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Sumário
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Apresentação Trabalho vivo do sujeito e
vida qualificada:
notas sobre as práticas
de qualidade de vida no
trabalho (QVT)
25 36
Liderança autêntica e Relação entre IDH, tempo
virtuosidade organizacio- livre e horas semanais tra-
nal elevando a qualidade balhadas pela população
de vida no trabalho dos brasileira no período de
indivíduos 2008 a 2012
54 82
A mensuração da QVT Qualidade de vida no tra-
como ferramenta para o balho e comprometimen-
desenvolvimento dos to organizacional em uma
colaboradores empresa varejista
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Sobre os organizadores
/ autores
Apresentação
O Admirável mundo novo (brave new world, 1932), de Aldous Huxley,
talvez, hoje, não seja tão distópico quanto já foi. Pouco mais de um século
depois de Ford, vivemos num mundo redesenhado por uma modernidade
líquida. Nas metanarrativas, a crença irrestrita no progresso e nos ideais
iluministas se diluiu. Neste cenário, marcado por impressionantes avanços
e recuos, nem tudo que reluz é ouro, e efeitos colaterais estão presentes.
Nem mesmo os grandes saltos para a frente em relação a épocas
passadas têm produzido condições para a humanidade enfrentar suas
catástrofes e desigualdades. Os avanços em biotecnologia, nanotecno-
logia e infotecnologia não foram capazes de impedir, por exemplo, a maior
catástrofe humanitária desde a gripe espanhola, a Coronavírus Disease
2019 (COVID-19). O liberalismo econômico não está melhorando a vida
dos mais pobres. No Brasil, mais de 20% da população está abaixo da
linha da pobreza.
Falar da (ideia transversal de) qualidade de vida e qualidade de vida
no trabalho é quase uma distopia no cálculo utilitário do Homo Economicus.
Mesmo sendo desejável, mercados abertos e desregulados, dissociados
do poder do Estado, são incongruentes na realidade concreta, com a
efetivação de índices elevados de desenvolvimento humano. Nada tem
sentido se as condições de vida dos indivíduos não melhoram, e falar em
melhoras supõe, também, falar do trabalho (locus de parcela significativa
da vida dos indivíduos) e de felicidade. Na lógica liberal, antes de se rei-
vindicar melhores condições, é necessário ter emprego.
O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. De acordo com o
Relatório de Desenvolvimento Humano (2019) do Programa das Nações Uni-
das para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil ocupa a vergonhosa segunda
colocação de má distribuição de renda entre sua população. As principais
causas da desigualdade social são conhecidas, além da má distribuição
de renda, baixos investimentos governamentais, dificuldades no acesso à
educação e corrupção. As consequências também são conhecidas: fome,
crescimento da violência, aumento dos índices de pobreza, dificuldade de
acesso ao ensino e baixa qualidade das escolas públicas, evasão escolar,
aumento do desemprego, pouco acesso a opções culturais e de lazer,
desigualdade de gênero, entre outras.
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A propagada ideia liberal de diminuição do Estado, no Brasil, apre-
senta, por exemplo, o Sistema Único de Saúde (SUS), as universidades
públicas, patrimônios da sociedade brasileira, e os servidores públicos
como uma espécie de mazela. O Bolsa Família é visto apenas como um
programa assistencialista. Trata-se de equívocos. Se pensarmos por
exemplo na covid-19, a tragédia só não alcançou proporções ainda maio-
res em função destes entes públicos. Paradoxalmente, para termos mais
qualidade de vida, convivemos com uma (equivocada) demanda pela
diminuição do Estado e com uma (necessária) ampliação dos serviços
públicos (de qualidade).
Pensar em qualidade de vida e qualidade de vida no trabalho (vida
com qualidade) não é apenas desejável, é imprescindível. Agora, a tarefa
está muito longe de ser trivial e, com os parâmetros econômicos estabe-
lecidos, a conta não fecha, e nunca fechará. O Brasil em primeiro lugar
ainda é um rascunho mal tracejado inspirado em Thomas More.
Mesmo sem negar os avanços substanciais registrados em dimen-
sões como a educação, a saúde, os padrões de vida e a transformação
das tecnologias para qualidade de vida em área prioritária de pesquisa
pelo governo brasileiro, as necessidades básicas da população brasileira
continuam sem respostas.
Pior: com os acontecimentos registrados na Amazônia e os recuos
no enfrentamento de problemas ambientais, o Brasil está globalmente
em suspeição. Com efeito, as desigualdades nas dimensões centrais do
desenvolvimento humano estão sendo ampliadas.
O papel da academia no enfrentamento deste cenário deveras com-
plexo é a produção de conhecimento e de soluções socialmente relevantes.
Nesta direção, colocamos em foco, com acesso aberto e o necessário
olhar local, reflexões de importantes pesquisadores brasileiros versando
sobre a qualidade de vida e a qualidade de vida no trabalho.
Organizadores
Luiz Alberto Pilatti
Camila Lopes Ferreira
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Trabalho vivo do sujeito e vida
qualificada: notas sobre as práticas de
qualidade de vida no trabalho (QVT)
O
presente capítulo tem por objetivo refletir sobre as práti-
cas de qualidade de vida no trabalho (QVT) no contexto
organizacional, tomando de empréstimo referenciais da
psicopatologia clínica do trabalho, visando oferecer ao leitor
algumas pressuposições teóricas que permitam pensar estas práticas.
Para tal, são usadas noções da psicanálise e da filosofia política, não
sendo, assim, interessante fazer discussões conceituais e empíricas da QVT
no campo no qual vem sendo amplamente estudada, como a psicologia do
trabalho, a ergonomia e a psicologia positiva, até mesmo porque a QVT não
é nosso objeto de estudo, colocando-nos numa posição privilegiada para
pensar as práticas à luz de outros referenciais.
Nesse sentido, o capítulo apresenta, na primeira parte, uma discussão
sobre as práticas em QVT, e na segunda, sob uma proposta clínica, discute a
vida qualificada, subjetividade implicada: o trabalho do sujeito.
Partimos da ideia de que é difícil construir e manter as práticas em
qualidade de vida no trabalho sem considerar a relação indissociável sujeito-
trabalho. O psíquico e o social confrontam-se no jogo de desejos, muitas
vezes inconscientes, que produzem efeitos sobre o sujeito e os grupos que
se pretende atingir com essas práticas.
Essas dimensões dizem respeito aos processos de subjetivação que
operam nos espaços de trabalho, ou seja, o trabalho produz sujeitos e os
sujeitos produzem trabalho, implicando na existência de uma dinâmica própria
em cada organização do trabalho dentro do contexto organizacional.
Com isso, assume-se que a QVT, enquanto política e programa orga-
nizacional, ao privilegiar a categoria universal das necessidades humanas,
perde de vista o sujeito, e, assim, o trabalho do sujeito. Vale esclarecer que
sujeito aqui refere-se a uma categoria teórica da psicanálise, diferenciando-se
da categoria indivíduo que remete aos psicologismo e subjetivismos das
dimensões sociais do trabalho.
Parte-se da ideia de que, a cada encontro com o fazer, o sujeito se
depara com o inesperado e com a experimentação de si. Esse inatingível,
intraduzível do real, humaniza, porque faz sofrer, ao mobilizar o engajamento no
laço social para dar conta dos constrangimentos da organização do trabalho.
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B atividades circenses;
C yoga do riso;
D coaching movement;
E life coaching;
Bauman e Donskis (2014, p. 21) dizem “[...] que a dor é uma arma crucial
do organismo em sua defesa às armas mortais. Ela assinala à urgência de se
empreender em uma ação terapêutica antes que seja tarde demais”.
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trabalho vivo do sujeito e vida qualificada
criança que aprende a caminhar, por um tempo fica insegura e vacila, mas já
não consegue abandonar a prática, anda, apenas para sair do lugar!
Nesse sentido, reconhecer a impotência, se sentir precário é uma forma
de reconhecer o singular e deixar de ser ferramenta à espera de utilização. É
resistir ser colonizado por um modelo de potência que anula dúvidas e valoriza
modos de ser afirmativos, pautados no sucesso e superioridade que nega a
sustentação do desejo. A construção subjetiva passa pelo reconhecimento
do poder, de realizar independente da dissociação psíquica que isso cause.
Assim, ter sucesso não é aderir ao modelo pronto, fabricado, apartado
do seu desejo. A compreensão das diferenças não podem ser lidas como
anomalias, perversões e hóspedes que lançam dúvidas sobre o ambiente e
esta diferença pode abalar o modelo.
A questão é questionar os limites dos programas que prometem me-
lhorar a qualidade de vida, para não sermos aprisionados na lâmpada como
a história de Aladim e a lâmpada maravilhosa à espera de alguém que deseje
por nós. Talvez por não nos fiarmos nos sentidos, nos qualificamos pouco
a pouco como sujeito de certeza, sobre a garantia divina (o gênio) surgimos
no elemento do saber constituído como um processo que pode acontecer
no cérebro dos outros, segundo mecanismos que já se conhecem e o que o
saber já localizou, definiu e dominou.
Quem não gostaria de encontrar a fantástica Lâmpada de Aladim,
tornando-se senhor de um gênio capaz de atender aos mais extravagantes
desejos? Pois o mito da Lâmpada Mágica parece povoar o imaginário de
povos culturalmente distintos. Mais do que a sedução da onipotência, o conto
Aladim e a Lâmpada Maravilhosa esconde um obscuro personagem cujos
elementos da estrutura mental podem estar habitando muitas das pessoas
que procuram qualidade de vida de forma idealizada, afastando a possibilidade
de construir um percurso, numa tentativa de atalhar os caminhos.
Muito se fala da sorte de Aladim. Pouco se comenta sobre a agonia
(ou não) do gênio aprisionado.
Talvez o que mais desperte fascínio na história do Aladim e a Lâmpada
Maravilhosa seja a onipotência do gênio. Capaz de realizar os mais absurdos
desejos de riqueza, amor e poder, o gênio é representado como alguém cujo
poder não encontra limites. Mas esta perspectiva esbarra imediatamente
em uma contradição. Como explicar que um personagem com tanto poder
possa ser aprisionado dentro de uma lâmpada?
Segundo o conto, depois de encontrar a Lâmpada Mágica, acidental-
mente Aladim liberta o gênio ao tentar limpar o objeto. Misteriosamente, o
gênio aparece e torna-se um servo de seu libertador. Distanciando-se um
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Considerações finais
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Referências
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trabalho vivo do sujeito e vida qualificada
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Liderança autêntica e virtuosidade
organizacional elevando a qualidade
de vida no trabalho dos indivíduos
N
os últimos anos, tem-se assistido ao rápido desenvolvimento
do movimento dos estudos organizacionais positivos (cameron;
spreitzer, 2012). As evidências, cada vez mais latentes, sugerem
que o foco na positividade e nas forças dos indivíduos e do
coletivo surte efeitos positivos sobre as atitudes e os comportamentos.
Dentro desse contexto, insere-se a qualidade de vida no trabalho
(QVT), cujo campo de estudo busca o desenvolvimento do indivíduo e das
equipes de trabalho, visando ao aumento do desempenho individual e coletivo
e, consequentemente, ao aumento dos resultados organizacionais. Várias
foram as mudanças comportamentais sofridas pelo homem nos últimos
tempos, sendo cada vez maior o número de tarefas a serem realizadas pelos
colaboradores, assim como a sua forma de trabalho.
A organização passou a ver o trabalhador não só como um ser que serve
à empresa sem pensar no mercado externo, fazendo parte de um processo
longo e contínuo, mas sim como um indivíduo com habilidades técnicas e
conhecimentos atualizados que está ligado ao que acontece no mercado
fora da empresa, assim como o mercado está ligado a ele também. Assim,
parte-se da ideia de que o bem-estar oferecido pela empresa ao trabalhador é
questão de competitividade, evitando a perda de colaboradores competentes
para outras organizações.
A busca do trabalhador feliz e, ao mesmo tempo, produtivo ,poderia ser
vista como um sonho quase impossível do ponto de vista do quase inesgotável
conflito trabalhador/gestão. Poderia ser vista também como simplista, e até
certo ponto ingênua, se levarmos em consideração as tradicionais relações
organizacionais de trabalho, nas quais os resultados são, necessariamente,
produtos do simples cumprimento de ordens por parte do trabalhador.
Todavia, sob uma perspectiva psicológica, o desenvolvimento de um
trabalhador feliz e produtivo tem-se mostrado como um objetivo que vale a
pena ser buscado, ainda que o caminho seja árduo. Trata-se de um objetivo
que pode ser alcançado se melhorarmos fortemente o nosso conhecimento
sobre as atitudes e comportamentos dessas pessoas, tanto sob o aspecto
individual, como coletivo (cunha et al., 2016).
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qualidade de vida no trabalho em foco
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liderança autêntica e virtuosidade
O papel da liderança no
desenvolvimento da QVT
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Referências
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qualidade de vida no trabalho em foco
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Relação entre IDH, tempo livre e horas
semanais trabalhadas pela população
brasileira no período de 2008 a 2012
O
conceito de desenvolvimento socioeconômico é mais com-
pleto que o de crescimento econômico, pois considera as-
pectos vinculados às condições de vida de uma população
(buss, 2000; jannuzzi, 2005). Tais aspectos podem ser verificados
no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), indicador sintético de qualidade
de vida (QV) amplamente difundido. O IDH considera mais aspectos cultu-
rais e sociais do que aspectos econômicos, econômicos, baseando-se em
três elementos: renda, saúde e educação (programa das nações unidas para o
desenvolvimento, 2014).
A noção de QV é relativamente recente. A Organização Mundial da
Saúde (OMS), com viés biomédico, associa a QV ao desempenho das funcio-
nalidades e estruturas do corpo, direcionando o conceito para o bem-estar
físico. Para a OMS, QV é “[...] a percepção do indivíduo de sua posição na vida
no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação
aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações” (fleck, 2000, p. 34).
Trata-se de um conceito que abrange a complexidade do construto e é
multidimensional ao inter-relacionar o meio ambiente com os aspectos físicos,
psicológicos, nível de independência, relações sociais e crenças pessoais.
Ademais, verifica-se certo consenso de que a QV está atrelada à percepção
de bem-estar do indivíduo (wiggins et al., 2004; howel, 2012).
Hammell (2004) e Mohit (2014) enfatizam que as condições de bem-estar
estão vinculadas ao consumismo moderno ou através da sensação de utilidade,
o que pode elevar a autoestima.
Para Lima (2002) e Codo, Soratto e Vasques-Menezes (2004), o trabalho
está associado diretamente à formação da subjetividade contemporânea:
no sistema econômico vigente, produtividade e consumo são elementos
centrais que impulsionam o indivíduo a direcionar parte de seu tempo para
atividades produtivas ou laborais.
Para Haworth e Lewis (2005), as organizações estão flexibilizando as
práticas de trabalho associadas às políticas de recursos humanos com o
intuito de apoiar o equilíbrio e a integração entre a vida laboral e a vida social
do indivíduo.
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qualidade de vida no trabalho em foco
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relação entre idh
situação foi o surgimento do trabalho parcial, que domina cada vez mais os
empregos em outras regiões como a Europa e a América do Norte.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (instituto brasileiro de
geografia e estatística, 2014), havia no Brasil 146,3 milhões de pessoas com
18 anos ou mais de idade. Desse contingente, 66,1% autoavaliaram sua
saúde como boa ou muito boa.
Essa pesquisa indicou que o bem-estar e o estilo de vida dos brasi-
leiros estão relacionados a dois fatores principais: o grau de instrução e o
desenvolvimento da região onde residem.
Em termos educacionais, outro elemento do IDH, a região Nordeste é
a que apresenta, historicamente, as maiores taxas de analfabetismo, seguida
da região Norte. No ano de 2012, apenas 12% da população brasileira com
25 anos ou mais de idade tinha concluído o ensino superior. No geral, 58,7%
dos brasileiros possuem o ensino fundamental incompleto ou ensino médio
completo, ou equivalente (instituto brasileiro de geografia e estatística, 2013).
O percentual de analfabetismo impacta diretamente na taxa de de-
socupação. A taxa de desocupação brasileira (relacionada ao desemprego)
mostrou que 6,2 milhões de pessoas estavam desocupadas. Em relação
a 2011, houve uma redução de 478 mil desocupados (instituto brasileiro de
geografia e estatística, 2013).
Os motivos para o aumento da inserção da mulher no mercado de
trabalho não fazem parte do objetivo deste capítulo. No entanto, é necessário
destacar que a ausência da mulher nas atividades do lar vem sendo explicada
como uma combinação de fatores econômicos e culturais, como o avanço
da industrialização, maior escolaridade e a queda da taxa de fecundidade,
que proporcionaram aumento nas possibilidades de as mulheres ocuparem
postos de trabalho no processo produtivo (sousa; guedes, 2016).
Kay (2000) adiciona que as políticas sociais têm oportunizado a in-
serção da mulher no mercado de trabalho, contudo, as políticas familiares
encorajam as trabalhadoras a ver a si mesmas como as cuidadoras dentro
da unidade familiar, ou seja, embora possuam direitos individualizados, a
responsabilidade e a organização familiar, além das atividades do lar, fazem
com que o acesso ao lazer e o tempo disponível seja reduzido, quando
comparado ao cônjuge.
Bernardo (2001) alerta que o acúmulo de bens materiais pressupõe
aumento do trabalho e, consequentemente, redução do tempo disponível
usufruído pelo indivíduo. Neste cenário de redução do tempo livre, o presente
capítulo tem como objetivo averiguar, no período de 2008 a 2012, as corre-
lações por gênero do trabalho e tempo livre da população brasileira com IDH.
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qualidade de vida no trabalho em foco
Metodologia
O procedimento técnico adotado é documental. No estudo são com-
parados os dados disponíveis da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar
(PNAD) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD),
no período de 2008 a 2012.
A PNAD divulga informações contínuas sobre a inserção da população
no mercado de trabalho e suas características, como idade, instrução e gênero
(instituto brasileiro de geografia e estatística, 2015). A amostra investiga mais de
800 municípios anualmente para coleta das informações.
O PNUD é uma rede de desenvolvimento das Nações Unidas presente
em mais 170 países, e age em parceria com os governos na organização
e execução de projetos direcionados ao estudo, análise e resultados de
dados econômicos e desenvolvimentistas (programa das nações unidas para o
desenvolvimento, 2014).
A análise comparativa foi realizada com a coleta de dados secundários.
Na PNAD, as variáveis consideradas foram: horas trabalhadas; horas em
afazeres domésticos; horas livres. No PNUD, o IDH. A correlação entre as
variáveis foi estabelecida para identificar as relações entre trabalho e tempo
livre da população brasileira com IDH.
Em paralelo à análise comparativa dos dados, foram realizadas cor-
relações temporais entre: IDH e horas semanais de trabalho; IDH e afazeres
domésticos; IDH e tempo livre dos trabalhadores brasileiros (diferenciados
em gênero masculino e feminino). A PNAD não fornece dados para o tempo
livre dos trabalhadores. Logo, para este trabalho, o índice de tempo livre dos
trabalhadores foi calculado a partir do tempo restante entre o total de horas
trabalhadas e as horas gastas com afazeres domésticos dos trabalhadores.
O resultado permite visualizar o tempo de que os indivíduos dispõem
para atividades relacionadas ao trabalho privado, à administração familiar, ao
repouso, ao provimento das necessidades biológicas, à sociabilidade e às
atividades miméticas, segundo suas opções.
Os dados foram dispostos por ano e submetidos a estatísticos de
análise de variância e de correlação, orientados pelo teste de normalidade
de Kolmogorov-Smirnov (KS) para a escolha entre testes paramétricos e
não paramétricos.
Nas análises de variância foram utilizados o Teste ANOVA, pareado
com pós-teste de comparações múltiplas de Bonferroni para os grupos
que passaram no teste de KS (p>0,05), e o teste de Friedman (ANOVA não
pareado) com pós-teste de comparações múltiplas de Dunn. Nos testes de
40
relação entre idh
Resultados e discussão
O IDH apresenta crescimento de 1,50% no período de 2008 a 2012
(Gráfico 1), com aumento médio de 0,37±0,39% ao ano.
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qualidade de vida no trabalho em foco
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relação entre idh
tabela.1 idh e média das horas semanais de trabalho, afazeres e de tempo livre
para o gênero masculino e feminino no período de 2008 a 2012
Fonte: Adaptado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2015) e do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (2014)
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qualidade de vida no trabalho em foco
Total 0,30 1
Horas sema-
aos afazeres
domésticos
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relação entre idh
ao tempo
Horas
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qualidade de vida no trabalho em foco
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relação entre idh
gráfico.4 correlação temporal das horas semanais de trabalho agrupadas por gênero
Fonte: autoria própria
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qualidade de vida no trabalho em foco
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relação entre idh
IDH com horas semanais de trabalho não registra diretamente uma relação
de causalidade, visto que o IDH abrange também outras variáveis.
As médias de horas semanais dedicadas tanto aos afazeres domés-
ticos quanto ao tempo livre não apresentam crescimento uniforme de 2008
a 2012. No caso das horas em afazeres domésticos realizados por mulheres,
verificou-se o crescimento médio: 25,4 horas, em 2008; 26,6 horas, em 2009;
27,2 horas, em 2010; 27,7 horas, em 2011. Em 2012, modificando a tendência
que se apresentava, ocorre queda dessas horas semanais para 25,4.
Com base na Tabela 3, o IDH apresenta-se crescente e não neces-
sariamente vinculado ao aumento do tempo livre dos trabalhadores, pois
registraram-se variações no tempo livre que não acompanharam o IDH.
Considerações finais
49
qualidade de vida no trabalho em foco
Referências
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50
relação entre idh
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51
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53
A mensuração da QVT como
ferramenta para o desenvolvimento
dos colaboradores
V
árias foram as mudanças comportamentais sofridas pelo
homem no trabalho nos últimos tempos. A competitividade, o
medo de ficar para trás, a necessidade das entregas cada vez
mais imediatas, e, principalmente, o avanço tecnológico nos
levaram a realizar um número cada vez maior de tarefas no mesmo intervalo
de tempo em relação aos nossos antepassados. Adicionalmente, a pandemia
da covid-19 está redesenhando, de forma sem precedente, ainda mais este
cenário altamente mutável (barbosa; costa; hecksher, 2020).
Aqui nos vemos diante de um paradoxo. É evidente que o avanço
tecnológico nos propiciou mais agilidade, segurança, conforto e controle
sobre tudo o que fazemos durante o nosso cotidiano, mas, em compensação,
a carga cada vez maior de trabalho e as diversas tarefas que fazemos quase
que simultaneamente nos trouxeram alguns problemas. Nunca houve tanto
estresse, cansaço, depressão e até problemas psiquiátricos mais graves, como
hoje, consequências de uma rotina de trabalho extremamente extenuante.
Não vamos, neste momento, entrar no mérito sobre qual seria o ponto
de equilíbrio dessa relação por dois motivos:
55
qualidade de vida no trabalho em foco
56
a mensuração da qvt
Metodologia de construção do
QWLQ-78
Indicadores Referência
Alves (2001)
Absenteísmo
Hackman e Oldham (1975)
Alimentação adequada Nahas (2001)
Limongi-França e Zaima (2002)
Assistência médica Nahas (2001)
57
qualidade de vida no trabalho em foco
58
a mensuração da qvt
Nahas (2001)
Lazer próprio e da família
Walton (1973)
Walton (1973)
Liberdade de expressão
Westley (1979)
Metas e objetivos no trabalho Nahas (2001)
Moradia Nahas (2001)
Limongi-França (2004)
Motivação Machado (2002)
Hackman e Oldham (1975)
Mudanças geográficas Walton (1973)
Necessidades básicas satisfeitas Maslow (1943)
Nível de desafio Westley (1979)
Orgulho do trabalho Westley (1979)
Bowditch e Buono (1992)
Participação nas decisões
Westley (1979)
Alves (2001)
Partilha de ganhos na produtividade Walton (1973)
Rego et al. (2003)
Walton (1973)
Possibilidades de carreira/ Rego et al. (2003)
Aprendizagem e avanço salarial Westley (1979)
Limongi-França e Zaima (2002)
Preconceitos Walton (1973)
Privacidade pessoal Walton (1973)
Realização pessoal Westley (1979)
Relação chefe/subordinado/ Rego et al. (2003)
colegas Westley (1979)
Limongi-França (2004)
Nahas (2001)
Walton (1973)
Relacionamento trabalho/família
Machado (2002)
Rego et al. (2003)
Limongi-França e Zaima (2002
Limongi-França (2004)
Relações interpessoais/cultura Nahas (2001)
familiar Walton (1973)
Westley (1979)
59
qualidade de vida no trabalho em foco
Nahas (2001)
Walton (1973)
Remuneração
Westley (1979)
Limongi-França e Zaima (2002)
Respeito dos colegas e dos superio-
Rego et al. (2003)
res
Responsabilidade pelos produtos/ Walton (1973)
serviços Limongi-França e Zaima (2002)
Responsabilidade social/Direitos Limongi-França (2004)
trabalhistas/Benefícios Walton (1973)
Werther e Davis (1983)
Retroalimentação/Reconhecimento
Westley (1979)
do trabalho
Hackman e Oldham (1975)
Nahas (2001)
Walton (1973)
Segurança
Westley (1979)
Limongi-França e Zaima (2002)
Síndrome de Burnout
Oliveira e Oliveira (2006)
(excesso de trabalho)
Estresse (sono, cefaleias, dores lom- Nahas (2001)
bares e problemas estomacais, etc.) Limongi-França e Rodrigues (2007)
Nahas (2001)
Transporte/Mobilidade
Walton (1973)
Treinamento de pessoal Limongi-França e Zaima (2002)
Limongi-França (2004)
Valores e crenças pessoais
Westley (1979)
Valores familiares Limongi-França (2004)
Westley (1979)
Variedade da tarefa
Hackman e Oldham (1975)
Vida pessoal preservada Limongi-França e Zaima (2002)
60
a mensuração da qvt
Domínio físico/saúde
Número Questão
1 Quanto você cuida da sua alimentação?
6 Quanto você se preocupa com sua saúde?
11 Quanto você se preocupa com dores ou desconfortos no trabalho?
16 Em que medida você tem dificuldades para cuidar da sua saúde?
21 Você pratica exercício físico regular?
26 Você tem alguma dificuldade para dormir?
31 Em que medida você avalia o seu sono?
36 Em que medida algum problema com o sono prejudica seu trabalho?
43 Você sofre com cefaleias (dores de cabeça)?
38 Você sofre com dores estomacais?
53 Em que medida você necessita de medicamentos para poder trabalhar?
57 Você sofre com doenças hereditárias (colesterol, pressão alta)?
61 Ao final da jornada de trabalho, o quanto você se sente cansado?
61
qualidade de vida no trabalho em foco
65 Em que medida suas dores e/ou saúde o impede de realizar o que precisa?
69 Suas necessidades fisiológicas básicas são satisfeitas adequadamente?
73 Você pratica ginástica laboral ou outro tipo de atividade física na empresa?
77 Em que medida você se sente confortável no ambiente de trabalho?
Domínio psicológico
Número Questão
2 Em que medida você avalia sua autoestima?
7 Quanto você se sente inibido no trabalho devido à sua aparência?
12 Quanto você consegue se concentrar no seu trabalho?
Em que medida algum sentimento negativo (tristeza, desespero) interfere
17
no seu trabalho?
22 Em que medida você avalia sua motivação para trabalhar?
27 Como você avalia o espírito de camaradagem dos seus colegas de trabalho?
32 Como você avalia sua liberdade de expressão no seu trabalho?
27 Em que medida você avalia o orgulho pela sua profissão?
44 Como você avalia a segurança no ambiente de trabalho?
49 Em que medida o barulho no ambiente de trabalho lhe incomoda?
Domínio pessoal
Número Questão
3 Como você avalia a sua capacidade de auto avaliação no trabalho?
8 Em que medida você avalia a qualidade do seu lazer e da sua família?
13 Em que medida você tem uma moradia adequada?
Você tem alguma dificuldade geográfica em relação ao seu trabalho (deslo-
18
camento, viagens, mudanças)?
62
a mensuração da qvt
Domínio profissional
Número Questão
4 Com que frequência você falta ao trabalho por motivo de doença?
5 Com que frequência você fica doente devido ao seu trabalho?
9 Como você avalia o seu acesso à assistência médica no trabalho?
10 Como você avalia a qualidade da assistência médica recebida no trabalho?
14 Como você avalia a sua autonomia no trabalho?
15 Como você avalia a sua carga horária de trabalho diário?
19 Como você avalia a cooperação entre os níveis hierárquicos no trabalho?
20 Como você avalia a sua liberdade para criar coisas novas no trabalho?
24 Como você avalia a igualdade de tratamento entre os funcionários?
Com que frequência você é obrigado a mudar sua rotina em casa devido
25
ao trabalho?
63
qualidade de vida no trabalho em foco
64
a mensuração da qvt
Tipo de escala
Normal 1 2 3 4 5
Invertida 5 4 3 2 1
65
qualidade de vida no trabalho em foco
QWLQ-78
0 a 22,5 22,6 a 45 45,1 a 55 55,1 a 77,5 77,6 a 100
Muito Muito
Insatisfatório Neutro Satisfatório
insatisfatório satisfatório
66
a mensuração da qvt
1 http://www.brunopedroso.com.br/qwlq-78.html
67
qualidade de vida no trabalho em foco
Referências
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Psychology, Washington, DC, v. 60, n. 2, p. 159-170, Apr. 1975. Disponível em: https://content.
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Paulo: Gente, 2002. p. 78-87.
68
a mensuração da qvt
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PILATTI, L. A. Qualidade de vida no trabalho e a teoria dos dois fatores de Herzberg: possi-
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econtents.bc.unicamp.br/omp/index.php/ebooks/catalog/book/64. Acesso em: 30 dez. 2020.
69
qualidade de vida no trabalho em foco
REIS JÚNIOR, D. R.; PILATTI, L. A.; PEDROSO, B. Qualidade de vida no trabalho: construção e
validação do questionário QWLQ-78. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, Ponta Grossa,
v. 3, n. 2, p. 1-12, jul./dez. 2011. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbqv/article/
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WALTON, R. E. Quality of working life: what is it? Sloan Management Review, Cambridge,
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WESTLEY, W. A. Problems and solutions in the quality of working life. Human Relations,
London, v. 32, n. 2, p. 113-123, Feb. 1979. Disponível em: https://journals.sagepub.com/
doi/10.1177/001872677903200202. Acesso em: 10 jan. 2020.
70
a mensuração da qvt
Apêndice A
Questionário de avaliação da qualidade
de vida no trabalho QWLQ-78
Autores: Prof. Dr. Dálcio Roberto dos Reis Júnior
Prof. Dr. Luiz Alberto Pilatti
71
qualidade de vida no trabalho em foco
3. Como você avalia sua capacidade de 4. Com que frequência você falta ao
autoavaliação no trabalho? trabalho por motivo de doença?
5. Com que frequência você fica 6. Quanto você se preocupa com sua
doente devido ao seu trabalho? saúde?
9. Como você avalia o seu acesso à 10. Como você avalia a qualidade da
assistência médica no trabalho? assistência médica recebida no
trabalho?
72
a mensuração da qvt
13. Como você avalia a qualidade da 14. Como você avalia sua autonomia
sua moradia? no trabalho?
15. Como você avalia sua carga horária 16. Em que medida você tem dificulda-
diária de trabalho? des para cuidar da sua saúde?
17. Em que medida algum sentimento 18. Você tem alguma dificuldade
negativo (tristeza ou desespero) geográfica em relação ao seu
interfere no seu trabalho? trabalho?
19. Como você avalia a cooperação 20. Como você avalia a sua liberdade
entre os níveis hierárquicos no para criar coisas novas no trabalho?
trabalho?
73
qualidade de vida no trabalho em foco
21. Você pratica exercício físico 22. Como você avalia sua motivação
regularmente? para trabalhar?
23. Você sofre algum tipo de 24. Como você avalia a igualdade de
preconceito no seu trabalho? tratamento entre os funcionários?
25. Com que frequência você é obri- 26. Você tem alguma dificuldade para
gado a mudar sua rotina em casa dormir?
devido ao trabalho?
27. Como você avalia o espírito de 28. Como você avalia a sua privacidade
camaradagem dos seus colegas de no trabalho?
trabalho mais próximos?
74
a mensuração da qvt
29. Em que medida você confia na 30. Em que medida você se identifica
disponibilidade e na habilidade de com a tarefa que realiza?
seus colegas de trabalho?
31. Como você avalia o seu sono? 32. Como você avalia sua liberdade de
expressão no trabalho?
33. Você se sente realizado com o 34. Com que frequência você pensa em
trabalho que faz? mudar radicalmente de emprego?
35. Como você avalia o orgulho que 36. Em que medida algum problema
sente da organização na qual com o sono prejudica seu trabalho?
trabalha?
75
qualidade de vida no trabalho em foco
37. Como você avalia o orgulho pela 38. Como você avalia a qualidade da
sua profissão? sua relação com seus superiores
e/ou subordinados?
39. Em que medida você se sente segu- 40. Como você avalia o seu conheci-
ro quanto à prevenção de acidentes mento sobre todos os processos
de trabalho? de trabalho da organização?
41. Como você avalia a sua consciência 42. Em que medida você gosta do nível
sobre as metas e os objetivos de de desafio que lhe é proposto no
seu trabalho? trabalho?
43. Você sofre de cefaléia (dores de 44. Como você avalia a segurança no
cabeça)? ambiente de trabalho?
76
a mensuração da qvt
45. Como sua família avalia o seu 46. Em que medida você está satisfeito
trabalho? com o nível de participação nas
decisões da empresa?
47. Como você avalia a partilha de 48. Você sofre de dores estomacais?
ganhos na produtividade na sua
empresa?
49. Em que medida o barulho no 50. Você sofre algum tipo de dificulda-
ambiente de trabalho lhe incomoda? de na família por causa do seu
trabalho?
77
qualidade de vida no trabalho em foco
53. Em que medida você necessita de 54. Você sofre algum tipo de dificul-
medicamentos para poder dade no trabalho por causa da sua
trabalhar? cultura familiar?
55. Com que frequência você necessita 56. Com que frequência seus benefí-
de outras fontes de dinheiro para se cios e direitos trabalhistas são
sustentar? respeitados?
57. Você sofre com doenças hereditá- 58. Em que medida seus valores familia-
rias (colesterol, pressão alta)? res são respeitados no seu trabalho?
59. Você está satisfeito com seu nível 60. Você está satisfeito com o
de responsabilidade no trabalho? feedback (retroalimentação) dado
pela organização sobre o seu
trabalho?
78
a mensuração da qvt
63. Você se sente satisfeito com os 64. Em que medida você está satisfeito
treinamentos dados pela com a sua capacidade para
organização? aprender?
65. Em que medida suas dores e/ou sua 66. Em que medida você é respeitado
saúde o impedem de realizar o que pelo seus colegas e superiores?
precisa?
67. Você se sente satisfeito com a 68. Você tem sua vida pessoal preser-
variedade das tarefas que realiza? vada no ambiente de trabalho?
79
qualidade de vida no trabalho em foco
69. Suas necessidades fisiológicas 70. Você tem acesso aos meios de
básicas são satisfeitas adequada- transporte adequados para
mente? trabalhar?
71. Quanto você se sente estável no 72. Como você avalia o espírito de
seu emprego? camaradagem na sua empresa?
73. Você pratica ginástica laboral ou 74. O quanto você está satisfeito com a
outro tipo de atividade física na sua capacidade de ajudar os outros
empresa? no seu trabalho?
75. Quanto apoio no trabalho você 76. Em que medida você consegue ter
recebe dos colegas? acesso rápido às informações no
tabalho?
80
a mensuração da qvt
77. Em que medida você se sente 78. O quanto você está satisfeito com
confortável no ambiente de sua qualidade de vida no trabalho?
trabalho?
81
Qualidade de vida no trabalho e
comprometimento organizacional
em uma empresa varejista
A
s empresas que buscam o sucesso dentro de seus segmentos
de atuação desenvolvem estratégias para se adaptarem às
mudanças do mercado e, por isso, revisam o direcionamento
estratégico, para que seja possível garantir a sustentabilidade
do negócio e a perpetuação da organização (mattos, 2002).
Dentro deste contexto, percebe-se grande evolução no que tange às
práticas relacionadas à gestão de pessoas, considerada atualmente como
uma das estratégias competitivas (edvinsson; kivikas, 2007; verma; dewe, 2008).
A implementação de práticas de recursos humanos (RH) nas empresas de-
monstra ser uma importante fonte de vantagem competitiva e tem contribuído
positivamente no desempenho das organizações (collins, 2007; ordóñez de
pablos; lytras, 2008).
O fator pessoas tem sido considerado como fundamental para o
sucesso das empresas. Iniciativas para melhorar a percepção dos cola-
boradores acerca da qualidade de vida no trabalho (QVT) fazem parte das
ações promovidas pelas organizações que estão relacionadas à gestão de
pessoas. No entanto, a relação entre QVT e performance das organizações
(produtividade) aparentemente pode não estar diretamente ligada, pois en-
tende-se que pode existir o intermédio do comprometimento dos indivíduos
integrantes da organização.
Nayak e Sahoo (2015), em estudo realizado junto a organizações da
área da saúde na Índia, inferiram que o comprometimento do indivíduo me-
deia parcialmente a relação entre a QVT e a performance das organizações,
implicando que a melhoria na performance das organizações devido à QVT
é, em parte, ocasionada pelo comprometimento dos indivíduos para com a
organização, sugerindo que as organizações de saúde devam considerar o
aspecto do comprometimento dos indivíduos a fim de maximizar o efeito de
QVT na performance das organizações.
Esse comprometimento do indivíduo para com a organização, também
definido como comprometimento organizacional, estabelece uma conexão
entre produtividade e satisfação (schirrmeister; limongi-frança, 2012). A satisfação
do empregado, a qual pode ser associada com a QVT, apresenta-se como
83
qualidade de vida no trabalho em foco
84
qvt e comprometimento organizacional
85
qualidade de vida no trabalho em foco
Método
CLASSIFICAÇÃO
86
QVT E COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL
PARTICIPANTES
Em que:
n tamanho da amostra
Z tamanho do universo
e margem de erro máximo admitida
p percentagem com a qual o fenômeno se verifica
87
qualidade de vida no trabalho em foco
INSTRUMENTOS
PROCEDIMENTOS
88
qvt e comprometimento organizacional
RESULTADOS
89
qualidade de vida no trabalho em foco
Casado 81 27
Divorciado 9 3
Escolaridade Outros 21 7
Ensino fundamental 31 10
Ensino médio 201 67
Ensino superior 59 20
Pós-Graduação 9 3
Filhos Não 225 75
Sim 75 25
Cargo Auxiliar de loja 33 11
Operador de caixa 51 17
Assistente de vendas 116 39
Fiscal de loja 26 9
Assistente financeiro 21 7
Outros 53 18
Tempo Menos de 1 ano 133 44
De 1 a 2 anos 53 18
De 2 a 3 anos 48 16
Mais que 4 anos 66 22
90
qvt e comprometimento organizacional
da pesquisa com 5,00% das entrevistas cada uma, somando 25,00% das
entrevistas.
91
qualidade de vida no trabalho em foco
92
qvt e comprometimento organizacional
RESULTADO DA CORRELAÇÃO
93
qualidade de vida no trabalho em foco
Correlação de variáveis
A correlação é de inexistente a muito fraca entre as
variáveis, e nada podemos concluir, pois torna-se
0 < |r| < 0,3
difícil estabelecer algum tipo de dependência entre
as variáveis.
A correlação é de muito fraca a média, porém pode-
mos considerar o valor de r nesse intervalo como
0,3 ≤ |r| < 0,6
indício de uma associação entre as variáveis sem
muito significado.
A correlação é de média para forte, ou seja, as variá-
0,6 ≤ |r| ≤ 1
veis mantêm dependência significativa.
94
qvt e comprometimento organizacional
Regressão múltipla
Overall fit
Multiple R 0,6634 Observations 300,0000
R Square 0,4401 AIC 1.483,1154
Adjusted R Square 0,4363 AICc 1.483,2510
Standard Error 11,7857 BSC 1.494,2267
Alpha 0,0500
Anova df SS MS sig
F p-value
Regression 2,0000 32.426,9421 16.213,4710 116,7260 0,0000 yes
Residual 297,0000 41.253,875 138,9019
Total 299,0000 73.680,8176
95
qualidade de vida no trabalho em foco
Regressão múltipla
Overall fit
Multiple R 0,6158 Observations 300,00
R Square 0,3792 AIC 1.692,3696
Adjusted R Square 0,3750 AICc 1.692,5052
Standard Error 16,7039 BSC 1.703,4809
Alpha 0,0500
Anova df SS MS sig
F p-value
Regression 2,0000 50.608,2416 25.304,108 90,6894 0,0000 yes
Residual 297,0000 82.868,8417 279,0197
Total 299,0000 133.477,0833
96
qvt e comprometimento organizacional
Regressão múltipla
Overall fit
Multiple R 0,4594 Observations 300,0000
R Square 0,2111 AIC 1.637,8456
Adjusted R Square 0,2058 AICc 1.637,9812
Standard Error 15,2529 BSC 1.648,9569
Alpha 0,0500
Anova df SS MS sig
F p-value
Regression 2,0000 18.488,2759 9.244,1379 39,7341 0,0000 yes
Residual 297,0000 69.097,0829 232,6501
Total 299,0000 87.585,3588
97
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM FOCO
Regressão múltipla
Overall fit
Multiple R 0,5484 Observations 300,0000
R Square 0,3007 AIC 1.701,7837
Adjusted R Square 0,2960 AICc 1.701,9193
Standard Error 16,9680 BSC 1.712,8950
Alpha 0,0500
Anova df SS MS sig
F p-value
Regression 2,0000 36.777,9056 18.388,9528 63,8695 0,0000 yes
Residual 297,0000 85.510,5296 287,9142
Total 299,0000 122.288,4352
98
QVT E COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL
Em que:
Y1 variável dependente
β0 constante
99
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM FOCO
100
qvt e comprometimento organizacional
Capacidades explicativas
Correlação entre as variáveis Regressão Regressão
linear linear Dlf
simples múltipla
Correlação entre: QVT: Média x CO:
38,69%
Média
Oportunidades e 4,94%
QVT Constitucionalismo x
43,63%
CO: Média
Correlação entre: QVT: Média x CO:
29,64%
Afetivo
Relevância social e 7,86%
QVT
Constitucionalismo x
37,50%
CO: Afetivo
Correlação entre: QVT: Média x CO:
19,68%
Instrumental
Trabalho e vida e 0,90%
QVT
Constitucionalismo x
20,58%
CO: Instrumental
Correlação entre: QVT: Média x CO:
25,07%
Normativo
101
qualidade de vida no trabalho em foco
Oportunidades e 4,53%
QVT
Constitucionalismo x
29,60%
CO: Normativo
Discussões
102
qvt e comprometimento organizacional
103
qualidade de vida no trabalho em foco
104
qvt e comprometimento organizacional
Referências
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qualidade de vida no trabalho em foco
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108
Sobre os organizadores
109
Sobre os autores
110
Celso Bilynkievycz dos Santos
Técnico em Assuntos Universitários na Universidade Estadual
de Ponta Grossa (UEPG). Graduado em Educação Física pela UEPG.
Mestre e Doutor em Engenharia da Produção pela Universidade
Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Membro do Grupo de Pes-
quisa Organizações e sociedade da UTPFR; e, do Grupo de Pesquisa
Gestão de dados e metadados; do Grupo de Pesquisa Qualidade de
vida, do Grupo de Pesquisa Etiologia, diagnóstico e tratamento das
doenças bucais; do Grupo de Pesquisa Avaliação da qualidade de
vida e qualidade de vida no trabalho; do Grupo de Pesquisa Qualidade
de vida, atividade física e saúde, estes da UEPG. Atua nas linhas de
pesquisa: Qualidade de vida no trabalho; Qualidade de vida, atividade
física e saúde; A influência do ambiente na qualidade de vida do
homem; Construção e validação de instrumentos de avaliação da
QV e QVT; Estudos bibliométricos e cientométricos na produção do
conhecimento; Gestão de recursos humanos para o ambiente pro-
dutivo (GRHAP) e atividade física e saúde; Gestão do conhecimento
e inovação; Planejamento e gestão da tecnologia da informação;
Mineração de dados.
111
e empreendedorismo nas organizações: tecnologia de informação
e estratégia organizacional. Coordenadora do Grupo de Pesquisa
Gestão de recursos humanos na indústria 4.0: caracterização das
habilidades do trabalhador da indústria 4.0 a partir da literatura.
Eduardo Zanardi
Gerente de operações de varejo na Lojas Renner S/A. Gradu-
ado em Engenharia de Produção Civil pela Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC). Mestrando em Engenharia da Produção pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Heloisa Godoi
Coordenadora de Saúde Bucal da Prefeitura Municipal de
Araquari. Graduada, Mestre e Doutora em Odontologia, todos pela
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua na linha de
112
pesquisa: Políticas e planejamento em saúde bucal. Membro do Grupo
de Pesquisa Cuidado à saúde e políticas públicas: boas práticas de
atenção e assistência à saúde na perspectiva do envelhecimento
saudável e da promoção da saúde e do Grupo de Pesquisa Organi-
zação das redes de atenção em saúde.
113
Título Qualidade de Vida no Trabalho em Foco
Formato 18 x 24 cm
Tipografia Aktiv Grotesk | Dalton Maag
Licença CC BY-NC-ND
Curitiba
2021
Feito no Brasil
Made in Brazil
A discussão atual sobre a qualidade de vida no trabalho
(QVT) é bastante heterogênea e conta com a participação
de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento.
Trata-se de um campo em desenvolvimento cuja grande
inovação está justamente em associar a dimensão con-
creta da realidade social e econômica com a percepção
subjetiva do indivíduo. No presente e-book, composto por
cinco capítulos, o indivíduo é colocado no centro das aná-
lises. As temáticas perquiridas são diversas: práticas de
QVT; liderança e organizações; Índice de Desenvolvimento
Humano, tempo livre e horas trabalhadas; mensuração da
QVT; comprometimento organizacional. Nos capítulos,
o trabalho enquanto objeto de pesquisa se distancia de
sua condição paradigmática para ser pensado de forma
mais concreta, sem, contudo, perder sua especificidade
política, econômica e cultural.