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Do charlatanismo e do Embuste

 Charlatanismo, é a prática de se aproveitar das crenças alheias e da vulnerabilidade da boa-fé das


pessoas, ofertando, falsas mensagens/milagres e curas, dizendo ser estas advindas do além e
trazidas por espíritos superiores.

Punição: De acordo com o artigo 283 do Código Penal, “Charlatanismo é o ato de inculcar ou
anunciar cura por meio secreto ou infalível, sendo que a pena para essa ação pode ser de 3 meses
a 1 ano de prisão”. Lei PL 1341/2023- Dispõe sobre a criminalização do charlatanismo religioso
e estabelece penalidades para a prática de falsos milagres e exploração financeira relacionada à
fé.

 Embuste: o embuste é considerado uma prática e vivência negativa da espiritualidade de das


faculdades mediúnicas, se refere a uma ação ou estratégia utilizada para enganar ou ludibriar
alguém. É um sinônimo de fraude, engano, logro ou trapaça, que vai contra os princípios de
amor, verdade e honestidade e de todos os anseios da prática do espiritismo.

Resumo: Médiuns interesseiros e fraudes espiritas

 Allan Kardec, no capítulo 28 de O Livro dos Médiuns, trata do charlatanismo e do embuste, os


mistérios mediúnicos são sempre envoltos em grande popularidade, mesclando medo e
curiosidade o que motiva situações nitidamente fraudulentas, e que ganham curtidas,
compartilhamentos e destaques, inclusive entre os espíritas.

 A fraude é uma atuação intencional no sentido de se omitir a realidade com uma versão que
atenda aos interesses do fraudador. Qualquer transação humana é passível de fraude, e a relação
com os desencarnados não se faz imune desse mal.

 Todos nós podemos ser objetos de uma ação fraudulenta e nesse sentido, pontuamos, nas linhas
do codificador, que quanto mais maravilhoso, quanto mais espetacular, maior o risco de fraude,
pois existe aí o interesse político, financeiro ou de evidência embutido.

 No que tange à fraude ligada a fenômenos físicos, temos que um indivíduo busca por truques,
por mecanismos naturais ou outros dispositivos, simular fenômenos e atribuí-los à ação de
Espíritos, podendo se tratar aí de materializações, aparições, mas também de comunicações
inteligentes, como as vidências, previsões futurísticas e cartas do Além, e que, ao vivo ou por
meio de filmagens/fotos, iludem as pessoas da presença de Espíritos, motivando o atendimento
de interesses, que não demoram a transparecer.

 O interesse do indivíduo é mostrar que ele tem poderes sobrenaturais e com isso angariar
credibilidade.

 O que nos importa na fraude de veracidade é identificar se ali existe um fenômeno mediúnico
verdadeiro, e, nesse sentido, a idoneidade do médium é um fator determinante, como assevera
Allan Kardec. Necessário, mas insuficiente, posto que é preciso também analisar o que ocorre
ali, com um certo olhar científico e investigativo, verificando se não se trata de uma ação
deliberada oriunda de uma fraqueza da pessoa, dado que aspectos morais estão sujeitos a
chamamentos e tentações.

 No que tange ao teor, além da análise da idoneidade do médium, a boa fórmula kardequiana do
crivo da razão, do uso da lógica e da comparação entre diversas fontes, discutir, analisar,
ponderar é uma boa prática e que, longe de ser ofensiva, é nosso legado e respaldo para viver
uma espiritualidade de forma mais sincera e verdadeira.
 Lembremos que Espírito superior não se detém a questões comezinhas e que a responsabilidade
da encarnação é nossa. A teoria da comunicação assevera que o foco é o receptor, e este tem
grande responsabilidade na assimilação e na reprodução do que chega a ele, em tempos de vida
em rede. O que é dado de bom grado de bom grado deve ser compartilhado, médiuns não são
nada apenas a não ser cumpridores de suas dívidas e não devem ter mérito algum nas curas que
foram obtidas por intercambio espiritual.

Frases para reflexão

Fora da caridade não há salvação

Os homens semeiam na terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua
fraqueza.

O homem é assim o árbitro constante de sua própria sorte. Ele pode aliviar o seu suplício ou prolongá-lo
indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem.

O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem.

O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência são para
a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes e que têm como
contraveneno: a caridade e a humildade.

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