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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

ENFERMAGEM

GEAN LUCAS PAULINO DA CONCEIÇÃO / 2021 0851 9642 / TURMA


JÉSSICA FERNANDES DA SILVA / 2020 0158 5681 / TURMA 9015
RONAN SEBASTIÃO SIMÃO / 20190122 8568 / TURMA 9006

PRÉ-ECLÂMPSIA NA GESTAÇÃO E O IMPACTO NA SAÚDE MATERNA E


FETAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

SAO JOSÉ, SC
ABRIL 2024
1

RESUMO

CONCEIÇÃO, Gean Lucas. FERNANDES SILVA, Jéssica. SEBASTIÃO SIMÃO,


Ronan. Eclâmpsia Na Gestação e o Impacto Na Saúde Materna e Fetal. 17 p. Trabalho
de Conclusão de Curso (Enfermagem) – UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ, São José.
2024

A pré-eclâmpsia é uma condição médica potencialmente grave que afeta mulheres grávidas,
caracterizada por hipertensão arterial e lesões em órgãos-alvo, como rins e fígado. Esta
condição pode levar a complicações sérias tanto para a mãe quanto para o feto. Este trabalho
tem como objetivo geral aprofundar a compreensão da pré-eclâmpsia na saúde materna e fetal
e o papel da equipe multidisciplinar na assistência às gestantes com pré-eclâmpsia, visando à
preservação da saúde materna e fetal. Já os objetivos específicos devem investigar os fatores
de risco associados à pré-eclâmpsia, avaliar as diferentes abordagens de diagnóstico precoce
da pré-eclâmpsia, analisar o impacto da pré-eclâmpsia na saúde materna e fetal e evidenciar o
papel da equipe multidisciplinar na assistência às gestantes com pré-eclâmpsia, visando à
preservação da saúde materna e fetal, conclui-se que a pré-eclâmpsia é um grave complicação
da gravidez que pode ter sérias consequências para a saúde da mãe e do feto. A conclusão
diagnóstica precoce, o tratamento satisfatório e a acompanhamento pré-natal normal são
fundamentais para diminuir o risco de complicações. As gestantes devem conhecer os sinais e
sintomas da pré-eclâmpsia e procurar atendimento clínico imediatamente, caso apresentem
sintomas.

Palavras-chave: Pré-Eclâmpsia. Enfermagem. Saúde Materna.


1 JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo geral aprofundar a compreensão da pré-eclâmpsia na


saúde materna e fetal e ao papel da equipe multidisciplinar, e atribuição do enfermeiro, na
assistência às essas gestantes com pré-eclâmpsia, visando à preservação da saúde de ambos,
materno e fetal. Já os objetivos específicos devem investigar os fatores de risco associados à
pré-eclâmpsia, avaliar as diferentes abordagens de diagnóstico precoce da pré-eclâmpsia,
analisar o impacto da pré-eclâmpsia na saúde materna e fetal e evidenciar a importância da
equipe multidisciplinar, em um tratamento em conjunto as gestantes quanto a pré eclâmpsia,
visando o foco principal à preservação, manutenção da saúde materna e fetal.

2 METODOLOGIA

Nesta pesquisa, a metodologia utilizada será uma revisão de literatura com base em
um método de revisão bibliográfica qualitativa básica. O processo será realizado por meio de
uma pesquisa bibliográfica, utilizando livros de diversos autores como fonte de informação.
Além disso, deve ser realizado um levantamento de informações específicas sobre o tema nos
últimos 10 anos, utilizando palavras-chave como pré-eclâmpsia, enfermagem e saúde
materna. Essa abordagem visa fornecer uma visão abrangente e atualizada do assunto, com
base em evidências e conhecimentos existentes na literatura.

Figura 1 - Artigos selecionados e excluídos nas bases de dados nas plataformas


Fonte: O autor, 2024

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

TÍTULO AUTOR OBJETIVO RESULTADO

Gravidez de FILEMON Discorrer sobre a Nota-se a importância da realização


risco: uma , Lauradoença correta do pré-natal, onde a gestante
abordagem Argolo; hipertensiva na deve participar de todas as consultas,
sobre a pré- RAMOS, gestação, afim de que o enfermeiro possa
eclâmpsia. Elis Milenaexemplificando identificar possíveis complicações e
Ferreira dosobre a pré- intervir de maneira adequada junto com
Carmo. eclâmpsia e a a equipe multiprofissional, para
atuação da implementação do melhor tratamento.
enfermagem no
manejo da
gestante com
hipertensão.
Pré-eclâmpsia KAHHAL Analisar e As síndromes hipertensivas na gestação
E, Soubhi; compreender os são a principal causa de morte materna
FRANCIS aspectos clínicos, no brasil, incluindo eclâmpsia e
CO, fisiopatológicos, síndrome hellp, impactando também na
Rossana diagnósticos e mortalidade perinatal e complicações
Pulcineli terapêuticos da como prematuridade e restrição de
Vieira; pré-eclâmpsia, crescimento fetal.
ZUGAIB, visando
Marcelo. contribuir para a
melhoria da
saúde materna e
perinatal por
meio da
disseminação de
informações
atualizadas e
relevantes s
Pré–eclâmpsia MIRAND Conhecer a Pode-se inferir que as causas obstétricas
e mortalidade A, Freddy relação entre diretas foram as principais responsáveis
materna Franklin mortalidade pelas mortes maternas, além da etnia
Sposito et materna e pré- negra ser a mais acometida pela toxemia
al. eclâmpsia como gravídica, principalmente a sobreposta.
também seus
desfechos.
Doppervelocim SILVA Diferenciar, por A razão de pico de velocidade foi
etria da artéria NETTO, meio do doppler significativamente maior nas gestantes
oftálmica nas José Paulo da artéria com pré-eclâmpsia precoce, mas não
formas precoce da. oftálmica, o houve diferença significativa em relação
e tardia da pré- padrão aos valores de índice de resistência,
eclâmpsia. hemodinâmico índice de pulsatilidade, pico de
da artéria velocidade sistólica, pico de velocidade
oftálmica das diastólica e velocidade diastólica final.
gestantes
portadoras de
pré-eclâmpsia
precoce daquelas
portadoras de
pré-eclâmpsia
tardia.
Perfil SILVA, Compreender o Além da importância de uma assistência
epidemiológico Isabella perfil pré-natal adequada com o mínimo
da mortalidade Hanna epidemiológico necessário para o devido
materna por Veiga da mortalidade acompanhamento e prevenção desses
eclâmpsia, no Teixeira et materna por agravos, que não é totalmente eficiente
brasil, no al. eclâmpsia, no apesar das políticas já implementadas.
período de brasil, no
2010 a 2020 período de 2010
a 2020.

O uso de OLIVEIR Revisar as O protocolo aborda os aspectos


métodos de A evidências mais técnicos/médicos da testagem, sem
imagem no SAMPAIO recentes e, discutir os aspectos econômicos e
rastreamento de , Lucas sempre que políticas de saúde. Considera a
pré-eclampsia. Alves; possível, disponibilidade de recursos
OLIVEIR fornecer (equipamentos, testadores, tecnologias).
A, Matheus recomendações Os procedimentos não são padrões
Silveira; baseadas em legais para atendimento clínico.
OLIVEIR evidências sobre
A, Ana o papel do
Lara ultrassom no
Silveira. diagnóstico e
acompanhament
o da ep.
Gravidez na BRAGA, Identificar se a Pré-natal e a identificação precoce dos
adolescência Jucilene gravidez na fatores de risco são importantes para
como fator de Corrêa et adolescência está prevenir o agravamento desta patologia
risco para pré al. entre os e reduzir a mortalidade materna.
eclâmpsia. principais fatores
Revisão de risco para
sistemática da desenvolvimento
literatura da pe e assim
poder fornecer
informações
quanto aos
métodos de
prevenção.
Biomarcadores IOST, Descrever quais Após a aplicação de critérios de inclusão
e pré- Aline biomarcadores se e exclusão, foram selecionados 23
eclâmpsia: uma Rodrigues relacionam com artigos. Dentre os resultados,
revisão Julião et a pré-eclâmpsia destacaram-se o fator de crescimento
integrativa. al. grave ou não e placentário (plfg) e a tirosina quinase-1
quais as solúvel semelhante a fms (sflt-1), os
principais quais são apontados como tendo uma
conclusões a seu promissora utilização no rastreio e
respeito. predição de casos de pe.

Distúrbios COELHO, Analisar as Nesse sentido, como são patologias com


hipertensivos Luísa características da potencial risco de mortalidade materno-
na gravidez: Mello pré-eclâmpsia fetal é essencial a devida atenção ao
pré-eclâmpsia, Colucci; (pe), eclâmpsia e diagnóstico propiciando tratamento
eclâmpsia e DE síndrome hellp. rápido e adequado de modo a evitar
síndrome hellp SIQUEIRA desfechos desfavoráveis.
, Emílio
Conceição.
Quando SILVA, Investigar o Não há conduta-padrão e, sendo assim, a
introduzir o Saulo D. et momento escolha do medicamento vai depender
tratamento al. adequado para da experiência de cada obstetra e da
farmacológico introduzir o rotina adotada para aquele serviço
na pré- tratamento
eclâmpsia. farmacológico na
pré-eclâmpsia,
considerando os
benefícios e
riscos para a
saúde materna e
fetal, com base
em evidências
científicas e
diretrizes
clínicas.
Assistência de MAI, Analisar a A assistência de enfermagem diante do
enfermagem Camila importância da quadro de pré-eclâmpsia, requer
em mulheres Mayara; assistência de conhecimento cientifico e técnico, para
com pré- KRATZER enfermagem uma avaliação rigorosa e integral,
eclâmpsia e/ou , Pamela prestadas às visando a prevenção, promoção e o
eclâmpsia: uma Mireli; gestantes controle. Concluiu-se que a assistência
revisão MARTINS acometidas por de enfermagem específica a mulher com
integrativa da , Wesley. pré-eclâmpsia/ec pré-eclâmpsia e/ou eclampsia é capaz de
literatura. lampsia. reduzir complicações e taxas de
morbimortalidade, através de exames
específicos.
Assistência de CAFÉ, Identificar os Através deste estudo foi possível
enfermagem as Michelle achados confirmar que a enfermagem tem papel
alteraçoes de publicados na importantíssimo no processo do cuidado
hemodinâmicas Carvalho literatura í s gestantes, proporcionando
no períodoVeloso et científica sobre a assistência, orientação e educação em
gravídico em al. assistência de saúde, evitando assim possíveis agravos.
pacientes com enfermagem í s
pré-eclâmpsia. alterações
hemodinâmicas
em mulheres
com pré-
eclâmpsia no
ciclo gravídico.
Assistência de SILVA, Levantar as Os estudos primários foram
enfermagem í s Quéren evidências categorizados em assistência ao pré-
mulheres com Gabriele científicas sobre natal e manejo assertivo no âmbito
pré-eclampsia: Cunha et assistência de hospitalar.
revisão al. enfermagem a
integrativa. mulher com pré-
eclâmpsia e
eclampsia.
Os cuidados de MARÇAL, Identificar Observamos a partir do estudo que há
enfermagem Jussara leituras uma escassez de discussão sobre a
frente ao pré- Dias. bibliográficas assistência de enfermagem, colocando
natal de risco que abordassem em vista que o enfermeiro atua
em gestantes a assistência de constantemente no pré-natal de risco; é
com síndrome enfermage imprescindível novos estudos para
hipertensiva aprimorar e promover educação
específica da continuada aos profissionais
gestação
Avaliação de GOMES, Avaliar os 11 aplicativos foram elegíveis para o
aplicativos Maria aplicativos estudo. Todos estavam presentes no
móveis para Luziene de móveis sistema operacional android e apenas
promoção da Sousa et al disponíveis sobre um estava disponível nos dois sistemas
saúde de pré-eclâmpsia operacionais, android e ios. Dos 11, seis
gestantes com (pe) nos aplicativos abordavam características da
pré-eclâmpsia. principais pré-eclâmpsia; apenas um abordava o
sistemas manejo clínico da pe. A avaliação do
operacionais aplicativo variou de 14 a 29 pontos em
para a promoção um escore que varia de 6 a 30 pontos.
da saúde de Apenas dois aplicativos possuíam
gestantes. versões em português.

Pré-eclâmpsia: GOMES, Investigar as a pré-eclâmpsia contribui de forma


importante Tayná particularidades significativa com a mortalidade materna,
causa de óbitos Bernardino
sociodemográfic apresentando-se como a segunda maior
maternos no et al. as e suas as causa de óbitos no brasil.
brasil entre os associações dos
anos de 2010- óbitos maternos
2017. de mulheres com
pré-eclâmpsia,
durante o
período de 2010
a 2017 no brasil.
Obesidade e MACEDO, Avaliar, por O fator de crescimento placentário (plgf)
pré-eclampsia. Lorena de meio de revisão parece ser bom preditor da pe no
Oliveira; sistematizada, os segundo trimestre, podendo ser usado
MONTEIR dados da como método de rastreio nas gestantes
O, Denise literatura obesas.(au)
Leite Maia;referentes à
MENDES, inter-relação da
Bárbara pe com a
Garcia. obesidade, a
relação do índice
de massa
corpórea (imc)
pré-gestacional e
o ganho de peso
excessivo com a
gravidade da
doença e a
existência de
fatores
preditores.
Gravidez de SALES, Em tratamento, a pré-eclâmpsia pode
alto risco: Yara Analisar o perfil evoluir para eclâmpsia, com convulsões
perfil clínico da Barros et clínico da pré- recorrentes e complicações graves,
pré-eclâmpsia. al. eclâmpsia (pe), como avc e síndrome hellp. A partir da
síndrome que se análise do perfil clínico e social de
manifesta pacientes com pe, busca-se elaborar
durante a melhores estratégias de prevenção e
gestação, tratamento
afetando 3% a
8% das gestantes
e é uma
significativa
causa de
mortalidade
materna e
perinatal

De acordo com Filemon e Ramos (2022) a pré-eclâmpsia trata-se de uma patologia


obstétrica que geralmente ocorre após a vigésima semana de gravidez, quando as necessidades
fetais aumentam e que se compara à fase de maior invasão trofoblástica. Esta compreende a
falência de alguns órgãos, estando relacionada com proteinúria acima ou equivalente a
300mg/24h, hipertensão e edema difuso na maior parte das mãos e face.
De acordo com KAHHALE, Soubhi; FRANCISCO, Rossana Pulcineli Vieira; ZUGAIB,
(2018) condições de saúde significativas, como lesões neurológicas, insuficiência renal,
hipertensão fundamental e evolução para eclâmpsia ou síndrome HELLP, podem levar à
explicação do grande índice de incidência e mortalidade materna e fetal. A fisiopatologia não
é completamente referida, mas é vista como a interdição da intrusão trofoblástica, o que
provoca um redesenho dos condutos sinuosos uterinos limitados ao segmento decidual, uma
vez que o segmento do miométrio não incrementa e permanece contraído

Figura 2- Pré-eclâmpsia e restrição crescimento

Fonte: https://www.fetalmed.net/sofrimento-fetal-o-que-e-e-o-que-fazer/

Quando a invasão do trofoblasto não ocorre adequadamente, há uma redução no fluxo


sanguíneo para o útero materno, o que pode resultar em restrição de crescimento fetal e
sofrimento fetal crônico. A síndrome hipertensiva é uma das principais complicações da
gravidez, sendo a pré-eclâmpsia a forma mais comum dessa condição em mulheres grávidas,
ode no Brasil e nos países desenvolvidos, sua ocorrência varia entre 2 a 8% das gestações,
mas pode chegar a 10% ou mais. (Miranda et. al. 2019)
A pré-eclâmpsia é uma doença que afeta as mulheres grávidas e representa uma das
principais complicações da gravidez em todo o mundo. Para compreender a complexidade
desta condição e o seu significado, é fundamental acompanhar o seu conjunto de experiências
e fazer uma contextualização abrangente, tendo em conta os pontos de vista clínicos,
epidemiológicos, culturais e sociais que a abrangem.
De acordo com Silva Netto (2015) a pré-eclâmpsia tem sido uma preocupação para os
medicamentos e para a sociedade há muito tempo. Registros de suas aparências e impactos
antagônicos durante a gravidez podem ser encontrados em textos clínicos antiquados, embora
a condição tenha sido oficialmente distinguida e nomeada nos últimos dois séculos. Miranda
et. al. (2019) existe diferentes termos têm sido utilizados para descrever situações
semelhantes, por exemplo, "toxemia durante a gravidez" e "hipertensão gestacional". A
compreensão e o diagnóstico da pré-eclâmpsia evoluíram ao longo do tempo à medida que a
medicação avançou, dando uma perspectiva mais precisa sobre esta complicação da gravidez.
No início do século XX, com o progresso da medicação, a pré-eclâmpsia começou a
ser percebida como um elemento clínico particular, com padrões sintomáticos e regras mais
claras para lidar com a doença. Além disso, as investigações epidemiológicas começaram a
revelar a grandeza do problema, mostrando que a pré-eclâmpsia influencia uma grande parte
das mulheres grávidas em todo o mundo. Fatores de risco para o desenvolvimento de pré-
eclâmpsia também foram reconhecidos, incluindo primeira gravidez, idade materna elevada e
antecedentes familiares da doença. (Miranda et. al. 2019)
No entanto, a pré-eclâmpsia continua a ser a principal fonte de mortalidade materna e
fetal, especialmente nos países emergentes. Apesar das rápidas complicações durante a
gravidez, a pré-eclâmpsia também representa o risco de doenças cardiovasculares de longo
prazo para as mães, destacando a importância da compreensão interna e externa e do
prosseguimento da pesquisa sobre o assunto.( MACEDO; MONTEIRO; MENDES, 2015)
Os fatores de risco para a pré-eclâmpsia são diferentes e incorporam elementos
maternos, fetais e ecológicos. Entre os elementos maternos, a primiparidade (primeira
gravidez) é possivelmente o fator mais amplamente percebido, juntamente com a idade
materna avançada e os antecedentes familiares da doença. Durante o período de janeiro de
2010 a dezembro de 2020, o Brasil registrou 1725 óbitos maternos por eclâmpsia. A região
Nordeste apresentou o maior número de óbitos, enquanto a região Sul teve o menor número.
Mulheres com 8 a 11 anos de estudo foram as mais afetadas, e a população parda foi a mais
atingida. Em relação ao momento em que ocorreram os óbitos maternos por eclâmpsia, a
maioria ocorreu durante o puerpério, até 42 dias após o parto. (Silva, et. al. 2022)
A obesidade, a hipertensão antes da gravidez e a presença de doenças cronicas, como
diabetes, também aumentam o risco na criação de pré-eclâmpsia. Variáveis fetais, como
gestações gemelares ou diversas, podem ampliar o risco, assim como características
específicas do organismo não desenvolvido, por exemplo, a mola hidatiforme. Além disso,
fatores naturais, como a ausência de admissão a cuidados clínicos suficientes, afetam
significativamente o risco da pré-eclâmpsia. (Oliveira Sampaio; Oliveira; Oliveira, 2022)
Compreender os fatores de risco é fundamental para distinguir as mulheres grávidas
com maior risco e, portanto, para levar a cabo medidas preventivas e procedimentos de
rastreio viáveis. As estratégias de diagnóstico precoce assumem um papel central neste ciclo.
O diagnóstico da pré-eclâmpsia depende essencialmente da estimativa da tensão circulatória e
do levantamento dos níveis de proteína na urina, já que o quadro é retratado por hipertensão e
proteinúria. No entanto, as estratégias analíticas desenvolveram-se essencialmente ao longo
dos anos. (Braga et. al. 2021)
A estimativa padrão da pressão arterial durante as consultas pré-natais é um trabalho
padrão, permitindo a evidência reconhecível de aumentos incomuns na frequência cardíaca.
Além disso, exames de sangue que pesquisam biomarcadores específicos, por exemplo, fator
de desenvolvimento placentário (PlGF) e sFlt-1 (componente restritivo do receptor do fator de
desenvolvimento endotelial vascular dissoluvel), mostraram garantia no diagnóstico precoce
da pré-eclâmpsia. A ultrassonografia também é utilizada para avaliar o desenvolvimento fetal
e a disseminação útero-placentária, fornecendo dados extras para o diagnóstico. (Iost et. al.
2022)
Diferentes técnicas, por exemplo, avaliação de marcadores inflamatórios e
angiogênicos, estão sendo exploradas para trabalhar na exatidão do diagnóstico precoce. A
pesquisa neste espaço é contínua, totalmente empenhada em desenvolver formas mais
delicadas e explícitas de lidar com o reconhecimento da pré-eclâmpsia em seus estágios
iniciais.
A pré-eclâmpsia é descrita por hipertensão e proteinúria e é geralmente diagnosticada
após a vigésima semana de gravidez. Uma das preocupações fundamentais na pré-eclâmpsia é
o efeito na saúde materna. A condição pode causar complicações graves, como eclâmpsia, que
acompanha convulsões, insuficiência hepática e outras complicações possivelmente fatais.
Além disso, a pré-eclâmpsia está associada a vários problemas inesperados de longo prazo,
incluindo um risco aumentado de infecção cardiovascular, hipertensão constante e diabetes
após a gravidez. Portanto, a pré-eclâmpsia não é apenas uma preocupação durante a gravidez,
mas também representa um fator de risco para a saúde materna a longo prazo.
(Coelho;Siqueira, 2022)
No que diz respeito à saúde fetal, a pré-eclâmpsia também pode ter efeitos críticos. A
diminuição do fluxo sanguíneo para a placenta devido à ruptura vascular é uma razão
significativa para complicações fetais. Isto pode levar a um impedimento ao desenvolvimento
intra-uterino, que está relacionado com uma risco ampliado de prematuridade e baixo peso ao
nascer. Os bebês trazidos ao mundo para mães com pré-eclâmpsia certamente exigirão sérias
considerações neonatais, enfrentando perigos de complicações de longo prazo, como
impedâncias mentais e neurológicas.
De acordo com Silva et. al. (2015) o objetivo do tratamento da pré-eclâmpsia é
diminuir a tensão circulatória materna e, ao mesmo tempo, expandir o fluxo sanguíneo para a
placenta. Os medicamentos mais utilizados nesses casos são a hidralazina e a metildopa, pois
promovem o desenrolamento da musculatura lisa das arteríolas periféricas e ainda diminuem a
obstrução dos vasos. Ao tentar prevenir dificuldades perinatais, algumas metodologias foram
propostas, embora esteja além das possibilidades esperar uma interferência na gravidez, por
exemplo, tratamento com corticoterapia para aceleração da maturidade pulmonar fetal,
tratamento anticonvulsivante com magnésio tratamento com sulfato e anti-hipertensivo.
A Consulta de Enfermagem na obstetrícia é um tema debatido, evoluindo ao longo do
tempo para se adequar às mudanças na sociedade e nas estratégias sistêmicas. Essa evolução
reflete a importância atribuída aos aspectos percebidos, com metodologias diferenciadas e
gratificantes, embora algumas partes sejam consideradas apenas de apoio.
O Histórico de Enfermagem contém o questionário de entrevista, avaliação física e
obstétrica. Essas informações forneceram dados sobre as gestantes, permitindo-lhes conhecer,
identificar e analisar as circunstâncias apresentadas e perceber as questões existentes; o
diagnóstico contém registros das necessidades para atendimento específico, ao passo que o
plano assistencial de enfermagem determinava em todo o mundo, as estratégias para garantir a
ajuda fundamental à gestante. Nesse processo, a estimativa também incorpora uma medida da
capacidade da gestante de atender às necessidades fundamentais afetadas (Mai; Kratzer;
Martins, 2021)
A abordagem da enfermagem frente à pré-eclâmpsia exige conhecimento científico e
técnico para uma avaliação abrangente, visando prevenção, promoção e controle. A
assistência de enfermagem direcionada à mulher com pré-eclâmpsia e/ou eclâmpsia é crucial
para reduzir complicações e taxas de morbimortalidade, utilizando exames específicos. (Mai;
Kratzer; Martins, 2021)
Na primeira consulta, a Enfermeira deverá levantar os dados da gestante, por meio de
uma entrevista individual, denominada história clínica, que antecede a segunda etapa do
clinica, que é a avaliação propriamente dita. Durante a história clínica, procura-se adquirir
informações da identificação completa da cliente, dados socioeconômicos e culturais, exames
de antecedentes (familiares, individuais, ginecológicos, obstétricos e outros) e informações
sobre sexualidade e gravidez atual, sendo assim, A enfermagem é importante no cuidado às
gestantes, oferecendo assistência, orientação e educação em saúde, contribuindo
significativamente para a prevenção de possíveis complicações e para a promoção do bem-
estar materno e fetal. (Café et. al. 2021)
De acordo com Silva et. al. (2021) o diagnóstico precoce e o manejo adequado da pré-
eclâmpsia são fundamentais para reduzir o risco de complicações maternas e fetais. O
tratamento inclui o controle da pressão arterial, o repouso relativo, a restrição de sal, a
administração de medicamentos anti-hipertensivos e, em casos graves, a interrupção da
gravidez.
Durante o tratamento da pré-eclâmpsia, os enfermeiros monitoram de perto a condição
da gestante e do feto, avaliando a resposta ao tratamento e detectando precocemente quaisquer
complicações. Eles também auxiliam no manejo dos efeitos colaterais dos medicamentos anti-
hipertensivos e fornecem suporte emocional às gestantes, que muitas vezes estão ansiosas e
preocupadas com sua saúde e a do bebê. (Marçal, 2021)
Além disso, deve promoção da saúde materna e fetal, fornecendo informações sobre
alimentação saudável, atividade física adequada e outras medidas de autocuidado que podem
ajudar a reduzir o risco de pré-eclâmpsia e outras complicações da gestação, assim auxiliando
na colaboração com outros profissionais de saúde, como obstetras, médicos de família e
parteiras, para garantir que as gestantes recebam o melhor cuidado possível. (Gomes et. al.
2019)

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