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Letramento literário:

teoria e prática.
Capítulo “Os pressupostos”, págs. 14-37.

Apresentado por: Apresentado para:


Ágata Beatriz Componente de Prática do Ensino
Allany Laryssa de Literatura, ministrado pelo Prof.
Ítalo Azevedo Me. Bruno Santos Melo.
Jéssica Hermínio
Pâmela Dayane
Tópicos
> A literatura e o mundo
> A literatura escolarizada
> Aula de literatura: prazo sob controle?
> Leitura literária: a seleção de textos
> O processo de leitura
A literatura
e o mundo
CORPO ESCRITA

Noções-base

PALAVRA LITERATURA
CORPO
“Gosto da ideia de que nosso corpo é a soma de
vários outros corpos”. (Cosson, 2006, p. 15).

Nossa vida é construída a partir de diversos


componentes (Físico, espiritual, pessoal,
profissional...);

Todos os seres humanos possuem os mesmos


componentes e o que vai diferenciar uns dos
outros é a forma como eles são cuidados;

Qual é a área da sua vida em que você tem se Fonte:


https://suaprodutividade.com.br/wp-
dedicado mais? content/uploads/2020/07/roda-da-
vida-12-%C3%A1reas.png
PALAVRA
“O nosso corpo linguagem é feito por palavras
com que o exercitamos, quanto mais eu uso a
língua, maior é o meu corpo linguagem e, por
extensão, maior é o meu mundo”. (Cosson, 2006,
p. 16).

O mundo é construído por meio da linguagem;

Precisamos usar palavras para nos comunicar;

Temos acesso as primeiras palavras a partir da


convivência com o meio social;

Se eu leio muito, escrevo e me comunico bem.


ESCRITA
“Praticamente todas as transações humanas
de nossa sociedade letrada passam, de uma
maneira ou de outra, pela escrita, mesmo
aquelas que aparentemente são orais ou
imagéticas”. (Cosson, 2006, p. 16).

A partir das palavras temos a escrita;

Ela rege as sociedades. Ex. Cardápios,


manuais, receitas...;

Também está presente em textos orais. Ex.


Seminários e cordéis.
LITERATURA
“O corpo linguagem, o corpo palavra, o corpo
escrita encontra na literatura seu mais perfeito
exercício”. (Cosson, 2006, p. 16).

A literatura utiliza-se da palavra e escrita;


Explora as capacidades de leitura e escrita;

Permite diversas interpretações;


Forma leitores críticos;

O leitor pode identificar-se ou não com o texto;


Vivenciamos várias coisas em um só lugar;

Precisa estar nas escolas.


A literatura
escolarizada
Literatura como
Leitura
matéria

Literatura
Tradicionalismo x Pretexto
Educação

Ensino fundamental Ensino médio


A leitura na escola
Literatura
A Literatura como matéria
e educação Literatura infanto-juvenil e literatura “adulta”
“[...] a literatura só se mantem na
ENSINO FUNDAMENTAL
escola por força da tradição [...]”
Literatura se limita a qualquer texto escrito que
(Cosson, 2006, p. 20)
apresente parentesco com a ficção ou poesia
Linguagem compatível
Textos curtos, contemporâneos e “divertidos”
ENSINO MÉDIO
Literatura se limita à história da literatura brasileira
Cronologia literária
autores, características de escolas e obras
Quando se há fuga do tradicionalismo, existe a recusa
dos textos canônicos por serem pouco atraentes.
Literatura Tradicionalismo e pretexto

e educação Os conteúdos das aulas de literatura são


baseados em:
“[...] a literatura tem um papel a canções populares, crônicas, filmes, séries.
cumprir no âmbito escolar.”
(Cosson, 2006, p. 23) A voz e a imagem ultrapassam a escrita.

Exclusão da leitura literária (preferência por resumos)

A literatura se torna um pretexto para discussão de


temáticas.
Leitura literária:
a seleção de textos.

Na escola, outros O segundo traz a


Quando queremos ler
fatores são acrescidos questão da legibilidade O terceiro está
uma obra literária,
à seleção da literatura. dos textos, que, relacionado às
podemos ir a uma
O primeiro, os ditames separando os leitores condições oferecidas
biblioteca ou a uma
dos programas que por idade e série para a leitura literária
livraria e escolher o
determinam a seleção escolar, determina um nas escolas e o quarto,
título, o autor ou o
dos textos de acordo tipo diferente de o mais determinante: o
assunto que mais nos
com os fins linguagem para os professor.
apraz.
educacionais. grupos.
Quem sou eu para
questionar
Machado de Assis.
A mais Favorecida por uma abundância de
títulos disponibilizados pelo mercado.
popular das A leitura como prática democrática.

direções Não é possível pensar o letramento


literário abandonando-se o canône.
seguidas O leitor precisa dialogar com essa herança, seja
parece ser para recusá-la ou reformá-la.

aquela que Cosson propõe combinar os critérios


de seleção dos textos.
defende a Selecionar sem desprezar o cânone; não apoiar-
se somente na contemporaneidade.
pluralidade.
Aula de literatura:
prazer sob controle
Leitura Escola

Literatura
Sentimento x Papel do professor
Regulação

Sentido Prazer
TESTE
Pensemos o seguinte:

Um calouro de matemática cumprimentava seu


amigo de letras dizendo que gostaria de ter a via
boa deste, pois não devia ser difícil um curso que
consistia em ler poemas e romances, o que
qualquer pessoa fazia normalmente por prazer.

Qual a diferença entre ler romances e poemas em


casa e ler romances e poemas na universidade?
LITERATURA

A leitura fora da escola está fortemente


condicionada pela maneira como ela nos ensinou a
ler. Os livros, como os fatos, jamais falam por si
mesmos.

Mantida em adoração, a literatura torna-se


inacessível e distante do leitor, terminando por lhe
ser totalmente estranha.
LITERATURA
No sentido de que lemos apenas com os nossos
olhos, a leitura, é um ato solitário, mas a
interpretação é um ato solidário. Ler implica troca
de sentidos não só entre o escritor e o leitor, mas
também com a sociedade onde ambos estão
localizados.

Verbalizar o que foi sentido ou compreendido


apenas empobrece o diálogo intimo entre o leitor e
o escritor. Tratar a literatura literária como uma
atividade tão individual que não poderia ser
compartilhada.
O processo
de leitura
Instituição
Social
escolar
Leitura na
escola Professor
Indivíduo
Haveria, portanto, toda uma economia da leitura
que seria, em último caso, alimentícia: toda leitura
seria um incorporar (um fazer tomar parte do
próprio corpo) o que está fora e somos capazes
de pôr ao nosso alcance.(Cosson, 2006,p.36)
O processo de leitura vai além da Vilso J. Leffa aborda três tipos
decodificação dos códigos linguísticos; diferentes sobre a leitura, na
perspectiva do estudo: leitura,
Segundo Alberto Manguel, em Uma história leitor e interação social (1999);
da leitura (1996), o autor chama atenção
para o processo de decodificação em que o 1. Texto
campo da leitura se expandiu e engloba 2. Leitor
fenômenos sociais e cognitivos; 3. Interação social

Essas três etapas devem ser


chamadas de processo linear.
Referência

Os pressupostos. In: COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto,
2006. p. (14-37).
Agradecemos
pela atenção!
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