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Prática de Leitura e Escrita

A invenção de Hugo Cabret1


Práticas de leitura e escrita sugeridas para
5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental2

“A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em


que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a
sociedade, o semelhante. É um processo humanizador, que confirma no
homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da
reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o
afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da
vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos
seres, o cultivo do humor.”

Antonio Cândido 3 

Justificativa
 
4

1.  A  defesa  da  leitura  literária  na  escola  tem  sido  feita  por  pensadores  das  mais  diversas  áreas. 
Entretanto, ainda permanecem desafiadoras as questões: O que é a leitura literária? Como promovê‐
la na escola?  

Buscando  refletir‐agir  sobre  elas,  nos  limites  dessas  práticas,  partiremos  da  ideia  de  que  a  leitura 
literária  só existe  na relação  direta do  aluno  com  o  texto.  Trata‐se  de uma  relação  básica,  mas  tantas 
vezes desprezada “pelos usos e abusos da literatura na escola”  5 . 

Falar sobre a literatura, tomar fragmentos dela para trabalhar atividades linguísticas, ou tomá‐la como 
ponto  de  partida  para  produções  “avaliativas”  (resumo,  ficha  de  leitura,  prova)  são  exemplos,  já 
bastante condenados, de como fazer da literatura pretexto para outras aprendizagens que, além de às 
vezes serem pouco significativas, podem implicar resistência e aversão dos alunos a novas experiências 
de leitura. 

Então basta que o professor ofereça ao aluno a oportunidade de ler literatura na escola? Esse é outro 
equívoco igualmente perigoso. Não podemos ignorar que o grau de letramento literário da maior parte 
dos alunos ainda é pequeno, faltam‐lhes experiências de leitura literária, que lhes permitam “jogar” com 
1
 SELZNICK, Brian. A invenção de Hugo Cabret. 1ª. Ed. São Paulo: Edições SM, 2007. 
2
  Elaborado por Jacqueline Peixoto Barbosa e Marisa Vasconcelos Ferreira. 
3
 CÂNDIDO, A. O direito à literatura. In: Vários escritos. 3. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995. 
4
 A presente justificativa bem como o item seguinte ‐ A leitura de best‐seller também é válida? – consta originalmente da proposta de 
Práticas de leitura do livro O estranho caso do cachorro morto, elaborada por Marisa Balthasar Soares. 
5
 A expressão foi emprestada do ensaio homônimo, de Marisa Lajolo (Globo. RJ/Porto Alegre, 1982).

o  pacto  ficcional  que  todo  texto  literário  propõe,  repetindo  ou  renovando  um  gênero.  Além  disso,  a 
operacionalização  das  capacidades  de  leitura 6 ,  essenciais  para  a  leitura  de  todo  e  qualquer  texto, 
literário ou não, não tem sido garantida pela escolarização básica 7 . 

A  leitura  compartilhada,  com  foco  nesses  conhecimentos  e  capacidades,  parece‐nos  ser  um  caminho, 
para que, com a mediação docente, os alunos possam descobrir o prazer diferenciado 8 , que a entrada 
no universo literário pode oferecer. Nada disso, pois, deve ser desarticulado da leitura do aluno. Pelo 
contrário, é em função dela que esses conteúdos merecem ser trabalhados. 

Nessa mediação, precisamos nos lembrar também de que a leitura do texto literário não pode encerrá‐
lo  em  si  mesmo.  Por  sua  própria  natureza,  o  texto  literário  promove  trânsitos  para  outros  textos, 
inclusive os não verbais, convidando o leitor a avançar para além das linhas escritas. 

Permitir, pois, o exercício da intertextualidade, envolvendo, inclusive, textos multissemióticos, é prática 
inerente  às  práticas  de  leitura  de  literatura.  É  preciso  ainda  observar  que  o  aluno  contemporâneo  é 
cercado  por  signos  e  múltiplas  linguagens 9   e  pode,  partindo  disso,  explorar  possibilidades  de  sentido 
para  as  evocações  que  estão  na  tessitura  literária.  Assim,  respeitadas  as  especificidades  do  texto 
literário,  as  interfaces  com  a  música,  o  cinema,  o  teatro,  a  pintura,  a  dança  (e,  claro,  sendo  também 
respeitadas  as  especificidades  de  suas  linguagens),  interessam  não  só  à  ampliação  do  letramento 
literário, como à dos letramentos multissemióticos. 

2. A leitura de best‐seller também é válida?     

A definição do que é ou não literário não é nada fácil; na verdade, ela é bastante ideológica. É certo que 
a  chamada  alta  literatura,  isto  é,  os  textos  que  entraram  para  a  tradição  universal  e  para  a  brasileira 
como  importantes,  é  direito  incompressível  10   dos  alunos,  uma  vez  que  o  grau  de  elaboração  literária 
desses textos permite vivências leitoras muito mais profundas, muito mais humanizadoras  11 . 

Isso não quer dizer que formas literárias mais simples, incluindo as que são exploradas como filões no 
mercado  cultural,  não  ofereçam  vivências  significativas.  Ainda  que  em  menor  grau,  elas  podem 
desencadear  experiências  estéticas,  favorecendo  o  gosto  pela  leitura  literária  e,  quiçá,  incentivando 
buscas futuras, mais sofisticadas. 

Assim, antes de escolher textos para compartilhar com seus alunos, o professor precisa avaliar quais são 
as possibilidades dos mesmos para “jogar” com o texto literário, equalizando sempre a lição de dosar 
desafios novos com o já conhecido.  

6
  Sobre  capacidades  de  leitura,  consultar:  ROJO,  Roxane.  Letramento  e  capacidades  de  leitura  para  a  cidadania.  CD‐ROOM.  Programa 
Ensino Médio em Rede, SEE‐SP/CENP, 2004. 
7
 Ver a leitura crítica de Roxane Rojo dos dados divulgados pelas avaliações oficiais de leitura (SAEB, PISA, ENEM) em “O insucesso escolar 
no Brasil do século XX – um processo de exclusão social” in Letramentos múltiplos, escola e inclusão social, da mesma autora. São Paulo: 
Parábola, 2009. 
8
 Acreditamos, com Jauss, que a fruição estética não nasce de um contato gratuito com o texto, mas na ação interessada do leitor sobre 
ele. Quanto mais armada essa ação, maior a possibilidade de fruição estética. Ver JAUSS, Hans Robert. “O Prazer estético e as experiências 
fundamentais  da  poiesis,  aisthesis  e  katharsis”,  in:  COSTA  LIMA,  L.(org.)  A  Literatura  e  o  Leitor.  Textos  de  estética  da  recepção.  Rio  de 
Janeiro: Paz e Terra, 1979. 
9
 A esse respeito, Rojo defende letramentos multissemióticos: “exigidos pelos textos contemporâneos, ampliando a noção de letramentos 
para o campo da imagem, da música, das outras semioses que não somente a escrita” (in op. cit, p.107). 
10
 CÂNDIDO, Antonio. O direito à Literatura. In: Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1995. 
11
 Ainda na visada de Antonio Cândido, é a complexidade da natureza do objeto literário que ancora sua função humanizadora. Para ele, 
três faces integram a complexidade literária, que são: 1. uma construção de objetos autônomos com estrutura e significado; 2. uma forma 
de expressão, uma vez que manifesta emoções e a visão de mundo de indivíduos e de grupos; 3. uma forma de conhecimento, inclusive 
como incorporação difusa e inconsciente. O efeito do literário vem da atuação simultânea dessas três faces, mas é o aspecto construtivo da 
obra o eixo central, que dinamiza as outras faces, é ele que “decide se uma comunicação é literária ou não”: “Toda obra literária é, antes 
de mais nada, uma espécie de objeto, de objeto construído; e é grande o poder humanizador desta construção, enquanto construção” (in 
op. cit, p.245).

Umberto Eco, em analogia com o jogo de xadrez, trata dos diferentes graus de prazer do jogo literário: 

“No  primeiro  caso,  serão  propostas  situações  de  partidas  bastante  evidentes  (segundo  a 
enciclopédia do xadrez), para que a criança tenha a satisfação de antecipar previsões coroadas de 
sucesso; no segundo caso, serão apresentadas situações de partidas nas quais o vencedor tentou 
uma  jogada  totalmente  inédita,  que  nenhum  cenário  havia  ainda  gravado,  uma  jogada  tal  que 
ficará na posteridade pela sua ousadia e sua novidade, de tal forma que o leitor sente o prazer de 
se ver contrariado (...). Para cada fábula seu jogo e o prazer que ela decide dar”. 12
 

A partir de pactos ficcionais mais simples, isto é, “jogadas textuais” mais previsíveis, o aluno/leitor pode 
usufruir do prazer de jogar, com relativa autonomia. Na medida em que seu domínio sobre essas regras 
cresce  (não  porque  as  decorou,  mas  porque  acumulou  experiências  no  jogo  da  leitura  literária),  ele, 
certamente, terá interesse por novos desafios. 

3. Nossa escolha 

Trechos escritos entremeados por desenhos que remetem a histórias em quadrinhos e a cinema tecem 
a  trama  dessa  narrativa,  que  envolve  a  personagem  Hugo  Cabret.  Para  além  de  possibilitar  o 
desenvolvimento  de  habilidades  relativas  à  leitura  de  textos  multimodais  (que  envolvem  diferentes 
linguagens),  essa  “mistura”  –  com  a  qualidade  com  que  é  feita  –,  causa  um  efeito  estético  bem 
interessante, que, se bem explorado, possibilita o prazer da leitura e o desenvolvimento de capacidades 
de  apreciação  e  réplica.  A  diagramação  é  muito  bem  cuidada  (bordas  pretas,  páginas  preenchidas 
desigualmente, com espaços de respiro), de tal forma que o primeiro contato com o livro já convida à 
leitura. Uma amostra pode dizer por si: 

12
 ECO, Umberto. Lector in fabula. São Paulo: Perspectiva, 2004. 

 

A trama também cativa: um órfão, que mora numa estação de trem, começa a desenrolar novelos de lã, 
envolvendo  autômatos,  desenhos,  cinema,  ilusionismo,  um  passado  esquecido  e  um  futuro  em 
construção.  Enfim, um livro que tem um grande potencial mobilizador com chances de cativar nossos 
alunos, leitores em formação. 


Quadro síntese das aulas
Professor: O número de aulas pode ser reduzido, aumentando‐se a quantidade de capítulos propostos 
para a leitura autônoma, desde que, entre a aula inicial de abertura e a de fechamento do livro, sejam 
previstas pelo menos mais duas aulas – a ideia é garantir um acompanhamento da leitura.  

AULAS 1 E 2  AULA 3  AULA 4  AULA 5 


Apresentação do livro   Leitura compartilhada  Leitura em classe   Retomada da Parte I 
em classe  
Leitura da sinopse,   Leitura dos capítulos  Leitura de texto e 
Leitura do capítulo 5  9 e 10 feita pelos  exibição de filmes sobre 
da 4ª capa e do capítulo 1   feita pelo professor  alunos   ilusionismo.  
(até pág. 61).  (até pág. 133).  (até pág. 225).   
      (Atividade opcional. Pode 
Leitura em casa  ser dada depois do 
Leitura em casa (até  Leitura em casa (até  término da leitura do 
(até pág. 105)  pág. 187)  pág. 255,   livro ou suprimida.) 

  final da Parte I)   

Anexos 1 e 2  • Anexo 3  

• Cópias dos textos 
indicados nos links 

• Vídeos indicados 
para download 

AULA 6  AULA 7  AULA 8  AULA 9 


Apresentação das mágicas  Leitura compartilhada  Leitura  Retomada dos capítulos 
em classe  compartilhada em  lidos e discussão final 
  classe Leitura do  sobre o livro. 
Leitura do capítulo 3  capítulo 8 feita pelos 
(Atividade opcional)  feita pelos alunos  alunos  
  (até pág. 319).   (até pág. 407). 
     
Leitura em casa   Leitura em casa (até  Leitura em casa (até 
(até pág. 301)  pág. 393)  o final) 
   


Recursos necessários
QUANTIDADE  MATERIAL  VALOR ESTIMADO 
Livro: A invenção de Hugo Cabret – Brian Selznick, Editora  R$32,30 a R$ 41,00 
(um exemplar por aluno) 
SM. 
01  Impressão das orientações para o professor   
Fotocópias dos anexos (o Anexo 3 só deve ser copiado se as  R$0,12 (a cópia) 
(quantidade de aluno x 9) 
atividades das aulas 5 e 6 forem mantidas) 
DVD (para gravação dos vídeos baixados, caso as atividades  R$2,50 
01 
das aulas 5 e 6 sejam realizadas)  
(1/3 dos alunos x 15)  Fotocópias das instruções de mágicas indicadas nos links   R$0,12 (a cópia) 
01  Cartucho de tinta preto para impressora    
Dois cartões telefônicos idênticos (ou duas cartas de baralho  Cartão – R$ 4,00 cada. 
de mesmo naipe e número); cédula de dinheiro 
(um exemplar por aluno)  (preferencialmente nova por ser mais fácil fazer o vinco); lixa 
de unha; tesoura; fita adesiva dupla face (somente se as 
atividades das aulas 5 e 6 forem mantidas) 
Baralho  (somente  se  as  atividades  das  aulas  5  e  6  forem  R$ 5,00 a R$ 10,00 

mantidas) 

Providências necessárias
‐ Copiar anexos para alunos; 

‐ Reservar aparelhos para a exibição dos vídeos;  

‐ Baixar e/ou gravar com antecedência os vídeos sugeridos: 

http://xpock.com.br/truque‐de‐ilusionismo‐muito‐bacana (homem cortado ao meio) 

http://www.youtube.com/watch?v=vkWom‐jsj7I (mágica com carta de baralho) 

http://www.youtube.com/watch?v=9EqkDm6jrYo (segredo da mágica com carta de baralho); 

‐ Copiar textos dos links para os alunos: 

http://pt.wikibooks.org/wiki/Truques_de_cartas/Truques_matem%C3%A1ticos#A_sua_carta_.C3.A9_a_
pr.C3.B3xima 

http://www.terion.com.br/magicas/exemplo.asp. 


Proposta de cronograma e atividades
Aulas 1 e 2

Professor:  Dependendo  do  ponto  em  que  a  primeira  aula  for  interrompida,  pode  ser  interessante 
recolher  os  livros  para  que  a  vinculação  com  o  mesmo  possa  estar  mais  solidificada  antes  da 
solicitação de uma leitura autônoma. Avalie. De qualquer maneira, seria interessante que o intervalo 
entre a primeira e a segunda aula fosse o mais curto possível.  

1. Apresentação da proposta de trabalho 

Converse com os alunos sobre como será o processo de leitura do livro: será lido em partes, em casa (e 
também  na  escola),  pois  cada  um  vai  receber  um  exemplar,  que  deverá  ser  devolvido  ao  final  do 
trabalho. Deixe claro que não haverá nenhuma prova do livro.  O que  se pretende é verificar como se 
posicionam em relação ao livro: o que apreciam ou não na história e na forma como é contada e por 
quê; o que pensam em relação à situação vivida pelas personagens etc.; enfim, desafie‐os a se colocar 
frente à história: “Vocês seriam capazes de dialogar com o livro; de prever acontecimentos na história 
antes de lê‐los e de emitir uma opinião fundamentada sobre o livro?”. 

Se você dispuser de mais aulas, pode aumentar os momentos de leitura em sala de aula, continuando 
o  trecho  anteriormente  solicitado.  Esse  é  um  bom  procedimento,  já  que  pode  ajudar  a  manter  o 
interesse pelo livro e “resgatar” alunos que, porventura, tenham abandonado a leitura. Sugere‐se que 
as  sequências  de  ilustrações  sejam  “lidas”  individualmente  e  comentadas  quando  for  o  caso,  mas 
deve‐se evitar relatar oralmente a ação mostrada para não empobrecer o recurso. 

2. Apresentação do livro – leitura da sinopse  

• Distribua o Anexo 1 e leia a sinopse para os alunos. 

• Proponha a questão 1 do Anexo. 

Caso você disponha de pouco tempo para essas aulas, pode pular essa etapa da atividade, adequando 
o item 4: lendo a 4ª capa e lançando a pergunta 1 do Anexo 1.  

3. Distribuição do livro:

• Você pode “ritualizar” a entrega do livro, se considerar relevante, mas, para isso, precisa sentir‐se 
à  vontade  com  a  atividade.  Convide‐os  e/ou  desafie‐os  para  a  leitura  e  diga  algo  como:  “Vocês 
estão prontos para Hugo Cabret? Então, quem quiser, pode vir pegar o livro. Um de cada vez...”. 
Você  pode  propor  que  peguem  o  livro  e  assinem  uma  lista  de  empréstimo  (mais  do  que  um 
compromisso  com  a  devolução  do  livro,  a  ideia  é  que  isso  simbolize  um  compromisso  com  a 
leitura). Outra possibilidade é você entregar pessoalmente o livro para cada um e convidá‐lo para 
a leitura, dizendo algo como: “Conto com você ou com suas opiniões”. 

• Após distribuir o livro, deixe que eles comentem livremente suas primeiras impressões. Caso não 
digam nada a respeito das peculiaridades do livro, pergunte “o que o livro tem de diferente dos 
outros (cor do papel, tipo de ilustração, diagramação etc.)”. 

• Se possível, arrume a classe em forma de círculo ou semicírculos. 

4. Leitura da 4ª capa: 

Peça para que leiam a 4ª capa e converse com eles sobre as informações coincidentes com a sinopse já 
lida.  

5. Leitura do 1º capítulo

Antes da leitura do capítulo 1: 

• Com o título O ladrão, o que se pode esperar que aconteça nesse capítulo? 

Durante e depois da leitura do capítulo 1: 

Peça para que os alunos leiam o livro até a página 45 (antes da primeira página com palavras impressas). 
Lance algumas questões: 

• O que foi possível compreender da história até o momento? 

¾ Quem parece ser a personagem principal? Como sabemos disso?  

¾ A personagem age abertamente ou parece estar fazendo algo escondido?  

Peça  para  que  leiam até  o  final  do  capítulo  1  (pág.  61).  Deixe  que comentem  livremente  sobre  o  que 
leram. Coloque algumas questões para que respondam oralmente: 

• Para que será que Hugo precisava dos brinquedos? Por que será que os rouba? 

• Por que o velho se refere a fantasmas? Retome um trecho da página 60: 

Fechou o caderninho. A expressão em seu rosto mudava rapidamente, de medo para tristeza, de 
tristeza para raiva. 

• Por que será que o velho fica querendo com tanta insistência saber quem fez os desenhos e de 
quem é o caderno? Por que não devolve o caderno para o menino? 

Depois de uma primeira leitura do capítulo 1: 

Retome com os alunos as ilustrações do início do capítulo.  

Na  4ª  capa  do  livro,  há  um  destaque  para  o  fato  de  que  a  história  é  narrada  por  meio  de  textos  e 
imagens  e  as  imagens  misturam  elementos  de  quadrinhos  (HQ)  e  cinema.  Proponha  que  os  alunos 
tentem descobrir que elementos são esses.  

• Pergunte  aos  alunos  se  eles  sabem  o  que  é  Zoom  e  desafie‐os  a  encontrar  movimentos  de 
afastamento e aproximação nessas primeiras páginas e a dizer por que esses movimentos podem 
ter sido utilizados. Pergunte para eles em que página o movimento de zoom inicial é invertido – 
passam do afastamento para a aproximação (págs. 12‐13). 

¾ Págs. 4‐11 –de afastamento (zoom out: da lua passa‐se a ver a cidade– Paris – até zoom 
que a estação entre no quadro – e aí já está amanhecendo) Por meio desse movimento, 
apresenta‐se o cenário da história. 

¾ Págs.  12‐19  –  zoom  de  aproximação  (zoom  in)  Por  meio  desse  movimento  somos 
convidados a entrar na estação de trem e a personagem nos é apresentada). 

• Proponha  mais  questões:  em  que  página  a  personagem  principal  nos  é  apresentada?  Como 
sabemos que ela é a personagem principal?  

Professor:  Caso  não  consigam  perceber,  peça  para  que  observem  nas  páginas  16/17  a  personagem 
que é destacada por meio da luz. As páginas seguintes, 18‐19 e também as demais, confirmam que ela 
é a personagem em foco. 
 
• Comente com alunos a sequência, também cinematográfica, de tomadas (e de ações) das páginas 
20‐31. Como percebemos que Hugo faz algo escondido?  
 
Veja  se  percebem o olhar  desconfiado  da  personagem  nas  páginas  24,  26  e  28  e  o zoom  no  pé  que 
entra no esconderijo na página 30. 
 
• Explique para eles o que é uma câmera subjetiva (câmera que funciona como se fosse o olho da 
personagem) e peça que tentem observar: 

¾ Em  que  página  esse  recurso  começa  a  ser  utilizado?  Ou  em  quais  páginas  a  ilustração 
parece  mostrar  o  que  o  olho  de  Hugo  estaria  vendo?  (Diga  aos  alunos  que  “jouets” 
significa brinquedos em francês). 

• Outro movimento de zoom acontece entre as páginas 52‐59. Comente sobre isso com os alunos. 

• Finalmente, pergunte aos alunos se ficou claro o uso de recursos cinematográficos por parte do 
autor/ilustrador do livro. 

• Apresente o Anexo 2. A partir da leitura do exemplo dado, oriente o preenchimento do quadro, 
que  pode  ser  colado  no  caderno.  Na  coluna  do  meio  os  alunos  devem  registrar  muito 
sinteticamente  os  principais  acontecimentos  do(s)  capítulo(s).  Na  última  coluna,  o  aluno  deve 
colocar  perguntas,  comentar  algo  sobre  a  história  ou  o  livro  etc.  Como  o  livro  tem  duas  partes, 
seria  interessante  que,  ao  final  da  primeira  parte,  se  fizesse  uma  retomada  do  quadro  que 
também  servisse  de  aquecimento  para  a  leitura  da  Parte  2.  Nessa  ocasião,  você  pode  lançar  a 
seguinte questão: Quais perguntas foram respondidas até o final da Parte 1 e quais não foram? 
Qual  será  então  o  mote  principal  da  Parte  2?  Sugere‐se  que  o  preenchimento  do  quadro  seja 
facultativo.  O  aluno  poderá  preenchê‐lo,  se  quiser,  para  melhor  se  colocar  nas  discussões  em 
classe,  mas  deverá  necessariamente  participar  desses  momentos.  Ele  pode  preencher  o  quadro 
por capítulos ou blocos de capítulos, escrevendo ou desenhando (nesse caso, em outro espaço). 


• Como a extensão do livro pode ser um elemento desestimulador, chame a atenção para o fato de 
que nessa aula já leram até a página 61, para a quantidade de ilustrações (cerca de 316 páginas no 
total) e para o não preenchimento total das páginas. 

• Diga que para a próxima aula deverão ler os capítulos 2, 3, 4 e preencher o quadro do Anexo 2. 

Aula 3

• Mude a disposição da sala, se achar que é o caso. 

• Retome as anotações dos alunos do Anexo 2. 

• Proponha outras questões: 

¾ O que Hugo faz na estação? 

¾ Conseguiu o caderno de volta? Tem chance de conseguir? Por que quer tanto o caderno 
de  volta?  (Professor:  Se  nesse  momento  não  conseguirem  responder,  a  leitura  do 
capítulo 5 os ajudará.) 

¾ Será que Hugo pode confiar na menina? 

• Proponha comentários sobre as ilustrações – seu realismo e a influência do cinema (a sequência 
das cenas parece um story‐board): 

¾ À página 66, temos a sensação de que o menino está correndo; na página 71, “vemos” 
Hugo subindo as escadas e, na página 75, o vemos abrindo a porta; 

¾ À  página  78,  somos  capazes  de  perceber  o  esforço  que  faz  para  girar  o  mecanismo  do 
relógio; 

¾ À página 89, temos a sensação de que Hugo está com muito frio! 

• Leia  com  eles  o  capítulo  5.  Chame  atenção  para  o  fato  de  que  nesse  capítulo  muita  coisa  da 
história deve ser esclarecida – como Hugo se tornou órfão, por que vive na estação, o que faz por 
lá etc. 

• Peça  que  procurem  as  definições  de  autômato  no  dicionário  que  sejam  mais  adequadas  ao 
sentido do texto. Algumas possibilidades: 

Autômato 
Autômato 
Acepções 
S.m. 
■ substantivo masculino  
 
1    máquina ou engenho composto de mecanismo 
1.Maquinismo que se põe em movimento 
que lhe imprime determinados movimentos (p.ex., 
por meios mecânicos.  
um relógio, certos tipos de brinquedo etc.)  
 2.Aparelho que imita os movimentos 
2    aparelho com aparência humana, ou de outros 
humanos. 
seres animados, que reproduz seus movimentos por 
(Dicionário Aurélio – Século XXI1) 
meios mecânicos ou eletrônicos 
 
(Dicionário Eletrônico Houaiss1) 

10 
• Proponha o preenchimento do Anexo 2, referente ao capítulo lido. 

• Se  houver  tempo,  proponha  que  comecem  a  ler  o  capítulo  6.  Caso  não  haja,  diga  que  para  a 
próxima aula deverão ler os capítulos 6, 7 e 8 e preencher o quadro do Anexo 2. 

Aula 4

• Mude a disposição da sala, se achar que é o caso. 

• Deixe que comentem livremente sobre o trecho lido. 

• Retome as anotações dos alunos do Anexo 2. 

• Teça comentários e/ou proponha outras questões: 

¾ Será  mesmo  que  o  velho  chorou  no  momento  em  que  discutia  com  Hugo  sobre  o 
caderninho? Por que teria chorado? (pág. 138) 

¾ Na  livraria,  Isabelle  reencontra  um  amigo,  Etienne,  que  trabalha  no  cinema.  Por 
intermédio desse amigo, o cinema aparece explicitamente na história (antes havia várias 
referências  nas  ilustrações,  planos,  zooms  etc.).  E  o  cinema  parece  unir  (ou  dividir) 
personagens. Hugo gostava de cinema e sempre ia com o pai. Isabelle também gosta e vai 
ao  cinema  escondida.  Por  que  será  que  Tio  Georges  não  queria  que  sua  sobrinha, 
Isabelle, fosse ao cinema? 

¾ Por que Etienne fez o truque da moeda? (Provavelmente porque percebeu que Hugo iria 
roubar o livro e, como teve simpatia por ele, resolveu de alguma forma “dizer” que aquilo 
não era correto.) (pág. 187) 

• Proponha que, individualmente, leiam os capítulos 9 – A Chave – e 10 – O Caderno – em sala. Que 
chave será essa? Qual sua serventia? Será que Hugo vai, enfim, reaver o Caderno? 

Professor: Aproveite para observar como os alunos leem: seu ritmo, interesse, concentração etc. Caso 
haja algum aluno que demonstre uma certa dificuldade, aproveite para fazer uma leitura conjunta. 

• Peça que leiam os capítulos 11 e 12 em casa. Diga que, com a leitura desses dois capítulos, eles 
terminarão a Parte 1 do livro. Lance as últimas questões para que levantem hipóteses: 

¾ Qual será a razão dos títulos dos capítulos? Hugo roubará mais alguma coisa?  

¾ Que mensagem (título do capítulo 12) será essa? Será mesmo do pai? 

• Lembre‐os  de  continuar  preenchendo  o  quadro  dos  capítulos  (Anexo  2)  que  será  usado  na 
próxima aula. 

11 
Aula 5

• Deixe que comentem livremente sobre os capítulos lidos e a Parte 1 do livro de uma forma geral. 
Retomando o quadro do Anexo 2: Que história foi resolvida ou o que foi respondido? O que ainda 
falta resolver/esclarecer? 13 

• Comente com os alunos que o autor se baseou em fatos reais para escrever a história. Peça que 
leiam o texto sobre ilusionismo no Anexo 3 e observem que o grande ilusionista Houdin também 
era relojoeiro. Converse com os alunos sobre ilusionismo. Mostre exemplos concretos (baixar os 
vídeos ou acessá‐los no computador): 

http://xpock.com.br/truque‐de‐ilusionismo‐muito‐bacana (homem cortado ao meio) 

http://www.youtube.com/watch?v=vkWom‐jsj7I (carta de baralho) 

• Desafie‐os a tentar fazer mágicas, observando como conseguem compreender a explicação oral e 
a instrução escrita (essas poderiam ser atividades mais situadas de trabalho com as habilidades de 
leitura  e  compreensão  oral).  Divida  a  classe  em  grupos  e  distribua  diferentes  instruções  ou 
disponibilize (em vídeo) explicações orais de mágicas. Procure observar se os alunos conseguem 
compreender  as  instruções  e,  caso  não  consigam,  tente  mediar  a  leitura,  fazendo  perguntas, 
chamando atenção para determinadas partes etc. 

¾ http://www.youtube.com/watch?v=9EqkDm6jrYo (baixar o vídeo que explica a mágica de 
cartas apresentada anteriormente) 

MATERIAL NECESSÁRIO: baralho. 

 
¾ http://www.terion.com.br/magicas/exemplo.asp  (baixar  e  imprimir  instruções  para  a 
mágica da cédula rasgada) 

MATERIAL NECESSÁRIO 
Dois cartões telefônicos idênticos (ou duas cartas de baralho de mesmo naipe e número); 
cédula de dinheiro (preferencialmente nova por ser mais fácil fazer o vinco); lixa de unha; 
tesoura; fita adesiva dupla face. 
 
 
¾ http://pt.wikibooks.org/wiki/Truques_de_cartas/Truques_matem%C3%A1ticos  (escolher 
e imprimir algumas instruções) 

MATERIAL NECESSÁRIO: baralho. 

• Os alunos deverão treinar a mágica em casa e fazê‐la na próxima aula para os outros grupos. 

13
 As próximas atividades dessa aula poderão ser feitas após o término da leitura da Parte 2 ou poderão ser suprimidas, caso não haja 
tempo disponível.  
12 
Aula 6

• Apresentação das mágicas pelos alunos: decida se os alunos apresentarão as mágicas para a classe 
inteira (o que pode levar muito tempo) ou apresentarão entre grupos. Nesse caso, a apresentação 
se dará entre grupos que não conheçam os truques uns dos outros; 

• Após  as  apresentações,  peça  para  que  leiam  os  capítulos  1  e  2  da  Parte  2  em  casa  (se  houver 
tempo,  podem  começar  na  aula).  Peça  para  que  três  alunos  leiam  também  o  capítulo  3, 
preparando  uma  leitura  oral  para  a  classe  na  próxima  aula.  Eles  devem  ensaiar  essa  leitura,  de 
forma  que  possam  fazer  uma  leitura  expressiva,  com  ritmo,  volume  de  voz  e  entonação 
adequados. Lembre‐os de continuar preenchendo o quadro dos capítulos. 

Aula 7

• Mude a disposição da sala, se achar que é o caso. 

• Deixe que comentem livremente sobre os capítulos lidos. 

• Retome as anotações dos alunos do Anexo 2. 

• Teça comentários e/ou proponha outras questões: 

¾ Vocês se surpreenderam com a assinatura? Esperavam que os desenhos fossem do velho 
Georges? 

¾ Por que será que Georges reage dessa forma frente aos desenhos? 

¾ Chame  atenção  para  a  sequência  de  desenhos  das  páginas  284‐297.  Todos  esses 
desenhos foram elaborados por Georges Méliès (1861‐1938), que de fato foi um cineasta 
que  existiu  (embora  o  autor  tivesse  inventado  sua  personalidade  e  toda  sua  história). 
Vejam  o  título  dos  desenhos  nas  páginas  531‐532.  Comente  que  em  quase  todos  os 
desenhos  parece  haver  algo  de  fantástico  –  estranhas  criaturas  aladas,  cabeças  que 
irradiam fachos, um homem navegando num planeta, alguém cavalgando um peixe etc. 

• Como  combinado,  peça  para  que  os  alunos  leiam  o  capítulo  3  –  cada  um  pode  ficar  com  uma 
sequência de páginas intercaladas com desenhos. Se a leitura se tornar monótona ou cansativa, 
reavalie. 

¾ Após a leitura comente sobre a sequência de desenhos das páginas 308‐317. O que esses 
desenhos apresentam de diferente dos demais. 

(A  mistura  de  vários  elementos  fragmentados,  que  ajudam  a  criar  uma  representação  de 
sonhos.) 

• Encaminhe a leitura dos capítulos 4, 5, 6 e 7. Da mesma forma que na aula anterior, peça que dois 
alunos  preparem‐se  para  a  leitura  do  capítulo  8  (um  capítulo  crucial  na  história;  será  preciso 
caprichar!!!!). Lembre‐os de continuar preenchendo o quadro dos capítulos. 

13 
Aula 8

• Mude a disposição da sala, se achar que é o caso. 

• Deixe que comentem livremente sobre os capítulos lidos (4‐7).  

• Retome as anotações dos alunos do Anexo 2. 

• Teça comentários e/ou proponha outras questões: 

¾ Peça  que  levantem  hipóteses  que  possam  explicar  o  porquê  do  título  do  capítulo  4:  A 
invenção dos sonhos.  

¾ Comente o quase quadro‐a‐quadro da sequência de ilustrações (págs. 322‐337) do trajeto 
de Hugo até a Academia de Cinema, como se uma câmera o estivesse acompanhando. 

¾ O que acharam da descoberta de que Georges era um cineasta? 

¾ Qual seria a motivação de Tio Georges? Por que seria preciso “consertá‐lo”? (pág. 375). 

• Para preparar a leitura do capítulo 8, lance a questão: o que acontecerá agora? Georges abrirá a 
porta? Terão que arrombá‐la?  

• Leitura do capítulo 8 pelos alunos escolhidos. Da mesma forma que na aula anterior, se a leitura 
se tornar monótona ou cansativa, reavalie. 

• Encaminhe  a  leitura  dos  capítulos  finais.  Lembre‐os  de  continuar  preenchendo  o  quadro  dos 
capítulos. 

Aula 9

• Mude a disposição da sala, se achar que é o caso. 

• Deixe que comentem livremente sobre os capítulos lidos.  

• Comente mais algumas passagens do trecho lido: 

¾ Peça que observem novamente a sequência em que Hugo é perseguido (págs. 416‐451). 
Depois  sugira  que  observem  e  comentem  o  realismo  dos  desenhos,  por  exemplo:  a 
corrida  de  Hugo  (págs.  418‐419)  e  a  do  inspetor  (págs.  420‐421);  o  grito  do  inspetor 
(págs. 424‐425); o cansaço de Hugo (pág. 427) etc. 

¾ O que acontece entre as páginas 472‐477? (Hugo desmaia.) 

¾ Qual é o autômato que Hugo diz ter construído no final da história? (pág. 510)  

Uma interpretação possível é pensar que se trata de um uso aproximado do termo “autômato”, para 
fazer referência ao próprio livro que acabam de ler. O autômato feito por Hugo seria a própria história 
que acabara de contar. A invenção de Hugo Cabret poderia, assim, ser o próprio livro. 

14 
¾ Como  as  ilustrações  finais  do  livro  “conversam”  com  as  iniciais? Como  as  ilustrações  se 
relacionam com a parte da história em que se encontram?  

Veja  se  percebem  que  novamente  a  lua  é  focada,  como  no  início  do  livro.  Só  que  desta  vez  ela  vai 
minguando e tudo vai ficando escuro, como no final de uma história – ou no final de um filme. Já no 
início, a lua está cheia e vai cedendo lugar ao sol, ao início de um dia e ao início de uma história. 

• Retome as anotações dos alunos do Anexo 2, relembrando as principais passagens da história e a 
forma como ela foi contada, como os acontecimentos foram sendo relatados. Retome também a 
última questão do Anexo 1, relativa à sinopse do livro: todas as questões estão respondidas? De 
que forma? 

• Qual  a  relação  entre  brinquedos  mecânicos/relógios,  mágica  e  cinema  que  perpassa  a  história 
inteira?  (A  ideia  é  que  percebam  que  brinquedos  mecânicos  –  que  funcionam  como  um 
mecanismo de um relógio – podem ser usados para criar ilusões – fazer mágicas – ou até mesmo 
para representar seres humanos ou ações humanas – autômatos. O cinema de Georges Miélès é 
todo  voltado  para  criar  ilusões,  o  que  permite  uma  aproximação  do  cinema  com  o  mágico.) 
Aproveite  para  conversar  um  pouco  sobre  a  magia  do  cinema.  Por  que  podemos  dizer  que  o 
cinema é algo mágico? 

• Peça que comentem o que acharam do livro e da forma como ele foi lido. 

• Por  fim,  como  forma  de  se  despedirem  de  Hugo,  peça  que  descrevam  (ou  escrevam  algo  mais, 
como um pano de fundo, uma fala, um pensamento de alguém) uma cena desenhada pelo autor 
ou então que desenhem uma passagem escrita que tenha sido marcante para eles. 

15 
Anexo 1

Sinopse do livro 14 

Paris,  anos  30.  Hugo  Cabret  vive  clandestinamente  na  estação  de  trem. 
Esgueirando‐se  por  passagens  secretas,  o  menino  cuida  do  funcionamento  dos 
gigantescos  relógios  do  lugar.  Ele  precisa  manter‐se  invisível  porque  guarda  um 
incrível  segredo.  Descoberto  pelo  severo  dono  da  loja  de  brinquedos  e  por  sua 
curiosa  afilhada,  todos  os  seus  planos  entram  em  perigo...  Um  valioso  caderno, 
uma  chave  roubada,  uma  mensagem  cifrada  e  um  passado  esquecido  estão  no 
centro dessa misteriosa aventura. 
 
A  invenção  de  Hugo  Cabret  oferece  uma  diferente  e  emocionante  experiência  de 
leitura.  O  autor,  Brian  Selznick,  compôs  a  trama  com  textos  e  ilustrações  que 
desenvolvem  a  história  como  em  um  story‐board  de  cinema.  A  interação  entre 
realidade  e  ficção  é  outro  dos  pontos  fortes  do  livro,  que  o  torna  uma  fonte  de 
conhecimento.  A  obra  recria  uma  época‐chave  da  história  da  humanidade:  a 
industrialização europeia, o auge das ferrovias, o mecanicismo (aplicado às artes, à 
mágica, à relojoaria) e o surgimento do cinema. 
Considerada uma obra‐mestra pela crítica mundial, a edição inglesa, publicada em março de 2007 pela Scholastic 
– editora do Harry Potter nos Estados Unidos –, vendeu 300 mil exemplares em três meses. O sucesso não para 
por aí. Atraídos pela singularidade da obra, os estúdios Warner Bros. compraram os direitos para sua adaptação 
ao cinema e já negociam com o diretor Martin Scorsese. 

1) Para  discutir  com  os  colegas  antes  de  ler  o  livro:  você  considera  que  essa  é  uma  boa  sinopse?  Dá 
vontade de ler o livro? 
 
2) Para  trocar  com  os  colegas  depois  da  leitura  do  livro  –  comente  sobre  cada  um  dos  elementos 
mencionados no trecho abaixo: quando aparecem, quando e de que forma o mistério é esclarecido 
etc. 

Um valioso caderno, uma chave roubada, uma mensagem cifrada e um passado esquecido estão no 
centro dessa misteriosa aventura.  

14
 Retirada do site da editora ‐ http://www.edicoessm.com.br/hugocabret/sinopsis.html.
16 
Anexo 2
 
Registros e impressões 
A invenção de Hugo Cabret (Parte 1) 
 
1) Durante a leitura do livro, a atividade principal a ser desenvolvida é a troca de impressões e opiniões 
sobre a história e a forma de contá‐la. Para que você possa participar mais ativamente dessa troca, a 
ideia é que você vá registrando seu caminho de leitura. 

MEUS COMENTÁRIOS/IMPRESSÕES/SUPOSIÇÕES/ 
CAPÍTULOS  ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS 
QUESTIONAMENTOS 
Hugo  é  apresentado.  Rouba  um  O menino será mesmo ladrão? Por que o caderno é 
brinquedo   tão  
da  loja  da  estação  e  é  pego  pelo  importante?  
velho,  Por  que  o  velho  fica  tão  perturbado  ao  olhar  o 
1. O ladrão 
dono da loja, que além do brinquedo  caderno?  Esquisito  o  velho  não  querer  devolver  o 
roubado  toma  dele  seu  precioso  caderno nem entregar o menino para a polícia. 
caderno.    Incrível  a  sequência  de  desenhos!!  É  mesmo 
cinema!! 
   
   
2. Os relógios     
   
   
   
   
3. Neve     
   
   
   
   
4. A janela 
   
   
   
   
5. O pai de     
Hugo 
   
   
6. Cinzas     
   
   

17 
   
   
   
7. Segredos     
   
   
   
   
8. Baralho 
   
   
   
   
9. A chave     
   
   
   
   
10. O caderno    
   
   
   
   
11. Bens     
roubados 
   
   
   
   
12. A     
mensagem 
   
   

18 
Registros e impressões  
A invenção de Hugo Cabret (Parte 2) 

MEUS COMENTÁRIOS/IMPRESSÕES/SUPOSIÇÕES/
CAPÍTULOS  ACONTECIMENTOS PRINCIPAIS 
QUESTIONAMENTOS 
   
   
1. A assinatura     
   
   
   
   
2. O armário     
   
   
   
   
3. O plano     
   
   
   
4. A invenção dos     
sonhos     
   
   
   
5. Tio Georges     
fazia filmes 
   
   
   
   
6. Motivação 
   
   
   
   
7. A visita 
   
   
8. Abrindo a porta     

19 
   
   
   
   
   
   
9. O fantasma da     
estação 
   
   
   
   
10. Um trem chega     
à estação 
   
   
   
   
11. O mágico     
   
   
   
   
12. Dando corda 
   
   

20 
Anexo 3

Ilusionismo: Lendo sobre e experimentando 
 
Ilusionismo 15   (também  chamado  magia  ou  prestidigitação)  é  a  arte 
cênica  de  entreter  e  sugestionar  uma  audiência  criando  ilusões  que 
confundem  e  surpreendem,  geralmente  por  darem  a  impressão  de  que 
algo  impossível  aconteceu,  como  se  o  executante  tivesse  poderes 
sobrenaturais. No entanto, esta ilusão da magia é criada totalmente por 
meios  naturais.  Os  praticantes  desta  atividade  designam‐se  mágicos  ou 
ilusionistas. 

A arte da prestidigitação é baseada fundamentalmente na presteza dos 
dedos do mágico em manipular os equipamentos e acessórios usados 
nos truques. 

As ilusões mais conhecidas envolvem aparecimentos e 
desaparecimentos, transformações, uniões, leitura da mente, desafios às 
Cartaz anunciando um mágico 
leis físicas e lógicas, e tudo o que desafia a explicação racional.                  

História  
Os artifícios do ilusionismo existem desde o princípio dos tempos, utilizando, por exemplo, o xamanismo 
para  demonstrar  a  condição  de  feiticeiro.  No  entanto,  a  profissão  de  ilusionista  ganhou  prestígio 
durante  o  século  XVIII,  e  foi  passando  por  diversas  modas  até  se  converter  numa  das  formas  mais 
populares de entretenimento. 

O  ilusionismo  moderno  deve  grande  parte  das  suas  origens  a  Jean 


Eugène Robert‐Houdin, relojoeiro, que abriu um teatro de magia em 
Paris na década de 1840. 

Um dos mais famosos praticantes desta arte foi Houdini (1874‐1926), 
o  "Rei  das  Fugas",  que  morreu  devido  à  súbita  intervenção  de  um 
espectador num dos seus espetáculos. O mágico afirmava que poderia 
levar  um  forte  soco  no  estômago  e  não  sentiria  dor,  porém  o 
espectador  (que  era  um  boxeador)  socou‐o  antes  que  Harry  Houdini 
estivesse preparado para a ação. Isso ocasionou um problema interno 
e o mágico foi internado no mesmo dia, mas acabou por falecer. 

Jean Eugène Robert‐Houdin (1805‐1871) 

Em finais do século XX, o ilusionismo voltou a estar no auge, pela mão de diversos executantes, como 
Doug Henning, primeiro, e David Copperfield, depois, por meio de programas televisivos, espetáculos na 
Broadway e excursões mundiais. 

15
Retirado da Wikipédia em 28/08/2009 - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilusionismo.
21 
Deixando‐se afetar pela ilusão... 
Agora você vai assistir a dois vídeos que usam e abusam do ilusionismo. O primeiro é realmente incrível 
(onde é que o homem coloca suas pernas?)!! O segundo é mais simples, mas, nem por isso é óbvio... 
 
http://xpock.com.br/truque‐de‐ilusionismo‐muito‐bacana (homem cortado ao meio) 
 
http://www.youtube.com/watch?v=vkWom‐jsj7I (carta de baralho) 

Desvendando o mistério (e perdendo o encantamento) 
Para saber como o segundo truque é realizado, acesse: 
 
http://www.youtube.com/watch?v=9EqkDm6jrYo (carta de baralho) 
 
 
Dando os primeiros passos na arte do ilusionismo 
Vários são os endereços na internet que ensinam a fazer mágica.  
Para aprender a fazer mágica com cartas, acesse: 
 
http://pt.wikibooks.org/wiki/Truques_de_cartas/Truques_matem%C3%A1ticos#A_sua_carta_.C3.A9_a_
pr.C3.B3xima 
 
Para aprender a fazer uma mágica que envolve rasgar dinheiro (?!), acesse: 
 
http://www.terion.com.br/magicas/exemplo.asp  
 
Para além do truque em si, tem um tanto de performance que você deve aperfeiçoar! Boa Sorte! 

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