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Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny

Book · May 2022

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4 authors:

Caroline Lorensi da Silva Maira Sgarbossa


Universidade de Passo Fundo Universidade de Passo Fundo
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SEE PROFILE SEE PROFILE

Denize Grzybovski Anelise Rebelato Mozzato


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Universidade de Passo Fundo
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Caroline Lorensi da Silva
Maira Sgarbossa
Denize Grzybovski
Anelise Rebelato Mozzato
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

Bernadete Maria Dalmolin


Reitora
Edison Alencar Casagranda
Vice-Reitor de Graduação
Rogerio da Silva
Vice-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários e
Vice-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Antônio Thomé
Vice-Reitor Administrativo

UPF Editora Conselho Editorial


Editora Alvaro Sanchez Bravo (Universidad de Sevilla)
Janaína Rigo Santin Andrea Michel Sobottka (UPF)
Andrea Oltramari (Ufrgs)
Revisão
Antônio Thomé (UPF)
Cristina Azevedo da Silva Carlos Ricardo Rossetto (Univali)
Programação visual Fernando Rosado Spilki (Feevale)
Rubia Bedin Rizzi Gionara Tauchen (Furg)
Héctor Ruiz (Uadec)
Helen Treichel (UFFS)
Jaime Morelles Vázquez (Ucol)
Janaína Rigo Santin (UPF)
José C. Otero Gutierrez (UAH)
Luciana Ruschel dos Santos (UPF)
Luís Francisco Fianco Dias (UPF)
Luiz Marcelo Darroz (UPF)
Nilo Alberto Scheidmandel (UPF)
Sandra Hartz (Ufrgs)
Caroline Lorensi da Silva

Maira Sgarbossa

Denize Grzybovski

Anelise Rebelato Mozzato

2022
Copyright das autoras

Cristina Azevedo da Silva


Revisão

Rubia Bedin Rizzi


Projeto gráfico e diagramação e produção da capa

Este livro, no todo ou em parte, conforme determinação legal, não pode ser reproduzido por qualquer
meio sem autorização expressa e por escrito das autoras. A exatidão das informações, das opiniões e
dos conceitos emitidos, bem como das imagens, das tabelas, dos quadros e das figuras, é de exclusiva
responsabilidade das autoras.

CIP – Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


_______________________________________________________________

M294 Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do


Biblioshiny [recurso eletrônico] / Caroline Lorensi da
Silva ... [et al.]. – Passo Fundo: EDIUPF, 2022.
11.300 KB ; PDF.

Inclui bibliografia.
Demais autores: Maira Sgarbossa, Denize Grzybovski,
Anelise Rebelato Mozzato.
Modo de acesso gratuito: www.upf.br/editora.
ISBN 978-65-5607-027-8 (E-book).

1. Biblioshiny (Software). 2. Bibliometria - Métodos


estatísticos. I. Silva, Caroline Lorensi da. II. Sgarbossa,
Maira. III. Grzybovski, Denize. IV. Mozzato, Anelise
Rebelato.
CDU: 519.22
_______________________________________________________________
Bibliotecário responsável Jucelei Rodrigues Domingues - CRB 10/1569

Campus I, BR 285, Km 292,7, Bairro São José


99052-900, Passo Fundo, RS, Brasil
Telefone: (54) 3316-8374

afiliada à

Associação Brasileira
das Editoras Universitárias
Sumário
Apresentação....................................................... 7

Introdução........................................................... 9

Biblioshiny......................................................... 13

Parte 1 – Instalação do Software.............................. 16


Download e instalação do software R para Windows ............. 17
Download e instalação do software RStudio para Windows...... 24

Parte 2 – Execução do Software.............................. 29


Execução e utilização do R ............................................ 30
Execução e utilização do RStudio .................................... 32
Instalação de pacotes......................................................... 34
Inicialização de um novo projeto........................................... 35
Importação de arquivos das bases de dados............................... 36
Unificação das bases de dados............................................... 39
Limpeza da base no arquivo em Excel®................................... 41
Importação do arquivo no Biblioshiny...................................... 43
Análise dos dados no Biblioshiny............................................ 46
6

Parte 3 – Execução da pesquisa nas bases de dados...... 53


Busca nas bases de dados.............................................. 54
Acessando o Portal de Periódicos Capes................................... 54
Buscas na base de dados Web of Science.................................. 58
Buscas na base de dados Scopus............................................ 61
Dicas para uma pesquisa bibliométrica mais assertiva.................. 64

Palavras finais..................................................... 66

Referências........................................................ 69

Sobre as autoras.................................................. 71
Apresentação
Este manual, elaborado por discentes e docentes dos grupos
de pesquisa Estudos em Gestão Estratégica de Pessoas (Gegep) e
Grupo Multidisciplinar de Estudos Organizacionais (GMEORG),
ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Adminis-
tração (PPGAdm) da Universidade de Passo Fundo (UPF), tem
por objetivo apresentar, aos alunos de iniciação científica e dos
cursos de pós-graduação na área da administração, o passo a
passo para a realização de bibliometria utilizando a interface
gráfica Biblioshiny, contida na ferramenta bibliométrica de
código aberto Bibliometrix (https://www.bibliometrix.org/).
Por meio de figuras, apresentam-se todos os passos em
cada uma das etapas da pesquisa, contemplando a instalação do
pacote R e RStudio, os procedimentos de busca nas bases de da-
dos Web of Science (WOS) e Scopus, a geração da base de dados
interna e sua conferência, a importação e a manipulação dentro
8

da interface Biblioshiny. Ao final, apresentam-se as opções de


análise, descrição e dicas dos principais recursos e possibilidades
de interconexões analíticas em determinado tema de pesquisa.
O manual, para uso do Biblioshiny nas pesquisas sobre
diferentes temas nas áreas de gestão de pessoas (GP) e estudos
organizacionais (EOR), foi elaborado visando a forma mais sim-
ples de utilização do software, sem limitar o potencial de análise
dos dados dele resultantes, e sua utilização em diferentes áreas
do conhecimento.
Os conteúdos do manual estão organizados em três partes,
além da introdução e das palavras finais. Na parte 1, são apre-
sentados os passos para instalar o software, procedimento que
será feito uma única vez. Na parte 2, é demonstrada a forma
de utilização, considerando que o usuário já tenha feito a sua
pesquisa nas bases de dados. Na parte 3, é demonstrado como
fazer a pesquisa em bases de dados e exportar as informações
para uso do software.
Este manual não se aprofunda nem orienta acerca da me-
lhor forma de fazer a pesquisa, mas, sim, norteia sobre como a
pesquisa deve ser feita para posterior exportação na interface
correta de importação no software R.
Introdução
A bibliometria (bibliometrics, em inglês; bibliométrie, em
francês), termo proposto por Paul Otlet em 1934 para designar
os estudos recapitulativos dos temas que abordam (DA FON-
SECA, 1973; MOMESSO; NORONHA, 2017), é uma das formas
de sistematizar a literatura e mapear as origens dos conceitos
existentes, identificar lentes, correntes teóricas e ferramentas
metodológicas mais utilizadas, mapear comunidades acadêmicas
e redes de pesquisadores, bem como se apropriar de resultados
encontrados em trabalhos anteriores (CHUEKE; AMATUCCI,
2015; MOREIRA; GUIMARÃES; TSUNODA, 2020). Os dados
gerados podem contribuir para qualificar os relatórios das revi-
sões integrativas da literatura, de forma a contribuir de forma
substantiva para a evolução do campo de pesquisa, como ensina
Torraco (2005). Assim, a bibliometria se configura como uma
etapa inicial nos estudos acadêmicos.
10 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Para tanto, definir as bases de busca dos dados por meio


do reconhecimento de fontes fidedignas de publicação científica
e considerar a existência de conhecimentos em outras línguas
que não o inglês, como pontuam Momesso e Noronha (2017), são
dois passos que determinam a qualidade do relatório produzido
pela aplicação da bibliometria. A partir disso, já é possível pensar
no pacote tecnológico para executar a bibliometria, desenvolver
índices bibliométricos para avaliação da produção acadêmica,
gerenciar a informação e o conhecimento científico e tecnológico,
entre outros indicadores e possibilidades apontados por Guedes
(2012), Guedes e Borschiver (2005) e Martínez et al. (2015).
Vários softwares utilizados na execução da bibliometria
são eficientes, a exemplo de Citespace, VOSviewer e UCINET,
além de outros relacionados por Ferreira e Mendes Silva (2019).
Contudo, nem todos os softwares disponíveis são livres, cujos
dispêndios financeiros e limites nas verbas para pesquisas
científicas limitam seu uso. O R, também chamado de programa
“orientado ao objetivo”, pelos referidos autores, por sua vez, é
um ambiente de software livre para computação estatística e
gráficos com aplicação em ambiente Windows.

Quer saber mais sobre como o software R?


Acesse o link:
https://www.r-project.org/about.html

O uso do software R permite pensar na automação, na


condução dos estudos bibliométricos com o propósito de ope-
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 11

racionalizar as tarefas manuais da pesquisa e produzir, com


mais rapidez e eficácia, o relatório final, como pontuam Pulsiri
e Vatananan-Thesenvitz (2018). A bibliometria, assim como
outros tipos de estudos bibliométricos, requer cuidados especí-
ficos por parte dos pesquisadores, dentre os quais, destacam-se
a relevância e o rigor. Chueke e Amatucci (2015) afirmam que
o rigor implica decisões relacionadas ao design da pesquisa e o
atendimento às premissas do método escolhido, contemplando
as principais leis da bibliometria (Bradford, Zipf, Lotka), que
regem esses estudos, conforme demonstra a Figura 1. A rele-
vância e toda sua subjetividade, como aponta Pinheiro (1983),
traduzem-se na apresentação de insights e na indicação das
possibilidades de pesquisas futuras no relatório final, bem como
na demonstração de maior entendimento sobre o fenômeno em
determinado campo do saber, a exemplo da literatura em negó-
cios internacionais apresentada por Chueke e Amatucci (2015).

Figura 1 – Principais leis da bibliometria

Lei de Lotka
Produtividade de
autores

Lei de Bradford
Produtividade de
periódicos

Lei de Zipf
Frequência de
palavras

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


12 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Para atender aos critérios de relevância e rigor na condu-


ção da bibliometria, voltamos o nosso olhar para o aplicativo
Biblioshiny, contido no pacote tecnológico Bibliometrix, o qual
é uma ferramenta R para a ciência da informação científica.
Biblioshiny
O Biblioshiny, interface da Web para o pacote tecnológico
Bibliometrix, apoia os pesquisadores no uso de dados e infor-
mações gerados na bibliometria. Desenvolvido para a lingua-
gem R, ele fornece um conjunto de ferramentas para pesquisas
relacionadas à bibliometria e à cientometria, como afirmam
seus idealizadores, Massimo Aria e Corrado Cuccurullo, dois
pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística da
Universidade de Naples Federico II, na Itália.

Quer saber mais sobre como o aplicativo Biblioshiny foi


desenvolvido?
Acesse o link:
https://bibliometrix.org/About.html
14 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

O Biblioshiny incide em uma ferramenta de código aberto


que abrange uma gama de análises quantitativas e encontra-se
disponível para os sistemas operacionais Linux, Mac OS X e Win-
dows, podendo ser utilizada via comandos (scripts) ou por meio
de uma interface gráfica, como afirmam Moreira, Guimarães e
Tsunoda (2020), ao fazerem um estudo comparativo de softwares.
Em termos de bases de dados, o Biblioshiny permite a
análise de registros oriundos das bases Web of Science (WOS) e
Scopus. Para os registros disponíveis na WOS, é possível gerar
arquivos nos formatos “.txt”, “.bib”, “.xslx” e “.RData files”. Tam-
bém é possível analisar múltiplos arquivos “.txt” ou “.bib”, desde
que estejam compactados em arquivos “.zip”, como destacam
Moreira, Guimarães e Tsunoda (2020). No que tange às análises
“básicas”, essa ferramenta permite avaliar três grandes grupos:
a) Grupo 1 – autores, incluindo análises relacionadas à
autoria, à afiliação e aos países;

b) Grupo 2 – fontes de publicações, permitindo a avaliação


do impacto das fontes e a verificação da produtividade;

c) Grupo 3 – documentos, englobando referências e pala-


vras mais citadas, citam os autores.
Destaca-se, ainda, o potencial da ferramenta em fornecer
diretamente os resultados da pesquisa e contribuir para ela-
borar o relatório de forma a atender aos critérios qualitativos
decorrentes da aplicação das leis de Lotka e Bradford, descritas
no Quadro 1, além dos índices H e G.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 15

Quadro 1 – Leis de Lotka e Bradford na bibliometria


Lei de Lotka Lei de Bradford

Alfred J. Lotka (1880-1949) foi Samuel Clement Bradford (1878-1948)


um matemático, físico-químico foi um matemático, bibliotecário e do-
e estatístico, que estudou a cumentalista, que trabalhou no Science
produtividade dos autores das Museum de Londres e, usando a pes-
áreas de química e física e quisa de dispersão, enunciou a ordena-
identificou um comportamento ção decrescente de produtividade em
padronizado, cujos resultados periódicos, que, em 1948, passou a ser
foram apresentados em 1926 conhecida como a “lei da dispersão”.
e ficaram conhecidos como “lei Trata da extensão com que artigos so-
do quadrado inverso”. bre determinado tema são divulgados
Para mais informações, con- em periódicos especializados.
sultar Alvarado (2002) e Cân- Para mais informações, consultar Pi-
dido et al. (2018). nheiro (1983) e Araújo (2006).
Fonte: elaboração das autoras, 2021.

No Biblioshiny, todos os resultados são fornecidos em for-


mato de tabelas e podem ser exportados para CSV e PDF, além
de ser possível exportar diretamente para planilhas eletrônicas
no Microsoft Excel®.
Parte 1
Instalação do
Software
Download e instalação do
software R para Windows
Neste manual, utilizaremos a versão R-4.1.0 para as orien-
tações e explicações.

Atenção: mantenha sua versão sempre atualizada


para evitar possíveis erros e bugs.

Para fazer o download do R-4.1.0 gratuitamente em seu


computador, acesse o link (https://cran.r-project.org/bin/windo-
ws/base/) e clique sobre a opção “Baixe R 4.1.0 para Windows”,
conforme demonstra a Figura 1.

Atenção: a instalação do programa será feita uma


única vez, não é necessário a reinstalação a cada uso.
18 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 1 – Download do software R

Fonte: cran.r-project.org, 2021.

Após download do software R-4.1.0, abrirá a janela ilus-


trada na Figura 2. Clique no botão “Executar” e realize todas
as etapas solicitadas.

Figura 2 – Execução do R

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Selecione o idioma “Português Brasileiro” e clique em “ok”,


conforme Figura 3.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 19

Figura 3 – Idioma do instalador

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Na sequência, na tela do termo de licença, leia atenta-


mente o documento e, caso concordar, clique no botão “Próximo”
(Figura 4).

Figura 4 – Termo de licença

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


20 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Selecione o local no qual o software R será salvo. Após,


clique em “Próximo” (Figura 5). Anote o local escolhido, pois o
RStudio 1.4.1717 deverá ser salvo no mesmo diretório/pasta.
Por sugestão, o software aponta para o Disco C: da máquina;
sugerimos manter a configuração padrão.

Figura 5 – Local de destino do software R

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Na tela dos componentes que serão instalados, deixe


marcadas todas as opções, conforme exposto na Figura 6. Após,
clique em “Próximo”.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 21

Figura 6 – Seleção de componentes a instalar

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Quanto às opções de inicialização, marque a opção “Não


(aceitar padrão)”, conforme exposto na Figura 7. Após, clique
em “Próximo”.

Figura 7 – Opções de inicialização

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


22 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Na janela das tarefas adicionais, escolha as seguintes


opções (Figura 8):
• Atalhos adicionais: marque a primeira opção

• Entradas de registro: marque as duas opções.

Após, clique em “próximo”.

Figura 8 – Tarefas adicionais

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Tendo sido realizados corretamente todos os passos ante-


riores, o processo de instalação do software R estará concluído.
Basta clicar no botão “Concluir” (Figura 9).
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 23

Figura 9 – Conclusão da instalação do software R

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Download e instalação
do software RStudio para
Windows
Neste manual, utilizaremos a versão RStudio 1.4.1717,
para orientações e explicações.

Atenção: mantenha sua versão sempre atualizada,


para evitar possíveis erros e bugs.

Para fazer o download do RStudio 1.4.1717 gratuitamente


em seu computador, acesse o link (https://www.rstudio.com/
products/rstudio/download/#download) e clique sobre a opção
“Download RStudio 1.4.1717”, conforme demonstra a Figura 10.

Atenção: a instalação do programa será feita uma úni-


ca vez, não é necessária a reinstalação a cada uso.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 25

Figura 10 – Download do software RStudio 1.4.1717

Fonte: rstudio.com, 2021.

Após download do RStudio 1.4.1717, abrirá a janela ilus-


trada na Figura 11. Clique no botão “Executar” e realize todas
as etapas solicitadas.

Figura 11 – Execução do RStudio

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


26 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Na janela inicial do instalador, siga as instruções de fecha-


mento das janelas de outros aplicativos e, na sequência, clique
no botão “Próximo” (Figura 12).

Figura 12 – Inicialização da instalação do RStudio 1.4.1717

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Para a instalação do RStudio 1.4.1717 em seu compu-


tador, escolha o mesmo diretório/pasta de destino do
software R, instalado anteriormente. Ambos os sof-
twares precisam estar salvos na mesma pasta. Para
isso, basta clicar no botão “Procurar” e selecionar o
mesmo destino. A instalação padrão traz por suges-
tão o C: da máquina, sugerimos segui-la.

Após, clique no botão “Próximo”, como ilustrado na Figura


13.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 27

Figura 13 – Local de destino do RStudio 1.4.1717

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Na escolha da pasta, deixe desmarcada a opção “Não criar


atalhos” e clique em “Instalar” (Figura 14).

Figura 14 – Menu iniciar

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


28 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Realizados corretamente todos os passos anteriores, o


processo de instalação do software RStudio 1.4.1717 estará
concluído. Então, basta clicar no botão “Concluir” (Figura 15),
para que ele esteja instalado no seu computador.

Figura 15 – Conclusão da instalação do software RStudio 1.4.1717

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Parte 2
Execução do Software
Execução e
utilização do R
Abra o software R, acessando o menu iniciar e digitando e
expressão “R x64 4.1.0”:
Execute o software R (Figura 16). Apenas EXECUTE!

Atenção: o software R deve ser aberto antes do RStu-


dio, para que as conexões possam ser executadas, e
não necessita de nenhuma ação dentro dele. Sempre
que for utilizar o RStudio, o R deve ser executado.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 31

Figura 16 – Execução do software R

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Execução e utilização do
RStudio
Acesse o menu iniciar, digite RStudio e execute o programa,
que será aberto conforme a Figura 17.

Figura 17 – Imagem do software RStudio

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 33

Acesse o menu “Tools”, após “Global Options...”, selecione


“General”, clique em “Browse...” da opção “Default working
directory (when not in a Project):”, selecione de qual pasta o R
deverá buscar os arquivos gerados pela base de dados e clique
em “Open” e, depois, em “Ok” (Figura 18). Essa pasta será a
referência para busca de arquivos e, posteriormente, salvará o
arquivo utilizado para análise no Biblioshiny.

Atenção: a seleção de pasta/diretório para captura e


salvamento dos arquivos deve ser feita no momento do
primeiro uso, não sendo preciso refazer a cada uso do
software. A alteração de pasta/diretório pode ser feita a
qualquer momento, conforme necessidade do usuário.

Figura 18 – Criação de caminho para os arquivos

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


34 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Instalação de pacotes

Instale o Pacote do Bibliometrix, acessando “Tools” e


“Install Packages”. Após, digite “bibliometrix” em “Packages
(separate multiple with space or comma)” e clique em “Install”
(Figura 19).

Atenção: a instalação deste pacote deve ser feita so-


mente no primeiro uso do software.

Figura 19 – Instalação do Pacote Bibliometrix

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Observe que, no quadrante do menu “Packages”, em que


todos os pacotes estão instalados, o Bibliometrix deve aparecer.
Caso o pacote não esteja disponível, repita a operação de ins-
talação. Essas informações podem ser acessadas no quadrante
inferior direito da tela (Figura 20).
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 35

Figura 20 – Pacote Bibliometrix

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Inicialização de um novo projeto

Para iniciar um projeto, crie um novo script para o sistema


ser executado. Clique no sinal de positivo em verde, no canto
superior esquerdo, logo abaixo do menu “Files”, e clique em R
Script (Figura 21).

Atenção: uma vez criado o script, a execução dos co-


mandos poderá sempre ser feita pelo mesmo projeto.
Todas as linhas de comando que serão utilizadas e
demonstradas nos tópicos a seguir, uma vez copiadas
para o script, não precisam ser copiadas novamente.
Um novo projeto pode ser executado no mesmo script
e utilizando as mesmas linhas de comando.
36 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 21 – Criação de novo script

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Importação de arquivos das bases de dados

Para utilizar a importação das bases de dados, o pacote


do Bibliometrix deve estar ativado. Para tanto, cole o comando
a seguir:
Comando:
library(bibliometrix)

Então, selecione a linha inteira e execute o Run ou clique


diretamente na caixa de seleção do pacote, como mostra a Fi-
gura 22.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 37

Figura 22 – Inicialização do Bibliometrix

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

O pacote estará selecionado. Na Figura 23, você pode vi-


sualizar um exemplo do Bibliometrix inicializado.

Figura 23 – Exemplo Bibliometrix inicializado

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Assim, a base está pronta para importar os arquivos ex-


portados pela base. Copie e cole os comandos a seguir, selecione
as linhas e clique novamente em Run (Figura 24).

Figura 24 – Execução das linhas de comando de importação dos arquivos


das bases de dados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


38 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Observe que:
1) os arquivos devem estar salvos na pasta escolhida em
“Tolls/Global Options...”;

2) os arquivos devem estar com mesmos nome e extensão


informados no momento do salvamento do arquivo (ver,
como exemplo, o comando destacado a seguir);

3) os arquivos não podem ser salvos com caracteres espe-


ciais;

4) os arquivos baixados podem ser renomeados. Este nome


deve ser único e com a extensão .bib; logo, o nome do
arquivo a ser informado no comando deve ser idêntico
ao arquivo salvo. Por exemplo, se o arquivo estiver salvo
com o nome “scopus2.bib”, no comando você irá informar
S=convert2df(“scopus2.bib”, dbsource=”scopus”, format =
“bibtex”);

5) vários arquivos podem ser importados para tratamento,


desde que o destino (exemplo: S, W, etc.) seja único e os
arquivos salvos tenham nomes distintos.

Comando:
S=convert2df("scopus.bib", dbsource="scopus", format = "bibtex")
W=convert2df("savedrecs.bib", dbsource = "isi", format = "bibtex")

No quadrante superior direito, aparecerão os arquivos


importados, veja que o S se refere à pesquisa na base Scopus e
o W, na Web of Science. No exemplo a seguir, para a pesquisa
feita, foram importados 556 documentos com 34 variáveis da
Scopus e 200 documentos com 46 variáveis da Web of Science
(Figura 25).
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 39

Figura 25 – Exemplo de arquivos das bases de dados importados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Unificação das bases de dados

Neste momento, a pesquisa está pronta para ser unificada


e o pesquisador pode iniciar o tratamento dos dados, eliminan-
do as possíveis duplicidades de documentos. Para tanto, copie
e cole o comando a seguir:

Comando:
Database=mergeDbSources(S, W, remove.duplicated = TRUE)

Então, selecione as linhas e clique novamente em Run


(Figura 26).

Figura 26 – Execução da linha de comando de unificação e limpeza das


bases de dados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

No quadrante inferior esquerdo, informa-se quantos docu-


mentos duplicados foram encontrados e excluídos (Figura 27).
No exemplo realizado, foram identificados 18 documentos du-
plicados, os quais foram removidos do relatório (“18 duplicated
documents have been removed”).
40 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 27 – Exemplo de limpeza das bases de dados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

No quadrante superior direito, será gerada mais uma li-


nha chamada “Database” (Figura 28), na qual será informada
a quantidade de documentos que foram gerados. No exemplo,
foram gerados 738 documentos válidos dos 756 documentos
encontrados nas duas bases (S = 556; W = 200), dos quais foram
excluídas as 18 duplicações.

Figura 28 – Exemplo da exibição dos arquivos das bases de dados impor-


tados e unificados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Em seguida, para gerar um arquivo “Database”, copie e


cole os seguintes comandos:

Comando:
library(openxlsx)
write.xlsx(Database, file = "Database.xlsx")
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 41

Na sequência, selecione as linhas e clique novamente em


Run, como mostra a Figura 29.

Figura 29 – Execução das linhas de comando de execução do pacote Ex-


cel® e unificação e limpeza das bases

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Executado o comando (Figura 29), um arquivo eletrônico


no software Excel® (.XLSX), denominado de “Database”, será
gerado automaticamente na mesma pasta da qual os arquivos
scopus.bib e savedrecs.bib foram importados. Pronto, a base de
dados deverá passar pela etapa de “limpeza”.

Limpeza da base no arquivo em Excel®

O tratamento da base dentro do arquivo eletrônico no


software Excel® é importante para que os arquivos que podem
permanecer duplicados e não foram tratados pelo RStudio saiam
da análise. Para tanto, selecione a coluna “DI” (que se refere
ao DOI) e, dentro do Excel®, acesse “Formatação condicional”,
“Realçar regras das células”, e escolha a opção “Valores dupli-
cados”. Após, clique em “OK” (Figura 30). Os documentos que
estiverem com DOI duplicado serão destacados em vermelho na
coluna. Observe que, no caso de um capítulo de livro e um livro
inteiro, o DOI será o mesmo, cabe análise de qual informação
42 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

realmente é importante para a pesquisa. Se for somente o livro


inteiro, exclua a linha do capítulo, ou o contrário. Se ambos fo-
rem importantes, deverão permanecer sem prejuízo da análise
do arquivo.
Tenha cuidado em excluir a linha inteira. Caso haja
exclusão/inclusão de coluna, haverá erro na importação
do arquivo pelo Biblioshiny.

Figura 30 – Arquivo Database no Excel®

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Observe que a primeira linha do arquivo (Figura 30) é for-


mada por siglas. Estas conferem a seguinte descrição, conforme
exposto no Quadro 2.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 43

Quadro 2 – Dicionário de colunas do arquivo Database


Field Tag Description Tradução
AU Authors Autores
TI Document title Título do documento
SO Publication name (or source) Nome da publicação (ou fonte)
JI ISO Source abbreviation ISO Abreviação da fonte
DT Document type Tipo de documento
DE Authors’ keywords Palavras-chave dos autores
ID Keywords associated by Sco- Palavras-chave associadas pelo
pus or ISI database banco de dados Scopus ou ISI
AB Abstract Resumo
C1 Author address Endereço do autor
RP Reprint address Endereço da reimpressão
CR Cited references Referências citadas
TC Times cited Citações
PY Year Ano
SC Subject category Categoria assunto
UT Unique article identifier Identificador de artigo exclusivo
DB Bibliographic database Banco de dados bibliográfico
Fonte: adaptado de Bibliometrix Org., 2021.

Importação do arquivo no Biblioshiny

Volte para o RStudio e execute o Biblioshiny. Copie e cole


os seguintes comandos:

Comandos:
library(openxlsx)
write.xlsx(Database, file = "Database.xlsx")

Então, na sequência, selecione a linha e clique novamente


em Run (Figura 31).
44 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 31 – Execução da linha de comando do Biblioshiny

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Finalizada essa etapa, uma página do navegador padrão


será aberta com um endereço de IP a ser executado offline.
Então, acesse “Data”, “Import or Load files”, selecione “Load
bibliometrix file(s)”, busque o arquivo Database já tratado e
clique em “Start” (Figura 32). Veja que o DOI (1ª coluna) está em
formato de hiperlink; ao clicar, você será direcionado ao artigo
diretamente. É possível, no campo “Search”, procurar um artigo
específico. Em “Conversion results”, será exibida a quantidade
de documentos importados.

Figura 32 – Arquivo importado no Biblioshiny

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 45

O menu “Filter” possibilita filtrar ainda mais os dados a


serem analisados. Na Figura 33, é possível perceber que vários
anos de pesquisa foram importados, assim como vários tipos de
documentos. Reduzindo essas informações e/ou excluindo tipos
de documentos que não interessam, o número de resultados
diminuirá.

Figura 33 – Menu Filter

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


46 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Análise dos dados no Biblioshiny

O menu principal do Biblioshiny (Figura 34) é separado


pelas possibilidades de análise, que serão exploradas separa-
damente nos Quadros 3 a 10, apresentados nas páginas sub-
sequentes. Conforme destacado em azul na Figura 34, todos
os arquivos gerados no Biblioshiny podem ser exportados nos
formatos de CSV, Excel®, PDF, PGN, PDF ou impresso na aba
“Table”. As demais ilustrações, que se constituem em gráficos,
mapas, esquemas, podem ser exportadas em formato PGN.

Figura 34 – Menu principal

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 47

Quadro 3 – Menu Dataset, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidades
Apresenta um resumo das principais
informações sobre os dados contidos
na base, como: intervalo de tempo dos
Main information Informação principal
documentos selecionados, número de
autores, referências e documentos,
tipos de documentos, etc.
Apresenta, em formato de gráfico, a
evolução da produção científica anual,
Annual scientific production Produção científica anual
possibilitando verificar o número de
publicações realizadas em cada ano.
Dataset Apresenta, em formato de gráfico, a
(conjunto de dados) média de citações por ano de cada
artigo. Além disso, na aba “Table”, as
Average citation per year Média de citações por ano informações estão dispostas em for-
mato de tabela, permitindo visualizar
os artigos separadamente e o número
de citação recebido em cada ano.
Apresenta e cruza, em um único grá-
fico, o ano, os autores e as palavras-
Three-fields plot Gráfico de três campos -chave correspondentes, permitindo vi-
sualizar quais das palavras-chave são
mais utilizadas para retratar o tema.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.
48 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Quadro 4 – Menu Sources, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidades
Apresenta, em gráfico e/ou tabela, os periódicos em que
Most relevant sources Fontes mais relevantes
mais foram localizadas produções sobre o tema.
Fontes mais citadas por Apresenta, em gráfico e/ou tabela, os autores e o número
Most local cited sources
localidade de artigos publicados.
Apresenta, em gráfico e/ou tabela, a ordenação decres-
cente da produtividade de artigos de determinado assun-
Bradford’s law Lei de Bradford
to nos periódicos científicos, possibilitando o estabeleci-
mento de agrupamentos divididos de forma exponencial.
Apresenta, em gráfico e/ou tabela, o impacto de cada pe-
riódico. Permite a mensuração por meio do índice H (in-
Sources dica um equilíbrio entre a produtividade – produção cien-
(origens) tífica – e o impacto de citação (contagem de citações) de
publicações de uma instituição ou pesquisador), do índice
G (calculado com base na distribuição das citações rece-
Source impact Impacto da fonte
bidas pelas publicações de um determinado pesquisador,
de forma que dado um conjunto de artigos classificados
em ordem decrescente do número de citações que rece-
beram), do índice M (permite comparar carreiras científi-
cas de tempos distintos) e do número total de citações de
cada periódico.
Apresenta, em gráfico e/ou tabela, as citações de cada
Source dynamics Origem dinâmica
um dos principais periódicos por ano.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 49

Quadro 5 – Menu Authors, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidades
Most relevant Autores mais Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, os autores que mais publicaram so-
authors relevantes bre o tema, bem como o número de publicações.
Most local cited Autores mais cita-
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, os autores cujas publicações sobre
authors dos por localidade
o tema foram as mais citadas, bem como o número de citações.
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, o número de artigos publicados por au-
Produção dos
Authors’ produc- tor. Além disso, permite identificar a frequência de publicações dos principais
autores ao longo
tion over time autores por ano, bem como quais são suas principais publicações, em qual
do tempo
periódico foram publicadas, ano de publicação e quantidade de citações.
A lei de Lotka descreve a frequência de publicação de autores em qualquer
campo como uma lei do quadrado inverso, em que o número de autores que
Lotka’s law Lei de Lotka publicam um determinado número de artigos é uma proporção fixa para o
Authors número de autores que publicam um único artigo. Desse modo, é possível vi-
(autores) sualizar a frequência de publicações dos autores em gráfico e/ou em tabela.
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, o impacto dos autores e o ano de-
Author impact Impacto do autor
corrente. O impacto poderá ser mensurado utilizando os índices H, G e M.
Most relevant Afiliações mais Apresenta, em gráfico e/ou em tabela as instituições em que os autores
affiliations relevantes são afiliados e o número de publicações realizadas.
Corresponding País do autor Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, o país de origem dos autores e a
author’s country correspondente frequência de publicações realizadas.
Country scien- Produção científi- Apresenta, no mapa-múndi e/ou em tabela, os países onde são publicadas
tific production ca por país as pesquisas sobre o tema e sua frequência.
Most cited coun- Países mais Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, os países mais citados nas publica-
tries citados ções científicas e a frequência de citações.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.
50 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Quadro 6 – Menu Documents, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidade
Most global cited Documentos mais Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, os periódicos mais citados
documents citados globalmente no mundo, o ano de maior citação e a frequência de citações.
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, os periódicos mais citados
Documentos mais
Most local cited no país de origem, o ano de maior citação e a frequência de cita-
citados por locali-
documents ções. Além disso, apresenta um comparativo com suas citações
dade
globais obtidas.
Referências mais Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, as publicações mais citadas
Most local cited
citadas por locali- e a frequência de citações. Além disso, fornece o link de acesso
references
dade da publicação.
References Espectroscopia da Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, a frequência e a média de
spectroscopy referência citações por ano das publicações.
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela as palavras (sejam elas
Most frequent Palavras mais
palavras-chave, do título ou do resumo) mais citadas, a frequência
words citadas
Documents de citação e o ano de maior citação.
(documentos) Apresenta, em forma de nuvem de palavras e/ou de tabela, os
termos mais utilizados nas publicações, bem como a frequência
Word cloud Nuvem de palavras de sua ocorrência. Quanto maior o tamanho da palavra na nuvem,
maior a frequência de utilização. Logo, quanto menor o tamanho
da palavra na nuvem, menor sua frequência de utilização no texto.
Apresenta, em forma de trama e/ou de tabela, os termos (sejam de
Tree map Árvore de palavras palavras-chave, título ou resumo) mais utilizados em determinado
tema e sua frequência de citação.
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, a evolução das citações dos
termos (sejam de palavras-chave, título ou resumo) no decorrer
Word dynamics Palavras dinâmicas
dos anos. Esse menu permite verificar as ocorrências anuais e/ou
acumuladas no período.
Tópico de tendên- Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, os termos mais utilizados
Trend topics
cias em determinado tema e ano de sua maior frequência de citação.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 51

Quadro 7 – Menu Clustering, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidades
Artigos acoplados: diz-se que dois artigos estão bibliograficamente
acoplados se pelo menos uma fonte citada aparecer nas bibliogra-
fias ou listas de referência de ambos os artigos.
Clustering Clustering by Agrupamento por Apresenta, graficamente em forma de mapa e/ou rede, clusters de
(agrupamento) coupling acoplamento termos mais utilizados para se referir a determinado tema e sua re-
lação com os demais termos. Esses dados podem ser visualizados
por meio das unidades de análise, autor, documento ou fonte, e
acoplados por resumos, referências, títulos e palavras-chave.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Quadro 8 – Menu Conceptual structure, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidade
Apresenta graficamente a formação de redes de palavras mais representativas
Co-occurrence Rede de de determinado tema, conforme rede de autores, e sua ligação com outras re-
network coocorrência des de palavras. Essas palavras poderão ser decorrentes de palavras-chave,
resumo, título ou palavras mais utilizadas no texto.
Conceptual Apresenta, graficamente em forma de mapa e/ou rede, os termos mais utiliza-
Mapa
structure Thematic map dos pelas publicações selecionadas, possibilitando verificar o grau de aproxi-
temático
(estrutura mação (por dependência ou relação) ou ligação entre as redes.
conceitual) Thematic Evolução Apresenta, graficamente em forma de mapa e/ou rede, quais foram/são os ter-
evolution temática mos mais utilizados em cada período para abordar determinado tema.
Apresenta, graficamente em forma de mapa e/ou dendrograma, os clusters de
Factorial Análise
termos representativos e suas variáveis. Além disso, permite identificar, em
analysis fatorial
forma de mapa, os artigos que mais contribuem com o tema e os mais citados.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.
52 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Quadro 9 – Menu Intellectual structure, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidade
Apresenta graficamente as redes de autores, permi-
tindo evidenciar quais são os autores principais de
Co-citation network Rede de cocitação
cada rede (aqueles que mais publicam) e a intensi-
Intellectual structure
dade de ligação com as demais redes de autores.
(estrutural intelectual)
Apresenta, em gráfico e/ou em tabela, a evolução
Historiography Historiógrafo histórica de citação dos termos de determinado tema
no decorrer dos anos.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Quadro 10 – Menu Social structure, submenus e funcionalidades


Menu Submenu Tradução Funcionalidade
Apresenta graficamente as redes internas de au-
tores (sem ligação com outras redes), permitindo
Collaboration network Rede de colaboração
evidenciar quais são os autores e as redes que
mais publicam sobre determinado tema.
Social structure
Apresenta graficamente (em formato de mapa-
(estrutura social)
-múndi) as redes de colaboração entre os países
Mapa mundial de
Collaborating wordmap e suas produções, permitindo identificar os países
colaboração
que mais colaboram para publicação de um deter-
minado tema.
Fonte: elaboração das autoras, 2021.
Parte 3
Execução da pesquisa
nas bases de dados
Busca nas bases de dados
Acessando o Portal de Periódicos Capes

A interface Biblioshiny permite a análise de registros


oriundos das bases Web of Science (WOS) e Scopus. Para isso,
acesse o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoa-
mento de Pessoal de Nível Superior (Capes) pelo link (https://
www-periodicos-capes-gov-br.ezl.periodicos.capes.gov.br/index.
php?). Ao acessar o site, tem-se a tela apresentada na Figura 35.
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 55

Figura 35 – Tela inicial Portal de Periódicos da Capes

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Na sequência, clique em “Acesso CAFe”, no canto superior


esquerdo da tela, como ilustra a Figura 36.

Figura 36 – Acesso CAFe

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Após, logo abaixo, abrirá uma janela explicativa sobre o


acesso no Portal da Capes. Apenas clique novamente em “Acesso
CAFe” (Figura 37).
56 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 37 – Confirmação Acesso CAFe

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Digite o nome da sua instituição de ensino e clique em


“Enviar” (Figura 38).

Figura 38 – Informando a instituição de ensino

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Após, insira o seu “login” e a sua “senha” (estes são os


mesmos que você utiliza para acessar o ambiente de ensino da
sua instituição). Em seguida, clique em “Login” (Figura 39).
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 57

Figura 39 – Inserindo login e senha

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Feito seu login, você será levado para a tela inicial do


portal. Confira se, no canto esquerdo superior da tela, o acesso
está com o nome da sua instituição de ensino (Figura 40). Isso
indicará e lhe possibilitará acessar as bases de dados.

Figura 40 – Acesso pela instituição de ensino

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

A seguir, clique no menu “Acervo” e selecione a opção “Lista


de bases”, que se encontra no centro superior da tela (Figura 41).
58 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 41 – Acesso à lista de bases

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Buscas na base de dados Web of Science

Demonstraremos, primeiramente, como devem ser reali-


zadas as buscas na Web of Science e, na sequência, na Scopus.
Não existe uma ordem, você é quem decide. Então, selecione a
base de dados Web of Science. Para isso, existem duas opções:
clique na letra “W” ou digite no espaço indicado o nome da base
(Figura 42). Em seguida, clique em “Enviar”.

Figura 42 – Selecionar a base de dados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 59

Selecione a base “Web of Science – Coleção Principal (Cla-


rivate Analytics)” (Figura 43).

Figura 43 – Selecionar a base de dados Web of Science

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Dica: Se você acessar as bases de dados utilizando o


navegador Google Chrome, poderá traduzi-las automa-
ticamente para o idioma português. Utilizaremos, para
fins de demonstração, a base no idioma português.

Conectado na base Web of Science, parametrize sua bus-


ca: insira as palavras-chave as quais pretende localizar, onde
pretende localizá-las e o período de tempo (Figura 44). Após,
clique em “Pesquisar”.
60 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Figura 44 – Parametrização inicial na base Web of Science

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Atenção: Nesta etapa, indica-se fortemente que você


aplique todos os filtros considerados pertinentes para
refinação de sua pesquisa. Tais filtros localizam-se na
lateral esquerda da tela. Na sequência, clique no bo-
tão “Exportar” e selecione “BibTex” (Figura 45).

Figura 45 – Filtros e exportação da busca

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 61

Na sequência, marque a opção “todos os registros na pá-


gina”. Na indicação de gravação do conteúdo, selecione a opção
“Registro completo e Referências citadas”. Após, clique em “Ex-
portar”. Tais processos estão indicados na Figura 46.

Figura 46 – Exportação dos registros

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Neste momento, será gerado um arquivo. Salve-o na pasta


indicada no RStudio em “Tools/Global Options...”.

O nome deste arquivo não pode conter caracteres di-


ferentes de letras.

Pronto! Este arquivo já está configurado e poderá ser im-


portado para o software RStudio.

Buscas na base de dados Scopus

Volte para a página de “Lista de bases”, já apresentada na


Figura 41, para selecionar a base de dados Scopus. Para isso,
existem duas opções: clique na letra “S” ou digite no espaço
62 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

indicado o nome da base (Figura 47). Em seguida, clique em


“Enviar”.

Figura 47 – Selecionar a base de dados

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Então, selecione a base “Scopus” (Figura 48).

Figura 48 – Selecionar a base de dados Scopus

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 63

Conectado na base Scopus, parametrize sua busca de


acordo com os parâmetros apresentados na Figura 49: insira
as palavras-chave as quais pretende localizar, onde pretende
localizá-las e o período de tempo. Após, clique em “Procurar”.

Figura 49 – Parametrização inicial na base Scopus

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Atenção: Nesta etapa, indica-se fortemente que você


aplique todos os filtros considerados pertinentes para
refinação de sua pesquisa. Tais filtros localizam-se na
lateral esquerda da tela. Na sequência, clique no bo-
tão “All” e, após, em “Exportar” (Figura 50).

Figura 50 – Filtros e exportação da busca

Fonte: elaboração das autoras, 2021.


64 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Na tela de configuração de exportação, selecione o método


“BibTex” e marque todas as informações (Figura 51). Em segui-
da, clique em “Exportar”.

Figura 51 – Exportação dos registros

Fonte: elaboração das autoras, 2021.

Neste momento, será gerado um arquivo. Salve-o na pasta


indicada no RStudio em “Tools/Global Options...”.

O nome deste arquivo não pode conter caracteres di-


ferentes de letras.

Pronto! Este arquivo já está configurado e poderá ser im-


portado para o software RStudio.

Dicas para uma pesquisa bibliométrica mais assertiva


• Utilize os operadores boleanos “or”, “and” e “not”;

• Utilize mais de uma grafia para a mesma palavra ou expressão


desejada. Na sua busca, considere singular e plural, como no
caso da pesquisa sobre empresa familiar: “family firm”, “family
firms”. Considere, também, a mudança na reforma ortográfica
no português, como ocorre com a palavra “mão-de-obra”, que,
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 65

até então, utilizava hífen, mas, a partir das novas regras, o hí-
fen foi suprimido (“mão de obra”);

• Utilize um asterisco (*) ao final da palavra sempre que hou-


ver a necessidade de busca de palavras com o mesmo prefixo,
por exemplo, a busca pelas variações de palavras que possam
conter “work*” para localizar “workplace”, “works”, “work”,
“worked”, “working”;

• Utilize palavras em inglês, para ampliar a busca de textos


numa pesquisa em nível nacional, pois todos os periódicos de
referência nos estratos superiores do Qualis Capes são inde-
xados em bases de dados internacionais. Por conseguinte, os
textos publicados apresentam resumo e palavras-chave, assim
como abstract e keywords;

• Veja se as keywords são escritas de formas diferentes para o mes-


mo significado. Para isso, consulte os artigos que falam sobre o
tema e use as mesmas keywords na sua pesquisa. Por exemplo,
ao pesquisar textos que tratam sobre empresa familiar, é reco-
mendável realizar a busca por meio das seguintes keywords: fam-
ily business, family firm, family boundary organizations;

• Faça mais de uma pesquisa com palavras e combinações di-


ferentes, para refinar o tema. Se tem interesse em pesquisar
“felicidade no trabalho”, por exemplo, faça a busca consideran-
do as seguintes possibilidades: “happiness in the workplace”,
“happiness at workplace”, “happiness” and “workplace” e “hap-
piness” and “work*”;

• Padronize a busca, utilize todas as palavras em letras maiús-


culas ou em minúsculas;

• As palavras-chave/keywords devem estar sempre entre “aspas”.

As dicas relacionadas não dispensam a aplicação das leis


de Zipf e ponto de transição de Goffman, para identificação
dos termos de alta carga semântica dos textos. Nesse sentido,
recomendamos seguir as orientações formuladas por Santos,
Mollica e Guedes (2019).
Palavras finais
Findando a elaboração deste manual, algumas palavras
são necessárias e úteis. Por mais que se trate de um manual com
objetivos específicos, não se descarta o papel do pesquisador, o
qual, além de ser capaz de seguir o passo a passo aqui delinea-
do, necessita ter conhecimento teórico sobre a temática a ser
pesquisada, desde a criação da questão inicial de pesquisa até
a elaboração de análises coerentes e úteis, e, ainda, o pesquisa-
dor necessita ser criativo o suficiente para a melhor exposição
dos dados. Destaca-se, também, que, por mais que o aplicativo
Biblioshiny® possua ampla abrangência para as análises dos
dados, o pesquisador precisa escolher a melhor forma de realizar
o seu relatório visual.
Sublinha-se a relevância das revisões bibliométricas em
razão de auxiliarem na identificação de novas temáticas e no
entendimento de temas emergentes, sendo muito úteis para
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 67

o início de novas pesquisas e a apresentação de tendências


para futuras pesquisas. Também se destaca a importância da
utilização do Biblioshiny para agilizar a elaboração da revisão
bibliométrica e operacionalizar o processo de coleta e análise
dos dados disponíveis em bases de dados, visto o seu potencial
para sistematizar a literatura e mapear as origens dos conceitos
existentes, identificar correntes teóricas e ferramentas meto-
dológicas mais utilizadas, mapear comunidades acadêmicas e
redes de pesquisadores, bem como se apropriar de resultados
encontrados em trabalhos anteriores.
Entretanto, cabe salientar que, independentemente da
utilização do Biblioshiny, os estudos bibliométricos necessitam
ser realizados com rigor, o que fica explícito quando observadas
as decisões relacionadas ao design do estudo, do início ao fim.
As revisões bibliométricas demonstram rigor ao atenderem às
principais premissas do método, o que não pode ser esquecido,
mesmo quando se opta pelo uso de softwares nos processos de
coleta e sistematização dos dados.
Como delineado incialmente, este manual não buscou
aprofundar-se ou orientar sobre a melhor forma de fazer a
pesquisa, mas, sim, focou na sua apresentação esquemática e
didática, com o intuito de auxiliar novos pesquisadores a terem
maior familiaridade com a revisão bibliométrica e a posterior
exportação na interface correta de importação no software R.
Assim, nós, discentes e docentes dos grupos de pesquisa Estudos
em Gestão Estratégica de Pessoas (Gegep) e Grupo Multidisci-
plinar de Estudos Organizacionais (GMEORG), vinculados ao
Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm) da
Universidade de Passo Fundo (UPF), esperamos ajudar os alu-
68 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

nos de iniciação científica e dos cursos de pós-graduação na área


da administração para a realização de bibliometria, utilizando
a interface gráfica Biblioshiny (https://www.bibliometrix.org/).
Desejamos sucesso nas vossas pesquisas!
Referências
ALVARADO, R. U. A Lei de Lotka na bibliometria brasileira. Ciên-
cia da Informação, v. 31, n. 2, p. 14-20, 2002.
ARAÚJO, C. A. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais.
Em Questão, Porto Alegre, v. 12, n. 1, p. 11-32, jan./jun. 2006.
ARIA, M.; CUCCURULLO, C. Bibliometrix: an R-tool for compre-
hensive science mapping analysis. Journal of Informetrics, v. 11,
n. 4, p. 959-975, 2017. DOI: 10.1016/j.joi.2017.08.007.
BIBLIOMETRIX.ORG. Disponível em: https://www.bibliometrix.
org/. Acesso em: 04 jun. 2021.
CÂNDIDO, R. B. et al. Lei de Lotka: um olhar sobre a produtividade
dos autores na literatura brasileira de finanças. Encontros Bibli, v. 23,
n. 53, p. 01-15, set./dez., 2018. DOI: 10.5007/1518-2924.2018v23n53p1.
CHUEKE, G. V.; AMATUCCI, M. O que é bibliometria? Uma introdu-
ção ao Fórum. Internext, v. 10, n. 2, p. 1-5, 2015. DOI: 10.18568/1980-
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DA FONSECA, E. N. Bibliografia estatística e bibliometria: uma
reivindicação de prioridades. Ciência da Informação, v. 2, n. 1, 1973.
Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/19. Acesso em:
17 nov. 2021.
70 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

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Sobre as autoras

Caroline Lorensi da Silva


Bacharel em Comunicação Social – Relações Públicas pela
Universidade de Caxias do Sul (2013). Tecnóloga em Gestão de
Recursos Humanos pelo Centro Superior de Tecnologia TECBrasil
(2010). Especialista em Gestão Empresarial pela Faculdade da
Serra Gaúcha (2012). Aluna no curso de mestrado em Administra-
ção no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm)
da Universidade de Passo Fundo (UPF). Consultora interna de
produto na Metadados Assessoria e Sistemas. Membro do Grupo
Multidisciplinar de Estudos Organizacionais (GMEORG), vincu-
lado ao PPGAdm/UPF. Bolsista da Modalidade II do Programa
de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de
Educação Superior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-
soal de Nível Superior (Prosuc/Capes).
72 Caroline Lorensi da Silva |Maira Sgarbossa | Denize Grzybovski | Anelise Rebelato Mozzato

Maira Sgarbossa
Bacharel em Ciências Contábeis e Especialista em Contro-
ladoria e Gestão Tributária pela Universidade de Passo Fundo
(UPF) (2013, 2015). Mestre em Administração no Programa de
Pós-Graduação em Administração (PPGAdm) da UPF. Membro
do grupo de pesquisa “Estudos em Gestão Estratégica de Pes-
soas” (Gegep), vinculado ao PPGAdm/UPF. Membro do projeto
de extensão “Diversidades: visibilidade e garantia de direitos”.
Bolsista da Modalidade I do Programa de Suporte à Pós-Gra-
duação de Instituições Comunitárias de Educação Superior da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Prosuc/Capes).

Denize Grzybovski
Bacharel em Administração pela Universidade Regional
Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus Ere-
chim (1988). Mestre em Dirección y Organización de Empresas
pela Universidad Museo Social Argentino (2000). Doutora em
Administração pela Universidade Federal de Lavras (2007), com
tese em empresa familiar. Docente permanente do Programa de
Pós-Graduação em Administração (PPGAdm) da Universidade
de Passo Fundo (UPF). Editora associada na Revista de Adminis-
tração Contemporânea (RAC). Líder do Grupo Multidisciplinar
de Estudos Organizacionais (GMEORG), vinculado ao PPGAdm/
UPF e colaboradora no Grupo de Pesquisa em Aprendizagem nas
Organizações (GPAO), vinculado ao PPGAdm da Universidade
Federal de Goiás (UFG).
Manual prático para estudos bibliométricos com o uso do Biblioshiny 73

Anelise Rebelato Mozzato


Bacharel em Psicologia pela Universidade de Passo Fundo
(UPF) (1990). Especialista em Gestão Empresarial pela Univer-
sidade Federal de Santa Catarina (1998). Mestre em Educação
pela UPF (2002). Doutora em Administração pela Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (2012). Docente permanente do Progra-
ma de Pós-Graduação em Administração (PPGAdm) da UPF.
Líder do grupo de pesquisa Estudos em Gestão Estratégica de
Pessoas (Gegep). Membro do conselho editorial científico da
revista Alcance. Líder do tema “Gerações, ageismo e trabalho”
na divisão “Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho” na Asso-
ciação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração
(GPR/Anpad).
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