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Estatuto da Criança e do Adolescente - Parte II

Conhecimentos Específicos - Eixo Temático


4 - Direitos Humanos para CNU (Bloco 5 -
Educação, Saúde, Desenvolvimento Social
e Direitos Humanos) - Prof. Ricardo
Torques
Prof. Equipe CPC, Prof. Ricardo Torques, Prof. Ricardo Torques, Prof. camila doria lima, Prof. Equipe
Ricardo Torques

7 Estatuto da Criança e do Adolescente - Parte II


Documento última vez atualizado em 12/02/2024 às 17:35.

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Índice
7.1) Conselho Tutelar 3

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7.1 Conselho Tutelar

 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.

Conselho Tutelar

Atribuições do Conselho

O conselho tutelar teve o rol de suas atribuições expandida pela Lei Henry Borel veja o texto
do art. 136

Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:

I. - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando
as medidas previstas no art. 101, I a VII;

II. - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I
a VII;

III. - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:

a. requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência,
trabalho e segurança;

b. representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de


suas deliberações.

IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração

administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;

V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;

VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as

previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional;

VII - expedir notificações;

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VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando


necessário;

IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e


programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;

X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no


art. 220, § 3o, inciso II, da Constituição Federal;

XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à
família natural.

XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e


treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes.

XIII - adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas direcionadas à


identificação da agressão, à agilidade no atendimento da criança e do adolescente vítima de
violência doméstica e familiar e à responsabilização do agressor;

XIV - atender à criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência doméstica e


familiar, ou submetido a tratamento cruel ou degradante ou a formas violentas de educação,
correção ou disciplina, a seus familiares e a testemunhas, de forma a prover orientação e
aconselhamento acerca de seus direitos e dos encaminhamentos necessários;

XV - representar à autoridade judicial ou policial para requerer o afastamento do agressor do


lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima nos casos de violência doméstica e
familiar contra a criança e o adolescente;

XVI - representar à autoridade judicial para requerer a concessão de medida protetiva de


urgência à criança ou ao adolescente vítima ou testemunha de violência doméstica e familiar,
bem como a revisão daquelas já concedidas;

XVII - representar ao Ministério Público para requerer a propositura de ação cautelar de


antecipação de produção de prova nas causas que envolvam violência contra a criança e o
adolescente;

XVIII - tomar as providências cabíveis, na esfera de sua competência, ao receber comunicação


da ocorrência de ação ou omissão, praticada em local público ou privado, que constitua
violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;

XIX - receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes ou
denunciantes relativas à prática de violência, ao uso de tratamento cruel ou degradante ou de
formas violentas de educação, correção ou disciplina contra a criança e o adolescente;

XX - representar à autoridade judicial ou ao Ministério Público para requerer a concessão de


medidas cautelares direta ou indiretamente relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou

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denunciante de informações de crimes que envolvam violência doméstica e familiar contra a


criança e o adolescente.

Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário
o afastamento do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público,
prestando-lhe informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas
para a orientação, o apoio e a promoção social da família.

Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade
judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.

Sintetizamos, na sequência, as atribuições do Conselho Tutelar:

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO TUTELAR

Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses de situação irregular;


Atender e aconselhar os pais ou responsável;
Promover a execução de suas decisões;
Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou
penal contra os direitos da criança ou adolescente;
Encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
Providenciar a medida de proteção, estabelecida pela autoridade judiciária, para o
adolescente autor de ato infracional;
Expedir notificações;
Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e
programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
Representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos de
comunicação social da Constituição Federal;
Representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à
família natural;
Adotar, na esfera de sua competência, ações articuladas e efetivas para identificação da
agressão e à responsabilização do agressor;

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Prover orientação e aconselhamento acerca de seus direitos e dos encaminhamentos


necessários;
Representar para requerer o afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de
convivência com a vítima;
Representar para requerer concessão de medida protetiva de urgência ou revisão daquelas
já concedidas;
Representar para requerer a ação cautelar de antecipação de produção de prova
Receber comunicação da ocorrência de ação ou omissão, praticada em local público ou
privado, que constitua violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;
Receber e encaminhar, quando for o caso, as informações reveladas por noticiantes ou
denunciantes;
Representar para requerer a concessão de medidas cautelares direta ou indiretamente
relacionada à eficácia da proteção de noticiante ou denunciante.

Pela relevância do assunto vamos fazer alguns comentários sobre as novas atribuições:

Caberá ao Conselho Tutelar buscar ações articuladas e efetivas para a identificação e


responsabilização do agressor além de atender com agilidade a criança e o adolescente vítima
de violência doméstica e familiar. Veja que a lei prevê ações articuladas, assim cada ator atuará
no limite de sua esfera de competência.

O Conselho Tutelar deve atender as crianças e adolescentes envolvidos em situação de


violência doméstica e familiar orientando e aconselhando sobre seus direitos e realizando os
encaminhamentos necessários.

Caberá ao Conselho tutelar a representação, para as autoridades competentes em cada caso,


para a adoção de diversas providências, vamos destacá-las:

➢Afastamento do agressor do lar, do domicílio ou do local de convivência com a vítima

➢Concessão de medida protetiva de urgência

➢Revisão de medida protetiva de urgência já concedida

➢Propositura de ação cautelar de antecipação de produção de prova

➢Requerer a concessão de medidas cautelares direta ou indiretamente relacionada à eficácia da


proteção de noticiante ou denunciante

Quanto as informações prestadas pelos denunciantes ou notificantes caberá ao Conselho


Tutelar recebê-las, tomar as providencias que estejam dentro da sua esfera de competência e
encaminhá- las a quem de direto quando necessário.

O poder decisório do Conselho Tutelar é relevante e somente poderá ser revisto pela
autoridade judiciária, caso haja provocação por intermédio de processo judicial

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