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A Ociosidade do Homem
do Nosso Século
(XXI)
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MILTON QUISSE
Estudante de L.F.E
ISMMA
3
Autor: Milton Quisse
Publicação: 21/10/2023
ISBN: 9798864855164
A minha Mãe
Meu Pai
Guilichane Quisse
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Agradecimentos
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É com muito orgulho que endereço os meus parabéns ao
Milton Quisse, pela coragem que teve de querer ser/fazer
diferente.
O Templário
PRÓLOGO
Ouvir
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8 Nem de graça comemos o pão de ninguém, mas
com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não
sermos pesados a nenhum de vós.
2 tessalonicenses 3, 1-11
INTRODUÇÃO
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na ociosidade, praticando obras inúteis, que em nada lhes
acrescenta. São os chamados Voluntários da Inutilidade.
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história sem precisar contar as histórias dos outros
povos, temos que ser os primeiros a acreditar na nossa
causa. Esse é o momento de questionarmos quem sou na
história? Qual é a minha identidade? O espanto, a dúvida
devem acompanhar a nossa existência na positiva, como
meio de melhor nos conhecermos na história e naquilo
que é verdadeiramente nosso. O caráter reflexivo deve
ser colocado em prática juntamente com o espirito
investigativo, pois não podemos mudar o passado, mas
podemos ser senhores do nosso futuro.
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(Aristóteles)
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política, isto é, dos assuntos da pólis. Interessante notar
que a palavra “ócio,” em grego, é “skole” de onde deriva
a palavra escola em português, que em latim é schola e
em castelhano, “escuela” quer dizer, os nomes dados aos
lugares destinados à educação significavam ócio para os
gregos. Assim, eles consideravam o ócio como algo a ser
alcançado e desfrutado. Para o filósofo (Aristóteles), “a
ociosidade era uma condição ou estado – o estado de
estar livre da necessidade de trabalhar.”
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perfeição espiritual, mas longe de ser percebido foi
preso, julgado, condenado e morto. E foi frustrada uma
das primeiras tentativas de o próprio homem sair da
ociosidade.
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(V-XV)
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constituído pelos padres da Igreja, pois nessa época a
Igreja ganha grande prestigio entres os povos e se
destacam homens como: Santo Agostinho, São Tomás de
Aquino, etc. Esses homens procuraram resolver
problemas específicos da época deles, a questão da
existência de Deus, entre outros...
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Sandel: que o homem não basta só ter a liberdade, mas
deve ter capacidades, e capacidades estas que devem
levar ao desenvolvimento, e foi isso que faltou na idade
média numa primeira parte, mas a ganância tomou conta
dos homens, e com a ociosidade o levou a desencadear
várias guerras em nome da fé, isso sim chamaríamos do
ponto mais da alto da ociosidade humana, pois quando o
homem ignora a ociosidade e esta por sua vez penetra no
seu mais íntimo, produz atos realmente desumanos,
contudo eu chamo a ociosidade como a causa de todo o
mal que aflige o homem... As guerras, a fome, as
doenças, etc. isso tudo é graças a ociosidade, porque se o
homem não fosse ocioso acharia tudo isso inútil de
praticar e viver... Os vikings costumavam roubar gado,
cavalos e comida por onde passavam e as calamidades
eram interpretados como ataques do demônio ou castigos
de Deus, eles não conseguiam pensar mais além do que
isso, porque já estava incutido que a fé estaria em cima
da razão e não na questão do equilíbrio, como escreve o
Papa João Paulo II na sua encíclica: “Fides et ratio”.
As guerras que aconteceram na idade medieval
demonstram de uma maneira bastante clara, as condições
de vida desses homens que mergulharam no ponto mais
alto da ociosidade, podemos ver aqui algumas das
guerras que marcaram a história do homem, comecemos
pelas cruzadas que estipulavam o combate aos infiéis e
contudo, justificava o uso da violência na conquista da
terra Santa, a cidade de Jerusalém que estava sob o
controle dos muçulmanos desde a conquista das cidades
dos bizantinos, foi nesse contexto que a Igreja ganha
interesse em rever o controle da chamada Terra Santa,
haviam outras possibilidades da convocação das
cruzadas, como a promessa de salvação e remissão dos
pecados e também pela chance de obter terras e riquezas
a partir dos saques, vemos até que ponto o homem
preferiu a violência ao invés do diálogo... então é nesse
sentido da ociosidade que o homem vivia na idade
medieval, não havendo um total despertar da consciência
do homem, vivia na sua ignorância condenando a si
mesmo e ao seu próximo, sem levar em relevância a
frase tomasiana: Bonum faciendum et malum vitando =
fazer o bem e evitar o mal.
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Apesar da idade medieval nos apresentar uma
certa ociosidade, ela não se deixou dominar por
completo, por isso que no final da idade medieval,
surgem as universidades, que procuraram conciliar essa
fé e razão, com as disciplinas denominadas Trivium e
quadrivium, era uma forma de ajudar o homem a vencer
a ociosidade da sua época. Por isso olhar a idade
medieval como sendo somente a idade das trevas
estaríamos nos enganando porque nessa época o homem
nos prova também que é possível vencer a ociosidade
acadêmica e produtiva.
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futuro e o passado, ele de facto quer saber onde estão tais
tempos. Admite não poder compreender. E diz que ao
ver a aurora, esta não é o nascimento do sol, mas sim a
imagem que ela traz em seu espirito.
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perquirindo – se se ele vê o tempo ou se apenas tem a
impressão de vê-lo.
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XVIII)
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Na idade moderna Nietzsche não poupa ninguém,
quer a nível da política, da moral, da religião, quer até no
campo da ciência, mas deve se notar que por detrás de
toda essa crítica feita por ele, reside um bem maior que
são as transmutações de todos os valores, o horizonte do
ultra, como superação de toda a negatividade que tem
marcado a história dos homens, mas a questão que
ficaria, seria: o que são valores para Nietzsche? Para
respondermos a essa questão vale a nós recordarmos a
criação dos valores e qual é o valor dos valores...
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era mal, mas não termina por aí, pois os escravos
também vão inventar o valor mal, com que eles
designam justamente os fortes, o raciocínio se dá desta
maneira: se ele é mau, então eu sou bom. Mais adiante
ele vai se questionar qual é o valor dos valores? A moral
dos nobres é melhor ou pior que a moral dos escravos?
Ele vai propor um critério avaliativo que é a vida, vida
essa que é essencialmente uma apropriação, uma
violação, uma sujeição de tudo que é estranho e fraco,
significa opressão, rigor, imposição das próprias formas,
assimilação, ou pelo menos, na sua mais suave, um
aproveitamento. Na sua crítica à modernidade, ele
convida – nos a ter coragem no corpo de suportar e não
ter de aprender a ter medo, quando Nietzsche vai dizer
que Deus morreu, que eu e ele matamos Deus, que nós
matamos Deus, ele falava dos valores que estavam sendo
perdidos, da ociosidade que penetrava nos corações dos
homens, quando Nietzsche na Gaia Ciência conta a
história de um homem louco que sai às ruas em uma
plena manhã com uma lanterna buscando por Deus e
chamando por ele, os outros o chamam de louco por
querer encontrar a Deus com uma lanterna, mas eram os
valores que ele procurava no meio dos homens, e ao
chamarem ele de louco, ele percebe a morte de Deus,
mas ele buscava elucidar os homens com essa história a
questão dos caminhos que trilhavam, que era necessário
que eles buscassem o Super – Homem... Quando
percebemos a nossa situação decadente ociosa e
aceitamos que somos os “assassinos de Deus”, podemos
então lutar para O ressuscitar no meio de nós.
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normal, tomemos em conta a parábola do joio e do trigo,
narrada no evangelho de Mateus, trata -se de uma
história onde um homem semeia trigo no seu campo,
porém, enquanto todos dormiam, um inimigo semeou
ervas daninhas naquele mesmo campo.
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mas a grandeza que Nietzsche traz significa, o cinismo e
inocência.
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XVIII
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sociedade moderna se caracteriza por um grande
progresso material a que não corresponde igual
progresso no campo moral. Daí, enfraquecer-se o anseio
pelos valores do espírito e crescer o impulso para a
procura quase exclusiva dos gozos terrenos, que o
avanço da técnica põe, com tanta facilidade, ao alcance
de todos; e mais ainda - um fato inteiramente novo e
desconcertante, a existência do ateísmo militante,
operando em plano mundial.
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servir de base para o desenvolvimento que entrou em
decadência e não tardou para que os conflitos e para que
a ociosidade tomassem conta dos homens bem ainda em
1914, por atritos permanentes criados pelas grandes
potências europeias provocou uma guerra mundial que
durou quatro longos anos e que deixou no livro das
recordações dos que sobreviveram 10 milhões de
soldados mortos, 21 milhões feridos 13 milhões de civis
mortos, foi uma das piores experiencias que a
humanidade teve e que só terminou em 1918, mas parece
que o homem não percebeu os caminho sanguinário que
percorria e não durou muito para que o tempo o
mostrasse de novo que enquanto não haver a valorização
dos valores a ociosidade tomaria conta do seu agir, que o
sujeito ético não ganharia lugar na sua razão e em 1939 a
humanidade presenciou uma outra terrível guerra
mundial marcada por eventos como o holocausto e o uso
de bombas atômicas que provocaram em seis anos de
conflito, mais de 60 milhões de pessoas mortas e teve o
seu fim em 1945, esses eventos nos mostram as
consequências das nossas ações e a partir delas devemos
pensar no presente em como agir, em como pensarmos
fora da caixa e necessidade do diálogo que devemos ter
em qualquer situação da nossa vida, sem se importar
com as condições em que nos encontramos devemos
sempre pensar e recorrer no diálogo.
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A Ociosidade Do Homem do Século XXI
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colocada na famosa Janela de Johar, pois ela se parece
mais com o lado desconhecido pelos outros, uma
liberdade cega, mais próxima da teoria ao invés da
pratica, ou deveríamos colocar a mesma questão que o
escravo Booker Washigton faz e que Ngoenha, coloca no
seu livro Resistir a Abadon: o que é que a liberdade
comporta como responsabilidade? E de facto vê – se a
necessidade dessa questão nas nossas vidas como
moçambicanos, essa liberdade que se comporta como
responsabilidade resume-se na capacidade de
dependermos das nossas próprias forças, para podermos
conservar a nossa liberdade, a nossa soberania, a nossa
independência, diz Ngoenha.
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colocar uma empresa daquelas que polui o ar, como a
MOZAL? Será que a riqueza vale mais que a vida dos
moçambicanos? A maldição das riquezas já dizia
Ngoenha e eu digo é a ociosidade, a ganância que o
homem tem, o espirito egocêntrico, de não termos a
capacidade de nos colocarmos no lugar do outro. A
questão das nossas estradas que coloca em questão a
função e as utopias de certas pessoas que deveriam
pensar em como servir Moçambique da melhor maneira,
mas que ao invés disso eles pensam em como servir-se
de Moçambique para o proveito próprio, há uma
necessidade de aprendermos com o passado para não
cometermos os mesmos erros no presente, sugiro a
recordação das palavras de ordem, estabelecidas no
primeiro governo: a unidade, o trabalho e a vigilância.
Essas palavras são as que todos os moçambicanos
deveriam levar no seu coração , a unidade refletida
naquela época e que deve ser agora também, é a união do
povo, a construção de um Moçambique que não haja, os
rongas, os macuas, os changanas, mas que haja
moçambicanos isso seria verdadeira unidade, depois
temos o trabalho onde cada moçambicano deve trabalhar
para o bem comum e desenvolvimento do País, a
construção de um trabalho de equipe é necessária para
todos, diz Ngoenha que o importante é que cada um
ocupe com rigor e seriedade o seu lugar e dê o melhor
de si próprio e por fim temos a vigilância onde cada um
tinha o dever de vigiar contra os ataques externos contra
o nosso Pais, mas os moçambicanos nessa ordem de
vigilância estiveram mais atentos no externo e se
esqueceram do interno, fomos capazes de vigiar os
outros e a nós não conseguimos... seria bonito se
houvesse uma atenção sobre nós próprios, antes de
agirmos em relação aos outros. Podemos nos questionar
onde esteve a vigilância quando chegaram os terroristas
em Cabo Delgado? Onde esteve a vigilância quando a
total, a vale, entre outras companhias que estão
explorando o nosso País chegaram? Onde esteve a
vigilância quando aqueles que deveriam pagar impostos
e não pagam porque tem a dita a regalia do estado, mas
os pobres coitados sem mínimas condições são os
primeiros a pagar? Já me coloco em dúvida se o
terrorismo está em Moçambique ou Moçambique está no
terrorismo.
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Tudo isso que tem vindo a acontecer no mundo e
no nosso País concretamente, me coloca a refletir e a
recordar o povo de Israel no exilio da Babilônia e vejo
muita semelhança entre essas duas nações a passada e a
presente, vários autores assim como Jeremias vai
escrever o livro das Lamentações e hoje os rostos das
pessoas exprimem a mais sublime humilhação de um
povo exilado no seu próprio País e com uma energia de
louvor permitam-me exprimir o que sentimos e
experimentamos:
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obedeci a minha mãe e isso aconteceu meses depois do
meu Baptismo numa Igreja Católica no meu bairro.
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muitos daqueles que nós confiamos para dirigirem o
nosso destino, no final se mostram lobos.
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cinza. Muitos desses lobos vem falando mal dos outros
lobos que eles julgam serem os piores, mas mais do que
isso eles deveriam nos oferecer soluções capazes de nos
fazerem pelo menos termos os nossos destinos sólidos e
não líquidos como agora.
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Existiam uns cavalos que viviam livres e felizes,
mas ao andar do tempo os cavalos se sentiram
ameaçados por outros reinos e decidiram fazer uma
fórmula mágica que poderia transformar alguns cavalos
em macacos fortes para servirem de guia e protetor dos
cavalos, e de fato a fórmula foi feita com sucesso, mas
ao andar do tempo os macacos pensaram que não seria
nada mal pegarmos uns cavalos para servirem de
transporte para eles, mas deveriam criar algo para que o
cavalo os obedecesse mesmo a força.
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acabaram, pensaram e viram que era possível que o dono
do prédio virasse porteiro e eles ficariam dono do prédio
tiveram grande alegria....
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que o homem se declarava inocente mesmo perante as
todas provas colocadas diante dele e ele dizia que apenas
estava seguindo regras e quem deveriam ser condenado
era apenas a pessoa que o mandou executar tantas
pessoas a sangue frio, podemos ver aqui a presença
notável de um homem psicopata e que não é capaz de
responder pelos seus atos.
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Suleiman Cassamo, tem como temática principal
do seu livro O Regresso do Morto, a morte que
representa um fim natural da vida, representa as
dificuldades. O nosso povo é a prova viva do famoso
proverbio: «artista nunca morre, apenas sofre»
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se não formos moçambicanos unidos por nós, ninguém
será por nós, muitas das vezes somos os primeiros a tirar
e humilhar a nossa própria vida e intelectualidade, nada
há nesse mundo que seja tão triste do que escutar um
negro dizendo a outro negro que: negro não pensa. Nós
devemos pensar mais sobre isso e abandonarmos o nosso
pensamento colonizador e aderirmos ao pensamento de
uma nação, de uma cultura e de uma identidade.
(C). Quem sou na História?
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Mas em seguida me coloquei a refletir e percebi
que a maneira como meu coloca pensa e critica aquilo
que identifica o africano em geral, existe alguém no
mundo com o mesmo pensamento apenas mudando o
termo espíritos para Deus, isto é, alguém que diz: Deus
dos cristãos nos traz mais problemas ao invés de
solucionar e é normal que se pense assim, pois isso tem
que refletir nas experiencias pessoais que cada um vai
tendo ao longo da vida terrena, mas não quero falar
sobre Deus aqui senão dirão os sábios: será que temos
aqui quem é maior que os padres, pastores, etc.
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Nós devemos ser capazes de contar a nossa história sem
ter que meter a história do outro povo, só assim
começaremos a ser sujeito e objeto da nossa própria
história, me questiono e procuro algo implementado após
a Libertação Nacional, que reflete na nossa identidade e
que existe ainda hoje, mas não vejo nada a altura de ser
trazido aqui. Quando falo de liberdade acho que
deveríamos fazer aquilo que nos é próprio, no dia que
criarmos uma política, uma sociedade, uma educação
made in Moçambique, que não vai precisar de critérios
avaliativos externos para avaliar os nossos internos.
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(D). Os sonhos mortos de uma criança
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Os jovens precisam criar novas utopias, precisam
deixar de estar na ociosidade, precisam de criar novos
projetos, projetos inovadores para o mundo, precisamos
demonstrar que também somos capazes de produzir e de
criar novas coisas que podem atender as necessidades do
mercado.
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disse: primum vivere, deinde philosophare – primeiro
viver, depois filosofar.
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experiências de cada um, aberto ao questionamento, a
angústia, e ao novo conhecimento. Oferecer um amplo
panorama, com abordagens sobre a história do ensino da
Filosofia, que interrogam os sentidos e as práticas. Para
isto temos que organizar um ensino de Filosofia que
passe pela etapa da sensibilização e da problematização.
Mas, para que o estudante possa fazer parte desta
experiência, o professor precisa de ferramentas para
mediar esse processo, seria necessário talvez que o
professor se inspire no polícia de trânsito, que estando na
estrada a controlar a transitabilidade rodoviária não
precisa entrar no autocarro para conduzir pelo condutor
mas sim parado ele serve de guia para o condutor
avançar sem grandes vicissitudes rumo ao seu destino,
assim deve ser o professor perante o estudante, um guia
rumo ao conhecimento. Por isso vai dizer (Luckesi 1992)
o filosofar vai sintetizar três passos: (i) inventariar os
valores vigentes, (ii) critica – los, (iii) reconstruí – los.
É um processo dialético que vai de uma determinada
posição para a sua superação teórico – prático.
Por isso o professor tem que colocar em prática o
sentido crítico e investigador da Filosofia, instigando os
estudantes a produzirem questões a partir do tema
abordado, pois o estudante não pode ser um consumidor
passivo, mas sim ativo, o estudante deve formar – se e o
professor deve ajudar o estudante a formar – se, o
professor deve ser a ponte entre o estudante e o
conhecimento.
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necessário que o ensino da filosofia nas escolas
moçambicanas sofra uma Metamorfose fundamental e
necessária.
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ante a fogueira, fazem gestos e passam objetos,
formando sombras que, de maneira distorcida, são todo o
conhecimento que os prisioneiros tinham do mundo.
Aquela parede da caverna, aquelas sombras e os ecos dos
sons que as pessoas de cima produziam era o mundo
restrito dos prisioneiros.
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podem sofrer até aceitar a nova realidade que surge com
o conhecimento, com novos paradigmas.
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As escolas tem que ensinar a nossa cidadania como
Moçambicano, o que podemos observar é que as nossas
escolas oferecem utensílios para conhecer o mundo fora,
países, produções de outros países, mas muito pouco
sobre a minha realidade, daquilo que podemos fazer para
ser melhor na família e melhorar a minha condição de
vida, da sociedade e do país.
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Naquilo que diz respeito à educação é importante
sublinhar isso como uma preocupação mundial, pois em
poucas palavras no Artigo 26 da Declaração Universal
dos Direitos do Homem diz: toda pessoa tem direito a
educação e que ela deve ser gratuita, pelo menos no
ensino elementar e fundamental, Para Piaget (1973), a
educação deve levar ao desenvolvimento da
personalidade humana, os pais tem, por prioridade o
direito de escolher o gênero de educação a dar a seus
filhos, a educação deve favorecer a compreensão, a
tolerância e amizade entre as nações e todos grupos
raciais ou religiosos... Podemos notar que houve
primeira uma preocupação em assegurar a educação das
pessoas, como uma obrigação de todas as sociedades e
segundo de proporcionar alguns objetivos sociais da
educação, bem como da sua relevância.
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Dizer que toda pessoa tem direito a educação é
assumir uma responsabilidade, muito mais além que a de
assegurar em cada pessoa a possibilidade da leitura, da
escrita e do cálculo, mas sim de garantir para toda
criança o pleno desenvolvimento de suas funções
mentais e a aquisição dos conhecimentos, assim como
dos valores morais que correspondam a uma adaptação a
vida social atual, podemos constatar que a proclamação
de um direito à educação não deve se limitar em apenas
palavras verbais, mas de implementação a rigor movida
por uma força motriz capaz de fazer a diferença positiva
da sociedade e do mundo.
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desenvolvimento das atividades das nações unidas para a
manutenção da paz, mas que devemos levar como a
primeira premissa é sobre o papel do educador que é a de
diante de um problema internacional, ele deve procurar
adaptar o aluno a semelhante situação, sem nada lhe
omitir a respeito da sua complexidade, (Piaget, 1973).
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estar triste, tempo de roubar, tempo de não roubar, tempo
de ser ocioso e de não ser, já ia me esquecendo que há
tempo para sermos infernos para os outros e tempo para
sermos anjos também, a verdade é que agora é o tempo
de dizer eu sou livre, eu sou feliz, eu não sou prisioneiro
de ninguém, eu não sou cobaia de ninguém, eu sou
Moçambique, eu sou Brasil, eu sou Portugal... eu sou
Maputo, eu sou Sofala, eu sou Cabo Delgado e posso
fazer a diferença, o mundo precisa de mim, a nação
precisa de mim, eu sou a mudança.
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BIBLIOGRAFIA
105
NGOENGA, Severino. (1992). Por uma Dimensão
Moçambicana da Consciência Histórica. Porto
Edições Salesianas.
107
ÍNDICE
Prefácio...........................................................................7
PRÓLOGO ...................................................................... 9
INTRODUÇÃO ............................................................ 11
109
Sobre o Autor: