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C A P I T A L REUMATO
SEXUALIDADE NA
ARTRITE REUMATOIDE
VACINAÇÃO
CATASTROFIZAÇÃO
EM FM
AS MULHERES:
DESAFIOS E CONQUISTAS
#30 1
C A P I T A L REUMATO
PALAVRA DA EDITORA
ANNA BEATRIZ
ASSAD MAIA
Editora da Revista Capital
ÍNDICE Reumato 2023/2024
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C A P I T A L REUMATO
MENSAGEM DO PRESIDENTE
DR. LUCIANO
JUNQUEIRA
Caros colegas reumatologistas,
GUIMARÃES
Contato SRB:
Um grande abraço, Feliz Natal e Feliz Ano Novo a todos. reumatobrasilia@gmail.com
(61) 3245-1671 | (61) 99668 0935
Dr. Luciano Junqueira Guimarães
Editoração e Design Gráfico:
CS DESIGN
Contato: Cristiane (61) 98131 7287
www.csdesigngrafico.com.br
cristiane@csdesigngrafico.com.br
EXPEDIENTE:
Reumatologistas revisoras: Ana Paula Gomides, Licia Maria Mota,
Ravena Fontenele Belchior Cabral, Gabriela Profirio Jardim Santos,
Jamille Nascimento Carneiro e Luciana Feitosa Muniz
A responsabilidade de conteúdo médico científico do material recebido para publicação, bem como por eventuais conceitos
emitidos ou conflitos de interesses, é exclusiva dos autores.
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ACONTECEU
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ACONTECEU
AGRADECIMENTOS
• ASTRAZENECA
pelo apoio a reunião - (Reumato)2
Avanços no Tratamento do LES, online, dia 26 de outubro de 2023.
• JANSSEN
pelo apoio ao curso preparatório para a prova prática de título de
especialista em Reumatologia da SBR, 16 e 17 de fevereiro de 2024.
• LABORATÓRIO SABIN
pelo apoio ao curso preparatório para a prova prática de título de
especialista em Reumatologia da SBR, 16 e 17 de fevereiro de 2024.
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PAULA MONTINA
Reumatologista pelo IHBDF; Título de especialista pela SBR
Doutoranda pela UNB; Membro da Comissão Jovem Reumatologista
da Sociedade Brasileira de Reumatologia; Membro da Comissão de
Mídias da Sociedade de Reumatologia de Brasília.
Sexualidade na
artrite reumatoide
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O envelhecimento é um fator de risco independente para a disfunção sexual. À medida que as mulheres
envelhecem, é comum observar o surgimento de dispareunia, diminuição do desejo sexual e redução na
produção hormonal. No entanto, é importante notar que estudos epidemiológicos anteriores também
identificaram uma alta prevalência de disfunção sexual em pacientes jovens.3
Os possíveis fatores contribuintes para a disfunção sexual em pacientes jovens abrangem o uso de
substâncias químicas, problemas de saúde mental, tabagismo e condições crônicas. Embora a maioria dos
pacientes com artrite reumatoide esteja na faixa etária de meia-idade ou mais (cerca de 45 anos), quinze
estudos forneceram evidências de que também há uma notável prevalência da doença entre pessoas mais
jovens com AR. 3
Abdel-Nasser e Ali conduziram uma pesquisa com 52 pacientes do sexo feminino diagnosticados com
artrite reumatoide, cuja média de idade era de 39,8 anos, e constataram que mais de 60% desses pacientes
apresentavam sintomas de disfunção sexual em diferentes graus.4
Embora diversos estudos clínicos tenham relacionado a artrite reumatoide à disfunção sexual em ambos
os sexos, ainda não foi estabelecida uma etiologia e patogenia bem definidas. A potencial origem do
aumento dos sintomas de disfunção sexual em pacientes do sexo feminino com artrite reumatoide pode
ser atribuída a diversos fatores.5,6
Inicialmente, os estudos apontaram para os distúrbios fisiológicos associados à doença, tais como restrições
na mobilidade articular, rigidez matinal, dor e fadiga. 5,6
Pacientes que sofrem de dor experimentam uma redução na atividade sexual, no desejo, enfrentam desafios
com diferentes posições sexuais e uma diminuição na frequência de orgasmos.7
A fadiga diminui o desejo sexual e interfere nas relações sexuais.8
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Alguns estudos apontaram uma correlação entre a Disfunção Sexual (DS) e as variáveis de atividade
da doença na Artrite Reumatoide (AR) 16. A utilização de farmacoterapia, como anti-inflamatórios
e analgésicos, no tratamento da AR, pode ser benéfica para controlar a atividade da doença. 5,10
Em suma, a artrite reumatoide é uma condição complexa que pode impactar significativamente
na saúde sexual dos pacientes. Tanto os aspectos físicos da doença, como a dor e as
limitações na mobilidade, quanto os fatores emocionais, como a ansiedade e a depressão,
desempenham papéis cruciais na disfunção sexual relacionada à AR. No entanto, com uma
abordagem multidisciplinar que inclui reumatologia, fisioterapia, psicoterapia e educação, é
possível melhorar a saúde sexual dos pacientes, proporcionando uma melhor qualidade de
vida e bem-estar.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Reumato na pratica
CLARISSA FERREIRA
Médica Reumatologista
Título de Especialista em Reumatologia pela
Sociedade Brasileira de Reumatologia
Doutora em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília
Vacinação em
Indivíduos com
Doenças Reumáticas
Imunomediadas (DRIM)
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VACINA INFLUENZA
A vacina influenza é fortemente recomendada para os
indivíduos com DRIM, pois reduza internação e mortalidade
por complicações de gripe3,5.
O ACR (Colégio Americano de Reumatologia) recomenda a
vacina quadrivalente de alta dose, que é mais imunogênica e
promove maiores taxas de soroconversão em pacientes com
artrite reumatoide3,9.
VACINA PNEUMOCÓCICA
A vacina pneumocócica é fortemente recomendada para os
indivíduos com DRIM, à exceção daqueles com CAPS (síndrome
periódica associada a criopirinas), pois, nesse subgrupo de
pacientes, podem ocorrer sérios efeitos adversos5. A vacina
VPC13 é mais imunogênica do que a VPP23, sendo o esquema
mais recomendado a aplicação inicial de VPC13, seguida da
VPP23 após 8 semanas, com dose de reforço da última, 5
anos após3,9.
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VACINA HPV
A vacina HPV deve ser encorajada em todos os indivíduos com DRIM, em
especial, para as pacientes com LES (lúpus eritematoso sistêmico), devido ao
alto risco de infecção pelo HPV e posterior transformação em câncer do colo
de útero3,5. Estudos observacionais atestaram a segurança da vacina contra
o HPV, não sendo relatada associação com o desenvolvimento de doenças
autoimunes10.
• sem medicação
NÃO IMUNOSSUPRIMIDOS • Sulfassalazina, hidroxicloroquina
• corticoides tópicos, inalatórios ou intra- articular
• MMCD biológicos
• pulsoterapia com metilprednisolona
•corticoide ≥ 20mg/dia de prednisona ou equivalente acima de 14 dias
ALTA IMUNOSSUPRESSÃO
• inibidores de JAK
•micofenolato de mofetila ou sódico, ciclosporina, ciclofosfamida,
azatioprina, tacrolimus
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VACINA COVID
Em relação às vacinas covid, apesar da informação
estar em constante mutação, a SBR, em 2022 publicou
um guideline com orientações sobre a vacinação
contra o coronavírus para indivíduos com DRIM13,
que estão sumarizadas abaixo:
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METOTREXATO 4 semanas
ALEFLUNOMIDA 4 semanas
300-400mg/kg: 8 meses
IMUNOGLOBULINA INTRAVENOSA (IVIG) 1g/kg : 10 meses
2g/kg: 11 meses
RITUXIMABE 6 meses
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● A PARTIR DE 18 ANOS
● 2 DOSES (0-2MESES), COM INTERVALO
PODENDO SER REDUZIDO PARA 30 DIAS.
HERPES ZOSTER INATIVADA (VZR) ● RECOMENDADA PARA AQUELES QUE SE NÃO DISPONÍVEL
VACINARAM COM A VACINA ATENUADA,
COM INTERVALO DE 2 MESES ENTRE
ELAS.
● MENACWY É PREFERÍVEL
● DUAS DOSES COM INTERVALO
MENINGOCÓCICAS CONJUGADA
DE 2 MESES; REPETIR APÓS 5 APENAS MENC NOS CRIE
(MENC OU MENACWY)
ANOS ENQUANTO PERDURAR A
IMUNOSSUPRESSÃO.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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pt- br/assuntos/noticias/2022/julho/vacina-hpv-quadrivalente-e-ampliada-para-homens-de-ate-45- anos-com-imunossupressao
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HUMANIDADES MEDICAS
DANIELA R. MATHEUS
Psicóloga formada pela UFPR, especializada
em Saúde Coletiva (UP,Curitiba), Análise do
Comportamento(UP, Curitiba) e ACT (Ceconte, SP)
Psicologia e
Catastrofização
no Adoecimento
Crônico
INTRODUÇÃO
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O QUE É CATASTROFIZACÃO?
ESTRATÉGIAS E ELEMENTOS
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Quando a pessoa percebe que todo o seu esforço para evitar o sofrimento está impedindo
que ela viva uma vida com sentido, podemos então convidá-la a se engajar em ações que a
aproximem da vida que vale à pena ser vivida, para ela. Ela pode, e deve, continuar se cuidando
e se protegendo de situações que realmente sejam incompatíveis com seu autocuidado e ao
mesmo tempo engajar-se em ações valorosas e significativas. Eliminar a doença, ou evitar
quaisquer aspectos desagradáveis ou dolorosos que façam parte do quadro, não depende
apenas das ações do paciente (apesar destas serem importantes), mas construir uma vida de
acordo com seus valores, que lhe traga satisfação, isso sim está ao alcance de cada um.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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reumato na academia
EMILIA SATO
Profª. Titular de Reumatologia, Departamento de Medicina
Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal De São Paulo
https://www.unifesp.br/campus/sao/epm/
E-mail: eisato@unifesp.br
ELOÍSA BONFÁ
Professora Titular da Disciplina de Reumatologia
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Diretora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
As Mulheres e a
Reumatologia do Século
XXI: Desafios e Conquistas
Nas últimas duas décadas a medicina tem presenciado uma revolução na área da
reumatologia. Com avanços tecnológicos, diagnósticos mais precisos e tratamentos
inovadores, a especialidade tem evoluído para atender às necessidades de pacientes
com doenças reumáticas. No entanto, apesar de todos esses avanços, há uma questão
que persiste no campo da reumatologia: a lacuna de gênero.
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PAÍS % ANO
Até o ano 2.000, menos de 5% das presidentes de ligas de reumatologia ao redor do mundo
eram mulheres. Embora haja um aumento gradual nessa representação, ainda estamos longe de
alcançar a paridade de gênero, com a liga africana atingindo o máximo, com 33% de presidentes
mulheres, enquanto não há referência de mulheres como presidentes das ligas da APLAR (liga
Asia-Pacifico) e da PANLAR (PanAmericana) em toda sua história (Tabela 2).
TABELA 2: Representação de mulheres presidentes de Ligas de Reumatologia no mundo ao longo das décadas.
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FIGURAS 1 E 2:
SÓCIOS SBR EM
2023
FIGURAS 1 E 2:
FEMININO
Fonte: SBR
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P 0,001 0,0001
Fonte: ref. 3
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Outro aspecto que merece atenção é a produção científica. Uma análise envolvendo quase mil
acadêmicas revelou que as mulheres publicam menos trabalhos, são menos frequentemente
autoras principais e têm menos financiamentos de pesquisa. Além disso, em artigos
relacionados à indústria farmacêutica, a participação das mulheres é significativamente
menor, com apenas 18,5% de primeira autoria e 23,9% de autoria sênior (4). .
TOTAL (MEDIA AJUSTADA PARA IDADE) 12,4 ± 20,8 26,4 ± 39,4 <0,001
PRIMEIRO AUTOR 7,8 ± 17,9 18,4 ± 33,9 <0,001
NÚMERO "GRANTS" NIH 1,3 ± 3,9 1,7 ± 4,4 <0,001
Fonte: ref. 4
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Essa disparidade na produção científica não reflete a qualidade do trabalho das mulheres
na reumatologia, mas, barreiras sistêmicas que precisam ser superadas para garantir
igualdade de oportunidades (4).
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Recentemente, um levantamento sobre situações de violência contra médicas foi realizado pela
Associação Médica Brasileira (AMB) e Associação Paulista de Medicina (APM) através de questionário
on-line. Responderam ao questionário 1.443 mulheres médicas do Brasil, tendo sido encontrado que
62,6% delas já haviam sido vítimas de assédio sexual e/ou moral em seu ambiente de trabalho, e, 74%
referiram ter testemunhado ou ter conhecimento de casos de assédio às colegas. Setenta porcento
das médicas responderam que já sofreram preconceito, sendo 31,7% durante o curso médico, 39,8%
durante a residência médica e 45,7% durante a vida profissional, após a residência. (Claudia Collucci
– Folhapress, publicado em 14/12/2023)
CONCLUSÃO:
RUMO A UM FUTURO MAIS IGUALITÁRIO
Apesar dos desafios enfrentados pelas mulheres na
reumatologia, é importante reconhecer as conquistas ao
longo dos anos (Figura 3). O progresso tem sido lento, mas
constante, e a linha do tempo de conquistas das mulheres
no Brasil, é um lembrete de que mudanças são possíveis.
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Para alcançarmos uma reumatologia verdadei- À medida que avançamos em direção a um futuro
ramente inclusiva e igualitária no século XXI, mais igualitário, é essencial que todos se unam para
é fundamental que a sociedade se mobilize eliminar as barreiras de gênero na reumatologia e
para aumentar a visibilidade das mulheres na permitir que as mulheres exerçam seu pleno potencial
especialidade. Isso inclui a promoção de comitês na especialidade. A igualdade salarial entre mulheres e
mais equilibrados em congressos e revistas, homens, sancionada em 2023, é um passo importante
o destaque da participação das mulheres em nessa direção, mas ainda há muito trabalho a ser
eventos científicos e o incentivo à presença de feito. Juntos, podemos criar um ambiente inclusivo e
mulheres em comitês diretivos das sociedades. equitativo para todos os profissionais da reumatologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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sectional study to inform an EULAR task force. RMD Open. 2022 Aug;8(2):e002518.
Responsável técnico: Dr. Alexandre Shigemi Vicente Hidaka - CRM 12417
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