Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. (Ime 2023) Dentre os recursos semânticos utilizados no texto para exprimir vários
significados, assinale a opção correta relacionada à figura de linguagem encontrada na
expressão destacada no trecho abaixo:
“Era tanto o silêncio e tão leve o ar, que se alguém aguçasse o ouvido talvez pudesse até
escutar o sereno na Solidão” (ref. 1)
a) sinestesia
b) metáfora
c) paradoxo
d) personificação
e) antítese
4. (Ime 2022) Entre os recursos semânticos utilizados no texto para a obtenção de diferentes
Página 1 de 20
Super Professor
a) anáfora
b) metonímia
c) paronomásia
d) metáfora
e) personificação
5. (Ime 2021) No Texto 1, o autor utiliza figuras de linguagem relacionando o sertão ao mar. A
opção que evidencia o uso desse recurso expressivo é:
a) "(...) oferecendo a ambos a mesma penumbra ás emboscadas (...)" (ref. 6).
b) "Lampeja por momentos entre os raios do sol joeirados pelas árvores sem folhas (...)" (ref.
20).
c) "(...) entre as garras felinas de acúleos recurvos das macambiras..." (ref. 22).
d) "Distende-se pela orla da caatinga" (ref. 13).
e) "(...) e quando o sertão estua nos bochornos dos estios longos (...)" (ref. 28).
6. (Ime 2020) “Simão Bacamarte recebeu-o com a alegria própria de um sábio, uma alegria
abotoada de circunspeção até o pescoço.” (ref. 7)
Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos móveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
Página 2 de 20
Super Professor
Página 3 de 20
Super Professor
E já tarde da noite
volta meu elefante,
mas volta fatigado,
as patas vacilantes
se desmancham no pó.
Ele não encontrou
o de que carecia,
o de que carecemos,
eu e meu elefante,
em que amo disfarçar-me.
Exausto de pesquisa,
caiu-lhe o vasto engenho
como simples papel.
A cola se dissolve
e todo o seu conteúdo
de perdão, de carícia,
de pluma, de algodão,
jorra sobre o tapete,
qual mito desmontado.
Amanhã recomeço.
ANDRADE, Carlos Drummond de. O ElefanteO. 9ª ed. - São Paulo: Editora Record, 1983.
Página 4 de 20
Super Professor
c) horas a fio.
d) licença.
e) perdão.
Texto
Achei que estava bem na foto. Magro, olhar vivo, rindo com os amigos na praia. Quase
não havia cabelos brancos entre os poucos que sobreviviam. Comparada ao homem de hoje,
era a fotografia de um jovem. Tinha 50 anos naquela época, entretanto, idade em que me
considerava bem distante da juventude. Se me for dado o privilégio de chegar aos 90 em pleno
domínio da razão, é possível que uma imagem de agora me cause impressão semelhante.
O envelhecimento é sombra que nos acompanha desde a concepção: o feto de seis
meses é muito mais velho do que o embrião de cinco dias. Lidar com a inexorabilidade desse
processo exige uma habilidade na qual nós somos inigualáveis: a adaptação. Não há animal
capaz de criar soluções diante da adversidade como nós, de sobreviver em nichos ecológicos
que vão do calor tropical às geleiras do Ártico.
Da mesma forma que ensaiamos os primeiros passos por imitação, temos que
aprender a ser adolescentes, adultos e a ficar cada vez mais velhos. A adolescência é um
fenômeno moderno. Nossos ancestrais passavam da infância à vida adulta sem estágios
intermediários. Nas comunidades agrárias o menino de sete anos trabalhava na roça e as
meninas cuidavam dos afazeres domésticos antes de chegar a essa idade.
A figura do adolescente que mora com os pais até os 30 anos, sem abrir mão do direito
de reclamar da comida à mesa e da camisa mal passada, surgiu nas sociedades
industrializadas depois da Segunda Guerra Mundial. Bem mais cedo, nossos avós tinham filhos
para criar.
A exaltação da juventude como o período áureo da existência humana é um mito das
sociedades ocidentais. Confinar aos jovens a publicidade dos bens de consumo, exaltar a
estética, os costumes e os padrões de comportamento característicos dessa faixa etária tem o
efeito perverso de insinuar que o declínio começa assim que essa fase se aproxima do fim.
A ideia de envelhecer aflige mulheres e homens modernos, muito mais do que afligia
nossos antepassados. Sócrates tomou cicuta aos 70 anos, Cícero foi assassinado aos 63,
Matusalém sabe-se lá quantos anos teve, mas seus contemporâneos gregos, romanos ou
judeus viviam em média 30 anos. No início do século 20, a expectativa de vida ao nascer nos
países da Europa mais desenvolvida não passava dos 40 anos.
A mortalidade infantil era altíssima; epidemias de peste negra, varíola, malária, febre
amarela, gripe e tuberculose dizimavam populações inteiras. Nossos ancestrais viveram num
mundo devastado por guerras, enfermidades infecciosas, escravidão, dores sem analgesia e a
onipresença da mais temível das criaturas. Que sentido haveria em pensar na velhice quando a
probabilidade de morrer jovem era tão alta? Seria como hoje preocupar-nos com a vida aos
cem anos de idade, que pouquíssimos conhecerão.
Os que estão vivos agora têm boa chance de passar dos 80. Se assim for, é preciso
sabedoria para aceitar que nossos atributos se modificam com o passar dos anos. Que
nenhuma cirurgia devolverá aos 60 o rosto que tínhamos aos 18, mas que envelhecer não é
sinônimo de decadência física para aqueles que se movimentam, não fumam, comem com
parcimônia, exercitam a cognição e continuam atentos às transformações do mundo.
Considerar a vida um vale de lágrimas no qual submergimos de corpo e alma ao deixar
a juventude é torná-la experiência medíocre. Julgar, aos 80 anos, que os melhores foram
aqueles dos 15 aos 25 é não levar em conta que a memória é editora autoritária, capaz de
suprimir por conta própria as experiências traumáticas e relegar ao esquecimento
inseguranças, medos, desilusões afetivas, riscos desnecessários e as burradas que fizemos
nessa época.
Nada mais ofensivo para o velho do que dizer que ele tem “cabeça de jovem”. É
considerá-lo mais inadequado do que o rapaz de 20 anos que se comporta como criança de
dez. Ainda que maldigamos o envelhecimento, é ele que nos traz a aceitação das
ambiguidades, das diferenças, do contraditório e abre espaço para uma diversidade de
experiências com as quais nem sonhávamos anteriormente.
Página 5 de 20
Super Professor
9. (Ita 2018) Em todas as opções, o autor vale-se de metáforas para construir sua
argumentação, EXCETO em
a) sombra que nos acompanha (parágrafo 2)
b) período áureo (parágrafo 5)
c) dores sem analgesia (parágrafo 7)
d) a mais temível das criaturas (parágrafo 7)
e) editora autoritária (parágrafo 9)
Página 6 de 20
Super Professor
Como todos os pais querem que seus filhos entrem na universidade e (quase) todos os
jovens querem entrar na universidade, 10configura-se um mercado imenso, mas imenso
mesmo, de pessoas desejosas de diplomas e prontas a pagar o preço. Enquanto houver jovens
que não passam nos vestibulares das universidades do Estado, haverá mercado para a criação
de universidades particulares. É um bom negócio.
11
Alegria na entrada. Tristeza ao sair. Forma-se, então, a multidão de jovens com
diploma na mão, mas que não conseguem arranjar emprego. Por uma razão aritmética: o
número de diplomados é muitas vezes maior que o número de empregos.
Já sugeri que os jovens que entram na universidade deveriam aprender, junto com o
curso "nobre" que frequentam, um ofício: marceneiro, mecânico, cozinheiro, jardineiro, técnico
de computador, eletricista, encanador, descupinizador, motorista de trator... O rol de ofícios
possíveis é imenso. Pena que, nas escolas, as crianças e os jovens não sejam informados
sobre essas alternativas, por vezes mais felizes e mais rendosas.
12
Tive um amigo professor que foi guindado, contra a sua vontade, à posição de reitor
de um grande colégio americano no interior de Minas. Ele odiava essa posição porque era
obrigado a fazer discursos. 13E ele tremia de medo de fazer discursos. Um dia ele desapareceu
sem explicações. Voltou com a família para o seu país, os Estados Unidos. Tempos depois,
encontrei um amigo comum e perguntei: "Como vai o Fulano?". Respondeu-me: "Felicíssimo.
14
É motorista de um caminhão gigantesco que cruza o país!".
10. (Ita 2016) Assinale a opção em que o segmento NÃO apresenta a figura de pensamento a
ele atribuída.
a) [...] às vezes, faço maldade. Mas não faço por mal. (referência 1) Paradoxo
b) [...] configura-se um mercado imenso, mas imenso mesmo (referência 10) Gradação
Página 7 de 20
Super Professor
cidades; uma mulher dessas talvez se suicide melancolicamente dentro de alguns anos, em
algum quarto de pensão. Mas é preciso de tudo para 18fazer um mundo; e cada pessoa
humana é um mistério de heranças e de taras. Acaso importamos o pintor Portinari, o arquiteto
Niemeyer, o físico Lattes? E os construtores de nossa indústria, como vieram eles ou seus
pais? Quem pergunta hoje, 10e que interessa saber, se esses homens ou seus pais ou seus
avós vieram para o Brasil como agricultores, comerciantes, barbeiros ou capitalistas,
aventureiros ou vendedores de gravata? Sem o tráfico de escravos não teríamos tido Machado
de Assis, e Carlos Drummond seria impossível sem uma gota de sangue (ou uísque) escocês
nas veias, 4e quem nos garante que uma legislação exemplar de imigração não teria feito
Roberto Burle Marx nascer uruguaio, Vila Lobos mexicano, ou Pancetti chileno, o general
Rondon canadense ou Noel Rosa em Moçambique? Sejamos humildes diante da pessoa
humana: 5o grande homem do Brasil de amanhã pode descender de um clandestino que neste
momento está saltando assustado na praça Mauá13, e não sabe aonde ir, nem o que fazer.
Façamos uma política de imigração sábia, perfeita, materialista14; mas deixemos uma pequena
margem aos inúteis e aos vagabundos, às aventureiras e aos tontos porque dentro de algum
deles, como sorte grande da fantástica 19loteria humana, pode vir a nossa redenção e a nossa
glória.
(BRAGA, R. Imigração. In: A borboleta amarela. Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1963)
Página 8 de 20
Super Professor
(*) Elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, é uma via expressa que liga o Centro à
Zona Oeste da cidade de São Paulo.
12. (Ita 2012) A possível instalação de uma estação do metrô na avenida Angélica e a reação
por parte de moradores de Higienópolis gerou muita polêmica e manifestações, que foram
veiculadas na mídia impressa e virtual. Assinale a opção, cuja manifestação não constitui uma
ironia.
a) “Só ando de metrô em Paris, Nova York e Londres” (cartaz que integrava uma manifestação
contra a mudança da futura estação do metrô da avenida Angélica para a avenida
Pacaembu).
b) “Nós queremos o metrô sim. Mas ele tem que ser condizente com o nível do bairro. Portanto,
exigimos uma ligação direta com Alphaville, Morumbi e Veneza, na Itália.” (frase de um
participante de uma manifestação contra a mudança da futura estação do metrô da avenida
Angélica para a avenida Pacaembu).
c) “É tão fácil resolver problema, gente: faz uma entrada social e uma de serviço.” (Luísa
Tieppo, no Twitter)
d) “Eu não uso metrô e não usaria. Isso vai acabar com a tradição do bairro. Você já viu o tipo
de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente
diferenciada.” (moradora de Higienópolis, em reportagem da Folha, 13/08/2010).
e) “Não se esqueçam dos sacos de lixo. Somos diferenciados, mas somos limpinhos” (convite
virtual divulgado no Facebook para o “Churrascão da Gente Diferenciada”, uma
manifestação contra a mudança da futura estação do metrô da avenida Angélica para a
avenida Pacaembu).
Conheço ainda como a tecnologia é capaz de criar empregos. 7Vivo há 15 anos num meio que
disputa engenheiros e técnicos a tapa, digo, a dólares. O que acontece aí no Brasil, nessa
área, acontece igualzinho no Vale do Silício: empresas tentando arrancar talentos umas das
outras. 8Aqui, muitos decidem tentar a sorte abrindo sua própria *start-up, em vez de encher o
bolso do patrão. Estou rodeada também de investidores querendo fazer apostas para... voltar a
encher os bolsos ainda mais.
Mas queria falar hoje de outro tipo de escravidão tecnológica. 12Não dos que dormiram na rua
sob chuva para comprar o novo iPhone 4S... Quero reclamar de quanto nós estamos tendo de
trabalhar de graça para os sistemas, cada vez que tentamos nos mover na Internet. 2Isso é
escravidão – e odeio isso.
Outro dia, fiz aniversário e fui reservar uma mesa num restaurante bacana da cidade. Achei o
site do restaurante, lindo, e pareceu fácil de reservar on-line. Call on OpenTable, sistema
bastante usado e eficaz por aqui. Escolhi dia, hora, informei número de pessoas e, claro, tive
de dar meu nome, e-mail e telefone.
Página 9 de 20
Super Professor
3
Dois dias antes da data marcada, precisei mudar o número de participantes, pois tive
confirmação de mais pessoas. Entrei no site, mas aí nem o site nem o OpenTable podiam
modificar a reserva on-line, pela proximidade do jantar. A recomendação era... telefonar ao
restaurante! Humm... Telefonei. Secretária eletrônica. Deixei recado.
No dia seguinte um funcionário do restaurante me ligou, confirmando ter ouvido o recado e tudo
certo com o novo tamanho da mesa. Incrível! Que felicidade ouvir um ser humano de verdade
me dando a resposta que eu queria ouvir! Hoje, tentando dar conta da leitura dos vários e-
mails que recebo, tentando arduamente não perder os relevantes, os imprescindíveis, os dos
amigos, os da família e os dos leitores, recebi um do OpenTable.
Queriam que avaliasse minha experiência no restaurante. 4Tudo bem, concordo que ranking de
público é coisa legal. 13Mas posso dizer outra coisa?
Não tenho tempo de ficar entrando em sites e preenchendo questionários de avaliação de cada
refeição, produto e serviço que usufruo na vida! Simples assim! Sem falar que é chato! Ainda
mais agora que os crescentes intermediários eletrônicos se metem no jogo entre o cliente e o
fornecedor.
Quando o garçom ou o “maitre” perguntam se a comida está boa, você fica contente em
responder, até porque eles podem substituir o prato se você não estiver gostando. Mas quando
um terceiro se mete nessa relação sem ser chamado, pode ser excessivo e desagradável.
9
Parece que todas as empresas do mundo decidiram que, além de exigir informações
cadastrais, logins e senhas, e empurrar goela abaixo seus sistemas automáticos de
atendimento, tenho agora de preencher fichas pós-venda eletronicamente, de modo que as
estatísticas saiam prontas e baratinhas para eles do outro lado da tela, à custa do meu
precioso tempo!
Por que o OpenTable tem de perguntar de novo o que achei da comida? 14Eu sei. 16Porque
para o OpenTable essa informação tem um valor diferente. 10Não contente em fazer reservas,
quis invadir a praia do Yelp, o grande guia local que lista e traz avaliações dos clientes para
tudo quanto é tipo de serviço, a começar pelos restaurantes.
O Yelp, por sua vez, invadiu a praia do Zagat (recém-comprado pelo Google), tradicionalíssimo
guia (em papel) e restaurantes, que, por décadas, foi alimentado pelas avaliações dos leitores,
via correio.
15
As relações cliente-fornecedor estão mudando. Não faltarão “redutores” de custos e
atravessadores on-line.
* Start-up: Empresa com baixo custo de manutenção, que consegue crescer rapidamente e
gerar grandes e crescentes lucros em condições de extrema incerteza.
13. (Ita 2013) Assinale a opção em que no trecho selecionado NÃO se evidencia o recurso à
linguagem figurada.
a) Também conheço a capacidade de a tecnologia eliminar empregos. (ref. 6)
b) Vivo há 15 anos num meio que disputa engenheiros e técnicos a tapa, digo, a dólares. (ref.
7)
c) Aqui, muitos decidem tentar a sorte abrindo sua própria start-up, em vez de encher o bolso
do patrão. (ref. 8)
d) Parece que todas as empresas do mundo decidiram que, além de exigir informações
cadastrais, logins e senhas, e empurrar goela abaixo seus sistemas automáticos de
atendimento, [...]. (ref. 9)
e) Não contente em fazer reservas, quis invadir a praia do Yelp, o grande guia local que lista e
traz avaliações dos clientes para tudo quanto é tipo de serviço, a começar pelos
restaurantes. (ref. 10)
Página 10 de 20
Super Professor
14. (Ita 2011) Assinale a opção em que a expressão ou palavra grifada expressa exagero.
a) De ônibus, nem o corredor funcionaria, tomado pela fila dos mastodônticos veículos. (ref. 1)
b) É quase como flanar. (ref. 2)
c) E mais uma porção de cenas que só andando a pé se pode observar. (ref. 3)
d) Um número bem desproporcional ao espaço destinado aos pedestres [...]. (ref. 4)
Página 11 de 20
Super Professor
Seu Ribeiro lia as cartas, conhecia os segredos, era considerado e major. [...] Todos
acreditavam na sabedoria do major. Com efeito, seu Ribeiro não era inocente. [...] Os outros
homens, sim, eram inocentes. [...] O major decidia, ninguém apelava. A decisão do major era
Página 12 de 20
Super Professor
um prego. Não havia soldados no lugar, nem havia juiz. E como o vigário residia longe, a
mulher de seu Ribeiro rezava o terço e contava histórias de santos às crianças. E possível que
nem todas as histórias fossem verdadeiras, mas as crianças daquele tempo não se
preocupavam com a verdade. [S. Bernardo, pp. 43-44].
Alternativas
A
A metáfora do prego sugere que as decisões do major eram inquestionáveis.
B
“Seu Ribeiro era considerado” pode ser substituído sem perda de sentido por “seu Ribeiro era
respeitado”.
C
O major e sua família eram, no local, a autoridade em questões legais, morais e religiosas.
D
A verdade tinha mais importância no local do que a autoridade do major.
E
A palavra “inocente” tem o mesmo sentido nas duas vezes em que ocorre no trecho.
Página 13 de 20
Super Professor
Ao Longo de todo poema Homem: As Viagens (Texto 2), o poeta usa exaustivamente como
recurso de expressão (estilo) a
Alternativas
A
adjetivação.
B
comparação.
C
repetição.
D
aliteração.
E
Página 14 de 20
Super Professor
personificação.
(Manuel Bandeira)
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
Disponível em: <http://www.poesiaspoemaseversos.com.br> Acesso em: 29 Abr 2014.
Ainda no texto 3, ao utilizar a expressão “a Indesejada das gentes”, o autor faz uso da figura de
linguagem conhecida como:
Alternativas
A
hipérbole.
B
anacoluto.
C
antítese.
D
metonímia.
E
eufemismo.
20 2010 - IME -
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Página 15 de 20
Super Professor
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
A respeito da figura de linguagem utilizada na última estrofe do texto , podemos afirmar que
Alternativas
A
é uma antítese e revela um contraste social.
B
é uma antonomásia e expressa as péssimas condições de trabalho dos canavieiros.
C
é um eufemismo e ressalta o valor dado por um elemento da classe média alta carioca ao
trabalho nos canaviais.
D
a cor branca e a pureza são metáforas que expressam a admiração do poeta pelo ato de
adoçar o café matutino.
E
há uma catacrese em “com que adoço meu café esta manhã em Ipanema” expressando parte
do ritual de tomar café.
Gabarito:
Resposta da questão 1:
[A]
A expressão “escutar o sereno” é composta por um verbo que faz referência ao sentido da
audição (escutar) e um complemento que faz referência ao sentido do tato (o sereno). Assim,
temos a mistura de dois sentidos distintos, o que configura uma sinestesia.
Resposta da questão 2:
[B]
Página 16 de 20
Super Professor
Resposta da questão 3:
[A]
[I] Correta: o quiasmo é construído a partir da repetição e inversão de estruturas (formadas por
palavras). Assim, repete-se a mesma estrutura de uma frase em outra, alterando apenas a
ordem. É isso que se observa, por exemplo, com o trecho “para a beleza disto”, que aparece
no final do 3º verso e, em seguida, no início do 4º, constituindo um quiasmo.
[II] Incorreta: na verdade, o eu lírico apenas caracteriza as circunstâncias de sua escrita, sem
se referir a procedimentos usados na elaboração de seus versos.
[III] Incorreta: na verdade, a palavra “fera” tem sentido de ferocidade, sensação motivada pelas
máquinas que serão descritas ao longo do poema e que têm a mesma postura “feroz” e
“selvagem” do eu lírico na sua escrita.
Resposta da questão 4:
[B]
Resposta da questão 5:
[D]
No trecho, os termos “orla” e “caatinga” estabelecem relação entre o mar e o sertão, visto que o
primeiro vocábulo, mesmo usado normalmente para caracterizar um espaço próximo a mares e
rios, remente, neste caso, a uma margem de terra da caatinga.
Resposta da questão 6:
[D]
O trecho destacado apresenta a personificação do sentimento de alegria, uma vez que ela
assume característica humana de circunspecção, alguém que analisa algo.
Resposta da questão 7:
[C]
O termo “elefante”, animal grande e desengonçado, contrasta com os termos “carícia”, “suave”,
“pluma” e “algodão”, constituindo uma antítese. Assim, é correta a opção [C].
Resposta da questão 8:
[A]
Resposta da questão 9:
[C]
Página 17 de 20
Super Professor
[C] Correta. No trecho “Nossos ancestrais viveram num mundo devastado por guerras,
enfermidades infecciosas, escravidão, dores sem analgesia e a onipresença da mais
temível das criaturas”, a expressão apresenta seu sentido real, de dores sem possibilidade
de serem cessadas.
[D] Incorreta. Há emprego de metáfora em “Nossos ancestrais viveram num mundo devastado
por (...) a onipresença da mais temível das criaturas”, conotando o medo onipresente.
[E] Incorreta. Trata-se de metáfora, pois “a memória é editora autoritária” conota a opinião do
autor de que a memória é capaz de alterar recordações no homem.
A alternativa correta é a [D]. O segmento apresentado não apresenta ironia, pois essa figura de
pensamento se caracteriza por dizer justamente o contrário do que se pensa, muitas vezes
como sátira, a fim de ridicularizar aquilo que se expressa. Ao afirmar que o reitor do colégio
americano “tremia de medo de fazer discursos”, o autor de fato estava descrevendo efeitos
corporais sentidos por seu amigo quando este tinha de falar em público.
Metonímia é uma figura de retórica que consiste na substituição de um termo por outro, quando
entre ambos existe uma relação de contiguidade, ou seja, quando há uma relação de
proximidade de significado. Essa figura está presente na frase da opção [A], pois o termo
“asfalto” remete a espaço urbano, a cidade, como parte de um todo. Em [B], [C] e [E] há uso de
metáforas e em [D], hipérbole.
Na opção [D] não existe ironia, pois a moradora de Higienópolis reproduz exatamente o que
pensa, ou seja, manifesta a sua profunda rejeição por “esse tipo de gente” que,
eufemisticamente, caracteriza como “diferenciada”.
Apenas em [A] existe linguagem denotativa. Expressões como “disputa engenheiros e técnicos
a tapa”, “encher o bolso do patrão”, “empurrar goela abaixo” e “invadir a praia do Yelp”, das
opções [B], [C], [D] e [E], configuram recurso de linguagem figurada, como metáfora,
metonímia, hipérbole e metáfora, respectivamente.
Palavras e expressões como “nó desata”, “lata sobre rodas”, “bunkers” e “reciclar suas aflições”
substituem metaforicamente “fim do congestionamento”, “carro”, “automóveis blindados” e
“substituir suas preocupações”. Assim, apenas a opção a) apresenta linguagem denotativa,
pois a forma do verbo andar apresenta o seu significado literal: mover-se.
Página 18 de 20
Super Professor
17- A
18-C
19-E
20- A
Página 19 de 20
Super Professor
Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
1.............220597.....Média.............Português......Ime/2023..............................Múltipla escolha
2.............203394.....Média.............Português......Ime/2022..............................Múltipla escolha
3.............203393.....Elevada.........Português......Ime/2022..............................Múltipla escolha
4.............203402.....Média.............Português......Ime/2022..............................Múltipla escolha
5.............195988.....Média.............Português......Ime/2021..............................Múltipla escolha
6.............190263.....Baixa.............Português......Ime/2020..............................Múltipla escolha
7.............183648.....Baixa.............Português......Ime/2019..............................Múltipla escolha
8.............174580.....Baixa.............Português......Ime/2018..............................Múltipla escolha
9.............176229.....Média.............Português......Ita/2018................................Múltipla escolha
10...........153083.....Baixa.............Português......Ita/2016................................Múltipla escolha .
11...........137144.....Média.............Português......Ita/2015................................Múltipla escolha
12...........110888.....Baixa.............Português......Ita/2012................................Múltipla escolha
13...........123543.....Baixa.............Português......Ita/2013................................Múltipla escolha
14...........101574.....Média.............Português......Ita/2011................................Múltipla escolha
15...........101582.....Média.............Português......Ita/2011................................Múltipla escolha
Página 20 de 20