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Ambos foram criados pelo Senhor Supremo, ambos estão entre o homem e o Criador, o que
muda entre um e outro é o conceito. Anjos de forma ortodoxa estão inseridos na cultura
judaica, católica e islâmica que não aceitam a existência de outra divindade além do Deus
Único. Orixás vêm da cultura africana Nagô – Yorubá onde são divindades criadas a partir
de Olorun (Senhor do Céu) que é o Deus supremo acima de Tudo e de Todos.
Orixás são adorados em sua cultura, Anjos são venerados, são chamados e não adorados.
Orixás têm vontade própria, Anjos não têm vontade própria no Judaísmo e passam a tê-la
no catolicismo.
Assim como os Orixás, cada Anjo têm sua qualidade, veja:
Rafael é o anjo da Cura,
Obaluayê é o Orixá da Cura
A Igreja católica só aceita estes três anjos (Rafael, Miguel e Gabriel) mas no Judaísmo
podemos continuar encontrando mais Anjos que têm qualidades análogas aos Orixás, ainda,
como:
Tsadkiel o Anjo que é mensageiro da Justiça de Deus,
Xangô é Orixá da Justiça Divina,
Assim poderíamos continuar este estudo nos estendendo por muitos outros Anjos e Orixás,
no entanto nosso objetivo é mostrar que Orixás são como Anjos, para Deus e para nós, as
diferenças são poucas, pois ambos são manifestadores do sagrado e do divino.
As diferenças são muito mais culturais, pois quando pensamos em Anjo imaginamos aquele
anjinho loiro de olhos claros e quando pensamos em Orixás imaginamos um negro forte ou
uma negra sensual. Mas não haverá Anjo de pele negra ou Orixá de pele branca, como a
imagem de Yemaná consagrada pela Umbanda.
A questão é que tanto anjos quanto orixás estão muito acima da cor de pele, raça ou cultura.
Anjos e Orixás estão acima de nós e se cada um se mostra dentro de uma teologia
especifica, no entanto Orixás são como Anjos para quem não os conhece e Anjos são como
Orixás para quem não os conhece.
Para quem conhece ambos foram criados em Deus, no seu âmago, e a Ele estão ligados e
por Ele intercedem como intermediários da criação.
Basta nos permitirmos conhecer de cabeça aberta, não para misturar e sim para entender
que os valores de uma cultura não diminui os valores de outra e o que é sagrado sempre o
será, pois o sagrado está em Deus.
Que os Anjos e os Orixás nos abençoem aqui, agora e sempre por Deus, Olorum, Zambi,
Tupã, Adonai, Ya-Yê e outros nomes mais que possam identificar Aquele que é o Ser
Supremo dos “mil” nomes.
Alexandre Cumino.
alexandrecumino@uol.com.br