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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC FREI ARNALDO MARIA DE ITAPORANGA

Administração

Ana Julia Pires Pirani

Ayumi Faim Kitada

Gabrielly Vitória da Silva Souza

Hemylly Victória Franco Antunes

GESTÃO DE MATERIAIS

São Paulo

2023
Ana Julia Pires Pirani

Ayumi Faim Kitada

Gabrielly Vitória da Silva Souza

Hemylly Victória Franco Antunes

GESTÃO DE MATERIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Curso Técnico em
Administração da Etec Frei Arnaldo
Maria de Itaporanga, orientado pelo
Prof. Heliomar Baeza Barbosa,como
requisito parcial para obtenção do título
de técnico em Administração.

São Paulo

2023
AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao professor Heliomar Baeza que dedicou seu tempo para nos dar
base e conhecimento para concluirmos esse trabalho, que nos auxiliou na criação de
ideias e dedicou atenção durante todo o processo de desenvolvimento deste projeto
sempre com a presença otimista e cativante, sua dedicação e paciência serviram
como pilares.

Levaremos para a vida, todo o aprendizado e apoio que nos deu, se tornou um
verdadeiro farol em meio à essa navegação em águas turvas, devido aos
acontecimentos deste ano.

Aos nossos familiares e amigos, que nos deram motivação e incentivo para chegar
até aqui, muito obrigado.

Agradecemos uns aos outros do grupo também, pois dedicaram tempo,


compartilharam ideias, de maneira em que conseguimos solucionar e vencer todos
os desafios.

Sem nossa união, cumplicidade e esforço não conseguiríamos realizar este trabalho
com tamanha precisão.

Com imensa gratidão agradecemos a Deus, causa primordial de todas as coisas,


pois sem Ele não teríamos jamais razões para agradecer.
RESUMO

O trabalho de conclusão de curso apresenta como temática, a gestão de materiais,


que se classifica como um dos componentes fundamentais para a eficiência
operacional das organizações. Nesse sentido, o demais trabalho aborda as nuances
dessa área desde sua origem, seu desenvolvimento e sua aprimoração, até suas
etapas, que englobam todo processo de aquisição da matéria-prima, produção e
distribuição da mercadorias produzidas, ademais também aborda estratégias
utilizadas para o controle dos demais setores que estão intrinsecamente ligados ao
processo produtivo.
ABSTRACT

The subject of this course conclusion is materials management, which is classified as


one of the fundamental components for the operational efficiency of organizations. In
this sense, the work addresses the nuances of this area, from its origins,
development and improvement, to its stages, which encompass the entire process of
acquiring raw materials, production and distribution of the goods produced, as well as
the strategies used to control the other sectors that are intrinsically linked to the
production process.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................

2 ORIGEM ..................................................................................................

2.1 Origem da gestão de materiais.

3 CONCEITO...............................................................................................

4 INTRODUÇÕES BÁSICAS DA GESTÃO DE MATERIAIS:

4.1 Organizar produtos;

4.2 Preserve o controle do estoque;

4.3 Planeje suas compras;

4.4 Entenda a demanda do cliente;

4.5 Mantenha um bom relacionamento com seus parceiros;

4.6 Importância da gestão de materiais para as empresas.

5 PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO DE MATERIAIS...................

5.1 Gestão de estoque:

5.1.1 Principais benefícios da gestão de entregas:

5.1.1.1 Redução de custos operacionais;

5.1.1.2 Roteirização automática e inteligente de rotas;

5.1.1.3 Aumento da produtividade;

5.1.1.4 Redução do tempo de entrega;

5.1.1.5 Acompamento em tempo real;

5.1.1.6 Aumento da satisfação dos clientes;

5.1.1.7 Controle adequado na jornada de trabalho.

5.2 Administração:

5.2.1 Finalidade da administração de materiais:

5.2.1.1 Reduzir custos;


5.2.1.2 Controle de estoques.

5.3 Desempenho da administração de materiais

5.4 Administrador de mateirias.

6 O QUE FAZ UM GESTOR DE MATERIAIS..................................................

6.1 Como funciona a classificação da curva ABC em um armazém;

6.2 Planejamento de compras:

6.2.1 Organização que solicita a compra;

6.2.2 Just-in-time (JIT);

6.2.3 Dropshipping.

7 GESTÃO ESTRUTURADA EM TRÊS PILARES

7.1 Gestão de estoque;

7.1.1 Principais tipos de estoques;

7.1.2 Reserva de emergência de estoque;

7.2 Gestão de compras;

7.2.1 Passos para uma boa gestão de compras;

7.2.1.1 Identificar e definir as necessidades;

7.2.1.2 Negociação com os fornecedores;

7.2.1.3 Monitoramento do desemprenho dos fornecedores;

7.2.1.4 Otimização do fluxo de caixa;

7.2.1.5 Avaliação e medição dos resultados.

8 GESTÃO DE LOGÍSTICA E PRODUÇÃO.....................................................

8.1 A importância da logística na empresa;

8.2 Principais tipos de logística:

8.2.1 Logística de abastecimento;

8.2.2 Logística de produção;

8.2.3 Logística de distribuição;


8.2.4 Logística reversa;

8.2.5 Logística de terceira parte(3LP);

8.2.6 Logística de quarta parte(4PL).

9 A TECNOLOGIA NA GESTÃO DE MATERIAIS............................................

9.1 Tendências na gestão de materiais:

9.1.1 Tecnologia em nuvem;

9.1.2 Internet das coisas;

9.1.3 Multiarmazenamento;

9.1.4 Logística tercerizada;

9.1.5 Automação do armazém;

9.1.6 Serviços Omnichanel conectados;

9.1.7 Sustentabilidade;

9.1.8 Cadeiais mais resilientes.

10 NORMAS E POLÍTICAS DA GESTÃO DE MATERIAIS...............................

10.1 Procedimentos de aquisição;

10.2 Controle de estoques;

10.3 Logística e movimentação;

10.4 Gestão de estoques;

10.5 Sustentabilidade e responsabilidade ambiental;

10.6 Ética;

10.7 Técnica da informação;

10.8 Gestão de riscos;

10.9 Indicadores de desempenho.

11 ESTUDO DE CASO........................................................................................
1. INTRODUÇÃO

A gestão de materiais é uma disciplina fundamental no contexto empresarial


contemporâneo, desempenhando um papel crucial na eficiência operacional e no
alcance de metas organizacionais. O efetivo gerenciamento de materiais abrange
desde a aquisição até o descarte, passando pelo armazenamento, movimentação e
controle de estoques. Neste contexto, este trabalho de conclusão de curso (TCC) visa
explorar e analisar os desafios, as práticas eficazes e as tendências atuais na gestão
de materiais, proporcionando uma compreensão aprofundada sobre a importância
estratégica dessa área.

A crescente complexidade do ambiente de negócios, aliada às demandas cada vez


mais dinâmicas dos consumidores, impõe desafios significativos às organizações no
que diz respeito à gestão eficiente de seus recursos materiais. A busca pela
excelência operacional, aliada à otimização dos custos e de tempo, e à maximização
da qualidade dos produtos e serviços, torna a gestão de materiais um elemento central
para a competitividade e sustentabilidade das empresas.

No decorrer deste estudo, será abordada a relevância da gestão de materiais em


diferentes setores industriais, destacando suas implicações diretas na cadeia de
suprimentos e na eficiência global das operações. Serão exploradas as estratégias e
ferramentas utilizadas para otimizar o processo de gestão de materiais, considerando
as melhores práticas do mercado e as inovações tecnológicas que têm impactado
significativamente essa área.

Adicionalmente, este trabalho também se propõe a analisar como fatores como a


globalização, as mudanças climáticas e as pressões regulatórias influenciam a gestão
de materiais, promovendo uma compreensão abrangente dos desafios
contemporâneos enfrentados pelas organizações nesse contexto.

Assim, ao investigar a gestão de materiais, espera-se contribuir para a construção de


conhecimento e para o aprimoramento das práticas empresariais, proporcionando
percepções valiosas para gestores, pesquisadores e demais interessados na busca
pela eficiência e sustentabilidade nas operações organizacionais.
2 . ORIGEM

2.1 ORIGEM GESTÃO DE MATERIAIS

A origem da gestão de matérias se relaciona com a necessidade de controlar,


organizar e otimizar a utilização dos profusos materiais presentes em organizações.
Em razão disso, evidencia-se que a gestão de materiais é uma parte indispensável
da gestão de operações e da logística, haja vista que a mesma está envolvida de
maneira direta na disponibilização e fluxo de recursos materiais para que ocorra uma
produção eficiente e que atenda as demandas dos clientes.

Para que compreendamos a origem da gestão de materiais, é primordial destacar os


acontecimentos que foram mais relevantes para que houvesse o surgimento e
aprimoramento das gestões que estão presentes na administração.

A princípio, podemos citar a Revolução Industrial como precursora e desenvolvedora


da gestão abordada. Em síntese, as maneiras das quais a gestão de materiais
ofereceu auxílio as industrias mediante as mudanças que vinham acontecendo
foram:

• Aumento da produção em massa: A partir da introdução repentina de máquinas e


tecnologias nas indústrias, a produção em massa teve seu início, isso porque com
as mudanças no setores de produção, tornou- se mais ágil o processo de fabricação
dos produtos possibilitando que uma demanda maior dos clientes ocorresse.

•Dificuldades das operações: Conforme o tempo, com o crescimento nas indústrias e


fábricas seu gerenciamento se tornou mais complexo, e acarretou o surgimento do
planejamento e do controle de estoques a fim de minimizar desperdícios e desse
modo evitar prejuízos financeiros.

• Busca pela eficiência: Ao longo da Revolução Industrial, foi possível que os


processos de fabricação fossem melhor observados por gerentes de determinada
indústria, que buscavam através de estudos maneiras de otimizar o uso dos insumos
presentes no estoque, e do tempo para mão de obra. Dessa forma foi instituído o
desenvolvimento de métodos e técnicas para a gestão de materiais .

• Evolução nos meios de transporte: Com mudanças nos modos de produção


acerca da organização dos estoques, e o início do processo de comercialização dos
produtos, notou-se a necessidade de amplificar os meios de transportes já
existentes, ademais criar transportes marítimos e ferroviários, tornando possível a
exportação de produtos para todas as partes do globo, permitindo o avanço do
fenômeno da globalização, além da importação de matérias-primas. Essa
determinadas ações de venda e compra beneficiaram os países e suas respectivas
indústrias promovendo a geração de novos empregos e manutenção de renda
através da promoção das divisas resultando em uma balança comercial favorável.
3. CONCEITO

O conceito da gestão de materiais refere-se a um conjunto formado por processos


práticos e estratégicos adotados por organizações para administrar eficientemente
os recursos materiais necessários para a realização de suas operações. Acerca dos
recursos pode-se incluir matérias-primas, componentes, produtos semiacabados e
produtos acabados. Nesse sentido, nota-se que o principal objetivo da gestão de
materiais é garantir que os insumos estejam disponíveis no momento certo, na
quantidade adequada e a um custo otimizado, onde não haja espaços para um
possível prejuízo financeiro.

Em síntese, esse conceito abrange diversas áreas, incluindo previsão de demanda,


controle de estoques, compras, logística, gestão de fornecedores e tecnologia da
informação.A integração eficaz desses elementos é essencial para otimizar a cadeia
de suprimentos, minimizar desperdícios de materiais e tempo, reduzir custos e
consequinte garantir com que o cliente fique satisfeito com os produtos das
respectivas indústrias.

A gestão de materiais também está ligada ao ciclo de vida dos produtos,haja vista,
que está presente desde a aquisição de matérias-primas, organização de estoque e
almoxarifado, processo de produção, até o momento de entrega do produto final ao
cliente.Outrossim, é observado a necessidade de envolver decisões estratégicas
acerca do local para armazenar materiais, o modo de como movê-los pela cadeia de
suprimentos e como descartartá-los ou recicla-los no final do ciclo de vida do
produto, cabe ressaltar que as organizações buscam aplicar no conceito de gestão
de materiais, a gestão sustentável dos isumos, buscando práticas que minimizem o
impacto ambiental ao longo da cadeia de suprimentos, através da escolha de
matérias-primas sustentáveis, métodos de produção ecoeficientes e estratégias de
reciclagem, afim de amenizar uma futura interferência negativa ao meio ambiente.

Sob essa perspectiva, a tecnologia desempenha uma função essencial na gestão de


materiais moderna, pois traz contribuição com o uso de sistemas informatizados, um
exemplo de sistema é o Enterprise Resource Planning (ERP), este visa automatizar
e monitorar processos relacionados a materiais. Esses sistemas proporcionam maior
visibilidade, agilidade e precisão no gerenciamento de estoques e na tomada de
decisões.
Portanto, em resumo, o conceito da gestão de materiais pode ser definido como uma
disciplina estratégica e integrada que visa garantir o fluxo eficiente e eficaz de
materiais ao longo da cadeia de suprimentos, contribuindo para a eficiência
operacional, a redução de custos e a sustentabilidade ambiental.
4. INTRODUÇÕES BÁSICAS DA GESTÃO DE MATERIAIS

A administração de recursos é o processo estratégico que abrange a

planificação e supervisão da aquisição, manutenção e utilização dos materiais

empregados por uma empresa. Seu propósito central é assegurar um fluxo de

estoque contínuo, evitando gastos excessivos e preservando os padrões de

qualidade desejados.

Na esfera industrial, a organização dos materiais assume uma relevância crucial,

dada a quantidade substancial de recursos utilizados, superando setores como

os de serviços, o funcionamento e aprimoramento da gestão de materiais em

toda a empresa.

As organizações carecem de recursos para viabilizar trocas (vendas e

aquisições com o ambiente externo) e investimentos em expansão e

modernização.

4.1 ORGANIZAR PRODUTOS

O armazém é amplo, repleto de diferentes categorias de produtos e nem sempre

totalmente organizado. É justamente nessa indiferença que pode surgir um ambiente

favorável a erros e perdas materiais. Parte do trabalho é garantir que eles sejam

armazenados e catalogados adequadamente. Por exemplo, deixar caixas pesadas

em zonas mais altas do armazém pode ser um risco, pois podem cair. Além disso,

seu processamento também é muito mais complexo, o que exigiria máquinas

maiores.

4.2 PRESERVE O CONTROLE DE ESTOQUE

Tudo começa com a correta organização dos produtos no armazenamento. Se você

comprar 200 caixas de canetas, é importante ter um registro dinâmico que mostre

todas essas canetas.O próximo passo é garantir que cada vez que uma dessas
caixas for retirada, uma unidade seja retirada do controlador. A tecnologia é crítica

porque alcançar esse controle requer um sistema que faça a contabilidade

automaticamente.

4.3 PLANEJE SUAS COMPRAS

As compras também são parte integrante da gestão de materiais e não são difíceis

de entender. Quer se trate de insumos ou consumíveis, o gerenciamento em nível

de estoque é essencial. A falta de estoque pode ser um problema e depende da

compra de novas remessas. Existem três elementos principais no planejamento de

compras: Primeiro, você precisa rastrear o estoque para saber quando é hora de

novos pedidos. Em segundo lugar, a organização financeira é necessária porque

novas aquisições requerem capital. Por fim, é importante que as ações estejam

prontas para receber.

4.4 ENTENDA A DEMANDA DO CLIENTE

Antigamente, o processo de vendas focava na imagem do vendedor, que era uma

pessoa muito persuasiva e muitas vezes agressiva. O alvo não sabia

necessariamente sobre o produto antes de ele ser lançado, então não sabia da

necessidade.

• Realize pesquisas frequentes: A primeira dica é criar uma rotina de pesquisas

com seu público-alvo. A realização de pesquisas é importante para conhecer

as características das pessoas. Procure informações pessoais como faixa

etária, nível de conhecimento, localização, tipo de idioma e canais de

comunicação utilizadosEm seguida, procure os problemas, desafios e

objetivos que você enfrenta. Ajuda você a desenhar um perfil mais profundo e

a criar uma representação do seu cliente ideal, que chamamos de persona.

Depois de criar uma persona, você deve sempre considerá-la antes de criar
qualquer estratégia.

• Atente-se aos feedbacks: O feedback do cliente é necessário para melhorar a

qualidade oferecida. É preciso estar atento aos diferentes canais de

comunicação que abrem oportunidades para as pessoas expressarem suas

opiniões.Ouvir e priorizar esse tipo de interação, além de produzir

informações relevantes, mostra que a marca se preocupa e considera o

cliente, criando uma percepção positiva da marca.

• Coloque-se no lugar do cliente: Você conhece o significado de empatia? Esta

palavra representa colocar-se na situação do outro, atitude muito importante

para compreender as necessidades do cliente. Depois de ter as informações

necessárias sobre o seu público, tente pensar como ele e coloque-se no lugar

dele.

• Interaja com o público nos diferentes canais de comunicação: Por fim, lembrese de
estar sempre disponível ao público, abrir diversos canais de

comunicação e estar neles regularmente. Por exemplo, as redes sociais são

ótimas ferramentas para coletar informações das pessoas.

4.5 MANTENHA UM BOM RELACIONAMENTO COM SEUS PARCEIROS

Uma boa política de convivência é uma vantagem para quem quer ir longe em

qualquer projeto, principalmente empresarial. Bons relacionamentos com

fornecedores são benéficos para os negócios porque dependem desse tipo de

relacionamento para desenvolver estratégias e alcançar resultados positivos.

• Relação transparente: Os fornecedores devem atuar como parceiros do seu

negócio, por isso é importante que a comunicação seja aberta e objetiva. Amizade e

confiança são fatores importantes na promoção de um ambiente de trabalho

saudável. Se os critérios de qualidade estiverem definidos e for clara a importância

dos serviços oferecidos pelos fornecedores nos processos da empresa, esse


entendimento facilita que ambas as partes busquem soluções que atendam aos

objetivos da empresa.

• Cumprimento de prazos: Realizar a entrega após a data acordada poderá causar

prejuízo operacional e financeiro. Porém, um bom relacionamento com os

fornecedores, vinculado a um contrato formal, pode superar esse obstáculo. Acordar

prazos de entrega mais curtos também ajuda a reduzir a necessidade de inventários

maiores, ajudando assim a reduzir riscos e perdas.

• Organização: Neste caso, manter a agenda organizada e evitar demandas ou

solicitações urgentes. Dar-se bem com as pessoas é essencial para fazer alianças e

fazer crescer os negócios em geral. Isto é ainda mais importante nas relações com

fornecedores. Além de confundir a empresa com diferentes setores, também coloca

a marca em risco.

4.6 IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE MATERIAIS PARA AS EMPRESAS

A gestão de materiais é de extrema importância nas organizações, pois o armazém

é a área com o segundo maior componente de custos logísticos depois do transporte

e determina em que volume e quando devem ser adquiridos insumos para os

processos produtivos, quais quantidades produzir devido à demanda, e a quantidade

de produto acabado no armazém. A gestão de materiais tem por objetivo coordenar

as necessidades de compras e os interesses das empresas na otimização dos

recursos financeiros e operacionais.


5. PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO DE MATERIAIS

5.1 GESTÃO DE ESTOQUES

A gestão de entregas abrange todos os procedimentos relacionados com o

transporte e deslocamento de produtos e mercadorias de uma empresa, desde a

elaboração de rotas até a entrega final ao consumidor. Quando os prazos de entrega

predefinidos não são respeitados, isso não só causa insatisfação, mas também

prejudica a reputação da empresa diante de seus clientes. O principal propósito

dessa gestão consiste em aprimorar o serviço de entregas, assegurando que os

produtos cheguem pontualmente e em perfeitas condições, além de buscar

constantemente a redução de custos.

Um estoquista desempenha várias funções importantes, incluindo:

I. Controle de Estoque: Monitora e mantém registros precisos dos níveis de


estoque, garantindo que haja produtos suficientes para atender à
demanda.
II. Recebimento de Mercadorias: Recebe, verifica e registra as mercadorias
que chegam, assegurando que correspondam aos pedidos e estejam em
boas condições.
III. Organização do Estoque: Organiza os produtos no estoque de maneira
eficiente, facilitando a localização reduzindo o risco de perdas ou danos.
IV. Atualização de Inventário: Mantém o sistema de inventário atualizado,
refletindo com precisão as mudanças nos níveis de estoque de acordo
com as atividades de entrada e saída.
V. Embalagem e Etiquetagem: Prepara produtos para envio, embalando
adequadamente e aplicando etiquetas com informações relevantes, como
códigos de barras e datas de validade.
VI. Atendimento a Pedidos: Atende solicitações de produtos, garantindo a
separação correta dos itens e sua entrega pontual.
VII. Colaboração com Outros Setores: Trabalha em conjunto com equipes de
compras, vendas e transporte para otimizar o fluxo de mercadorias e
manter operações eficientes.
VIII. Monitoramento de Validade: Acompanha as datas de validade dos
produtos, garantindo que itens vencidos sejam identificados e removidos
do estoque.
IX. Relatórios de Desempenho: Gera relatórios sobre os níveis de estoque,
movimentação de mercadorias e outras métricas relevantes para apoiar a
tomada de decisões.
X. Prevenção de Perdas: Implementa práticas para evitar perdas, como
identificação precoce de produtos obsoletos e a prevenção de furtos.
Estas são algumas das principais funções, e a eficiência do estoquista é crucial
para o bom funcionamento de uma cadeia de suprimentos.

5.1.1 PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA GESTÃO DE ENTREGAS

Algumas organizações estão implementando inovações como essas para

aprimoração do transporte, da gestão do planejamento de rotas e monitorar de

forma mais detalhada suas frotas. Além de que oferecem vantagens de serem

integradas a várias ferramentas, agilizando a tomada de decisões por meio do uso

de dados precisos e atualizados.

E assim, são capazes de atingir aos benefícios de uma gestão de entregas

aperfeiçoada, eficiente e focada em resultados.

5.1.1.1 REDUÇÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS

A redução de custos operacionais é uma ação essencial para as empresas que

buscam melhorar a eficácia logística e aprimorar a rentabilidade. Essa abordagem

abrange a implementação de estratégias designado a diminuir os custos

relacionados a variadas etapas do desenvolvimento da entrega.

Um elemento crucial reside na otimização de rotas, onde a seleção de trajetos mais

eficazes colabora para diminuir despesas relacionadas a combustível, tempo e

manutenção de veículos. Adicionalmente, uma administração eficaz do estoque se

mostra essencial para prevenir custos desnecessários de armazenamento e evitar


perdas decorrentes de produtos obsoletos.

A incorporação de tecnologias, tais como sistemas de gestão de transporte (TMS) e

rastreamento em tempo real, juntamente com a automação de procedimentos,

demonstra potencial para elevar a eficiência operacional e diminuir os custos

vinculados à mão de obra. Além disso, a colaboração estratégica com parceiros

logísticos e a negociação de acordos vantajosos também desempenham um papel

crucial na redução de custos.

Adicionalmente, na concepção dessa estratégia, é vital considerar a capacitação da

equipe de entrega, a administração eficaz de devoluções, a análise de dados para

embasar decisões fundamentadas e a promoção da eficiência energética na frota

como elementos cruciais. Em última instância, alcançar a diminuição dos custos

operacionais na gestão de entregas requer uma abordagem completa,

amalgamando diversas práticas e empregando dados para discernir oportunidades

contínuas de aprimoramento.

5.1.1.2 ROTEIRIZAÇÃO AUTOMÁTICA E INTELIGENTE DE ROTAS

A roteirização é um processo fundamental que orienta a escolha da melhor rota para

alcançar um destino, desempenhando um papel crucial na logística, onde o destino

pode ser tanto o local de entrega de mercadorias quanto o ponto de coleta. Este

procedimento é facilitado por meio de um software conhecido como roteirizador, que,

de maneira inteligente, oferece as melhores opções de trajeto para os veículos com

base em uma variedade de fatores.

Dentre os elementos considerados pelo roteirizador, destacam-se questões como

condições de trânsito, restrições específicas das regiões por onde a frota irá

transitar, horários disponíveis dos destinatários, prioridades associadas a cada

entrega, jornada de trabalho dos motoristas e custos relacionados a pedágios. Esses

fatores são cruciais para otimizar o planejamento e a execução das rotas, garantindo
eficiência e pontualidade nas operações logísticas.

No cenário logístico, ferramentas especializadas, como o Fusion DMS, elevam a

roteirização a um patamar superior. Além de fornecer as funcionalidades básicas,

esses roteirizadores avançados permitem uma personalização significativa.

Empresas podem adaptar a ferramenta de acordo com as especificidades de suas

operações logísticas, possibilitando uma abordagem mais estratégica e uma

alocação otimizada dos veículos. Isso significa que é possível ajustar a ferramenta

para atender às necessidades específicas do negócio, resultando em uma estratégia

de entrega personalizada e eficaz.

Em resumo, a roteirização, mediada por roteirizadores avançados, não apenas

fornece a melhor rota possível, mas também se torna uma ferramenta flexível e

adaptável, capaz de se alinhar às demandas únicas das operações logísticas,

promovendo eficiência, redução de custos e melhoria contínua na gestão da cadeia

de suprimentos.

5.1.1.3 AUMENTO DA PRODUTIVIDADE

O objetivo primordial dos profissionais dedicados à logística é alcançar resultados

superiores com o menor dispêndio possível de recursos. Para enfrentar eficazmente

o desafio de realizar mais com menos, é crucial manter um foco especial na

produtividade. Ao aprimorar os processos e implementar uma gestão cada vez mais

inteligente, é possível reduzir significativamente o tempo e o dinheiro necessários

para a execução de tarefas ou a tomada de decisões que anteriormente dependiam

de intervenções humanas.

A supervisão constante da gestão de entregas emerge como uma prática crucial,

permitindo a identificação precisa de problemas que potencialmente impactam a

eficiência operacional. Além disso, oferece a oportunidade de avaliar tanto o

desempenho da frota quanto o dos colaboradores envolvidos no processo logístico.


Ao dispor dessas informações detalhadas, torna-se possível desenvolver estratégias

precisas e adaptadas para elevar os índices de produtividade. Em outras palavras, a

capacidade de alcançar mais, utilizando menos recursos, torna-se tangível mediante

a implementação de ações estratégicas informadas pelas análises da gestão de

entregas. Este enfoque estratégico, fundamentado em dados concretos, proporciona

uma abordagem eficaz para otimizar as operações logísticas, resultando em

benefícios econômicos e operacionais substanciais.

5.1.1.4 REDUÇÃO DO TEMPO DE ENTREGA

A redução do tempo de entregas não se limita apenas ao prazo de transporte,

abrangendo também o tempo essencial para o processamento interno do pedido.

Este último engloba o período necessário para a separação de itens no estoque, a

liberação da documentação associada e o intervalo durante o qual o veículo aguarda

autorização para prosseguir, entre outros fatores.

A implementação de ferramentas automatizadas surge como uma solução eficiente

para agilizar e aprimorar todos esses processos, contribuindo diretamente para a

redução do tempo total de entrega. Ao otimizar a gestão interna, desde a

identificação dos produtos no estoque até a liberação logística, essas ferramentas

proporcionam uma execução mais rápida e eficaz de todas as etapas envolvidas na

cadeia de fornecimento. Desta forma, a automação não apenas simplifica, mas

também acelera os procedimentos, resultando em vantagens consideráveis para a

eficiência operacional e satisfação do cliente.

5.1.1.5 ACOMPANHAMENTO EM TEMPO REAL

A capacidade de acompanhar em tempo real as operações de entrega oferece uma

visão abrangente sobre a localização exata do caminhão, a posição do motorista e o

status da mercadoria, tudo ao alcance da palma da mão. Dada a forte dependência

do Brasil no transporte rodoviário, o desafio do desvio de carga é uma realidade


significativa. Uma abordagem eficaz para proporcionar maior segurança nessas

operações é por meio da geolocalização. Isso possibilita que, em caso de desvios na

rota ou planejamento, a organização seja notificada imediatamente, permitindo uma

resposta proativa para mitigar riscos e facilitar o monitoramento contínuo.

Além do benefício da segurança, o monitoramento em tempo real também oferece

insights valiosos sobre diversas facetas das operações logísticas. Informações como

o número de paradas realizadas pelo caminhão, a duração do tempo em que o

motorista está ao volante, o consumo de combustível, a conformidade com a rota

planejada, e uma variedade de outros dados pertinentes, tornam-se acessíveis.

Essa abordagem detalhada e instantânea proporciona não apenas um controle

efetivo das entregas, mas também uma base sólida para otimizações contínuas nos

processos logísticos.

Assim, o acompanhamento em tempo real não só promove a segurança nas

operações, mas também oferece uma visão abrangente e em tempo hábil para a

tomada de decisões informadas, contribuindo para a eficiência, a transparência e a

melhoria contínua nas operações logísticas.

5.1.1.6 AUMENTO DA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

A satisfação dos clientes representa um fator crucial para o êxito de qualquer

empresa, e a logística é uma das áreas que exerce uma influência significativa

nesse aspecto. A gestão de entregas emerge como uma ferramenta essencial para

fornecer informações transparentes aos consumidores, possibilitando, por sua vez, a

tomada de decisões assertivas quando ocorrem imprevistos.

Uma comunicação eficiente, estabelecida por meio de diferentes canais,

desempenha um papel fundamental nesse contexto. Permitir que os clientes

acompanhem o rastreamento de suas encomendas através do site ou aplicativo,

bem como oferecer a possibilidade de interação direta com representantes da


empresa em caso de dúvidas, eleva substancialmente as chances de satisfação do

consumidor. A ausência desse tipo de comunicação figura como uma das principais

razões de queixas por parte dos usuários em relação às práticas logísticas das

empresas, tornando-se, assim, um elemento crucial para a fidelização do cliente.

Além disso, manter uma consistência na entrega, sempre dentro dos prazos

estipulados e sem falhas, contribui para a construção de maior credibilidade. Esse

desempenho confiável não apenas fortalece as relações com os clientes, mas

também estabelece bases sólidas para parcerias duradouras com fornecedores. Em

última análise, ao assegurar uma gestão de entregas eficaz e uma comunicação

transparente, as empresas não apenas promovem a satisfação do cliente, mas

também consolidam sua reputação no mercado, promovendo relações comerciais

robustas e sustentáveis.

5.1.1.7 CONTROLE ADEQUADO NA JORNADA DE TRABALHO

A legislação regulamenta estritamente a jornada de trabalho dos motoristas,

impondo limites como o máximo de 12 horas ao volante e um intervalo mínimo de

oito horas de descanso antes de retomar as atividades. Cumprir rigorosamente

todas as paradas de descanso estipuladas por lei e evitar o abuso de horas extras

são práticas essenciais para garantir a conformidade e o bem-estar dos

trabalhadores.

O controle da jornada do motorista é uma obrigação incontestável e recai sobre os

ombros do empregador. Em uma gestão de entregas eficiente, a consideração

adequada pelo controle da jornada do motorista torna-se imperativa. Essa prática

não apenas assegura o cumprimento das normas legais, mas também desempenha

um papel crucial na determinação precisa dos prazos de entrega e na elaboração de

escalas de trabalho equilibradas. Além disso, contribui significativamente para a

segurança tanto da carga transportada quanto do próprio trabalhador.


O diferencial das tecnologias aplicadas à logística reside no manejo eficaz do grande

volume de dados, promovendo transformações fundamentais nas operações. Essas

inovações não apenas facilitam o controle preciso da jornada de trabalho dos

motoristas, mas também redefinem a entrega de valor aos clientes. Ao integrar

tecnologias na gestão logística, as empresas não apenas atendem às

regulamentações com mais eficiência, mas também aprimoram operações,

garantindo a conformidade legal e proporcionando um ambiente de trabalho mais

seguro e produtivo.

5.2 ADMINISTRAÇÃO

A Administração de Materiais pode ser caracterizada como um segmento da gestão

dedicado ao planejamento, organização, coordenação e controle dos recursos

necessários para o suprimento de materiais essenciais ao adequado funcionamento

de uma organização. Esse enfoque visa assegurar que tais materiais sejam

providenciados no momento oportuno, na quantidade necessária, na qualidade

requerida e a um custo mínimo.

O eficiente gerenciamento de materiais desempenha um papel crítico para as

empresas que almejam atingir a excelência operacional e garantir a satisfação dos

clientes. Esta disciplina abrange todo o ciclo, desde a identificação das

necessidades de materiais, passando pela sua aquisição, armazenamento e

movimentação, até o uso e descarte apropriados. A implementação de uma gestão

de materiais eficaz não apenas possibilita o fluxo contínuo de insumos e produtos,

mas também propicia a redução de custos e o aprimoramento da eficiência

operacional.

Nesse contexto, a administração de materiais se posiciona como um componente

estratégico que não apenas atende às demandas operacionais imediatas, mas

contribui para a construção de bases sólidas para o sucesso a longo prazo das
organizações. Ao assegurar que os recursos necessários estejam disponíveis de

maneira eficiente e econômica, essa abordagem não apenas fortalece a resiliência

da cadeia de suprimentos, mas também eleva os padrões de desempenho

operacional, promovendo uma vantagem competitiva sustentável.

O principal objetivo da administração de materiais é assegurar o suprimento

adequado de materiais essenciais para as operações da organização, procurando

alcançar esse intento ao menor custo possível e sem comprometer a qualidade

exigida. Para atingir esse objetivo, é imperativo realizar um planejamento meticuloso

que abranja as áreas de compras, armazenamento e logística. Esse planejamento

eficiente é concebido com o propósito de prevenir desperdícios, otimizar os

processos e, fundamentalmente, reduzir os custos operacionais associados à gestão

de materiais. Dessa forma, a administração de materiais emerge como um elemento

estratégico na busca pela eficiência, eficácia e economia nos recursos, contribuindo

diretamente para o sucesso operacional e financeiro da organização.

5.2.1 FINALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS:

• Garantir o suprimento adequado de materiais;

• Assegurar o abastecimento apropriado de materiais é uma responsabilidade

crucial, pois visa certificar-se de que os insumos necessários para as operações

organizacionais estejam prontamente disponíveis, em quantidades adequadas e

no timing correto. Este compromisso é essencial para evitar possíveis entraves

na produção e preservar a qualidade integral dos produtos ou serviços oferecidos

pela organização, garantindo, assim, a fluidez operacional e a satisfação dos

clientes;

5.2.1.REDUZIR CUSTOS

Diminuir despesas é também uma meta preconizada, visando a redução dos

custos operacionais associados à obtenção, estocagem e gestão logística de


materiais. Este intento é alcançado por meio de uma estratégia de compras

eficientemente planejada, do rigoroso controle dos níveis de estoque e da

seleção criteriosa de fornecedores que proporcionem condições mais favoráveis

em termos de preços competitivos e prazos de pagamento mais vantajosos. Essa

abordagem visa não apenas otimizar o uso dos recursos, mas também fortalecer

a sustentabilidade financeira da organização, proporcionando eficiência e

competitividade;

5.2.2 CONTROLE DE ESTOQUE

Gerenciar o estoque de maneira eficaz é essencial para prevenir desperdícios e

otimizar os custos operacionais da entidade. A administração de materiais

assume a responsabilidade de estabelecer as diretrizes do estoque, delineando

políticas específicas, estipulando os níveis mínimos e máximos de

armazenamento, e conduzindo a gestão estratégica dos materiais ali estocados.

Este enfoque não apenas busca evitar a redundância ou escassez de itens, mas

também visa aprimorar a eficiência operacional ao equilibrar cuidadosamente a

oferta e a demanda de insumos, contribuindo, assim, para a otimização dos

recursos e a maximização da rentabilidade;

• Melhorar a qualidade dos produtos e serviços;

• Aprimorar a qualidade dos produtos e serviços constitui um propósito central,

visando assegurar a excelência dos materiais empregados na fabricação dos

bens ou na prestação de serviços pela organização. Esse intento é concretizado

por meio da escolha criteriosa de fornecedores, do rigoroso processo de

recebimento e inspeção dos materiais adquiridos, e da administração estratégica

dos insumos em estoque. Essa abordagem não só visa atender às expectativas

de qualidade estabelecidas, mas também busca fortalecer a reputação da

organização, assegurando a satisfação dos clientes e a conformidade com


padrões elevados de excelência.

5.3 DESEMPENHO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A gestão de materiais desempenha um papel fundamental nas organizações, sendo

responsável por supervisionar os recursos materiais para otimizar sua utilização

eficiente. Essa prática visa assegurar a disponibilidade oportuna desses recursos, ao

mesmo tempo em que busca minimizar os impactos financeiros relacionados aos

custos e despesas de estoque. Ao efetivamente gerenciar esses aspectos, a

administração de materiais contribui para a redução dos custos operacionais,

promove o aumento da produtividade e eleva a qualidade dos produtos ou serviços

oferecidos pela empresa.

Para atingir esses objetivos, a administração de materiais emprega diversas

ferramentas e técnicas especializadas. Isso inclui a utilização de softwares

dedicados à gestão de estoque e compras, a aplicação de métodos de previsão de

demanda e a implementação de estratégias eficazes de controle de estoque, entre

outras práticas específicas. Essas abordagens combinadas proporcionam uma

abordagem abrangente para enfrentar os desafios inerentes à gestão de materiais,

contribuindo para o sucesso global da empresa.

5.4 ADMINISTRADOR DE MATERIAIS

O administrador de materiais desempenha um papel crucial nas operações

empresariais, sendo encarregado de coordenar todas as facetas associadas à

administração de materiais em uma organização, desde a concepção do plano de

aquisição até a fase de descarte final. O cerne de sua responsabilidade reside em

garantir a disponibilidade adequada dos materiais essenciais para as operações da

empresa, ao mesmo tempo em que se empenha em otimizar o uso eficiente dos

recursos e reduzir custos operacionais.

Esse profissional necessita possuir conhecimentos substanciais em diversas áreas,


incluindo logística, suprimentos, controle de estoque e planejamento de compras,

entre outras. A competência nessas disciplinas é essencial para a execução eficaz

de suas funções, visto que abrangem desde a gestão estratégica dos recursos até a

implementação de práticas operacionais eficientes. Além disso, é imperativo que o

gestor de materiais esteja constantemente atualizado em relação às tendências

emergentes e tecnologias pertinentes à área de gestão de materiais.

Em resumo, o gestor não apenas desempenha um papel central na manutenção do

fluxo eficiente de insumos e produtos, mas também atua como um elo estratégico na

busca contínua por inovações que possam aprimorar as práticas de gestão de

materiais e, por conseguinte, contribuir para o alcance dos objetivos organizacionais

de maneira eficaz e eficiente.


6. O QUE FAZ O GESTOR DE MATERIAIS

A principal tarefa do gestor é organizador e fiscalizador a aquisição,


armazenamento, estoque e finalização da utilização dos materiais na produção. Com
uma boa gestão de materiais, uma empresa entende corretamente quanto gasta
com materiais e como esses materiais são utilizados. Os gestores utilizam uma série
de ferramentas na gestão de materiais, tornando a gestão de recursos eficiente.
Algumas das principais ferramentas utilizadas são:

• Análise ou Curva ABC: Um gerente utiliza no estoque para classificação


dos produtos de acordo com sua importância comercial. Então o princípio
é que 20% dos produtos respondam por 80% da receita gerada. Com esse
insight, você pode identificar os produtos mais importantes para o
desempenho do seu negócio, permitindo que você se concentre neles
para otimizar a rentabilidade operacional.

6.1 COMO FUNCIONA A CLASSIFICAÇÃO DA CURVA ABC EM UM ARMAZÉM

A estrutura divide os insumos em três categorias com base em como eles afetam as
receitas. Esse efeito pode ser medido calculando a participação de cada produto na
receita de vendas da empresa durante um determinado período. Outros critérios,
como giro de estoque e margem de lucro, também podem ser utilizados conforme
mostrado na figura abaixo.
• Classe A: Os produtos Classe A são os mais importantes do ponto de vista
comercial. Eles representam 20% dos produtos da empresa, mas
respondem por 80% da receita de vendas. São itens que devem ser
priorizados na gestão de estoque devido à grande demanda do mercado.
Por isso, é necessário a manutenção de um controle rígido para evitar a
disponibilidade – problema chamado de ruptura de estoque. Para o efeito,
recomenda-se armazenar os produtos classe A em locais seguros e de
fácil acesso, além do stock habitual.
• Classe B: Esta categoria inclui produtos de média importância para a
empresa. Em média, correspondem a 30% da mercadoria e 15% do valor
armazenado. Assim, são mercadorias que não necessitam de um controlo
tão rigoroso como as mercadorias Classe A, mas devem ser verificadas
regularmente e recomenda-se a manutenção de uma margem de
segurança.
• Classe C: Os produtos da classe C, por outro lado, são os menos
importantes porque representam 50% dos produtos e apenas 5% do valor
do estoque. Sua demanda no mercado é menor e rentabilidade financeira.
Portanto, não precisam ser priorizadas ou monitoradas com a mesma
frequência e precisão que outras categorias. Apenas uma quantidade
mínima destes produtos pode ser mantida em estoque, o que reduz os
custos de armazenamento da operação.

6.2 PLANEJAMENTO DE COMPRAS

O processo de definição de metas e táticas para aproveitar ao máximo uma


determinada compra. Isso é feito pela equipe de compras, que é composta por
parceiros de negócios interessados na compra, incluindo a organização solicitante
da compra, a organização compradora e outras organizações necessárias para
determinar o melhor preço. O gerente de compras é o líder comercial da equipe de
compras, pois é sua responsabilidade garantir que a equipe esteja focada no
planejamento de compras como parte da estratégia geral de negócios. Como chefe
da empresa, o gestor também deve garantir que a equipe utilize as práticas
comerciais mais eficazes da cadeia de suprimentos para uma determinada compra.
Os membros da equipe de compras têm um papel especial no planejamento de
compras.
6.2.1 ORGANIZAÇÃO QUE SOLICITA A COMPRA

• Determinar o produto ou serviço necessário;

• Ajuda a identificar potenciais fornecedores;

• Garante a disponibilidade e autorização de fundos;

• Fornece uma descrição da compra;

• Cria uma estimativa de preço ou custo;

• Especifica uma data de implementação ou entrega;

• Estabelecer requisitos de relatórios de fornecedores;

• Auxilia no desenvolvimento de estratégias de seleção de fornecedores e fatores de


avaliação de desempenho baseados em propostas.

Essas são as diretrizes básicas para que seu negócio alcance bons resultados no
mercado e entre os concorrentes com um bom planejamento de compras.

6.2.2 JUST-IN-TIME(JIT)

É uma técnica de controle de produção que faz com que as empresas comprem e/ou
fabriquem a quantidade certa de produtos para atender às necessidades do cliente
no momento certo. Baseia-se na ideia de não fabricar, transportar ou comprar
nenhum produto antes do momento ideal. Esse processo pode ser aplicado a
qualquer negócio e ajuda a reduzir custos de estoque e processo. Porque primeiro
você tem que vender o produto e depois comprar o material para fazer, para que
isso funcione da melhor forma possível, é necessário que todos os públicos
estratégicos envolvidos no processo tenham conhecimento de que tipo de produção
é feita em determinada empresa. Os fornecedores de materiais devem ser treinados
para entregar, assim como os distribuidores que podem receber os produtos. Tem
como principal objetivo reduzir o desperdício nos armazéns.

6.2.3 DROPSHIPPING

Dropshipping é um sistema em que a empresa que faz a venda do produto atua


como intermediária entre o consumidor e o fornecedor. A loja recebe o pedido,
gerencia o pagamento, faz todo o atendimento e envia a solicitação para o
fornecedor, que é o responsável pela preparação e entrega dos itens.
Essa é uma solução principalmente para pequenas empresas, que não teriam
capital nem espaço para manter um estoque próprio. Neste sistema você não
precisará lidar com as etapas de separação, embalagem e envio do produto. Apesar
da Amazon hoje não dar suporte ao dropshipping existem empresas que podem
atuar no marketplace vendendo produtos sem estoque realizando a intermediação
direta com o fabricante.

7. GESTÃO ESTRUTURADA EM TRÊS PILARES (EDITAR)

7.1 GESTÃO DE ESTOQUE

A gestão de estoque é o processo que viabiliza o planejamento, execução e controle


dos recursos armazenados dentro de uma empresa.

Em seu livro “Gestão de Estoques”, Bráulio Wilker, fala que o gerenciamento de


estoque atua sobre os processos de suprimento.

Estes processos envolvem as seguintes decisões: O que suprir; Em que quantidade


suprir; E em que momento suprir.

O autor ainda fala que o controle de estoque possui 3 objetivos:

I. Maximizar o nível de serviço ou o nível de atendimento da demanda através


de mercadorias em estoque.

II. Reduzir os custos totais do estoque por meio do giro ou da redução de


investimentos e custos.

III. Otimizar a eficiência operacional dos processos de suprimento mediante a


redução de custos.

Bráulio Wilker destaca que esses objetivos são conflitantes entre si, de modo que ao
tentar potencializar o desempenho de um, o dos demais podem ficar
comprometidos.

Todavia é diante desse cenário que o mesmo define que o gerenciamento de


estoque é a arte de gerenciar esses objetivos conflitantes, direcionando as
estratégias e priorizando devidamente as metas.

Um gerenciamento de estoque bem executado dirá quanto você já perdeu devido à


falta de um gerenciamento eficaz de produtos.

7.1.1 PRINCIPAIS TIPOS DE ESTOQUE

I. Estoque de Antecipação
É um tipo de estoque que uma empresa mantém como precaução para garantir que
haja estoque suficiente para atender à demanda futura. Este inventário é
normalmente mantido durante períodos em que se espera um aumento da procura
ou quando há incerteza sobre a disponibilidade futura de matérias-primas ou
produtos acabados.

II. Estoque Consignado

É um modelo de negócio em que um fornecedor ou fabricante entrega seus produtos


a um varejista ou distribuidor que os vende em sua loja ou local, mas ainda não os
comprou. Em vez disso, o varejista paga ao fornecedor ou fabricante apenas pelos
produtos vendidos em consignação. Esta abordagem permite ao varejista manter
uma ampla gama de produtos em estoque sem incorrer em grandes custos iniciais
de aquisição. Por outro lado, um fornecedor ou fabricante possui um canal de
vendas adicional para seus produtos sem ter que correr o risco financeiro de manter
um grande estoque.

III. Estoque de Ciclo

É utilizado por empresas que vendem produtos de acordo com o ciclo de vendas.
Esse é um dos tipos de estoque mais difíceis de gerenciar porque a empresa deve
manter o estoque em um limite para evitar perdas.

O objetivo do armazenamento cíclico é permitir que uma empresa atenda


efetivamente à demanda do cliente, sem excesso de estoque quando a demanda for
baixa e sem ficar sem estoque quando a demanda for alta. Isto pode ser
particularmente importante em setores onde a procura é altamente sazonal ou
volátil, como o retalho.

IV. Estoque Inativo

Estoque inativo é um tipo de estoque que não é vendido ou usado há muito tempo.
Isso pode acontecer quando o produto se torna obsoleto ou não é mais exigido pelos
clientes, ou quando a demanda por um determinado produto diminuiu
significativamente. O estoque ocioso costuma ser um problema para as empresas
porque ocupa espaço de depósito e prende capital que poderia ser investido em
outros produtos com maior demanda. Além disso, essas ações também podem
expirar ou expirar, o que pode causar prejuízo financeiro à empresa.
V. Estoque de Segurança

O estoque regulador, também conhecido como estoque de segurança, é o excesso


de estoque mantido fora do estoque normal para atender à demanda inesperada ou
às flutuações na demanda do mercado. O objetivo do armazém tampão é garantir
que haja produto suficiente para atender aos pedidos dos clientes e evitar
interrupções na cadeia de abastecimento.

O cálculo do estoque regulador é baseado nas flutuações da demanda e no tempo


necessário para repor os estoques. A quantidade de buffer necessária pode variar
dependendo do tipo de produto, da previsibilidade da demanda e da disponibilidade
do fornecedor.

7.1.2 RESERVA DE EMERGÊNCIA DE ESTOQUE

A reserva de emergência de estoque representa uma quantidade adicional de


produtos armazenados além do estoque regular e do estoque de proteção. Sua
finalidade é estar preparada para enfrentar circunstâncias imprevistas que podem
impactar a cadeia de abastecimento. Essas circunstâncias podem envolver atrasos
na entrega de matérias-primas, desastres naturais, greves, interrupções na
produção e outros eventos imprevisíveis que tenham o potencial de afetar o
fornecimento de produtos. Diferentemente do estoque de proteção, que é destinado
a lidar com flutuações normais na demanda, a reserva de emergência de estoque é
mantida em antecipação a situações que possam comprometer a capacidade da
empresa de satisfazer os pedidos de seus clientes.

7.2 GESTÃO DE COMPRAS

Em face de um cenário global de recessão econômica, é essencial que empresas de


todos os setores busquem constantemente aprimorar sua eficiência. Nesse contexto,
práticas como a gestão de compras desempenham um papel crucial na manutenção
da competitividade no mercado, não importando a área de atuação.

Isso inclui a identificação das necessidades, a pesquisa de fornecedores de


matérias-primas, a negociação de preços e condições de pagamento. Além disso,
essa atividade envolve a gestão dos estoques e a otimização dos fluxos de caixa.

O objetivo último da administração de compras é garantir que os bens e serviços


necessários estejam disponíveis a preços justos e com entregas pontuais. Dessa
forma, é possível atender de maneira eficiente e otimizada às necessidades
operacionais e estratégicas. Adicionalmente, esse processo permite alinhar as
compras com a demanda do consumidor, o que é essencial para a gestão dos
recursos financeiros. Ao possibilitar que a empresa responda de forma eficaz às
demandas do consumidor, assegura uma maior precisão no controle dos indicadores
financeiros.

Entre os inúmeros benefícios, a gestão de compras e estoque viabiliza a negociação


de produtos e serviços que atendam às reais necessidades do cliente. Isso simplifica
a tarefa de garantir eficiência nos indicadores de lucratividade e rentabilidade da
organização.

Uma gestão eficaz das compras com foco na diminuição de despesas. Em todas as
empresas, a implementação de estratégias para redução de gastos é uma prática
constante. Nesse sentido, um departamento de compras bem-sucedido desempenha
um papel fundamental para alcançar destaque no mercado.

7.2.1 PASSOS PARA UMA BOA GESTÃO DE COMPRAS

7.2.1.1 IDENTIFICAR E DEFINIR AS NECESSIDADES

O primeiro passo é entender quais bens e serviços são necessários para a operação
bem como quantidades e prazos de entrega. Identificá-los e defini-los permite ao
gestor ter uma visão clara do que é necessário para o funcionamento da
organização.

A identificação das necessidades também permite aos gestores identificar itens que
podem ser substituídos por produtos mais baratos. No entanto, não comprometemos
a qualidade do que é oferecido.

O processo garante uma visão geral dos fornecedores disponíveis e permite


comparar para escolher o melhor para cada necessidade. Com isso, os
responsáveis podem planejar melhor as aquisições e estar mais bem informados
sobre o mercado.

7.2.1.2 NEGOCIAÇÃO COM OS FORNCEDORES

Fazer uma boa pesquisa não garante as melhores condições, mas deixa você mais
perto de encontrar as melhores oportunidades. Só assim é possível encontrar
alternativas de comparação de diferentes preços, qualidades, prazos e condições de
pagamento.

Na busca é necessário levar em consideração o plano financeiro da empresa


devendo o fornecedor atender aos requisitos solicitados. Dessa forma, os gestores
podem obter uma lista de diferentes opções para possuir o poder de escolher.

É importante ressaltar que a busca não pode ser baseada apenas no preço. Uma
boa cadeia de suprimentos inclui flexibilidade, agilidade, confiança e qualidade para
evitar riscos diretos ao negócio.

Após a seleção, os fornecedores entram na fase de negociação. Descontos por


quantidade além das condições de pagamento também auxiliam nas estratégias de
redução de custos. Mas nem todos. negociando condições Os gerentes constroem
relacionamentos de longo prazo. Isso garante a continuidade do fornecimento e
melhora a qualidade.

7.2.1.3 MONITORAMENTO DO DESEMPENHO DOS FORNCEDORES

As avaliações de desempenho garantem que eles atendam aos pré-requisitos


acordados e remetido um bom produto ou serviço. Nessa etapa, o gestor deve
respeitar a qualidade do que é oferecido e os prazos de entrega.

Assim, é possível identificar quais deles precisam ou podem ser substituídos e


aquilo que precisa ser melhorado. Dessa forma, a correção de possíveis problemas
é mais ágil.

7.2.1.4 OTIMIZAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

Otimizar o fluxo de caixa é essencial para assegurar que a empresa tenha recursos
disponíveis quando necessário. Isso é especialmente importante para evitar atrasos
nos pagamentos, o que pode resultar em juros e multas.

7.2.1.5 AVALIAÇÃO E MEDIÇÃO DE RESULTADOS

É fundamental para permitir a identificação de problemas e a avaliação do


desempenho de fornecedores. Além disso, ela permite a checagem de decisões e
estratégias, e seus respectivos ajustes, caso necessários. Para isso é preciso:

• coletar e analisar dados sobre preços, prazos de entrega e qualidade;

• checar os indicadores definidos;


• identificar áreas e oportunidades de redução de custos.
8. GESTÃO DE LOGÍSTICA E PRODUÇÃO

A logística é um procedimento que engloba a planificação, execução e distribuição


de produtos ou matéria-prima, principalmente focalizando-se no transporte e
armazenamento. O propósito fundamental da logística consiste em assegurar que o
produto alcance o cliente da maneira mais rápida, eficiente e economicamente
viável, desde o ponto de origem até o ponto de consumo.

Para atingir esse objetivo, as empresas necessitam realizar um planejamento


logístico meticuloso e efetuar uma gestão eficaz da cadeia de suprimentos, que tem
início no armazenamento da matéria-prima ou mercadorias e culmina na entrega do
produto ao consumidor final. Na prática, isso implica em manter um controle
adequado do estoque, gerenciar o armazenamento de maneira eficiente e coordenar
o transporte de forma a cumprir os prazos de entrega estabelecidos.

A complexidade desse processo varia de acordo com o porte e segmento da


empresa. Um pequeno e-commerce, por exemplo, pode adotar uma abordagem
mais simples, mantendo um estoque reduzido e utilizando os serviços logísticos
oferecidos pelos Correios. Por outro lado, uma indústria de maior porte requer uma
infraestrutura extensa, que pode envolver o uso de caminhões, aviões, armazéns,
centros de distribuição e a colaboração com diversas operadoras, a fim de garantir a
movimentação eficiente e a entrega pontual dos produtos e materiais.

8.1 A IMPORTÂNCIA DA LOGÍSTICA NA EMPRESA

A logística desempenha um papel crucial no êxito das empresas, pois assegura a


eficiência operacional e a contentamento dos clientes por meio da entrega pontual
de produtos ou serviços. Essa esfera é responsável pela coordenação de toda a
movimentação e armazenamento de materiais e mercadorias, fatores que impactam
diretamente a capacidade produtiva da empresa e sua eficácia na distribuição.

Uma administração logística eficiente não apenas reduz os custos operacionais, mas
também contribui para a manutenção de preços acessíveis aos clientes, previne
desperdícios, agiliza o processo de entregas, impulsiona a produtividade
organizacional e proporciona uma vantagem competitiva significativa. Atualmente,
diante da ascensão da abordagem omnichannel, as empresas necessitam integrar
de maneira efetiva seus canais de venda e distribuição, tanto online quanto offline,
para destacarem-se no mercado competitivo.

Além disso, a crescente expectativa dos consumidores por entregas ágeis e opções
diversificadas para receber ou retirar seus produtos intensifica a demanda por uma
logística que seja integrada e automatizada.

8.2 PRINCIPAIS TIPOS DE LOGÍSTICA:

8.2.1 LOGISTÍCA DE ABASTECIMENTO

A logística de abastecimento constitui uma abordagem estratégica que se concentra


nos suprimentos, mercadorias e matérias-primas essenciais para garantir os
recursos necessários ao funcionamento eficiente de uma empresa. Essa função
desempenha um papel crítico ao planejar e gerenciar o fluxo de materiais,
assegurando que estejam prontamente disponíveis para atender à demanda
operacional, além de supervisionar seu armazenamento e transporte de maneira
eficaz.

O profissional encarregado assume responsabilidades multifacetadas para garantir o


sucesso dessa área. Isso inclui o estabelecimento e manutenção de
relacionamentos sólidos com os fornecedores, uma vez que a eficiência na cadeia
de abastecimento muitas vezes depende da cooperação estreita com as partes que
fornecem os insumos necessários. Além disso, a gestão cuidadosa do fluxo de
materiais é essencial para otimizar a eficiência operacional e evitar gargalos que
possam impactar negativamente o processo produtivo.

Um aspecto crucial da logística de abastecimento é o controle do recebimento e


descarga de materiais na empresa. Garantir que os produtos cheguem de forma
oportuna e segura é essencial para manter a continuidade das operações. Isso
envolve a coordenação de atividades como a verificação de qualidade, a contagem
precisa dos itens recebidos e a comunicação eficiente com outras áreas da empresa
para garantir uma integração suave na cadeia de produção.

A logística de abastecimento é uma disciplina crucial para garantir a disponibilidade


contínua de materiais essenciais para as operações da empresa. A sua eficácia não
apenas afeta diretamente a produção, mas também desempenha um papel
estratégico no equilíbrio entre custo e eficiência ao longo de toda a cadeia de
abastecimento.

8.2.2 LOGÍSTICA DE PRODUÇÃO

A logística de produção desempenha um papel essencial nas operações industriais,


concentrando-se na eficiente gestão do processo de transformação da matéria-prima
em produtos finais. O profissional responsável por essa área assume uma posição
central ao coordenar todas as etapas cruciais da fabricação e montagem, visando
garantir que os postos de trabalho estejam adequadamente abastecidos e que os
materiais essenciais sejam movimentados e armazenados de maneira precisa e
eficaz.

Em meio à complexidade das operações de produção, a coordenação desse


profissional é vital para manter o fluxo contínuo e eficiente do processo. Isso envolve
a sincronização de diversas atividades, desde a gestão dos insumos necessários até
o controle das operações de montagem, assegurando que cada componente do
processo ocorra no tempo certo e na ordem adequada.

Esta também abrange o planejamento estratégico das operações fabris. Este


planejamento não apenas envolve a previsão de demanda e a alocação de recursos,
mas também se estende à mitigação de desperdícios e excessos de mercadorias. O
profissional deve implementar estratégias que minimizem o desperdício de recursos,
garantindo que a produção seja eficiente, sustentável e economicamente viável.

Adicionalmente, o gerenciamento eficaz da logística de produção exige uma atenção


cuidadosa ao armazenamento dos materiais. O profissional deve implementar
práticas que garantam a integridade dos insumos e produtos acabados, ao mesmo
tempo em que otimizam o espaço de armazenamento.

8.2.3 LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO

A gestão logística voltada para a distribuição, assume a responsabilidade estratégica


de planejar e executar as atividades relacionadas ao fluxo de produtos para fora da
empresa. O profissional atuante nesse setor desempenha um papel crucial na
organização, sendo encarregado de coordenar a saída eficiente de produtos,
direcionando-os para centros de distribuição, pontos de venda ou consumidores
finais.

Dentro desse contexto, o escopo de responsabilidades abrange diversas funções


essenciais para o funcionamento fluido da cadeia logística. A criação de rotas de
entrega é uma tarefa fundamental, exigindo análise cuidadosa das melhores opções
logísticas para otimizar o tempo e os recursos envolvidos no transporte. Além disso,
a gestão de transportadoras faz parte das atribuições desse profissional, envolvendo
a seleção e coordenação de serviços de transporte que atendam aos requisitos da
operação.

A supervisão atenta das operações de carga e descarga é mais uma dimensão da


logística de distribuição. Garantir que essas atividades sejam conduzidas de maneira
eficiente e segura contribui para a integridade dos produtos e a eficácia global da
cadeia logística.

Em resumo, a logística de distribuição abrange uma série de funções inter-


relacionadas, exigindo uma abordagem integrada e estratégica para garantir que os
produtos se movam de maneira eficiente desde a produção até os pontos de destino
finais, enquanto se mantêm a qualidade e a precisão nas operações.

A logística de distribuição, também conhecida como logística outbound,


desempenha uma função crucial no processo empresarial, sendo encarregada do
planejamento e execução eficientes das entregas. O profissional responsável por
essa área desempenha um papel fundamental na coordenação da saída de
produtos, direcionando-os para centros de distribuição, pontos de venda ou
consumidores finais. Suas responsabilidades abrangem uma série de funções,
desde a elaboração de rotas de entrega até o monitoramento da execução logística.

No âmbito da distribuição, o profissional assume responsabilidades como a criação


estratégica de rotas de entrega, garantindo que os produtos alcancem os destinos
de maneira eficaz e dentro dos prazos estabelecidos. Além disso, a gestão de
transportadoras é uma atribuição essencial, envolvendo a seleção e a coordenação
de serviços de transporte para atender às necessidades específicas da operação.

A contratação de motoristas é outra faceta importante da logística de distribuição.


Esse processo requer uma seleção cuidadosa de profissionais qualificados,
garantindo não apenas a eficiência na condução dos veículos, mas também a
aderência a padrões rigorosos de segurança e qualidade.

A supervisão do rastreamento de entregas é uma atividade crítica, permitindo o


acompanhamento em tempo real do status e da localização dos produtos em
trânsito. Isso não apenas fornece informações valiosas para a empresa, mas
também contribui para a transparência e satisfação do cliente.

Além das atividades relacionadas diretamente à entrega, a logística de distribuição


envolve a gestão cuidadosa da reposição de estoque. Isso implica em assegurar que
os níveis de estoque estejam alinhados com as demandas do mercado, evitando
escassez ou excessos. O controle rigoroso dos prazos de validade é também uma
parte essencial para garantir a qualidade dos produtos distribuídos.

Outra função relevante na distribuição é a supervisão das operações de carga e


descarga. Garantir que essas atividades ocorram de maneira eficiente e segura
contribui para a integridade dos produtos e para a eficácia geral da cadeia logística.

8.2.4 LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa desempenha um papel crucial ao planejar e coordenar o retorno


de materiais e produtos de volta à empresa, gerenciando efetivamente o processo
de recolhimento pós-venda ou pós-consumo. Este aspecto logístico, muitas vezes
subestimado, ganha crescente importância em diversos setores, não apenas como
uma prática eficiente, mas também como uma medida legal em alguns casos.

Em determinadas indústrias, a implementação de políticas de logística reversa é


uma exigência legal. Empresas que lidam com produtos como agrotóxicos, pneus,
óleos e dispositivos eletroeletrônicos são obrigadas a estabelecer sistemas eficazes
para o retorno e tratamento adequado de embalagens e resíduos associados aos
seus produtos. Essa abordagem não apenas atende a normativas legais, mas
também reflete uma conscientização crescente sobre a importância da
responsabilidade ambiental na gestão empresarial.

Outro cenário onde a logística reversa desempenha um papel significativo é no


contexto do comércio eletrônico. Nesse ambiente, a gestão eficiente do fluxo de
trocas e devoluções torna-se imperativa. A capacidade de lidar com situações em
que o cliente desiste da compra ou recebe um item com defeito não apenas melhora
a satisfação do cliente, mas também contribui para a eficiência operacional da
empresa.

Essa abordagem à logística reversa no e-commerce não se limita apenas à


resolução de problemas pós-venda. Envolve a criação de processos logísticos
eficazes que permitam a devolução de produtos, sua avaliação quanto à condição e
a reintegração de itens em bom estado de volta ao estoque. Isso não apenas reduz
o desperdício, mas também otimiza os recursos da empresa.

A logística reversa transcende a mera gestão de devoluções, abrangendo tanto a


conformidade legal quanto a eficiência operacional. À medida que as preocupações
ambientais crescem e as regulamentações se tornam mais rígidas, a capacidade de
orquestrar eficientemente o retorno de materiais e produtos torna-se uma
componente integral das práticas comerciais sustentáveis e responsáveis.

8.2.5 LOGÍSTICA DE TERCEIRA PARTE (3PL)

A logística de terceira parte, também conhecida como Third Party Logistics (3PL),
representa um modelo terceirizado que se tornou amplamente adotado por
empresas do setor de comércio eletrônico. Nesse contexto, a empresa opta por
contratar um provedor de serviços 3PL para gerenciar de maneira abrangente todo o
processo relacionado aos pedidos dos consumidores, desde a coleta até a entrega,
incluindo aspectos como trocas e devoluções.

A principal característica desse modelo é a delegação integral das atividades


logísticas para um terceiro provedor especializado. Os provedores 3PL já dispõem
de uma infraestrutura logística estabelecida, frequentemente equipada com
processos automatizados, o que reduz significativamente a carga operacional da
empresa contratante. Nesse cenário, a empresa que utiliza os serviços 3PL fica
responsável pela supervisão e gestão geral, enquanto as operações logísticas
específicas são realizadas pelo provedor terceirizado.

Ao adotar o modelo 3PL, as empresas de e-commerce podem se beneficiar de uma


gestão mais eficiente e especializada das operações logísticas, permitindo que se
concentrem em suas competências principais, como marketing, desenvolvimento de
produtos e atendimento ao cliente. Isso proporciona uma abordagem mais
estratégica, permitindo que as empresas aproveitem a expertise e a eficiência
operacional dos provedores 3PL.

Vale ressaltar que a terminologia associada à logística varia conforme o nível de


envolvimento da empresa nas operações. Quando uma organização é responsável
por todo o processo logístico, é denominada como "1PL". Se a empresa opta por
contratar uma transportadora para cuidar exclusivamente das entregas, o sistema é
categorizado como "2PL". No entanto, ao escolher o modelo 3PL, a empresa
terceiriza a logística de maneira mais abrangente, confiando a terceiros não apenas
a entrega, mas todo o fluxo operacional associado à logística. Esse tipo de
abordagem flexível tem se mostrado valioso para empresas que buscam otimizar
suas operações e se adaptar dinamicamente às demandas do mercado.

8.2.6 LOGÍSTICA DE QUARTA PARTE (4PL)

Na abordagem logística de quarta parte, também conhecida como Fourth Party


Logistics (4PL), as empresas continuam a terceirizar integralmente seus processos
logísticos, mas com um nível mais elevado de otimização e coordenação. Nesse
contexto, os provedores 4PL, muitas vezes referidos como Lead Logistics Partners
(LLP), desempenham um papel estratégico ao oferecerem serviços de alto nível que
incluem não apenas a gestão direta das operações, mas também a coordenação de
outros provedores de logística de terceira parte (3PLs), consolidando esses serviços
sob um único ponto de contato.

O termo Lead Logistics Partner sugere um papel de liderança desempenhado pelos


provedores 4PL na orquestração eficiente de toda a cadeia logística. Essa
abordagem é particularmente indicada para empresas de grande porte que precisam
gerenciar cadeias de suprimentos complexas, onde a coordenação integrada de
diversas operações logísticas é essencial para garantir eficiência e eficácia.

Além disso, emerge a logística de quinta parte (5PL), que representa uma evolução
ainda mais avançada e inovadora. Os provedores 5PL implementam tecnologias de
ponta, como inteligência artificial, automação, blockchain e dispositivos de
identificação por radiofrequência (RFID), para agregar valor à cadeia de
suprimentos. Essas soluções tecnológicas são empregadas de forma aprimorada
para otimizar processos, melhorar a rastreabilidade, aumentar a eficiência
operacional e fornecer insights analíticos que impulsionam a tomada de decisões
estratégicas.

A logística de quarta e quinta partes, portanto, representa uma evolução no


paradigma da terceirização logística, indo além da simples delegação de operações
para uma integração mais profunda, coordenada e tecnologicamente avançada.
Esses modelos são particularmente relevantes em ambientes empresariais
complexos, onde a agilidade, a eficiência e a visibilidade em tempo real são cruciais
para a excelência na gestão da cadeia de suprimentos.
9. TECNOLOGIA NA GESTÃO DE MATERIAIS

As organizações frequentemente confrontam o desafio intrínseco de administrar de


maneira eficaz seus recursos materiais, buscando evitar desperdícios e potencializar
a lucratividade. A implementação de tecnologias emerge como um fator
determinante nesse contexto, sendo proporcional ao grau de eficiência e ao controle
de falhas operacionais que se almeja alcançar.

Embora a experiência dos gestores e colaboradores mantenha sua relevância, é


imperativo reconhecer a necessidade de fundamentar as ações em dados concretos.
Ao longo desta explanação, buscaremos elucidar essa dinâmica, estabelecendo
uma conexão substancial entre o emprego de tecnologia e a gestão eficaz de
materiais.

Nesse contexto dinâmico, a tecnologia desempenha um papel central, incorporando


uma diversidade de ferramentas e estratégias. Sistemas integrados de informação,
exemplificados pelo Enterprise Resource Planning (ERP), proporcionam uma visão
abrangente e em tempo real de todas as atividades relacionadas aos materiais,
desde sua aquisição até a distribuição.

O emprego de códigos de barras e a tecnologia de identificação por radiofrequência


(RFID) revolucionaram a maneira como os materiais são rastreados, resultando em
uma gestão mais precisa e eficiente. Essas inovações minimizam equívocos,
reduzem perdas e agilizam os procedimentos de inventário.

Sistemas automatizados de gestão de estoque, como o Warehouse Management


System (WMS), contribuem para a supervisão em tempo real dos níveis de estoque.
Essa abordagem viabiliza uma reposição mais eficaz, evitando excessos ou
escassez de materiais, otimizando, assim, os recursos corporativos.

Ferramentas analíticas de dados desempenham uma função crucial na gestão de


materiais, proporcionando discernimentos valiosos para avaliar padrões de
consumo, realizar previsões de demanda e identificar oportunidades de
aprimoramento. Essa abordagem fundamentada em dados é essencial para a
tomada de decisões estratégicas informadas.
Adicionalmente, a tecnologia oferece soluções móveis, como aplicativos,
simplificando o acesso instantâneo a informações sobre materiais, tanto para
equipes em campo quanto para gestores. Essa mobilidade contribui para uma
comunicação eficiente e decisões em tempo real.

A automação de processos, incorporando práticas como o uso de robôs em


armazéns e sistemas de picking automatizado, tem como objetivo otimizar a
eficiência na manipulação e movimentação de materiais, resultando em reduções
substanciais de tempo e custos operacionais.

A tecnologia na gestão de materiais não apenas simplifica as tarefas operacionais


cotidianas, mas também confere uma vantagem competitiva, permitindo que as
empresas se adaptem rapidamente às mudanças nas demandas do mercado. A
contínua integração de tecnologias inovadoras é essencial para fomentar uma
gestão eficiente, precisa e adaptável dos recursos materiais, ressaltando a
importância desse enfoque na era empresarial contemporânea.

A tecnologia assume uma posição central como a principal instrumento na gestão de


materiais, desempenhando um papel crucial na otimização de processos,
aprimoramento da eficiência operacional e superação dos desafios inerentes à
administração de recursos materiais. Vários elementos fundamentais evidenciam
essa posição de destaque.

a tecnologia se consolida como a principal ferramenta na gestão de materiais, não


apenas pela sua capacidade de oferecer precisão e eficiência, mas também por
proporcionar agilidade, mobilidade e contínuo aprimoramento. Essa integração
tecnológica é essencial para elevar os níveis de eficácia operacional e garantir a
competitividade das empresas no dinâmico cenário de mercado. Vários elementos
fundamentais evidenciam essa posição de destaque.

A precisão e a redução de erros são notáveis, especialmente por meio de sistemas


tecnológicos como códigos de barras e RFID, os quais possibilitam um rastreamento
preciso e em tempo real dos materiais. Essa tecnologia contribui significativamente
para minimizar equívocos relacionados a inventários, movimentação e distribuição,
promovendo, assim, uma notável elevação na precisão das operações.
A eficiência na tomada de decisões é potencializada por ferramentas analíticas de
dados, permitindo uma análise profunda de padrões de consumo, previsões de
demanda e outros indicadores relevantes. Essa abordagem fundamentada em
dados é fundamental para embasar decisões estratégicas, culminando em uma
gestão mais eficaz e orientada por informações concretas.

A gestão de estoque automatizada, exemplificada por sistemas como o Warehouse


Management System (WMS), possibilita o monitoramento em tempo real dos níveis
de estoque. Isso não apenas viabiliza uma reposição eficiente, evitando excessos ou
escassez de materiais, mas também contribui para uma otimização mais eficaz dos
recursos disponíveis na empresa.

A agilidade e mobilidade são inerentes às soluções tecnológicas, como aplicativos,


que conferem acesso instantâneo a informações sobre materiais tanto para equipes
em campo quanto para gestores. Essa mobilidade agiliza não apenas a
comunicação, mas também a tomada de decisões e a resolução de problemas em
tempo real.

A integração de sistemas, notadamente exemplificada por soluções como o


Enterprise Resource Planning (ERP), conecta diversas áreas da empresa,
proporcionando uma visão holística e integrada das atividades relacionadas aos
materiais. Isso simplifica a comunicação entre diferentes departamentos e aprimora
a coordenação das operações, resultando em uma gestão mais coesa e eficiente.

A automatização de processos, que incorpora práticas como o uso de robôs em


armazéns e sistemas de picking automatizado, visa aprimorar a eficiência na
movimentação e manipulação de materiais. Esse enfoque resulta em uma execução
mais veloz e precisa de tarefas operacionais, contribuindo para a agilização dos
processos logísticos.

A redução de custos operacionais é um desdobramento da implementação de


tecnologias na gestão de materiais, seja por meio da otimização de processos,
prevenção de erros ou pela utilização mais eficiente dos recursos disponíveis. Isso
proporciona uma gestão mais econômica e sustentável dos materiais.

Finalmente, a capacidade de adaptação às mudanças do mercado é potencializada


pela constante evolução tecnológica. Essa adaptabilidade é crucial para a
competitividade, permitindo que as empresas respondam de maneira ágil às novas
tendências e às necessidades em constante transformação dos consumidores.

TENDÊNCIAS NA GESTÃO DE MATERIAIS

Nos últimos anos, à inovação mudou a forma como as empresas utilizam a


tecnologia, gerem os seus negócios e olham para o futuro.

O setor de logística fez grandes avanços em áreas como inteligência artificial,


análise avançada e automação.

As soluções de gestão logística se esforçam para tornar as cadeias de suprimentos


mais focadas na experiência do usuário e na sustentabilidade.

Além disso, a automação dos processos logísticos aumenta significativamente a


produtividade, a eficiência do fluxo de trabalho e muito mais, mas a inovação traz
consigo novas expectativas e padrões, forçando as instituições a adaptarem-se a
novos mercados.

9.1.1 TECNOLOGIA EM NUVEM

A tecnologia em nuvem, embora não seja mais uma novidade, tornou-se cada vez
mais crucial nos armazéns, consolidando-se como uma tendência essencial na
gestão de estoques. Ao adotar a tecnologia em nuvem, as empresas podem
direcionar seus esforços para administrar seus negócios em vez de lidar com uma
sala repleta de servidores. Essa abordagem oferece aos gestores vantagens
notáveis, incluindo acesso facilitado, escalabilidade e aprimoramento de
desempenho, resultando em insights mais rápidos e eficazes.

A escolha por um provedor de serviços em nuvem proporciona não apenas acesso a


novas capacidades computacionais, mas também a recursos inteligentes de
armazenamento de dados, configuráveis em minutos e sem os custos elevados
associados. Além disso, a inovação traz consigo benefícios adicionais, como a
eliminação do conceito de "versão" ou atualização de software, juntamente com a
facilidade de gerenciamento de capacidade, permitindo a expansão ou redução
conforme a necessidade.
No contexto específico do gerenciamento de inventário, a tecnologia em nuvem
emerge como a chave para diversas melhorias, como o rastreamento em tempo real
da localização e níveis de estoque, mesmo em armazéns remotos. A precisão no
traçado de custos, apoiada por dados concretos, torna-se uma realidade, assim
como a centralização na gestão de relacionamentos com fornecedores diversos. A
eficiência é ampliada por meio da análise de dados, proporcionando uma visão
aprofundada das operações. Além disso, a capacidade de acessar sistemas e
documentos de qualquer lugar do mundo contribui para a flexibilidade e mobilidade
no ambiente de negócios.

Assim, a tecnologia em nuvem não apenas moderniza a gestão de estoques, mas


redefine a forma como as empresas lidam com dados, processos e relacionamentos,
proporcionando uma abordagem mais ágil, eficiente e globalmente conectada.

9.1.2 INTERNET DAS COISAS

A Internet das Coisas (IoT) representa a integração de objetos físicos com sensores,
capacidade de processamento, software e outras tecnologias, estabelecendo uma
rede de conexão que permite a troca de dados entre esses dispositivos e sistemas,
utilizando a internet ou outras redes de comunicação. Embora não seja uma
novidade, a tecnologia IoT se destaca como uma tendência significativa na gestão
de estoques, oferecendo aos gerentes uma gama de possibilidades para aprimorar a
eficiência operacional e o monitoramento do inventário.

O emprego de etiquetas GPS e RFID é uma das facetas mais notáveis da


implementação da IoT no gerenciamento de estoque. Essas etiquetas permitem o
rastreamento em tempo real do estoque, possibilitando um acompanhamento
detalhado à medida que os produtos se deslocam de um local para outro. Além
disso, os sensores inteligentes desempenham um papel crucial ao permitir o
monitoramento das condições do estoque, particularmente em relação a aspectos
sensíveis, como temperatura, tempo de trânsito e permanência nas prateleiras.

A eficiência operacional é consideravelmente aprimorada por meio da IoT, à medida


que a equipe de armazenamento e logística pode fazer uso de tecnologias portáteis
para otimizar diversas atividades, desde o trabalho no armazém até a coleta de
dados. A incorporação desses dispositivos inteligentes não apenas simplifica
processos, mas também proporciona uma visão mais precisa e em tempo real das
operações, permitindo uma tomada de decisões mais informada e ágil.

Dessa forma, a Internet das Coisas não apenas conecta objetos físicos, mas
transforma a gestão de estoque, oferecendo aos gerentes ferramentas poderosas
para monitorar, controlar e otimizar seus processos. O uso estratégico da tecnologia
IoT não só impulsiona a visibilidade do estoque, mas também contribui para a
eficiência geral da cadeia de suprimentos, consolidando seu papel como uma
inovação essencial no cenário empresarial contemporâneo.

9.1.3 MULTIAMARZENAMENTO

A prática de multiarmazenamento oferece aos gestores a capacidade de armazenar


mercadorias em diversos locais, apresentando vantagens consideráveis, tanto em
termos de economia quanto de agilidade no envio para uma área mais abrangente.
A adoção de um sistema eficiente para gerenciar a distribuição desses armazéns
não apenas viabiliza a estratégia de multiarmazenamento, mas também proporciona
uma série de benefícios adicionais.

Dentre esses benefícios, destaca-se a possibilidade de ter armazéns praticamente


ilimitados, possibilitando a expansão da capacidade de armazenamento conforme a
necessidade da empresa. Além disso, a obtenção de dados em tempo real
representa uma vantagem significativa, permitindo uma visão atualizada e precisa do
status do estoque e das operações logísticas. A localização e rastreamento
eficientes do estoque também são aspectos facilitados por meio da implementação
de um sistema de gestão de armazém.

Contudo, é importante ressaltar que a efetiva execução de uma estratégia de


armazenamento múltiplo é condicionada ao investimento em tecnologia de nuvem
inteligente, que inclua um software de gerenciamento de estoque eficaz. Isso se
deve ao fato de que, para manter a organização operando de maneira fluida e
proporcionar um ponto central de contato para clientes e fornecedores sem incorrer
em atrasos substanciais, cada nó na rede de logística e armazenamento da empresa
deve ser capaz de se comunicar em tempo real.

Assim, a integração de tecnologias de nuvem inteligente e software avançado de


gestão de estoque não apenas viabiliza a estratégia de multiarmazenamento, mas
também impulsiona a eficiência operacional, promovendo uma gestão logística ágil e
adaptável às demandas dinâmicas do mercado. Essa abordagem não só otimiza o
armazenamento, mas também aprimora a interconexão entre os diversos pontos da
cadeia logística, contribuindo para a excelência na gestão de estoque em um
ambiente de negócios em constante evolução.

9.1.4 LOGÍSTICA TERCERIZADA

A prática da terceirização refere-se à utilização de um fornecedor externo para


gerenciar funções específicas, representando uma mudança significativa em relação
ao modelo anterior, no qual as empresas eram responsáveis por fabricar, armazenar
e entregar seus próprios produtos. O cenário empresarial contemporâneo tem
testemunhado um aumento constante na popularidade da terceirização, com uma
tendência de expansão contínua. Essa abordagem estratégica proporciona uma
série de benefícios significativos, contribuindo para a eficiência operacional e
aprimoramento dos serviços.

Entre os benefícios mais proeminentes da terceirização, destaca-se a redução de


custos. A eficiência financeira é maximizada ao estabelecer parcerias com
fornecedores terceirizados, resultando em uma diminuição nos investimentos
necessários para armazenamento e equipe interna. Além disso, a terceirização gera
economia de tempo substancial, otimizando processos e liberando recursos
financeiros que, de outra forma, seriam alocados para tarefas operacionais.

A capacidade de buscar melhoria contínua no serviço é outra vantagem destacada


da terceirização. Ao optar por um terceiro, as empresas têm a flexibilidade de
adicionar ou remover serviços conforme necessário, além de explorar
constantemente opções que ofereçam o melhor desempenho. Essa adaptabilidade
promove uma resposta ágil às demandas do mercado e aprimora a capacidade da
empresa de atender às expectativas dos clientes.

A integração de empresas e plataformas de software adequadas desempenha um


papel crucial na implementação bem-sucedida da terceirização. Essa combinação
possibilita uma resposta rápida e eficiente às necessidades dos consumidores,
preservando a experiência de marca da empresa e mantendo os relatórios sempre
atualizados. Dessa forma, a terceirização não apenas proporciona benefícios
tangíveis em termos de eficiência e economia, mas também oferece uma
abordagem estratégica para a gestão de operações, permitindo que as empresas se
adaptem dinamicamente às mudanças no ambiente de negócios.

9.1.5 AUTOMAÇÃO DO ARMAZÉM

A automação de armazém constitui o processo de otimizar a movimentação de


estoque com intervenção humana mínima. Este processo abrange diversas
tecnologias associadas a softwares, proporcionando ganhos substanciais em áreas
como sistemas de armazenamento, operações de picking, packing, expedição, entre
outros. A essência da automação reside na substituição de funções anteriormente
desempenhadas manualmente por máquinas e robôs, visando aprimorar a eficiência
operacional e reduzir a dependência de recursos humanos em tarefas repetitivas.

O início da automação pode se dar por meio de sistemas como o Gerenciamento de


Armazém (WMS), coleta de dados e controle de estoque. À medida que o processo
evolui, há a possibilidade de incorporar sistemas adicionais que automatizam a
execução de tarefas específicas, tais como pick-to-light, sorter, AVG (Automated
Guided Vehicle), shuttles, entre outros. Essas tecnologias representam uma
transição significativa, na qual máquinas e robôs desempenham um papel central na
execução de atividades operacionais, antes confiadas exclusivamente a mão de
obra humana.

É imperativo destacar que, embora a implementação da automação acarrete custos


iniciais significativos, os benefícios resultantes são vastos e abrangentes. As
melhorias nas operações, decorrentes da eficiência aprimorada e da minimização do
erro humano, são fatores cruciais que justificam o investimento. A automação não
apenas aumenta a produtividade, mas também contribui para a redução de falhas
operacionais, garantindo maior precisão e consistência nas atividades do armazém.

Em última análise, a automação de armazém representa uma evolução na gestão


logística, transformando fundamentalmente a maneira como as operações são
conduzidas. Ao adotar essa abordagem, as empresas não apenas modernizam suas
práticas operacionais, mas também posicionam-se para enfrentar os desafios do
ambiente empresarial contemporâneo com uma resposta ágil e eficiente.
9.1.4 SERVIÇOS OMNICHANNEL CONECTADOS

Uma experiência omnichannel é caracterizada pela presença de diversos pontos de


contato com o cliente, distribuídos em uma ampla variedade de canais que se
interligam de maneira fluida. Esse conceito vai além da simples coexistência de lojas
físicas e plataformas de comércio eletrônico; ele representa uma abordagem
abrangente que possibilita aos consumidores transitar entre diferentes canais de
maneira contínua, inclusive dentro da mesma transação de compra. Em essência,
trata-se da integração total entre lojas físicas, comércio eletrônico e a interação
direta com os consumidores.

O êxito nessa estratégia requer a oferta de uma experiência de consumo unificada e


imersiva, eliminando as barreiras que tradicionalmente separam os ambientes online
e offline. Isso implica na criação de um ambiente onde o cliente pode alternar entre
os canais de forma natural, sem perceber rupturas significativas na jornada de
compra. A convergência dos canais não se trata apenas de oferecer os mesmos
produtos ou serviços em diferentes plataformas, mas sim de proporcionar uma
experiência coesa e consistente, independentemente do canal escolhido pelo
consumidor.

A integralidade da experiência omnichannel envolve não apenas a sincronização de


inventários e sistemas de pagamento, mas também a harmonização da
comunicação, do atendimento ao cliente e das estratégias de marketing em todos os
pontos de contato. A abordagem omnichannel busca não apenas atender às
expectativas dos consumidores, mas antecipar suas necessidades, criando uma
conexão mais profunda e duradoura.

Em suma, para obter sucesso na implementação de uma estratégia omnichannel, é


essencial ir além da mera presença em diferentes canais e buscar a verdadeira
integração. Isso implica em proporcionar uma experiência de consumo que seja
verdadeiramente contínua e sem atritos, unificando as interações online e offline em
uma jornada perfeitamente integrada. Essa abordagem não apenas atende à
demanda atual por flexibilidade e conveniência, mas também posiciona a empresa
para se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico e orientado pelo
consumidor.
9.1.7 SUSTENTABILIDADE

A preocupação com o meio ambiente emerge como uma das questões mais
prementes no cenário do século XXI. Dentro do amplo conceito de
"sustentabilidade", a postura adotada pelas empresas em relação à preservação
ambiental desempenha um papel crucial. A abordagem sustentável abraça a
maneira como as empresas lidam com o movimento em prol da sustentabilidade,
incorporando iniciativas voltadas para a redução da emissão de carbono, a utilização
de recursos renováveis e a exploração de energias alternativas. Em essência, trata-
se de uma gestão proativa do impacto ambiental, considerando as implicações de
longo alcance nas esferas social e planetária.

Nesse contexto, surge a indagação sobre a sustentabilidade da cadeia de


suprimentos de uma empresa. Como as mercadorias são enviadas para o depósito e
posteriormente para os clientes? Dado que o transporte representa uma significativa
contribuição para as emissões de gases do efeito estufa global, qualquer medida
adotada para mitigar esse impacto pode ser efetivamente iniciada nesse ponto
crucial. A busca por uma cadeia de suprimentos "verde" implica em esforços para
reduzir o consumo de recursos, minimizar o desperdício de insumos e gerar menos
resíduos, ao mesmo tempo em que promove a transparência tanto nas operações
internas quanto nas relações com os fornecedores.

O paradigma de uma cadeia de suprimentos sustentável transcende a mera


preocupação com a eficiência logística, abraçando uma abordagem mais holística e
responsável. Envolve a reavaliação de práticas tradicionais, impulsionando a busca
por alternativas que minimizem o impacto ambiental e promovam uma gestão
consciente dos recursos. Além disso, a transparência nas operações e nas parcerias
com fornecedores assume um papel fundamental, permitindo que as empresas e os
consumidores estejam plenamente informados sobre as práticas sustentáveis
adotadas ao longo da cadeia de suprimentos.

Em última análise, adotar uma cadeia de suprimentos sustentável não apenas


responde às demandas crescentes por responsabilidade ambiental, mas também
contribui para a construção de uma reputação empresarial positiva e para a criação
de um impacto positivo de longo prazo na sociedade e no planeta. Essa abordagem
não apenas atende às expectativas contemporâneas, mas também sinaliza um
compromisso duradouro com a preservação do meio ambiente em um mundo que
exige ações concretas para garantir um futuro sustentável.

9.1.8 CADEIAS MAIS RESILIENTES

Desde o advento da pandemia de Covid-19, muitas empresas foram confrontadas


com a constatação de que suas cadeias de suprimentos não são tão robustas
quanto inicialmente acreditavam. As restrições impostas à movimentação de
pessoas e ao comércio global revelaram-se desafios significativos no que diz
respeito à tarefa crucial de entregar os produtos corretos no local apropriado e no
momento adequado.

O equilíbrio delicado entre eficiência e resiliência tornou-se um desafio complexo


que as organizações precisam enfrentar. O reforço da resiliência, em muitos casos,
implica em custos adicionais, e alcançar o ponto ideal entre eficiência operacional e
capacidade de resposta diante de adversidades não é tarefa simples. No entanto, a
inação diante dessa necessidade pode acarretar custos ainda mais significativos.
Diante desse cenário desafiador, os líderes da cadeia de suprimentos estão
buscando estratégias para fortalecer a resiliência em suas redes operacionais,
reconhecendo a importância crítica dessa adaptação.

Uma estratégia fundamental é a diversificação da rede de abastecimento. Isso


implica na identificação e engajamento com fornecedores alternativos,
estabelecendo acordos que proporcionem a flexibilidade necessária para reagir
prontamente a mudanças em qualquer ponto da cadeia de suprimentos. Essa
abordagem não apenas reduz a dependência de fontes únicas, mas também permite
uma resposta mais ágil a eventos imprevistos.

Além disso, a construção de flexibilidade na cadeia de suprimentos é outra


estratégia crucial para promover a resiliência, especialmente na área de manufatura.
A flexibilidade operacional oferece aos fabricantes a capacidade de resistir a
interrupções significativas e se adaptar de forma eficaz a flutuações na demanda do
mercado. Uma cadeia de suprimentos flexível é capaz de ajustar-se dinamicamente
às mudanças nas condições externas, garantindo a continuidade das operações
mesmo em face de desafios imprevisíveis.
Assim, a busca pela resiliência na cadeia de suprimentos torna-se uma jornada
estratégica, onde as empresas exploram formas de fortalecer suas operações,
minimizando os riscos associados a interrupções inesperadas. O desafio está em
encontrar o equilíbrio adequado entre eficiência e resiliência, reconhecendo que os
custos de não se adaptar a essa nova realidade podem ser substancialmente mais
elevados do que os investimentos necessários para reforçar a capacidade de
resposta da cadeia de suprimentos.
10. NORMAS E POLÍTICAS DA GESTÃO DE MATERIAIS

As normas e políticas acerca da gestão de materiais são instrumentos essenciais


para orientar as práticas e processos dentro de uma organização. Elas visam
garantir a eficiência, transparência, conformidade legal e sustentabilidade nas
atividades relacionadas à aquisição, armazenamento, movimentação e utilização de
materiais. Várias organizações, tanto do setor público quanto do privado,
desenvolvem normas e políticas específicas para a gestão de materiais. Aqui estão
alguns elementos que essas diretrizes costumam abordar:

10.1 PROCEDIMENTOS DE AQUISIÇÃO

• Estabelecimento de critérios para a seleção de fornecedores:

I. Avaliação da Qualidade do Produto/Serviço: Ao avaliar a qualidade dos


produtos ou serviços fornecidos por um potencial parceiro comercial, a organização
busca garantir que atenda aos padrões desejados. Isso envolve a análise minuciosa
da conformidade com especificações técnicas, testes de desempenho e verificações
de qualidade. Certificações de qualidade, quando aplicáveis à indústria, são
elementos essenciais para validar e assegurar a excelência dos produtos ou
serviços oferecidos.

II. Confiabilidade e Cumprimento de Prazos: A capacidade de um fornecedor


cumprir prazos de entrega é crítica para o sucesso da cadeia de suprimentos. O
histórico de cumprimento de prazos e a capacidade de atender à demanda da
organização são aspectos avaliados de perto. A consistência na entrega pontual não
apenas garante a eficiência operacional, mas também promove uma relação de
confiança duradoura.

III. Preço e Condições Financeiras: A competitividade de preços é um fator


determinante na seleção de fornecedores. Contudo, além dos custos diretos, termos
de pagamento favoráveis são igualmente relevantes. Condições financeiras flexíveis
contribuem para uma parceria sustentável, permitindo uma gestão eficaz do fluxo de
caixa e promovendo uma relação equilibrada.

IV. Capacidade de Produção e Escalabilidade: A avaliação da capacidade de


produção visa garantir que o fornecedor possa atender consistentemente à demanda
atual. Além disso, a flexibilidade para escalabilidade em momentos de aumento da
demanda é essencial. Isso assegura que a parceria seja resiliente diante de
flutuações do mercado e garantindo a continuidade operacional.

V. Localização e Logística: A proximidade geográfica do fornecedor é um fator


estratégico, influenciando diretamente os custos de transporte e a eficiência
logística. Avalia-se também a capacidade de fornecimento global, quando
necessário, assegurando uma cadeia de suprimentos robusta e ágil.

VI. Sustentabilidade e Práticas Éticas: A sustentabilidade ambiental e as práticas


éticas são considerações essenciais na escolha de fornecedores. A conformidade
com normas éticas e responsabilidade social reflete não apenas os valores da
organização, mas também contribui para uma cadeia de suprimentos mais ética e
sustentável.

VII. Conformidade Legal e Regulatória: A conformidade com regulamentações


locais e internacionais é uma exigência legal e ética. A transparência nas práticas
comerciais, bem como a conformidade com leis trabalhistas, asseguram que o
fornecedor atue dentro de padrões éticos e legais.

VIII. Capacidade de Colaboração e Comunicação: A eficiência na comunicação e a


capacidade de resposta a consultas são aspectos determinantes para uma
colaboração bem-sucedida. A disponibilidade do fornecedor para estabelecer
parcerias de longo prazo indica uma postura colaborativa e compromisso com o
sucesso mútuo.

• Processos de licitação e concorrência.

• Avaliação de propostas e contratos.

10.2 CONTROLE DE ESTOQUES

• Métodos e práticas para o controle de inventário.

• Definição de níveis de estoque mínimo e máximo.

• Procedimentos para auditorias e inventários periódicos:Os procedimentos


para auditorias e inventários periódicos desempenham um papel crucial na gestão
de materiais e oferecem uma série de benefícios significativos para as organizações

10.3 LOGÍSTICA E MOVIMENTAÇÃO


• Diretrizes para o transporte eficiente de materiais.

• Protocolos de embalagem e manuseio.

• Sistemas de rastreamento e monitoramento: Os sistemas de rastreamento e


monitoramento desempenham um papel crucial em diversos setores,
proporcionando visibilidade, controle e eficiência em operações que envolvem
ativos, veículos, mercadorias ou informações. Essas tecnologias têm impacto
significativo na gestão de recursos, segurança e tomada de decisões estratégicas

10.4 GESTÃO DE ESTOQUES

• Avaliação de desempenho de fornecedores.

• Políticas de responsabilidade social e sustentabilidade: A gestão de materiais,


componente vital nas operações empresariais, está intrinsecamente ligada à
responsabilidade, transparência e sustentabilidade. Nesse contexto, os códigos de
ética desempenham um papel fundamental, orientando as organizações na adoção
de práticas que vão além da eficiência operacional, considerando também impactos
sociais e ambientais.

A transparência, princípio basilar nos códigos de ética relacionados à gestão de


materiais, reflete-se na divulgação clara e precisa das atividades relacionadas à
aquisição, uso e descarte de recursos. Comunicar de maneira transparente não
apenas constrói a confiança com os stakeholders, mas também estabelece a base
para a responsabilidade corporativa.

A sustentabilidade ambiental é outro pilar essencial. A integração de práticas que


minimizem impactos negativos no meio ambiente, como a redução do uso de
recursos não renováveis e a promoção da reciclagem, não só atende às crescentes
expectativas da sociedade, mas também assegura a preservação dos recursos
naturais para as gerações futuras.

A responsabilidade social permeia os códigos éticos, estendendo-se além das


fronteiras da organização. Considerar e mitigar os impactos sociais ao longo da
cadeia de suprimentos, garantindo condições de trabalho justas e respeito aos
direitos humanos, não só fortalece a reputação, mas também contribui para a
construção de relacionamentos éticos com fornecedores, colaboradores e
comunidades locais.
O cumprimento rigoroso de normas e leis é inegociável. Os códigos de ética
orientam as organizações a agirem em conformidade com todas as legislações
relacionadas à gestão de materiais, prevenindo riscos legais, multas e danos à
reputação.

A qualidade e segurança dos materiais utilizados são prioridades éticas. Garantir a


conformidade com padrões e regulamentações não apenas protege os
consumidores, mas também contribui para a satisfação do cliente e minimiza riscos
relacionados a defeitos ou problemas de segurança.

A eficiência operacional, apesar de ser um princípio mais diretamente relacionado à


gestão interna, também encontra espaço nos códigos de ética. Otimizar processos
para reduzir desperdícios e custos não apenas contribui para a rentabilidade, mas
também fortalece a capacidade da organização de competir de maneira ética no
mercado.

A igualdade e diversidade, quando incorporadas nos códigos de ética, promovem


ambientes de trabalho inclusivos, respeitando a individualidade e combatendo
discriminações. Essa abordagem ética não apenas reflete valores fundamentais,
mas também potencializa a criatividade e inovação nas equipes.

A gestão ética de conflitos de interesse é vital. Evitar e gerenciar conflitos de


interesse garante decisões imparciais na gestão de materiais, preservando a
integridade das operações e reforçando a credibilidade da organização.

Por fim, a realização periódica de auditorias para avaliar a conformidade com os


princípios éticos estabelecidos assegura a implementação efetiva desses valores na
prática. Identificar áreas de melhoria através dessas auditorias não apenas aprimora
continuamente as práticas éticas, mas também reforça o compromisso da
organização com a integridade.

Em síntese, os códigos de ética na gestão de materiais não são apenas diretrizes


formais; são a bússola que orienta as organizações em direção a práticas
sustentáveis, socialmente responsáveis e éticas. Ao adotar e promover esses
princípios, as empresas não apenas atendem às expectativas da sociedade
moderna, mas também constroem alicerces sólidos para um futuro empresarial ético
e bem-sucedido.

• Gestão de relacionamento com fornecedores.


10.5 SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

Diretrizes para a escolha de matérias-primas sustentáveis.

Práticas para redução de resíduos e reciclagem.

Compromissos ambientais ao longo da cadeia de suprimentos.

10.6 ÉTICA

• Códigos de ética relacionados à gestão de materiais: No Brasil, as leis e


regulamentações relacionadas à gestão de materiais são fundamentais para orientar
as práticas empresariais de forma ética e responsável. Embora não exista um código
de ética específico para a gestão de materiais nas leis brasileiras, diversos
dispositivos legais abordam princípios éticos e responsáveis nas atividades
empresariais.

• Conformidade com regulamentações locais e internacionais.

• Prevenção de práticas corruptas ou antiéticas.

10.7 TÉCNICA DA INFORMAÇÃO

• Utilização de sistemas integrados de gestão (ERP): A utilização de sistemas


integrados de gestão, conhecidos como ERP (Enterprise Resource Planning),
revolucionou a forma como as empresas administram suas operações. Essas
plataformas consolidam dados e processos em um único sistema, proporcionando
uma visão abrangente e unificada de todas as áreas organizacionais. Ao integrar
informações financeiras, logísticas, de recursos humanos e outros setores, os ERPs
promovem eficiência operacional, eliminam redundâncias e melhoram a tomada de
decisões. Com automação de tarefas, análise de dados em tempo real e facilidade
na comunicação entre departamentos, as organizações podem responder de
maneira mais ágil às demandas do mercado, reduzir custos e fortalecer sua
competitividade. Em resumo, a adoção de sistemas integrados de gestão não é
apenas uma modernização tecnológica, mas uma estratégia fundamental para
impulsionar o desempenho e a adaptabilidade das empresas na era digital.

• Segurança da informação e proteção de dados.

• Treinamento para utilização eficiente de ferramentas tecnológicas.

10.8 GESTÃO DE RISCOS


• Identificação e avaliação de riscos na cadeia de suprimentos.

• Estratégias para mitigação de riscos.

• Planos de contingência em caso de eventos adversos.

10.9 INDICADORES DE DESEMPENHO

• Definição de métricas para avaliação do desempenho na gestão de materiais.

• Acompanhamento regular e análise de resultados.

• Revisão e ajuste contínuo das práticas com base nos indicadores.

Essas normas e políticas formam a base para a implementação de boas práticas de


gestão de materiais em uma organização, assegurando que as operações sejam
conduzidas de maneira eficiente, ética e sustentável. A sua adoção contribui para a
transparência, responsabilidade e sucesso a longo prazo da organização.
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que investir. Disponível em: https://www.hivecloud.com.br/post/centro-de-
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materiais-no-estoque-voce-sabe-o-que-significa-um-sku/ . Acesso em: 19
setembro.2023

CURVA ABC: o que é e como utilizar essa ferramenta no seu estoque? Disponível
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FRENET. Por que manter um bom relacionamento com fornecedores?


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2022_SPRJMG&utm_source=adwords&utm_medium=ppc&hsa_acc=7143691633&h
hs_cam=19852704172&hsa_grp=&hsa_ad=&hsa_src=x&hsa_tgt=&hsa_kw=&hsa_m
m=&hsa_net=adwords&hsa_ver=3&gclid=EAIaIQobChMIs_DM6ID6_gIV2CnUAR1S
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NOGUEIRA, Fabrício. Boate Kiss - 21 Erros Fatais da Tragédia de Santa Maria.


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kiss/#:~:text=No%20caso%20da%20Boate%20Kiss,funcionou%20sem%20a%20dev
ida%20autoriza%C
ANEXO

11. ESTUDO DE CASO

No dia 31 de julho de 2009 foi inaugurada a boate Kiss. Os proprietários disseram


que tiveram que regular a entrada porque havia muitos clientes e subiu para 1.400
por noite. Embora o local tivesse no máximo 691 lugares, segundo a polícia, havia
de 1.000 a 1.500 pessoas ali na noite do incêndio. O incêndio na boate Kiss foi uma
tragédia que matou 242 pessoas e feriu outras 636 na boate Kiss em Santa Maria,
Rio Grande do Sul, Brasil. A tragédia aconteceu na madrugada do dia 27 de janeiro
de 2013 e foi causada por diversas atividades humanas, que as autoridades
competentes ainda hoje investigam.

O acidente foi considerado a segunda tragédia de incêndio mais mortal do Brasil,


superada apenas pela tragédia do Gran Circus Norte-Americano de 1961, em Nitero,
que matou 503 pessoas (3.114) e teve características semelhantes ao acidente de
151 na República Cromañón em uma boate na Argentina em 2004. Foi também a
quinta maior tragédia da história brasileira, a 6ª maior do Rio Grande do Sul. o mais
mortal dos últimos 50 anos no Brasil ° e o terceiro maior desastre em casas noturnas
do mundo. As responsabilidades dos envolvidos, incluindo membros da banda,
proprietários de casas noturnas e autoridades, foram investigadas. O incêndio gerou
um debate no Brasil sobre segurança e uso de efeitos pirotécnicos em ambientes
fechados com grande número de pessoas. A mídia também discutiu a
responsabilidade pelo rastreamento de alvos. A imprensa nacional e internacional
cobriu os protestos, que variaram desde mensagens de solidariedade até críticas às
condições nas discotecas do país e à inacção das autoridades.

As responsabilidades dos envolvidos, incluindo membros da banda, proprietários de


casas noturnas e autoridades, foram investigadas. O incêndio gerou um debate no
Brasil sobre segurança e uso de efeitos pirotécnicos em ambientes fechados com
grande número de pessoas. A responsabilidade pelo monitoramento do local
também foi discutida na mídia. A imprensa nacional e internacional cobriu os
protestos, que variaram desde mensagens de solidariedade até críticas às
condições das discotecas do país e à inacção das autoridades. O incêndio começou
quando uma banda que tocava naquele dia lançou um artefato pirotécnico que
atingiu parte do telhado do salão de baile e acendeu o fogo. Durante a investigação,
foi revelado que além da utilização de espuma combustível para cobertura do
edifício, que favorece a propagação do fogo, o dispositivo foi utilizado para uso
externo.

Aparelhos pirotécnicos iluminados durante a apresentação da banda “Gurizada


Fandangueira” atingiu o telhado da instalação, liberando gases em poucos minutos
que mataram a maioria das vítimas. Além disso, os guardas da casa impediram que
as pessoas hospedadas no Kiss saíssem rapidamente do local. Além do uso
indevido de material na construção da boate, o inquérito policial desenvolveu um
protocolo com mais de 20 fatores agravantes da tragédia, entre eles a falta de
equipamentos de segurança, espaço estreito e diversas irregularidades na
realização de fiscalizações e na concessão de licenças de funcionamento.

• Uso de fogo de artifício inadequado : Durante a performance no show da banda


Kiss, foram empregados fogos de artifício conhecidos como 'chuva de prata', que
estavam especificamente designados para uso ao ar livre, conforme indicado na
embalagem. Esses artefatos pirotécnicos foram adquiridos pelo fabricante
Luciano Bonilha Leão em uma loja de Santa Maria apenas dois dias antes do
evento. O gerente da loja, em seu depoimento à polícia, informou que naquela
época havia sido oferecida a opção de fogos de artifício adequados para uso
interno, com um custo de cerca de R$ 50. No entanto, o fabricante optou por
utilizar os fogos destinados ao uso externo, que eram significativamente mais
baratos, custando R$ 2,50, o que equivale a 20 vezes menos.
• Utilização de espuma inflamável como revestimento: O revestimento acústico do
palco da boate Kiss foi feito com uma espuma comum desprovida de tratamento
antichama. De acordo com testemunhas que prestaram depoimento à polícia,
essa espuma foi instalada por dois funcionários da boate durante uma reforma
em 2012, atendendo a uma solicitação de um dos sócios, Elissandro Spohr, e o
trabalho não contou com supervisão técnica. A perícia técnica confirmou que
essa espuma continha poliuretano em sua composição, um material altamente
inflamável e tóxico, que emite gases, incluindo o cianeto, quando é queimado.
Esses gases foram responsáveis pela asfixia da grande maioria das 242 vítimas,
conforme demonstraram os exames de necropsia.
Espuma como revestimento

• Mal funcionamento do extintor de incêndio : Quando o incêndio começou no teto,


o vocalista da banda e os seguranças da boate tentaram apagar as chamas com
um extintor de incêndio que estava localizado ao lado do palco, no entanto, o
equipamento não estava operacional. O relatório do Instituto Geral de Perícias
(IGP) confirmou a disfunção do extintor. De acordo com o Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), essa falha
fundamental foi o que permitiu a propagação do fogo, uma vez que o extintor não
foi capaz de conter o foco inicial do incêndio. Um funcionário da boate informou à
polícia que Elissandro geralmente não permitia que extintores fossem instalados
nas paredes, alegando que isso prejudicava a decoração..

Falha no extintor de incêndio

• Existência de apenas uma porta de saída: A boate Kiss possuía apenas uma
porta de saída, que não era suficientemente ampla para possibilitar a evacuação
rápida do grande número de pessoas presentes na boate. O código estadual de
incêndio de Santa Maria e as diretrizes da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), baseadas na Norma 9.077, exigiam a presença de duas saídas
opostas na boate. A boate contava com duas entradas que levavam ao lobby, o
qual por sua vez possuía duas saídas. O relatório do Crea-RS destacou a
exploração de lacunas regulamentares que permitiram evitar a necessidade de
abrir uma nova porta na fachada do edifício ou diminuir a área disponível ao
público para a construção de uma saída de emergência alternativa. O relatório do
IGP também indicou que a saída deveria ter 4,40 metros de comprimento, em
vez dos 2,56 metros.

Apenas uma saída de incêndio

• Obstáculos que obstruíram a saída do público: A investigação policial concluiu


que o alto número de obstáculos dentro da boate prejudicou a saída das pessoas
e foi um dos fatores que contribuiu para o grande número de mortes. Havia
grades em três locais diferentes, inclusive em frente à porta de saída de
emergência. Além disso, para sair da boate, alguns clientes precisavam passar
por três portas diferentes, uma de cada vez. Especialistas também apontaram
que todas as saídas de emergência excediam a distância máxima permitida para
casas noturnas, sendo que apenas uma delas tinha uma extensão menor que 20
metros.
Obstáculos na saída de incêndio

• Bloqueio no sistema de exaustão: A boate não dispunha de janelas, e o sistema


de exaustão de ar estava obstruído, o que impediu a dissipação da fumaça.
Quando as portas foram abertas, a fumaça se concentrou principalmente na
saída. Os dutos de ar estavam localizados nos banheiros na parte frontal da casa
noturna e estavam obstruídos por janelas basculantes seladas e por paredes de
alvenaria. Conforme evidenciado por um vídeo capturado por um celular de uma
pessoa na boate, a fumaça se espalhou rapidamente pelo ambiente em questão
de segundos. O relatório do Crea-RS enfatizou que a concentração e toxicidade
da fumaça gerada foram fatores decisivos na ocorrência de tantas mortes.

Sistema de exaustão bloqueado

• Carência de outros itens de segurança: Além das saídas de emergência, a boate


Kiss não estava equipada com chuveiros automáticos (aspersores) nem com um
sistema de exaustão automática para a remoção de fumaça e ar quente. Esses
dispositivos são requisitos obrigatórios estabelecidos pelo código de incêndio da
ABNT devido à falta de janelas no edifício.

Iluminação de emergência não


funcionou
• Deficiências na emissão dos alvarás: Conforme as investigações policiais, os
dois alvarás de prevenção contra incêndio emitidos pelos bombeiros para a boate
Kiss não deveriam ter sido concedidos devido a problemas e irregularidades nas
instalações da boate. Quando a licença foi emitida pela segunda vez, o Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) também
identificou que, por meio de uma inspeção, foi constatado que existia apenas
uma saída de emergência, entretanto, o documento foi liberado mesmo após a
segunda avaliação. Além disso, segundo informações da polícia, a prefeitura não
conseguiu emitir o alvará de funcionamento da boate devido ao fato de que o
alvará sanitário estava vencido e o projeto arquitetônico continha 29
irregularidades que ainda não haviam sido aprovadas. Cinco bombeiros foram
submetidos a uma corte marcial devido a falhas na supervisão adequada da
boate, mas o delegado concluiu que o comportamento deles não estava
relacionado às mortes. O pedido de processar os quatro funcionários foi
arquivado.
Alvará vencido

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