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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE

DE VETERINÁRIA/UFRGS

Organizadores

Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes

André Gustavo Cabrera Dalto

Rodrigo Schallenberger Gonçalves

Porto Alegre, UFRGS, 29 de outubro a 01 de novembro de 2018.


II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Direção da Faculdade de Veterinária

Emerson Antonio Contesini

Stella de Faria Valle

Comissão de Extensão gestão 2017-2019

Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes

Andre Gustavo Cabrera Dalto

Ana Paula Gonçalves Mellagi

Itabajara da Silva Vaz Junior

Mauro Riegert Borba

Luciana Branquinho Queiroga

Andrea Troller Pinto

Organizadores

Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes

André Gustavo Cabrera Dalto

Rodrigo Schallenberger Gonçalves

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE


DE VETERINÁRIA/UFRGS

RESUMOS DA II MOSTRA DE EXTENSÃO DA


FACULDADE DE VETERINÁRIA

Porto Alegre

UFRGS

2018

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

M916r Mostra de Extensão da Faculdade de Veterinária UFRGS (2. : 2018 : Porto

Alegre).

Resumos da IIMostra de Extensão da Faculdade de Veterinária


UFRGS / Organizadores: Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes, Andre Gustavo Cabrera
Dalto, Rodrigo Schallenberger Gonçalves. – Porto Alegre: Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, 2018.
129 p.

ISBN 978-85-66094-55-8

1. Medicina Veterinária I. Mattos Gomes, Mary Jane Tweedie de

Catalogação na fonte: Ana Vera Finardi Rodrigues – CRB-10/884


II. Dalto, Andre Gustavo Cabrera III. Gonçalves, Rodrigo Schallenberger
IV. Título

CDD 636.089

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................... 8
INDICADORES NUMÉRICOS DE AVALIAÇÃO ............................ 10
PERFIL DOS BOLSISTAS DE EXTENSÃO DA FAVET/UFRGS NO
ANO DE 2018 ............................................................................... 12
DEPARTAMENTO DE MEDICINA ANIMAL .................................. 14
Atendimento à suinocultura do assentamento Coopan do município
de nova Santa Rita 2018 .......................................................... 14
Atendimento especializado em Odontologia Veterinária 2018........ 17
Avaliação oftálmica de cães utilizados em órgãos de segurança
pública do estado do Rio Grande do sul em 2018..................... 20
Atendimento veterinário em exposições agropecuárias no Rio
Grande do Sul- setor de grandes ruminantes- UFRGS 2018 .... 22
Congresso Reprolab de Reprodução Equina 2018 ........................ 24
Controle reprodutivo de fêmeas caninas e felinas pelas técnicas
minimamente invasivas:2018 ................................................... 27
Controle reprodutivo de animais silvestres de cativeiro.................. 30
Gerenciamento da produção de bovinos de leite na escola estadual
de 1º grau Canadá 2018 .......................................................... 32
Núcleo de conservação e reabilitação de animais silvestres -
Preservas 2018........................................................................ 34
Núcleo ruminação - ensino, pesquisa e extensão em ruminantes- I
Simpósio.................................................................................. 36
Planejamento estratégico e controle de verminoses em ovinos no
Rio Grande do Sul.................................................................... 39
Projeto de controle reprodutivo de cães e gatos ............................ 42
Projeto endogastro........................................................................ 44
Projeto de Extensão em Dermatologia Veterinária......................... 47

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Prestação de serviços em rebanhos de corte e leite 2018 ............. 49


Programa jovem veterinário no serviço de endocrinologia
hcv/UFRGS.............................................................................. 52
Serviço de atendimento clínico a pequenos ruminantes ................ 54
Serviço de controle da Dor ............................................................ 57
Serviço de Endocrinologia e Metabologia HCV/UFRGS -
PETENDOCRINE 2018 ............................................................ 59
Serviço de Fisioterapia e reabilitação Veterinária 2018.................. 62
Serviço de Oftalmologia Veterinária da Universidade federal do Rio
Grande do sul 2017.................................................................. 64
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA . 66
Difusão de tecnologias e boas práticas higiênico-sanitárias à
comunidade de pescadores e aos consumidores de Porto Alegre
................................................................................................ 66
Diálogos entre discentes das ciências agrárias e visitantes do
pavilhão da agricultura familiar - EXPOINTER 2018 ................ 69
Alunos da Medicina Veterinária promovendo tecnologia e saúde
pública na produção e manipulação de alimentos..................... 72
Oficina para estudantes do ensino fundamental do cap - bem-estar
animal: Quais as implicações na sua vida? .............................. 75
Percepção sobre bem estar animal dos participantes da
EXPOINTER 2018 ................................................................... 77
Qualificação da cadeia produtiva visando a melhoria da qualidade do
queijo artesanal serrano produzido na região de abrangência dos
campos de cima da serra-RS ................................................... 81
DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA CLINICA VETERINÁRIA ...... 83
Ação Transformadora da extensão sob a ótica de bolsista de
extensão .................................................................................. 83
Banco de sangue veterinário - LACVET/UFRGS 2018 .................. 86
Diagnóstico molecular de bactérias de interesse Veterinário ......... 89
Diagnóstico bacteriológico de infecção do trato urinário em cães com
hiperadrenocorticismo .............................................................. 91
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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Diagnóstico e controle de mastite bovina em pequenas propriedades


leiteiras .................................................................................... 94
Laboratório de análises clínicas veterinárias - LABORATÓRIO
ESCOLA .................................................................................. 96
Monitoramento da verminose em equinos em instituições públicas 99
Percepção dos produtores rurais e funcionários sobre controle de
verminose em ovinos expostos na EXPOINTER..................... 102
Portal do Pampa: Manejo parasitário em bovinos nas coxilhas de
Caçapava do Sul – RS ........................................................... 105
Programa PROTOZOOVET de treinamento no diagnóstico de
Protozooses e Rickettsioses .................................................. 107
Serviço de Diagnóstico das protozooses gastrointestinais dos
animais silvestres atendidos no Preservas 2018..................... 110
Resultados parciais da rotina do laboratório de virologia durante o
ano de 2018 ........................................................................... 113
Setor de Helmintoses: Conexão de saberes. Como a Helmintoses
faz isto? ................................................................................. 116
Serviço de produção de soros policlonais .................................... 118
Serviço de Diagnostico Patológico em Medicina Veterinária:
Levantamento de Casos de Biópsias e Necropsias do Setor de
Patologia Veterinária - UFRGS............................................... 120
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA DO ICBS-UFRGS ........... 123
Projeto de restauração e confecção de peças anatômicas de
animais para fins didáticos e de exposição .................................. 123
ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGRONÔMICA DA UFRGS........... 125
Vivências práticas em Medicina Veterinária - I Farm Experience da
EEA 2018 ................................................................................... 125
NÚCLEO RONDON: HISTÓRIA E PERSPECTIVAS ................... 127

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

APRESENTAÇÃO

A extensão como atividade integradora entre ensino,


pesquisa e inovação tem se projetado de forma efetiva nos últimos
anos. Isto se deve em grande parte em função da atuação forte da
Pro-reitoria de extensão da UFRGS. Na Faculdade de Veterinária as
atividades de extensão datam da década de 70, quando a atuação
direta com a comunidade era estimulada pelo Prof. José Maria
Wiest, hoje professor aposentado desta Unidade.Na maioria dos
projetos não havia registros em papel até a decada de 80 quando
iniciaram aravés de preenchimento de formulários que eram
anexados a processos fisicos.Os primeiros registros digitais foram
realizados a partir de 2000.

A Comissão de extensão da FAVET (gestão 2017-2019)


acredita que a valorização das atividades de extensão se faz através
da divulgação por meio de apresentação de projetos envolvendo a
comunidade interna e externa a UFRGS propiciando maior
integração e novas parcerias. Assim, neste ano de 2018 realizou-se
a II Mostra de Extensão da Faculdade de Veterinária/UFRGS, com o
objetivo de divulgar as ações de extensão não só através de
banners como por videos e palestras.

Durante a II Mostra de Extensão foram apresentadas 47


ações de extensão, coordenadas por 48 docentes/técnicos
administrativos e com a participação de bolsistas de extensão. Além
dos alunos de graduação houve a colaboração de alunos de
mestrado e doutorado tanto do PPG Ciências Veterinárias, como
PPG Medicina Animal e PPG Inspecção de Alimentos e médicos

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

veterinários lotados na FAVET e no Hospital de Clínicas Veterinárias


totalizando 218 pessoas envolvidas.

No presente documento estão inseridos os resumos de


projetos/ações de extensão apresentados na II Mostra de Extensão
da FAVET/UFRGS, realizada nos dias 29 de outubro a 01 de
novembro de 2018. Neste ano foram inseridos 2 levantamentos
sobre a Extensão na FAVET: o primeiro demonstrando os
indicadores de avaliação das atividades de extensão e o segundo
sobre o perfil dos bolsistas de extensão da Unidade.

Mary Jane Tweedie de Mattos-Gomes

Porto Alegre, RS, 01 de novembro de 2018.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

INDICADORES NUMÉRICOS DE AVALIAÇÃO

*Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes; Andre Gustavo Cabrera


Dalto; Ana Paula Gonçalves Mellagi; Andrea Troller Pinto; Itabajara
da Silva Vaz Junior; Mauro Riegert Borba; Luciana Branquinho
Queiroga; Nicole Azevedo. Comissão de Extensão FAVET/UFRGS.
Gestão: 2017-2019. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul/Faculdade de Veterinária.
*e-mail: mary.gomes@ufrgs.br

A extensão universitária tem sido avaliada em várias


unidades da UFRGS, mas ainda não se estabeleceu critérios
quantitativos que servissem com indicadores para mensurar a
qualidade desta atividade formadora de acadêmicos, dentro e fora
do sistema universitário. As ações de extensão na Faculdade de
Veterinária/UFRGS têm sido registradas no sistema eletrônico de
extensão desde o ano 2000, com apenas quatro projetos e três
coordenadores, embora as atividades venham se desenvolvendo
desde a década de 70. O objetivo deste trabalho é avaliar as
atividades de extensão cadastradas no período de janeiro de 2008 a
outubro de 2018. Para isto foram consultados os registros no
sistema de extensão da UFRGS. No período de estudo foram
cadastradas 691 atividades de extensão sendo 42 Programas
(6,07%) com 21 coordenadores; 559 Projetos (80,90%) com 69
coordenadores e 90 ações (13,03 %) com 82 coordenadores. Dos
3139 participantes cadastrados, 26,01 % são docentes; 27,63%
alunos de Pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado);
23,60 % alunos de graduação e 12,19% técnicos administrativos.
Dos alunos de graduação 6,4% são bolsistas de extensão. As quatro
modalidades de ação mais registradas são: Prestação de Serviços e

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Laboratórios (36,47 %); Assessoria e Atendimento (20,41 %);


Eventos, incluindo congressos, simpósio, exposição, mostra,
seminários, jornadas, representando 15,05 %; Prestação de
serviços, ação social e comunitária (10,13%). Em relação à área
temática as mais registradas são Saúde (55,57 %); Tecnologia e
Produção (18,23 %); Educação (16,21 %) e Meio Ambiente (6,6 %).
Observou-se que houve um incremento no número de atividades de
extensão nos últimos anos, passando de 63 em 2008 a 130 até
outubro de 2018, com um acréscimo de 106%. Os registros mostram
também que houve uma diminuição na modalidade de prestação de
serviços a partir de 2015 que reflete a influência da nova legislação
da UFRGS em relação à atividade de extensão, onde este tipo de
modalidade não é mais considerado extensão e sim interação
acadêmica. A consulta realizada evidencia que a presença da
pesquisa junto com a extensão é forte, demonstrando
interdisciplinaridade e indissociabilidade que fazem parte das
diretrizes de extensão preconizadas na UFRGS.

Descritores: FAVET/UFRGS, indicadores de avaliação da


extensão, período 2008-2018.

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PERFIL DOS BOLSISTAS DE EXTENSÃO DA FAVET/UFRGS NO


ANO DE 2018

*Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes; Andre Gustavo Cabrera


Dalto; Ana Paula Gonçalves Mellagi; Andrea Troller Pinto; Itabajara
da Silva Vaz Junior; Mauro Riegert Borba; Luciana Branquinho
Queiroga; Nicolle Azevedo. Comissão de Extensão FAVET/UFRGS.
Gestão: 2017-2019. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul/Faculdade de Veterinária.
*e-mail: mary.gomes@ufrgs.br
As ações de extensão tem um papel de formação
universitária importante para os/as discentes da Faculdade de
Veterinária/UFRGS, pois permitem que eles/elas sejam inseridos em
atividades extramuros.Desta forma, os docentes e os servidores
técnicos com formação superior, elaboram projetos/programas de
extensão para que além da sociedade também os acadêmicos
possam ser beneficiados de forma a serem multiplicadores nesta
área de atuação.O objetivo deste relato é registrar o perfil dos
alunos que participam como bolsistas de extensão nos projetos que
são desenvolvidos na FAVET, tendo como base os registros da
PROREXT para o ano em curso. No ano de 2018 foram cadastrados
105 bolsistas, sendo 96 da FAVET e HCV (91,43%) e 8,57 % de
outras unidades da UFRGS, sendo distribuídos nos três
departamento da FAVET, sendo que 41,90 % estão em projetos do
Departamento de Medicina Animal; 33,33% no Departamento de
Veterinária Preventiva; 9,53% no Departamento de Patologia Clinica
Veterinária; 15,23% no HCV. Os alunos bolsistas estão cursando
entre o segundo semestre e o 11ºsemestre de Medicina Veterinária
da FAVET/UFRGS, sendo em maior número no 7º e 8º semestre. O
número de bolsistas de extensão representam 18,39% dos
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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

participantes da equipe integrante dos projetos desenvolvidos no


ano em curso. Em comparação ao ano de 2017 observou-se um
acréscimo de 50% do número de bolsistas. De uma forma não
numérica observou-se que os alunos desenvolvem uma
característica agregadora quando participam de atividades de
extensão, principalmente em relação aos tutores e produtores rurais.
Demonstram entusiasmo e se sentem valorizados por serem os
principais atores no desenvolvimento das atividades e tem sido
multiplicadores de ações que vão de encontro às diretrizes da
extensão.

Descritores: discentes, bolsistas de extensão, perfil, Faculdade de


Veterinária/UFRGS.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DEPARTAMENTO DE MEDICINA ANIMAL

ATENDIMENTO À SUINOCULTURA DO ASSENTAMENTO


COOPAN DO MUNICÍPIO DE NOVA SANTA RITA 2018
1 1
*Ana Paula Gonçalves Mellagi ; Helena Xavier Fagundes ; Daniela
1 1
Bruna Ferradin ; Rayssa dos Santos Ribeiro ; Fernando Pandolfo
1 1
Bortolozzo ; Rafael da Rosa Ulguim .
1
Setor de Suínos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: ana.mellagi@ufrgs.br

Introdução: a suinocultura é uma atividade extremamente


importante para a economia brasileira. Em decorrência disso, torna-
se necessário que haja uma assistência técnica adequada para o
produtor rural, que proporcione atividades que foquem na melhoria
das condições de criação para que as principais dificuldades
encontradas pelo produtor sejam sanadas.

Objetivo: para que ocorra o desenvolvimento da extensão


universitária e apoio técnico ao produtor rural, o Setor de Suínos da
Faculdade de Veterinária da UFRGS desenvolve atividade de
extensão que envolve o auxílio técnico à COOPAN (Cooperativa de
Produção Agropecuária Nova Santa Rita), localizada no município
de Nova Santa Rita, RS. Criada a partir de assentamentos da
reforma agrária, atualmente a cooperativa produz e comercializa
carne suína através de produção própria em ciclo completo e abate
de 100 cabeças/semana em frigorífico próprio. Além da suinocultura,
a COOPAN também dispõe de produção e comercializações de
hortaliças orgânicas, leite e arroz. Diante da demanda de produção

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

de carne suína, o projeto visa a integração de conhecimento gerado


na universidade para melhoria dos indicadores na cooperativa
através de assistência técnica para auxílio no manejo clínico,
produtivo e reprodutivo dos animais.

Método: cada visita é conduzida pelo docente responsável com a


participação de alunos de graduação e pós-graduação. Durante a
visita são abordados os índices zootécnicos da granja através da
emissão de relatório de gerenciamento e observadas as práticas de
manejo da cooperativa, para orientação de práticas que possam
melhorar os resultados e a viabilidade da atividade. Após as visitas
são elaborados relatórios técnicos com as justificativas de cada
manejo orientado, que funcionam para a tomada de decisões por
parte da cooperativa. Até o momento foram realizadas duas visitas a
unidade de produção, quando foram observados pontos de melhoria
em relação a ampliação das instalações, ambiência na fase de
maternidade, manejo de atendimento dos leitões ao parto e a doção
do manejo em bandas.

Resultados: tais medidas podem melhorar os indicadores de


mortalidade na maternidade e permitir a adoção de intervalo entre
lotes a fim de reduzir os desafios sanitários atuais. Durante as
visitas também foi realizada a pesagem de leitões ao desmame para
observar se adoção dos manejos recomendados poderá melhorar
este índice. Em todas as visitas foram coletadas doses de sêmen
produzidas na COOPAN, para avaliação de motilidade e morfologia,
e assim foi possível avaliar a qualidade da dose inseminante
utilizada no manejo reprodutivo.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Conclusão: é necessário o acompanhamento mensal do sistema de


produção para atualizar as recomendações e para promover a
interação entre produtores e universidade, o que possibilita troca de
conhecimento entre os alunos participantes e colaboradores da
granja atendida.

Descritores: extensão, assistência técnica, suínos.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM ODONTOLOGIA


VETERINÁRIA

*Jacqueline Meyer2; Juliana Souza Silva2; Gabriela Medeiros


Araújo2; Luciana Branquinho Queiroga2; Carolina Silveira Braga2,
2 2
Lívia Eichenberg Surita , Daniela Nicknich , Eduardo Almeida Ruivo
2
dos Santos

2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: jacque_meyer@hotmail.com

Introdução: a cavidade oral, os dentes e os tecidos associados, são


estruturas fundamentalmente importantes para a sanidade de todos
os animais, sejam eles domésticos ou silvestres. Doenças orais são
bastante frequentes na rotina clínica em medicina veterinária. Essas
afecções podem causar desconforto e dor e, em casos mais
severos, levam à diminuição da ingestão de água e alimento,
causando alterações sistêmicas e diminuição da qualidade de vida.
Dentre as enfermidades orais, a doença periodontal é a mais
frequente em cães e gatos, mas podem ocorrer também fraturas
dentais, neoplasias, lesão de absorção endoclástica, entre outras. A
melhor solução é a prevenção através da profilaxia dental periódica,
que permite a remoção da placa e cálculo, tratando a gengivite
antes que esta progrida para periodontite irreversível. Em animais
pet não convencionais como chinchilas, porquinhos-da-índia e
coelhos, os dentes incisivos, molares e pré-molares apresentam
crescimento contínuo durante toda a vida do animal. A maioria dos
tratamentos dentários, nesses animais, consiste apenas de

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

desgaste, quando os animais apresentam crescimento exacerbado


e/ou má oclusão dentária.

Objetivos: o projeto objetiva prestar atendimento odontológico


veterinário especializado a pequenos animais e a animais silvestres
de cativeiro provenientes de tutores de baixa renda atendidos na
rotina clínica do HCV/UFRGS.

Método: inicialmente, os pacientes passam por uma avaliação


odontológica, na qual se realiza o exame da cavidade oral e a
avaliação pré-anestésica, se solicitam os exames laboratoriais e de
imagem prévios ao procedimento e o tutor recebe todas as
orientações necessárias. Os tratamentos são realizados no bloco
cirúrgico de ensino e pesquisa do HCV/UFRGS com os pacientes
sob anestesia geral, sendo monitorados durante todo o
procedimento. Tanto na avaliação, como no procedimento há a
participação de alunos de graduação e pós-graduação, permitindo o
aprendizado teórico e a capacitação em técnicas odontológicas
veterinárias.

Resultados: entre abril e outubro de 2018, foram atendidos seis


cães (30%), cinco porquinhos-da-índia (25%), seis gatos domésticos
(30%), um gato-maracajá (5%), um coelho (5%) e um sagui (5%),
totalizando 20 procedimentos. Os procedimentos mais realizados
foram o desgaste dentário (30%), a profilaxia (30%) e o tratamento
periodontal (30%), seguidos de exodontia (10%). Conclusão. Dessa
forma, o projeto proporciona atendimento odontológico a baixo custo
para pacientes, cujos tutores não teriam condições de realizar. Além
disso, permite a prática e o aprendizado sobre anamnese, exame

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

clínico, anestesia e treinamento prático em odontologia veterinária


para os alunos participantes da atividade.

Descritores: profilaxia, animais silvestres, tratamento periodontal,


animais de companhia.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

AVALIAÇÃO OFTÁLMICA DE CÃES UTILIZADOS EM ÓRGÃOS


DE SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
SUL

*Eric Nilson Elias3; João A. T. Pigatto3; Alessandra Fernandez da


Silva3; Kendra Rodeghiero3.
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: eric.elias@ufrgs.br (Autor – Apresentador)

Introdução. Os cães utilizados pelos órgãos de segurança pública


prestam serviços relevantes a toda a comunidade, como escolta de
prisioneiros, patrulhamento e policiamento e até mesmo auxílio na
localização de narcóticos e de explosivos. Para tal fim, é
imprescindível que estes animais sejam saudáveis, inclusive no que
se refere à saúde ocular, visando uma boa atuação profissional.

Objetivos. Objetivou-se realizar a avaliação, o diagnóstico e o


tratamento de doenças oculares nos cães dos órgãos de segurança
pública do Estado do Rio Grande do Sul, além de estimular a
formação e o aperfeiçoamento de graduandos e pós-graduandos na
área da oftalmologia veterinária.

Método. Foi realizada visita ao Canil do 3º Batalhão de Polícia do


Exército, localizado no bairro Tristeza, na cidade de Porto Alegre.
Foi realizado em todos os animais o Teste da Lágrima de Schirmer
(Opththalmos®), em busca de sinais de ceratoconjuntivite seca, a
®
tonometria de rebote (Tonovet ), para aferição de pressão
intraocular e a prova de fluoresceína (Fluoresceína sódica 1%,
®
Allergan ), para avaliação da integridade da córnea. Quando

20
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

necessário, foi realizada biomicroscopia com lâmpada de fenda


(Portable Slit Lamp SL 15, Kowa®) e oftalmoscopia indireta com
®
lanterna (Maglite ) e lente de 20 dioptrias. As avaliações acima
descritas foram executadas pelo coordenador da atividade e por
alunos de graduação e de pós-graduação.

Resultados. Avaliou-se um total de 50 cães. Destes, 4 foram


diagnosticados com hipoplasia de íris, 3 apresentaram suspeita de
ceratite superficial crônica, 1 apresentou glaucoma, 1 apresentou
conjuntivite e 1 foi diagnosticado com distrofia de córnea. Os
responsáveis pelos animais foram instruídos quanto ao tratamento,
quando necessário. Os demais animais não apresentaram
alterações oculares.

Conclusão. Apesar das dificuldades encontradas durante a


realização do projeto, como o comportamento dos animais, a
necessidade de contenção física e a rotina de trabalho dos mesmos,
a ação cumpriu os objetivos propostos realizando diagnóstico e
tratamento nos cães com afecções oculares. Além disso, permitiu a
vivência dos membros da equipe com as atividades propostas.

Descritores: canino, oftalmologia, Medicina Veterinária, diagnóstico.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

ATENDIMENTO VETERINÁRIO EM EXPOSIÇÕES


AGROPECUÁRIAS NO RIO GRANDE DO SUL- SETOR DE
GRANDES RUMINANTES- UFRGS 2018

*Gabriel Steinhauser Torres Rodrigues 4; Rodrigo Schallenberger


Gonçalves4; André Gustavo Cabrera Dalto4

4
Setor de Grandes Ruminantes- Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: hauserd1@hotmail.com(Autor – Apresentador)

Introdução: as exposições agropecuárias são ótimas oportunidades


para alunos de medicina veterinária adquirirem experiência nas
áreas de inspeção, produção e clínica, além de entrarem em contato
com profissionais já formados e produtores rurais, entretanto, a
universidade oferece poucas atividades relacionadas a esse tipo de
evento, perdendo o que seria uma ótima chance de aperfeiçoamento
profissional para os discentes. A importância dos médicos
veterinários para o Brasil, um país com um alto potencial para a
pecuária devido a seu extenso território e clima adequado, é
inquestionável, assim como a necessidade de se formar
profissionais com um conhecimento teórico-prático suficiente para
enfrentar o mercado de trabalho.

Objetivos: o Setor de Grandes Ruminantes do curso de medicina


veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
retomando uma tradição de mais de 30 anos, leva alunos para tais
exposições, proporcionando uma oportunidade de os mesmos
participarem de plantões, onde, com o auxílio de veterinários já
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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

formados, oferecem assistência médica e auxiliam no manejo dos


animais presentes nos eventos, enriquecendo sua bagagem de
conteúdo prático.

Método: as exposições contempladas pelo projeto até o presente


momento, em 2018, foram a 11° Expoclara, 14ª Fenasul e 41ª
Expointer, esta última contando com a inscrição de mais de 100
alunos de diferentes semestres.

Resultado: dentre as atividades realizadas pelos alunos está a


assistência aos animais enfermos, palestras técnicas realizadas em
estandes de laboratórios reconhecidos no mercado nacional e
internacional e discussão de casos clínicos relacionados a animais
de produção. Outro propósito da atividade e oferecer às
comunidades rurais que participam de exposições suporte em caso
de emergências, que são comuns nesses eventos. Conclusão:
Essas atividades são de grande valia para o complemento da
formação de estudantes de medicina veterinária, além de servir de
apoio aos animais expostos que porventura podem ser acometidos
por situações emergenciais.

Descritores: clínica, atendimentos, exposições.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

CONGRESSO REPROLAB DE REPRODUÇÃO EQUINA 2018


5 5 5
*Dominique Wenzen ; MarianaGerling ; Caroline Granada ; Anna
5 5 5 5
BAltmeier ; Paula Gonçalves ; Barbara Fraga ; Sabrina Cousseau ;
5 5 5
Leonardo Paul ; Rogan M Kummer ; Cesar ACRozo ; Henrique BA
Bastos5; Gabriel O Santos5; Gustavo R Larentis5; Verônica LC
Bueno5; Gustavo HZ Winter5; Rodrigo C Mattos5.

5
REPROLAB, FAVET – UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: gustavo.winter@ufrgs.br

Introdução: com o avanço do negócio da equinocultura e o


surgimento de novas biotécnicas da reprodução é preciso capacitar
e retroalimentar o veterinário atuante na área.

Objetivos: o presente projeto visou dar continuidade ao processo de


extensão, atualização e geração de conhecimento na área da
reprodução equina. A programação do congresso nos aspectos
teóricos e práticos permitiu que veterinários pesquisadores
estudantes de graduação e pós-graduação, aprendessem novas
biotecnologias como a aspiração folicular, ainda pouco difundida no
Brasil.

Método: o congresso foi planejado pela equipe do Reprolab e


contoucom participação de palestrantes nacionais (UFRGS, UFRPE,
Ulbra) e internacionais (Universidade de Utrecht, Holanda). As
palestras versaram sobre: atualização em avaliação do corpo lúteo e
na foliculogênese na égua; atualização em reprodução de zebras;
atualização em transferência de embriões; biotecnologias aplicadas
à reprodução em éguas. Neste evento tambémfoi realizada uma
mostra científica competitiva: o Prêmio Hans Merkt de Reprodução
Equina, com apresentação oral de trabalhos selecionados, a fim de
24
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

permitir a divulgação de trabalhos realizados por pós-graduandos.


Ainda, foi proposto um módulo prático de treinamento em aspiração
folicular em éguas, ministrado pelo prof. Juan Cuervo-Arango da
Universidade de Utrecht.

Resultados: o congresso teve a participação de 125 ouvintes de


diversos estados do Brasil, Uruguai e Colômbia nas 8 palestras
ministradas, foram selecionados 8 trabalhos e apresentados em
sessão oral concorrendo ao Prêmio Hans Merkt, e 15 veterinários
participaram no módulo prático de aspiração folicular em éguas.
Pelo Reprolab participaram ao todo 16 estagiários, pós-graduandos
e professores da Favet. Todos eles estiveram envolvidos na
elaboração do projeto de extensão e execução do mesmo –
exercendo importante apoio à realização do congresso, além de 10
colaboradores na comissão científica do evento. O trabalho em
equipe foi fundamental e foi nítido o amadurecimento dos
acadêmicos envolvidos neste projeto, em suas responsabilidades e
espírito colaborativo. Uma edição digital dos anais foi
disponibilizada, em língua portuguesa, no sitio do congresso. Os 3
primeiros colocados na mostra científica receberam inscrição para o
Simpósio Nacional da Abraveq, bem como outros 3 ouvintes foram
sorteados. Ainda, o primeirocolocado na mostra pôde participar do
curso prático de aspiração folicular.

Conclusão: o congresso foi excelente para atualização acadêmica


e profissional nas atuais biotécnicas da reprodução em equinos,
trouxe visibilidade à Favet/UFRGS ao mesmo tempo que promoveu
intercâmbio e fortaleceu parcerias entre o Reprolab/UFRGS e
instituições nacionais e internacionais.
25
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Descritores: reprodução animal, biotécnicas, aspiração folicular,


folículo anovulatório.

Agradecimentos. À CAPES pelo patrocínio, à FAURGS, Abraveq e


demais colaboradores e empresas pelo apoio dado ao evento.

26
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

CONTROLE REPRODUTIVO DE FÊMEAS CANINAS E FELINAS


PELAS TÉCNICAS MINIMAMENTE INVASIVAS:2018

*Manoela Sinhorelli3; Carlos Afonso De Castro Beck3; Aline


Klarmann Staudt3; Luciana Branquinho Queiroga3
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.
*e-mail: manu.sinhorelli@gmail.com

Introdução: o projeto que se caracteriza pelo controle reprodutivo


de fêmeas caninas e felinas por meio de técnicas cirúrgicas
minimamente invasivas pode ser considerado de grande relevância
por associar positivamente vários aspectos. Primeiramente, pelo
caráter social que representa, pois permite a realização de
castrações de fêmeas caninas e felinas de proprietários
economicamente desafiados, contribuindo assim tanto na redução
de animais abandonados nas ruas como na prevenção de doenças
do sistema reprodutor e de zoonoses. Por outro lado, promove a
utilização de técnicas cirúrgicas denominadas minimamente
invasivas (videolaparoscopias) para a realização das castrações.
Tais técnicas são consideradas inovadoras na Medicina Veterinária,
pois ainda são muito poucos os cursos de graduação e pós-
graduação onde equipamentos e equipe qualificada estão
disponíveis para a formação profissional e para o atendimento da
rotina de serviços em nosso país. Na comparação com os acessos
cirúrgicos convencionais, as técnicas de mínima invasão
apresentam vantagens significativas como: redução no trauma
cirúrgico, no período de recuperação, na dor e desconforto pós-

27
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

operatório, no sangramento e na formação de aderências, além de


oportunizar um melhor aspecto estético da ferida cirúrgica.

Objetivos: o projeto visa oportunizar a familiarização de estudantes


de graduação com essa nova tecnologia cirúrgica. Para isso, além
do acompanhamento e participação nos procedimentos cirúrgicos de
castração (ovário-histerectomia videolaparoscópica) propriamente
ditos, o projeto conta com encontros semanais com atividades
teórico/práticas.

Método: nas atividades teóricas ocorre a discussão de artigos


científicos e casos cirúrgicos da rotina do Serviço de Videocirurgia
do Hospital de Clínicas Veterinárias da FAVET/UFRGS, que visam
fomentar a busca do conhecimento entre todos os envolvidos. Entre
as atividades práticas é oportunizado aos estudantes de graduação
e pós-graduação treinamento em modelos e simuladores cirúrgicos,
que permitem a manipulação dos instrumentais específicos da
videocirurgia em modelos inanimados e simuladores para
incrementar o desenvolvendo de suas capacidades motoras. As
atividades teóricas são executadas em salas de aula da Faculdade
de Veterinária da UFRGS (FAVET) e as práticas no Bloco Cirúrgico
de Ensino do Hospital de Clínicas Veterinárias da Faculdade de
Veterinária da UFRGS.

Resultados: a discussão de artigos científicos, casos clínicos e


métodos cirúrgicos da rotina do Serviço de Videocirurgia do Hospital
de Clínicas Veterinárias da FAVET/UFRGS, assim como o
treinamento em modelos e simuladores cirúrgicos permitem integrar
o ensino, pesquisa e extensão, ao oportunizar ao aluno a rotina de

28
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

trabalho em grupo, conscientização da castração e contribuição à


atualização do aluno na medicina veterinária, uma vez que a
videocirurgia é uma especialidade em crescimento que ainda não se
encontra no currículo atual.

Conclusão: conclui-se que o projeto se caracteriza por unir de


forma clara e indissociável, os três pilares que compõe o
aprendizado/conhecimento na universidade. A Extensão,
representada pelo caráter social das castrações de animais de
companhia de tutores desafiados economicamente, dá suporte à
Pesquisa na geração de novo conhecimento, sendo esse repassado
aos estudantes de graduação e pós-graduação em atividades de
Ensino.

Descritores: videocirurgia, castração, laparotomia.

29
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

CONTROLE REPRODUTIVO DE ANIMAIS SILVESTRES DE


CATIVEIRO

*Giulia Lemos de Pinho Zanardo2; Roberta Policarpo2; Carolina


Silveira Braga2; Luciana Branquinho Queiroga2; LíviaEichenberg
2 2
Surita ; Daniela Nicknich .
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: giulia_zanardo@hotmail.com.

Introdução: o projeto de Controle Reprodutivo de Animais Silvestres


de Cativeiro ocorre no setor Bloco de Ensino do Hospital Veterinário
da UFRGS, proporcionando aos alunos de Medicina Veterinária com
interesse em clínica e cirurgia de animais silvestres, o
acompanhamento de atividades práticas como consultas, coleta e
avaliação de exames físicos e hematológicos e procedimentos
anestésico-cirúrgicos eletivos como ováriosalpingohisterectomia,
orquiectomia e vasectomia em animais silvestres de cativeiro
provenientes de tutores frequentadores do HCV/UFRGS e de
instituições de preservação ambiental credenciadas.

Objetivos: realização de procedimentos anestésico-cirúrgicos


eletivos como ováriosalpingohisterectomia, orquiectomia e
vasectomia em animais silvestres de cativeiro.

Método: acompanhamento de atividades práticas como consultas,


coleta e avaliação de exames físicos e hematológicos e
procedimentos anestésico-cirúrgicos eletivos como
ováriosalpingohisterectomia, orquiectomia e vasectomia em animais
silvestres de cativeiro provenientes de tutores frequentadores do

30
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

HCV/UFRGS e de instituições de preservação ambiental


credenciadas.

Resultados: desde o início deste ano, já foram atendidos um


babuíno (Papio sp.), 14 coelhos (Oryctolaguscuniculus), um
macacos-prego (Sapajus sp.), um ratão-do-banhado
(Myocastorcoypus), um sagui-de-tufo-branco (Callithrixjacchus), um
sagui-de-tufo-preto (Callithrixpenicillata) e uma tartaruga-tigre-
d’agua (Trachemysscriptaelegans).

Conclusão: além de aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos na


faculdade até o momento, pelos alunos da graduação, sobre este
assunto que é pouco aprofundado, o projeto proporciona aos tutores
de baixa renda os cuidados necessários quanto ao controle
populacional de seus animais, já que os exames e procedimentos
anestésicos e cirúrgicos são realizados a baixo custo. Isso resulta
na grande procura do projeto para castrações de coelhos pelos
tutores e de primatas não humanos pelas instituições credenciadas.

Descritores: Medicina Veterinária, animais silvestres, controle


reprodutivo, mostra de extensão.

31
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

GERENCIAMENTO DA PRODUÇÃO DE BOVINOS DE LEITE NA


ESCOLA ESTADUAL DE 1º GRAU CANADÁ- 2018

*Iris Beatriz Barbosa dos Santos4; *Carolina Rodrigues de Oliveira4;


Rodrigo Schallenberger Gonçalves4; André Gustavo Cabrera Dalto4

4
Setor de Grandes Ruminantes- Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: iris.beatriz-@hotmail.com; caroliveira96@hotmail.com


(Autor– Apresentador)

Introdução: o projeto é voltado para atividades práticas clínicas na


área da bovinocultura em área externa à universidade e é viabilizado
pelo Setor de Grandes Ruminantes, pertencente à faculdade de
medicina veterinária, junto com a Escola Estadual de Ensino
Fundamental Canadá, e teve início em março de 2017.

Objetivos: o objetivo é proporcionar a vivência dos estudantes


dentro de uma propriedade real com uma rotina pré-estabelecida e
auxiliar gratuitamente no manejo geral desta, visto que há poucos
recursos disponíveis para a mesma, visando o aumento da
eficiência produtiva e reprodutiva dos animais presentes nela. Para
tal, são realizadas visitas mensais à fazenda que fornece leite e,
quando possível, carne, para a Escola Estadual de Ensino
Fundamental Canadá.

Método: os alunos, junto com o professor, se atentam à aspectos


referentes à sanidade, produção e reprodução.

32
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Resultados: algumas das atividades inclusas são: planejamento e


execução de protocolos de inseminação artificial a tempo fixo,
protocolos vacinais e teste do leite para verificação da presença de
mastite nos animais. Assim é possível garantir que os alimentos
fornecidos para a Escola possuem melhor precedência e que a
mesma seja melhor abastecida.

Conclusão: em longo prazo, o Setor de Grandes Ruminantes


pretende estender este serviço gratuito para outras propriedades
carentes, sejam estas criadoras de bovinos de leite ou de corte, que
também estejam precisando de consultoria e acompanhamento
veterinários.ótima chance de aperfeiçoamento profissional para os
discentes. A importância dos médicos veterinários para o Brasil, um
país com um alto potencial para a pecuária devido a seu extenso
território e clima adequado, é inquestionável, assim como a
necessidade de se formar profissionais com um conhecimento
teórico-prático suficiente para enfrentar o mercado de trabalho.

Descritores: gerenciamento, bovinos de leite, escola-técnica.

33
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

NÚCLEO DE CONSERVAÇÃO E REABILITAÇÃO DE ANIMAIS


SILVESTRES - PRESERVAS 2018

Flavia Elisa Ferrari6; Ana Carolina Contri Natal6; Isadora Schnor6;


*Marcelo Alievi6
6
PRESERVAS - Faculdade de Veterinária- Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: marcelo.alievi@ufrgs.br

O PRESERVAS, Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais


Silvestres, grupo formado por docentes, pós-graduandos e
graduandos do curso de Medicina Veterinária da UFRGS, é um
projeto de extensão com base no Hospital de Clínicas Veterinárias
(HCV) da UFRGS. No Hospital, o grupo conta com um ambulatório
especializado para atendimento e internação dos animais silvestres
atendidos, além de ter apoio de diferentes especialistas e estrutura
local. Diversos setores da Faculdade de Veterinária colaboram com
o projeto, realizando exames complementares e integrando os
conhecimentos técnicos de diferentes áreas. São realizados
atendimentos de rotina de animais da clínica veterinária de silvestres
e pets não convencionais. Além disso, também são recebidos
animais encaminhados pelo Batalhão da Brigada Ambiental, ou de
Secretarias Municipais e Estadual do Meio Ambiente, IBAMA,
empresas de consultoria ambiental, projetos de recuperação de
áreas de alagamentos, Organizações não Governamentais e
populares. O grupo também presta serviços clínico-cirúrgicos para
zoológicos e criadouros. Além dessas atividades ainda realiza
atividades de Educação Ambiental em escolas públicas e organiza
palestras e cursos tematizando a preservação e a reabilitação da
34
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

fauna silvestre. O Preservas foi criado devido a crescente demanda


pela clínica de animais silvestres e a necessidade da conservação
da vida selvagem, somente em 2017 foram realizados 543
atendimentos no setor, englobando neste número pets, animais de
criadouros, cativeiro e vida livre. Desde sua criação o núcleo vem
trabalhando com o intuito de complementar e aprofundar o
conhecimento referente aos animais silvestres. A atividade de
extensão está focada na ampliação de ações que valorizem a
integração de discentese profissionais com a sociedade e no
intercâmbio de informações entre o meio acadêmico e a população.

35
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

NÚCLEO RUMINAÇÃO,ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO EM


RUMINANTES – I SIMPÓSIO

Aline Moreira Borowsky7; Mateus Mohr Machado7; Andressa Silveira


Gonçalves7; Andressa Soares Zanette7; Anderson Godoy
7 7 7
Fagundes ; Brenda Oliveira Silveira ; Marina Alquati Da Silva ; Paula
7 7
Dockhorn Seger ; Priscila Teixeira Ferreira ; Rafaela Teixeira Dos
7 7
Santos ; Tainá Dalpiaz; Beatriz Riet Correa Rivero ; Eneder Rosana
7 7
Oberst ; *Raquel Fraga e Silva Raimondo

7
Setor de Pequenos Ruminantes- Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: rfraimondo@gmail.com

O NúcleoRuminAção - Ensino, Pesquisa e Extensão em


Ruminantes, fundado em 2015 na Faculdade de Veterinária FAVET-
UFRGS, visa a integração faculdade/sociedade através da troca de
saberes mútuos com o desenvolvimento tanto de propriedades
rurais criadoras de animais ruminantes quanto de graduandos que
desenvolvemhabilidades práticas. A valorização da extensão
universitária é uma das marcas do Núcleo e a maioria das atividades
é voltada para a ovinocultura. O planejamento das ações é discutido
em reuniões semanais e a execução das ações tem o protagonismo
do aluno. No seu terceiro ano de atividades o Núcleo organizou o I
Simpósio do Núcleo RuminAção – Foco na Ovinocultura, que foi
planejado desde agosto de 2017 e realizado nos dias 19, 20 e 21 de
abril de 2018 em Porto Alegre. O planejamento e execução
contaram com a participação de toda a equipe. O Simpósio recebeu
o apoio da Embaixada da Nova Zelândia, permitindo a
internacionalização do Núcleo e a possibilidade de intercâmbios
36
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

futuros. A Nova Zelândia é o país de referência mundial na


ovinocultura de precisão. As atividades do simpósio foram divididas
em duas etapas. A primeira realizada no auditório da Faculdade de
Veterinária com nove palestras e mesas redondas. Os renomados
palestrantes, seis do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Santa Maria
e Pelotas), um de São Paulo, um de Pernambuco e uma palestrante
da Nova Zelândia abordaram o ciclo anual da ovinocultura desde o
cenário atual do mercado e gestão na ovinocultura, até os temas de
nutrição, reprodução e sanidade. O público foi de 150 pessoas,
entre graduandos, pós-graduandos, técnicos, pesquisadores e
produtores da área. A segunda etapa foi um dia de campo realizado
na Fazenda Alto das Figueiras, em Encruzilhada do Sul, RS,
propriedade referência na ovinocultura de precisão. As atividades
foram divididas em três estações: ciclo anual, avaliação do ECC
como ferramenta de seleção e nutrição de precisão. O público de 80
pessoas fez rodízio entre as estações. A troca de informações
durante o simpósio foi de grande importância, as expectativas foram
superadas, servindo de incentivo para o planejamento da segunda
edição. Além do Simpósio, os integrantes do RuminAção deram
sequencia as atividades de manutenção do biotério de ovinos da
FAVET, com o acompanhamento do manejo reprodutivo, parições e
cuidados com os neonatos, práticas sanitárias visando à prevenção
de verminoses e, afecções de cascos, treinamento do uso de
sistema de cerca elétrica, implantação das pastagens anuais.O
atendimento às propriedades parceiras através de planejamento
estratégico,de acordo com a realidade e finalidade da produção
também teve continuidade. As atividades de ensino e extensão

37
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

realizadas pelo Núcleo RuminAção geraram dados para projetos de


pesquisa aplicada, que são repassados para a comunidade através
da publicação de artigos científicos em revistas e resumos de
eventos. Assim, mais um ano, o Núcleo RuminAção atuou no tripé
da universidade pública, com atividades que relacionam ensino,
pesquisa e extensão.

Descritores: ruminantes, ovinocultura, ensino prático, produção


animal.

38
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E CONTROLE DE


VERMINOSES EM OVINOS NO RIO GRANDE DO SUL

*Beatriz Riet Correa Rivero7; Raquel Fraga e Silva Raimondo7;


7 7
Eneder Rosana Oberst ; Andressa Soares Zanette ; Brenda Oliveira
7 7 7
Silveira ; Mateus Mohr Machado ; Paula DockhornSeger ; Rafaela
7 7
Teixeira dos Santos ; Anderson Fagundes Godoy .

7
Setor de Pequenos Ruminantes- Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: beatriz.riet@ufrgs.br

Introdução: o uso indiscriminado e exclusivo de anti-helmínticos


como única estratégia de manejo contra os parasitas
gastrointestinais levou ao aparecimento de resistência aos anti-
helmínticos, fator de grande importância atualmente, uma vez que
essa impede o controle efetivo das parasitoses.

Objetivos: determinar a prevalência da resistência aos anti-


helmínticos nos ovinos em propriedades da região e auxiliar os
ovinocultores na adoção de medidas preventivas para o controle
dessas parasitoses, que não se detenham apenas no uso de
produtos químicos, mas também utilizando outras medidas de
manejo associadas ao uso racional de anti-helmínticos para
controlar o avanço da resistência.

Método: no terceiro ano dessa ação de extensão, foram visitadas


propriedades nos municípios de Eldorado do Sul, Arroio dos Ratos,
Viamão e Encruzilhada do Sul, nas quais foram aplicados
questionários para avaliar as características da propriedade, do
39
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

manejo e do controle das parasitoses. Nas propriedades atendidas


são realizados testes de eficácia anti-helmíntica utilizando seis
princípios ativos (para verificar em cada propriedade quais os
princípios ativos de maior eficácia) ecoprocultura para determinação
dos gêneros de parasitas prevalentes. É recomendado aos
produtores a realização de tratamentos seletivos (tratar apenas os
animais que apresentam sinais clínicos de parasitoses ou categorias
mais susceptíveis) e outras medidas de manejo integrado de acordo
com a realidade de cada propriedade como: manter uma boa
nutrição (rica em proteína), pastejo misto com bovinos e seleção
genética dos animais resistentes as parasitoses. Além das
propriedades visitadas, o projeto também tem por finalidade realizar
o controle mensal das parasitoses no biotério de ovinos da
FAVET/UFRGS.

Resultados: foi observada a diminuição significativa do uso de anti-


helmínticos tanto nas propriedades comerciais quanto no biotério da
faculdade, visto que de acordo com o questionário aplicado nas
propriedades a administração de anti-helmínticos era realizada de
forma indiscriminada, mensalmente e em todo o rebanho
simultaneamente.

Conclusão: até o momento, o projeto atendeu produtores


proporcionando um diagnóstico e controle das parasitoses de forma
mais efetiva, diminuindo significativamente o número de
dosificações contribuindo dessa forma com a sanidade dos animais,
diminuição dos custos de produção, e, principalmente, com o
contorno do problema da resistência anti-helmíntica que é um
grande entrave na ovinocultura. Além dos benefícios aos produtores,
40
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

os alunos envolvidos têm a oportunidade de desenvolver diversas


habilidades como trabalhar em equipe, tomadas de decisões e pró-
atividade.

Descritores: ovinos; parasitoses; resistência anti-helmíntica.

41
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PROJETO DE CONTROLE REPRODUTIVO DE CÃES E GATOS


2 2 2
*Renata Schons Ribeiro ; Isabela Salvador Thumé ; Jenifer Jung ;
2
Luciana Branquinho Queiroga

2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: renataschons20@gmail.com

Introdução: o Projeto de Controle Reprodutivo de Cães e Gatos


acontece no Hospital de Clinicas Veterinárias da UFRGS,
promovendo maior inserção na rotina clínica, cirúrgica e anestésica
para aqueles alunos que possuem interesse na área de pequenos
animais. O projeto conta com a participação de alunos da graduação
em medicina veterinária, pós-graduandos e professores. As
atividades consistem na realização de consultas, acompanhamento
de exames, realização de anestesias e procedimentos cirúrgicos
eletivos como ovariossalpingohisterectomias e orquiectomias em
cães e gatos de tutores de baixa renda. O projeto ainda conta com
aulas teóricas e realização de procedimentos em cadáveres.

Objetivos: o objetivo do projeto épromover uma maior vivência


prática na rotina de clínica, cirurgia e anestesia de pequenos
animais para aqueles alunos que possuam interesse na área,
possibilitar que tutores de baixa rena mensal possam castrar seus
animais, além de ajudar no controle populacional, controle de
doenças como tumores e piometrites e ajudar no controle da
proliferação de zoonoses.

Método: primeiramente são realizadas aulas expositivas, visando


proporcionar maior conhecimento para utilização nas práticas,
42
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

seguidas por aulas práticas de cirurgia em cadáveres. A segunda


parte do projeto se baseia desde o contato com o tutor, até a
realização de consultas, coletas de sangue e exames físicos pelos
alunos, além do acompanhamento de exames ultrassonográficos e
análise dos resultados obtidos. A realização de procedimentos
anestésicos e cirúrgicos também é tarefados alunos, sendo todas as
etapas descritas acima acompanhadas por professores ou pós-
graduandos.

Resultados: na edição do projeto de 2018, foram realizadas, até o


presente momento, um total de 21 cirurgias, sendo elas: 4
orquiectomias em gatos, 4 em cães, 3 ovariossalpingohisterectomia
em gatas e 10 em cadelas.

Conclusão: o projeto é muito importante no âmbito acadêmico,


proporcionando maior participação e desenvolvimento de atividades
práticas do que é oferecido na graduação. Além do benefício para
os graduandos, o projeto ainda favorece a comunidade ao oferecer
um serviço de controle reprodutivo com custos reduzidos voltados
ao público de baixa renda, que proporciona diversosresultados
positivos, dentre eles a diminuição da população canina e felina,
diminuição da incidência de doenças relacionadas ao trato
reprodutivo de machos e fêmeas e melhorcontrole da proliferação de
zoonoses em centros urbanos.

Descritores: cão, gato, castração, controle populacional.

43
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PROJETO ENDOGASTRO
2 2
*Anelise Bonilla Trindade-Gerardi ; Annelise Zabel Sgarioni ;
2
Isabella Parussini Liu
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: anelisebt@yahoo.com.br

Introdução: o projeto EndoGastro é uma ferramenta que presta à


comunidade um serviço com enfoque no atendimento a animais com
distúrbios no trato digestivo, oportunizando o acesso ao
conhecimento vasto e atualizado desenvolvido no meio acadêmico.

Objetivos: os principais objetivos consistem em: proporcionar


informação aos tutores, em relação a medidas preventivas de saúde
e ao correto manejo dos animais, de modo a evitar a transmissão de
zoonoses, como parasitas gastrointestinais, por exemplo; aproximar
os alunos da rotina do serviço de gastroenterologia, desde o
atendimento clínico até o procedimento endoscópico ou cirúrgico;
elaborar publicações em forma de relatos de caso ou artigo científico
dos casos de maior interesse médico.

Método: os pacientes encaminhados ao serviço passam por uma


avaliação clínica do médico veterinário, na presença do tutor,
contando com o auxílio de alunos e extensionistas, na qual são
realizados anamnese, exame clínico e físico, coleta de amostras
para exames laboratoriais, solicitação de exames de imagem e
agendamento de endoscopia ou cirurgia, conforme necessário. O
procedimento endoscópico é realizado em bloco cirúrgico sob
anestesia geral inalatória, sob forma de endoscopia digestiva alta

44
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

e/ou colonoscopia, na qual são exploradas a luz e a mucosa do trato


digestivo com auxílio de endoscópio flexível. Durante o exame é
realizada biópsia para análise histopatológica e materiais para
exame microbiológico e/ou parasitário. O setor também é
responsável pela realização de rinoscopia e traqueoscopia,
realizada com endoscópio rígido.

Resultados: o projeto iniciou suas atividades em maio de 2018, e


até o presente momento foram realizadas 21 consultas clínicas, 29
endoscopias digestivas alta, 9 colonoscopias, 11
rino/laringo/traqueoscopias, além da colocação de uma gastrostomia
percutânea com auxílio endoscópico. O projeto tende a manter suas
atividades em ritmo crescente com constante aperfeiçoamento e
atualização, buscando atingir um número cada vez maior de
pacientes e disseminar informação ao maior número de tutores
possível, de modo a beneficiar a comunidade, sempre visando a
promoção da saúde pública e do bem-estar animal.

Conclusão: conclui-se que os atendimentos clínicos e


procedimentos realizados pelo projeto EndoGastro visam o bem-
estar animal, uma vez que possibilitam o diagnóstico definitivo das
enfermidades do trato gastrointestinal e, consequentemente, a
escolha do tratamento mais adequado. Concomitantemente, o
projeto orientaos tutores na prevenção da transmissão de zoonoses
e possibilita aos acadêmicos o desenvolvimento de conhecimentos
teórico-práticos, sempre mantendo a preocupação de promover a
saúde pública.

Descritores: cães, gatos, vômito, diarreia, endoscopia.

45
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PROJETO DE EXTENSÃO EM DERMATOLOGIA VETERINÁRIA


2 2
Cristiane Deon Figueiredo ; Michelle Hirahata ; *Daniel Guimarães
2
Gerardi
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil

*e-mail: daniel.gerardi@ufrgs.br

Introdução: o Setor de Dermatologia Veterinária, DERMATOVET-


UFRGS, é um projeto de extensão do Hospital de Clínicas
Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-
UFRGS). Criado em 2006, presta serviço especializado na área, e
atualmente cerca de 5% dos casos clínicos de cães e gatos que
chegam ao hospital são atendidos pelo DERMATOVET-UFRGS. O
setor é composto pelo professor orientador, Daniel Guimarães
Gerardi, duas mestrandas e duas doutorandas, que são
responsáveis pelos atendimentos realizados. Também conta com o
apoio de duas bolsistas de extensão e estagiários voluntários, que
acompanham e auxiliam nos turnos de consultas oferecidos pelo
setor. Todos os participantes acompanham as reuniões semanais
que acontecem nas quartas-feiras ao meio dia e meia, onde artigos
científicos são apresentados e discutidos.

Objetivo: O projeto visa prestar atendimento para os pacientes,


possibilitando o ensino de alunos de graduação e de pós-graduação,
além de fornecer suporte aos médicos veterinários residentes.

Método: os atendimentos são pré-agendados pelos tutores junto à


recepção do hospital ou realizados através de encaminhamento dos
pacientes atendidos pela clínica geral ou por clínicas particulares.

46
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Os dados de anamnese e de exame clínico coletados durante as


consultas são registrados em fichas próprias personalizadas para o
setor. O consultório destinado aos atendimentos é equipado com
um microscópio óptico e corantes, o que possibilita a realização de
exames parasitológicos e citológicos de pele, otoscópio digital e
lâmpada de wood. As biópsias de pele, quando necessárias, são
realizadas no próprio HCV e encaminhadas para análise no setor de
patologia da própria instituição. Outros exames complementares
como culturas fúngicas e bacterianas, são encaminhados a
laboratórios de apoio, localizados no mesmo campus, na Faculdade
de Veterinária da UFRGS.

Resultados: de agosto de 2017 a julho de 2018, foram atendidos


491 pacientes, entre casos novos e revisões, sendo 457 pacientes
caninos e 34 pacientes felinos. Dentre esses, 210 casos novos e
281 revisões.As doenças mais recorrentes neste período foram
alergopatias, sendo dermatite atópica canina, frequentemente
associada à piodermite, malasseziose, distúrbios de quetarinização
e otites (97), dermatite alérgica a picada de pulga (22), reação
cutânea adversa ao alimento (22), piodermite, associadas ou não a
outras afecções (64), otites externa (60), demodiciose (9),
neoplasias cutâneas (15), malasseziose (21), escabiose (3), além de
casos com diagnóstico em andamento (51).

Conclusão: o projeto Dermatovet-UFRGS oferece um serviço com


atendimento especializado e de qualidade à população em geral, e
dá suporte aos médicos veterinários residentes que encaminham
pacientes ao setor. Capacita ainda, os profissionais ao atendimento
dermatológico e oportuniza aos alunos de graduação o
47
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

acompanhamento e o aprendizado na área da Dermatologia


Veterinária, priorizando o estímulo ao ensino e pesquisa.

Descritores: dermatologia veterinária, pequenos animais,


dermatites.

48
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM REBANHOS DE CORTE E


LEITE 2018

*Débora Schneid Vaz Luiz8; *Carolina Gabriela Becker Berlitz8;André


Gustavo Cabrera Dalto8; João Batista Souza Borges8
8
Unidade de Reprodução de Bovinos- URB – Faculdade de
Veterinária/Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: descnheid88@gmail.com; carolinaberlitzz@gmail.com


(Autor – Apresentador)

Introdução: a criação de bovinos destinados à produção é uma


atividade tradicional e deelevada importância sócio-econômica no
Rio Grande do Sul e representa cerca de 10%do PIB do Estado. O
sucesso da produção e a manutenção da saúde e bem estar
dosanimais necessita de um planejamento e execução de um
manejo adequado. Nestesentido, o acompanhamento da
produtividade dos rebanhos de corte e de leitedesempenha um
importante aspecto na prática da Medicina Veterinária.

Objetivo: a FAVET-UFRGS é referência em bovinocultura por meio


de ações promovidas pela Unidade de Reprodução de Bovinos -
UFRGS (URB) que visam a integração faculdade/produtorrural
através da troca de saberes de forma mútua para o desenvolvimento
daspropriedades rurais e qualificação da produção primária.

Métodos: desta forma, os alunos degraduação envolvidos no


Projeto de Extensão podem conhecer diferentes realidades erealizar
variadas atividades da prática profissional. A atuação efetiva dos
alunos emtodas as atividades permite além do treinamento técnico,

49
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

também o desenvolvimentode habilidades individuais como:


habilidade de diagnosticar problemas e proporsoluções,
comunicação, trabalho em equipe, lidar com o imprevisto,
contribuindo paraa futura atuação profissional. As atividades são
previamente planejadas em reuniõesda equipe e colocadas em
prática pelo grupo de trabalho a campo. Semanalmenterealizaram-
se seminários, para a equipe da URB, organizados e ministrados
pelosalunos da equipe, envolvendo assuntos relacionados com as
rotinas de atendimentos veterinários.

Resultados: as ações foram desenvolvidas em duas propriedades


rurais: Granja e Cabanha VB, em Eldorado do Sul e na Fazenda
Itapuã, em Viamão. As ações visamdesenvolver um planejamento
de assistência que permita aos alunos atuar de formaativa em todas
as etapas do programa, tanto nas visitas técnicas quanto nas
atividadesde educação continuada. As ações compreenderam o
treinamento do diagnóstico degestação por meio de palpação retal e
ultrassonografia, acompanhamento da gestação, parições e
cuidados com os neonatos, práticas sanitárias visando aprevenção
de doenças reprodutivas, o manejo reprodutivo, com tratamentos
quevisam melhorar eficiência reprodutiva e produção de leite ou
carne.

Conclusão: a URB atualmente é composta por 3 docentes e 8


discentes, possibilitando uma integração de gerações eexperiências.
O treinamento adquirido dentro da faculdade é repassado para
acomunidade através de atendimentos às propriedades parceiras.
As atividades deensino e extensão realizadas pela URB também
geraram informações para projetos depesquisa com a participação
50
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

de alunos bolsistas que apresentam os trabalhosresultantes em


eventos científicos.
Descritores: consultoria, bovinos, reprodução.

51
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PROGRAMA JOVEM VETERINÁRIO NO SERVIÇO DE


ENDOCRINOLOGIA HCV/UFRGS

*Sílvia Cristiane Hervelha Mayer2; Álan Gomes Pöppl2; Letícia


Machado2.
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Medicina Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: silviahervelha@gmail.com

Introdução: o Programa Jovem Veterinário é uma iniciativa de


Nestlé Purina e faz parte de uma ação chamada “Nutrindo os
Sonhos dos Jovens”, na qual a companhia contribui para a
contratação de jovens que estão no período de transição entre o
final da graduação e o primeiro emprego. O Programa está presente
em 12 universidades parceiras no Brasil, tanto privadas quanto
públicas, e conta com a participação de um jovem cursando o último
ano da graduação em medicina veterinária em cada uma delas.

Objetivos: o programa tem como objetivos a atuação dos jovens


veterinários para que a avaliação nutricional seja instituída como
rotina nos atendimentos dos médicos veterinários nos hospitais
universitários; o manejo nutricional de cães e gatos acima do peso
visando o emagrecimento saudável; o compartilhamento de
conhecimento sobre obesidade e nutrição de cães e gatos com a
comunidade acadêmica e com tutores e a produção de um trabalho
científico com temática sobre nutrição.

Métodos: o programa funciona através dos atendimentos semanais


(sextas-feiras) da acadêmica no ambulatório 8 do Hospital de
Clínicas Veterinárias da UFRGS. Os atendimentos de cães e gatos

52
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

acima do peso envolvem a anamnese nutricional completa,


avaliação física do paciente, tendo como ferramentas uma balança e
uma fita métrica - também é usado um computador para cálculos e
aplicação das fórmulas da dieta – e posterior instituição da nova
dieta e plano de emagrecimento. Também é fornecida a ração aos
pacientes participantes do programa, Pro Plan OM (cães e gatos).
As revisões são quinzenais e nelas são avaliadas a taxa de
emagrecimento semanal e a adequação da dieta ao paciente, assim
como feitos ajustes necessários a cada indivíduo. Além do manejo
de cães e gatos acima do peso, o programa também promove o
compartilhamento de conhecimento, através de palestras
ministradas por professores sobre temas envolvendo nutrição.

Resultados: durante o período de 8 meses, foram encaminhados


ao programa 47 animais acima do peso, todos passaram por uma
avaliação nutricional e receberam orientações sobre obesidade,
emagrecimento e como proceder com a dieta de forma saudável.
Dos 47, 39 animais receberam a ração Pro Plan OM, sendo 37 cães
e 2 gatos. Até o presente momento, 5 cães atingiram o peso ideal e
9 tutores optaram por não participar mais do programa devido a
problemas de saúde ou dificuldades em instituir a dieta. O programa
conta atualmente com 25 pacientes que recebem a dieta.

Conclusão: através do Programa Jovem Veterinário é possível


executar a tríade do conhecimento, uma vez que ele incentiva a
pesquisa científica, promove o compartilhamento da informação e
faz o elo com a comunidade por meio do atendimento dos cães e
gatos acima do peso. Além de trazer uma vida mais saudável aos

53
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

animais participantes, o programa visa a saúde dos tutores, levando


em consideração o conceito de saúde única - “One Health”.

Descritores: obesidade, endocrinologia, emagrecimento, pequenos


animais.

54
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE ATENDIMENTO CLÍNICO A PEQUENOS


RUMINANTES.

*Beatriz Riet Correa Rivero7; Raquel Fraga e Silva Raimondo7;


Eneder Rosana Oberst7; Andressa Soares Zanette7; Brenda Oliveira
7 7 7
Silveira ; Mateus Mohr Machado ; Paula DockhornSeger ; Rafaela
7 7
Teixeira dos Santos ; Anderson Fagundes Godoy
7
Setor de Pequenos Ruminantes- Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio
Grande do Sul, Brasil.

*e-mail: beatriz.riet@ufrgs.br

Introdução: o controle e o monitoramento das doenças que


acometem pequenos ruminantes são de grande importância, pois
estas causam prejuízos extremamente significativos a criação. O
conhecimento dos fatores limitantes da produção animal é de
fundamental importância para o funcionamento dos programas de
saúde animal e, consequentemente, para o desenvolvimento da
pecuária no âmbito regional.

Objetivos: atendimentos clínicos a pequenos ruminantes em


propriedades comerciam de ovinos na região, ao biotério de ovinos
da Faculdade de veterinária da UFRGS (FAVET) e ao Hospital de
Clínicas Veterinárias da UFRGS como forma de prestação de
serviços para a comunidade, assessorando produtores nos
diferentes aspectos produtivos e sanitários dos rebanhos. Além
disso, é uma forma de oportunizar ensino e pesquisa clínica na área
por meio da participação de estudantes nos atendimentos e em
atividades geradas a partir desses atendimentos (reuniões,
discussões de casos clínicos).

55
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Método: nos atendimentos são realizadas coletas de material


biológico (sangue, fezes),exames complementares (OPG,
hemograma, necropsias), realização de tratamento e
recomendações de medidas de manejo e prevenção de doenças.
Também são realizados protocolos de indução ao estro, diagnóstico
de gestação, acompanhamento de partos, cuidados neonatais e
recomendações de medidas de manejo e controle de verminoses.

Resultados: no terceiro ano da referida ação foram realizados


atendimentos clínicos nos municípios de São Pedro da Serra,
Encruzilhada do Sul e Eldorado do Sul, eacompanhamento sanitário
diáriodos animais do biotério de ovinos da FAVET. Foram atendidos
animais com doenças de cascos (footrot, abcessos), doenças do
sistema tegumentar, parasitoses gastrointestinais, doenças
metabólicas e doenças do sistema respiratório. Foi acompanhado
um caso de cordeiro nascido com espinha bífida, casos de abortos,
ceratoconjutivite e acompanhamento de procedimentos cirúrgicos
como laparotomia exploratória e orquiectomia em dez cordeiros.

Conclusão: além do benefício aos produtores, as visitas técnicas


nas propriedades e o manejo sanitário no biotério da faculdade
permite que os estudantes se deparem com diferentes
circunstâncias da clínica médica de ruminantes, tendo a
oportunidade de vivenciar a rotina de médico veterinário enfrentado
situações que nem sempre são de fácil resolução, propiciando o
desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe,
comunicação e tomada de decisões.

Descritores: sanidade, ovinocultura, prevenção, clínica.

56
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE CONTROLE DA DOR


2 2
Luana Garcia dos Santos ; Luíza Viero Carara²; *Giordano Gianotti
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Medicina Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil

*email: giordano.gianotti@ufrgs.br

Introdução: o Serviço de Controle da Dor do Hospital de Clínicas


Veterinárias é um projeto de extensão vinculado à UFRGS, que foi
reaberto em maio de 2018 com o intuito de avaliar a qualidade e o
tratamento analgésicos recebidos pelos pacientes. O setor é
composto pelo coordenador Giordano Gianotti, duas colaboradoras
Médicas Veterinárias e duas bolsistas de extensão, os quais
participam de reuniões periódicas para discussão de casos clínicos
e artigos científicos.

Objetivo: o projeto visa melhorar os métodos atuais de avaliação e


quantificação da dor de cães e gatos; atender tutores com pacientes
que possuam algum tipo de processo doloroso, pensando na
qualidade de vida dos mesmos; e promover discussões sobre a dor
nos animais em meio acadêmico.

Método: são realizadas consultas clínicas previamente agendadas


de animais com processos dolorosos para indicação de manobras
terapêuticas associadas a métodos complementares ao controle de
dor, como a Fisioterapia e Acupuntura. Reavaliações periódicas são
marcadas para, quando necessário, alterar o tratamento de acordo
com o progresso do animal até a alta definitiva do paciente. Além da
rotina clínica, os pacientes internados do HCV (cães e gatos) são

57
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

avaliados por fichas de mensuração de dor/qualidade de vida. Para


isso, são utilizados métodos de avaliação fundamentados em
escalas unidimensionais e multidimensionais, já consagradas,
baseadas em parâmetros comportamentais-fisiológicos que indicam
dor. O acompanhamento e auxilio da equipe do bloco cirúrgico no
pré, trans e pós-operatório tem como função avaliar as manobras
analgésicas para os diferentes tipos de graus de dor de cada
procedimento. Ainda dentro da rotina, questionários onlines são
enviados aos tutores, médicos veterinários e estagiários; cada
formulário foi elaborado com perguntas específicas relacionadas ao
conhecimento pessoal sobre analgesia nos animais.

Resultados: os resultados estão ainda em andamento, visto que o


projeto foi retomado recentemente. No entanto, a partir das
informações coletadas pelos questionários, 54% dos tutores relatam
que deveriam receber maiores informações sobre o controle da dor
nos seus animais. Em relação às avaliações feitas aos internos, a
maior parte não precisou de analgesia de resgate. Os pacientes
encaminhados para a consulta apresentaram melhora de condição
clínica depois de seguidas avaliações.

Conclusão: A relevância deste projeto se reflete tanto a nível


acadêmico quanto na comunidade em geral, visto que há intenção
de divulgar um maior conhecimento sobre o controle da dor entre
veterinários, estagiários e tutores, tratando do assunto com
multidisciplinaridade para, desta forma, garantir uma melhor
qualidade de vida para os pacientes com processos dolorosos.

Descritores: controle da dor, analgesia.

58
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA


VETERINÁRIA HCV/UFRGS – PETENDOCRINE 2018

*Bruna Leupolt 2; *Vitória Strzeleski Wodzik2; Álan Gomes Pöppl2


2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: brunaleupolt@yahoo.com.br, vitoriawodzik@outlook.com

Introdução: o aumento da expectativa de vida de pequenos


animais, decorrente de avanços terapêuticos e diagnósticos na
medicina veterinária, implica um aumento da incidência de doenças
associadas ao envelhecimento, como endocrinopatias. Somado a
isso existe a relação pet-tutor, que tem se tornado cada vez mais
próxima e sentimental, e o animal de estimação tem ocupado um
papel cada vez mais importante na vida do proprietário, sendo
assim, fica evidente o impacto da saúde dos pets na vida do tutor.
Em virtude desses fatos, tem se observado o crescimento da
procura por serviços médicos veterinários especializados. O Serviço
de Endocrinologia e Metabologia Veterinária do Hospital de Clínicas
Veterinárias da UFRGS presta atendimento a custo mais acessível,
visando o bem-estar e qualidade de vida para cães e gatos com
endocrinopatias. Além disso, ao proporcionar uma rotina de
atendimentos na área, cria-se um ambiente para que a Extensão
Universitária colha seus melhores frutos, colaborando no ensino em
graduação e pós-graduação, bem como na pesquisa.

Método: o atendimento é realizado por meio de consultas


previamente agendadas. Após ingressar no Serviço, os pacientes
são acompanhados regularmente de acordo com a necessidade
59
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

individual. A consulta é composta por anamnese e exame físico


completos, orientação aos proprietários sobre tratamentos e manejo
do paciente endócrino. Além disso, o serviço realiza reuniões
semanais para discussão de artigos e casos clínicos e este ano,
foram confeccionados pelos bolsistas do Serviço folders informativos
distribuídos para a população do HCV, sobre fatores de risco para
diabetes mellitus, riscos da obesidade, hipertireoidismo em gatos,
hiperadrenocorticismo em cães, e um guia sobre o manejo do
paciente diabético. Os informativos têm o intuito de orientar tutores,
antecipar diagnósticose alertar para os riscos de certas condições.

Resultados: no serviço em relação à espécie, um maior número de


cães são atendidos. As endocrinopatias mais comumente atendidas
são: hiperadrenocorticismo; diabetes mellitus; hipertireoidismo e
hipotireoidismo; além de casos de obesidade. Na edição passada,
foram realizados 383 atendimentos, e com envolvimento de mais de
20 alunos de graduação e pós-graduação possibilitando
aprendizado teórico e prático na área de endocrinologia e
metabologia.

Conclusão: apesar das endocrinopatias serem mais ligadas ao


envelhecimento, percebe-se pacientes cada vez mais novos no
serviço, e muito disso se deve aos proprietários cada vez mais
preocupados e atentos aos sinais e alterações precoces das
doenças. O Serviço é uma excelente oportunidade para graduandos
estarem em maior contato com a atuação profissional. Oferece
atendimento de excelência à população que busca o HCV por um
custo mais acessível, além disso, cria um ambiente para realização

60
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

de pesquisas clínicas, contemplando a tríadeda universidade:


ensino, pesquisa e extensão.

Descritores: expectativa de vida, animal de estimação,


endocrinopatias.

61
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE FISIOTERAPIA E REABILITAÇÃO VETERINÁRIA


SOTVET-UFRGS

*Marcelo MellerAlievi3; Mariana Zabouteguy Boos3; Dannea Schaun


Brose3; Gabriela Mendes Coelho3; Marcelly Cardoso da Silva3;
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: marcelo.alievi@ufrgs.br

O serviço de fisioterapia e reabilitação veterinária faz parte do Setor


de Ortopedia e Traumatologia Veterinária (SOTVET) da UFRGS. O
serviço conta, atualmente, com um professor coordenador, com 11
pós-graduandos, entre eles 4 mestrandos e 7 doutorandos, três
bolsistas de extensão e duas bolsistas de aperfeiçoamento
benefício. Todas as atividades são efetuadas no Hospital de Clínicas
Veterinárias da UFRGS, que se encontra na avenida Bento
Gonçalves, 9090, bairro Agronomia - Porto Alegre.

O serviço de fisioterapia funciona duas vezes por semana. Nas


segundas-feiras das 13h30min às 16h30min e quintas-feiras das 8h
às 12h. Para receber atendimento fisioterápico, o paciente deve ter
passado anteriormente por uma consulta com especialista da área
de ortopedia ou neurologia. De acordo com o grau de intensidade
necessário para o tratamento, o paciente poderá frequentar a
fisioterapia nos dois dias da semana, podendo receber diferentes
tipos de tratamentos. A maioria das atividades são efetuadas por
estagiários do setor que são monitoradas e auxiliadas por uma
médica veterinária. Cada sessão de fisioterapia dura em média uma
hora e, normalmente, são atendidos um ou dois pacientes por

62
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

horário. Dentre as atividades que o serviço de fisioterapia do


SOTVET realiza, estão: caminhada ou corrida em esteira seca ou
hidroesteira; exercícios de solo com bolas, cones e cordas;
exercícios de ultrapassar obstáculos; exercícios manuais de
estimulação do movimento; sessões de terapia com aparelhos
específicos como: laserterapia, magnetoterapia, fototerapia,
eletroestimulação, ultrassom. Cada aparelho tem uma finalidade
específica e são atribuídos aos pacientes de acordo com a
necessidade de cada um.

Diferentes espécies de animais são atendidas no setor, entre elas


estão: animais silvestres; cães, em sua maioria; gatos; equinos;
bovinos e ovinos. Lesões de coluna são as mais tratadas no serviço,
sendo a maioria dos casos hérnia de disco intervertebral, mas
também são realizados tratamentos para luxação de patela, ruptura
de ligamento cruzado cranial, displasia coxofemoral, artrose, pós-
operatório de fraturas, entre outros.

63
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE OFTALMOLOGIA VETERINÁRIA DA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Jéssica Visentini3; João A. T. Pigatto3; Kendra Rodeghiero3;


Alessandra Fernandez3
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: jessicavisentini@yahoo.com.br (Autora – Apresentadora)

Introdução: afecções oculares podem afetar a vida e o bem estar


do animal, sendo de extrema importância o tratamento adequado
destas enfermidades. Para isso, se faz necessário a existência de
um serviço especializado nessa área. No Serviço de Oftalmologia
Veterinária do hospital de clínicas veterinárias da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (SOV- HCV UFRGS) são atendidos
um grande número de casos de afecções oculares que necessitam
de atendimento especializado de alto grau de capacitação.

Objetivos: objetivou-se oferecer à comunidade um serviço de


excelência para o tratamento dos animais afetados. Além disso,
proporcionar aos graduandos e pós-graduandos contato e vivência
prática na área de oftalmologia veterinária, assim como obtenção de
um banco de dados dos casos atendidos para o conhecimento da
prevalência das principais afecções, e, prestar assim, um
atendimento rápido e de qualidade.

Método: o atendimento clínico é realizado de segunda a quinta-feira


(das 9:00 às 11:30 e das 14:00 às 17:00) e sexta-feira (das 9:00 às
11:30). Semanalmente, nas quartas-feiras, às 12:15, são realizadas
reuniões, com apresentação de seminário de bolsistas, estagiários,

64
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

pós-graduandos e do professor; toda comunidade acadêmica é


convidada a participar das reuniões. Para a vivência dos alunos e
atendimento externo à comunidade foram realizadas visitas à gatil,
Regimento Osório, Canil da Polícia do Exército (PE), Canil da
Batalhão de Operações Especiais (BOE) e Cavalos da
Brigada.Conclusão:Durante este ano foram realizadas, até o mês de
julho, 365 novas consultas (317 cães e 48 gatos), além de revisões
periódicas de pacientes antigos e em tratamento, e foram
apresentados 11 seminários. O público alvo da ação é a
comunidade, os alunos de graduação e pós-graduação, e médicos
veterinários.

Descritores: atendimento, hospital veterinário, afecções oculares.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA PREVENTIVA

DIFUSÃO DE TECNOLOGIAS E BOAS PRÁTICAS HIGIÊNICO-


SANITÁRIAS À COMUNIDADE DE PESCADORES E AOS
CONSUMIDORES DE PORTO ALEGRE
2 2
*Fabiana Magalhães Fernandes ; *Liris Kindlein ; Guiomar Pedro
2 2 2
Bergmann , Milânia Suiã de Paiva ; Gabriel Bueno Martins
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: liris.kindlein@ufrgs.br; fabi.femaga@gmail.com

O projeto de extensão voltado à comunidade de pescadores e aos


consumidores de Porto Alegre tem como objetivo difundir os
preceitos de higiene a partir da contextualização de problemáticas
de saúde pública emergentes,ministrando palestras e cursos de
capacitação técnica e incentivando a pesca de maneira sustentável
de forma a agregar valor ao produto, consequentemente diminuindo
as perdas produtivas com o aproveitamento de resíduos para a
formulação do fishburguer. O projeto consistiu em três etapas, a
primeira delas iniciou-se em Itajaí/SC, na empresa Gomes da Costa,
onde foram ministradas palestras e cursos sobreas boas práticas
higiênico-sanitárias, aplicadas a nível industrial. Além disto, foram
realizadas atividades práticas em higiene na manipulação e
conservação dos pescados. No evento Portas Aberta da UFRGS,
que ocorreu nasdependências da Faculdade de Veterinária da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foram realizadas
atividades interativas, entregas de cartilhas a toda comunidade que
visitou o evento e a troca de conhecimentos através de perguntas e

66
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

respostas sobre o consumo de peixe cru e a sua conservação. A


segunda etapa do projeto consistiu em visitas técnicas nos
entrepostos de pescado localizados nos municípios de Palmares, El
Dourado do Sul, e em bancas do Mercado Público de Porto Alegre,
onde foram visualizados os pontos críticos na cadeia produtiva do
mercado pesqueiro, com possíveis focos de contaminação, sejam
nas instalações ou na manipulação do produto. Os resultados
destas avaliações oportunizaram a troca de conhecimentos aos
manipuladores visando a qualidade do produto, além dissoforam
ministradas palestras que capacitavam os pescadores no cuidado
com a higiene emanipulação do pescado. Na terceira etapa do
projetoforam ministrados cursos que ensinaram os pescadores e
suas famílias (esposas) a fazerem o fishburguer, um hambúrguer de
peixe de alto valor nutricionalelaborado a partir de carne
mecanicamente separada do processo produtivo.No decorrer do
projeto,foram realizadas revisitações nos entrepostos e ao mercado
público para avaliar a melhoria das problemáticas emergentes e
observou-seuma mudança significativa nos pontos críticos antes
vistos nas instalações e no manejo, assim como a crescente
produção do fishburger, que atendeu as necessidades nutricionais
das famílias de pescadores dos entrepostos e dos comerciantes do
mercado público. Notou-se a necessidade de expansão do projeto
em mais entrepostos e a mercados pesqueiros, pois ainda há uma
carência neste setor em relação as boas práticas de higiene e
fabricação, assim como divulgar e ensinar o processo de elaboração
de um porduto inovador utilizando carne mecanicamente separada
de pescado – o fishburgerno qual além de proporcionar o

67
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

aumentoda renda família, disponibiliza um produto de alto valor


nutricional às comunidades vulneráveis.

Descritores: boas práticas de higiene, Fishburger, pescado,


comunidades vulneráveis, pescadores, saúde pública.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DIÁLOGOS ENTRE DISCENTES DAS CIÊNCIAS AGRÁRIAS E


VISITANTES DO PAVILHÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR -
EXPOINTER 2018

*Cláudia Martins9; *Camila Carvalho9; *Alessandra Weiss9; *Deborah


9 9 9 9
Kittler ; *Milânia Paiva ; *Edilaine Araujo ; *Márcia Jantzen
9
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de
Veterinária; Faculdade de Agronomia, Porto Alegre, RS, Brasil

*e-mail: claudinhacacaum@gmail.com;
camila.lps.carvalho@gmail.com; aleveetweiss@gmail.com;
Deborah.kittler@gmail.com; milania.suia@gmail.com;
edilainecoelho1603@gmail.com; marcia.jantzen@gmail.com

Introdução: diante da procura por uma alimentação mais saudável,


maior qualidade de vida e do conhecimento da composição e da
origem de determinados produtos, foram elaboradas duas pesquisas
a fim de esclarecer aos visitantes da Expointer o que estão
consumindo, tirar dúvidas sobre a origem dos produtos que são
adquiridos e a percepção quanto a diferenciação que o público
entrevistado tem sobre esses produtos.

Objetivos: verificar a percepção e conhecimento dos consumidores


sobre as diferenças entre a bebida láctea fermentada e o iogurte e a
identificação e consumo de produtos oriundos do modo de produção
orgânica e convencional.

Método: foram elaboradas 11 questões abordando os temas


diferenças nutricionais entre o iogurte e a bebida láctea; o que é
soro de leite; composição do iogurte e da bebida láctea fermentada;

69
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

consistência do iogurte e da bebida láctea fermentada e embalagens


utilizadas para o iogurte e para a bebida láctea. Sobre a
identificação e consumo de produtos orgânicos, foram elaboradas
15 questões para verificar se os entrevistados sabiam a diferença
entre o modo de produção orgânica e o de produção convencional;
identificação do produto orgânico; consumo de produtos orgânicos e
as categorias consumidas (vegetal, animal ou da agroindústria). Os
questionários foram aplicados aos visitantes do Pavilhão da
Agricultura Familiar na Expointer 2018. Ao término das entrevistas,
os voluntários foram esclarecidos sobre suas dúvidas.

Resultados: nos projetos desenvolvidos, foi possível verificar que


os consumidores das bebidas lácteas sabiam que existia uma
diferença nutricional entre ela e o iogurte, porém confundiam as
embalagens, associando, por exemplo, garrafas somente com leite
fermentado. Já aos entrevistados sobre produtos orgânicos, foi
possível identificar o desejo da população em consumir um produto
que melhore sua qualidade de vida e que, da mesma forma, não
prejudique o meio ambiente. A dificuldade de encontrar e o alto
preço foram fatores apontados como limitantes para o maior
consumo.

Conclusão: os projetos de extensão universitária alcançaram o


objetivo de realizar uma aproximação entre discentes do Curso de
Medicina Veterinária e de Zootecnia com o público leigo da
Expointer 2018. Apesar de ser esperado que os entrevistados não
soubessem diferenças entre os produtos lácteos em questão e
aspectos da produção agroecológica, houve interação e troca de
saberes, onde consumidores percebam o que realmente estão
70
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

adquirindo e consumindo e os alunos perceberam que, de acordo


com o nível de instrução das pessoas, o vocabulário deve ser
adaptado para a boa fluência do diálogo. Pretende-se expandir a
pesquisa para públicos variados, utilizando-se plataformas digitais.

Descritores: bebida láctea, iogurte, orgânicos, alimentação,


EXPOINTER 2018.

71
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

ALUNOS DA MEDICINA VETERINÁRIA PROMOVENDO


TECNOLOGIA E SAÚDE PÚBLICA NA PRODUÇÃO E
MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS

Alessandra Santos Weiss2; *Camila Lopes Carvalho2; Deborah


Kittler Gonçalves2; Cláudia de Moraes Martins2; Márcia Monks
2
Jantzen
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: camila.lps.carvalho@gmail.com

Introdução: na pesquisa e produção de alimentos, o papel do


médico veterinário tem grande relevância, sendo que a inspeção de
produtos de origem animal é exclusiva deste profissional. No
desenvolvimento de novos produtos, existe a possibilidade de
elaboração de produtos análogos, que se caracteriza por ser similar
ao original quanto a suas características, mas produzido a partir da
substituição total ou parcial dos ingredientes originais. Devido a
importância do reaproveitamento de subprodutos da indústria e a
necessidade de controle de Boas Práticas de Fabricação (BPF) de
Alimentos, foram elaborados dois projetos integrados a uma laticínio
e a prestadores de serviços em alimentos.

Objetivos: A) Propor uma alternativa para o descarte do soro,


através da elaboração de uma Ricota Análoga de Búfala; B)
Reservar o leite de búfala para produtos nobres; C) Propor um curso
de capacitação de manipuladores de alimentos, focando em oficinas
de caráter prático.

72
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Método: a ricota foi elaborada, em diferentes tamanhos e


formulações, no Laboratório de Inspeção e Tecnologia de Leite e
Derivados, Ovos e Mel, com soro do leite de búfala e 20% de leite
de vaca, preservando o leite de búfala para lácteos mais nobres. O
produto terá suas características físico químicas determinadas pelo
método convencional e através da espectroscopia de infravermelho
próximo (NIRS). Já o curso da Capacitação de Manipuladores
atenderá os requisitos citados na legislação (Portaria 1.120/2015 da
SMS de Porto Alegre), apresentando um caráter prático, com a
realização de oficinas que reportem os pontos importantes para
garantir práticas mais higiênicas no manuseio de alimentos,
evitando-se assim autuações e demais sanções pelo órgão
competente.

Resultados: os resultados encontrados da Ricota Análoga de


Búfala serão apresentados aos gestores da agroindústria e aos
produtores de leite de búfala. Ao final haverá uma avaliação entre os
participantes do programa de extensão, com o objetivo de apontar
as fragilidades e as potencialidades nas ações realizadas. Os
resultados físico-químicos da ricota análoga de búfala poderão servir
de parâmetro para a padronização do produto na indústria. Com a
homologação do curso de BPF espera-se minimizar a baixa oferta
de cursos na Grande Porto Alegre. O caráter prático das oficinas
levará situações do cotidiano de manipulação de alimentos, o que
favorecendo os princípios pedagógicos da capacitação.

Conclusão: os projetos têm promovido uma aproximação dos


alunos do Curso de Medicina Veterinária na área de inspeção,
saúde pública e tecnologia de alimentos. As atividades dos
73
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

discentes geram vivência na área profissional e despertam o senso


crítico sobre seu futuro papel na sociedade, tanto como profissionais
quanto como cidadãos.

Descritores: FAVET, ricota análoga, capacitação, manipuladores,


aproveitamento, inovação, segurança alimentar.

74
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

OFICINA PARA ESTUDANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL DO


CAP - BEM-ESTAR ANIMAL: QUAIS AS IMPLICAÇÕES NA SUA
VIDA?

Francieli Model Behenck9; Carolina Chuaste Grando9; Giuliana de


Abreu Freitas Marques9; *Susana Cardoso9.
9
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Faculdade de Agronomia, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: susana.cardoso@ufrgs.br

A discussão sobre bem-estar animal (BEA) ainda pode ser


considerada recente no mundo, porém não deve ser restrita aos
profissionais das áreas das ciências agrárias e sim expandida,
principalmente às crianças e adolescentes, para que cresçam
conscientes desta necessidade. Nas universidades a extensão
universitária tem este importante papel de propagar informação e
conhecimento qualificado sobre diversos temas necessários e
pertinentes e para os diferentes públicos da sociedade. Com este
intuito foi realizada no XVII Salão de Extensão – 2017 uma oficina
para os alunos de 4º ano do Ensino Fundamental do Colégio de
Aplicação (CAP) da UFRGS intitulada BEM-ESTAR ANIMAL: QUAIS
AS IMPLICAÇÕES NA SUA VIDA? Em reuniões prévias com a
coordenação pedagógica e professores do CAP verificou-se
conjuntamente que o tema proposto BEA é adequado, desejável e
que faz parte do conteúdo previsto pela Base Nacional Curricular.
Planejou-se então a oficina de duas horas de duração onde na
mesma oportunizou-se aos alunos através de atividades lúdicas,
debates e vídeo discutir sobre o BEA e como este interfere na
produção animal e nos alimentos de origem animal que consomem
75
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

no dia-a-dia, ressaltando as necessidades nutricionais básicas e


como são supridas. Outro ponto importante da oficina foi mostrar
quais são as profissões envolvidas na produção animal, tais como
médicos veterinários, zootecnistas, engenheiros agrônomos e
biólogos e qual a contribuição destes para a promoção do bem-estar
dos animais. Não somente os alunos foram informados sobre o
tema, mas instigados a buscar mais respostas, a serem cidadãos
questionadores e sujeitos da mudança que querem para o mundo. A
parte inicial da oficina foi a apresentação do tema, buscando saber o
que pensam e sabem sobre o assunto, após foi exibido um vídeo
que mostrou como são tratados os animais de um aquário/zoológico,
a preocupação com o bem-estar destes, questões relacionadas a
enriquecimento ambiental e alimentação desses animais. Foi
também dialogado com os alunos sobre o que acharam de mais
interessante no vídeo, o que ficaram em dúvida ou gostariam de
comentar. Também houve debate sobre se acreditam que animais
com melhor bem-estar podem produzir mais alimentos e de melhor
qualidade e uma atividade de montagem interativa de um painel que
relacionava o animal ao ambiente. Por fim, foi realizada uma
atividade de fechamento da oficina que levou os alunos a reverem
tudo que aprenderam ao longo da mesma e finalizou-se com a
entrega de lembrança confeccionada pelos quatro bolsistas de
extensão (duas do curso de Zootecnia e dois do curso de Medicina
Veterinária), com o intuito das crianças levarem para casa e
rememorarem os aprendizados em BEA. Considerou-se muito
importante a realização desta oficina que oportunizou uma efetiva
interação e troca de conhecimentos entre os alunos do ensino

76
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

fundamental e a equipe de trabalho, que possibilitou o crescimento


pessoal e acadêmico de ambos.

Descritores: educação; cidadania; alimentos de origem animal,


ciências agrárias.

77
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PERCEPÇÃO SOBRE BEM ESTAR ANIMAL DOS


PARTICIPANTES DA EXPOINTER 2018

Giuliana de Abreu Freitas Marques9; Carolina Chuaste Grando9;


Francieli Model Behenck9; Luana Rodrigues Ferreto9; *Susana
9
Cardoso .
9
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina
Veterinária, Faculdade de Agronomia, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: susana.cardoso@ufrgs.br

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores mundiais de


carnes e derivados e cada vez mais os consumidores exigem
produtos de origem animal oriundos de sistemas de produção que
utilizem alto nível de bem-estar animal (BEA). Existem muitas
definições e parâmetros para avaliar o bem-estar animal, sendo que
o conceito mundialmente mais aceito foi definido pelo Comitê
Brambell e se fundamenta nas “Cinco Liberdades dos Animais”,
quais sejam: a liberdade fisiológica, a liberdade ambiental, a
liberdade sanitária, a liberdade comportamental e a liberdade
psicológica. Constata-se que no Brasil existe uma carência de
profissionais das ciências agrárias capacitados e atualizados para
atuar em BEA, principalmente no que diz respeito aos animais que
produzem alimentos de origem animal como carne, leite e ovos, por
exemplo. Por este motivo, entre outros, temos como consequência a
ênfase das produções animais prioritariamente direcionadas para o
lucro da atividade e não para a questão de bem-estar. Os objetivos
dessa ação de extensão foram interagir e conhecer o público alvo e
verificar a percepção sobre o bem-estar dos animais de produção
entre as pessoas que frequentaram a 41ª EXPOINTER, que ocorreu

78
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

no Parque de Exposições Assis Brasil, na cidade de Esteio no


período de 25 de Agosto a 02 de Setembro de 2018 e para alcançar
os objetivos, foram realizadas 209 entrevistas com os participantes
da 41ª EXPOINTER onde utilizou-se formulários contendo seis
questões fechadas (sobre sexo, idade, escolaridade, função na feira,
se já havia participado anteriormente da feira e se os animais
expostos na feira estavam em condições BEA) e uma questão
aberta (sobre como percebia que um animal estava em condições
de BEA). As entrevistas foram realizadas em dias de semana, de
forma aleatória, onde os respondentes eram convidados a participar
voluntariamente da mesma e os entrevistadores foram três bolsistas
de extensão, sendo uma graduanda em Medicina Veterinária e duas
graduandas de Zootecnia e por uma mestranda profissional do
Programa de Pós-Graduação em Alimentos de Origem Animal. Os
resultados indicaram que a maioria dos entrevistados era do sexo
feminino (59%); com idade média de 33,4 anos para as mulheres e
37,2 anos para os homens; com função na feira de visitante (25%),
tratador (23%), expositor (20%), estudante (15%), técnico (6%) e
outras (11%); já haviam participado da feira 84 % e quanto às cinco
liberdades os entrevistados perceberam que os animais expostos na
feira estavam livres de fome, sede e desnutrição (93,8%), em
condições de conforto e abrigo (84,7%), livres de problemas de
saúde ou doença (77,5%), livres de medo (39,2%) e livres para
expressar seu comportamento normal (34%). Sobre como percebia
que um animal estava em condições de BEA os entrevistados
responderam que avaliando o comportamento dos animais (42,1%),
citaram duas liberdades ou mais (29,2%), citaram que através do

79
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

estado de saúde (12%) e nutricional (9,1%), características do


ambiente onde os animais vivem (6,2%) e não souberam responder
(1,4%). Concluiu-se que existe uma heterogeneidade de informação
sobre o significado das cinco liberdades e sobre as percepções das
condições de BEA dos animais expostos na feira, requerendo
campanhas educativas sobre este tema tão importante e cada vez
mais emergente.

Descritores: animais; exposição agropecuária; ética; ciências


agrárias.

80
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

QUALIFICAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA VISANDO A


MELHORIA DA QUALIDADE DO QUEIJO ARTESANAL
SERRANO PRODUZIDO NA REGIÃO DE ABRANGÊNCIA DOS
CAMPOS DE CIMA DA SERRA-RS
2
*Izadora Bottega Gonçalves ,Saionara Araujo Wagner²; Liris
2 2, 2
Kindlein ; Márcia Monks Jantzen Guiomar Pedro Bergmann ;
2 2
Jaime Eduardo Ries ; João Carlos Santos da Luz
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Veterinária, Porto Alegre, RS.

*e-mail: izabott1995@gmail.com

Introdução: o Queijo Artesanal Serrano, produto típico e exclusivo


dos Campos de Altitude do Rio Grande do Sul, produzido nesta
região há cerca de 200 anos, através da adaptação de receita de
origem portuguesa, passada de geração para geração é um dos
principais componentes da renda agrícola bruta desses
estabelecimentos rurais e a principal atividade na rotina diária das
famílias. É produzido em pequena escala, com leite cru, produzido
nas próprias fazendas, que desenvolvem sua atividade de forma
extensiva, com animais de corteou cruzados, em sistema de campo
nativo. Apesar da tradição histórica do seu processo produtivo e da
sua importância econômica e social para a região, grande parte
desse queijo tem sido produzido e comercializado à margem da
legislação vigente, necessitando dessa maneira de efetivo controle
sanitário dos rebanhos, das etapas de processamento e da
qualificação dos processos a fim de garantir a qualidade e
inocuidade do produto.

81
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Objetivos: promover a melhoria da qualidade do Queijo Artesanal


Serrano e a sustentabilidade da cadeia produtiva, através de
capacitação de técnicos e produtores em Boas Práticas
Agropecuárias (BPA) e Boas Práticas de Fabricação (BPF), além do
monitoramento microbiológico da água, leite e queijo.

Método: capacitação de Técnicos e Produtores Rurais em BPA e


BPF, desenvolver e disponibilizar aos produtores ferramentas e
mecanismos de autocontrole relacionados às BPA e BPF, monitorar
a qualidade da água, do leite e do queijo em queijarias participantes
da ação, auxiliar na promoção de eventos relacionados à melhoria
da qualidade e à promoção do Queijo Artesanal Serrano.

Resultados: capacitação de 50 pessoas envolvidas na Ação,


Elaboração de cartilhas de BPA e BPF ilustradas, abordando todas
as etapas e cuidados dos processos. Elaboração dos
Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) em 10 queijarias.

Conclusão: apesar dos esforços realizados e dos inúmeros


avanços, esses produtores ainda carecem de apoio no sentido de
qualificar a sua produção, sendo necessário o desenvolvimento de
ferramentas e mecanismos de autocontrole que permitam garantir a
qualidade e a inocuidade do produto ofertado aos consumidores.

Descritores: queijo artesanal serrano, boas práticas agropecuárias,


boas práticas de fabricação.

82
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA CLINICA VETERINARIA

AÇÃO TRANSFORMADORA DA EXTENSÃO SOB A ÓTICA DE


BOLSISTA DE EXTENSÃO
2 10
Lara Zortea Girotto ; Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes ;
10
Sandra Márcia Tietz Marques
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, RS.
10
Departamento de Patologia Clínica Veterinária, Faculdade de
Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, RS.

*e-mail: larazgirotto@gmail.com

O projeto de extensão do Laboratório de Helmintologia da UFRGS


do Setor de Helmintoses da FAVET/UFRGS, que já se realiza há
mais de 26 anos, tem como objetivo a integração do aluno com a
disciplina buscando sair do ambiente de sala de aula/laboratório e
direcionar para as aplicações práticas no campo. Incluindo saídas
para a Estação Experimental Agronômica (EEA) da UFRGS,
Exposição Internacional de Animais (Expointer), em Esteio/RS e
outras propriedades, o projeto conta com uma série de experiências
que agregam diversos conhecimentos além dos envolvidos ao
conteúdo da disciplina de Parasitologia Clínica Veterinária. O
objetivo deste relato é divulgar as atividades realizadas por bolsistas
e como ocorre sua inserção nos projetos de extensão mais
especificamente aqueles realizados pelo Setor de Helmintoses. Na
Expointer foi realizado um projeto de coletas fecais nos animais e a
aplicação de um questionário sobre criação e manejo submetido aos
ovinocultores, fazendo os alunos trocarem experiências com os

83
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

cabanheiros e conhecer mais sobre suas atividades rotineiras, assim


como a própria logística da Expointer. Juntamente as idas às
propriedades e EEA, o projeto voltou-se para a vivência de campo,
abrangendo práticas de manejo e clínica de grandes animais, dessa
forma proporcionava aos alunos a realização e assistência de
procedimentos, coletas e acompanhamento da rotina das fazendas
visitadas. Sabe-se que o currículo de Medicina Veterinária
compreende um número mínimo de aulas práticas e que, muitas
vezes, se torna relativamente insuficiente para suprir todo o
aprendizado e habilidades adquiridas na demanda do curso. Assim,
o projeto de extensão é um ótimo meio para realizar muitas das
atividades que o curso já engloba, porém não há carga horária
suficiente para praticá-las, assim como agregar muitas experiências
de integração social, entre pessoas de diversos lugares, classes
sociais e culturas. Como bolsista de extensão, o projeto proporciona
a experiência com o manejo de animais de grande porte, visto que
muitas vezes para alguns alunos o conhecimento neste tema é
apenas teórico. Outro ponto a ser ressaltado é a oportunidade que o
projeto trouxe de realizar o contato direto dos alunos com os
proprietários de pequenas propriedades rurais e Expointer,
diferentemente do que acontece nas saídas de campo realizadas
pela disciplina, em razão de sempre existir a intermediação de um
professor, o que distancia o aluno de se relacionar com o
proprietário e aprender como deve ser o aporte e o comportamento
em tais situações. Também, o projeto abre portas para essa
oportunidade do contato direto com os proprietários, conversando,
trocando experiências, e aprendendo sobre questões de manejo e

84
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

vivência de campo, além da valorização do produtor/pequeno


proprietário, que também aprende com esta parceria. A extensão
prepara o aluno para a vida profissional e social do Médico
Veterinário, fato que vai além do conhecimento teórico, sala de aula
e laboratório. Na prática, fora da faculdade, aprende-se que ser
Médico Veterinário é trabalhar com vidas, as dos animais e também
dos proprietários e tutores, pois nenhum veterinário conseguirá ter
um serviço de qualidade e sucesso profissional enquanto não
houver uma boa prática na relação com os proprietários e tutores
destes animais.

Descritores: extensão, inserção, bolsista de extensão.

85
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

BANCO DE SANGUE VETERINÁRIO - LACVET/UFRGS 2018


10 10
*Stella de Faria Valle ; Felix González , Ana Paula Soares
2 2 2 10
Borestein , Ana Paula Magoga ; Felipe Okano , Angélica Menin ,
2 2
Thaiane Albuquerque de Oliveira ; Bruno Albuquerque de Almeida ,
2
Daiani Wissmann
10
Departamento de Patologia Clínica Veterinária, Faculdade de
Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, RS.
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: stellavalle@gmail.com (Autor – Apresentador: Ana Paula


Magoga)

Introdução: o Banco de Sangue Veterinário foi estruturado em


2016, e faz parte do Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias da
Faculdade de Veterinária da UFRGS (FAVET-UFRGS) para atender
a demanda da medicina veterinária transfusional no Hospital de
Clínicas Veterinárias (HCV).

Objetivos: proporcionar a coleta e armazenamento de


hemocomponentes em um ambiente especializado, além de auxiliar
no gatilho transfusional.

Método: os doadores são cães domiciliados os quais os tutores


atendem voluntariamente à necessidade de hemocomponentes. O
candidato a doador de sangue deve ter mais que 28 Kg de peso,
idade entre 1 a 8 anos, se for fêmea não estar no cio ou prenhe, ter
um temperamento dócil, não ter acesso irrestrito a rua, estar com a
vermifugação e a vacinação em dia, não possuir histórico de
doenças graves, e os resultados dos exames devem estar dentro da

86
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

normalidade. Logo que o cão doador chega no banco de sangue é


realizado um cadastro no HCV-UFRGS seguido de um exame
clínico completo. Amostras de sangue são obtidas para realização
de hemograma completo, testes bioquímicos (ALT, fosfatase
alcalina, ureia, creatinina, albumina), tipagem sanguínea e testes
sorológicos para doenças infectocontagiosas. Caso o doador
apresente alguma alteração em alguma das etapas, ele é
direcionado para a clínica médica do HCV. Caso seja aprovado, ou
seja, todos os parâmetros dentro da normalidade, a coleta é
realizada no laboratório, por um médico veterinário, sem a sedação
do doador. A coleta de sangue dura aproximadamente 15 minutos e
geralmente é obtido um volume entre 405 a 450 mL de sangue.
Após a coleta, o sangue é fracionado em concentrado de eritrócitos
(que pode ser armazenado por até 21 dias sob refrigeração), plasma
fresco congelado (estocado a -2ºC por até 1 ano) ou plasma
congelado (estocado a -2ºC a partir de 1 ano até 5 anos). Após a
coleta, são oferecidos alimento e água ao doador que pode doar a
cada três meses. Para os doadores frequentes, o projeto
disponibiliza vacinação e vermifugação. No caso de haver cães que
necessitem receber hemocoponentes, em primeiro momento, é
realizada a avaliação do caso clínico seguido da realização dos
testes de compatibilidade entre o receptor e o doador pela equipe do
LACVET/UFRGS.

Resultados: atualmente o banco de sangue possui com 19


doadores permanentes, 28 cadastrados e 25 doadores que foram
permanentemente ou temporariamente excluídos durante alguma
etapa da triagem, exames ou durante a transfusão. No momento os

87
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

doadores são de tutores voluntários e de setores ligados ao governo


(Susepe e Brigada Militar), clientes do hospital que trazem doadores
para atender algum caso em particular, tutores acadêmicos de
medicina veterinária, funcionários e de canis de Porto Alegre e
região metropolitana.

Conclusão: conclui-se que o projeto banco de sangue atende a


comunidade do HCV/UFRGS porém ainda sofre carência de
doadores.

Descritores: medicina veterinária transfusional, treinamento de


práticas laboratoriais, hemocomponentes.

88
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DE BACTÉRIAS DE INTERESSE


VETERINÁRIO

Gustavo Ekman Tisbierek11,Rafaella Dalla Vecchia Sala11; Camila


Imperico Riboldi11, Jéssica Goulart da Rocha11, Carolina Rodrigues
11 11
Lautert ; *Franciele Maboni Siqueira
11
Laboratório de Bacteriologia Veterinária, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul/Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: franciele.siqueira@ufrgs.br

O diagnóstico bacteriano é de suma importância para o controle,


tratamento e profilaxia corretos das enfermidades infecciosas.
Muitas bactérias de interesse em Medicina Veterinária não são
facilmente cultiváveis ou necessitam de suprimentos específicos, o
que torna o diagnóstico microbiológico convencional oneroso e
demorado. Os métodos moleculares, como a PCR, são importantes
ferramentas para a agilidade e precisão no diagnóstico
bacteriológico, sendo atualmente empregado em grande escala por
diversos laboratórios no Brasil e no mundo. Esta ação visa realizar o
diagnóstico microbiológico convencional e molecular de diferentes
bactérias de interesse em veterinária no Laboratório de Bacteriologia
Veterinária (LaBacVet/FAVET/UFRGS).São recebidas amostras
biológicas, de diferentes origens e fontes, com suspeita de
contaminação bacteriana. Estas amostras são processadas para
cultivo e identificação bacteriana, realização de teste de
sensibilidade aos antimicrobianos, extração de DNA bacteriano,
ensaio de PCR e qPCR para identificação das bactérias envolvidas.
Com esta ação que teve início do mês de junho de 2018,

89
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

analisamos, até o presente momento, 36amostras biológicas de


origem animal, sendo que destas em seis foi solicitado e realizado o
teste de disco difusão para análise de susceptibilidade aos
antimicrobianos. Além disso, foram recebidas cinco amostras
biológicas ou cultivos celulares para identificação molecular direta
de bactérias. Foram recebidos também isolados bacterianos (cinco
no total) para a confirmação molecular da identidade dos mesmos.
Esta ação tem grande importância para a melhoria na qualidade do
diagnóstico laboratorial, e por consequência na saúde animal e
saúde pública. Além disso, o envolvimento de seis estudantes de
graduação tem propiciado aos mesmos o treinamento quanto à
execução e interpretação de técnicas moleculares. Como esta é
uma demanda crescente na área de medicina veterinária, essa ação
será contínua objetivando realizar o maior número de análises
possíveis no LaBacVet/UFRGS.

Descritores: diagnóstico molecular, bacteriologia, saúde animal,


saúde pública.

90
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DIAGNÓSTICO BACTERIOLÓGICO DE INFECÇÃO DO TRATO


URINÁRIO EM CÃESCOM HIPERADRENOCORTICISMO

Camila Imperico Riboldi11, Letícia Machado12, Milena Cleff de


Oliveira12, Luana Rodrigues², ÁlanGomes Pöppl12, *Franciele Maboni
11
Siqueira
11
Laboratório de Bacteriologia Veterinária (LaBacVet).Faculdade de
Veterinária (FAVET). Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.
12
Hospital de Clínicas Veterinárias. FAVET. UFRGS.

*e-mail: franciele.siqueira@ufrgs.br

A Síndrome de Cushing ou hiperadrenocorticismo (HAC) é uma


doença endócrina frequentemente diagnosticada em caninos
domésticos. Pelo efeito crônico e sistêmico da produção de
glicocorticoides nos animais acometidos, infecções concomitantes
são frequentemente relatadas. O objetivo desta ação é realizar o
diagnóstico bacteriológico de urina de cães com suspeita de
infecções do trato urinário, diagnosticados com
hiperadrenocorticismo, e já atendidos e acompanhados no Hospital
de Clínicas Veterinárias (HCV) da UFRGS.

Foram recebidas até o momento, pelo Laboratório de Bacteriologia


Veterinária (LaBacVet), 79 amostras de urina coletadas por
cistocentese, provenientes de cães com o diagnóstico HAC. As
urinas foram inoculadas em Ágar Sangue ovino 5% e Ágar
MacConkey, e incubadas a 37ºC durante 24 horas. Após esse
período, o crescimento total de unidades formadoras de colônias

91
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

(UFC) foi contabilizado para a definição do diagnóstico de ITU.


Posteriormente, a identificação do isolado bacteriano foi efetuada
pela ferramenta Maldi-Tof (Microflex Biotyper).Até o momento
estamos observando uma prevalência de isolados bacterianos nos
casos de ITU de animais com HAC de 15,9% (12 animais).
Especificamente, foram identificados oito isolados de Escherichia
coli (47%), seguidos de um isolado de cada uma das seguintes
espécies: Arthrobacter gandavensis (5,9%), Citrobacter sedlakii
(5,9%), Enterobacter aerogenes (5,9%), Enterococcus faecium
(5,9%), Klebsiella variicola (5,9%), Pantoea agglomerans (5,9%),
Proteus mirabilis (5,9%), Pseudomonas flavoscens (5,9%),
Staphylococcus epidermidis (5,9%), Staphylococcus equorum
(5,9%), Staphylococcus pseudintermedius (5,9%) e Streptococcus
lutetiensis (5,9%). Infecções mistas foram observadas em 12% dos
casos. A maior prevalência encontrada foi da espécie E. coli, sendo
esta relatada como a espécie bacteriana mais isolada em casos de
ITU de cães. Outros gêneros como Streptococcus spp. e
Staphylococcus spp. também são relatados comumente, porém
neste estudo, o gênero Staphylococcus spp. apresentou uma
prevalência de 17,7%, enquanto para Streptococcus spp. a
prevalência foi de apenas 5,9%, representado por apenas um caso.
Esta ação está permitindo o diagnóstico correto e rápido destas
infecções favorecendo uma conduta terapêutica correta por parte do
médico veterinário. Além disso, o acompanhamento dos tutores dos
cães, buscando condutas para reduzir a ocorrência destes infecções
vem melhorando a saúde geral dos animais.

92
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Descritores: isolados bacterianos, bacteriologia clínica, Maldi-Tof,


infecção trato urinário inferior, Escherichia coli

Agência de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento


Científico e Tecnológico (CNPq)

93
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DIAGNÓSTICO E CONTROLE DE MASTITE BOVINA EM


PEQUENAS PROPRIEDADES LEITEIRAS

Rafaella Dalla Vecchia Sala11; Cassiane Elisabete Lopes11; Camila


Imperico Riboldi11, Jéssica Goulart da Rocha11, Carolina Rodrigues
11 11 11
Lautert , Gustavo Ekman Tisbierek ; *Franciele Maboni Siqueira
11
Laboratório de Bacteriologia Veterinária, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul/Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: franciele.siqueira@ufrgs.br

A mastite bovina é a afecção de maior importância na bovinocultura


leiteira, sendo responsável pela redução da produtividade e
elevadas perdas econômicas para a atividade. A doença se
caracteriza pela inflamação da glândula mamária associada a
infecções principalmente bacterianas. Além de reduzir a qualidade
do leite, afetandoseu processamento nas indústrias, a mastite pode
representar risco à saúde pública pela transmissão de patógenos,
sendo o controle e a prevenção fundamentais dentro da propriedade
rural. Tendo em vista a importância dessa afecção, o projeto
intitulado “Diagnóstico e Controle de Mastite Bovina em Pequenas
Propriedades Leiteiras” tem como objetivo realizar coletas de
amostras de leite, diagnóstico bacteriológico e retorno técnico a
pequenas propriedades na região metropolitana de Porto Alegre
(RS), pelo Laboratório de Bacteriologia Veterinária
(LaBacVet/UFRGS). A equipe do projeto prestou assistência a três
propriedades leiteiras em diferentes municípios, Gravataí/RS, com
quatro vacas em lactação, Eldorado do Sul/RS, com 18 vacas em
lactação e Nova Erechim/SC, com 40 vacas em lactação. Durante

94
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

as coletas das amostras de leite foi possível diagnosticar que alguns


animais apresentavam mastite clínica, visualizada através de
alteração do aspecto do leite ao ordenhar os animais; e outros
mastite subclínica, detectada após o emprego do teste de triagem
denominado California Mastitis Test (CMT). Após análises
laboratoriais, o produtor foi orientado a utilizar a técnica da caneca
de fundo preto antes de todas as ordenhas, para identificar
alterações geradas por mastites clínicas; e que uma vez por semana
fizesse o teste CMT em todos os animais para identificar casos de
mastite subclínica. Também foi orientado a acrescentar à rotina da
ordenha as práticas de pré e pós-dipping, para prevenir a ascensão
de micro-organismos para a glândula mamária. A ação tem grande
importância para os pequenos produtores rurais e para os
estudantes de graduação, visto que proporciona a capacitação de
alunos envolvidos na coleta, diagnóstico, controle e implementação
de ações de prevenção de mastites. Além disso, a ação proporciona
ao produtor assistência técnica em sanidade leiteira, aproximando-o
dos serviços oferecidos peloLaBacVet/FAVET/UFRGS.

Descritores: mastite, diagnóstico, controle.

95
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS VETERINÁRIAS –


LABORATÓRIO ESCOLA

*Stella de Faria Valle10; Felix González10, Ana Paula Magoga2;


Felipe Okano2, Angélica Menin 10, Thaiane Albuquerque de Oliveira2;
2 2
Bruno Albuquerque de Almeida , Daiani Wissmann
10
Departamento de Patologia Clínica Veterinária, Faculdade de
Veterinária, UFRGS, Porto Alegre, RS.
2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de
Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: stellavalle@gmail.com (Autor – Apresentador: Ana Paula


Magoga)

Introdução: na Medicina Veterinária, os exames laboratoriais são


relevantes para a confirmação do diagnóstico clínico e
monitoramento das diversas enfermidades que afetam os animais. O
Laboratório de Análises Clínicas Veterinárias (LACVet) é um
laboratório escola que oferece, através da prestação de serviços
para comunidade interna e externa a UFRGS, treinamento em
patologia clínica veterinária através da realização de exames e
interpretação dos resultados. Através do LACVet ocorre uma
interação entre as atividades laboratoriais e as ações de ensino e
pesquisa da Faculdade de Veterinária e outras unidades da UFRGS.

Objetivos: como laboratório escola, o LACVet tem como objetivos


atender a comunidade através das análises clínicas veterinárias,
proporcionar a interação com atividades acadêmicas, proporcionar a
capacitação de acadêmicos de medicina veterinária e médicos
veterinários, dar suporte laboratorial ao Hospital de Clínicas

96
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Veterinárias e disciplinas de graduação e pós-graduação da


Faculdade de Veterinária, realizar treinamentos em exames
laboratoriais e fomentar interações acadêmicas de educação
continuada (simpósios, seminários e treinamentos).

Método: para execução do projeto, é disponibilizada a estrutura


laboratorial composta de um analisador hematológico veterinário
automatizado, centrífugas, analisador bioquímico automático,
analisadores de gases e eletrólitos, microscópios, materiais diversos
para coleta e processamento de amostras de sangue, urina e
líquidos cavitários. As amostragens podem ser realizadas no
laboratório ou as amostras são enviadas pelos médicos veterinários
solicitantes. Os resultados, após conferidos são enviados de
maneira eletrônica para os médicos veterinários. Durante a
realização dos exames, é realizado o treinamento em serviço de
médicos veterinários residentes e acadêmicos de medicina
veterinária. A discussão dos casos clínicos ocorre à medida que há
o desenvolvimento das etapas analíticas. Além disso, há
disponibilidade de auxílio na resolução de casos clínicos de
pacientes do Hospital de Clínicas Veterinárias.

Resultados: durante a vigência do projeto foram realizados mais de


4.000 exames compreendidos entre hemograma, coagulograma,
bioquímica sanguínea, sorologia, hemogasometria, citologia,
urinálise, analise de líquidos cavitários e citologia. O treinamento em
serviço atendeu 3 médicos veterinários residentes e foram recebidos
3 estagiários de final de curso de universidades do país. Projetos de
pesquisa estão em desenvolvimento no laboratório e há o apoio a
projetos de professores das áreas de clinica e cirurgia além de
97
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

outras unidades da UFRGS. No ensino, o laboratório deu suporte as


disciplinas de graduação, pós-graduação e além de ser o cenário de
prática para o programa de residência, atende a demanda do Curso
de Especialização em Patologia Clínica Veterinária.

Conclusão: nesses rumos, conclui-se que o LACVet atende a


comunidade acadêmica e desempenha seu papel precípuo na
formação profissional.

Descritores: patologia clínica veterinária, treinamento de práticas


laboratoriais, intepretação de exames laboratoriais.

98
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

MONITORAMENTO DA VERMINOSE EM EQUINOS ORIUNDOS


DE PORTO ALEGRE/RS EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS

*Luiza Peters de Souza13; Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes13;


Sandra Márcia Tietz Marques13
13
Setor de Helmintoses. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul/Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: luizapeters@gmail.com

Desde os primórdios, a sociedade mantém contato com os cavalos,


utilizando-os para tração, arma de guerra, esporte e lazer, nos dias
de hoje. As verminoses nos equinos são capazes de afetar seu
desenvolvimento, podendo causar desde pequenos desconfortos
abdominais a casos fulminantes de cólica e morte. O objetivo deste
relato é divulgar como é realizado o controle de verminose em
instituições públicas na região metropolitana de Porto Alegre/RS.
Foram incluídos nesta investigação 50 cavalos, 20 animais do abrigo
da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e 30
cavalos do 3° Regimento de Cavalaria de Guarda Regimento
Osório, (3° RCG). A EPTC é um órgão governamental pertencente à
Prefeitura Municipal de Porto Alegre e é responsável por regular e
fiscalizar as atividades relacionadas ao trânsito e transportes no
Município de Porto Alegre. O serviço de recolhimento, remoção e
guarda de Animais da EPTC, localizado no município de Porto
Alegre, conta com um caminhão equipado com guincho munck com
capacidade para recolhimento mútuo de cinco animais, 12 baias em
alvenaria para animais debilitados, serviço veterinário e funcionários
para tratamento, limpeza, manutenção do campo e atendimento ao
público. O abrigo conta com uma área de 20 hectares, além de
99
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

cocho de alimentação e bebedouro. Todos os cavalos recolhidos por


abandono ou vítimas de maus-tratos, quando recuperados, ficam
soltos no campo, interagindo com os outros animais para dessa
forma restabelecer seu contato com a natureza. Os animais que
requerem maiores cuidados ficam encocheirados até seu
restabelecimento. O 3° RCG possui um efetivo equino com 200
animais para cumprir suas missões de representação, garantia da lei
e da ordem e atividades de instrução equestre. Os cavalos vivem
uma rotina diária de trabalho e em permanente convívio com o
homem. Devem estar livres dos maus-tratos, da fome, da sede e da
dor. Eles são mantidos estabulados, quando não estão em serviço e
são arraçoados nas cocheiras. As fezes dos cavalos examinados
foram colhidas diretamente da ampola retal em uma visita ao sitio
onde se localiza o abrigo, da mesma forma aos animais do
Regimento Osório. Após encaminhadas ao Laboratório de
Helmintologia da FAVET/UFRGS (Helminlab) para o processamento
das amostras pelos métodos Willis Mollay, Gordon & Whitlock e
Roberts & O’Sullivan. Do total das amostras biológicas
70%apresentavam ovos de helmintos, sendo que 100 % dos
animais que estavam no sitio do EPTC apresentavam ovos de
helmintos nas suas fezes enquanto que 63 % dos animais do
exército tinham ovos de Strongyloidea. Os anti-helmínticos eram
escolhidos de acordo com o custo dos mesmos, nem sempre sendo
o recomendado. A alta prevalência observada nos exames reforça a
importância de se aplicar os protocolos anti-helmínticos de forma
adequada e a execução de exames coproparasitológicos rotineiros
para imprimir o adequado manejo sanitário. Neste sentido o

100
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Helminlab, que atua como ação de extensão, beneficia os animais e


sem custo para a EPTC e o 3° Regimento Osório.

Descritores: exame parasitológico de fezes, helmintos, equinos,


controle.

101
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PERCEPÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS E FUNCIONÁRIOS


SOBRE CONTROLE DE VERMINOSE EM OVINOS NA
EXPOINTER

Carolina Rigotto Murari13; Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes13;


Sandra Tietz Marques13; Catharina B. Noé Karine Krause13; Vinicius
13
Gomes
13
Setor de Helmintoses. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul/Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: mary.gomes@ufrgs.br

A Expointer é uma feira de agronegócio que possui como uma das


principais atrações a exposição dos melhores exemplares das raças
de animais da pecuária sulista. No ano de 2017 o Laboratório de
Helmintologia da UFRGS foi até a Expointer com enfoque nos
ovinocultores e seus animais em exposição.

Objetivo: a ação se baseou na aplicação de um questionário, com o


intuito de saber qual o manejo utilizado na propriedade com os
animais e no ambiente.

Método: o questionário foi elaborado por integrantes do Laboratório


de Helmintologia da UFRGS. A equipe do laboratório foi até o
parque de exposição abordando os responsáveis pelos animais
explicando o projeto e pedindo a autorização para a realização do
questionário e das coletas de fezes. As perguntas eram focadas no
manejo e na escolha dos antiparasitários, se as ovelhas tinham
contato com outros animais e qual o destino das fezes.

Resultados: vinte ovinocultores autorizaram a realização do


questionário. Os animais eram das seguintes raças: 21 % Texel;

102
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

15,8 % Hampshire down; 15,8 % Ile de france; 15,8 % Crioula; 10,5


% Dorper; 5,3 % Ideal; 5,3 % Corriedale; 5,3 % Poll dorset e 5,3 %
Karakul. Na propriedade quem decidia o vermífugo era: 52,6 %
Proprietário; 21,1 % Médico veterinário; 10,5 % Cabanheiro; 5,2 %
Zootecnista; 5,2 % Médico veterinário e cabanheiro e 5,2 % não
sabia quem realizava a escolha do vermífugo. Qual o motivo douso
do antiparasitário: 30 % sinais clínicos (famacha) e algum tipo de
dosificação estratégica; 30 % só dosificação estratégica; 25 % só
sinais clínicos (famacha); 10 % sinais clínicos e exame de fezes
(OPG) e 5 % só realizam exame de fezes (OPG). Os anti-
helmínticos mais usados foram: 17 % cydectin; 14 % albendazol;
11% ripercol; 8% diantel; 8% ivermectina; 8% zolvix; 6 % disofenol;
6% dovenix; 14% usavam outros produtos e 8% não sabiam. A
última dose tomada antes da feira foram: 31,6 % usaram 7 a 15 dias
antes; 21 % de 15 a 30 dias antes; 10,5 % de 30 a 60 dias antes; 21
% mais de 60 dias e 15,8 % não sabiam quando foi a última vez que
foi dado o antiparasitário. Sobre a disposição dos animais junto com
outras espécies: 84,2% ficam em piquetes só com ovinos, 10,5 %
divide espaço com bovinos e 5,3 % ficam juntos com equinos. E a
última pergunta se referia ao destino das fezes nas propriedades:
26,3 % deixam as fezes no campo e usam esterqueiras; 52,6 %
deixam as fezes no campo; 5,3 % usa estrumeira; 5,3 % usa como
adubo; 5,3 % recolhe as fezes e 5,3 % não sabia o destino das
fezes.

Conclusão: com a união dos dados nota-se que o médico


veterinário poderia ter uma melhor atuação sobre a escolha do
vermífugo e sobre a conscientização da contaminação dos animais

103
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

pelas fezes. Mostrar, também, o quão importante é realizar exames


de fezes para saber qual o verme que está em maior frequência na
sua propriedade e como lidar com ele ou como manter os seus
animais em baixos níveis de infecção para obter uma melhor
produção e bem estar dos animais

Descritores: Expointer, ovinos, questionário.

104
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PORTAL DO PAMPA: MANEJO PARASITÁRIO EM BOVINOS


NAS COXILHAS DE CAÇAPAVA DO SUL – RS

Karine Krause 13; Ana Claudia Lima Pandolfo13; Vinicius


T.M.Gomes13; Sandra M. Tietz Marques13; Mary Jane Tweedie de
13
Mattos-Gomes
13
Setor de Helmintoses. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul/Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: karinekrause@yahoo.com.br (Autor – Apresentador)

A Cabanha Portal do Pampa situa-se em Caçapava do Sul/RS, fez


parte de um projeto de extensão junto com o laboratório de
Helmintologia da FAVET/UFRGS, com o objetivo de uma integração
aluno x pecuarista x peão. A propriedade tem 130 hectares e possui
110 bovinos, entre fêmeas e machos de diferentes idades. A
atividade foi desenvolvida com foco principal no controle de
verminose em vacas vazias e em terneiros, ambos da raça Angus e
Braford. Para isto, foram coletadas amostras de fezes entre os
meses de setembro e outubro de 2018 e foi aplicado um
questionário para registrar o manejo parasitário. E na entrevista com
o funcionário da propriedade constatou-se que a verminose era
controlada, a partir do conhecimento do período entre as
medicações anti-helmínticas e a época do ano, não havendo um
protocolo determinado. Os anti-helmínticos mais utilizados foram
ivermectin e levamisole. Não havia controle através de exames
parasitológicos de fezes. Quem escolhe o produto é o funcionário
alternando os princípios ativos em cada medicação. Geralmente, o
escore corporal é levado em conta para utilização de anti -
helmínticos. Quanto à avaliação parasitológica foram utilizados os

105
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

métodos Gordon & Whitlock, Dennis- Stone & Swanson e Willis-


Mollay, observando que em 10% das amostras apresentavam ovos
de helmintos, sendo Strongyloidea (8%); Trichuris(1%) e
Neoascaris(1%).Através desta ação de extensão foi possível
conhecer tanto os aspectos administrativos e gerenciais da
propriedade, quanto os de rotina do trabalho do funcionário. Desta
forma, desenvolvendo habilidades de integração e convívio,
permitindo agregar conhecimento e contribuindo para a formação
acadêmica.

Descritores: manejo parasitário, bovinos, anti-helmíntico, opinião,


funcionário.

106
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

PROGRAMA PROTOZOOVET DE TREINAMENTO NO


DIAGNÓSTICO DEPROTOZOOSES E RICKETTSIOSES

*Renata Fagundes Moreira14,15; Isadora Schnorr15; Lina Crespo


Bilhalva15; João Fabio Soares15
14
Centro Universitário Ritter dos Reis, Porto Alegre, RS, Brasil;
15
Laboratório de Protozoologia e Rickettsioses Vetoriais – FAVET-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: renata.fagundes.mm@gmail.com (Autor – Apresentador)

Introdução: as doenças causadas por protozoários representam


grandes perdas econômicas na produção e saúde animal, bem
como, na saúde pública como zoonoses. A importância de um
correto e eficaz diagnóstico auxilia os serviços de saúde no controle
de focos, profilaxia e tratamentos eficientes. A necessidade de
pessoas capacitadas para trabalhar em diversas áreas dentro de um
laboratório de parasitologia auxilia o andamento das atividades e
também instiga o conhecimento e prepara estudantes de graduação
para seguir em atividades de pesquisa, ciência e docência. A troca
de experiência com alunos de diferentes instituições de ensino visa
a oportunidade de aprendizado com métodos, protocolos e rotinas
distintas.

Objetivos: o objetivo deste projeto de extensão foi capacitar


acadêmicas de Medicina Veterinária para realizar diferentes
atividades rotineiras do laboratório, utilizar diferentes métodos
diagnósticos, interpretar e identificar protozoários e riquétsias de

107
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

importância veterinária, auxiliar e participar de atividades de


pesquisa e ensino no laboratório bem como a campo.

Método: o Laboratório de Protozoologia e Rickettsioses Vetoriais


(ProtozooVet) realiza exames solicitados pelo Hospital de Clínicas
Veterinárias, PRESERVAS, setor de patologia e pelas linhas de
pesquisa da graduação e pós-graduação. Os processos de
aprendizagem iniciam desde o recebimento das amostras,
preenchimento de ficha junto ao solicitante, identificação das
amostras, anotação das amostras em caderno interno,
processamento daa amostras e envio de laudo. Na área de
coproparasitologia, o laboratório possui uma sala para a realização
das técnicas ligadas ao material fecal, com protocolos padrões,
contando com centrífuga, materiais básicos do protocolo e
microscópios. É possível também auxiliar as pesquisas da pós-
graduação na área de biologia molecular, observando técnicas
desde a extração de DNA até o processamento da PCR.

Resultados: durante o período no laboratório foi possível a


realização das atividades propostas no projeto e aqui descritas, sob
supervisão do professor responsável, bem como, a realização de
pesquisas, resumos apresentados em congressos e simpósios e
submissão de artigo com os achados das atividades exercidas na
extensão (coproparasitologia, morfologia e biologia molecular),
corroborando o objetivo do laboratório e seu comprometimento com
o ensino para alunos de graduação.

Conclusão: o aprendizado adquirido durante a extensão serviu


como base para inspirar uma das alunas inscrita a participar da

108
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

seleção de mestrado acadêmico no Programa de Pós-Graduação


em Ciências Veterinárias na área de parasitologia, mostrando que o
projeto atingiu seus objetivos de difundir o conhecimentona área de
parasitologia para a graduação.

Descritores: doenças parasitárias, práticas em parasitologia,


extensão.

109
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO DAS PROTOZOOSES


GASTROINTESTINAIS DOS ANIMAIS SILVESTRES ATENDIDOS
NO PRESERVAS 2018

Ana Paula Gonçalves15; Karina Oberrather15; *Isadora Schnorr15;


15 16
Laura de Campos Farezin ; Aline Girotto Soares ; Lina Crespo
15 15 15
Bilhalva ; Livia Eichenberg Surita ; Marcelo Meller Alievi ; Mary
15 15
Jane Tweedie de Mattos Gomes ; Sandra Marcia Tietz Marques ;
15
João Fábio Soares .
15
Laboratório de Protozoologia e Rickettsioses Vetoriais – FAVET-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.
16
Instituto de Pesquisas Veterinárias DesidérioFinamor – IPVDF –
Eldorado do Sul, RS, Brasil.

*e-mail: isah.schnorr@hotmail.com(Autor – Apresentador)

Introdução: avaliar a presença de protozoários relacionados à


gastroenterites parasitárias é de importância para a preservação das
espécies acometidas, pois animais silvestres mantidos cativos ou
capturados estão sob uma condição de estresse que favorece o
desenvolvimento destes agentes. As alterações nos ecossistemas,
como o desmatamento e o avanço das fronteiras agrícolas alteram
as condições de sobrevivência das espécies de animais silvestres e
muitas vezes a escassez de alimentos os leva para um contato cada
vez mais próximo com populações de animais domésticos. Esta
proximidade pode ser maléfica para ambas as partes, seja pela
predação ou pela transmissão de patógenos entre os indivíduos.
Estas condições podem também favorecer o dano causado por
110
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

protozoários gastrointestinais em populações de vida livre. Sendo


assim, ofertar um serviço que visa avaliar os animais silvestres
frente à infecção por estes parasitos é de grande valia para orientar
a reintrodução destes animais.

Objetivos: proporcionar o diagnóstico etiológico das gastroenterites


parasitárias e consequentemente a terapêutica adequada; Contribuir
para a recuperação de pacientes atendidos no Núcleo de
Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres da UFRGS
(PRESERVAS); Evitar o fluxo de protozoários entre espécimes
ameaçados e assim contribuir para a preservação. Detectar a
presença de coccídeos dentre outros protozoários nas amostras
analisadas; Proporcionar aos alunos a oportunidade de trabalhar
com diagnóstico de enfermidades em animais silvestres.

Método: as fezes dos animais mantidos no PRESERVAS foram


recolhidas do recinto, preferencialmente logo após a defecação,
individualizadas em frascos coletores e mantidas na geladeira até o
momento do exame, não ultrapassando 72 horas pós-coleta. Antes
do exame microscópico, as fezes foram analisadas
macroscopicamente para determinar a consistência, coloração,
presença ou ausência de sangue e muco. Posteriormente foram
processadas no Laboratório de Protozoologia, empregando-se os
métodos de Faust e Ziehl-Neelson, nos quais é realizado centrífugo-
flutuação e esfregaço de fezes para pesquisa de Cryptosporidium
spp., respectivamente. Fezes diarreicas também foram submetidas
ao exame direto de fezes. Estes achados foram compilados em
tabelas.

111
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Resultados: foram recebidas 86 amostras. Destas, 53,5%


pertenciam a mamíferos, 38% de aves e 2,3% provenientes de
répteis. Um total de 10,46% das amostras foram positivas para pelo
menos uma espécie de parasito. Destas, 3,49% foram positivas para
Cryptosporidium, 3,49% continham outros coccídeos, 1,16%
continham outras espécies de protozoários gastrointestinais, 1,16%
continham ovos de helmintos e 1,16% do total de positivas
continham larvas de nematódeos pulmonares.

Conclusão: os achados permitiram o envolvimento dos alunos de


graduação com técnicas de diagnóstico coproparasitológico
subsidiando seu maior contato com o tema, bem como, ajudaram no
diagnóstico diferencial das enfermidades que acometiam os animais
silvestres e auxiliaram na orientação da terapêutica destes animais.
No caso de animais hígidos positivos, estes dados poderão servir
para orientar uma reintrodução responsável ou para nortear medidas
preventivas em animais mantidos cativos. Ofertar um serviço de
diagnóstico para animais silvestres que possam ser reintroduzidos
ou cativos se mostra importante, visto que um diagnóstico
preventivo minimiza a disseminação de protozoários
gastrointestinais, além de proporcionar aos alunos a oportunidade
de se envolverem com o projeto de extensão. Este conjunto de
medidas visa evitar a disseminação de agentes entre as populações
de cativeiro ou de vida livre.

Descritores: parasitologia, animais silvestres, extensão.

112
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

RESULTADOS PARCIAIS DA ROTINA DO LABORATÓRIO DE


VIROLOGIA DURANTE O ANO DE 2018

*Manoela I. Ferreira17; Bianca Saggin17;Leonardo R. L. da Silva17;


Juliana do C. Olegário17; Letícia F. Baumbach17; Bruno G. da
17 17 17 17
Luz ;Daniela E. Puhl ; Raíssa Canova ; Mariana S. da Silva ;
17 17 17
Willian P. Paim ; Ana C. S. Mósena ; Christian D. B. T. Alves ;
17 17 17
Simone Silveira ; Samuel P. Cibulski ; Matheus N. Weber ;
17 17
Renata da F. Budaszewski ; Cláudio W. Canal
17
Laboratório de Virologia, Faculdade de Veterinária/UFRGS, Porto
Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: manuferreira_301@msn.com (Autor – Apresentador)

Introdução: as técnicas de diagnóstico laboratorial são uma


ferramenta essencial na rotina do médico veterinário. O Laboratório
de Virologia Veterinária realiza ações de extensão com médicos
veterinários clínicos, patologistas e produtores rurais através do
diagnóstico viral e produção de vacinas autógenas. Essas ações
estreitam o vínculo entre a UFRGS e a comunidade, promovendo
um melhor atendimento e direcionamento dos tratamentos
veterinários.

Objetivos: o presente trabalho registra os dados de diagnóstico viral


e produção de vacinas autógenas contra papilomavírus para animais
de produção e de companhia realizados entre os meses de janeiro e
setembro de 2018 como prestação de serviços, atendendo a
demanda de médicos veterinários que atuam em diversos setores
da sociedade, incluindo o HCV, bem como de proprietários
particulares.

113
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Método: amostras de fezes, soro, urina, líquor e órgãos são


recebidos e o diagnóstico é realizado conforme a suspeita clínica,
através de PCR ou RT-PCR espécie-específica. Amostras de
papiloma bovino e, ocasionalmente, de equinos e cães, são
recebidas e vacinas autógenas inativadas por formol são produzidas
segundo protocolo estabelecido pelo laboratório. Para cada animal,
são produzidas 3 doses da vacina. Os resultados obtidos no
diagnóstico viral e o número de doses de vacina produzidas durante
o ano foram compilados e analisados.

Resultados: entre janeiro e setembro de 2018, foram recebidas 270


amostras (26%) para diagnóstico viral e 750 doses (74%) de vacina
autógena foram produzidas, correspondendo a 250 animais
imunizados. Para diagnóstico, 190 amostras (70%) eram
provenientes de bovinos, 56 de cães (21%), 19 de ovinos e caprinos
(7%) e 5 de outras espécies (2%). Entre as amostras de bovinos, 81
foram testadas para BVDV (5% positivas) e 96 para BPV (4%
positivas); entre os cães, 55 amostras foram testadas para CDV
(30% positivas) e somente uma para CPV-2 (negativa); para ovinos
e caprinos, 12 amostras foram testadas para MVV (58% positivas), 6
para BTV (100% negativas) e uma para CAEV (positiva). Outros
vírus testados em menor escala foram BLV, EAV, EHV, BoHV, SBV,
YFV, HEV, BRSV, PI-3, ENTV, APPV, CAdV e FCV, com resultados
inexpressivos.

Conclusão: os resultados demonstram que as espécies canina e


bovina são responsáveis pela maior demanda, tanto de diagnóstico
viral como de produção de vacinas, atendendo a necessidade de
médicos veterinários que trabalham na área clínica e na área de
114
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

produção. A integração entre laboratório e comunidade possibilita


uma tomada de decisões adequada, seja para tratamento em
pequenos animais, protocolos para controle e prevenção através da
vacinação, e controle do status de um rebanho. Essa parceria traz
como benefício também o treinamento dos alunos e o conhecimento
gerado que são repassados aos alunos de graduação e pós-
graduação em aulas práticas realizadas nas dependências do
Laboratório.

Descritores: virologia, diagnóstico viral, vacina autógena, animais


domésticos, FAVET.

Agradecimentos: CAPES, CNPq, FAPERGS.

115
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SETOR DE HELMINTOSES: CONEXÃO DE SABERES.

Como a Helmintose faz isto?

Luiza Mentrier13; *Mary Jane Tweedie de Mattos Gomes13; Sandra


13 13
Márcia Tietz Marques ; Ana Claudia Pandolfo ; Lara Zortea
13 13 13 13
Girotto ; Karine Krause ; Carolina Murari ; Laura Faresini
13
Laboratório de Helmintologia Veterinária Federal do Rio Grande
do Sul/Faculdade de Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: mary.gomes@ufrgs.br

O Setor de Helmintoses da Faculdade de Veterinária/UFRGS há


mais de três décadas vem realizando atividades junto aos
produtores rurais e tutores de pets. Nele funcionam o laboratório de
rotina–Laboratório de Helmintologia e o Laboratório de
Pesquisa/Extensão. O objetivo deste relato é a divulgação das
atividades realizadas pela equipe do Laboratório de Helmintologia.
As parcerias envolvem EMATER, Prefeitura de Porto Alegre e de
municípios próximos a Grande Porto Alegre. Através destes
contatos realizamos visitas às propriedades dos municípios de
Viamão, Arroio dos Ratos, Guaíba. Santo Antônio, Farroupilha e
Caxias. Dias de campo são realizados em solicitação de produtores
rurais em todo o Rio Grande do Sul e fronteira com Santa Catarina.
Alguns dos projetos de extensão foram apresentados em
Congressos de Extensão universitária na Argentina e Uruguai. Entre
as atividades de diagnóstico laboratorial são oferecidos testes de
diagnostico de resistência anti-helmíntica com a participação em
propriedades rurais. Também têm parceria com industrias
farmacêuticas veterinárias o que tem permitido a avaliação de anti-
116
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

helmínticos antes do inicio de sua comercialização e obtenção de


recursos para proporcionar melhorias no espaço físico. Um dos
projetos de extensão cujo objetivo é a formação de alunos no
sentido de humanização e acesso aos conhecimentos fora de sala
de aula é a participação na Exposição Internacional EXPOINTER,
tendo sido a 26ªedição neste ano de 2018. O Laboratório mantém
uma integração com outros projetos de extensão do Setor de
Grandes Animais; Estação experimental agronômica; Preservas
entre outros. Mantém parceria com outras instituições públicas como
Exército e Brigada Militar. A equipe do Laboratório foi premiada com
o melhor trabalho apresentado em Congresso Brasileiro de
Parasitologia Veterinária. Nos últimos cinco anos foram realizados
11.572 exames parasitológicos de fezes. As visitas as propriedades
produtoras de ovinos, bovinos e avestruzes trouxeram subsídios
para novas pesquisas e publicação de monografias, dissertações
entre outros. Através da realização de projetos de extensão tanto
nas propriedades rurais como no HCV e outras instituições foi
possível a unir estas atividades com a pesquisa cientifica
contribuindo com a formação universitária através de apresentação
de monografias e dissertações.

Descritores: extensão, helmintoses, conexão.

117
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE PRODUÇÃO DE SOROS POLICLONAIS


18
*Itabajara da Silva Vaz Junior
18
Faculdade de Veterinária e Centro de Biotecnologia, UFRGS,
Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: Itabajara.vaz@ufrgs.br

Introdução. Com o crescimento de projetos de pesquisa voltados a


caracterização de genes e proteínas de vários organismos no Brasil
criou-se também a necessidade do desenvolvimento de reagentes
adequados a estas pesquisas. Nesta fase, anticorpos contra as
proteínas nativas e recombinantes de diferentes organismos
colocam-se como uma ferramenta fundamental para o estudo de
suas funções. Neste contexto, a criação de um serviço de produção
de anticorpos para o atendimento de vários laboratórios de pesquisa
facilitou o desenvolvimento destes projetos.

Objetivos: o projeto visa atender a demanda de produção de


anticorpos policlonais, provenientes de pesquisadores de
instituições pública, privadas e empresas. Visa também avaliar
reagentes e componentes imunológicos utilizados nas diferentes
instituições e empresas. Também atende à demanda de
treinamentos a serem realizadas por solicitação de instituições e
empresas, na área de imunologia e diagnóstico imunológico para
técnicos de instituições e empresas.

Método: o serviço compreende da inoculação da proteína enviada e


caracterização do soro produzido. Para isto, os coelhos são
inoculados com uma emulsão da proteína e adjuvante. Após quatro

118
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

inóculos é retirada uma amostra de sangue para determinar o título


do soro. Para quantificação da produção de anticorpos contra o
antígeno realizamos o teste de dot-blot e/ou ELISA. Quando o
animal apresenta anticorpos de maneira satisfatória é feita a coleta
do sangue. O soro é caracterizado e enviado para o usuário do
serviço.

Resultados: o serviço foi iniciado em 2003 a partir de um edital da


FINEP com a produção de mais de 550 soros para diferentes
usuários.

Conclusão: o serviço tem permitido que pesquisadores brasileiros


tenham acesso a soros com preços adequados à realidade nacional,
com altos padrões de qualidade exigidos na pesquisa, na clínica e
na indústria e em outros órgãos relacionados ao setor.

Descritores: projetos de pesquisa, anticorpos, imunológicos.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

SERVIÇO DE DIAGNÓSTICO PATOLÓGICO EM MEDICINA


VETERINÁRIA: LEVANTAMENTO DE CASOS DE BIÓPSIAS E
NECROPSIAS DO SETOR DE PATOLOGIA VETERINÁRIA-
UFRGS
19 19 19
*Marianna Bertolini ; Mônica Slaviero ; ThainãP.Vargas ; Saulo
19 19 19
Petinati Pavarini ; David Driemeier ; Luciana Sonne
19
Setor de Patologia Veterinária, Faculdade de Veterinária-
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.

*e-mail: marianna.bertolini@outlook.com

Introdução: o Setor de Patologia Veterinária da Universidade


Federal do Rio Grande do Sul (SPV-UFRGS), localizado na
Faculdade de Veterinária da UFRGS, exerce atividades de ensino,
pesquisa e extensão através do diagnóstico de enfermidades por
meio de análises citológicas, macroscópicas e microscópicas, e
dispõe de exames de imuno-histoquímica (IHQ) e Reação em
Cadeia de Polimerase (PCR).As amostras recebidas foram
provenientes do Hospital de Clínicas Veterinárias(HCV-UFRGS),
hospitais e clínicas particulares, veterinários autônomos, além de
Secretárias de Saúde e Agricultura, IBAMA e zoológicos
particulares. O laboratório realiza saídas em campo para a
realização de necropsias requisitadas por médicos veterinários e
produtores rurais. São elaborados trabalhos científicos por pós-
graduandos e alunos da graduação, bolsistas de iniciação científica
e de extensão tecnológica. A equipe é composta de quatro
professores, 27 pós-graduandos, três técnicos e 10 estagiários.

120
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

Objetivo: esse trabalho tem por objetivo descrever a casuística do


SPV-UFRGS a partir de um estudo retrospectivo.

Método: foram analisados os registros de necropsia e


anatomopatológicos do SPV-UFRGS no período de 2008-2017, com
a compilação de dados referentes a espécie e diagnóstico.

Resultados: entre 2008 e 2017, foram realizadas 38.558 biópsias e


11.024 necropsias. As espécies de maior casuística em biopsias
foram a canina (57%), suína (18%) e bovina (11%), seguida pelas
espécies felina (5%), equina (4%), ovina (3%), aves (2%) e caprinos
(0,1%). Das necropsias, a espécie canina apresentou maior
casuística (40%), seguida da felina (21%), suína (10%), bovina (9%),
aves (8%), equina (6%), caprina (3%) e ovina (3%). Dando um
enfoque maior no ano de 2017, foram realizados 4.314 exames
histopatológicos e citológicos, sendo 38% caninos, 10% bovinos, 9%
suínos, 7% felinos, 4% equinos, 1% ovinos, 0,7% aves e 0,02%
caprinos. Outras espécies representaram 31% das amostras, no
qual estão espécies como roedores, repteis, mamíferos aquáticos e
outras espécies exóticas ou silvestres. Foram 2.315 exames
histológicos, 378 citológicos, 122 PCRs e 43 IHQ. Dos diagnósticos,
foram cerca de 1.000 casos de neoplasias, 400 de infecções
bacterianas ou virais, tendo apenas 235 inconclusivos. Em relação
às necropsias, foram realizadas 1.427, sendo29% cães, 15%
suínos, 13% felinos, 10% aves, 9% bovinos, 9% caprinos, 3%
ovinos, 3% equinos e 9% outras espécies como silvestres e
exóticas. Destes, 581 foram diagnosticados como causa infecciosa,
inflamatória e/ou parasitária; 180 como neoplasias; 423 com outras

121
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

causas de morte como insuficiência cardíaca congestiva, rupturas,


traumatismos, entre outros.

Conclusão: a expressiva casuística do SPV-UFRGS possui


relevância no âmbito nacional e internacional, através de pesquisas
desenvolvidas e publicação de trabalhos científicos, treinamento de
pessoal, além de auxiliar no diagnóstico para médicos veterinários
clínicos e/ou produtores rurais.

Descritores: patologia veterinária, exame post-mortem,


anatomopatológico, diagnóstico.

Agradecimentos: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do


Rio Grande do Sul (FAPERGS) e ao MEC pela concessão de bolsas
aos alunos de graduação, pós-graduação e pós-doutorado.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA DO ICBS-UFRGS

PROJETO DE RESTAURAÇÃO E CONFECÇÃO DE PEÇAS


ANATÔMICAS DE ANIMAIS PARA FINS DIDÁTICOS E DE
EXPOSIÇÃO
20 20
*Nicolle De Azevedo Alves ,Renata Bianco Demartini ; Ana
20 20
Cristina Pacheco De Araújo ; Yago Martins Pereira ; Bianca
20 20
Martins Mastrantonio Werner Krebs ; Juliana Voll ; Sueli Hoff
Reckziegel20
16
Laboratório de Anatomia Comparada de Animais domésticos,
Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: nicolleazevedo340@gmail.com

O estudo da anatomia comparada é de fundamental importância


para vários profissionais, pois possibilita conhecer e compreender as
estruturas anatômicas dos animais. O laboratório de anatomia
comparada dos animais domésticos apresenta um grande acervo de
peças anatômicas, sendo bem diversificadas e abrangentes. O
laboratório contempla disciplinas dos cursos de veterinária,
agronomia e zootecnia, tendo uma circulação semestral de 250
alunos aproximadamente. O objetivo geral do projeto é de restaurar
as peças anatômicas já existentes no laboratório e confeccionar
novas peças utilizando diferentes métodos de preparação. Além
disso, o projeto visa recuperar a primeira coleção de animais
taxidermizados do Rio Grande do Sul, datada da década de vinte,
feita pelo pesquisador alemão Rudolf Gliesch. Os alunos
participantes do projeto irão aprimorar seus conhecimentos
anatômicos, além de proporcionar, a comunidade acadêmica e
geral, peças bem confeccionadas e didáticas, que serão utilizadas

123
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

nas aulas e em exposições temporárias e permanentes. Até o


momento foram realizadas as seguintes ações: dissecções de peças
anatômicas de várias espécies animais, montagens de esqueletos e
a restauração parcial da coleção de animais taxidermizados. Parte
desta coleção já está exposta em um local de grande circulação na
faculdade de veterinária. Este material irá compor uma exposição
permanente, juntamente com outras peças confeccionadas no
laboratório utilizando diversas técnicas de preparação anatômicas,
tais como corrosão, diafanização, injeção de látex entre outras. Em
relação às dissecções foram confeccionadas peças de face e da
cavidade abdominal de cães, corações de bovino, cão e equino, de
genitais masculino e feminino de suíno, ovino e equino e também
articulações de cães dos membros torácico e pélvico. Quanto aos
esqueletos já foram recuperados cerca de dez exemplares de
diversas espécies como de carnívoros, aves e roedores. Além de
tudo isso o projeto foi responsável pela organização da exposição
do laboratório durante o evento “UFRGS Portas Abertas 2018”.
Primeiramente os visitantes assistiam um filme, de cerca de cinco
minutos, que explicava o funcionamento de todo o setor e
apresentava o corpo docente, técnico e discente que circulam neste
local. Após, os visitantes eram encaminhados para o laboratório,
onde foi montada uma exposição com peças confeccionadas com
diferentes técnicas e separadas por espécies. Em cada mesa
tínhamos dois alunos que explicavam como essas peças foram
confeccionadas e esclareciam as dúvidas dos visitantes.

Descritores: restauração, peças anatômicas; ensino.

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II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

ESTAÇÃO EXPERIMENTAL AGRONÔMICA DA UFRGS

VIVÊNCIAS PRÁTICAS NA MEDICINA VETERINÁRIA-

I FARM EXPERIENCE DA EEA 2018


3 3 21
Vinicius T.M.Gomes ; André Zabandzala ; *Verônica Rolim
3
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS,
Brasil.
21
Estação Experimental Agronômica/UFRGS, Eldorado do Sul, RS,
Brasil.

*e-mail: eea@ufrgs.br

A Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do


Rio Grande do Sul (EEA UFRGS) é um órgão auxiliar da Faculdade
de Agronomia. A EEA-UFRGS e tem como objetivo principal apoiar
as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelas
Faculdades de Agronomia, Zootecnia e Veterinária da UFRGS,
envolvendo docentes e alunos de graduação e pós-graduação. O
projeto foi realizado na Estação Experimental agronômica localizada
em Eldorado do Sul – RS com o objetivo de oportunizar as vivências
práticas na Medicina Veterinária, visando o manejo sanitário,
reprodutivo e clínica de Bovinos de corte (Brangus).O foco principal
do projeto foi propicionar experiências em Clinicas de Grandes
Ruminantes, manejo de sanitário como calendários de vacinação e
aplicação de protocolos reprodutivos, administração de fármacos
para a realização de IATF e diagnóstico de gestação por ultrassom.
Além de atividades rotineiras, na própria fazenda são realizados
cursos de capacitação como os cursos de inseminação e o

125
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

ultrassom de carcaça que são ferramentas importantes para o


veterinário no mercado de trabalho. O projeto também visa
oportunizar estudantes das ciências agrárias como veterinária,
agronomia e zootecnia a realizar atividades relacionadas com
animais e pastagens na própria Estação Experimental Agronômica,
como foi realizado no Curso denominado I Farm Experience da
EEA”, nos dias 1, 2 e 3 de agosto de 2018 . Este curso é uma
atividade de Extensão que faz parte do projeto “Vivências práticas
em medicina veterinária. Durante 3 dias acadêmicos da graduação
das ciências agrárias (veterinária, agronomia e zootecnia) puderam
acompanhar a rotina de uma fazenda escola EEA, realizando
atividades exclusivamente práticas.Para o desenvolvimento deste
projeto foram montados roteiros de atividades de campo que
abrangiam manejo de bovinos de corte, bovinos de leite (parceria
com Tambo de leite VB), manejo de ovinos e dia de campo sobre
pastagens. Durante estes 3 dias os alunos ficaram hospedados na
EEA e tiveram uma experiência de imersão no meio rural . O evento
contou com diversas parcerias, professores da Faculdade de
Veterinária, Faculdade de Agronomia, Curso de Zootecnia, alunos
de pós-graduação, bolsistas de Extensão, estagiários voluntários e
técnicos do quadro de funcionários da UFRGS.

Descritores: Medicina Veterinária, meio rural, vivências.

126
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

NÚCLEO RONDON HISTÓRIA E PERPECTIVAS


2
*André Silva Carissimi .

Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Faculdade de Medicina


Veterinária, Porto Alegre, RS, Brasil.

*e-mail: asc@ufrgs.br

Resumo: elaborado a partir das informações do site do núcleo


Rondon o Projeto Rondon é o maior projeto de extensão do país.
Promovido pelo Ministério da Defesa e com o envolvimento de
outros ministérios, comemorando no ano de 2017 o seu
Cinquentenário. Em 11 de julho de 1967, uma equipe formada por
30 universitários e dois professores do antigo Estado da Guanabara,
conheceu de perto a realidade amazônica no então território federal
de Rondônia. A primeira missão, batizada de Operação Zero, teve a
duração de 28 dias. A esse movimento deram-lhe o nome de Projeto
Rondon, em homenagem ao bandeirante do século XX, o Marechal
Cândido Mariano da Silva Rondon. O Marechal Rondon, patrono da
Arma de Comunicações do Exército Brasileiro, foi indicado ao
Prêmio Nobel da Paz por duas vezes por seus esforços na
integração nacional, pela atuação na demarcação de fronteiras e
pelo trabalho com os povos indígenas brasileiros. Em 1989, o
Projeto Rondon foi extinto. Porém, muitos rondonistas seguiram
atuando segundo o espírito e os princípios que norteavam o projeto,
tendo sido criada a Associação Nacional dos Rondonistas, em 1990
(http://www.inf.ufrgs.br/rondon). Na primeira etapa da sua história,
cujo lema era “Integrar para não Entregar”, o Projeto Rondon tinha
um perfil mais assistencialista, principalmente na área da saúde, de

127
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

atendimento às populações mais carentes de regiões remotas e de


difícil acesso do país.

Em 2005, o Projeto Rondon foi retomado pelo Ministério da Defesa a


partir de uma iniciativa da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Nesta nova fase, o projeto passou a ter um caráter mais educativo
(lema: O Brasil além dos Livros) , com foco na formação de
lideranças e multiplicadores, e de atuação mais abrangente,
dividindo-se em duas frentes principais: Conjunto A envolvendo
cultura, direitos humanos e justiça, educação e saúde; e Conjunto B
envolvendo comunicação, tecnologia e produção, meio ambiente e
trabalho. Recentemente, surgiu o Conjunto C (comunicação social)
para a participação de uma equipe universitária responsável pela
cobertura de comunicação e divulgação da Operação. O Ministério
da Defesa tem procurado realizar quatro Operações anuais, sendo
duas no mês de julho e outras duas no mês de janeiro, cobrindo de
10 a 15 municípios em cada Operação, com duas equipes
universitárias, atuando cada uma em um dos Conjuntos A e B. Em
2014, a UFRGS voltou a ter uma participação efetiva no Projeto
Rondon, tendo participado da Operação Guararapes, realizada em
Pedras de Fogo, PB, durante o mês de julho. Nesses dois anos a
partir do retorno da UFRGS ao Projeto Rondon, um grupo de
docentes foi se consolidando com objetivo de estimular a
participação de professores e alunos da Universidade nessa
atividade de extensão universitária, contribuindo para a formação
acadêmica do estudante, proporcionando-lhe, por meio de
participação nas atividades do Núcleo e nas Operações do Projeto
Rondon Nacional, o conhecimento da realidade brasileira e o

128
II MOSTRA DE EXTENSÃO DA FACULDADE DE VETERINÁRIA/UFRGS

incentivo à sua responsabilidade social. O Projeto Rondon participou


do Salão de Extensão 2018 apresentando nas Tertúlias as
atividades realizadas na Operação Pantanal, em Miranda –
MS.Também realizou uma Oficina de Compostagem, além da
participação especial na Oficina dos Jogos Lógicos de Tabuleiro
(Projeto LoBoGames).Nesta edição do Salão de Extensão, o Núcleo
Rondon UFRGS promoveu o II Seminário Rondon UFRGS
Descritores: Núcleo Rondon, história.

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