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Projeto exclusivo de resgate de revistas antigas de
Escola Bíblica Dominical.
SÍMBOLOS SAGRADOS
Mateus 26.26-30
Jesus, ao Instituir o sacramento da Santa Ceia, utilizou dois símbolos bem conhecidos
do povo: o pão e o vinho. Eles representavam, com muita clareza, o Seu próprio corpo
e sangue, que seriam dados em favor da humanidade.
1.1 - Valor histórico – Os símbolos traduzem, na maioria das vezes, uma mensagem
de algo que aconteceu e que marcou a vida de um povo. Eles estão ligados à história
de cada um, de cada povo e de cada entidade. Eles se constituem num memorial (Js
24:26,27; Êx 17:14-16).
1.2 – Valor teológico – Cada símbolo cristão traduz uma mensagem teológica. Por
exemplo, a cruz é o símbolo maior do cristianismo, pois aponta para o amor de Deus,
o sacrifício de Jesus e a esperança da eternidade, pois Cristo ressuscitou.
Outro exemplo é o da utilização das cores, as quais sempre foram importante meio de
comunicação. Na apostila "Nós e o Culto", elaborada por Nilo Belotto, Duncan A. Reily
e Eli Ézer B. Cesar, há as seguintes informações: "a igreja sempre usou as cores para
dar o tom à sua celebração. Assim, teríamos o verde para a fase da Criação e o
Pentecoste; o roxo para o Advento e Quaresma; branco e amarelo-ouro para o Natal,
Epifania e Páscoa; no dia de Pentecoste, deve-se usar a cor preta".
Algumas denominações utilizam essas cores para dar mais beleza e significado aos
atos litúrgicos.
O peixe era símbolo popular da fé cristã, visto que as letras gregas da palavra peixe -
ICHTHYS - são as iniciais das palavras que, em grego, compõem a frase: 'Jesus
Cristo, Filho de Deus, Salvador".
1.4 - Valor motivador - É lógico que a utilização dos símbolos se constitui num
recurso motivador para o exercício da espiritualidade. Eles tocam a nossa
sensibilidade e nos impulsionam a uma maior comunhão com Deus. Isso acontece,
com muita frequência, por ocasião da ministração da Ceia do Senhor e em outras
ocasiões de culto.
1.5 - Valor didático - Jesus, como Mestre, utilizou símbolos, ou figuras de linguagem,
para ensinar princípios de vida para todo o povo fez isso, especialmente, através aas
parábolas.
2.1 - Utilização como amuleto - É comum o uso de símbolos para servir de amuleto,
ou seja, para se proteger, ou mesmo para "dar sorte". São aqueles que não saem de
casa sem olhar a simbologia dos horóscopos.
2.2 - Utilização apenas como algo do passado - Muitos pensam que os símbolos
são representações apenas de algo que fica para trás, de algo histórico, daquilo que
não tem valor para o seu viver atual.
A Bíblia contém uma riqueza simbólica que pode e deve ser estudada hoje. Quando
há uma exposição correta dos reais significados dos símbolos, isso traz resultados
positivos em qualquer tempo.
2.3 - Utilização que ultrapassa o próprio Evangelho - Esse perigo é muito grande,
pois não se pode dar aos símbolos maior importância do que a própria mensagem do
Evangelho.
Todo o uso dos símbolos deve apontar para a pessoa de Cristo, e contribuir para o
aperfeiçoamento da espiritualidade cristã.
Durante a peregrinação do povo de Israel, foi construída uma serpente de bronze que,
em determinado momento, tornou-se objeto de idolatria, tendo sido destruída por
ordem de Deus (Nm 21.4-9; II Rs 18.4).
"Os símbolos só terão sentido à medida que comunicarem a vontade de Deus para
renovar a vida da Igreja. Esses elementos não são um fim em si mesmos, mas, um
veículo que pode ser utilizado pelo Espírito Santo em favor de uma verdadeira
renovação eclesiástica através do culto" (Apostila "Nós e o Culto").
Cada símbolo destes tinha um significado especial, e contribuía para levar o povo para
mais perto de Deus. 0 templo de Jerusalém simbolizava o poder universal de Deus.
Assim sendo, a própria arquitetura dos templos deve significar algo importante para as
pessoas que ali adoram, bem como a colocação dos móveis, o simbolismo da luz e
das cores.
É lógico que qualquer símbolo que se utilize não pode ser objeto de adoração (Ap
19.10). E é por isso que aquelas dicussões e brigas sobre a colocação ou não de uma
cruz no templo, por exemplo, são irrelevantes. A cruz não é objeto de adoração, mas o
símbolo maior do Cristianismo.
Uma liturgia com maior apelo estético pode ser bastante eficiente em sua
comunicação, permitindo aos adoradores do Deus Eterno um melhor entendimento do
que estão fazendo.
Pode-se utilizar, por exemplo, cores e gestos, como lavar os pés (Jo 13.1-14), símbolo
da humildade de Jesus, e muitos outros. Não se deve, jamais, esquecer que,
absolutamente, nada pode ocupar o lugar da glória, na liturgia cristã, que pertence
somente a Deus".
Concluindo, nosso desejo é que as igrejas procurem resgatar o valor dos símbolos e
os utilizem com mais frequência nas celebrações litúrgicas, sempre com o devido
equilíbrio e embasamento bíblico, pois isso, com certeza, contribuirá para o
fortalecimento da espiritualidade cristã.
DISCUSSÃO