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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LETRAS CLÁSSICAS E VERNÁCULAS
SEMINÁRIO PARA O ENSINO DE LITERATURA BRASILEIRA – 2012/2

Prof. Dr. Antônio Sanseverino


Aline Stawinski
Renata Einsfeld

PROJETO DE ENSINO DE LITERATURA

O DRAMA NA SALA DE AULA: FORMAÇÃO DO LEITOR A PARTIR DO GÊNERO


TRÁGICO

[...] uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a


fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os
níveis é um direito inalienável.
Antonio Candido

Pressupostos:

Em vista do atual desinteresse pela leitura de obras literárias pelo público em geral, tem-
se buscado apontar os motivos que levam a isso: o mais recorrente entre os teóricos seria a forma
como a disciplina é abordada nas escolas de Ensino Básico, que teria como objeto o estudo dos
estilos através da crítica e da história da literatura, em detrimento da leitura das obras. Tzvetan
Todorov, ao traçar um panorama do ensino de literatura nas escolas de Ensino Básico francesas
em A literatura em perigo (2009), propõe uma única solução: a leitura das obras como objeto de
estudo dessa matéria.
Ao compor esta proposta de letramento literário, a leitura de obras do gênero trágico –
grego, shakeasperiano e rodrigueano – nos apropriamos do pensamento de Antônio Candido, em
Direito à Literatura (1995), de que a literatura humaniza e é um bem incompressível. A
Literatura, assim, é entendida como “todas as criações de toque poético, ficcional, ou dramático
em todos os tipos de cultura, desde o que chamamos folclore, lenda, chiste, até as formas mais
complexas e difíceis da produção escrita das grandes civilizações (p.242)”, a literatura deve ser
em todas as suas „formas‟ fruída. É crucial, neste trabalho mais especificamente (mas também no
trabalho geral com a Literatura) reconhecer aquilo que, nas palavras de Candido, “consideramos
indispensável para nós é também indispensável para o próximo” (p. 239).

Compreendemos o distanciamento cultural e temporal dos discentes para com as obras


indicadas e a dificuldade em abordar esses cânones. Porém, cremos na essencialidade do estudo,
pois, citando Italo Calvino,
“[...] a escola deve fazer com que você conheça bem ou mal um certo número de
clássicos dentre os quais (ou em relação aos quais) você poderá depois
reconhecer os "seus" clássicos. A escola é obrigada a dar-lhe instrumentos para
efetuar uma opção: mas as escolhas que contam são aquelas que ocorrem fora e
depois de cada escola. É só nas leituras desinteressadas que pode acontecer
deparar-se com aquele que se torna o "seu" livro.” (1994, p.13)

Proporcionar ao aluno o contato com o cânone é dar-lhe a oportunidade de apropriar-se de uma


sensibilidade estética diferente da do seu cotidiano, ampliando, assim, seu conhecimento de
mundo - do seu e do outro.
Em seu artigo A leitura e o leitor, YUNES (1995) faz uma importante observação que
não deve ser negligenciada na formação de leitores em qualquer nível: a leitura não deve ser
vista como mero hábito a ser familiarizado e inserido no cotidiano, mas como prazer, mesmo que
efêmero. Ler, para a autora, é um ato tanto da sensibilidade quanto da inteligência, de
“compreensão e de comunhão com o mundo” (p. 185). Muito além do hábito, nessa perspectiva
ler é ir além da decodificação de palavras, sintagmas e orações... ler é interagir com a realidade e
interpretá-la. Nesse sentido, o leitor deve ser sempre ativo, sendo também papel do professor
ouvir a contribuição dos seus alunos-leitores, interagindo com as diversas leituras, contribuindo
com o texto, observando o contexto etc.

Tentamos, aqui, nos perguntar e esboçar nosso propósito do ensino de literatura que,
segundo STEINER (1988), é dever “de quem quer que ensine ou interprete literatura” (p. 23). É
importante ressaltar que, de acordo com o autor, acreditamos que o questionamento só será
produtivo “quando a abordagem da obra for completamente livre” (p. 280), sincera na sua busca
de discordância, oposições e interpretações. Acreditamos que a Literatura é um direito de todos -
não devendo, assim, ficar restrita a pequenos grupos na sociedade. O aluno deverá ter a
oportunidade de ampliar seu repertório, construindo, assim, um histórico de leitura que, sendo
alcançado o letramento, deverá se renovar ao longo da vida do leitor.
Proposta nuclear:

As obras propostas para este projeto são Medeia, de Eurípedes, Otelo, de Shakespeare, e
Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues, sendo a temática unificadora o ciúme. Uma vez
que cada uma dessas obras dramáticas possui as marcas das culturas e épocas a que pertenceram,
faz-se necessária a contextualização, pois como expõe Esslin,
O contexto é tudo: inserido no contexto adequado, um gesto quase que imperceptível
poderá mover montanhas, a mais simples das frases poderá transformar-se na mais
sublime expressão poética... uma vez que a atenção e o interesse do espectador tenham
sido captados, uma vez que ele tenha sido induzido a seguir a ação com total concentração
e envolvimento, seus poderes de percepção estarão intensificados, suas emoções passarão
a fluir livremente e ele atingirá, na verdade, um estado exacerbado de conscientização no
qual ficará mais receptivo, mais observador, mais apto a discernir a unidade e o desenho
geral da existência humana. (1978, p.58,59)

Então, antes da abordagem propriamente dita das obras, contextualizaremos o período


histórico-cultural em que foram escritas e as características de estrutura e do gênero que
permeiam essas criações.
Além de situar historicamente, a fim de familiarizar os alunos com as obras e com o
contexto de produção, a temática do ciúme propõe mostrar como as questões abordadas nas
obras são até hoje atuais, estando inseridas na sociedade contemporânea. Os dramas vividos em
Medeia, Otelo e Senhora dos Afogados não só estão inseridos nas páginas dos jornais (crimes,
tragédias familiares e passionais), como também se atualizam no enredo de formas que fazem
parte do dia a dia de milhares de brasileiros - a telenovela. Sendo, assim, um tema recorrente na
contemporaneidade, acreditamos que servirá como eixo de variadas discussões com os alunos,
apontando, também, para a questão efêmera da Literatura e para a permanência de algumas obras
(em relação ao esquecimento de outras).

Perfil do aluno:

Alunos do 3° ano do Ensino Médio de uma escola com o padrão do Colégio de Aplicação
desta Universidade. A turma teria em torno de 25 alunos, com idades entre 15 e 17 anos, com
razoável experiência de leitura, em especial em sala de aula devido à proposta pedagógica de
seus docentes, e, no geral, possuem hábitos de leitura de Literatura (seja canônica ou não).
Objetivos

1 Proporcionar ao aluno o contato direto com as obras literárias, ampliando o repertório;


2 Produzir leitura prazerosa e crítica, aliando forma e sentido;
3 Praticar leitura silenciosa e a leitura dramática (em voz alta);
4 Aprimorar sua percepção para os sentidos que o ciúme assume em cada uma das obras;
5 Compreender as semelhanças e diferenças estruturais dessas tragédias enquanto gênero
dramático;
6 Produzir textos curtos, autorais e bem escritos (coesão, coerência, autoria, gênero);
7 Produzir roteiro de uma peça (adaptação ou produção autoral conjunta);
8 Praticar a atuação, em sala de aula e em palco;
9 Sensibilizar o indivíduo, num processo de amadurecimento da leitura;
10 Educá-los para a fruição dessas formas de arte literária.

Competências e conteúdos

1 Conhecimento de aspectos da cultura grega e de sua produção literária; mitos, etc;


2 Conhecimento do contexto de produção da tragédia Shakesperiana, temas e forma
literária;
3 Conhecimento da particularidade de produção do gênero dramático no Brasil;
4 Ler e compreender o texto dramático (Medeia, Otelo, Senhora dos Afogados);
5 Diferenças entre leitura silenciosa, leitura em voz alta e leitura dramática;
6 Saber a particularidade da leitura dramática em textos do gênero dramático e a relação
com o sentido que cada interpretação dá ao texto;
7 Ler e compreender os gêneros resenha e texto de opinião;
8 Ler e compreender contos (A vida como ela é) a fim de se familiarizar com Nelson
Rodrigues;
9 Produzir resenhas e textos de opinião sobre as leituras;
10 Socializar a leitura dos textos com a turma e com o professor;
11 Produzir um roteiro para a encenação de um drama;
12 Saber relacionar a tragédia grega, a tragédia de Shakespeare e a tragédia de Nelson
Rodrigues;
13 Comparar as particularidades de diferentes formas de produção (adaptações de obras
literárias em filmes, curtas, peças etc);
14 Exercitar a escrita autoral, a releitura e a reescrita.

SUMÁRIO DAS AULAS E PREVISÃO DE AVALIAÇÕES


(1 aula = 2 períodos = 1 semana)

INTRODUÇÃO
AULA 1: Introdução / Apresentação do projeto; introdução à cultura grega: mitos, deuses
(imagens, exemplos de adaptações atuais: Hércules, Thor, Percy Jackson, Piratas do Caribe etc).
Leitura de textos curtos sobre a cultura grega; Entrega de cronograma das leituras.

TRAGÉDIA CLÁSSICA
AULA 2: Contextualização: o que é „tragédia‟? Conceitos diferentes trazidos pelos alunos
(dicionário, notícias de jornais); Textos curtos sobre Medeia e Jasão (Argonautas) a fim de
familiarizar a turma com os personagens etc.
AULA 3: Medeia – apresentar um trecho que mostre o funcionamento do coro no filme
“Poderosa Afrodite”; leitura dramática com toda a turma; contrato de leitura (prazo); trabalhar
dramatização; A leitura completa deverá ser feita até a aula 4.
AULA 4: discussão sobre a leitura de Medeia; impressões, enredo, estrutura; trabalho individual:
(1) pequeno texto que responda qual foi a cena ou ato que mais chamou a atenção e o porquê; ou
(2) pequeno texto onde o aluno irá dissertar sobre a atualidade dos temas abordados em Medeia;
ou (3) o aluno deverá fazer um pequeno texto sobre a experiência de leitura do gênero Tragédia
(estava familiarizado? gostou da experiência? Justificar). O aluno deverá optar entre os três
trabalhos. Observação: a avaliação será feita levando em conta a participação e a produção
escrita proposta.

TRAGÉDIA SHAKESPEARIANA
AULA 5: Otelo: contextualização – cultura e história; quem foi Shakespeare? Leitura dramática
com a grande turma (voluntários), para iniciar a leitura e terminar em casa. Indicação:
Shakespeare Apaixonado (1998). Para a aula 6 deverão ter feito a leitura completa de Otelo.
AULA 6: Discussão com o grande grupo: Que diferenças e semelhanças há com Medeia?
Trabalho individual: qual obra você gostou mais de ler? Explique. Trabalho: publicar resenha de
uma das peças em algum site de opinião de leitores ou blog. A peça escolhida fica a critério dos
alunos e eles deverão ser orientados a ler outras resenhas para terem o modelo de como o gênero
funciona); A avaliação será feita levando em conta a adequação do gênero, a coesão, coerência,
estrutura etc.
AULA 7: recortes (aproximadamente 1 hora) do filme Othelo (1995). Discussão: essa história
aconteceria hoje? Tarefa: iniciar a leitura de Senhora dos Afogados.

DRAMATURGIA BRASILEIRA - NELSON RODRIGUES


AULA 8: Contextualização: Nelson Rodrigues. Leitura silenciosa do conto A Esbofeteada
(outros textos de A vida como ela é podem ser escolhidos); exibição do curta: A Esbofeteada
(DVD da série A Vida Como Ela É de Daniel Filho - episódio disponível no YouTube).
Discussão do conto e da adaptação. Iniciar em aula a leitura (dramática) de Senhora dos
Afogados; discutir questões sobre a produção do roteiro de adaptação da peça. Para a aula 9
deverão ter feito a leitura completa de Senhora dos Afogados.
AULA 9: Senhora dos Afogados - Discussão com a turma sobre a temática geral;
questionamento sobre as diferenças e semelhanças com as outras peças lidas; impressões de
leitura dos alunos; discussão sobre a adaptação da peça. Os alunos deverão optar entre: (1) fazer
adaptação de Senhora dos Afogados, com posterior encenação ou (2) escrever uma peça autoral,
em grupo (levando em conta os elementos estudados), que também será encenada. A peça
deverá ter em torno de 30 minutos (por questões do tempo disponível para a escrita do roteiro
e ensaios).
Questões a serem consideradas no caso de adaptação: a adaptação da peça será realizada
levando em conta a época em que o drama de Nelson Rodrigues se situa ou será transposta para o
ano atual? Se adaptada para 2012, que mudanças isso acarreta na produção?. Quais cenas serão o
núcleo do roteiro a ser escrito? O que será central? Como se caracterização as personagens?
Como a turma será dividida na produção e encenação?. Enfim, as questões são diversas e o
professor deverá orientar os alunos na reflexão sobre a adaptação da peça, levando em
consideração os diversos aspectos como tempo (duração da peça), época, questões nucleares
etc. As aulas imediatamente seguintes seriam dedicadas à produção do roteiro, mas caso
necessário, a discussão deverá ser estendida para a próxima aula antes de dar início à
escrita conjunta do roteiro.
AULA 10: Iniciar a escrita, com a turma, do roteiro da peça que será apresentada. Antes de dar
início, serão revisadas questões da estrutura do roteiro e o modo como deve ser elaborado. A
escrita do roteiro será feita utilizando um projetor, para que o arquivo de texto fique visível para
todos. Algum aluno ficará responsável por fazer a transcrição das ideias da turma.
AULA 11: Continuação da escrita do roteiro com a turma. O professor deverá estar sempre ativo
no processo, orientando os alunos. Todos devem participar da elaboração do texto conjunto. Se
necessário, o professor deverá estender o número de aulas reservado para a escrita do
roteiro.
AULA 12: Revisão e possíveis modificações do roteiro. Organizar com a turma a divisão das
personagens que serão encenadas. Observação: o ideal seria que houvesse um professor
formado em Artes Cênicas trabalhando em conjunto com o professor de Português/Literatura, a
fim de que os ensaios fossem feitos nas aulas de Teatro ou Artes. Caso não seja essa a situação, o
professor poderá fazer um projeto no turno inverso - para o ensaio da peça - ou utilizar os
períodos normais de aula para o trabalho. O trabalho final dos alunos será a encenação da peça
na escola, e a avaliação será feita com base na participação ativa na elaboração do roteiro, na
leitura dramática e na encenação dos alunos, assim como no texto produzido pela turma (o
roteiro), sua adequação, estrutura, etc. Os alunos devem estar completamente cientes dos
meios de avaliação.

DETALHAMENTO DA AULA 8: (2 períodos)

Objetivo: Familiarização com o autor Nelson Rodrigues, seu estilo e temáticas; conhecer /
ampliar o conhecimento de outros gêneros (no caso, o conto); praticar a leitura silenciosa com
posterior socialização da leitura; assistir a um curta adaptado de Nelson Rodrigues e comparar as
diferentes manifestações artísticas; iniciar a discussão sobre como será feita a adaptação da peça
cuja turma fará o roteiro e a encenação.
Material: cópias para todos os alunos de A Esbofeteada (em: A vida como ela é, de Nelson
Rodrigues); curta-metragem homônimo baseado no conto; computador; projetor; caixas de som.

Atividade 1: Contextualização: quem é Nelson Rodrigues? Leitura de texto biográfico -


adaptado - do autor [anexo].
Atividade 2: leitura silenciosa de A Esbofeteada [anexo] (aproximadamente 15 minutos). Os
alunos devem ser orientados a marcar trechos que chamaram a atenção por algum motivo, a fim
de eles interagirem mais com o texto e apontar questões relevantes.
Atividade 3: apresentação do curta (aproximadamente 11min) [anexo]
Atividade 4: discussão da temática; discussão sobre a adaptação (narração , enredo...)
4.1: Questões geradoras do debate (impressões, temática e relação com as outras obras):
quais as impressões de vocês ao lerem A Esbofeteada? Vocês acreditam que o conto gerou ou
geraria alguma polêmica na época da sua publicação e nos dias atuais? Vocês consideram o texto
atual? Justificar. O ciúme da personagem se assemelha ou se afasta das noções de ciúme
presentes nas outras obras estudadas? de que maneira?
4.2: Questões geradoras do debate (adaptação, questão da narração etc.): o que vocês
acharam da adaptação do conto? Observem a questão do narrador no curta - este é um recurso
comum nas produções televisivas? Que efeitos a voz do narrador causa no curta-metragem? qual
o seu papel?
Atividade 5: leitura dramática inicial de Senhora dos Afogados, que alunos voluntários farão
para toda a turma (para ambientação e divisão da turma entre as personagens da peça); orientar
os alunos a pensarem, durante ou após a leitura de Senhora dos Afogados, em questões da
adaptação da peça (que será apresentada, no fim do projeto, para a escola). A discussão sobre a
adaptação será feita na aula 9.

Indicações de leitura (opcionais):


(levando em conta o gênero dramático, autores estudados e a temática em comum)

Chico Buarque e Paulo Pontes (Gota d‟água)


William Shakespeare (Sonho de uma noite de verão, Romeu e Julieta, Rei Lear)
Ivo Bender (A trilogia perversa)
Racine (Fedra)
Sófocles (Édipo Rei, Electra)
Nelson Rodrigues (Senhora dos Afogados, 7 gatinhos, Vestido de noiva)
Machado de Assis (Dom Casmurro)
REFERÊNCIAS

CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos? São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
CANDIDO, Antonio. Direito à literatura. In: Vários escritos. 3. Ed. Ver. E ampl. São Paulo:
Livraria Duas Cidades, 1995. P. 235-263.
ESSLIN, Martin. Uma anatomia do drama. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
EURÍPEDES. Medeia. Trad.: OLIVEIRA, Flavio de Oliveira. São Paulo: Odysseus, 2006.
RODRIGUES, Nelson. Senhora dos Afogados. São Paulo: Nova Fronteira, 2012.
RODRIGUES, Nelson. A vida como ela é. São Paulo: Schwarcz, 1994.
SHAKESPEARE, William. Otelo. Trad.: VIÉGAS-FARIA, B. Porto Alegre: LP&M, 1999.
STEINER, Alfabetização humanista. In: Linguagem e Silêncio. São Paulo: Companhia das
Letras, 1988. p. 21-29.
TODOROV, Tzevetan. A literatura em perigo. Trad. Caio Meira. Rio de Janeiro: Difel, 2009.
YUNES, R. Pelo Avesso: a leitura e o leitor (Letras, Curitiba, n.44, p. 185-196. 1995. Editora da
UFPR)

FILMOGRAFIA

Othelo (1995), direção de Oliver Parker.


Poderosa Afrodite (1995), direção de Woody Allen.
A Vida Como Ela É (1996), direção de Daniel Filho.

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