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O Ritmo Da Dança Eterna

O turista, com olhos cheios de admiração e a câmera pendurada no pescoço, se aproxima do castelo
antigo com passos cautelosos, como se estivesse prestes a adentrar um mundo mágico. Cada
detalhe do castelo é cativante, desde as torres altas que se destacam contra o céu até as pedras
gastas pelo tempo que parecem suspirar com a história que guardam

Ao chegar ao pátio do castelo, ele se sente pequeno e humilde diante da grandiosidade das
muralhas centenárias. O som dos seus passos ressoa pelo ar silencioso, criando uma atmosfera
solene que parece transportá-lo para o passado.

Cada centímetro quadrado do castelo parece convidá-lo a explorar. Ele se aventura pelos corredores
sombrios, onde o eco dos seus passos é acompanhado pelo sussurro do vento. À medida que entra
em cada sala, seus olhos se iluminam com a maravilha das antigas tapeçarias, móveis de época e
pinturas desbotadas que decoram o castelo.

A curiosidade do turista é alimentada pela sensação de que há histórias enterradas sob cada pedra,
segredos que aguardam ser revelados. Ele se perde nas revereis do passado, imaginando os rostos e
as vidas das pessoas que viveram ali séculos atrás. Para o turista, o castelo antigo é mais do que
apenas uma construção; é uma porta para um mundo de mistério e aventura que ele está ansioso
para desvendar.

O coração do turista batia com uma antecipação que beirava o êxtase enquanto ele se aproximava
do castelo antigo. A curiosidade, como uma faísca brilhante, iluminava seus olhos e fazia seu passo
se apressar, enquanto a imponência das muralhas centenárias surgia diante de seus olhos.

O momento era quase mágico. Ele havia lido sobre esse castelo em livros empoeirados de história,
mas agora estava ali, diante dele, pronto para desvendar os segredos que suas pedras desgastadas
pelo tempo guardavam. Era como se ele estivesse prestes a atravessar a fronteira entre a realidade e
a imaginação, onde a história se tornava viva.

Ao se aproximar, uma sensação de humildade o envolveu. As torres altas pareciam alcançar o


próprio céu, e ele se sentiu como um intruso em um reino esquecido. As pedras antigas, gastas pelo
peso dos anos, pareciam suspirar com a história que carregavam, e o turista sabia que estava prestes
a embarcar em uma jornada que o levaria ao passado.

A cada passo que dava, a excitação se intensificava. Ele sentia como se estivesse prestes a descobrir
um tesouro escondido, um segredo há muito enterrado que agora aguardava sua revelação. A
câmera que pendia em seu pescoço estava pronta para capturar cada detalhe, cada fenda, cada
rachadura nas muralhas antigas.

O pátio do castelo se abriu diante dele, e o turista sentiu-se pequeno e insignificante na presença da
grandiosidade que o cercava. Era como se estivesse em um conto de fadas, pronto para enfrentar
dragões e desvendar mistérios. Ele mal conseguia conter a emoção à medida que se aproximava das
portas do castelo.

A sensação de mistério era palpável. Cada som que ele ouvia, cada sombra que passava por seus
olhos, parecia carregar uma história não contada. O turista se perguntava sobre as pessoas que um
dia habitaram aquele lugar, sobre as vidas que foram vividas ali e os segredos que haviam sido
sussurrados em seus corredores sombrios.
Os passos do turista ecoavam pelo pátio vazio, e ele sentia como se estivesse invadindo um
santuário sagrado do passado. Cada canto do castelo parecia convidá-lo a explorar, a descobrir o que
estava escondido nas sombras e nos recantos esquecidos. Ele sabia que estava diante de algo
especial, algo que transcendia o tempo.

Cada corredor que ele percorria, cada sala que ele entrava, era um mergulho mais profundo na
história do castelo. As tapeçarias antigas, desgastadas pelo tempo, contavam histórias silenciosas de
um passado glorioso. Os móveis de época pareciam esperar pacientemente por seus antigos donos,
como se o tempo tivesse congelado.

O turista se pegava imaginando como era a vida naquela época. Ele via os fantasmas do passado
dançando diante de seus olhos, damas elegantes e cavalheiros corajosos, todos desfrutando da
grandiosidade do castelo. Era como se as paredes do lugar ainda ressoassem com os ecos das festas
suntuosas e das histórias de amor proibido.

No entanto, por mais que estivesse maravilhado com a beleza do castelo e com a riqueza de sua
história, o turista não podia deixar de sentir uma pontada de tristeza. Ele era um estranho em um
lugar que pertencia a outro tempo, uma testemunha intrusa de um passado que não podia ser
recuperado.

À medida que explorava os salões vazios e os quartos esquecidos, a solidão do castelo começava a
pesar sobre ele. A ausência de vida era quase palpável, e o turista imaginava como devia ser solitário
para o castelo, uma testemunha silenciosa do passado, agora perdido no tempo.

A tecnologia moderna, que parecia tão distante do mundo do castelo, também o fazia sentir-se
deslocado. Os sons da cidade lá fora, as buzinas dos carros e as vozes apressadas das pessoas, eram
como uma realidade paralela que contrastava com a quietude do castelo.

Ele se viu contemplando sua própria existência em meio a essa dualidade. Enquanto explorava as
riquezas do castelo, ele era lembrado de que o mundo avançava implacavelmente, deixando para
trás lugares como esse, congelados no tempo.

À medida que o dia avançava e o turista continuava sua exploração solitária, ele percebeu que o
castelo não era apenas um local histórico, mas também uma metáfora de sua própria jornada. Ele
era o visitante temporário em um mundo que não mais o compreendia, um estranho em uma época
que não era a sua.

No entanto, mesmo com essa sensação de deslocamento, o turista sabia que o castelo era um
tesouro, uma testemunha da passagem do tempo, um portal para o passado. Ele não poderia
pertencer a esse mundo antigo, mas podia apreciá-lo e aprender com ele.

Conforme o sol começava a se pôr e o castelo mergulhava nas sombras da noite, o turista
continuava sua jornada, capturando cada vislumbre de beleza e história que encontrava. Ele sabia
que, embora pudesse sentir-se deslocado, estava vivendo um momento único, explorando as
camadas profundas do tempo e descobrindo a riqueza da experiência humana.

E, à medida que deixava o castelo para trás, o turista levava consigo mais do que fotografias e
lembranças. Ele levava consigo a compreensão de que, embora o tempo possa separar eras e
gerações, a busca pela conexão com o passado é uma jornada que nunca cessa. O castelo antigo,
com sua majestade e solidão, havia deixado uma marca indelével em seu coração.
Caminhando pelos corredores silenciosos do castelo, o rapaz repleto de curiosidade sobre tudo que
o rodeava escuta alguns passos vindo do andar de cima. Será que outros turistas também entraram
no castelo?

Os passos pareciam leves e ritmados, constantes eles não pararam por longos segundos e de alguma
forma o rapaz pensou que não parecia alguém humano andando. Parecia que uma dança atemporal
se passava no andar de cima, os passos tinham uma certa lentidão, mas um ritmo agradável, ora
silenciosos e ora barulhentos.

William após viajar dias para estar naquele lugar, não sentiu medo em subir as escadas até o
próximo andar. O assoalho rangia com cada passo, o coração do jovem batia forte em seu peito, ele
sabia que estava prestes a desvendar grandes mistérios.

- Faz algum tempo que eu não vejo alguém tão corajoso como você- Lucien se pronunciou do
canto do corredor, ele realmente estava surpreso com sua nova visita.
- Quem é você? - William perguntou parando de andar.
- Isso quem deveria perguntar sou eu, sou o dono da residência- Lucien deu alguns passos à
frente, curioso com o humano tão corajoso por ainda estar lá.
- Me chamo William- Ele anunciou, cerrando os olhos para ver a criatura que o aguardava,
agora tendo a certeza de que não se tratava de um humano comum.
- O que faz aqui William? É um lugar ‘’estranho’’ para visitar- William então percebeu que a
criatura tinha olhos tão vermelhos como o sangue e que a pele era tão clara assim como a
neve, os cabelos eram lisos e loiros como os raios de sol, ele parecia aterrorizante se
escondendo nas sombras do corredor.
- Estou visitando a cidade, vi o castelo e resolvi entrar- Ele soltou o ar que nem ao menos
tinha percebido segurar.

Em um castelo antigo, onde o tempo é senhor,

Dois destinos se cruzaram, em um encontro de esplendor.

O turista curioso, com olhos a brilhar,

E o ser imortal, séculos a testemunhar.

Os passos de William ecoaram pelo chão,

Enquanto o ser imortal observava em solidão.

O castelo era palco, o cenário perfeito,

Para um encontro que se revelaria feito.

O turista, com sua câmera em mãos,

Capturou a beleza, os detalhes, os tons.

Mas não foi apenas o castelo que ele encontrou,

Foi o ser imortal, que a história lhe mostrou.


"Este é o meu lar", o imortal disse com pesar,

"Um lugar solitário, onde há tempo a passar."

William, com respeito, se pôs a escutar,

As histórias do castelo, das eras a lembrar.

No pátio antigo, eles compartilharam a vida,

William e Lucien, em uma conversa que amorada

A história ganhava vida, ali naquele lugar,

Enquanto o tempo fluía, sem se apressar.

O imortal revelou segredos do passado,

O rapaz, fascinado, ouvia cada relato.

Juntos, exploraram o castelo ancestral,

Descobrindo mistérios, em um encontro tão especial.

Na despedida, olhares se cruzaram, um sorriso,

Duas almas que se encontraram, em um castelo preciso.

Um turista e um imortal, unidos pelo passado,

Em um poema eterno, nesse encontro encantado.

-Eu posso voltar? - William perguntou, ele observava o pôr do sol de longe.

-Sempre que quiser, não recebo muitas visitas- Lucien respondeu de modo cortês, como em toda a
conversa que teve com o rapaz.

- Vou manter seu segredo a salvo comigo- Ele sorriu em direção ao castelo.

- Espero que nossos olhos se encontrem em algum lugar entre o presente e o passado- Lucien se
despediu tendo a certeza de que o garoto nunca voltaria.

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