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Unidade 1 - Introdução a
mecânica geral
GINEAD
MECÂNICA GERAL
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UNIDADE 1
Prezado(a) aluno(a), este material de estudo é para seu uso pessoal, sendo
compartilhamento e distribuição.
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
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MECÂNICA GERAL
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1 INTRODUÇÃO A MECÂNICA
GERAL
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade se destina a apresentar uma introdução sobre o que é a mecâ-
nica, quais tipos de mecânica existem, qual estaremos estudando e, também,
para que serve a mecânica e algumas aplicações reais. Além disso, entrare-
mos na definição do que são vetores, operações com vetores e como os ve-
tores podem nos auxiliar a obter informações importantes para a aplicação
em mecânica e, em outras áreas. Vetores analisados isoladamente, às vezes
não nos traz ricas informações, porém quando aplicamos produtos escalares
e/ou vetoriais, podem nos fornece resultados valiosos. Após o entendimento
e aplicação desses conceitos, estaremos aptos a entender o conceito de força,
momento e conjugado, suas aplicações no ramo da ciência. Por fim, a com-
preensão e o entendimento das unidades físicas são de grande importância
para o estudo e, também, em como realizar suas conversões. Dessa forma, po-
demos perceber que, o entendimento do tópico seguinte faz-se fundamental
o conhecimento do anterior, de modo ao melhor aproveitamento do conteú-
do por você aluno.
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Mecânica
Mecânica Mecânica
rígida deformável
Mecânica
dos fluídos
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1.2 VETORES
Na mecânica e, em outros ramos de estudo, são utilizados dois tipos de gran-
dezas: as grandezas escalares e as vetoriais. Quando tratamos de escalar, é
associado apenas um valor a esta grandeza, seguida de sua unidade.
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b
a R
Exposto sobre os vetores, iremos nos atear sobre a sua representação. As gran-
dezas vetoriais podem estar presentes em uma única dimensão, bidimensio-
nais ou tridimensionais. A fim de exemplificação, a figura 3 nos mostra um
vetor força, com intensidade, direção e sentido. A sua intensidade é de 3 uni-
dades, onde o sentido é a indicado pela seta e a direção é a representada pela
linha de ação deste vetor.
Diante disto, os vetores são trabalhados decompostos nos eixos coordenados.
A força, presente na figura 3, pode ser expresso da seguinte forma
F = F î + F Jˆ
x y
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y
Linha de ação
n B
1u
n
1u
n
1u
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-F
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Da mesma forma, se o vetor V2 tivesse em sentido contrário da figura 5, este
agora seria o negativo do vetor V2 , ou seja, −V2 . Dessa forma, a resultante V é
dada por,
V = V1 − V2 .
Assim sendo, esta operação é uma subtração vetorial. Vale ressaltar que, na
soma e subtração de vetores a ordem dos fatores não altera o produto. Supo-
nha que estes vetores estão no plano, sendo:
V1 = V1xî + V1 y Jˆ e V2 = V2 xî + V2 y Jˆ .
Outra forma de representação destes vetores, não muito usual, mas que auxi-
lia nos cálculos é dado abaixo:
V1 = (V1x ,V1 y ) e V2 = (V2 x ,V2 y )
Soma vetorial: V1 + V2 = (V1x + V2 x ) î + (V1 y + V2 y ) JÆ
Subtração vetorial: V1 − V2 = (V1x − V2 x ) î + (V1 y − V2 y ) JÆ
Conforme discutido no tópico anterior sobre a decomposição de vetores no
plano, temos também os vetores tridimensionais. A fim de um melhor en-
tendimento sobre vetores e decomposição de vetores no espaço, observe a
figura 6.
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sendo este produto um número real, ou seja, um escalar. Todo produto escalar
é designado por este ponto entre os dois vetores A ⋅ B . Outra forma de escrita
do produto escalar é < A, B > e, a leitura deste produto é " A escalar B .
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( ) ( ) ( )
II ) kA ⋅ B = kB ⋅ A = k A ⋅ B = B ⋅ kA ( )
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III ) A ⋅ A = A
IV ) A ⋅ ( B + C ) = A ⋅ B + A ⋅ C
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i j k
V × W = Vx Vy Vz = (VyWz − VzWy ) î + (VzWx − VxWz ) J + (VxWy − VyWx ) k
Wx Wy Wz
ˆ
Suponha os seguintes vetores = 1î − 3 J + 4k e
V
W = −5î + 4 Jˆ − 3k , o produto vetorial de V e W vale:
i j k
−3 4 1 4 ˆ 1 −3
V × W = 1 −3 4 = î− J+ k
4 −3 −5 −3 −5 4
−5 4 −3
V × W = −7î − 17 Jˆ − 11k
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O momento de uma força, momento ou torque pode ser definido pela capa-
cidade dessa força realizar um movimento de rotação de um objeto em torno
de um eixo, sendo que o eixo não pode ser paralelo à direção da força, pois
resultaria em um momento nulo desta força.
James (2009, p. 29) nos diz que existe uma tendência de a força mover o corpo
em sua linha de ação. Além disso, essa mesma força tende a fazer com que
este corpo gire ou rotacione em torno de um determinado eixo.
Também, o momento de uma força pode ser entendido como sendo o produ-
to de uma força pela distância do local de aplicação da força até o eixo de ro-
tação. Diante disto, podemos perceber que, o momento de uma força é uma
grandeza vetorial, obtido pelo produto vetorial da distância pela força.
A figura 9 nos fornece o momento de uma força. São diversas aplicações deste
conceito, tais como: a troca de pneu de um carro, quando a porca é retirada, o
eixo de rotação que saí do motor, a abertura de uma porta, dentre diversas outras.
O binário também é um momento produzido, porém este é resultado da ação
de duas forças tendo mesma direção e intensidade. Entretanto, os sentidos
destas forças devem ser opostos.
Beer (2013, p. 96) definem binário como sendo: duas forças de mesma inten-
sidade, atuando em linhas de ação paralelas, mas em sentidos opostos. Pode-
mos perceber que, a resultante destas forças, a soma vetorial de ambas, resul-
ta em um vetor nulo. Porém, o binário ou a soma dos momentos produzidos
por estas forças não são nulos.
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Já James (2009, pg. 37) traduz que o binário é o momento produzido por duas
forças não colineares, iguais e opostas. No fim das contas, ambos os autores, nos
dizem as mesmas definições para binário, apenas relatados de formas diferentes.
Observa-se na figura 10, que temos duas forças de mesma intensidade e dire-
ção, porém, em sentidos contrários separadas por uma certa distância. A atu-
ação destas forças irá gerar um binário, fazendo com que este corpo rotacione
em um eixo perpendicular ao plano da folha.
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Comprimento Metro m
Massa Quilograma kg
Tempo Segundo s
Temperatura Kelvin K
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CONCLUSÃO
Esta unidade apresentou o conceito sobre a mecânica, de forma, geral. Além
disso, foi introduzido o conceito de vetores, operações com vetores, produto
escalar e vetorial. Também, o conceito de força, momento de uma força e
conjugado foram apresentados. Por fim, as unidades físicas foram discutidas
e suas conversões.
Dessa forma, somos capazes de determinar as componentes de vetores, a in-
tensidade, além de realizar operações com os mesmos. Além disso, os concei-
tos de força, momento e conjugado foram apresentados e podem ser discu-
tidos sobre seus conceitos. Conversões de unidades físicas e a sua utilização
de maneira adequada é de suma importância. Com o exposto ao longo da
unidade, somos capazes de identificar e converter as unidades.
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