as áreas de crédito, cobrança e vendas. Tal procedimento
fornece dados para uma comunicação direta com o cliente, acompanhando a
pontualidade de seus pagamentos, aumentando seu limite de crédito e
observando sua frequência de compras. Para Gitman, pag 696:

“Utilizam se os 5 c´s do credito para orientar suas


análises sobre as dimensões – chaves da capacidade
creditícia de um cliente. Cada uma dessas cinco
dimensões – caráter, capacidade, colateral, capital e
condições.”

Com base nessas cinco características que Gitman acredita que possa
orientar seus clientes credores a um acordo de prestação de contas. Porém é
de suma importância analisar que cada credor tem um perfil e essas cinco
características irá nos ajudar a traçar o perfil de quem se está lidando.

A venda a prazo pode ser justificada como importante estratégia de


mercado. É muito comum, particularmente no varejo, o uso da venda a prazo

19
visando proporcionar um volume médio de venda superior à venda à vista.
Para Assaf, (pag. 98)

“Em alguns setores é praxe vender crédito, porém


em outros não. Financeiramente, a venda a prazo deve
ser enfocada como um investimento a ser realizado pelo
vendedor, com determinado nível de liquidez, risco e
rentabilidade e para volume de investimento.”

Além dos riscos de atrasos e de perdas por falta de pagamento, as


vendas a prazo provocam despesas adicionais com análise de crédito e
cobrança. Apesar desses riscos e custos, verifica-se que aparcela significativa
das transações comerciais é realizada a crédito.

As empresas concedem crédito para ampliar seu nível de operações e


obter ganho de escala, absorver melhor os custos fixos e assim maximizar a
rentabilidade.

Os saldos das duplicatas a receber geralmente têm participação


elevada no ativo circulante. Representando a parcela ainda não liquidada dos
créditos concedidos, esses saldos poderiam ser desdobrados em custos das
vendas, impostos sobre as vendas ou lucro bruto. Segundo Braga, (pag. 114):

“As duplicatas a receber geralmente constituem um


ativo de elevada liquidez porque podem ser descontadas
nos bancos comerciais ou servirem de garantia no
levantamento de novos empréstimos.”

Contas a receber são utilizadas em sentido amplo, uma vez que inclui
todos os valores a receber da companhia, que podem ser, entre outros,
duplicatas a receber por vendas, adiantamentos concedidos a terceiros ou a
empregados, cheques e notas promissórias. Tem a Finalidade de determinar
sua existência e representatividade contra os devedores duvidosos envolvidos;
se é de propriedade da companhia; se foram utilizados os princípios de
contabilidade geralmente aceitos, em bases uniformes; a existência de

20
restrições de uso, de vinculações em garantia ou de contingências; determinar
que está corretamente classificada nas demonstrações financeiras e que as
divulgações aplicáveis forem expostas por notas explicativas.

A Administração da duplicata a receber é um dos maiores


problemas financeiros com que se deparam as pequenas empresas. Em geral,
essas empresas não tem o pessoal nem os meios necessários para tomar
decisões de crédito com base em informações seguras. Frequentemente, seus
clientes livro.

Chegou a hora de honrar os compromissos financeiros. Organize os


totais a pagar, obedecendo seus períodos de vencimento: dia, semana,
quinzena, 30, 45, 60 dias, etc. Mantendo as contas em dia você evita o
estresse e ainda adquire uma série de vantagens: Estabelece prioridades de
pagamento em caso de dificuldades financeiras; controla o montante dos
compromissos já vencidos e não pagos, em casos de dificuldades financeiras;
fornece informações para elaboração de fluxo de caixa.

Controle Mensal de Despesas: Serve para registrar o valor de cada


despesa, acompanhando sua evolução. Algumas delas necessitam de um
controle mais rigoroso, ou até, a tomada de providências urgentes, como cortar
gastos que podem e devem ser eliminados.

Segundo Coqueiro (2011):

Um dos meios eficientes para assegurar que a


empresa tenha um desempenho satisfatório, é o uso
contínuo dos sistemas de controles internos. Estes
proporcionam segurança para a administração na busca
que seus objetivos e metas estabelecido sejam atingidos.
São normas, procedimentos, métodos, rotinas, manuais,
enfim, uma gama de mecanismos, que são implantados
para que os membros da organização possam segui-los,
e sem dúvida alguma aprimorá-los. A administração visa à
minimização de erros, tanto propositais, ou não, de

21
fraudes, falhas, conluio e é o administrador o responsável
de prevenir e identificar qualquer ameaça. Ressalta-se
que mesmo tendo a empresa um excelente sistema de
controle interno, ainda assim é suscetível a falhas, tendo
em vista que o ser humano é passível a erros, e
principalmente por ser ele o executor, é capaz de driblá-
lo. E por mais que se verifique a confiabilidade desses
controles, sempre haverá uma brecha onde o ser humano
será capaz de descobrir, e não seguir o que foi
determinado. Os controles internos funcionam como uma
importante ferramenta no processo de gestão.

Todas as operações, sejam elas de uma empresa ou de uma pessoa


física, devem possuir um controle. Este controle refere-se a tudo o que for
saída ou entrada de caixa, em função de que toda a administração do ativo é
importante, pois deve ter em mente os objetivos simultâneos da administração
financeira: liquidez e rentabilidade (ZDANOWICZ, 1992).

Uma empresa bem administrada precisa de informações importantes


para que a atividade realizada pela empresa atinja seus objetivos,
principalmente o lucro. Levando em consideração essas informações a
empresa tem tudo para dar certo e a empresa possuindo um fluxo de caixa
projetado fazendo com que seja possível tomar decisões.

22
3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO E CONTROLE FINANCEIRO

No Brasil existem três regimes tributários: Simples, Lucro Real e


Presumido. Cabe ao empresário juntamente com o contador verificar onde
enquadrar o que é mais adequado à sua empresa.

O contador da empresa é a principal fonte de consulta nesta escolha,


mas existe também a opção de contratar um consultor externo para fazer o
planejamento tributário, pois as alterações são constantes na legislação,
havendo a necessidade de o profissional estar sempre com a atenção voltada
para não levar o contribuinte a cometer um crime contra a ordem tributária.

Segundo Chaves (2010), o conceito de planejamento tributário é a


escolha da ação que venha a causar menos ônus em termos tributários; onde o
contribuinte tem que evitar a simulação fiscal.

Com isso a escolha de um bom escritório de contabilidade é


fundamental, objetivando buscar uma assessoria dedicada e desconfiar quando
o valor é muito baixo, onde o barato sai caro.

É importante destacar que a escolha do enquadramento tributário é


irretratável para todo ano calendário, por isso uma escolha errada pode resultar
em prejuízos durante todo período. É importante ressaltar que esta situação
pode ser evitada se a empresa realizar um bom planejamento tributário que é
sempre um exercício de identificar qual a melhor opção legal que o contribuinte
pode fazer para reduzir a carga tributária. Assim sento uma opção legal, o
profissional tem que estar atento à legislação daquele momento.

A lei 6.404/76 (Lei das S/A) prevê a obrigatoriedade do planejamento


tributário, por parte dos administradores de qualquer companhia.

Diante deste fato, cabe a contabilidade e a administração da empresa


estarem ligados ao planejamento tributário, pois a ausência de uma destas
áreas resultará num procedimento duvidoso.

23
A preocupação inicial ao se constituir uma sociedade é definir com
precisão quem administra quais seus poderes, qual a atividade-fim da 13
empresa, entre outras questões relevantes para a mesma.

Os órgãos como Receita Federal e Governo do Estado de São Paulo


têm investido com vivacidade em sofisticação dos sistemas informatizados para
combater a sonegação. Assim, o empresário deve ficar atento à legislação para
buscar benefícios fiscais ao exportar e ao comprar mercadorias, desta forma
encontrará lacunas legais para economizar de forma segura e legal.

Cabe ressaltar que, quando se refere a


planejamento tributário, significa que devesse analisar
examinar e refletir sobre as operações e fatos com
antecedência, para antecipar a solução que melhor se
ajuste ao potencial problema identificado. (SILVA JÚNIOR,
2003, p. 38).

As microempresas e empresas de pequeno porte devem acompanhar as


suas contas com o mesmo rigor das grandes companhias, pois devido as
constantes alterações nos regimes tributários, de um ano para outro, o melhor
regime tributário pode mudar.

3.1 TRIBUTAÇÕES DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Com a entrada em vigor do Estatuto Nacional da Microempresa e


Empresa de Pequeno Porte, por meio da Lei Complementar123/2006 mais
conhecida como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o esforço para criar
um ambiente favorável ao empreendedorismo tornou-se uma bandeira dos
governos e da sociedade organizada.

24
A Lei Geral vem, periodicamente, passando por alterações significativas,
com o objetivo de aperfeiçoá-la. Isso representa, para os empresários, medidas
favoráveis ao desenvolvimento de seus negócios.

Mais recentemente, foi editada a Lei Complementar 139, de 10/11/2011,


que trouxe novidades para o ambiente empreendedor.

Dentre elas a ampliação do teto da receita bruta anual do Empreendedor


Individual, das microempresas e empresas de pequeno porte; criação de limite
adicional de receita bruta para exportação de mercadorias e parcelamento da
dívida junto ao Simples.

O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado e simplificado


para arrecadação de tributos e contribuições, devidos pelas Microempresas -
ME e Empresas de Pequeno Porte – EPP, previsto no Estatuto Nacional das 14
Microempresas e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar
123/2006). Por ele, são pagos oito tributos, seis do governo federal, o ICMS
dos Estados e o ISS dos Municípios em uma única guia de recolhimento.

Trata-se, portanto, de uma opção tributária, pois as ME e as EPP podem


ou não escolher esse regime de tributação. Se não desejarem optar pelo
Simples Nacional, as ME ou as EPP deverão fazer o pagamento dos tributos
por outros regimes, como Lucro Presumido ou Lucro Real.

É importante ressaltar que o Simples Nacional não é um tributo ou um


sistema tributário, mas uma forma de arrecadação unificada dos seguintes
tributos e contribuições: Tributos da Competência Federal:

a) Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;

b) Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;

c) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;

d) Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS;

e) Contribuição para o PIS;

f) Contribuição para a Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa


jurídica.

25
g) Tributo da Competência Estadual: ICMS

h) Tributo da Competência Municipal: ISS.

Já o que se conhece por Lei Geral é o Estatuto Nacional da


Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, aprovado em 2006 pela Lei
Complementar 123, de 14.12.2006, que estabelece normas gerais relativas às
ME e às EPP no âmbito dos poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. Este Estatuto vai além do Simples Nacional. Ele
abrange, não só esse regime tributário diferenciado, como também aspectos de
grande repercussão para a continuidade dessas empresas, relativos às
licitações públicas, às relações de trabalho, ao estímulo ao crédito, à
capitalização e à inovação, ao acesso à Justiça, dentre outros.

Este Estatuto institui também o regime especial para o


microempreendedor individual, mais conhecido como MEI, que propiciou a
formalização de milhares de pequenos empreendimentos que operavam na
informalidade.

Os novos limites de receita bruta anual para ME, EPP e MEI a partir da
Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 são: 15

a) ME: até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais);

b) EPP: superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual


ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais);

c) MEI: até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais).

É importante lembrar que, para o MEI, embora tenha havido aumento no


valor do limite de receita, os valores devidos para a Previdência Social, ICMS e
ISS continuam inalterados, uma vez que são calculados por valores fixos, não
estando sujeitos à variação do faturamento mensal.

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites


acima serão proporcionais ao número de meses de funcionamento no período
(1/12 do limite multiplicado pelo número de meses compreendidos entre a data
de abertura constante no CNPJ e o final do respectivo ano-calendário).

26
Portanto, o empresário com empresa em início de atividade deverá ficar
muito atento em relação aos limites proporcionais de receita bruta anual. Se
sentir que há possibilidade de ultrapassagem de um dos limites proporcionais
de receita bruta (no mercado interno ou adicional com exportação de
mercadorias) em mais de 20%, não deve nem optar pelo Simples Nacional,
mas escolher outro regime para pagamento dos seus tributos: Lucro Presumido
ou Lucro Real.

Com as mudanças da LC 139/2011 as alíquotas das várias faixas de


receita não sofreram alteração. Entretanto, como as faixas de receitas foram
reajustadas em 50%, o resultado será uma menor carga tributária.

Para efeito do cálculo do Simples Nacional, foi considerado o anexo I da


legislação do Simples Nacional. Deve-se observar a receita bruta acumulada,
pois ela indicará a qual alíquota as vendas devem ser tributadas.

Agora com a LC 139/2011 será permitido o parcelamento de débitos


vencidos do Simples nacional em até 60 meses, inclusive com a possibilidade
de até 2(dois) reparcelamentos, aplicando-se a SELIC para correção das
parcelas.

A RFB disponibilizará o pedido de parcelamento nos artigos 44 a 55 da


Resolução CGSN n° 94/2011. A RFB, a PGFN, O Estado, Distrito Federal e
Município poderão editar normas complementares relativos ao parcelamento.

Caberá ao CGSNl, na resolução n° 9 4/2011 dispor sobre a exigência da


certificação digital para o cumprimento de obrigações principais e acessórias
por parte da ME/EPP.

Nem todas as atividades são permitidas ao Simples Nacional deve ser


consultado o Anexo VI e o Anexo VII da Resolução CGSN n° 94/2011. O Anexo
VI refere-se aos códigos CNAE impedidos ao Simples Nacional. O Anexo VII
lista os códigos CNAE com atividades impeditivas e permitidas ao Simples
nacional. Tratando-se da MEI – Microempresa Individual deve ser examinar o
anexo XIII da mesma Resolução n° 94/2011.

27
O lucro real é o lucro líquido do exercício, ajustado pelas adições,
exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação
tributária.

O lucro real é o resultado contábil (receitas menos os custos e


despesas), ajustado pelas adições e exclusões. Quando analisado somente o
Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro, na maioria dos casos
é a melhor opção, porque a empresa somente paga os referidos tributos
quando obtém lucro. (CHAVES, 2010, p.14).

O livro de apuração do Lucro Real é denominado como LALUR é o livro


fiscal utilizado para registrar e controlar as adições e exclusões do lucro real. O
livro é dividido entre Parte A, onde são registradas as adições e exclusões do
lucro real, e Parte B, onde são controlados os débitos e créditos fiscais
temporários.

A partir do ano-calendário de 1997, as pessoas jurídicas tributadas pelo


lucro real poderão determinar o lucro com base em balanço anual ou
balancetes trimestrais na forma da Lei nº 9.430/96.

A alíquota do Imposto de Renda é de 15% (quinze por cento), com


adicional do Imposto de Renda de 10% (dez por cento), sobre a parcela real
que exceder o valor de R$ 240.000,00 no ano, ou resultante da multiplicação
de R$ 20.000,00 pelo número de meses que compõem o período de apuração.
A alíquota da contribuição social sobre o Lucro Liquida (CSLL) é de 9% (nove
por cento). Vale ressaltar que qualquer tipo de empresa, independente de seu
porte e atividade pode optar pelo lucro real.

Contudo, de acordo com a Lei 9718/1998, art.14 estão obrigadas a optar


pela tributação do lucro real as pessoas jurídicas que tenha receitas totais, no
ano-calendário anterior, superior a R$ 48.000.000,00 ou proporcional ao
número de meses do período, quando inferior a 12 meses.

Na ótica de Fabretti (2003, p.219) “o lucro real é apurado a partir do


resultado contábil do período-base, que pode ser positivo (lucro) ou negativo
(prejuízo). Logo, pressupõe escrituração contábil regular e mensal”.·.

28
Outro ponto relevante é o nível de exigência nos controles e na
contabilidade, pois algumas despesas não são consideradas como dedutíveis
para o cálculo do lucro real.

Para as empresas enquadradas neste regime os sistemas de apuração


do resultado são: Lucro Real anual e Lucro Real trimestral.

Segundo a Lei nº 8.981de 20 de janeiro 1995, em seu artigo 35:

A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o


pagamento do imposto devido em cada mês, desde que
demonstre, através de balanços ou balancetes mensais,
que o valor acumulado já pago excede o valor do imposto,
inclusive adicional, calculado com base no lucro real do
período em curso. (BRASIL, 1995)

Para as pessoas jurídicas que irão apresentar a declaração de


rendimentos com base no lucro real anual essa faculdade aplica-se em
qualquer mês.

O balanço ou balancete de suspensão ou redução do imposto terá que


compreender sempre o período de 1º de janeiro e a data de apuração do lucro
a ser transcrito no livro diário ate a data fixada para pagamento do respectivo
mês. (Art. 12, § 5º, da IN SRF nº 93/97).

Para o Lucro Real trimestral, terão que efetuar o fechamento do balanço


trimestral, apurando o imposto de renda e a contribuição social, que poderão
ser pagos em quota única, no primeiro mês subsequente ao trimestre, sem
qualquer acréscimo, ou em três quotas mensais acrescidas pela taxa do
Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) até o mês anterior ao
pagamento e de 1% ao mês. Outro fato interessante é a não cumulatividade da
COFINS e do PIS, conforme a determinação das Leis 10.637/02 (PIS) e
10.883/03 (COFINS). Para tanto, a formula encontrada para definir a não
cumulatividade é entradas geram créditos, e saídas geram débitos, créditos
menos saídas.

29
CONSIDERAÇÕES FINAIS

As empresas não utilizam integralmente as informações geradas


pelo setor financeiro por estas não estarem devidamente adequadas para o
atendimento de suas necessidades, ocasionando a falta de um controle
eficiente quanto à previsão de valores excedentes em caixa, que poderiam ser
aplicados, ou valores em falta, para cumprir obrigações futuras.

Como resultado geral e final deste estudo é necessário que as


empresas façam a adequação do fluxo de caixa disponível no sistema da
empresa levando em conta às necessidades identificadas; a elaboração
antecipada de planos de ação referentes a projetos específicos financiados por
verbas originadas de subvenções e fundos especiais, e a utilização integral do
orçamento como uma ferramenta de planejamento e controle das atividades
financeiras da empresa estudada.

Para a ampliação do presente tema e como sugestão para futuras


pesquisas, recomenda-se um estudo mais aprofundado dos controles internos,
com ênfase na aplicação do orçamento e de planos de ação em tipos de
empresas de pequeno porte.

30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 5ª


ed. São Paulo:Atlas, 1996.
ASSAF NETO, Alexandre, SILVA, C. A. T. Administração do capital de giro.
3ª ed. SãoPaulo: Atlas, 2002.
ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas,
2003.
ATTIE, Willian. Auditoria interna: Conceito e Aplicação. 3ª ed. São Paulo:
Atlas,1997.
BENÍCIO, João Carlos. Gestão financeira para organizações da sociedade
civil. São Paulo:Global, 2000.
BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira.
São Paulo: Atlas,1995.
FREZATTI, Fábio. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um
instrumento fundamental para o gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas,
1997.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 1993.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2008.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7ª ed. São
Paulo: Harbra,1997.
LAKATOS, Maria Eva. MARCONI, Maria de Andrade. METODOLOGIA DO
TRABALHO CIENTIFICO /4 ed-São Paulo. Revista e Ampliada. Atlas, 1992.
SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 1983.
TUNG, Nguyen H. Controladoria financeira das empresas: uma abordagem
prática. 8ª ed. São Paulo: Edições Universidade-Empresa: Editora da
Universidade de São Paulo, 1993.
WALTER, Milton Augusto. Manual de tesouraria. 2ª ed. Manuais CNI: Rio de
Janeiro,1985.

31

Você também pode gostar