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LIÇÃO 10: RELACIONAMENTO IDEAL ENTRE OS CÔNJUGES

TEXTO ÁUREO
Todavia, nem o varão é sem a mulher, nem a mulher, sem o varão, no Senhor.
1 Coríntios 11:11
VERDADE APLICADA
O marido deve amar a sua esposa como a si mesmo; e a esposa deve respeitar o marido,
honrando-o como cabeça do casal.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar fundamentos do relacionamento conjugal.
Explicar pontos que facilitam a harmonia do casal.
Falar sobre mutualidade, reciprocidade e cumplicidade.
Mesmo que reciprocidade

TEXTOS DE REFERÊNCIA

PROVÉRBIOS 31
10 Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor excede o de rubis.
11 O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
28 Levantam-se seus filhos, a chamam-na bem-aventurada, como também seu marido, que
a louva, dizendo:
29 Muitas filhas obraram virtuosamente, mas tu a todas és superior.

CANTARES DE SALOMÃO 8
7 As muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém
desse Toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam.

INTRODUÇÃO
Precisamos alicerçar o nosso casamento em terreno sólido. Quem faz construção sobre a
areia não terá sossego quando chegar as tempestades. Nós somos responsáveis por mantê-
lo estruturado e harmonioso.

1- FUNDAMENTOS DO RELACIONAMENTO CONJUGAL


O relacionamento conjugal só será ideal se começar pelo amor, passar pela confiança e
desaguar no diálogo. Acima de tudo isso, ainda precisa da presença de Deus que homologa
e autêntica toda união conjugal. A essência do amor não está no sentimento, mas nas
atitudes. A essência do amor consiste em fazer a outra pessoa feliz.

1.1. Relacionamento com amor. A essência do amor algo indescritível, inexplicável, pois
ele não se mede, não se pesa, não se quantifica. Amar da boca para fora, sem atitudes que
comprovem o amor, não tem sentido. Deus amou o mundo de tal maneira que tomou a
atitude de dar o Seu Filho [Jo 3.16]. Não adianta amar com palavras e decepcionar com
atitudes. Amar uma pessoa com o seu amor pode não ser o amor que ela espera receber de
você. Procure identificar o que a faz feliz. A maioria das mulheres não está querendo só
presentes; antes de tudo elas querem carinho, atenção, presença, proteção,
reconhecimento. Investir numa coisa que não traz felicidade para a outra pessoa, mesmo
que você ache o máximo, não renderia muita coisa. O que é substancial para você, pode
parecer pequeno e será valor aos olhos da pessoa amada. Faça um estudo minucioso para
saber as necessidades e desejos do seu cônjuge, o que é mais importante para ele. Cada
pessoa tem uma carência, procure saber a carência da pessoa amada e acerte
precisamente. Tenha habilidade de amar para satisfazer as emoções, os sentimentos e os
desejos físicos e psicológicos da outra pessoa.

 Procure amar a outra pessoa do jeito que ela gosta de ser amada. Nem sempre o nosso
jeito de amar coincide ou corresponde com o que a outra pessoa gosta.

1.2. Relacionamento com confiança. Confiança não se impõe, se conquista [Pv 31.11].
Sem confiança nenhum relacionamento pode dar certo. A fidelidade, a verdade e a
honestidade são ingredientes da confiança. A confiança elimina as dúvidas e as incertezas.
Quando se perde a confiança, perde-se automaticamente a credibilidade. Quando o cônjuge
começa a colocar senha no aparelho celular para o outro não ver as amizades e não saber
das conversas, começa a desconfiança. Ganhar confiança demora, mas perder a confiança
é muito fácil e, às vezes, é muito rápido; para reconquistá-la leva anos. Tenha cuidado! Não
acredite também em todas as versões que chegarem aos seus ouvidos, precisamos checar
os fatos e as fontes de onde partiram as informações. Aplicar o ciúme de manutenção é uma
coisa, mas o ciúme doentio mostra uma pessoa insegura a frágil [ 1 Co 13.4]; serão sombra
de dúvida, irá adoecer o casamento.
Quem ama é paciente e bondoso. Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
1 Coríntios 13:4 NTLH
O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda faltará.
Provérbios 31:11 ARC
Não pode haver infidelidade conjugal [Mt 19.9]. O leito deve ser será macula, será impureza
[Hb 13.4]. O sexo não pode ser contrario natureza [Rm 1.25-27]. O casal precisa saber que a
Bíblia fala que cada membro do corpo terá a sua função [Rm 12.4]. Que o cônjuge deverá
pagar ao outro a benevolência, não negligenciar, não defraudar um ao outro será
consentimento mútuo [1Co 7.1-5]. Entender que a instituição indissolúvel [Mt 19.6], com
ressalva na infidelidade conjugal, mas antes da separação precisa exercitar o perdão e
tentar reconciliar com o cônjuge. Que a união matrimonial e até que a morte os separe [Rm
7.1-3; 1Co 7.39].

E, por essa razão, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram
suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Rm 1.26 KJA

O marido deve cumprir seus deveres conjugais para com sua esposa, e, da mesma forma, a
esposa para com seu, marido. A esposa não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas,
sim, o marido. Da mesma maneira, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo,
mas, sim, a esposa. Portanto, não vos negueis um ao outro, exceto por mútuo
consentimento, e apenas durante algum tempo, a fim de vos consagrardes à oração. Logo
em seguida, uni-vos novamente, para que Satanás não vos tente por causa da vossa falta
de controle. 1Co 7.1-5 KJA
Dois impedimentos para a intimidade do casal

1.3. Relacionamento com diálogo. O diálogo deve ser com uma linguagem simples,
objetiva, de fácil compreensão e sem rodeios, com educação, respeito e verdade. A
educação firma qualquer relacionamento, o respeito mantém o poder de diálogo, a verdade
sobressai a qualquer posição contrária; quem edifica a sua Casa com mentiras está
edificando na areia, uma chuva de verdade a destruirá [ 1Co 13.6]. O diálogo é o meio mais
prático e eficiente para resolver problemas conjugais de toda natureza. Se os cônjuges não
conversarem, como descobriram as necessidades, os sentimentos e desejos um do outro?
O diálogo deve acontecer na sala, na cozinha, na varanda, no quarto. Em cada ambiente
nós temos um assunto diferente para tratar.

O amor não se alegra com a injustiça, pois sua felicidade está na verdade. 1Co 13.6 KJA

Sim, “tudo é permitido”, porém nem tudo é proveitoso. Sim, “todas as coisas são lícitas”,
contudo nem todas são edificantes. 1Co 10.23 KJA
2- APRIMORANDO O RELACIONAMENTO CONJUGAL
Você pode pensar na seguinte conclusão: meu cônjuge tem defeitos, mas as suas
qualidades superam em muito os seus defeitos. Não troque o todo por partes! Quer focar em
partes não edificantes, com certeza irá perder o todo. O que devemos fazer é procurar
fortalecer as partes fracas e não deixar que as partes fortes sejam enfraquecidas. Conflitos
entre marido e mulher vão acontecer, mas ambos não devem deixar se tornar uma coisa
normal nem rotineira.

2.1. Aprender a renunciar. A nossa vida é marcada por renúncias. Sempre que me dedico
a uma coisa preciso renunciar às outras [Mt 16.24]. Às vezes, preciso renunciar a uma coisa
que eu gosto, por causa das minhas convicções e dos meus princípios. Abrir mão de alguns
desejos pessoais em benefício mútuo. Abrir mão de posições radicais para ser flexível a
pontos de vista diferentes. Mas não pode um dos cônjuges recuar ou renunciar o tempo
todo. Ter que ter consciência de ambas as partes para haver equilíbrio e harmonia.

Então Jesus declarou aos seus discípulos: “Se alguém deseja seguir-me, negue-se a si
mesmo, tome a sua cruz e me acompanhe. Mt 16.24 KJA
Missão: mãe, pai, esposa (o), filha (o), ministério.

Renunciar: desistir da posse de; abdicar.

2.2. Aprender a suportar. Tolerar as falhas, aturar as deficiências e aceitar os limites da


pessoa amada. Todos têm limites físicos, intelectuais, laborais, sexuais, de paciência.
Ninguém é perfeito, pleno, absoluto, todo mundo erra. Tolerar aquilo que é diferente dos
seus usos, costumes e tradições. Respeitar a pessoa amada como ela é, aceitar a sua
personalidade. Esperar com paciência a maturidade do outro chegar. Ajudar a levar as
cargas um do outro [Gl 6.2]. Para tudo na vida precisa de tolerância [1Co 13.7; Ef 4.2].

Levais as cargas pesadas uns dos outros e, assim, estareis cumprindo a Lei de Cristo.
Gl 6.2 KJA
Em tempo de paz e alegria, sê feliz e aproveita-os bem; quando os maus dias chegarem
reflete: Deus fez tanto um quanto o outro, a fim de que o ser humano não tenha o poder de
desvendar o seu futuro. Ec 7.14 KJA

2.3. Aprender a perdoar. Não imputar mais o erro. E não sentir mais a dor da ferida.
Perdoar não esquecimento, mas deixar o passado para trás e seguir em frente. Perdoar e
conviver com o ofensor normalmente. Quer ter um coração perdoador, não joga mais na
cara, não paga na mesma moeda, não dá o troco, não desenterrar defuntos. Perdão não é o
que sai da boca para fora, mas o que fica demonstrado nas atitudes a partir de então.
Nenhum relacionamento pode dar certo será perdão. Mas preste atenção: quem pede
perdão demais é porque está errando demais. Perdoar uma coisa necessária é bíblico [Cl
3.13], mas cuidado, voltar confiança anterior demora um pouco.

 Um acidente pode causar um corte profundo, mas quando curado, deixará uma cicatriz,
mas sem dor. Assim é o perdão, lembro, mas não sofro.
 O perdão é o óleo que lubrifica as engrenagens do relacionamento conjugal.
 O perdão deve ser voluntário, algo de foro íntimo, seja pressão ou coação, seja
negociação ou troca.
 O perdão está no coração de quem ama; quem ama consegue perdoar. O perdão vertical
está condicionado ao perdão horizontal

3- ALCANÇANDO A MATURIDADE CONJUGAL


Alguns aspectos no relacionamento são importantíssimos, pois dizem respeito ao
amadurecimento do casal ao interagir da melhor maneira possível, compartilhando
conhecimento, conseguindo compreender o que é estar um ao lado do outro, enfrentando as
diferenças e circunstâncias da vida juntos. Avançando na maturidade pelo desenvolvimento
comportamental, emocional e mental.

3.1. Relacionamento com mutualidade. Significa abranger mais de uma pessoa. Cada
pessoa tem a continuará tendo a sua individualidade, mas no casamento não aceito o
individualismo; o “Eu”, o “egoísmo” e o “egocentrismo” ficaram para trás, o “cada um por Si”
não existe mais [Gn 2.24; Ec 4.9-12]. O que era solitário agora mútuo. O que era solteiro
agora casado. O que era individual agora em conjunto. Quem não renuncia a vida de solteiro
não serve para estar casado. No casamento não deve ter separação de bens;
esse patrimônio meu, esse patrimônio seu, os bens são dos dois porque permanecem
casados. Na mutualidade, o que meu e seu também. O que eu participo, você participa
também. Onde eu estiver, você poderá estar também. Os meus amigos são teus amigos
também, depois de casados ou são amigos dos dois ou não pode ser amigo só de um, para
não causar ciúmes.

Um homem sozinho pode ser mais facilmente derrotado, mas duas pessoas conseguem
resistir. Um cordão de três dobras não se rebenta com facilidade!
Ec 4.12 KJA
3.2. Relacionamento com reciprocidade. Significa dar e receber. Retribua todo esforço ou
mesmo o menor benefício recebido da pessoa amada. Recompense o ato mais simples que
receber. De valor no que a pessoa fez ou faz por você. O casamento é uma pista de mão
dupla. Mãos abertas e braços estendidos, ombros amigos um para o outro. Pague toda
benevolência [1Co 7.3]. Tudo no casamento é bom se atender ambos os lados. Se e bom
para um lado, apague. Entenda que o prazer conjugal deve pertencer aos dois.

3.3. Relacionamento com cumplicidade. Significa parceria, confiança e apoio. Faça parte
do projeto e do processo, seja coautor. Os dois deverão assinar embaixo [Am 3.3; 1 Co 7.4-
5]. Se errar, errou os dois juntos. Se acertar, acertam os dois juntos. Ninguém ficará com
peso de consciência ou levará a culpa sozinho do que deu errado. O planejamento de “onde
morar” e de que tipo de Casa e dos dois. O veículo a comprar é a sua cor e dos dois. Para
onde viajar nas férias e o modo da viagem e dos dois, entre tantas outras coisas que devem
ter parcerias. Eu entro em acordo com você, você entra em acordo comigo. Os meus
segredos são os teus segredos, entre nós não existem segredos.

CONCLUSÃO
Com a atenção e o cultivo diário dos cônjuges acerca dos princípios e cuidados expostos na
presente lição, o casamento será solidificado e estruturado adequadamente. Assim, o casal
poderá desfrutar de uma vida conjugal sadia, saudável e duradoura, com a indispensável
benção de Deus.

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