Você está na página 1de 3

Rio de Janeiro

2020
© NAU Editora
Rua Nova Jerusalém, 320
CEP: 21042-235 - Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 3546-2838
www.naueditora.com.br
contato@naueditora.com.br

Coordenação editorial
Simone Rodrigues

Revisão de textos
Miro Figueiredo e Ana Paula Meirelles

Projeto gráfico e editoração


Jean Carlos Barbaro

Capa
Estúdio Arteônica

Conselho editorial NAU


Alessandro Bandeira Duarte (UFRRJ)
Claudia Saldanha (Paço Imperial)
Eduardo Ponte Brandão (UCAM)
Francisco Portugal (UFRJ)
Ivana Stolze Lima (Casa de Rui Barbosa)
Maria Cristina Louro Berbara (UERJ)
Pedro Hussak (UFRRJ)
Rita Marisa Ribes Pereira (UERJ)
Roberta Barros (UCAM)
Vladimir Menezes Vieira (UFF)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Tuxped Serviços Editoriais (São Paulo, SP)
__________________________________________________________________________________
F383g Ferreira, Arthur Arruda Leal (org.).
Governamentalidade e práticas psicológicas: a gestão pela liberdade / Organizadores: Arthur
Arruda Leal Ferreira, Fernando Mello Machado e Bruno Foureaux Figueredo. - 1. ed. - Rio de Janeiro :
NAU Editora, 2020.
736 p.; il.; tabs.; fotografias.
E-Book: 5,5 Mb; PDF.

Inclui bibliografia.
ISBN 978-65-87079-19-6
1. Autogestão. 2. Autonomia. 3. Genealogia dos Saberes. 4. Governamentalidade. 5. Práticas
Psicológicas.
I. Título. II. Assunto. III. Organizadores.
CDD 150:320.1
CDU 159:321.01
__________________________________________________________________________________
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário Pedro Anizio Gomes CRB-8 8846
18

Coaching ontológico
e governamentalidade neoliberal
no contexto da ficção
ontomolecular da vida1
Rodrigo De La Fabián A.
Mauricio Sepúlveda G.

U ma das contribuições centrais dos estudos acerca da go-


vernamentalidade para a análise crítica do capitalismo flexível contem-
porâneo foi sua aproximação com o neoliberalismo, não só como um
modelo político-econômico, mas também como uma racionalidade que
tem permeado os espaços mais cotidianos da vida, redefinindo os ho-
rizontes normativos, transformando a maneira pela qual percebemos a
nós mesmos e a forma pela qual conduzimos nossas vidas. Retomando
os trabalhos pioneiros de Michel Foucault (2006, 2007) sobre o libera-
lismo e o neoliberalismo, diversos autores (BURCHELL; GORDON;
MILLER, 1991; DEAN, 1999; MILLER; ROSE, 2008, CASTRO-
GÓMEZ, 2010) têm analisado o vínculo recíproco e inextricável entre,
de um lado, a expansão da racionalidade econômica e a transformação
que ela implicou nas táticas e o sentido do governo dos outros e, de
outro, as maneiras singulares pelas quais as pessoas, inseridas nesses no-
vos contextos, percebem suas vidas e, por fim, geram estratégias para
governarem a si mesmas. Segundo estes autores, a governamentalidade
neoliberal estaria orientada a conduzir ou afetar a conduta de si mesmo
e/ou de outras pessoas (DE MARINIS, 1999), por meio de um gover-
no “à distância” (MILLER; ROSE, 2008), sem impor, mas “dispondo”
(FOUCAULT, 2006, p. 125) e incitando os indivíduos, de maneira
“espontânea”, mediante distintas práticas de si, a se autogovernarem e,
nesse processo, se tornarem sujeitos alinhados a horizontes normativos

1 Tradução de Raphael Pegden e revisão de Filipe Carijó e Bruno Foureaux.

429

Você também pode gostar