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Turma: 304
Professora: Daniela
Data: 07/03/2024
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Localização
Ōkuma, Fukushima
Japão
Data
Resultado
1 morte por câncer atribuída a exposição a radiação (segundo painel do governo japonês)[1][2]
Nos dias seguintes ao acidente, a radiação liberada na atmosfera obrigou o governo japonês a
declarar uma zona de exclusão cada vez maior ao redor da usina, culminando em uma zona de
evacuação com um raio de 20 quilômetros.[13] Ao todo, cerca de 110 mil pessoas foram
evacuadas das comunidades ao redor da usina devido ao aumento dos níveis externos de
radiação ionizante ambiental causada pela contaminação radioativa do ar dos reatores
danificados.[14] Grandes quantidades de água contaminada com isótopos radioativos foram
liberadas no Oceano Pacífico durante e após o desastre. Michio Aoyama, professor de
geociência de radioisótopos no Instituto de Radioatividade Ambiental, estimou que 18 mil
terabecquerel (TBq) de césio-137 radioativo foram liberados no Pacífico durante o acidente e,
em 2013, 30 gigabecquerel (GBq) de césio-137 ainda estavam fluindo para o oceano todos os
dias.[15] Desde então, o operador da usina construiu novos muros ao longo da costa e criou
uma área de 1,5 km de “parede de gelo” de terra congelada para interromper o fluxo de água
contaminada.[16] Embora tenha havido controvérsia sobre os efeitos do desastre na saúde, um
relatório de 2014 do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica
(UNSCEAR)[17] e da Organização Mundial da Saúde não projetou aumento de abortos
espontâneos, natimortos ou problemas físicos e mentais distúrbios em bebês nascidos após o
acidente.[18] Um relatório de acompanhamento publicado em 2022, o UNSCEAR
2020/2021,[19] confirma amplamente as principais descobertas e conclusões do relatório
original, o UNSCEAR 2013.[20] A evacuação e o abrigo para proteger o público reduziram
significativamente as exposições potenciais à radiação por um fator de 10, de acordo com o
UNSCEAR,[21] que também informou que as próprias evacuações tiveram repercussões para as
pessoas envolvidas, incluindo várias mortes relacionadas e um impacto subsequente no bem-
estar mental e social (por exemplo, porque os evacuados foram separados de suas casas e
ambientes familiares, e muitos perderam seus meios de subsistência).[22]
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Imagem de 16 de março de 2011 dos quatro prédios dos reatores danificados. Da direita para a
esquerda: Unidades 1, 2, 3 e 4.
Medições realizadas pelo Ministério da Ciência e Educação do Japão nas áreas do norte do
Japão entre 30 e 50 km da área apresentaram níveis altos de césio radioativo, suficientes para
causar preocupação.[34] Alimentos produzidos na área foram proibidos de serem vendidos. Foi
sugerido que as medições mundiais de iodo-131 e de césio-137 indicaram que os lançamentos
radioativos de Fukushima são da mesma ordem de grandeza que os lançamentos de isótopos
do desastre de Chernobil em 1986;[35][36][37] O governo de Tóquio recomendou que a água
da torneira não deve ser usada temporariamente para preparar alimentos para crianças.
Contaminação por plutônio[38][39] foi detectada no solo em dois locais da central nuclear.[
Três meses depois, em 9 de julho, a Tepco informou que o nível de césio radioativo da água de
um poço na área da usina era 90 vezes maior do que três dias antes, e que a água contaminada
poderia se espalhar pelo Oceano Pacífico. A Tepco também informou que os níveis de césio-
134 na água do poço estavam em 9 000 becquerels por litro, ou seja, 150 vezes o nível máximo
permitido. Já o nível de césio-137 atingira 18 000 becquerels – 200 vezes o nível permitido.
Foram os mais altos níveis de césio apresentados desde o desastre de março de 2011.[49]
A Tepco usa diariamente um grande volume de água para refrigerar os reatores da usina que
foram desativados após o acidente. Toda essa água é armazenada em mais de mil tanques
construídos no local. Em contato com as varetas de combustível nuclear, a água se torna
altamente radioativa e precisa ser armazenada em grandes tanques, onde passa por um
processo de purificação. 400 toneladas de água radioativa são produzidas a cada dia em
Fukushima.[
Em agosto de 2013, quase dois anos e meio após o acidente nuclear, verificaram-se vários
vazamentos de material radioativo e, ainda, a possibilidade de um grande transbordamento de
água contaminada com material radioativo para o Oceano Pacífico, colocando em estado de
emergência o complexo nuclear de Fukushima e acirrando as pressões sobre a Tepco. O
governo do Japão acredita que os vazamentos de água estejam ocorrendo há dois anos.[51]
A Tepco havia construído uma barreira subterrânea junto ao mar, mas a água proveniente dos
reatores danificados está passando por cima da estrutura de contenção. Segundo um dirigente
do Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão, o volume de água despejado
diariamente no Pacífico é de aproximadamente 300 toneladas. Segundo o jornal Asahi
Shinbun, uma força-tarefa do governo japonês calculou em três semanas o prazo para a água
contaminada chegar à superfície.[52][53]
Nos últimos dois meses, a Tepco tem trabalhado com o Governo numa solução que consiste
em congelar o solo em volta dos reatores, para impedir a saída de água radioativa e seu
contacto com a água limpa que vem das montanhas. Para isso, será necessário fazer
perfurações no solo e injetar um fluido refrigerante, num perímetro de 1,4 km. A metodologia
nunca foi testada nessa escala e poderá custar 40,0 milhões de ienes (310 milhões de
dólares).[53]
Até pouco tempo atrás, a Tepco dizia que conseguira manter a água radioativa na região da
usina e que havia sido bem sucedida em evitar que essa água fosse para o oceano. Tal
afirmação foi contestada, e a Tepco afinal admitiu que provavelmente parte da água
contaminada estaria vazando para o mar.[54]