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NÚCLEO DE ESTUDOS ESPIRITUAIS FLECHA DOURADA

Trono Masculino da Fé - Oxalá

Oxalá é o Trono Natural da Fé e seu campo de atuação preferencial é a


religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo suas vibrações
estimuladoras da fé individual e suas irradiações geradoras de sentimentos de
religiosidade.

Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O
nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e
multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na
Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.

Comentar Oxalá é desnecessário porque ele é a própria Umbanda. Logo, vamos


nos afixar nas suas qualidades, atributos e atribuições.

Qualidades: As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o
Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas
irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto
dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo
é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá.

E o mesmo acontece com Buda e outras divindades manifestadoras da fé, pois


muitos Tronos Intermediários já se humanizaram para falar aos homens como
homens e , assim, melhor estimularem a fé em Deus. Todas as divindades
irradiam a fé. Mas os Tronos da hierarquia de Oxalá são mistérios da Fé e
irradiam-na o tempo todo.

Atributos: Os atributos de Oxalá são cristalinos, pois é através da essência


cristalina que suas irradiações nos chegam, imantando-nos e despertando em
nosso íntimo os virtuosos sentimentos de fé. Saibam que a essência cristalina
irradiada pelo Divino Trono Essencial da Fé é neutra quando irradiada. Mas como
tudo se polariza em dois tipos de magnetismos, então o pólo positivo e irradiante é
Oxalá e o pólo negativo e absorvente é Oiá. Oxalá irradia fé o tempo todo e Oiá
absorve as irradiações religiosas desordenadas vibradas pelos religiosos
desequilibrados. Ela se contrapõe a ele porque a atuação dela é no sentido de
absorver os excessos religiosos vibrados pelos seres que se excedem nos
domínios da fé. Já Oxalá irradia fé e estimula a religiosidade o tempo todo, a
todos.

Atribuições: As atribuições de Oxalá são as de não deixar um só ser sem o


amparo religioso dos mistérios da Fé. Mas nem sempre o ser absorve suas
irradiações quando está com a mente voltada para o materialismo desenfreado
dos espíritos encarnados. É uma pena que seja assim, porque os próprios seres
se afastam da luminosa e cristalina irradiação do divino Oxalá… e entram nos
gélidos domínios da divina Oiá, a Senhora do Tempo e dos eguns negativados nos
aspectos da fé.

Pai Oxalá é o Trono Masculino do Cristal, Regente da primeira Linha de Umbanda


(Linha da Fé), onde polariza com o Trono Cósmico Feminino Logunan (Oyá-
Tempo).

As Irradiações Universais de Pai Oxalá são retas e contínuas, projetando-se de


forma passiva a todos, o tempo todo.

Já as irradiações Cósmicas de Mãe Logunan são projetadas em espiral e


alcançam os seres que se desvirtuaram no campo da religiosidade, para corrigi-
los.

Oxalá é o calor das estrelas. E Logunan é o frio do espaço cósmico;

Oxalá é o calor do sol da Fé. E Logunan é o frio do vácuo religioso;

Oxalá é abrasador. E Logunan é enregelante;

Oxalá é a fé permanente. E Logunan é a alternância religiosa;


Oxalá é o raio reto, o caminho reto que conduz a Deus. E Logunan é a espiral, a
onda circular que colhe todos os que se desviaram da retidão religiosa, para
recolocá-los nesse caminho reto, o único que nos leva para Deus. (“Gênese Divina
de Umbanda Sagrada”, Rubens Saraceni, Madras Editora, 2005, páginas
215/217).

Peculiaridades do Orixá Oxalá


Fatores- A Essência Cristalina de Pai Oxalá contém dois Fatores: o Magnetizador
e o Congregador, que estão na base da Criação.

Seu Fator Puro é o Magnetizador, sem o qual nada existiria em nosso planeta, já
que a Vida se sustenta por vibração magnética.

Seu Fator Misto é o Congregador, que tem por função reunir tudo e todos numa
mesma direção e objetivo maior, dando forma e mantendo a estrutura de todas as
coisas e seres.

Vejamos as ações realizadas na Criação por esses Fatores de Oxalá:

Fator Magnetizador- Cada Orixá tem um magnetismo específico. E Oxalá é o


próprio Magnetismo, é o Orixá Magnetizador da Criação, ou seja, aquele que doa
Magnetismo a todos os seres e coisas.

Esse Magnetismo foi importante para a Criação inclusive do nosso planeta, bem
como de tudo que nele existe: seres, elementos, tudo. Por esse motivo, Oxalá é
associado ao Sol (cuja luz é essencial para a vida na Terra) e ao próprio planeta
Terra (pois não haveria vida aqui, sem o Fator Magnetizador de Oxalá).

Fator Congregador- Oxalá Irradia e estimula a Fé e desperta sentimentos de


religiosidade nos seres, além de sustentar a todos que têm fé. É também a
Irradiação da paz, da harmonia, da tranquilidade, da serenidade, da esperança, da
humildade, da pureza, do perdão, da piedade, da misericórdia, da compaixão, da
fraternidade, da irmandade, da compreensão, da tolerância, da conciliação, da
resignação etc.

A Regência de Oxalá em nossas vidas se manifesta na necessidade de nos


congregarmos, isto é, de nos unirmos a pessoas que tenham as mesmas idéias e
ideais.

A Vibração de Oxalá habita em cada um de nós, porém velada pela nossa


imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É “o nosso Deus interior”, a voz da
consciência que tenta nos conduzir por caminhos luminosos, pois traz consigo a
memória de outros tempos, o conhecimento empírico, o conhecimento adquirido
por experiências anteriores.
As atribuições de Oxalá incluem dar a todos os seres o amparo religioso dos
Mistérios da Fé. Mas o ser nem sempre absorve essas irradiações quando está
com a mente voltada para o materialismo desenfreado que costuma envolver os
espíritos encarnados.

Pai Oxalá é, muitas vezes, chamado de “o maior dos Orixás”. Por quê? Vejamos.

Dentro do conceito das Sete Linhas de Umbanda, que correspondem às Sete


Vibrações de Deus, a primeira delas é a Linha ou Vibração da Fé, onde está
Oxalá.

Pai Oxalá rege o Sentido da Fé, que é fundamental para a existência de uma
religião. Sem Fé não há religião.

Mas o Sentido da Fé não gera apenas aquele sentimento de caráter religioso ou


de crença religiosa. Também abrange o ato de crer, de acreditar, sem o qual mais
nada existe. Quem não tem o Sentido da Fé bem desenvolvido acaba por não crer
em si mesmo, não encontra valor ou significado para a própria vida e não
consegue crer em algo além da existência material. Esta pessoa terá pouca
autoestima e autoconfiança e pode se deixar dominar pela ansiedade, pelo medo
etc. Por não crer, também não tem o Sentido do Amor bem desenvolvido, já que só
podemos desenvolver amor a partir do momento em que acreditamos em alguém
ou em algo. Sem Fé e sem Amor, não há Conhecimento verdadeiro. Sem a Fé, o
Amor e o Conhecimento não há Lei e nem se aplica Justiça. Faltando isso, não há
Evolução e nem a Geração de mais nada...

Em resumo: Oxalá está no Sentido da Fé, que é o principal Sentido da Vida, pois
sem a Fé nada mais existe ou tem fundamento. Nessa escala de valores, a Fé
está no topo e, portanto, Oxalá está no topo. Este é o significado.

Claro que isso não “diminui” o valor dos demais Orixás; até porque nada,
absolutamente nada e ninguém pode diminuir ou alterar uma Divindade de Deus!
Cada Orixá é um Mistério de Deus; todos os Mistérios são essenciais; e todos
atuam de forma interligada para a Perfeição do Todo, na Criação Divina.

O que se procura compreender, aqui, é a visão da Umbanda sobre o quê está


contido dentro do campo de atuação de Pai Oxalá enquanto Mental Divino
Regente do Mistério da Fé. Considerando-se a Fé como a base da religião e a
base do existir, e sob um olhar cosmológico, Oxalá é a base da Criação, é “o
Senhor das Formas”, o Orixá da Plenitude, o Orixá que representa o Espaço
Infinito onde tudo existe e acontece e onde tudo será acomodado no Universo.

Na Umbanda, Oxalá é o Espaço Infinito onde tudo existe e acontece. Por isso, Ele
recebe oferendas nos espaços abertos (mirantes, campos, campinas, jardins e
espaços floridos etc.).

Pai Oxalá (o Espaço Infinito) e Mãe Logunan (o Tempo Infinito) formam o eixo
Espaço-Tempo que sustenta a Criação.
Origens e significado do nome Oxalá. A cor branca- Há muitos nomes para esta
Divindade: Orixá n’ti alá; Orixá n’lá; Orixalá, Òrìsànlá ou Orixanlá; Obatalá; Oxalá.

Seu nome, como o dos demais Orixás, vem da cultura Nagô-Yorubá, porque é
nesta cultura que as Divindades são chamadas de Orixás. Alguns nomes de
Orixás têm uma tradução, ao passo que outros não a têm, por expressarem
conceitos daquela cultura que não têm uma correspondência direta com a nossa.

No caso de Oxalá, a tradução possível do nome vem de contrações da expressão


“Orixá n’ti alá” (pronuncia-se: orixá intí alá), que significa: “o Orixá que veste o
branco”. Embora no Islã a palavra “Alá” seja o Nome de Deus, aqui nesta
expressão Yorubá ela quer dizer branco, a cor branca.

A expressão “Orixá n’ti alá” sofreu uma contração e ficou: “Orixá n’lá” (pronúncia:
orixá inlá), com igual significado.

Nova contração gerou o termo “Orixalá”, utilizado como sinônimo de “o maior dos
Orixás” ou “o Orixá dos Orixás”.

Finalmente, outra contração deu origem ao nome “Oxalá”, que também significa “o
Orixá que veste o branco” ou “o Orixá do branco”.

Outro nome para Oxalá é “Obatalá”, que se traduz como “o rei que se veste de
branco” (Obá= rei), também derivado da expressão “Orixá n’ti alá”.

Sua cor é o branco, que é a soma de todas as cores. E é em sua homenagem que
vestimos o branco nas giras de Umbanda. Branco é a cor da paz, um dos muitos
atributos de Oxalá; e por isso também se diz que a Bandeira da Umbanda, que é
branca, é “a Bandeira de Oxalá”.

Na cultura Nagô-Yorubá e no Candomblé do Brasil há os chamados “Orixás


Funfuns”, conjunto de Orixás que vibram na cor branca ou dentro do axé branco.

Entre eles temos Oxalá e Orumilá, que são ligados por um aspecto: Orumilá é o
Orixá do Oráculo ou da Revelação, que desvenda o passado, o presente e o
futuro; e Oxalá, na Umbanda, ao polarizar com Logunan, na Linha do Tempo,
também atua na relação entre presente/passado/futuro.

Elementos e Pedras- Vimos que o primeiro Elemento associado a Oxalá é o


Cristalino; e que este Orixá também tem atuação Magnetizadora nos demais
Elementos.

Logo, o Magnetismo de Oxalá está presente em todos os Elementos (cristais,


minerais, vegetais, fogo, ar, terra e água).

Portanto, propriamente não temos uma única pedra associada a Oxalá (pois Ele
magnetiza todos os minerais, todas as pedras). Mas o Cristal é o mais adequado
para representá-Lo, porque todo cristal é translúcido, é transparente, é o mais
próximo da cor branca de Oxalá; e isto simboliza também a pureza que existe em
todos os elementos criados por Deus, já que todos recebem o Magnetismo de
Oxalá.
Segundo ANGÉLICA LISANTY, as pedras brancas em geral pertencem a Oxalá,
pois na cor branca encontra-se a fusão dos Sete Raios: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, índigo, violeta. E os principais minerais das pedras brancas
são: chumbo, prata, estanho, magnésio, potássio e cálcio.

ANGÉLICA ensina que o Cristal, em especial, é o grande irradiador dos Sete Raios
e, através da Fé, alimenta e realimenta a todos os outros Orixás. Portanto, o
Cristal Branco Translúcido é a maior fonte de irradiação das Qualidades Divinas do
Trono Oxalá, sendo o maior irradiador energético em potencial, pois multiplica em
muitas vezes a ação de outras pedras. Representa a Luz Divina em Si, capaz de
tocar a todos os corações, iluminando-os através da Fé. A energia do Cristal é dual
(atua como Geradora e como Receptora), estando ligada ao elemento Água, que é
regido pela Lua. O Cristal Branco, a Pedra atribuída a Oxalá, é considerada como
“a Pedra de Deus”, é a mais famosa Pedra de todos os tempos, em todas as
civilizações. Pode ser utilizado em magias que atraiam: a Paz, a Proteção, a
Iluminação, a Sensitividade, a Cura, bem como o desenvolvimento dos sentidos e
pensamentos superiores.

ANGÉLICA LISANTY indica outras pedras relacionadas a Oxalá: Selenita; Galena;


Calcita Ótica; as pedras brancas translúcidas; as pedras brancas leitosas, tais
como: a Albita ou Pedra da Neve, a Dolomita Branca e o Quartzo Branco Leitoso.
(Fonte: “Os Cristais e os Orixás”, Angélica Lisanty, Madras Editora, 2008, páginas
87/88, 112/114.)

Os Planetas, o número e o horário associados a Oxalá- Na Umbanda, Oxalá é


associado ao Sol, ao planeta Terra e ao número 01.

Por força das peculiaridades do Seu magnetismo e da Sua atuação no despertar


da Fé nos seres humanos, é também associado à luz do meio-dia.

Neste horário (meio-dia) o Sol está no seu esplendor e, segundo antigas


Tradições, as Energias Angelicais mais puras e intensas estão atuando sobre o
nosso planeta, purificando a tudo e a todos, pela dissolução das energias densas.

Portanto, o horário do meio-dia é excelente para nos dirigirmos ao Pai Oxalá,


agradecendo e pedindo Suas bênçãos: fazendo um banho ou defumação com
ervas do Orixá, firmando uma vela branca, oferecendo flores brancas etc.; ou
simplesmente nos concentrando em oração e cobrindo a cabeça com um pano
branco (de preferência, que seja de fibra natural, como algodão, linho etc.)
especialmente reservado para este ritual.

Sincretismo - Na Umbanda, o Orixá Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo, cuja


imagem é colocada em lugar de honra nos Centros, Terreiros ou Tendas de
Umbanda, em local elevado e geralmente destacada com iluminação.

Mas Oxalá não é Jesus, assim como Jesus não é Oxalá.

Jesus Cristo tem algumas das Qualidades de Oxalá; e isto faz Dele uma
Manifestação do Orixá Oxalá ou um Intermediário de Pai Oxalá Maior.
Jesus pregava o amor, o perdão, a fé, a paz. Ele “deu a própria vida” em
testemunho dos seus ensinamentos, e isto nos remete ao simbolismo do “bode
expiatório”: antes da vinda de Jesus, existia a prática religiosa de se sacrificar um
animal “para a expiação dos nossos pecados”. Segundo o conceito Católico, Jesus
torna-se “o cordeiro de Deus, o último cordeiro”, ou seja, depois Dele não se faria
mais sacrifício animal “porque em Jesus Cristo todos os pecados da humanidade
estariam perdoados”.

Homenageia-se Oxalá na representação daquele que na Tradição Católica foi o


“filho dileto de Deus entre os homens”. Permanece, porém, no íntimo desse
sincretismo, a herança da tradição africana: “Jesus foi um enviado, foi carne,
nasceu, viveu e morreu entre os homens”; enquanto Oxalá coexistiu com a
formação do mundo, ou seja, Oxalá era ou existia muito antes de Jesus.

Segundo textos antigos, o nome “Cristo” significa cristal ou cristalino; e esta é a


referência de todos os Mestres da Luz que encarnaram para guiar a humanidade.

As ondas magnetizadoras de Pai Oxalá despertam a ética e a iluminação


filosófica nos seres, ou seja, a base das religiões. Algumas dessas ondas chegam
até aos nossos olhos cruzadas; fato que tornou o símbolo da cruz como referência
ao Mestre Jesus Cristo.

Para os Católicos, Jesus Cristo é Deus encarnado, é a segunda Pessoa da


Trindade (Pai/Filho/Espírito Santo); para os Hindus, é um Avatar, um Mestre
Ascensionado; para os Espíritas, é um Mestre da humanidade.

Já na Umbanda Jesus é reverenciado como um Manifestador do Trono da Fé, um


Filho Iluminado de Oxalá que encarnou para direcionar as pessoas nos caminhos
da Fé, por meio do amor que leva à fraternidade, ao perdão, ao arrependimento, à
paz etc.

Sob a Regência de Oxalá, Jesus nos indicou a melhor forma de evolução, que é
praticar a caridade: doar com a direita, trilhando o Caminho da Luz, como fez o
Divino Mestre, para, com a esquerda, recebermos na eternidade.

E a maior caridade que se pode praticar dentro da Religião é dar às pessoas um


sentido para as suas vidas, pelo despertar da Fé.

Divindades assemelhadas
Apolo ou Febo- Divindade grega, filho de Zeus com Leto. É o deus da Luz Solar,
da música, das artes e da medicina. Senhor do Oráculo de Delfos. Divindade
radiante, sempre moço e belo. Traz pureza, tranquilidade e espiritualidade.

Hélios- Divindade grega. Era o próprio Sol, representado como um jovem com
raios de luz saindo da cabeça. É considerado também aquele que traz a Luz, a
iluminação.
Brahma- É a primeira pessoa da Trindade Hindu (Brahma, Vishnu e Shiva). É o
primeiro criado; o criador, incriado, do Universo. Costuma se manifestar com
quatro cabeças, simbolizando os quatro Vedas (livros sagrados para os hindus) e
as quatro yugas (eras, ciclos de tempo e realidade pelas quais passa a
humanidade). Tendo quatro braços, segura em cada uma das mãos: um colar de
oração hindu (símbolo da tranquilidade da mente), uma colher e ervas (símbolo
dos rituais), o Kamandalu (pote com água, símbolo da renúncia) e os Vedas
(símbolo do conhecimento).

Suria- Divindade hindu. O deus Sol. É a alma suprema dos Vedas e deve ser
adorado por todos os que desejam libertar-se da ignorância.

Varuna- Divindade hindu. Seu nome provém da raiz verbal “vr”, que significa
cobrir, circundar. Circunda o Universo e tem como atributo a soberania. Através do
Sol, ele controla tudo e, desta maneira, fez três mundos, habitando em todos eles:
céu, terra e o espaço intermediário de ar onde o vento é o sopro de Varuna. Sua
morada é o Zênite, mansão de mil portas, onde fica sentado e tudo observa; à sua
volta ficam seus informantes que inspecionam o mundo e não se deixam enganar.
Seu poder e conhecimento são ilimitados; inspeciona o mundo, sendo o Senhor
das leis morais. Já foi um Deus Único e Celeste, perante a criação; com o tempo
tornou-se Divindade das águas, rios e oceanos.

Rá- Divindade egípcia. É o princípio da Luz, simbolizado pelo Sol; é mais do que o
próprio Sol. É ele quem penetra no disco solar e lhe confere a luz. Adorado como
uma das maiores Divindades egípcias, é muitas vezes associado ao nome do Ser
Supremo, para lhe conferir este “status”, como Atun-Rá ou Amon-Rá.

Khnum- Deus local do alto Egito, simbolizado com cabeça de carneiro. Tinha
aspectos de criador, sendo possuidor de um torno de oleiro, onde modelara o
corpo de todos os homens.

Baldur ou Balder- Divindade nórdica masculina cujo nome significa “distribuidor


de todo o bem”. Filho de Odim com a Deusa-Mãe Frigg. Conhecido como: deus
Sol, o todo radiante, de beleza incomparável; a deidade boa, pura e carismática;
deus pacífico; “o bem amado”, “o santo”, “o único sem pecado”; “deus da
bondade”.

Brán- Divindade celta. Conhecido como “o abençoado”, é o deus da profecia, das


artes, dos líderes, da guerra, do sole da música. É muito cultuado no País de
Gales.

Dagda- Divindade celta que aparece como grande pai de todos, chamado de “o
bom deus”. Seu poder aparece como um sopro que torna os agraciados em
trovadores.

Anu- Divindade sumeriana. É o pai das Divindades, é o próprio céu, Divindade do


firmamento estrelado, o que reina na esfera superior. Adorado por sumérios,
acádios e assírio-babilônicos como a Divindade maior, por vezes visto como o
Deus Supremo. Senhor dos anjos e dos demônios, de todas as potências
inferiores e superiores.
Nusku- Divindade sumeriana. Deus da luz, adorado ao lado do deus da Lua, em
Harran e Neirab. Vizir de Anu e de Ellil. Tem como símbolo uma lâmpada.

Utu- Divindade sumeriana, o deus Sol. Traz o título de “meu sol” (“majestade”),
como eram chamados os reis e deuses chefes de panteão.

Shemesh- Divindade hebraica. Aparece com raios flamejantes saindo de seus


ombros, saltando sobre montanhas com uma espada flamejante de serra nas
mãos e uma tiara de fogo na cabeça. Também simboliza o Sol. É a mesma
Divindade arábica Shams.

Inti- Divindade inca do Sol, também chamado de “Servo de Viracocha”. Protetor da


casa real, onde o imperador era chamado de “filho de Inti”. É o grande doador da
vida e da luz. Divindade popular mais importante, tendo seu culto estabelecido em
vários templos.

Kinich Ahau- Divindade maia do sol, muito ligado ao Deus Criador Itzamná.

(Fonte: “Deus, “Deuses” e Divindades”, Alexandre Cumino, Madras Editora, 2004,


páginas 81/84.)

Oferendas
1-Toalha ou pano de cor branca; velas brancas; frutas brancas (melão, goiaba,
etc.); vinho branco doce ou suave; flores brancas (todas); fitas brancas; linhas
brancas; comidas brancas (canjica, arroz doce, coalhada adocicada, etc.); pães;
mel; farinha de trigo (para circular e fechar por fora as oferendas); coco seco e sua
água colocada em copos; coco verde com uma tampa cortada e um pouco de mel
derramado dentro da sua água; água em cálices ou copos; pedras de cristais de
quartzo branco (se for solicitado); pembas brancas (em pedra ou em pó); milho
verde em espiga, cru e ainda leitoso. (Fonte: “Rituais Umbandistas - Oferendas,
Firmezas e Assentamentos”, Rubens Saraceni, Editora Madras.)

2- Faça um círculo com sete velas brancas e coloque ao centro frutas diversas,
coco verde aberto, mel e flores, tudo bem arrumado, e faça seus pedidos em
oração e cantos a este amado Orixá. (Fonte: “Código de Umbanda”, Rubens
Saraceni, Madras Editora.)

3- Um coco verde fechado e um coco verde aberto (separar as águas); mel; uvas
brancas, pêssegos, goiaba branca, maracujá, carambola, vinho branco; rosas
brancas, palmas brancas, crisântemos brancos; sete velas brancas. Forrar o chão
com as pétalas das rosas brancas e sobre elas dispor as frutas. Circundar com as
palmas e crisântemos, as bebidas (água dos dois cocos e vinho) e o mel. Em
torno, firmar as velas, saudando o Divino Pai Oxalá e fazendo o pedido específico.

Onde oferendar Oxalá: Nos campos abertos, bosques, praias limpas e jardins
floridos.
Quando oferendar Oxalá:

- Para ter fé, esperança, paz, serenidade

- Para acalmar alguma situação ou alguém

- Para despertar a fé de alguém

Firmeza para Oxalá: Um pilão e uma quartinha branca com água.

Cozinha ritualística

1-CANJICA- Canjica branca cozida coberta com algodão, folhas de saião ou claras
em neve, com um cacho de uva branca por cima de tudo. Regar com mel.

2-ACAÇÁ- Cozinhar 1/2 kg de farinha de milho branca, como um angu ou mingau.


Deixe esfriar um pouco e faça bolinhos. Em algumas Casas se põe, às colheradas,
em folhas de bananeira passadas ao fogo e enrola-se. Serve-se depois de frio.

3-MUNGUNZÁ, mugunzá, ou mucunzá (da língua Quimbundo: “mu'kunza” = milho


cozido)- Alimento ritual feito de grãos de milho branco cozidos em água com
açúcar, algumas vezes com leite de coco e de gado, com pequena quantidade de
água de flor de laranjeira. É servido aos adeptos com bastante caldo e ao Orixá
bem compactado, em forma de ebô.

PRECE

Ó poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos
nossos corações, caminhamos até a Tua claridade, clareando todos os nossos
passos no amanhecer de cada dia.

Que a Luz, a eterna Luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubra a
cabeça daqueles que a Ti estão ligados. Numa corrente de fé e num só
pensamento elevamos as nossas preces:

Oxalá, nosso Pai, dê-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas e, com
espírito de humildade, nos purificarmos através da fé e da caridade. Que nós
consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é
mundano, todo vício, ódio e maldade, na certeza de que com humildade
alcançaremos o Senhor.

Pai Oxalá, Vós sabeis que a razão humana é fraca e pode nos enganar, mas a
verdadeira fé não pode ser enganada.
Obrigado, Pai Oxalá, por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos
unidos que o Senhor nos escolha para sermos mais alguns dos Vossos íntimos
amigos.

Que assim seja!

TRONO
Trono Masculino da Fé

Linha

Fator

Fator Puro: Magnetizador

Fator Misto: Congregador

Essência

Cristalina

Polariza com

Oyá Tempo

Cor

Branco, dourado, transparente

Fio de Contas

Contas e Miçangas brancas e leitosas. Firmas Brancas.

Ferramentas

Jóias em prata, caramujo, sol, cajado, pomba de prata, moedas e búzios.

Para Oxalá de Oromilaia acrescentamos olhos de prata.


Ervas

1-Adriano Camargo relaciona estas ervas para Oxalá:

Quentes ou agressivas: Açoita cavalo, erva de bicho, mamona, orégano, alho,


fumo (tabaco), comigo ninguém pode.

Mornas ou equilibradoras: Alcachofra, alcaçuz, alecrim, alfazema, aquiléia (mil


folhas), bardana, boldos (todos), girassol, hortelã, incenso (folhas da planta),
levante, manjericão, manjerona, rosa branca, sálvia, tomilho, folha da costa (ou
saião).

Frias ou específicas: Algodoeiro, angélica, anis estrelado, artemísia, cravo da


Índia, ipê roxo, jasmim, laranjeira, louro, noz de cola (ou obi), pichuri, saco-saco,
sândalo, verbena.

2- Mais ervas de uso comum: Agapanto branco (ou lírio africano), aguapé (golfo de
flor branca), alecrim (da horta, de tabuleiro, do mato etc.), angélica, alfavaca,
arruda, baunilha, barba de velho, colônia, camomila, chapéu de couro, capim
limão, coentro, camélia, cambará, carnaubeira, crisântemo branco, erva cidreira,
erva-doce, eucalipto, erva de Santa Luzia, fava de tonca (ou cumarim ou cumaru),
folha de uva branca, folha do cravo, folha da fortuna, funcho, gerânio branco,
goiabeira branca (folhas), malva branca, maracujá (flores), macela, neve branca,
palmas brancas, palmas de Jerusalém, patchuli, poejo, salsa da praia, Tapete de
Oxalá (é um tipo de Boldo, mas NÃO é o “boldo do Chile”), umbuzeiro.

Símbolos

Estrela de cinco pontas (que desperta a Magia da Fé no ser humano); cruz; a


pomba branca da paz

Ponto na Natureza

Praias desertas, colinas descampadas, campos, campinas, parques, bosques,


montanhas, mirantes; qualquer lugar limpo e agradável

Flores

Rosas brancas, de preferência sem espinhos, e todas as flores que sejam dessa
cor (lírio branco, lírio da paz, palma branca, margarida branca, copo de leite etc.);
girassol; jasmim; lágrima de Cristo

Essências

Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo, flores de laranjeira.


Pedras e Minérios

Pedra de Oxalá: Cristal branco- Dia indicado para a consagração: todos- Hora
indicada: 12 horas

Minério de Oxalá: Ouro- Dia indicado para a consagração: domingo- Hora


indicada: 06 horas.

Metais

Prata, platina, ouro (branco e amarelo).

Saudação

Exê Uêpe Babá, Oxalá é meu Pai; Êpa, êpa Babá (viva o Pai).

Planeta

Sol.

Dia da Semana

Todos, especialmente a Sexta-Feira.

Chakra

Coronário (da coroa ou do topo da cabeça)- Está associado ao Sentido da Fé, que
na Umbanda é regido pelo Orixá Oxalá.

Localização: Topo da cabeça. Abre-se para o alto, no sentido vertical.

Importância deste chakra: É o primeiro chakra a receber os estímulos do espírito.


Abre-se em forma de funil para o Universo, representando a ligação entre o ser
humano e o Divino. É considerado o centro energético mais importante do corpo
humano (a Energia Vital entra pelo Chakra da Coroa e se espalha aos demais
chakras).

É representado por uma coroa, capacete ou flor de lótus que se abre para o céu,
como símbolo do despertar da espiritualidade e da consciência humana.

Na Umbanda, este chakra é chamado de “a coroa do médium”.

Cor de vibração do coronário: Violeta, que é a freqüência mais alta ou mais


elevada entre as sete cores do arco-íris.

Bom funcionamento deste chakra- Quando equilibrado e aberto, ele nos faz
perceber que a nossa essência é espiritual, que a Luz Divina está em nós, que
somos parte do Todo da Criação. Deixamos de ser meros receptores da energia
vital, passando também a irradiá-la aos outros seres vivos e ao planeta. Isso nos
permite atingir níveis superiores de meditação.
Quando o coronário se desenvolve de forma simultânea com o chakra frontal, a
pessoa apresenta grande capacidade de raciocínio e de intuição.

Mau funcionamento deste chakra- Em desequilíbrio, não permite que a pessoa


tenha grande abertura mental, abundância ou "iluminação interior". O medo pode
dominar a vida dessa pessoa, trazendo-lhe desarmonia interior, infelicidade e
desilusão, que se difundirão aos demais chakras, desequilibrando-os, podendo
gerar doenças de foro mental, fobias, dores de cabeça ou enxaquecas de difícil
tratamento.

Daí a importância da meditação (orações, relaxamento etc.), para afastarmos a


ansiedade, o medo, os sentimentos de rejeição, de insegurança e de incerteza.
Abrir o coração para DEUS, para a Criação, para o conhecimento universal e o
desenvolvimento do ser Divino que habita em todos nós, evitando-se a
superficialidade e o materialismo.

Conforme Angélica Lisanty, as pedras relacionadas ao Chakra da Coroa são: 1-


SELENITA: faz a nossa conexão com os Sete Raios; 2-CRISTAL: tem poder
purificador. Bom para rituais de conexão com a Espiritualidade; 3-PEDRAS
LEITOSAS: Quartzo branco leitoso; Raolita ou Howlita (muito boa para acalmar,
sossegar e pacificar pessoas muito inquietas, ansiosas e nervosas); Calcita ótica
branca (boa para meditação).

Saúde

Partes do corpo regidas pelo chakra coronário: Cérebro, cerebelo.

Bebida

Água mineral; água de coco; vinho branco doce; vinho tinto doce; “águas de Oxalá”
(deixar uma porção de canjica de molho em água mineral ou de coco e depois
utilizar essa água; ou cozinhar a canjica e utilizar a água do cozimento);
champanhe branco.

Animais

Pomba Branca, Caramujo, Coruja branca

Comidas

Cozinha ritualística: Canjica, Acaçá, Mungunzá.

Frutas

Uvas verdes, coco seco, coco verde, pera, maçã verde, damasco, melão,
bergamota, pêssego, lima doce, laranja mimo do céu, goiaba branca, frutas de
polpa branca em geral, frutas suaves em geral, nozes, castanhas, amêndoas.

Legumes, raízes e verduras: Berinjela, gengibre, agrião.


Números

Na Umbanda, Oxalá é associado ao número 01.

No Candomblé, Oxalufã (o Oxalá Velho) é associado ao número 10, enquanto


Oxaguiã (o Oxalá Jovem) é associado ao número 08.

Data Comemorativa

25 de Dezembro

Sincretismo

Na Umbanda: Jesus Cristo

Incompatibilidades

No Candomblé, são observadas algumas incompatibilidades (quizilas, proibições


ou euós) em relação ao Orixá Oxalá: vinho de palma, dendê, carvão, roupa escura,
cor vermelha, cachaça, bichos escuros. E para Oxalufã, o Velho, também as
lâminas.

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