Allyson James - Mortal 02 - Seduções Mortais

Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal II
Val tem um tempo limitado para demonstrar a Afrodite que ela está reformada... Já não é a
diabresa vingativa fora de controle que castigava os homens infiéis. Demitri, um semideus que
pode trocar de forma em um temível tigre, uma vez domesticou Val, entregando-a a Afrodite para
ser treinada para transformar-se em sua sacerdotisa. Entretanto, quando Val é atribuída para
juntar Leon Dupree, um Cajún que pode trocar de forma no que queira, e uma mulher da
escavação de seu irmão egiptólogo, Leon desperta a diabresa em Val que ela sempre lutou por
manter suprimida.
Val de repente quer não só Leon, mas também seu velho amante Demitri, e os três acendem as
areias do deserto. Ambos os homens são instruídos para levar a Val reformada a Afrodite em um
determinado prazo, ou serão castigados junto com Val. Val não quer que os dois homens dos que
está apaixonada sofram por seus pecados, mas cada vez que os três se encontram sozinhos, não
podem manter isto a fogo lento.
Esta tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis 1
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Série Mortal – 2
Traduzido e Revisado Espanhol

Envio do arquivo: ∆ίĸɳ
Revisão Inicial: Tessy
Revisão Final e Formatação: Cleusa
Imagem: Elica
Talionis
Comentário Tessy: Uma história cheia de superação, perdão e um amor que durou para
sempre... E um novo amor que veio unir o antigo e fazê-lo mais forte que nunca! E as cenas hots
são de tirar o folego!! Apreciem sem moderação!!
Comentário Cleusa: um livro para todos os gostos, deus, semideus, troca-formas,

demônios, cenas quentes em duplas e em trio. Muitas cenas quentes. Agora a história muito
fraquinha, é apenas uma pano de fundo para as cenas quentes.
Prólogo
Três mil anos atrás…
Demitri sabia realmente como foder. Val se sentava escarranchada nele no prado
incrivelmente verde, sentindo-o profundo dentro dela enquanto seus quadris se balançavam como
um navio na água. Ele estendeu suas mãos sobre seus seios, pele escura sobre branca, seus olhos
marrons líquidos pesados. Seu pênis estava grosso, retorcendo-se no interior dela, o melhor que
jamais teve.
Val rastelou suas unhas pelo peito dele, deixando suas garras estender-se e extrair um
pouco de sangue. Demitri saltou, grunhiu de dor, e deixou que seus olhos trocassem ao amarelo do
tigre. O grande farsante. A encantava.
O prado fluía debaixo deles todo o caminho até as brumosas montanhas, o céu azul
perfeito. É obvio que era perfeito. Estes eram os campos Olimpo, a montanha sagrada. Demitri a
trouxe para este lugar proibido, e o sexo era tudo mais doce por isso. Demitri demonstrou que a
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queria o suficiente para romper as leis de seu próprio povo.

— Vale a pena. — Gemeu ela. — Você vale a pena, meu amor.
— Cale-se. — Ofegou Demitri.
Ele fechou seus punhos e empurrou seus quadris para cima, seu enorme pênis
apunhalando-a profundamente. Val fechou sua boca. Ele tinha razão, só deveriam desfrutar.
O corpo de Demitri era firme com músculos, sua pele bronzeada pelo sol.
Seu peito era largo, os mamilos localizados entre cabelo escuro. Ele tinha um abdômen
plano, quadris feitos para ter sexo e o pênis maior que já tinha visto. Amava esse pênis, grosso,
abundante e palpitante cada vez que Demitri a olhava. Amava afundar-se sobre seus joelhos,
envolver seus lábios ao redor de sua enorme excitação, e sugá-lo todo o caminho. Amava lamber ao
redor de seu tensos testículo, parte de suas pernas, e inundar sua língua em sua estrela anal.
Demitri gemia e enrolava suas mãos por seu cabelo. Adorava tudo que ela fazia. Homem
doce.
Ela o apanhou, o semideus olhos de tigre com o corpo perfeito. Ou talvez ela fosse
apanhada.
Val cravou suas mãos no peito dele, desta vez sem as garras. Podia ser doce.
— Goze para mim amor.
O longo pênis estava fazendo seu truque. Val moveu seus quadris, conduzindo-o dentro.
Ao mesmo tempo Demitri alcançou entre eles e colocou seus polegares contra seus clitóris.
Val gritou. Este era o por que tinha permitido que Demitri a apanhasse, o por que se
arriscava a morrer fodendo neste prado sagrado para seu povo. Ela estava proibida aqui, uma
semideusa metade-demônio de outro panteão. Mas veio aqui por Demitri. Faria tudo por ele.
Demitri gemeu. Ele meio se levantou, seu maravilhoso rosto e formosos lábios
aproximando-se dela. Ela gritou de novo quando seu sêmen escaldava dentro dela, o excesso
gotejando em quentes gotinhas entre eles.
Apertou o rosto de Demitri entre suas mãos e o beijou. Entrou na boca com sua língua,
querendo engoli-lo completamente.
Ela podia. Poderia recorrer a sua verdadeira forma e engoli-lo. Ele morreria em êxtase e
sempre seria parte dela.
O coração de Val se retorceu. Não, não o machucaria.
Que coisa tão estranha para pensar. Machucava a todos. Era Valenarian, a destruidora.
Aniquilava os homens adúlteros, tolos mortais que corriam das camas de suas esposas, incapazes de
resistir à chamada de Valenarian. Eles obtinham seu justo castigo.
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Entretanto, Demitri era diferente. Demitri era...

— Demitri. — Sussurrou ela contra sua boca — Eu adoro…
Uma luz branca cegadora encheu o vale, e o fedor da divindade a golpeou.
— Merda. — Val sacudiu Demitri, mas ele desfrutava do resplendor, seus olhos meio
fechados. Um grunhido saiu de sua garganta, suas pupilas entreabertas como as de um gato. —
Demitri temos que ir. Tire-nos daqui!
Val gritou quando fortes mãos se agacharam e a levantaram justo fora de Demitri. O pênis
de Demitri ainda duro deslizou com prazerosa fricção, mas Val se adoeceu de medo.
Ela aterrissou sobre seus pés e se encontrou frente a uma deusa enfurecida, cuja beleza era
terrível. O impulso de Val por cair de joelhos e pressionar seu rosto na grama quase a afligiu, mas
se obrigou a permanecer em posição vertical. Ela era um demônio, era a destruidora. Não se
inclinaria diante a deusa do amor.
— Este é meu bosque. — Disse a deusa, sua voz, tão sensual como aterradora. —
Profanado por você. Agora enfrentará seu castigo.
— Demitri me trouxe aqui. Ele profanou seu bosque.
Afrodite deu uma bofetada. Val girou com o golpe, nauseada com dor.
Seu coração pulsava com terror, sabendo que a deusa estava moderando sua força.
Se Afrodite soltasse, Val estaria morta.
— É isso tudo o que tem? — Disse Val, negando-se a ser intimidada.
Afrodite a ignorou.
— Demitri. Se levante.
— Ele já o está — Soprou Val. Isto valeu outro golpe, e limpou o sangue e as lágrimas de
seu rosto.
Demitri ficou de pé diante de Afrodite, com pena em seus olhos.
— Seja amável com ela. Vi há um tempo. Ela não entende a tristeza que provoca.
O coração de Val foi arrancado.
— Demitri.
Demitri a olhou, seus olhos escuros de novo e cheios de dor.
— Sinto muito, Val.
— Enganou-me. — A angústia disto superava inclusive seu terrível medo pela deusa —
Planejava me entregar a ela todo o tempo.
Demitri olhou para outro lado. Ainda estava nu, ainda formoso, alto e glorioso neste prado
do verão.
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— É um filho de puta. — Gritou Val. — Disse que me queria que não pudesse me resistir.
— Não. — Disse Demitri, sua voz tensa — Acreditou porque quis fazê-lo. — Ele olhou a
Afrodite. — Ela realmente não sabe.
— Bom, aprenderá.
— O que quer dizer com que não sei? — Replicou Val. — Não fale de mim como se fosse
uma menina. Sou uma filha de Heka. Sou a assassina dos homens e infiéis. Lamento a respeito de
suas esposas que os amam, mas tudo o que tenho que fazer é curvar meu dedo, e vêm correndo. —
Val assinalou a Demitri. — Você fez o mesmo.
— Enrola-os a afastar-se quando eles não o fariam. — Disse Demitri. — Os conduz a sua
perdição. Vi o depois, as famílias quebradas, os meninos padecendo fome.
— Estão enganando, bastardos mentirosos!
— O faz a inocentes? — Perguntou Afrodite.
— Ela estava acostumada ser um demônio vingador simples. — Disse Demitri. — A
princípio só matava a esses homens que arruinavam a vida das mulheres. Em algum isso lugar
deformou seu interior. Agora chama a todos os homens, sejam culpados ou não. Estava acostumada
a destruir por justiça, agora está apanhada na alegria disso. — Ele parecia triste. — O faz bem.
— E você? — Disse Val desesperadamente — Não podia resistir isso. Você me ama.
Demitri pôs uma mão sobre seu ombro. Era uma mão tão quente e carinhosa, que quase se
derrete.
— Afrodite me pediu que a ajudasse a te deter.
Val se afastou.
— Não. Você me ama. Disse-me isso.
Os olhos de Demitri piscaram outra vez, lágrimas em seu interior.
— Você me fez feliz, mas sabia que era ilusão.
— Não, com você não foi.
— Sempre é, Val. Perdeu a capacidade de compreender a dor que causa. Afrodite te
ajudará.
Lágrimas de raiva corriam por suas bochechas, manchando sangue e sujeira sobre elas.
— Mentiroso filho de puta, disse que me amava. Matá-lo-ei.
Val se equilibrou sobre ele com as garras estendidas, as agitando contra sua pele perfeita.
Demitri a desviou com um golpe rápido. Val cambaleou para trás para a deusa, e os braços de
Afrodite se fecharam ao redor dela como uma armadilha.
As lágrimas caíam pelo rosto de Demitri.
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— Toma-a e vá.
— Demitri, amo-o. — Val lutou contra a deusa, mas era como lutar contra uma montanha.
— Não menti quando disse isso.
— Talvez. O qual é a razão pela que Afrodite será mais amável com você do que merece.
Afrodite agarrou a face de Val e girou a cabeça ao redor.
— Olhe aos meus olhos.
Val lutou desesperadamente. Olhar nos olhos de uma deusa era a morte para um demônio.
A deusa pôs dois dedos sobre as pálpebras de Val, obrigando-a a olhá-la nos olhos. De
repente, um terrível poder arrasou através do corpo de Val, e ela deixou de lutar. Deixou de pensar,
deixou de fazer, deixou tudo.
Demitri observou o formoso corpo de Val relaxar, seu negro cabelo com raias vermelhas
desenrolando-se por suas costas, como se a magia o tivesse mantido e em seus encantadores cachos.
Ela não se equivocou a respeito de Demitri amava-a. Quando estavam sozinhos, e Val se esqueceu
de si mesmas, eles riram e amado, discutido e recomposto. Foi a melhor experiência da vida de
Demitri.
Entretanto, Afrodite tinha razão. Valenarian tinha que ser detida.
— Obrigado, Demitri. — Afrodite deu um assentimento, a única recompensa que obteria
por seu coração quebrado. — Ela me servirá agora, e será curada.
Demitri se inclinou, a infelicidade roubando as palavras.
Um brilho de luz, e o prado estava vazio. Sem Afrodite, sem Val, nada mais que beleza
intacta. Os insetos zumbiam e as aves chamavam umas a outras enquanto flutuavam sobre a grama
salpicada de flores.
Demitri caiu de bruços no chão e chorou. Chorou como um semideus, suas lágrimas muito
densas e rapidamente um riacho se formou sob seu corpo e fluiu longe através da grama.
Sentiu um toque em seu ombro, uma mão masculina, calosa e dura.
— Está bem?
Era a voz de Andreas, seu amigo e companheiro, um semideus que podia tomar a forma de
um leopardo branco. Demitri deu volta e o olhou.
— Não.
— Deixa-a ir. — Disse Andreas. — Há muitas mais no mundo de onde vinha.
Mostraremos.
— Deixa-o em paz — Retumbou outra voz. O amigo de Demitri, Nikolaus, estava de pé a
seu outro lado, as sedosas asas negras do homem fluindo para seus calcanhares.
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Os dois homens estavam nus, músculos reluzentes sob o sol.

Demitri ficou de pé, secando as lágrimas.
— Era necessário. — Disse.
— Isso não quer dizer que foi fácil. — Disse Nico. Envolveu uma asa em consolo ao redor
dos ombros de Demitri.
— Não. — Foi surpreendentemente difícil. A maldita mulher se colocou em seu coração.
Nico moveu seu polegar através da mandíbula de Demitri, depois inclinou um beijo
reconfortante em seus lábios.
— Não podemos apagar o que aconteceu, mas talvez possamos ajudar a aliviar um pouco
a dor.
Demitri olhou nos olhos escuros de seu melhor amigo e assentiu. Nico e Andreas era um
pícaro e incorrigível dueto, sempre em problemas, mas eram leais amigos e companheiros.
Andreas, sempre mais direto, fechou seu punho ao redor do pênis desinflado do Demitri e
o apertou. Depois beijou Demitri, liberando-o, e chamou a sua forma de leopardo.
— Vamos correr. — Disse enquanto trocava.
O tigre de Demitri fluiu através dele, alterando seu corpo no de um animal elegante. Caiu
no chão de quatro patas, facilmente ficando ao dia e adiantando ao gato menor de Andreas. Nico
correu atrás deles, asas negras estendidas, seu corpo de deus resplandecendo.
Amigos eternamente, Demitri pensou. Nada nos separará. Nada…
Capítulo 1
— Temos que ajudá-la, Demitri. — Demitri tinha retornado de seu almoço com sua
organização de hoteleiros para encontrar à Deusa do Amor esperando em seu escritório. Justo o que
necessito. Afrodite queria um favor. Não podia exatamente dizer não aos deuses, inclusive se isso
significa destruir sua vida por ajudá-los.
Fora das janelas raiadas de sujeira, Cairo fervia a um ritmo vertiginoso. Inclusive no calor
do dia, as ruas estavam cheias de automóveis, caminhões, ônibus e turistas. O hotel de Demitri era
um oásis exuberante e afresco de calma na enorme cidade. Seu escritório refletia o luxo de um hotel
pequeno, com telas de persiana, sala cômodas e uma minúscula fonte sussurrante.
Afrodite tinha optado por usar um sári azul brilhante indiano, porque não tinha nem ideia
de que país era e não importava muito. Usava o cabelo recolhido cuidadosamente para trás em um
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coque, e suas unhas brilhavam com um esmalte de cor rosa claro.

Joias adornava seus dedos e alguns braceletes sussurravam em seus braços.
Parecia uma encantadora dama indiana de classe alta visitando o exótico Egito.
— Se ela não o completa, estarei obrigada a matá-la. — Terminou Afrodite sem inflexão.
— Os deuses masculinos do panteão, incluindo seu ilustre pai, estão irritados comigo por mantê-la
com vida. Tenho uma oportunidade para salvá-la ou será condenada à morte.
Demitri ajustou a bandeja de rotuladores em seu escritório para evitar que Afrodite visse a
dor em seus olhos.
— Teve-a em sua prisão durante três milênios. — Disse com voz suave. — Não pôde
curá-la em todo esse tempo?
— Ela não estava na prisão. — Disse Afrodite com aspereza. — Ela me serve e estava
agradecida de fazê-lo. Foi obediente, responsável e tranquila. Mas não está curada e eles sabem.
— Por que me está envolvendo?
Afrodite se levantou, endireitando seu sári com dedos elegantes.
— Porque ela nunca te esqueceu. Qualquer caminho que escolha ao final, fara por você.
— Supõe-se que deve ser a deusa do amor, não da crueldade.
— Já se passaram três milênios, Demitri. — Disse Afrodita, lançando suas palavras para
ele. — Não pôde esquecê-la em todo este tempo?
— Você sabe que o tempo para os deuses e semideuses é diferente. Nenhum consolo das
lembranças desaparecendo, nem a diminuição da nostalgia.
— Já sei. O que é o que a pessoa neste século diz? Oh, sim, "supera-o". O fim último é
muito mais importante que seus sentimentos, não te parece? — Sorriu, esse sorriso deslumbrante
que levava a tantos a acreditar que era doce e boa. — Devido que a sua própria existência poderia
depender disso.
Dirigiu-se para a porta, mas Demitri ficou diante dela.
— Não saia caminhando por meu hotel. Os mortais não podem tomar, já sabe. Não
necessito que meus clientes desmaiem no vestíbulo.
Afrodite se pavoneou.
— Muito bem, Demitri querido. — Deu uns tapinhas na bochecha. — Faz o que digo, e
viverá. O mesmo ocorrerá com ela. — Se voltou para a janela, apanhando a luz do sol e fazendo-a
brilhar mais, mais brilhante, depois se vendo incandescente. — O outro é importante para o plano.
Mas ela não deve sabê-lo. É mais importante que não saiba por ele realmente…
Demitri entreabriu os olhos enquanto Afrodite desaparecia em um brilho cegado. A luz
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voltou para a normalidade, o escritório vendo-se um pouco lúgubre em contraste com sua beleza
absoluta.
Demitri suspirou e passou as mãos por seu cabelo. O plano de Afrodite era retorcido, mas
Demitri sabia que seria eficaz. Val viveria ou morreria, sucumbiria à tentação ou resistiria. De
qualquer maneira, Demitri voltaria a ter o coração quebrado outra vez.
Ele normalmente ia a seus amigos Andreas e Nico para queixar-se de seus problemas e
pedir sua ajuda, mas os dois homens se foram. Apaixonaram-se por completo e, finalmente tinham
retornado a Nova Iorque com suas senhoras, os bastardos sortudos. Demitri estava feliz por eles e
desejava o melhor, mas sentia falta deles. Tinham sido os melhores amigos durante eras, e agora se
sentia completamente sozinho.
Afrodite estava devolvendo Val, a mulher que amou, mas que nunca poderia ter. Teria que
enfrentar a ela sozinho, sem o forte apoio de seus amigos. E teria que deixá-la ir ao final e uma vez
mais fazer frente a um mundo de dor.
Perfeito.
O homem do hotel estava sem dúvida seguindo-a. Val caminhou pelas escuras ruas do
Cairo, tentando chegar à loja de tapetes que tinha visitado esse mesmo dia mais cedo. Ouvia seus
passos justo atrás dela agora, o homem volumoso com seu corte de cabelo curto destacava entre os
egípcios nativos. Ela sorriu. Não sabia muito sobre o sigilo.
O homem tinha o cabelo avermelhado, olhos verdes e um grande corpo, e ele era a
atribuição de Val. O registro de Leon Dupree indicava que sua companheira perfeita se encontrava
no Luxor, e Val tinha que levá-lo ali e juntá-lo com a jovem.
Afrodite, por razões que só ela mesma conhecia, sugeriu a Val que ficasse no precioso
hotelzinho de Demitri no Cairo enquanto desempenhava sua tarefa. Leon Dupree terminaria ali, e
isso seria mais conveniente, havia dito a deusa. As "sugestões" de Afrodite se pareciam mais a
ordens diretas, e Val obedecia, como sempre o fazia.
Demitri a evitou descaradamente desde sua chegada, e isso estava bem com ela. Tinha
pensado que seria capaz de fazer frente com o intumescimento ao que se acostumou, mas quando o
viu dois dias atrás, pela primeira vez em milênios, a dor tinha atravessado o coração. A sensação a
surpreendeu, a primeira que se quebrado através de seu estado emocional em um comprido tempo.
Nunca esqueceu a beleza do grande corpo de Demitri e seus olhos de cor marrom café, e ele não
mudou nem um pouco.
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Val ajustou o cachecol que tinha colocado de maneira frouxa ao redor de seus negros e
vermelhos cachos quando se deteve diante da loja de tapetes. Demitri não tinha por que preocupar-
se. Tinha-a quebrado todos esses anos atrás no Monte Olimpo, e depois Afrodite esmagou tudo o
que ficava de Valenarian a diabresa.
Agora Val servia a Afrodite, e sua missão aqui era ajudar a sua deusa, nada mais. Se Val
repetisse isso o suficientemente frequentemente, pensava, inclusive que poderia acreditá-lo.
O homem atrás dela se deteve quando ela o fez, e ela voltou a sorrir.
Nenhum sigilo absolutamente. Entrou na loja, mas seu perseguidor não a seguiu.
O comerciante que saiu da parte traseira não era o ajudante que a atendeu esse mesmo dia
mais cedo. Era Egípcio, não muito alto, com um traje escuro, bem feito, mas não era humano. Val
viu sua aura de deus superposta a seu corpo humano, não era um dos deuses mais altos, mas o
suficientemente forte para machucá-la se o desejasse.
Ele deu uma olhada a Val e vaiou.
— Diabresa.
— Diabresa não. — Corrigiu ela. — Cliente. Seu assistente fez um dos tapetes de
cachemira para mim.
— Quem é você? — Continuou o pequeno deus. — O que quer de mim?
— Comprar um tapete. Então, por que está aqui os vendendo em vez de assistir aos
banquetes com os deuses?
Por alguma razão às pessoas gostava de contar seus problemas a Val. Talvez fosse a forma
que sorria que os fazia suavizar e derramar suas tripas. Ela tinha feito isto com as mulheres
ofendidas quando tinha sido um demônio de vingança, e a capacidade era muito útil agora que seu
trabalho consistia em convencer os amantes para juntá-los.
A postura do pequeno deus se relaxou e suspirou.
— Não há muito mais para que eu faça. Durante anos custodiei um sepulcro nas bordas do
Nilo, mas uma deusa grega, destruiu-o. Alguns arqueólogos levaram a múmia, e ninguém me
chamou há muito tempo.
— Assim decidiu instalar uma loja no Cairo?
— Daqui posso ajudar a proteger famílias e lares, como o fiz na antiguidade. Já ninguém
tem mais estátuas de Bs, mas compram tapetes.
Val assentiu sabiamente.
— E põe sua magia protetora sobre o tapete. Interessante.
Ele se esticou de novo.
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— É um demônio de vingança. Isso é o que cheiro.

— Estava acostumada a ser um demônio de vingança. Essa parte de mim morreu. Agora
sou uma espécie de ajudante. — Afrodite havia dito a Val que seu trabalho de reunir os apaixonados
a curaria, mas Val não se sentia curada. Sentia-se vazia, drenada, incompleta.
Tocou um tapete, sentindo através da lã um calafrio de magia benigna, quente e
reconfortante. Forte. Bs nunca estaria no mesmo nível que Isis, mas tinha uma força inquebrável.
Bs dirigiu um olhar de horror e se equilibrou sobre ela.
— Não, não os toques!
As cortinas da porta se apartaram, e o homem de ombros quadrados entrou.
— Mantenha suas mãos fora dela.
Leon Dupree falava inglês com um sotaque curioso, todas vogais longas e consonantes
arrastadas. Tinha a face vermelha de fúria, os punhos apertados por violência mal contida.
Correu dentro para me proteger. O pensamento assombrou a Val, e sentiu uma agitação
através de seu adormecimento. Ele não é para você, recorda.
Bs recuou, com os olhos muito abertos.
— Minhas mãos não estão nela.
— Tudo está bem. — Disse Val rapidamente. — Ele tinha medo de que estragasse o
tapete. Isso é tudo.
Leon olhou a Bs com profunda suspeita.
— Está segura?
O homem estava irritado, sua adrenalina alta. Val sentiu um toque do mais à frente sobre
ele, embora não era nada parecido a Bs ou inclusive a Demitri. Mas havia algo selvagem nele, algo
primitivo. Seu corpo era músculo sólido, seu loiro cabelo cor do trigo. Seus olhos de cor verde
escura tinham visto dificuldades, tinha temido, combatido e vivido enquanto via morrer a outros.
Bs era um deus e poderia matar a este mortal com um simples movimento de seu dedo,
mas sob o duro olhar de Leon, Bs fazia o melhor para parecer inocente e inofensivo.
— Um mal-entendido. — Disse ele.
— Guarde o tapete para mim. — Disse Val. — Voltarei a procurá-lo manhã. Boa noite.
— Boa noite — Disse Bs com incerteza.
Leon deu uma sacudida de cabeça brusca para Bs, depois afastou as cortinas para que Val
pudesse caminhar por diante dele.
Val se agachou passando o corpo de Leon, gostando do zumbido de sua aura e o calor de
sua pele. Cheirava a suor e um pouco de sabão e loção de barbear.
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A noite ainda estava quente depois do caloroso dia de novembro, mas tinha começado a
esfriar. Leon caminhou protetoramente junto a Val, silencioso, sólido e magnífico como o inferno.
— Você é o que vai a uma escavação arqueológica, não é assim? — Perguntou Val
enquanto caminhavam juntos. — É um arqueólogo?
— Meu irmão é. — Os olhos verdes de Leon se fixaram nela por um momento depois
voltaram a escanear as ruas. Caminhava a seu lado como um guarda-costas, alerta por perigo. Seu
protecionismo descarado a enchia de calor. — Ele me pediu que viesse e o ajudasse se quisesse.
Desculpa minhas maneiras. Meu nome é Leon Dupree.
— Val. — Ela vacilou. — Valerie Stevenson. — Esse era o nome neutro que a Demitri
tinha dado a ela, um que poderia encaixar com várias nacionalidades. — Seu nome é francês, mas
não é da França, não é?
— É Cajún1.
Val mentalmente percorreu os estudos que tinha feito da cultura do século XXI antes que
tivesse saído com esta atribuição, mas ficou em branco. A palavra não estava em seu relatório,
tampouco esta coincidia com sua nacionalidade de "Americano".
— Que país é Cajún?
Ele soltou uma breve gargalhada.
— Louisiana, nos Estados Unidos. Nova Orleans e os pântanos. Os franceses se
assentaram na zona faz dois séculos e nós somos o resultado.
— Que interessante. — Val deslizou a mão por seu braço, tratando de não refletir sobre a
força sob seus dedos. — Por que estava me seguindo?
Leon encolheu os ombros, os músculos de seus ombros largos ondulando.
— Saiu do hotel sozinha, e me preocupei com você, caminhando sozinha pelas ruas.
— Que galante.
Outro encolhimento de ombros, outro fascinante jogo de músculos.
— É minha forma de ser.
Val desejou ter deixado de admirar seu corpo. Era alto, com abdominais tensos e bíceps
onde poderia fazer ricochetear uma moeda. Ele não era para ela, tinha que recordar isso. A pena
para os assistentes de Afrodite por se apaixonar por qualquer das duas partes de sua missão era a
morte. Além disso, Afrodite insistia em que seus ajudantes fizessem votos de celibato, por isso
embora Leon não tivesse sido sua missão, Val teria que manter suas mãos fora dele. Um vestígio de
Valenarian a diabresa se agitou em seu interior. Não era justo que Afrodita enviasse Val para um
1
Cajún - a língua cajún é um dialeto proveniente do francês. Atualmente, os cajuns formam uma comunidade importante
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homem de corpo duro que tinha o suficiente de sobrenatural para tentá-la.

Faz seu trabalho, se repreendeu. Não dê a Demitri uma desculpa para te denunciar.
Pensar em Demitri ajudava. A confusão e a dor que ainda sentia por ele apagavam seu
crescente ânsia por Leon.
A loja não estava muito longe, e chegaram ao hotel em um tempo decepcionantemente
curto. O hotel de Demitri era um edifício pequeno, de aspecto quase parisino do século XIX. Era
um hotel "boutique" que oferecia luxo para o viajante cansado das cadeias comerciais.
É obvio Demitri seria o dono do melhor hotel da cidade. Em sua forma humana, usava
trajes caros e parecia um homem de negócios, respeitável e próspero. Tinha domado seu sedoso
cabelo em um rabo-de-cavalo, mas sabia como se via seu cabelo desordenado pelo sexo. Também
sabia o selvagem e quão magistral podia ser, e não acreditava que todos os séculos pudessem tê-lo
mudado. Ele simplesmente se tornou muito bom em ocultar sua verdadeira natureza. Tinha salvado
a vida todos esses anos atrás, compreendia isso, mas a enganou para que se apaixonasse por ele.
— Quer café? — Perguntou a Leon quando se detiveram no vestíbulo.
Seu modus usual na atribuição era fazer-se amigo de uma das partes envolvidas e
apresentar a ele ou a outra parte, ou agir como mediador se já se conheciam.
Leon dedicou um rápido sorriso.
— É obvio.
— Em seu quarto?
O olhar se converteu em um de surpresa, mas ele não se alterou.
— É obvio.
Val disse ao porteiro que enviassem café ao quarto do senhor Dupree, e subiram em
silencio no elevador.
Demitri deu a Leon uma das suítes maiores, na parte superior do hotel, uma suíte com
quatro quartos, quatro banheiros e uma sala de estar com uma fonte no centro da mesma.
— A suíte é muito grande para mim só. — Disse Leon quando a abriu com uma chave —
Mas era tudo o que Demitri tinha. Esperava que me pusesse no porão ou em algum lugar quando
meu irmão pediu que me hospedasse. Estou-o tendo grátis, assim não me queixo.
Val desenrolou seu cachecol e sacudiu fora seu cabelo.
— Demitri pode ser generoso.
— Hospitalar, assim o chamaríamos de onde eu venho. Mantenho presente o agradecer,
mas nunca tenho a oportunidade. Parece muito ocupado.
ao sul do estado da Luisiana, onde influíram notavelmente em sua cultura.
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— Oh, sim, Demitri sempre está ocupado.

O café chegou, e Leon tomou a bandeja do garçom e dispôs as xícaras em uma mesa. O
garçom olhou curioso, mas Leon o acompanhou fora e fechou a porta em sua cara ansiosa.
— Como você gosta? — Perguntou Leon.
— Quer dizer meu café? — Val tirou os sapatos, afundou-se em uma poltrona, e colocou
os pés debaixo dela. — Sem açúcar.
— Sem açúcar será.
Serviu uma xícara para ela e colocou alguns pedaços de açúcar no dele. Entregou o café,
seus profundos olhos verdes persistentes em seus lábios, depois em seus seios. Não olhava
lascivamente, nem com demanda. Era só um homem desfrutando de dar uma olhada a uma mulher.
Quando Leon deu a volta, Val deixou escapar o fôlego. Sua camiseta estava apertada
contra seus largos ombros e bíceps, e seus jeans cavavam seu traseiro de uma maneira satisfatória.
A velha Val queria esfregar-se contra ele e ronronar.
— Me fale a respeito desse lugar, Luisiana. — Disse enquanto ele se sentava.
Leon rodeou sua xícara de café com suas mãos e começou a derramar sua história, como
Bs o tinha feito. A Val gostava da voz de Leon, profunda e lenta, seu sotaque tão diferente de
qualquer que tivesse ouvido antes. Podia imaginar que sussurrava o nome de sua dama na
escuridão, dizendo como queria agradá-la. Valenarian teria estado sobre este homem rapidamente.
Valerie só podia sentar-se e deixar que falasse.
Leon contou que ele e seus três irmãos tinham crescido em uma pequena casa em um
pequeno povoado chamado Fontaine, que estava ao sul de um lugar chamado Nova Orleans. Seu pai
morreu quando eram todos meninos pequenos, e sua mãe os tinha criado sozinha.
À medida que falava, Leon relaxou, estirando suas longas pernas e as cruzando pelos
tornozelos. Contou a respeito de conduzir navios nos pântanos e destroçar um crocodilo, ele e seu
cão remando para a borda como o inferno, seus anos de adolescente trabalhando com botes para um
homem e amando-o, até que o homem se embebedou e começado a caçar Leon.
— Por que ele fez isso? — Perguntou Val indignada.
Leon encolheu os ombros.
— Era um bêbado. Fazia esse tipo de coisas antes, mas nunca me tinha atacado até então.
Pelo menos, era o suficientemente grande e para poder com ele, mas me preocupava porque às
vezes trazia meu irmão menor Remy para ajudar. Nós não retornamos de novo depois disso.
— Vingou-se dele por ter te machucado?
— Vingar-me? Não, ele não sabia o que estava fazendo. Sentimos pena por ele. Morreu
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
dois anos mais tarde.

Valerie sabia que algumas pessoas sentiam compaixão para aqueles que os machucavam.
Sempre pareceu estranho, esse perdão, e se esforçava por entendê-lo.
— Me conte mais. — Disse Val.
Leon seguiu sobre como se graduou na escola secundária e uniu ao exército para que sua
mãe não tivesse que continuar alimentando-o. Formou-se como médico, foi ao Afeganistão em duas
ocasiões, e voltado para casa pela segunda vez para encontrar o dano que Katrina fazia a seu antigo
lar, pessoas que tiveram que deixar suas casas por toda a vida, sua vida mudando para sempre.
— Quem é essa Katrina? — Perguntou Valerie. — Ela soa terrível. Leon pôs-se a rir.
— Um furacão. Alagou a casa de minha mãe e derrubou muitas em minha pequena cidade.
Nossa casa segue em pé, mas tivemos que reconstrui-la do zero. — Fez uma pausa. — Acredito que
estamos tão apanhados em nossos próprios problemas que nos esquecemos de que outras pessoas
não sabem tudo a respeito deles.
— Tem muitos problemas.
— Todos os têm. Mas tenho meus três irmãos e a minha mãe.
Seu irmão Remy, era o mais inteligente, e todos tinham trabalhado para mandá-lo a uma
boa escola. Ganhou bolsa após bolsa, e agora tinha um doutorado da Universidade de Chicago,
convertendo-se em um perito em Egiptologia. Val escutou o orgulho em sua voz.
— Está aqui com uma bolsa agora. — Continuou Leon. — Escavando coisas no Vale dos
Reis mais abaixo pelo Luxor. Disse que sempre poderia necessitar um médico treinado, e não tenho
nada mais que fazer, assim pensei por que não? Também me quer para… — Se interrompeu de
repente, apertando os lábios fechados.
— Quer você para o que?
Leon olhou sua xícara de café vazia. Val sentiu sua resistência, o que significava que tinha
chegado à parte mais interessante da conversa.
Leon levantou a vista para ela, com a boca ainda fechada. Era forte, resistente, isso só a
intrigava mais. Val continuou sorrindo. Queria saber tudo a respeito deste homem, quis envolver
seus braços ao redor dele e deslizar suas mãos nos bolsos traseiros convenientemente colocados.
Leon se levantou, serviu-se um pouco mais de café, depois se sentou no chão junto a sua
cadeira. Ficou de costas contra a cadeira e estirou as pernas, sua massa quente estranhamente
reconfortante.
— Quer você para o que? — Repetiu Valerie. — Não o direi.
Leon estudou seu café um pouco mais, depois se rendeu.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
— Está preocupado por algumas coisas que acontecem na escavação. Diz que poderia não
ser nada, mas às vezes as ferramentas desaparecem, ou peças de cerâmica, ou outras pequenas
coisas. E depois as pessoas vão e não voltam mais. Não acontece nada, simplesmente decidem que
não querem ficar. Remy pensa que é estranho, e quer que mantenha um olho nas coisas.
— Um comprido caminho percorreu para ajudar a um irmão.
Leon encolheu os ombros. Gostava de seus encolhimentos de ombros, especialmente
quando seus ombros roçavam seus joelhos. Se se atrevesse, poderia acariciar com os dedos seu
cabelo, descobrir como de áspero ou suave era.
— Fiz duas viagens ao Afeganistão, como que me acostumei ao Médio Oriente. Eu gosto,
em realidade, e queria ver alguma parte que não fosse uma zona de guerra. Assim vim.
— É amável por sua parte.
— Não tenho feito nada por ele exceto me alojar em um hotel de luxo. Um de seus amigos
conhecia Demitri e me instalou aqui até for hora de ir a Luxor.
— E isso quando é?
— Em dois dias. Cheguei um pouco antes do previsto para fazer um pouco de turismo.
— Poderia ir a Luxor também. — Disse Val. — Se passou um comprido tempo desde que
vi os céus dos templos de Karnak.
Leon sorriu.
— Acredito que eu gostaria.
Quando sorria, seu rosto se esquentava e seus olhos se obscureciam. Seus lábios se
curvavam para cima, o de baixo um pouco mais cheio que o superior, uns lábios de homem, os
quais ela não havia tocado em séculos.
Leon se levantou lentamente até que se sentou no bordo de sua cadeira. Ele a estudou em
silêncio um momento, depois deslizou sua mão por trás de sua nuca, inclinou-se, e a beijou.
Val sabia que devia afastar-se, ficar do outro lado da sala longe dele.
Ele não era para ela. Era para a mulher em Luxor a qual Val tinha que dirigi-lo. Mas não
podia obrigar-se a empurrá-lo dela. A pequena parte dela que ainda era Valenarian sussurrou: Tenha
isto. Só uma provada. Quando conhecer à mulher e se apaixone, esquecera-se de você.
Os lábios de Leon eram como a seda. Suaves e quentes, abriram os dela, sua língua se
inundou no interior de sua boca. Sua mão estava firme na parte posterior de seu pescoço, os dedos
brincavam com seus cachos. Valerie se recostou para trás e passou as mãos por seus duros ombros,
amando a sensação do homem debaixo da camisa.
O calor avermelhou seu corpo, seus mamilos se endureceram em pequenos pontos dentro
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Série Mortal – 2
de sua blusa. Sentia-se frouxa, molhada e quente.

Seu corpo era pesado contra o dela, seus braços fortes, seus lábios suaves, mas sem deixar
nenhuma dúvida do que pretendia. Ele queria ter sexo com ela, o sexo amistoso que tinham duas
pessoas que se encontravam sozinhos longe de sua casa em um hotel.
Seus dedos se deslizaram por sua blusa para desfazer o primeiro botão. Ela fechou os
olhos enquanto duros dedos tocavam seu peito nu, encontrando e capturando a ponta de seu
mamilo.
— Não. — Gemeu ela. — Não posso.
— Por que não? — Seu fôlego era quente contra seus lábios. — Tem um namorado? Um
marido?
— Não é isso.
— O que é então? Cheiro mal?
Val tinha vontade de rir.
— Não. Quer dizer, cheira bem. — Pôs seu nariz em seu pescoço nu e inalou.
Ele era todo tipo de coisas boas, e por diversão tirou sua língua e o lambeu. Engano. Tinha
um sabor salgado e agradável, e queria lambê-lo da cabeça até os pés. Queria abrir seus jeans e ver
que tipo de pênis tinha e como era seu sabor. A julgar pelo que estava pressionado contra ela desde
trás do tecido, era um muito bonito, grosso e longo. Imaginou que seria escuro, com uma corrente
de sangue, com a ponta suave e fresca.
— Não vou pressioná-la chére. — Disse Leon em seu ouvido. — Vamos tomar as coisas
com calma, se quiser. Conhecer-nos um pouco melhor um ao outro.
Val pôs as mãos sobre o peito, às lágrimas alagando seus olhos.
— Não podemos. Não posso… Jamais. Sinto muito.
Os olhos de Leon piscaram estranhamente, um brilho dessa coisa de outro mundo que
tinha sentido nele.
— Bom, desde que minha mãe me criou para ser um cavalheiro… — Pouco a pouco se
separou dela e se levantou. A tensão vibrava através de seu corpo, um macho viril que estava a
ponto de soltar sua tensão de novo.
Valerie se levantou com ele, mas não pôde resistir a mover as mãos por seu peito. Ela o
desejava, e não como Valenarian o faria. Valenarian a diabresa o teria no chão, estendendo suas
garras para destroçar sua roupa.
Pressioná-lo-ia contra suas costas e empalaria a si mesma sobre seu pênis rígido. Sem
bate-papos, sem chegar a conhecer um ao outro, só sexo simples e cumpridor.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
Mas Valenarian se foi, suprimida atrás de muitas capas da lavagem cerebral de Afrodite.
A mulher Valerie desejava Leon nu, mas ela queria deslizar suavemente seus braços ao redor dele,
para conhecer seu corpo e deixar que ele conhecesse o dela. Queria-o lento, bonito e memorável.
Queria que ele quisesse voltar a vê-la quando tivesse terminado.
Valerie ficou nas pontas dos pés e beijou Leon na boca. Ele moveu os lábios em resposta,
mas não a sustentou.
— Sinto muito. — Disse Val — Deveria ter dito imediatamente, mas desfrutei muito de
falar com você.
Ele pôs suas mãos sobre seus ombros e a empurrou suavemente.
— Não tinha que fingir que teria sexo comigo para me fazer falar com você.
— Eu não fingia. Realmente quero ter sexo com você. Mas não posso. Está proibido. —
Val correu seus dedos por seu peito de novo, sentindo seu coração pulsando sob sua pele. Não podia
dizer toda a verdade, porque isso também estava proibido, mas podia dizer parte desta. — Sou
celibatária, já vê. Tomei um voto de não voltar a ter sexo com qualquer homem, sem importar o
muito que deseje fazê-lo.
Capítulo 2
Isto era novo para Leon. Esta noite não, querido. Sou celibatária. Leon deu um passo
atrás e a olhou, uma magnífica mulher com o cabelo encaracolado escuro manchado de vermelho.
Tinha pensado que era um tintura vermelha até que o tinha visto de perto. A cor era
natural e formosa, um vermelho misturado com negro como malhas de seda. Seus olhos eram
escuros, não marrons, mas de um escuro azul e tão intenso que pareciam quase negros.
Beijá-la foi vertiginoso. Ela sabia como beijar, sabia como usar suas mãos, sabia como
fazer que seu pênis se levantasse e dançasse.
— Então é uma monja? — Não se vestia como uma monja, embora usasse uma túnica
solta de manga longa e calças, roupas que cobriam a maior parte de sua pele.
— Sacerdotisa. — Disse. — Uma sacerdotisa de Afrodite.
Leon pôs-se a rir.
— Pode dizer que não, carinho. Não tem que inventar desculpas. Posso suportá-lo.
Valerie o olhou com esses olhos formosos nos que queria se afogar. Eles eram como o céu
noturno justo antes que a escuridão abrangesse tudo.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
— Não foi minha escolha servi-la, embora não posso dizer que foi horrível. Mas ela
insiste que suas sacerdotisas sejam celibatárias.
— Afrodite é a Deusa do Amor, não? Como Vênus.
— Vênus é o nome que os romanos deram, sim. Ela prefere Afrodite.
— E a Deusa do Amor quer que seja celibatária. Não é isso um pouco retrógrado?
— O amor é para outros, e ela mesma. Não para suas sacerdotisas. Devemos permanecer
puras para fazer seu trabalho.
— Correto... Como se as deusas míticas falassem com a gente todo o tempo.
— Não sei por que se surpreende. — Disse Val. — Você não é de tudo humano. Não
decidi o que é, mas tem algo de sobrenatural em você.
Leon queria recuar outro passo, mas se manteve firme. Quão único não tinha deixado que
arrancasse era que ele e seus irmãos eram troca-formas. Tinham-no ensinado a guardar o segredo
desde o momento em que era um menino.
O resto da humanidade não entenderia seu presente especial, e ninguém podia sabê-lo.
Leon entendeu melhor quando se fez maior. Às pessoas não gostava das pessoas que eram
diferentes. Os que não encaixavam no molde eram rejeitados, expulsos, ou feridos de algum jeito.
Não importava o forte ou mágico que fossem: os normais tratariam de caçá-los se soubessem.
— Mantenha isso para si mesma. — Disse. — Não necessito que vá comentando ao redor,
e tampouco a meu irmão.
Val sorriu. Maldição, ela tinha um sorriso sexy. Seu sangue começou a esquentar-se de
novo, justo quando pensava que se acalmou.
— Seus segredos estão a salvo comigo, Leon Dupree. — Ela tocou seu peito de novo. Por
que de repente imaginou rastelando suas unhas por sua pele nua enquanto o montava? Sentiu que
seus olhos piscavam no do animal e que de novo eram os dele.
Val baixou sua mão.
— Deveria ir.
— Não tem que fazê-lo. Ainda temos a metade de uma jarra de café.
Ela fez girar um cacho ao redor de seu dedo.
— Você me quer embora não tenhamos sexo?
— Não significa que não possamos ser amigos. — Realmente dizia isso a sério? Ou queria
tentar convencê-la de que quebrasse seu voto de celibato e se metesse entre os lençóis com ele? Não
estava seguro. Tampouco estava seguro de quanto acreditava que fosse uma sacerdotisa da Afrodite.
Pensou por um segundo que ela diria que sim. Depois sacudiu a cabeça, adquirindo uma
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
expressão de pesar.
— Não posso. — Outro toque em seu peito. — É muito tentador. Se ficasse, eu gostaria de
te comer todo.
Sim. Ele se imaginou escancarado na cama com sua boca sobre ele. Ela lamberia sua pele
depois tomaria seu pênis e a chuparia profundamente.
— Talvez te veja no café da manhã amanhã. — Disse. — Boa noite Leon.
Maldição. Forçou a fantasia longe, desejando que sua ereção não pulsasse tão forte.
— Sim, claro. O café da manhã. — Acompanhou-a até a porta e a abriu, surpreso de que
pudesse se mover com normalidade com a coisa enorme palpitando em suas calças.
Val se deteve na porta, levantou-se nas pontas dos pés outra vez, e deu um ligeiro beijo
nos lábios. Suave e doce.
— Obrigado. — Suspirou ela.
— Por que?
— Uma noite muito agradável. E obrigado por se preocupar por mim na loja de tapetes.
— Nunca me disse o que estava acontecendo realmente.
— Sim, fiz. Ou Bs o fez. Um mal-entendido. — Golpeou a ponta de seu nariz, depois deu
a volta e caminhou para o elevador. Seus quadris se moviam tentadoramente, fazendo desejar fechar
suas mãos em torno desse esbelto traseiro e arrastá-la de volta.
Ela agitou a mão de novo enquanto se metia no elevador, então as portas se fecharam e ela
se foi. Leon fechou a porta com chave, depois deu a volta, colocando suas mãos em seu cabelo. Seu
corte de cabelo do exército tinha crescido um pouco, agora estava perto do comprido que tinha
usado quando era um menino, mas tinha suficiente cabelo para puxar com frustração.
— Maldição. — Sua ereção não ia morrer, e sua imaginação não deixava de pensar nela
nua, lambendo-o, beijando-o, esfregando seu corpo sobre o seu.
Passado muito tempo desde que fez sexo, a última vez foi a cerca de seis meses atrás.
Merda. Talvez devesse fazer um voto de celibato também, e viver em um monastério
cultivando uvas ou algo assim. Não, enterrar-se-ia a si mesmo na escavação de Remy e esqueceria
tudo sobre as mulheres e suas necessidades.
Nunca funcionaria para ele de todos os modos. As mulheres gostavam, mas havia algo
nele que as desanimavam, e nunca teve uma relação duradoura.
Elas queriam seu corpo, não o resto dele. Talvez fosse a forma em que seus olhos ficavam
estranhos quando se excitava ou zangava-se, a parte do troca-formas nele que não podia controlar.
Deu se conta de que estava de pé em meio da sala, com as mãos na cabeça, suando. Seu corpo
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Allyson James
Série Mortal – 2
desejava trocar, para aliviar sua frustração voltando um resmungão animal. Aguentou-se. Poderia
arruinar o lugar, e não podia pagar por isso. E isso faria que Remy se visse mau. Tirou os sapatos,
agarrou algumas toalhas de banho e tirou a roupa em seu quarto.
Este era um dos quatro quartos, cada um tão opulento quanto outros. Um grande espelho
com marco de madeira delicado refletia a cama suntuosa e formosas pinturas nas paredes. Também
mostrava a um nu Leon apoiando seu traseiro na cama, com o cabelo de cor areia sendo um
desastre, com os olhos amarelos. O espelho refletia seu pênis enorme e furioso, que se movia um
pouco com cada pulsar do coração. Não tinha nenhum lubrificante, não se preveniu de levar algum,
mas não importava. Molhou a mão com a língua e fechou sua mão ao redor de sua ereção dolorosa.
Demitri viu Val sair do elevador em seu andar e caminhar para sua suíte. Não,
ziguezagueando a sua suíte. Ela fazia atraente o simples feito de caminhar pelo corredor. Seu cabelo
parecia mais encaracolado do que o quando chegou ontem.
Era o calor da cidade no rio? O cabelo de Valenarian a diabresa foram sempre cheio de
cachos muito bem formados e adoráveis, que caíam sobre seu corpo. As poucas vezes que a tinha
visto depois de que se converteu em Valerie, a humilde sacerdotisa de Afrodite, seu cabelo tinha
estado quase reto.
Valenarian tinha ido, recordou-se. Ele a tinha apanhado e Afrodite a apagou, deixando a
Val viva com uma nova e mais suave personalidade. Ao menos isso é o que ele tinha acreditado até
que Afrodite disse que houve incidentes. Valerie não os recordava quando perguntava, mas Afrodite
suspeitava que Val seduzisse a alguns dos homens em suas tarefas, tido sexo com eles, e depois
apagado suas lembranças. Não estava segura e não podia prová-lo, mas os outros deuses tinham
começado a se queixar que Afrodite foi uma tola ao manter a Val viva. A maioria dos deuses
masculinos eram suscetíveis a respeito de demônios cujo propósito era assassinar os homens
adúlteros.
Demitri se forçou a afastar-se de Valerie, sem confrontá-la. Tinha estado esperando para
ver se ela saía depois que seu garçom contou a história interessante dela indo à suíte de Leon
Dupree. Seus sentidos de tigre não cheiravam a sexo nela, só café, mas tinha estado ali um bom
momento.
— Demitri — Sua voz soou sensual atrás dele. Demitri se voltou à contra gosto — Está
tudo bem? — Perguntou ela.
Seus olhos eram inocentes, azul agora quando foram negros eras atrás.
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Allyson James
Série Mortal – 2
Desde sua chegada, nenhuma só vez tinha dado mostra alguma de lembranças de algo
entre ela e ele, correção, entre Valenarian e Demitri. Ela e Demitri poderiam ter sido velhos amigos
reencontrando-se, nem mais nem menos.
— Tudo está bem. — Disse Demitri. — E quanto a você?
— Minha suíte é preciosa, obrigado.
— Saiu esta noite. Por que?
— Compras. Não tem necessidade de se preocupar. Seu amigo, o senhor Dupree se
assegurou de que retornasse sem danos.
— Foi a sua suíte.
— Para um café. — Fechou a distância entre eles, estendeu a mão e endireitou a gravata
de Demitri. Só o contato o fez desejar pô-la com as costas contra a parede, enredar seus dedos em
seu cabelo, e pressionar sua língua em sua boca. — A sério. — Disse ela. — Só café.
Demitri olhou a esses olhos formosos. Obscureceram-se desde que estava aqui? Não sabia.
— Não tem que se preocupar por mim, Demitri. — Val se separou dele. — Estive vivendo
todos estes anos sem nenhuma coceira. Trouxe um montão de amor ao mundo.
— Isso me disseram.
— Só estava fazendo meu trabalho. Pode retornar à cama e deixar de me seguir.
— Não estava te seguindo.
Suas sobrancelhas se arquearam.
— Não? Sua suíte não está neste andar, não é?
— Tinha negócios neste andar. É meu hotel.
— Isso é certo. Suponho que isso significa que pode ir a qualquer andar que queira. — Val
sorriu docemente. — Boa noite, Demitri. Doces sonhos. — Voltou-se para sua suíte, abriu a porta e
entrou. Demitri vislumbrou a grande cama e sua roupa cuidadosamente dobrada sobre os respaldos
das cadeiras elegantes.
Podia ir atrás dela. Foi ordenado a manter um olho nela. Podia ficar com ela, aprendê-la de
novo, assegurar-se malditamente de que não o fazia nada a Leon Dupree. Mas não podia interferir.
Afrodite tinha deixado isso muito claro.
Não importa o muito que o matasse, ele tinha que deixar Val escolher seu caminho,
inclusive se isso significava sua morte.
Seus olhos se umedeceram, e olhou para outro lado antes que ela pudesse vê-lo.
— Boa noite. — Fechou a porta então e apoiou as pontas dos dedos contra esta.
Limpando os olhos, deu a volta e tomou o elevador até o topo do hotel, onde tinha dado a
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Série Mortal – 2
melhor suíte a Leon Dupree.
Leon gemeu. Sua mão se moveu mais rápido, acariciando seu pênis de uma maneira
rápida, inclusive a um ritmo. O espelho mostrava a um homem contraído com músculo, com os
olhos de um amarelo selvagem, um pênis duro vermelho aparecendo e desaparecendo entre seus
dedos. Imaginou Valerie tocando-o, tomando-o em sua boca e chupando-o duro e rápido. Apertou o
punho, imaginando como se sentiriam seus lábios a seu redor. Colocou a outra mão atrás de suas
bolas, as sentindo tensas e duras. Acariciou, deixando escapar um grunhido animal de sua garganta.
Val era tão condenadamente formosa. Adorava como seu cabelo se frisava ao redor de
seus dedos quando ela o tocava, adorava como seus olhos se obscureciam, o azul chegando a ser
quase negro quando a tinha beijado. O decote que tinha vislumbrado debaixo do botão que tinha
desabotoado era suave e para lambê-lo. Não tinha posto sutiã, o que estava bem com ele. Queria
abrir sua blusa, baixar sua língua para saborear seus seios e prová-la por toda parte.
Tomaria seus mamilos em sua boca um de cada vez, sugando-os até que ela gemesse por
isso. A frustração de ter que deixá-la ir fez acariciar-se mais rápido, com mais força. A luz do
abajur brilhava sobre as gotas de suor sobre seus ombros e o pescoço. O cabelo em sua virilha se
torceu em cachos apertados e úmidos, grossos e da cor da areia marrom.
— Val. — Gemeu. Sentiu a acumulação de seu clímax, o movimento das bolas, a
necessidade de empurrar, a escuridão sem sentido de estava pronto para liberar. — Val, mulher
doce quero fodê-la. Maldição, quero fodê-la.
Aqui chegava, o rugido, a liberação, a escuridão…
Alguém bateu na porta principal. Os golpes eram fortes e insistentes.
O pênis de Leon deslizou fora de seu alcance, e ele tomou uma toalha para recolher a
desordem. Mas o momento havia passado, muito tarde. O formigamento desapareceu e a frustração
tomou seu lugar. Infernos. Leon deixou cair a toalha e puxou suas calças.
— Só um minuto. — Descalço e com o peito nu, insatisfeito e ainda palpitando, caminhou
pela sala e abriu a porta.
Demitri o dono do hotel estava no corredor, com uma mão levantada para bater de novo.
Demitri usava um traje de jaqueta impecável e gravata, e tinha seu cabelo recolhido em um rabo
ordenado. Estava barbeado, lavado e apresentável, e obviamente não estava impressionado com um
Leon desalinhado em jeans e os pés descalços.
— Posso te ajudar com algo? — Perguntou Leon, sua respiração ainda pesada.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
Demitri elevou as sobrancelhas e o olhou de acima para baixo.

— Estava me exercitando; — Disse Leon. — Tentando me manter em forma.
Demitri deu uma breve inclinação de cabeça, pouco convencido, depois elevou uma bolsa
de viagem pequena.
— Os tubos se romperam em meu banheiro, e terei que ficar aqui até que possa ser
reparado. É um edifício antigo.
Suas palavras eram severas, não de desculpas. Leon abriu mais a porta, saiu do caminho.
— É seu hotel.
— Usarei um dos quartos e estarei fora a maior parte do tempo. Nunca vai me ver.
Leon encolheu os ombros.
— Como disse, é seu hotel. Compartilhei beliches com vinte meninos no mesmo quarto
anteriormente. Acredito que posso dirigir que alguém fique do outro lado do corredor.
Demitri o olhou um momento mais, como se queria dizer algo mais, depois se voltou
sobre seus calcanhares e se dirigiu ao quarto oposto a que Leon tinha tomado. Abriu a porta do
quarto e começou entrar, depois girou de novo para Leon.
— Valerie Stevenson esteve aqui.
Merda.
— Sim, tomamos um café.
— Sei. Falei com ela no corredor do andar de baixo.
Leon moveu as mãos em um gesto de o que sobre isso?
— Há algo de errado com isso?
Demitri não se encontraria com seu olhar.
— Ela e eu estávamos acostumados a ser amantes. Faz muito tempo. — Ele soava triste.
— Prometo que somente tomamos um café. Ela me disse… — Leon vacilou,
perguntando-se se Val havia dito uma tolice, se queria algo de que rir a costa do Leon — Ela disse
que era uma sacerdotisa celibatária.
Demitri assentiu com um gesto da cabeça.
— Isso é certo. Ela é celibatária. — Pôs ênfase na palavra celibatária.
— Não se irrite. Como viu, foi. Se uma senhora disser que não, eu não a pressiono.
A ira piscou nos olhos de Demitri, uma cólera terrível, imensa, que não estava dirigida
necessariamente a Leon.
— Mantenha dessa maneira. — Deu a volta, espreitando para seu quarto e fechou a porta
com tanta força que se sacudiu.
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
Leon deixou escapar o fôlego. Ficou ali um momento, olhando a porta branca fechada,
depois se voltou para seu próprio quarto. A toalha não usada jazia sobre a cama, zombando dele por
sua liberação perdida. Não a necessitava agora. Sua ereção se encolheu diante o olhar furioso de
Demitri. O encontro tinha sido interessante, não só porque Demitri tinha revelado sua relação
passada com Valerie.
Quando a fúria cruzou o rosto do homem alto, seus olhos cor café piscaram por um
instante ao ouro amarelo, com as pupilas voltando-se frestas. Poderia ter sido um truque da luz, mas
Leon sabia melhor. Demitri, o tenso proprietário de um hotel de luxo, às vezes passava o tempo na
forma de um gato selvagem.
Tenho que manter o controle.

Demitri despertou, suando e olhando ao teto. Leon Dupree tinha estado masturbando-se,
suas palavras de que estava se exercitando eram fracas no melhor dos casos. Cheirou o sexo nele, a
frustração, o suor. Isso o fez acreditasse mais que qualquer outra coisa que Valerie havia saído sem
tocar o homem. Se tivessem tido sexo, Leon estria satisfeito e com os olhos entrecerrados, não com
os nervos de ponta e a necessidade de uma liberação.
Imaginou Leon se despindo e puxando seu pênis inchado através de seu punho, se
acariciando e bombeando-se para aliviar a dor. Fazia isso com bastante frequência quando as
lembranças de Val o afligiam.
Levou sua mão a seu próprio pênis, sentindo-o quente e palpitante. Val tinha amado o seu
pênis. Ela sabia como lambê-lo e chupá-lo até que ele ficasse louco de paixão. Havia passado todos
esses anos ajudando Afrodite, pensando que ele fazia uma boa ação, mas tinha se apaixonado muito
rápido por Val. Inclusive agora não podia olhá-la sem que seu corpo se esticasse.
Deixa-a ir. Acabou-se, e agora precisava salvar sua vida.
O rangido da porta de Leon através do corredor o fez abrir os olhos. Ouviu uns passos
suaves e depois outro rangido, este o de um colchão.
Demitri deslizou silenciosamente da cama. As pisadas não foram de Leon, e os sentidos de
gato de Demitri sabiam que um terceiro tinha entrado em sua suíte.
Sem incomodar-se em se vestir, Demitri entrou nu no pequeno corredor entre os quartos e
entreabriu uma fresta a porta de Leon.
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
Leon despertou com alguém se metendo na cama com ele. O instinto o fez levantar-se e
cravar ao intruso ao colchão, suas mãos rodeando um pescoço esbelto.
Ele se afastou quando sua visão noturna mostrou a face de Valerie, os olhos escuros, e os
desordenados cachos de cor vermelha e negra. Ela estava debaixo dele, com seu sorriso doce e
sensual, seus olhos brilhando na escuridão.
— Olá, amante. — Ronronou.
Capítulo 3
— Valerie? — Leon se sentou sobre seus calcanhares. — Que diabos?

Valerie se arqueou para ele.
— Pode ser rude amante. Não me importa.
Ela era uma braçada exuberante, suave e doce. Usava um colar de ouro fino ao redor da
cintura, o melhor para enredar através de seus dedos.
— Que demônios está fazendo aqui?
— Lamento ter dito não antes. — Valerie passou os dedos de suas mãos por seu torso nu,
suas unhas rastelando ligeiramente sua carne. — Tinha que estar segura de você.
— Demitri dorme no outro quarto.
— Dorme? — Deu um sorriso malicioso. — Quer despertá-lo para que possa ver?
Santa Merda.
— Está bêbada?
— Bêbada não amante. — Valerie levantou seu corpo nu para o dele. — Te necessito
Leon. Passou-se tanto tempo, toda uma vida de solidão, e agora você me deseja.
— Só um minuto. Você e Demitri me disseram a mesma merda a respeito de que é
celibatária. Do que se trata isto?
— Não se preocupe, explicarei isso tudo. Contou-me tudo sobre você, e te direi tudo a
respeito de mim. — Val chupou seu lábio inferior entre os dentes. — Mas primeiro vamos foder
como se não houvesse um manhã.
Leon vacilou, mas seu corpo palpitava. Por que discutir? Uma mulher formosa acabava de
saltar a sua cama e começava a esfregar-se sobre ele. Por que não tomar o que oferecia? Isto era o
que tinha querido que acontecesse, não?
Ele deixou que o arrastasse para baixo e o beijasse, sua língua inundando-se em sua boca
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Série Mortal – 2
profundamente.
— Está bem, então. — Sussurrou.
Deu o melhor sexo de sua vida. Profundo, do que te faz grunhir, um sexo cheio de
satisfação. Provaram muitas posições, demonstrando que Val podia ser criativa. Os cobertores
caíram no chão, a cama se sacudiu, e o quarto ficou quente.
Ela se sentou escarranchado sobre ele, balançando-se, enquanto Leon sustentava seus
firmes seios com as mãos. Ele não protestou quando ela se retirou e tomou seu pênis muito ereto em
sua boca e jogou com ele até que gozou. Esteve duro de novo quase imediatamente, e a penetrou
por trás, as nádegas no ar enquanto ela gritava na cama.
Sexo e mais sexo. Ela não se cansava. Estava em cima dele outra vez, seus corpos
apertados, face contra face, quando Leon finalmente dormiu.
Despertou sozinho com o sol tentando penetrar as pesadas persianas. Deitado escancarado
na parte superior da cama vazia, completamente nu, alguns raios de sol dançando sobre sua pele.
Escutou com esperança a ver se ouvia uma ducha correndo, olhou a seu redor procurando a roupa
de Valerie. Nada. Ela tinha ido, e ele estava sozinho.
— Maldita seja.
Levantou-se da cama e foi para a ducha, onde se apoiou contra a parede, tremendo,
enquanto que a água quente caía sobre ele. Haviam passado anos desde que tinha tido uma ressaca
de sexo, mas estava exausto e esgotado. Valerie foi um inferno de parceira, apesar de que
provavelmente nunca teria o prazer de estar com ela.
Seu sentido de profundo pesar o surpreendeu. Não tinha vindo aqui em busca de amor,
veio para ajudar a seu irmão, talvez para encontrar um trabalho mais permanente para poder enviar
dinheiro a sua mãe. A qualquer pessoa tão exótica como Valerie não gostaria de se casar com um
menino Cajún de todos os modos.
Estava acostumada a estar em hotéis, boutique, a comprar tapetes caros, a sair com os
donos dos hotéis e tudo o que ele tinha era uma casa flutuante em um pântano. Leon era uma
distração do aborrecimento para ela, isso era tudo.
Leon golpeou o ponteiro de relógio da ducha para fechá-la, secou-se, vestiu-se e saiu à
sala de estar da suíte.
Demitri estava comendo o café da manhã em uma mesa servida com um pano branco. Um
prato vazio e talheres o esperavam na cadeira de em frente a dele, e os pratos de comida e uma cesta
de pão descansavam no centro da mesa.
Demitri lia um jornal, e deu volta a uma página sem levantar a vista.
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— Pedi o café da manhã para os dois. — Disse. — Se importa?

Leon tinha previsto descer a sala de jantar, esperando ver Valerie ali. Mas talvez fosse
melhor que não o fizesse. Se Leon falava com Val outra vez, poderia fazer algo estúpido, como
pedir que viesse ao Luxor com ele.
Além disso, Demitri era seu anfitrião e se tomou a moléstia de pedir o café da manhã. Não
só isso, Leon tinha tido sexo com a ex-namorada do homem.
— Obrigado. — Leon se sentou e agarrou um pão. Não havia manteiga, mas havia húmus,
o que Leon tinha descoberto que gostava.
— Dormiu bem? — A voz de Demitri retumbou de trás do jornal.
Leon mastigou e engoliu.
— Mais ou menos.
Demitri dobrou o papel e o jogou sobre a mesa. Seu rosto estava escuro e com ira.
— Sei que teve sexo com o Valerie.
Não servia de muito o negá-lo.
— Sim. — Se lambeu o húmus dos dedos. — Me disse que tinham quebrado um comprido
tempo atrás.
Demitri franziu o cenho.
— Não tem nem ideia do que tem feito.
— Tenho uma ideia bastante boa. — Leon pôs uma colherada mais da massa saborosa no
pão. — Se me quer jogar de seu hotel, pode fazê-lo. Mas ela entrou em meu quarto e se meteu na
cama comigo. Eu não a seduzi. Ela foi a que me seduziu.
— Sei. Vi.
Leon ficou gelado.
— O que, está dizendo que observou?
— Durante um tempo, sim.
— Bom, Merda, por que simplesmente não tomou fotos? Talvez um vídeo?
— Não gravaria sem seu consentimento.
Uma resposta estranha, e o homem não se via envergonhado.
— Muito obrigado pelos pequenos favores.
— Val é ainda muito formosa. — Demitri fechou uma mão apertada ao redor de sua xícara
de café. — Embora a corrente ao redor de sua cintura fosse nova.
— Eu não gosto de falar das damas com as quais estive, de acordo? Chame-me um cara
passado de moda.
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— Não deveria ter estado com ela absolutamente, esse é o ponto. — Disse Demitri
iradamente. — Deveria tê-la resistido.
— Por que? Ela me desejava, eu a desejava, e você mesmo disse que tinham estado juntos
muito tempo atrás.
— Por causa de seus votos.
— Essa merda de sacerdotisa de Vênus? Disse-me essa desculpa porque não queria fazê-lo
nesse momento. Estava me rejeitando muito fácil. Supus que trocou de opinião e retornou.
Demitri empurrou sua cadeira para trás e se levantou.
— Não, tolo. Ela é verdadeiramente uma sacerdotisa de Afrodite, e poderia ser castigada
por dormir com você. Severamente castigada.
O homem tremia de raiva, seu rosto escuro, seus olhos cintilando um amarelo listrado.
— Quão severamente?
— Poderia ser assassinada.
— Assassinada? — Leon ficou de pé. — Cristo de muleta, por que?
— Foi forçada a servir Afrodite por suas maldades passadas, permitindo a ela viver se
tomasse os votos e fizesse o que diziam. Eu tenho que manter um olho nela enquanto estava aqui,
me assegurar de que não fizesse o que fez com você.
— Então, por que não entrou e a deteve?
— Porque… — Demitri se calou sua expressão inescrutável — Me ordenaram não fazê-
lo. Sou observador, não posso interferir, e informar as tentações que ela não pôde resistir.
— Reportá-la-ia? Inclusive se isso significa sua morte?
Demitri desviou o olhar.
— Estou obrigado a obedecer.
— Ao diabo com isso. Não vou deixar que permitisse que a assassinasse. Não posso
acreditar que a odeie tanto por romper com você.
— Não o faço. — Olhou de novo para Leon, com os olhos cansados. — Amava a Val com
todo meu coração.
— Então me ajude a encontrá-la e adverti-la. — Se dirigiu para a porta.
— Deve permanecer longe dela. Deixe-me tratar com Valenarian.
Leon se voltou.
— Como acaba de chamá-la?
— Val. Valerie.
— Não, chamou-a outra coisa.
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Série Mortal – 2
— Ela estava acostumada ser Valenarian. Tomou o nome de Valerie quando se voltou
para sua nova vida.
— Seja lá como se chama, temos que encontrá-la.
Continuou até a porta, por mais rápido que Leon pensasse que o homem maior pudesse
mover-se, Demitri foi mais rápido, ficando diante dele e bloqueando a saída.
— Não vai a nenhuma parte.
— Saia de meu caminho. — Disse Leon.
— Não.
A ira de Leon flamejou. Não esteve zangado há tanto tempo, tinha suprimido quase todas
as emoções para evitar ficar louco. Sua ira ardeu agora e se sentiu bem.
— Fora de meu caminho. — Disse, em voz muito baixa.
O corpo de Demitri cresceu e se iluminou, estendendo-se até o teto alto da sala. Leon
fechou os olhos enquanto a luz aumentava, a sala esquentando-se como o chão do deserto.
Abriu os olhos enquanto Demitri jogava para trás a cabeça e rugia. O rosto do homem se
alargou em um gato grande, as raias de tigre aparecendo sobre o corpo. Seus braços musculosos
mudaram à forma mais baixa de um tigre, seus ombros e ancas voltando-se poderosas. Seu corpo se
cobriu com pelagem, e uma cauda brotou de suas nádegas com um repentino estirão.
Demitri aterrissou nas quatro patas e Leon enfrentou a um enorme tigre de olhos amarelos
e fôlego quente.
Demitri era maior que um tigre normal. Tinha que ser algo mais que um troca-formas, mas
Leon ainda não compreendia o que. Os lábios de Demitri se curvaram para trás com um enorme par
de presas brancas.
— Está bem gatinho. — Disse Leon. — Se assim for como quer jogar.
Leon tirou os sapatos e começou a tirar a roupa. Tinha aprendido a maneira de se desfazer
da roupa rapidamente quando era um menino, e corriam pelos pântanos de noite com seus irmãos.
Uma vez que ele esteve nu, Leon rapidamente roçou o ombro do tigre.
No momento em que Demitri abriu suas garras para Leon, este tinha saltado fora de seu
alcance. Leon se concentrou, vendo, sentindo, ouvindo, cheirando o tigre. Sugou sua essência em si
mesmo, aprendendo-o, fazendo-o parte de si mesmo.
Seus olhos mudaram primeiro, o mundo cada vez se voltando mais convexo e claramente
definido. Depois sua face e seus dentes, as presas curvando-se para fora, compridos e poderosos.
Depois, com um comprido estremecimento, seu corpo se converteu em um tigre. Aterrissou sobre as
garras de suas patas e agitou a cauda, quase tão grande como Demitri.
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Sim, menino, tudo o que possa ser você, posso sê-lo, também.
Agora o concurso de dominação começaria. Demitri estava acostumado a ser o alfa, esse
mesmo feito punha em evidência Leon sobre sua postura, sua linguagem corporal, a forma de seus
olhos nunca se moviam dos de Leon.
Demitri grunhiu, enrugando o nariz enquanto tomava o aroma de Leon. Leon rugiu de
novo para ele, sem quase olhar para outro lado.
Leon não se considerava o alfa, o líder, mas não era um seguidor tampouco, nenhum da
manada. Leon era troca-formas, um troca-qualquer coisa, e não seguia a política das manadas e suas
líderes. Os tigres eram principalmente solitários, mas inclusive entre eles estavam os fortes e havia
tigres que não o obtinham. Quando dois tigres entravam em um mesmo território, só um tigre saia.
Demitri golpeou primeiro. Suas orelhas se voltaram atrás, e sua pata dianteira saiu com
um golpe veloz. Leon dançou fora do caminho, desviando o golpe com um ataque. Demitri golpeou
de novo, com os dentes apertados, a poderosa pata baixando de novo.
Leon sabia que Demitri queria que caísse de costas, para expor sua parte mais vulnerável e
a garganta. O gesto significaria que Leon aceitava a dominação de Demitri, deixando Demitri a
decisão de deixar que Leon se levantasse ou arrancar sua garganta.
Não caia, Leon pensou com regozijo. Isto era muito divertido. Levantou-se sobre suas
patas traseiras e se lançou. Pôs Demitri em um fechamento, Demitri tratava desesperadamente de
conseguir seus dentes no pescoço do Leon.
Os dois gatos caíram ao chão em um choque de membros, rolando um sobre o outro.
Ambos trataram de cravar as garras para rasgar as barrigas, cada um tratou de girar ao redor para
fazer-se com o pescoço do outro.
Leon sentiu que Demitri não estava tentando matá-lo. Os golpes de Demitri eram
selvagens, mas o gato se reprimia. Demitri queria que Leon obedecesse.
Leon nunca foi bom em obedecer, é só perguntar a seu oficial de comando. Deu a Demitri
golpes tão bons como os que ele dava, deixando que o homem soubesse que poderia matá-lo se
quisesse, mas igual a Demitri, estava escolhendo não fazê-lo.
A adrenalina subiu e Leon rugiu com a alegria disso. Ele não tinha feito nada tão divertido
em muito tempo.
Os olhos de Demitri estavam cheios de ira, queria controlar, dominar, e Leon não estava
disposto a deixá-lo.
— Oh deusa. — Disse uma voz feminina na porta. — Dois de você?
Leon se separou de Demitri e recuou a seus pés. Os tigres se enfrentaram entre si,
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ofegando, enquanto Val observava em um estado de surpresa da soleira.

— Demitri? — Exclamou. — De onde tirou um gêmeo?
Demitri grunhiu uma vez mais, depois se transformou de novo em sua forma humana.
Leon pensou em sua forma de homem, seu verdadeiro eu, e um pouco mais lentamente fluiu de
volta. Valerie estava olhando-os fixo, com o cabelo fluindo em uma onda direta a sua cintura.
— Leon? É um tigre também?
— Sou um troca-formas. — Disse Leon quando encontrou sua voz de novo. — Posso
tomar a forma de diferentes animais.
O olhar de Valerie percorreu o corpo nu do Leon e depois o de Demitri, sua língua saindo
roçou seu lábio inferior. Leon nunca notava sua nudez depois de que trocava, seu cérebro animal
não entendia a vergonha de estar sem roupa. Mas sentiu o calor do olhar de Valerie enquanto
percorria apreciativamente ao longo de seu corpo. Enquanto o observava, os cachos de seu cabelo
se enrolaram um pouco mais.
— Val. — Disse Demitri em um tom de advertência.
Val dirigiu um olhar de desaprovação.
— Sou celibatária, Demitri, não cega.
Leon procurou sua camisa.
— Isto foi divertido, mas tenho que falar com Val.
— Sobre o que? — Perguntou Valerie.
— Ontem à noite.
— Não há nada do que falar. — Disse Demitri, com os lábios apertados. O homem não se
incomodou em se vestir. Era de quase dois metros de altura e construído como um lutador, com
uma pele bronzeada pelo sol que fluía através desses músculos grandes. Cabelo negro cobria seu
peito, e tinha um arbusto negro de cachos entre suas pernas. O cabelo cobrindo suas pernas e braços
também era escuro, mas vetado de ouro, o tigre nele.
Leon se abotoou a camisa e procurou seus jeans.
— A muito do que falar.
Demitri tinha suas mãos em seus quadris, com o cenho franzido para o Valerie.
— Me conte sua versão.
— Minha versão do que?
— Sua versão de vir aqui e seduzir Leon. Maldição, Val, sabe o que vou ter que fazer. —
Ele parecia angustiado.
Val franziu o cenho, hoje estava adorável em uma túnica celeste. Leon não era um homem
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que notasse muito que uma mulher usava, mas gostava que Valerie parecesse flutuar e usasse roupa
de cores claras que realçassem o azul de seus olhos. Tinha os olhos muito azuis esta manhã; ontem
de noite na escuridão tinham sido quase negros.
— Do que está falando? Disse isso Leon e eu tomamos um café, depois fui à cama.
— E depois tiveram sexo.
Val parecia perplexa.
— Não, não o fizemos.
— Não se faça a inocente, Val. Eu te vi.
— Como pôde fazê-lo? Estive em meu quarto dormindo toda a noite. — Val olhou a Leon
em confusão. — Estão jogando com algum tipo de truque? Disse isso porque estava zangado porque
não fiquei?
— Meteu-se em minha cama, Val. — Disse Leon, mantendo sua voz suave. — Tivemos
sexo. — O calor explodiu através de suas veias. — Grandioso sexo.
— Bom, equivocaram-se. Não era eu.
— Não há engano. — Leon foi para ela e pôs seu dedo debaixo de seu queixo. Seus olhos
se suavizaram, e quis colocar o dedo dentro de sua boca vermelha e úmida. — Foi você, chére.
Ela negou com a cabeça e deu um passo atrás.
— Não poderia ter sido Leon. Se já estava escuro, e não podia ver, não pode estar seguro.
— Tenho a visão noturna de um gato. — Disse Leon. — Também Demitri, suponho. Foi
você, querida, a menos que tenha uma gêmea idêntica. — Passou o olhar por cima de seu corpo —
Realmente idêntica.
— Bom, não a tenho. — Val começou a dizer algo mais, depois se deteve e abriu muito os
olhos. — Uma gêmea. Oh, não, isso não pode acontecer, não é? Não é possível.
— Que não é possível?
Demitri parecia sombrio.
— Valenarian esteve saindo a jogar.
Antes que Leon pudesse perguntar que diabos significava isso, Val levou as mãos à face.
— Não Demitri. Não, juro isso.
Leon se interpôs entre eles.
— Importaria me dizer do que estão falando?
Os olhos de Val se alagaram com lágrimas.
— Valenarian, a destruidora.
— A o que?
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— Juro isso, Demitri, não o fiz de propósito. — Disse. — Lembro nada mais que sair e ir
a minha suíte.
— Não importa. — Disse Demitri. — Já seja que se lembre ou não, o demônio está a
solta, e Afrodite tem razão. Sabe o que tem que acontecer.
— Pare. — Leon os olhou a ambos. — Me diga, em inglês simples, o que está
acontecendo.
As lágrimas raiaram as bochechas de Val.
— O castigo pelo que tenho feito é a morte. Demitri tem razão. Ela tem que ser detida.
Ela inclinou a cabeça, toda a esperança em seus olhos se foram. Leon ficou diante dela.
— Como o inferno. — Disse.
— Não há nada que possamos fazer. — Respondeu Demitri.
— Disse que os dois estavam acostumado a ser amantes. — Disse Leon com ira. — Isso
significa que se preocupava por ela?
Val olhou Demitri quase com medo.
— Ele me odiava. Fez o que tinha que fazer para me prender.
— Não exatamente. — Disse Demitri.
— O que significa isso? — Perguntou Leon. Sentia-se como quando tentava fazer que dois
de seus irmãos fizessem as pazes depois de uma discussão.
Os olhos de Demitri se obscureceram.
— Apaixonei-me por ela.
— Entregou-me a Afrodite.
— Tive que fazê-lo. Prometi que a ajudaria, e você estava fora de controle. Tinha que ser
detida.
— Como agora.
Demitri inclinou sua cabeça. Leon rugiu.
— Então, o que, só vai entregá-la de novo?
— Tenho que fazê-lo. — Disse Demitri com voz dura.
— Não, não tem. Não vejo Afrodite pelos arredores. Como vai saber se não diz?
— Leon. — A voz de Val era suave. — Ela vai descobrir. Estou atada a ela. Já sabe e virá
por mim.
— Não, se podemos te ajudar. O que acontece com você Demitri? Amou-se Val, se ainda
a ama, dê outra oportunidade. Irei à escavação de meu irmão e não a tocarei outra vez — Outra
pontada de remorso.
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— Ajudei Afrodite porque ela tem poder sobre mim. — Disse Demitri. — Algo grande.
Ela evitou que meu pai me destruísse quando finalmente deixei às pessoas de minha mãe. Ele me
via como uma abominação e me deixou em paz só depois da intervenção de Afrodite. Fiz o voto de
que a ajudaria em troca.
— Votos. — Disse Val com tristeza. — Fazem que a vida seja difícil.
— Não posso acreditar em vocês. — Interrompeu Leon. — Você vai entrega-la, e você vai
deixar que o faça?
— Não temos muitas opções. — Disse Val. — E se Valenarian está saindo a jogar, como
Demitri disse, tem que ser detida. Inclusive se isso significa que tenho que morrer.
Capítulo 4
Leon se via furioso, mas Val não podia explicá-lo. Demitri o entendia. Os demônios e
semideuses não morriam igual aos mortais, mas os deuses podiam matar um por capricho. Ou
podiam erradicar a um demônio que fosse uma ameaça para a humanidade, como queriam fazer
com o Valenarian.
— Iremos ao Templo de Luxor. — Disse Demitri — Leon tem que ir a Tebas de qualquer
modo, podemos viajar juntos em meu avião. Aí suplicaremos a Afrodite. — Olhou a Leon — Você
será uma testemunha.
— Como o inferno que o farei.
— Não tem escolha. — Disse Demitri com voz dura. — Empacota suas coisas. Vamos
esta tarde.
Ao final, Demitri o fez a seu modo. Val sabia que o faria. Pode que Demitri desse a ilusão
de ser um homem de negócios civilizado, integrado à população mortal do mundo, mas seguia
sendo um semideus ao que gostava de ter as coisas sob controle. Não estava por cima de utilizar
seus poderes, sem mencionar a força bruta, para obter o que quisesse.
Leon não cedeu exatamente. Val podia dizer que Demitri estava surpreso por sua
resistência, mas Leon disse convincentemente que a única razão pela que seguia a corrente era para
assegurar-se de que Val estivesse bem.
Demitri tomou o assento do copiloto junto a seu piloto, o qual deixou a Val e Leon
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incômodos em lados opostos da cabine. Val olhou a Leon, quem olhava para fora pela janela, sua
bolsa de viagem plantada firmemente sobre o assento a seu lado. Leon era mais difícil de olhar que
Demitri, com cabelo marrom loiro avermelhado que logo estava crescendo de um corte muito curto,
seus olhos verdes enviesados de uma e maneira exótica. Não era tão alto como Demitri, mas era
musculoso, sólido, tal como tinha observado com antecedência.
Quando Leon tinha revelado seu coração a noite anterior, Val tinha encontrado um homem
de honra que amava a sua família e que sentia saudades. Ele sentia que os poderia ajudar mais se
saindo de mansinho e encontrando algo construtivo para fazer. Ela supunha que quando encontrava
uma maneira de ganhar dinheiro, enviava a maior parte para sua família.
Quando Leon a beijou, Val quase tinha cedido. Quase. Seus lábios tinham sido suaves
como seda, quentes, consoladores e excitantes ao mesmo tempo. Tomou toda sua força levantar-se,
sair, ir a sua habitação, e ficar aí.
Exceto não ficou aí, se Leon e Demitri estavam dizendo a verdade. Valenarian tinha
provado Leon e tinha decidido que queria mais, muito mais.
O coração de Val se contraiu. Valenarian poderia ter matado Leon ou feri-lo
irreparavelmente. Havia uma razão pela que Afrodite não queria a diabresa solta no mundo. Val não
desejava morrer sem necessidade, mas temia ainda mais a perda do controle sobre Valenarian.
Val também lamentava não recordar o sexo com o Leon. Provavelmente fazia amor como
o animal selvagem que ela pressentia dentro dele. Era muito parecido a Demitri do qual se
apaixonou faz tanto tempo. O Demitri de hoje não gostava dela, não a queria aqui. Via isso cada vez
que a olhava. Como agora. Demitri a olhava de seu assento, seus olhos amarelos com a raiva do
tigre. Valerie não estremeceu, encontrando seu olhar até que ele a afastou.
O Nilo se estendia debaixo do pequeno avião, a longa linha de azul e o profundo verde dos
cultivos contrastando severamente com o deserto branco amarelado de mais à frente. Voavam sobre
escarpados onde não crescia nada, o céu invernal sobre suas cabeças de um azul brilhante, quase
doloroso. Os assentamentos se e agrupavam com o passar do rio, fazendo-se mais densos ao redor
da cidade de Luxor. Luxor era a balance turística para aqueles que queriam um vislumbre do Antigo
o Egito, os imponentes templos de Karnak e Luxor, o Vale dos Reis, a tumba do Tutancâmon, o
Ramesseum, e outras maravilhas. Aqui em alguma parte, pensou Val enquanto aterrissavam no
aeroporto ao leste da cidade, estava a mulher destinada a estar com o Leon.
O amigo de Demitri que tinha instalado Leon para que ficasse no hotel também possuía
um hotel no coração do Luxor. Era outro hotel boutique situado perto do imponente Velho Palácio
de Inverno, e albergava turistas no Luxor durante mais de cem anos. Demitri contratou um carro
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para que os levasse aí, o condutor navegava ao redor de ônibus de turismo, a carretas de granjeiros e
uma fila de burros.
Val esperava que Leon pendurasse no ombro sua bolsa de viagem e cruzasse o rio para
encontrar a seu irmão logo que se detiveram, mas ele os seguiu em silencio até o hotel. Karim, o
amigo de Demitri, era egípcio, não paranormal.
Val soube imediatamente que era um ser humano ordinário, simplesmente um homem em
um traje cor camurça com um sorriso afável. Seu recepcionista bonito e bem vestido deu as chaves
de três quartos no mesmo andar e enviou a procurar a alguém que ajudasse com a bagagem.
Não muito depois, Val estava desempacotando quando Demitri entrou em seu quarto,
seguido pelo Leon.
— O que vão fazer agora? — Demandou Leon enquanto fechava a porta atrás deles.
— Esperamos. — Disse Demitri. — Logo que lua esteja cheia, levamos a Val ao Templo
do Luxor e vemos o que Afrodite queira fazer.
— Posso assinalar que isto é o Egito? Por que uma deusa grega tem um templo aqui?
— Não o tem. — Val se sentou ao pé de sua cama e descansou seu peso sobre suas mãos
trás dela. — Mas existem certos espaços sagrados no mundo que todos os panteões honram. A gente
está aqui no Templo de Luxor. Se fizer uma súplica, Afrodite responderá.
— Ainda digo que não o contemos. — Disse Leon. — Aconteceu uma vez, e não voltará a
acontecer.
Val sentiu seu olhar atrasando-se em seu corpo, e se deu conta de que sua posição
empurrava seus seios para fora provocativamente. Demitri também a estava olhando, e sentia seus
feromonas do outro lado do quarto.
Seus próprios desejos começaram a remover-se. Ter a dois homens formosos, de corpos
duros, olhando-a a centímetros de distância da cama estava esquentando. Seus mamilos começaram
a endurecer, sua pele a fazer cócegas.
— Pare com isso. — Disse ela.
Demitri levantou suas sobrancelhas.
— Parar o que?
— Ambos deixem de me olhar como se queriam me lamber inteira. — Seu coração pulsou
mais rápido enquanto repentinamente se imaginou a se mesma completamente nua com as línguas
de ambos lambendo seu corpo. — Não devia ter dito isso.
Os olhos de Leon se tornaram amarelo esverdeados, e Demitri trocou sua postura. Ela
podia dizer que seus pensamentos estavam movendo-se em linhas similares. Não sabia se cada
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homem incluía o outro em sua fantasia, mas de repente esperava que o fizessem. Lambendo ela,
depois ela os lambendo de volta, talvez os três lambendo-se uns aos outros.
Abanou-se com uma mão.
— Está ficando quente aqui?
Leon avermelhou.
— Talvez devêssemos sair a caminhar.
Val saltou sobre seus pés.
— Excelente ideia. Luxor é formoso, e o clima é perfeito hoje.
— Talvez devêssemos ir a Tebas em seu lugar. — Sugeriu Demitri. — Encontrar a seu
irmão.
— A borda oeste também é bonita. — Disse Val. — Poderíamos ver algumas das tumbas
— As pinturas das tumbas e lições secas dos arqueólogos deveriam afastar sua mente das coisas.
Decidiram-se pelo vale oeste, e o carro alugado de Demitri e seu condutor os levou aí
sobre a ponte sul da cidade. Val se sentou à frente ao lado do condutor, seu corpo ainda zumbindo
por sua breve fantasia. Atrás, Leon e Demitri permaneceram em silêncio.
Remy, o irmão de Leon, estava trabalhando em uma área remota do Vale das Rainhas,
nem sequer perto das tumbas dos faraós famosos: Tut, Seti, Tutmosis. Remy e sua equipe viviam
em uma casa perto da base dos levantados escarpados perto da entrada do vale, a umas poucas
milhas do grupo de hotéis que alinhavam o caminho. O casal egípcio que cuidava a casa para a
equipe arqueológica disse que Remy foi a sua escavação, ao redor de quinze minutos caminhando.
Os três seguiram o atalho até a base dos escarpados, onde a gente revoava determinadamente sobre
o terreno ou se reunia debaixo de toldos para estudar atentamente partes de pedras. Encontraram
Remy na maior das barracas ao ar livre.
Remy Dupree se parecia muito a seu irmão mais velho, embora seu cabelo era um pouco
mais longo e um pouco mais esclarecido pelo sol. Seus olhos eram do mesmo tom verde, e Val
sentiu um fio paranormal nele. Também era um troca-formas.
Entretanto, havia diferenças. Remy estava profundamente bronzeado por passar todo o dia
no exterior, e parecia mais alegre, mais propenso a sorrir e rir.
Seus olhos não pareciam perseguidos como os de Leon, mas então os de Remy não tinham
visto a guerra e as mortes brutais como tinha feito seu irmão. Leon tinha economizado isso a Remy
trabalhando duro e enviando ao Remy ao colégio, onde poderia enterrar-se estudando o passado. O
descobrimento fez a Val querer ficar um pouco mais perto do Leon, sentir seu calor.
— Estamos trabalhando na tumba de um príncipe. — Disse Remy depois de ter dado a
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Leon um abraço de urso e ser apresentado a Val e Demitri. — O filho de um faraó que não viveu
para ser rei. A tumba foi roubada faz eras, é obvio, mas há abundantes restos abandonados para
emocionar a um arqueólogo obsessivo. — Riu com uma risada calorosa e ensurdecedora, e Leon se
suavizou o suficiente para lhe sorrir.
— Olhem ao redor se querem. — Disse Remy. — Tenho um montão o que fazer antes do
jantar, e depois podemos falar. Enquanto fiquem fora das áreas marcadas, estarão bem. Temos uma
geladeira cheia de água e refrigerantes se as necessitarem.
Foi alegre, seus pés esmagando a terra compacta.
Val ajustou o lenço sobre a cabeça e saiu de debaixo do toldo, seus óculos de sol
aplacavam o pior do brilho. O céu flamejava com um azul brilhante, e o sol brilhava sobre os
brancos e pardos escarpados. Demitri caminhou resolutamente para a escavação, falando facilmente
árabe para os egípcios que trabalhavam aí.
— Ele diz que podemos entrar nesta. — Disse Demitri depois de falar com um homem de
pé ao lado de uma das escuras aberturas nas que ninguém mostrava muito interesse. — Diz que
terminaram aí e que descobriram boas pinturas. Acredita que somos turistas.
— Somos. — Val se inundou na sombra da tumba, feliz de estar fora do sol. Tirou os
óculos de sol. — Ao menos eu o sou. Não estive no Egito em séculos.
— Séculos? — A voz surpreendida de Leon se sentia plana contra a passagem estreita.
— A última vez que estive aqui foi na época dos romanos. Cleópatra estava percorrendo
os monumentos antigos, fazendo alarde de seu interesse no grande passado do Egito. Tratei de
adverti-la que não enfrentasse Octavio, mas não escutou.
— Teve algo que ver com esse desastre? — Demitri estava muito mais à frente na
passagem, dirigindo-se para a escura abertura ao fundo. Uma cadeia de luzes elétricas pendurava
em cima deles, iluminando um atalho estável.
— É obvio que não. Estava aí para ajudar a uma das donzelas de Cleópatra, que foi capaz
de afastar do caos e casar-se com o soldado que a amava. Ela viveu feliz para sempre.
Valerie sentiu o peso do olhar de Leon. Ele a olhou, depois a Demitri além dela, sua
expressão fera. Demitri chegou ao fundo da passagem, entrou na escura sala mais à frente, e
acendeu uma luz aí. Val o ouviu praguejar, e se apresou a unir-se Leon se inundou atrás dela.
— Merda. — Leon ecoou.
A câmara estava coberta com pinturas. Escondidas na terra por milhares de anos, as cores
eram frescas e limpas, sem desgastar pelo vento e o clima.
Pinturas vermelhas, verdes, douradas, e prateadas cobriam as paredes e o teto, as imagens
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Série Mortal – 2
ordenadas e uniformize. O que tinha feito praguejar Demitri foi que cada cena era erótica. Osíris
fecundando Isis, deuses passeando-se pelas paredes com pênis enormes e eretos. Humanos menores
copulando no seguinte nível da parede, sendo a fertilidade o tema de toda a sequência.
— Não acredito que isto vá nos esfriar. — Disse Valerie.
— Por que não? — Leon pôs suas mãos sobre os quadris e estudou as pinturas. — Não é
realmente pornô, não é assim? Isso é impossível. — Apontou a uma mulher parada de cabeça para
baixo com suas pernas bem abertas, dois homens com pênis incrivelmente compridos salpicando
seu sêmen dentro de sua vagina.
— Exagerado talvez. — Retumbou Demitri. — A teoria é possível. — Ambos os homens
olharam Valerie, e ela se ruborizou.
— Deixem de pensar nisso. — Os repreendeu. — Se supõe que devem manter Valenarian
afastada, não descobrir como compartilhá-la. — Sua fenda começou a doer. — Temos que mantê-la
tranquila.
— Assim é. — Disse Demitri.
Ela podia ver que ele estava ereto, sem importar que tratasse de girar-se e ocultá-lo.
Imaginava seu comprido pênis, lindo e duro por ela, suas bolas quentes contra este. A ereção de
Leon era mais notória, seus jeans ajustados ressaltando-a.
Mmm, me deixe estar entre eles e pôr minhas mãos sobre esses dois pênis perfeitos.
Val sentiu a crua luxúria da diabresa agitando-se dentro dela, e apertou seus punhos.
— Está bem para vocês. — Balbuciou. — Se precisam saciar, têm um ao outro. De fato,
provavelmente deveriam tomar um ao outro para que deixassem de me olhar como se queriam me
arrastar ao chão.
Silêncio. Val levantou o olhar para encontrar Demitri e Leon olhando-a fixamente como
se tivesse perdido a cabeça.
— Não sou gay. — Disse Leon, e ao mesmo tempo, Demitri disse. — Ele é mortal.
— Ele não é completamente mortal. — Disse Val. — Não estou segura do que é
exatamente, mas há magia de um troca-forma.
Demitri não parecia convencido. Leon, por outro lado, havia-se posto vermelho.
— Não o faço com homens. Se outros homens querem… Fazer isso, podem, enquanto não
me envolva.
Val sacudiu sua cabeça.
— Demitri não é um homem. É um semideus. Eles não têm as mesmas regras que os seres
humanos.
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Série Mortal – 2
— Então deveria ter sexo com ele? Deve estar brincando.

Ela se afastou.
— Estamos em uma situação incômoda, o qual é minha culpa. Pelo menos vocês dois
deveriam ser capazes de se aliviar. Não há necessidade de mantê-lo contido.
O olhar de Leon poderia ter iniciado incêndios.
— Não.
Val assentiu, pretendendo fazer caso. Embora notou que sua ereção não tinha baixado.
— Terminamos com o erotismo antigo? — Perguntou Demitri. — Com razão esse velho
estava rindo quando nos enviou aqui embaixo.
— Terminei. — Disse Leon cortesmente.
— As pinturas são tão formosas. — Val jogou para trás a cabeça para abranger toda a sala.
— É como se o tempo não houvesse passado para nada.
Leon brindou às pinturas outra breve olhar depois se dirigiu para a porta. Agachou-se e se
foi, mas Demitri ficou, olhando Valerie com um estranho olhar em seu rosto.
Ela sorriu.
— Também nos vemos igual. Como se não houvesse passado o tempo desde que dissemos
adeus pela última vez.
Os olhos de Demitri se suavizaram.
— Lamentei o que tive que fazer. — Colocou uma mecha de cabelo debaixo do lenço,
seus dedos quentes. — Nunca saberá quanto o lamentei.
Seu toque era forte. Val ainda recordava o que fizeram juntos três mil anos atrás, cada
palavra compartilhada, cada olhar, cada beijo. Inclusive com a diabresa suprimida, suas lembranças
de Demitri estavam frescas.
Valenarian o tinha amado. Ela tinha amado como o sol havia tocado o corpo nu dele,
como seus músculos se moveram quando a tinha tomado entre seus braços. Seus lábios tinham sido
prazer puro para beijar, lamber, mordiscar.
Val recordava passar suas mãos por suas costas, sentir seu traseiro firme contra a suas
palmas. Recordava quão profundamente a tinha penetrado. O êxtase tinha sido formoso, e tinha sido
até mais formoso quando começou a apaixonar-se por ele.
— Demitri. — Sussurrou. Deslizou uma mão trás de seu pescoço, debaixo de seu quente
cabelo, e se elevou para beijá-lo.
Demitri fez um som débil em sua garganta e enlaçou seus braços ao redor das costas dela.
Seu beijo separou os lábios.
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Ainda estava aí, a faísca que a tinha acendido, a breve felicidade que tinha jogado longe.
O amor. O desejo.
— Não mudou nada, amado. — Murmurou ela, sentindo calor por dentro. — Por que não
me abre tanto como possa e põe esse fudidamente enorme pênis dentro de mim?
Demitri a empurrou longe. Estava respirando duro, seus olhos muito abertos, o tigre nele
trocando sua cor.
Val ofegou. A diabresa riu e se arrancou dela. Com uma risadinha final, Valenarian
desapareceu, deixando Valerie fraca e aterrorizada.
O suor brilhava na face de Demitri.
— A lua cheia é dois dias. Durante esse tempo, acredito que é melhor que te tranque em
seu quarto do hotel.
Val assentiu, sacudida.
— Isso seria o melhor.
— Encontremos Leon e deixemos este lugar.
Demitri fez que Val caminhasse diante dele, e ela escutou seus passos pesados atrás.
Deixaram a bela sala atrás deles, com seus eróticos avisos do que Val tinha perdido. A passagem
em branco era como sua vida agora, longa e vazia, sem decorar, enquanto que o selvagem erotismo
da tumba colorida era como o mundo que tinha deixado atrás.
Enquanto emergiam, o velho egípcio ainda seguia de pé em seu lugar para assinalar a
tumba aos turistas. O olhar em sua face era de grande diversão.
Demitri o ignorou, mas Val se voltou para olhá-lo. Não estava segura, mas seus olhos e
seu sorriso eram muito parecidos com os do dono da loja de tapetes no Cairo.
— Fique aqui esta noite. — Disse Remy a Leon quando Leon voltou para a casa da
escavação. — Pode acampar comigo.
Leon pensou em Val e o assustado olhar em seus olhos quando Demitri disse que devia ser
levava a julgamento pelo que tinha feito. Talvez eles acreditassem toda a coisa a respeito de
Afrodite e os demônios, mas Leon não. Não estava seguro sobre o que Demitri realmente queria
fazer a ela, mas Leon queria estar lá para evitar o que fosse.
— Não posso. Ainda não.
Remy olhou além de Leon para onde Val e Demitri estavam fazendo seu caminho de volta
para o acampamento, e sorriu.
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— Entendo. Ela é uma bonita mulher, Leon. Está com ele?

— Não. Ao menos já não.
— E você está se deslizando no meio? Gosta dos médicos do exército de Louisiana?
Leon se encolheu de ombros.
— Ainda não sei.
Remy riu.
— Bem, boa sorte. Faça-me saber quando quiser que te encontre um quarto que possa
compartilhar com ela.
Leon não pôde dizer mais, porque Val e Demitri tinham chegado até eles.
Ambos pareciam infelizes, Val se via preocupada.
— O que aconteceu? — Perguntou Leon enquanto se dirigiam de volta até onde o
condutor esperava com o carro.
Val respondeu, sua voz tremula.
— Valenarian quase voltou a sair. Precisamos voltar para Luxor.
Não disseram nada mais. Uma vez que cruzaram o Nilo e voltaram para hotel, Demitri
agarrou a Val pelo cotovelo e a conduziu dentro de seu quarto. As portas tinham fechaduras antigas,
necessitando uma chave para abri-las e as fechar. Val estendeu sua chave a Demitri.
— Que infernos estão fazendo? — Demandou Leon.
— Não se pode confiar nela.
— Sério? Tampouco se pode confiar em você.
Demitri o brindou um olhar frio.
— Valenarian emergiu por um breve momento depois que deixou a tumba. Val não pode
controlá-la. Tem que estar trancada até que vamos ao templo, só por segurança.
— Ele tem razão, Leon. — Os olhos de Val tinham um azul muito luminoso, não havia
engano na mudança deles agora. — É mais seguro para todos se esteja isolada.
— Por que não volta para a escavação? — Disse Demitri mordazmente. — Estou seguro
de que seu irmão dará a bem-vinda a sua ajuda.
— Não há modo de que a deixe a sua mercê. Não quero que diga que precisa levá-la a esse
templo e fazer um assassinato ritual ou algo assim.
Demitri fechou sua mão ao redor da chave.
— Nunca lhe faria mal. O que diga Afrodite, decide-o ela, mas eu nunca feriria Val.
— Embora levá-la ao templo possa matá-la?
Val os interrompeu.
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Série Mortal – 2
— Ele está fazendo o que se tem que fazer, Leon. Não tem ideia de quão destrutiva é
Valenarian. Poderia te matar sem pensar nisso. É má e brutal e não se pode confiar nela. Sacrificaria
a mim mesma para evitar que isso acontecesse. De todos os modos estou cansada de minha meia
existência.
Leon perdeu completamente seu temperamento. — Isto é Merda. Ambos estão loucos.
Não há uma Afrodite ou um lugar sagrado no Templo do Luxor, e não vou deixar que este demente
a mate porque teve sexo comigo.
A voz de Val permaneceu suave e realista.
— Não é o mesmo como uma morte humana. Simplesmente deixarei de existir. Não fará-
me mal.
— Importa-me um cominho. Não vou deixar que o faça.
— Tem que fazê-lo. — Disse Demitri tensamente. — A deusa não deixará que se
interponha em seu caminho. Destruirá você se o faz.
Leon estudou a face impassível de Demitri, olhos escuros que brilhavam tanto com raiva
como com dor. Leon não entendia o que estava acontecendo aqui, mas sabia que não ia ganhar a
discussão. Estirou a mão.
— Me dê a chave.
Os olhos de Demitri se entrecerraram.
— Por que?
— Não confio em você. Parece-me bem ficar aqui, enquanto não possa chegar a ela.
O poder percorreu Demitri, tal como fazia antes de transformar-se em seu tigre. Um fio
tocou Leon como o crepitar de um relâmpago.
— Não sabe de nada, mortal.
— Não sou exatamente um mortal, como Val continua recordando. Enfrentá-lo-ei a
qualquer dia.
Val cruzou de braços e franziu o cenho a Demitri.
— Dê a chave, Demitri. Confio nele.
— E não confia em mim? — Perguntou Demitri suavemente.
— Não — Disse Val. Afastou-se de ambos e fechou a porta de um golpe.
Demitri dormiu de maneira irregular. Deitado nu debaixo de um fino lençol, o ar quente

fazendo sentir intranquilo.
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Série Mortal – 2
Estava agudamente consciente de Val do outro lado da parede. Sabia cada vez que ela
respirava quente e estavelmente, quando dava volta na cama, quando suspirava em sonhos, quando
sua mão se deslizava para baixo para cavar-se entre suas pernas. Não se esfregava, só mantinha a
mão aí, como se pensasse que o toque era consolador.
Assim mesmo Demitri sentia a aura quase humana de Leon no quarto além do de Val, o
homem estava tão acordado como Demitri.
Leon não confiava em Demitri, não acreditava que nada disto fosse verdade.
Demitri realmente não podia culpá-lo, mas não importava se Leon acreditava ou não.
Afrodite tinha que ser enfrentada cedo ou tarde. Melhor que fosse em um lugar escolhido
por ele do que esperar que ela o golpeasse.
Sentou-se, golpeando o travesseiro, depois voltou a deitar-se e se deslizou nos sonhos.
Sonhou com o ensolarado lugar em Atenas onde tinha conhecido Val pela primeira vez.
Viu-a o outro lado da praça, vestida com um vestido de gaze e véu que deixava seus braços nus e
mostrava uma sombra de profundo decote. Seu glorioso cabelo de cachos negros com mechas
vermelhas caía por suas costas.
Os homens a olhavam fixamente sem incomodar-se em ocultar nem a luxúria nem a
desaprovação. Nenhuma mulher vista caminhando por Atenas era respeitável, pelo fato de
simplesmente estar no exterior. As esposas e filhas diligentes estavam confinadas em suas casas,
enquanto que os homens e as prostitutas dirigiam a cidade.
Demitri deixou que Val captasse seus olhos. Quando sorriu, ele se moveu para ela,
sentindo sua aura escura fazendo cócegas em seu sangue.
Foi fácil convencê-la para que viesse com ele ao pequeno quarto lavada de branco que
tinha alugado, que continha pouco mais que sua cama e roupa. Demitri deixou que pensasse que
ela o tinha atraído até aí. Quando ambos estiveram nus, ela se arqueou contra ele, suas unhas
cravando a pele de suas costas.
Diante a pequena mordida de dor, Demitri a girou e a pôs de frente contra a parede.
Val lutou, impactada, mas não era igual para a força de Demitri.
— O que é? — Ofegou ela.
— Sou Demétrius.
— Meu nome é Val — Disse ela, suavizando-se contra a parede — Um gosto te conhecer.
Demitri se inclinou e fechou os dentes em seu ouvido.
— Ouvi que foi uma garota muito, muito má.
— Fui — Brindou um sorriso sedutor por cima do ombro — Serei tão malote como quer
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que seja, amado.

Demitri lambeu a linha da mandíbula, seu pênis alto e duro. Havia dito que a seduzisse, e
nunca teve uma ordem tão fácil de obedecer. Levantou-a e a inclinou para frente, manobrando até
que seu pênis se deslizou justo dentro de sua fenda. Seguro-a os pulsos à parede por cima da
cabeça, segurando-a com seu peso.
— Muito gosto em conhecê-lo — Riu ela — Sempre é assim de amigável?
— Deixa de falar.
— O que diga, amado.
Foi uma fodida crua e brutal, e não durou muito. Ambos estiveram lançando-se ao clímax
em minutos, então Demitri a arrastou sobre a cama e caiu aí com ela.
Val riscou sua bochecha enquanto ele continha o fôlego, os olhos dela trocando de um
azul meia-noite ao do céu no crepúsculo.
— Quem é? — Sussurrou ela.
— Disse isso.
— Demétrius — Ela deixou que seu nome rodasse em sua língua — Te chamarei Demitri.
Esse será meu nome carinhoso para você.
Demitri não tinha interesse em um nome carinhoso, mas ouvi-la dizê-lo fez que seu
coração pulsasse com repentino prazer. Beijou suavemente os lábios que tinha machucado antes.
Valenarian não podia feri-lo, Afrodite tinha reforçado sua magia com a própria para
assegurar isso. Mas Demitri podia feri-la.
Acariciou o cabelo com o nariz, gostando de como cheirava. Empurrou-a de costas contra
a cama e pressionou pequenos beijos desde sua garganta até seus seios. Moveu-se até seu umbigo,
tomando o tempo para lamber seu caminho ao redor.
Val soluçou quando ele pressionou os lábios sobre o redemoinho de cachos sobre seu
monte. Ela cheirava malditamente bem, e quando inundou sua língua entre os lábios de sua boceta,
descobriu que também tinha bom sabor.
Bebeu-a, depois se elevou sobre ela e pôs seus lábios sobre sua boca.
— Prova.
Ela lambeu lentamente os lábios depois o puxou e o beijou. Beijaram-se por longo tempo,
explorando, provando, começando a conhecer como se sentia cada um. Demitri rodou de costas, e
ela sorriu e se deslizou para baixo pela cama para estudar seu pênis.
Soube exatamente como dar prazer com seus dentes, língua e mãos. Os quadris de
Demitri se levantaram da cama, e seus punhos se agarraram à roupa de cama. Val trabalhou
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enquanto ele separava as pernas para ela, deixando-a fazer o que malditamente quisesse.
“Deve seduzi-la para capturá-la, tinha ordenado Afrodite. Você sabe como fazer isso,
Demitri, pelo que ouvi.”
Talvez, mas Val estava seduzindo Demitri ao mesmo tempo, fazendo que ele a quisesse
como nunca antes quis a uma mulher. Ia gozar com força em sua boca em qualquer momento, e Val
sorriu ao redor de seu pênis enquanto o engolia.
Demitri paralisou, ofegando, mas mal estava cansado.
— Sua vez.
Empurrou-a sobre a cama e voltou a beber. Quando levantou sua boca até a dela,
empurrou os joelhos para separá-los e colocou seu pênis dentro dela. Fizeram o amor até que
caíram adormecidos, dois meios deuses com a força para dar prazer ao outro durante toda a noite.
Demitri despertou perto do amanhecer para ver a clara mancha do vestido dela contra a
porta pintada de azul, Val tentando deixar o pequeno quarto escuro. Demitri enganchou um braço
atrás de sua cabeça e a olhou enquanto abria a porta. Deu um passo para frente depois se deteve.
Ficou quieta, confusa, depois levantou sua mão. Não encontrou nada exceto o ar vazio,
mas quando tentou caminhar para frente, encontrou o escudo da vontade de Demitri.
— Não pode ir até que diga que pode. — Disse Demitri da cama com voz retumbante.
Val girou. Ele viu a raiva nos olhos dela enquanto seu corpo brilhava.
— Não tem ideia de com quem está tratando.
— Você tampouco.
— É um semideus. Já me dava conta disso.
— Isso só é uma parte.
— Isto também é só uma parte de mim, amado.
Val desenrolou o lenço e o vestido, jogou-os de lado, e se transformou em demônio.
Capítulo 5
Val não era o que Demitri esperava. Seu corpo alargado se voltou tão brilhante que era
como olhar para o coração do fogo. Suas extremidades eram fortes e flexíveis, seu corpo de
demônio bem proporcionado e ainda mais formoso que seu corpo humano.
Ela irradiava poder. Val poderia destruir o quarto, a casa, toda a rua, se quisesse. Todo
mundo ia morrer, e só o pó ficaria. Ela riu, estendendo seus braços brilhantes, permitindo que o
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fogo fluísse das pontas de seus dedos.

— Eu poderia te enterrar aqui, semideus, te apanhar para sempre. Como me deteria?
Demitri empurrou atrás as mantas. Sentia a familiar atração e o giro dos músculos
enquanto seu corpo se transformava, viu o mundo voltar-se branco e preto. Os aromas que tinha
ignorado como ser humano o assediaram: as pessoas nos quartos ao redor deles, os mantimentos
que tinham comido, o sexo que tinha tido com Val.
Suas garras de tigre escavaram na cama quando ele pôs suas orelhas para trás e grunhiu.
Val olhou em estado de choque, depois sua risada repentina soou até o teto.
— Oh Deus, que beleza é. — A diabresa flamejou uma vez, depois se transformou em Val
a mulher de novo. Ela subiu à cama, afundando suas mãos em seu cabelo. — Por que esconde seu
verdadeiro eu de mim?
Demitri a deixou acariciar sua cabeça e costas, mas retumbou uma advertência. Podia
matá-la rapidamente se tinha que fazê-lo.
— Como soube que eu gostava dos gatos? — Cantou Val. Deitou-se a seu lado e apoiou
sua face contra a longa testa. — Realmente não sabe como me domesticar, não? Meu doce Demitri,
não precisa que me mantenha prisioneira para que fique com você. Ficarei o tempo que queira.
Ela se aconchegou contra ele e foi dormindo tranquilamente. Mais tarde, quando pleno
sol se filtrava pelas persianas da janela pequena, Demitri se transformou de novo a sua forma
humana e fez amor com ela de novo, suavemente desta vez.
Tinha tomado sua decisão. Simplesmente não a levaria a Afrodite. Vigiara-a, descobriria
tudo sobre ela, daria uma oportunidade. Podia fazer o que quisesse, sempre e quando ele estivesse
com ela. Assim começaram as semanas mais felizes de sua vida. Logo descobriu que gostava de
Valenarian. Ela tinha um peculiar senso de humor, sua risada podia esquentar até os dedos dos
pés, e por alguma razão podia falar com ela. Conversava com facilidade com seus amigos, mas
com Val se encontrou se abrindo, contando seus sonhos mais profundos, esperanças e temores.
Quando ela estava com ele, estava com ele por completo. Caminhavam juntos de mãos
dadas, sentavam-se no terraço de Demitri até altas horas da noite olhando as densas estrelas em
cima de suas cabeças. Às vezes, não faziam nada salvo meter-se na cama juntos, abraçados. Outras
vezes tinham relações sexuais que poderiam começar terremotos. Val era muito hábil.
Ela o surpreendia com as coisas que podia fazer, mesmo que Demitri acreditasse de si
mesmo que era mundano e experiente. Às vezes saíam ao campo, onde trocava a um tigre, e Val
montava sobre suas costas enquanto corria. Carregava-a no bosque e se deitava assim. Val
desmontava, continuando, transformava-se de novo a sua forma humana e a tomava com a
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ferocidade do tigre.
Eu não tenho que dá-la a Afrodite, disse-se. Enquanto ela esteja comigo, posso mantê-la
sob controle.
Afrodite mataria a Val, e enquanto Demitri mais se apaixonava, sabia que não podia
deixar que isso acontecesse. Devia dizer a Val como se sentia? Frequentemente começava a
perguntar-se então Val o beijava ou fazia algo ardentemente erótico, e Demitri ficava em silêncio.
Valenarian não queria amor, ela queria excitação e sexo. Demitri poderia dar isso e
tomar tudo o que oferecia em troca. Não pediria mais. Convenceu-se que podia manter a Val viva e
com ele para sempre, até o dia que entrou de novo em seu quarto para encontrá-la na cama,
escarranchada em um homem aterrorizado. Ela não estava tendo sexo com ele, mas sim suas mãos
eram garras ardentes que tinha começado a enterrar em seu peito.
O homem olhou fixamente para Demitri, os olhos muito abertos e esperançados.
— Me ajude. — Ofegou.
— Val, deixa-o ir.
Val olhou a Demitri, sem mover suas mãos. Tinha o cabelo retorcido em cachos com seus
olhos azul meia-noite apertados.
— Os adúlteros devem pagar.
— Não o sou. — Balbuciou o homem. — Olhei, mas minha esposa é querida para mim.
Por favor, tenho filhos.
— Val. — Demitri se preparou, seu tigre preparado para derrubá-la. Mas ele queria que
ela tomasse a decisão, queria que perdoasse o homem por sua própria e livre vontade.
— Não estou interessada em seus alegações por escrito. — Disse Val. — Quero provar
seu sangue. — Ela cravou seus dedos mais profundo e o homem gritou. Os sentidos intensificados
de Demitri escutaram os fortes batimentos do coração do homem, o aroma de seu sangue.
— Val, pare por favor.
— Me deixe o ter, amante. Deixe-me devorá-lo. Compartilha-o comigo.
Demitri agarrou a Val e a puxou fora dele. Ela vaiou e grunhiu com seu corpo voltando-
se o da diabresa sob suas mãos.
— Corre. — Aconselhou Demitri ao homem.
O homem ficou de pé e fugiu pela porta. As pessoas o veria correndo, com a roupa feita
farrapos ensanguentados.
Eles estariam vindo.
O fogo de Val queimou enquanto lutava. Demitri tinha acreditado que poderia acalmá-la
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rapidamente, mas em sua ira não se importava se o machucava. Demitri trocou a seu tigre e a
imobilizou na cama com suas garras mordendo em seu peito.
— Se isto for o que quer, amante... — Disse, estendendo-se.
Demitri se transformou em humano de novo, e também ela.
— Não é o que quero. Temos que ir.
— Por que?
— Eles virão por você. Nos vão perseguir.
— Quem o fará?
— A boa gente de Atenas. Não gosta de ver seus cidadãos mutilados.
— Por que se preocupa pelo que os miseráveis seres humanos querem? Vamos a onde nos
agrade, façamos o que queiramos. Eles nos adoram e nos temem. Deixa-os vir.
Demitri ficou de pé e puxou-a para cima.
— Não. Vamos.
Val fez uma careta.
— Oh, bem, suponho que posso castigar os adúlteros com a mesma facilidade em Esparta
ou na Pérsia, ou onde queira. Há tantos deles.
— Você não castigará a ninguém. Esse homem nem sequer tinha feito nada.
Ela lançou um olhar de desaprovação.
— Todos os homens pensam em enganar a suas esposas e amantes. Todos eles devem
morrer. — Ela sorriu com um sorriso demente. — Me ajude a matar então, Demitri. Seu tigre
poderia caçá-los, e meu demônio pode rasgar seus corações.
Uma luz louca ardia em seus olhos. Demitri a olhou, e seu coração se rompeu. Tinha sido
um tolo ao pensar que podia manter para sempre Val sob controle. Ela estava deixando que ele a
controlasse, comportando-se porque gostava de estar com ele. Mas Val conseguia aborrecer-se
com sua felicidade, e atacaria de novo. Já estava começando.
A dor disso rasgou por ele. Permitiu a si mesmo aproximar-se dela, apaixonar-se por ela.
Se a tivesse entregue a Afrodite imediatamente, teria sentido arrependimento, mas agora isto
doeria como nada em sua vida jamais o fez.
Ele apertou sua mão contra a de Val e entrelaçou seus dedos juntos.
— Tenho uma ideia melhor. Por que não te levo a um lugar onde é proibido ir? Um prado
tão formoso que te romperá o coração. Vamos fazer amor ali, o melhor lugar onde alguma vez o
faremos.
Seus olhos estalaram a um azul mais claro.
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— Intriga-me. Onde está esse lugar proibido?

— Olimpo.
Val sorriu com seus olhos brilhantes.
— Oh, amante, é maravilhoso. Um demônio no monte santo? — Ela envolveu seus braços
magros ao redor do pescoço de Demitri e beijou seus lábio. — Me Leve ali, meu amor. Não se
arrependerá disso.
Demitri despertou no quarto do hotel no Luxor para encontrar lágrimas em seu rosto. Ele
afastou as mantas e foi à janela, abrindo-a para deixar entrar o ar fresco da noite.
O sonho fez que se desse conta que já estava tentado a cometer o mesmo erro que fez no
passado... Tentar proteger a Valenarian apesar da prova de sua maldade. Se Valenarian estava
liberando-se de novo, tinha que detê-la. Sabia que ainda estava apaixonado por ela, apaixonado por
Val com a que tinha rido e compartilhado vinho, a que tinha beijado tanto brincalhona como
apaixonadamente. Mas ninguém devia morrer porque ele estava apaixonado.
Leon teve sorte que Valenarian se deteve no sexo.
Demitri na verdade não tinha tido vontade de vê-los no Cairo, não em um primeiro
momento, mas não se atreveu a deixar a sós Val com um mortal.
E então não foi capaz de se afastar. Tinha ardido com ciúmes ao vê-la com outro homem,
e, entretanto, ao mesmo tempo, sentia-se correto que Leon estivesse ali. Não estava seguro dessa
ideia. Quão único sabia era que havia se posto duro vendo-os, e que tinha tomado toda sua força de
vontade não entrar e unir-se a eles.
Demitri saiu de seu quarto sem vestir-se, caminhando pelo corredor vazio para a porta de
Val. Não tinha explicado a Leon que não necessitava uma chave. Levou sua mão à fechadura e
sussurrou uma palavra, e abriu a porta silenciosamente.
Val deitava enredada nos lençóis, seu cabelo negro caindo a seu redor como fios de seda.
Ela era desgarradoramente formosa. Dormia tranquilamente, com a cabeça apoiada em seu braço
dobrado, seus lábios um pouco separados. Mais que tudo queria subir a seu lado, deslizar seus
braços a seu redor e fazer amor com ela pela última vez. Olhou-a por um momento, depois fechou a
porta, bloqueou-a e voltou em silencio a seu próprio quarto.
Val estava vestida e pronta no momento em que Leon suavemente bateu em sua porta.
Quando ela o convidou a entrar, voltou a lamentar não recordar ter estado na cama com ele no
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Cairo. Tinha um corpo bom e duro, seus olhos verdes e sustentavam um calor que ela gostava. Era
rude e cru, tão diferente de Demitri, mas tinha uma sensualidade tranquila que ela apreciava.
Seu olhar rastelou sobre ela como se pudesse ver cada centímetro de seu corpo através de
suas fluidas roupas.
— Pronta para o café da manhã?
Val assentiu e se uniu a ele no corredor.
— Dormiu bem?
— Em realidade não.
Demitri esperava perto do elevador, e desceram para tomar o café da manhã juntos.
Demitri se manteve perto de Val como um guarda-costas, não a deixaria falar com ninguém de
passagem. Enquanto comiam o café da manhã, Val tentou iniciar uma conversa, mas nenhum dos
homens estava interessado. Eles falaram só para fazer um pedido cortês. Era como se três estranhos
compartilhassem uma mesa.
Val estava terminando seu café quando uma moça e sorridente se deteve em sua mesa.
— Desculpa. — Disse a Leon. — É Leon? O irmão de Remy?
Tanto Leon como Demitri ficaram de pé, e Val ficou consternada.
Val sabia quem era ela, mais ou menos a tinha esperado.
— Sou Felícia Mason. — Disse a mulher. — Trabalho com Remy na escavação. Estava
me reunindo com alguns de nossos patrocinadores para o café da manhã, quando te vi por aqui,
pensei que devia ser Leon. Sabe que se parece com ele?
Leon esteve de acordo com neutralidade já que todos seus irmãos se pareciam muito os
uns os outros. Demitri olhava, com face de pedra, enquanto Val passava seus dedos ao redor de sua
xícara de café.
— Estão se dirigindo à escavação esta manhã? — Perguntou Felicia depois que Leon
fizesse as apresentações de Val e Demitri. — Poderia dar um passeio por ela.
A mulher era toda luminosa e ensolarada. Era loira, com o cabelo recolhido em um rabo
prático. Corpo esbelto de todo o exercício que obtinha nas escavações, curtida pelo sol. Um rosto
agradável, olhos cor avelã que continham inteligência, um encantador sorriso. A mulher perfeita
para fazer Leon feliz.
O coração de Val ardia em seu peito. Era sua tarefa reunir a estas duas pessoas juntas, mas
nunca antes uma coisa tão simples tinha parecido tão difícil. Obrigou-se a ficar de pé.
— Eu adoraria voltar para a escavação. Via-se fascinante, e estou segura de que Leon está
ansioso por começar a ajudar a seu irmão.
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Série Mortal – 2
Leon lançou um olhar de surpresa, mas seu rosto estoico não revelou nada.
— Estaríamos encantados de fazê-lo. — Disse Demitri com sua voz profunda.
— É obvio. — Disse Leon. Eles voltaram a ser estranhos amáveis.
— Grandioso. Remy já está trabalhando. Começamos cedo, por causa do calor.
Felicia falava de uma maneira amigável enquanto se dirigiam pela borda oeste em seu jipe
aberto. Assinalou monumentos a seu passo, parecendo não dar-se conta de que seus companheiros
viajavam em um silêncio absoluto.
Eles fizeram seu caminho através de brilhantes campos verdes sobre o lado oeste do rio,
até que o cultivo terminou abruptamente e branco deserto começou.
O suor escorregava pelas costas de Val para reunir-se contra a parte baixa de suas costas, e
o pó obstruiu suas fossas nasais. Felicia, pelo contrário, parecia fresca e tranquila, sorrindo sob seus
óculos de sol.
— Olhe o que encontrei! — Gritou Remy quando chegaram à escavação.
Remy deitado sobre seu estômago perto de um buraco aberto, eliminando cuidadosamente
o pó de algo que estava dentro deste. Ele ficou em pé e sorriu com gretas de suor e sujeira em seu
rosto.
— Bem-vindos ao trabalho duro. Leon, deixa que Felicia e eu mostremos os arredores
enquanto seus amigos tomam algumas bebidas frias.
Era tão incrivelmente acolhedor. Val sentiu a diabresa dentro de ela revoar com ciúmes,
Valenarian grunhia por empurrar a esta cadela longe e tomar seu lugar ao lado de Leon.
Val tomou a mão de Demitri.
— Refrescos soam bem. Poderia necessitar algo muito frio ao redor agora.
Remy chamou um estudante para que os levasse a sombra da barraca maior. Leon,
evidentemente, não queria deixar Val e Demitri fora de sua vista, mas depois de ver para onde se
dirigiam, por fim se voltou e seguiu a seu irmão e Felicia.
O estudante sorridente deu a Val e Demitri frias latas de bebidas não alcoólicas, depois se
afastou, dizendo que um servo do trabalho nunca terminava. Val se sentou e tomou um gole da
bebida excessivamente doce. Fazia calor sob a barraca, mas era suportável com o sol mantido fora.
Demitri manteve seu olhar fixo no afloramento de rocha em que Remy e Felicia estavam
falando e assinalando enquanto que Leon olhava. Val sentiu Demitri não querendo estar aqui com
ela, mas também sabia que não queria deixá-la sozinha.
— Não a mate. — Disse Demitri, sem tirar os olhos de Leon.
Val saltou.
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Série Mortal – 2
— O que? Quem?
— Felicia. Vi a forma em que a olhou, como se queria tirar os olhos.
Val colocou seu lenço de forma mais segura sobre seus ombros.
— Não seja ridículo. Não mato mulheres. Além disso, ela é minha atribuição. Ela e Leon
se supõe que terminem juntos.
A testa de Demitri se sulcou.
— Está segura?
— Tenho os relatórios dos dois. Ela é a perfeita garota do lado, vivia nos subúrbios em
algum lugar chamado Michigan, era muito boa em seus estudos, foi à universidade, apaixonou-se
pela egiptologia, recebeu uma bolsa de pós doutorado para vir aqui e trabalhar. Inteligente, bonita,
agradável, — ela se deteve. — Cadela.
— Está sempre assim de contente com suas atribuições?
— Não sei. Pelo menos, nunca antes me havia ressentido com nenhuma.
— Significa isso que está te apaixonando por Leon? — O tom de Demitri era suave, mas
não a olhava.
— Como poderia está-lo? Só amei um homem, e duvido que isso vá mudar. — Dirigiu um
olhar significativo, depois foi mudando seu olhar para o deserto brilhante.
Sentiu o olhar fixo de Demitri.
— Se referir a que me amava, eu não acredito.
— Não tem que fazê-lo.
— Valenarian não podia amar. — Disse ele teimosamente.
— Eu te adorava Demitri. Sempre te amarei, não importa o que.
— Valenarian tinha que ser detida.
Val se voltou para ele, seu coração pulsando mais rápido quando encontrou seu escuro
olhar diretamente sobre ela.
— Nunca te culpei. Foi minha culpa por não ter me controlado. Poderíamos ter tido algo
especial, e o arruinei.
— Nós tínhamos algo especial; — Sua voz a envolveu como a luz do sol.
— Sei que o tivemos. Só que era muito estúpida para reconhecê-lo.
— Desejaria… — Demitri se apagou. Seus olhos estavam enfeitiçados, a dor neles
evidente.
Val suspirou.
— Não desejamos. Nunca pode ser. Só… Quando tiver ido, recorda que te amei.
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Demitri fechou sua mão sobre a dela. Ele inclinou sua cabeça e beijou sua palma,
permitindo que uma lágrima gotejasse por sua bochecha.
A brisa quente agitou seus cabelos e roupas. Fora Leon se agachou na base de uma rocha
com seu irmão, aprendendo a respeito de desenterrar o passado. Felicia se abatia sobre ambos,
sorridente e emocionada, uma mulher mortal à margem da escuridão. Ao menos ela deveria
encontrar a felicidade, pensou Val. Alguém nesta confusão deveria.
Leon tentou concentrar-se no que Remy estava dizendo, mas sua atenção se desviou várias
vezes para Val e Demitri sob a barraca. Estavam sentados um junto ao outro, ao parecer
descansando, mas Leon podia sentir toda a tensão neles até ali.
Ao igual ao inferno se ele ia deixar que Demitri fizesse algo a Val. Se ela tinha uma dupla
personalidade, e uma dessas personalidades estava fora de controle, isso não era sua culpa. Ela
necessitava de ajuda, não a estranha insistência de Demitri de que uma deusa em que ninguém mais
acreditava julgaria a Val e a mataria.
Nenhuma morte. Leon havia visto suficiente disso. Como médico tinha limpado os corpos
dos jovens que, ao princípio fora de casa, tinham sido destroçados em pedaços pelos restos das
bombas. Esses moços não tinham feito nada, não tinham maus pensamentos ou malvados planos, só
tinham estado no lugar errado no momento errado.
Por que ele nunca foi ferido em suas duas visitas estava além dele. Tinha acompanhado
fora a pelotões, tinha patrulhado a estrada com eles, fazia de tudo, desde desinfecção de picadas de
insetos até sustentar a um homem enquanto morria. Inclusive o capelão não podia dizer por que
Leon aguentou tudo, embora o homem sugeriu que talvez ainda não tinha enchido o propósito de
Deus. Nesse momento, Leon tinha acreditado que isso significava que ainda tinha que cuidar de sua
mãe e seus irmãos, mas talvez isso significava que tinha que vir ao Egito e salvar a Val.
Felicia disse algo, e Leon arrastou sua atenção de volta ao que Remy estava tentando
explicar.
— Quando eliminamos o cheio, encontramo-nos com coisas que ficaram apanhados neste.
— Disse Remy com seu sotaque de Louisiana soando tão estranho como familiar aqui no deserto —
Pérolas, pentes de prender cabelos, as coisas pequenas que a pessoa poderia ter jogado aqui como
sem importância. Mas são importantes para nós.
— O lixo pode te dar mais informação a respeito de uma civilização que os tesouros. —
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Adicionou Felicia.
Merda, estes dois terminavam as frases do outro. Leon levantou a vista para encontrar o
olhar de Felicia descansando sobre a inclinada cabeça de Remy com melancólica fome em seus
olhos. Bem. O irmão caçula necessitava de alguém, e a esta garota gostava de escavar na terra ao
igual à ele. Fariam um grande casal.
— Mantemos as coisas que já estudamos e catalogue em um armazém na casa de
escavação. — Disse Remy, desdobrando seus pés. Felicia casualmente olhou para outro lado,
fingindo que não estava interessada em tudo o que fazia.
— Algumas delas são muitos bonitas. — Disse Felicia. — A louça pode ser formosa.
— Mostrarei. — Disse Remy, depois deu a Leon um olhar significativo. — Podemos falar
ali.
— Traga seus amigos. — Disse Felicia. — Vão desfrutar vendo os objetos.
Val o faria. Leon de repente queria mostrar coisas bonitas, queria ver seu sorriso de
alegria.
— É obvio. Vou por ela.
Remy sorriu.
— Leon tem seus olhos sobre essa bonita dama. Ele está preparado para cortá-la de seu
namorado.
— Ex-namorado. — Disse Leon.
— Vê o que quero dizer?
Felicia sorriu. Tinha dentes retos e brancos, graças a um dentista de Michigan.
— Posso guardar um segredo. Embora seu namorado, perdão ex-namorado, é muito
quente.
— Sim? — Remy olhou à barraca, a ideia claramente nova para ele.
— Confia em mim. Algumas das mulheres daqui não vê bolo de carne em muito tempo.
— Nossa, obrigado Felicia. — Arrastou as palavras Remy.
— Os arqueólogos estão sempre sujos e encurvados. Só se limpam se estão sendo
entrevistados.
— Isso vai para as arqueólogas mulheres também.
Felicia mostrou a língua a ele, e Leon teve que afastar o olhar. Eram tão doces que davam
náuseas.
Seus pensamentos cintilaram no futuro, Remy e Felicia vindo aos pântanos para o Natal,
arrastando a seus loiros e bronzeados meninos atrás deles. Os meninos pulariam ao redor da casa
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flutuante do tio Leon, brincariam de ser arqueólogos, e seria incrivelmente lindo.

A imaginação de Leon pôs a Val ali com ele, sorrindo diante as travessuras dos meninos e
parecendo devastadoramente formosa como sempre. Ela levaria bebidas da cozinha, deslizaria seus
sapatos fora enquanto caminhava ao alpendre traseiro de Leon. Claro.
Como se isso alguma vez fosse acontecer.
— Leon? — Remy ondeou sua mão diante da face de Leon. — Está acordado?
Leon se levantou e sacudiu seus jeans.
— Sim. Estou bem atrás de você.
Recolheram a Val e Demitri, e Remy os levou de retorno à casa de escavação. A casa era
grande e baixa, com uma cozinha e sala de estar aberta a um pátio central. Um extremo do
complexo em forma de U continha duas salas grandes, um laboratório com mesas cobertas de
instrumentos, desde microscópios a computadores. Através do laboratório havia uma quarto de
armazenagem, porta que Remy desbloqueou com uma chave de seu cheio chaveiro.
A sala estava cheia de prateleiras. A metade das prateleiras estavam cheias de caixas
etiquetadas, a outra metade continha artefatos dispostos de maneira prolixa.
Havia panelas parcialmente montadas, montões de fragmentos de cerâmica, fragmentos de
lajes planas cobertos de hieróglifos. Uma estante sustentava pérolas de todas as formas e tamanhos,
outro um sortido de pequenas figuras esculpidas de pedra e cerâmica. Val olhou por cima de tudo
com interesse, mas Leon se sentia um pouco consternado. Algumas destas coisas eram minúsculas.
Seria fácil tirá-las de contrabando sem que ninguém soubesse.
O irmão de Remy fechou a porta.
— As coisas que desapareceram estavam todas aqui.
Felicia assentiu com gravidade, obviamente sabendo.
— Guardam-nas sob chave. — Disse Leon, olhando para a porta. — Quem tem as chaves?
— Um trabalhador interno, quer dizer? — Remy negou com a cabeça. — A porta está
normalmente fechada, mas deixamos que as pessoas entre todo o tempo. As pessoas que trabalham
no laboratório devem entrar e sair daqui. Poderia ser qualquer um.
— São coisas de valor? — Perguntou Val, explorando as prateleiras.
— Não intrinsecamente. — Disse Remy. — Já fotografamos e gravamos todas as peças
que estão aqui, e vão ao Museu Egípcio no Cairo quando tivermos terminado. O ladrão não vai
pelas coisas óbvias como nossos equipamentos de laboratório e computadores. Concretamente
querem os artefatos.
— Por que? — Perguntou Leon.
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Felicia respondeu.
— Os colecionadores pagariam muito dinheiro pelas antiguidades, ainda mais pelas coisas
pequenas, como ushebtis2 e vasos. É ilegal levar o que encontramos fora do Egito, mas a pessoa vai
pagar um alto preço por estas coisas e guardar silêncio a respeito.
Val deu uma olhada a uma longa corrente de brilhantes pérolas azuis.
— Parte disto é formoso. Eu adoro joias.
— Louça. — Disse Felicia. — É bonita, embora seja só de cerâmica.
Demitri se aproximou para ver o que Val estava olhando, então ele ficou tenso, seu corpo
duro. Nem Felicia nem Remy pareciam dar-se conta, mas Val o olhou com dureza.
Diante deles estava um colar de cerâmica azul, as pérolas colocadas em ordem sobre um
cartão, apesar de que qualquer que fosse a corrente que as tinha mantido juntas devia ter se
dissolvido em pó faz muito tempo. Na parte inferior estavam os restos de um pingente. Este parecia
como um medalhão plano com uma mulher gravado nele, mas a metade direita do pingente se foi,
ficando a borda denteada.
— Onde encontraram isto? — Perguntou Demitri, sem afastar os olhos disso.
Remy deu uma olhada sobre o ombro de Demitri.
— No meio da tumba que estamos limpando. Nunca encontramos a outra parte do
pingente. Poderia ter se quebrado quando a tumba foi roubada, e os ladrões o atiraram. Poderia ter
vindo de outra tumba por completo, talvez descartado pelos ladrões, porque tinha se quebrado.
— Não, isto foi quebrado deliberadamente, uma mulher partida pela metade. É uma
maldição.
Felicia olhou com interesse.
— Está seguro? Minha especialidade é a magia egípcia, feitiços e maldições, rituais e
coisas. Nunca vi nem ouvi falar disso. Poderia investigar.
Demitri sacudiu sua cabeça, mas continuou olhando o colar.
— Não é importante.
As palavras foram bruscas, mas para os agudos sentidos de Leon. O colar era importante,
muito importante, dado a forma em que os olhos de Demitri se tornaram felinos, suas pupilas
ampliando-se. Demitri olhou a Leon, depois fechou seus olhos e se afastou.
Leon não teve a oportunidade de perguntar a Demitri sobre o colar. O chofer de Demitri
veio a buscá-los para levá-los a hotel em Luxor, e Demitri, obviamente, não queria falar diante do
2
Ushebti é um térmo egípcio que significa “os que respondem” e são pequenas estátuas que, no Antigo o Egito,
depositavam-se na tumba do falecido. A maioria eram feitas de cerâmica, madeira ou pedra embora os mais valiosos
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condutor. Tampouco Val. Quando chegaram ao hotel, Demitri pediu o serviço de quarto para Val,
trancou-a em seu quarto, deu a chave a Leon, continuando, desapareceu.
— Negócios. — Disse rotundamente quando Leon lançou um olhar inquisitivo.
Leon tomou banho para tirar o pó de pedra calcária e se sentou em seu quarto para
repassar o que Remy havia dito sobre o desenho do lugar arqueológico e quem tinha as chaves do
armazém de artefatos.
Leon o esboçou, fez uma lista de nomes, Felicia Mason incluída, e se sentou a pensar. Sua
conclusão era que alguém na equipe arqueológica de Remy poderia ser o ladrão, incluindo o casal
que mantinha a casa. Estupendo.
Esperava que a fé de Remy nele não estivesse perdida.
Leon arrojou seu lápis e enganchou suas mãos atrás de sua cabeça. Tinha que ser realista.
Remy não tinha pedido que viesse todo o caminho ao Egito, porque pensasse que Leon poderia
ajudar a caçar um ladrão. Remy o tinha convidado porque pensava que Leon necessitava algo para
fazer. Leon tinha visto coisas más, e Remy não queria que se sentasse ao redor de sua casa flutuante
nos subúrbios de Fontaine conseguindo um transtorno de estresse pós-traumático.
— Merda — Leon ficou de pé e espreitou por seu quarto. Era um quarto grande, o amigo
de Demitri tinha dado os melhores no hotel.
Tinham todo o andar para si mesmos, o qual só contava com três quartos e sua própria
piscina e sauna privados. Por que diabos alguém quereria sentar-se em uma sauna quando fora
estava a cem graus, não sabia.
A piscina soava bem, entretanto. Colocou o traje de banho que tinha amontoado na bolsa
de lona como uma ideia de último momento antes de sair de casa. Enquanto se dirigia pelo corredor,
deteve-se o passar pela porta de Val. Ela poderia nadar com ele. Começou a ficar duro pensando a
respeito dela despindo-se para o banho, ficou ainda mais duro perguntando-se se ela colocaria essa
corrente dourada ao redor de sua cintura na água.
Leon se obrigou a seguir caminhando. Deixava-se que Val saísse, inclusive para
permanecer no mesmo andar, Demitri poderia tirar a chave. E Leon se negava a deixar a Val à
mercê de Demitri.
Nadou sozinho na pequena piscina, gostando de estirar os músculos na água fria. O troca
forma nele queria trocar em algum tipo de animal ao que gostasse da água, um urso, talvez, mas
resistiu. Se alguém do pessoal entrava e via um urso pardo pulando na piscina, isso seria muito
difícil de explicar.
estavam esculpidos em lapislázuli. Seu encargo na religião e mitologia egípcia era servir ao defunto no Aaru (o Paraíso
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Leon se secou. Que demônios, daria à sauna uma oportunidade, também. Abriu a porta do
pequeno recinto, sentindo uma onda de ar quente rodar sobre seu corpo. Entrou.
Demitri estava sentado em um banco do outro lado da porta. Tinha a cabeça para trás, os
olhos fechados, e o grande homem não usava nenhuma objeto de roupa.
Capítulo 6
— Santa Merda. — Soprou Leon. — Pensei que tinha negócios o que fazer.
Demitri abriu um pouco os olhos.
— Tinha-os. Terminei.
— Quer uma toalha?
— Não.
Leon debateu dar a volta e sair rápido, deixando ao Demitri nu e só consigo mesmo, mas
se recusou a sentir-se intimidado. Era um médico. Sabia como pareciam os homens sem roupa.
Fechou a porta, encerrando-os na sala abarrotada e quente. Leon se sentou sobre o banco
da parede adjacente, seus joelhos quase tocando os de Demitri.
— Então me conte. — Disse Leon enquanto se reclinava para trás. — A todos os
semideuses cresce tão grande?
— Muito engraçado.
— Ouça, se não querer usar uma toalha, farei piadas. Falemos sobre o elefante na sala.
— Estou seguro de que a seus amigos do exército adoravam seu senso de humor.
— Meus amigos do exército não mantinham seus enormes pênis pendurando. Nunca em
minha vida vi algo tão grande.
O olhar de Demitri girou para ele.
— Não me importa muito que pense um homem mortal a respeito de meus atributos.
— É difícil não pensar nisso, considerando quanto está se sobressaindo.
— Exagera.
— Não por muito.
Não ajudava que Demitri estivesse duro. A longa rigidez de seu pênis sobre seu abdômen,
quase chegando a seu umbigo. O homem estava em grande forma, com músculos esculpidos e
abdômen plano. Tinha o tipo de corpo que Leon trabalhava constantemente para manter, mas nunca
da mitologia egípcia), já que os egípcios pensavam que estas estatuetas trabalhariam para eles na outra vida.
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tinha visto Demitri exercitando-se.

— Então. — Perguntou Leon. — Essa ereção foi causada por pensar em Val?
Demitri assentiu.
— Estava recordando vê-los juntos.
Leon sentiu que seu pênis se levantava rapidamente, mas ao menos o seu estava escondido
por uma toalha.
— Entretivemo-lo o suficiente?
— Surpreendeu-me quanto gostei de vê-la com você. Pensei que estaria consumido pelo
ciúmes, mas adorei vê-la encontrar prazer.
A face quente de Leon se ruborizou ainda mais.
— Sempre é assim de franco sobre o sexo?
— Se escolhe fazer comentários sobre meu pênis, falarei honestamente sobre o sexo.
— Sim, mas está falando a respeito de mim tendo sexo.
— Com Val. — Disse Demitri. — Eu gostei de vê-la tomando e estremecendo-se por isso.
Eu gostei de ouvi-la gemer.
— Tenho que ser honesto, também gostei.
— Já passaram muito tempo desde que a toquei. — A voz de Demitri se voltou suave —
Estava apertada?
Leon se rendeu. Se Demitri podia deixar cair suas inibições, Leon também podia. Era
quase um alívio fazê-lo.
— Maldita e fudidamente apertada. — Disse Leon. — E tão molhada. Estava gotejando.
Demitri fez um som em sua garganta. Seu pênis se estendeu um pouco mais, embora Leon
não tinha acreditado que fosse possível.
— De que modo foi melhor? — Perguntou ele.
— Eu gostei de tomá-la por trás. Pude chegar mais profundo, e ela me apertou com força.
Mas gostei mais cara-a-cara. Podia beijá-la e lamber seus mamilos.
— Ela sempre teve bom sabor.
— Ainda o tem.
— Nunca voltarei a tê-la. — Disse Demitri com sua voz oca e cheia de remorso. — Mas
posso recordar.
Poderia se a ajuda, quis dizer Leon, mas não queria estragar o momento. Eram dois
homens compartilhando uma fantasia sobre uma formosa mulher, e queria seguir fazendo-o. Se Val
soubesse que estavam falando dela, provavelmente rodaria os olhos. Era toda uma dama.
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— Qual foi seu melhor momento com ela? — Perguntou Leon.

Demitri fechou os olhos, considerando-o.
— Sobre o teto da casa onde eu alugava quartos em Atenas. As pedras seguiam quentes
pelos raios do sol do dia, inclusive embora a noite fosse fria. Val tirava a roupa e ficava sobre mim,
Oh, tão formosa. Eu me sentava e a bebia. Ela tem a melhor boceta do mundo.
— Tem razão nisso.
— Tem uma barraca.
Leon olhou para seu colo. A toalha se elevou, seu pênis debaixo empurrava para cima.
Ao inferno com isso. Leon jogou a toalha a um lado. Não era tão grande como Demitri,
mas não estava envergonhado pelo que tinha.
— Necessito alívio. — Disse Demitri.
— Ouça, vá por isso, homem. Não olharei.
Demitri não se moveu. Descansou os cotovelos sobre o banco de atrás, e suas grandes
mãos penduraram a seus lados.
— Se meus amigos estivessem aqui, ajudar-me-iam.
— Merda, que espécie de amigas tem? Val sabe a respeito destas damas?
— Nico e Andreas. Eles também são semideuses. Fomos amigos durante milênios.
Amigos homens. Leon recordou que Val sugeriu que Leon e Demitri saciassem um ao
outro.
— Então os chama.
— Ambos se casaram faz alguns meses. Voltaram para a América para começar famílias.
— Sortudos. — Disse Leon, de coração.
— Estou feliz por eles. Ambos estão muito apaixonados, e suas damas são formosas.
— Mas isso te deixou sozinho. Realmente o sinto por você, embora não entendo por que
os homens são gay.
— Não sou um homem. — Recordou Demitri. — E não sou gay, como você o chama. É
diferente no mundo dos deuses e sua descendência. Não consideramos os homens tendo sexo com
homens ou mulheres com mulheres com o horror que mostram os humanos. E muda com os
séculos, às vezes entre os homens está proibido, e outras vezes não.
— Eu simplesmente nunca tive isso redor. — Disse Leon. — Ou se o estive, o cara o
manteve para si mesmo. Venho de uma cidade pequena, e alguma pessoas não o aguentava.
— Sei. Aprendi tudo sobre isso. Por que não está enojado comigo como o estaria a pessoa
em sua pequena cidade?
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Por um lado, Leon estava desfrutando aqui sentado com este homem, ambos nus, ambos
falando sobre Val. Talvez ter a uma mulher na equação afastava seu desconforto.
— Conheci muita gente no exército. De todas as partes, todas as raças, todas as educações.
Viajei ao redor, aprendi diferentes culturas, dei-me conta que a pessoa é virtualmente a mesma, sem
importar como cresçam. Inclusive se gostam dos homens sobre os homens.
— Eu gosto dos homens sobre as mulheres. Ou semideuses sobre semideuses.
— Por isso quando Val sugeriu que você e eu fôssemos por isso, disse “ele é mortal”,
como se isso te adoecesse.
— E ela assinalou corretamente que você não é mortal.
A réplica de Leon morreu em sua boca. Demitri permanecia em sua posição relaxada, seus
olhos escuros entre pálpebras quase fechadas. Sua voz se tornou mais profunda, mas não sedutora.
Era um homem sugerindo que ele e outro homem jogassem juntos, mas poderia ter estado sugerindo
nadar ou um partida de basquete um-a-um.
— Nunca em vida toquei outro homem. — Disse Leon — Não procuro começar agora.
— Então ambos estamos por nossa conta.
— Assim parece.
Demitri encolheu seus grandes ombros, então se estirou para baixo e fechou seu punho
sobre seu próprio pênis.
Val despertou sobressaltada. Ficou quieta por um momento com a respiração rápida,
perguntando-se o que a tinha despertado. A luz da lua penetrava através das janelas com as cortinas
deixadas abertas para captar a luz branca da lua quase cheia. Tinha esquecido o intensamente
iluminada que podia ser uma noite no Egito.
Algo quente picava em sua pele. Val relaxou sobre os travesseiros e deixou que chegasse.
Por um momento se embalou no calor da sensação, depois se sentou, dando-se conta do que sentia.
Sexo. Em algum lugar próximo, um homem estava liberando a tensão sexual de seu corpo. Dois
homens. Ficou quieta, seu sangue zumbindo quente. Sentiu o demônio agitar-se dentro dela, e
abraçou as pernas contra o peito.
Não podia deixá-la sair. Valenarian era malvada, poderia tentar matar Leon. Imaginou o
corpo tenso de Leon, seus olhos verdes que tinham visto dor, um homem açoitado que tratava de ser
amável com o resto do mundo.
Recordou quando Demitri se transformou depois em um tigre, parado direito e nu, tão
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formoso. Se mova e me deixe desfrutá-la doçura. Val sentiu seus olhos trocando, seu corpo
esquentando-se com o fogo da diabresa.
Não, por favor não faça isto.
Fraca. Demitri vai me matar de qualquer modo. Ao pior deixe sair e desfrutar.
Não quero feri-los.
Não posso machuca-los. São homens fortes e poderosos, que não vão cair porque eu
gosto.
Não, Val tentou uma última vez.
Muito tarde. Valenarian riu, e Val perdeu seu agarre pela realidade.
Levantou-se, tirou o pijama que Valerie pôs, depois colocou o roupão de seda. A
fechadura da porta foi fácil de destruir com um pequeno estalo de fogo demoníaco. A porta se abriu,
e Valenarian esteve livre. Não tinha desejo de se apressar fora do hotel e internar-se na noite. Os
feromonas dos troca formas no final do corredor a atraíam como um ímã.
A sala da piscina era realmente uma área fechada que descansava no teto dos andares
inferiores, com toldos e plantas para refrescar as coisas do intenso sol. De noite, luzes ocultas
iluminavam a vegetação, e a luz da lua se refletia no azul claro da água. Do outro lado da piscina
havia portas que levavam a vestiários e a uma pequena sauna. Foi infalivelmente para a porta da
sauna, abriu-a e olhou dentro.
Seu sangue se esquentou de deleite. Leon e Demitri estavam sentados contra paredes
adjacentes com os joelhos tocando-se, cada um com um punho ao redor de seus duros pênis.
Demitri tinha os olhos fechados com sua cabeça agachada, e Leon olhava para o teto com a face
relaxada.
Val se deteve para absorver a deliciosa imagem. Ambos os homens brilhavam com o suor,
a pele escura de Demitri, a de Leon mais clara. Os músculos ondulavam enquanto acariciavam a si
mesmos.
Demitri grunhiu suavemente. Seu pênis estava comprido e tenso, negro pelo encaracolado
na base. O de Leon era mais curto, mas mais grosso, a longa barra que agora recordou Valenarian
penetrando-a. Leon se esfregava com mais rapidez, mas a carícia de Demitri era suave e lenta,
praticada.
Val se moveu silenciosamente para eles, sem querer interromper. Deteve-se frente a eles e
deixou que o roupão de seda deslizasse até o chão.
— Me deixe fazer isso por vocês, amados.
Os olhos de Demitri se abriram de repente. Ao seguinte instante Val se encontrou
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enterrada contra a parede, a mão de Demitri ao redor de sua garganta. Não apertava, nunca a
machucaria. Ela riu.
Leon estava de pé com suas mãos ao redor do grande braço de Demitri.
— Solte-a.
— Pensei que você tinha a chave. — Estalou Demitri para ele.
— Assim é. Está em meu quarto.
— As fechaduras ordinárias não podem me conter. — Ronronou Valenarian. — Deveria
saber disso.
A face de Demitri pendurava perto da dela. Seus olhos ainda tinham o frenesi do prazer
interrompido.
— Bem, acrescentarei magia.
— Deixa que fique. — Val fez um bico. Olhou a Leon, que ainda agarrava o braço de
Demitri. — Se for me entregar a Afrodite, deixa que fique e brinque um pouco. Uma última
aventura.
— É muito perigoso.
— Isso é o que Valerie tentou me dizer. Não sei por que você gosta dela. É tão dócil e
preocupada.
— Ela não assassina às pessoas.
Val passou uma unha sobre a bochecha de Demitri.
— Amado, não assassinei a ninguém em milhares de anos. Você me deteve, recorda-o?
— Só porque esteve segregada durante milhares de anos.
— Por favor, Demitri. Tenho que rogar? — Ela sorriu. — Ou desfrutaria disso?
— Pare.
— Vocês dois estão mais que à altura de uma demônio, um semideus e um troca-formas,
agradáveis e fortes. — Deixou que sua unha descesse por um lado do pescoço de Demitri, depois
transferiu o toque para o musculoso antebraço de Leon. — Vocês dois podem me conter. E ambos
vão ficar loucos se não se aliviarem.
Demitri a desejava. Ela o viu em seus olhos, na tensão de seu corpo. Inclinou-se para ele e
lambeu o oco de sua garganta.
— Uma última vez. — Sussurrou ela em sua pele. Sentindo seu pulso golpeando
rapidamente debaixo de seus lábios. — Leon está aqui para assegurar-se que não fique fora do
alcance da mão.
Elevou-se em pontas de pés e beijou a boca de Demitri, depois girou a cabeça e beijou
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Série Mortal – 2
Leon. Os olhos de Leon se obscureceram com paixão repentina.

— Está bem. — Disse Demitri, sua voz suave. — Mas não muda o que deve acontecer.
— Sei. — Val soltou seu cabelo com uma sacudida, gostando do modo em que os sedosos
cachos caíam sobre sua pele. — Só quero uma oportunidade para dizer adeus, antes que a
aborrecida Valerie volte a estar a cargo.
Demitri riscou a bochecha.
— Sei.
— Me ordene, amado. Como estava acostumado a fazer.
A mão de Demitri se apertou em seu cabelo, e puxou a para frente para um duro beijo.
— De joelhos.
Val sorriu enquanto descia para o chão. Não permitiu a nenhum outro homem no mundo a
dissesse o que fazer, mas adorava quando Demitri ordenava.
Também adorava o longo pênis frente a ela. O de Demitri era perfeito, uma vara longa e
escura que terminava em rígido pomo, a diminuta fatia no extremo fazendo gestos a sua língua. E
Prazer dos prazeres, outro pênis pendurava ao lado deste: O de Leon, porque ele não recuaria e
deixaria Demitri só com ela.
Val girou sua língua ao redor da ponta de Demitri depois se voltou e fez o mesmo com
Leon. Leon deu meio passo para trás, inspirando com força através dos dentes.
— O que quer que faça? — Perguntou a ele.
— Chupe.
Val sorriu.
— Ponha de frente a Demitri. Ponha suas mãos sobre seus ombros.
Demitri sabia o que ela queria. Agarrou os ombros de Leon e moveu ao homem para que
Val se ajoelhasse entre eles.
— Mais perto. — Disse Val.
Seu coração martelava, seu corpo tão quente que pensou que se derreteria.
Aqui estava ela, uma grande e mau demônio de vingança, tremula e fraca em frente de
dois homens. Certo, um era um semideus, mas Leon era mais ou menos mortal.
As coxas de Leon se esticaram enquanto resistia. Demitri deu um passo mais perto dele, e
Leon estremeceu quando as pontas de seus pênis se tocaram.
Que formoso presente. Val passou seu olhar ao redor da escura longitude de Demitri e
acima da de Leon sobre seu outro lado.
Uma garota podia pedir mais?
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Série Mortal – 2
Riscou uma linha através dos dois pênis com sua língua. O de Demitri tinha sabor
selvagem e salgado, o sabor de Leon era mais suave. Val fechou os olhos e desfrutou saboreando
onde terminava um pênis e começava o outro.
— Maldição. — A voz de Leon era lenta e arrastada. — Vai me matar.
Val sorriu, sentindo seu poder e gostando dele. Pode que estivesse ajoelhada a seus pés,
mas podia fazê-los desejá-la. Separou os pênis com sua língua e recompensou Leon sugando-o
dentro de sua boca. Ele grunhiu e balançou seus quadris, e ela tomou mais rápido.
Demitri gentilmente empurrou sua bochecha, seu próprio pênis querendo meter-se dentro
de sua boca. Ela retirou o de Leon e fechou seus lábios ao redor de Demitri.
Leon grunhiu.
— Ah. Não pare.
Val chupou Demitri por um momento, depois trocou para Leon. Suas mãos retorceram em
seu cabelo, mas suavemente, sem machucar.
Ela ia atrás e a frente, tomando a um, depois o outro. Tinha que abrir mais os lábios para
Leon, mas mais sua garganta para Demitri. Não tinha tido tanta diversão há séculos.
Depois de um curto tempo, a mão de Demitri se fechou sobre seu ombro.
— Não posso aguentar mais isto. Escolhe.
Val se sentou para trás sobre seus calcanhares e olhou os dois deliciosos pênis tensos para
seu prazer. Primeiro tocou o de Demitri, depois o de Leon. Leon deixou escapar uma suave palavra
de maldição, e Demitri permaneceu congelado, esperando.
— Demitri. — Disse ela. Ia-se ter a boca cheia de sêmen pela última vez, queria que fosse
do homem ao que amaria para sempre.
— Isso não é justo. — Disse Leon. — Por que ele é melhor que eu?
Ela levantou o olhar para Demitri, e ele olhou para baixo de sua grande altura com seus
olhos dourados igual aos de seu tigre.
— Aproxima-o para mim. — Disse ela à Demitri. — Eu quero a ambos.
— O que? — Leon se interrompeu enquanto Demitri se estirava e envolvia sua mão ao
redor do pênis de Leon. — Santa Merda.
Val fechou a boca sobre Demitri ao mesmo tempo em que Demitri começava a acariciar
Leon.
— Espera… — A voz de Leon se apagou enquanto a talentosa mão de Demitri começou a
revivê-lo. A seu cérebro não importava se a mão pertencia a um homem ou uma mulher, só queria o
prazer.
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Série Mortal – 2
Val se ajoelhou a seus pés, seus lábios vermelhos firmemente ao redor do pênis de
Demitri. Ela era formosa, suas escuras pestanas descansando contra sua pele, seu cabelo
encaracolado caindo por suas costas. Ainda usava a corrente dourada, a qual brilhava contra a doce
curva de sua cintura. A Leon gostava de seus seios, pequenos globos firmes terminados com pontas
vermelho escuro.
Olhá-la chupando Demitri o tinha excitado mais do que tinha estado em muito tempo. Ela
sabia como… Chupar e depois recuar e lamber debaixo da ponta de Demitri antes de voltar a tomá-
lo. Ao mesmo tempo, Demitri acariciava o duro pênis de Leon. A mão de Demitri era grande e
forte, poderosa. Leon separou as pernas para que Demitri pudesse ir mais longe com seus próprios
punhos empunhados em seus quadris.
Nunca nem em um milhão de anos Leon teria imaginado que estaria de pé em uma sauna
olhando uma mulher chupando outro homem enquanto esse homem o masturbava. Nunca pensou
que deixaria que outro homem o tocasse.
Mas tinha que admitir que um homem saberia o que gostava a outro homem. Demitri
passou seu polegar debaixo da ponta de Leon ao mesmo tempo em que Val lambia aí em Demitri.
Quando Val tomou Demitri profundamente dentro de sua boca, ele fechou seu grande mão ao redor
de Leon.
— Filho da puta. — Sussurrou Leon. Balançando um pouco seus quadris, fodendo o
punho de Demitri enquanto Demitri fodia a boca de Val. Leon queria gozar, sentia a acumulação, o
suscetível aumentando o que o fazia balançar-se mais rápido.
Ainda não, ainda não. Desfruta-o. Voltará para a realidade o suficientemente logo.
Val era tão malditamente formosa. Tinha suas mãos estendidas sobre o traseiro de
Demitri, chupando-o com todas suas vontade. Demitri devia estar tendo um inferno de bom
momento. A cabeça do grande homem estava para trás com os olhos fechados pelo êxtase. Sua
rabo-de-cavalo se soltou, e um brilhante cabelo negro roçava os ombros. Leon se estirou e passou
sua mão através deste.
Demitri abriu os olhos pela metade com um lento sorriso em sua face. Acelerou seu
assalto sobre o pênis de Leon, enquanto Leon deixava que seu braço fosse ao redor das costas do
outro homem. Acariciou a pele de Demitri, gostando de quente e suave que era.
Demitri se inclinou contra Leon, e antes que Leon pudesse decidir o que pretendia fazer,
Demitri deslizou sua língua na boca de Leon.
Leon nunca tinha beijado outro homem, nem sequer a seus irmãos, e certamente não com
língua. Obrigou-se a permanecer quieto, sem estremecer-se, enquanto Demitri explorava sua boca.
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Série Mortal – 2
O beijo de um homem. As mulheres eram mais suaves, mais se perguntou. “Gosta disto?”
O beijo de Demitri demandava, “Você gostará disto, homem mortal”.
Leon respondeu com sua língua e lábios, gostando do estranho ardor da barba contra sua
boca. Só com este cara, disse a si mesmo. Não vamos escolher papel mural juntos. Só um prazer
malditamente bom e compartilhar a uma mulher fudidamente formosa.
Demitri beijou Leon com mais força, demandando aceitação. Leon devolveu o beijo com
igual força, recusando render-se.
Então Demitri jogou a cabeça atrás e grunhiu, fechando os olhos. Ao mesmo tempo,
acariciou Leon com puxões curtos e rápidos, e Leon sentiu seu sêmen libertar-se.
— Merda. — Disse com seus dedos apertando o ombro de Demitri em puro gozo.
Val riu. Apanhou o sêmen de Demitri em sua língua, depois girou e provou Leon enquanto
gotejava.
— Meus amados. — Cantou suavemente.
Demitri a pôs de pé. Envolveu seus braços ao redor dela e a beijou. Val se arqueou contra
ele com seus seios apertados contra seu peito.
— Ouçam. — Disse Leon, beijando a bochecha de Val. — Compartilhe algo disso
comigo.
Val se separou de Demitri e o beijou. Demitri a puxou de volta a ele quase em seguida,
depois se afastou dela e beijou Leon. Isto era selvagem, a coisa mais sexual que Leon tinha feito
alguma vez. E nem sequer tinha ocorrido sexo verdadeiro. Não ainda, de qualquer modo.
Compartilharam beijos por um momento mais, Leon e Val, Demitri e Val, Demitri e Leon.
Línguas e lábios, mãos e corpos. Foi fantástico. Val ofegou em voz alta, depois cambaleou com
seus olhos muito abertos voltando-se de um tom de azul mais claro. Demitri a apanhou antes que
caísse.
— Está bem? — Perguntou Leon preocupado.
— Ela se foi. — Val pôs suas mãos sobre sua face. — Valenarian se foi. Oh, Demitri, o
que fiz?
Val os brindou um olhar selvagem, e Leon não pôde conter sua decepção.
Tinha querido fodê-la até que ele e Val gritassem por isso, mas agora ela os olhava com
olhos assustados. Leon se inclinou e recuperou seu roupão. Ajudou-lhe vesti-lo depois atou o
cinturão a sua cintura.
— Tudo está bem, neném. — Disse ele.
Demitri acariciou o cabelo e beijou o topo da cabeça. Ele se via contido, quase triste.
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Série Mortal – 2
— Vem. — Disse. — Te levarei de volta a seu quarto.
Capítulo 7
Demitri tomou o café da manhã com Val em seu quarto, e ocultou sua irritação quando
Leon insistiu em unir-se a eles. Leon parecia incômodo, mas Demitri o ignorou. Se o homem não
podia dirigir dar prazer mútuo, podia ir à escavação de seu irmão e enfaixar os raspados.
O que Val tinha dado era um formoso presente. Ela sabia que logo enfrentaria à ira de uma
deusa, mas em vez de levar sua infelicidade sobre Demitri e Leon, tinha dado prazer. Um grande
prazer. Algo para que me recordem, havia dito.
Como se Demitri pudesse esquecê-la alguma vez.
Leon podia não ser capaz de olhar nos olhos de Demitri, mas as olhadas que deu a Val
eram as de um homem que estava apaixonado por uma mulher. Problemas.
Leon não podia entender o perigo que um demônio solto podia causar, especialmente um
tão volátil como Valenarian. Ela só tinha sido gentil a noite anterior porque gostava deles.
— Então, o que fazemos hoje? — Perguntou Leon enquanto raspava um café da manhã
americano de carne, ovos e batatas ao redor de seu prato. Demitri se mostrou satisfeito com pão e
húmus, e Val recatadamente comeu iogurte.
— Eu fico aqui. — Disse Val. — Menos risco.
Demitri pôs uma mão sobre a dela.
— Está segura? Estarei perto de você se quer ir a algum lugar. Não a deixarei retornar.
— E eu vou estar do outro lado. — Interrompeu Leon em tom grave.
Retornou a sua beligerância, e Demitri sabia que teria que lutar com o Leon esta noite.
Val olhou ofegante.
— Talvez se pudesse ver Karnak pela última vez…
— É obvio. — Demitri começou apertar sua mão, mas ela a arrebatou. — Te levarei ali.
— E eu — Disse Leon. Sim, poderia transformar-se em um problema. — Algo que quis te
perguntar ontem Demitri. Qual é a questão com esse colar que estava olhando? Que tem a ver com a
escavação de meu irmão?
Demitri recordou o comprido colar de cerâmica com o pingente quebrado.
— Isto pode não significar nada. É um colar feito para amaldiçoar alguém, mas é uma
maldição que se pode desfazer.
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Série Mortal – 2
O olhar triste de Val foi substituído por um de interesse.

— Você disse que o pingente foi deliberadamente dividido?
— É uma mulher quebrada. O pingente estava inteiro ao princípio. Em tempos antigos,
uma pessoa podia comprar o pingente de um fabricante de objetos mágicos. O daria como um
presente a alguém que queria amaldiçoar, então romperia o pingente. A parte quebrada seria
destruída ou oculta. Se a pessoa amaldiçoada podia encontrar a peça quebrada e juntasse o pingente
de novo, a maldição se desfazer ia.
— Que espécie de maldição? — Perguntou Leon. — O que se supunha que ocorresse
quando o pingente se rompesse?
— Loucura. A mulher quebrada significa uma mente quebrada. Alguém que se dividiu na
metade em seu interior, que poderia ser reparado se as duas metades do pingente voltarem a unir.
Leon olhou a Val, e ela elevou as sobrancelhas.
— Uma ideia interessante. Mas eu não fui amaldiçoada por um egípcio comprando uma
bagatela de um mago. Afrodite apagou minha personalidade, ou o tentou. Ela não e acabou de ter
êxito, obviamente.
— Vale a pena tentá-lo. — Insistiu Demitri. — Se encontrarmos a segunda metade do
pingente, a magia poderia funcionar ao contrário. Talvez poderia ser utilizado para unir uma mulher
quebrada de novo.
— Por que quereria que eu seja unida? Não quer Valenarian desaparecida para sempre?
— Porque acredito que é a chave. Não pode ser Valenarian, porque ela é muito mortal.
Como Valerie não pode controlar o demônio, nem sequer pode recordar o que faz quando o
demônio toma conta. Mas se pode ser ambas, em igualdade de equilíbrio, talvez então não terá que
ser destruída.
— Então eu digo que vamos encontrar o pingente. — Disse Leon.
Demitri sabia o que o homem estava pensando. Leon não acreditava que Afrodite ou
Valenarian fossem reais, mas ele iria até o final com a busca de uma cura “mágica” para Val se isso
evitasse que Demitri convencesse Val de ser julgada e erradicada.
Leon era protetor com Val, o que Demitri gostava, inclusive se a estava protegendo pelas
razões equivocadas.
— Não temos tempo. — Assinalou Val. — A lua cheia é esta noite.
— Podemos olhar. Também podemos pedir a Afrodite tempo para encontrá-lo e prová-lo.
Ela não necessariamente te quer morta, Val, ela quer Valenarian detida. Ela disse que te queria
inteira. Podem-se fazer que a mulher quebrada se una, talvez possamos te salvar.
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Série Mortal – 2
— Estou a favor disso. — Disse Leon.

Val suspirou.
— Não tenho lugar a argumentar? Não posso dizer “Não, por favor, Demitri, não tente me
salvar”. Acredito que é inútil, mas não vou detê-lo de tentá-lo.
— Me alegro de que tenha tanta confiança em mim. — Disse secamente Demitri.
— Tenho-a em você, mas não em Afrodite. Ela pode ser arbitrária e estranha.
— Igual a todos os deuses do panteão grego. — Esteve de acordo Demitri. — São
arrogantes, egoístas e desfrutam fazendo nossas vidas um inferno.
Leon os olhou fixamente.
— Minha muito católica mãe estaria fazendo o sinal da cruz a si mesmo agora. Talvez
orvalhando água benta sobre vocês dois.
— Sua crença não significa que os deuses não sejam reais. — Disse Demitri. — Eles já
não interferem mais na vida dos seres humanos, mas brigam entre eles, e com os semideuses que
engendraram.
— Bem, mas não o mencionem em torno de minha mãe.
— Eu adoraria conhecê-la. — Disse Valerie, voltando seu sorriso ao Leon. — Ela deve ser
muito forte, criando a quatro meninos todos por sua conta.
Um carinho suave entrou nos olhos de Leon.
— Ela é. Nunca nos empurrou para fazer o que queria de nós, só nos deu as ferramentas e
nos enviou fora. É uma mulher boa.
— Merece uma boa mulher também. — Disse Val suavemente. — Uma para cuidar de
seus filhos.
— Eu não tenho nenhum filho.
— Sabe o que quero dizer. Para ter filhos e filhas fortes.
Leon soltou um bífido.
— Não estou pensando em me casar logo. Sou muito inquieto e estou arruinado. Além
disso. — Acrescentou. — Já conheci à mulher de meus sonhos.
— Felicia?
Leon quase se engasgou com o café.
— Felicia? A mulher arqueóloga que faz olhinhos a meu irmão?
— Não acha atraente?
Leon olhou em branco.
— Não acho nada. Ela está, obviamente, apaixonada por Remy, salvo que ele está muito
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apanhado em seus artefatos para vê-la.

— Acha que ela está apaixonada por ele? — Val soava desconcertada.
— Não a viu? Ela não podia afastar os olhos dele.
— Mas ela se aproximou de você ontem no restaurante. Veio direto a você.
— Porque me pareço com Remy. Com certeza que ela acreditou que eu era ele sentado ali,
por isso se apressou. Ela só recordou que tinha um irmão que vinha de visita quando se deu conta
que eu não era Remy.
— Mas isso não é… — Val cortou e apertou os lábios fechados.
— Isso não é o que?
— Nada. Não importa.
— O que? — Leon olhou para ela. Val sacudiu sua cabeça rapidamente e voltou a comer
seu iogurte.
— Acredito que está louca. — Disse Leon. — Mas suponho que já sabe.
— Tem razão. — Concordou Val. — Valenarian está louca. Entretanto, Demitri se
equivoca em uma coisa. — Lambeu sua colher. — O que Valenarian fez ontem à noite… Isso,
recordo-o.
Demitri ficou alerta.
— Lembra-se da sauna?
— Oh, sim. — Seus olhos se voltaram uma escura sombra de cor azul. — Eu não estava
em controle, não tinha vontade, mas lembro. — Deu à colher de iogurte outra reflexiva lambida.
Leon se ruborizou.
— Recordo-o também.
Val olhou a Leon através de pestanas baixas.
— É obvio que sim. E lembro que bom pênis tem, e o agradável sabor. Obrigado por me
dar a lembrança.
A face de Leon ficou mais vermelha.
— Certo.
— Acredito que ele é tímido, Demitri.
— Não exatamente. — Disse Leon. — Mas te agradeceria se não mencionassem, de nós
três me fez beijar um homem.
— Você gostou. — Val sorriu.
— Sim, fiz. Mantenha para si mesma.
Demitri recordou o fogo de beijar Leon. Demitri nunca havia tocado um homem mortal
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Série Mortal – 2
antes, encontrando os muito crus para seus gostos, mas Leon era diferente. Talvez porque Leon
tinha um pouco de magia nele? Demitri não sabia. Quão único sabia era que a língua de Leon tinha
talento, e seu pênis havia se sentido muito bem contra sua palma.
Não tenho que viver com ele e comprar presentes, disse-se. Desfrutei-o, e se acabou.
Leon se afundou em seu café da manhã, concentrando-se neste para ocultar sua vergonha,
sem olhar a Val ou Demitri. Val terminou seu iogurte e desviou para o banheiro para preparar a si
mesma para sua saída para o Karnak. A conversa sobre o que aconteceu a sauna se terminou. Por
agora.
O condutor contratado de Demitri os levou a curta distância até os templos de Karnak,
cheios de turistas. Ônibus se alinhavam na estrada aos subúrbios, e as manadas de pessoas de todas
as raças e nacionalidades seguiam aos guias turísticos como patinhos atrás da mamãe pato.
Val olhou ao redor com melancolia nostálgica quando passou por diante das pequenas
esfinges da entrada.
— Havia um canal aqui. — Disse, assinalando ao pátio pavimentado. — Conduzia ao
Nilo. Lembro como, no Festival de Opet, traziam fora as estátuas dos deuses e as levavam pelo rio
até o Templo de Luxor. Era uma grande celebração. Todo mundo no país vinha, e o faraó honrava
aos deuses, especialmente a Amun, e Mut. Havia comida e bebida, danças e acrobatas. Momentos
maravilhosos.
— Quando foi isso? — Perguntou Leon.
— Ao redor de 300 ou 500 anos atrás.
Leon a olhou com incredulidade, depois desviou o olhar, claramente decidindo que isto
era parte da loucura de Val.
— Hatshepsut governava então. — Continuou Val. — Uma mulher que teve a coragem e
os meios para se transformar em faraó. Eu gostava. Não me importou ajudá-la a subir ao poder.
Ela confirmou o que Demitri tinha suspeitado, que a mão de Valenarian tinha estado no
oráculo que declarou que Hatshepsut se converteria em uma mulher faraó. Quando Hatshepsut
morreu e Val deixou o Egito, o novo faraó, Tuthmosis o sobrinho de Hatshepsut, fez todo o possível
para apagar todos os rastros de Hatshepsut dos registros. Nenhuma coincidência aí, pensou Demitri.
A magia de Val partiu.
Hoje em dia, Val não parecia ter um destino em mente enquanto caminhava através de
Karnak. Olhava a seu redor como se visse os corredores e santuários como tinham estado no
passado. As enormes colunas de papiro que agora sustentavam nada tinham suportado um teto
coberto de imagens, as paredes contando contos dos deuses.
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Série Mortal – 2
Val se moveu através das enormes colunas, Leon estudava os hieróglifos com interesse,
mas sem entender. Val finalmente abandonou o templo principal e caminhou através do chão
desigual, traiçoeiro e coberto de mato para o lado norte do complexo. Nenhum turista permanecia
aqui, eles preferiam as maravilhas dos reservatórios de água e obeliscos no templo principal. Val se
deteve perto de uma parede e uma série de semi ruinas que conduziam em linha reta a um santuário
interior.
— O que é este lugar? — Leon olhou no folheto e mapa de Karnak que tinha recolhido —
O templo de Ptah. Quem é Ptah?
— O pai de todos os deuses. — Disse Val. — A Saturno e Urano no panteão grego.
Leon parecia duvidoso.
— Ouvi falar de Isis. Isso é tudo o que sei dos deuses egípcios.
Val dirigiu um olhar triste.
— Estão tão esquecidos agora.
Nenhum outro turista parecia interessado no Templo de Ptah. A porta para o interior do
templo estava fechada, mas Demitri encontrou um assistente que a abrisse para eles.
Val caminhou lentamente, estudando as paredes e a estátua de granito negro de Sekhmet,
perdida em seus pensamentos. Leon ficou perto dela protetoramente, e Demitri observou a ambos
da porta.
— Teria pensado que preferia os monumentos de Hatshepsut. — Disse Demitri. — Para
recordar seus lucros.
Val encolheu os ombros.
— Muitas pessoas abandonam as coisas hoje em dia. Não reverenciam as coisas como os
sacerdotes de antes faziam. Hatshepsut era uma deusa na terra, inclusive tinha um corpo mortal,
mas ninguém acredita nisso agora.
— Lembra-se de tudo o que Valenarian fez nesse tempo então? — Perguntou com
curiosidade Demitri.
— Tenho todas as lembranças de Valenarian, bom, a maioria delas. E todos os de Valerie.
Valenarian tem razão: Valerie é uma mulher aborrecida.
— Eu não acredito. — Disse Leon à defensiva. — Acredito que só é correta.
Ele a beijou suavemente nos lábios. Val estremeceu e Demitri conteve o fôlego, esperando
que Valenarian aparecesse.
Não aconteceu nada. Val sorriu para Leon.
— Obrigado.
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Série Mortal – 2
Demitri foi para eles e voltou a face de Val para ele para um beijo. Ela lançou sua língua
em sua boca, mas o beijo se manteve doce, nenhum fogo demoníaco. Demitri a beijou de novo,
depois estudou seus olhos, que seguiam sendo de cor azul clara.
Val se separou dele com seu olhar esperançado.
— Talvez a saciamos ontem. — Disse ela.
Leon ruborizou.
— Foi intenso. Nunca tinha feito um trio antes.
— Ainda não o fez. — Disse Demitri.
— Por que não tivemos sexo completo? Não importa. Isso foi o mais próximo que
cheguei. Ainda não sei por que o fiz. Sempre fui uma espécie de menino baunilha.
Val sorriu.
— Valenarian é boa liberando inibições. Mas não importa. Se esquecerá de mim quando
eu tiver ido.
— Não, não o farei. — Leon voltou a beijá-la. — Nunca te esquecerei.
Ele o faria. Quão mortais sobreviviam sempre a esqueciam, por seu próprio bem.
— Entretanto, ainda terá Demitri. — Disse ela.
Leon o olhou.
— Não sem você.
— Estou de acordo. — Disse Demitri.
Val sorriu.
— Não sei. Estavam desfrutando de sua mútua companhia quando entrei.
— Estávamos quentes. — Disse Leon. — Nada que pudéssemos fazer a respeito.
— Beija-o agora. — Val disse a Leon. — Enquanto não estão excitados.
Leon sacudiu sua cabeça.
— Estava bastante liquidado ontem de noite.
— Por favor. Quero vê-los.
Leon começou a discutir, mas Demitri se interpôs entre eles. Olhou para os olhos de gato
verdes do Leon, depois o capturou pela parte posterior do pescoço e deu um beijo profundo.
Leon começou, depois encontrou a língua de Demitri com um brilho da sua. A boca de
Leon era quente, com um sabor salgado que Demitri gostava.
O beijo se voltou rápido e bruto.
A risada de Val ressoou no templo.
— Não se machuquem.
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Série Mortal – 2
Demitri puxou Leon mais perto. Sentiu as mãos de Leon agarrar seu traseiro, seu beijo
respondendo tão duro como o de Demitri. Andreas costumava a beijar assim, mas então, Andreas
era um homem-leopardo. Talvez todos os troca formas eram beijadores ferozes.
Leon se afastou, respirando com dificuldade.
— Maldição. Não sei por que eu gostei disso.
— Eu se. — Val sorriu, depois deslizou sua mão na dele. — Demitri é difícil de resistir.
Leon deu a Demitri um olhar cauteloso.
— Sim, bom. Como falei, não se atrevam nunca a dizer a ninguém que fiz isso.
Enquanto eles deixavam o templo, o assistente fechou a porta. Ele os viu se afastar com
um sorriso secreto que eles não notaram.
— Nem uma alma. — Disse o pequeno deus Bs.
Val notou que Leon tinha deixado de discutir com Demitri. Enquanto se preparavam para
sua visita noturna ao Templo de Luxor, Leon não disse nada absolutamente.
Val se vestiu com uma túnica de gaze branca com um profundo capuz, e Demitri usava
uma túnica similar, planejando usá-la quando chegassem ali. Leon olhava para eles com receio e se
apegou a sua camisa e jeans.
O Templo de Luxor não estava longe de seu hotel, e caminharam juntos para leste, Val
puxando seu capuz sobre sua cabeça. O templo tinha fechado oficialmente às nove, embora ainda
estivesse iluminado, as colunas e estátuas formosas no resplendor das luzes de cor amarela. Demitri
confidencialmente passeou além da fila de esfinges que conduzia à entrada. Ele se moveu como a
fumaça, os guardas de segurança não notaram nada.
Leon o seguiu, parecendo alerta, mas sem fazer perguntas. Tinha estado muito, muito
tranquilo desde que começaram, e agora demonstrou que podia mover-se como a fumaça, também.
Caminharam sem obstáculos através dos tribunais, os pés fazendo quase nada de ruído no
pavimento. Ao igual a Karnak, este templo tinha sido tão diferente durante o tempo de Hatshepsut.
Era muito menor, com paredes e colunas pintadas com cenas para honra a Amun e Mut. Os faraós
seguintes o ampliaram e embelezaram com relevos e pinturas. As pinturas mostravam o templo vivo
com a realeza e acrobatas, uma abundância de comida e vinho, a celebração e a glória.
Agora tudo estava em silêncio, as pinturas desvanecidas. Um vento frio soprava através do
teto aberto, as largas colunas sustentando nada. No interior da sala hipóstila3, um bosque de colunas
3
Sala hipóstila significa sala "sob colunas". Designa um recinto de teto normalmente plana sustentada por colunas,
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Série Mortal – 2
de criação, Demitri se deteve e abriu uma lanterna elétrica.

— Aqui.
— Por que os guardas não nos viram? — Disse Leon em voz baixa, um murmúrio,
nenhum sussurro assobiante.
— Tenho magia que amortece o som e distrai a atenção.
Val se ajoelhou junto a Demitri e a luz.
— Era muito útil para amortecer os sons do sexo. Estávamos acostumados a ser bastante
ruidosos.
— Estou seguro. — Leon se mostrou cético, mas não discutiu. — O que está tentando
fazer?
— Invocar à deusa. — Disse Demitri.
Leon olhou acima para a luz da lua brilhando nas colunas.
— Este é o espaço sagrado de que estavam falando?
Val respondeu. — Os antigos faraós construíram este templo para os deuses, em honra a
eles, mas este lugar era sagrado inclusive antes disso, pela fertilidade dos deuses e as deusas que
fazem que o sol sair e os cultivos cresçam. Afrodite é uma deusa da fertilidade quando tudo está
dito e feito.
— Onde tudo se conecta, de uma maneira indireta.
— Conectado através do espaço sagrado, sim. — Val podia sentir essa conexão aqui, o
antigo poder e os enlaces dos deuses e suas ataduras com o ciclo de vida. — Faz milhões de anos,
só havia uns poucos deuses, um panteão, se se pode chamar assim, e o mundo estava em harmonia.
Quando cada um deles se apaixonou por seus próprios povos se separaram, indo a outra parte do
mundo, formando panteões por sua própria conta.
— Se isso fosse certo, seria um pouco pôr as religiões do mundo sobre suas cabeças. —
Disse Leon. — Por não falar da teoria da evolução.
— Só se acreditar neles.
A boca de Demitri o afinou.
— É hora, Val.
Val assentiu. A lua estava diretamente sobre sua cabeça, redonda e cheia, e ela ouvia os
sussurros dos deuses enquanto se moviam através das colunas.
Alguns eram mais fortes que outros, alguns meros fantasmas, mas ainda viviam, olhavam,
especialmente nas arquiteturas antigas. É a sala coberta e sustentada por colunas dos templos egípcios a que tem acesso
a aristocracia. Está localizada a seguir da sala hipetra e prévia ao sancta sanctorum, de acesso reservado em exclusiva
para o faraó e os sacerdotes.
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Série Mortal – 2
esperavam.
Demitri segurou a face de Val em suas quentes mãos. Seu olhar escuro a percorreu, e ele
se inclinou e roçou seus lábios com os seus.
— Sinto muito, amor.
Val afastou uma mecha de cabelo de sua face.
— Sempre te amei, Demitri.
Demitri beijou a linha de seu cabelo com seu fôlego quente. Seus braços se deslizaram a
seu redor.
— Não te deixarei. Aconteça o que acontecer, estarei com você.
— E eu. — Disse Leon com gravidade.
Val se aproximou e apertou sua mão na bochecha de Leon. Sua pele era quente para seus
dedos frios.
— Obrigado.
— Não deixarei que ela te faça mal. — Prometeu Demitri.
— Tudo está bem. — Val beijou Demitri uma vez mais, continuando, a Leon, então ela se
retirou de ambos. — Tenho que enfrentar isto.
Demitri assentiu com ira e dor em seus olhos. Colocou a túnica e se ajoelhou a seu lado.
Leon não disse nada enquanto se unia a eles.
Val se inclinou sobre seus joelhos até que sua testa tocou o piso de terra.
Estirou as mãos atrás dela nas pedras, com as palmas para cima.
— Senhora. — Murmurou em um idioma tão antigo que precedia à escritura das paredes
que os rodeavam. — Escuta minha súplica.
Vento sussurrou por cima deles, deslizando-se ao redor das grossas colunas e seus
estendidos topos. Um ave noturna chamou sobre o rio, e os carros retumbaram na rua atrás do
templo.
Por um comprido tempo não aconteceu nada. Leon se movia inquieto, embora Demitri
sentava-se completamente imóvel. O capuz de Val em parte obscurecia sua visão, mas se deu conta
de um brilho crescente que não era a lanterna.
Leon ficou de pé. Demitri se manteve ajoelhado junto a Val, sua túnica branca fazendo-o
parecer como um sacerdote antigo.
— O que é isso? — Exigiu Leon.
Val não se atreveu a levantar sua cabeça. Ela tomou comodidade diante a visão das coxas
de Demitri perto dela, e da sola grossa das botas de combate de Leon.
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O brilho cresceu, e com este, o calor. A sala inteira se iluminou como se o sol quente se
vertesse sobre esta. A pintura sobre as colunas voltou para sua claridade original, e as pedras
desmoronadas debaixo de Val se voltaram sólidas.
— Que caralho? — Raspou Leon.
Val levantou sua cabeça e lentamente se sentou. O templo estava inteiro e imaculado, o
teto muito alto sobre suas cabeças.
O único som exterior era a pressa do rio e o vento entre os canos, nem tráfico ou gente.
— Não é real. — Val disse. — Este é o templo na cúspide de sua grandeza, mas é uma
ilusão.
— Ela gosta de fazer uma entrada. — Retumbou Demitri.
Uma vez mais esperaram. O templo estava fechado agora, nenhuma vista aberta do Nilo e
a moderna Luxor. Em um momento os três estavam sozinhos no lugar fresco e escuro, no seguinte
Afrodite estava com eles, vestida com o mesmo tipo de túnica de gaze branca que Val e Demitri
usavam.
A diferença era que, Val e Demitri pôs as finas túnicas sobre suas roupas enquanto que
Afrodite estava descaradamente nua debaixo. A túnica mostrava mais que ocultava seus seios
firmes, cintura magra e quadris curvos.
O cabelo entre suas pernas era negro ébano, como o cabelo em sua cabeça.
Leon deu um pulo, mas não afastou o olhar. Os mortais podiam ser afligidos por sua
beleza, inclusive morrer por causa de olhá-la, se ela o desejava, mas Leon se manteve firme.
Afrodite sorriu a Leon com sensuais lábios vermelhos. Gostava de ser admirada.
— E então? — Afrodite disse a Val. — Estou aqui. O que quer?
Capítulo 8
Val se inclinou de novo em sua postura de súplica.

— Senhora, confesso que tenho quebrado meus votos. Tive prazeres carnais com o
semideus Demitri e o ser humano troca-forma Leon, em violação de meu juramento de celibato.
Permiti que a diabresa Valenarian escapasse de sua prisão em minha mente e se fizesse cargo de
meu corpo. Ela seduziu o troca-forma, a quem me atribuiu unir a outra mulher. Trouxe estes dois
homens como testemunhas de meus crimes.
Val fechou os olhos, terminou seu discurso.
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— Não foi culpa dela. — A voz rouca de Leon ressoou na sala. — Ela não entendia o que
estava fazendo.
Val levantou a vista para ver Afrodite cravar Leon com um olhar mortal.
— Você a defenderia?
— Sim, feria-o. Qualquer coisa estranha que tenha em mente, não quero que a machuque.
— Atreve-se desafiar a uma deusa, homem mortal?
— Protejo a Val.
Leon ainda não acreditava, Val podia vê-lo. Afrodite o olhou de cima abaixo com seu
lábio curvado.
— Demitri? Por que não controla este mortal?
— Porque estou de acordo com ele. Não foi culpa de Val. Ela fez todo o possível para
suprimir o demônio, e se Valenarian surgiu, foi porque ela rompeu sua magia.
Os olhos de Afrodite arderam vermelho. Ela seguia sendo impressionante e formosa, mas
agora era aterradora.
— Está dizendo que foi minha culpa?
— Sabia que isto ia acontecer. — Disse Demitri. — Sabia que ela era instável, entretanto,
enviou-a aqui e pôs a tentação em seu caminho.
Afrodite levantou sua mão e disparou um raio de luz. Val gritou. Leon se lançou através
do espaço vazio e golpeou Demitri fora do caminho. O raio jogou pedras na parede atrás de Demitri
com uma explosão forte.
Afrodite, baixou sua mão.
— O mortal te defende. Interessante. Muito bem, então, deverá compartilhar seu destino.
Val ficou diante dos homens, mas eles se aproximaram atrás dela gerando um descomunal
calor em suas costas.
— Eles não merecem ser castigados pelo que fiz. Demitri tentou me deter, e Leon era
inocente sem dar-se conta do que era.
Afrodite franziu o cenho.
— Entretanto, Demitri não teve êxito, o troca formas descobriu o que foi, e ambos
deixaram ser seduzidos no hotel ontem pela tarde. Que maravilhoso desfrutar de dois homens
formosos de uma vez.
— Vou rapidamente a meu destino se os deixa voltar para suas vidas. — Disse Val.
Não tinha medo. Como havia dito a Leon, simplesmente deixaria de ser. Temia mais que
Valenarian fizesse mal ou matasse Demitri e Leon se ficava fora de controle. Valenarian tinha uma
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Série Mortal – 2
grande força, e tinha sido refreada.

— Não é tão simples, Val querida. — O vermelho deixou os olhos da Afrodite, e sua voz
voltou para um tom normal. — Eu não quero te matar, quero te salvar, mas esse caminho será
muito, muito difícil.
— Me salvar? — Val olhou a Demitri.
— Sim, querida. Afeiçoei-me a você, e a angústia de Demitri é mais do que posso
suportar. Sou a deusa do Amor, já sabe.
— Isso o que tem a ver com a perigosa que é a diabresa? — Exigiu Val. — Não posso
controlá-la mais. Não poderia.
— Mas isso é exatamente o que deve fazer. Deve aprender a controlar Valenarian, integrá-
la no ser que é Valerie, minha sacerdotisa.
— Integrá-la? Como?
— Isso depende de você.
Val a olhou fixamente.
— Por que quereria que eu faça isto?
— Não o faço, necessariamente. Gosto quando é obediente e doce, Valerie. — Suspirou
Afrodite em um som como uma suave brisa do verão. — Os deuses masculinos, verá, sobre tudo
Apolo e Zeus, lançaram-me um desafio. Eles a querem morta.
— Mas eu nunca os machuquei, ou a qualquer pessoa sob sua proteção.
Afrodite voltou a suspirar.
— Eles não são aficionados aos demônios de vingança, mulheres às que gostam de matar
homens promíscuos. Eles a temem querida. Lançaram um desafio. Ou você muda a destruição de
Valenarian por bondade, integrando sua personalidade e a de Valerie, ou morre. E não uma morte
bonita e clara, tampouco. Eles propõem algo horrível e divino.
O coração de Val pulsava com medo. Os deuses gregos eram bons em terríveis castigos,
como Prometeu tendo seu fígado tirado todos os dias.
O suor perolou seu lábio.
— Como se supõe que vou obter isto? Mal posso manter sob controle Valenarian, já que
é… Ela pode fazer-se sem que eu sequer saiba.
Afrodite fez um gesto para o Demitri e Leon.
— Tem seus dois homens para que a ajudem.
— Leon se supunha que se apaixonasse pela Felicia.
— Não, não é assim. Esse foi um pequeno meu invento, uma desculpa para te enviar ao
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Egito. Felicia Mason e Remy Dupree são um casal. Não tentou empurrá-los juntos enquanto estava
aqui, não é?
— Se Leon e Demitri me ajudam, e não o obtenho, o que acontece eles?
— Eles compartilham seu destino.
Val apertou seus punhos.
— Então não quero sua ajuda.
— Temo-me que não pode ter êxito sem ela. É outra parte da prova, obrigar Valenarian a
necessitar da ajuda de criaturas masculinas. Uma deliciosa ironia, pensam eles.
— Mas Demitri e Leon são inocentes. Só estão aqui devido a sua interferência, você é a
que fez que Demitri me capturasse em primeiro lugar, todos esses séculos atrás.
— Demitri é filho de Apolo. — Disse Afrodite. — Apolo está disposto a arriscá-lo para
deter o Valenarian.
— Que imparcial. — Disse Val com uma voz dura. — O que acontece Leon?
— Sua própria culpa por te dar a bem-vinda em sua cama em vez de te afastar.
— Ele não teria sido capaz de resistir a Valenarian. Ele não sabia isso.
Leon pôs sua mão sobre o ombro de Valerie.
— Ouça, Val, não me importa, não importa o que diz. Se posso te ajudar, fá-lo-ei.
Val se voltou para ele.
— Não tem ideia do que está prometendo.
— Ela tem razão nisso. — Disse Demitri a Leon. — Nenhuma ideia absolutamente. Isto é
assunto de deuses, e os mortais não têm lugar aqui.
— Continuo dizendo isso, não sou um ser humano normal.
Demitri não fez conta.
— Deixa ir Leon e que ajude a seu irmão. — Disse a Afrodite. — Ele não necessita isto.
Afrodite sacudiu a cabeça.
— Não me corresponde, Apolo e meu pai já decidiram. Minha função é continuar
observando e reportar os resultados. Têm até a lua nova, quatorze dias.
Quatorze dias. Duas semanas. A metade de uma piscada para Valenarian, quem tinha
vivido milhares de anos. A metade de uma piscada que determinaria o destino dos dois homens a
seu lado.
— Não tenho a menor ideia de por onde começar. — Protestou Val — Ou como.
Afrodite ajustou o vaporoso tecido sobre seu peito.
— Você já tem uma pista.
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— O pingente quebrado. — Disse Demitri.

— Muito bem, querido moço. Se, quando encontrar a parte perdida, as duas metades se
fundem juntas, então terá tido êxito. Se permanecerem separadas, então saberá que falhou.
— O que acontece não podemos encontrar a outra peça? — Perguntou Leon. — Poderia
estar em qualquer lugar.
A deusa encolheu os ombros.
— Isso, também, indicará seu fracasso. Eu começaria a procurar imediatamente, se fosse
vocês. Agora, realmente deveria ir.
— Se pudesse esperar um minuto mais. — Disse Leon com sua voz furiosa. — Por que é
isto um desafio para você? Parece que estaremos fazendo todo o trabalho e sofrendo todas as
consequências.
— Porque me preocuparei com Val. — Disse Afrodite. — Provavelmente não dormirei, e
conseguirei bolsas debaixo de meus olhos. — Com delicadeza tocou sua face. — Isso seria um
desastre.
— Sim, posso ver isso.
— Me alegro que entendam quão importante é que tenham êxito. — O corpo de Afrodite
começou a iluminar-se, a luz crescendo em intensidade. — Como certo Val eu te Liberto de seu
juramento de celibato. A tentação será muito mais difícil de resistir se não tiver o juramento para se
esconder.
Val ofegou quando sentiu algo sendo arrancado dela.
— Espera…
— Agora, de verdade tenho que ir. Não me falta, Val. Seja uma boa garota.
A luz cresceu até que se queimou como uma estrela brilhante. Val enrugou seus olhos e
depois, de repente, a luz se foi. Eles estavam de pé no templo em ruínas, suas paredes e o teto de
novo desaparecidos. O tráfico da noite fluía nas ruas exteriores, na Luxor do século XXI.
Leon despertou sozinho em sua cama à manhã seguinte. Mal recordava a caminhada de volta ao
hotel do templo, movendo-se silenciosamente através da escuridão. Sentia-se sentido meio
adormecido e intumescido, tentando reconstruir o que tinha acontecido.
Lembrava-se da deusa, entretanto, também da terrível beleza dela e o peso de seu poder.
Anos atrás poderia ter desprezado o encontro como iluminação teatral e imagem projetada. Mas
havia passado suficiente tempo nesta parte do mundo para saber que o misterioso nem sempre tem
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explicações ordinárias. Nas antigas ruínas do Egito, era fácil recordar que os antigos deuses que
gente tinha adorado por milhares de anos eram poderosos.
Também sabia que não importava o que acreditava. Val estava em problemas, e ele
ajudaria. Embora a tarefa fosse estranha, não era um homem que abandonava a seus amigos.
Leon tomou banho e desceu a escada ao andar principal. Encontrou a Val e Demitri
tomando o café da manhã na sala de teto alto. Sentia-se fora de lugar em toda essa opulência, mas
deslizou na cadeira vazia que o garçom oferecia. O ano passado, tinha estado comendo rações
esquentadas em sua casa flutuante, não podia conseguir acostumar-se a mesas postas com deliciosa
porcelana e sete diferentes tipos de garfos.
Val não disse nada. Ela comeu sua pequena comida em silêncio, e quando Leon por fim
conseguiu que olhasse para cima, viu o terror em seus olhos azul claro. Aproximou-se e cobriu a
mão com a sua. Leon era conhecido por cuidar das pessoas: seus irmãos, sua mãe, os meninos
emendados em seu pelotão. Ele se faria cargo de Val também.
Demitri sugeriu que tomassem quartos em um hotel na borda oeste por um tempo. Seu
amigo permitiria manter a maior parte de suas coisas em seus quartos daqui, mas poderiam precisar
estar mais perto da escavação para procurar a peça que faltava do colar. Leon esteve de acordo,
querendo começar a ajudar a seu irmão também, embora se perguntava como infernos Demitri
oferecia alugar dois jogos de quartos de hotel. Leon tinha um pouco de dinheiro escondido para si
mesmo, mas não duraria para sempre, e nunca seria capaz de pagar Demitri. Outra coisa que o
incomodava.
Os três não disseram muito enquanto se dividiam para empacotar. Leon rapidamente jogou
as coisas em sua bolsa de lona e encontrou os outros dois no vestíbulo. Tomaram um táxi até o mole
do ferry, Demitri decidiu desfazer do condutor que contratou. Eles não o necessitariam no vale
oeste.
Uma vez cruzado o Nilo, Demitri encontrou outro táxi que os levou a um pequeno hotel
perto da bilheteria para os monumentos da borda oeste. Dentro da suíte que Demitri tinha reservado
para eles, Leon olhou pela janela para as enormes estatua que se elevavam como sentinelas,
marcando o caminho no vale dos mortos.
— Fazem-me pensar em Shelley. — Disse Demitri junto a ele. O alto homem tinha as
mãos atrás de suas costas, seu escuro olhar fixo enquanto considerava as estátuas.
Leon não tinha ideia do que estava falando.
— Quem?
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— Seu poema, “Ozymandias”4 — Demitri gesticulou para fora pela janela. — Os

Colossos de Memnon formavam parte de um templo maior que Karnak, um monumento à grandeza
dos faraós Amenophis. Mas faraós posteriores saquearam o que quiseram dos adornos de ouro e
prata, e o Nilo arrastou o resto. As estátuas são tudo o que fica, um monumento à vaidade. —
Demitri ficou em silêncio um momento, depois continuou com uma voz sonora. — “Contemplem
minhas obras, Oh poderosos, e desesperem!... Não fica nada a seu lado. Ao redor das ruínas desse
colossal naufrágio, infinitas e nuas se estendem as solitárias e planas areias”
— Não seja chorão. — Disse Val do sofá. Sentada com a cabeça apoiada sobre uma
almofada e as pernas cruzadas nos tornozelos. — Amenophis é feliz em sua outra vida, onde
imagino que construiu um templo do dobro de tamanho. É provável que esteja pulando com sua
querida Tiy e tenha três vezes mais concubinas das que tinha quando estava vivo. E de todos os
modos, Shelley estava escrevendo a respeito de Ramsés.
Leon não sabia o suficiente a respeito da história para seguir o que estavam falando, mas
se mudou ao sofá e se sentou. Tomou os pés de Val em seu colo e começou a esfregá-los.
— Como está?
— Bem. — Disse Val com sua voz tensa. — Bem para uma mulher que não sabe quando
se transformará em uma diabresa louca pelo sexo. Afrodite tinha que levantar esse juramento, não?
— Por que é tão mau isso? Uma coisa menos do que preocupar-se, não é?
Val deu um sorriso cansado.
— Ela tinha razão, escondi-me atrás de meus votos. É mais fácil negar a si mesmo algo
quando toma um juramento, este faz que suas decisões sejam branco e preto, vida ou morte. Posso
fazer isto? Não, tomei um voto. É muito mais fácil fazer uma promessa concreta que simplesmente
tentar de ser bom em geral.
Leon pensou em quão reconfortante podia ser seguir as ordens no exército. Sabia o que
tinha que fazer todos os dias devido a que o comandante da companhia tomava a decisão e todo se
reduzia a represar-se através de seu sargento de pelotão. Leon havia a sua vez irradiado as ordens a
esses debaixo dele. Nenhuma indecisão a respeito do que foram fazer, só pensar em como foram
fazer na medida de sua capacidade. E quão duro foram festejar quando a missão levasse-se a cabo.
Em casa, longe da disciplina do exército, Leon tinha encontrado a si mesmo sem leme.
4
O poeta Percy Bysshe Shelley, marido da Mary Shelley, a autora do Frankenstein, escreveu um soneto, publicado em
8 titulado Ozymandias. Escreveu-o em uma competição com seu amigo. Horace Smith, também escritor.
Ozymandias foi outro dos nomes com os que se chamou o Ramsés o Grande, faraó da XIX dinastia do Antigo o Egito.
Ozymandias é uma transliteración ao grego de uma parte do nome do Ramsés, User-maat-ré Setep-em-ré. O soneto é
uma paráfrase da inscrição na base da estátua, "Rei de Reis sou eu, Ozymandias. Se alguém quer saber quão grande sou
e onde yazco, que supere alguma de minhas obras".
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Despertando cada manhã sem saber o que ia fazer esse dia, foi aterrador ao princípio. E se tomava a
decisão equivocada, ou pior, o que se machucava a alguém com essa decisão equivocada? Tinha
tomado muito tempo encontrar e acostumar-se a uma nova rotina.
— Acredito que o entendo. — Disse.
Val apertou a mão.
— Estou tão contente de te conhecer.
— Do mesmo modo.
— Mas te arrastei em meus problemas, e pode ser assassinado por causa disso.
— Talvez, mas sei o que tenho que fazer agora. — Leon passou o polegar sobre a palma
de sua mão. Ia salvar a Val, não importava o que. Se ela decidisse depois que queria Demitri e não
ele, retirar-se-ia. Uma dama como Val pertencia a um homem rico como Demitri de todos os
modos.
Ele olhou a Demitri, perguntando-se por que seu coração deu uma pontada estranha. Leon
se deu conta de que não queria se retirar ou fazer caso omisso disto.
Val havia tocado algo nele, e queria tempo para explorá-lo.
Demitri queria ir ao lugar da escavação de Remy antes que o dia se voltasse muito
caloroso. Val não parecia interessada, mas Leon esteve de acordo com o Demitri em que ela não
deveria ser deixada sozinha, por isso todos foram.
A diferença da tranquilidade de sua suíte do hotel, o Vale das Rainhas estava cheio. Os
ônibus turísticos arrojavam hordas de passageiros que faziam fila para contemplar as maravilhas das
tumbas pintadas. A escavação de Remy estava um pouco fora do esgotado caminho turístico, mas
os mais aventureiros e interessados turistas se atreviam a tomar fotos dos buracos que a equipe de
Remy tinha escavado na base dos escarpados.
— Preparado para começar? — Remy parecia feliz de ter sua face e mãos sujas, seus
joelhos cobertos com pó branco. — Seus amigos estarão bem? — Ele olhou para onde Demitri e
Val, impecavelmente vestidos, tinham voltado para a barraca onde se sentaram antes.
— Estão acostumados ao Egito. — Disse Leon. Se toda a merda da que falavam sobre Val
vivendo aqui no momento dos faraós era certa, eles estavam mais habituados a isto do que Remy e
seus arqueólogos jamais estariam.
Remy levou Leon para onde os membros de sua equipe que estavam colocados através dos
escombros que estavam limpando da tumba. A equipe de Remy era uma mistura de estudantes de
arqueologia americanas e egípcios, mais homens locais que eram peritos na escavação de artefatos.
Remy explicou isso embora Leon não estava esperando enfaixar gente, ajudaria a procurar através
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Série Mortal – 2
do chão por fragmentos de cerâmica e outros artefatos diminutos.

Felicia mostrou o que devia procurar, e fez insistência em que inclusive os mais diminutos
fragmentos poderiam ser chaves importantes para o quebra-cabeças da vida antiga. A pedra calcária
se sentia quase sedosa sob os dedos de Leon enquanto recolhia através desta, esperando que a fé de
Remy em sua habilidade para encontrar artefatos nesta terra não estivesse fora de lugar. Remy
deixou Leon para isso, mas Felicia, a cargo desta parte da equipe, ficou. A mulher estava
malditamente entusiasmada sobre peneirar através do pó.
Enquanto Leon trabalhava, casualmente mencionou o colar com o pingente quebrado.
— Era bonito. — Disse Leon. — Eu adoraria ter algo assim como presente para minha
mãe.
— Não pode levar objetos reais fora do Egito. — Disse Felicia. — Mas pode comprar
reproduções em todas as lojas de souvenir. Dir-te-ei quais são os melhores vendedores. Sua amiga
Val pode te ajudar a escolher algo.
— De onde provém esse colar? Acha que pode encontrar mais?
Leon sempre tinha sido bom nas perguntas inocentes. Tudo o que tinha que fazer era falar
de sua mãe e deixar que seu rosto duro parecesse interessado, e a pessoa diria tudo o que queria
saber.
— Poderíamos. Não estamos seguros se o colar estava destinado a estar na tumba
absolutamente. Poderia ter sido tirado de outra tumba e abandonado pelos ladrões. Busquei-o, por
certo. Não pude encontrar nenhuma referência na base de dados ou em qualquer dos artigos por
uma maldição que utilize um pingente assim. Por que seu amigo pensa que se utilizava para magia?
— Não sei. Não estou realmente em coisas do Egito como ele. Se encontrar outro, dará
uma pista?
— Talvez. Mas os colares de cerâmicas eram bastante comuns, não valem muito. Este
estava quebrado, por isso alguém poderia tê-lo simplesmente desprezando-o.
Esteve de acordo em que era um mistério interessante, então seguiu com seu trabalho. Era
aborrecido, mas Leon descobriu que não era mau nisso. A vida no exército era um montão de rotina,
e a fazia até que conseguia o trabalho feito. Pôde ver que a escavação era muito similar.
Não encontrou nenhum tesouro, mas foi através duas pequenas pérolas, que fizeram a
Felicia muito feliz. Quando Leon terminou, descobriu que Val e Demitri tinham deixado a loja, para
voltar para a casa de escavação, disse a alguém.
Mas quando chegou à casa de escavação com Remy, Demitri e Val não estavam ali
tampouco, e de acordo com o dona-de-casa e seu marido, eles nunca tinham estado ali. Leon
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Série Mortal – 2
retornou ao exterior, explorando o deserto. A cansado equipe entrava em torrentes ao longo da rota
de acesso ao lugar, rindo e falando, ávidos de mantimentos e bebidas.
Leon não viu ninguém mais contra as colinas nuas e o terreno quebrado, nenhuma silhueta
contra o céu azul escuro.
Val e Demitri se desapareceram.
Capítulo 9
— Me solte — Disse Valenarian ferozmente. Demitri se agarrou a ela, puxando-a ao redor

de um afloramento que a escondia do lugar e a casa da escavação. Tinham estado em silêncio
bebendo água engarrafada na loja quando de repente Val se voltou para ele e disse
— Estou aborrecida, amado. Encontremos alguma bonita e deserta tumba e fodemos até
que gritemos.
— Não deveria ter te trazido aqui. — Grunhiu Demitri agora. Dirigiu-se a ela em
ateniense antigo, a língua que ele e Val tinham falado entre si quando se conheceram.
Val devolveu o olhar com seus escuros olhos de demônio.
— Mas não podia me deixar no hotel, tampouco, não é? Poderia devorar um delicioso
homem. — Ela curvou sua língua sensualmente.
— Controla isto. Você pode.
— Por que teria que fazê-lo? Você gosta mais Valenarian que a pusilânime de Valerie.
Você gostaria que baixe sobre você justo aqui no pó? Como nos velhos tempos?
A Demitri gostaria, esse era o problema. Tinha amado tudo o que Val tinha feito a ele,
tudo o que tinham compartilhado. Tinha gostado muito.
Val se umedeceu os lábios, voltando-os vermelhos e úmidos.
— O que tem feito sem mim durante todos estes séculos, Demitri? De verdade, quero
saber como sobreviveu.
— Tive amantes.
— Nenhuma como eu, com certeza.
— Não, nenhuma era a encarnação do mal.
— Não sou tanto a encarnação do mal. — Ela envolveu seus braços ao redor de seu
pescoço. Seu corpo estava quente com o calor do deserto e seu próprio poder latente — Fiz um
trabalho, isso é tudo. Desempenhava uma função importante.
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— Até que ficou louca com esta.

— Bom, talvez fui um pouco pela amurada. Mas sou uma garota boa agora. Acredita?
— Quem dera pudesse.
Seu corpo esfregando-se contra ele o deixando louco. Demitri cravou a Val contra a
parede de rocha, sustentando seus pulsos sobre sua cabeça.
Ela pôs-se a rir.
— Ao igual a nos velhos tempos. O que vai fazer comigo?
— O que quero fazer é fodê-la com minhas mãos e língua e depois meu pênis, mas não o
vou fazer.
— Oh, não é divertido.
— Porque isso é o que quer Valenarian. Sexo duro, áspero e rápido, com um pouco de
perversão.
— Segue falando sujo, amado. Umedece-me.
Demitri empurrou sua face perto da sua. A respiração de Val estava quente sobre seus
lábios, seus peitos apertados contra seu próprio peito.
— É por isso que não vou fazê-lo. Não vou fazê-lo porque o deseja muito.
— Esta zombando. — Val estendeu suas garras um pouco, as pressionando em seu
pescoço. — Sabe o que faço aos homens que zombam de mim?
— Eu não sou um homem. Não pode me superar em força.
— É por isso que sempre te superei com sedução.
— Já não mais. — Demitri deixou que sua voz se suavizasse enquanto roçava seus lábios
através dos dela. — Vai obter o quando eu o diga, e vai obter o que eu diga que obterá.
Sua respiração se enredou com a sua.
— Isso soa divertido.
— Não será divertido. Será o inferno, e fará tudo o que diga até que tenha te domado.
— Não quero ser domada. Afrodite, tentou me dominar, mas como pode ver não
funcionou.
— Você deve ter tido um pouco de Valerie em você. Afrodite não pegou uma nova
personalidade em cima de você, tirou o que tinha suprimido.
— Oh, por favor.
— Temo que é verdade, meu amor.
Val puxou ele mais perto, abriu sua boca sobre a dele. Ele permitiu um ardente beijo,
então levantou sua cabeça.
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— Não, carinho.
Val tomou seu obviamente excitado pênis através de suas calças.
— Você me deseja, amado.
— Faço-o. — Demitri beijou a linha de seu cabelo e passou sua língua por sua bochecha.
— O desejo imperfeitamente. Mas não vou deixa-la ter.
— Fará-o.
Demitri sorriu tristemente determinado.
— Não o farei. — Ele arrancou as mãos de Val fora dele e se afastou, justo para Leon.
— Então, o que estão fazendo? — Perguntou Leon. Sua voz era um suave arrasto, seus
olhos verdes brilhavam com ira.
Demitri trocou bruscamente de retorno ao inglês.
— Há uma maneira de tirá-la daqui que não seja através do lugar?
Leon olhou além dele para Val, e abriu os olhos.
— É ela…?
Val pôs-se a rir.
— É obvio, querido. Demitri não quer que ninguém me veja, em caso eu queira seduzir e
matar a seus colegas irmãos.
— Não posso discutir com ele por isso. — Disse Leon.
— Como se estivesse interessada neles. Tenho tudo o que posso dirigir aqui. — Ela se
arqueou contra Demitri.
— Temos que levá-la de volta ao hotel. — Disse Demitri.
— Posso ver isso.
— Não se preocupe, irei tranquilamente. — Val saiu do abraço do Demitri e envolveu
seus braços ao redor do pescoço de Leon. — Se Demitri não for foder-me, talvez você o faça.
Os olhos de Leon piscaram amarelos, sua excitação era evidente. Ele respirou fundo e
afastou as mãos de Val.
— Há um caminho que leva ao redor da outra crista até a entrada do vale. É um longo
caminho, mas rodeia a casa de escavação.
— Mostre o caminho.
Demitri sustentou o braço de Val enquanto Leon os levou com o passar o caminho
poeirento à luz do sol poente. O céu avermelhou dourado e vermelho, o azul suavizando-se
enquanto o sol se deslizava para o oeste. Uma vez situado o crepúsculo, o deserto se esfriava
rapidamente.
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Série Mortal – 2
Val caminhou perto de Demitri, sem falar, mas quando ele a olhou, enviou um sorriso
malicioso. Aumentar seu agarre só fez aumentar seu sorriso. Ela não estava olhando Demitri,
deixou seu olhar correr sobre Leon, que caminhava diante deles.
— Tem um traseiro formoso Leon. — Disse ela. — Demitri pensa o mesmo.
Leon olhou uma vez por cima de seu ombro, obviamente incômodo, mas continuou
liderando o caminho em silêncio.
O hotel estava a um quilometro e meio da entrada ao Vale das Rainhas, e eles caminharam
para este em vez de pegar um táxi. Uma vez acima, Val sorriu para ambos e se afundou no sofá com
seus olhos escuros e seu cabelo negro em ajustados cachos vermelho escuro.
— Val, estará bem enquanto me banho? — Perguntou Leon, secando o suor e o pó da face.
— Vá, amado. Vou manter a companhia de Demitri.
Leon lançou a Demitri um olhar escuro e entrou no banheiro.
Demitri parou frente a Val e cruzou de braços.
— Deixa que Valerie retorne.
— Não acredito. — Val se recostou sobre as almofadas, seu braço sobre sua cabeça,
voltando para dialeto do ateniense antigo. — Não por um momento.
— É possível que lamente isso.
— Por que? O que pode possivelmente me fazer?
— Se levante.
Val bocejou.
— Para que?
Demitri se estirou e puxou-a sobre seus pés. Val pôs-se a rir quando caiu contra ele.
— Está bem, amado. — Ela apertou seu traseiro.
Demitri se apoderou de seus pulsos em um agarre por ferro.
— Se for tocar, tem que ser agradável.
— Nunca você gostou de agradável antes, Demitri. Se não recordar, preferia-o muito rude.
— Eu gosto das duas maneiras. — Disse Demitri com sua voz baixa. — Mas você só
conhece uma maneira, não? Não sabe como se sente ser terno.
— Posso ser terna. — Ela acariciou seu polegar sobre o pulso dele depois acariciou de
novo com uma garra, quase extraindo sangue.
Demitri não se alterou.
— Vê? Não pode fazer isto sem machucar, e que goste. Ensinar-te-ei quão maravilhoso é
ser amável.
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Série Mortal – 2
— Fraco, quer dizer.

— Isso demonstra que não entende. Se dispa para mim.
Ela ficou perplexa, depois seu sorriso retornou.
— Você não entende Demitri. Pretende estar tão em controle, mas não pode controlar a se
mesmo para nada. Arde.
— Isso não importa. Tire a roupa.
— Se isso for o que quer.
Ela se despiu lentamente, desabotoando sua túnica, deslizando-a sobre sua cabeça para
revelar seu delicado sutiã de renda. Tirou suas calças longas, suas calcinhas uma fina barra negra
através de sua pele. Uma liga de renda era outra banda de cor negra, e ligas de seda entrelaçavam
finas meias negras.
Ela era incrivelmente erótica. Tinha razão a respeito de Demitri tendo dificuldades para
controlar a si mesmo. Sua ereção estava apertada, seu sangue quente. Mas tinha que conter-se.
Tinha quatorze dias para salvar Val, e se tinha que estar quente e insatisfeito para salvá-la, assim
seria.
— Contínua. Tire cada objeto.
Os lábios de Val se curvaram sedutoramente. Ela desabotoou as ligas e rodou fora suas
meias, depois tirou o sutiã.
Seus seios eram firmes globos brancos enquanto que seu pescoço e braços estavam
bronzeados. Como sacerdotisa, Val se manteve coberta.
Em vez de se despojar de suas calcinhas, Val levantou seus braços para seus lados e
começou uma lenta dança do ventre. Seus quadris ondularam, acentuadas pela curva das calcinhas.
Então levantou os braços por cima de sua cabeça e seu torso se deslizou de um lado a outro com
seus seios movendo-se brandamente.
Demitri a tomou em seus braços. Beijou-a, amando a sensação de sua pele nua sob suas
mãos. Empurrou suas calcinhas para baixo sobre seus quadris, brevemente cavando suas nádegas
antes de deixá-la ir.
Val tentou continuar o beijo, mas Demitri a afastou imediatamente. Entrelaçou seus dedos
com os dela.
— Lentamente.
— Você não quer ser lento. — Seus olhos ardiam azul escuro, e seus mamilos eram duros
e pequenos pontos. — Tampouco eu.
— Não me importa.
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Série Mortal – 2
Val tentou soltar-se.

— Procurarei o Leon. Ele é feliz de ter rápido.
A ducha ainda estava repicando no banheiro.
— Deixa Leon por agora.
— Ele foi muito bom. — Val se acalmou, mas seu olhar era malvado. — Me fodeu duro e
se mantenha até que não possa fazer nada mais.
— Está tentando me pôr ciumento ou me excitar?
Ela sorriu com doçura.
— As duas coisas.
— Desfruta estar disposta a foder um homem até que caísse morto por isso não o faz.
— Mentira.
— Leon teve a sorte de ter a resistência de um troca-forma. Não foi amável de sua parte
arrastá-lo nisto.
— Está contente de que o fizesse. — Disse Val. — Você gosta também, não?
Demitri gostava.
— Essa é outra razão pela que quero te salvar, porque isso o salvará a ele também.
— Oh que doce.
Demitri apertou seu agarre sobre suas mãos.
— Ele não merece morrer por você. E tenho a sensação de que não quer que ele o faça.
— Bom, não. É lindo.
Demitri se aproximou mais.
— Se importa o que aconteça a ele. Encontrarei o núcleo desse interesse e o arrastarei para
fora de você.
Seus olhos piscaram.
— Como planeja fazer isso?
— Com cuidado. Pode doer.
— Mmm, agora está falando.
— Não vai gostar.
— Me desafie.
Ela cheirava bem, como uma cálida flor. Demitri acariciou seu cabelo com o nariz, deixou
que seus lábios fossem à deriva por seu rosto, mas se retirou quando tratou de apanhá-lo com um
beijo.
Val se irritou quando ele se afastou, mas o deixou manter suas mãos. Ele riscou círculos
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em seus pulsos com seus polegares, viu seu olhar enfocar-se nisso.
— Eu adoro sua pele. — Sussurrou Demitri. — A sensação desta.
Ele baixou o olhar para seus seios, firmes e altos como tinham sido durante todos estes
séculos, Valenarian para sempre jovem.
Val queria gritar por sua lentidão, mas não o permitiria. Sua necessidade por ele fervia
através dele, em níveis que não podia começar a entender.
Manteve-se imóvel enquanto movia seus polegares sobre seus pulsos, tentando não trair o
fogo deslizando-se por seu corpo. Sentir o corpo dele ainda vestido contra o sua nu era
incrivelmente erótico. Seus mamilos eram picos tensos, apertando-se ainda mais sob seu olhar.
Queria dar um puxão a sua cabeça para eles, enterrar seu peito na boca dele.
Ele chuparia e chuparia com as mãos agarrando-a.
Desejo-o.
— É um sacana — Sussurrou ela.
Demitri baixou sua cabeça para que seus lábios estivessem a uma polegada dos seus.
— Vou te salvar, não importa o que custe.
Ele a beijou. Val relaxou sob seus lábios, deslizou sua língua em sua boca. Ela apertou
suas mãos abaixo sobre ele e fez o beijo duro.
— Não. — Demitri recuou e deliberadamente rompeu seu agarre. — Lentamente.
— Não posso.
— Pode.
Lágrimas de raiva cravaram seus olhos.
— Não posso, Demitri. Não é o que sou. Ou me fode ou me deixa em paz.
Ele se separou dela.
— Não vou fazer nenhuma dessas coisas.
A perda de seu calor foi como um golpe físico. Ali estava ela, de pé, completamente nua
em meio de um quarto de hotel, sua roupa espalhada a seus pés, e ele não a desejava. Ela ardia por
ele, necessitava-o. Sua boceta estava quente e úmida. Fez um ruído de frustração e afundou seus
próprios dedos neste.
Ela teve um segundo de prazer antes que Demitri sacudisse sua mão fora de novo.
— Não.
— Maldito seja.
— Espera.
A chuva se apagou no banheiro, e os batimentos do coração de Val se aceleraram. Ele
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queria esperar até que Leon estivesse com eles. Sua pele se esquentou. Oh, sim, Demitri era bom.
Em poucos segundos, Leon saiu com uma toalha ao redor de sua cintura. Gotas de água
perolavam seus ombros, e seu cabelo estava escorregadio e molhado. Cabelo castanho dourado
roçava seu peito e se reduzia para um ponto por cima de seu umbigo. Ele tinha um umbigo bonito,
uma firme fenda em seu ventre tenso.
Leon considerou a Val nua e Demitri vestido.
— Que demônios?
Demitri trocou ao inglês e fez gestos a Leon para que se aproxime.
— Val, quero que o toque. Só seu peito, só de leve. Pouco a pouco.
Val engoliu.
— Desejo-o. Desejo que tome e você observe.
— É uma pena. Toca-o. Isso é tudo.
Val foi até Leon. Leon se manteve firme com seus olhos verdes constantemente nela. Não
deixou cair a toalha, mas ela viu sua excitação delinear-se atrás desta.
Ela curvou suas mãos em garras, e Leon deu um passo atrás.
— Não, Val. — Disse em voz baixa Demitri. — A ponta dos dedos somente. Toca-o.
Isto seria um desafio. Val embainhou suas garras e pressionou suas pontas sobre a pele de
Leon, sentindo seu coração revoar por debaixo de seu toque. Moveu sua mão para baixo, amando
como de sedoso era o pelo úmido sobre seu peito.
Ela chegou a seu umbigo, roçando seu dedo a seu redor. Desejava ficar de joelhos e
empurrar sua língua neste, como fez quando subiu à cama com ele no Cairo. Passou sua língua por
seus lábios, recordando-o.
Leon ficou imóvel, seu peito subia.
— Isto está me machucando também, neném. — Disse em voz baixa.
— Mas se sacrificará para me salvar? — Ronronou ela.
— Algo assim.
— Continua tocando-o. — Disse Demitri.
— Seu traseiro? — Sugeriu Val esperançosamente.
— Seus braços.
— Não pode culpar a uma garota por tentá-lo.
Leon esperou. Val roçou seus dedos por seus antebraços, gostando de como seus músculos
se moviam com seu toque. O pelo sobre eles era enxuto e brilhava como o ouro, beijado pelo sol.
Val moveu suas mãos até o interior de seus braços a seus bíceps. Ele estava sulcado com
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músculos, tão deliciosa força. Recordou como ele a havia sustentado quando tinham feito amor,
temperando a si mesmo para não machuca-la.
Val roçou seus dedos acima e abaixo por seus braços, desfrutando do calor de sua pele.
Demitri tinha algo aqui.
Tocar era maravilhoso.
— Agora seu rosto.
Val levou seus dedos sobre os ombros, acima por seu pescoço forte e roçou ao longo de
sua mandíbula. Ele tinha se barbeado na ducha, sua pele lisa, exceto pela fina tira de dourados
bigodes que ele tinha evitado. A pequena queimadura daqueles fez saltar seu coração.
Ela esfregou seu queixo, depois seus lábios, então riscou suas maçãs do rosto. Seguiu sua
testa e ao redor dos olhos, então seus lábios de novo. Os lábios de Leon eram estreitos e lisos,
avermelhado claro, perfeitos para beijar. Ela começou a elevar-se para eles.
— Não. — Disse Demitri duramente. — Só tocar.
Val se sentou no chão, franzindo o cenho.
— Não é divertido.
— Leon, tire a toalha.
Um músculo se moveu na mandíbula de Leon. Ele afrouxou o pequeno pedaço de toalha e
a deixou cair ao chão.
Oh, sim. Suas coxas eram duras, como os de um corredor, e um arbusto marrom escuro se
curvava entre eles. Seu pênis estava ereto e totalmente estendido, apontando diretamente para ela.
— Mmm, isto me deseja.
Leon acariciou ligeiramente sua parte inferior.
— Deseja querida.
Val não pôde deter-se. Seu pênis era muito formoso. Fechou sua mão ao redor desta,
acariciando da base à ponta. Leon gemeu.
Demitri esteve a seu lado mais rápido do que ela pensou que podia mover-se.
Afastou sua mão de um puxão e sustentou seu pulso.
— Eu não te dei permissão.
— Amado quando vejo um pênis duro apontando para mim a agarro.
— Já não, não o faz. — Demitri a soltou e assentiu com a cabeça para Leon. — Ela faz
isso de novo e você não deixa.
Gotas de suor salpicavam a testa de Leon.
— Merda, a quem está castigando? A ela ou a mim?
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— A mim. — Disse Val. — Sempre pode ir procurar a outra pessoa para foder.
— Não querida. Eu fico justo aqui.
O coração de Val se esquentou minimamente, então disse a se mesma que não fosse
estúpida. É obvio que Leon ficaria.
O encanto de Valenarian era mágico, uma sedução que nenhum homem podia resistir. Só
Demitri resistiu uma vez.
— Toca suas coxas, seu abdômen. — Disse Demitri. — Todo menos seu pênis, bolas, e
traseiro.
Val deixou escapar um suspiro exagerado.
— Oh, está bem.
Não disse que estava procurando tocar zonas erógenas para não ser má absolutamente. Val
pôs suas mãos a cada lado do umbigo de Leon então arrastou seus dedos pelos músculos de seu
estômago. Rodeou através do cabelo na base de seu abdômen, depois mudou suas mãos para as
coxas.
— Abre suas pernas. — Ordenou ela.
Leon moveu seus pés separados, como tinha feito para Demitri quando tinham jogado
juntos na sauna. Sob o próximo escrutínio de Demitri, Val deslizou seus dedos por suas coxas
internas, estendendo seus dedos com o passar da dobra entre coxa e torso.
Leon apertou seus punhos. Val caiu de joelhos enquanto rodava seus dedos pelo mesmo
caminho, terminando quase, mas não de tudo, tocando seu escroto.
— Você gosta disso? — Perguntou Val.
— Ser torturado? — Raspou Leon. — Com certeza.
Val riscou o caminho de novo, mas desta vez arrastou seus dedos por suas pernas. Alisou
a pele atrás de seus joelhos e se mudou para seus tornozelos, então utilizou o dorso de seus dedos
para fazer a viagem de volta.
Quando chegou a suas coxas internas outra vez, não pôde resistir aplaudir suas bolas,
então moveu sua mão sobre a parte inferior da pênis. Ela riu quando Demitri agarrou seus pulsos.
— Muito tarde, amado. Já o fiz.
Demitri arrastou a Val sobre seus pés.
— Adverti isso.
Leon tomou uma pausa.
— Quer que o faça?
— Sim. — Disse Demitri — No sofá.
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Série Mortal – 2
Leon se mudou até o sofá e se sentou com suas pernas deliciosamente separadas. O
coração de Val pulsou de emoção quando Demitri a empurrou sobre a coxa esquerda de Leon com
seu traseiro nu no ar. Esteve a ponto de gritar quando Leon apoiou sua quente mão sobre sua
nádega.
— Quantos? — Disse Leon com sua voz tensa.
— Dez. Por agora.
— Está bem. — Sua voz seguiu tensa em antecipação.
Val apertou seus punhos, esperando, então deixou escapar um grito quando a picada da
primeira palmada aterrissou em seu traseiro.
— Um. — Leon contou com seu formoso e fluido sotaque. — Dois.
Seguiu espalmando-a, não muito forte como uma mínima picada. Mas Val estava tão
excitada, e combinados feromonas de Leon e Demitri eram tão embriagadores, que um clímax a
alagou. Ela gritou e se retorceu enquanto Leon continuava com as palmadas.
— Dez. — E ela esteve completamente no limite.
Val corcoveou e se balançou, seu rosto nas almofadas do sofá, a dura coxa de Leon
esfregando seu clitóris, perfeito. Escutou a voz de Demitri, suave agora.
— Deixa-a montá-lo.
Leon manteve sua mão em seu traseiro, a outra acariciava o cabelo enquanto sentia prazer.
Ela se afundou com mais força nele, suas garras de demônio estendendo-se e rasgando-o.
— Deusa. — Ofegou. Sentou-se com seu corpo tenso e cru, e jogou seus braços ao redor
do pescoço de Leon. — Obrigado. Obrigado. — Ela beijou sua garganta, sem ter vontades de
morder. Simplesmente queria se agarrar a ele, o estar abraçando-a.
— Está bem? — Perguntou Leon com olhos preocupados.
— Bem. Maravilhoso. — Val o beijou com sua boceta quente e relaxada com sua
liberação.
— Vê. — Disse em voz baixa Demitri atrás dela. — É possível. Gozou e encantou, sem
ferir ninguém. Apenas o tocou.
Val desabou contra Leon, sentindo uma necessidade imperiosa de dormir.
— Faça-o calar. — Murmurou ela, e Leon sorriu.
Capítulo 10
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
— Há um problema. — Disse Leon quando a Demitri saiu do quarto novamente.

Demitri tinha carregado a Val e a tinha posto na cama enquanto Leon permanecia no sofá,
seu corpo palpitando com a excitação do que acabava de fazer. Sua mão picava pela surra, mas foi
tão agradável ver Val retorcer-se de alegria. Seu traseiro estava doce cereja vermelha quando
terminou, e tinha querido fodê-la tanto que foi uma agonia física conter-se.
— Que problema? — Demitri perguntou.
— Ainda tenho esta maldita grande ereção. — Leon roçou suas mãos através de seu
cabelo úmido. — A fez me tocar, tinha a açoitando e deixou toda sua nata sobre mim. O que vai
fazer por mim?
— O que quer? Uma mulher?
— Que se foda. Quero Val. — Leon suspirou. — Não se preocupe, vou deixá-la tranquila.
Sei que é importante. Suponho que terei que fazê-lo com minha talentosa mão de novo.
— Não tem que fazê-lo. — O olhar quente de Demitri era evidente.
Leon estava fora de seu elemento e sabia. Recordou o que permitiu Demitri fazer na
sauna, recordou beijar o homem e o beijou novamente no templo de Ptah em Karnak. Mas Val tinha
estado ali. Tinha sido um espetáculo para Val.
— Não sou gay. — Repetiu Leon.
— Sei. Mas ambos somos troca-formas.
— Não o fodi quando ambos somos tigres. Esquece-o.
Demitri deu o fantasma de um sorriso.
— Não estou sugerindo isso. Mas talvez a mudança ajudará a nos desfazer de nossa
frustração. — Dirigiu sua mão para baixo à costura de sua braguilha. — Também tenho, como você
diz, uma maldita grande ereção.
Ele tinha um ponto. A energia da mudança podia liberar a tensão de uma maneira
diferente que uma sexual. Valia a pena tentá-lo.
Leon já estava nu, por isso simplesmente se levantou e quis que a mudança chegasse. O
tigre veio surpreendentemente rápido. Recordou a sensação disto desde seu encontro no Cairo, por
esta vez, não estava zangado ou desafiante.
Em pouco tempo, Leon aterrissou a quatro patas e esperou a ver o que faria Demitri.
Os olhos de Demitri já estavam amarelo dourado, rasgados como os de um gato. O homem
passou as fortes mãos através do lombo do Leon então se endireitou e se despiu. Seu corpo nu
brilhava com suor, seu enorme pênis permanecia para fora.
O cérebro de tigre de Leon não deu muita importância à nudez de Demitri. Investiu as
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musculosas pernas do homem com a cabeça. Demitri esfregou a Leon atrás das orelhas, depois
recuou para fazer sua mudança.
Como antes, o corpo de Demitri se iluminou enquanto sua energia de deus o enchia. Sua
pelagem ondulou através de sua pele, as raias de tigre solidificando-se quando se transformou. Deu
um cabaçada em Leon em saudação, e Leon se voltou e lambeu Demitri.
O que parecia incorreto ou restringido quando eram humano não parecia antinatural
quando Leon estava em forma de animal. Lambeu Demitri através do nariz, e Demitri pôs uma pata
enorme no pescoço de Leon.
Ambos os gatos caíram no tapete, não em um concurso de dominação desta vez, e sim em
um jogo. Leon rodou sobre Demitri enquanto permitia que o golpeasse com uma pata acolchoada,
depois Leon se endireitou e puxou a orelha de Demitri com os dentes suavemente.
Demitri lambeu Leon novamente, segurando-o com sua pata enquanto ele cuidadosa e
minuciosamente polia seu rosto.
Leon o permitiu, então lambeu a parte inferior da mandíbula de Demitri.
Rodaram mais perto entre si, lambendo, mordiscando, acariciando. Leon sentiu a tensão
sexual aliviando-se e seu afeto aumentar. Isto não era nada que não tivesse feito com seus irmãos
quando trocavam a linces sendo meninos e se amontoavam no sofrido melhor tapete de sua mãe.
Ele e seus irmãos frequentemente se poliram uns aos outros como gatos monteses, um
sinal de aceitação e afeto. As sessões de higiene se converteriam em jogos mais ásperos, ele e seus
irmãos pulavam e jogavam como descuidados gatinhos.
Leon meio se levantou e abordou Demitri. Demitri grunhiu quando ele rodo por cima, e
Leon aterrissou em cima dele. Uma mesa cambaleou e bateu contra o chão, destroçando o abajur.
Ambos os gatos se detiveram, esperando a ver se escutavam a alguém, mas Val não despertou, e
não veio ninguém apressando-se à porta.
Demitri soprou, seus lábios se elevaram, depois ele abordou Leon. Lutaram de um lado ao
outro, sem utilizar os dentes ou garras e sim um montão de músculos.
Demitri era bom esquivando, mas Leon foi excelente para conseguir uma chave mestre
sobre o outro gato. Quando Demitri se afastou, saltou para seu quarto, e Leon o seguiu.
A cama se sacudiu quando o primeiro grande gato saltou sobre esta, e Demitri se recostou
imediatamente. Leon aterrissou junto a ele com uma pata ao redor do pescoço de Demitri. Este
reatou a higienização, e Leon seguiu seu exemplo, sentindo a lassidão agradável do sono vindo
sobre ele.
Estendeu-se, dando as costas a Demitri e deixou que seus olhos se fechassem. Gostava de
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dormir em sua forma animal... Quando os animais se sentiam seguros, entregavam-se ao sono sem
tensão. Só os bebês humanos podiam dormir assim.
Leon ia à deriva, sentindo a quietude da noite, a lua brilhante flutuava fora das janelas.
Demitri bocejou, afiadas presas, seus olhos fechando-se. Leon sentiu que Demitri pousava sua
grande cabeça sobre suas costas, logo o som de um ronco suave de tigre.
Quando Leon despertou novamente, o sol se inclinava através das janelas. Ainda era um
tigre, seguia estendido sobre o colchão, o qual se afundou no meio. Bocejou, abrindo a boca tão
ampla que suas orelhas tocaram na parte posterior. Recostou-se para trás, encontrando-se olhando
diretamente os olhos abertos de Demitri. Demitri começou a lamber a cara do Leon e Leon retornou
a saudação.
Como se o houvessem coreografado, cada homem retornou a sua forma humana ao
mesmo tempo. Leon e Demitri deitados sobre seus estômagos, lado a lado, ambos os nus. No estado
despreocupado que Leon sempre se encontrava depois da mudança, ele lambeu o rosto humano de
Demitri. Gostava de sentir a barba sem barbear do homem, o sal de sua pele.
Leon se reuniu com a língua de Demitri enquanto Demitri o lambia de volta. O lamber se
converteu em beijos, de boca-cheia, quentes e lentos. Leon deslizou seu braço ao redor das costas
de Demitri e se assentou.
Beijaram-se durante muito tempo. A ereção que Leon tinha vencido ontem à noite ao
converter-se em um tigre voltou dura e forte.
Estou me esquentando por outro homem. O pensamento parecia fraco e longínquo, o
troca-formas nele simplesmente desfrutava das sensações.
Demitri acariciou o cabelo de Leon e depois sua mão se moveu para baixo pelas costas
cavando suas nádegas. Leon apertou o braço ao redor de Demitri e continuou beijando-o.
O telefone do hotel soou na mesinha de noite, o estridente repique cortou através da
tranquilidade da manhã. Demitri não se estirou a recolhê-lo. Deteve-se, nariz a nariz com o Leon,
como se se perguntasse o que faria ele.
O repique forte do telefone cortou através da névoa no cérebro de Leon. O instinto fez
querer se afastar de um salto em estado de choque, mas se obrigou a permanecer imóvel e
pressionou um beijo ligeiro nos lábios de Demitri.
O telefone se deteve.
— Maldição. — Sussurrou Leon.
— Voltarão a chamar se for importante.
— Não, referia a, maldição, não odeio isto.
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Série Mortal – 2
Demitri riscou sua bochecha.

— Eu tampouco o odeio.
— Sempre gostei de mulheres. Inclusive quando estive semanas sem ver uma mulher, eu
não queria a um homem. Todos os homens falavam sobre as mulheres. Seios. Boceta.
O toque do Demitri era relaxante.
— Os troca-forma em nosso interior se conectaram. Talvez é por isso.
— Talvez. — Leon encolheu os ombros. — Tudo o que sei, é que não me incomodaria te
beijar de novo.
Por toda resposta, Demitri se inclinou capturando o lábios de Leon. Leon respondeu ao
beijo, amando a sensação da forte língua de Demitri dentro de sua boca.
A porta do quarto se abriu. Leon deu a volta e viu Val parada na porta, com os olhos muito
abertos. Eram olhos azuis claros, e ela os afastou.
Valerie, a menina boa, tinha retornado.
— Sabia que havia certa vantagem em te permitir que me ajudasse. — Disse, suas
bochechas vermelhas. — Odeio seriamente a interrupção, mas seu irmão ligou, Leon.
Leon ficou de pé, procurou sua roupa e se deu conta de que só tinha usado uma toalha
ontem à noite, a qual tinha caído na sala de estar. Demitri se apoiou sobre seu cotovelo, não
parecendo se importar.
— Quer que vá à casa da escavação. — Continuou Val. — Ele e Felicia descobriram que
mais coisas desapareceram esta manhã. Espera que possa dar uma olhada.
Valerie tinha recuperado no momento em que chegaram ao lugar e encontraram um Remy

preocupado na casa de escavação.
Perambulou pelos corredores do armazém, endireitando as coisas aqui e lá.
Atrás dela, Demitri e Leon escutaram o pobre Remy tirando seus problemas, mas Val não
podia concentrar-se no que ele dizia. Seguia pensando em como tinha entrado no quarto de Demitri
essa manhã, uma vez mais, para ver dois homens nus beijando-se mutuamente sobre a cama de
Demitri.
Duas costas nuas, uma pálida, outra muito bronzeada, dois traseiros firmes, quatro fortes
musculosas pernas entrelaçadas.
Ela tinha parado, capturada pela beleza da imagem. Tinham estado nariz com nariz, a mão
de Demitri no cabelo de Leon, as bocas devorando-se mutuamente. Não tinham beijado para seu
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benefício. Nem sequer tinham sabido que ela estava ali.

Pensar nisso inclusive agora fazia que o espaço entre suas pernas se esquentasse. Ela
queria ver Demitri e Leon beijar-se algo mais, queria vê-los tocar-se entre si, queria ver Demitri
subir até entrar em Leon, enquanto que Leon olhava com olhos quentes.
Val fez um ruído de desejo em sua garganta, e outros se interromperam para olhá-la.
— Não se incomodem por mim. — Disse, abanando-se com uma mão. — Só estou
chocada pelo roubo. Continua, Remy.
— Esse colar de cerâmica no que estavam tão interessados se foi. — Disse Remy. —
Além de um par de fragmentos de olaria e uns poucos ushabtis, estas são as coisas que parecem
pequenas bonecas. O ladrão não tomou nada do que não encontramos em centenas, mas é mau que
estejam desaparecendo. Sou o líder da equipe. Se não posso controlar o que acontece na escavação,
vou ser substituído. Minha reputação estará empanada, minha carreira terminada.
Felicia, junto a Remy, mordeu-se o lábio.
— Encontraremo-los, Remy.
Remy deu a Val e ao Demitri um olhar preocupado.
— Por favor, não digam uma palavra disto. Se podemos encontrar ao ladrão ou encontrar
as coisas antes que alguém saiba, então talvez possamos mantê-lo em segredo. Não necessito este
tipo de problemas em meu primeira escavação.
Leon estudou a sala.
— Disse que a porta estava bloqueada, mas deixa que gente entre cada vez que precisam
encontrar algo?
Remy assentiu.
— Tenho uma chave, Felicia, e Habib, da pós-graduação quem é meu equivalente egípcio.
Não acredito que ele esteja fazendo isto, porque sua carreira está em jogo assim como a minha,
além disso ele é inflexível sobre as antiguidades permanecendo no Egito.
— Entretanto, não machuca falar com ele. — Disse Leon. — Ele poderia ser muito
inflexível, talvez pensa que as roubando é a melhor maneira de protegê-las.
Remy parecia duvidoso.
— É intenso, mas é um purista das regras, não é a espécie que as rompa, inclusive por uma
boa causa.
— Talvez emprestou a chave a alguém, e essa pessoa fez duplicatas.
— Poderia ser. — Remy parecia sombrio. — Isto fede.
— E você? — Leon perguntou a Felicia. — Emprestou sua chave a alguém?
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
Felicia tirou um chaveiro de seu bolso e o mostrou.

— Tenho-as comigo em todo momento, e não o dei a ninguém. Se alguém precisa entrar
na sala de armazenamento, os deixo entrar, depois fecho quando terminam.
— Vigia-os cada minuto que estão aqui?
Felicia ruborizou.
— Realmente não.
— Alguém que use a sala poderia facilmente embolsar um artefato. Tudo o que descreve o
que falta é pequeno, inclusive o colar.
Val sentiu uma pontada de desespero. Necessitavam do colar para completar sua tarefa, o
que acontecia se eles não podiam encontrá-lo?
— Sinto muito Remy. — Disse Felicia. — Nunca pensei nisso.
— Não pode respirar sobre o ombro de todos todo o tempo. — Espetou Remy. — Eu não
os vigio quando estou aqui, tampouco. Há muito que fazer e não há suficiente gente para fazê-lo.
— Disse que as peças não são valiosas? — Perguntou Val. Nada nesta sala era de prata, de
ouro ou de pedras preciosas.
Parecia todo marrom e monótono para ela.
— Essa é a coisa, na verdade não. Encontramos toneladas de coisas. Gravamos cada uma,
inclusive fotografando a localização exata em que as encontramos, mas os artefatos são comuns.
Nada fora do comum, nada sobre o que não já conheçamos. Não contribuem muito ao
conhecimento arqueológico.
— Acredito que isso é ao que se refere Val, são valiosas para alguém que não sabe nada
sobre arqueologia? Poderia alguém as vender a colecionadores ou turistas?
— Seria lucrativo? — Perguntou Val. — Vender estas partes a um viajante europeu,
americano ou japonês que queria levar-se a casa um artefato real?
Remy não se via feliz.
— Provavelmente. Não uma fortuna, mas não o fariam nada mal as tirando.
— Bem então, tudo o que temos que fazer é encontrar à pessoa oferecendo estas coisas aos
turistas. — Concluiu Val. — Suponho que um comerciante ilegal de antiguidades provavelmente se
aproximaria dos turistas perto dos hotéis ou as lojas em Luxor? Podemos passear por ali e ver se
alguém nos oferece algo.
— Não posso. Todos me conhecem ou sabem que estou com a escavação. Só ocultariam
as coisas. — Remy olhou esperançosamente ao Leon.
Leon sacudiu sua cabeça.
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Série Mortal – 2
— Eles não acreditariam que pudesse me permitir uma lembrança ilegal, e estariam certo.
Meus amigos, por outro lado...
Val sorriu.
— Eu sou excelente para ir encoberta. — Ela levantou seu diáfano cachecol e tampou a
boca. — Posso ser uma rica turista procurando algo emocionante para levar para casa para meus
amigos. Vou fazê-los saber que o dinheiro não é nenhum problema.
Demitri concordou.
— Obrigado, estaria feliz de ser voluntário. — Demitri disse com uma voz seca.
— Passarei como sua esposa, e você terá que me dar um enorme quantidade de dinheiro
para meus pequenos gastos. — Ela estendeu sua mão e Demitri levantou uma sobrancelha.
— Isso é muito amável de sua parte, mas muito arriscado. — Disse Remy — Não posso
deixar que se ponham em perigo. O ladrão poderia lutar para evitar ser apanhado.
Leon deu um olhar.
— Eu não me preocuparia. Demitri e Val são bons em cuidar de si mesmos.
— Está seguro?
— Muito seguro.
Remy parecia que queria discutir, mas suspirou, resignado.
— Façam o que tiverem que fazer. Não posso dizer como estou agradecido pela ajuda.
— Posso manter um olho nas coisas aqui, também. — Disse Leon. — Encontraremos ao
indivíduo, Remy.
— Agradeço isto, irmão. Verdadeiramente. — Os olhos do Remy continham carinho e
admiração. Val o encontrou comovedor.
Fá-lo-ia Valenarian? Talvez o faria.
Leon e Remy saíram para olhar ao redor do exterior do edifício e no laboratório. Felicia
ficou, pretendendo endireitar as coisas em uma prateleira.
Demitri fez um gesto a Val para que o seguisse, mas Val sussurrou
— Ficarei atrás um minuto.
Demitri lançou um olhar severo e Val sacudiu a cabeça.
— Valenarian nunca machuca às mulheres. Estará segura e quero falar com ela sobre a
outra coisa que se supõe devia estar fazendo.
Demitri vacilou, depois deu um assentimento.
— Estarei justo ao outro lado. Esperando. Não demore muito, ou voltarei.
— Se preocupa muito. — Val se levantou nas pontas dos pés para beijar sua bochecha e
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Série Mortal – 2
Demitri finalmente se foi.

Val desempoeirou sua túnica e se dirigiu para onde Felicia estava ordenando as
prateleiras, suas ásperas mãos pelo trabalho tremiam.
— Isto deve ser doloroso para você. — Disse Val em sua voz mais simpática. Ela se
posicionou no extremo de uma mesa vazia ao lado do porta papeis que sustentava uma lista dos
artefatos nas prateleiras — Estou segura de que Remy não te culpa.
— Estou segura de que o faz. — Felicia puxou uma caixa de uma prateleira, procurou em
seu interior e a reposicionou. — Tenho uma chave desta sala. É minha responsabilidade.
— Ele parecia seguro de que não tinha nada que ver com isso.
— Sim, mas teme que isto ponha em perigo sua carreira, e tem razão. Os Comitês sempre
estão procurando razões para retirar o financiamento. E em uma profissão de investigador, se não
poder conseguir recursos, está acabado.
— Está preocupada com ele.
— É obvio que o estou. Ele é um brilhante arqueólogo. Abriu-se caminho de um nada, ele
e seus irmãos foram criados em um povo atrasado de Louisiana, e sua família não tinha dinheiro
absolutamente. Remy se levantou si mesmo por seus próprios meios.
A voz da Felicia soou com admiração, avermelhando sua cara quase bonita.
— É uma boa amiga por cuidá-lo dessa forma.
A voz da Felicia foi dura.
— Somos amigos, sim.
— Nada mais que isso?
— É obvio que não. Remy é muito conservador. Nunca tomaria vantagem de uma situação
de trabalho.
Val sorriu gentilmente.
— Não importa quanto possa querê-lo?
Felicia parecia indignada, sua cara vermelha brilhante. Começou a balbuciar algo, depois
se desinflou.
— Maldição, nota-se muito?
— Não se preocupe, querida. Sou uma perita na leitura dos sinais. Remy não vê o que está
justo debaixo de seu nariz?
Felicia se inclinou sobre o bordo da mesa e cruzou seus braços.
— Remy me contratou por meu cérebro. Conhecemo-nos um ao outro desde que
começamos a escola de pós-graduação. Leu minha tese e me convidou a solicitar um posto em sua
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equipe. Ele respeita minhas teorias, disse-me.

— Nossa, que sexy de sua parte. — Val estudou Felicia, seu cabelo loiro, inclusive os
dentes, olhos cor avelã, cara normal, mas bem formada. — Só teremos que fazê-lo ver mais que
suas teorias.
Felicia soltou uma breve gargalhada.
— Nunca fui a menina preciosa com olhos formosos e grandes seios. Gosto aos homens
porque sou segura.
— Ah, segura. O beijo da morte.
— Não acredito que Remy tenha uma namorada esperando-o na Luisiana. — Disse Felicia
com tristeza. — Nunca menciona uma, de todos os modos, assim não pode ser por isso que ele...
— Nunca percebeu você? — Val terminou. — Mas há esperança. Se estivesse te rejeitado,
assegurar-se-ia de falar de uma namorada em cada oportunidade que tivesse, para transmitir que não
está disponível.
— Ou talvez simplesmente não gosta de falar sobre sua vida pessoal.
— Se for algo como Leon, não está envergonhado de seu passado. Sabe tudo a respeito de
sua vida nos pântanos, o que seja que os pântanos sejam. Se ele tinha uma namorada, ou alguém de
quem estivesse apaixonado em seu país de origem, ele a teria mencionado.
— Talvez.
— Definitivamente. Minha conjetura é que está apaixonado por seu trabalho e se dá por
sentado. Os homens nunca deveriam tomar às mulheres por sentado.
Felicia riu novamente.
— Não acredito que ele me veja como uma mulher. Sou uma arqueóloga sem sexo. Um
cérebro móvel e um par de mãos para ajudar a ordenar e registrar cerâmica.
— Bom, só teremos que trocar isso.
— Por que quer me ajudar? É formosa, e tem ao magnífico Demitri te seguindo. Ao Leon,
também.
Que maravilhoso seria se eles estivessem seguindo-a porque não pudessem resistir.
Val não podia explicar a Felicia que os dois homens a seguiam porque não confiavam
nela.
— Quero te ajudar porque sou uma perita em reunir às pessoas. — Disse ela. — Chama-o
meu raison d'être5.
O olhar de Felicia se torno nostálgica.
5
Do francês, Minha razão de ser.
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— Nunca fui uma garota feminina, fazendo minhas unhas e penteando meu cabelo. Estava
mais interessada nos idiomas antigos e as tumbas cheias de hieróglifos.
— Não há nenhuma razão pela que não possa ser inteligente e formosa. Vamos às
compras em Luxor, e vou transformá-la. Vou ser sua... Qual é essa história sobre a garota que
conhece um príncipe enquanto montava uma abobora? Ou era uma granada?
— Cinderela. Refere-te a que será minha fada madrinha.
Val sorriu.
— Sua fada madrinha-deusa6, é mais como isso.
Felicia parecia duvidosa.
— Não tenho muito dinheiro para roupa.
Val passou o olhar sobre as calças de trabalho cor cáqui de Felicia, meias três-quartos
brancos, sapatilhas de esporte e a camisa varonil com botão.
— Trabalharemos para tirar algo. E não se preocupe pelos gastos. Não menti quando disse
que Demitri era asquerosamente rico.
— E ele só te dá dinheiro? — Felicia soava tão invejosa como desaprovadora.
— Demitri e eu temos uma relação longa e complicada. O dinheiro é a menor de nossas
preocupações.
— O que faz Demitri? Para viver, quero dizer.
Val fez um gesto indiferente.
— É dono de coisas. Hotéis e similares. Devo confessar que quando estou com ele não
estou pensando sobre o que faz com sua capacidade profissional.
— Quem dera pudesse estar assim de cômoda ao redor dos homens.
— O que precisa aprender é como fazer que os homens se incomodem a seu redor.
Quando quiser que eles o estejam.
Felicia parecia pensativa.
— Nunca provei isso antes. Pode ser divertido.
— Assim é. Prometo-o.
As duas mulheres compartilharam um sorriso muito feminino, então Val saltou da mesa.
Felicia recolheu o porta papeis, e deixaram o edifício juntas.
Demitri vadiava fora, vendo uma cadeia de burros carregados de turistas passando ao
trote. Val deslizou sua mão debaixo do braço de Demitri e deu a Felicia uma piscada. Felicia deu
6
É um trocadilho. Fada madrinha é em inglês “Fairy Godmother”, God significa Deus. Val diz que será sua “Fairy
goddess-mother”, sua Fada madrinha-deusa, dando a entender a relação que tem com os deuses.
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Série Mortal – 2
uma risadinha muito pouco acadêmica e Demitri franziu o cenho com desconfiança.
Capítulo 11
Val se via melhor hoje, Demitri pensou enquanto a acompanhava pelas ruas de Luxor essa
tarde. Com o lenço branco envolto livremente sobre seu cabelo e seus óculos de sol redondos, via-se
um pouco como uma estrela de Hollywood.
Ela não entenderia o que isso significava, mas estava elegantemente formosa e totalmente
composta.
Caminhou com ela ao redor das lojas de menor reputação sobre as que Remy havia dito,
fazendo-o parecer como um casal rico que se interessava em antiguidades reais, sem importar as
malditas regras de controle. Val o interpretava bem, atuando como a esposa mimada e ligeiramente
vazia com aprumo.
— Há um problema com este método. — Disse Val quando se sentou em uma mesa de
restaurante e tirou os óculos de sol. Ela voltava a falar no idioma antigo, as sílabas rítmicas
encantadas em sua língua. — Nós provavelmente atraiamos a cada pessoa disposta a tirar de
contrabando de antiguidades, e quem sabe, a polícia poderia ser avisada disso também.
— Leon pode ter êxito em seu final. — Respondeu Demitri no mesmo idioma. — É um
bom ouvinte.
— É certo, não fala muito. Isso deve vir dele sendo um soldado.
— Os soldados foram o mesmo durante séculos, não?
— Oh, são diferentes no fundo. — Disse Val. — Mas vivem sabendo que cada minuto
pode significar sua morte. Suponho que isso poderia fazê-lo tranquilo e cuidadoso de quem falava.
— Ele falou com você. — Demitri sorveu o café que o garçom havia trazido, desfrutando
de ver Val beber o seu. Ela sustentava a xícara com delicadeza, seus lábios vermelhos mal roçando
a borda antes que engolisse. Queria lambeu a gota que persistia em seus lábios.
Val se encolheu de ombros.
— Sou uma serva da deusa do amor. As pessoas se abrem para mim.
— Fez-nos Felicia?
— Sim, mas não sobre os objetos desaparecidos. — Ela sorriu docemente. — Foi uma
conversa de garotas.
— Desejaria que tivesse recolhido seu pensamento sobre a chave. Eu gostaria de
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esclarecer esta distração, assim podemos nos concentrar em te salvar.

— Mas o ladrão pegou o colar também. Eu diria que foi algo mais que uma distração.
Demitri riscou a borda de sua taça.
— O ladrão não pegou o colar. Eu o fiz.
Ela piscou.
— Sério?
— Pensei que estaria mais seguro comigo em vez de estar disponível para que alguém o
roube.
— Mas, o que acontecerá ao irmão de Leon, quando nunca voltar a aparecer? Era a melhor
peça de sua coleção de restos.
— Quando acabarmos com isto, devolvê-lo-ei. Ou me assegurarei de que seja devolvido
se não poder fazê-lo eu mesmo.
— Porque pode estar pendurando de seus polegares sobre um escarpado. — Val apertou
sua xícara. — Demitri, por que esteve de acordo em fazer isto? Poderia ter me deixado ir com
facilidade, mas se falha... Se eu falho... Você morre. Não quero isso.
— Não vamos falhar.
— Valenarian é um demônio. A definição de demônio é espírito do mal. Não pode confiar
nela.
— Não, mas posso confiar em você. — Demitri se inclinou para frente e juntou seus dedos
ligeiramente nos seus. — Confio também em Afrodite. Ela quer que viva. Se não o fizesse, teria te
matado faz muito, muito, quando nos encontrou no prado do monte Olimpo.
Val ruborizou.
— Lembro esse dia.
— Acha que eu não? É o dia em que te traí.
— Tinha que fazê-lo. Valenarian tinha que ser detida.
Demitri fechou sua outra mão ao redor da dela, capturando-a.
— Queria te manter comigo para sempre. Era o suficientemente arrogante para pensar que
podia te controlar. Amava-a tanto.
Os olhos de Val estavam úmidos.
— Amava-me?
— Com meu coração e alma, corpo e mente. Eu estava louco com isso.
— E agora?
Ele retirou suas mãos.
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— Ainda sou o suficientemente arrogante para pensar que posso te domar.

— Não a mim. Valenarian.
— A ambas. Tudo de você. — Baixou a voz, apesar de que estavam falando uma língua
que ninguém tinha ouvido na terra em milhares de anos. — Desejo você e a Valenarian. Desejo
Valenarian em minha cama de noite, para foder como eu gosto, e desejo Valerie para nos dar a mão
em um café. Desejo a ambas na mesma mulher. Faria tudo por ter isso.
— E quanto a Leon?
Demitri se recostou para trás.
— É mortal. Inclusive se for um troca-formas, nasceu mortal, envelhecerá e morrerá como
os mortais fazem.
— Eu fico triste.
— Eu não gosto de me apegar aos mortais. É muito difícil deixá-los ir.
Val sorriu com tristeza.
— Estou me apegando a ele também.
— Como Val ou como Valenarian?
— Ambas. Se não tivesse gostado tão quando falei com ele essa noite, Valenarian nunca
teria saído. — Seu sorriso se alargou e umedeceu os lábios. — Me alegro que ela o fizesse.
Demitri ficou tenso, mas o suave sorriso de Val retornou. Valerie estava ainda com ele.
— Você gosta dele. — Disse ela, e piscou um olho. — Sei o que vi quando entrei em seu
quarto esta manhã. Por que não despertou para me permitir observar?
Demitri recordou o calor de deitar ao lado do Leon, beijá-lo.
— Não se preocupe, não fizemos nada que satisfizera seu apetite voyeurista. Dormimos
juntos, como tigres. Só dormir.
Seu sorriso se alargou.
— Já vejo. É por isso que estava beijando-o tão forte.
Demitri se negou a envergonhar-se.
— Parecia natural fazê-lo.
— Dei-me conta de que ele não se mostrou resistente a te tocar. Devem se tocar de novo.
— Em sua forma humana, Leon tem as inibições de um ser humano mortal deste século.
Tem dificuldades violando seus tabus culturais.
— Não o analise, Demitri. Simplesmente o ensine quão maravilhoso é fazer pouco caso
desses tabus. — Covinhas apareceram em suas bochechas. — E por favor, me deixe ver.
Demitri ruborizou.
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— Realmente é louca pelo sexo, não?

— Só quando envolve você. — Val riscou o amplo anverso de seus dedos. — E a um
homem quente como Leon. Eu gosto disto. Nós três, quero dizer. Eu gosto dos dois, e gosto que me
compartilhe com ele, e a ele comigo.
— Você, Valerie?
— O que acha, amado?
A mão de Demitri apertou a sua.
— Não me faça isso.
Seus olhos brilhavam.
— Por que não? Vai me bater como fez que Leon fizesse ontem à noite?
Demitri a olhou. Era um bom sinal que de repente ele não estivesse seguro de com que
lado de Val estava tratando?
— É isso o que Valerie quer?
O sorriso de Val desapareceu.
— Não estou segura do que quero. O que acontece se não posso fazer isto, Demitri?
— Assegurar-me-ei de que possa fazer. — Secou os lábios com o guardanapo e a pôs
sobre a mesa. — Vamos voltar para hotel aqui. Tenho uma ideia.
— Que ideia?
— Terei que mostrar.
O fato de que Val contivesse sua curiosidade enquanto eles se levantavam e saíam do
restaurante confirmou que Demitri estava tratando com o Valerie. Valenarian teria tratado de
surrupiar seus planos, discutindo se não gostava.
Valerie caminhou obedientemente a seu lado, e não disse nada quando passaram Old
Winter Palace Hotel e entraram no que tinham estado faz duas noites.
Subiram a seu andar em silêncio.
— O que estamos fazendo aqui? — Perguntou Val enquanto passavam a sauna onde
tinham tido o interessante jogo do trio.
Demitri abriu seu quarto, rebocando-a dentro, e fechou a porta. As camas pareciam e
prontas para eles, seus trajes ainda pendurados de forma ordenada no armário aberto.
Demitri deslizou suas mãos ao redor da cintura de Val e a beijou profundamente. Val
ofegou, depois se afundou no beijo, com seus olhos fechando-se.
Demitri deslizou sua língua atrás dos dentes dela. Pôs seus polegares nos cantos de sua
boca, animando-a a abrir-se para ele. Ela gemeu baixo em sua garganta.
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Série Mortal – 2
Recuou para trás.

— Quero Valerie. Não Valenarian. Escuta-me?
— Você não gosta de Valerie.
— Por que diz isso?
— Não me importa o que disse no restaurante. Você amava o que eu era, não no que me
converti.
Demitri cobriu seus ombros.
— Você se voltou tranquila e segura, não mais perigosa.
— E aborrecida. — Sorriu Val. — Você adorava a faísca em Valenarian, a mulher que
faria tudo. Não podia controlar, e realmente não queria fazê-lo. Valerie fará tudo o que diga, e você
não gosta disso.
— Engana-se. Quero te ajudar.
— Você não quer que mora, mas pelo bem de Valenarian, não o meu. Quando isto
termine, se ganharmos, estará feliz quando formos por caminhos separados.
Ele franziu o cenho.
— Nunca disse isso.
— Acredito que é por isso que deseja Leon conosco, por isso não está ciumento dele e eu.
Pode me entregar a ele quando tivermos terminado, sabendo que me fará feliz. Não terá que se
sentir culpado.
Sua ira se agitou.
— Está sonhando. Quero-a, Val.
— Está tentando me domar, Demitri, mas você gosta de rude, e também a Valenarian. É
por isso que não pôde mantê-la a raia antes, não queria.
— Maldição, Val, eu ainda te amo.
Ela sustentou sua face entre suas mãos.
— Não sou estúpida, Demitri, ou cega. Quando ela sai e eu me afasto, há um brilho em
seus olhos que não está aí agora. Ela te desafia e você gosta disso.
Ele sacudiu sua cabeça, seu coração pulsava com força.
— Quero que viva. Quero estar com você. Disse isso.
— Quer a ela.
— Não.
Ela deixou cair suas mãos e deu um passo atrás.
— Então me faça amor neste momento. É por isso que me trouxe aqui, não? Me faça amor
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Série Mortal – 2
em uma forma que não liberte ela.

— Isso é o que tinha em mente.
— Não acredito que possa fazê-lo.
Demitri apertou sua mandíbula.
— Subestima-me. E se engana.
Val desenrolou seu lenço e o deixou cair sobre a mesa ao lado de seus óculos de sol. Tinha
os olhos azul claro, o cabelo sedoso e comprido. Ele conteve a respiração quando começou a
desabotoar a blusa.
Seus seios eram formosos, cremosos e sem tocar pelo sol. O sutiã de renda negro os
empurrava em uma suave divisão.
Val deixou cair a blusa e o desabotoou. Ao cair, passou-se as mãos por seu comprido
cabelo e o derramou através de seus dedos.
O pênis de Demitri se apertou enquanto Val cavava suas mãos ao redor de seus seios.
— Como uma sacerdotisa de Afrodita, eu era celibatária. — Disse. — Mas ainda
precisava me liberar. Todas o necessitamos. As sacerdotisas se reuniam quando tinham tempo livre,
e dançávamos umas com outras. Fazíamos strip-teases, às vezes, pretendendo que os fazíamos aos
homens que queríamos. E nos tocávamos. Não poderíamos nos ter umas às outras, porque fomos
celibatárias, mas nos permitia nos liberar. Nos ensinar muitas técnicas entre si.
Demitri sentiu seus olhos trocar. O mundo de repente se fez mais claro, o aroma de Val
agudizou em suas fossas nasais.
Val passou seus dedos por seu abdômen nu, desabotoou e abriu a zíper de suas calças. O
fluido tecido caiu facilmente ao chão, deixando um nada mais que em calcinhas de renda.
Ela deslizou seus dedos dentro das calcinhas, sua cabeça caindo para trás enquanto tocava
o clitóris. O olhar de Demitri estava fixo na renda negra, observando seu dedo mover-se ida e volta
debaixo deste.
Não mude. O tigre se levantou nele, e Demitri apertou seus punhos, desejando manter-se
em forma humana.
Val retirou seus dedos. Suas pontas brilhavam com umidade. Pô-los em sua boca e os
chupou até limpá-los.
Demitri gemeu. Val deslizou seus dedos de novo dentro de suas calcinhas, jogando um
pouco mais. Desta vez, quando se retirou, tomou a mão, querendo saboreá-la.
— Não, não me toque. — Ela se moveu de seu agarre então passou a língua por seus
dedos reluzentes. — Esta é Valerie, jogando para você.
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Série Mortal – 2
Demitri engoliu, e a deixou ir.

Ela deslizou a mão em suas calcinhas outra vez, seus mamilos apertando-se enquanto
jogava. Sua língua se abriu passo ao redor de seus lábios, pondo-os vermelhos e úmidos, enquanto
seus quadris se moviam com a alegria disso. Por último começou a se sacudir, suas coxas
apertando-se juntos como se queriam puxar seu amante dentro de si mesma.
Demitri se desfez de sua jaqueta e camisa, incapaz de manter-se afastado dela. Atirou a
roupa a um lado e envolveu seus braços ao redor dela.
Não tentou afastar-se nesta ocasião. Mas ela era Valerie, seus olhos azul claro e
encantadores. Beijou-a, afundando a língua em sua boca enquanto ela se retorcia contra ele.
A mão de Demitri foi a sua cintura, e rapidamente se desfez do resto de sua roupa.
Levantou Val com suas mãos nas nádegas, e ela envolveu suas pernas ao redor dele. Demitri a
apoiou na parede, inclinando-a contra esta, e deslizou seu pênis dentro dela.
Val gritou. Demitri a balançou sobre ele, a posição não permitindo empurrar tão bem
como ele teria querido, mas não importava. Estava liquidado e selvagem, o tigre nele querendo sair.
Conteve-o e simplesmente a montou. Em seu êxtase, apertou forte, mais forte, até que ele gozou.
Demitri sentiu seu sêmen disparar-se profundo nela, e ambos gritaram entre risadas. As
pernas de Demitri se debilitaram, e caiu no chão, amortecendo a queda dela sobre ele.
Ficaram no tapete, com Val sorrindo e Demitri sem deixar de rir.
Demitri a girou em cima dele, e a abraçou, beijando seu rosto e garganta.
Enrolaram-se juntos. Val passou os dedos por seu cabelo, e Demitri pôs pequenos beijos
nos lábios dela.
Depois silêncio, lassidão, encantadora calma, indo à deriva para o sono.
A calma foi quebrada pelo canto do telefone celular de Demitri. Reprimindo uma
maldição, arrastou suas calças e deslizou seu telefone fora de sua capa.
— Olá. — Disse, sua voz nublada.
— Merda. — A voz de Leon zumbiu no outro extremo, ecoando da forma dos móveis —
Estão tendo sexo, não é?
— Já não.
— Pensei que se supunha que estavam eliminando aos ladrões.
Demitri se sentou, arrastando uma mão por seu cabelo. Val se apoiou sentada a seu lado,
sorrindo sonolenta.
— Sentamos as bases. Vamos voltar a sair esta noite e veremos se conseguirmos que
alguém se aproxime.
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— Encontrei duas coisas aqui, tenho que te falar sobre isso. Não por telefone.
A curiosidade de Demitri se agitou.
— Estaremos de retorno esta noite.
Leon vacilou, depois respirou.
— Há algo mais que tenho que te dizer. — Demitri esperou, e Leon vacilou de novo.
— Há alguém aí com você? — Perguntou Demitri.
— Espera. Já não. — Leon soltou outro fôlego. — Nunca pensei que estas palavras
sairiam de minha boca, mas pensando em você ali, com Val...
— O que?
Leon baixou sua voz, como se pusesse sua boca mais perto do telefone.
— Quero chupar seu fodido enorme pênis.
O pulso de Demitri se acelerou, uma agradável excitação arrasou através dele.
— Sério? Bom, quero que chupe até meus sêmen correr em viagem por garganta.
— Merda. — Disse Leon.
Val envolveu seu corpo nu em de Demitri.
— Mmm, estão falando sujo? Me deixe ouvir querido.
Demitri olhou abaixo para ela. Seus olhos se obscureceram, seu sorriso amplo e selvagem.
— Maldição. — Sussurrou ele.
— O que acontece?
— Chamo-a de volta. — Disse Demitri.
Cortou a comunicação. Val o arrancou de sua mão e o jogou em um lado antes que ela o
empurrasse para baixo e envolvesse suas pernas ao redor de sua cintura.
Felicia levantou a vista do café depois do jantar quando Remy se deslizou no assento
frente a ela. A equipe de arqueologia pelo geral ia por caminhos separados para jantar, mas
frequentemente chegavam ao mesmo pequeno restaurante por kofta e café.
Remy se via tão triste que o coração de Felicia se apertou. Tinha os olhos mais verdes.
Tanto como os de seu irmão, mas Leon tinha um rosto duro e um ar imponente que fazia dar três
passos para trás. Ao Remy queria abraçá-lo e passar seus dedos através de seu alvoroçado cabelo
cor areia.
— Está bem? — Perguntou ela. Empurrou o açúcar para ele, sabendo que gostava de
colocar um montão disto em seu café.
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— Quem dera soubesse. — Remy revolveu para dissolver o montículo de açúcar em sua
xícara. — Me sinto melhor com o Leon me ajudando, mas estou pedindo que encontre uma agulha
em um palheiro. E me sinto mal arrastando a seus amigos nisto.
Ele realmente não precisava envolvê-los.
— O que pensa deles? — Felicia disse “eles”, mas sabia que em realidade queria dizer
Valerie, uma bela mulher em uma forma em que Felicia nunca o seria.
Remy encolheu os ombros.
— São ricos. Demitri foi agradável colocando Leon em seu hotel no Cairo. Minha mãe
diria que ele tem verdadeira hospitalidade sulina.
— São interessantes, não? Nunca conheci a ninguém como eles.
Remy envolveu fortes dedos ao redor de sua xícara.
— Suponho. Na verdade não prestei muita atenção, mas se podem me ajudar a manter
meu trabalho, abraçá-los-ei com os braços abertos.
Felicia relaxou minimamente. Remy tinha sua cabeça no antigo passado, e se alguém não
era da Dinastia do século IX, ele apenas os veria.
— Alguma teoria sobre quem está roubando os artefatos? — Perguntou ela.
— Nenhuma em realidade. Confio nos membros de minha equipe, por isso tem que ser
alguém de fora. Alguém conseguiu apoderar-se de uma chave de alguma forma e está roubando
para vender a turistas sem escrúpulos.
— Pelo menos as coisas que não são historicamente importantes. — Assinalou Felicia —
Só coisas que cada escavação encontra a dezenas.
— Disso se trata. — Remy franziu o cenho. — Por que o ladrão não vai atrás coisas que
trariam mais dinheiro no mercado? É como se ele soubesse que coisas não vamos estranhar muito.
— Levaram o colar.
— É certo, mas isso ainda não é muito mais valioso que qualquer outra coisa. Não é mais
que louça. Ainda assim, é o princípio da coisa, e se alguém se inteira, vai ser mau para mim.
Felicia audazmente se aproximou e tocou seus dedos. As mãos do Remy estavam gastas
pelo trabalho, rachadas pelo sol e o vento. Tinha a pele bronzeada, seus antebraços polvilhados com
cabelo dourado. Era um homem sólido, nascido para trabalhar duro, com um cérebro que,
felizmente, tinha sido estimulado.
— Descobriremos o que aconteceu. — Disse ela, tentando soar tranquilizadora.
Remy suspirou e levantou sua xícara de café.
— Espero que tenha razão.
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
A mão da Felicia se afastou. Remy nem sequer se deu conta de seu tato.
Ela engoliu sua dor e frustração e bebeu seu café. Não podia permitir-se muito, mas
decidiu aí e então que permitiria que Valerie a ajudasse a atirar a atenção de Remy da mulher do
século XXI que o queria.
Val despertou para encontrar-se de barriga para baixo em uma cama ao lado de Demitri.
Seu cabelo estava enredado ao redor dele, e ela abraçava ao travesseiro como se fosse um
salva-vidas. Valenarian a diabresa se foi, e Valerie jogou uma olhada para Demitri. Dormia com
suas costas para ela, seu delicioso corpo nu.
Dormia profundo. Os semideuses poderiam ser imortais, só os deuses podiam tomar suas
vidas, mas precisavam comer e dormir como os seres humanos.
Demitri podia empurrar-se além da resistência dos mortais, mas finalmente tinha que
repor-se. Val deslizou fora da cama e ficou de pé. A sala de estar da suíte estava brilhante como o
dia, apesar de que as janelas revelavam a noite escura fora.
Val vagabundeou fora do quarto com os pés descalços. Afrodite se estirava através do sofá
em um antigo vestido egípcio: uma transparente túnica articulada em um ombro, um colar de ouro
maciço ao redor de seu pescoço e punhos de ouro em seus pulsos. Deixou que seus negros cabelos
se derramassem a seu redor, e estava mordiscando umas uvas.
— Olá, Val, querida. — Disse sem levantar a vista. — Temos que falar.
Capítulo 12
Valerie enfrentou sua deusa depois de ter estado com um homem, depois de ter feito as
coisas que tinha feito com o Demitri. Como sacerdotisa, deveria sentir vergonha, culpa, remorso,
mas Val não sentia nada disso. Demitri era formoso, e o amava, e ela não estava envergonhada de
estar com ele.
— Falar do que? — Perguntou a Afrodite.
— Isto e aquilo.
— Vou me vestir. — Val começou a apartar-se, mas Afrodite assinalou para a porta do
quarto, e esta se fechou com um suave clique.
— Não precisa, querida Val. Sei como se vê um corpo de mulher, e o teu é muito bonito.
Se tiver frio, seu cachecol está aqui.
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Série Mortal – 2
Val se absteve de cobrir-se, sabendo que Afrodite tomaria como um símbolo de

debilidade. Neste momento, queria parecer forte.
— Do que temos que falar? — Repetiu.
— De você, querida. — Afrodite acariciou o sofá junto a ela. — Veem. Sente-se. Toma
uma uva.
Val se sentou em uma parte do sofá ao lado dos pés de Afrodite. Não se estirou pela fruta,
sem confiar em sua procedência. Comer mantimentos do Monte Olimpo ou de algum outro lugar
sagrado poderia levar a consequências desconhecidas.
— Obtive-as no mercado no final da estrada. — Disse Afrodita, como se lesse seus
pensamentos.
— Comprou-as? — Não podia imaginá-la indo a um mercado e comprando algo realmente
com dinheiro mundano.
— Persuadi ao comerciante para que me deixasse as ter. Ele terá paz e prosperidade
durante um ano por sua generosidade.
Val não respondeu. Tinha trabalhado para Afrodite por vários milhares de anos e ainda há
temia um pouco. As deusas faziam coisas por uma variedade de razões, não todas elas benéficas.
Tinham mau gênio e se ofendiam facilmente, e sua vingança pela menor transgressão poderia ser
nefasta.
— Come, Val. Está muito magra.
Obedientemente tomou uma uva e a comeu, deixando as sementes em uma pequena
vasilha que já estava cheia de uma coleção delas. A uva era doce e boa.
— Tenho vontades de te ter de retorno em meu redil querida minha. É tão bonita e
obediente. Uma alegria, realmente.
Val quase se engasgou com a uva.
— Quer que volte a ser sua sacerdotisa?
— É obvio que sim. Por que acha que convenci aos deuses para que me deixassem tentar
te curar?
Val tossiu, seus olhos lacrimejando.
— Pensei, que se eu conquistasse Valenarian, Demitri e eu poderíamos…
— Pode passar tempo com ele, é obvio, mas não, você voltará comigo. Acreditava que
poderia interpretar mal isso, assim queria deixar isso claro e me assegurar de que o entendia.
Val a olhou, assombrada. Tinha suposto de algum jeito que se ganhavam, ela ficaria com
Demitri. E Leon. Demitri estava apegando-se a Leon, isso era óbvio. Os três seriam pouco
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Série Mortal – 2
convencionais para os padrões humanos, mas os semideuses podiam seguir diferentes convenções.
— Então terei que perdê-lo de novo. — Disse Val suavemente. — Não importa o que
acontecer.
— Acredito que encontrasse que quando conduzir ao demônio fora de você, não vai querer
ficar com ele. — Disse Afrodita, soando satisfeita. — Será minha obediente serva, que vive para
seu trabalho. Esse é o modo em que o vejo, de todos os modos.
Val olhou ao chão assim Afrodite não veria seus olhos transbordando-se com as lágrimas.
Teria que dizer adeus a ambos. Em quatorze dias… Treze agora.
A dor apertou seu coração. Pensou em Demitri que estava na cama no quarto do lado, sua
formosa face relaxada pelo sono. Ela o amava. Sempre o tinha amado. E estava apaixonando por
Leon também.
— Espera que os deixe ir.
Afrodite a observou fixamente.
— Sim, faço-o. Quero que você me adore. Salvei sua vida, depois de tudo, quando todos
os outros deuses quiseram te matar.
— Por que deveria fazê-lo? Nem sequer é de meu panteão. Sou egípcia.
— Sei isso. Mas onde estavam Isis, Mut e Sekhmet quando os necessitou?
Os deuses egípcios deixaram este plano faz muito e não se importa o que aconteça aqui.
Os faraós que os adoraram desapareceram, e a gente agora não se preocupa nada por eles. Os
antigos deuses mantêm sua distância. Os deuses gregos são muito mais fortes, e sempre estiveram
mais relacionados com este mundo. Os estudantes dos lugares chamados a Inglaterra e Estados
Unidos ainda leem dos gregos e de seus deuses?
— Não tenho nem ideia. — Disse Val.
— Fazem-no. Os poetas, como Homero e Virgílio nos mantêm vivos. Os egípcios
perderam suas histórias até que os arqueólogos dos últimos cem anos os desenterraram de novo. E
ainda assim não muita gente os conhece.
Val apertou seus dedos no sofá, desejando que Afrodite deixasse de balbuciar sobre que
panteão era melhor. Em sua opinião, todos os deuses eram cruéis e caprichosos. Afrodite estava
dando uma opção tipicamente de uma deusa: derrotar Valenarian e dizer adeus a Demitri e Leon
para sempre, ou deixar que Valenarian ganhasse e ver os homens que ela amava morrer lentamente.
Val queria retirar-se em si mesmo e chorar até que não tivesse mais lágrimas.
De repente, odiou Afrodite, que se sentava ali mordiscando uvas, enquanto o mundo de
Val se derrubava a seu redor.
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Série Mortal – 2
Afrodite se levantou sorrindo.

— Me alegro de que pudesse esclarecer as coisas querida. Antes que termine aqui, é
obvio, o irmão de seu troca-formas tem que unir-se com a descolorida Felicia. Também pode
vincular Demitri e a seu troca-formas. Dois casais que viverão felizes para sempre. Isso deveria te
consolar.
Val ficou de pé, cruzando seus braços sobre seu peito.
— Ao final casamenteira? — Perguntou com uma voz seca.
— É obvio. Desejo boa sorte.
Alguém bateu na porta. Val olhou para a sala de esta enquanto Afrodite começava a
desvanecer-se.
O golpe soou de novo, uma voz apagada dizendo algo sobre serviço de quarto. Val
amaldiçoou, agarrou sua roupa, e a pôs enquanto ia para a porta.
A imagem de Afrodite desapareceu de tudo quando abriu um pouco a porta.
— Oh, não. — Gemeu ela. — Não outro.
Um garçom egípcio estava na porta com uma bandeja com pratos cobertos com prataria,
com uma expressão desconcertada em sua cara.
— Entra. — Disse Val, abrindo a porta e fazendo um gesto para a mesa. — Mas te
advirto, já tive suficiente com os deuses hoje, assim tome cuidado com o que diz.
O homem deslizou na sala, e deixou a bandeja na mesa.
— Cortesia do Sr. Karim, o dono deste hotel. É um amigo do Sr. Demitri, certo?
— Sim. Sei que é você, Bs. Deixa de fingir.
O homem se endireitou, deixando que sua aura divina brilhasse através de seu disfarce.
Parecia completamente diferente do dono da loja de tapetes no Cairo, e o homem que tinha
mostrado as pinturas eróticas no vale oeste, mas seus olhos marrons eram os mesmos.
— Vim te dizer que não todos os deuses estão contra você Valenarian. Quero te ajudar,
como ajudei os amigos do Demitri, Nikolaus e Andreas, e suas damas.
— Como poderia? — Perguntou Val. — Se escutou às escondidas, ouviu o que ela disse.
Tenho que me curar, ou eles morrerão. Mas para salvá-los, terei que deixá-los.
— Talvez. — Bs tratou de parecer sábio, mas só parecia preocupado. — Te ajudarei, filha
do Egito. Nem todos os deuses do antigo o Egito se foram.
Val se abrandou. Não acreditava nem por um minuto que Bs, o pequeno deus que protegia
os lares de escorpiões e serpentes, poderia prevalecer sobre a Afrodite, a filha do Zeus, mas era
agradável saber que ele se preocupava.
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Série Mortal – 2
— Obrigado. Isto é realmente da cozinha? Agora que o penso, estou morta de fome. Mas
advirto isso, se trouxer alguma uva, atirá-las-ei pela janela.
Quando Demitri despertou, encontrou a Val enroscada a seu lado, a cabeça apoiada em
seu braço dobrado. Não tinha a menor dúvida de que Valenarian tinha retrocedido, o cabelo de Val
era suave e liso, sua respiração tranquila e regular.
Demitri saiu com cuidado da cama para não incomodá-la. Tomou banho e se barbeou,
depois se vestiu e saiu à sala.
Os restos de uma comida estavam na mesa, com um prato de salada libanesa ainda
cuidadosamente coberto e um pão envolto junto a este. Sorriu diante a consideração de Val. Depois
de que o comesse, tirou seu celular e chamou a Leon.
Uma resposta sonolenta chegou.
— Olá?
— Sinto muito, não queria despertar. Está no hotel aí?
— Não, acampo na casa da escavação. Espera. — Houve uma larga pausa, e só quando
pensou que tinha perdido a conexão, Leon voltou. — Estou fora onde posso falar. Não há ninguém
ainda.
— Tome cuidado com as serpentes.
— Faz muito frio para as serpentes. — A voz de Leon sustentava diversão. — Muito frio
para escorpiões, também, assim não se incomode em tratar de me assustar.
— Mas as serpentes poderiam querer enroscar-se na cama ao lado de seu corpo agradável
e quente.
— Obrigado, já consegui todas as histórias de serpentes de Remy. Além disso cresci com
serpentes cascavel e coral. Quer ouvir o que descobri, ou o que?
— Sinto muito. Adiante.
— Falei com o cara egípcio, Habib, quem também tem uma chave do armazém. Diz que a
chave não faltou que seu chaveiro, que sempre está em seu bolso. Parecia assombrado quando
sugeri que me emprestasse isso. Diz que está a seu cuidado e não o deixa a ninguém. Deixa entrar e
sair às pessoas no armazém, mas os vigia estreitamente, segundo outras pessoas distintas às que
perguntei sobre ele.
— Habib poderia ser o ladrão ele mesmo.
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— Não acredito. Se o fosse, eu pensaria que trataria de afirmar que alguém roubou sua
chave. Disse-me bastante abertamente que as pessoas da equipe dos Estados Unidos eram
descuidados com suas chaves, mas não ele. Também é muito bom em manter os objetos egípcios,
no Egito, como Remy nos disse. Deu-me um bate-papo de quinze minutos sobre o assunto. Assim
ao menos que seja um ator fabuloso, não acredito que seja o homem.
Demitri digeriu tudo isto.
— Sabe, poderíamos ficar sem tempo para investigar. Se tiver que escolher entre salvar a
Val e ajudar a seu irmão, sabe que tenho que escolher a Val.
— Sei. Estou tentando malditamente de fazer ambos.
Demitri explicou em voz baixa que tinha tomado o colar do armazém de Remy. Leon não
estava contente, mas o entendeu.
— Encontrou alguma pista sobre o paradeiro da outra metade do pingente? — Perguntou
Demitri.
— Não. Felicia diz que está tentando descobrir como chegou a sua tumba, pensa que foi
deixado de outra tumba por ladrões faz vários milhares de anos antes. Se pudéssemos saber de onde
veio em primeiro lugar, poderíamos encontrar a outra parte.
— Os arqueólogos necessitaram quase cem anos de busca para encontrar a tumba do
Tutancâmon.
— Obrigado, Demitri, isso é verdadeiramente alentador.
— Sinto muito. Estou…
— Preocupado. Sei.
— Assustado. — Disse Demitri. — Não me envergonha admiti-lo. A amo. Farei tudo para
mantê-la com vida.
— Escuto-o. Pode que eu não a tenha conhecido tanto como você, mas quero ajudá-la,
também. Por muitos motivos. — Leon fez uma pausa. — Como está?
Demitri sabia o que queria dizer.
— Adormecida. Está bem.
Leon sabia o que Demitri queria dizer também.
— Poderia ficar aí também durante a noite. Quero dar uma olhada por aqui, de todos os
modos, ver se posso surpreender a alguém em flagrante.
— Isso espero. Boa sorte.
Outra pausa, logo Leon continuou devagar
— A respeito do que te disse antes…
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Série Mortal – 2
Demitri sorriu ao telefone.

— Sobre querer chupar meu fodido enorme pênis?
— Sim.
— Mudou de opinião?
— Não. Não sei por que quis dizer isso. Nunca disse uma coisa assim a um homem.
— Então por que continua me dizendo isso.
— Sempre persegui mulheres quentes. Diabos, acredito que todas as mulheres são
formosas. Seios e traseiros, isso é com o que sonho.
— Isso não trocou. Vejo como olha a Val.
— E por que isso não te incomoda? Se a quiser tanto, por que me deixa tocá-la? Ela me
fodeu a noite em que me conheceu, e você olhou.
Demitri apoiou os cotovelos sobre a mesa, imaginando Leon ao outro extremo da linha. O
ar da noite agitaria seu cabelo curto, estaria franzindo o cenho, com os olhos verdes, preocupados
enquanto o fazia estas perguntas difíceis para ambos.
— Não sei. — Disse Demitri. — Parecia o correto, de algum jeito. Eu estava mais
preocupado de que machucasse você, que de algo mais.
— Por que se preocuparia por um simples menino Cajún sobre sua propriedade?
— Talvez por que tinha um corpo tão doce e em forma? — Disse Demitri, seu sangue
esquentando-se. — E um pênis que minhas mãos queriam alcançar?
A voz de Leon era baixa, como se lutasse contra as palavras que tinha que dizer.
— Tem um bom traseiro. Quero foder seu traseiro cada vez que o vejo.
— Poderia arrumar isso.
— Quero colocar minha língua em sua garganta. — Disse Leon. — E depois quero te
inclinar e fodê-lo até que grite.
Demitri agarrou mais forte o telefone.
— E depois o que?
— Vou te foder até que goze em seu formoso traseiro. Logo te darei a volta, e te chuparei
o pênis até que você goze, também.
Demitri deslizou uma mão por sua calça, onde sua dureza pressionava o zíper. Massageou
a si mesmo, o formigamento que sentiu foi bom.
— O que quer me fazer você? — Perguntou Leon. — Me diga. Posso aceitá-lo.
Demitri não teve que pensar muito tempo.
— Quero-o deitado em uma cama. Quero levantar sua camiseta e lamber seus mamilos.
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Série Mortal – 2
Você gostará disso. Depois quero lamber até seu pênis, e usar minha boca para te excitar. Estaremos
cara a cara assim posso subir e te beijar em qualquer momento que queira.
Deixou-se afundar na fantasia, Leon deitado nu em uma cama, Demitri sobre ele,
lambendo, beijando, chupando. Leon com suas mãos colocadas atrás de sua cabeça, sorrindo, com
seu estranho sorriso, enquanto o olhava trabalhar sobre ele. Val estaria ali também, mordiscando
seu dedo enquanto os olhava, com os olhos brilhantes.
— Então o que? — Disse Leon, sua voz rouca. — Vamos, não me deixe pendurando
assim.
— Estenderei suas pernas, e colocarei meu pênis dentro de você. Levantarei seus quadris
para que possa entrar profundamente, e olharei sua face enquanto me toma.
— Soa bem.
— Nunca foi tomado por um homem. Será um processo lento. Terei que ajudar a te
preparar, jogando com você muito, começando com meus dedos, usando muita lubrificação. Mas
finalmente, poderá tomar meu pênis.
— Estou desejando que aconteça.
— Antes disto poderia te esquentar com minha língua. Você subirá sobre mim, e poderá
me chupar o pênis, enquanto fico atrás e passou minha língua por seu traseiro.
— Ah, sim?
— Pensa nisso. Minha língua toda molhada e forte, te sondando.
— Merda. — A palavra foi baixa, tensa.
— O que acontece? — Perguntou Demitri. — Deve ter falado antes de sexo oral.
— Não com um homem.
— Val estará conosco. Olhara-me jogando contigo, e ela deslizará sua mão em sua boceta,
nos mostrando como de molhada a pomos. Quererá provavelmente acariciar seu pênis enquanto te
lambo o traseiro.
— Maldição, acredito que vou gozar agora mesmo.
Demitri riu entre dentes.
— Se divirta. — Disse, e começou a fechar o telefone.
— Você idiota… — A voz de Leon se cortou quando o telefone se fechou.
Demitri riu outra vez, depois se interrompeu com um gemido suave. Leon não era o único
que tinha conseguido uma ereção com sua conversa. Deixou o telefone a um lado, desabotoou-se a
calça, e agarrou seu próprio doloroso pênis em sua mão.
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
Do outro lado do telefone, Leon desligou, amaldiçoando. Caminhou rapidamente pelo

caminho para o lugar da escavação, deixando que o ar da noite refrescasse sua pele quente. Seu
pênis palpitava, mas não queria abrir a braguilha e fazer uma palha aqui ao ar livre.
Sua maldição deixou passo à risada. Jogou a cabeça para trás, olhando para o céu
resplandecente de estrelas. De volta em casa, não sempre veria um céu tão cheio. A neblina, a
umidade, as nuvens ou a contaminação lumínica ocultariam as estrelas, mas no deserto eram
espessas.
Leon voltou a rir. Acabava de ter sexo telefônico com um homem, e tinha gostado. Havia-
se sentido bem, tonto e tão excitado como o tinha estado com sua primeira namorada aos quinze
anos. Tinha ejaculado bastante rápido com ela, e era tudo o que podia fazer agora para não
derramar-se agora.
Quando se encontrasse com Demitri de novo, quando estivessem a sós…
Maldição, o que fariam.
O som de uma rocha golpeando em outra o tirou rapidamente de seus pensamentos. Entrou
silenciosamente na sombra mais profunda, ficando de pé tão quieto que poderia ser uma sombra ele
mesmo.
Uma pequena figura com vestimenta egípcia se lançou pelo caminho para a casa da
escavação, seus movimentos silenciosos e furtivos. Leon abençoou ao ladrão por tentá-lo, uma boa
distração para desfazer-se de sua molesta ereção.
Deixou que o ladrão avançasse a maior parte do caminho para o armazém antes de mover-
se das sombras e seguir silenciosamente.
Não deixarei que me leve de volta, Valenarian cuspiu.

Val havia passado toda a manhã discutindo dentro de sua própria cabeça. Punha-a nervosa
não poder controlar a voz, e aparentemente estava muito tranquila, enquanto ela e Demitri, uma vez
mais vagavam pelas ruas do Luxor, esperando que alguém oferecesse antiguidades roubadas.
Não posso deixar que Demitri e Leon morram, respondeu Valerie.
Não morrerão. Levá-los-ei a algum lugar onde ela nunca os encontrará.
Onde? Perguntou Val asperamente. É uma deusa, filha e irmã dos deuses que querem me
ver morta. Podem ir a qualquer parte, estar em qualquer lugar. Não podemos nos ocultar dos
deuses.
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
Não? Os deuses são muito poderosos para ser inteligentes. Podemos enganá-los. Estão
apanhados em seus pensamentos arcaicos, inconscientes de como o mundo mudou. Há lugares
além de seu conhecimento, dos que nunca ouviram falar.
Sim, claro. Podemos viver em uma geleira ou nas profundidades de uma selva tropical na
América do Sul. Soa ao paraíso. Estou segura que Leon e Demitri se apressarão a nos
acompanhar.
Não de tudo, disse Valenarian. Há forças primárias no mundo mais antigas do que o são
eles. Guiarei essas forças, e estaremos livres juntos.
Por primárias, você quer dizer demoníacas. Deixei tudo isso atrás. E não o abraçarei de
novo.
É possível que tenha querido tentar sair disso, minha fraca amiga, mas o demônio não te
deixou. Estou farta de rezas e meditação enquanto morro por um bom pó.
Vá. Por favor. Não posso me permitir estar distraída por você.
Valenarian riu, inclusive enquanto sua voz se desvanecia. Pode tirar a moça do
demônio…
Foi-se. Demitri a olhou, entreabrindo seus olhos com preocupação. Val tratou de sorrir
tranquilizadoramente, mas a observava com atenção enquanto cruzavam uma rua e entravam em
outra loja de lembranças.
— Fiquei em branco. — Disse Leon na casa da escavação. — O sinto, Remy.

Depois do café da manhã, uma vez que a equipe se dirigiu ao lugar, Remy encontrou Leon
sozinho. Inclusive Felicia tinha saído, desculpando-se dizendo que tinha que acabar de riscar um
friso da tumba antes que estivesse muito exposto.
— Quem quer que fosse não tentou entrar no laboratório. — Leon disse a seu irmão. —
Caminhou ao redor das instalações, depois se dirigiu de novo para as colinas. Perdi-o na escuridão.
— Está bem. — Remy parecia abatido, mas o irmão mais novo de Leon, sempre tratava de
fazer que todos se sentissem melhor. — Poderia ser que não tivesse nada que ver com isso.
— Falta algo hoje?
— Não. — Remy o levou através do laboratório e ao armazém. — Fiz balanço ontem de
noite antes que saísse, e tudo segue aqui.
— É estranho que não fossem pelos computadores, se procuravam dinheiro.
Remy encolheu os ombros.
Seduções Mortais
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Série Mortal – 2
— Quem quer que seja se dirigiu a seus compradores, e sabe que provavelmente
cobriremos o roubo em vez de ir à polícia. O que terei que fazer se não descobrir nada. Então, terei
que chegar à razão pela que não fomos à polícia em primeiro lugar.
— Remy. — Leon pôs uma mão sobre o ombro de seu irmão — O sinto, homem. Faço
todo o possível. Apanharmo-lo. Ou a ela.
Remy deu um olhar de assombro.
— Ela?
— Poderia ter sido uma mulher a que vi ontem à noite. Só pude ver alguém com uma
galabiya, uma mancha de cor clara na escuridão. Uma mulher poderia colocar uma dessas e sair de
noite, e não a diferenciaria na distância. As galabiyas são muitos disformes.
— A maioria das mulheres aqui são estrangeiras. Não egípcias, quero dizer, exceto duas
especialistas do Cairo. Não posso acreditar que elas tenham roubado algo. Trabalharam muito duro
para conseguir seus empregos, para pô-los em perigo.
Leon estudou a seu irmão mais novo, seu olhar preocupado e seu cenho franzido, a tensão
em seus ombros.
— Quanto tempo tem passado desde que teve uma corrida?
Remy jogou uma olhada furtivamente a seu redor, mas a sala estava tão vazia como
quando entraram.
— Quer dizer uma mudança?
— Sim. O que acreditava que queria dizer?
— Não muita oportunidade, não é?
— Não pode negar a mudança, irmãozinho. Temos que liberar energia. Da mesma forma
como quando não teve sexo em muito tempo, volta-se um pouco louco. — Leon olhou atentamente
a Remy de novo. — Quanto tempo há passado disso?
Remy riu.
— Muito tempo. Todos vivemos um ao lado do outro em uma casa de escavação. Não há
privacidade. E se algo acontecesse, todo mundo saberia. Pior que viver em um povoado pequeno.
— Aw! Maldição, e eu que pensava que tinha deixado todo isso.
— A arqueologia é um mundo pequeno, e a intriga é o passatempo favorito de todos.
Além disso, não há muita oportunidade para o sexo quando todos estamos esgotados encobertos de
terra.
Sua voz era leve, mas viu o cansaço em seus olhos. A preocupação dos roubos, além de
ser chefe de equipe pela primeira vez, estava-nos drenando.
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Série Mortal – 2
— E Felicia? — Perguntou.
— Felicia? — Remy o olhou com genuína surpresa. — Eu gosto, mas ela só tem uma
coisa em mente. A conservação das decorações das tumbas, em especial as relativas à magia. Se não
estar copiando e localizando imagens e frisos, não está feliz. Nem sequer acredito que saiba que ela
e eu somos de diferentes gêneros.
Leon se perguntou como Remy podia estar tão cego, mas decidiu deixar o ser
casamenteiro para Val.
— Esta noite, veem comigo, e iremos correr. — Disse. — Vigiaremos o armazém, e,
quem sabe? Talvez como gatos selvagens, farejaremos o ladrão.
Capítulo 13
Quando Demitri e Val voltaram para hotel de Luxor para o almoço, o amigo de Demitri,
Karim, deu-lhe um envelope fechado.
— Um alemão bem vestido pediu ao gerente que se assegurasse que recebesse isto. —
Disse. — Pensei que deveria entregar isso eu mesmo.
Demitri o agradeceu. Karim parecia curioso, mas nunca bisbilhotaria, um traço que o fazia
fácil para ser amigo. Demitri tirou uma nota, em alemão, pedindo que o encontrasse no Hotel Old
Winter Palace. Sozinho.
— Poderia ser nosso ladrão. — Disse, mostrando a nota a Val.
Esta elevou as sobrancelhas.
— Uma grande diferencia de um estudante de arqueologia desejando ganhar algum
dinheiro extra.
— Este homem poderia ser o que compra ou vende os objetos roubados, e poderia nos
levar a ladrão. Deveria me reunir com ele. — Vacilou.
— Estarei bem. Pensava levar de compras a Felicia, de todos os modos. Ela ligou, e me
disse que hoje tinha a tarde livre. Vai reunir se comigo, aqui.
— Poderia estar mais segura encerrada em seu quarto.
— Afrodite quer que reúna a Felicia e Remy, o qual eu gostaria de fazer, inclusive se ela
não insistisse. Eu gosto desta parte de meu trabalho Demitri. Assegurar-me-ei de que Valenarian
não tome o controle.
Val falou com soltura e ocultou sua preocupação. Valenarian tinha sido forte esta manhã,
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mais do que tinha sido nunca. Val às vezes ouvia a voz do demônio fracamente, mas pelo geral
Valenarian se fazia carrego completamente ou desaparecia. Nunca havia sentido sua existência
lutando em seu interior.
— Está bem. — Demitri se levantou a contra gosto, pressionando um beijo na parte
superior de sua cabeça — Nos veremos de novo na suíte às quatro. Se chegar tarde, desmontarei a
cidade para te encontrar.
— Estarei bem. — Repetiu Val.
Ela encontrou Felicia quando a moça entrou em vestíbulo do hotel procurando-a. Levava
uma camisa simples e calças, e tinha se lavado da escavação, mas essa era toda a medida de seu
esforço.
— Veem comigo. — Disse Val, colocando sua mão sob o braço de Felicia. — Faremos
que te veja formosa.
— Eu gostaria de ver isso. — Riu Felicia.
Val decidiu não fazer caso de Valenarian, e divertir-se essa tarde. Levou Felicia a uma
costureira, e entraram em um quarto privado, amortecido e fechado, que era cômodo e feminino.
Uma formosa mulher egípcia se sentou ao lado de Felicia, e a revisou enquanto uma
assistente corria daqui para lá para tirar uma variedade de vestidos, camisas, calças, túnicas e joias.
— Não sei se consigo pagar. — Disse Felicia, com desconcerto em seus olhos.
— Mas Demitri pode. — Assegurou Val.
— Ele não se quererá que me compre roupa.
— Não seja ridícula. Quer que eu gaste o dinheiro no que deseje, e hoje, quero gastá-lo em
você.
— Devolverei isso.
— Não, não o fará. — Espetou Valenarian naquele momento, sua raiva saltando. Garota
estúpida, insossa. Não podia ver que Val tratava de ajudá-la?
Val ofegou e Valenarian se foi. A proprietária da loja e Felicia a olharam com
preocupação.
— Estou bem. — Disse, abanando-se. — Tenho calor, isso é tudo.
A proprietária da loja chamou a seu ajudante imediatamente e retornou com bebidas
frescas e um tecido úmido para a cabeça de Val. Esta a aceitou com graça, muito agitada para
protestar com que ela não os necessitava.
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Felicia se inclinou sobre a roupa, provavelmente temendo causar a Val uma convulsão se
ela discutisse por mais tempo. Depois de um momento, Val se sentou e a ajudou, dando-se conta
que Felicia não tinha nenhum sentido da moda em absoluto.
Ao final da tarde, haviam coberto Felicia em uma túnica amarela clara, cheia de rosas
amarelas mais intensas, umas calças negras, e sandálias de saltos baixos. Val pôs joias de ouro,
sustentando um espelho de mão diante ela para que pudesse ver como de encantada a faziam os
adornos. Felicia riu quando os brincos tilintaram em suas orelhas e os braceletes sussurraram em
seus pulsos.
Felicia protestou de novo contra a maquiagem, mas finalmente deixou a assistente esfregar
ligeiramente uma sombra de olhos e delineador, pós e ruge, e uma camada de batom nos lábios.
Quando finalmente se viu no espelho de corpo inteiro da loja, seus olhos se alargaram.
— Estou bonita.
— É obvio que sim. Remy não pode te ignorar agora.
— Sim, poderia. Duvido que notasse uma dançarina do ventre se começasse a dançar em
seu colo.
— Hmm. — Disse Val, e repentinamente perdeu o controle sobre o Valenarian de novo —
Têm algum traje de dança? — Perguntou a assistente. — Verdadeiros, quero dizer, não a merda
brilhante que os turistas compram.
A proprietária piscou, mas seu assistente assentiu com a cabeça e se apressou, voltando
com os braços cheios de seda e veludo. Felicia ficou boquiaberta diante a diminuta jaqueta, a saia
que era simplesmente uma banda bordada com franjas de seda que não cobria nada. Espelhos
minúsculos tinham sido costurados entre o bordado, fazendo que o traje brilhasse de qualquer
maneira em que se movesse.
— Meu Deus! — Disse Felicia — Não posso pôr isso.
Valenarian tomou o traje com alegria.
— Mas eu sim. — Se meteu atrás de uma cortina, onde se divertiu fechando a jaqueta
sobre seus grandes peitos, e atando a banda bordada ao redor de seus quadris. Saiu e girou ao redor,
rindo enquanto o precioso traje ondulou.
— Vê? — Disse a Felicia. — Um bom traje de dança te faz parecer provocadora sem
revelar nada essencial. — Levantou seus braços e começou a mover seus quadris e pernas em uma
dança que não tinha praticado em mil anos.
A proprietária da loja uniu suas mãos de prazer.
— É muito perita, senhora.
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Série Mortal – 2
Val pôs-se a rir. Sentia-se bem liberar-se, desfazer-se de seus grilhões. Fez os movimentos
da velha dança, que tinha sido criado em um tempo quando as bailarinas eram treinadas para
entreter às mulheres do harém, não os homens. Esta loja moderna se parecia muito a um serrallo
antigo, com sedas pendurando, tapetes, telas de madeira, e um público de mulheres tomando café e
sorrindo enquanto a olhavam.
Val trocou de uma dança do ventre clássica há uma muito mais antiga, de faz milhares de
anos, mas ainda egípcia. As bailarinas nas paredes das tumbas poderiam ter sido pintadas em
atrás rígidas e angulosas, mas o verdadeiro dança era suave e fluido, erótico e formoso.
Val voltou para passado, quando tinha dançado essa mesma dança para o Demitri.
Ela podia vê-lo através da bruma da memória, deitado de barriga para cima em um
bosque, sorrindo preguiçosamente enquanto a via dançar para ele.
Seu corpo se moveu da mesma forma em que o tinha feito então, os braceletes tilintavam
brandamente em seus pulsos e tornozelos. Demitri tinha usado somente uma túnica de linho fina,
que expor a metade de seu torso. O cabelo escuro polvilhava seu peito, e suas longas pernas
estavam bronzeadas pelo sol.
A encantava a forma em que ele a admirava. Demitri adorava seu corpo, mas ela sabia
em seu coração que não a amava. Estava encantado com o Valenarian e adorava o sexo com ela,
mas nunca amaria a um demônio. Por outra parte, Valenarian tinha perdido seu coração por ele,
um semideus que poderia matá-la sem esforços. Demitri era o único homem ao que nunca tinha
sido capaz de domar, e ela o amava com todo seu coração.
Naquela arvoredo, Demitri tinha levantado e tinha tomado suas mãos quando ela
dançava. Empurrou-a para o chão com ele, deixando beijos sobre sua pele.
Ele afastou o vestido de seu corpo e fez amor com ela, seus olhos líquidos escuros e
pecaminosos.
— Você gosta do que te faço? — Sussurro. — Você gosta de como te faço sentir?
— Sim. — Gemeu ela, depois gritou. — Sim.
— É minha, Val. Pertence-me. A ninguém mais.
— Sim. — Soluçou ela.
— Diga-o.
— Pertenço-te, Demitri. Só você. Para sempre.
Nesse bosque, tinha-o acreditado e pensado que ele também o fazia. Demitri riu dela,
depois ficou de pé e trocou a seu tigre. Queria jogar.
Val deixou que a perseguisse através dos bosques à beira de um rio, o sol dançava sobre
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Série Mortal – 2
sua pele através das árvores. Quase o deixou agarrá-la, mas logo deu a volta ao tabuleiro saltando
sobre suas costas e mantendo a raia enquanto corria como um raio.
Amava-o tanto. Aqueles dias tinham sido os mais felizes de sua vida, e não o tinha sabido.
Ela e Demitri tinham jogado, feito amor, ou caminhava tranquilamente juntos, tinham dormido
juntos sob as estrelas ou haviam se aconchegado no interior dos quartos de Demitri procurando
calor. Estar com Demitri a tinha feito sentir-se especial e completa. Pertencia a ele, e tinha
acreditado que pertencia a ela.
Girou no lugar e a loja com tecidos de seda voltou para ela, as mulheres olhando sua
dança. Val se deteve, as lágrimas corriam por seu rosto. Felicia fez uma pausa em seus aplausos.
— Está bem, Val?
Val se deixou cair de joelhos, sepultando sua face entre suas mãos. Valerie ia deixar
Valenarian morrer ou retornar à escravidão nas mãos da deusa do Amor. Um destino cruel para uma
mulher que tinha sido apanhada por cair perdidamente apaixonada.
Felicia se aproximou, esbeltas mãos tocando os ombros de Val.
— O que acontece?
Valenarian a olhou tão ferozmente que Felicia deu um passo para trás.
— Eles não o valem. Fingirá que se apaixonou por você, mas no final, ele te enganará.
— Quem o fará? Remy?
— Homens! Todos são traiçoeiros. Rasgarão seu coração e a deixarão para sangrar.
Felicia se colocou sobre um joelho, com uma expressão pormenorizada.
— Isso aconteceu a você, Val? Fez Demitri algo assim?
Val a olhou, depois pôs-se a chorar. Ia perder Demitri e Leon, e todo o relacionado com a
vida que ela amava. De uma forma ou outra, estava sendo arrancado dela.
Felicia esfregou os ombros, seu olhar angustiado. Meu Deus! A mulher se preocupava de
uma diabresa que estava ajoelhada semi nua em uma loja egípcia, chorando em seu coração.
Valenarian jogou seus braços ao redor da moça mortal, e chorou até que não ficou nenhuma
lágrima.
— Eu não podia controlá-la. — Val se sentava aturdida na sala de estar da suíte, bebendo
a sorvos o café que Demitri tinha dado. Escuras manchas marcavam sua face sob seus olhos
inchados.
— O que estava fazendo?
— Dançando. — Suspirou Val, esquentando suas mãos na xícara. — Dancei como o fiz
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Série Mortal – 2
para você nos campos de olivos na Grécia.

Demitri o recordava bem. Ele tinha estado estendido na grama enquanto ela movia seu
corpo em um movimento ondulante. Recordou o formosa que ela tinha estado com seus olhos
delineados com o Kohl, seus dedos pintados com a henna, suas joias de ouro tilintando como
música. Ela tinha movido seus pulsos e tornozelos em um movimento sinuoso, sorrindo com seu
sensual sorriso.
Nos séculos posteriores os homens afirmaram que Cleópatra foi a mulher mais bela que
tinha vivido alguma vez, mas ele sabia que era diferente. Cleópatra poderia fazer acreditar às
pessoas que ela era formosa, mas não tinha nada como Val.
Inclusive a famosa Nefertiti e a ainda mais encantadora Nefertari empalideciam em
comparação com Val.
— Por que estava dançando? — Perguntou.
— Não sei. — Val replicou. — Quis fazê-lo. Ela queria. Demitri, é necessário encontrar a
maneira de domá-la rapidamente. Não acredito que seja capaz de contê-la muito mais tempo.
— Tratarei de encontrar Leon. Tenho algumas ideias.
— Que espécie de ideias?
— Já verá. — Demitri deixou de falar. Nada estava funcionando, Leon não podia ajudar
tanto a controlar Valenarian como a seu irmão. Tinham que encontrar a segunda peça do colar.
Valerie limpou os olhos.
— O que aconteceu o alemão que queria encontrar-se com você no Winter Palace?
Demitri negou com a cabeça, sentindo uma decepção renovada.
— Tratou de me vender esmeraldas, não peças de cerâmica quebrada. Estranhamente
topou com um oficial da Interpol imediatamente depois de que me deixasse.
Val tratou de sorrir.
— Não foi tão estranho, acredito.
— Era um contrabandista, nisto pela emoção.
Demitri tinha se zangado com o bem vestido e arrogante homem de negócios, que roubava
em um país que se enfrentava à provocação de manter sua população alimentada e vestida. Nem
sequer tinha tido que usar a magia para alertar à Interpol, só tinha tido que assinalar para seus
amigos no Winter Palace Hotel, e tinham feito seu trabalho.
Demitri não podia conseguir que Leon respondesse seu telefone celular.
Em qualquer lugar que o homem estivesse enquanto o sol se punha, esperava que tudo
estivesse bem com ele.
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Série Mortal – 2
Dois leões corriam pelo escuro deserto, onde nenhum leão tinha deslocado em centenas de
anos. Leon seguia o ritmo de Remy, que obviamente não o tinha feito em muito tempo. A tensão de
Remy fluiu longe dele à medida que seu poderoso corpo se estirava através do chão do deserto.
Enquanto corria, sentiu que a preocupação das últimas semanas se frisava por ele também.
Deu-se conta de que antes de vir ao Egito tinha estado à deriva, incerto, adormecido por suas
experiências. Não tinha tido nenhuma direção, nem metas, nenhum sentido a sua vida.
E então tinha visto Val através do vestíbulo do hotel, luzindo formosa, sedutora,
encantadora. Tinha-a seguido, e não se arrependia nem por um minuto. Não muito depois disso,
Demitri tinha entrado em sua vida e tinha confundido Leon como nunca o tinha estado antes.
Ele e Remy chegaram a um afloramento rochoso, e Remy se deteve, ofegando na brisa da
noite fresca. Leon se estirou e sacudiu, sentindo sua juba plena contra seus flancos. Não tinha
escolhido ser um leão em muito tempo.
Remy soltou um rugido que ecoou através dos escarpados, depois seu corpo trocou e se
transformou em humano uma vez mais. Leon bocejou, adorando o que se sentia ao abrir muito a
boca até sentir como se pudesse tragar-se sua própria face. Então seus dentes estalaram juntos e seu
equilíbrio trocou quando se levantou sobre duas pernas humanas.
Os dois irmãos permaneceram um frente ao outro, Leon um pouco mais alto que Remy,
este robusto e bronzeado por estar trabalhando em suas escavações.
Leon cruzou seus braços e se apoiou contra uma rocha, seu cérebro troca-formas não
fazendo caso de estar nu no deserto iluminado pela brilhante lua e estrelas.
— Tome cuidado com as serpentes.
— Que se fodam as serpentes. — Disse Leon, ainda pensando como um leão.
— Cobras. — Disse Remy. — Podem te matar muito rápido, leão ou humano.
— Não foda. Recorda todas as serpentes na baía, atrás da casa de mamãe? Recorda
quando tratamos das apanhar esse verão?
— E mamãe curtiu nossas peles? — Remy se estremeceu. — O recordo.
— Sinto falta daquela vida. — Disse Leon suavemente. — Estávamos tão bem.
— Não podíamos permanecer como meninos para sempre.
— Não, suponho que não.
A lua brilhava nos olhos do Remy, que estavam pouco a pouco voltando para seu verde
humano.
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Série Mortal – 2
— Nunca falou muito desde que chegou a casa. — Disse Remy. — Sobre as coisas que
viu no Afeganistão.
— Não.
— Eu não gostava de perguntar. — Mas o estava fazendo agora.
— Realmente estou bem, Remy. Foi mau às vezes, a gente fazendo todo o possível para
matá-los uns aos outros, e a nós, povos que mal sobreviviam enquanto que outras pessoas se faziam
asquerosamente ricas com o contrabando de ópio. Tratei de ser amável, sabe? Que a gente soubesse
que realmente queria ajudar. Mas muitos estavam tão acesos que não queriam confiar, nem esperar.
Odiava isso.
Remy o olhou com surpresa.
— Estava pensando mais no medo a voar pelos ares ou receber um tiro.
— Bom, sim, isso também. — Leon deu um tenso sorriso. — Mas não pode pensar nisso
todo o tempo, ou ficaria louco. Tem que ser cuidadoso e inteligente, não paranoico. Sendo
paranoico conseguirá te matar.
— E eu aqui me queixando porque não posso ter um sanduíche de pão de centeio com
presunto até que volte para casa. — As palavras de Remy foram ligeiras, mas não queria olhar a
Leon.
— Ei, irmãozinho, a culpa é quão último deveria sentir. Alistar foi minha escolha. Queria
uma forma rápida de ganhar dinheiro para mamãe e para você. Agora é um duro arqueólogo, em
caminho a ser um professor. Ao final, será capaz de ajudar a mamãe de melhor maneira que eu.
Nem sequer sei o que estou fazendo aqui.
— Está-me ajudando. Grátis.
— Porque é meu irmãozinho, e os Dupree se cuidam uns aos outros. — Leon olhou ao
longe, ao deserto iluminado pela lua. — Aprenderei a cuidar de mim mesmo algum dia.
— E Val?
— Não acredito que isto vá a nenhuma parte. Ela é a mulher de meus sonhos, mas ama
Demitri. Entretanto, isto terminará, ela se irá com ele.
— Não é próprio de você se render.
— Não me dou por vencido. — Leon se endireitou. — Só estou pensando no que a fará
feliz, e não em mim.
— Faz isso muito frequentemente, Leon.
Leon franziu o cenho.
— Fazer o que?
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Série Mortal – 2
— Tomar todas suas decisões em que fará a todo mundo feliz. Algum dia tem que te fazer
feliz. Só você, sem importar o que pensarem outros.
Leon não respondeu. Se alguma vez descobrisse o que o fazia feliz, poderia ir por isso.
Mas não tinha nem ideia. O mundo inteiro rodava a seus pés, e não tinha nem ideia de como ser
feliz neste. Chegou ao leão em seu interior, preparado para correr de novo para a escavação
— Espera. — Remy estava olhando algo na base dos afloramentos.
— O que? Serpentes?
— Não. — Remy se agachou, fazendo caso omisso de sua própria advertência sobre as
serpentes, colocando sua mão em um pequeno buraco. — Me pergunto…
Leon se inclinou sobre ele.
— O que é isso?
— Não pode ser. Riscaram um mapa desta área.
— De que diabos está falando?
— Olhe isto. Poderia ser a entrada a uma tumba. Estas partes de pedra calcária, poderiam
ter sido erodidos aqui por uma repentina inundação, ou poderiam ser restos da gente ao esvaziar a
rocha. Eu gostaria de ter mais luz.
Leon agarrou ao Remy e o arrastou para pôr o de pé.
— Está completamente nu em meio de um nada. Marca-o e poderemos voltar mais tarde.
Remy se sacudiu a sujeira de seus joelhos, mas seu olhar era remoto.
— Sabe o que isto poderia significar?
— O que encontrou um buraco e algumas rochas?
O sorriso do Remy o deslumbrou.
— Isto poderia significar minha carreira. Inclusive com o roubo na escavação. Ninguém
encontrou nada por aqui. Está muito longe. Ou assim o pensávamos.
Leon quis rir. Remy se via como quando tinha sete anos e descobriu um esconderijo
secreto de caramelos que tinha feito no Halloween e tinha esquecido até março.
— Está bem, Indiana Jones, vamos antes que caiamos sobre as armadilhas explosivas.
Podemos retornar e conseguir o tesouro mais tarde.
Remy o olhou como se ele estivesse louco.
— Do que está falando? Os egípcios não deixavam armadilhas explosivas.
Ele amontoou algumas pedras juntas, e olhou ao redor, memorizando a paisagem.
— Trarei Felicia aqui. A encantará isto.
— Realmente sabe como impressionar às damas.
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Série Mortal – 2
— Ela pensará que isto é muito melhor que algum cara rico dando de presente diamantes.
Felicia está obcecada com a arqueologia, não tem medo de sujá-las mãos.
— Assim que você gosta?
— Soa como se estivéssemos no instituto. Não há nada mau na Felicia. É uma grande
adição para minha equipe.
Leon rodou seus olhos quando se deu a volta para olhar outra vez ao leão que tinha dentro
dele.
— Então me alegro que o romance não esteja morto. — Murmurou, depois se converteu
no grande felino e as palavras desapareceram.
Leon deixou Remy estudando minuciosamente os mapas em seu laboratório e respondeu

as sete mensagens de seu celular.
“Veem o hotel em Luxor logo que seja possível”, era a primeira mensagem do Demitri. O
último era, “Leon, maldição, necessito-o”.
Leon tentou devolver a chamada, não conseguiu nada, e saiu a toda pressa para Luxor.
Capítulo 14
— Escutei que estava me buscando. — Felicia se deteve na porta de entrada ao

laboratório. Ela usava sua roupa nova, a túnica movendo-se e fluindo quando caminhava. Seu
cabelo suavemente encaracolado, seu rosto estava ligeiramente maquiado, e os brincos tilintavam
em suas orelhas. Pela primeira vez em sua vida, sentiu-se bonita.
Remy estava curvado sobre uma mesa, olhando um mapa. Ocasionalmente olhava para
outro lado e para uma nota, depois voltava o olhar fixo ao mapa.
— Fomos por esse caminho, sei que o fizemos. Por que não está ali?
— Remy...?
Remy saltou um pé e deu a volta, com o lápis seguro entre seus dedos.
— O que? Oh, é você. Veem aqui e olhe isto.
Voltou-lhe suas costas, registrando nada mais que ela estando de pé na porta. Engolindo a
frustração, Felicia se aproximou da mesa.
Remy nem sequer elevou o olhar.
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Série Mortal – 2
— Esteve aqui? — Assinalou com o rascunho do lápis para o leito de um remoto rio seco
para o norte e ao oeste do Vale dos Reis.
— Não acredito. Remy, eu gostaria de te perguntar algo.
Os olhos de Remy brilhavam ao subir seu olhar, mas obviamente não estava vendo-a.
— Precisamos ir por aí.
O coração da Felicia golpeou mais rápido. O cenário pelo que ela tinha ido desde que
tinha estado de pé na loja e olhado sua nova roupa foi o seguinte: Remy levantaria a vista de
qualquer fascinação arqueológica que capturasse sua atenção, olhando-a com assombro e crescente
deleite, então abandonaria o que estivesse fazendo e sorriria. A ela, não através dela. Ele se daria
conta de que era uma mulher, não só uma colega. Pediria que fossem jantar, idealmente a um dos
bons Hotéis no Luxor. Logo decidiriam que já era muito tarde para cruzar o rio para a casa de
escavação. Passariam a noite no hotel.
Começariam com beijos quando dissesse boa noite e terminariam na cama, onde fariam
amor lentamente e a fundo. Na manhã, Remy diria que não podia acreditar que nunca se deu conta
que a amava. Teriam o café da manhã na cama e talvez fizessem o amor novamente antes de voltar
para a escavação e reatar seu trabalho. Ainda seriam sócios e amigos, mas se permitiriam se
apaixonar mais profundamente. Seriam companheiros por toda a vida.
Estúpidas ideias românticas. Felicia se repreendeu a si mesmo. Deixei que Val me fizesse
acreditar que podia ser formosa. Que desperdício de tempo.
Além das feridas em seu coração palpitante, ela se centrou no que havia dito Remy
recentemente: Temos que ir por aí.
— Por que?
O rosto do Remy se iluminou em um próximo êxtase.
— Felicia, poderia ter descoberto uma tumba. — Sussurrou com voz tremente.
Suas palavras foram como uma bofetada fria através de sua incerteza.
— Uma tumba? Está seguro?
— Não sei. Eu gostaria de uma melhor vista.
Felicia olhou atentamente o mapa de novo.
— Está seguro que este era o lugar? É um comprido caminho do rio.
— Muito seguro. Havia um afloramento e uma série de leitos de rio secos.
Este mapa não é suficientemente detalhado, mas posso encontrá-lo outra vez.
— O que estava fazendo ali? Está a milhas de distância.
— Eu estava com meu irmão. Estávamos, um, fazendo uma caminhada. — Ele ondeou a
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Série Mortal – 2
mão. — Não tem importância. Pode haver uma entrada. Preciso ver. Veem comigo.
Felicia assentiu automaticamente. É obvio iria. Ela o seguiria ao inferno e de volta.
— O disse alguém?
— Não. Só a você. Poderia não ser nada.
Remy estava mantendo sua emoção sob controle com grande esforço.
Felicia sabia tão bem como ele que poderia ter tropeçado com nada. As probabilidades não
estavam a seu favor. Mas por outro lado, estava a história da TV.
Todo mundo pensava que era uma tumba menor de só umas poucas habitações. Logo, os
escavadores limparam uma pequena porta e descobriram que levava a um labirinto de corredores e a
tumba maior que alguma vez tirasse o chapéu no Vale dos Reis. Tinha permanecido oculta de
alguns dos melhores arqueólogos do mundo porque ninguém se tomou a moléstia de abrir uma
porta. Felicia tentou sem êxito de sufocar seu afã.
— Devemos dar uma olhada, no caso.
Remy agarrou uma lanterna.
— Exatamente. — A olhou de cima abaixo e franziu o cenho. — Talvez queira trocar de
roupa, entretanto. Vai arruiná-las.
Leon chegou ao hotel e bateu na porta da suíte. Demitri abriu a porta apenas o
suficientemente para agarrar Leon e arrastá-lo dentro.
Val estava deitada no sofá, com preocupação em sua face, mas além disso Leon não viu
nada de errado.
— Hei. — Disse a ambos. — Por que me necessitavam?
— Tire a roupa. — Disse Demitri.
— É agradável vê-lo também. Meu irmão e eu tivemos um bom bate-papo esta tarde,
esclarecendo algumas coisas. O que estiveram fazendo vocês?
— Precisa deixar que Val faça amor, sem que Valenarian se faça cargo. — Demitri disse,
ignorando-o. — Temos que ensiná-la que o sexo pode ser lento e doce. Carinhoso.
— Assim, por que não está nisso?
Val respondeu, sua voz suave com medo.
— Porque não posso controlá-la com Demitri. Ela recorda e quer ele.
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Série Mortal – 2
— Então eu consigo ser o escravo sexual?

— Não temos muita escolha. — Disse Demitri. — Valenarian ama seu poder sexual.
Sendo celibatária, Valerie nunca teve a oportunidade de ter sexo que não se tratasse de poder.
Minha ideia é que a ensinemos a respeito de sentir em vez de controlar, entregar em vez de
dominar.
Leon tomou um fôlego, seu sangue esquentando-se.
— Estou disposto a dar uma oportunidade.
— Sabe como dar massagens? — Demitri perguntou.
Leon fixou seu olhar em Val, seu formoso rosto suplicante.
— Aprenderei.
— Bem. — Disse Demitri. — Agora, Tire a roupa.
Leon tirou a camiseta por sua cabeça.
— O que você vai fazer?
— Ensinar, ver e desfrutar.
Os escuros olhos de Demitri estavam cheios de antecipação. Ele estava duro, Leon podia
dizê-lo, o troca-formas nele detectava a alta concentração de feromonas na sala.
O olhar de Valerie era muito intenso enquanto Leon baixava o zíper de seus jeans e os
empurrava para baixo, depois tirou as meias três-quartos enquanto se mantinha em pé em sua cueca
justas.
— Pare. — Disse Demitri. — Val toca-o.
Val assentiu e se levantou. A diferença de quando Demitri havia dito a Valenarian que
tocasse Leon na outra noite, parecia mais como uma mulher a ponto de tentar uma perigosa
experiência que uma que vai tocar um homem preparado e disposto.
Então Valenarian estava ansiosa e incapaz de se conter. Valerie agora parecia aterrorizada
de deixar-se ir.
Leon conteve seu fôlego quando Val parou diante dele. Ela levantou suas mãos e estendeu
seus dedos, depois tocou muito suavemente seu peito.
O fogo correu de seus dedos para esquentar seu corpo. Leon ficou imóvel, com os braços
aos lados. Val deslizou as pontas de seus dedos pelo cabelo encaracolado em seu peito e riscou
ligeiramente seus mamilos. Leon respirou fundo, mas permaneceu imóvel.
Era consciente de Demitri de pé a uns metros atrás de Val, ainda vestido, seus escuros
olhos fixos nos dois.
Ele está amando isto, pensou Leon. Estava desfrutando de ver a mulher que ama tocar o
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Série Mortal – 2
homem que quer foder.

E não odiou isso.
Val golpeou com a unha seu mamilo outra vez, uma excelente, formigante sensação.
Depois arrastou seu toque até seu abdômen, riscando o contorno de seu umbigo. Estudou a pele
enquanto tocava, arrastando fogo a seu passo.
Roçou a parte inferior de seu abdômen, inundando os dedos uma fração de polegada no
cinto.
— Não. — A ordem de Demitri foi forte. — Ainda não.
Val hesitou, como se quisesse dizer a Demitri que fosse a merda, então assentiu e
continuou seu toque nas costas do Leon.
— Tem cicatrizes. — Ela murmurou, as riscando. Cicatrizes irregulares sulcavam e
enrugavam sua omoplata direito.
— Há uns anos. Uma bomba explodiu, e me cortei com a metralhadora.
— Oh querido. Sinto muito.
A Leon não importavam as cicatrizes. Ele tinha se livrou por um fio. Se tivesse estado
mais perto do carro, teria morrido.
— Me alegro de que sobrevivesse. — Disse Demitri.
— Você e eu, os dois.
Val seguiu o rastro das cicatrizes novamente, e depois sentiu sua língua sobre estas. Ele
fechou seus olhos, com seu pênis tão rígido que doía.
Val manteve seu toque leve e pouco exigente. Apertou mais forte com as pontas de seus
dedos, mas não era nada como o ataque erótico do que ela tinha participado a noite que tinha
saltado à cama de Leon.
Arrastou seus dedos até a parte baixa de suas costas, depois se ajoelhou para tocar a parte
posterior de suas coxas e suas pernas. Tocou tudo menos sua roupa interior, inclusive roçando os
dedos pelos dedos de seus pés.
— Está-o fazendo bem. — Disse Demitri. — Mantenha o controle, e tire sua roupa
interior.
Val obedientemente enganchou os dedos na cintura de elástico e puxou para baixo as
cueca de Leon.
— Quem vai manter me controlado? — Leon disse.
— Eu. — Respondeu Demitri. — Fica aquieto e toma-o.
No exército, Leon tinha estado em situações onde tinha tido que manter-se firme
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Série Mortal – 2
independentemente do que estivesse acontecendo. Chuva, um capitão gritando a ele, um pássaro

defecando sobre ele. Não importava, firme era firme.
Nunca tinha tido que fazê-lo enquanto uma formosa mulher descia a roupa interior e
passava seus dedos por todo seu corpo. E nunca enquanto um homem que tinha beijado olhava
fixamente, tendo a última palavra.
Nenhum de meus amigos acreditaria. E nunca vou dizer.
Val estava ainda de joelhos atrás dele, e cavou sua palmas sobre seu traseiro. Estendendo
os dedos por suas nádegas, afundando-os dentro um pouco enquanto ela o apalpava.
Leon aspirou uma baforada de ar quando ela riscou a rota com sua língua.
Dedos se moveram entre seu traseiro, e sua língua os seguiu.
— Filho de puta. — Murmurou.
Os olhos negros de Demitri queimavam. Leon o olhou e encontrou o homem olhando-o
fixamente com fome nua.
Val, ainda de joelhos atrás dele, deslizou sua mão entre suas pernas e tocou suas bolas.
Maldição, ia morrer por isso. O coração de Leon palpitava, e separou seus pés para dar um melhor
acesso aonde seja que ela quisesse.
Sentiu a Val pressionar sua bochecha em seu traseiro, descansando ali enquanto movia
suas mãos ao redor de seu quadril e fechava seu punho sobre seu pênis.
Sentiu-se bem. Não tão fantástico como sua boca, ou ele mesmo dentro de sua boceta, mas
Leon estava tão tenso que seu toque era como fogo.
Val a celibatária poderia não ter tido sexo em muito tempo, mas tinha a técnica. Ela
acariciou seu pênis com dedos talentosos, tocando ao redor de sua ponta, fazendo cócegas na parte
baixa, puxando desta com sua mão fechada.
O fôlego de Demitri chegava mais rápido enquanto observava, seu corpo completamente
imóvel. Leon ia gozar. Sentia-o construir-se, e o desejava. Ele queria gozar sobre todos os formosos
dedos de Val e queria que Demitri o visse fazê-lo.
— Val, — Demitri disse suavemente — Pare.
— Oh, tem que estar brincando. — Disse Leon com voz áspera.
— Val.
Val fez um som suave de decepção, mas deixou ir o pênis de Leon. O ar frio o tocou, por
isso fez que sua necessidade imediata desaparecesse um pouco, mas o deixou frustrado e
necessitando a liberação.
— É um bastardo. — Leon disse a Demitri.
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Série Mortal – 2
— Isto é para ajudar a Val.

— Não é como se estivesse desfrutando ou algo. — Respondeu Leon.
Val permaneceu no chão, de joelhos, esperando que Demitri dissesse o que fazer. Leon se
perguntava como podia estar tão tranquila. Conteve-se a si mesmo, não querendo arruinar isto, mas
com vontade de gritar a Demitri que o deixasse fodê-la.
Demitri deu a volta para recuperar algo da mesa. Leon não estava seguro do que era, viu
fivelas e correias de couro. Algum tipo de arnês, Leon decidiu.
— Vai fazer que coloque isso? — Perguntou. Não estava seguro de como isso o fez sentir.
Não estava na coisas do Dom/sub, mas ao mesmo tempo, pensar em Val envolta em couro,
ajoelhando-se para seu prazer, excitou-o ainda mais.
— Não. — Disse Demitri. — É para você.
— O que?
— Demitri. — Disse Val. Ela se ajoelhou ao lado de Leon, suas mãos apertando-se e
afrouxando-se. — Como pode ser tão cruel comigo?
— Cruel com você? Ele quer que me meta em um arnês.
— Ele quer que me controle. Para controlar Valenarian.
— E isto ajudará?
Demitri atou o arnês ao redor do torso de Leon e começou a fechá-lo.
As fitas eram finas, não pretendendo ocultar nada. A cercania de Demitri fez que Leon
grunhisse baixo em sua garganta e se assombrou novamente do que estava acontecendo.
O arnês se enredou ao redor das coxas de Leon, deixando um grande espaço para seu
pênis. Outra fita passou ao redor de sua garganta e Demitri enganchou uma correia da mesma.
Demitri começou a entregar a correia a Val, vacilou, depois puxou Leon para frente com
esta e o beijou na boca. Val fez um ruído de desejo.
Leon mal podia respirar. Sentia seus músculos muito apertados com excitação, seu corpo
preparado para ir ao topo. Demitri deu um passo atrás e entregou a correia de couro a Val.
— Faça-o fazer o que quiser. — Disse ele.
Os dedos dos pés de Leon se curvaram no tapete quando Val o olhou, com um sorriso em
seu rosto. Ela puxou a correia e arrastou Leon uns poucos centímetros até que o extremo de seu
pênis golpeou sua boca. Ela a beijou.
Sinto muito, Remy, não posso retornar amanhã à escavação. Estou preso com minha nova
namorada. E seu namorado.
Não, nunca seria capaz de explicar isso.
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Série Mortal – 2
Val roçou com sua língua o contorno de sua ponta. Leon estremeceu, ofegante. Ela jogou
com ele um pouco assim, empurrando-o com sua língua, beliscando e lambendo.
Quando começou a sugar, Leon fechou os olhos, fechando as mãos.
Sentiu um puxão da correia, e não pôde conter-se por mais tempo. Jogou a cabeça para
trás e apertou os dentes quando seu sêmen disparou na boca de Val. Suas mãos agarraram suas
duras coxas enquanto bebia dele, sua boca trabalhando-o.
— Maldição. — Sussurrou, balançando seus quadris. — Maldição, maldição, e maldição.
Quando finalmente abriu os olhos, ofegando e suando, Val tinha se ajoelhado para trás,
com um sorriso em seu rosto. Ela lambeu seus lábios.
— Eu gostei disso. — Ela disse, soando surpreendida.
— Valenarian gosta disso. — Disse Demitri.
— Não sou Valenarian.
Leon arrastou a Val a seus pés. Beijou-a, sem importar seu próprio gosto em seus lábios.
Ela enrolou seus braços ao redor de seu pescoço, ainda segurando a correia.
Demitri surgiu atrás dela. Pôs seus braços ao redor dela, girou sua cabeça de Leon e a
beijou, depois suavemente a moveu a um lado.
— Tire a roupa e espera no sofá.
Val sorriu e se afastou. Leon começou a segui-la, mas Demitri o freou com a correia.
— Ainda não.
— Por que não?
— Quero que se tome seu próprio tempo preparando-se. — Ele olhou Leon de cima
abaixo. — Agora, sobre o que falamos por telefone.
Val elevou o olhar impaciente.
— O que falaram por telefone? Me digam, por favor.
— Paciência.
Val tinha terminado de desabotoar sua túnica e a deixou cair, depois desabotoou seu sutiã.
O pênis de Leon passou a endurecer-se rapidamente.
Seus seios eram formosos, firmes como as maçãs, as pontas escuras.
O que ele tinha falado com Demitri tinha sido cru e primitivo, Val era o lado mais suave
de seu triângulo.
— Quanto tempo tenho que esperar? — Ela perguntou, saindo de suas calças. Ficando
nada mais que com suas calcinhas de renda negra, as mãos em seus quadris.
— Tanto como eu diga, meu amor. — Disse Demitri. — Estamos fazendo isto para te
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Série Mortal – 2
ensinar a controlar a si mesma.

— Não é justo que vocês dois se divirtam sem mim.
— Nunca faríamos isso. — Disse Demitri, sua voz baixa. — Isto é os três juntos.
— Tiveram sexo pelo telefone. — Disse acusadoramente, um quadril curvado em uma
postura sexy.
— Não é assim. Simplesmente falamos do que queríamos fazer a próxima vez que nos
reuníssemos.
— Foi o mais estranho que tenho feito. — Disse Leon.
— Mas se sentiu bem. — Demitri dirigiu toda sua atenção em Leon. — Se sentiu bem
dizer o que realmente queria dizer, ser tão selvagem como queria ser.
— Sim, fez-nos. — Leon fez uma pausa. — Acredito que queria dizer ainda mais.
— Acostumará a isso.
— Talvez.
— Fará-o. — Demitri deu um largo olhar, depois assentiu uma vez e se voltou de novo
para Val. Leon se deu conta de que Demitri o havia trazido aqui não só para ajudá-lo com o ensino
de Val, mas também para ensinar a Leon.
Está-me ensinando a deixar ir meus tabus. Que a muito mais do mundo do que eu
conheço.
Demitri olhou deliberadamente a roupa interior de Val.
— Fora.
Ela sorriu, seu olhar tão ardiloso, Leon por um momento temeu que Valenarian tivesse
surgido. Mas os olhos de Val se mantiveram de um sereno azul claro enquanto se afastava.
Deslizando seus quadris ida e volta como uma bailarina do ventre, deslizou as calcinhas para baixo
e fora.
— Se deite de barriga para baixo no sofá. — Val caminhou para este e se deixou cair sem
hesitar, acomodando um travesseiro debaixo de sua cabeça. Demitri puxou a correia de Leon —
Quero que dê uma massagem. Esfrega suas costas e ombros, nada mais.
Leon queria deitar-se em cima dela, beijá-la, enterrar-se nela, cavalgá-la.
Obrigou-se a caminhar para o sofá, cada músculo tenso, e apoiou uma mão sobre suas
costas.
— Tenho azeite. — Demitri recolheu uma garrafa e orvalhou o azeite sobre a mão de
Leon com aroma de especiarias.
— Mmm. — Disse Val. — Agradável.
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Série Mortal – 2
Cheirava caro para Leon, mas depois, Demitri era um fodido milionário. Proprietário de
um hotel, tinha um jato privado, podia permitir-se suítes, comidas, roupa e joalheria para Val. Podia
ajudar a cães de ruas como Leon, e nunca piscar.
Para Leon, quem tinha crescido perto da pobreza Demitri parecia vir de um mundo de
sonho. O fato que um homem tão intocável, semideus, o que seja, preocupasse-se com uma mulher
demônio como Val e por um simples troca-formas como Leon também parecia incrível. Mas era
realista. Se Demitri queria assegurar-se que Leon tivesse a melhor experiência sexual de sua vida,
Leon não ia discutir. Se e eles falhavam em ajudar a Val contra os deuses, Leon poderia morrer. Se
o obtinham, duvidava que já seja Val ou Demitri o quisessem em suas vidas muito mais longas.
Leon envelheceria e morreria, eles não.
Afastou esses pensamentos e esfregou suas mãos, as cobrindo com o azeite. Posou-as
sobre as costas de Val, e ela cantarolou e girou sua cabeça, fechando os olhos com deleite.
Leon deslizou suas palmas sobre seus ombros, amassando e esfregando, depois arrastou
sua mão por suas costas até seu traseiro. Demitri lubrificou azeite em suas próprias mãos e se uniu.
Capítulo 15
Val pensou que ia ficar louca de deleite. Quatro mãos, dois formosos homens,
encantadores passando azeite perfumado em seu corpo.
Ela podia dizer que mão pertencia a qual homem, ainda com os olhos fechados. As mãos
de Leon eram calosas, seu toque inexperiente, mas entusiasta. As mãos de Demitri estavam bem
cuidadas, mas eram fortes. Sabia como dar massagens, como encontrar e afrouxar os músculos no
corpo de Val.
Leon colocou sua mão entre suas nádegas, fugazmente tocando a estrela anal de Val. Ela
lambeu os lábios. Não a haviam fodido ali desde que tinha sido Valenarian. Não seria maravilhoso
tomar o pênis completo de Demitri, ou o de Leon? Leon teria feito amor assim antes?
Me deixe sair, declarou Valenarian com nostalgia. Não tive isto em tanto tempo.
Não. Tem que permanecer oculta, ou ambas morreremos.
Bruxa. Não tem ideia de como apreciar o que tem. Desejo isso.
Não, Val pensou com pânico. Não, agora não.
— Mais duro, amado. — Disse Valenarian, olhando através dos olhos de Val. — Me
belisque, Demitri. Depois faz que Leon foda meu traseiro.
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Série Mortal – 2
Leon se congelou em seu lugar, mas Demitri fechou a mão ao redor do pescoço de Val.
— Não a você. Deixa que Valerie volte.
— Vá a merda. Ela é uma aborrecida. Eu desejo a ambos em meu interior. Uma dupla
penetração.
O agarre de Demitri se esticou.
— Traga-a de volta, ou não conseguirá nada.
— E se não o faço? — Valenarian olhou para Demitri, com seu amplo sorriso. — Leon me
pegará outra vez? Ou me atará no arnês e me açoitará? Não é uma grande ameaça se eu adoro, não
é?
— Posso fazer um inferno de muito mais para você que isso, e sabe.
— Oh, o perigoso Demitri emergindo. Sabe que me deseja desta maneira, amado. Não
deseja a ela. Nunca o fez. Ama Valenarian, e quer me foder até que ambos não possamos caminhar.
Então fará que Leon nos faça a ambos.
— Quero que volte Valerie. — A voz de Demitri foi baixa, mas dura. — Agora.
Valenarian não era uma completa idiota. Demitri era perigoso quando o pressionava, e ela
o tinha pressionado. Deixou escapar um profundo suspiro de decepção, então Valerie ofegou
quando Valenarian desapareceu.
— Demitri. — Disse ela com preocupação.
O toque de Demitri se relaxou.
— Tudo está bem. Vê? A está controlando.
— Não, ela se foi porque o decidiu. Foi sua decisão, não a minha.
— Acostumará ao que se sente despedi-la, e então poderá fazê-lo a vontade. — Seus
dedos se voltaram relaxantes, dando uma massagem e Leon começou de novo também. — Te
ensinarei, amor.
— Sei que é verdade. — Disse Val. — Você ama a ela, não a mim.
Demitri não disse nada, e a Val doeu o coração.
— A mim não. — Leon irrompeu. — Eu gosto tal como é, Valerie. Doce e agradável,
mas, oh tão sexy.
Val tentou um sorriso.
— Com certeza que diz isso a todas as mulheres com demônios dentro delas.
Leon riu em voz baixa.
— É claro que sim, carinho.
Demitri deu uns tapinhas em seu traseiro.
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— Queria uma penetração. Leon dará isso.

O coração de Val pulsou mais rápido. Automaticamente colocou os joelhos debaixo dela,
levantando seus quadris, sua boceta separando-se.
— Não assim. — Demitri deu um pequeno açoite. — Leon sobre essa cadeira, Val, você
acima dele.
Leon puxou a cadeira de respaldo reto da mesa como Demitri tinha indicado. Estava
esculpida em tecido, com um antigo restaurado.
Leon se sentou nesta e abriu seus braços, com seu pênis de pé em um ponto rígido. As
correias de couro do arnês realçavam seu corpo que já era uma preciosidade.
Val pôs suas mãos sobre os ombros de Leon e passou sua perna por cima de seu colo.
Desceu para ele, pouco a pouco empalando a si mesma nele. Leon fechou os olhos.
Era enorme e ela estava molhada, e ele se deslizou facilmente em seu interior.
Valerie não podia recordar seu encontro com Leon em sua suíte de hotel no Cairo, e o
lamentava. Ele devia foder como um deus.
Recordo-o, Valenarian sussurrou. Me deixe te mostrar.
— Não. — Disse Val em voz alta.
Leon abriu seus olhos, olhando-a, com seus quadris balançando-se enquanto começava a
fazer amor.
Ele é mortal, e é meu, disse Valenarian. Eu o tive primeiro.
— Não! — Val apertou cada músculo de seu corpo, tentando expulsar a voz do demônio.
Demitri se colocou atrás de Leon e pôs suas mãos sobre os ombros dele.
Inclinou-se para baixo e pressionou sua bochecha contra a de Leon.
— Mantenha-a dentro, Val.
— Não posso. Ela é muito forte.
— Você pode. Faça-o.
Val apertou seus dentes, cavalgando Leon e lutando contra Valenarian ao mesmo tempo.
Demitri era cruel, isto era muito duro.
Cede, carinho. Sou muito forte. Deixa castigar o Demitri como se merece.
Ele está tentando me ajudar, pensou ela desesperadamente.
Mentira. Está tentando nos destruir. Quer que sejamos seus animais domesticados, nos
acrescentar à cadeia de semideuses e mulheres que seduziu ao longo dos séculos. Olhe o rápido
que está domesticando ao Leon.
Não domesticou Leon absolutamente, Val protestou.
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Leon não tinha desejado outro homem em sua vida, até agora. Por que é isso, supõe?
Porque Demitri deseja a ele, e Demitri consegue o que deseja.
Não.
Não acha que Demitri foi celibatário durante todos esses anos em que não o viu, não é?
Teve tantas amantes. Tantas enquanto se esquecia de nós.
A ira de Val cortou através de seu medo. Como demônios saberia? Você foi encerrada no
templo comigo.
Pobre inocente. Ele tinha amantes antes que nos conhecesse, e as teve depois de que
fomos. Não é um homem que se vai à cama sozinho.
— Demitri. — Ofegou Val. — Faz que pare.
— Você tem que fazer isso. — Respondeu Demitri. — Tem a força. É sua escolha.
— Não o entende.
— Sim, faço-o. — A voz de Demitri foi dura.
Valenarian empurrou a luta de Valerie a um lado. Ela agarrou a corrente ao redor do
pescoço do Leon e puxou com força.
— Não, não entende, amado. Sou mais forte do que ela nunca será.
Leon tossiu e agarrou o pulso de Val. O movimento conduziu seu pênis maravilhosamente
dentro dela, mas Val soltou seu agarre.
— Sinto muito, neném. Não foi minha intenção te machucar. A menos que queira que faça
isso.
— Foda.
Valenarian fechou os olhos e sacudiu a cabeça para trás.
— Você o está fazendo. Profundamente.
— Deixa Valerie retornar. — Disse Demitri severamente.
Valenarian riu. Ricocheteou no colo de Leon, seu pênis tão grande dentro dela que quis
gritar.
— Leon me ama. Vá, Demitri.
Leon afundou seus dedos em suas nádegas, muito avançado no sexo. Demitri os observou
ambos com olhos escuros e pecadores.
Valenarian amava tanto como lutava contra ele. Ela amava que a observasse com Leon,
amava seu aroma e seu calor tão perto. Ela entrelaçou sua mão pelo cabelo Demitri, puxou ele para
ela, e o beijou.
Ele devolveu o beijo, tão excitado como ela. Ele queria o controle, e Valenarian não
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queria deixar. Era uma luta deliciosa, com o Leon entre eles como um regulador. A julgar pela
forma em que Leon estava fodendo-a com todas suas forças, obviamente não se importava.
Demitri continuou beijando-a, com sua língua abrindo caminho entre seus lábios.
Ela sentiu os lábios de Leon em sua bochecha, fugazes. Arrancou sua boca de Demitri e
começou a beijar Leon.
Leon gozou. Jogou a cabeça para trás, com um grunhido quase animal escapando de sua
boca. Demitri o beijou, então Val se inclinou para frente para beijar a face de Leon, seus seios se
esmagaram contra seu peito.
Leon pôs-se a rir enquanto Demitri e Val choviam beijos sobre ele.
— Cristo, me deixem respirar.
Val se afastou a contra gosto, e Demitri se levantou, com seus olhos de tigre amarelo, suas
pupilas como ranhuras verticais. Leon continuou rindo.
— Maldição. Lamento não os ter conhecido faz muito tempo.
Valenarian se tornou para trás, Leon ainda estava dentro dela. Sentiu à insípida Valerie
tentando empurrar-se para fora. A pobre boba nunca chegaria a ter alguma diversão, mas Valenarian
não importava.
— Roubou minha vida, cadela. — Disse ela em voz alta. — E agora está tentando de
roubar a meus amantes.
— Não é assim. — Disse Demitri — Se transformar em uma, como Afrodite quer que o
faça, poderá ter tudo.
Valenarian apertou seus punhos.
— Afrodite está mentindo. Não terei nada. Minha recompensa por fazer o que Afrodite
quer é servi-la eternamente. A ela, de novo em seu novo templo. Ela o disse. É isso ou a morte.
Ambos os homens se olharam fixamente, Leon respirando com dificuldade por seu
clímax.
— Isso não é o que ela nos disse. — Disse Leon.
— Não o entendem? — Val se apoiou no calor de Leon, não querendo deixá-lo ir. — Ela
mentiu. Está os utilizando. Ela consegue o que quer, não o que nos fará felizes.
Leon acariciou o cabelo.
— Não tem que preocupar-se por isso, neném. Eu cuidarei de você.
— Não. — Disse Val, lágrimas caindo de seus olhos. — Morrerá.
— Tem razão. — Disse Demitri, com voz suave. — Se formos contra a vontade dos
deuses, morreremos.
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Série Mortal – 2
— Então vai desistir? — Leon perguntou com incredulidade.

— Eu não disse isso. O que quero é Val sã e salva. O que me aconteça, não importa.
— E quanto a Leon? — Val perguntou. Valenarian se sentia cansada e quebrada, a pesar
do clímax que acabava de ter. Tentou aguentar, mas estava tão cansada. As lágrimas se deslizaram
por seu rosto — Deixa que Leon mora também?
— Não. Assegurar-me-ei de que Leon esteja a salvo. — Demitri beijou a bochecha de
Leon, com olhos tristes — Custe o que custar.
Remy conduziu o jipe ao redor da seguinte crista, com os faróis cortando franjas através
da escuridão. Normalmente estaria nervoso de estar tão longe da civilização de noite, mas o
pensamento da tumba não descoberta o conduzia.
Felicia se agarrava ao assento do lado seu enquanto se sacudiam ao longo da estrada cheia
de buracos. Ela agarrava o mapa em uma mão e sustentava uma lanterna grande na outra.
— Está seguro de que era tão longe? — Perguntou. — Um comprido caminho para vir
andando com seu irmão. Vocês dois devem caminhar rápido.
— Estávamos acostumados a correr por todos os pântanos quando fomos meninos. Todo o
dia e toda a noite.
— Isso é um pouco diferente a caminhar quilômetros no deserto sem água.
— Talvez.
Remy olhou a seu redor, tentando orientar-se. O caminho levou o Jipe em um ângulo de
onde queria ir, em direção muito ao sul. O problema era que, as coisas pareciam diferentes para os
olhos humanos que para os olhos de seu leão.
Por que escolhemos leões? Perguntou-se irritado. Os leões não eram caçadores noturnos, e
seus olhos não registravam coisas como os de um tigre ou de um leopardo.
Mas tinham desejado a força e a velocidade, e a lua estava tão brilhante.
Foi uma espécie de noite de leão.
Remy saiu do caminho, tomou o mapa de Felicia, e tentou decifrá-lo.
— Temos que ir por aí. — Assinalou ele.
— Não há caminho.
— Não brinque. Teremos que ir a pé.
— Remy — O rosto de Felicia sob a luz da lua parecia suave, quase delicado. — Se nos
perdermos aqui, morreremos por exposição. Não trouxemos água suficiente para fazer nenhuma
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Série Mortal – 2
excursão. Por que não nos aprovisionamos e voltamos amanhã?

— Estará muito quente durante o dia, e não poderia encontrá-lo de novo.
— Mas, fara em meio da noite?
Remy deixou o mapa de novo no colo de Felicia e agarrou o volante.
— Pode voltar para a casa da escavação se o desejar. Toma o jipe e me deixe. Se não
estiver de volta pela manhã, já sabe por onde começar a procurar.
— Está louco? — Felicia fixou sua lanterna em sua face. — Te deixar no meio do deserto
sozinho? O calor de hoje te fez ter um derrame cerebral ou algo assim?
Remy desceu do jipe e examinou o terreno. Tinha que ir ao redor da crista para a planície
mais abaixa. Além disso, estava seguro, encontraria o afloramento. Como leão, entretanto, não tinha
visto tanto sua forma e sim cheirado, escutado e sentido. Sua forma humana poderia ser limitada
algumas vezes.
— Estarei bem. — Disse ele. — Sei como sobreviver no deserto. Não posso chegar a este
lugar com o Jipe. Tem que ser em pé.
— Então eu irei com você. — Felicia desceu e começou a pegar pelos cantis de água —
Podemos marcar nosso caminho do jipe para poder encontrar o caminho de volta. — Ela tomou um
pedaço de fita de cor laranja brilhante de uma bolsa de provisões e a atou ao redor de uma rocha ao
lado do Jipe.
Remy suspirou.
— Está bem, tem razão. Ambos retornaremos e virei amanhã. — Quando pudesse
deslizar-se sozinho. Agora desejava ter deixado par trás Felicia, mas não se deu conta de quão
difícil o lugar seria de encontrar.
— Esquece-o. — Felicia tirou outra bolsa de provisões e a entregou. — Estamos tão
longe, parece saber onde está, e seremos cuidadosos. Quero encontrá-lo também.
Remy pendurou a bolsa em cima do ombro.
— Pelo geral admiro sua persistência, mas não estou tão seguro esta noite.
— Primeiro estava emocionado por me trazer aqui, e agora não quer que te acompanhe.
Diz que explorará sozinho esta noite, depois diz que voltará amanhã. Fosse o que fosse que
encontrou, acredito que tem revolto o cérebro.
— Sim, acredito isso também.
Felicia levantou o mapa.
— Bem, por onde?
Remy o estudou, olhou para o horizonte, e assinalou para o noroeste.
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Série Mortal – 2
— Por aí. — Começou a descer o pequeno monte do Jipe, em direção à crista. Felicia o
seguiu, detendo-se depois de dez metros para deixar outra fita laranja em outra rocha.
Demitri levou Val ao dormitório e a deitou na cama, cobrindo-a com um lençol.

Valenarian tinha se retirado, e era simplesmente Valerie, meio adormecida, com lágrimas em seu
rosto. Beijou uma lágrima, alisando para trás seu cabelo vermelho com raias. A culpa se moveu
dentro dele, porque sabia que Val estava certa. Ele amava Valenarian, sempre o tinha feito. A
mulher em que Afrodite a tinha feito transformar-se não era sua garota, seu amor, e ele ficou muito
longe dela.
— Ela está bem? — Perguntou Leon quando Demitri saiu. O homem estava de pé,
afrouxando o arnês.
— Está bem. Disse que podia tirar isso?
As mãos de Leon se detiveram.
— Pensei que tínhamos terminado.
Demitri se aproximou e envolveu a correia ao redor de seu punho.
— Não terminamos por um longo momento. Lembra que me disse no telefone algo que
queria fazer.
Excitação se moveu através de Leon.
— Refere se querer foder seu doce traseiro?
— A isso, sim.
— Sempre é tão direto? — Disse Leon. Estavam parados cara a cara, os olhos verdes de
Leon a nível com os escuros de Demitri. — Age como se tivesse um pau no traseiro porque há um
real ali?
Demitri desabotoou as calças e os deixou cair.
— Quer comprová-lo?
Os olhos de Leon piscaram. Ele deu um passo atrás e deixou que Demitri tirasse a roupa
interior e as meias três-quartos, depois Demitri se inclinou sobre o extremo do sofá, com seu
traseiro no ar.
— O que pensa? — Demitri perguntou — Algo aí?
Ele saltou quando sentiu os dedos de Leon suavemente acariciando seu traseiro.
— Não parece. — Disse Leon.
— Olhe mais de perto. O azeite está sobre a mesa.
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Série Mortal – 2
Leon recolheu o azeite que Demitri tinha utilizado em Val e espalhou um pouco em seu
dedo.
— Quer que consiga uma camisinha? — Perguntou.
— Sou um semideus. Não pode me passar nenhuma enfermidade. E não posso te passar
nada, se não querer fazê-lo.
— Homem tranquiliza-me.
Leon deixou o azeite e tocou ligeiramente Demitri novo.
— Desliza seu dedo dentro. — Disse Demitri suavemente. — Brinca comigo um pouco.
Me prepare para você.
Tomou um tempo a Leon sentir-se cômodo tocando o traseiro de Demitri, mas Demitri
finalmente sentiu a pressão de seu dedo. Um comprido e duro dedo. Sentia-se bem.
— Está seguro de que nunca fez isto antes? — Demitri murmurou.
— Não com um homem.
— Não tem que ser tão amável comigo. Seja terno com Val, mas comigo, pode fazer o que
quiser. Não pode me machucar.
Demitri sentiu a tensão em todo o corpo de Leon. Seu dedo se moveu dentro, pondo-o
escorregadio e aberto. Um segundo dedo se uniu ao primeiro.
— Isso. — A voz Demitri foi baixa, a excitação esquentando-o. — Continue com isso.
Leon ficou mais perto, suas coxas tocando as de Demitri. O calor do corpo de Leon
afrouxou ainda mais Demitri.
— Tinha razão. — Disse Leon. — Tem um traseiro apertado.
— Mas ficando melhor com cada segundo.
— Sim, posso sentir isso.
Quando Leon tirou seus dedos para adicionar mais lubrificante, Demitri arrumou as
almofadas do sofá para poder apoiar-se neles.
— Posso tomar agora. Faça-o.
— Está seguro? — Perguntou Leon.
— É obvio que estou. Seu pênis está duro, e eu estou lubrificado e preparado. Foda-me.
Leon soltou um suspiro.
— Maldição, espero que ninguém descubra que fiz isto.
— A quem o vou dizer, além da Val?
— Conhece um montão de gente.
Demitri olhou por cima de seu ombro. Leon estava preparado, seus olhos escuros, seu
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Série Mortal – 2
pênis completamente estendido.

— Seu segredo está a salvo comigo, Leon. Prometo isso. Agora faça-o. Por favor. Desejo-
o.
Leon assentiu, seus olhos trocaram de humano a gato, e vice versa. Apoiou suas mãos nos
quadris de Demitri, colocando seu pênis na necessitada abertura de Demitri, e se deslizou no
interior.
Remy se deteve de novo, explorando os afloramentos em torno dele, enquanto Felicia

deixava outra tira de fita laranja em outra rocha. Deixou escapar o fôlego. Não reconhecia nada
disto. Tinham água suficiente para ir talvez uns quilômetros mais antes que tivessem que voltar.
— Isto não está bem. — Disse ele, suas vogais Cajún aprofundando-se. Todos seus anos
de estudo nas escolas do norte, de sair com os malditos Yankees, não apagaram completamente seu
acento. — Estive tão perto, sabe?
— Podemos tentá-lo de novo amanhã. — Disse Felicia com doçura.
Remy sabia que não haveria nada bom tampouco. Podia conduzir por aqui amanhã pela
manhã cedo, seguir as pequenas marcas laranja de Felicia, e não encontrar nunca o lugar com o que
ele e Leon tinham tropeçado. Seu sentido de direção não era tão bom em sua forma humana.
— Felicia. — Disse ele.
Ela levantou a vista. Ele considerava Felicia sua colega e uma de seus melhores amigas,
uma mulher que tinha acreditado nele, neste menino sulino muito longe de casa.
Ela tinha estado de pé por ele em Chicago quando outros não o tinham feito. Parecia mais
bonita do normal quando entrou na sala da coleção hoje, com todas as cores suaves e seu cabelo
solto. Essa devia ter sido a diferença intuía, ela tinha deixado uma mecha de cabelo sobre a face em
vez de atá-lo para trás em uma rabo-de-cavalo sério.
— O que? — Felicia envolveu outra fita laranja, esperando a que ele terminasse.
— Tenho que te dizer algo. — O segredo se supõe que permaneceria na família de Remy
para sempre, ninguém devia saber que eram diferentes. Ninguém. Isso era o que seu avô havia dito,
o que seu pai dizia. Remy sempre se perguntou quando Leon se dirigiu no Afeganistão. Os instintos
animais de Leon deveram ter saído momentos antes que o carro bomba explodisse.
— Remy, estava começando a dizer algo, depois se deteve.
Remy olhou Felicia. Seus olhos eram marrons e suaves, e sempre tinha gostado dela.
Queria tocar sua face, acalmar sua expressão preocupada.
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— Felicia, tenho que te pedir que jure que nunca, nunca revelará a ninguém o que vou
fazer. É de vida ou morte, não só para mim, mas também para toda minha família.
Ele teve toda sua atenção agora.
— O que é?
Remy sabia que se não seguia com isso, acovardar-se-ia. Então jogaria pela amurada sua
oportunidade de encontrar sua tumba, fazer seu nome, ter os brilhantes olhos marrons de Felicia
brilhando de admiração. Tinha que confiar nela.
Remy começou a desabotoá-la camisa. Deixou-a no chão, depois tirou as botas e os meias
três-quartos e começou a ir a seus jeans.
— O que está fazendo? — Perguntou Felicia, com os olhos totalmente abertos.
— Sinto muito. Isto será estranho.
— Mais estranho que você se despindo no meio do deserto?
Remy depositou suas calças em sua dispersa camisa e tirou sua roupa interior. Nu,
endireitou-se e fechou os olhos, silenciando a expressão de surpresa de Felicia. Ele acalmou sua
mente e chamou o leão que tinha sido mais cedo essa noite, a besta se deleitou andar pela terra de
seus antepassados.
Felicia gritou. As mãos de Remy trocaram a patas, suas pernas curvando-se enquanto suas
costas se alargava. Ele aterrissou sobre suas quatro patas enquanto uma juba brotava ao redor de sua
cabeça.
Felicia o olhou fixo com terror.
— Remy? — Sussurrou.
Ele não podia comunicar-se com palavras humanas em seu estado modificado.
Remy lentamente foi para ela e deu um toque com a cabeça em suas pernas.
Caminhou ao redor dela, esfregando seu ombro, flanco e cauda contra ela enquanto
passava. Ela ofegou um sorriso.
— Merda, não posso acreditar. — Atrevidamente pôs sua mão sobre a cabeça de Remy,
afundando seus dedos em sua quente juba. — Como fez isso?
Não podia dizer é obvio. Fechou os olhos quando ela começou a acariciá-lo, cantando
sobre ele como se o fizesse a um gato de casa.
Remy recuou. Ele se sacudiu depois se voltou para os afloramentos e farejou o ar,
deixando que seu leão tomasse seus sentidos. Seu ouvido e olfato se haviam agudizado, e suas patas
recordavam a sensação da terra.
Depois de uns minutos, viu a forma exata de quão saliente estava procurando. É obvio.
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Série Mortal – 2
Começou a dirigir-se para esta, depois se deteve. Felicia nunca se manteria ao dia com o leão em
que se converteu, e não podia deixá-la aqui sozinha.
Remy circulou de volta para ela, depois sem prévio aviso, brincalhão se lançou entre suas
pernas. Antes que ela pudesse gritar, ele se levantou com ela sobre suas costas.
Felicia perdeu o equilíbrio, cravou-se em sua juba, e se agarrou.
— Oh, espera, a água.
Remy se aproximou para esta e tomou a bolsa em sua boca, sustentando-o em alto.
Deu a volta e começou a trotar através do deserto para seu descobrimento com a Felicia
agarrada desesperadamente em suas costas.
Capítulo 16
— Maldição. — Gemeu Leon. Isto era muito bom. Val tinha sido doce e firme, apertando-
o enquanto ele se introduzia nela, mas Demitri apertava seu pênis como um parafuso a um buraco.
As amplas e musculosas costas de Demitri brilhava com suor e azeite. Leon se deslizou
dentro dele até o punho, suas mãos estendidas nos quadris de Demitri.
— O que faço? — Perguntou Leon — Como você gosta?
— Só foda-me. — Demitri murmurou. — Faça o que sinta bem.
A greta em sua voz, seu deslizamento do controle, impulsionaram ao Leon.
Começou a bombear, lentamente ao princípio, depois enquanto sua mente ficava em
branco, moveu-se mais rápido.
Demitri resistiu contra ele, grunhindo e gemendo. Leon jogou sua cabeça para trás. Os
ruídos que saíam de sua própria boca surpreendendo-o, mas tudo a respeito deste encontro o tinha
surpreendido. A formosa Val, a estranha busca para ajudá-la, e sobre tudo Leon apaixonando-se por
um grande homem de olhos escuros que podia converter-se em um tigre.
— O que vou fazer? — Murmurou ele, seus pensamentos desconexos. O fogo ardia onde
se unia a Demitri, este sexo não era como nada que tivesse experimentado jamais.
— Vamos. — Disse Demitri por cima de seu ombro. O rosto de Demitri estava contraído
pela paixão, seus olhos escuros e pesados. — Vamos amante.
Ele soava como Valenarian, mas sem a borda frenético que ela tinha em sua voz. Leon
pôs-se a rir.
— Estou fodendo tão rápido como posso.
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Série Mortal – 2
Leon fechou seus olhos de novo, entregando-se à sensação. Não se ouvia nada na sala,
exceto carne contra carne, o ruído de deslizamento do lubrificante, e os grunhidos dos dois homens.
Os gemidos de Demitri se voltaram grunhidos de tigre e garras se dispararam nas
almofadas do sofá. Leon sentiu a mudança querendo elevar-se nele, e lutou para apaziguá-lo.
— Demônios. — Sussurrou, depois o disse mais forte enquanto todo seu controle se ia.
O que aconteceu depois disso, não estava seguro. Estava cavalgando o traseiro o Demitri e
rindo, Demitri praguejava e empurrava a si mesmo para trás contra Leon. Leon sentiu que sua
corrida se disparava fora dele, enterrando-se profundamente dentro de Demitri. Então Demitri deu a
volta e agarrou Leon ao redor da cintura, puxando-o para baixo sobre o sofá com ele. Beijaram-se e
lutaram, as garras de Demitri por sorte uma vez mais como dedos humanos.
Demitri sustentou Leon ao redor do pescoço enquanto sua boca jogava na sua. Leon se
entregou, deixando que o outro homem o beijasse e acariciasse, seus lábios e línguas frenéticas.
Demitri empurrou Leon para seu pênis ainda duro, e Leon fechou sua boca sobre este sem
pensar. Sugou-o e jogou, girando sua língua ao redor do enorme eixo até que os punhos de Demitri
se apertaram duro. Demitri sussurrou palavras a Leon que ele não chegou a compreender, e depois a
boca do Leon se encheu do sêmen de Demitri.
Leon se encontrou embalado no largo peito de Demitri, os dois homens estavam
enredados no sofá, precipitando-se para ele.
— Merda. — Murmurou Leon. — Que diabos acabo de fazer?
— Me fazer malditamente feliz — Disse Demitri, depois o sono levou os dois.
Felicia se deslizou fora das costas quente de Remy enquanto ele se detinha diante de um
afloramento a várias milhas de onde tinham começado. Não houve para marcar seu caminho, e
confiava que Remy pudesse encontrar seu caminho de volta para sua última tira laranja.
Sua mente estava lutando por conseguir que ela notasse as coisas, em que Remy tinha se
convertido em um leão, mas o suprimiu. Quanto menos pensasse no que estava acontecendo,
melhor. Deveria estar mais preocupada com estar no meio do deserto em meio de um nada com o
amanhecer a umas horas de distância e sem ter suficiente água para caminhar de retorno ao jipe.
Mas tais pensamentos empalideceram quando Remy voltou para sua forma humana. Estava
completamente nu.
Felicia o olhou com deleite antes de obrigar-se a afastar o olhar. Remy não era tão alto
como seu irmão, mas estava bem construído nos ombros e o peito. Sua olhada fugaz notou duros
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Série Mortal – 2
bíceps, cintura estreita, coxas fortes, e um muito agradável e grosso pênis.

— Está bem, pode olhar. — Disse Remy. Quando Felicia se voltou, ele estava sorrindo,
seus olhos ainda de um leão dourado em vez de seu habitual cor verde. — Está bem?
— Estava justo me perguntando se você o estava.
— Isto é natural para mim. — Ele se estirou e tocou sua face, Remy que não parecia dar-
se conta da diferença entre homens e mulheres estava de repente cômodo tocando. — Sei que isto
deve estar te atemorizando.
— Confunde-me. Mas podemos nos preocupar disso mais tarde. E sua tumba?
Remy sorriu.
— Isso é o que amo em você, Felicia, nunca esquece do essencial. Isto é o que encontrei.
Levou-a para a pilha de pedras calcária espalhadas pelas rochas, escombros mais leves
brilhando sob o feixe da lanterna. Ele não parecia dar-se conta ou sentir-se mal por sua nudez, por
isso Felicia fingiu que ela tampouco a notava. Seus sentidos estavam gritando que um homem
formoso de que tinha estado apaixonada desde a primeira vez que o tinha conhecido estava
ajoelhado nu junto a ela, mas aplacaria seus sentimentos e seria profissional. Era boa nisso.
Remy sacudiu pó e pedras de uma greta entre o chão do deserto e o afloramento.
— Pode ver as marcas de ferramentas. Apenas.
Felicia esqueceu a estranha noite com uma brusca entrada de febre arqueológica.
— Acredito que se trata de uma abertura. Nada foi encontrado aqui nunca. Oh meu Deus,
Remy, é brilhante.
— Sortudo. Malditamente sortudo.
Ele estava rindo. Felicia pôs-se a rir também, e jogou os braços os redor do pescoço.
— Será famoso.
— Seremos. Não posso fazer isto sem você.
Remy a beijou. Ainda estava rindo. Pô-la de pé e continuou beijando-a. Seus lábios eram
quentes, sedosos, demandantes. Ela fez o que sempre tinha desejado, passou os dedos por seu
cabelo enquanto devolvia o beijo.
Remy se deteve de repente e a empurrou longe. Olhou-a fixamente, seus olhos voltando
para sua cor verde habitual.
— Felicia, sinto muito. — Recuou um passo, vendo-se consternado, — Não foi minha
intenção me pressionar contra você dessa forma. Foi…
Felicia cortou suas palavras lançando seus braços ao redor de seu corpo nu e abraçando-o.
— Remy, cale-se. — Disse ela, e o beijou.
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Série Mortal – 2
Val despertou entre dois homens quentes e nus, que havia se aconchegado um a cada lado
dela. Leon era como um muro quente, sua cabeça aconchegada sobre seu braço bronzeado. Ela
gostava de sua face, dura em vez de bonita, barba sem barbear obscurecendo sua mandíbula.
Demitri era todo o pecaminoso, com seu cabelo negro caindo como cetim por sua face,
pelo igualmente negro se frisava em seu peito. Deitava de costas, com a face volta longe dela, com
um braço sobre sua cabeça. Os dois homens roncavam.
As janelas estavam iluminadas com o amanhecer. O ventilador de teto girava lentamente,
agitando ar fresco sobre os três corpos na cama. O quarto inteiro cheirava a sexo.
Amo a estes homens, pensou. A ambos. Seu amor por Demitri estava bem aperfeiçoado,
um diamante gentil que ela tinha entesourado por anos. Seu amor por Leon era novo, forte como as
sombras das bordas de uma faca no deserto. Não sabiam o que sentiam por ela, mas ela os amava o
suficiente para que não se importasse.
Oh, por favor, Valenarian zombou. Não é tão desinteressada. Quer que estejam
loucamente apaixonados por você, que façam tudo pro você. Você não me engana.
Val levou as mãos à face. Vá.
Não. Isto é muito bom para deixá-lo passar.
Valerie tentou gritar quando sentiu Valenarian empurrá-la a um lado. Tentou manter os
últimos restos destroçados de sua prudência, mas se sentiu obrigada a deixar ir enquanto Valenarian
arrancava seus dedos presos um a um.
Oooh, bonito. Valenarian se apoiou em um cotovelo e contemplou o corpo exuberante de
Demitri quem se estendia junto a ela. Ele estava excitado em seu sono, seu pênis se estendia até seu
umbigo.
Val se inclinou para baixo e lambeu seu pênis. Ela saboreou os remanescentes de seu
gozo, ele e Leon deveram ter estado jogando sem ela.
Demitri saltou, meio acordado. Não disse nada, mas sonolento acariciou o cabelo. Val
sorriu. Não tinha ideia de que essa manifestação dela o agradasse, ele só sentia prazer.
Ela jogou com ele por um tempo, depois se incorporou sobre suas mãos e joelhos e se
sentou escarranchado sobre ele. Os entrecerrados olhos do Demitri brilharam. Ele deslizou suas
mãos a seus quadris e em silêncio se sacudiu para cima nela.
Val passou suas mãos por seu peito, deixando que suas garras se estendessem. Igual tinha
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feito no prado do Monte Olimpo faz muito tempo, marcou-o do pescoço até o umbigo.
Demitri conteve o fôlego e abriu seus olhos completamente. Agarrou seus pulsos em um
apertão forte, mas estava muito apanhado no sexo para deter-se.
— Isso, amado. — Sussurrou ela. — Me faça o que sempre quis.
Demitri a segurou para baixo contra ele, seus quadris e os dela movendo-se a um ritmo
duro. Seus dedos morderam em seus pulsos, ira em seus olhos.
O movimento da cama despertou parcialmente Leon, mas só murmurou em seu sono e deu
a volta, dando uma visão de seu delicioso traseiro.
Val arqueou as sobrancelhas para Demitri.
— Deseja-o.
— Tive-o. — Disse Demitri. — Ele me teve.
Todo o corpo de Val se apertou.
— E perdi isso. Me diga o que te fez.
Demitri obedeceu. Em um sussurro de palavras de sua antiga língua, descreveu como
Leon o tinha penetrado e depois baixado sobre ele. O contou com detalhe gráfico, usando palavras
que os humanos modernos faz muito tempo tinham abandonado.
Isso a excitava. Val estremeceu enquanto Demitri derramou a história, até que pôde ver
claramente Leon com todos os músculos tensos, empurrando e empurrando entre as pernas abertas
de Demitri.
Ela gritou sua excitação, sentindo a queimação do sêmen de Demitri ao mesmo tempo. Ela
caiu sobre ele, mas Demitri não tinha terminado. Deu a volta e a empurrou de barriga para baixo nas
mantas.
— Deixa-a voltar.
— Não. Ama-me desta forma.
— Ambas têm que estar aqui, ambas têm que fazer isto, ou estaremos todos perdidos.
Leon estava acordado agora, piscando como um urso sonolento.
— Que diabos?
Demitri tinha sua mão no pescoço de Val.
— Traga-a de volta.
Val pôs-se a rir nos travesseiros.
— Se tivesse desejado tanto Valerie, ela estaria aqui. É o que a está mantendo longe.
Ela sentiu o peso de Demitri em cima dela, seu pênis, duro uma vez mais, deslizando-se
dentro dela. Ele a montou com fúria, seus dedos em seu cabelo, seu corpo gravando o seu.
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Série Mortal – 2
Vagamente ouviu Leon dizendo que parasse, amaldiçoando para ele.

— Ela quer ser um demônio, pode sê-lo. — Grunhiu Demitri. — Eu sou um semideus.
Um demônio é meu inimigo.
— Ela é uma mulher que estamos tentando ajudar. — Protestou Leon.
O grunhido do tigre de Demitri soou em seu ouvido.
— Ela não quer ajuda. Gosta do castigo. Isso é o que terá.
Mais rápido, mais forte. Demitri a cavalgou mais furiosamente do que nunca o tinha feito
antes, sua força e seu poder afligindo-a completamente.
Demitri podia ter dominado Val em qualquer momento que quisesse. Ele tinha estado se
contendo.
Leon se endireitou.
— Maldição, Demitri, não me faça te deter.
— Não pode me deter. — A voz de Demitri se aprofundou, o deus nele tinha tomado o
controle. Ele estava queimando Val de dentro para fora, e ela amava cada minuto disso. Ouviu-se
gritar, rogando que a castigasse, ouvindo Leon tentando manter Demitri atrás e não tendo êxito.
Então ouviu o rugido surdo de um animal furioso, e Demitri foi arrancado dela. Val gritou
e deu a volta para ver um enorme urso de pé sobre suas patas traseiras, aos pés da cama, com as
garras estendidas como navalhas.
Demitri o enfrentou, ainda em forma humana, mas com o poder vermelho vivo fluindo de
seu corpo. O urso se elevou sobre Demitri, sua cabeça roçando o teto. Era marrom avermelhado, seu
pescoço enorme, seus olhos negros brilhando de fúria.
Tinha enormes dentes em sua boca vermelha, lábios curvados para trás para revelar dez
centímetros de comprimentos presas.
Val se revolveu da cama. Tão aterrador como o urso era, Demitri ainda era um deus, e
podia aplanar Leon com o simples movimento de um dedo.
— Não. — Valenarian se jogou entre os dois, dando as costas ao urso. — Não mate-o,
Demitri. É a mim a quem deseja machucar. Não deixe que morra por isso.
Os olhos de Demitri arderam negros no centro da luz branca que o rodeava. O tigre se
sobrepôs nele brevemente, então o branco se fez cargo de novo.
— Traz Valerie de volta. — Disse com uma voz terrível.
Maldição. Ela tinha que fazê-lo ou Leon atacaria Demitri, e Demitri o mataria.
— Está bem, deixarei que a garota tola volte. Está bem? — Sua voz tremeu quando fechou
seus olhos.
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Saia, Valerie. Zombou de nome. Seus mascotes mansos a querem.

Silêncio. Valenarian abriu os olhos para encontrar o poder de Demitri mais brilhante.
Volta, cadela estúpida. Evita que machuquem um ao outro.
Não aconteceu nada.
— Merda. — Disse Valenarian em voz alta. Atrás dela, Leon grunhiu, um som que fez
tremer o quarto.
O resplendor Demitri se iluminou.
— Onde está ela?
— Não posso trazê-la de volta. Sinto muito, amado, ela se foi.
A magia de Demitri se moderou com uma brutalidade que fez pop nos ouvidos de Val.
Atrás dela, Leon se encolheu e voltou para uma posição vertical, sem fôlego, zangado como um
varão humano.
— Do que está falando? — Perguntou Demitri, com uma voz surpreendentemente firme.
— Não posso chegar até ela. Valerie, quero dizer, sua santa amante. Parece que está
apanhada comigo.
Demitri veio por ela, com fúria em seu rosto. Leon ficou diante dela.
— Deixa-a em paz. — Disse, sua voz ainda mantendo a nota retumbante do urso. —
Quanto mais a assuste, mais fora de controle estará.
Demitri se deteve. Sua ira ardeu dele, mas cruzou seus enormes braços e olhou a Val de
acima a abaixo.
— Se está mentindo...
— Não o faço. — Val estremeceu, perguntando-se por que tinha medo. Era Valenarian, o
demônio de vingança. Ninguém podia ser melhor que ela. — Não estou mentindo, Demitri. Sou
Valenarian. — Ela era poderosa, e todos os homens a temiam. Dobrou seus braços sobre seu peito e
começou a chorar.
Quando Leon chegou à escavação desse dia, tanto Felicia como Remy e pareciam
exaustos, mas satisfeitos de si mesmos.
Sexo? Perguntou-se. Ou algum triunfo arqueológico?
Demitri e Val estavam sentados na barraca de campanha ao ar livre no lugar. Estavam
bebendo chá, e Demitri pegou a mão de Val. Para um observador externo, pareciam tão tranquilos e
serenos como sempre, mas Leon viu a tensão entre eles. A mesma tensão que rodava entre ele e
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Demitri.
Valenarian estava ali para ficar. Antes que tivessem deixado o hotel em Luxor essa
manhã, ela sorriu com tristeza a Leon e o beijou suavemente nos lábios.
— Obrigado por tentar me proteger. — Havia dito ela. Sua tristeza fez sentir Leon pior
que nunca.
— Lamento não ter estado ao redor ontem à noite. — Disse Leon ao Remy. — Alguma
coisa falta hoje?
— Falta? — Remy parecia em branco. — Oh, refere-te à sala de armazenamento. Não
repassei o inventário esta manhã. Vem comigo enquanto o faço.
— Está bem se Demitri e Val vão também?
— É obvio. — Remy franziu o cenho para ele. — O que está acontecendo, de todos os
modos? Está tentando conseguir Val para você ou de mantê-los juntos?
Leon respondeu com evasivas, a culpa ruborizando-o. Nunca tinha mentido a seus irmãos.
— Estou tratando de fazer o melhor para Val.
— Isso está muito lindo de você. — Remy deu uma palmada ao Leon no ombro enquanto
Demitri e Val se dirigiam para eles em resposta aos gestos do Leon. Val tinha envolvido seu lenço
branco solto ao redor de sua cabeça, seus óculos de sol brilhavam à luz do sol.
Demitri esteve de acordo sem discutir em acompanhar Remy e ao Leon à casa da
escavação de novo. Val não disse nada, mas caminhou modestamente junto a Demitri, com a mão
de Demitri apertada em seu braço.
O ato recatado era só isso, um ato. Uma vez que passou sua consternação inicial de não
poder fazer que Valerie retornasse, Valenarian tinha se transformado em um demônio sexual.
Tinham demorado muito tempo em saciá-la, depois tinham se limpado e vestido para ir à escavação.
Val olhou para Leon e esboçou um sorriso de lábios vermelhos. Recordava-a sobre suas
mãos e joelhos debaixo dele não faz nenhuma hora atrás, enquanto conduzia seu pênis em sua
molhado boceta. Demitri tinha se metido atrás de Leon, seu comprido pênis roçando entre as pernas
de Leon. Isso tinha sido intenso.
Os quatro procederam para a sala de armazenamento, e Remy começou a revisar as
prateleiras. Felicia se uniu a eles, afogando seus bocejos enquanto marcava artigos no porta papeis.
Val mordeu a perna de seus óculos de sol, olhando a Felicia.
— Parece cansada hoje, carinho. Vocês dois finalmente foderam?
Felicia se voltou bruscamente, com sua face alagando-se de cor. Remy a olhou com
assombro.
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— Val. — Disse Demitri em tom de advertência.

— Aqui está a gratidão para você. — Val continuou. — Fiz meu melhor esforço para
embelezá-la, e ela está de volta vendo-se como um caule murcho. Ele não rogará por você dessa
forma, querida. Tem que escutar a Val quando te dá um conselho.
Felicia se via como se debatesse entre jogar o porta papeis em Val ou tornar-se a chorar.
Remy, sempre sem ideia a respeito das mulheres, levantou as sobrancelhas para a Felicia.
— Do que está falando?
— Não sei. — Gaguejou Felicia.
Val rodou os olhos. Remy olhou o porta papeis nas mãos da Felicia.
— O que segue?
Felicia conseguiu balbuciar o seguinte artigo. Demitri seguiu a Val enquanto percorria as
estantes, mas o semideus foi o suficientemente inteligente como para não dizer nada.
Remy e Felicia continuaram pela coleção, e para quando terminaram, Felicia tinha
recuperado sua compostura.
— Não falta nada. — Disse ela. — Nada novo, de todos os modos.
Remy deixou o porta papeis a um lado.
— Se está perguntando por que estamos tão cansados, é porque voltamos ontem à noite
aonde pensei que tinha encontrado a tumba. Tomou um pouco de busca, mas a encontramos outra
vez. — Seu sorriso foi amplo.
Felicia deu um olhar alarmado, mas Remy levantou sua mão.
— Confio em meu irmão completamente, e ele responde por seus amigos. Retornarei esta
noite, e estaria encantado se me ajudasse.
— O que acontece com a captura de seu ladrão? — Perguntou Leon.
— Talvez seus amigos possam montar guarda?
— Prefiro ver a tumba. — Disse Val. Tomou o porta papeis de Remy e folheou
distraidamente as páginas. — Poderia ser capaz de te dizer de quem era a tumba.
Remy parecia surpreso.
— É uma arqueóloga? Ou historiadora?
Val sorriu.
— Sei coisas. Muitas coisas. Como quem era o verdadeiro amante de Hatshepsut.
— Senenmut — Disse Felicia enquanto arrumava algo em uma prateleira.
— De verdade acha que uma mulher que se fez rainha do Egito outorgaria seu corpo a um
simples homem? — Val zombou. — Hatshepsut era bastante selvagem, sobre tudo em seus anos
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mais jovens. Senenmut era um bom e leal amigo, e manteve a pretensão para poder desfrutá-lo ela
mesma.
— O jurado está ainda fora dessa relação. — Disse Remy ausentemente. — Não em meu
período de todos os modos. Pergunto-me se a tumba que encontrei é romana.
— Não acredito. — Val passou as últimas páginas no porta papeis e o deixou. — O mais
provável é que seja do século XVIII ou de antes da Dinastia XIX.
— Como sabe?
— Disse isso, sei coisas.
— Não me importaria se dá uma olhada a isto. — Disse Remy. — Não quero dizer a
ninguém a respeito disto até que esteja seguro, entretanto. De acordo?
Val tocou seus lábios.
— Seu segredo está a salvo comigo.
— É um comprido caminho para ali. — Disse Remy, olhando a Leon. — Só a encontrei
outra vez porque...— Esclareceu-se garganta. — Utilizei o mesmo método que usei quando você e
eu estivemos fora ontem à noite.
— Eles sabem. — Disse Leon. Deu uma olhada a Felicia que tinha seus braços fortemente
cruzados sobre o peito.
Remy assentiu.
— Ela também sabe. O mostrei.
— Ah. Assim agora que está no segredo da família.
— Transforma-se em um leão, também? — Perguntou- Felicia a Leon.
Val se sentou na mesa e cruzou os tornozelos.
— Leon pode converter-se em qualquer animal, em leão, em tigre ou em urso.
— Oh, Deus… — Murmurou Remy.
— Esta manhã ele foi, o que era isso, Leon? Nunca vi um urso assim antes.
— Um urso pardo.
— Um urso pardo. — Repetiu Val. — Muito grande e espantoso. Demitri só pode
converter-se em um tigre. — Sorriu e atirou de um de seus cachos apertados. — Um tigre muito
sexy.
— Pensei que era só um leão. — Disse Felicia — Um homem-leão. Como que foi
mordido por um Leão e agora tem que trocar a um.
Remy pôs-se a rir, e Leon não pôde evitar um sorriso.
— Somos troca-formas. — Explicou Remy — Não homens-algo. Temos um talento para
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assumir a forma de qualquer animal, mas temos que entrar em contato com este primeiro, e tocá-lo.
Quando conheceu um urso pardo, Leon?
— Acampando nas Rochosas faz uns anos.
— E o tocou? — Felicia o olhou assombrada.
— Com cuidado.
— Podem todos os membros de sua família fazê-lo? — Perguntou Felicia.
— Os quatro irmãos podemos. — Explicou Remy. — Temos outros dois irmãos, Thomas
e Jean Marc. São troca-formas também. Temo-lo de nosso pai, nossa mãe não tem o dom. — Riu
um pouco. — Pode imaginar com o que a pobre mulher teve que lutar quando fomos pequenos.
— Ainda estamos compensando-a. — Disse Leon.
— O talento corre na linha de nosso pai. — Continuou Remy. — Ele não estava seguro de
onde vinha, mas há Nativos Americanos em nossa árvore genealógica, muito, muito tempo atrás,
que tinham a magia para converter-se em animais. Alguns os chamavam bruxos ou skinwalkers,
mas os skinwalkers são magos malvados, e estes não eram assim. Aprendiam o espírito do animal,
de acordo com meu avô, e então podiam tomar sua forma. Quando os franceses chegaram ao
território de Louisiana, e os Dupree se instalaram em Fontaine, um Dupree se casou com uma
mulher indígena que tinha o dom, e terminamos com este.
— É por isso que temos que tocar a um animal antes que possamos tomar sua forma. —
Concluiu Leon. Surpreendeu-se que Remy estivesse disposto a dar tanta informação a Felicia, mas
ela escutava com interesse. Val estava olhando o porta papeis de novo, mas Leon podia dizer que
estava escutando também. — Temos que aprender o espírito do animal, sua essência. Então nossa
magia nos permite chegar a ser como este.
— E Demitri? — Perguntou Felicia. — É um desses troca-formas também?
Demitri negou.
— Sou uma criatura totalmente diferente.
— Certamente estou recebendo educação. — Disse Felicia fracamente.
— Eu não troco em nada. — Disse Val. — Exceto a demônio. — Sorriu amplamente a
Felicia, e Felicia sorriu de volta, sem uma onça de fé em sua expressão.
— Se Val vai à tumba esta noite, acompanhá-la-ei. — Retumbou Demitri. — Terá que
encontrar alguém mais para vigiar a sala de armazenamento.
Remy mordeu a parte interior de sua bochecha.
— Felicia?
Felicia parecia decepcionada, mas assentiu.
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— Sei que não há ninguém mais em quem pode confiar sem admitir que tenha havido
roubos. Mas quero cada detalhe do que encontre, ouve-me?
— É obvio. — Disse Remy. — Fotografarei o que possa e farei um mapa. Não se
preocupe. Estará a par de tudo.
Val entregou o porta papeis a Felicia.
— Necessitará isto.
Felicia o aceitou sem dizer uma palavra. Enviou a Remy outro olhar, estava ardendo, mas
o que Remy devolveu foi excitação.
— Me diga honestamente. — Disse Val. — Vocês dois foderam ontem à noite, não é?
Remy deu a volta, e desta vez se ruborizou tanto como Felicia.
— Não. Mas a beijei.
Val deixou escapar um suspiro enquanto saltava sobre seus pés.
— Maldição, por fim. Vocês dois realmente precisam pensar em algo mais que em tumbas
antigas.
Envolveu seu cachecol ao redor de seu pescoço e deslizou seus óculos de sol quando saiu
ao armazém.
Demitri a seguiu sobre seus calcanhares, o grande homem era tão enigmático como
sempre. Leon se aproximou por trás.
— Eu gostaria que ficasse aqui. — Disse Remy a Val, enquanto ele os seguia fora — Não
gosto de pensar no que aconteceria se o ladrão vem com apenas Felicia para resguardar o lugar.
— Oh, ela estará bem. — Disse Val, afastando-se dele. — Não estamos tratando com um
criminoso perigoso.
— Como sabe? — Perguntou Leon.
Val se voltou e sorriu docemente por volta dos três.
— Porque sei quem o fez.
— Quem? — Exigiu Demitri.
— Contarei isso tudo esta noite. — Disse ela piscando um olho azul escuro. — Poremos
uma armadilha para o ladrão, com a linda e pequena Felicia como isca.
Capítulo 17
Remy os conduziu fora ao deserto em seu Jipe. Val se sentava na parte de trás, junto a
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Demitri, que mantinha seu forte braço a seu redor. Ela pôs sua cabeça para trás e deixou que o ar
noturno corresse sobre sua face, sentindo-se protegida.
A ilusão de proteção era falso, sabia. Demitri estava tratando de proteger o mundo de Val,
não ao contrário. Ela sabia que, a longo prazo, não seria capaz de salvá-la. Esse pensamento pesava
em seu coração. A doce Valerie tinha desaparecido nas profundidades da psique de Valenarian,
escondida em qualquer lugar onde Afrodite a tenha encontrado a princípio.
Val tinha todas as lembranças de Valerie, o tédio do dia a dia da vida no templo de
Afrodite, o alívio quando foi enviada a unir a um casal. Se houvesse tido um pouco de sentido
comum, Valenarian pensou com amargura, Valerie simplesmente se teria negado a retornar de uma
dessas atribuições. Afrodite poderia tê-la matado por desobedecer, mas não teria sido melhor que
sua insossa vida dentro do templo?
Valenarian nunca retornaria a isso. Apoiou a cabeça sobre o ombro de Demitri enquanto
as milhas passavam, desejando que todos esses anos ela pudesse ter sido o que ele desejava. Ele a
teria protegido se ela tivesse reprimido sua louca necessidade de vingança e morte. Afrodite tinha
conseguido esmagar isso fora dela pelo menos, mas muito tarde. Valenarian continuava pagando
por pecados cometidos faz três mil anos, e se os deuses se saíam com a sua, Demitri e Leon
pagariam por isso, também.
O jipe se deteve o final de um caminho que desaparecia em um nada. Um pedaço de
tecido de cor laranja brilhante se movia no chão pedregoso por diante deles.
— A pé daqui. — Disse Remy. — Nos conduzi além do que fiz ontem à noite, mas ainda
assim são perto de quatro quilômetros de caminhada.
Demitri deu a mão a Val para sair do jipe como faria a uma princesa real de sua limusine,
mas sua expressão estava além da admiração. Não tinha falado para nada desde que saíram da casa
de escavação.
— Não se preocupe por mim, Remy. — Disse Val — Estou em muito boa forma, e estou
segura de que Demitri me carregará se falho.
Demitri dirigiu um olhar silencioso. Remy deu um sorriso incerto, mas descarregou as
garrafas de água e as mochilas do Jipe. Não deu nenhuma a Val para carregar, o que ela achou
divertido. Facilmente teria entregado uma carga a Felicia. Felicia era sem dúvida a mulher para
Remy.
Val passou sua mão para cima pelo musculoso braço de Leon enquanto se pendurava no
ombro um grande cantil.
— Se me cansar, Leon sempre pode converter-se em um camelo.
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Os olhos de Leon brilharam.

— Só me converto em carnívoros carinho.
Val pôs-se a rir, levantou-se nas pontas dos pés e o beijou na bochecha. Ela voltou para
agarrar o braço de Demitri e sorriu para o Remy, quem observou confuso.
— Nos guie Remy — Disse ela.
Remy deu a Leon outro olhar incerto, mas levantou sua mochila e caminhou longe sobre
as rochas.
Nada crescia neste deserto. O vale do Nilo podia ser verde com campos de agricultores e
plantações de árvores, mas onde as águas que dão vida estavam ausentes, a terra era rígida e morta.
Val sabia que oásis floresciam mais ao oeste, onde a água subterrânea brotava do mais profundo da
terra, e cultivos e palmeiras uma vez mais reinavam. Mas aqui no meio, estava desprovido de toda
vida.
Val sempre tinha pensado que o deserto do Egito era formoso. As montanhas cortadas
drasticamente no céu azul, e o sol deslumbrado por cima, o deus Ra navegando o de horizonte a
horizonte. Esta era sua terra, onde tinha sido engendrada em uma estranha união entre Heka e uma
mulher metade demônio, metade humana. Val foi criada como uma executora, para assegurar-se de
que os maridos infiéis fossem castigados.
Feita com um propósito, Val pensou enquanto caminhava pelo deserto com Demitri a seu
lado. Sem pensar na própria felicidade. Sem pensar no fato de que seu pouquinho de sangue
humano a fazia desejar as coisas que os seres humanos procuravam: amor, calor, alegria, família.
Ela tinha sido um instrumento dos deuses, esquecida e abandonada quando os antigos deuses se
retiraram. O panteão greco-romano se tragou aos deuses egípcios, e eles não haviam tido nenhum
uso para ela.
Quando chegaram os Coptos, tinham expulsado os deuses pagãos também, apagando seus
nomes e convertendo os templos em monastérios. O poderoso panteão grego se viu reduzido em
poder e retirado ao Olimpo, reconhecendo sua derrota.
Recentemente, os seres humanos tinham começado a estudar aos antigos deuses de novo,
não necessariamente rendendo culto, mas recordando-os e aprendendo-os de novo. A vida se agitou
novamente entre os panteões, aos deuses nunca esquecidos de tudo.
Remy finalmente disse
— Aqui. — E Leon deixou suas cargas com um grunhido.
— Vê-se diferente durante o dia. Como o encontrou?
Remy se agachou por uma estreita fresta entre o chão e a parede dos afloramentos. Aparas
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Série Mortal – 2
de pedra calcária se desprenderam aqui, um montão destas espalhadas pelo chão do deserto. Remy
apontou sua lanterna para o buraco, mas o feixe não penetrou muito longe.
— Acredito que há um degrau ali. Um montão entulho, é obvio. Mas estou bastante
seguro de que se trata de uma tumba, feita pelo homem.
Val se sentou sobre seus calcanhares e apareceu à escuridão.
— Isso é tudo?
— Pode que não pareça muito para você. — Disse Remy com paciência, uma borda de
emoção em sua voz. — Mas quando tirarmos entulho, quem sabe o que vamos encontrar?
— Joias? — Perguntou Leon.
— Não é provável que seja uma tumba intacta, não como a de Tutancâmon. A maioria das
tumbas foram roubadas faz muito tempo. Mas pode haver pinturas murais ou relevo, o sarcófago,
uma múmia, escritos. —Seus olhos se voltaram mais brilhantes à medida que entrava no tema. —
Outra chave do quebra-cabeças da antiga civilização. Não sabemos tudo o que terá que saber,
possivelmente não possamos. Mas se pudesse conseguir uma bolsa para escavar, fazer um projeto
de conservação, uma forma de sair aqui aonde os turistas não vêm…
Leon sorriu.
— Se acalme, irmão.
— Sinto muito. Permitam tomar algumas fotografa e depois iremos.
Sua voz soava melancólica. Queria saber mais sobre isto, Val podia dizê-lo.
Debatia-se entre a cautela de seu treinamento e a emoção natural que o tinha levado a esta
profissão no primeiro lugar.
Val olhou dentro enquanto Leon cintilava sua luz ao redor, mas não viu nada mais que
escombros. Ela estava bastante segura de que sabia o que era este lugar: Uma tumba secreta de um
dos reis, colocada aqui porque sabia que a tumba oficial seria roubada muito frequentemente. A
múmia extraída da tumba no Vale dos Reis seria uma substituta, enquanto que o verdadeiro faraó
dormia longe sem ser incomodado. Bom, sem ser incomodado até agora.
— Por que não troca a um verme ou algo e dá uma olhada? — Val perguntou a Remy —
Está morrendo por saber o que há ali.
— A mudança não funciona assim. — Disse Leon — Não pode ser algo menor do que
realmente é, toda sua massa tem que ir a alguma parte.
— Talvez não um verme. — Disse Remy, olhando fixamente a Leon. — Que tal uma
serpente?
Leon fez uma careta.
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— Não o tenho feito em muito tempo.

— Pode se converter em uma serpente? — Perguntou Val. — Mmm, pensar nessas
possibilidades. — Demitri, que tinha observado em silêncio, franziu o sobrecenho. Ela sorriu com
serenidade para ele.
— Ainda poderia ser muito grande. — Disse Leon.
— Em que tipo de serpente se converte? — Val perguntou. — Uma cobra?
— Pitón.
— Quando tocou uma pitón? — Perguntou ela. — Explorando a selva?
— Acariciando-a no zoológico quando era um menino.
— Ninguém tocaria a serpente exceto Leon. — Disse Remy. — Assim aprendia sua
essência — Ele deu uma olhada no buraco de novo. — Poderia encaixar. Mas não vou força-lo.
Leon suspirou e começou a desabotoá-las botas.
— Tudo por você, irmãozinho.
Val sentiu uma pontada de inquietação.
— Tome cuidado.
Leon roçou o dorso de seus dedos sobre sua bochecha, deu a Demitri um olhar de
advertência, e continuou tirando sua roupa. Demitri deslizou seu braço ao redor da cintura de Val e
a apertou contra seu quente corpo quando Leon ficou de pé, nu. Remy olhou ida e volta entre eles
três, muito desconcertado.
Leon deslizou limpamente através da fresta e caiu uns metros em uma superfície dura.
Seus olhos de serpente não viam bem na escuridão, mas podia sentir as coisas com seu corpo. Sobre
o que aterrissou era muito uniforme e afiado para ser natural, definitivamente feito pelo homem e
provavelmente escadas.
Estava frio aqui embaixo, e seu sangue começou a ficar lento. Muito melhor que lá em
cima no calor e ao ar livre. Ele poderia aconchegar-se e tomar uma longa sesta.
Leon obrigou a sua mente a despertar. O problema com os répteis era que gostavam de
duas coisas, comer e dormir.
Os mamíferos também o faziam, mas a mente de mamíferos era um pouco mais aguda, um
pouco mais curiosa pelas coisas além dos mantimentos e o descanso. À serpente não poderia
importar menos o que houvesse abaixo neste buraco, só que era um lugar agradável e escuro que
podia conter escaravelhos e ratos que valia a pena comer.
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Leon desenrolou seu comprido corpo e se deslizou através da pequena área. Não há muito
aqui, exceto um montão de escombros bloqueando as escadas. Vagou através destas então chegou a
uma depressão. Afastando os escombros a um lado com sua cabeça, encontrou um buraco o
suficientemente largo como para seu corpo.
A serpente queria ir mais profundo na escuridão, e Leon o permitiu.
Remy queria saber o que havia ali abaixo.
A gravidade e o corpo sinuoso de Leon permitiram deslizar-se por um tubo comprido nos
escombros, caindo, caindo, abaixo. Na parte inferior, Leon de repente apareceu através de outro
buraco e caiu vários metros, à terra com um plaf sobre um piso de pedra.
A dor disso deu uma bofetada à consciência, e ficou de pé em sua forma humana. Estava
escuro aqui e difícil para respirar. Leon se transformou em um lince, seus olhos mais sensíveis à
escuridão.
Ele não podia ver muito na ponta da luz através do buraco, mas viu formas e cores, e sua
forma de serpente havia sentido a suavidade de gesso.
Fazia frio aqui embaixo, e cheirava a morte. O fornecimento de ar não podia ser tão
grande, tampouco, a pesar do buraco através dos escombros para a superfície.
Leon se levantou em sua forma humana de novo, e sentiu entre os escombros até que
encontrou a abertura que tinha feito. Conduziu-se por esta, convertendo-se em sua forma de
serpente enquanto entrava nela.
Ir costa acima era muito mais trabalhoso que descer. Leon se empurrou para cima através
dos escombros, lutando por respirar. A serpente era muito grande, e as aparas de pedra tinham
paralisado um pouco quando desceu. Empurrou-a um lado com seu nariz largo, mas a abertura se
fez mais estreita enquanto subia.
Sua cabeça golpeou uma rocha que não se moveu. A súbita interrupção ondulou por seu
comprido corpo, e Leon ficou ali, tentando não entrar em pânico. A serpente o insistiu a dar-se por
vencida e dormir, mas Leon se obrigou a permanecer alerta.
Quem pudesse converter-se em um inseto ou verme, o que poderia ter encontrado um
caminho através das gretas. Mas esta pitón era o mais estreito que podia ser. Se ele se convertesse
em algo mais, incluída sua forma humana, seria esmagado até a morte pelo entulho.
Maldição, por que tinha estado tão ansioso de inundar-se aqui? Presumindo para Val,
pensou. E Demitri. Sou o grande e mau troca-formas que pode deslizar-se nos buracos em que
ninguém mais pode. Idiota.
Não podia gritar, nem assinalar sua situação. Só podia ficar aqui, incapaz de ir para cima
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ou para baixo, até que alguém fora decidisse que ele tinha estado fora muito tempo. E o que podiam
fazer? Ninguém mais podia entrar ali.
Teriam que retornar à escavação, conseguir ferramentas para alavancá-lo, e para então,
poderia ser muito tarde.
A serpente estava fria, frustrada, e apagando-se. Merda, a esquina que era o cérebro
humano do Leon pensou. Que maneira estúpida de morrer.
Ele lutou por manter-se acordado, lutou por empurrar além dos escombros, mas sua luta se
fez mais débil. Sabia que seus amigos estavam a poucos metros dele, o que para a estupidez disto
ainda mais difícil de aceitar.
Seus olhos de serpente se fecharam, a magra capa cobrindo suas órbitas.
Parecia estar mais claro, mas talvez isso fosse a porta do céu. Entraria na vida do mais à
frente como serpente ou homem? Como era o céu de uma serpente? Todos os ratos que possa comer
e uma selva úmida tropical para passar o momento? E os ratos que comesse tinham sua própria vida
do mais à frente, onde jantassem partes de queijo do tamanho de rochas?
Sua mente estava em marcha. A luz se fez mais brilhante e a rocha em frente dele
repentinamente se dissolveu em pó.
Leon abriu seus olhos de repente. A luz se envolveu ao redor de seu corpo de serpente e
pouco a pouco certamente o tirou fora.
Leon viajou para frente uma polegada de uma vez, como se alguém o arrastasse com uma
corda. A rocha raspou sua pele, capas cortando-se dele enquanto ia. De repente saiu do buraco na
parte superior dos escombros e caiu sobre o frio degrau justo no interior da abertura. A luz branca
desapareceu, e o feixe amarelo de uma lanterna tomou seu lugar.
— Leon. — Gritou Demitri, sua voz rouca pelo medo. — Pode fazer o resto do caminho?
Leon grunhiu de dor enquanto fluía desta forma à humana, seus membros doloridos, sua
pele escoriada. O que aconteceu com a serpente aconteceu a ele, e tinha sido raspado e rajado por
toda parte. Pôs seus dedos na abertura do exterior, lentamente convertendo-se em uma serpente de
novo, e fluiu todo o caminho para fora.
Demitri saltou a um lado quando Leon se deslizou fora do buraco e sobre o chão. Leon
teve só a força suficiente para deixar que a serpente se converter em humano, então ele ficou no
chão, com sangue, sujeira, e ofegando.
Demitri se escorreu a um lado dele, e Val se ajoelhou no outro.
— Está bem? — Os dedos de Demitri roçaram as costas e os braços de Leon, em busca de
lesões. Val olhou abaixo para ele, seus grandes olhos azul meia-noite com preocupação. Apesar de
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sua dor e o medo persistente, o coração do Leon se enfraqueceu.

— Acredito que sim. — Disse com voz rouca. Ele gemeu quando se sentou. — Todos
vocês me recordem que nunca volte a fazer isso.
— Sinto muito. — Disse Remy. — Maldição, Leon, sinto muito.
— Eu estava bem. — Protestou Leon, embora sabia que nunca tranquilizaria a Remy. —
Só um pouco entupido.
— Bastante entupido. — Disse Val. — Demitri salvou sua vida.
Leon dolorosamente se vestiu então se sentou contra o afloramento onde havia passado
esses agonizantes momentos na escuridão.
— Como me salvou? — Perguntou a Demitri. — Tudo o que vi foi luz.
— É a magia de Apolo. — Disse Val antes que Demitri pudesse responder. — O poder do
sol.
Leon bebeu profundamente de seu cantil.
— O que se supõe que significa isso?
— Eu sou filho de Apolo. — Disse Demitri, o olhar perdido no brilhante deserto. —
Tenho o poder de um deus, embora não tão tanto como meu pai. O sol não é só luz, é energia. Posso
manipulá-la se tiver que fazê-lo, embora Apolo não gosta quando o faço.
— Por que não? — Leon limpou a boca. — Parece que é condenadamente útil.
— Os deuses gregos sempre foram ciumentos. — Disse Val. Sentou-se ao lado de Leon e
pôs sua mão fria sobre a sua. Ele a agarrou, sabendo que tinha estado a ponto de não voltar a vê-la
— Os deuses protegem seu poder muito bem. Olhem o que aconteceu quando o filho de Apolo,
Phaeton. Roubou sua carruagem e o conduziu em todas as direções. Chamuscou a terra. Têm que
ser cuidadosos.
Remy soltou um bífido.
— Isso é um mito formado por pessoas que não entendiam os ciclos climáticos e a
mudança climática.
Val dirigiu um olhar alarmado.
— Nunca diga isso. Estamos perto dos deuses aqui, e se zangam se negar que eles
provocaram tudo.
Demitri esboçou um sorriso tenso.
— Eles dirão que criaram os ciclos climáticos e a mudança climática.
— Estar com vocês dois é educativo. — Disse Leon. — De todos os modos, Remy, não
quer saber o que há lá abaixo?
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— Viu algo?
— Senti-o. Paredes lisas, como se estivessem engessadas. Muito suaves. A sala em que
aterrissei não era grande, talvez dez por dez, e uma parede estava coberta de escombros. Além
disso, a habitação estava vazia.
Os olhos do Remy se iluminaram.
— Deve ter aterrissado em um hall.
— É um comprido caminho para baixo através das aparas, entretanto, e está cheio de
escombro. Necessitara-se a uma retroe cavadora para movê-lo.
— Fazemo-lo à mão e examinamos cuidadosamente através de cada pedaço de escombro.
— Sério? Isso levará uma eternidade.
— Não importa. Vou escrever uma proposta sobre isso, a ver se posso trazer uma equipe
exterior. Não serei capaz de ocultar isto por muito tempo, e não deveria. Inclusive se não consigo
investigá-lo, alguém mais deveria.
Val riu dele.
— Soa tão altruísta, mas sabe que quer seu nome nesta tumba. Não se preocupe,
assegurar-nos-emos de que o consiga tudo para si mesmo.
Demitri lançou um olhar suspeito.
— Como planeja ir sobre isso?
— Você e eu somos as pessoas mágicas, Demitri. Podemos recompensar os humanos que
nós gostamos, já sabe.
— Não arbitrariamente, e não sem uma boa razão.
— Não é arbitrário. É parente de Leon, quem está me ajudando. Posso outorgar
recompensas se quiser. É melhor que estripar gente, não?
Remy se sobressaltou, mas Val sorriu.
— Eu te recompensarei agora. — Disse ela. — Te direi o nome de seu ladrão, mas tem
que me prometer que não chamará à polícia.
— Por que não? O roubo de antiguidades é um delito grave.
Val ficou de pé, suas magras coxas ao nível dos olhos de Leon.
— Me prometa, Remy. Ou não direi isso.
Remy olhou a Leon por confirmação, e Leon se encolheu.
— Ela provavelmente tem uma boa razão.
— À única pessoa que não entregaria imediatamente é Felicia. — Disse Remy.
O sorriso de Val se alargou.
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— Bom, isso é conveniente.

Remy começou a falar, depois se rompeu.
— Realmente não está me dizendo que Felicia esteve roubando as coisas, não é? Ela
nunca faria isso.
— Talvez ela tenha uma boa razão. — Disse Val. — Sei que Felicia o esteve fazendo,
Remy. Entretanto, ela te ama e não quer te machucar. Tem que me prometer que será amável com
ela, ou o demônio de vingança em mim poderia precisar ter uma última aventura.
Remy se ruborizou.
— Não acredito. Como poderia possivelmente sabê-lo?
Leon ficou de pé, sentindo a raiva de seu irmão.
— Ele tem um ponto, Val. Como sabe?
— Simples. Ela trocou a lista de verificação que você mantinha nesse porta papeis. Olhei
por cima as folhas a primeira vez que nos mostrou a sala de armazenamento. Ela se tornou
inteligente, a razão pela que não notou que algo mais falta é porque ela eliminou essas páginas do
inventário. Não tem perseverança disso, por isso não o sente falta. Tomará muito tempo antes que
alguém descubra que se foi.
— Mas se darão conta, com o tempo. E então estou fodido.
— Talvez Felicia espera substitui-los. — Disse Val com uma voz tranquilizadora. —
Disse que as coisas roubadas não eram uma valiosa informação, e que já as tinha fotografado e
gravado. O que é um ushabti mais em uma vitrine de museu cheia deles?
O cenho franzido do Remy era feroz.
— Não acredito. Não tem provas.
Leon se moveu para ficar de pé junto a Val.
— Carinho, antes de vir aqui, disse-nos que podíamos colocar uma armadilha com a
Felicia como isca.
— Porque eu sabia que ela estava escutando.
Remy assentiu a contra gosto.
— Estava-o.
— Queria pô-la fora de guarda. Se voltarmos agora, provavelmente a capturemos no ato.
— Não. — Disse Remy.
— Eu sei que não quer que ela seja. — Disse Val. — Está apaixonado por ela. Mas ela
necessitará sua compreensão e amor agora mais que nunca. Usa isto como uma oportunidade de
aproximação.
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— Do que está falando? Se ela esteve roubando da escavação…

Ele se calou, parecendo mais infeliz do que Leon o tinha visto em sua vida.
Remy tinha sido sempre o Dupree bom, sempre agonizando sobre se o correto era o moral.
Leon o viu agonizar agora.
Pôs sua mão sobre o ombro de seu irmão.
— Estou seguro de que há uma explicação razoável. E Val poderia estar equivocada.
Val sacudiu sua cabeça.
— Não estou. Ela te ama, Remy, mas tem alguns problemas próprios. Ela não nasceu com
um pós-doutorado de arqueologia.
A boca de Remy fechou em uma magra linha. Agarrou sua mochila e começou a caminhar
de volta por seus rastros para o jipe.
— Vamos. — Disse ele sobre seu ombro. — Vamos terminar com isto.
Val suspirou e sacudiu a cabeça, mas se voltou para segui-lo. Demitri começou atrás dela,
mas Leon capturou seu braço e deu a volta. Demitri o olhou de cima abaixo com seus olhos escuros,
o calor neles intenso.
— Obrigado, cara. — Disse Leon. — Pensei que estava morto.
Demitri não o tocou, mas sua expressão continha alívio.
— Eu não queria te perder tampouco.
Leon se aproximou e apertou o ombro do grande homem. Deu a volta para alcançar Val, e
Demitri caiu no passo com ele, pondo sua tranquilizadora massa corporal ao lado de Leon.
Capítulo 18
Felicia enfrentou Remy com sua cabeça em alto, mas seu coração pulsava rapidamente
com raiva e consternação. Val a tinha traído. Felicia não sabia como tinha descoberto, mas tinha
contado a Remy lá fora no deserto que o tinha estado roubando.
Quando os quatro tinham retornado, Remy não tinha falado para nada com Felicia. Os
outros três tinham caminhado de volta a seu próprio jipe contratado e saíram rugindo para seu hotel,
deixando Remy e Felicia sozinhos.
Felicia tinha começado a perguntar ao Remy a respeito da tumba, o qual poderia ser um
achado excitante. Remy a tinha considerado friamente e depois tinha anunciado tranquilamente que
Val pensava que Felicia era a ladra.
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— Por favor me diga que está errada. — Disse ele.

— Você acredita nela?
Remy cruzou de braços.
— Não sei. Não quero. Mas ela foi convincente e me disse que devia te confrontar eu
mesmo.
Seus olhos verdes estavam fixos nela. Felicia não podia ler o que havia neles, e se deu
conta de que apesar dos cinco anos que trabalhava com Remy, não o conhecia verdadeiramente.
Não tinha ideia que se podia transformar em um leão, por um lado. Nunca tinha conhecido a sua
família, nunca ouviu nada mais que coisas inócuas a respeito de sua vida em Louisiana. Tinham
falado sobre arqueologia e bons achados, investigação e teorias, sonhos e ambições. Nada a respeito
de seus verdadeiros passados, nenhum deles.
Felicia respirou cansadamente.
— Ela não está errada.
Remy se desfez em raiva.
— Felicia, pelo amor de Deus, por que? Você, de todas as pessoas, sabe o prezado que é
cada artefato, como…
— Não se atreva a me repreender! — Felicia recuou e se chocou contra a mesa. Recordou
a Val sentada sobre esta essa tarde, folheando as páginas de artefatos.
— Então me diga por que — Demandou Remy.
— Porque necessitava do dinheiro. Por que acha?
— Se necessitar dinheiro, por que não me pediu isso? Poderia ter feito um empréstimo.
— Com certeza, Remy, porque está rodando em dinheiro. Sei que terminou a universidade
com bolsas e trabalho duro. Sei que provém de um ambiente rude. Também sei quanto custa uma
pós-graduação. Tem sorte de poder comer. É a última pessoa a que pediria dinheiro.
— Roubar antiguidades é melhor? Sabe o que poderia passar? O melhor é que seja expulsa
do país e que não te permita voltar. Perderá seu trabalho e sua reputação. Ninguém voltará a te
contratar nunca mais. E esse é o cenário mais positivo. É sua carreira, Felicia. Que infernos estava
pensando?
— Estava pensando que necessitava o dinheiro. — Gritou ela.
— Para que? Se está endividada, há programas. Pode se declarar em bancarrota, pode
fazer algo. Não é tão desesperado.
— Não é endividamento Remy. São contas médicas. São gastos muito além de minhas
possibilidades, e não me pagam muito exatamente.
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— Temos algum seguro. E não há nada errado com você.

— Não é para mim. — Felicia pressionou as mãos contra a face, tranquilizando-se para
explicar. — Minha mãe está em um lar de anciões. Tem Alzheimer. Só está ao início dos sessenta, e
está sã pelo resto. Mas os lares de anciões custam dinheiro, os remédios custam dinheiro, a comida
e a roupa custam dinheiro, e não sei onde consegui-lo.
Lágrimas rodavam por suas bochechas, deixando Remy impreciso, a sala de
armazenamento, os suportes e as prateleiras com vasos.
— Jesus, Felicia, por que não me contou?
— O que poderia ter feito? O que pode fazer?
Remy ficou em silêncio, os olhos angustiados.
— Não sei. Tem razão, sou tão inútil como a merda. Mas destroçar a escavação não é a
resposta. Como pode ajudar a sua mãe se estiver na prisão?
— Bem, esperava não ser apanhada. — Gritou ela.
— Ao final seria apanhada maldição. Graças a Deus que eu o descobri, não Habib. Ele
teria te entregue à polícia egípcia em um batimento do coração.
— O que vai fazer?
— Não sei que infernos vou fazer. — Remy passou a mão pelo cabelo, desordenando-o e
fazendo-o parecer adorável. — O que fez com os artefatos? A quem os vendeu?
— Ainda a ninguém. — Felicia limpou as lágrimas com o dorso da mão. — Fiz acertos
com um comprador, mas não fui capaz de dar nada. Ele tampouco me pagou nada ainda.
— Graças a Deus por isso. Onde estão?
— Debaixo de minha cama.
Remy se afastou, cada linha de seu corpo tensa. O homem que amava acabava de
descobrir que o tinha traído. Mais lágrimas correram por sua face. Antes disto, não tinha se
preocupado por perder Remy, porque tinha estado convencida de que não estava interessado nela.
Mas depois de ontem à noite, depois de beijá-lo no deserto, depois de hoje quando ele tinha falado
como se assumisse que ela trabalharia a seu lado pelo resto de sua vida, entendeu o que tinha jogado
pela amurada. E rasgava o coração em pedaços.
Remy deu um comprido suspiro.
— Traga-os de volta aqui e os afastaremos. Ninguém precisa saber a respeito disto, e nem
sequer o voltaremos a mencionar. Está bem?
Felicia assentiu, sabendo que não podia fazer nada mais. O comprador tinha prometido
vários milhares de dólares americanos pelas coisas, mas agora sabia que nunca teria podido fazê-lo.
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Jogar pela amurada sua carreira, e a de Remy também, por uns poucos milhares de dólares a teria
angustiado para sempre. Além disso, tinha um laço emocional com cada coisa encontrada em uma
escavação, sem importar quão insignificante fora. Era uma atadura com o passado que nunca
poderia ser replicada.
— Os irei procurar. — Sussurrou ela. — O sinto Remy.
Remy não a olhou.
— Você traga-os de volta, e o prometo, ninguém tem que sabê-lo.
Felicia voltou a assentir e caminhou cegamente para a porta. Remy não a castigaria, não a
arruinaria por isso. Era o suficientemente bom amigo para isso.
Mas também sabia, enquanto fazia seu caminho na quente noite do deserto, que nunca a
perdoaria.
— Valerie se foi. — Disse Val teimosamente em sua suíte no pequeno hotel fora do Vale
das Rainhas. — Não vai voltar. Em primeiro lugar nunca existiu.
Demitri olhou dentro de seus formosos olhos azul escuro, os olhos que seguravam a alma
de Valenarian. Uma malvada parte dele se alegrava, amava Valenarian, e estava de volta para ficar.
Mas seu regozijo seria a curto prazo. Afrodite voltaria em onze dias mais para ver se
tinham tido êxito ao integrar a ambas as mulheres finalmente.
— Val, carinho. — Leon tomou uma mão. — Você sabe que vamos morrer se não deixar
que a agradável volte, certo?
— Isso sei. Não há nada que possa fazer a respeito. Valerie se foi.
Leon olhou a Demitri.
— Como a trazemos a volta? Mais sexo?
Val passou os dedos pelo cabelo de Leon.
— Eu gosto dessa ideia.
— Privá-la de sexo. — Disse Demitri, sua voz dura. — Valenarian gosta de muito. Valerie
era celibatária.
— Isso só me deixaria louca. Pode que me transforme em uma selvagem máquina de
matar se não tiver sexo. Vocês não quereriam isso, certo? — Sorriu com um sorriso escuro.
— Seja séria a respeito disto. — Estalou Demitri. — Não quero te perder.
— Aw, é doce que se importe.
Demitri a fulminou com o olhar.
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— Sabe como me sinto sobre você. Torturou-me com isso desde dia em que te conheci.
O sorriso de Val desapareceu.
— Eu sou a que fui torturada. Como acha que foi acreditar que nunca se preocupou por
mim, que não podia fazê-lo devido ao que eu era?
Leon interrompeu.
— Poderiam atrasar o passeio pelo caminho das lembranças por outro momento?
Precisamos descobrir o que fazer.
— Encontrar o pingente. — Disse Demitri. — Essa deve ser a chave.
— Onde deveríamos começar a procurar? — Perguntou Leon.
Demitri se afundou no sofá com um suspiro, estirando os braços detrás das costas de Val.
— Infernos se sei.
— Bem, não vou me render. — Disse Leon. — Se tiver que ir através de cada tumba nesse
deserto, fá-lo-ei. Pode que Remy queira esquadrinhar de uma polegada de uma vez, mas não
importa o que terei que fazer para encontrar esse pingente. Por que não ajuda com sua magia do sol
do Apolo?
Demitri o brindou um olhar cansado.
— Não é tão simples. Nem é uma ferramenta divina.
— Não me aflija com seu entusiasmo. Qualquer pensaria que se rendeu.
— Não é assim. — Disse Demitri.
— São os deuses, Leon. — Disse Val, sua voz cansada. — Eles fazem o que querem, e
não podemos detê-los. Eles me fizeram com um propósito, e quando me afastei desse propósito,
enviaram Demitri a me deter e a Afrodite para me destruir.
Demitri fechou os olhos, lembranças dolorosas empurrando seu caminho em sua mente.
— Tinha se tornado louca. Tinham que te deter.
— Mas agora não estou louca. Não matei ninguém desde que te conheci, Demitri. Ou não
o notou?
Demitri abriu os olhos e a olhou de soslaio.
— Sim notei isso, sim. Mas te detive aquela vez em Atenas.
— Não tinha intenção de matar o homem. Queria assustá-lo, fazê-lo voltar com sua esposa
onde pertencia. Tinha terminado com isso, pronta para pagar, embora não soube nesse momento.
— E agora? — Perguntou Leon.
— Quero seguir com minha vida. Mas sou uma criatura dos deuses, e eles não querem que
tenha uma vida normal. Um demônio da vingança que castiga os homens infiéis? Algo afastado no
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mundo de hoje, não é assim?

A boca de Leon se deprimiu, e seus olhos voltaram a ter o olhar de dor que tinham muito
frequentemente.
— Mas os carros bomba que matam meninos estão bem. — Murmurou ele.
— Os deuses já não podem controlar isso. — Disse Val. — Mas podem libertar o mundo
de mim e sentir como se fizessem algo.
— Convencê-los-ei. — Disse Leon. — Testemunharei por você.
Val brindou uma risada aguda.
— Se renda, Leon. Façamos a sua maneira, encontremos o pingente ou o que seja e
vejamos o que ocorre. Quem sabe? Pode que tenhamos êxito.
— Sua confiança me aflige, carinho.
— Pobre Leon. É tão jovem.
— Sim, e já que minha vida foi curta até agora, eu gostaria de fazê-la durar um pouco
mais.
— Então procuraremos o pingente. — Disse Demitri.
— Bom.
Val inclinou a cabeça contra o ombro de Demitri.
— Enquanto isso, deveríamos encontrar um modo de nos manter ocupados.
O coração de Demitri pulsou mais rápido, e trocar um olhar com Leon. Os olhos de Leon
brilhavam, e Demitri deixou que o calor do sexo percorresse seu corpo.
— Veem aqui. — Disse a Leon. — Tenho em mente algumas coisas interessantes.
Horas mais tarde, Leon despertou lego roso quando soou seu telefone celular.
— Hei. — Respondeu.
— Leon. — A voz de Remy era forte. — Se lembra desse colar de louça que encontramos
na escavação? Esse que desapareceu? Felicia não o tem, assim acredito que um ladrão verdadeiro
tomou.
Leon esfregou os olhos.
— Não desapareceu, Remy. Sinto muito, devia ter dito isso. Demitri tomou emprestado
por um momento. Assegurar-me-ei de que o tenha de volta.
— Ele o fez? Bem, não importa. É bom saber que ao menos está a salvo. De qualquer
modo, acredito que descobri de onde veio.
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Série Mortal – 2
— Sério? — Leon se sentou. A seu lado, Val e Demitri dormitavam, o forte braço de
Demitri atravessando o abdômen de Val — Onde?
— Da nova tumba. Estava aparecendo por aí e…
— Voltou aí esta noite? Remy, homem, quando dorme?
— Dormirei quando voltar aos Estados Unidos. Estava compilando entre os escombros na
entrada, e encontrei mais pérolas de louça, muito parecidas com as que se soltaram desse colar. Tão
parecidas que pudessem ser do mesmo colar, mas não saberei até que volte a ver toda a coisa outra
vez.
— Acha que o colar era desse lugar?
— Talvez. O que acredito é que é algo que os ladrões deixaram cair ou jogaram longe
enquanto escavavam no buraco que encontrou no entulho. Com certeza que era o resto de um túnel
que os ladrões trataram de cobrir. Os ladrões que procuram ouro e prata não estariam interessados
em pérolas de cerâmica.
— Obrigado por me contar isso. Talvez possa ir para lá com meus amigos durante a
manhã e olhar ao redor.
— Quer dizer que não quer vir esta noite? — O tom do Remy era incrédulo.
Leon queria, mas não queria levar a Val para lá com falsas esperanças. Só porque Remy
encontrasse umas poucas pérolas não queria dizer que isto fora a resposta.
— Encontrei algo mais. — Continuou Remy — Parece uma parte de um pingente, talvez
combinando com o que estava no colar.
— Está brincando. Traga-o de volta com você. Reunir-me-ei contigo na casa da
escavação.
— Não posso fazer isso. Não posso levar nada deste lugar até que esteja mapeado,
fotografado e escavado de maneira apropriada. Isso não ocorrerá até a seguinte estação.
— Remy…
— Já tenho quebrado suficientes regra voltando a vir aqui. Não posso mover nenhuma
peça de rocha sem registrá-lo.
Leon jurou para si mesmo.
— Bem. Então me deixe ir ai. — Pode que o pingente não fosse que fazia jogo com o
deles, mas não faria mal olhar. — Quanto tempo planeja estar aí?
— Tanto como se necessite. Precisarei estar de volta na escavação para o amanhecer.
O amanhecer estava a quatro horas de distância.
— Espera. Estarei aí, irmãozinho. — Desligou o telefone.
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Série Mortal – 2
Demitri provou ser difícil de despertar. O grande homem murmurou em sons e finalmente
abriu um olho. Leon sussurrou apressadamente o que queria fazer. Sem necessidade de trazer ou
despertar Val, disse. Sairia disparado para a tumba de Remy e voltaria antes que Val estranhasse.
Demitri franziu o cenho, mas assentiu. O colar estava metido em uma bolsa de seda em
sua mala. Leon procurou dentro do saco, depois deslizou o pingente, com saco e tudo, no bolso de
sua jaqueta.
Não havia muita distância do hotel até a casa da escavação, assim Leon caminhou. Não
sabia como chegaria até o achado de Remy, mas quando chegou à casa da escavação encontrou um
jipe estacionado à frente com as chaves neste. Já que Remy estava a cargo destes veículos, e havia
dito que se reunissem, Leon não se sentiu mal encarapitando-se dentro, ligando a coisa, e
conduzindo.
Tinha memorizado o caminho. Os marcadores de Felicia estavam enterrados sob o céu
iluminado de estrelas, e a lua, já sem ser cheia, ainda navegava brilhantemente sobre sua cabeça.
Leon viu um novo caminho para o jipe que levava a afloramento e encontrou a seu irmão e
outro jipe no final. Estacionou a umas poucas jardas, para evitar perturbar qualquer mancha de pó
que seu irmão acreditasse importante, e caminhou para ele.
— Leon. — Disse Remy, sua face lavada pela luz da lua. — Foi rápido.
— Aprendi a ser rápido.
Leon caminhou ao redor do jipe de seu irmão e viu que tinha feito uma escavação mais
ampla. As roupas de Remy estavam todas sujas e mau abotoadas, Leon supôs que tinha ampliado a
entrada e depois trocado a algo que pudesse encaixar aí abaixo.
— O que aconteceu com aquilo de não tocar até que houvesse uma escavação apropriada?
Remy afastou o olhar.
— Não pude me deter. Tinha que saber. Posso arrumá-lo para que ninguém saiba depois.
— Sempre foi bom para se sair da merda. Assim me mostre este pingente.
— Está aqui.
Remy se despiu e se encolheu na forma de um grande lince. Leon o seguiu.
O lince era a forma menor que podia assumir qualquer dos irmãos, e inclusive então Leon
parecia um lince que tinha nascido grande e musculoso. Elevou entre seus dentes a bolsinha com o
colar e seguiu ao Remy dentro do buraco qual tinha escalado por volta de fora mais cedo aquela
noite.
O pó e o ar antigo aí abaixo confundiam seu sentido do olfato. Entretanto, a última vez
tinha tomado a forma de uma serpente, e as serpentes processam os aromas de maneira diferente.
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Série Mortal – 2
Em qualquer caso, algo tinha mudado, e não podia assinalar o que.

O buraco era muito mais amplo, mostrando que Remy tinha estado trabalhando duro.
Remy pôs suas garras de lince sobre o recheio e serpenteou seu caminho dentro do buraco. Leon
sentiu um momentâneo ponto de temor enquanto seguia-o, a lembrança de ficar entupido estava
muito fresca.
Mas agora o buraco era o suficientemente grande para que Remy e Leon pudessem
engatinhar através deste sem perturbar os escombros agrupados. Na base do comprido poço, Remy
voltou para sua forma humana e recolheu as grandes lanternas que tinha deixado aqui embaixo.
— Este lugar é fantástico. — Disse ele, iluminando avidamente as paredes de ao redor
com a luz. — Pinturas intactas, não foram vistas desde que o lugar foi selado. Leva em três das
paredes, só uma bloqueada. Olhe isto.
Remy mostrou a Leon o que não tinha sido capaz de ver na escuridão, uma entrada
retangular só cheia até a metade com escombros, um buraco escuro em cima.
— Essa sala é inclusive melhor. Quer ver?
— Não temos muito tempo. — Disse Leon — Preciso olhar o pingente, depois ambos
precisamos retornar.
— Oh, vamos Leon, não tomará tanto tempo. Me deixe te mostrar.
Remy começou a arrastar-se sobre o entulho, sem importar as rochas sobre seu corpo nu.
Leon suspirou e o seguiu. Melhor que isto fosse bom.
Emergiram em uma grande sala, e Leon iluminou diante as paredes com a lanterna que
tinha agarrado dos insumos de Remy. As paredes eram formosas, pintadas com azul, vermelho e
verde. O ouro brilhou com a luz repentina.
— Usaram ouro de verdade em suas pinturas. — Disse Remy. — E electrum, uma mistura
de prata e ouro. Com certeza os ladrões não puderam descobrir como tirá-los das paredes, ou que
havia muitos outros tesouros aqui embaixo e nem tomaram a moléstia. Pode ver marcas no pó onde
as coisas foram empilhadas.
Leon estudou a sala vazia e a urna de pedra larga e retangular em meio.
— Aí é onde está a múmia?
— É um sarcófago. Talvez um de muitos, porque este está bastante perto da superfície.
Talvez um enterro posterior. Pode que a múmia siga aqui, mas não vou perturbá-la para ver. —
Levantou algo do chão. — De qualquer modo, este é o pingente que encontrei. Trouxe o resto do
colar?
Leon abriu o saco e com muito cuidado tirou o pingente quebrado daí.
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Série Mortal – 2
Remy levantou a outra metade para esta.

— Parece que fazem jogo.
Faziam-no. Perfeitamente. A bordo irregular de um se alinhava com a borda irregular do
outro.
Leon inalou excitado.
— Posso tomar emprestado isto, Remy? Prometo que o trarei de volta quando terminar
com isso. De fato, terá o colar completo para que faça o que queira com este. Necessito isto agora,
está bem?
— Disse isso, não posso perturbar o lugar.
— Parece que o perturbou em abundância. Deve estar mais nervoso por este lugar do que
deixa ver.
— É meu achado. Meu. Farei o que queira com este.
Leon o olhou fixamente.
— Sente-se bem? A falta de ar está te afetando?
— Não. A quem disse que vinha para cá?
— Só a Demitri.
— Demitri. Ah, sim, meu filho.
A voz de Remy trocou, voltando-se mais profunda e cheia. Uma luz brilhante encheu a
tumba, opacando as lanternas. A luz aumentou, como se o sol tivesse começado a elevar-se dentro
da tumba.
Remy desapareceu. Um homem se elevou em seu lugar, alto, musculoso e formoso. A
perfeição da face do homem era quase cegadora, seus olhos escuros ardendo como buracos negros
no resplendor.
— Que demônios?
— Você deseja ajudar a diabresa Valenarian, homem mortal. Eu desejo que ela mora. Sou
um Deus. Eu ganho.
O colar e o pingente se voltaram incandescentes. Leon os deixou cair, o desenho de
pingente agora ardia em sua palma.
— Ficará aqui, macho humano, até que eu termine.
— Foda-se. O que fez a Remy?
— O homem em cuja forma confiou? Nada. Ele está dormido profundamente na casa
longínqua, sonhando sonhos problemáticos da mulher que ama.
— Quem infernos é você? E por que está tentando matar a Val? Ela esteve no caminho
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correto durante milhares de anos. Já está perdoado e esquecido.

— Você mal esteve vivo por trinta e dois desses anos. Não pode sabê-lo.
— Conheço Val.
O Deus se mofou.
— Você deitou com o Valenarian. Não é o mesmo. Ela te matará no final.
Leon pensou em como os olhos de Val foram da cor meia-noite escuro ao azul mais claro,
do brilho malvado a um cuidado preocupado. Ela era ambas as mulheres, e ambas as mulheres
amavam Demitri. Leon não estava seguro do que Val pensava sobre ele, mas seu amor pelo Demitri
tinha sido férreo por milhares de anos.
— Você é o que não conhece Val.
A luz cintilou, depois começou a desaparecer.
— Não trate de frustrar a vontade dos deuses. Estará a salvo aqui.
— Hei— Chamou Leon enquanto a luz desaparecia. — Não tenho comida aqui embaixo.
— Então é melhor que espere que a mate rápido. — A voz desapareceu com a luz e então
se foi, e Leon foi deixado em uma escuridão absoluta.
Capítulo 19
Demitri despertou enquanto o sol tocava a janela. Val estava aconchegada a seu lado
esquerdo, mas Leon se foi.
Demitri rodou fora da cama, com cuidado de não despertar a Val, depois tomou banho e
passeou para a sala de estar da suíte.
Leon tampouco estava aí. Sem alarmar-se, Demitri levantou o telefone e ordenou o café da
manhã, depois voltou para quarto. Sentou-se na cama e levantou os escuros cachos da face de Val.
— Acorda, preguiçosa.
Val pestanejou, depois se estirou e sorriu.
— Olá, amado. — Enlaçou os braços ao redor de sua cintura. — Onde está Leon?
— Não sei — Demitri tinha a vaga lembrança de um sonho, Leon de pé sobre ele,
perguntando algo, mas a visão desapareceu enquanto a tratava de alcançar. — Provavelmente se
dirigiu para a escavação para ver seu irmão.
— Quererá saber o que aconteceu entre Remy e Felicia. Eu também, — Ela bocejou. —
Eu gosto disto. Despertar em um leito esquentado por meus dois amantes. Desejaria que tivéssemos
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isto para sempre.

— Teremos. — Disse Demitri firmemente. — Resolveremos esta adivinhação, o
provaremos a Afrodite, e a manteremos conosco.
Ela se via abatida.
— Está muito seguro. Ela não quer isso.
— Estou seguro. Agora, se levante. O café da manhã estará aqui logo.
Demitri beijou seus quentes lábios depois deixou que se banhasse e se vestisse. Deixou
que entrasse o garçom com o serviço de quartos e dispôs o café da manhã em uma mesa, abrindo os
jornais do Cairo e Londres. As notícias eram quase as mesmas de sempre: guerra, morte, aumento
de preços, desemprego. Os jornais dos humanos frequentemente o deprimiam. Também havia
coisas boas passando no mundo, focos de humanidade ajudando-se uns aos outros sem outra
recompensa que sentir-se bem, mas parecia que os jornais não estavam interessados.
Val vagou da parte posterior e se sentou à mesa. Bicou sua comida, seu olhar perdido na
janela ensolarada.
— Tive um mau sonho.
Demitri deixou o jornal a um lado. Devia ter sido a noite dos sonhos estranhos.
— O que aconteceu nesse?
— Nada coerente. Só escuridão. Uma escuridão pesada. Assustou-me.
— Só foi um sonho.
— Não sonho como os humanos. Eu vejo lembranças, boas ou maus. Isto foi diferente.
Ela se via pálida e retraída. Demitri se estirou e tomou a mão, surpreso de encontrá-la fria
como gelo.
— O que acontece, neném?
— Nada. Leon disse aonde ia?
— Não a mim. — Outra vez o sonho de Leon falando zombou dele, mas Demitri não pôde
enfocar-se neste. — Despertei, e ele não estava.
— Deveríamos encontrá-lo.
Demitri assentiu.
— Acredito que tem razão.
Deixaram o hotel e caminharam o curto caminho até a escavação, onde descobriram Remy
vagabundeando ao redor, fiscalizando. Felicia os viu e afastou o olhar, sua cara cansada.
— Leon não veio aqui esta manhã. — Disse Remy quando perguntaram. — Não o vi
desde que se foi com vós ontem à noite.
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— Talvez voltou para Luxor — Sugeriu Val.

— Sem nos dizer?
— Isso não é incomum para Leon. — Disse Remy. — Ele às vezes desaparece sozinho,
quando quer pensar. Foi pior desde que voltou do Afeganistão.
— Acha que tenha ido de novo a sua tumba? — Perguntou Demitri.
Remy parecia sem expressão.
— Não sei para que. De qualquer modo, todos os jipe estão contados, nenhum falta. Não
teria ido ali simplesmente sem fornecimentos ou sem me dizer. Estou seguro disso.
Ele não se via muito preocupado. Parecia distraído por seu trabalho esta manhã e depois
os deixou sozinhos.
— Estarei mais feliz quando souber onde está. — Disse Val enquanto voltavam para a
casa.
— Cruzaremos até Luxor. Pode que esteja em busca do pingente na lojas de lembranças.
Val hesitou.
— Não acha que tenha voltado para casa, certo? Afrodite deixou bem em claro que ele
morreria se tratava de me ajudar e falhasse. Pode que tenha decidido que o momento fosse de fugir.
— Pode que isso não o salve se o fizer.
— Sei. — Val descansou sua cabeça sobre o ombro de Demitri. — O sinto tanto, Demitri.
Arrastei-o nisto, arrastei Leon nisto. Não merecem ser castigados por meus pecados.
Demitri estendeu sua mão pelo cabelo dela, amando sua sensação e seu aroma.
— Farei o que seja para te salvar, Val. Não me importa o que me passe.
— Importa-se o que aconteça ao Leon?
Demitri olhou dentro de seus olhos azul escuro.
— Sim. Muitíssimo.
— Então precisamos encontrá-lo.
— De acordo.
Demitri a aproximou, beijou seus lábios. Continuaram até o hotel, onde subiram a um táxi
e fizeram que os levasse a ferry.
— Merda. — Repetiu Leon.

Havia se arrastado de retorno através da entrada meio cheia até a hall, usando sua lanterna
para localizar os cantis de água que Remy havia trazido até aqui. Correção, os cantis que Apolo, ou
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quem infernos tivesse sido o tipo, havia trazido até aqui.

A água estava aí, mas o grande buraco nos escombros não. A luz da lanterna de Leon
mostrava uma parede sólida de pedra calcária, bloqueava completamente seu caminho de saída.
Leon praguejou por um momento mais. Quando sua garganta se secou, começou a beber
água. Era uma falácia que uma pessoa devia guardar a água até que estivesse sedenta. Leon poderia
desidratar-se muito rápido aqui embaixo, e beber tanta água como fosse possível imediatamente era
o mais inteligente.
Engoliu água até que ficou cheio e limpou a boca. Calculou que tinha suficiente água para
alguns dias, inclusive mantendo-se hidratado. Estava fresco na tumba, mas não congelado. E
embora o ar estivesse viciado, não estava morto.
Devia haver condutos diminutos em algum lado muito acima que ventilavam o lugar.
O fato deu esperanças a Leon de que houvesse outro modo de sair. Os deuses do Parteão
grego sabiam sobre exploração de tumbas? Leon recordava Remy mostrando os planos detalhados
de tumbas que já tinham sido escavadas e esvaziadas. As mais simples tinham uma entrada, uma
escada diretamente até abaixo, outra câmara, como em que estava parado, depois descia outra
escada até a câmara principal de enterro. Algumas tumbas eram mais elaboradas, com compridas
passagens, mais salas laterais, e a tumba se inclinava em forma de L para encaixar no terreno em
que estava escavada. Leon nunca tinha visto alguma indicação de uma segunda saída.
— Isso não significa que não houvesse uma. — Balbuciou. As tumbas estavam seladas,
havia dito Remy, depois de que a passagem principal fosse cheia com escombros.
Mas com o tempo os ladrões as tinham arrumado para encontrar seu caminho de entrada e
saída.
Leon levantou a lanterna e começou a explorar. Havia outra porta oposta a aquela pela
qual o deus disfarçado de Remy o tinha feito passar. O entulho estava um pouco mais alto aqui, mas
os fornecimentos que tinha deixado no hall incluíam uma espátula.
Leon usou a pequena ferramenta para fazer um buraco o suficientemente grande para que
pudesse passar. Arrastou-se através deste, amaldiçoando à medida que as rochas cortavam algo de
sua pele. Do outro lado, sustentou em alto a lanterna e se deteve assombrado.
Uma comprida passagem se inclinava frente a ele, aberto e sem preencher. Sua lanterna
iluminou paredes e teto cobertos de imagens pintadas com azul, vermelho e verde, delineadas com
negro. O ouro e a prata cintilavam das paredes, brilhantes e frescas.
Leon teve um brilho de entendimento sobre por que Remy considerava escavar tumbas
antigas uma boa profissão. A beleza da arte era incrível, e o pensamento de que ninguém tivesse
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olhado estas imagens em milhares de anos era vertiginoso.

Leon pendurou no ombro a água que havia trazido com ele e começou a descer pela
passagem. Corria ao redor de cem metros antes de bifurcar-se em duas direções, ambas as
passagens secundárias cobertas com igual quantidade de pinturas.
Iluminou com sua luz para a escura boca de cada passagem, lançando uma moeda em sua
mente, e foi para a direita.
Essa passagem levava para um corredor com muitas salas abertas para leste.
Leon olhou ao redor seu maravilhado. Estar tão profundo sob a terra era silencioso, com
toda esta beleza escondida sob a nua superfície do deserto.
— Remy vai adorar isto — Murmurou. Suas palavras soaram planas, mortas no ar quieto.
O lugar era um labirinto. Leon secou o suor da testa e contemplou o que fazer. Não o
preocupava perder-se, poderia encontrar seu caminho de volta à entrada, para o bem que faria. A
espátula não atravessaria a grande queda de rocha que selava a única via de saída visível. Estava
entupido.
A lanterna de Leon captou uma pintura que não tinha notado antes uma miríade de
músicos, bailarinos, homens em tronos, trabalhadores nos campos e coisas assim. Era de um homem
pequeno com chifres em sua cabeça, sua face distorcida para parecer como a de um leão. O homem
estendia sua mão direita frente a ele, todos os dedos estendidos. O corpo pareceu brilhar quando a
luz passou sobre este, como se estivesse pintado com a mistura de prata e ouro chamada electrum.
A uns poucos passos, Leon viu uma pintura idêntica, o braço apontando do mesmo modo.
Mas ao final da passagem, a imagem aparecia na parede do final, apontando à esquerda. Leon olhou
nessa direção depois escolheu girar à direita, tal como tinha feito.
Sua lanterna iluminou uma série de imagens agrupadas tão perto que eram quase como
uma animação. O homem pequeno com face de leão parecia estar movendo os braços, sua boca
aberta como em um grito pintado. Ao final desta série, o braço apontava à esquerda de Leon, seus
olhos aumentados em um olhar fulminante.
— Bem, irei à esquerda.
Leon começou a caminhar pela passagem. Quando sua luz captou um homem com face de
leão, ainda seguia apontando nessa direção pela passagem. Leon seguiu caminhando. Seus pés
doíam pelo chão de pedra, mas tinha feito caminhadas mais duras que esta. Ao final desta
passagem, voltou a aparecer o homem com cara de leão, seus chifres um pouco maiores desta vez.
Ele apontava à direita. Leon dobrou nessa direção, e na seguinte imagem, o homenzinho tinha um
grande sorriso.
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— Espero que tenha razão. — Balbuciou Leon, e seguiu caminhando, para a escuridão.
Não encontraram nenhum sinal de Leon em Luxor. Val estava gelada de preocupação. Os
amigos egípcios de Demitri, dos quais parecia ter tantos, informaram-no que Leon não tinha sido
visto retornando a Luxor. O amigo hoteleiro de Demitri, Karim, conhecia operador da linha de
barcos, quem disse que Leon não tinha comprado nenhum ingresso nem desembarcado de nenhum
dos portos. Nem tinha cruzado a ponte em táxi. Mas Karim e seus espiões procurariam o Leon e
chamariam a Demitri se o visse.
Val se sentou em um banco fora do Templo de Luxor e se agarrou as mãos.
— E se ele voltou para a tumba de Remy? Pode que haja passado tempo no Afeganistão,
mas não conhece desertos como estes.
— Encontrá-lo-ei. — Demitri falou com voz determinada.
Val estirou e tomou suas mãos.
— Ambos temos magia, Demitri. Podemos destroçar este lugar, pedra por pedra, até que o
encontremos. Se alguém tiver feito mal, arrancarei a pele dos ossos.
— O que é exatamente que Afrodite quer que faça. Então pode te matar sem remorso.
A raiva de Val se agitou, uma ira negra que tinha mantido suprimida durante séculos.
— Acha que fez isto deliberadamente? Que usou como isca para ver como reagiria?
Talvez por isso o conheci no Cairo em primeiro lugar. Maldição, ela sabe como torcer a faca. — Ela
apertou as mãos de Demitri com uma preocupação repentina. — Fará o mesmo a você.
— Não a deixarei, amor.
— Você é poderoso, mas segue sendo um semideus.
Demitri se inclinou para ela, sua calidez consolando-a.
— A gente de minha mãe também tinha bastante magia, um fato que os deuses gregos
tendem a esquecer.
— Então ajuda Leon.
Demitri tocou sua face.
— Não se preocupe amor. Encontrá-lo-ei. E se estiver ferido, os deuses aprenderão o que
é realmente a vingança.
Felicia terminou de reordenar as prateleiras e voltar a registrar os artefatos que tinha tirado
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da sala, maravilhando-se por ter tido a valentia de tomá-los em primeiro lugar. Mas o cuidado de
sua mãe era caro, e tinha estado desesperada.
A irmã de Felicia, que vivia ao meio quilômetro do lar de anciões onde estava hospedada
sua mãe, tentava ajudar, mas seus recursos também eram limitados. Pelo menos podia visitar sua
mãe todos os dias, a diferença de Felicia, que estava tentando construir uma carreira a milhares de
quilômetros longe de casa.
Remy não tinha falado com ela desde sua confissão de que tinha tomado os artefatos.
Realmente não podia culpá-lo. O fato de que não houvesse pedido que empacotasse e fosse para
casa era um milagre. Mas é obvio, teria que explicar ao departamento por que tinha tirado de sua
equipe à segunda pessoa com mais experiência, o qual levaria a perguntas a respeito de como ele
tinha permitido que acontecesse isto em primeiro lugar. Remy simplesmente estava evitando
complicações.
Felicia pôs em seu lugar o último artigo. Quão único faltava era o colar e o pingente de
louça, mas ela não tinha tomado isso. Pensava que talvez tinha sido Val, mas não tinha ideia de por
que a mulher o teria feito. Val não parecia interessada em antiguidades, e tinha Demitri para que
comprasse ouro e joias.
Mas Val era estranha, e não havia maneira de saber por que a mulher fazia algo.
Enquanto Felicia terminava de restaurar a lista de verificação, Val e Demitri entraram
abruptamente à sala de armazenamento.
— Onde está Remy? — Demandou Demitri. Seus olhos eram duros, sua voz ainda mais
dura.
Felicia deixou cair o portas papeis.
— Na escavação. O que está errado?
— Poderia encontrar seu caminho de volta à tumba de Remy se tivesse que fazê-lo?
— Sim, eu fiz o mapeamento. Por que?
— Agora mesmo?
— Faz bastante calor agora mesmo. E não me respondeu. Por que?
— Pode nos levar? — Demitri era um homem grande, e sua raiva e seu poder de comando
encheram a sala. Felicia teve o repentino e estranho impulso de cair de joelhos e elogiá-lo.
Resistiu.
— Remy me mataria. Já está bastante irritado comigo.
— Graças a mim, sei. — Disse Val com entendimento. — Mas pode que Leon esteja
apanhado aí fora. Não podemos encontrá-lo.
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— Estão seguros? Por que iria à tumba sem Remy?

— Pode que tenha sido atraído até aí. — Explodiu Demitri. — Preciso revisá-lo.
A preocupação gritou dentro de Felicia. O deserto podia ser brutal, e se Leon estava fora
sozinho, poderia estar em grave perigo. Não faltava nenhum dos jipes, assim deveu ter ido a pé, já
fora como humano ou na forma de qualquer animal no que tivesse escolhido transformar-se.
— Temos que olhar. — Disse Demitri. — Pode nos levar?
Felicia mordeu o lábio. No deserto, cada minuto contava. Remy estava muito metido na
escavação hoje, do outro lado de um desmoronamento que tomava tempo e cordas para escalar.
Para o momento em que recebesse uma mensagem e baixasse todo o caminho até a casa, poderia ser
muito tarde para o Leon.
Ela assentiu.
— Enviarei uma mensagem a Remy, mas os levarei agora mesmo.
Demitri ofereceu um curto assentimento, sem agradecer, e abriu a porta de um puxão.
— Eu ficarei aqui. — Anunciou Val.
Demitri se voltou, a ira em sua face. Val parou frente a ele, encontrando seu espantoso
olhar. Felicia sempre tinha pensado que Demitri era atraente e reservado, mas hoje algo mais
brilhava nele, uma força e poder que ela não entendia.
— Poderia ser mais seguro para Leon se o resgatar você sozinho. — Disse Val
tranquilamente. — Além disso, posso procurar Remy e contar o que está acontecendo.
Demitri a olhou por um comprido momento. Uma luz branca brilhava em seus olhos, sua
face dura com uma raiva brutal. Finalmente seu olhar se suavizou, e se inclinou e beijou os lábios
de Val.
— Encontrá-lo-ei. — Prometeu.
Girou e saiu. Felicia tirou a chave da sala de armazenamento de seu chaveiro e a estendeu
a Val.
— Se assegure de fechar quando for procurar Remy.
Val a aceitou com um olhar triste e um assentimento, e Felicia saiu correndo atrás de
Demitri.
Os jipes sempre se mantinham preparados, assim Felicia só teve que agarrar algumas
garrafas mais de água antes de ligar o motor e afastar-se da casa da escavação.
Demitri esteve em silencio durante a poeirenta viagem pelo deserto.
Felicia nunca tinha estado muito cômoda com ele, e agora ele olhava para a distância
taciturno, suas emoções quase evidentes. O sol estava em seu apogeu, o calor intenso.
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Felicia abriu uma garrafa de água com uma mão e tomou um comprido gole.
— Por que roubou os artefatos? — Demitri perguntou abruptamente.
Felicia se engasgou. Tampou a garrafa e se secou a boca.
— Por que quer sabê-lo?
Demitri girou a cabeça, o negro plano de suas lentes de sol fixos nela.
— É uma mulher inteligente. Tem integridade. Deve ter havido uma boa razão.
— Houve-a.
— Me diga.
Ele era igual a Val, Felicia não tinha desejos de abrir seu coração, mas se encontrou
dizendo a história. Contou tudo, a respeito de sua mãe e fazer seu caminho através da universidade,
as preocupações de sua irmã, o próprio temor de ter que renunciar à carreira que amava. Quando
terminou, sua boca estava seca até os ossos, e tomou outro comprido gole de água.
— Quanto dinheiro tomará manter cuidada de sua mãe neste lugar?
Felicia o brindou uma risada tremente.
— Um montão. Não é um trato de uma vez, há gastos cada mês.
A boca de Demitri se aplanou.
— Perguntei quanto.
Felicia disse a soma, inalcançável em sua opinião.
— Abrirei uma conta em seu nome em Chicago. — Disse ele. — Tenho amigos de
negócios que farão isto por mim. Terá dinheiro aí que usará para pagar pelo cuidado de sua mãe.
Felicia moveu o volante e o jipe se deslizou fora do caminho. Com esforço, pô-lo de volta
no caminho.
— Não pode fazer isso.
— Posso fazer facilmente. Farei uma chamada por telefone quando voltarmos, e pronto.
Felicia o olhou fixamente. Demitri voltou a olhar o deserto frente a eles. Só estalo os
dedos, e todos seus problemas estão resolvidos.
— Por que faz isto por mim?
Ele não a olhou.
— Remy é importante para Leon, e você é importante para Remy.
Felicia se agarrou ao volante.
— Isso é levar a amizade muito longe. Não posso deixar que o faça.
— Não pode me deter. Preocupo-me muito pelo Leon, que é pelo que estamos viajando
por aqui para encontrá-lo. É o menos que posso fazer para te corresponder por sua ajuda.
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Série Mortal – 2
— Por conduzir o jipe?

— Por não discutir ou demorar, por nos ajudar imediatamente embora pensou que Remy
não estaria contente com você. Entende o essencial e tem a coragem para fazer o que precisa ser
feito.
— Sou assim de magnífica, certo?
— Não merece preocupar-se excessivamente por sua mãe. Eu posso facilmente prover
essa pequena soma que disse e aliviar essas preocupações. Então não estará tentada de roubar
pedaços de argila sem valor e arruinar sua relação com o homem que ama.
— Não são pedaços de argila sem valor.
— Põe valor por sua conexão com o passado. Essa é sua escolha.
— É um homem estranho Demitri.
— Não sou um homem.
Com esse estranho comentário, Demitri deixou de falar, a conversa terminou. Esteve em
silêncio o resto do caminho à tumba, e Felicia ruminou seus próprios pensamentos, sem estar segura
do que fazer com ele.
Capítulo 20
Val informou a Remy que seu irmão poderia estar em problemas fora no deserto, o qual
iniciou uma rajada de atividade.
Remy queria correr atrás de Felicia, mas Val o advertiu que se acalmasse e que reunisse
cuidadosamente as ferramentas que necessitaria para um resgate. Remy, com seus olhos tão
parecidos com os de Leon, assentiu laconicamente e começou a gritar ordens.
Não muito depois, dois jipe rugiram para o branco deserto. Val os observou partir, depois
caminhou para o cruzamento e convenceu ao condutor do táxi que a levasse de volta através do Nilo
até Luxor. O táxi a deixou no hotel, onde conseguiu algumas coisas de sua suíte, depois caminhou
até o Templo de Luxor.
Val assegurou mais o lenço de sua cabeça ao redor do pescoço enquanto se unia à
multidão de turistas que entrava em lugar. Caminhou ao longo dos corredores com indiferença, sem
ver as maravilhas das que falavam os guias turísticos em vários idiomas diferentes.
Val deixou o grupo ao final do templo e se aproximou das halls da parte posterior. Os
guias turísticos não levavam às pessoas muito além deste ponto, declarando que o ruído santuário
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Série Mortal – 2
interior não é tão interessante como os corredores preservados de Amenophis e Ramsés O Grande.
Val esperou até que a multidão diminuiu um pouco, depois se inundou nas sombras de
uma parede arruinada e tirou as roupas. De sua grande bolsa de mão, tirou um fino vestido de gaze
que enganchou o ombro com um alfinete dourado. Extraiu um colar de ouro e lapislázuli e o pôs ao
redor do pescoço, depois deslizou braceletes de ouro em seus braços. Pintou os olhos com um
delineador e pôs um toque de escarlate em seus lábios. Descalça, escondeu sua bolsa e roupa
debaixo de uma pilha de murais do período romano que foram removidos do templo mais antigo.
— Olhe, mamãe. — Disse um menino com sotaque inglês enquanto ela saía. — Essa
senhora está vestida como Cleópatra.
A mãe levantou o olhar, ficou boquiaberta diante o vestido fino como papel sobre o corpo
exuberante de Val, e abruptamente arrastou longe a seu filho. Val os ignorou e girou para o
santuário que alojava uma estátua arruinada de Amun.
Amun, um dos primeiros deuses do panteão egípcio, tinha obtido grande proeminência
durante o Reino Médio. Para o momento do Novo Reino, o período de Hatshepsut, Tuthmosis e
Tutancâmon, Amun começou a unir-se com a Ra, e se elevou uma nova manifestação, Amun-Ra, o
todo poderoso, o deus sol.
Val se ajoelhou na base da estátua arruinada e inclinou a cabeça até o chão de pedra.
— Sua serva veio. — Sussurrou em egípcio antigo. — Me entrego em suas mãos.
Nada aconteceu. Atrás dela, os turistas seguiam desfilando pelo corredor hipóstilo, e frente
a ela, mais à frente do santuário, fluía o impaciente tráfico. Ouviu o zumbido de um alto-falante na
cidade seguido por um almuecín7 chamando à oração de meia tarde.
Muito lentamente, desapareceram os sons do mundo moderno. As paredes do templo
começaram a solidificar-se ao redor dela, tal como tinham feito quando veio com Demitri e Leon
para chamar Afrodite.
O deus que respondeu a Val não foi a adorável Afrodite. Uma formosa estátua de
mármore apareceu onde uma vez esteve Amun de pé, mas esculpido ao modo grego. Estava nu,
perfeito, seu pênis ereto, uma coroa de folhas de louro descansava sobre sua cabeça.
O branco da estátua se ruborizou de rosado, o mármore desapareceu, e o deus sol dos
gregos se parou frente a Val, seus grandes pés justo sobre sua testa.
— O que é isto? — Sua voz explodiu através do templo, levando o mesmo timbre que a de
Demitri, mas com um bordo nesta, uma crueldade da que Demitri carecia.
Val levantou sua cabeça.
7
Som Muçulmano que chama à oração
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Série Mortal – 2
— Deus do sol, você quer minha vida.

Apolo sorriu, seu formoso rosto se voltou até mais formoso.
— Assim é. Mas não posso simplesmente te matar, infelizmente. Afrodite clamou por
você até que certas condições sejam cumpridas.
Val cruzou as mãos sobre seu peito.
— Você deu a oportunidade de me integrar com a personalidade de Valerie, sua serva.
Para me voltar inofensiva. Mas não funcionou. Sigo sendo Valenarian, e isso é tudo o que poderei
ser alguma vez.
— Sei disso. — Disse Apolo com impaciência. — Mas Afrodite gosta de seus jogos.
Gosta de ver às pessoas apaixonando-se. Muito doce. Asquerosamente. Deve ter cansado disso com
os anos.
— Não realmente. Eu sabia o que era apaixonar-se.
— Não seja chorona. — Apolo arrastou a Val até pôr a de pé com uma grande mão.
Elevou-se sobre ela, duas vezes seu tamanho, um deus não disposto a parecer muito um ser humano
— Seduziu meu filho, quem é um idiota por permitir isso.
— Eu amo Demitri.
Apolo a olhou com desdém.
— Você o arruinou. Ele era feliz e despreocupado até que o encontrou.
— Ele me encontrou, diante o requerimento de Afrodite. Ele me seduziu e me enganou
para me levar até sua armadilha. — Val sorriu cansadamente. — E ainda o amo.
— Você não sabe nada sobre o amor.
— Mas sim o faço. Demitri me ensinou tudo o que terá que saber a respeito disso. — Ela o
brindou um sorriso zombador que sabia que custaria. — Certamente não o aprendeu de você.
Tal como predisse, o golpe do Apolo a derrubou contra as pedras.
— Não discuto sobre meu filho com putas.
Val limpou o sangue da boca. Queria provocar Apolo, dizer que havia uma razão pela qual
Apolo nunca recebeu um cartão do Dia do Pai de Demitri. Apolo tinha engendrado Demitri e o
tinha abandonado, deixando a sua mãe, uma tigresa troca-formas do Vale Hindu, para que ela o
criasse. Mas Val não queria a ira de Apolo dirigida a Demitri.
— Quero que o perdoe. — Disse ela. — E a Leon. Eles não merecem morrer por mim.
— Eles a ajudaram. — Apolo franziu o cenho, sua ira evidente. — E se deitaram com
você. E agora Demitri se preocupa com Leon, um mero mortal.
— Demitri é seu filho. Deveria morrer por uma puta como eu? E Leon ficou apanhado em
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Série Mortal – 2
meu despertar, um inocente transeunte.

Os olhos de Apolo se entrecerraram.
— O que está propondo?
Val ficou direita, enfrentando-o, sem estar pronta para voltar a ajoelhar-se.
— Proponho me entregar a você. Deixarei que me destrua, com duas condições.
— Condições? — A voz de Apolo rodou pela antiga sala. — Põe condições à vontade de
um deus?
— A primeira condição é que perdoe Demitri e Leon. — Disse ela, ignorando-o. — Não
deveriam formar parte disto.
— Estou inclinado a perdoar meu filho. — Respondeu Apolo. — Me preocupo com ele,
sem importar o que puder pensar. O que é o segundo?
— Me dê tempo para fazer uma coisa. Depois disso, pode fazer sua vontade.
— E que é esta coisa?
— Quero fazer uma viagem. — Finalmente Val agachou sua cabeça em submissão, algo
no que Valenarian era má, mas queria muito esta bênção. — Uma curta viagem para fazer um
oferecimento, e então estarei preparada.
Apolo ficou em silêncio, seu poder enchendo o templo. Os antigos deuses egípcios
estavam ausentes, talvez não achando que Val valesse a pena. Eles a tinham feito, e a tinham
abandonado.
Val sim viu uma pintura destacada além da perna esquerda de Apolo, o delineador escuro
e pintado brilhante e fresco. O pequeno deus tinha chifres em seu cabelo encaracolado e focinho de
leão, Bs, o deus que tinha aceitado vender tapetes no Cairo e pousar como garçom de serviço de
quarto no hotel de Luxor.
Ele estava aqui para cuidá-la, embora Val estava cética sobre o que poderia fazer contra o
poder de Apolo.
— Me olhe, menina da escuridão. — Disse Apolo.
Val levantou a cabeça, evitando o olhar direto de Apolo. Poderia morrer se o olhava
diretamente.
— Falei que me olhasse.
Val tragou. Girou brevemente seu olhar para o de Apolo, encontrando uns olhos negros
que eram como vazios de escuridão.
Os olhos de um deus podiam levar a muitos lugares. Os olhos de Demitri eram quentes e
marrons, e os de Leon de um formoso verde. Nunca se tinha cansado de olhá-los.
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— Levá-la-ei ali. — Disse Apolo. — Mas tem que seguir olhando meus olhos.
Val inspirou longamente, seu corpo enchendo-se de temor. Disse um silencioso adeus a
Demitri e Leon, seu coração doendo, depois girou a cabeça e olhou totalmente a Apolo.
Uma luz impossivelmente brilhante a apunhalou diretamente na cabeça, então o templo ao
redor de Val desapareceu. Sentiu-se flutuando, doente, o poder do deus apertado ao redor dele.
De volta a Luxor, a luz desapareceu. O santuário estava vazio e deserto, os restos de uma
estátua de Amun de pé só em sua câmara arruinada. O pequeno menino britânico, que tinha olhado
para trás para olhar à senhora com o vestido transparente, esfregou-se os olhos. Um raio de sol deve
ter batido neles, decidiu, e se voltou para trotar para sua mãe.
Leon chegou ao final do comprido corredor, seus pés descalços palpitavam. A passagem
terminava em uma parede pintada com pessoas grandes com peitos nus, com saias, caçando e
pescando, dançando e praticando com espadas. Nem portas nem corredores nem escadas se abriam
para o outro lado, a parede era um beco sem saída.
— Não acredito que isto seja a saída. — Disse Leon, meio para si mesmo, meio para a
pintura.
No conto da parede diante dele, o deus com cara de leão estava representado com seus
braços pregados, um olhar triunfante em sua face. Leon se inclinou para olhá-lo atentamente.
— Poderia fazer algo útil como me dizer qual é a saída? Junto à pequena figura pintada
havia uma greta na parede. Leon a iluminou com sua lanterna, encontrando-a regular e larga, de
perto de quatro por quatro centímetros de largura.
— Uma porta oculta? Poderia ter tanta sorte?
Leon abriu a bolsa com fornecimentos que levava e tirou a espátula, sua única ferramenta.
Meteu-a na greta e tentou de fazer alavanca. Não tinha muita esperança, mas repentinamente a
pedra cedeu. Viu que esta área da parede era falsa, só gesso sobre fina pedra. Facilmente empurrou
para dentro a peça, abrindo um quadrado de três metros.
Iluminou dentro, encontrando outra sala, mas esta era diferente.
Estava cheia do chão ao teto com reluzente ouro.
— Filho de puta. — Sussurrou.
O feixe de luz de sua lanterna aterrissou sobre caixas de ouro, rodas de carruagens, arnês,
potes, e outras coisas que Leon não pôde identificar. As reservas enchiam quase cada polegada de
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espaço. Era incrível.

Com muito cuidado, Leon escalou dentro da sala. Tirou uma caixa de cima de uma pilha e
a abriu. Dentro jaziam largas cordas de ouro enlaçadas com pedras, algumas das quais identificou
como esmeraldas e lapislázuli.
Com a boca seca, Leon fechou a caixa e abriu outra. Congelou. A sólida caixa de ouro só
sustentava uma coisa, a peça quebrada de um pingente de louça.
Leon procurou provas a bolsista de seda na bolsa. Deixou cair as contas em sua palma,
encontrando que a metade do pingente que Apolo tinha entregado era agora só um pedaço de pedra
calcária. Jogou isso a um lado e com cautela levantou a segunda metade do pingente da caixa.
Alinhou-a com a metade que já tinha, e encontrou um ajuste perfeito.
— Fantástico. — Disse ele, seu coração pulsando rapidamente. — Encontrei a chave. Mas
estou preso aqui e não posso usá-la.
Leon voltou a pôr dentro da bolsinha de seda a segunda peça do pingente com o colar.
Voltou a abrir a primeira caixa e tirou uma corrente de ouro, ainda brilhante e forte. Deixou cair
isso dentro da bolsinha com suas contas, depois fechou ambas as caixas e voltou às pôr onde
estavam.
— O nome do Remy está feito. — Disse. — Isso é, se alguma vez sair daqui para contar a
respeito.
Leon voltou a arrastar-se fora através do buraco para o corredor silencioso e vazio. Voltou
a iluminar com a luz sobre as paredes pintadas, depois se congelou, seu coração martelando.
— Bem, Merda.
Sem importar onde iluminasse, sem importar a intensidade com que olhasse, não pôde
encontrar nenhuma das pinturas do pequeno deus com cara de leão. Todas as imagens
desapareceram.
Para uma mulher que tinha vivido durante três mil anos em um templo no mágico Monte
Olimpo, a sulina Louisiana era um mundo alienígena. A estreita estrada em que Val se encontrou ia
entre campos e estava bordeada por um matagal de árvores. O ar era mais fresco que no Egito, mas
úmido e abafadiço. Era de noite, mas as nuvens em cima de sua cabeça tampavam as estrelas e a
lua.
Um carro vinha disparado pelo caminho, as luzes dianteiras iluminando sobre Val. Ela
ainda levava a roupa quase transparente do antigo o Egito, seu colar de ouro e os braceletes
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piscando na repentina luz. O carro fez uma virada aguda com brutalidade, depois se endireitou e
continuou depressa.
Um caminhão retumbou atrás dela, os freios chiando enquanto diminuía a velocidade. A
voz de um homem gritou da cabine do caminhão.
— Olá, daminha. Necessita de uma carona?
Seu sotaque era comprido e suave, como o de Leon. Val pôs o sorriso de Valenarian em
seus lábios.
— Sim. Pode me levar a um lugar chamado Fontaine?
— Com certeza que sim. Fica justo em minha rota. Tem sorte.
Val continuou sorrindo e esperou até que o homem sustentou a porta aberta para ela. Ele a
olhou lascivamente enquanto ela subia na cabine menos que limpa, depois se acomodava enquanto
ele voltava a sentar-se no assento do condutor. Uma longa escopeta descansava atravessada sobre
um tapete na janela traseira, e pelo aroma da roupa atirada atrás do assento, ele recentemente tinha
matado um animal.
O caminhão rugiu na estrada. O homem não era para nada como Leon, tinha uma barba
desalinhada e era gordo, com pança onde o estômago do Leon era firme e apertado.
— Conhece Leon Dupree? — Perguntou a ele.
— Não posso dizer que o conheça.
— Estou procurando sua casa.
— Em Fontaine?
— Sim. Aí foi onde me disse que estava.
— Ele sabe que vem?
— Não.
O homem riu.
— Bem, tenho uma ideia melhor. Que tal se você e eu vamos a um lugar que conheço
onde podemos passar um bom momento?
— Preferiria ir à casa de Leon.
— Se esqueça de Leon. Se quisesse que o visitasse, teria dado as indicações. Não, é a
perda deste tipo e o achado sortudo de Joss.
— Quem é Joss?
— Eu o sou querida. Qual é seu nome?
— Val.
— Bem, Val, doçura, teve sorte de dar comigo. Vamos ter um montão de diversão.
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Série Mortal – 2
Ele era realmente pesado.

— Preferiria que não. — Disse Val.
Joss voltou a rir.
— Bem, sabe o que? Este aqui é meu caminhão, e você está nele. Assim vamos onde eu
diga. — Estirou-se através do assento e pôs uma mão suarenta sobre a coxa de Val.
Ela se moveu com repulsão.
— Não acredito que devesse me tocar.
— Por que não? Não vejo seu Leon aqui para objetar. Só você e um vestido transparente.
— Joss apertou a perna, depois deslizou os dedos para a união de suas coxas.
— Não, digo realmente a sério, Não me toque.
O corpo de Val crepitou com energia. Joss gritou enquanto sua mão se via recoberta com
um raio abrasador que viajou todo o caminho subindo por seu braço.
O caminhão virou com brutalidade para o outro lado do caminho, onde um grande
semirreboque estava se dirigindo para eles.
Joss arrancou sua mão de Val e fez sair o caminhão derrapando até a terra. Cambalearam
atravessando a grama molhada, passaram ao semirreboque, que tocou a buzina, e voltaram sobre o
pavimento. Joss voltou a dirigir-se para o caminho reto, suas mãos tremulas, depois colocou o
caminhão para o estreito acostamento.
Estava suando e uma mancha ensopada tingia o meio de suas pernas.
— Que inferno fez, cadela? Quase nos mata.
Val endireitou sua saia.
— Fontaine fica muito longe?
— Dois quilômetros — Ofegou Joss.
Val sorriu com doçura.
— Então deveríamos seguir dirigindo, não acha?
Joss engoliu seco, pôs em movimento o caminhão, e se dirigiu de volta ao caminho.
Golpeou o acelerador, e arrancou, aproximando-se contra a porta, tão longe como pôde de
Val. Val descansou o cotovelo sobre a porta do lado do acompanhante e cantarolou uma melodia.
Demitri estudou o nu afloramento que se curvava para unir-se a uma seção dos
escarpados. Riachos de água tinham esculpido estas enseadas faz eras, deixando paredes de pedra
calcária perfeitas para tumbas em cortes de rocha. O Vale dos Reis estava ao alcance das cidades
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Série Mortal – 2
habitadas no lado leste do rio, mas este lugar que tinham encontrado Remy e Leon estava milhas
além de qualquer povoado.
A magia de Demitri era magia de energia, não magia localizada, assim tinha necessitado à
mulher mortal para ajudá-lo a encontrar o afloramento que parecia como tantos outros. Mas agora
Demitri sentiu aqui o resíduo de uma magia forte. Algo tinha ocorrido neste lugar, o qual
confirmava sua convicção de que Leon estava em algum lugar aí abaixo.
Felicia abriu a parte traseira do jipe e emergiu com uma pá e uma picareta.
— Esses serão muito lentos. — Disse Demitri. Teria que fazer explodir seu caminho para
entrar. Destruiria a maior parte da tumba e deixaria pouco para os arqueólogos, mas poderia salvar
Leon.
Felicia acabava de começar a estilhaçar a pedra quando outro jipe se deteve a toda
velocidade atrás deles, enviando uma nuvem de pó no branco céu.
Remy saltou fora, seguido por Habib e alguns dos trabalhadores egípcios.
— Leon está aí dentro? — Demandou Remy a Felicia.
— Demitri pensa isso.
Remy tirou o picareta de Felicia e começou a golpear a rocha. Voaram aparas de pedra
calcária, e Felicia se afastou, tossindo.
— O que está fazendo? — Demandou Habib com sotaque inglês britânico. — Se isso for
uma nova tumba, tal como diz, não podemos simplesmente fazer nosso caminho para dentro a
murros.
— Se meu irmão estiver aí abaixo, posso fazê-lo.
— Como pode está-lo? Não há modo de entrar, e a abertura é muito pequena. Detenha e
pensa, meu amigo.
Remy baixou a picareta, sua face vermelho brilhante de suor e raiva.
— Se fosse seu irmão aí embaixo, estaria destroçando o lugar com suas mãos.
Habib mordeu o lábio, suas sobrancelhas escuras caídas. O homem claramente estava
dividido entre a ardente necessidade de preservar a tumba e a necessidade de ajudar Remy.
— É impossível que fosse capaz de entrar na tumba. Pode que esteja fora no deserto, ou
que tenha caído em uma enseada. Precisamos coordenar sua busca.
— Você faz isso. — Disse Remy. — Enquanto isso, vou cavar este buraco.
Felicia colocou a pá nos escombros que Remy tinha soltado e os tirou.
Remy continuou, com Felicia ajudando silenciosamente a seu lado. Alguns dos
trabalhadores egípcios agarraram suas próprias ferramentas e se uniram.
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Série Mortal – 2
Habib seguiu discutindo.

— Pensa o que está fazendo. Isto é uma parte do passado, um achado sem perturbar
durante séculos. Poderíamos provocar um dano incomensurável a uma tumba antiga.
Felicia se endireitou.
— Um homem vivo é mais importante que uma ruína, sem importar o intacta que esteja.
Sinto muito, Habib. Pode me chutar fora da escavação e me enviar para casa, mas não irei até que
saibamos que Leon está bem.
Um dos homens egípcios, um homem magro com dura pele marrom, aplaudiu o ombro de
Remy.
— Encontramos a seu irmão. Trabalhamos duro. Não preocupe.
Habib parecia dolorido, mas voltou para seu jipe e tirou dois radiotransmissores.
Enquanto falava rapidamente em um deles, Demitri agarrou a picareta das mãos de Remy.
Remy se agarrou ao cabo.
— Não. Não me detenha!
— Tomará dias escavar através disso. — Explodiu Demitri. — Nesse tempo, Leon poderia
morrer.
— Que infernos mais espera que faça? É meu irmão o que está aí abaixo.
— Pode ficar para trás e me deixar trabalhar.
Remy lançou um olhar cético ao caro traje de Demitri e a sua camisa de seda. Demitri
sentiu o tigre movendo-se dentro dele, sentiu seus olhos voltar-se frestas amarelas, sentiu seus
dentes trocando a presas. Remy o olhou, boquiaberto.
— Sou a única esperança que tem Leon. — Grunhiu Demitri. — Fique para trás se não
quiser ser ferido.
— Acredito que tem razão Remy. — Disse Felicia. — Ele não se parece com ninguém que
tenha conhecido alguma vez.
Remy deu um relutante passo para trás. Disse em árabe aos escavadores que deveriam
deixar que Demitri o tentasse. Os egípcios se viam tão céticos como Remy, mas se reclinaram sobre
suas pás e esperaram para ver o que ocorreria.
Demitri tirou a jaqueta e a camisa. O sol estava descendo para o oeste, o deus Ra
navegando o círculo em seu navio para a escuridão. Na Grécia havia sido a carruagem de Apolo
arrastando o sol para o outro lado do mundo. Um dia, Apolo tinha espiado de sua carruagem uma
donzela tigre do Vale Fendi e se deteve para fazer uma visita. O filho dessa união agora estava de
pé no meio do deserto egípcio e procurava a energia do sol poente.
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O poder do sol encheu Demitri, unido com a ira e a força do tigre. Apolo se zangaria com
Demitri por roubar sua magia do sol, mas nesse momento Demitri não se importava. Uma vez que
Leon estivesse livre e a salvo, Apolo poderia castigar Demitri como quisesse.
O fogo cresceu no corpo de Demitri e fluiu por suas veias. Um vento quente se elevou ao
redor dele, levantando seu cabelo, levantando o pó a seus pés.
Remy agarrou Felicia e a arrastou fora do caminho, e os egípcios voltaram aos tropeções
para o jipe. Habib olhava do assento do condutor, com a boca aberta.
Demitri deixou que o fogo fluísse de suas mãos para a entrada no chão.
O poder não impactou contra a rocha ou abriu dramaticamente o buraco. Simplesmente
derreteu tudo em seu caminho.
A abertura se alargou até ter ao menos três metros de diâmetro, então o raio de sol mágico
começou a comer através do entulho de escombros.
O entulho era profundo, provavelmente de nove metros de comprimento, inclinando-se
todo o caminho dentro da terra.
Demitri queimou igualmente através. Sentiu seu corpo trocando lentamente ao de tigre, a
força do animal moldando o fogo às necessidades de Demitri. O povo tigre de sua mãe tirava seu
poder da terra, não do céu.
Demitri puxou o calor da terra muito por debaixo dele, unindo-o com a magia do sol para
derreter a rocha como o gelo diante a chama.
Fumaça e vapor saíram do buraco. Quando a fumaça se dissipou, cada parte de escombro e
algo que tivesse estado apanhado aí não estavam.
— Leon. — Remy bramou dentro do buraco. Olhou a Demitri, tossindo pela fumaça —
Espero por Deus que não o tenha machucado.
Demitri sabia que Leon não estava no hall no final do escombro de rocha. Enquanto estava
atraindo sua própria magia, havia sentido muito longe a aura de Leon, na mesma base da tumba.
Demitri se voltou e saltou no buraco, o resto de sua roupa desfazendo-se enquanto trocava
completamente a seu tigre. Desceu correndo a escada revelada, as garras ardendo sobre a pedra
quente como chamas. Na base, usou sua imensa força para tirar os suficientes escombros da entrada
bloqueada à direita para permitir que o tigre encaixasse através.
Correu pelos largos corredores e ao redor dos cantos, seguindo o aroma de Leon.
Enquanto se ia aproximando, deixou sair um grunhido.
— Demitri? — A voz calidamente acentuada de Leon chegou através do corredor —
Merda, esse foi você? Pensei que alguém estava tentando me enterrar vivo.
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Demitri correu direto para ele. Leon estava completamente nu, seu corpo coberto de
sujeira, raspões, hematomas e sangue. A lanterna de Leon girou longe atravessando o chão,
iluminando o túnel como luz estroboscópica, enquanto Demitri saltava sobre ele.
Demitri brocou Leon contra o chão e aterrissou em cima dele, lambendo sua face. O
batimento de seu coração vibrava com alívio. Leon estava vivo, e bem.
Demitri deixou que sua forma de homem deslocasse a do tigre, e então Demitri estava
beijando Leon. Leon riu e devolveu o beijo.
Outro rugido, e um leão veio correndo pela passagem. Demitri rodou longe a tempo para
deixar que o leão se lançasse sobre Leon. O animal olhou ansiosamente a face de Leon, depois
começou a lamber com uma larga língua vermelha.
Leon afastou o animal de um empurrão e se sentou, limpando-a face.
— Está bem, está bem. Estou feliz de que você meninos estejam contentes de me ver, mas
basta de saliva de gato.
O leão se elevou até a altura de Remy, seus olhos muito abertos.
— Que infernos está fazendo aqui embaixo, Leon? Tendo uma festa?
Leon deixou que Demitri e Remy o ajudassem a levantar-se, depois envolveu a Remy em
um abraço.
— Você terá uma festa quando vir o que há aqui embaixo.
— Não. — Demitri o deteve. — Temos que sair.
— Só tomará um minuto. Remy, é incrível, igual a todas as coisas da tumba do Tut.
Merdas de ouro por todo o lugar.
Os olhos de Remy se abriram mais, a loucura do arqueólogo fazendo-se cargo agora que
sabia que Leon estava a salvo.
— Esta é uma tumba intacta? Todas estas paredes pintadas e os objetos de enterro
originais?
— Estavam ocultos atrás de uma parede falsa. — Disse Leon. — Está aqui atrás. Mostrá-
lo-ei.
Demitri pôs uma forte mão sobre o ombro de Leon.
— Não. Vamos. Agora.
— Só um segundo, Demitri. Este é o tipo de coisas para as que Remy vive.
Demitri sacudiu a cabeça.
— Atraí os fogos de debaixo do leito de rochas para queimar meu caminho para entrar.
Despertei, e não estão preparados para voltar a dormir. Temos que sair.
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O chão a começou a balançar-se. Demitri ouviu gritos pelo comprido corredor, e a voz
preocupada de Felicia.
— Remy?
Ao mesmo tempo uma grande parte de teto engessado caiu fazendo-se pedacinhos ao
redor de seus pés.
Capítulo 21
Leon praguejou. Agarrou sua bolsa, e o braço de Remy enquanto Remy ia na direção
oposta à saída.
— Espera. — Protestou Remy. — Só me deixe ver.
— Remy, maldição, se Demitri disser que esta tumba está desmoronando, é que está
desmoronando.
— Ao pior deixe agarrar algo…
Demitri grunhiu e saltou para Remy. Remy ficou pálido enquanto o tigre corria para ele,
empurrando-o para a saída. Leon voltou a agarrar o braço de seu irmão e puxou dele pelo corredor.
Demitri saltou além deles, liderando o caminho.
Felicia estava no hall, iluminando com sua lanterna sobre os escombros que bloqueavam a
abertura entre eles e ela. As rochas estavam sacudindo e movendo. Demitri saltou sobre o bloqueio,
depois trocou a sua forma humana e puxou Leon. Remy começou a escalar atrás de Leon, mas os
escombros vibraram e se curvaram, e Remy se deslizou de volta para o corredor.
Felicia gritou e agarrou as mãos de Remy. Leon e Demitri se uniram.
Remy deslizou sobre as rochas, e os quatro caíram juntos no chão do hall.
A sacudida aumentou. Demitri empurrou o Leon diante dele e para cima pelas escadas.
Remy agarrou a mão de Felicia, mas justo então os escombros das portas frente à hall anterior
caíram. A câmara rapidamente se encheu com pedaços de pedra calcária, empilhando-se um em
cima do outro como uma avalanche de pedras. Felicia caiu enquanto as rochas se vertiam sobre ela.
Remy deixou escapar um grito terrível enquanto agarrava seus braços que se balançavam.
Demitri e Leon voltaram a descer pela escada, as garras de Demitri escavando nas rochas que caíam
com rapidez.
Finalmente o corpo de Felicia emergiu, seus olhos fechados com força. Ela tossiu,
tentando respirar. Remy se agachou e a jogou sobre seu ombro, depois correu escada acima. Leon o
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Série Mortal – 2
seguiu e Demitri veio no final. Enquanto corriam, a escada se curvava e caía atrás deles.
Remy irrompeu primeiro no deserto crepuscular, seguido pelo Leon.
Enquanto Demitri saltava livre, o teto em cima da escada caiu. Lentamente o buraco atrás
deles paralisou em si mesmo. O terremoto seguiu, o pó elevando-se ao céu. Os que estavam fora
tinham recuado atrás dos jipe, alguns de os homens de joelhos, rezando em voz alta.
Então tudo se deteve. Leon caiu no chão, nu e sujo. Demitri fluiu a sua forma humana e
caiu a seu lado, arrastando profundas inspirações de limpo ar noturno.
Remy sustentava Felicia em seus braços, balançando-a como se fosse uma menina.
— Oh, Remy. — Fungou. — O sinto tanto. Sua tumba.
— Não importa. — Remy enterrou a face em seu cabelo. — Quase te perco — Sustentou-
a mais perto, depois a beijou.
Leon lançou uma risada áspera.
— Olhe isso. — Moveu as mãos através do sujo ar, ainda rindo. — O emparelhamento de
Val finalmente funcionou.
Queria alcançar Demitri, envolver o grande homem em seus braços e nunca soltá-lo, mas
tinha suficientes raciocínio para saber que era uma má ideia frente a Habib e os outros. Conteve-se
com esforço.
— Onde está Val? — Perguntou Leon, olhando ao redor — Está bem?
— Está na casa da escavação. — Disse Demitri, sua voz fraca e áspera. — Está segura.
Leon deixou escapar o fôlego.
— Bem. — Aplaudiu o ombro de Demitri com sua mão calosa e suja. — Obrigado,
Demitri. Outra vez.
— Sempre virei por você. — Disse Demitri em voz baixa. — Nunca o duvide.
Remy e Felicia estavam se olhando meigamente nos olhos um do outro. Leon deixou que
sua mão acariciasse a coxa de Demitri, e Demitri o recompensou com um olhar pecaminoso em
seus escuros olhos. A celebração posterior seria digna de esperar.
Val encontrou seu caminho para a pequena casa no final de um caminho secundário onde
Leon Dupree havia passado sua infância.
Deteve-se para absorver as desvanecidas pranchas, o alpendre bordeado de plantas verdes,
o emplastro de grama cuidadosamente atendida. As cadeiras estavam agrupadas no alpendre para
que as pessoas pudessem reunir-se na fresca noite para ver o entardecer.
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Série Mortal – 2
Atrás da porta mosqueteira havia uma sólida porta frontal com uma aldrava. Um botão
sobre o marco da porta tinha um cartão impresso cuidadosamente pego em cima. Campainha fora de
serviço. Por favor bata.
Val usou a aldrava. Logo depois de um momento, escutou passos no interior, então uma
persiana repicou na janela dianteira e alguém apareceu.
Os olhos desapareceram, mas a porta não se abriu. Val voltou a golpear.
Ouviu passos no caminho de cascalho atrás dela e se voltou para ver uma mulher em jeans
e camiseta girando pelo lado da casa.
— Não vale a pena que fique aí parada. Essa porta sempre esteve arruinada. Veem por
atrás.
Val se girou e desceu os degraus do alpendre. A mulher, cujos olhos eram tão parecidos
com os do Leon, olhou-a boquiaberta.
— Que infernos se supõe que é? — Perguntou a mulher, a brindando um olhar suspicaz —
A Rainha da Sheba?
— Não, Sheba era persa. Eu sou egípcia. Sou amiga de Leon.
Sob o fixo olhar da mulher, o carapaça de força que Val tinha estado mantendo se quebrou
e caiu. Lágrimas se verteram por suas bochechas, correndo seu delineador, e se deixou cair sobre os
degraus do alpendre, enterrando a face entre suas mãos.
— Oh, doçura. — O degrau se afundou quando a mãe de Leon se sentou ao lado dela. Um
forte braço deslizou ao redor de seus ombros. — O que esteve fazendo meu filho? Veem dentro e
conta-me o tudo.
Habib teve que conduzir de volta à casa da escavação e retornar com roupa para Leon e
Demitri, já que a deles estava agora destruída. Remi voltou vestir-se com a roupa que tinha deixado
fora da tumba, mas nunca se moveu longe de Felicia. Estavam sentados muito juntos, e seus braços
estavam ao redor do outro cada vez que era possível.
Quando Habib voltou, Leon olhou esperançosamente atrás dele.
— Trouxe Val?
— Sua amiga Valerie? Ela não estava na casa.
Demitri se levantou do chão igual a um animal receoso.
— Deixei-a na casa da escavação, estava fazendo os acertos para ir dizer a Remy que
vínhamos para cá.
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Série Mortal – 2
Habib encolheu os ombros.

— Não está aí agora. Não a vi, mas não a busquei.
O coração de Leon pulsou mais rápido.
— Por que a deixou para trás? — Demandou a Demitri.
— Ela insistiu. O qual me pareceu bem, porque sabia que estaria mais segura lá. Maldição.
Leon colocou a calça e a camisa que Habib havia trazido e caminhou para os jipe. Demitri
empurrou além dele, agora também vestido. Antes que Habib ou Remy pudessem protestar, Demitri
deslizou atrás do volante de um dos jipes e o ligou. Leon saltou no assento do passageiro, e saíram
rugindo de volta à casa da escavação.
Val não estava lá. Leon correu pela casa, interrogando os estudantes e trabalhadores que
tinham vindo da escavação, mas ninguém a tinha visto exceto a governanta, que a viu caminhando
para o cruzamento de caminhos. A governanta tinha assumido que Val estava voltando para seu
hotel.
Leon e Demitri voltaram rapidamente para hotel perto do Colosso, mas ela não havia
retornado aí.
— Estão procurando a sua dama? — Um taxista recostado contra seu automóvel na
entrada do hotel. — A levei até o barco faz duas horas.
— Então pode nos levar até lá também. — Disse Leon. Subiu ao táxi, e Demitri o seguiu
sem dizer uma palavra.
— Ela é uma formosa mulher. — Disse o taxista enquanto acelerava para o rio. — Eu
tampouco a deixaria escapar.
O vendedor de ingressos de barco recordava a Val. Definitivamente tinha cruzado.
Demitri e Leon embarcaram, e quando desembarcaram, interrogaram às pessoas do outro lado. Sim,
Val tinha vindo por aqui. Um homem a tinha visto tomar outro táxi, um que conduzia seu tio, de
fato. Chamou a seu tio por seu telefone e confirmou, depois de uma conversa exasperantemente
longa, que Val desceu em seu hotel de Luxor.
Demitri e Leon se apressaram até lá e correram até seu andar privado, mas encontraram os
quartos vazios.
— Suas roupas continuam aqui. — Disse Demitri, olhando nos armários. — E suas malas.
Deixou tudo atrás. Exceto…
— Exceto o que?
Demitri estava olhando dentro de uma mala quadrada vazia.
— Ela tinha joias egípcia aqui. Dela, dos tempos em que caminhou pela primeira vez na
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terra. Levou-se isso.

— Para que? Para vendê-la?
— Não acredito.
Demitri voltou a liderar o caminho fora da suíte. Interrogou Karim, que prometeu
descobrir se Val tomou outro táxi para afastar do hotel, e se assim, aonde tinha ido.
Leon esperou tensamente no vestíbulo com Demitri. Demitri não podia deixar de passear-
se, e os nódulos de Leon se branquearam enquanto fechava os punhos.
Karim finalmente confirmou, com um preocupado olhar em sua face, que Val tinha
deixado o hotel, mas não em um veículo.
Tinha caminhado para o Templo de Luxor.
— Inferno sangrento. — Demitri se afastou sem agradecer e se disparou pela porta. Leon
o seguiu.
— O que fez? — Demandou Leon quando alcançou ao Demitri. — Você sabe. Diga-me
maldição.
— Foi chamar os deuses. Não sei o que pretende fazer, mas decidiu tomar o assunto em
suas próprias mãos.
— Merda. — Isso não podia ser bom. — Eles a matarão?
— Sim. — A única palavra foi sombria e definitiva.
— Maldição.
Demitri passou a empurrões entre a corrente de turistas que atravessava o Templo de
Luxor, dirigindo-se à câmara traseira onde tinham feito o ritual para chamar a Afrodite. No pequeno
santuário onde as ruínas da estátua se levantavam em sua desvanecida glória, Demitri encontrou um
pequeno pacote de roupa que tinha sido empurrado atrás de uma laje de murais.
Ele o estendeu a Leon.
— De Val.
Leon tocou a saia de seda que Val tinha usado, o troca-formas nele ainda cheirava sua
essência Levantou a blusa e a esfregou contra sua face.
Os olhos de Demitri estavam úmidos.
— A amo mais que tudo em minha vida.
— Sei. Eu também estou apaixonado por ela.
Demitri levantou a face para o céu que se obscurecia.
— Eles a levaram. — Sua voz cheia de raiva. — Me tiraram ela. Deixei que o fizessem
uma vez, mas não deixarei que o voltem a fazer.
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Série Mortal – 2
Sua voz ressoou, e as pedras ao redor de ambos começaram a desmoronar-se.

Partes de granito descascaram das paredes, e as pessoas que vagava pelo templo olhava ao
redor com temor.
Em meio desse ruído dramático, o telefone celular de Leon soou. Leon estudou
incredulamente a tela exterior. Abriu o telefone e o pôs no ouvido.
— Mamãe?
— Leon, o que esteve fazendo ai? — Os tons estridentes de sua mãe encheram os ouvidos.
— Tenho a sua namorada, Val, aqui, soluçando em minha cozinha. Me responda com a verdade,
Leon. Deixou-a grávida?
Demitri fez os acertos rápido e facilmente para que voassem até Nova Orleans, embora a
maioria das bilheterias já estavam fechados por esse dia. Ele tinha amigos em Luxor, tinha dinheiro,
e as pessoas caíam sobre si mesmos para agradá-lo.
Empacotaram rapidamente na suíte do hotel depois que Leon chamasse Remy e dissesse
aonde iam.
— Está em Fontaine? — Perguntou Remy surpreso. — Como inferno chegou ali?
— Não me pergunte. Temos que ir onde ela está. Sinto me afastar de você.
— Ouça, você tem sua própria vida. E descobriu o que estava ocorrendo com meus
artefatos. Obrigado, Leon. Se houvesse algo que pudesse fazer…
— Só continua desenterrando seus ossos e cerâmicas. Estarei em contato.
Leon desligou o telefone e olhou taciturno fora da janela do hotel. O Templo de Luxor
tinha estado iluminado de noite, o brilho filtrando-se dentro do quarto.
Demitri pôs suas mãos sobre os ombros de Leon, apoiando a testa sobre sua nuca.
— Hoje pensei que te tinha perdido.
— Também estava bastante seguro de que tinha me perdido.
Girou-se para encontrar Demitri a uma polegada de distância dele, as mãos de Demitri
ainda sobre seus ombros.
Leon quis derreter-se no toque do homem.
— Ainda não entendo como me sinto a respeito de você. Não é o que alguma vez pensei
que sentiria por um cara. Mas quando me derrubou nesse corredor, estava tão malditamente feliz de
vê-lo. E não só porque tivesse vindo me tirar.
— Estava feliz de vê-lo vivo. — Disse Demitri, sua voz baixa.
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Série Mortal – 2
— Aí mesmo soube que queria estar com você. Estar com você para sempre, quero dizer.
Mas acredito que isso não pode acontecer, ou sim?
— Por que não?
— É um semideus rico dono de negócios. Eu sou um menino cajún sem trabalho e sem
dinheiro. Sou um mortal, você não.
— Pode haver maneiras de superar isso.
— Não estou procurando um amante endinheirado. Necessito minha própria vida. Só
quero você nela. Não estou dizendo isto muito bem.
Os olhos de Demitri estavam escuros, as pupilas amplas de desejo.
— Então deixa de falar.
Leon encontrou sua boca cheia com a língua de Demitri. Leon passou seu braço ao redor
das costas de Demitri, seus dedos afundando-se no suave casaco do traje de Demitri. Demitri lambia
a boca de Leon, seus lábios animando Leon a que se derretesse contra ele. Leon não estava perto de
render-se, mas gostava da comodidade do corpo grande e duro entre seus braços.
Seu avião decolava em três horas. Leon começou a deslizar o casaco dos ombros de
Demitri. Demitri se encolheu para tirá-lo então tirou a camisa de Leon por cima de sua cabeça.
Leon soltou o cinturão de Demitri e desabotoou sua calça, deslizando sua mão dentro para
agarrar o pênis de Demitri. Demitri fez o mesmo a Leon, a palma firme contra o pênis de Leon.
Acariciaram um ao outro e se beijaram. O corpo de Leon começou a fazer cócegas, a
excitação filtrando-se através de sua desesperada preocupação por Val.
Estar com Demitri não acalmava os temores de Leon, mas dava a força para enfrentá-los.
— Foda-me. — Sussurrou Demitri.
— Não temos tempo. Não para te saciar.
— Então me chupe.
Demitri assentiu. Empurrou para baixo os jeans de Leon sobre seus quadris, ainda
beijando-o, as mãos acariciando o duro pênis de Leon.
— Leon?
A assombrada fervura na voz de Remy deslizou através da bruma da excitação de Leon.
Afastou-se de Demitri para ver Remy de pé na porta aberta do quarto.
Demitri se afastou do Leon em silêncio. Subiu o fechamento e se fechou a calça sem dizer
uma palavra, seus movimentos casuais. Como se ser apanhado acariciando outro homem não
incomodasse no mais mínimo.
As mãos de Leon tremiam enquanto abotoava os jeans. Remy estava congelado no lugar,
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seus olhos verdes fixos impactados.

Demitri deslizou passando pelo lado do impressionado Remy e saiu.
Fechou a porta do quarto atrás dele, deixando sozinhos os irmãos.
— Leon? — Repetiu Remy.
Leon tomou uma respiração profunda.
— O que está fazendo aqui? Acabo de falar com você na escavação, certo?
Por um momento Remy parecia como se não pudesse recordar como tinha chegado aí ou
por que tinha vindo.
— Estava vindo para aqui quando me chamou. Ia oferecer te levar ao aeroporto, comprar
algo para comer no caminho. Não acreditei… — Se foi apagando. — Que infernos acabo de ver?
— Algo que não posso explicar.
— Pensei que era Val. Sempre perseguiu garotas. Quero dizer, realmente as perseguiu.
Suponho que tudo era uma atuação. — As palavras eram uma pergunta.
— Não é uma atuação. Não sou gay.
— Estava beijando ao Demitri. E mais.
— Sim, sei.
Leon esfregou a mão através de seu cabelo e se afastou. Fora, o Templo de Luxor brilhava
com luz, uma exótica cortina de fundo para esta bizarra situação.
Leon o tentou de novo.
— Não é como se sempre tivesse feito isto. Só com Demitri.
— E quanto a Val? Ela está apaixonada por ele, certo?
— Sim. E ele dela.
Remy franziu o cenho.
— Então o que é você? Diversão?
— Remy, calará e me deixará explicá-lo?
— Não quero ouvir sua explicação. — Remy cruzou os braços, sua face vermelha. — É
seis anos mais velho que eu. Nunca te conheci de tudo realmente. Tinha ido ao exército quando eu
seguia na secundária. Infernos, como conseguiu superar o exército se você gostava dos homens?
— Porque isto nunca aconteceu antes. — Disse Leon, exasperado. — Estou tentando dizer
isso. Apaixonei-me por Val, e me apaixonei por Demitri. — Se deteve, seu rosto acalorado. —
Temos um trio.
— Oh, Santa Merda.
— Aconteceu, Remy. Não o planejei. Agora Val está em perigo, e preciso chegar a ela.
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— Então vai de volta a Fontaine com seu namorado, para te encontrar com a namorada de
ambos? Perdeu a cabeça? Terá que fugir do povoado. O que acontecerá mamãe?
— Não vai importar se não ajudarmos a Val. Ela poderia morrer, e Demitri poderia
morrer. E também eu.
O olhar irado de Remy se voltou desconcertada.
— De que infernos está falando?
— É um troca-formas, Remy, sabe que há magia aí fora. Viu o que fez Demitri para me
tirar da tumba. É poderoso, mas há seres aí fora muito mais poderoso do que ele é, e agora mesmo
vão para Val. Ela é a mulher que amo. Farei tudo o que tenha que fazer para salvá-la.
— Magia — Repetiu Remy. Sua testa enrugada, e olhou para a porta fechada.
— Se quer acreditar que estou apaixonado por eles dois devido a algum feitiço mágico,
faça-o. — Disse Leon irritado. — Isso não muda nada.
— Não, quero dizer, necessita magia. Por isso tomou o colar e estava procurando o
pingente.
— Sim. E?
— Felicia sabe a respeito da magia no Antigo o Egito. Especializou-se nisso.
— Sei. Ela nos contou isso. O que há com isso?
Antes que Remy pudesse responder, Demitri abriu a porta. Estava completamente vestido,
o casaco de seu traje e a gravata imaculada, seu cabelo penteado ordenadamente em seu rabo-de-
cavalo. Poderia ter vindo de volta de uma reunião de negócios em vez de ter sido apanhado
recentemente com seu amante masculino.
— Precisamos ir. — Disse com sua usual ordem calma.
— Felicia está esperando no carro. — Disse Remy sem olhar a Demitri. — Pode conversar
com ela sobre isso enquanto vamos.
Capítulo 22
Val se vestiu com a roupa que Lilianne Dupree deu, uma suave camiseta e jeans azuis que
cavavam o traseiro. A pesar do quente ar na casa, os dedos de Val estavam frios, e seu coração se
sentia como se houvesse um buraco nele.
Quando tinha transformado em serva de Afrodite todos esses anos atrás, Valenarian havia
se tornado um carapaça vazia e intumescida. Agora voltava a estar ferida, muito, a dor só mitigada
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pelo fato de que suas ações poderiam salvar as vida de Leon e Demitri.
Apareceu na cozinha, uma grande sala com uma mesa larga, um refrigerador imenso, e
balcões carregados com vasilhas de pão, bolachas, farinha, condimentos. Este era o coração do lar
de Leon, e Lilianne era o batimento desse coração.
— Acabo de falar com Leon. — Disse Lilianne enquanto Val entrava. — Está vindo.
Val se deteve.
— Disse que estava aqui?
— É obvio que sim. Ele quereria saber.
Val mordeu o lábio. Não queria ver Leon de novo, não queria ter que voltar a dizer adeus.
Melhor fazer uma ruptura limpa, rápida.
Deixou escapar o fôlego.
— Não importa. Com o modo em que viajam os humanos, tomará muitas horas chegar
aqui.
— O que quer dizer com o modo em que viajam os humanos?
— Leon é humano, quase.
Lilianne a olhou com acuidade.
— Ele te contou?
— Que é um troca-formas? — Val assentiu. — Me mostrou isso.
As sobrancelhas do Lilianne se juntaram.
— E isso está bem para você?
Val sorriu.
— Asseguro isso, eu sou muito mais estranha do que ele nunca será. — Olhou ao redor —
Eu gosto aqui em seu lar.
— Ele já não vive aqui. Tem uma casa flutuante perto de um quilômetro daqui, quando
não está percorrendo o mundo.
— Mas aqui é onde cresceu, a casa que o fez o homem que é. — Val tomou a xícara de
café que Lilianne estendeu e a embalou com nostalgia. — Leon é um bom homem.
Lilianne ondeou a mão para que Val se sentasse, e as duas mulheres se enfrentaram
através da mesa da cozinha.
— Agora, ele não me diria isso, e eu não o pressionei. — Disse Lilianne. — Mas ele te
meteu em problemas, doçura?
— Temo que estou metida no problema maior de minha vida. Mas estou tentando mantê-
lo fora deste.
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— Não, quero dizer, fecundou-a? — Quando Val a olhou sem entender, ela voltou a tratar.
— Te deixou grávida? Vai ter um bebê dele?
Os olhos de Val se encheram de lágrimas.
— Não. Não posso ter filhos.
Lilianne se estirou através da mesa e agarrou a mão de Val.
— Oh, doçura, sinto-o tanto. Então o que é?
Val se secou uma lágrima de sua bochecha.
— Nada no que alguém possa ajudar. Mas posso tomar uns minutos para conversar.
Contara-me a respeito de Leon? Por favor?
Nem sequer a magia de Demitri poderia trocar o clima, a espera no aeroporto, e os voos
atrasados. Leon estava intumescido de extenuação no momento em que navegaram através de
Frankfurt, JFK8, DFW9, e Nova Orleans. Leon dirigiu de Nova Orleans em um carro alugado,
dirigindo-se para o sul, a Fontaine e seu lar. Já não sabia que dia era. Embora o relógio do carro
dizia que eram as oito da noite.
Primeiro se dirigiu à casa de sua mãe. Tinha acontecido tantas coisas desde que deixou a
pequena casa vermelha sendo um jovem de dezoito anos com os olhos bem abertos, tão seguro de
que poderia sair e conquistar o mundo. Tinha experimentado guerra e morte, temor e fadiga,
aborrecimento e celebração, e retornou queimado e intranquilo.
Depois de alguns meses de sentir-se inútil, foi-se a ajudar Remy.
Imaginou que andaria dando voltas pelo Egito vendo as paisagens enquanto deitava a
cabeça do traseiro e descobriria o que queria fazer com sua vida.
Então conheceu a Val e ao Demitri, e aqui estava, tão confuso como sempre. Leon sabia o
que o faria feliz, e não podia o ter. Inclusive embora Val e Demitri fossem seres humanos normais,
a reação de Remy só era uma amostra do que teria que enfrentar se escolhia esse caminho. Val e
Demitri poderiam ser despreocupados porque eram seres sobrenaturais. Os semideuses seguem
regras diferentes, diziam. Leon era um mortal e tinha que viver no mundo mortal.
Agora a casa parecia pequena e estranha a seus olhos. Leon guiou Demitri para a porta
traseira, seguindo o brilho da luz do alpendre. Sabia que a porta frontal continuava quebrada, a
pesar do esforço dos irmãos Dupree para repará-la. A maldita coisa funcionava por um momento,
depois voltava a estragar, como se estivesse tentando de animar os visitantes a ir ao redor até a porta
8
Aeroporto Internacional de Nova Iorque.
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mais acolhedora da cozinha.

Lilianne abriu a porta antes que Leon pudesse bater, e lançou seus braços ao redor dele.
Sustentou-o em um abraço apertado e plantou um beijo em sua bochecha.
— Onde está Val? — Perguntou Leon.
Lilianne olhou Demitri atrás dele.
— Foi a sua casa flutuante. Disse que queria vê-la. — Voltou a abraçar Leon. — Pobre
bebê. Ela me contou tudo.
Leon hesitou.
— Tudo, tudo?
— Algo disso foi bastante difícil de acreditar. Mas me contou sobre vocês três, Leon —
Terminou com um tom admoestador.
— Chama o Remy e simpatiza com ele. Nós temos que encontrá-la.
Demitri se inclinou frente a Lilianne com sua habitual elegância.
— Sra. Dupree. Espero com ilusão voltar para vê-la.
A mãe de Leon se suavizou, mas Leon girou para ir-se, apressado por encontrar a Val.
— Vamos — Gritou irritavelmente atrás dele, depois voltou para pernadas para a noite.
Jean Marc, o irmão menor de Leon, tinha estado cuidando a casa flutuante na ausência de
Leon, mas não estava ali quando chegaram. Leon liderou o caminho através do grupo de tábuas até
a casa flutuante, onde encontraram o interior iluminado e a porta sem seguro.
Val girou em meio da brilhante cozinha, onde estava fazendo sanduiches. Olhou-os com
olhos cansados, seu cabelo escuro desordenado.
— Esperava que tudo tivesse terminado antes que chegassem aqui. — Disse ela.
Demitri tomou a faca de pão de sua mão e o deixou no balcão de Leon.
— Esperava que tivesse terminado o que?
Val suspirou. Pôs o último pedaço de pão sobre os sanduiches de queijo e atum e limpou
as mãos.
— Apolo prometeu que perdoaria sua vida se me entregasse a ele voluntariamente. O qual
farei.
— Não. — Grunhiu Demitri, e Leon ecoou dele.
— Não discutam comigo. Está feito. A ideia de que alguma vez pudesse ser algo mais que
Valenarian foi tola. Tentaram-no, e os amo por tentar. Mas me recuso a deixar que morram por
mim.
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Aeroporto Internacional Dallas/Fort Worth.
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— Não o tentamos tudo. — Leon pôs sua mochila sobre o sofá e extraiu a bolsinha.
Verteu as pérolas e as peças do pingente sobre o balcão e começou às trespassar na corrente de
ouro.
Val a olhou.
— Encontrou a outra peça do pingente.
— Estava na tumba de Remy. Esse pequeno deus… Qual é seu nome? Bs… Me mostrou
onde estava.
Val elevou suas escuras sobrancelhas ceticamente.
— Então me põe o colar e estarei melhor?
— Não precisamente. — Demitri tirou o casaco e o pendurou no respaldo de uma cadeira,
depois soltou a gravata.
Leon seguiu trespassando o colar.
— Felicia finalmente encontrou o feitiço que a pessoa usava para este tipo de colar. Tal
como disse Demitri, pode ser tanto uma maldição para destruir alguém, ou um feitiço de integridade
se o reverter. — Pôs a última pérola em seu lugar e levantou o colar. — Requer um conjuro, a
vontade de fazê-lo funcionar, e uma união.
Val sorriu através da tristeza de seus olhos.
— União. Quer dizer sexo?
Demitri apoiou seu traseiro no respaldo do sofá.
— O sêmen é usado em muitos rituais, o material da vida. A vagina é poderosa, também.
O berço da vida.
— Muito filosófico. — Os lábios de Val se curvaram.
— Não te deixarei ir até que o tentemos. — Disse Leon, e Demitri assentiu em acordo.
Ela riu, voltando a soar mais parecida com Valenarian.
— Oh, está bem. Nunca terão que me persuadir para fazer sexo com vocês, sabem. O que
temos o que fazer amados?
O ritual era simples e formoso. Val reconheceu as antigas palavras egípcias para bem-estar
e cura, para união de alma e corpo.
Demitri e Leon a despiram no dormitório iluminado pela lua, depois cobriram seu corpo
com azeites fragrantes que Demitri havia trazido. Leon pôs o colar com o pingente quebrado ao
redor do pescoço, e Demitri o abotoou em seu lugar.
Os dois homens a tocaram por todos os lados, suavizando sua pele, massageando seus
ombros, relaxando-a. O quarto de Leon era pequeno, no final da casa flutuante, e o aroma úmido do
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rio entrava através da janela. Mas Val adorou a umidade e inclusive a leve dureza da cama, porque a
aura de Leon a impregnava. Era seu lar, e ela se apaixonou instantaneamente deste.
Leon tirou a roupa e deixou que Val e Demitri os untassem a seguir.
Iam ser três pessoas escorregadias, pensou Val com diversão interna. Por último,
esfregaram azeite sobre Demitri. Val adorou a sensação de sua ereção escorregadia ereção sob suas
palmas.
Os dois homens pararam lado a lado, musculosos, brilhando com o azeite, desenfreados e
preparados. Val lambeu os lábios.
— Uma garota não poderia pedir uma melhor despedida.
— Deixa de falar a respeito de nos abandonar. — Disse Demitri severamente. — Vamos
começar.
O primeiro passo era que Leon deitasse de barriga para cima sobre a cama. Seu pênis se
levantava tensamente para cima, sustentada em seu lugar com seu polegar enquanto enroscava sua
outra mão atrás de sua cabeça. Val primeiro tinha pensado que o ritual seria uma penetração dupla,
o qual tinha acelerado seu pulso, mas Demitri disse que não seria assim simples.
— Inclusive o sexo baunilha está bem para mim — Disse ela. Levantou seus seios em suas
mãos, amando como o olhar dos dois homens era atraídos para ela enquanto passava seus dedos
através de seus mamilos. — Sabem que não me importa.
— Essa é uma coisa que adoro em você, Val. — Disse Leon, sorrindo.
— Podemos seguir com isto? — Grunhiu Demitri.
— Foda-se. — Disse Leon suavemente.
— Essa era a ideia.
Val se deitou ao lado de Leon e olhou Demitri subir em cima dele, seu pênis pendurando
entre suas pernas.
Leon deslizou a mão das bolas de Demitri até seu traseiro, mostrando, Val que tinha
aprendido como preparar Demitri para recebê-lo.
Demitri desatou seu cabelo, sacudindo-o sobre seus ombros. O homem de olhos escuros
parecia despenteado e selvagem, tal como tinha sido quando Val o conheceu pela primeira vez.
Molhou-se só vê-lo, e quando ele pressionou pela primeira vez seu grande corpo sobre ela, pensou
que morreria de felicidade.
Demitri desceu sobre o pênis azeitado e ofegante de Leon, o próprio com uma dura ereção.
A face de Leon trocou enquanto Demitri se deslizava sobre ele. Suas mãos foram às coxas de
Demitri, as pontas dos dedos enterradas em pele azeitada.
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— Merda, está apertado. — Gemeu Leon. — Oh, maldição, Demitri. Amo-o.

Demitri ruborizou, seus olhos trocando de marrom café a amarelo tigre.
— Você não está tão mal, meu Leon.
Val se inclinou para Leon e o beijou. Ele serpenteou sua mão entre o cabelo dela,
beijando-a com a paixão que Demitri o estava fazendo sentir.
— Mmm, amado, poderia gozar só olhando-os.
— Ainda não, neném. — Sussurrou Demitri. — Não ainda.
O corpo de Val fazia cócegas com calor.
— Então é melhor que se apressem. Minha boceta está gotejando de molhada.
Leon grunhiu e empurrou para cima dentro de Demitri, que deixou sair um ruído de
prazer. Demitri começou a sugerir coisas sujas que queria fazer a Leon, e depois a Val, e outra vez a
Leon. Demitri tinha aprendido a ser sofisticado e elegante ao redor de seus amigos hoteleiros, mas
era tão cru e indômito como nunca.
Sempre tinha sido um deus no sexo.
— Vou gozar. — Gemeu Leon. — Muito logo. Oh, Deus.
Demitri cantou palavras em egípcio antigo, e Val sentiu o colar quente ao redor de sua
garganta. A peça quebrada do pingente estava sobre a mesa ao lado da cama, esperando.
Leon gritou enquanto gozava, empurrando alto seus quadris. Demitri grunhiu com isso, os
olhos fechados, perdendo o fio do conjuro.
Demitri caiu para frente sobre suas mãos e joelhos, deslizando-se fora de Leon, depois
agarrou o azeite e voltou a esfregá-lo sobre o pênis de Leon, voltando a pô-lo cheio e preparado.
Demitri jogou de novo o azeite sobre a mesa e deu volta a Val sobre suas mãos e joelhos.
Ela não protestou quando Demitri se deslizou dentro de sua boceta, seu pênis completamente
estendido. Leon olhava com os olhos entrecerrados, acariciando seu próprio eixo enquanto Demitri
fodia Val com força.
Val gritava e escavava sobre a cama. Demitri estava tão duro, fodendo-a tão rápido, e a
sensação era muito ditosa para dirigi-la. Demitri ofegou atrás dela, o suor gotejando para suas
costas nua.
— Está preparado? — Disse Demitri sem fôlego a Leon.
Leon assentiu. Levantou-se enquanto Demitri se deslizava fora de Val, fazendo-a gemer
de decepção. Mas quase instantaneamente foi cheia por Leon, seu grosso pênis abrindo-a, seus
quadris bombeando-o dentro dela.
Era glorioso. Leon a cavalgou por um minuto, depois Demitri se fez cargo, depois Leon,
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Série Mortal – 2
depois Demitri. Val chegou ao clímax, gritando, rogando porque se detiveram, rogando porque
nunca parassem. Choramingou enquanto se acalmava, mas eles seguiram, um depois do outro, até
que ela voltou a elevar-se no clímax, uma e outra vez.
Uma mulher humana não poderia tê-lo suportado. Nem com Demitri, nem com Leon, nem
por todo o tempo que a tinham compartilhado.
Valenarian adorou, gozar uma e outra vez, empurrando-se contra eles, rogando para que se
apurassem quando eles se acalmavam para trocar de lugares.
Leon gozou primeiro. Ele gemeu enquanto seu sêmen escaldava a Val no interior, sua voz
repicando no pequeno quarto. Caiu sobre a cama ao lado dela, respirando com dificuldade, olhando
enquanto Demitri voltava elevar-se sobre Val.
Demitri se empurrou dentro de Val, bombeando um pouco mais antes que Val sentisse sua
semente disparando-se longe dentro dela. Ela voltou a alcançar o clímax uma vez mais, e
paralisaram juntos, suando e rindo.
Val não estava segura sobre o que aconteceu depois disso. Deslizou-se em um profundo
sono, e quando despertou, Demitri e Leon estavam entrelaçados com ela, os dois homens
protetoramente um a cada lado dela. O relógio sobre a mesa de noite disse que eram as duas da
madrugada, e a lua tinha desaparecido.
Ela suspirou. Se só pudesse ter isto para sempre. A alegria de Val decaiu, sua tristeza
retornando. Eles eram doces ao tentar salvá-la, e não o esqueceria, mas sabia que era inútil. A
vontade dos deuses não podia ser frustrada, e só podia salvá-los se renunciava a eles.
Val deitou cansadamente, assombrada diante quanta energia tinham tirado dela. Às vezes
Demitri tinha montado Val toda a noite e todo o dia seguinte sem se cansar nenhum dos dois, mas
este ritual pareceu liquidar suas forças.
O colar estava quente, embora incomodamente, mas Val não se atrevia a tirá-lo se a
queimava, que assim fosse. Movê-lo poderia anular o ritual, e Demitri disse que não poderia fazer
uma segunda vez.
Demitri abriu os olhos. Estavam escuros-como-o-pecado, quentes, ternos, e sorriam tal
como o tinham feito faz tantos anos atrás. Doeu o coração.
— Amo-o Demitri. — Sussurrou ela. — Sempre o tenho feito.
— Eu também te amo neném. — Demitri beijou os lábios, depois se estirou atrás dela e
sacudiu Leon. — Acorda. Ainda não terminamos.
Leon se esfregou os olhos e bocejou.
— Vocês dois têm resistência.
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— Por isso nos ama. — Disse Val suavemente, passando suas mãos por seu curto cabelo.
— Assim é. — Leon a beijou depois se levantou sobre seu cotovelo e olhou a Demitri —
Estou preparado quando você o esteja.
— Bom. — Disse Demitri, seus olhos ardendo. Depois alcançou o frasco de azeite.
Capítulo 23
Agora estou indo aonde nunca fui antes, Leon pensou enquanto se girava de barriga para
baixo e deixava que Demitri deslizasse seus dedos azeitados entre suas nádegas. Val deitava junto a
Leon, observando com seus olhos azul meia-noite, seus seios firmes e as pontas escuras.
O toque de Demitri se sentia estranho, os dedos jogando com ele, largos e de homem, não
magros e femininos. Leon tinha jogado com varinhas com mulheres antes, mas nunca tinha
experimentado com um homem colocando um dedo escorregadio em seu interior.
Ele se moveu, drasticamente.
— Relaxe. — Murmurou Demitri. — Sente-o. Desfruta-o.
Val tocou seu cabelo ajudando. Leon moveu seus quadris uma vez, depois se obrigou a
abrir-se.
— Aí vai. — Demitri deslizou um segundo dedo em seu interior. Não os moveu,
simplesmente os descansou ali até que Leon se acostumou a isso.
Leon relaxou um pouco, depois assobiou uma respiração quando Demitri acrescentou um
terceiro dedo.
— Calma. — Disse Demitri, sua voz suave. — Está se abrindo para mim.
Val mordeu o nódulo de seu polegar, seus mamilos pequenos duros.
Ela tomou a mão de Leon e a deslizou entre suas pernas, mostrando quão excitada estava.
O corpo de Leon se esquentou enquanto jogava com seu polegar no clitóris de Val,
enquanto ele se abria ao toque de Demitri. Quando Leon sorriu a Val, Demitri deslizou seu quarto
dedo no interior.
— Merda. — Ofegou Leon. — Oh, homem, isso é bom. Nunca soube...
Val lambeu seus lábios vermelhos.
— Nunca teve Demitri. Ele é maravilhoso, não é assim, amado?
— Malditamente certo.
Demitri se inclinou para baixo, cobrindo Leon com seu corpo quente.
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— Está preparado para mim?

Algo escuro se retorceu no ventre de Leon.
— Estou. — Ele se estirou para cima e tocou o comprido cabelo de Demitri. — Amado.
Demitri riu entre dentes. Liberou seus dedos fora de Leon, depois puxou os quadris do
Leon para trás para encontrar a ponta de seu pênis.
Leon se esticou, mas a quente mão de Demitri alisou suas costas.
— Olhe a Val. — Disse Demitri. — Centre nela, não em mim.
Leon não pôde evitar dar um olhar a Demitri atrás dele, seu pênis enorme e pronto, antes
que ele fechasse os olhos. Abriu-os e centrou seu olhar no rosto formoso de Val de acordo com as
instruções, e Demitri se deslizou rapidamente dentro.
Leon pensou que se estava desmoronando. Gritou, sua mandíbula apertando-se, mas Val
estava ali, beijando-o. Ela se moveu, sentava à cabeceira, suas coxas estendidas enquanto Demitri
começava a fodê-lo.
— Estou fazendo isto por você, já sabe, querida. — Disse Leon, tocando os cachos úmidos
de sua boceta.
Val sorriu.
— Certo, acredito. Cada parte disto é para mim.
— É, amor. Se Demitri me tiver que foder todas as noites durante um ano com o fim de te
salvar, vou ter que me aguentar.
— É uma Merda, Leon.
— Também te quero baby.
— Se cale. — Disse Demitri. — Me sinta imbecil. Você gosta?
— Diabos, sim. — Gemeu Leon na coxa de Val, seu corpo sacudindo-se com os
empurrões de Demitri.
O homem era bom, sabia exatamente como dar e receber, nunca machucando, nunca
afrouxando. Cavalgou para o Leon forte e rápido, e ao mesmo tempo o fez sentir o maior êxtase que
jamais tinha sentido.
Quando Demitri saiu, Leon fez um ruído de enorme decepção.
— Que demônios? — Demitri não estava seguindo o plano.
— Se coloque em Val. — Disse Demitri.
Sim.
Val se apressou a obedecer. Deitou-se debaixo de Leon e agarrou seu pênis, guiando-o
nela. Em questão de segundos, Leon esteve enterrado em seu interior e, ao mesmo tempo, Demitri
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se pressionou de novo em Leon.

Dupla penetração. Não é de estranhar que Val rogasse por isso. Leon não podia pensar,
não podia fazer outra coisa exceto sentir. Val estava calorosamente apertando seu pênis, seus
formosos lábios ao alcance dele. Demitri o enchia de atrás, seu enorme e formoso pênis fodendo-o e
fazendo sentir coisas que Leon nunca tinha sido consciente que podia sentir.
Leon se sentiu completo. Tudo. Pela primeira vez desde que se afastou de sua casa, sentia
que pertencia. Pertencia a estas duas pessoas, uma formosa mulher e um homem magnífico.
Nem sequer importava que em realidade não fossem humano. Neste momento eram
simplesmente Val e Demitri, duas pessoas, quem assombrosamente amava Leon Dupree.
Uma escura sensação o alagou, cortando todos os pensamentos. Ouviu-se gritar, sentiu o
calor queimando seu corpo, sentiu uma dor aguda quando o colar que Val usava chispou sua pele.
Leon gozou. Ele estava bombeando em Val, enchendo-a inclusive antes que se desse
conta. Ao mesmo tempo, um calor de escaldado o encheu de atrás. O gozo de Demitri, o sêmen de
um semideus.
Leon caiu, inerte, esgotado, feliz. Demitri levantou o Leon, então sustentou a Val sobre a
cama e deslizou seu pênis já ereto dentro dela. Val pôs-se a rir, seus quadris dançando. Demitri a
abraçou, apertando-a com força contra ele. Quando Demitri terminou e se levantou, o contorno de
seu colar estava gravado em sua pele também.
Todos eles usavam a marca agora. As pérolas de louça estavam quentes, fumegando, mas
Val não disse nenhuma palavra. Seus olhos estavam cheios de dor, mas ela permaneceu em silêncio,
aguentando-o.
Demitri levantou a peça quebrada do pingente. Ele o ajustou contra a marca da outra peça
no peito de Leon.
Leon fez uma careta quando a peça se gravou a fogo em sua pele.
Demitri fez o mesmo em seu próprio peito, marcando-o, então pôs a peça do pingente
sobre Val.
Ela gritou. O quente pingente se ajustou corretamente contra a outra peça quebrada, e as
duas metades se fundiram.
Salvo que não o fizeram. Demitri as mantinha unidas, amaldiçoando, ordenando que se
convertessem em uma, mas o pingente permaneceu quebrado. Val se retorcia e gritava, o colar ao
vermelho vivo.
— Pare! — Gritou Leon. — Está matando-a.
Demitri olhou fixo para Val um momento, depois arrancou o colar dela e o deixou cair no
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chão. Val pôs suas mãos sobre seu rosto e chorou de angústia.
Leon agarrou o azeite e começou a esfregar o líquido calmante sobre as queimaduras.
— Tudo está bem carinho. Acabou-se.
Demitri tocou suavemente o contorno chamuscado entre os seios de Val. Sua voz estava
cheia de tristeza.
— Lamento-o, neném. Estava tão seguro de que funcionaria.
— Maldição, não podemos nos render. — Disse Leon.
Lágrimas silenciosamente banhavam a face de Demitri.
— Não está funcionando, isto só está provocando mais agonia.
Val deu a Leon um sorriso aquoso.
— Obrigado, Leon. Tentou-o.
Leon sentiu seu próprio rosto molhar-se.
— Não estou disposto a te perder. Maldição, Val, acabo de te encontrar.
— Sinto muito. — Sussurrou ela. — Te amo tanto.
— Não. — Disse Leon de novo.
Suas palavras se cortaram quando brilhante luz encheu o escuro quarto. Se iluminou pelo
sol como o dia, embora o relógio proclamava que até era a metade da noite.
— Seu tempo acabou. — Disse o deus Apolo quando seu corpo se manifestou.
Estava nu, musculoso, bonito, e usava um círculo de folhas em sua cabeça.
Apontou um comprido dedo para Val
— Valenarian, é o momento de seu sacrifício.
Demitri atirou a garrafa de azeite para ele. Apolo sacudiu seus dedos e a garrafa se rompeu
enviando fragmentos de vidro e vapor de azeite através do chão.
Demitri ficou de pé, sua face chorosa escura de raiva.
— Ela tem até a lua nova. Você não tem direito.
Apolo o considerou.
— Ela é uma criatura dos deuses, como você. Podemos tomá-la em qualquer momento
que desejemos. E a você. Recorda isso.
— Vá a merda.
— É essa a maneira de falar com seu pai?
Val se deslizou de debaixo de Leon e se levantou. Leon se levantou seu lado, pondo seu
corpo protetor entre ela e Apolo.
— Está bem. — Disse Val. — Fiz minha escolha, fiz o acordo. Irei.
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— Ao igual ao inferno. — Grunhiu Leon.

A voz de Apolo saiu cansada.
— Se eles interferirem, morrem.
— Por favor. — Val deu um passo à frente de Leon e colocou suas mãos sobre seus largos
ombros. Seu toque era suave e frio. — Estou fazendo isto assim vocês serão salvos. Você e Demitri.
— Importa-me um nada por que o está fazendo. — Começou a protestar Leon.
— Sei a respeito dos deuses, Leon. Podem exigir uma terrível vingança, sobre tudo em
mortais que os frustram. Me deixem fazer isto por vocês.
Demitri arrebatou o colar do chão. Esfriou-se, já não queimava.
— Então, está dizendo que renunciará a sua vida para que possamos viver? — Ele disse as
palavras lentamente, como se cada uma delas fosse significativa.
Val assentiu.
— Dando-a com muito prazer. A negociação de Afrodite era injusta. Permitirei ser
castigada, e você e Leon poderão viver suas vidas sem medo.
A ira de Demitri desapareceu. Para surpresa de Leon, o grande homem pôs-se a rir, então
levantou o colar no ar.
— Afrodite! — Gritou ele. — Te convoco para cuidar de seu servo. Veem mim!
Apolo cresceu, sua luz enchendo o quarto até Leon sentiu sua pele queimando.
— O que fez? — Exigiu o deus.
— O que você fez, pai? — Riu Demitri. — Perdeu.
Val olhou a Demitri.
— Pare. Não faça que o mate.
— Não o fará.
Antes que Leon pudesse perguntar o que queria dizer, o quarto se encheu com outra luz,
está um pouco mais clara como a luz da lua. Um aroma doce seguiu a um fraco zumbido de sinos.
Afrodite apareceu junto à janela, usando o fino vestido egípcio que tinha usado no Templo
do Luxor. Braceletes sussurraram em seus braços, e ela sorriu.
— Minha criatura passou na prova. — Disse ela. — Liberta-a para mim.
Apolo deu um olhar de incredulidade.
— Sua prova?
— De verdade acha que te deixaria matar Val com total impunidade? Dei um quebra-
cabeças que poria a prova seus recursos e sua coragem. Queria ver se ela fazia o último sacrifício
para salvar a seus seres queridos. E ela o fez. — Afrodita sorriu para Val, sua beleza fazendo que os
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olhos de Leon doessem.

— O que acontece não houvesse passado? — Perguntou Val em voz baixa.
— Então teria perecido. — Disse Afrodita. — E Leon e Demitri com você.
O calor e o brilho do sol na sala se incrementaram.
— Não estivemos de acordo sobre a prova. — Retumbou Apolo. — Ela ofereceu sua vida
a mim, e tomarei. Você pode ter o mortal Leon como compensação. Sei que você gosta dos homens
belos.
Afrodite vaiou, seu poder de repente intenso.
— Me recordar a Adonis não é a maneira de me aplacar.
— Eu não quero te aplacar. Quero meu sacrifício. — Apolo sustentou sua mão, e uma fita
de luz se enlaçou ao redor da garganta de Val.
Val gritou, e Leon se lançou diante dela. Demitri se fechou de repente protetoramente
sobre eles dois, tomando todo o peso da luz. Jogou para trás sua cabeça em silenciosa agonia, então
sua face ficou cinza e quieta.
Demitri caiu no chão, e a luz desapareceu. Val se deixou cair de joelhos junto a ele, um
lamento terrível saindo de sua garganta.
Apolo ficou imóvel, o braço ainda elevado, olhando para baixo ao corpo de seu filho.
— Você puta, olhe o que me tem feito fazer.
— Fez-o você mesmo. — Disse Afrodite com aspereza. — Que desperdício.
— Espera um minuto, está dizendo que está morto? — Leon se ajoelhou rapidamente do
outro lado de Demitri. Ele não podia dizer se Demitri respirava ou não, não pôde encontrar o pulso.
Val se jogou sobre o peito de Demitri, chorando. Seu próprio pulso acelerando-se, Leon a
afastou suavemente e apoiou Demitri no chão. Puxou a cabeça de Demitri para trás, enlaçou suas
mãos juntas, e começou a RCP.
— O que está fazendo? — Perguntou Apolo.
— Tentando salvar sua vida. — Espetou Leon. — Agora se manda de minha casa.
— Val. — Espetou Apolo — Veem comigo agora.
O poder de Afrodite encheu o quarto.
— Falei que não.
O poder de Apolo se expandiu para encontrar o dela. A casa flutuante começou a
balançar-se, muito fraca para conter a magia volátil dos deuses. Umas poucas peças do mobiliário
de Leon se converteram em pó.
— Parem. — Gritou Val. Ela saltou sobre seus pés. Leon estava suando, ainda bombeando
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no peito de Demitri.
Não posso salvá-los a ambos, Leon pensou, e sentiu as lágrimas gotejando por suas
bochechas. Não sou o suficientemente forte para salvar a ambos.
Ele ouviu Valenarian gritar. Pela extremidade de seu olho, Leon a viu trocar de uma
mulher formosa a uma criatura de luz brilhante. Seus dentes eram afiados como os de um leão, suas
garras como as de um urso pardo. Ela voou para Apolo, grunhindo injúrias, suas garras inclinadas
para matar.
— Val, não! — Gritou Afrodite, mas Val já estava atacando Apolo.
A aura de Val estava cheia de ira, sua necessidade de vingança crepitando no ar. Só que
desta vez ela não estava tomando retribuição em nome de uma mulher ofendida, estava tentando
destruir à pessoa que tinha matado seu companheiro.
Mas não podia destrui-lo, ele era um deus que a esmagaria como a uma mosca.
Um grunhido comprido e baixo, soou do terraço que dava ao rio. E agora o que?
Leon pensou distraidamente.
O suor corria por seu rosto, mas não podia deixar de bombear o peito de Demitri.
Maldição, Demitri, respira!
Vidro se rompeu quando um enorme tigre saltou através da janela e se dirigiu diretamente
a Apolo. Val rodou rapidamente fora do caminho e se converteu em forma humana de novo, seus
olhos azul meia-noite muito abertos.
O tigre lutou com Apolo, os dois rodando uma e outra vez, fazendo um buraco na parede
do quarto e caindo através deste na sala de estar. O tigre rugiu e mordeu, e Apolo mal podia
esquivar seus golpes.
Finalmente Apolo ficou em pé e enfrentou ao tigre, ofegando. Ele se parecia menos a um
deus poderoso e mais a um ser humano formoso que tinha estado em uma briga. Seu lábio sangrava
e suas bochechas levavam marcas de garras. Sua coroa de louro pendurada torcida, e as folhas
arrancadas estavam espalhadas sobre o tapete cinza de Leon.
Apolo ficou olhando para o tigre com algo parecido a terror. O tigre se levantou sobre suas
patas traseiras, sua enorme cabeça tocando o teto, e de repente se converteu em uma mulher.
Tinha o cabelo negro comprido, grandes olhos escuros, seios como melões, e quatro
braços fortes terminados com largas unhas.
Ela era tão formosa como Afrodite, mas de uma maneira selvagem. Esta mulher nunca foi
civilizada.
— Você matou meu filho. — Vaiou ela. O idioma que falava era alheio a Leon, mas de
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algum jeito ele o entendia.

— Não foi minha intenção.
A mulher girou tão rápido que era uma falta de definição. Quando se deteve, dezesseis
cortes vermelhos tinham sido rasgados através do peito do Apolo.
— Você me deu ele, e não te permiti tomá-lo de volta. — Disse a mulher. — Essa é a
forma do universo.
Apolo elevou suas enormes mãos.
— Bem. Tomarei Valenarian e irei.
A mulher vaiou outra vez e chamas escaparam das pontas de seus dedos.
— Não tomará ninguém. Vá e não retorne.
Apolo ficou olhando à mulher um momento mais, seu rosto cinzento.
— Você ganhou. — Disse, e depois sua voz se transformou em um murmúrio. — Uma
vez mais.
A luz brilhou, e Apolo desapareceu, as folhas caídas e tudo. O brilho na sala se atenuou,
os abajures de Leon iluminando a parede quebrada e os móveis,
Demitri deitado sem vida, e as três mulheres de pé sobre ele.
A mulher tigre de cabelo negro se ajoelhou junto a Demitri, seu olhar voltando-se
preocupada e de amor profundo.
— Meu filho. — Murmurou, e tocou a testa. — Volta para mim.
Demitri exalou um fôlego repentino e abriu os olhos. Leon recuou, suas mãos doendo de
empurrar o peito de Demitri.
Demitri piscou um par de vezes, seu olhar confuso, depois se centrou na mulher e se
sentou assombrado.
— Que demônios acaba de acontecer?
Val se agachou ao lado de Leon, seus olhos muito abertos.
— Apolo te matou. O ataque estava dirigido a mim. Sinto muito.
— Agora me lembro. — Demitri se passou os dedos pelo cabelo. — Isso era a morte?
— Toma-o com calma. — Disse Leon. — Foi por um momento. Necessita que o revisem.
— Sou um semideus. — Disse Demitri, sua voz rouca. Ele se aproximou e estreitou a mão
da mulher. — Você me trouxe de volta.
— Fiz-o. — Ela passou uma mão carinhosamente por seu cabelo. — Seja bom meu filho.
E seja feliz.
— Você é a mãe de Demitri? — Perguntou Leon.
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Val olhou à mulher com grande respeito.

— Sempre me perguntei a respeito de você.
— Meu nome é Kalika, uma filha de Kali. Venho da gente do tigre do vale Indu.
Os olhos de Val brilharam, um pingo de seu antigo sorriso de volta.
— É uma mulher ofendida, então. Apolo te deixou estacada com um bebê para criar. Você
gostaria de exigir uma pequena vingança?
Kalika riu suavemente.
— Apolo não me deixou. Fugiu quando terminei com ele. Seduzi-o porque queria sua
semente. Eu sabia que um filho divino que levasse ia ser especial e mágico. — Ela acariciou o
cabelo de Demitri de novo. — Estava certa.
Demitri ficou de pé, apoiando-se pesadamente em Leon, mas sua força estava retornando
rapidamente. Ele estendeu a mão para tomar a mão de sua mãe.
— Obrigado.
Kalika roçou sua bochecha depois a beijou.
— Estas são as criaturas que ama?
— São Valenarian e Leon.
— Uma demônio e um troca-formas. Que interessante companhia. — Kalika levantou
suas sobrancelhas, mas seus olhos escuros eram quentes. Apoiou suas mãos sobre as cabeças de
Leon e Val.
— Então se os ama, darei a cada um presente.
O calor queimava através de Leon, e gritou de dor repentina. Val ofegou junto a ele.
— O que fez? — Exigiu Demitri.
— Valenarian já não se preocupará se por acaso seu demônio se volta impossível de
controlar. Ela quase se curou por seu grande amor para vocês dois, mas eu simplesmente dei uma
garantia adicional.
— E Leon? — Perguntou Demitri.
— Ele será capaz de permanecer com vocês todo o tempo que queira, e retirar-se já seja ao
Olimpo ou a meu vale quando estiverem cansados do mundo.
— Tem-no feito imortal?
— Semimorta. Ele responderá às mesmas leis que vocês, só os deuses serão capazes de
causar sua morte.
Leon a olhou com assombro.
— Isso não tem sentido. Como poderia me fazer imortal?
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— Tenho muitos poderes, troca-formas. Agora tenho que ir. Meu tempo fora de meu vale
é limitado.
Ela abraçou Demitri, o amor em seus olhos. Depois abraçou a Val e, por último, Leon.
Sentia-se muito estranho ter quatro braços ao redor dele, mas também se sentia protetor.
Kalika beijou Demitri outra vez, trocou de novo no enorme tigre, passou além do olhar de
Afrodite, e saltou pela janela. A luz brilhou, e ela se foi.
— Meu Deus. — Disse Afrodite, soltando sua respiração. — Que incomum. — Ela pôs
sua cabeça para lado, estudando Demitri. — Como foi ter uma mãe com quatro braços?
Demitri encolheu os ombros.
— Nunca pensei que fosse estranho. As mulheres com dois braços se viam erradas para
mim até que acostumei a isso.
O belo rosto de Afrodite se nublou.
— Não estou acostumada a que qualquer não pense em mim como supremamente
formosa.
— Oh, penso que é formosa. — Sorriu Demitri. — Para uma mulher de dois braços.
Afrodite franziu o cenho, nada apaziguada.
— Ponha o colar sobre Val. Temos que terminar isto.
Leon levantou o colar de onde Demitri o tinha deixado cair e o pendurou de novo ao redor
do pescoço de Val. Este se ajustou contra as marcas de queimaduras em sua pele.
Demitri encontrou o pingente quebrado e o sustentou contra a outra peça. O colar se
esquentou de novo, então uma luz apareceu entre as duas gretas. A luz cresceu em intensidade,
depois desapareceu com a mesma rapidez. O pingente estava selado junto.
O colar caiu, frio e inteiro, contra o peito de Val, e as marcas de queimaduras
desapareceram de sua pele. As marcas de queimaduras desapareceram de Leon e de Demitri, ao
mesmo tempo.
Leon se afundou de alívio.
— Bem-vinda de novo, querida.
Demitri envolveu seus braços ao redor de Val por trás, puxando-a contra ele.
— Amo-a, Val. Inocente mulher ou demônio enlouquecido, não importa.
— Muito comovedor. — Disse Afrodite. — Mas isso é tudo. Ela é um único ser de novo.
Seja feliz, Val. — Sua voz se suavizou. — Sentirei sua falta.
Val a olhou com surpresa. Os olhos de Val eram azuis agora, uma sombra entre a
escuridão do demônio e o celeste que tinha sido a cor de Valerie.
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— Pensei que ia me levar de volta ao templo.

— Não, querida. Serviu-me muito bem, mas necessita esta vida. — Afrodite deu uma
risadinha entrecortada. — Além disso, não quero que a mulher tigre venha me castigar por tomá-la
de seu filho. Ela é bastante… Formidável.
Leon sorriu para Demitri.
— Sua mãe é grandiosa. Com certeza que ela e minha mãe se levariam muito bem.
Val deu a ambos um olhar nostálgico.
— Sempre quis ter uma mãe.
Leon a abraçou.
— Agora tem duas.
— Vou agora. — Disse Afrodite em voz alta.
Val se separou de Demitri e Leon, e se dirigiu para ela. Ajoelhou-se aos pés de Afrodite e
se inclinou em verdadeira súplica.
— Obrigado. Deu-me o presente maior.
Afrodite sorriu, apaziguada, e levantou Val sobre seus pés. Afrodite a abraçou de repente,
parecendo quase cálida e humana.
— Seja boa querida. Agora vou dar outro presente. — Ela beijou a testa de Val, e seu
corpo se alagou de repentina luz.
Leon começou a ir para ela, mas a luz desapareceu, Afrodite sorriu, e se dissolveu na
névoa.
Capítulo 24
Porque a batalha tinha destruído grande parte do interior da casa flutuante de Leon, Val
chegou a descobrir o prazer da decoração. Ela e a mãe de Leon foram às compras na tarde seguinte,
e Val aprendeu quão divertido podia ser recolher móveis novos, cortinas, travesseiros, toalhas, e
outras pequenas coisas para fazer da casa de Leon um lar. Leon, que esteve reparando a parede do
quarto, olhou com uma expressão de dor enquanto elas descarregavam tudo, mas Demitri
descansava no terraço traseiro em traje de banho e deixou às mulheres nisso.
Lilianne parecia um pouco pensativa sobre a relação entre o Leon, Demitri, Val, mas se
abrandou enquanto Val conversava sobre isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— Só quero que seja feliz. — Disse Lilianne a Leon.
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— Sou feliz, mamãe.

Demitri se levantou languidamente do ensolarado alpendre e caminhou de retorno ao
interior. Seu traje de banho se agarrava a seu corpo musculoso, e tinha puxado seu cabelo para trás
em seu elegante rabo-de-cavalo.
— Entendo. — Disse Lilianne com uma voz retumbante. — Todas as mães querem que
seus filhos sejam felizes. E estejam a salvo.
Val arrumou a montanha de almofadas no sofá novo que tinha comprado e deu um passo
atrás para admirar seu trabalho.
— Demitri é muito rico. Ele está pagando por tudo isto. Isso ajuda?
— O dinheiro não é minha maior preocupação. — Disse Lilianne.
— Os vizinhos podem pensar o que quiserem. — Disse Leon. Foi procurar duas cervejas
frias do refrigerador e entregou uma garrafa a Demitri.
— Meus vizinhos não são de minha preocupação, tampouco. Se forem muito curiosos,
merecem estar em choque.
— Então, o que? — Perguntou Leon.
— Estou preocupada com você. — Lilianne olhou diretamente nos olhos verdes de seu
filho. — Quero que esteja bem. Está?
Leon assentiu.
— Estou melhorando muito. Sentia-me sozinho, mamãe, inclusive quando estava em casa.
Agora não.
Demitri interrompeu.
— Leon quer ser médico.
Leon olhou fixo para ele assombrado.
— Faço-o?
— Apressou-se para o Egito para atender as picadas de insetos na escavação de Remy.
Sentia-se atraído pela medicina no exército, mas nunca teve o dinheiro para ir à universidade. Como
Val disse, estou em boa posição. Estou feliz de financiar sua educação.
— Assim nada mais?
— Assim nada mais. Se você o desejar.
Leon o estudou por um comprido momento.
— Pensarei nisso.
Demitri encolheu seus ombros nus.
— Muito bem.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
Lilianne tinha uma estranha expressão em seu rosto.

— Bom, não aceite até depois das bodas de Remy. Quero que a família esteja junta.
Val sorriu para seus companheiros. Remy tinha ligado essa manhã com a notícia de que
tinha pedido Felicia que se casasse com ele. Val podia riscar essa tarefa de emparelhamento de sua
lista.
Leon pôs-se a rir.
— Não se preocupe. Quero estar aqui para isso também. Quero estar absolutamente seguro
de que aconteça.
Lilianne abraçou seu filho, então impulsivamente abraçou Demitri.
Demitri devolveu o abraço, vendo-se surpreso.
— É incomum. — Disse Lilianne a Val enquanto Val a acompanhava até seu carro. —
Mas então, eu tive um matrimônio incomum. Não é qualquer garota se apaixona por um troca-
formas.
— E teve quatro filhos, todos eles troca-formas também.
Lilianne pôs-se a rir.
— Fiz-o. Foi uma provocação, não vou mentir. Mas uma muita feliz.
Val despediu e retornou à casa. Leon tinha seus braços ao redor do torso nu de Demitri e
estava beijando-o.
— Pus lençóis novos na cama. — Disse Val. — Quer os provar?
Demitri fez um gesto com sua garrafa de cerveja, que estava suando no ar úmido.
— Me mostre o caminho.
Muito mais tarde, enquanto o sol se punha, Val deitava felizmente enredada com os dois
homens que amava. Ambos estavam acordados, Demitri estendido estirado em toda sua longitude a
sua direita, enquanto que Leon a cercava à esquerda. Val gostava de estar intercalada.
Leon estava preguiçosamente acariciando sua pele. O colar de louça ainda pendurava entre
seus seios, seu aviso do que havia passado para encontrar seu caminho para o amor.
Demitri beijou sua bochecha, sua mão brincando com seu peito, seus olhos escuros
pecaminosos.
— Nunca nos disse Val. — Murmurou ele. — Qual foi o presente que Afrodite te deu?
— Filhos.
Os olhos de ambos os homens se abriram. Val resistiu à tentação de rir deles.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
— Em algum momento do futuro, os dois serão pais. — Explicou ela. — Serão meninos
incomuns, sem dúvida. Provavelmente, troca-formas, provavelmente mágicos.
— E um punhado. — Leon começou a sorrir. — Igual a mim e meus irmãos.
— Como o chamou sua mãe? Uma provocação, mas uma feliz.
A risada de Leon sacudiu a cama.
— Essa foi uma boa maneira de dizê-lo.
Os olhos de Demitri se enfraqueceram.
— Quando meus amigos Nico e Andreas me deixaram para casar-se, sentia-me sozinho.
Eles eram como minha família, e pensei que nunca teria uma família própria. Os dois me deu muito.
Val riscou a bochecha de Demitri com sua mão.
— Fez me apaixonar por você faz muito tempo atrás. Nunca deixei de fazê-lo. Salvou
minha vida me permitindo te amar.
Leon se apoiou em seu cotovelo.
— E estive à deriva por aí tentando descobrir o que queria e sem encontrá-lo. Obrigado
por me rebocar a um porto seguro.
— Em qualquer momento. — Disse Val. Passou-se a língua por seu lábio inferior — Eu
gostaria de te rebocar a algum lugar agora mesmo.
— Não teve o suficiente, não é?
— Nunca vou ter o suficiente de vocês dois. — Disse Val.
Leon guiou a mão dela para seu pênis já ereto.
— Me reboque longe, querida.
Demitri se levantou, seu grande corpo enchendo a cama.
— Monta-o. — Ordenou. — Eu te penetrarei também.
Val estremeceu de alegria. Tinha estado esperando por isso.
— O que diga, amado. — Disse ela, seu dedo passando pela bochecha de Demitri.
Beijou Demitri, depois se abaixou Leon. Ela riu de alegria ao sentir o peito de Demitri
contra suas costas. Seus braços fortes encerrando tanto a ela quanto Leon enquanto ele a penetrava,
sustentando ambos a salvo.
Seduções Mortais
Allyson James
Série Mortal – 2
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Seduções Mortais

Traduzido e Revisado Espanhol

Comentário Cleusa: um livro para todos os gostos, deus, semideus, troca-formas,

Três mil anos atrás…

queria o suficiente para romper as leis de seu próprio povo.

Entretanto, Demitri era diferente. Demitri era...

Os dois homens estavam nus, músculos reluzentes sob o sol.

coque, e suas unhas brilhavam com um esmalte de cor rosa claro.

— É um demônio de vingança. Isso é o que cheiro.

homem de corpo duro que tinha o suficiente de sobrenatural para tentá-la.

ao sul do estado da Luisiana, onde influíram notavelmente em sua cultura.

— Oh, sim, Demitri sempre está ocupado.

dois anos mais tarde.

de sua blusa. Sentia-se frouxa, molhada e quente.

melhor suíte a Leon Dupree.

Demitri elevou as sobrancelhas e o olhou de acima para baixo.

Tenho que manter o controle.

— Valerie? — Leon se sentou sobre seus calcanhares. — Que diabos?

— Pedi o café da manhã para os dois. — Disse. — Se importa?

ofegando, enquanto Val observava em um estado de surpresa da soleira.

— Então deveria ter sexo com ele? Deve estar brincando.

— Entendo. Ela é uma bonita mulher, Leon. Está com ele?

Demitri dormiu de maneira irregular. Deitado nu debaixo de um fino lençol, o ar quente

que seja, amado.

fogo fluísse das pontas de seus dedos.

— Intriga-me. Onde está esse lugar proibido?

flutuante do tio Leon, brincariam de ser arqueólogos, e seria incrivelmente lindo.

tinha visto Demitri exercitando-se.

— Qual foi seu melhor momento com ela? — Perguntou Leon.

Leon. Os olhos de Leon se obscureceram com paixão repentina.

— Vem. — Disse. — Te levarei de volta a seu quarto.

O olhar triste de Val foi substituído por um de interesse.

— Estou a favor disso. — Disse Leon.

apanhado em seus artefatos para vê-la.

de criação, Demitri se deteve e abriu uma lanterna elétrica.

Val se inclinou de novo em sua postura de súplica.

grande força, e tinha sido refreada.

— O pingente quebrado. — Disse Demitri.

— Seu poema, “Ozymandias”4 — Demitri gesticulou para fora pela janela. — Os

do chão por fragmentos de cerâmica e outros artefatos diminutos.

— Me solte — Disse Valenarian ferozmente. Demitri se agarrou a ela, puxando-a ao redor

— Até que ficou louca com esta.

— Fraco, quer dizer.

Val tentou soltar-se.

— Há um problema. — Disse Leon quando a Demitri saiu do quarto novamente.

Demitri riscou sua bochecha.

Valerie tinha recuperado no momento em que chegaram ao lugar e encontraram um Remy

benefício. Nem sequer tinham sabido que ela estava ali.

Felicia tirou um chaveiro de seu bolso e o mostrou.

Demitri finalmente se foi.

equipe. Ele respeita minhas teorias, disse-me.

esclarecer esta distração, assim podemos nos concentrar em te salvar.

— Ainda sou o suficientemente arrogante para pensar que posso te domar.

— Realmente é louca pelo sexo, não?

Recuou para trás.

em uma forma que não liberte ela.

Demitri engoliu, e a deixou ir.

Val se absteve de cobrir-se, sabendo que Afrodite tomaria como um símbolo de

Afrodite se levantou sorrindo.

Demitri sorriu ao telefone.

Do outro lado do telefone, Leon desligou, amaldiçoando. Caminhou rapidamente pelo

Não deixarei que me leve de volta, Valenarian cuspiu.

— Fiquei em branco. — Disse Leon na casa da escavação. — O sinto, Remy.

para você nos campos de olivos na Grécia.