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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Campus Pau dos Ferros


Bacharelado em Ciências e Tecnologia

Rotação

Mallena Nogueira Lira


Francisco Raí Alves Rodrigues
Rita Anne Andrade Barreto

Pau dos Ferros

Setembro– 2013
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Campus Pau dos Ferros
Bacharelado em Ciências e Tecnologia

Rotação

Mallena Nogueira Lira


Francisco Raí Alves Rodrigues
Rita Anne Andrade Barreto

Relatório Apresentado à Disciplina


Laboratório de Mecânica Clássica
ministrada pelo Prof. José Wagner
em complementação a um dos
requisitos para a obtenção da Nota
da Unidade III.

Pau dos Ferros

Setembro –2013
Sumário

1. Introdução............................................................................................................................4
2. Objetivos...............................................................................................................................5
3. Materiais e Métodos............................................................................................................5
4. Resultado e Discussões.........................................................................................................6
5. Conclusões............................................................................................................................7
6. Referências Bibliográficas.....................................................................................................8
1. Introdução

O movimento de rotação de um objeto, inicialmente em repouso em torno de um


determinado eixo ocorre quando uma força é aplicada em um ponto do objeto, de tal forma
que o momento da força em relação ao eixo de rotação é não nulo. Se uma força 𝐹̅ for
aplicada em um ponto P de um corpo, o momento dessa força calculado em relação a um
ponto O é dado pelo produto vetorial.

̅= ṝ× 𝐹̅

Onde o torque (𝜏̅ ) é o vetor posicional do ponto P relativo ao ponto O.


A existência do torque (𝜏̅), dar-se a partir da variação do momento angular, 𝐿̅ do objeto:

𝑑 ̅𝐿
̅ =
𝑑𝑡

sendo 𝐿̅ o momento angular e 𝜏̅ o momento resultante das forças externas aplicadas ao objeto
ambos calculados em relação ao mesmo ponto. Esta equação rege a dinâmica do movimento
de rotação de um objeto em torno de um eixo, podendo ser considerada como a segunda lei
de Newton para o movimento de rotação. De fato salienta-se a semelhança desta equação
com a segunda lei de Newton, do movimento de translação, que estabelece que uma força (𝐹̅ )
origina uma variação de momento linear (𝑃̅ ) de tal forma que:

̅
𝑑𝑝
𝐹̅ = 𝑑𝑡

A variação do tempo no momento angular total de um sistema de partículas em relação a


um ponto qualquer é igual à soma dos torques associados às forças externas que atuam sobre
o sistema.
𝑑𝐿
= ∑𝜏
𝑑𝑡 ext

Caso a soma dos torques que atuam sobre o sistema seja nula:
𝑑𝐿
=0
𝑑𝑡

Onde L é constante

Quando o torque resultante das forças externas sobre o sistema for nulo, o momento
angular total do sistema será constante. Os momentos angulares individuais das partículas que
constituem o sistema podem variar, porém sua soma permanece constante.
2. Objetivos

Reconhecer a conservação do momento angular como a causa das variações na


velocidade angular durante os experimentos e relacioná-lo ao momento de inércia. Além de
associar o experimento a propriedades físicas que expliquem sua atuação.

Buscou-se ainda explanar o momento angular, desde de suas propriedades até sua
aplicação no cotidiano, mostrando sua área de atuação e sua aplicabilidade.

3. Materiais e Métodos

Para realizar o experimento fizemos uso dos seguintes materiais:

 Plataforma Giratória
 Halteres
 Giroscópio de arco com punha duras (aro de bicicleta )
 Banco

Experimento I

Um componente do grupo posicionou-se no centro da plataforma, que em seguida foi


posta em giro. Em primeira instancia, o individuo posicionou os braços ao centro do corpo e
após, os afastou, com o corpo ainda em movimento sobre a plataforma.

Experimento II

Um componente do grupo se posicionou sobre a plataforma giratória contendo em cada


mão um halter. A plataforma foi girada realizando um movimento no qual a posição dos braços
interferiam no movimento.

Experimento III

Um componente da equipe sentou-se aproximadamente ao centro da plataforma


giratória, tendo em mãos um giroscópio de forma a estabelecer um eixo vertical em relação ao
corpo. Aplicando-se uma força F para início do giro da roda, já com o giroscópio girando
fortemente, foi alterado o eixo de rotação variando a angulação com a vertical. Inclinando-o
para a direta e para a esquerda no eixo horizontal.

Experimento IV

Foi utilizada uma corda presa a um giroscópio de arco com punha dura, que em seguida
foi posta em giro de forma que seu momento angular manteve o eixo da roda na vertical, uma
vez que o torque gerado pela gravidade da terra atuou sobre ele. Em vez de inclinar a roda, o
torque faz o eixo de rotação da roda girar lentamente ao redor de um circulo.
4. Resultado e Discussões

Nos experimentos I e II, observamos que ao se posicionar em uma base rotatória a ação
de abrir e fechar os braços faz com que ocorra uma mudança na velocidade, sendo que no
segundo foram utilizados halteres. Ao abrir os braços tem-se um aumento na distribuição de
massa em relação ao centro, fazendo com que a base rotatória gire mais lentamente e ao
fechar diminua a distribuição de massa de modo que se nota um aumento na velocidade,
sendo a velocidade do experimento II maior devido à presença de halteres.

Isso ocorre devido à variação do módulo da velocidade de rotação que é causada pela
alteração da distribuição da massa ao redor do eixo do corpo, ou seja, pela alteração do
momento de inércia, que depende da massa do corpo e de como essa se distribui em torno do
eixo de rotação. Sendo assim grandezas inversamente proporcionais.

𝑑 𝐿⃗→
𝑑𝑡 = 𝜏→ = 0

𝐿⃗→ = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒

⃗𝐿⃗⃗→𝚤 = ⃗𝐿→f

Sendo L= I.ω

Iiωi = If.ωf → ωf = 𝐼𝑖
𝐼𝑖
ωi

Com a diminuição do momento de inércia, pela aproximação dos braços ao eixo do corpo,
a conservação do momento angular garante o aumento do módulo da velocidade angular,
princípio muito utilizado pelas bailarinas, que para girar rapidamente ao redor do eixo do
corpo, que é mantido na vertical, abrem os braços, no intuito de obter impulso para girar e,
simultaneamente, para se elevar acima do solo aproxima-se os braços do eixo do corpo.

A única força externa que age sobre a bailarina quando ela está no ar é a força peso.
Como essa força atua no centro de massa, o torque associado a ela, em relação ao eixo do
corpo, onde também se encontra o centro de massa, que é nulo. Assim, o momento angular da
bailarina é conservado enquanto ela está no ar.

O experimento III pode ser explicado pela regra da mão direita, uma vez que o giroscópio
tem um momento angular 𝐿 = 𝑙𝜔 para a direita, ao longo de seu eixo. Quando o membro da
equipe aplica um torque τ na roda girando, tentando forçar seu extremo direito verticalmente
para baixo, por exemplo. Isto muda o momento angular. Mas um balanço descendente do
extremo direito determinará, pela regra da mão direita, um sentido que é horizontal.
Quando você tenta inclinar o eixo para baixo, ele tende a balançar horizontalmente para
sua esquerda. Este movimento do eixo é chamado de precessão.

No experimento IV ocorre que, durante um intervalo de tempo dt, a roda fica sujeita a
uma variação modular de momento angular:

𝑑𝑙 = 𝜏 𝑑𝑡 = 𝑚𝑔ℎ𝑐𝑜𝑠𝜃𝑑𝑡

Também notamos que o momento angular, neste intervalo de tempo, está sujeito a uma
rotação segundo um ângulo d, que, sendo muito pequeno, vem:

𝑑 = 𝑑𝑙 (𝑚𝑔ℎ. 𝑐𝑜𝑠𝜃)
= 𝑑𝑡
𝑙 𝑙
inserindo l = Ip ficamos com,

𝜔 = 𝑑𝜙 𝑚𝑔ℎ cos 𝜃
=
𝑑𝑡 𝐼𝜔𝑝

,onde ωp é a chamada frequência de precessão, que nos dá a velocidade angular a que o


centro de massa do giroscópio roda em torno de um eixo vertical. Como é óbvio, este
resultado só tem significado para p < .

Deste resultado, podemos tirar duas conclusões interessantes. Primeiro, a frequência de


precessão diminui quando a velocidade angular do giroscópio em torno do seu eixo aumenta,
ou seja, p diminui quando  aumenta. Quanto menor for o ângulo que o eixo de rotação faz
com a horizontal, maior é a frequência de precessão, ou seja, p é maior quando  é menor.

5. Conclusões

Levando-se em conta o que foi observado, entendemos que durante uma rotação de um
corpo sobre seu eixo, surge o momento angular. Também é importante dizer que este
momento depende da distribuição da massa em relação ao eixo quando está girando. Por fim,
vimos que o momento angular se conserva alterando a velocidade angular a fim de manter
constante o somatório dos torques externos.
6. Referências Bibliográficas

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl; Fundamentos da Física 1 –


Mecânica. 4. Ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1996. 330 p.

http://sme.dcm.fct.unl.pt/u/dias/docencia/FISI/FIS-A-Momentos.pdf

http://coral.ufsm.br/gef/Rotacoes/rotacoes07.pdf

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgEsAAJ/relatorio-fisica-experiencia-conservacao-
momento

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