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Adaptação de ELIZABETH RUDNICK
Roteiro para cinema de EVAN SPILIOTOPOULOS,
STEPHEN CHBOSKY e BILL CONDON
Como todos os contos de fadas, este começa com a mais
simples das frases: “Era uma vez…”. Mas é aí que nossa
história, um tipo diferente de conto de fadas, muda de
direção. Não se trata apenas da lenda de uma linda donzela
e de um belo príncipe — embora, de fato, a moça seja
adorável e o príncipe também tenha seu charme. Este é um
conto sobre uma beleza muito mais profunda. É a história
de dois seres unidos sob as circunstâncias mais fascinantes,
dois seres que só aprendem a enxergar o que realmente
importa depois de se conhecerem melhor. Só então que sua
história — tão antiga quanto o tempo e tão vívida quanto
uma rosa — começa.
Nossa história tem início: era uma vez, no coração oculto
da França…
PRÓLOGO
— ATACAR!
A voz de madame Samovar ecoou pelo saguão. Ao seu
comando, toda a mobília ao redor criou vida.
Apesar do temor de Bela, os membros da equipe do
castelo estavam longe de ser indefesos. Ou ao menos
estavam tentando. Tão logo viram a multidão se
aproximando, partiram para a ação. Enquanto Horloge
tentava, sem sucesso, fazer o mestre parar de se lamentar
para lutar, madame Samovar, Lumière e Plumette criaram
um plano. Era simples — fazer uma barricada na porta —,
mas era um plano mesmo assim.
Eles haviam tentado bloquear a porta. Quando, porém, os
aldeões começaram a golpeá-la com um aríete, souberam
que era inútil.
Então decidiram abandonar seus postos à porta e jogar
com as suas forças, aguardando silenciosamente como se
ainda fossem apenas mobílias, enquanto os aldeões
desavisados entravam. Ao sinal de madame Samovar, os
objetos saltaram em ataque-surpresa.
As cadeiras distribuíram chutes. Plumette e os outros
espanadores balançaram suas penas na cara dos aldeões
até que eles começaram a espirrar. Velas lançaram suas
chamas para o alto, cegando alguns e dando uma bela
queimada no traseiro de vários homens distraídos.
Conforme a mobília avançava, a multidão gritava de medo e
os homens tentavam se defender. Mas a equipe do castelo
tinha o elemento-surpresa.
Em meio ao caos, Gaston tentou entender o que estava
acontecendo. Ele sabia como lutar contra outros homens,
pois havia feito isso muitas vezes. Também sabia como
caçar animais, já que também era habitual. Mas uma sala
cheia de móveis capazes de andar e falar era algo que ele
nunca havia enfrentando antes.
— Gaston!
O grito alarmante de LeFou fez Gaston se virar para ver
um mancebo alto esticando um de seus “braços”,
preparando-se para golpeá-lo. Ele não pensou, apenas agiu.
Pegando LeFou pela gola, Gaston ergueu o pequeno homem
à sua frente. O soco do mancebo atingiu diretamente a
barriga de LeFou.
LeFou grunhiu. Um instante depois, as coisas pioraram
quando um grande cravo se ergueu sobre suas pernas
traseiras e se jogou contra Gaston. Mais uma vez o homem
robusto usou o parceiro como escudo humano. Houve um
grito abafado quando o instrumento caiu em cima do
homenzinho.
— Perdão, velho amigo — disse Gaston, sem se dar ao
trabalho de ajudar LeFou a se levantar. — Mas chegou a
hora do herói.
— Mas… nós somos Le Duo… — A voz de LeFou
enfraqueceu quando o peso de uma estante caiu sobre ele.
No momento seguinte, ele desmaiou.
Gaston deu uma última olhada em LeFou. Então olhou
para o espelho que ainda segurava nas mãos. Ele podia ver
a Fera sentada em uma torre em algum lugar acima do
saguão.
— Hora do herói — sussurrou. Então se virou e correu por
entre a mobília. Gaston saiu do caminho quando uma
pequena xícara disparou contra ele atrás de um carrinho de
servir. Então se jogou para o lado quando um armário de
cozinha tentou detê-lo e evitou cair sobre um banquinho
que latia para ele.
Momentos depois, ele estava subindo a grande escadaria
enquanto os ruídos da batalha desapareciam lá atrás. E
continuou escalando. Seu combate estava em algum lugar à
frente.
Como se para provar seu ponto, Horloge apareceu no topo
das escadas. O pequeno relógio estava descendo de uma
das torres, com a expressão sombria.
— Ora, ora, o que você está fazendo aí em cima, relógio?
— disse Gaston. — Há uma fera por aí?
Horloge engoliu em seco. Inadvertidamente, ele havia
acabado de revelar a localização da Fera. Antes que o
mordomo pudesse fazer qualquer coisa para impedir o
homem à sua frente, Gaston girou a perna e chutou o
relógio escada abaixo. Enquanto Horloge se esborrachava,
Gaston voltou sua atenção para o topo das escadas da
torre. Agora que ele sabia que a Fera estava em algum lugar
lá em cima, era apenas uma questão de tempo até que
conseguisse mais um troféu para fixar em sua parede.