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Resenha

JEUDY, Henry-Pierre, e BERENSTEIN Jacques, Paola. Corpos e Cenários Urbanos.


Territórios urbanos e políticas culturais. Salvador: EDUFBA, 2006. Capítulo “Cidade e
Culturas", pág 67.
Rayssa Guedes de Oliveira.

Os temas levantados pelo autor tem como característica a transformação da cidade, a


diversidade cultural, a cultura dos cidadãos instruídos, a preservação das culturas migrantes e
as mudanças na urbanidade contemporânea, questionando o futuro dos sonhos urbanos. O
autor explora a ideia de “cidade culta” e examina diferentes aspectos da cultura urbana.
Destaca a possibilidade de construir múltiplas imagens de uma cidade expressa em cultura,
propondo transformações, como calçadas plantadas, ruas cobertas de areia e uma ênfase na
presença da agricultura na cidade. Também aborda a importância da cultura dos cidadãos
instruídos, que são importantes para a atmosfera única de uma cidade. É destacado as culturas
de migrantes urbanos, decrescentes que, apesar de sua riqueza cultural, muitas vezes
preservam suas práticas, mantendo-as parcialmente opacas à sociedade local. Questiona a
eficácia das ações para democratizar a cultura, demonstrando que a urbanidade é mais
caracterizada pelo anonimato e tolerância do que pelo consenso social.
A discussão vai além da estética urbana, considerando a importância dos contrastes e da
diversidade na cidade. Aponta para uma possível separação desses contrastes devido à
escalada das expansões urbanas. Aborda a perda da noção de "obra" (construção coletiva de
um lugar) na urbanidade contemporânea. O texto também levanta questões sobre o futuro das
culturas urbanas, especialmente diante do movimento de cidadãos em direção às periferias
mais verdes e menos densas. Questionar se uma cultura citadina tal como as famílias na
Europa será afetada por essa mudança de orientação. Outra ideia em questão é o fato de que o
centro das cidades não proporcionam a forma de urbanidade adequada que inclua
coletivamente os cidadãos, fazendo que parte desses citadinos, aqueles cuja tem
possibilidades de se transferirem para o subúrbio verde, façam de maneira intuitiva.
Consequentemente, o afastamento impede qualquer apropriação ou identificação por parte
desse cidadão culto à cidade que habita, fazendo com que dualidades de culturas coexistam
nos espaços que estão inseridos.

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