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com a gente é Certo Que Cai

APOSTILA NOÇÕES DE
ATIVIDADE POLICIAL MILITAR

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

De acordo com os seguintes editais:

EDITAL Nº 01/2023 - ABERTURA E INSCRIÇÕES

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Sumário
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ....................................................................................................... 4
DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR Nº 003/BM/EMBM/2001 .............................................................................. 4
DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR N.º 11 /BM/DE/2001................................................................................... 10
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ..................................................................................................... 15
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.20/EMBM/2023 ............................................................................................................. 15
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.21/EMBM/2023 ............................................................................................................. 19
DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR Nº 027/EMBM/2013 ................................................................................... 22
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ..................................................................................................... 32
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.8/EMBM/2021 ............................................................................................................... 32
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.10/EMBM/2023 ............................................................................................................. 38
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.12/EMBM/2021 ............................................................................................................. 40
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ..................................................................................................... 46
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.19/EMBM/2023 ............................................................................................................. 46
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ..................................................................................................... 55
MIQUELI SOARES
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.26/EMBM/2018 ............................................................................................................. 55
miqueli.xs@gmail.com
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ..................................................................................................... 77
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.38................................................................................................................................... 77
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ..................................................................................................... 86
Diretriz Geral de Correição nº 038/2022 .................................................................................................................. 86
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.18/EMBM/2018 ............................................................................................................. 98
(1) Militares Estaduais de Carreira: .................................................................................................................. 106
(2) Servidoras Estatutárias e Extranumerárias: ................................................................................................. 106
(3) Servidores Civis Celetistas:......................................................................................................................... 106
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 113
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.6/EMBM/2018 ............................................................................................................. 113
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 120
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.15/EMBM/2018 ........................................................................................................... 120
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.20/EMBM/2018 ........................................................................................................... 126
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 130
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.14/EMBM/2023 ........................................................................................................... 130
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 160
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 4.11/EMBM/2018 ........................................................................................................... 160
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 172
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NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.22/EMBM/2023 ........................................................................................................... 172
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.23/EMBM/2023 ........................................................................................................... 190
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 200
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 5.7/EMBM/2023 ............................................................................................................. 200
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 5.12/EMBM/2023 ........................................................................................................... 204
NOÇÕES DE ATIVIDADE DE POLÍCIA MILITAR ............................................................................................... 209
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 7.1/EMBM/2018 ............................................................................................................. 209
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 7.2/EMBM/2018 ............................................................................................................. 214
NOÇÕES DE ATIVIDADE DE POLÍCIA MILITAR ............................................................................................... 218
NOTA DE INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA N.º 13.2-F................................................................................................ 218
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 225
NOTA DE INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA N.º 033.2................................................................................................. 225
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023 ........................................................................................................... 233
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 246
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/2023 ............................................................................................................. 246
NOÇÕES DE ATIVIDADE DE POLÍCIA MILITAR ...............................................................................................
MIQUELI SOARES 262
miqueli.xs@gmail.com
DIRETRIZ DE GESTÃO OPERACIONAL Nº 036/2016 – Part. I .................................................................................... 262
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 292
NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.6/EMBM/2023 ............................................................................................................. 292
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 304
DIRETRIZ DE GESTÃO OPERACIONAL Nº 036/2016 - Part. II ................................................................................... 304
NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR ................................................................................................... 333
DECRETO Nº 42.871, DE 04 DE FEVEREIRO DE 2004 - Regula a Lei de Organização Básica da Brigada Militar. ...... 333

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Dia 01

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR

DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR Nº 003/BM/EMBM/2001

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho faz parte do escopo institucional de revisão e atualização metodológica das normativas em vigor.
Efetivamente, busca a modernização dos termos técnicos dentro de uma nova ordem estratégica, tática, operacional e tecnológica,
a partir de fundamentos de gestão, planejamento e execução da atividade policial militar. As metodologias de gestão e planejamento
operacional, aliadas às constantes inovações tecnológicas, demandam o aprimoramento dos conceitos até então difundidos e
praticados. Nesse sentido, a evolução dos métodos e estratégias de gestão e das soluções tecnológicas disponíveis atualmente no
mercado para a segurança pública, acaba por demandar constante revisão e atualização dos arcabouços conceituais e metodológicos.
Assim, o presente trabalho visa à revisão e atualização da Diretriz Geral nº 03 que trata das variáveis do Policiamento Ostensivo,
no sentido de propor a atualização e a redefinição dos termos já amplamente difundidos na cultura policial militar, a partir dos níveis
organizacionais – estratégico, tático e operacional.

2. OBJETIVOS DA CORPORAÇÃO

2.1 OBJETIVO GERAL: MIQUELI SOARES


miqueli.xs@gmail.com
Conforme a Constituição Federal/1988, no §5º do Art. 144 cabe às polícias militares a polícia ostensiva e a preservação da
ordem pública. Nesse sentido, o conceito de polícia ostensiva é entendido como a atividade preventiva e repressiva a atos
relacionados com a segurança pública, realizados a partir da identificação visual de seus integrantes e de seus veículos. A execução
propriamente dita das atividades de polícia ostensiva antevê a tarefa de planejamento, o qual deve ser estabelecido a partir de
estratégias voltadas a resolução de problemas. Doutrina e método são componentes indispensáveis no processo de tomada de
decisão, seja no nível tático, seja no nível operacional,

O presente instrumento visa apresentar e definir as variáveis do policiamento ostensivo que devem ser adotadas para fins
de planejamento e execução da atividade de polícia ostensiva na Brigada Militar.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO:

• Conceituar variável do Policiamento Ostensivo, identificando os tipos de policiamento, os processos, modalidades, circunstâncias,
lugar, efetivo, forma, duração, suplementação, desempenho e fatores intervenientes básicos para o planejamento da atuação policial
militar. • Aplicar, com base nos princípios da economia, eficiência e eficácia, as variáveis no processo decisório de planejamento e
na atividade de execução do Policiamento Ostensivo.

3. DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR Nº 003/2022 – VARIÁVEIS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO

A comissão foi nomeada no Boletim Geral nº 00233/2022, de 09/12/2022, com a finalidade de analisar, discutir, reformular,
atualizar, propor novas regulamentações ou manuais e apresentar melhorias na doutrina Institucional. Para tanto foi definido entre
os membros da comissão as relatorias a partir das especialidades e qualificações individuais, com prazos de análise e parecer a ser
apresentado nas reuniões definidas para tal.
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Dia 01

O conhecimento das variáveis do policiamento ostensivo, no nível tático, se faz necessário a partir da necessidade de
planejamento a ser realizada pelos oficiais Comandantes de Companhia (Cia-PM) e de Batalhão (OPM). Já para o nível operacional,
é relevante o conhecimento das variáveis pelos executores para o perfeito entendimento da missão a ser cumprida, e que a execução
se dê com eficiência e eficácia.

Na revisão conceitual e atualização da Diretriz Geral Nº 003/BM/EMBM/2001 constatou-se a necessidade da inclusão do


planejamento em nível tático e operacional no texto normativo, onde antes contemplava somente as ações de execução operacional.
Viu-se também a necessidade de atualização do texto de forma a adequá-lo à realidade da atividade policial militar.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A constante evolução dos métodos e sistemas de gestão e controle, aliada à oferta cada vez maior de soluções em tecnologia,
demandam a necessidade de revisão e atualização do arcabouço normativo institucional. Notadamente, durante a avaliação proposta,
foi possível identificar pontos defasados ou incompletos em comparação à prática atual que necessitam da devida atualização. O
esforço voltou-se para a atualização de termos e instrumentos advindos da atualização tecnológica e mudança metodológica e
procedimental, incluindo as atividades de polícia ostensiva nos três níveis institucionais – estratégico, tático e operacional.

= Pol Ost - Variáveis =

1. FINALIDADE
Adotar, para fins de planejamento na BrigadaMIQUELI SOARES
Militar, variáveis de policiamento ostensivo.
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2. BASE LEGAL

a. Constituição Federal – 1988;


b. Consituição do Estado do Rio Grande do Sul – 1989;
c. Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969 – Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados,
dos Territórios e do Distrito Federal, e dá outras providências.

3. EXECUÇÃO

a. Variáveis de Policiamento Ostensivo - conceituação


São critérios que norteiam o planejamento a nível tático e operacional e identificam os aspectos principais da execução do
policiamento ostensivo.

b. Tipos:
São qualificadores do planejamento, ações e operações de Policiamento Ostensivo, sendo classificados em:

1) Policiamento Geral: Tipo de Policiamento Ostensivo exercido, com exclusividade, pela Brigada Militar que visa
satisfazer as necessidades basilares de segurança, inerentes a qualquer comunidade ou a qualquer cidadão.

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Dia 01

2) Policiamento de Trânsito: Tipo específico de Policiamento Ostensivo exercido pela Brigada Militar, executado nas
vias públicas urbanas abertas à livre circulação, visando prevenir e reprimir atos atentatórios a segurança pública, a segurança viária
e a prevenção de acidentes, exercendo a atividade de fiscalização de trânsito nos termos das regras e normas de trânsito estabelecidas
pelo Código de Trânsito Brasileiro.

3) Policiamento Rodoviário: Tipo específico de Policiamento Ostensivo exercido pela Brigada Militar nas rodovias
estaduais e, mediante convênio, nas rodovias federais, visando prevenir e reprimir atos atentatórios a segurança pública, a segurança
viária e a prevenção de acidentes, exercendo a atividade de fiscalização de trânsito nos termos das regras e normas de trânsito
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

4) Policiamento Ambiental: Tipo específico de Policiamento Ostensivo exercido pela Brigada Militar, que visa garantir
a proteção da fauna, recursos florestais, recursos hídricos, o combate a caça e pesca ilegal e a poluição em todas as suas formas,
reprimindo os crimes e as infrações ambientais, além da promoção da Educação Ambiental.

5) Policiamento de Guarda: Tipo específico de Policiamento Ostensivo exercido pela Brigada Militar, que visa a guarda
de aquartelamento, a segurança externa de estabelecimentos penais e sedes dos poderes estaduais, assim como a custódia e a escolta
de presos fora dos estabelecimentos penais.

c. Processos MIQUELI SOARES


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São maneiras pelas quais utilizam-se os meios de locomoção, sendo classificados em:
Podem ser:
1) a pé;
2) motorizado;
3) montado;
4) aéreo;
5) em embarcações;
6) em bicicletas.
7) em motocicletas.

d. Modalidades
São modos peculiares de execução do Policiamento Ostensivo.

1) Patrulhamento: É a atividade móvel de observação, fiscalização, reconhecimento, proteção e atendimento a ocorrências


policiais

2) Permanência: É a atividade predominantemente estática de observação, fiscalização, reconhecimento, proteção,


custódia de presos e atendimento a ocorrências policiais, de maneira isolada ou não, no espaço do posto.

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Dia 01

3) Diligência: É a atividade específica que compreende a busca, captura ou apreensão de pessoas, animais ou coisas,
desempenhada em atividades rotineiras de polícia ostensiva, em flagrante delito ou mediante cumprimento de mandado judicial,
bem como no caso de resgate de vítimas.

4) Escolta: É a atividade destinada à custódia de pessoas ou bens, em deslocamento.

e. Circunstâncias
São condições que dizem respeito à frequência com que se torna exigido o Policiamento Ostensivo.

1) Ordinário: É o emprego rotineiro de meios operacionais em obediência as Ordens de Polícia Ostensiva (OPO) ou Planos
de Policiamento Ostensivo (PPO), em ordem de prioridades estabelecidas por tais instrumentos de gestão e controle da atividade
policial.
2) Extraordinário: É o emprego eventual e temporário de meios operacionais face acontecimento imprevisto, que exige
manobra de recursos.
3) Especial: É o emprego temporário de meios operacionais, em eventos previsíveis que exijam esforço específico.

f. Lugar
É o espaço geográfico em que se emprega o Policiamento Ostensivo:
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1) Urbano: É o policiamento exercido nas áreas de edificação intensiva e de maior concentração populacional dos
municípios.
2) Rural: É o policiamento exercido em áreas que se caracterizam pela ocupação extensiva, fora dos limites urbanizados
dos municípios.

g. Efetivo
É a fração empenhada em uma ação ou operação:

1) Fração elementar: 1 PM a 4 PM
2) Fração constituída: GPM, Pel PM, Cia PM/Esqd PMon, Batalhão PM/Regimento PMon.

h. Forma
É a disposição da tropa no terreno, com atribuições e responsabilidades, para execução do Policiamento Ostensivo:
1) Desdobramento: Constitui a distribuição dos Comandos Regionais e OPM Especiais no terreno, devidamente
articuladas até o nível de GPM, com limites de responsabilidade perfeitamente definidos.
2) Escalonamento: É o grau de responsabilidade dos sucessivos e distintos níveis da cadeia de comando, no seu espaço
geográfico.

i. Duração
É o tempo de empenho diário do PM no Policiamento Ostensivo.

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Dia 01

1) Jornada: É o período de emprego em serviço do militar estadual, coincidente ou decorrente do somatório dos turnos de
serviço, quando agrupados ou não.

2) Turno: É o período temporal para emprego do militar estadual em escala ordinária, resultante da divisão de um dia de
trabalho em um conjunto de horas.

j. Suplementação
São recursos adicionais que aumentam a capacidade operacional em ações ou operações rotineiras e/ou específicas:
1) cão;
2) rádio transceptor;
3) telefone celular;
4) armamento e equipamento peculiares;
5) aeronave remotamente tripulada - drone;
6) outros.

k. Desempenho
É a particularização do emprego do PM para cumprimento de atividade-fim no Policiamento Ostensivo:

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1) Atividade de linha: É o emprego diretamente SOARES
relacionado com o público.
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2) Atividade auxiliar: É o emprego em apoio imediato ao PM em atividade de linha. Não deve ser confundida com o apoio
mediato, próprio da atividade-meio.

l. Fatores intervenientes básicos


São os fatores que obrigatoriamente devem ser levados em consideração por ocasião dos planejamentos operacionais, e
dividem-se em:
1) Fatores determinantes: Caracterizam-se pela tipicidade, gravidade e incidência de ocorrências Policiais Militares,
presumíveis ou existentes.
2) Fatores componentes: Caracterizam-se pelos custos, espaços a serem cobertos; mobilidade, possibilidade de contato
direto, objetivando conhecimento do local de atuação e relacionamento; autonomia; facilidade de supervisão e coordenação;
flexibilidade; proteção ao PM;
3) Fatores condicionantes: Caracterizam-se pelo local de atuação, características físicas e psicossociais; clima; dia da
semana; horário; disponibilidade de recursos.

3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
Nenhum critério em si pode ser tomado como a melhor indicação ou a mais eficaz, já que o pleno rendimento operacional
será obtido pela associação das variáveis.

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Dia 01

POLICIAMENTO OSTENSIVO – VARIÁVEIS/2023


Policiamento geral
Policiamento de trânsito
TIPOS Policiamento rodoviário
Policiamento ambiental
Policiamento de guarda
A pé;
Motorizado;
Montado;
PROCESSOS Aéreo;
Em embarcações;
Em bicicletas;
Em motocicletas
Patrulhamento
Permanência
MODALIDADES
Diligência
Escolta
Ordinário
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CIRCUNSTÂNCIAS Extraordinário
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Especial
Urbano
LUGAR
Rural
Fração elementar
EFETIVO
Fração constituída
Desdobramento
FORMA
Escalonamento
Jornada
DURAÇÃO
Turno
Cão;
Rádio transceptor
Telefone celular;
SUPLEMENTAÇÃO
Armamento e equipamento peculiares;
Aeronave remotamente tripulada - drone;
Outros.
Atividade de linha
DESEMPENHO
Atividade auxiliar
FATORES Fatores determinantes:
INTERVENIENTES Fatores componentes:
BÁSICOS Fatores condicionantes:

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Dia 01

DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR N.º 11 /BM/DE/2001

DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR N.º 11 /BM/DE/2001


= Ensino e Treinamento =

1. FINALIDADE:

Definir a política de desenvolvimento das pessoas da Brigada Militar.

2. EXECUÇÃO:

a. Objetivos:

Orientar os procedimentos para a qualificação, atualização e aprimoramento profissional das pessoas da Corporação, com vistas
à melhoria da prestação do serviço de segurança ao cidadão.

b. Processo Pedagógico, Concepções e Princípios:

MIQUELI
1) A atualidade tem sido um espaço de questionamento SOARES
e discussão pública sobre a segurança das comunidades, o ofício de polícia
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e o sistema policial vigente. A segurança pública passa a ser relacionada com o nível de convivência harmoniosa das coletividades,
estreitando a parceria e a interação polícia-comunidade. O ofício de polícia, torna-se complexo e especializado, exigindo um
profissional com maior capacidade de diálogo, de tolerância e de resolução de conflitos. Um policial capaz de, em todos os níveis
hierárquicos, realizar reflexão crítica, agir com iniciativa e participação, com maior capacidade de decisão e em condições de
contextualizar com os elementos presentes em cada atendimento. O sistema policial está cada vez mais vinculado a ações técnicas,
complementares e sincronizadas, planejadas e executadas na perspectiva sistêmica a partir de análises minuciosas e direcionadas
por objetivos específicos.

2) O ensino e o treinamento na Brigada Militar observam o cenário atual do sistema policial brasileiro, devendo constituir-se no
espaço onde os novos conceitos devem ser trabalhados, agilizando a passagem para a nova cultura. Duas devem ser preocupações
básicas: o conteúdo a ser trabalhado e o processo pedagógico. Devemos investir nas áreas de conhecimentos que tratam das relações
sociais, da cidadania, dos direitos humanos, das reações individuais na vida em coletivo, possibilitando que o profissional de polícia
possua uma visão mais ampla e abrangente do objeto de sua atividade – a segurança pública, bem como, da sua própria profissão –
o exercício da polícia. Os comandantes, em todos os níveis, devem estar comprometidos com ações técnicas, identificando as
práticas amadoras, as deficiências e as necessidades dos servidores relacionados com a prestação de serviços sob sua
responsabilidade de gestão, sintonizando com isso o conteúdo a ser desenvolvido no treinamento da Fração. A proposta pedagógica,
tanto nas atividades de ensino como de treinamento mais elementar, deve ser direcionada para a formação de policiais cidadãos
críticos, privilegiando a construção do conhecimento a partir da participação e da interação, através de metodologias ativas de
participação do aluno e contextualização das práticas. Uma relação entre professor/instrutor/superior - aluno/servidor/subordinado,
onde o instrutor abandone a posição de autoridade na transmissão/reprodução dos conceitos e exerça o papel de facilitador da
aprendizagem. Assim, como educador facilita a identificação do problema pelo grupo, sua análise e teorização, bem como a busca

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Dia 01

de soluções alternativas de maneira que o educando/servidor/subordinado, além de desenvolver a sua consciência crítica, percebe-
se como protagonista de um processo de transformação da realidade e desenvolve um sentimento de responsabilidade social e uma
atitude de entusiasmo construtivo.

3) Neste contexto, a qualificação e a profissionalização do servidor da Brigada Militar estão sintonizados a quatros documentos
orientadores: Plano Nacional de Segurança Pública, Plano Estadual de Segurança Pública, Bases Curriculares para a Formação dos
Profissionais da Área de Segurança do Cidadão, editado pelo Ministério da Justiça e, o Programa de Formação dos Profissionais da
Secretaria da Justiça e da Segurança do Estado. Tais documentos estão alicerçados em quatro pressupostos: a integração das
organizações participantes do sistema de segurança; a unicidade da prestação do serviço ao cidadão/ comunidade; a interação
polícia-comunidade no tratamento do fenômeno segurança da coletividade; e a prática policial orientada pela cidadania.

4) Assim, a proposta pedagógica adotada pela Secretaria da Justiça e da Segurança, na qualificação de seus profissionais, e
apropriada ao cotidiano da Instituição, tem as seguintes características principais:

a) ser crítica de si mesma enquanto método e conteúdo;


b) questionadora do processo sócio-histórico em que está inserida;
c) problematizadora da relação que se estabelece entre o processo educativo e a realidade sócio-econômico e político-cultural;
d) integradora dos princípios comuns com as estruturas organizacionais de ensino de todos os seus órgãos operacionais, no
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sentido de alcançar uma comunhão de objetivos e de racionalização dos custos operacionais através da compatibilização das ações
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educacionais integradas e que contribuam com o aprimoramento da atividade do sistema estadual de justiça e da segurança.

5) Os princípios a orientar a aplicação desta Diretriz são os seguintes:

a) a política de qualificação será composta de eventos de formação, de socialização e de especialização de conhecimentos


profissionais do servidor a serem realizados a partir da programação anual de cursos, de responsabilidade do Departamento de
Ensino, e, por eventos de treinamento das práticas policiais e administrativas das Frações a serem realizados a partir do Programa
Anual de Treinamento de responsabilidade de cada Comandante, Chefe ou Diretor:

b) O Programa Anual de Treinamento da Fração deve constituir-se como uma ferramenta obrigatória do exercício da chefia/direção
ou comando, respondendo essa autoridade por sua execução;

c) As práticas internas ampliarão a democratização de suas relações, aumentando substancialmente os canais e espaços de
participação e manifestação de todos, fortalecendo as posturas de respeito a dignidade das pessoas, corrigindo-se as distorções
eventualmente ocorridas nas relações existentes no seu processo hierárquico, em especial, aquelas relativas ao caráter abusivo,
arbitrário e humilhante que a superioridade hierárquica possa ser exercida;

d) O processo educacional deve estar centrado na formação de valores favorecendo a respectiva tradução atitudinal e respeitando o
espaço de liberdade do ser humano para que se realize a responsabilização moral e a construção de sua autonomia referenciados no
horizonte axiológico dos temas transversais: direitos humanos, ética, cidadania e pluralidade cultural, isto é, o processo educacional
deve ser baseado em práticas pedagógicas de formação de consciência social e consolidação de valores, de modo que o policial
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Dia 01

militar exerça de forma consciente o seu papel de cidadão responsável pela segurança, orientação e proteção de outros cidadãos e
da comunidade;

e) O processo pedagógico deve ser entendido como um processo de comunicação de experiências, do saber, das crenças, valores e
princípios que norteiam a sociedade, possibilitando ao policial militar a compreensão da diversidade de cenários em que irá agir e a
postura a adotar em relação às normas legais existentes, especialmente às relativas aos direitos humanos.

f) Os métodos e técnicas utilizados devem possibilitar a atividade mental no processo de construção do conhecimento, na perspectiva
de que o policial militar aprenderá melhor fazendo e, portanto, os docentes devem criar condições para aprendizagem, empregando,
dentre outras, as técnicas de simulação, dramatização e estudo de caso.

g) A avaliação do conhecimento deve ser vista como um processo, de modo que os instrumentos utilizados possam contribuir para
que o policial militar possa dimensionar ou redimensionar o seu processo de construção do conhecimento.

c. Responsabilidades:

1) Do Comando da Corporação

MIQUELInaSOARES
a) Aprovar o Programa Anual de Cursos a serem desenvolvidos Corporação e prover os recursos necessários;
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b) Aprovar as Normas de Planejamento de Ensino e Treinamento editadas anualmente pelo Departamento de Ensino.
c) Avaliar e aprovar semestralmente o Relatório de Ensino e Treinamento elaborado pelo Departamento de Ensino.

2) Do Departamento de Ensino

a) Elaborar as Normas de Planejamento de Ensino e Treinamento da Corporação (NPET);


b) Elaborar o Programa Anual de Cursos a serem desenvolvidos na Corporação;
c) Auditar e avaliar os Programas Anuais de Treinamento dos OPM, estabelecendo indicadores de resultados; d) Desenvolver os
cursos programados para a Instituição, através de seus órgãos vinculados;
e) Estabelecer instrumentos de avaliação da consistência e grau de realização dos programas previstos;
f) Zelar pelo cumprimento dos princípios pedagógicos estabelecidos neste documento.

3) Dos Comandantes Regionais, Diretores de Departamento, Comandantes de OPM e Chefes de Centros.

a) Responder diretamente pelo desenvolvimento do treinamento anual dos seus comandados, bem como das Normas de
Planejamento de Ensino e Treinamento da Corporação;
b) Identificar as necessidades de atualização e manutenção de habilidades e conhecimentos para o desempenho das atividades;
c) Desenvolver Oficinas de Treinamento direcionadas para as necessidades identificadas e as peculiaridades de cada OPM, definindo
uma programação anual;
d) Remeter a Programação Anual de Treinamento ao Departamento de Ensino, bem como as alterações que houver no transcurso
da sua execução;
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Dia 01

e) Informar ao Departamento de Ensino as necessidades de qualificação profissional que mereçam ser consideradas para a elaboração
do Programa Anual de Cursos da Corporação;
f) Organizar fóruns de debates com os servidores de seu OPM, com a finalidade de discutir os temas relativos à profissão e realizar
avaliação da prática e dos fatos ocorridos;
g) Informar ao Departamento de Ensino sobre o andamento do treinamento, através de relatórios estabelecidos nas normas expedidas
por aquele órgão;
h) Zelar pelo cumprimento dos princípios pedagógicos estabelecidos neste documento.

d. Tipos de treinamento a serem desenvolvidos nos OPM:

1) Oficina técnico-profissional
Destinada à manutenção e atualização de habilidades e conhecimentos de âmbito geral da profissão e aqueles peculiares de cada
OPM.

2) Oficina do uso da força e da arma de fogo


Destinada à manutenção e atualização de habilidades e conhecimentos das técnicas de abordagens, domínio e algemação, uso
de proteção, manejo e uso da arma de fogo com segurança, com emprego de técnicas policiais orientadas pelos princípios dos
direitos humanos.
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3) Treinamento para manutenção da saúde física
Compreende a realização de atividades para manutenção de um adequado grau de saúde física.

4) Treinamento de Defesa Pessoal


Destinado à manutenção e atualização das técnicas de defesa pessoal aplicadas ao serviço policial.

5) Reuniões Preparatórias (orientação para a tarefa)


Destinadas à orientação, esclarecimentos e revisão de procedimentos necessários para a execução de qualquer evento, buscando
o claro entendimento e a ampliação de informações indispensáveis para a realização da atividade.
6) Reuniões de Avaliação
Realizadas periodicamente para analisar o cotidiano e após a realização de eventos.

7) Formatura
Destinada a realizar rituais necessários a fortalecer valores e princípios da atividade policial militar e realizar fóruns de debates
sobre os aspectos da profissão e da atividade prática.

3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Os OPM devem desenvolver os seus programas de treinamento em sintonia com o Programa Anual de Cursos da Corporação e
de forma complementar a este.

13
Dia 01

b. Os eventos de treinamento devem ser registrados em relatório e arquivados nos OPM, à disposição dos auditores do Departamento
de Ensino, com o objetivo de registrar as críticas e propostas, possibilitando as correções, implementação de procedimentos mais
adequados e a teorização de novas técnicas de ação.
c. Os Cmt OPM, obedecendo ao canal de comando, deverão encaminhar um plano de necessidades de munição para o treinamento
e outros recursos necessários para o desenvolvimento da programação anual do ano seguinte, até o mês de novembro do ano
subseqüente, estabelecendo o consumo mensal.
d. O Departamento de Logística e Patrimônio deverá adotar providências para suprir os OPM nos períodos solicitados e informar
até o mês de janeiro do ano de execução do programa as possibilidades de atendimento das solicitações.
e. Os indicadores mínimos para os tipos de treinamentos estabelecidos na letra “d” do item 2. desta Diretriz, são os seguintes:
1) Quanto à oficina técnico-profissional, mínimo de 30 h/a para cada policialmilitar, no ano.
2) Quanto à oficina de uso da forças e da arma de fogo; o mínimo anual de 10 h/a para cada policial-militar; 3) TAF semestral,
com avaliação mínima de 151 pontos, em relação à manutenção da condição física de cada policial-militar;
4) Quanto as Reuniões Preparatórias, deverão ser realizadas antes de qualquer serviço ou evento;
5) Quanto as reuniões de avaliação:
a) do cotidiano: no mínimo, uma vez por mês;
b) de evento especial e extraordinário: após realização de cada evento.
6) Quanto às formaturas, devem ser realizadas, no mínimo, uma vez por mês.

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14
Dia 02

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.20/EMBM/20231


1. FINALIDADE

Estabelecer padrões procedimentais para o controle de disparos de armas de fogo por Policiais Militares em ato de serviço, em
razão da função ou com arma funcional em qualquer hipótese.

2. BASE LEGAL

a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;

b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 de outubro de 1989;

c. Decreto-Lei n.º 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar;

d. Decreto-Lei n.º 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar;

e. Decreto-Lei n.º 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal Brasileiro;

f. Decreto-Lei n.º 3.689, de 03 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal;


MIQUELI SOARES
g. Lei n.º13.964, de 24 de dezembro de 2019 - Aperfeiçoa a legislação penal e processual penal e
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regula a cadeia de custódia da prova;

h. Lei n.º 10.826, de 22 de dezembro de 2003 - SINARM;

i. Lei n.º 11.706, de 19 de junho de 2008 - Altera e acresce dispositivos à Lei n.º 10.826, de 22 de

dezembro de 2003 – SINARM;

j. Diretriz Geral de Correição n.º 038/2022;

k. Portaria n.º 030/COR-G/2022.

3. EXECUÇÃO

Procedimentos administrativos (padrão de controle de disparos de armas de fogo por Militar Estadual (ME) em serviço)
em razão da função ou com arma funcional em qualquer hipótese, que devem ser adotadas pelo:

a. Militar Estadual:

Todos os ME da Brigada Militar (BM), independente do posto ou graduação, são responsáveis pelo cumprimento das
Normas de Segurança previstas para o manejo e utilização das armas de fogo, devendo tomar as medidas preventivas cabíveis à sua
esfera, sob risco de omissão e corresponsabilidade;

Na hipótese da ocorrência do disparo por ME, este deverá:

1
Referência: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I Última atualização: 25Mai2023 15h27. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina
15
Dia 02

1) Restabelecer a segurança do local;

2) Socorrer a(s) vítima(s);

3) Isolar o local, preservando elementos probatórios do fato e arrolar testemunhas;

4) Quando de serviço, chamar ao local o responsável pelo serviço operacional, para as providências decorrentes;

5) Quando de folga, comunicar o fato via telefone de emergência (190) e através do canal de comando que estiver subordinado;

6) Apurar danos decorrentes;

7) Entregar a arma e os cartuchos intactos e deflagrados ao responsável pelo serviço operacional, desde que seja mais antigo.
Caso contrário, chamar ao local superior hierárquico ao ME que efetuou o disparo;

8) Preencher os documentos operacionais relacionados à ocorrência.

b. Oficial de Serviço ou Oficial responsável pelo serviço operacional:

1) Apreender a arma, munições e demais elementos que reconhecer como de potencial interesse para a produção da prova,
estabelecendo a respectiva cadeia de custódia com observância do expresso no art. 158-A e seguintes do Código de Processo Penal
no tocante ao correto acondicionamento dos materiais;

2) Revisar as medidas preliminares de local de crime adotadas, devendo saná-las, adotando as medidas de polícia judiciária
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militar cabíveis; miqueli.xs@gmail.com
3) Informar o comando imediato da ocorrência;

4) Confeccionar o Boletim de Ocorrência Policial Militar (BOPM) e lavrar a correspondente Sindicância Técnica de Tiro por
meio do Sistema de Gerenciamento Correcional (SGC);

5) Encaminhar o BOPM ao Comandante (Cmt) do Órgão de Polícia Militar (OPM) com Responsabilidade Territorial (RT) do
fato.

c. Cmt da OPM com RT do fato:

Em havendo a constatação de lesão, dano ou morte por ocasião do disparo de arma de fogo (DAF):

1) Instaurar Inquérito Policial Militar (IPM);

2) Encaminhar o armamento para a perícia no próximo dia útil após o fato. Enquanto o armamento não tiver condições de ser
encaminhado para a perícia, deverá ser apreendido em local próprio na sede do OPM;

3) Lançar nota da Sindicância Técnica de Tiro do SGC para publicação em Boletim Interno (BI) e encaminhar via e-mail ao P4
da unidade para os encaminhamentos devidos;

4) Em não havendo a constatação imediata de lesão, dano ou morte por ocasião do disparo de arma de fogo:

a) Diligenciar, junto aos hospitais de pronto atendimento, a existência de feridos por DAF;

b) Não constatando feridos ou instauração de processo ou procedimento relativo ao fato, dever-se-á realizar a liberação da arma
para o emprego operacional, bem como sua manutenção preventiva em 1º escalão, estando a arma liberada para emprego normal;

16
Dia 02

c) Lançar nota da Sindicância Técnica de Tiro do SGC para publicação em BI e encaminhar via e-mail ao P4 da unidade para os
encaminhamentos devidos.

d. Comandante dos Comandos Regionais de Policiamento Ostensivo (CRPO) e OPM Especiais:

- Receber a Sindicância de Tiro dos OPM

1) Remeter a 1ª via da Sindicância de Tiro com os estojos e guia própria para descarga ao DLPCMB;

2) Fazer publicar em BI os dados da Sindicância Técnica de Tiro, com vistas à publicidade do ato e à consequente inserção nos
assentamentos do(s) ME.

e. DLP-CMB:

1) Receber a Sindicância de Tiro dos OPM;

2) Proceder à descarga da munição utilizada em serviço após processados os anexos recebidos.

f. Departamento de Informática:

1) Elaborar Banco de Dados Sindicância de Tiro, em conjunto com o DLP-CMB, deverá mantê-lo em disponibilidade para os
OPM, bem como fazer as atualizações necessárias, de forma a emissão de relatórios e gráficos abrangendo os diversos campos
existentes;
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2) Manter sistema de back-up do Banco de Dados.
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g. Departamento de Ensino (DE):

1) A partir do Banco de Dados, produzir as análises quantitativa e qualitativa mensal dos relatórios estatísticos, planejando os
treinamentos com vistas à realimentação do processo ensino-aprendizagem.

2) Fomentar a realização de grupos de estudos para análise das ocorrências de disparo de arma de fogo, com vistas à instrução
continuada da tropa.

h. EMBM-PM3:

Receber do DLP-CMB, até o dia 10 (dez) dos meses de janeiro e julho, de cada ano, o processo (PROA) contendo os relatórios
estatísticos, com vistas à análise e remessa a SSP.

i. Corregedoria-Geral:

Fazer observar a juntada das Sindicância Técnica de Tiro nos autos dos IPM, quando houver disparos de arma de fogo praticados
por ME.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Subsidiar o trânsito da informação por meio do Sistema de Correição e do Canal Técnico de Correição no âmbito da Brigada
Militar;

b. Subsidiar o trânsito da informação por meio do Sistema de Inteligência e do Canal Técnico de Inteligência no âmbito da Brigada
Militar, respeitada a necessidade de saber e a devida compartimentação;

c. O descumprimento das prescrições estabelecidas nesta NI sujeitará o transgressor a enquadramento disciplinar;


17
Dia 02

d. Os Comandantes, Chefes e Diretores, deverão programar instruções em todos os níveis hierárquicos, visando à divulgação, estudo
e operacionalização das determinações nesta NI;

e. As instruções realizadas deverão ter seus registros encaminhados via P3 dos OPM, contendo o nome do Instrutor, dos instruendos,
data, hora, local e conteúdo ministrado, para o Comando Regional, que por sua vez, publicará em BI com vistas à publicidade do
ato e à consequente inserção nos assentamentos do(s) ME;

f. A jurisprudência e a doutrina reinantes no universo do direito brasileiro contemplam de maneira clara a questão das excludentes
de ilicitude e do excesso punível previstos no Código Penal Brasileiro, razão pela qual deverá ser utilizada como referencial teórico
a farta bibliografia que aborda o assunto;

g. Também deverá ser objeto de abordagem a Lei n.º 13.869, de 5 de setembro de 2019 (abuso de autoridade) e os aspectos relativos
ao Poder de Polícia (conceituado no art. 78 do Código Tributário Nacional e amplamente tratado no âmbito do Direito
Administrativo), além das técnicas de isolamento de locais de crime;

h. O uso da força nas ações de polícia ostensiva deve ocorrer dentro dos limites que a Lei estabelece e que a doutrina e a
jurisprudência consagram como aceitáveis, razão pela qual, nas instruções ministradas a todos os ME pelos respectivos
Comandantes, Chefes, Diretores, Corregedor-Geral e Ajudante-Geral, deverá o assunto ser amplamente debatido, a fim de que sejam
dirimidas, na totalidade, as eventuais dúvidas surgidas;

i. No exercício do poder de polícia, com relação a reuniões ou manifestações


MIQUELI SOARES pacíficas, é proibido o disparo de armas de fogo com
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munições letais, devendo a ação de polícia ser no sentido de manter a segurança para os participantes do evento;

j. O armamento da Brigada Militar, envolvido em ocorrência policial com qualquer resultado, somente poderá será
apreendido/recolhido por autoridade de polícia judiciária militar, salvo por ocasião de determinação judicial, mediante o devido
mandado judicial de busca e apreensão;

k. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Nota
de Instrução n.º 1.20/EMBM/2019.

ANEXO ÚNICO - MODELO DE SINDICÂNCIA TÉCNICA DE TIRO (ACESSAR NA INTRANET BM)

18
Dia 02

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.21/EMBM/20232

1. FINALIDADE

Regular o emprego das Militares Estaduais Femininas durante o período de gestação e amamentação.

2. BASE LEGAL

a. Constituição Federal, de 05 de outubro 1988;

b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 de outubro de 1989;

c. Lei Complementar n.° 10.098, de 03 de fevereiro de 1994, (dispõe sobre o estatuto e regime jurídico único dos servidores públicos
civis do Estado do Rio Grande do Sul);

d. Lei Complementar n.° 10.990, de 18 de agosto de 1997, (dispõe sobre o Estatuto dos Militares Estaduais e dá outras providências);
e. Lei Ordinária n.° 10.991, de 18 de agosto de 1997, (dispõe sobre a Organização Básica da Brigada Militar do Estado e dá outras
providências);

f. Informação n.° 333, Assessoria Jurídica, 26 de setembro de 2016;

g. Decreto Estadual n.° 56.536, de 01 de junho de 2022, (regulamenta o regime especial de teletrabalho de que trata o parágrafo
único do art. 32 da Lei Complementar n.º 10.098, de 3 de fevereiro de 1994, e o Capítulo II-A do Título II do Decreto Lei n.º 5.452,
de 1º de maio de 1973, que aprova a Consolidação MIQUELI
das Leis doSOARES
Trabalho, no âmbito da administração pública estadual direta,
miqueli.xs@gmail.com
autárquica e fundacional).

3. EXECUÇÃO

a. Quando da Constatação da gestação

1) A Militar Estadual ao tomar conhecimento que está grávida deverá comparecer à visita médica, a fim de comprovar seu estado
gestacional;

2) Assim que comprovada a gravidez, o médico do Departamento de Saúde da Brigada Militar dará conhecimento ao respectivo
Comandante, Chefe ou Diretor, fazendo constar no livro de controle da visita médica e ficha sanitária a condição de gestante da
militar, que deverá ser transcrita e publicada em Boletim Interno da unidade, acompanhada, no mínimo, da prescrição de Dispensa
de Policiamento e Guarda – DPG e Dispensa de Educação Física e Instrução Movimentada – DEFIM, além de outras eventualmente
necessárias, como dispensa do uso do coturno – DUC;

3) Imediatamente após a comunicação da condição de gestante da Militar Estadual, o Comandante, Chefe ou Diretor deverá
encaminhar a Militar Estadual para a FSR para fins de avaliação médica, devendo cumprir as prescrições definidas. 3

b. Rotinas de Emprego

2
Referência: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I Última atualização: 10Jul2023 15h30. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina. Obs.: não houve mudanças significativas
3
REDAÇÃO ANTERIOR: […] deverá determinar o seu afastamento das atividades de policiamento e guarda, observando a
respectiva prescrição médica.

19
Dia 02

A Militar Estadual gestante deverá ser empregada, obedecendo aos seguintes aspectos:

1) Atividade essencialmente administrativa, sendo VEDADO o emprego de gestantes na atividade-fim (policiamento ostensivo),
podendo, eventualmente, mediante avaliação médica, ser empregada nas salas de operações e quartelarias; 4

2) Os turnos de serviço das gestantes devem ser diurnos (2º e 3º), observando-se o horário do expediente administrativo, sendo
vedado o emprego de gestantes em horário noturno (4º e 1º turno).

3) É vedado o emprego de Militar Estadual gestante em horas extraordinárias.

4) É vedado o emprego de militar estadual gestante em substituição temporária, considerando as restrições impostas pela sua
condição (Dispensa de Policiamento e Guarda – DPG e Dispensa de Educação Física e Instrução Movimentada – DEFIM, além de
outras eventualmente necessárias) não ser condizente com o acúmulo de funções decorrentes. [ALTERADO]

4) A Militar Estadual gestante PODERÁ ser nomeada em substituição temporária e exercer função superior, desde que
a função seja exercida plenamente em suas atribuições e não seja incompatível com as prescrições médicas;

5) As militares estaduais gestantes não deverão ser empregadas em atividades que as afastem da sua localidade de moradia,
motivo pelo qual resta-lhes vedado o emprego de diárias. [REMOVIDO]

5) O Comandante, Chefe ou Diretor deverá adotar providências no sentido de que a gestante não seja empregada isoladamente
nas dependências do quartel, com o objetivo de evitar solução de continuidade do serviço e abandono das instalações em razão de
MIQUELI SOARES
eventual alteração orgânica. miqueli.xs@gmail.com
7) A militar estadual em gozo de licença amamentação não faz jus ao recebimento de diárias, substituição temporária, bem como
gratificação correspondente, tendo em vista a incompatibilidade da redução de carga horária com o necessário acúmulo de
atribuições, bem como em observância aos princípios constitucionais da moralidade, legalidade e eficiência administrativas (art. 37
da CF/88). [ALTERADO]

6) A Militar Estadual lactante não faz jus ao recebimento de gratificação por substituição temporária, tendo em vista a
incompatibilidade da redução de carga horária com o necessário acúmulo de atribuições, bem como em observância aos princípios
constitucionais da moralidade, legalidade e eficiência administrativas (art. 37 da CF/88);

7) Durante o período de amamentação, é assegurado a servidora militar lactante a redução da carga horária em 50%, por dois
meses, de acordo com o art. 79 da Lei 10.990/97. A publicação da redução da carga horária no período de amamentação deve ser
homologada pelo comandante da OPM e publicada em Boletim Interno.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. O emprego da gestante deverá proporcionar plenas condições de saúde e segurança à gestante e ao feto, permitindo ao nascituro
seu total desenvolvimento físico, psicomotor e emocional;

b. A gestante deverá manter o médico do Departamento de Saúde informado sobre quaisquer alterações em seu estado sanitário,
assim como do feto, para que seja adequada sua forma de emprego em razão de eventuais limitações físicas e orgânicas relacionada

4
REDAÇÃO ANTERIOR: [...] o que inclui também a vedação de emprego nas salas de operações e quartelarias.

20
Dia 02

a sua atuação e compatíveis com seu quadro clínico, que, por sua vez, deverá repassar a informação ao respectivo Comandante,
Chefe ou Diretor na forma regulamentar para a adoção das providências pertinentes;

c. É recomendável que o Comandante, Chefe ou Diretor conscientize os integrantes de seu OPM para que seja proporcionado à
gestante um ambiente de trabalho saudável e acolhedor, monitorando constantemente a condição sanitária da militar, visando
oferecer as melhores condições para o desenvolvimento integral do nascituro;

d. O gozo da Licença Maternidade terá início a partir da alta da Unidade de Tratamento Intensivo, em caso de nascimento prematuro
do nascituro;

e. Em caso de parto normal ou cesariana, o gozo da Licença Maternidade terá início a partir da data do nascimento e para servidora
militar adotante a partir da concessão do termo de guarda ou da adoção;

f. Assim que comprovada a gravidez por médico do Departamento de Saúde da Brigada Militar, a militar estadual gestante fará uso
da jardineira na cor verde BM, conforme RUAPBM, podendo, no entanto, na falta deste fazer uso do uniforme de educação física
(5º Z4); [ALTERADO]

f. Comprovada a gravidez e a critério médico do Departamento de Saúde da Brigada Militar, a Militar Estadual gestante poderá
solicitar a dispensa do uso do uniforme operacional do OPM onde está lotada, para usar jardineira na cor verde BM, conforme
RUAPBM, ou, na falta deste, fazer uso do uniforme de educação física (5º Z4);

MIQUELI
g. Havendo condições de emprego da servidora gestante SOARES
na modalidade de teletrabalho, sem prejuízos para a administração pública,
miqueli.xs@gmail.com
é facultado ao COMANDANTE DO OPM DA MILITAR5, conceder o emprego nesta modalidade, nos termos do Decreto
Estadual n.º 56.536/2022;

h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Nota
de Instrução n.º 1.21/EMBM/2018.

5
REDAÇÃO ANTERIOR: [...] é facultado a chefia imediata da militar […]
21
Dia 02

DIRETRIZ GERAL DA BRIGADA MILITAR Nº 027/EMBM/2013

POLÍCIA OSTENSIVA - CONCEITOS BÁSICOS

1. FINALIDADE

Estabelecer conceitos básicos, princípios e características para o exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública, pela Brigada Militar, no Estado do Rio Grande do Sul.

2. BASE LEGAL E DOUTRINÁRIA

a. Constituição Federal;

b. Decreto-Lei nº 667, de 02 de julho de 1969;

c. Decreto nº. 88.777, de 30 de setembro de 1983 (R-200);

d. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul;


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e. Lei nº 10.991, 18 Ago 97 (LOB);

f. Decreto nº 38.107, 22 Jan 98 (R LOB);

g. Regimento Interno da Brigada Militar;

h. Manual Básico de Policiamento Ostensivo. IGPM. 1981.

3. EXECUÇÃO

a. Conceitos Básicos

1) Sistema de Segurança Pública

Conjunto de atribuições destinadas a assegurar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio,
exercidas harmonicamente pelo Estado, por meio dos órgãos definidos no art. 144 da Constituição Federal, pelos demais órgãos e
poderes que têm responsabilidade sobre a ordem pública, e pela Sociedade.

2) Ordem Pública

Estado que abrange a segurança pública, a tranquilidade pública e a salubridade pública, e opera para que o bem
comum e a pacífica e harmoniosa convivência social preponderem, segundo os valores legais, morais e políticos de uma determinada
sociedade.
22
Dia 02

3) Tranquilidade Pública

É o estado em que a sociedade se encontra num clima de convivência harmoniosa e pacífica, representando, assim,
uma situação de bem-estar social.

4) Salubridade Pública

Constitui-se no estado higiênico e de sanidade de um lugar, cujas condições se mostram favoráveis ao atingimento de
um satisfatório grau de qualidade de vida, garantido por meio de ações preventivas e repressivas da alçada do poder público.

5) Segurança Pública

É o estado antidelitual que resulta da observância dos preceitos tutelados pela lei penal.

6) Preservação da Ordem Pública

É função primordial do Estado, atribuída, amplamente, aos órgãos para tal fim definidos no artigo 144 da Constituição
Federal e, em sentido estrito, às Polícias Militares, que compreende a manutenção da ordem, no estado de normalidade, o seu
restabelecimento, quando rompida, e o seu aperfeiçoamento, quando necessário.

7) Polícia Ostensiva
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É a atividade de vigilância da conduta normal da sociedade e de intervenção naquilo que se apresente como anormal,
independentemente da ocorrência ou não de ilícito penal. A atuação assume caráter preventivo - na medida em que, por meio do
policiamento ostensivo, busca inibir práticas infracionais -, assim como repressivo – na razão de sua pronta resposta a fatos criminais
em situação de flagrância, caracterizando a repressão penal imediata. Atua nas quatro fases da atividade estatal policial: o
ordenamento de polícia, o consentimento de polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia, tendo, portanto, suas atribuições
preventivas e de repressão penal imediata, alcance pleno.

8) Polícia Judiciária

É a função de polícia voltada a dar efetividade a requisições feitas pelas autoridades judiciárias, expressas por meio de mandados
judiciais, cumprida, em relação à União, com exclusividade pela Polícia Federal, e, em relação aos Estados, pelas Polícias Civis e
Militares, conforme a quem for dirigida a ordem.

9) Polícia Administrativa

É a função de polícia por cuja atuação o Estado exerce sua função de regulação, autorização, fiscalização e sanção
sobre bens, direitos e atividades da sociedade, realizadas por pessoas físicas ou jurídicas, visando à garantia da ordem pública. Tem
escopo eminentemente preventivo, posto que consiste em limitar as liberdades individuais em prol do interesse coletivo. Efetiva-se
em quatro fases: a do ordenamento, a do consentimento, a da fiscalização e a da sanção de polícia.

10) Ordenamento de Polícia

23
Dia 02

Fase do exercício da Polícia Administrativa voltada à preservação da ordem pública em que a autoridade ordena, ou
seja, estabelece os requisitos necessários à execução de qualquer empreendimento ou atividade, pública ou privada, por pessoa física
ou jurídica, que possa impactar a Ordem Pública.

11) Consentimento de Polícia

Fase do exercício da polícia administrativa voltada à preservação da ordem pública em que a autoridade, certificando-
se do atendimento aos requisitos de execução relativos a empreendimento ou atividade regulamentada, expede a licença para a
atividade.

12) Fiscalização de Polícia

Fase do exercício da polícia administrativa voltada à preservação da ordem pública, característica do policiamento
ostensivo, em que a autoridade examina as condições de execução do empreendimento ou atividade consentida.

13) Sanção de Polícia

Fase do exercício da polícia administrativa voltada à preservação da ordem pública em que a autoridade, constatando
inadequação ou desvio na execução do empreendimento ou atividade consentida, impõe o sancionamento cabível.

14) Poder de Polícia MIQUELI SOARES


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É a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e
direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

15) Apuração de Infrações Penais

É a atividade apuratória da autoria e materialidade em relação a infrações penais já ocorridas, para o que são
empregadas técnicas de investigação criminal próprias.

16) Investigação Policial Criminal

É o processo de produção de conhecimento que dá suporte às atividades operacionais de apuração de infrações penais,
quer em ocorrência, quer já ocorridas, assim como à gestão de elementos operacionais, através da determinação de padrões e
tendências criminais num determinado espaço geográfico-temporal.

17) Investigação Policial Não Delitual

É o processo de produção de conhecimentos indispensáveis à gestão policial em torno de eventos de repercussão


social ou comunitária, com previsibilidade de impactação à ordem pública, desvinculados de imputação criminal, tais como a
preparação para eventos, o enfrentamento de calamidades ou emergências, ou a simples adoção de medidas de ordem administrativa
em geral. É característica da atividade de preservação da ordem pública estrito senso, uma vez que é realizada com o fito último de
evitar que atividades comuns de indivíduos ou da sociedade possam evoluir para situações atentatórias à paz pública, com reflexos
na norma penal.

24
Dia 02

18) Investigação Policial Pré-Delitual

É o processo de produção de conhecimentos ligados a fatores criminogênicos, tais como a atuação de delinquentes
conhecidos, o funcionamento de empreendimentos suspeitos ou outras ações ligadas direta ou indiretamente à prática de delitos,
incluindo-se os atos preparatórios, integrantes do iter criminis, cuja intervenção e monitoramento pela Polícia Militar é
fundamentada na atribuição da preservação da ordem estrito senso, com o desiderato de impedir ou minimizar a execução de delitos,
ou de permitir o restabelecimento qualificado da ordem pública.

19) Investigação Policial Flagrancial

É o conjunto de procedimentos realizados a partir de situação de flagrância delitiva. Consiste na realização de


diligências, no curso do atendimento do fato, voltadas à arrecadação dos elementos e circunstâncias ligadas ao delito, tais como a
identificação e descrição de evidências, a reunião de elementos de prova, o estabelecimento da cadeia de custódia da prova e a coleta
de informações específicas ou genéricas que tenham relevância na posterior fixação da autoria, circunstâncias e materialidade do
delito flagrado.

20) Policiamento Ostensivo

É o conjunto de ações policiais, exclusivo das Polícias Militares, que se caracteriza pela dissuasão, decorrente da
pronta identificação, própria do policial fardado e dosMIQUELI SOARES
equipamentos e meios empregados, característico da fase de fiscalização, na
miqueli.xs@gmail.com
atividade policial, dirigidas, prioritariamente, à manutenção da ordem pública.

21) Prevenção Criminal Primária

Fase da prevenção criminal, orientada às causas, às raízes do conflito criminal, para neutralizá-lo antes que o problema
se manifeste, criando os pressupostos necessários para resolver as situações de vulnerabilidade, criminogênicas, em que a educação,
a socialização, a moradia, o trabalho, o bem-estar social, a qualidade de vida, são os aspectos essenciais, correspondendo, tais
exigências, a estratégias de política cultural, econômica e social, cujo objetivo último é o de dotar os cidadãos de capacidade para
superar, de forma produtiva, eventuais conflitos.

22) Prevenção Criminal Secundária

Fase da prevenção criminal que se funda em políticas de ordem legislativa, em programas de prevenção policial,
ordenação e ocupação do espaço urbano, etc., e atua não quando e onde o conflito criminal é gerado, mas quando e onde ele se
exterioriza.

23) Prevenção Criminal Terciária

Fase da prevenção criminal que consiste na adoção de políticas públicas e ações comunitárias tendo por foco o
apenado, a quem devem ser dirigidas ações que visem a evitar a reincidência criminal.

24) Estratégia Policial Militar

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Dia 02

É o processo de tomada de decisões que determina um conjunto integrado de ações destinadas a viabilizar os objetivos
institucionais, ou seja, as metas de médio e longo prazos da Instituição.

25) Tática Policial Militar

É o emprego direto dos recursos disponíveis para a consecução de um objetivo institucional ou um resultado imediato.

26) Técnica Policial Militar

É o conjunto de métodos e procedimentos usados para a execução eficiente das atribuições policiais-militares.

27) Região

É a circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de um Comando Regional de Polícia Ostensiva.

28) Área

É a circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de uma Unidade – Batalhão ou Regimento.

29) Subárea

É a circunscrição territorial atribuída à MIQUELI


responsabilidade de uma Subunidade - Companhia (Cia PM) ou Esquadrão
SOARES
de Polícia Montada (Esq P Mon). miqueli.xs@gmail.com

30) Setor

É a circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de um Pelotão (Pel PM).

31) Subsetor

É a circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de um Grupo (GPM).

32) Posto

É a circunscrição territorial atribuída à responsabilidade de fração elementar ou constituída, atuando em permanência


e/ou patrulhamento.

33) Itinerário

É o trajeto que interliga pontos-base no posto, percorrido obrigatoriamente pela fração.

34) Local de Risco

É todo local que, por suas características, apresente probabilidade de ocorrência policial militar.

35) Ocorrência Policial Militar

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Dia 02

É todo ato ou fato, criminal ou não, que exige intervenção policial militar, por intermédio de ações ou operações.

36) Boletim de Ocorrência / BO

Documento operacional destinado ao registro dos Termos Circunstanciados e das Comunicações de Ocorrências
Policiais.

37) Termo Circunstanciado / BO-TC

Boletim lavrado pelo policial militar no atendimento às ocorrências decorrentes de infrações penais de menor
potencial ofensivo, no qual devem ser registrados os dados essenciais do fato, desde que presentes os elementos do flagrante delito
e que o autor do fato assuma o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal, na data estabelecida pelo policial, ou
quando for regularmente intimado.

38) Comunicação de Ocorrência Policial / BO-COP

Boletim lavrado pelo policial militar que atender à ocorrência, em que devem ser registrados os dados essenciais do
fato, nas infrações penais de menor ou maior potencial ofensivo, desde que ausentes os elementos do flagrante delito.

39) Ação Policial Militar


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É o desempenho isolado de fração elementar ou constituída, com autonomia para cumprir missões rotineiras.
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40) Ação de Presença

É a manifestação que proporciona à comunidade a sensação de tranquilidade, pela expectativa de atendimento policial
militar. Ação de presença real consiste na presença física do policial no local. Ação de presença potencial é a capacidade do
policiamento ostensivo, num espaço de tempo mínimo, acorrer ao local onde a ocorrência seja iminente ou já tenha surgido.

41) Fração Elementar

Fração de tropa, de até cinco Policiais Militares (PM), que não constitua Grupo Policial Militar (GPM), para emprego
coordenado.

42) Fração Constituída

É a tropa com efetivo mínimo de 01 (um) GPM.

43) Estudo de Situação

É a ferramenta de coleta e análise de dados utilizada pelos Comandos com o objetivo de interpretar os fatores
intervenientes e fornecer subsídios para melhor instruir o processo decisório.

44) Planejamento Estratégico

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Dia 02

Processo de identificação e seleção dos objetivos institucionais de médio e longo prazos, realizado pela instância de
Direção da Brigada Militar, e a determinação das políticas e programas dirigidos a atingi-los.

45) Planejamento Tático

Metodologia realizada pela instância de Gestão da Brigada Militar, integrando as ações operacionais da Instituição
aos objetivos estratégicos, atuando em curto e médio alcances.

46) Planejamento Operacional

Planejamento realizado na instância de Execução da Brigada Militar, que visa à solução de demandas pontuais na
preservação da ordem pública, bem como à efetividade dos planos táticos e estratégicos da Instituição.

47) Plano

Modelo teórico para o desenvolvimento de uma ação ou operação, ou de um conjunto de ações ou operações
determinadas, com o fim de atingir um objetivo específico.

48) Plano de Operações

Modelo teórico de execução, dirigido a um resultado desejado, estabelecendo os recursos disponíveis e/ou necessários,
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assim como a forma de atuação de cada uma das partes e setores envolvidos.
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49) Ordem de Polícia Ostensiva

Documento elaborado pelo Comando da Corporação e desdobrado pelas Instâncias de Execução, abrangendo as
rotinas das áreas de inteligência, operações, instrução e administração, visando a orientar as frações subordinadas, garantindo a
eficiência e eficácia no exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

50) Ordem de Operações

Documento elaborado a partir de um evento previsto ou presumido, que estabeleça a conduta policial-militar nas
circunstâncias ordinárias e especiais, tendo por abrangência, no mínimo, dois níveis de execução.

51) Operação Policial-Militar

É a conjugação de ações, que exige planejamento específico, realizadas por frações de tropa constituída, podendo,
inclusive, contar com a participação de outros órgãos, públicos ou privados.

52) Ação de Polícial-Militar

É o exercício diuturno das atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

53) Controle Operacional

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Dia 02

Consiste no estabelecimento de padrões de desempenho e na fiscalização de seu alcance. São instrumentos de controle
operacional: a presença pessoal dos diversos escalões de supervisão; o quadro de produtividade individual e coletiva da fração e o
controle de qualidade sobre o serviço prestado. Deve ser realizado em todos os níveis de execução das operações e tarefas.

b. Princípios da atuação policial-militar

São preceitos essenciais considerados no planejamento e na execução, visando à eficiência e à eficácia operacionais.

1) Universalidade

A polícia ostensiva, atribuição exclusiva das polícias militares, e a polícia de preservação da ordem pública, atribuição –
estrito senso – acometida às mesmas, determina que seus integrantes estejam capacitados a intervir no amplo espectro de situações
direta ou potencialmente turbadoras da ordem. Eventual especialização de alguns setores da Instituição não desonera o policial
militar de dar o atendimento imediato, pleno ou preliminar – com as limitações do possível e do adequado –, aos diversos tipos de
ocorrências com que se depare ou para cuja intervenção seja demandado.

2) Responsabilidade Territorial MIQUELI SOARES


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Os elementos em Comando, com tropa desdobrada no terreno, são responsáveis pela preservação da ordem pública na
circunscrição territorial que lhe estiver afeta, especialmente pelo que decorre do exercício da Polícia Ostensiva, cabendo-lhes a
iniciativa de todas as providências legais e regulamentares, para ajustar os meios que a Corporação aloca ao cumprimento da missão.

3) Eficiência

A atividade de polícia militar deve pautar-se pela eficiência, exteriorizada nos princípios da qualificação permanente,
atualização, evolução tecnológica e participação comunitária.

4) Continuidade

A Polícia Ostensiva, efetivada pelas ações de policiamento, é atividade imprescindível, de caráter absolutamente
operacional, e será exercida diuturnamente.

5) Aplicação

A pronta identificação do policial militar em serviço, proporcionada pelo uso da farda e equipamentos, impõe atenção e
atuação ativas de seus executores, de forma a promover a segurança pública, pela atuação preventiva e repressiva. A omissão, o
desinteresse e a apatia são fatores geradores de descrédito e desconfiança, e revelam falta de preparo individual e de espírito de
corpo.

6) Isenção

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Dia 02

No exercício de sua função, o policial militar deve assegurar o tratamento igualitário à pessoa, garantindo o gozo dos
direitos individuais, sociais e coletivos, e impondo o cumprimento dos deveres legais, pautando suas intervenções pela
imparcialidade e impessoalidade.

7) Respeito

As atividades de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública devem ser fundamentadas nos princípios gerais de
direitos humanos, com o objetivo de garantir o bem de todos, sem qualquer forma de discriminação.

8) Emprego Lógico

A disposição de meios, para o exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, deve ser o resultado de
julgamento criterioso das necessidades, escalonadas em prioridades de atendimento, da dosagem do efetivo e do material,
compreendendo o uso racional do que estiver disponível, bem como de um conceito de operação bem claro e definido, consolidado
em esquemas exequíveis.

9) Antecipação

Ao exercício da polícia ostensiva e de preservação da ordem pública é imprescindível a proatividade na tomada e


proposição de medidas estratégicas, táticas e técnicas, voltadas à manutenção, restabelecimento e aperfeiçoamento da ordem pública.
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10) Profundidade

A cobertura de locais de risco não ocupados e/ou o reforço a pessoal empenhado devem ser efetivados ordenadamente,
seja pelo judicioso emprego da reserva, seja pelo remanejamento dos recursos imediatos, ou mesmo, se necessário, pelo progressivo
e crescente reforço ou apoio, que assegure o pleno exercício da atividade, dirigida por eficientes instrumentos de supervisão
(fiscalização e controle) e a coordenação, realizadas por Oficiais e Graduados.

11) Unidade de Comando

Em eventos específicos, que exijam emprego de diferentes frações, a missão é melhor cumprida quando se designa um
só Comandante para a operação, o que possibilita a unidade de esforço, pela aplicação coordenada de todos os meios.

12) Objetivo

A função de Polícia Ostensiva e de preservação da ordem pública visa à obtenção e conservação da tranquilidade pública
pelo desencadeamento de ações e operações, isoladas ou integradas, com propósitos particulares definidos.

c. Características da Polícia Ostensiva e de Preservação da Ordem Pública

São aspectos gerais que revestem a atividade policial militar, que identificam o campo de atuação e as razões de seu
desencadeamento:

1) Identificação
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Dia 02

Polícia Ostensiva é a atividade de preservação da ordem pública em cujo emprego a fração é identificada de relance pela
farda. O armamento, equipamento, viatura e aprestos se constituem em formas complementares de reconhecimento.

2) Ação Pública

Objetiva alcançar o interesse geral da sociedade, resguardando o bem comum em sua maior amplitude. Não se confunde
com zeladoria, atividade de vigilância particular de bens ou áreas privadas e públicas, nem com a segurança pessoal de indivíduos
sob ameaça. A atuação eventual nessas situações ocorre por conta das excepcionalidades e não como regra de observância
imperativa.

3) Totalidade

A preservação da ordem pública tem origem na necessidade comum de segurança da comunidade, permitindo-lhe viver
em tranquilidade. É desenvolvida sob os aspectos preventivo e repressivo, consoante seus elementos motivadores, assim
considerados os atos que possam se contrapor ou se contraponham à ordem pública. Consolida-se por uma sucessão de iniciativas
de planejamento e execução ou em razão de clamor público. Deve fazer frente a toda e qualquer ocorrência, quer por iniciativa
própria, quer por solicitação, quer em razão de determinação, dando-lhe a solução definitiva ou promovendo-se o encaminhamento
às respectivas instâncias de atendimento. MIQUELI SOARES
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4) Dinâmica

O desempenho da função de polícia ostensiva e de preservação da ordem far-se-á, com prioridade, no cumprimento e no
aperfeiçoamento dos planos de rotina, com o fim de manter continuado e íntimo engajamento da fração com sua circunscrição, para
obter o conhecimento detalhado do local de atuação e dos hábitos da população, a fim de melhor servi-la. O esforço é feito para a
manutenção dos efetivos e dos meios na execução daqueles planos que conterão o rol de prioridades pela presença continuada,
objetivando criar e manter a sensação de tranquilidade, objetivo final da preservação da ordem pública. As Operações Policiais
Militares, destinadas a suprir exigências não atendidas pelo policiamento ostensivo em determinados locais, poderão ser executadas
esporadicamente, em caráter supletivo, através da saturação/concentração maciça de pessoal e material, para fazer frente a
inquietante situação temporária, sem prejuízo para a Ordem de Polícia Ostensiva (OPO).

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Os conceitos, princípios e características constituem-se em suporte doutrinário para o exercício pleno das atribuições
constitucionais deferidas às Polícias Militares: a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.

b. A uniformização de vocabulário técnico contribui para o aperfeiçoamento da atividade de polícia ostensiva e de preservação
da ordem, e deve ser desenvolvida por todos os profissionais da Brigada Militar.

c. A instância mínima de gestão operacional de polícia militar corresponde à Subunidade

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Dia 04

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.8/EMBM/2021

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.8/EMBM/2021

1. FINALIDADE
Regular, orientar e disciplinar os procedimentos a serem adotados pela Instituição, no tocante a vantagens pecuniárias
incidentes na folha de pagamento.

2. BASE LEGAL
a. Geral e comum a todas vantagens
1) Constituição Federal;
2) Constituição do Estado do Rio Grande do Sul;
3) Lei nº 6.196, de 15 Jan 1971 (Código de Vencimentos e Vantagens da BM);
4) Lei Complementar nº 10.990, de 18 Ago 1997 (Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estado do Rio
Grande do Sul);
MIQUELI SOARES
5) Lei nº 10.098, de 03 Fev 1994 (Estatuto emiqueli.xs@gmail.com
Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio
Grande do Sul);
6) Lei nº 10.992, de 18 Ago 1997 (Plano de carreira dos Servidores Militares).
b. Substituição Temporária
1) Lei nº 10.991, de 18 Ago 1997(Lei de Organização Básica da BM);
2) Decreto nº 42.871, de 04 Fev 2004 (regula a LOB/BM);
3) Dec. nº 35.818, de 15 Fev 1995.
c. Vale Refeição
1) Lei nº 10.002, de 06 de dezembro de 1993.
2) Decreto nº 35.139 de 3 de março de 1994.
d. Auxílio Transporte
1) Lei nº 8.746, de 09 de novembro de 1988;
2) Decreto nº 33.104, de 10 de janeiro de 1989;
3) Parecer nº 9686 da PGE/RS, de 05 de maio de 1993;
4) Parecer nº 14350 da PGE/RS, de 13 de setembro de2005.
e. Auxílio fardamento
1) Lei nº 6.196, de 15 de janeiro de 1971. (art. 56 e 58)
f. Gratificação de Magistério
1) Lei nº 11.515, de 13 de julho de 2000.
g. Gratificação por Serviço Noturno

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Dia 04

1) Artigo 113 da Lei nº 10.098, de 03 de fevereiro de 1994;


2) Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
h. Função Gratificada
1) Lei 10.395, de 01 de junho de 1995 (anexo IV);
2) Lei Complementar 14.869, de 16 de maio de 2016;
3) Ordem de Serviço do GOVERNADOR nº 007/2016, publicada no DOE de 10/06/2016.
i. Declaração de Vencimentos para IPE, caso vivo fosse
1) Lei nº 9.127, de 07 de agosto de 1990.
j. Desconto de Pensão judicial para fins de alimentos
1) Ofício Circular 286/07 CGJ – Orienta os Magistrados acerca do encaminhamento de requisições quanto aos vencimentos
dos Militares Estaduais.
k. Declaração de Índice de aumento salarial para SFH
1) Decreto Federal nº 2.164, de 19 de setembro de 1984.

3. EXECUÇÃO
a. Definição dos termos
1) Substituição Temporária: Militar Estadual, em caráter transitório, que assume ou responde por um cargo, função de
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comando ou encargo atribuído privativamente a grau hierárquico superior ou igual ao seu;
miqueli.xs@gmail.com
2) Quadro de Efetivo (QE): Documento que deve seguir anexo ao Mapa de Substituição Temporária onde é discriminado o
efetivo previsto determinado pelo QO do OPM, existente, disponível e indisponível, sendo apurado mês a mês;
3) Vale-Refeição: Benefício concedido ao Servidor Estadual para auxiliar na alimentação, sendo o pagamento feito
pecuniariamente;
4) Auxílio-transporte: Benefício de natureza indenizatória e destinado ao ressarcimento de despesas decorrentes de efetivos
deslocamentos casa-trabalho e vice-versa, mediante solicitação dos Servidores civis e Militares Estaduais Temporários;
5) Gratificação de Magistério: É a remuneração pelo exercício do magistério nos cursos de formação, aperfeiçoamento,
especialização e atividades extracurriculares das academias e escolas que integram a estrutura operacional da Secretaria da
Segurança Pública.
6) Gratificação por Serviço Noturno: Gratificação de Adicional Noturno devida ao Servidor Civil regido pela CLT, durante
horário de trabalho noturno compreendido entre as 22h e às 05h;
7) Função Gratificada: Gratificação concedida aos servidores designados para exercer funções próprias na Brigada Militar.

b. Procedimentos
1) Substituição Temporária
a)A efetivação das substituições temporárias depende de prévia autorização do escalão superior competente, devendo ser
dada a devida publicidade através de Boletim.
b)O Mapa de Gratificação por Substituição Temporária deverá ser confeccionado pela Seção de Pessoal do OPM (P/1
ou equivalente).

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Dia 04

c)O Militar Estadual adido como se efetivo fosse a um Órgão Policial Militar deverá, até a nomeação ou designação,
exercer cargo compatível com seu grau hierárquico, inclusive na forma de substituição temporária.
d)O Quadro de Organização (QO) dos OPM, somente terão validade após sua publicação em Boletim Geral.
e)Para a confecção do mapa de Gratificação por Substituição Temporária, deverá ser observado rigorosamente o modelo
em anexo, preenchendo todos os campos, contendo as assinaturas previstas.
f)As expressões de Comando, Direção e Chefias mencionadas no Decreto nº 35.818/95, destinam-se àqueles que detêm
a autoridade máxima no OPM.
g) A apresentação do ME substituído deverá ocorrer no dia imediatamente posterior ao término do afastamento,
independente do dia da semana que ocorra, reassumindo suas funções, em virtude da efetividade;
h) O Mapa de Substituição Temporária, documento utilizado pelos OPM para registrar os ME que fazem jus a
correspondente Gratificação, deverá dar entrada nos Comandos (CRPOs, Departamentos e equivalentes) até o dia 8 (oito) do mês
posterior ao exercício da função, justificando os atrasos.
i) Não haverá pagamento de gratificação de substituição temporária durante os afastamentos que impliquem em
indisponibilidades do ME.
j) As substituições ocorrem somente entre funções atribuídas aos respectivos níveis (médio/superior) e qualificações.
k) O processamento da Gratificação por Substituição Temporária será realizado com base no efetivo distribuído no OPM,
consubstanciado no quadro de organização (QO) em vigor e no efetivo exercício da função superior.
MIQUELI SOARES
l) Não concorrerão às substituições temporárias os militares da reserva remunerada designados temporariamente para o
miqueli.xs@gmail.com
serviço ativo.
m) O exercício da função superior em substituição temporária será interrompido quando o substituto se ausentar do
exercício do cargo ou função superior que esteja respondendo, por qualquer motivo.
n) Não será pago substituição temporária aos cargos vagos das graduações em extinção de 3º Sargento.
o) Somente poderão ser designados Militares Estaduais para substituições aos cargos de 3º Sargento por ocasião da
indisponibilidade dos titulares existentes, considerando que à medida que vagarem, tais graduações reverterão à graduação de
Soldado.
p) Na confecção do Mapa de Substituição Temporária, este deverá ser preenchido por ordem decrescente do Posto e
Graduação, e, entre estes utilizar o princípio da antigüidade dos substitutos.
q) Os Comandos farão a análise dos Mapas de Substituição Temporária (MST) dos OPM subordinados, atentando para
os princípios legais das designações para as funções superiores, bem como atentando para a existência de vagas nos QE dos OPM.
Essa análise pressupõe juízo de valor sobre a legalidade das substituições.
r) Os Comandos, através dos P1 ou equivalentes, realizarão o lançamento do seu mapa e dos OPM subordinados, no
sistema RHE, atentando para a correção dos lançamentos, até o primeiro prazo de fechamentos de alterações da folha de pagamento
do Estado. Somente estão autorizados a realizarem o lançamento dos mapas referentes a efetividade do mês anterior, vedado o
lançamento de substituições temporárias relativas a efetividade de outros períodos.
s) É expressamente vedado aos Comandos o lançamento de Substituições Temporárias relativo à efetividade de meses
anteriores. No caso de necessidade de lançamentos de Substituições Temporárias relativas à efetividade de meses anteriores, será
confeccionado Mapa de Substituição Temporária Suplementar, bem como novo QE, sendo remetido para o DA/SVV para
lançamento, via processo eletrônico.

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Dia 04

t) Os lançamentos de substituições temporárias serão objeto de auditoria pelo DA/SVV, devendo os Comandos remeter
mensalmente, até o mesmo prazo para o lançamento dos dados no sistema RHE, cópia virtual assinada dos QE dos Comandos e
OPM subordinadas.
u) Na função de auditoria, o DA/SVV poderá a qualquer tempo solicitar cópias dos QE, Mapa de Substituição Temporária,
publicações de designação em função superior, e outros documentos relativos a substituições temporárias, devendo os dados ser
prontamente remetidos.
v) O DA/SVV fará a auditoria dos lançamentos de Substituições Temporárias, com base na análise numérica comparativa
dos lançamentos no sistema RHE, do QO do OPM e dos mapas de QE, confeccionados pelos OPM. Será realizada a análise
comparativa entre a quantidade de vagas existentes nos QE (seja por cargo vago, seja por indisponibilidade) e a quantidade de
lançamentos de Substituições Temporárias inseridas no sistema no RHE, podendo a SVV solicitar diligencias e retificação de mapas.
Essa atividade não se confunde com a realizada por assessorias especializadas do Comando Geral, em especial da ACI, e visa apenas
prevenir/corrigir lançamentos indevidos e assessorar os Comandos.
w) A Seção de Vantagens e Vencimentos do DA (DA/SVV) remeterá mensalmente o calendário da Secretaria da Fazenda
com os dados de fechamento da folha de pagamento do Estado aos Comandos, no início de cada mês.
x) Os Comandos devem informar as Id. Func. dos ME indisponíveis (independente do tipo de indisponibilidade) que irão
gerar pagamento de Substituição Temporária, na coluna “ OUTRAS DISPENSAS ESPECIFICAR”, do QE.
y) As eventuais diligências devem ser respondidas em no máximo 3 (três) dias, haja visto tratar-se de vantagens.
MIQUELI
z) O servidor que solicitar redução de carga SOARES
horária, em conformidade com o Artigo 127 da Lei nº 10.098 de 03 de
miqueli.xs@gmail.com
fevereiro de 1994, e/ou situação análoga, não fará jus ao recebimento de substituição temporária, bem como gratificação
correspondente, tendo em vista a incompatibilidade da redução de carga horária com o necessário acúmulo de atribuições, bem
como em observância aos princípios constitucionais da moralidade, legalidade e eficiência administrativas (art. 37 da CF/88);

2) Vale-Refeição
a) É o auxílio mensal pago em pecúnia para alimentação do Servidor.
b) Toda a indisponibilidade (Militares Estaduais) e afastamento (civis) gera o estorno de Vale-Refeição, correspondente
ao número de dias em que o servidor estiver afastado, exceto luto (N), núpcias (G), recompensa por serviços prestados (RSP) e
acidente em objeto de serviço (LSA).
c) Não fazem jus ao Vale-Refeição os Militares Estaduais matriculados em estabelecimento de Ensino Policial Militar.
d) Caberá ao Departamento de Ensino o cancelamento, início ou reinício (dependendo da situação) do pagamento do
vale-refeição, devendo ser realizados no período máximo de 10 dias úteis.

3) Auxílio-Transporte
a)É a gratificação concedida aos Militares Estaduais Temporários e aos Servidores Civis mensalmente, correspondente
a 46 (quarenta e seis) vezes a tarifa de ônibus urbano do município de Porto Alegre, abatendo-se os descontos legais.
b)Para receber o Auxílio-transporte o ME Temporários e os Servidores Civis, deverão manifestar interesse, através de
requerimento padrão da BM.
c)Na folha de informações auxiliares deverá constar a necessidade do uso de transporte coletivo e do auxílio-transporte,
o endereço do ME Temporário ou servidor civil, bem como o deferimento do seu Comandante imediato.

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Dia 04

4) Auxílio-fardamento
a) A solicitação do Auxílio-fardamento aos ME que fazem jus, será encaminhada pelo Diretor de Ensino, ao Diretor
Administrativo/Seção de Vantagens e Vencimentos, em até 10 dias após a data de conclusão, através de processo eletrônico,
contendo a ata de matrícula e ata de conclusão, bem como relação nominal dos concludentes em ordem de matrícula e seus vínculos
ativos.
b) No caso de concludentes do CSPM deverá acompanhar o processo a publicação do ato da nomeação dos Oficiais
formados em DOE.

5) Gratificação de Magistério

a)Deverá ser solicitada por meio do respectivo mapa, pelo OPM de ensino no qual o servidor ministrar aula, autorizado
pelo Diretor de Ensino;
b)Mapa de Gratificação Magistério deverá dar entrada no Departamento de Ensino até o dia 5 de cada mês, com os
registros de horas aula do mês anterior, para fins de análise e inserção no sistema RHE.
c)Poderão receber gratificação de magistério os ME inativos.
d)Os ME PME poderão receber gratificação de magistério na condição de inativo, pois seu contrato é específico para as
atividades previstas no §1º do art. 1º da Lei 15.108 de 11 de janeiro de 2018, devendo cumprir sua carga horaria integralmente na
atividade contratada. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
e)O OPM de ensino deverá preencher a disciplina do curso, sua carga horária total relativa a disciplina, a carga horária
total já paga anteriormente no acumulado dos outros mapas, conforme anexo “E”.
f)O instrutor que ministrar aula em mais de uma disciplina deverá ter seu nome repetido na devida coluna e com as
informações do item anterior.
g)Casos de pendências deverão ser remetidos ao DA/SVV via processo eletrônico para a devida análise.

6) Gratificação por Serviço Noturno


a)Gratificação concedida exclusivamente para servidores civis da BM;
b)Será solicitado através do respectivo mapa, pelos Comandantes dos OPM responsáveis, os quais manterão o controle
através de cartão ou livro ponto;
c)O serviço noturno compreenderá entre o horário das 22:00 h às 05:00 h do outro dia;
d)O Mapa de Pagamento de Adicional Noturno, deverá dar entrada no protocolo do DA até o dia 02 de cada do mês,
conforme modelo anexo.
e)Não deverão ser empregados os servidores civis em horário noturno sem a devida autorização Subcomandante Geral,
devido à repercussão financeira do emprego.

7) Função Gratificada (FG)


a) Fundamentada pela Lei nº 10.395, de 02 de junho de 1995, é concedida aos Militares Estaduais indicados a critérios
dos Comandantes, Diretores, Chefes e Ajudante Geral.
b) As funções gratificadas são de livre nomeação e exoneração conforme o art. 37 da CF88.

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Dia 04

c) Os Militares Estaduais indicados para o exercício das funções gratificadas deverão preencher declaração de
inelegibilidade conforme previsto na ORDEM DE SERVIÇO DO GOVERNADOR Nº 007/2016, publicada no DOE de 10/06/2016,
ou outro modelo superveniente, bem como constar em Mapa (modelos anexos), a ser encaminhado ao DA, para fins de confecção
do Ato de publicação em Diário Oficial;
d) O servidor fará jus ao recebimento da função gratificada a partir da publicação em Diário Oficial do Estado.
e) O mapa de função gratificada bem como a declaração de inelegibilidade deverá ser encaminhado ao DA
obrigatoriamente através de processo eletrônico.

8) Declaração de Vencimentos "Se vivo fosse"


Documento fornecido pelo Departamento Administrativo/SVV, aos dependentes dos servidores falecidos, mediante
solicitação, contendo os valores que o servidor receberia “se vivo fosse”, para atualização das pensões vitalícias junto ao Instituto
de Previdência do Estado (IPE).

9) Desconto de Pensão judicial para fins de alimentos


a) Toda a solicitação de desconto, cancelamento ou alteração de pensão alimentícia (alimentos), deverá ser expedida e
encaminhada pelo Poder Judiciário (documento original) à Secretaria da Fazenda, conforme orientação do TJ/RS contida no Ofício
Circular nº286/07 – CGJ.
b) Caso o Cmt de OPM receba o Ofício, deverá restituir à vara que o emitiu informando que a BM não é a responsável
MIQUELI SOARES
pela folha de pagamento do Estado e solicitando que seja remetido diretamente à Secretaria da Fazenda.
miqueli.xs@gmail.com
c) Em Porto Alegre poderá encaminhado diretamente no protocolo Geral da Secretaria da Fazenda, sito na Rua Siqueira
de Campos nº 1.044, Centro/POA;
d) No interior do Estado através das Exatorias Estaduais da Fazenda.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Nos Mapas de vantagens remetidos ao Departamento Administrativo, deverá constar além das assinaturas, o nome completo
da autoridade responsável pelas informações.
b. O Diretor do DA poderá emitir regulamentações complementares à presente NI.
c. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a
Nota de Instrução 1.8/EMBM/2018, de 12 de novembro de 2018.

Anexos (ver na INTRANET):


Anexo “A” – Modelo do Mapa de Substituição Temporária
Anexo “B” – Modelo do Mapa do Quadro de Efetivo
Anexo “C” – Modelo do Mapa de Função Gratificada
Anexo “D” – Modelo da Declaração de Elegível
Anexo “E” – Modelo do Mapa de Gratificação de Magistério
Anexo “F” – Modelo do Mapa de Adicional Noturno

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Dia 04

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.10/EMBM/2023

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.10/EMBM/2023

1. FINALIDADE
Regular os procedimentos quando da subtração e extravio de Carteiras de Identidade Funcional (CIF), bem como de peças dos
uniformes da BM.

2. BASE LEGAL
Regimento Interno da Brigada Militar (RIBM), de 02 de outubro de 2002.

3. EXECUÇÃO
a. Subtração ou extravio da Carteira de Identidade Funcional (CIF).
1) Quanto aos Militares Estaduais do Serviço Ativo:
a) O Militar Estadual deve efetuar o devido registro policial ou comunicação de ocorrência policial (COP);
b) Comparecer e comunicar imediatamente ao seu OPM ou ao mais próximo relatando o fato;
c) Caso o OPM que receber a comunicação não seja o qual o ME comunicante esteja lotado, este, via canal de comando, deverá
remeter cópia da comunicação ao CRPO/Equivalente MIQUELI SOARES
de origem do ME;
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d) O OPM comunicará, imediatamente, ao seu Comando Regional/Equivalente e, também, via canal técnico ao EMBM– PM2,
da ocorrência com as circunstâncias em que se deu o fato;
e) O Comandante, Diretor ou Chefe do OPM a que estiver subordinado o Militar Estadual que teve subtraída ou extraviada a
sua CIF mandará instaurar, no mínimo, uma Sindicância Sumária, publicando em BI;
f) Quando do extravio ou perda, o ME deverá procurar o mobilizador de seu comando e solicitar nova CIF, devendo apresentar
o documento em que conste a solução do procedimento instaurado.
2) Quanto aos Militares Estaduais da Reserva Remunerada ou Reforma:
a) O ME que teve subtraída a sua CIF deve efetuar o devido registro policial;
b) Comparecer e comunicar, imediatamente, o OPM da área onde reside ou o mais próximo, relatando o fato;
c) O OPM comunicará, imediatamente, via canal de comando, ao Departamento Administrativo e, também, via canal técnico
ao EMBM– PM2, da ocorrência com as circunstâncias em que se deu o fato;
d) O Departamento Administrativo deve instaurar, no mínimo, uma Sindicância Sumária para apurar o fato, publicando em
Boletim Interno;
e) O ME deverá procurar o mobilizador do comando mais próximo de sua residência e solicitar nova CIF, apresentando a
solução do procedimento instaurado.

b. Subtração ou extravio de peças de uniformes da Corporação:


1) Quando da constatação da subtração e/ou extravio de peças de uniformes da Corporação deve o Militar Estadual,
imediatamente, comunicar ao seu OPM ou ao mais próximo, além de efetuar o devido registro policial;

38
Dia 04

2) O OPM comunicará, imediatamente, ao seu Comando Regional/Equivalente e, também, via canal técnico, ao EMBM– PM2
da ocorrência com as circunstâncias em que se deu o fato, descrevendo minuciosamente o fato e as peças de uniformes subtraídas
e/ou extraviadas;
3) O Cmt do OPM a que o ME estiver subordinado deve instaurar, no mínimo, uma Sindicância Sumária para apurar as
circunstâncias do fato, publicando em Boletim Interno;
4) Consideram-se peças de uniforme, para efeitos desta NI, o conjunto de calça e camisa de todos os uniformes e seus abrigos
ou estes individualmente (as coberturas, os distintivos e as insígnias de cursos, as camisetas e os calçados devem ser considerados
quando em conjunto com essas peças do vestuário), as peças do uniforme de educação física da BM e os equipamentos e aprestos
de uso na Corporação.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Quando houver indícios de crime militar ou transgressão da disciplina, deverão ser adotadas as medidas de polícia judiciária
militar e apuração de transgressão da disciplina militar;
b. As medidas mencionadas no item anterior não prejudicam as providências elencadas na presente norma;
c. No caso da subtração ou extravio de equipamentos ou aprestos de uso na Corporação, as normas aqui elencadas não esgotam as
providências necessárias para a adequação e regularização de carga do OPM e outras medidas decorrentes;
d. O EMBM–PM2, em conjunto com o DI, deve manter atualizado o banco de dados pertinente às ocorrências de subtração ou
extravio de CIF e de peças de fardamentos, constandoMIQUELI
inclusive a SOARES
solução dada ao procedimento apuratório instaurado;
miqueli.xs@gmail.com
e. O EMBM–PM2, após o recebimento da comunicação da subtração ou extravio da CIF ou das peças de uniformes da BM, deverá
providenciar na imediata divulgação a todos os OPM da Corporação;
f. O Departamento Administrativo deve manter controle sobre as CIF subtraídas, extraviadas e sobre aquelas as quais foram
confeccionados novos documentos de identificação através do banco de dados disponibilizado pelo DI;
g. A Corregedoria-Geral deve manter controle sobre os feitos instaurados e solucionados sobre a subtração ou extravio de CIF e
de peças de fardamentos da BM;
h. Todas as peças de uniformes da Corporação, quando não mais em uso pelo ME, devem ser recolhidas ao seu OPM ou ao mais
próximo para a devida incineração;
i. O fato do ME comunicar ao OPM mais próximo não elimina a necessidade de que este também comunique, imediatamente, por
qualquer meio de comunicação, o seu OPM;
j. A urgência na solução do procedimento instaurado deve ser observada, uma vez que desse dependerá a emissão de uma nova
identidade (2ª via);
k. Os Comandos de CRPO Regionais e Especializados, Corregedoria-Geral e Ajudância-Geral, deverão, semestralmente,
encaminhar ao Departamento Administrativo – Divisão de Recrutamento, Seleção e Acompanhamento – DReSA/SAIM o relatório
com o quantitativo de CIF na condição de ROUBO/FURTO/EXTRAVIO/PERDA, contendo o número de espelho, nome completo
e graduação/Posto do ME, motivo, número da sindicância sumária e o Boletim Interno de sua publicação.
l. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente a Nota
de Instrução de n° 1.10, de 01 de agosto de 2018.

39
Dia 04

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.12/EMBM/2021

ATENÇÃO!

Apostila foi atualizada neste tópico em razão da previsão no Edital do CTSP sobre a cobrança da NI 1.12 de 2021. Para
tanto, fizemos alguns quadros comparativos do que mudou no decorrer desta nota de instrução, em relação a NI 1.12
de 2018. Atentem-se aos detalhes!

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.12/EMBM/2021

1. FINALIDADE
Regular os procedimentos de Identificação e Mobilização do efetivo da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL
a. Lei Federal Nº 4.375, de 17 agosto de 1964 - Lei do Serviço Militar;
b. Lei Federal Nº 4.754, de 18 agosto de 1965 - introduz alterações na Lei do Serviço Militar;
c. Decreto Federal Nº 57654, de 20 de janeiro de 1966 - regulamenta a Lei do Serviço Militar;
d. Lei Federal Nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003 - dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o
Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências;
e. Decreto Federal Nº 9.847, de 25 de junho de 2019 - Regulamenta a Lei Nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
MIQUELI SOARES
f. Lei Federal Nº 7.116, de 29 de agosto de 1983 –miqueli.xs@gmail.com
assegura validade nacional às Carteiras de Identidade e regula sua expedição e dá outras
providências;
g. Decreto Federal Nº 89.250, de 27 de dezembro de 1983 – regulamenta a Lei Nº 7.116;
h. Lei N° 5.553, de 6 de dezembro de 1968 – dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de identificação pessoal;
i. Lei Complementar Nº 10.990, de 18 agosto de 1997 – Estatuto da Brigada Militar;
j. Portaria Ministerial Nº 038, de 17 de junho de 1983 – EMFA – Procedimentos de Mobilização;
k. Decreto Estadual Nº 50.477, de 11 de julho de 2013 – dispõe sobre a realização de atividades e procedimentos para Mobilização e
Identificação dos Militares Estaduais, bem como da expedição da Carteira de Identidade Funcional – CIF;
l. Portaria Ministerial Nº 1823, de 18 de dezembro de 1974 – EMFA – Inutilização de documentos militares;
m. IG 20-09 (EMFA), de 27 de abril de 1984 – Instruções Gerais para organização e utilização dos Fichários de Mobilização de Pessoal;
n. Portaria 482/EMBM/2011, publicado no BG 215, de 14 de novembro de 2011, (regula os procedimentos sobre a confecção da Carteira de
Identidade Funcional ou Provisória pelos motivos de perda, furto, roubo ou extravio, e dá outras providências);
o. Portaria 520/EMBM/2012, de 20 de agosto de 2012, publicada no BG 159, de 20 de agosto de 2012 (regula e padroniza os procedimentos
das documentações de Mobilização que tramita no âmbito da Brigada Militar, bem como, aquelas que são encaminhadas para o Exército Brasileiro
e dá outras providências).

3. EXECUÇÃO
a. Departamento Administrativo, através do DReSA/SIM é o órgão da Brigada Militar, responsável pelo planejamento,
controle, auditoria e gerenciamento das atividades de Identificação e Mobilização;
b. As Subseções de identificação ficarão subordinadas ao P/1 dos CRPO, COE, CPM, CPC, CRBM, CABM, Departamentos e
Ajudância-Geral, sendo estas responsáveis pelas atividades de Identificação e Mobilização.
c. No P1 dos CRPO, CRBM, CPM, CPC, COE, CABM, Departamento e Ajudância-Geral, deverá ser mantida a SubSeção de
Identificação, a qual será responsável pelas atividades de Identificação e Mobilização do OPM;
40
Dia 04

d. A localização dos Postos de Identificação Policial (PIP), terá regulamentação em Ordem de Serviço do Departamento
Administrativo, que também regulamentará as demais situações, como por exemplo, a criação de um Sub Posto de Identificação
Policial (SPIP);

2018 2021
e. O Mobilizador/Identificador responsável pela Subseção de e. O Mobilizador/Identificador responsável pela Subseção de
Identificação deverá ser um ME na Graduação de Sargento, Identificação deverá ser um ME na Graduação de Sargento
nomeado em Boletim Interno, e aprovado no estágio de e/ou Soldado Nível II (com mais de 15 anos) lotado no P1
Mobilização/Identificação realizado junto ao DA/DReSA, e do Comando, nomeado em Boletim Interno e aprovado no
exercerá com EXCLUSIVIDADE a função para a qual foi estágio de Mobilização/Identificação realizado junto ao
designado quando o efetivo na área de responsabilidade for DA/DReSA, e exercerá, com EXCLUSIVIDADE, a função
superior a 300 (trezentos) ME ativos, conforme previsão legal para a qual foi designado quando o efetivo na área de
no item 12 e 12.2 da Portaria 520/EMBM/2012; responsabilidade for superior a 300 (trezentos) ME da ativa,
conforme previsão legal no item 12 e 12.2 da Portaria
520/EMBM/2012

f. Toda a digitação lançada na Carteira de Identidade Funcional (CIF) e Carteira de Identidade Funcional Provisória (CIFP),
sobre validade e restrições deverá ser grafada em vermelho;
MIQUELI SOARES
g. Os Comandantes, Chefes e Diretores deverão miqueli.xs@gmail.com
desenvolver em seus OPM mecanismo de controle e fiscalização das
identidades funcionais de seu efetivo;

2018 2021
h. A Atividade de Identificação compreenderá, os h. A Atividade de Identificação compreenderá, no
procedimentos Geral, onde são incluídas as características cadastramento dos dados pessoais e características dos
pessoais individuais no sistema SIGBM, Confecção da CIF e Militares Estaduais no sistema SIGBM, Confecção da
CIFP, para os quais deverão ser observados os seguintes Carteira de Identificação Funcional (CIF) e Carteira de
requisitos: Identificação Funcional Provisória (CIFP), bem como
atualização cadastral dentro do prazo estipulado pela
legislação, para os quais deverão ser observados os seguintes
requisitos:

1) Na frente:
a) Fotografia: No tamanho 2,8 X 3,1 cm, colorida, de frente, sem cobertura, com fundo branco e liso. Em caso de uso
de óculos, este deverá possuir as lentes claras, para que seja possível a identificação da cor dos olhos sem uso de óculos. A captura
da foto digital será feita no Posto de Mobilização e Identificação, com foco a distinguir a fisionomia e insígnias do uniforme, não
podendo ser a mesma utilizada quando da confecção da Identidade anterior.
b) Uniformes:
(1) ME Ativo: Fardamento 3º A1, observando o corte regulamentar do cabelo, costeletas (terço médio da orelha) e
bigode (no alinhamento do corte dos lábios). As insígnias, distintivos e divisas deverão corresponder ao Posto ou Graduação,
devendo obrigatoriamente estar visíveis.
41
Dia 04

(2) ME da Reserva e Reformado: Tirar a fotografia conforme descrito no n.º anterior, ou traje civil, com paletó, camisa
e gravata. Para o efetivo feminino uniforme previsto conforme o item anterior, porém quando em traje civil, deverá ser utilizado
blazer feminino.
c) Carimbo de Segurança: A marca d’água deverá ser colocada na base inferior esquerda da fotografia, alcançando parte
do espelho, após a plastificação da CIF ou CIFP.
d) Número da CIF: Será digitado no espaço correspondente.
e) Validade: Escrita em letras vermelhas e será digitado no espaço correspondente, sendo esta validade:
(1) Para Oficiais e Praças da Ativa deverá ser renovada periodicamente a cada 10 (dez) anos, ou até sua permanência
no posto ou graduação.
(2) Para Oficiais e Praças inativos Validade de 10 (dez) anos a contar da data de expedição do documento.

2018 2021
(3) Para Integrantes do Programa Mais Efetivo (PME): (3) Para Integrantes do Programa Mais Efetivo (PME):
Validade de 05 anos, a contar da data da nomeação. Validade de 10 anos, a contar da data da nomeação.

(4) Para os Policiais Militares Temporários: Validade de 02 anos, a contar da data da inclusão.
(5) Para Alunos Soldados de Carreira: Validade: de 01 ano, a contar da data da inclusão.
(6) Para Soldados de Carreira que não concluiu o Curso de Formação: - Validade de 01 ano, a contar da data da
MIQUELI SOARES
inclusão; - Demais renovações periódicas a cada 01miqueli.xs@gmail.com
ano.
(7) Para Aluno Oficial do Quadro de Oficiais do Estado Maior (QOEM): Validade: Período do Curso de Formação.
(8) Para Aluno Oficial do Quadro de Oficiais do Estado Maior (QOEM), que não concluiu o Curso de Formação: -
Validade de 01ano, demais renovações periódicas a cada 01 ano.
(9) Para Servidores Civis da Brigada Militar: - Validade de 10 (dez) anos, a contar da data da expedição; - Demais
renovações periódicas a cada 10 anos.
f) Nome do Identificado: Obrigatoriamente por extenso, sem abreviaturas, em letras maiúsculas.
g) Posto ou Graduação:
(1) ME Ativo – Deverá constar o posto ou graduação constando a qualificação;
(2) ME Inativo – Deverá constar o posto ou graduação, constando a situação da inatividade Reserva Remunerada (Res
Rem) ou Reforma (Ref) abreviados.
h) Na Carteira de Identidade Provisória: será digitado em letra maiúscula na cor vermelha colocada em diagonal
“PROVISÓRIA”, entre a foto e assinatura;
i) Interdito: será digitado em letra maiúscula na cor vermelha colocada em diagonal, “INTERDITO”, entre a foto e
assinatura, nos casos determinados pela justiça, com a apresentação do documento comprobatório.

2) No verso:
a) Filiação: Nome do Pai e da Mãe, por extenso em maiúsculo. No caso de a certidão de nascimento não constar o nome
do Pai ou Mãe, deverá ser colocado no campo correspondente ponto e traço;
b) Data de Nascimento: digitado dia (digito), mês e ano; Ex: 01/01/2000
c) Grupo Sangüíneo: Deverá ser digitado, mais o fator RH por extenso;
d) Id Func: Digitada na íntegra;
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Dia 04

e) RG: Digitado na íntegra;


f) CPF: Digitado na íntegra;
g) Cor dos olhos: conforme caracteres cromáticos: Anexo Único;
h) Altura: Deverá ser digitado metro, vírgula, centímetro, espaço “m” em minúsculo;
i) Naturalidade: Nome do Município, vírgula espaço mais a sigla da unidade da federação;
j) Local e Data de Emissão: Sempre colocar Porto Alegre abreviado, vírgula, RS, vírgula, dia, mês abreviado e ano, sendo
as letras em maiúscula. No caso dos alunos concludentes de curso, será a data da formatura. Ex: PoA, RS, 01 ago 2018.
k) Fé Pública.
l) Porte de Arma.
m) Militar Estadual Ativo.
n) Laudo Psicológico.
f. Carga do Posto de Mobilização/Identificação Policial
1) Armário metálico com chave e cinco gavetas;
2) Livro de registro e controle dos espelhos;
3) Estação de trabalho (computador, impressora), perfil DI, em rede;
4) Máquina fotográfica digital;
5) Scanner.
MIQUELI
g. Os ME deverão observar o prazo de validade das SOARES
CIF e CIFP e renová-las no prazo de 30 dias antes do vencimento
miqueli.xs@gmail.com

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. A CIF tem fé pública e validade em todo o território nacional.
b. A Carteira de Identidade Funcional fará prova de todos os dados nela incluídos, dispensando a apresentação dos documentos
que lhe deram origem ou que nela tenham sido mencionados.
c. Os integrantes da reserva remunerada, para conservarem a autorização de Porte de Arma de Fogo de sua propriedade deverão
submeter-se, a cada cinco anos, aos testes de aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo e não estar respondendo a
inquérito policial ou a processo criminal.
d. Para a confecção dos documentos de Identidade Funcional e Identidade Funcional Provisória será obrigatório a apresentação
do documento que motiva esta confecção: o Diário Oficial do Estado (DOE), Boletim Geral (BG) ou Ordem Judicial, nos casos de
promoção, passagem para a inatividade, bem como, deverá ser devolvido o documento de Identidade antigo, excluídos os casos de
perda, furto ou roubo e extravio, os quais deverão ser precedidos de sindicância sumária.
e. A requerente do sexo feminino, casada, viúva, separada ou divorciada, apresentará obrigatoriamente a certidão de casamento,
caso seu nome de solteira tenha sido alterado em conseqüência do matrimônio, bem como nos casos em que ocorra alteração de
nome por divórcio, a apresentação da respectiva certidão.
f. No caso de extravio ou subtração da CIF ou CIFP do efetivo ativo e inativo, o portador deverá comunicar o seu OPM ou o
mais próximo e efetuar registro do fato, através de BO (Boletim de Ocorrência) ou RPD (Registro de Perda de Documentos) devendo
ser instaurado, no OPM onde foi feito o registro, no mínimo uma Sindicância Sumária, conforme previsto na Nota de Instrução que
trata da perda de CIF, CIFP e de peças de uniformes da Corporação.
g. As CIF e CIFP deverão ser obrigatoriamente impressas e conferidas na Seção de Mobilização/Identificação da DReSA, com
o objetivo de segurança.
43
Dia 04

h. As CIF e CIFP deverão ser impressas a partir da base de dados do sistema SIGBM, cabendo ao graduado da respectiva
Subseção de Identificação a atualização pertinente ao seu efetivo.
i. É de responsabilidade da Seção de Identificação/Mobilização a confecção e publicação em Boletim Geral do Calendário de
Visitas Técnicas, com o objetivo de fiscalizar o serviço de Identificação e Mobilização.

2018 2021
j. Todo o Militar Estadual excluído do serviço ativo das j. Todo o Militar Estadual excluído do serviço ativo das
fileiras da Brigada Militar DEVERÁ fileiras da Brigada Militar DEVERÁ, antes do desligamento,
OBRIGATÓRIAMENTE, antes do desligamento, ser ser apresentado na Subseção de Identificação do
apresentado na Subseção de Identificação do Departamento, Departamento, Comando e/ou a Ajudância-Geral para
Comando e/ou a Ajudância Geral para entrega da respectiva entrega da respectiva CIF.
CIF.

k. O Efetivo pertencente ao EMBM, Corregedoria-Geral, DI, Gabinete do Comandante e Subcomandante-Geral, deverão


encaminhar as demandas de renovação de CIF mobilizados pela Ajudância-Geral;
l. O Estágio de Habilitação para o desenvolvimento da atividade de Mobilizador/Identificador será realizado na DReSA/DA.
m. Para a passagem da condição de Reserva Remunerada para Reforma deverá ser considerada a idade, sendo para Praças 65
anos, e Oficiais 70 anos.
MIQUELI SOARES
n. Durante o Gozo de Licença para Tratamento de Interesse Particular (LTIP), o Identificador deverá recolher a CIF do ME,
miqueli.xs@gmail.com
deixando-a retida no Posto de Identificação Policial do OPM, até a reapresentação deste, quando lhe será devolvida a sua identidade.
o. Durante a agregação por afastamento da função (Art. 37 da Lei 10.990 de 18 de agosto de 1997) a CIF do ME deverá ser
recolhida, deixando-a retida no Posto de Identificação Policial do OPM.
p. Nos casos de licenciamento, exclusão, falecimento o identificador deverá recolher a CIF procedendo a descarga.
q. O ME é responsável pela conservação, guarda e atualização de sua identidade, devendo sempre mantê-la em condições e
atualizada conforme seu posto ou graduação.
r. O Identificador Mobilizador (Mob/Idt) deverá providenciar na confecção da CIF, quando da passagem do ME para a reserva
remunerada, sendo-lhe fornecida outra com a sua nova situação.
s. O Identificador Mobilizador (Mob/Idt) do OPM deverá manter cadastro atualizado do efetivo que tem identidade por vencer.
t. Nos casos de assunção e passagem de carga, bem como, quando da extinção de uma Subseção de Identificação Posto de
Identificação Policial, o Mobilizador/Identificador terá 20 dias úteis para a passagem de carga ou entrega desta a Seção de
Mobilização Identificação/DReSA, com a devida publicação em BI/BG do ato.
u. Quando da troca de graduado Identificador Mobilizador (Mob/Idt) o OPM deverá comunicar a Seção de Mobilização
Identificação/DReSA, encaminhando a indicação de outro ME substituto, com antecedência de 30 dias, a fim de que frequente o
estágio de habilitação.
v. Para casos omissos na presente Nota de Instrução, ou em caso de dúvidas, deverá ser mantido contato com a DReSA/DA.
w. Todas as atividades necessárias para o provimento de material de informática, suporte, manutenção e gerenciamento do
funcionamento do sistema informatizado das atividades de mobilização e identificação previstas nesta NI ficarão sob o encargo do
Departamento de Informática, mediante integração de informações e necessidade com o Departamento Administrativo.

44
Dia 04

x. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a
Nota de Instrução Administrativa Nº 1.12/EMBM/2018 de 14 de abril de 2020.

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

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Dia 05

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.19/EMBM/2023

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.19/EMBM/2023 - Em 07 Dez 2023

1. FINALIDADE
Regular os procedimentos a serem adotados para obtenção dos BENEFÍCIOS LEGAIS pelos militares estaduais acidentados
em serviço, com ou sem morte.

2. BASE LEGAL
a. Lei n.º 10.297, de 16 novembro 1994 - Dispõe sobre o Corpo Voluntário de Militares Estaduais Inativos da Brigada Militar
(CVMI);
b. Lei n.º 10.916, de 03 janeiro 1997 - que dispõe sobre a Gratificação Especial de Retorno à Atividade;
c. Lei n.º 10.990, de 18 agosto 1997 - que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estado do Rio
Grande do Sul e dá outras providências;
d. Lei n.º 10.996, de 18 agosto 1997 - Estabelece benefício ao servidor ou ao seu beneficiário, “invalidez permanente, total ou
parcial, ou morte”, ocorridos em serviço; MIQUELI SOARES
e. miqueli.xs@gmail.com
Lei n.º 11.000, de 18 agosto 1997 - dispõe sobre promoção extraordinária do servidor militar;
f. Lei n.º 14.233, de 23 abril 2013 - Institui Abono Especial para os servidores ativos militares no período de licença para
tratamento de saúde própria em decorrência de ferimento em ação;
g. Lei n.º 15.108, de 11 Jan 2018 que Dispõe sobre o Programa “Mais Efetivo” e dá outras providências;
h. Lei n.º 15.612 - dispõe sobre o processo administrativo no Estado do Rio Grande do Sul;
i. Decreto n.º 32.280, de 09 julho 1986 que define acidente em serviço na Brigada Militar e dá outras providências;
j. Decreto n.º 38.596, de 22 junho 1998 - Regulamenta a concessão do benefício instituído pela Lei n.° 10.996/97;
k. Decreto n.º 38.480, de 11 maio 1998 - Regulamenta a Lei n.° 11.000/97;
l. Decreto n.º 55.008, de 23 de janeiro de 2020, que que dispõe sobre o Sistema de Processo Administrativo Eletrônico;
m. Portaria SSP n.º 095, de 30 abril 2015 - regula a formalização e a tramitação dos processos que versam sobre acidente em
serviço;
n. Nota Técnica n.º 001/DADP-SAA/2021.

3. EXECUÇÃO
a. Benefícios em caso de acidente SEM morte
1) Custeio INTEGRAL das despesas de saúde relacionadas ao acidente em serviço ou doença profissional:
a) Ressarcimento de Despesas Médicas (RDM) relacionadas ao acidente em serviço ou doença profissional, ocorridas antes ou
após o Ato de Reconhecimento de Acidente em Serviço (RAS) no Diário Oficial do Estado (DOE), previstas na Lei n.º 10.990/97
e Art. 127 da Constituição Estadual;
b) Compete à OPM de origem do acidentado em serviço na ativa abrir PROA contendo as seguintes peças (o ME inativo poderá
abrir PROA em qualquer OPM):

46
Dia 05

(1) Requerimento Padrão (RPU) do Militar Estadual;


(2) Cópia do Atestado Origem (AO) ou do Inquérito Sanitário de Origem (ISO);
(3) Conclusão da Sindicância Especial;
(4) Informação produzida pelo DA que fundamentou o reconhecimento;
(5) Cópia do DOE do Ato do Reconhecimento do Acidente de Serviço;
(6) Informação produzida pela Assessoria Jurídica, se for o caso;
(7) Termo de orientação e ciência sobre despesas médicas do acidentado em serviço (Anexo “E” da NI 1.26) assinado pelo
militar acidentado (ou seu representante legal);
(8) Termo de ciência de reconhecimento do acidente em serviço e orientações (Anexo “F” da NI 1.26) assinado pelo militar
acidentado (ou seu representante legal);
(9) Cópias da Carteira de Identidade Funcional, do CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco ou
cabeçalho do extrato) e comprovante de endereço (conta de água, telefone ou luz em nome do requerente/ou declaração do
Comandante do Servidor atestando o local da residência) - atualizados no Sistema FPE;
(10) Recibos de exames e procedimentos médicos, ou decorrentes de recomendação médica, realizados pelo servidor (recibos
de pessoa física, contendo CPF, assinatura, carimbo e data);
(11) Nota Fiscal de Serviços (NFS) – documento padronizado emitido pelos prestadores de serviços, pessoas jurídicas
(hospitais, laboratórios, etc. Não devem ser anexados recibos provisórios de pessoa jurídica);
(12) Nota Fiscal (NF) – documento padronizado MIQUELI
emitido peloSOARES
fornecedor, pessoa jurídica, referente à aquisição de materiais e
miqueli.xs@gmail.com
medicamentos necessários ao tratamento do Militar Estadual acidentado em serviço;
(13) Receituário Médico que solicitou/prescreveu os serviços médicos, terapias e/ou aquisição de medicamentos ou materiais
(com data, carimbo e assinatura do médico. Cada comprovante de despesa deve estar vinculado a seu respectivo receituário médico);
(14) Nos casos de ressarcimento de despesa com anestesia deverá ser anexado aos autos extrato do valor reembolsado pelo
IPERGS, assinado por funcionário do Órgão;
(15) Em recibos ou notas fiscais de sessões de fisioterapia, fonoterapia, ou outros tipos de terapias, deverão estar discriminadas
as datas e valores de cada sessão, deverão conter CPF ou CNPJ e, em recibos, assinatura e carimbo do profissional;
(16) Os recibos, notas fiscais e receituários médicos acostados ao PROA deverão ser originais e deverão ficar arquivados na
OPM de origem do mesmo;
(17) Caso o ME tenha solicitado o fornecimento de medicamentos, materiais, equipamentos ou serviços aos Setores de
Acidentados da SAS/HBM, na impossibilidade de fornecimento dentro do momento oportuno para o tratamento, acostar ao processo
Certidão Negativa de fornecimento, emitida pelo setor.

c) O Comando Regional ou equivalente deverá verificar os dados referentes ao endereço e conta corrente do Militar no sistema
FPE; caso estejam desatualizados, é necessário que o ME solicite alteração, na impossibilidade desse, quando incapaz, poderá ser
solicitado por intermédio de seu responsável legal. A alteração de tais dados ocorrerá através do formulário constante no Anexo “A”
da NI ADM N.º 013.2-F, assinar no local indicado “Assinatura do Servidor”, e juntamente com as cópias autenticadas comprovantes
dos dados a serem modificados, remeta ao Setor de Cadastro e Controle da Divisão de Finanças (SCC/DF), via e-mail, para que este
Departamento providencie a alteração.
d) O CRPO deverá encaminhar o PROA para o Departamento de Saúde (DS);

47
Dia 05

e) O DS deverá realizar a ANÁLISE TÉCNICA das despesas, identificando ou não a relação de causa e efeito com o acidente
em serviço ou doença profissional, bem como:
(1) Acostar ao PROA a Ficha de Análise Técnica das despesas médicas do acidentado em serviço (produzida pela autoridade
médica do Departamento de Saúde);
(2) Homologar as despesas médicas, comprovando a relação de causa e efeito com o acidente em serviço ou doença
profissional;
(3) Confeccionar a autorização de empenho, remeter ao EMBM/PM4 para disponibilização de recurso e, posterior, solicitar
remessa ao Gabinete do Exmo. Sr. Comandante-Geral, para autorização da despesa;
f) O EMBM/PM4 deverá liberar os recursos necessários quando solicitados pelo Departamento de Saúde e encaminhar o
PROA ao Gabinete do Exmo. Sr. Cmt-Geral, para chancela do Comando.
g) A Chancela do Exmo. Sr. Cmt Geral autorizando o pagamento das despesas médicas DEVERÁ ser acostada ao PROA.
h) Compete ao Departamento Administrativo/Divisão de Finanças realizar a LIQUIDAÇÃO DA DESPESA e encaminhar
o processo para a Seccional da CAGE para fins de pagamento ao acidentado em serviço.
i) Fornecimento de medicamentos de uso contínuo e/ou equipamentos de uso permanente ou de serviços de saúde não
oferecidos pelos órgãos oficiais, após a publicação do Ato de Reconhecimento do Acidente em Serviço:
a) Compete ao Departamento de Saúde (SAS ou HBM/SM) receber do Militar Estadual acidentado em serviço o
Requerimento, uma cópia da publicação do Diário Oficial do Estado (DOE) que reconheceu o acidente em serviço e os receituários
MIQUELIà aquisição
médicos do que necessita, para adoção das medidas necessárias SOARES de medicamentos/materiais/equipamentos/serviços.
miqueli.xs@gmail.com
(1) Quando pertinente, abrir processo licitatório destinado a garantir o tratamento/reabilitação do Militar Estadual acidentado
em serviço;
(2) Despesas com medicamentos ou materiais que não sejam de uso contínuo, que sejam eventualmente prescritos pelo
médico assistente após a publicação em DOE do RAS, que tenham relação de causa/efeito com o ato de serviço e que não podem
aguardar um processo de aquisição pelo DS, são passíveis de Ressarcimento de Despesas Médicas;
(3) Despesas com medicamentos ou materiais de uso contínuo que já possuem requisição ao DS para aquisição, mas que
essa ainda não tenha sido efetivada (PROA em andamento), são passíveis de Ressarcimento de Despesas Médicas;
(4) Despesas com serviços de saúde não cobertos pelo IPERGS, cujos processos de contratação (por licitação ou outras
modalidades) estão em andamento, antes da sua efetivação, são passíveis de Ressarcimento de Despesas Médicas;
(5) Despesas com serviços específicos para os quais não haja registro de preços realizado pela Secretaria da Saúde, de acordo
com a Portaria SSP n.º 040, de 06 de fevereiro de 2019, que acrescentou o parágrafo 5º ao artigo 11 da Portaria SSP n.º 095/2015,
são passíveis de Ressarcimento de Despesas Médicas.

2) Promoção Extraordinária prevista na Lei n.º 11.000, de 18 de agosto de 1997:


a) Cabe ao OPM de origem do ME abrir PROA e encaminhar ao Comando Regional, contendo as seguintes peças:
(a) Cópia integral do PROA de RAS;
(b) Requerimento do Militar Estadual;
(c) Cópias da Carteira de Identidade Funcional, do CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco ou
cabeçalho do extrato) e comprovante de endereço (conta de água, telefone ou luz em nome do requerente/ou declaração do
Comandante do Servidor atestando o local da residência);
(d) O Comando Regional deve analisar e encaminhar ao Departamento Administrativo;
48
Dia 05

(e) O Comando Regional deverá verificar os dados referentes ao endereço e conta corrente do Militar no sistema FPE; caso
estejam desatualizados, é necessário que o ME solicite alteração, na impossibilidade desse, quando incapaz, poderá ser solicitado
por intermédio de seu responsável legal. A alteração de tais dados ocorrerá através do formulário constante no Anexo “A” da NI
ADM N.º 013.2-F, assine no local indicado “Assinatura do Servidor”, e juntamente com as cópias autenticadas comprovantes dos
dados a serem modificados, remeta ao Setor de Cadastro e Controle da Divisão de Finanças (SCC/DF), via e-mail, para que este
Departamento providencie a alteração.
j) O DA deverá receber o PROA e, quando pertinente (ME acidentado em serviço permanece vivo), encaminhar o PROA para
o DS;
k) O DS deverá receber o PROA e submeter o Militar Estadual à inspeção de saúde pela Junta Policial Militar de Saúde Superior
(JPMSS) para emissão da Ata correspondente (nos casos de óbito, não ocorre passagem do processo pelo DS, pois não se faz
necessária Ata de Saúde). A JPMSS deverá acostar a Ata ao PROA e restituí-lo ao DA para os demais trâmites pertinentes;
l) Havendo repercussão financeira, o DS deverá informar ao DA, que deverá remeter o PROA com o estudo financeiro ao
Gabinete do Cmt-Geral (GCG) para chancela do Exmo. Sr. Comandante-Geral autorizando a efetivação da despesa ao erário público;
m) A Assessoria Jurídica deverá analisar o processo e emitir informação nos casos em que houver repercussão financeira ao
Estado decorrente de acidente em serviço;
n) Após acostada ao PROA a chancela do Cmt-Geral, o DA deverá adotar as providências decorrentes para execução da despesa
pública;
MIQUELI
o) O DA deverá confeccionar o ato correspondente SOARES
e remeter, via Comando, à Casa Civil para assinatura do Exmo. Sr.
miqueli.xs@gmail.com
Governador do Estado; ao retornar, enviar à Secretaria da Fazenda para pagamento e posterior ao Tribunal de Contas do Estado para
registro do ato.

3) Benefício Financeiro previsto na Lei n.º 10.996, de 18 de agosto de 1997:


a) Cabe ao OPM de origem do ME abrir PROA e remeter ao respectivo Comando Regional para revisão e encaminhamento ao
Departamento de Saúde em casos de acidente em serviço sem morte, para avaliação de invalidez parcial ou total permanente. Em
caso de morte do ME, o processo de benefício financeiro não passa pelo DS (não cabe avaliação na junta médica, pois essa só serve
para avaliar invalidez e não morte), sendo um direito legal concedido ao beneficiário de forma administrativa. O PROA deverá
conter:
(a) Cópia integral do PROA de RAS;
(b) Requerimento do Militar Estadual;
(c) Cópias da Carteira de Identidade Funcional, do CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco ou
cabeçalho do extrato) e comprovante de endereço (conta de água, telefone ou luz em nome do requerente/ou declaração do
Comandante do Servidor atestando o local da residência);
(d) O Comando Regional deverá verificar os dados referentes ao endereço e conta corrente do Militar no sistema FPE;
caso estejam desatualizados, é necessário que o ME solicite alteração, na impossibilidade desse, quando incapaz, poderá ser
solicitado por intermédio de seu responsável legal. A alteração de tais dados ocorrerá através do formulário constante no Anexo “A”
da NI ADM N.º 013.2-F, assine no local indicado “Assinatura do Servidor”, e juntamente com as cópias autenticadas comprovantes
dos dados a serem modificados, remeta ao Setor de Cadastro e Controle da Divisão de Finanças (SCC/DF), via e-mail, para que este
Departamento providencie a alteração.

49
Dia 05

b) O DS deverá receber o PROA e submeter o Militar Estadual à inspeção de saúde pela Junta Policial Militar de Saúde Superior
(JPMSS) para emissão da Ata correspondente, que deverá ser acostada ao PROA.
(a) Na Ata emitida, com diagnóstico de Invalidez Parcial ou Total Permanente, DEVERÁ, NECESSARIAMENTE, constar
a condição sanitária do Militar Estadual para o desempenho da função, conforme previsto na Nota de Instrução n.º
5.1/EMBM/2023;
(b) Constatada a Invalidez Parcial Permanente, comunicar imediatamente ao Comandante do Militar Estadual via e-mail,
para que adote as medidas administrativas necessárias ao afastamento deste das atividades restritas à sua condição sanitária constante
na ata emitida, se for o caso;
(c) Comunicar, via e-mail, à Formação Sanitária Regimental (FSR) do Comando a que está subordinado o Militar Estadual
para conhecimento e adoção das medidas decorrentes da situação sanitária do inspecionado, se for o caso;
(d) Enviar o processo ao Departamento Administrativo para os demais trâmites pertinentes.
c) Havendo repercussão financeira, o DS deverá informar ao DA, que deverá remeter o PROA com o estudo financeiro ao
Gabinete do Cmt-Geral (GCG) para chancela do Exmo. Sr. Comandante-Geral autorizando a efetivação da despesa ao erário público;
d) A Assessoria Jurídica deverá analisar o processo e emitir informação nos casos em que houver repercussão financeira
ao Estado decorrente de acidente em serviço;
e) Após acostada ao PROA a chancela do Cmt-Geral, o DA deverá adotar as providências decorrentes para execução da despesa
pública;
MIQUELI
f) O EMBM/PM4 deverá liberar os recursos necessários SOARES
quando solicitados pelo Departamento Administrativo.
miqueli.xs@gmail.com

b. Benefícios em caso de acidente COM morte:


1) Processo de Promoção Extraordinária prevista na Lei n.º 11.000/97 ou Pensão do art. 85 da Lei n.º 10.990/97:
a) Cópia integral do PROA de Reconhecimento do Acidente de Serviço (RAS);
b) Cópias da Carteira de Identidade Civil, do CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco ou cabeçalho do
extrato), comprovante de endereço (conta de água, telefone ou luz em nome do requerente) e Certidão de parentesco com o Militar
Estadual falecido;
c) Requerimento dos beneficiários solicitando o pagamento, caso houverem requisitado tal benefício (Anexo “D”).

2) Para o Benefício Financeiro da Lei n.º 10.996/97:


a) Cópia integral do PROA de Reconhecimento do Acidente de Serviço (RAS);
b) Cópias da Carteira de Identidade Civil, do CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco ou cabeçalho do
extrato), comprovante de endereço (conta de água, telefone ou luz em nome do requerente) e Certidão de parentesco com o Militar
Estadual falecido;
c) Requerimento dos beneficiários solicitando o pagamento, caso houverem requisitado tal benefício (Anexo “D”);
d) Informação do IPERGS referente aos beneficiários cadastrados naquele Instituto.

3) Para o Ressarcimento de Despesas Médicas da Lei n.º 10.990/97:


a) Cópia integral do PROA de Reconhecimento do Acidente de Serviço (RAS);
b) Requerimento dos beneficiários/dependentes solicitando o pagamento (Anexo “D”);

50
Dia 05

c) Recibos e/ou Notas fiscais originais das despesas de saúde e receituários médicos correspondentes (com data, carimbo e
assinatura do médico solicitante);
d) Nos casos de ressarcimento de DESPESA COM ANESTESIA deverá ser anexado aos autos extrato do valor reembolsado
pelo IPERGS, assinado por funcionário do Órgão;
e) Em recibos ou notas fiscais de sessões de fisioterapia, fonoterapia, ou outros tipos de terapias, deverão estar discriminadas
as datas e valores de cada sessão; deverão conter CPF ou CNPJ e, em recibos, assinatura e carimbo do profissional;
f) Conta bancária e endereço atualizados dos requerentes no Sistema FPE/RHE.

4) Para os Encargos Funerários:


Encargos Funerários é a assistência prestada pelo Estado/Brigada Militar, no qual o mesmo avoca a responsabilidade de
providenciar os meios necessários para a realização de um funeral digno para o Militar Estadual morto em serviço.

(1) Tão logo ocorrer o fato, o COMANDO IMEDIATO DO ME deverá entrar em contato com o DA para assessoramento,
através do telefone (51) 98515-4670.

(1) Procedimentos pré funeral:


(a) Realizar TRÊS orçamentos;
(b) Verificar translado conjuntamente com a família, se necessário;
(c) Consultar familiares sobre a escolha de MIQUELI
cemitério e SOARES
tipo de jazigo, se opção por CREMAÇÃO também realizar três
miqueli.xs@gmail.com
orçamentos;
(d) Confeccionar Mapa de referência de preços;
(e) Consultar CADIN/CFIL da funerária;

(2) Procedimentos pós funeral:


(a) Instruir PROA;
(b) Anexar os TRÊS orçamentos;
(c) Mapa de referência de preços;
(d) CADIN/CFIL;
(e) Verificar se a funerária possui cadastro no FPE;
(f) Caso empresa não possua cadastro solicitar: cartão de CNPJ, Comprovante de endereço da empresa e conta corrente
cadastrada no CNPJ da empresa e iniciar cadastro junto a SVS, através do e-mail dadf-svs@bm.rs.gov.br;
(g) Nota Fiscal expedida no CNPJ da BRIGADA MILITAR (89.175.541/0001-64);
(h) Constar os dados do Militar Falecido na Nota Fiscal;
(i) Anexar Parte e BOPM;
(j) N.º da sindicância instaurada;
(k) Procedimento da execução da despesa através de Empenho/Liquidação.

(3) Para instrução do PROA, observar os documentos abaixo relacionados que deverão constar:
(a) Cópia Certidão de óbito;
(b) Cópia do Boletim de Ocorrência Policial Militar;

51
Dia 05

(c) Parte do acidente com o ME envolvido;


(d) Em caso de recolhimento de material deve ser juntado ao expediente o Termo de Apreensão do objeto;
(e) Escala de serviço com o nome do ME destacado/grifado, Quadro de trabalho semanal (QTS), outros;
(f) Mínimo três orçamentos;
(g) Demonstrativo de pesquisa de mercado;
(h) Documento fiscal original em nome e CNPJ da Brigada Militar, devendo constar o nome do ME;
(i) Atestado de recebimento de material;
(j) Declaração de dispensa de licitação;
(k) Consulta ao Cadin/Cfil da empresa;
(l) Print da tela do RHE com a situação do ME, número do PROA, valor e data do evento;
(m) Instauração de Sindicância Especial;
(n) Cópia da publicação no DOE reconhecendo o ato como acidente em serviço; nos casos que não for possível identificar
se foi ou não acidente em serviço, necessitando de apuração;
(o) Solicitação de Empenho/Liquidação (ordenada/cientificada).

5) Das atribuições dos Órgãos do Sistema, quanto ao PROA envolvendo ÓBITO do ME em serviço:
a) Compete aos Órgãos de Polícia Militar (Comando imediato do Militar Estadual):
(1) Tão logo ocorrer o fato e tiver ciência, o Comando
MIQUELI imediato
SOARES do ME, dentro do possível, providenciará os meios para os
miqueli.xs@gmail.com
atos fúnebres, sendo custeado pelo Estado, bem como entrará em contato com o DA para assessoramento, através do telefone (51)
98515-4670, observando o disposto no item “3.” letra “b.” número “4) Para Encargos Funerários”.
(2) Quando o dependente for requerente dos benefícios legais previstos, abrir e instruir PROA conforme o item “3.” letra
“b.” dessa normativa;
(3) Remeter PROA ao Comando Regional.

b) Compete ao Comando Regional:


Se tratando de PROA de ressarcimento de despesas médicas (RDM), solicitado por beneficiários, deverá ser remetido ao
DS para homologação, demais casos remeter ao Departamento Administrativo.

c) Compete ao Departamento Administrativo:


(1) Receber e instruir o PROA advindo do Comando Regional ou Departamento de Saúde nos casos de solicitação
realizada pelo beneficiário;
(2) Quando da apuração do Reconhecimento de Acidente em Serviço, recebido o PROA do Comando Regional, realizado
os trâmites, já publicado e reconhecido o acidente em serviço com morte no Diário Oficial do Estado (DOE), este Departamento
deve proceder:
(a) Para os casos contemplados pela Lei n.º 10.996/97 (Benefício Financeiro), autuar NOVO PROCESSO de PROA,
consultar o IPERGS quanto aos beneficiários, emitir autorização de empenho e encaminhar à Seccional da CAGE junto à BM para
pagamento;
(b) Nos casos de pensão pós-morte prevista no caput do art. 85 da Lei n.º 10.990/97, autuar NOVO PROCESSO de
PROA, extraindo cópia do processo de reconhecimento do óbito como acidente de serviço, providenciar na confecção do ato que
concede a pensão, remeter via Comando à Secretaria de Segurança Pública para assinatura do Exmo. Sr. Secretário, efetivar a
52
Dia 05

publicação do ato no Diário Oficial do Estado (DOE), enviar à Secretaria da Fazenda do RS para pagamento e posterior ao Tribunal
de Contas do Estado para registro do ato;
(c) Para os casos de Promoção Extraordinária prevista na Lei n.º 11.000/97, autuar NOVO PROCESSO de PROA,
extraindo cópia do processo de reconhecimento do óbito como acidente de serviço, confeccionar o ato correspondente e remeter,
via Comando, à Casa Civil para assinatura do Exmo. Sr. Governador do Estado, enviar à Secretaria da Fazenda do RS para
pagamento e posterior ao Tribunal de Contas do Estado para registro do ato;
(3) Compete ao DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO o acompanhamento, a orientação e a tramitação dos
processos, bem como organizar e manter arquivo das informações e dados referentes a Acidentes de Serviço com Morte na
Corporação.

d) Compete ao Departamento de Saúde:


(1) Receber do Comando Regional o PROA de ressarcimento de despesas médicas (RDM);
(2) HOMOLOGAR as despesas médicas, comprovando a relação de causa e efeito com o acidente;
(3) Confeccionar a autorização de empenho, remeter ao EMBM-PM4 para disponibilização de recurso e, posterior,
solicitar remessa ao Gabinete do Exmo. Sr. Comandante-Geral, para autorização da despesa;
(4) Enviar o processo ao Departamento Administrativo/Divisão de Finanças para liquidação da despesa e remessa à
Seccional da CAGE para pagamento.

MIQUELI SOARES
e) Compete ao EMBM-PM4: miqueli.xs@gmail.com
(1) LIBERAR os recursos necessários quando solicitados pelo Departamento Administrativo ou Departamento de Saúde;
(2) Encaminhar ao Gabinete do Cmt-Geral os processos de Ressarcimento de Despesas Médicas (RDM) para chancela do
Comando.

f) Compete a Assessoria Jurídica do Comando-Geral:


Emitir informação sobre acidente envolvendo os Militares Estaduais, bem como, nos casos em que houver repercussão
financeira ao Estado decorrente do acidente em serviço.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Os tipos de Benefícios para Militares Estaduais em caso de acidente de serviço e definição de termos conforme Anexo “C”.
b. Todos os documentos oriundos de outros Órgãos/Instituições que se tratarem de cópias DEVEM SER AUTENTICADAS por
Servidor desses Órgãos/Instituições, devidamente identificados.
c. As despesas médicas que não forem comprovadas através do Recibo Original/Nota Fiscal Original e pela requisição médica para
execução da despesa, não serão passíveis de ressarcimento;
d. As despesas decorrentes da presente Nota de Instrução correrão por conta da Dotação Orçamentária prevista nas legislações
afetas.
e. A concessão dos benefícios referidos nesta Nota de Instrução, NÃO prejudica outros direitos previstos em lei.
f. Quando, por qualquer motivo, cessar a necessidade do uso de medicamentos ou equipamentos colocados à disposição do
acidentado em serviço, estes deverão ser devolvidos ao setor do DS que os disponibilizou.

53
Dia 05

g. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data da sua publicação, revogando disposições em contrário, em especial a NOTA DE
INSTRUÇÃO Nº 1.19/EMBM/2023, de 24 de agosto de 2023.

Anexos (ver INTRANET)


Anexo “A” - Modelo de Requerimento para solicitação dos Benefícios decorrentes do acidente em serviço sem morte.
Anexo “B” – Fluxogramas dos processos
Anexo “C” - Tipos de Benefícios envolvendo Militares Estaduais em caso de acidente e definição de termos.
Anexo “D” - Modelo de requerimento para solicitação dos benefícios decorrentes de óbito do ME.

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

54
Dia 06

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.26/EMBM/2018

ATENÇÃO!

Apostila foi atualizada neste tópico em razão de estar disponível na INTRANET a NI 1.26 de 2023. Em que pese o Edital
do CTSP traga, nos conteúdos programáticos, a cobrança da NI de 2018, é importante saber as diferenças de uma para
outra, uma vez que a de 2018 foi revogada pela de 2023. Atentem-se aos detalhes!

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.26/EMBM/2018

1. FINALIDADE

2018 2023
Regular os procedimentos a serem adotados na Brigada Militar Regular a apuração dos acidentes de serviço com ou sem
nos casos de acidente de serviço sofrido por policial militar, morte sofridos por Militares Estaduais ativos da Brigada
inclusive componente do Programa Mais Efetivo (PME). Militar.

2. BASE LEGAL
MIQUELI SOARES
2018 miqueli.xs@gmail.com 2023
a.Lei nº 10.297, de 16 Nov 1994; a. Lei Complementar n.º 10.990, de 18 agosto de 1997, que
b. Lei nº 10.916, de 03 Jan 1997; dispõe sobre o Estatuto dos Militares Estaduais da Brigada
c.Lei nº 10.990, de 18 Ago 1997; Militar do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras
d. Lei nº 10.996, de 18 Ago 1997; providências;
e.Lei nº 11.000, de 18 Ago 1997; b. Lei Complementar n.° 15.142, de 05 de abril de 2018;
f. Lei nº 14.233, de 23 Abr 2013; c. Lei n.º 10.594, de 11 de dezembro de 1995;
g. Lei nº 14.970, de 29 Dez 2016; d. Lei n.º 10.996, de 18 de agosto de 1997;
h. Lei nº 15.108, de 11 Jan 2018; e. Lei n.º 15.108, de 11 janeiro de 2018, que Dispõe sobre o
i. Decreto nº 232, de 15 Abr 1941; Programa “Mais Efetivo” e dá outras providências;
j. Decreto nº 32.280, de 09 Jul 1986; f. Lei n.º 15.612, dispõe sobre o processo administrativo no
k. Decreto nº 38.596, de 22 Jun 1998; Estado do Rio Grande do Sul, no que couber e não conflitar
l. Decreto nº 38.480, de 11 Mai 1998; com as normas específicas aplicáveis aos acidentes em
m. Decreto nº 52.715, de 20 Nov 2015; serviço na BM;
n. Decreto nº 53.124, de 05 Jul 2016; g. Decreto n.º 232, de 15 abril de 1941;
o. Portaria SSP nº 095, de 30 Abr 2015; h. Decreto n.º 32.280, de 09 julho de 1986, que define
acidente em serviço na Brigada Militar e dá outras
providências;
i. Decreto n.° 38.480, de 11 de maio de 1998;
j. Decreto n.º 38.596, de 22 de junho de 1998;
k. Decreto n.º 55.008, de 23 de janeiro de 2020, que que
dispõe sobre o Sistema de Processo Administrativo
Eletrônico;
l. Portaria SSP n.º 095, de 30 abril de 2015, regula a
formalização e a tramitação dos processos que versam
sobre acidente em serviço;

55
Dia 06

m. Nota de Instrução n.º 3.3/EMBM/2023, que regula a


atividade física na Brigada Militar;
n. Nota Técnica n.º 001/DADP-SAA/2021.
o. Portaria nº 881/EMBM, de 20 de dezembro de 2021, que
delega competência ao Diretor do Departamento
Administrativo da Brigada Militar no âmbito de acidentes
em serviços, e dá outras providências

3. EXECUÇÃO
2018 2023
a. Em caso de acidente em serviço compete ao: a. Em caso de acidente em serviço ou suspeita de doença
profissional, a apuração do Acidente em Serviço deverá seguir
os seguintes trâmites:
1) OPM 1) O OPM do acidentado em serviço COM resultado morte
tem as seguintes atribuições iniciais: (1ª Etapa)
a) Comunicar o ocorrido em parte de acidente, a qual deverá
ser elaborada imediatamente após o fato;
a) Instauração de Sindicância Especial (Anexo “A”), a ser b) Instaurar imediatamente Sindicância Especial para apurar as
inserida no SIGBM, observando o prazo para conclusão, circunstâncias em que ocorreu o acidente (Anexo “C”), a ser
conforme previsto no artigo 13 da Portaria SSP nº 095, de 30 inserida no SIGBM, observando o prazo para conclusão de 15
MIQUELI
Abr 2015, que regula a formalização e a tramitação dos SOARES
dias, contendo as seguintes peças:
miqueli.xs@gmail.com
processos que versam sobre acidente em serviço, e o custeio
das respectivas despesas, envolvendo os agentes públicos
vinculados à Secretaria de Segurança Pública, contendo:

(1) Portaria Especial, com número extraído do SIGBM; (1) Portaria Especial, com número extraído do SIGBM;
(2) Atestado de óbito;
(2) Parte de acidente, contendo parecer médico da FSR quanto (3) Parte de acidente;
à necessidade de confecção de Atestado de Origem ou não; (4) Boletim de Atendimento Médico inicial, caso realizado,
(3) Atestado de Origem (AO), se for o caso, mesmo que contendo o diagnóstico, as lesões apresentadas pelo acidentado,
incompleto; carimbo, nome, CRM e assinatura do médico que prestou o
(4) Boletim de atendimento médico inicial; atendimento ao Militar Estadual acidentado;
(5) Escala de serviço, ordem de serviço, Quadro de Trabalho (5) Escala de serviço, ordem/nota de serviço, quadro de
Semanal (QTS), outros; trabalho semanal (QTS) e outros, todos devidamente assinados
pela respectiva autoridade policial militar e correspondentes
com a data do acidente, destacando o nome do Militar Estadual
acidentado;
(6) Formulário resumo do acidente previsto na Portaria (6) Oitiva das testemunhas do acidente;
095/SSP/15; (7) Outros documentos que sejam específicos de cada tipo de
(7) Oitiva do acidentado; acidente, devidamente previstos nesta Nota de Instrução;
(8) Oitiva das testemunhas do acidente; (8) Parecer do Encarregado, no qual deverão constar as
(9) Parecer do Encarregado; questões relevantes para motivação das suas conclusões;

56
Dia 06

(10) Conclusão da Autoridade nomeante; (9) Formulário Resumo de Acidente de Serviço, assinado pela
(11) Remessa ao Comando Regional. chefia imediata do Militar Estadual acidentado;
(10) Conclusão da Autoridade nomeante

2018 2023
c) Aspectos relevantes quanto a Sindicância Especial sobre
SEM CORRESPONDÊNCIA acidente no percurso entre a residência do Militar Estadual
acidentado e o OPM ou local de trabalho, antes ou após o
serviço:
(a) Comprovar se o local do acidente está incluso no trajeto
usualmente percorrido pelo Militar Estadual, anexando mapa
de três pontos (ponto inicial, local do sinistro e ponto de
destino);
(b) Informar se houve durante o deslocamento, por interesse
pessoal do Militar Estadual, interrupção ou alteração deste
trajeto;
(c) Anexar comprovante de residência em nome do Militar
MIQUELI SOARES
Estadual;
miqueli.xs@gmail.com
(d) Além do comprovante de residência, anexar Declaração da
autoridade responsável pela Conclusão da Sindicância de que o
Militar Estadual reside no mesmo Município do OPM em que
está lotado, em Município limítrofe ou em região servida por
transporte urbano regular (conforme a Lei nº 12.587/2012,
entende-se como transporte intermunicipal de caráter urbano
aquele em que há contiguidade nos perímetros urbanos,
circunstância que deverá ser comprovada através de
informação de órgão oficial);
(e) Croqui detalhado com levantamento fotográfico do local
dos fatos, contemplando, no mínimo, questões como:
I. A velocidade permitida para a via;
II. A eventual existência e mediação de marcas de
frenagem;
III. Posição inicial e final dos veículos com a trajetória
percorrida pós impacto;
IV. Danos produzidos nos veículos;
V. Elementos de sinalização horizontal e vertical da via.
(f) Anexar cópia do Boletim de Ocorrência e do procedimento
de apuração procedidos pela Polícia Civil, Polícia Rodoviária

57
Dia 06

Federal ou Polícia Rodoviária Estadual. Na hipótese de


inexistência, certificar as diligências realizadas;
(g) Anexar eventuais imagens que registrem o evento ocorrido,
as quais podem ser obtidas junto a residências e
estabelecimentos comerciais próximos, bem como junto ao
sistema oficial de vídeo-monitoramento. Na hipótese de
inexistência de câmera ou do registro ter sido “apagado” pelo
transcurso do tempo, certificar as diligências realizadas;
(h) Apurar a devida culpabilidade pelo acidente conforme
previsto nos §2º, §3º e §4º, alínea “f”, do artigo 1º do Decreto
n.º 32.280/86 ou eventual norma que a revogue ou atualize;
(i) Além dos documentos citados acima, deverá ser anexada aos
autos cópia da Carteira Nacional de Habilitação do Militar
Estadual.

d) Nos acidentes em que o Militar Estadual esteja


conduzindo viatura da Corporação, deverão constar na
Sindicância Especial os seguintes documentos/informações:
(a) Cópia do Parecer e da Solução do Inquérito Técnico (1º e 2º
MIQUELI SOARES
Grau de Decisão);
miqueli.xs@gmail.com
(b) Cópia da Ata de Habilitação que autorizou o Militar
Estadual a conduzir viatura da Corporação, bem como do
boletim que a publicou;
(c) Croqui detalhado com levantamento fotográfico do local
dos fatos, contemplando, no mínimo, questões como: a) a
velocidade permitida para a via; b) a eventual existência e
mediação de marcas de frenagem; c) posição inicial e final dos
veículos com a trajetória percorrida pós impacto; d) danos
produzidos nos veículos; e) elementos de sinalização horizontal
e vertical da via;
(d) Anexar Declaração do OPM indicando que o Militar
Estadual se encontrava APTO para a atividade fim, não
possuindo nenhum tipo de restrição sanitária ou de outra
ordem;
(e) Anexar cópia do Boletim de Ocorrência de Trânsito e do
Boletim de Ocorrência Policial Militar, se existentes;
(f) Anexar imagens que registrem o evento ocorrido, as quais
podem ser obtidas junto a residências e estabelecimentos
comerciais próximos, bem como junto ao sistema oficial de
vídeo-monitoramento. Na hipótese de inexistência de câmera

58
Dia 06

ou do registro ter sido “apagado” pelo transcurso do tempo,


certificar as diligências realizadas;
(g) Caso o sinistro com viatura seja decorrente de instrução é
importante anexar ainda os seguintes documentos ao Inquérito
Técnico:
I. Documento convocatório para o curso ou instrução;
II. QTS do aluno;
III. Oitiva do instrutor;
IV. Certificação do instrutor para o curso ou instrução.

e) Nos acidentes envolvendo Disparo de Arma de Fogo:


(a) Anexar à Sindicância Especial, manifestação da Autoridade
Nomeante quanto à culpabilidade do Militar Estadual;

f) Nos acidentes ocorridos quando o Militar Estadual


estiver de folga em razão de represália à condição de Policial
Militar ou por intervir em razão da função Policial Militar,
deverá ser anexada à Sindicância Especial cópia do Parecer do
Encarregado e da Solução da Autoridade Nomeante do
MIQUELI SOARES
IPM/Sindicância que apurou o fato.
miqueli.xs@gmail.com

g) Nos acidentes ocorridos na realização de atividade física:


(a) Verificar a observância do cumprimento das normas
vigentes sobre a prática de atividade física na Brigada Militar;
(b) Anexar cópia da Ordem de Serviço ou documento que
determinou a realização da atividade física;
(c) Anexar cópia do Boletim Geral que nomeou o
responsável como membro da COPPAFI;
(d) Anexar cópia do QTS do instruendo/Aluno destacando
o nome do Militar Estadual acidentado;
(e) Anexar oitiva do(s) membro(s) da COPPAFI;
(f) Anexar oitiva do(s) membro(s) da CODEPE, para
instruções de defesa pessoal;
(g) Anexar oitiva do(s) Instrutor;
(h) Anexar termo de declaração do responsável, se diverso
dos acima mencionados.

h) Nos acidentes ocorridos em Ação Policial:


(a) Anexar aos autos da Sindicância Especial cópia dos
documentos operacionais produzidos, a fim de comprovar a

59
Dia 06

ação quando em atendimento de ocorrência policial. Na


hipótese do acidente ter ocorrido no patrulhamento ostensivo
preventivo ou atividade congênere (atividade fim da BM), dada
a especificidade do caso concreto, juntar declaração da
autoridade competente que ateste o emprego do acidentado
para este fim;
(b) Anexar Declaração do OPM indicando que o Militar
Estadual se encontrava APTO para a atividade fim, não
possuindo nenhum tipo de restrição;

i) O Comando do militar falecido deve interagir com a


SAA/DA, a fim de sanar dúvidas evitando restituições para
diligências;

j) Abrir PROA contendo a Sindicância Especial concluída e


remeter ao Comando Regional ou Equivalente

2018 2023
2) O OPM do acidentado em serviço SEM resultado morte
MIQUELI SOARES
SEM CORRESPONDÊNCIA miqueli.xs@gmail.com
tem as seguintes atribuições iniciais: (1ª Etapa)
a) Comunicar o ocorrido em parte de acidente, a qual deverá
ser elaborada imediatamente após o conhecimento do fato;
b) Alcançar ao acidentado o Anexo “E” (Termo de orientação
e ciência sobre despesas médicas do acidentado em serviço) da
presente norma e arquivar na unidade uma via assinada pelo
ME;
c) Encaminhar o ME para avaliação médica na Formação
Sanitária Regimental (FSR), para fins de verificar necessidade
de Atestado de Origem ou não, em até 08 (oito) dias do
acidente. Se houver necessidade de Atestado de Origem (AO),
a FSR da área da OPM de origem do ME deverá realizar a 1ª
fase em até 08 dias a contar do acidente.
d) Instaurar Sindicância Especial (Anexo “A”), a ser inserida
no SIGBM, observando o prazo para conclusão de 15 dias,
contendo as seguintes peças:
(1) Portaria Especial, com número extraído do SIGBM;
(2) Parte de acidente, contendo parecer médico da FSR
quanto à necessidade de confecção de Atestado de Origem ou
não;

60
Dia 06

(3) Boletim de Atendimento Médico inicial, contendo o


diagnóstico, as lesões apresentadas pelo acidentado, o
tratamento prescrito, carimbo, nome, CRM e assinatura do
médico que prestou o atendimento ao Militar Estadual
acidentado;
(4) Oitiva do acidentado sempre que clinicamente possível,
entre outros julgados úteis, e:
(a) Solicitar que descreva detalhadamente fatos e
circunstâncias em que ocorreu o evento;
(b) Questionar se houve testemunhas, indicando quais;
(c) Questionar se há despesas médicas a serem
ressarcidas;
(d) Questionar se restaram sequelas do sinistro;
(e) Questionar se gozou LTS em razão do sinistro.

(5) Oitiva das testemunhas do acidente para que esclareçam


de forma detalhada os fatos e circunstâncias em que ocorreu o
evento; (6) Atestado de Origem (AO), para casos de acidentes
ou ferimentos, mesmo que incompleto;
MIQUELI SOARES
(7) Requerimento para Inquérito Sanitário de Origem
miqueli.xs@gmail.com
(ISO), para casos de doença, moléstia ou enfermidade:
(a) O ISO será confeccionado mediante requerimento do
próprio ME ou mediante solicitação de seu Comandante
(Autoridade competente), se for o caso, para:
I. Doença aguda ou crônica com suspeita de ter sido
contraída em ato de serviço;
II. Acidente em serviço, caso exista irregularidade
insanável no Atestado de Origem ou este não tenha sido
lavrado;
III. Acidente em serviço que venha a agravar
doenças/lesões pré-existentes ou crônicas;
IV. Doença endêmica/epidêmica.
(b) Apresentado o requerimento nas circunstâncias
acima, ele deverá ser instruído com cópia de todos os
documentos presentes na Sindicância, em especial dos
documentos 01, 02, 03, 04 e 05 (Portaria, Parte de Acidente,
Boletim de Primeiro Atendimento Médico e oitivas do Militar
Estadual e Testemunhas, se possível), sendo imediatamente
encaminhado ao Departamento de Saúde, via Comando

61
Dia 06

Regional ou Departamento a que esteja vinculado o OPM, para


fins de análise de abertura e instrução do ISO.
(8) Escala de serviço, ordem/nota de serviço, quadro de
Trabalho Semanal (QTS) e outros, todos devidamente
assinados e correspondentes com a data do acidente,
destacando o nome do Militar Estadual acidentado;
(9) Outros documentos que sejam específicos de cada tipo
de acidente, devidamente detalhados nesta Nota de Instrução;
(10) Parecer do Encarregado, no qual deverão constar as
questões relevantes para motivação das suas conclusões;
(11) Conclusão fundamentada e motivada da Autoridade
nomeante.

e) Aspectos relevantes quanto a Sindicância Especial sobre


acidente entre a residência do Militar Estadual acidentado
e o OPM ou local de trabalho, antes ou após o serviço:
(a) Comprovar se o local do acidente está incluso no trajeto
usualmente percorrido pelo Militar Estadual, anexando mapa
de três pontos (ponto inicial, local do sinistro e ponto de
MIQUELI SOARES
destino);
miqueli.xs@gmail.com
(b) Se houve, durante o deslocamento, por interesse pessoal
do Militar Estadual, interrupção ou alteração deste trajeto;
(c) Anexar comprovante de residência em nome do Militar
Estadual acidentado;
(d) Além do comprovante de residência, anexar Declaração
da autoridade responsável pela Conclusão da Sindicância de
que o Militar Estadual reside no mesmo Município do OPM em
que está lotado, em Município limítrofe ou em região servida
por transporte urbano regular (conforme a Lei nº 12.587/2012,
entende-se como transporte intermunicipal de caráter urbano
aquele em que há contiguidade nos perímetros urbanos,
circunstância que deverá ser comprovada através de
informação de órgão oficial);
(e) Croqui detalhado com levantamento fotográfico do local
dos fatos, contemplando, no mínimo, questões como: a) a
velocidade permitida para a via; b) a eventual existência e
mediação de marcas de frenagem; c) posição inicial e final dos
veículos com a trajetória percorrida pós impacto; d) danos
produzidos nos veículos; e) elementos de sinalização horizontal
e vertical da via;

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Dia 06

(f) Anexar cópia do Boletim de Ocorrência e do


procedimento de apuração procedidos pela Polícia Civil,
Polícia Rodoviária Federal ou Polícia Rodoviária Estadual. Na
hipótese de inexistência, certificar as diligências realizadas;
(g) Anexar imagens que registrem o evento ocorrido as
quais podem ser obtidas junto a residências e estabelecimentos
comerciais próximos bem como junto ao sistema oficial de
vídeo-monitoramento. Na hipótese de inexistência de câmera
ou do registro ter sido “apagado” pelo transcurso do tempo,
certificar as diligências realizadas.
(h) Apurar a devida culpabilidade pelo acidente, o trajeto
realizado pelo ME conforme previsto nos §2º, §3º e §4º, alínea
“f”, do artigo 1º do Decreto n.º 32.280/86, ou eventual norma
que a revogue ou atualize;
(i) Além dos documentos citados acima, deverá ser
anexado aos autos cópia da Carteira Nacional de
Habilitação do Militar.

f) Nos acidentes em que o Militar Estadual esteja


MIQUELI SOARES
conduzindo viatura da Corporação, deverá:
miqueli.xs@gmail.com
(a) Ser anexada à Sindicância Especial, cópia do Parecer e
da Solução do Inquérito Técnico (1º e 2º Grau de Decisão);
(b) Em que pese a independências das esferas, caso tenha
havido responsabilização do Militar Estadual no Inquérito
Técnico, anexar cópia da Solução do PADIT/PADM;
(c) Anexar cópia da Ata de habilitação que autorizou o
Militar Estadual a conduzir viatura da Corporação;
(d) Croqui detalhado com levantamento fotográfico do local
dos fatos, contemplando, no mínimo, questões como: A
velocidade permitida para a via; a eventual existência e
mediação de marcas de frenagem; posição inicial e final dos
veículos com a trajetória percorrida pós impacto; danos
produzidos nos veículos; elementos de sinalização horizontal e
vertical da via;
(e) Anexar cópia do Boletim de Ocorrência de Trânsito e do
Boletim de Ocorrência Policial Militar, se existentes;
(f) Anexar imagens que registrem o evento ocorrido as
quais podem ser obtidas junto a residências e estabelecimentos
comerciais próximos bem como junto ao sistema oficial de
vídeo-monitoramento. Na hipótese de inexistência de câmera

63
Dia 06

ou do registro ter sido “apagado” pelo transcurso do tempo,


certificar as diligências realizadas;
(g) Anexar Declaração do OPM indicando que o Militar
Estadual se encontrava APTO para a atividade fim, não
possuindo nenhum tipo de restrição;
(h) Caso o sinistro com viatura seja decorrente de instrução
é importante anexar ainda os seguintes documentos ao
Inquérito Técnico:
I. Documento convocatório para o curso ou instrução;
II. QTS do aluno;
III. Oitiva do instrutor;
IV. Certificação do instrutor para o curso ou instrução.

g) Nos acidentes envolvendo Disparo de Arma de Fogo:


(a) Anexar à Sindicância Especial manifestação da Autoridade
Nomeante quanto à culpabilidade do Militar Estadual;
(b) Em que pese a independência das esferas, caso tenha
ocorrido transgressão da disciplina do Militar Estadual no fato,
anexar cópia da Solução do PADM;
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
h) Nos acidentes ocorridos quando o Militar Estadual
estiver de folga em razão de represália à condição de Policial
Militar ou por intervir em razão da função Policial Militar
deverá ser anexada à Sindicância Especial cópia do Parecer do
Encarregado e da Solução da Autoridade Nomeante do
IPM/Sindicância que apurou o fato;

i) Nos acidentes ocorridos na realização de atividade física:


(a) Verificar a observância do cumprimento das normas
vigentes sobre a prática de atividade física na Brigada Militar;
(b) Anexar cópia da Ordem de Serviço ou documento que
determinou a realização da atividade física;
(c) Anexar cópia do Boletim Geral que nomeou o responsável
como membro da COPPAFI;
(d) Anexar cópia do QTS do instruendo/Aluno destacando o
nome do Militar Estadual acidentado;
(e) Anexar oitiva do(s) membro(s) da COPPAFI;
(f) Anexar oitiva do(s) membro(s) da CODEPE, para instruções
de defesa pessoal;
(g) Anexar oitiva do(s) Instrutor(es);

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Dia 06

(h) Anexar termo de declaração do responsável, se diverso dos


acima mencionados.

j) Nos acidentes ocorridos em Ação Policial:


(a) Anexar aos autos da Sindicância Especial cópia dos
documentos operacionais produzidos a fim de comprovar a
ação, quando em atendimento de ocorrência policial. Na
hipótese do acidente ter ocorrido no patrulhamento ostensivo
preventivo ou atividade congênere (atividade fim da BM), dada
a especificidade do caso concreto, juntar declaração da
autoridade competente que ateste o emprego do acidentado
para este fim;
(b) Anexar Declaração do OPM indicando que o militar se
encontrava APTO para a atividade fim, não possuindo nenhum
tipo de restrição.

k) Nos casos de doença, moléstia ou enfermidade contraídas


no exercício profissional:
(a) Quando ocorrer contágio pelo SARS-COV-2, resultando em
MIQUELI SOARES
afastamento superior a 30 (trinta) dias, seguir as prescrições da
miqueli.xs@gmail.com
Nota Técnica n.º 001/DADP-SAA/2021;
(b) Em caso de outras doenças, infectocontagiosas ou não,
moléstias ou enfermidades, suspostamente contraídas em ato de
serviço, anexar requerimento à Sindicância Especial
solicitando instauração de ISO;
(c) Nos eventos envolvendo contato com material biológico de
terceiro ou instrumento perfuro-cortante capaz de
potencialmente ocasionar contaminação por Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST) e hepatites virais deverão
constar a) teste inicial, correspondendo ao teste rápido ou
exame sorológico realizado até 30 dias após a exposição; b)
exame sorológico realizado após 90 dias da primeira testagem,
podendo este último ser anexado durante o trâmite da
Sindicância Especial.

l) Encaminhar o Militar Estadual acidentado para a Junta


Policial Militar de Saúde Hospitalar em até 22 dias do acidente,
portando a 1ª Fase do AO completamente preenchida, para fins
de Complementação do AO (2ª fase):

65
Dia 06

(a) Caso o Militar Estadual não tenha complementado o AO,


ou este não tiver sido lavrado, deverá o acidentado ou seu
Comandante anexar requerimento à Sindicância Especial
solicitando instauração de Inquérito Sanitário de Origem.

m) Abrir PROA contendo a Sindicância Especial concluída e


remeter ao Comando Regional ou Equivalente.

2018 2023

2) Comando Regional ou Equivalente 3) Atribuições do Comando Regional ou Equivalente: (2ª


Etapa)
a) Analisar formal e materialmente a Sindicância Especial
a) Analisar a Sindicância Especial encaminhada pelo OPM;
encaminhada pelo OPM;
b) Não preenchido os requisitos: retornar ao OPM para b) Não preenchidos os requisitos legais e da presente norma,
saneamento. retornar ao OPM para saneamento, apontando as diligências a
serem realizadas, definindo prazo razoável para tal;
c) Preenchido os requisitos ou sanado o Expediente, abrir c) Preenchidos os requisitos ou sanado o expediente,
MIQUELI SOARES
PROA e encaminhar ao Departamento Administrativo/SIRA. encaminhar o PROA ao Departamento Administrativo
miqueli.xs@gmail.com
(DP/SAA) com fundamentada e motivada manifestação,
indicando, expressamente, se CONCORDA ou DISCORDA da
decisão proferida pelo Comandante do OPM do Militar
Estadual.
d) Abrir PROA quando houver solicitação de Ressarcimento de
Despesas Médicas (RDM) e/ou Benefício Financeiro (BF), e
encaminhar ao Departamento de Saúde;
e) Abrir PROA quando houver solicitação de Promoção
Extraordinária da Lei nº 11.000/97 e encaminhar ao
Departamento Administrativo.

3) Departamento Administrativo 4) Atribuições do Departamento Administrativo: (3ª Etapa)


a) Receber o PROA do Comando Regional; a) Receber o PROA do Comando Regional e revisar o processo;
b) Confeccionar e publicar o ato de Reconhecimento de b) Restituir o PROA ao Comando Regional ou Equivalente em
Acidente de Serviço (RAS) no Diário Oficial do Estado (DOE); caso de necessidade de sanar requisitos legais, documentais ou
c) Anexar ao PROA cópia do DOE que publicou o necessários para análise e compreensão do acidente, indicando
reconhecimento do acidente de serviço e enviar para o as diligências a serem realizadas, bem como o prazo razoável
Departamento de Saúde, para que sejam processadas as para tal;
alterações nos lançamentos constantes no RHE, desde que a c) Proceder Análise Técnica atestando a regularidade da
moléstia que gerou o afastamento apresentar relação de causa- instrução processual e dos documentos anexados, proferindo
efeito com o acidente reconhecido, de acordo com a fundamentada e motivada manifestação (de cunho objetivo e

66
Dia 06

especificidade definida, se Licença Ferimento em Ação (LFA) subjetivo), indicando, expressamente, se o fato se enquadra, ou
ou Licença Acidente de Serviço (LAS); não, como acidente de serviço;
d) Havendo repercussão financeira, remeter os Processos ao d) Em não estando preenchidos os requisitos de que trata a
Gabinete do Cmt-Geral (GCG) para chancela do Sr. legislação aplicável à matéria ou se não atendido o rol de
Comandante-Geral autorizando a efetivação da despesa ao documentos da presente Nota de Instrução, bem como,
erário público; naqueles casos em que existam precedentes administrativos
e) Após chancela do Cmt-Geral adotar as providências decorrentes das decisões do Comandante-Geral em processos
decorrentes para execução da despesa pública; congêneres, o Diretor do Departamento Administrativo da
f) Para os casos de Promoção Extraordinária (PExt) prevista na Brigada Militar proferirá motivada e fundamentada decisão de
Lei nº 11.000/97 confeccionar o ato correspondente e remeter, indeferimento indicando o direito aplicável a cada caso
via Comando, à Casa Civil para assinatura do Exmo Sr. concreto;
Governador do Estado; ao retornar enviar à Secretaria da e) Nos casos de acidente com ou sem morte, bem como o caso
Fazenda para pagamento e posterior ao Tribunal de Contas do de doença, moléstia ou enfermidade, entendendo o
Estado para registro do ato. Departamento Administrativo pelo reconhecimento do
acidente como sendo em serviço, através de fundamentada e
motivada Análise Técnica, deverá elaborar minuta de ato
remetendo o processo ao Gabinete do Comandante-Geral, para
análise da Assessoria Jurídica;
f) Encaminhar o PROA ao Departamento de Saúde em caso de
MIQUELI SOARES
requerimento de Inquérito Sanitário de Origem.
miqueli.xs@gmail.com
4) Departamento de Saúde 5) Atribuições do Departamento de Saúde: (4ª Etapa)
a) Para os processos de Reconhecimento de
a) Receber o Requerimento de ISO através dos Departamentos
Acidente de Serviço (RAS):
e Comandos Regionais, ou mediante solicitação de diligências
(1) Receber do Departamento
pelo Departamento de Administrativo, Assessoria Jurídica ou
Administrativo o PROA que reconheceu o acidente como ato
autoridade com competência na área, através de
de serviço e efetuar as alterações nos lançamentos constantes
encaminhamento específico ou remessa do PROA, nomeando
no RHE, desde que a enfermidade e/ou lesão que gerou o
encarregado para procedê-lo, se necessário;
afastamento tiver relação de causa-efeito com o acidente
b) Encaminhar o ISO concluído para Homologação pela Junta
reconhecido, de acordo com a especificidade definida, se
Policial Militar de Saúde Superior (JPMSS) e posterior
Licença Ferimento em Ação (LFA) ou Licença Acidente de
publicação em Boletim Geral;
Serviço (LAS);
(2) Restituir o processo ao Comando c) As conclusões exaradas pelo Departamento de Saúde
Regional à que pertence o Militar Estadual para ciência e possuem natureza técnica de assessoramento na área de sua
arquivamento. competência, sem efeito vinculativo e não importando no
b) Para os processos de Ressarcimento de reconhecimento do fato como acidente em serviço.
Despesas Médicas (RDM):
(1) Receber do Comando Regional o PROA
de ressarcimento de despesas médicas (RDM);
(2) Homologar as despesas médicas,
comprovando a relação de causa e efeito com o acidente;

67
Dia 06

(3) Confeccionar a autorização de empenho,


remeter ao EMBM/PM4 para disponibilização de recurso e,
posterior, solicitar remessa ao Gabinete do Exmo. Sr.
Comandante-Geral para autorização da despesa;
(4) Receber requerimento do Militar
Estadual acidentado, com cópia da publicação do Diário Oficial
que reconheceu o acidente de serviço e receituário médico, para
adoção das medidas necessárias para o fornecimento dos
medicamentos de uso contínuo e/ou equipamentos de uso
permanente para atender a demanda do Policial Militar
acidentado;
(5) Para os casos de serviços de saúde não
oferecidos pelos órgãos oficiais, abrir processo licitatório
destinado a garantir o tratamento do Militar Estadual
acidentado em serviço, salvo quanto aos primeiros
atendimentos, se urgentes, conforme previsto no § 3º, Art 11º,
da Portaria 095/SSP/15.
(6) Enviar o processo ao Departamento
Administrativo/Divisão de Finanças para liquidação da despesa
MIQUELI SOARES
e remessa à Seccional da CAGE para pagamento.miqueli.xs@gmail.com
c) Para os processos de Benefício Financeiro (BF)
referente aos casos de Invalidez Total ou Parcial Permanente:
(1) Receber do Comando Regional o PROA
no qual o acidentado solicita o pagamento do Benefício
Financeiro (BF);
(2) Submeter o Militar Estadual acidentado à
inspeção de saúde pela Junta Policial Militar Superior de Saúde
– JPMSS para emissão da Ata correspondente. Na Ata emitida,
com diagnóstico de Invalidez Parcial ou Total Permanente,
deverá, necessariamente, constar a condição sanitária do
Militar Estadual para o desempenho da função, conforme
previsto na NI de Saúde Nº 001.1/2012;
(3) Constatada a Invalidez Parcial
Permanente, comunicar imediatamente ao Comandante do
Militar Estadual via e-mail, para que adote as medidas
administrativas necessárias ao afastamento deste das atividades
restritas a sua condição sanitária constante na ata emitida, se
for o caso;
(4) Comunicar via e-mail, à Formação
Sanitária Regimental (FSR) do Comando, a que está

68
Dia 06

subordinado o Militar Estadual para conhecimento e adoção


das medidas decorrentes da situação sanitária do inspecionado;
(5) Enviar o processo ao Departamento
Administrativo para os demais trâmites pertinentes.
d) Para os processos de Promoção Extraordinária:
(1) Receber o PROA e submeter o Militar
Estadual à inspeção de saúde pela Junta Policial Militar
Superior de Saúde – JPMSS para emissão da Ata
correspondente.
(2) Enviar o processo ao Departamento
Administrativo para os demais trâmites pertinentes.

5) Assessoria Jurídica 6) Atribuições da Assessoria Jurídica: (5ª Etapa)


Emitir informação sobre acidente envolvendo os Militares
a) Emitir análise de juridicidade sobre acidente envolvendo os
Estaduais, bem como, nos casos em que houver repercussão
Militares Estaduais, nos casos que forem encaminhados ao
financeira ao Estado decorrente de acidente em serviço.
Comandante-Geral;

b) Recomendar, a depender de cada caso concreto e das


diligências já realizadas, a produção de diligências
complementares para esclarecimento dos fatos e
MIQUELI SOARES
circunstâncias, podendo ligarse diretamente aos Comandantes
miqueli.xs@gmail.com
de OPM, Comandos Regionais e Departamentos,
especialmente para fins de celeridade.

7) Atribuições do Departamento Administrativo: (6ª Etapa)

a) Em caso de reconhecimento do acidente de serviço com


morte, após publicação no DOE, o DA observará a necessidade
de novo processo de PROA, em conformidade com a Nota de
Instrução n.º 1.19/EMBM/2023;

b) Anexar ao PROA cópia do DOE que publicou o


reconhecimento do acidente de serviço e enviar para o
Departamento de Saúde, para que sejam processadas as
alterações nos lançamentos de afastamentos do serviço
constantes no RHE, se existentes, desde que a moléstia que
gerou o afastamento apresente relação de causa-efeito com o
acidente reconhecido, de acordo com a especificidade definida,
se “Licença Ferimento em Ação” (LFA) ou “Licença Acidente
de Serviço” (LAS);

c) Nos casos em que não for reconhecido o acidente como “em


serviço”, o DA deverá publicar a decisão em Boletim Geral e
encaminhar o PROA para o CRPO ou equivalente, para fins de
69
Dia 06

ciência do acidentado ou interessados. Para eventuais recursos


de reconsideração, computa-se o prazo máximo para
interposição de 5 (cinco) dias úteis a partir da cientificarão
oficial;

d) Esgotado o previsto no item anterior, proceder nova


publicação em Boletim Geral e posterior arquivamento do
processo

6) PM4 8) Atribuições do Departamento de Saúde: (7ª Etapa)


a) Liberar os recursos necessários quando
a) Receber do DA o PROA que reconheceu o acidente como
solicitados pelo Departamento Administrativo ou
ato de serviço e efetuar as alterações nos lançamentos de
Departamento de Saúde;
afastamento do serviço constantes no RHE, desde que a
b) Encaminhar ao Gabinete do Cmt-Geral os
doença, moléstia, enfermidade e/ou lesão que gerou o
processos de Ressarcimento de Despesas Médicas (RDM) para
afastamento tenha relação de causa-efeito com o acidente
chancela do Comando.
reconhecido, de acordo com a especificidade definida, se
“Licença Ferimento em Ação” (LFA) ou “Licença Acidente de
b. Documentação e rotinas necessárias para instrução dos
Serviço” (LAS);
processos no PROA
1) Benefício Financeiro (BF) para os casos de b) Restituir o processo ao Comando Regional ou equivalente, à
Invalidez Total ou Parcial Permanente previsto MIQUELI
na Lei nº SOARES
que pertence o Militar Estadual para ciência e arquivamento,
10.996/97, alterada pela Lei nº 14.970/16: miqueli.xs@gmail.com
acostando ao processo o Termo de ciência de reconhecimento
a) Requerimento do Militar Estadual; do acidente em serviço e orientações (Anexo “F”), o qual
b) Cópia integral do PROA do Reconhecimento deverá ser assinado pelo Militar Estadual acidentado em
do Acidente de Serviço (RAS); serviço, em sua OPM de origem, antes do arquivamento do
c) Cópias da Carteira de Identidade Funcional, do PROA.
CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco
9) Atribuições do Comando Regional ou Equivalente: (8ª
ou cabeçalho do extrato) e comprovante de endereço (conta de
Etapa)
água, telefone ou luz em nome do requerente/ou declaração do
Receber o PROA do DS e encaminhá-lo à OPM de origem para
Comandante do Servidor atestando o local da residência);
que se proceda a ciência do Militar Estadual acidentado em
d) Ata da Junta de Saúde que constatou a
serviço, ou responsável legal no caso de morte em serviço, e
invalidez total ou parcial permanente decorrente do acidente de
arquivamento do PROA.
serviço;
e) Chancela do Exmo. Sr. Cmt-Geral autorizando 10) Atribuições da OPM de origem do ME acidentado: (9ª
a execução da despesa ao erário público; Etapa)
f) O Comando Regional deverá verificar os dados
a) Receber o PROA do CRPO ou equivalente e, nos casos em
referentes ao endereço e conta corrente do Militar no sistema
que foi publicado o reconhecimento do acidente em serviço em
FPE; caso estejam desatualizados, é necessário que o ME
DOE, entregar o Termo de ciência de reconhecimento do
solicite a alteração de tais dados através do formulário
acidente em serviço e orientações (Anexo “F”) ao Militar
constante no Anexo “A” da NI ADM Nº 013.2-F, assine no
Estadual acidentado em serviço sem morte:
local indicado “Assinatura do Servidor”, e juntamente com as
cópias autenticadas comprovantes dos dados a serem

70
Dia 06

modificados, remeta ao Setor de Cadastro e Controle da


b) Acostar ao PROA o termo de ciência assinado pelo ME e
Divisão de Finanças (SCC/DF), via e-mail, para que este
proceder ao arquivamento do mesmo;
Departamento providencie a alteração.
c) Nos casos em que não for reconhecido o acidente como “em
2) Para os processos de Ressarcimento de Despesas
serviço”, receber do CRPO ou equivalente o PROA, dar ciência
Médicas (RDM) previstas na Lei nº 10.990/97 e Art. 127 da
ao ME ou responsável em caso de morte para eventual recurso,
Constituição Estadual
se for o caso, e remeter ao DA para arquivamento.
a) Requerimento do Militar Estadual;
b) Conclusão da Sindicância Especial;
c) Informação produzida pelo DA que
fundamentou o reconhecimento;
d) Diário Oficial do Estado (DOE) do ato do
Reconhecimento do Acidente de Serviço (RAS);
e) Informação produzida pela Assessoria
Jurídica, se for o caso;
f) Chancela do Exmo. Sr. Cmt Geral autorizando
o pagamento das despesas médicas;
g) Cópias da Carteira de Identidade Funcional, do
CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco
ou cabeçalho do extrato) e comprovante de endereçoMIQUELI
(conta de SOARES
miqueli.xs@gmail.com
água, telefone ou luz em nome do requerente/ou declaração do
Comandante do Servidor atestando o local da residência);
h) Recibo de Pagamento de Autônomo (RPA) –
documento fornecido pelos prestadores de serviços, pessoas
físicas (médicos, radiologistas, etc.), sem vínculo com a
Corporação ou Previdência oficial, contendo nº do CPF do
prestador de serviço;
i) Nota Fiscal de Serviços (NFS) – documento
padronizado emitido pelos prestadores de serviços, pessoas
jurídicas (hospitais, laboratórios, etc.);
j) Nota Fiscal (NF) – documento padronizado
emitido pelo fornecedor, pessoa jurídica, referente à aquisição
de materiais necessários ao tratamento do Militar Estadual
acidentado em serviço;
k) Receituário Médico que solicitou/prescreveu
os serviços médicos e/ou aquisição de medicamentos;
l) Nos casos de ressarcimento de despesa com
anestesia deverá ser anexado aos autos extrato do valor
reembolsado pelo IPERGS, assinado por funcionário do Órgão.
m) O Comando Regional deverá verificar os dados
referentes ao endereço e conta corrente do Militar no sistema

71
Dia 06

FPE; caso estejam desatualizados, é necessário que o ME


solicite a alteração de tais dados através do formulário
constante no Anexo “A” da NI ADM Nº 013.2-F, assine no
local indicado “Assinatura do Servidor”, e juntamente com as
cópias autenticadas comprovantes dos dados a serem
modificados, remeta ao Setor de Cadastro e Controle da
Divisão de Finanças (SCC/DF), via e-mail, para que este
Departamento providencie a alteração.

3) Para os processos de Promoção Extraordinária


a) Cópia integral do PROA do Reconhecimento
do Acidente de Serviço (RAS);
b) Requerimento do Militar Estadual;
c) Cópias da Carteira de Identidade Funcional, do
CPF, comprovante da conta bancária (cópia do cartão do banco
ou cabeçalho do extrato) e comprovante de endereço (conta de
água, telefone ou luz em nome do requerente/ou declaração do
Comandante do Servidor atestando o local da residência);
d) O Comando Regional deverá verificar os dados
referentes ao endereço e conta corrente do Militar no sistema SOARES
MIQUELI
FPE; caso estejam desatualizados, é necessáriomiqueli.xs@gmail.com
que o ME
solicite a alteração de tais dados através do formulário
constante no Anexo “A” da NI ADM Nº 013.2-F, assine no
local indicado “Assinatura do Servidor”, e juntamente com as
cópias autenticadas comprovantes dos dados a serem
modificados, remeta ao Setor de Cadastro e Controle da
Divisão de Finanças (SCC/DF), via e-mail, para que este
Departamento providencie a alteração.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS


a. Se houver necessidade de Atestado de Origem (AO) a a. Todos os documentos oriundos de outros Órgãos/Instituições
FSR/OPM deverá realizar a 1ª fase (até 08 dias) e apresentar o que se tratarem de cópias devem ser autenticadas por servidor
Militar Estadual acidentado na Junta Médica Hospitalar do desses Órgãos/Instituições, devidamente identificados.
HBM/PA ou HBM/SM para complementação do AO-2ª fase
b. No caso de morte do Militar Estadual, decorrente de
(em até 22 dias) e aguardar o recebimento da cópia remetida
Acidente de Serviço, a apuração dos fatos, para efeito de
pelo Departamento de Saúde, anexando à Sindicância Especial,
concessão dos direitos dela decorrentes (encargos funerários,
para, então, encaminhar ao Comando Regional; Caso o Militar
promoção extraordinária da Lei n.º 11.000/97 ou pensão do art.
Estadual não tenha complementado o AO deverá anexar
85 da Lei n.º 10.990/97 e benefício financeiro da Lei n.º
requerimento à Sindicância Especial solicitando instauração de
10.996/97), deverá ocorrer por meio de Sindicância Especial, a
Inquérito Sanitário de Origem;
ser concluída no órgão a que pertencia o acidentado, no prazo

72
Dia 06

b. O Formulário Resumo de Acidente de Serviço deverá máximo de 15 (quinze) dias, conforme previsto na Lei n.º
ser assinado pela Chefia imediata do Militar Estadual 10.594/95, contados da ocorrência da morte.
acidentado, conforme preconiza a Portaria nº 095/SSP/15.
c. Caso o local que prestou o primeiro atendimento médico ao
c.Todos os documentos oriundos de outros
Militar Estadual não produza Boletim de Atendimento, deverá
Órgãos/Instituições que se tratarem de cópias devem ser
ser solicitada declaração ou laudo médico contendo o
autenticadas por Servidor desses Órgãos/Instituições,
diagnóstico, as lesões apresentadas pelo acidentado, o
devidamente identificados;
tratamento prescrito, carimbo, nome, CRM e assinatura do
d. No Boletim de Atendimento Médico deve constar o
médico que prestou o atendimento ao Militar Estadual
diagnóstico, as lesões apresentadas pelo acidentado, o
acidentado.
tratamento prescrito, carimbo, nome, CRM e assinatura do
d. Nas circunstâncias em que se tenha ocorrido a perda do prazo
médico que prestou o atendimento ao Militar Estadual
para a confecção do AO ou necessidade de sua
acidentado;
complementação, deverá ser procedido o Inquérito Sanitário de
e.Caso o local que prestou o primeiro atendimento médico
Origem (ISO). e. As Formações Sanitárias Regimentais (FSR)
ao Militar Estadual não produza Boletim, deverá ser solicitada
não deverão lançar afastamento por “Licença Acidente de
declaração contendo os itens citados na letra “d” acima,
Serviço” (LAS) ou “Licença por Ferimento em Ação” (LFA).
devidamente assinada por funcionário do órgão de saúde.
Todos os lançamentos iniciais para casos de afastamento do
f. As Formações Sanitárias Regimentais (FSR) não
serviço devem ser de “Licença para Tratamento de Saúde”
deverão lançar afastamento por Licença Acidente de Serviço
(LTS). A primeira alteração nos afastamentos lançados será
(LAS). Todos os lançamentos iniciais devem ser de Licença
MIQUELI SOARES
feita pelo Departamento de Saúde, após recebimento do PROA
para Tratamento de Saúde (LTS). A primeira alteração nos
miqueli.xs@gmail.com
que reconheceu o acidente de serviço.
afastamentos lançados será feita pelo Departamento de Saúde,
após recebimento do PROA que reconheceu o acidente de f. Os documentos originais da Sindicância Especial deverão
serviço; permanecer arquivados no Comando Regional após a abertura
g. Nos acidentes que ocorrerem no percurso entre a do PROA.
residência do Militar Estadual e o serviço, ou vice-versa,
g. Tendo em vista a independência das esferas, as providências
deverá ser anexado à Sindicância Especial cópia do
previstas nesta Nota de Instrução não dispensam a realização
IPM/Sindicância que apurou o ocorrido, a fim de comprovar
dos procedimentos investigatórios (IPM e Sindicância),
se o local do acidente está incluso no trajeto usualmente
destinados à apuração dos fatos para estabelecimento de
percorrido pelo Militar Estadual, se houve durante o
responsabilidade penal, civil ou administrativa, previstas em
deslocamento, por interesse pessoal do Militar Estadual,
Leis e regulamentos, podendo, a Sindicância Especial, ser
interrupção ou alteração deste trajeto, bem como apurar a
juntada, por cópia, aos autos desses procedimentos.
devida culpabilidade pelo acidente, conforme previsto nos
§3º e §4º, alínea “f”, do artigo 1º do Decreto nº 32.280/86, além h. Compete ao DA manter controle de todos os processos de

de mapa do trajeto, constando o ponto inicial, local do acidente acidente de serviço com e sem morte.

e final do deslocamento; i. Os processos de acidente de serviço, em tramitação, quando


h. Nos acidentes de trânsito que ocorrerem no percurso da edição desta NI, devem prosseguir sua tramitação, via
entre a residência do Militar Estadual e o serviço, ou vice-versa, PROA até sua conclusão e arquivamento.
além dos documentos citados na letra “g” acima, deverá ser
j. A unidade de origem, a que pertencia o militar acidentado ao
anexado aos autos cópia da Carteira Nacional de
tempo do acidente, fica vinculada ao processo/à sindicância,

73
Dia 06

Habilitação do Militar e cópia do Certificado de Registro e sendo responsável pelas diligências e demais atos necessários
Licenciamento de Veículo conduzido pelo acidentado; à apuração até seu encerramento.
i. Nos acidentes em que o Militar Estadual esteja
k. Os atos que não forem cumpridos dentro do prazo de 30 dias,
conduzindo viatura da Corporação, deverá ser anexada à
deverão ser diligenciados no prazo de 15 dias.
Sindicância Especial cópia do Parecer e da Solução do
l. Os tipos de benefícios legais a que tem direito o acidentado
Inquérito Técnico (1º e 2º Grau de Decisão). Caso tenha
em serviço ou seus beneficiários, estão discriminados na Nota
havido responsabilização do Militar Estadual no Inquérito
Instrução n.º 1.19/EMBM/2023, bem como os procedimentos a
Técnico, anexar cópia da Solução do PADIT/PADM, bem
serem adotados para tal obtenção.
como, anexar cópia da Ata de habilitação que autorizou o
Militar Estadual a conduzir viatura da Corporação; m.Em casos de óbito por contaminação de COVID-19 com
j. Nos acidentes envolvendo Disparo de Arma de Fogo relação de causa e efeito com as atividades funcionais, deverá
deverá ser anexada à Sindicância Especial manifestação da ser observado rigorosamente as previsões contidas na Nota
Autoridade Nomeante quanto à culpabilidade do Militar técnica 001/DADP-SAA/2021.
Estadual, considerando o previsto na NI Operacional 017/2006.
n. A presente Nota de Instrução não esgota o assunto, podendo
Caso tenha ocorrido transgressão da disciplina do Militar
ser solicitada qualquer outra diligência que for julgada cabível
Estadual no fato, anexar cópia da Solução do PADM. Deverá
para auxiliar na elucidação do fato investigado. Esta Nota de
ainda estar nos autos o Laudo de funcionabilidade da arma;
Instrução entra em vigor na data da sua publicação, revogando
k. Nos acidentes ocorridos quando o Militar Estadual
disposições em contrário, principalmente a Nota de Instrução
estiver de folga em razão de represália à condição de Policial
1.26/EMBM/23, de agosto de 2018.
MIQUELI SOARES
Militar ou por intervir em razão da função Policial Militar
miqueli.xs@gmail.com
deverá ser anexada à Sindicância Especial cópia do Parecer do
Encarregado e da Solução da Autoridade Nomeante do
IPM/Sindicância que apurou o fato;
l. Nos acidentes ocorridos na realização de atividade
física, deverá ser observado o prescrito na Nota de Instrução
3.3/EMBM/2018, (Instrução deverá ser
ministrada/acompanhada por membro da COPPAFI ou
Orientador de Saúde Física Policial Militar), anexando o termo
de declaração do responsável aos autos da Sindicância
Especial, bem como cópia da Ordem de Serviço ou documento
que determinou a realização da atividade física;
m. Nos acidentes ocorridos em Ação Policial deverá ser
anexado aos autos da Sindicância Especial cópia dos
documentos operacionais produzidos a fim de comprovar a
ação e propiciar ao acidentado o pagamento do Abono
Especial;
n. Para os casos de Abono Especial, após o devido
lançamento do reconhecimento da Licença por Ferimento em
Ação (LFA), feito pelo Departamento de Saúde, ocorrerá
automaticamente o lançamento dos valores para pagamento, na

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Dia 06

próxima folha possível, desde que preenchidos os demais


requisitos previstos na Lei nº 14.233/2013;
o. Os documentos originais da Sindicância Especial e as
Notas Fiscais/Recibos originais do pedido de Ressarcimento de
Despesas Médicas deverão permanecer arquivados no
Comando Regional após a abertura do PROA;
p. As despesas médicas que não forem comprovadas
através do Recibo Original/Nota Fiscal Original e pela
requisição médica para execução da despesa, não serão
passíveis de ressarcimento;
q. As despesas decorrentes da presente Nota de Instrução
correrão por conta da Dotação Orçamentária prevista em cada
legislação que conceda os respectivos benefícios;
r. As providências previstas nesta Nota de Instrução não
dispensam a realização dos procedimentos investigatórios
(IPM, Sindicância), destinados à apuração dos fatos para
estabelecimento de responsabilidade penal, civil ou
administrativa, previstas em Leis e regulamentos, podendo, a
Sindicância Especial, ser juntada, por cópia, aos autos desses
MIQUELI SOARES
procedimentos; miqueli.xs@gmail.com
s. A concessão dos benefícios referidos nesta Nota de
Instrução, não prejudica outros direitos previstos em lei;
t. Quando, por qualquer motivo, cessar a necessidade do
uso de medicamentos ou equipamentos colocados à disposição
do acidentado, estes deverão ser devolvidos aos Hospitais da
Corporação;
u. Compete ao DA manter planilha de todos os
processos de acidente de serviço sem morte.
v. Os processos de acidente de serviço sem morte, em
tramitação, quando da edição desta NI, devem prosseguir sua
tramitação, via SPI, até sua conclusão e arquivamento;
w. A presente Nota de Instrução não esgota o assunto,
podendo ser solicitada qualquer outra diligência que for julgada
cabível para auxiliar na elucidação do fato investigado;
x. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data da sua
publicação, revogando disposições em contrário,
especialmente a Nota de Instrução Administrativa nº 044, de 21
de dezembro de 2010.

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MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

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Dia 07

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.38

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.38/EMBM/2018

1. FINALIDADE

Regular o Sistema de Comunicação Social da Brigada Militar e os procedimentos dos integrantes da Corporação no que diz
respeito à divulgação da imagem institucional, dados e informações.

2. BASE LEGAL
a) Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
b) Decreto-Lei Nº 1.001, de 21 Out 69 (CPM) e Decreto-Lei Nº 1.002, de 21 Out 69 (CPPM) - referente ao sigilo do Inquérito
Policial Militar.
c) Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.
d) Lei Federal nº 5.250, de 09 Fev 67 - Lei de Imprensa.
e) Lei Federal nº 6.612, de 07 Dez 78 - alterou dispositivos do Decreto-Lei nº 972/69.
f) Lei Federal nº 8.069, de 13 Jul 90 - Dispõe sobre o estatuto da Criança e do Adolescente, no que se referir à preservação
da imagem da criança e do adolescente. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
g) Lei Federal nº 8.159, de 08 Jan 91- dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados.
h) Lei Federal nº 9.051, de 18 Mai 95 - Dispõe sobre a expedição de certidões para defesa de direitos e esclarecimento de
situações.
i) Lei Federal nº 9.610, 19 de fevereiro de 1998 - Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.
j) Lei Estadual nº 11.081, de 07 Jan 98 - Estabelece os procedimentos dos servidores públicos quando chamados a adotar
providências na esfera de suas atribuições e prazos para resposta.
k) Decreto Federal nº 2.134, de 24 Jan 97 - Regulamenta a Lei Federal nº 8.159, de 08 Jan 91, no que se referir à classificação
sigilosa dos documentos.
l) Decreto-Lei 972, de 17 Out 69 - Dispõe sobre o exercício da profissão de jornalista profissional.
m) Decreto Estadual 54.256, de 2 de Out 18 – Institui a Identidade Visual da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul.

3. EXECUÇÃO

a.Sistema de Comunicação Social


1) O Sistema de Comunicação Social da Brigada Militar está estruturado, conforme o contido na Diretriz Geral da
Comunicação Social 32.1, a fim de dar fluxo às informações geradas por ocasião do serviço policial militar nas plataformas
Institucionais, no Facebook, Twitter e Instagram, além da produção de informação para a imprensa em geral.
2) O Sistema de Comunicação Social passará a contar com 20 (vinte) perfis da Brigada Militar, para cada plataforma
autorizada nas redes sociais, quais sejam: Facebook, Twitter e Instagram, sendo:

77
Dia 07

a) 01 (um) perfil oficial da Brigada Militar, administrado pelo EMBM/PM5;


b) 16 (dezesseis) perfis institucionais representando cada um dos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva;
c) 01 (um) perfil do Comando Ambiental da Brigada Militar;
d) 01 (um) perfil do Comando dos Órgãos Especiais (COE);
e) 01 (um) perfil Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).
3) Permanecem as páginas do Facebook das Escolas Tiradentes, sob supervisão do Departamento de Ensino, em virtude
das peculiaridades de interação com público específico, alinhado com as diretrizes da Secretaria da Segurança Pública e da
Educação.
4) Os Comandos Regionais e demais Comandos (CABM, COE, CRBM) deverão manter os perfis e fanpages acima criados
em redes sociais, de acordo com padrão a ser definido pelo Comando da Instituição, identificando claramente suas áreas de atuação
e gerenciando, junto às Comunicações Sociais das unidades subordinadas, a publicação de conteúdos que direcionem e atendam
seus públicos regionais\segmentados.

b. Gestão do Perfil Oficial


1. Fica VEDADA a criação e\ou manutenção das demais contas por parte das unidades subordinadas, devendo as já
existentes ser removidas\excluídas para que atendam às orientações constantes no item anterior, comunicando a seus públicos que
as informações serão direcionadas a um canal mais abrangente.
2. Nesses espaços, deverá ser identificada a unidade e a cidade onde ocorrem os fatos, criando uma identificação e relação
MIQUELI SOARES
de proximidade com o público e facilitando seu entendimento da estrutura da Brigada Militar, e sua identificação como Instituição
miqueli.xs@gmail.com
única, prestadora de uma série de diferentes serviços.
3. Cabe aos Comandos Regionais cadastrar, no mínimo, um servidor de cada OPM subordinado, na função de editor do
Facebook, e nas demais redes compartilhar o acesso. Assim, todas as unidades de um mesmo Comando irão publicar na mesma
conta do Comando Regional e demais Comandos (CABM, COE, CRBM).
4. As demandas vinculadas aos Elos (conforme Diretriz Geral da Comunicação Social 32.1) não mencionados no item
anterior, tais como Departamentos, Ajudância-Geral, etc, serão canalizadas diretamente ao Órgão Central (EMBM/PM5).

c.Divulgação/Publicações
1. As publicações de notícias no Site e Intranet/BM ficarão exclusivamente a cargo do Órgão Central (EMBM/PM5),
ficando a cargo dos elos do Sistema o abastecimento de informações através de release sobre fatos relevantes à imagem da
Corporação. Pop Ups também serão publicados pela PM5, devendo o conteúdo ser de interesse do Comando-geral da Instituição e
de relevância institucional que justifique seu uso.
2. A divulgação de informações a terceiros, acerca de assunto que a Brigada Militar for partícipe, obedecerá ao
estabelecido nos diplomas legais acima referenciados, segundo as circunstâncias específicas de cada evento, objetivando tratar o
assunto “Segurança Pública” com a devida seriedade e veracidade, evitando-se a veiculação de informações que possam causar
pânico à população em geral e que não preservem a identidade e a imagem das pessoas.
3. Respeitar as esferas de competência na divulgação de assuntos operacionais e institucionais da Corporação. Todo e
qualquer Militar Estadual poderá informar à imprensa dados a respeito de ocorrências e fatos operacionais dos quais tome
conhecimento, limitando-se a repassar apenas as informações do fato (preservando envolvidos na sua imagem e integridade física).
Posicionamentos institucionais deverão ser emitidos apenas pelo Comando-geral da Corporação e/ou oficiais por ele indicados.

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Dia 07

4. A divulgação de dados e fotos a terceiros, relativos a fato policial atendido pela BM, revestir-se-á de cautela,
preservando-se o direito da imagem das partes envolvidas, e priorizando a imagem da ação policial, e não dos envolvidos. O militar
estadual deve lembrar-se que, além da integridade física dos indivíduos sob sua custódia, a dignidade e a imagem dos mesmos
também deve ser preservada.
5. É vedado ao policial militar atendente da ocorrência ou o responsável pelo serviço (oficial de serviço externo), divulgar
dados referentes a menores de idade (fornecer apenas a idade dos infratores).
6. A divulgação de dados a terceiros, relativos a fato policial em que a BM tenha participado, deverá revestir-se de
características impessoais, evitando-se posturas, gestos e procedimentos que conduzam a uma interpretação de excesso de autoridade
ou de falta de seriedade com a ocorrência.
7. Evitar abarcar temas que gerem polêmicas com outras autoridades ou órgãos, canalizando a situação ensejadora do
transtorno ao grau superior competente.
8. Evitar gírias, palavras de calão, abreviaturas, códigos policiais militares ou linguajar que dificulte o entendimento da
informação, por ocasião da divulgação de dados a terceiros, relativos a fato policial em que a BM participou.
9. Prestar informações de forma adequada, sempre que o policial militar for requisitado para tal, nas circunstâncias e locais
descritos nesta NI, visando dar uma satisfação do serviço executado ou a ser executado, respeitando as esferas de competências.

d. Veiculação de Fatos e Ocorrências


1) Diretamente ao profissional de imprensa que estiver realizando a cobertura do episódio no local, devendo o PM ser
MIQUELI
objetivo, restringindo-se à narrativa do fato, conforme constatadoSOARES
pelo levantamento do local, sem emissão de juízos ou opiniões
miqueli.xs@gmail.com
que possam induzir ao profissional de imprensa entendimentos precipitados e conclusivos de fatos que ainda serão investigados.
2) Por envio de informações (dados e imagens) via aplicativo WhatsApp para o serviço de plantão à PM5, onde um servidor
de plantão fará a apuração e edição das informações, repasse à imprensa e, quando oportuno, o aproveitamento nos perfis
institucionais das redes sociais.
3) Por intermédio de documento, denominado “Release”, o qual será direcionado à imprensa e para publicação no SiteBM
e IntranetBM.
4) O envio de informações diretamente a profissionais da imprensa e veículos via grupos no aplicativo WhatsApp ou
similar deverá ser realizado de forma centralizada pelo elo do Sistema que seja responsável pelas atividades de Comunicação Social
no âmbito de cada CRPO ou Comandos (CABM,COE,CRBM) ou designado pelo comandante regional respectivo, sendo VEDADA
a criação de grupos integrados por imprensa e policiais militares. A informação DEVERÁ ser, nestes casos, enviada prioritariamente
à PM5 e, em um segundo momento, aos veículos de imprensa por cada CRPO ou Comandos (CABM, COE, CRBM).
5) Fica VEDADA a veiculação de fatos e notícias em espaços segmentados que não atendam aos interesses e nem
acompanhem os perfis e fanpages da Instituição já existentes, quais sejam: os blogs, vlogs e sites paralelos. Tal orientação está
calcada em conceitos que norteiam as ações para fortalecimento da “marca” Brigada Militar, uma vez que direcionam todos os
públicos, independentemente de região ou da segmentação, para os perfis institucionais já existentes e que são desenvolvidos dentro
de uma perspectiva de identidade corporativa (que priorizam o uso do brasão, padronização de linguagem e edição, dentre outros
aspectos) a fim de destacar a Instituição como um todo.
6) Fica VEDADA a publicação de informações, fichas de ocorrências, vídeos e fotografias dos envolvidos a respeito de
fatos por policiais militares em seus perfis pessoais de redes sociais em que o servidor posicione- se como “fonte oficial” da
informação, uma vez que são responsáveis pela divulgação “oficial” dos fatos a Comunicação Social da Brigada Militar (EMBM-

79
Dia 07

PM5) e as Comunicações dos Comandos Regionais e grandes Comandos (CABM, COE, CRBM). Caso o servidor deseje publicar
tal informação, deverá fazê-lo por meio de compartilhamento ou retweet da publicação dos perfis institucionais.

e.Entrevistas e Informações
Prestar informações e conceder entrevistas em locais condizentes para tal, observando-se o que segue:
1) Preferencialmente em prédio Policial Militar, ou outro local que esteja adequadamente preparado para a transmissão da
informação, devendo ser utilizado de fundo o banner institucional padrão, conforme prescrito no ANEXO “A”;
2) No local do fato operacional, de forma circunstancial, pela mais alta autoridade que se fizer presente ou militar estadual
por ele designado, utilizando de fundo o banner institucional padrão, conforme ANEXO “A”.
3) Quando não for possível a utilização dos banners previstos nos itens acima, buscar a realização da entrevista em local
com fundo que identifique visualmente a presença da BM, como viaturas/efetivo.
4) Além da utilização do banner, buscar um local com fundo neutro, evitando-se a presença de elementos de identificação
que remetam a outras marcas públicas ou privadas, prevalecendo o foco na identidade visual da Brigada Militar.
5) Toda divulgação de material apreendido em uma ação policial militar, através de foto ou de filmagem, deve ser
acompanhada SOMENTE do banner institucional padrão ou do display de mesa, de forma a dar notoriedade à instituição, conforme
ANEXO “A”.
6) É VEDADA a utilização de braceletes, cartazes, coberturas, designativos de cursos, distintivos ou similares, junto às
fotografias para divulgação à imprensa, redes sociais e aplicativos.
7) Caberá ao Comandante competente com responsabilidade sobre a área onde aconteceu o evento operacional, ou o militar
MIQUELI SOARES
por ele designado, a divulgação de informação sobre o ocorrido (dados restritos à ocorrência), sempre que lhe for requerido pela
miqueli.xs@gmail.com
imprensa.
8) A emissão de posições e opiniões, na imprensa, acerca de temas e fatos considerados de interesse institucional e de
cunho estratégico serão emitidas EXCLUSIVAMENTE pelo Comando-Geral da Corporação ou pela autoridade delegada para
talfim.
9) Fica instituída a função de porta-voz da Brigada Militar, desempenhada por dois Oficiais, um masculino e um feminino,
designado através de portaria do Comandante-Geral. Será o responsável por falar em nome da Instituição em momentos ou situações
que o Comando-Geral entender necessário.

f. Difusão de Informações
Dependendo das circunstâncias que envolvem a difusão das informações, estas deverão ser prestadas da maneira que
segue:
1) Entrevista jornalística
É a atividade informal pela qual um jornalista ouve uma autoridade Policial Militar, sobre assunto profissional, devendo
este exercer a atividade dentro dos ditames da ética Policial Militar prevista no Estatuto do Servidor Militar Estadual.
a) Ajustar e estudar a pauta da entrevista antecipadamente, se possível, a fim de propiciar a autoridade de polícia
ostensiva o preparo necessário, bem como para que seja possível a coleta de subsídios imprescindíveis para a prestação de uma
informação adequada e precisa, de forma clara e objetiva.
b) Emitir frases curtas, evitando-se que haja cortes ou edições que possam subverter o conteúdo informado.
c) A partir do momento em que a entrevista foi concedida, a informação é uma “propriedade” do veículo para o qual
o repórter trabalha. Logo, após prestada a informação ao profissional de imprensa, não deve lhe pedir para ler o texto ou editar

80
Dia 07

vídeo/áudio antes de ser publicado.


d) As entrevistas por telefone são recursos comuns nos dias de hoje, o que não significa desprestígio ao profissional
de polícia ostensiva, apenas uma forma de a mídia agilizar o processo de comunicação.
e) Estabelecer um sistema de auto-avaliação acerca da entrevista dada (é um momento de aprendizagem e pode
significar melhores resultados futuros), com o fito de ajudar a identificar os vícios havidos por ocasião da verbalização (de fala, de
postura física, de abordagem dos assuntos). Ao longo do tempo, este procedimento garante ao profissional de polícia militar uma
maior segurança e habilidade em lidar com jornalistas e suas demandas.

2) Entrevista Coletiva
É convocada quando Comandantes, Chefes, Diretores, Corregedor-geral e Ajudante-geral possuem informações
importantes para todos os veículos e oportunizam, no mesmo momento, o esclarecimento a todos.
a) Deve ser organizada somente quando o assunto for muito relevante, para tratar de casos extraordinários, em que há
necessidade de reunir jornalistas de vários veículos, ao mesmo tempo, a fim de passar informações de interesse público imediato
ou, ainda, em casos especiais de lançamentos, assinaturas de contratos ou eventos similares.
b) É particularmente útil em situações emergenciais, quando muitos jornalistas procuram a organização ao mesmo
tempo.
c) Observar a pontualidade do entrevistado.
d) Escolher um local adequado.
e) Escolher um horário compatível com os fechamentos de matérias das diversas redações, a fim de se evitar que uma
MIQUELI SOARES
informação importante fique de fora da mídia em razão de sua difusão tardia.
miqueli.xs@gmail.com
f) Evitar coletivas em final de dia, pela mesma razão acima mencionada.
g) Priorizar coletivas para o início da tarde, providência essa que oferta tempo ao repórter para sair em busca de
imagens que complementem ou melhorem a matéria, bem como possibilita a repercussão do assunto, se for o caso, em nível nacional.
h) Antecipar o assunto que vai ser tratado, a fim de que possa ser distribuído material de apoio pertinente e suficiente.
i) Prestigiar os profissionais de imprensa presentes, repassando-lhes os dados disponíveis/ solicitados, sem priorizar
a atenção para um ou para outro.
j) Utilizar o banner institucional padrão ao fundo por ocasião da entrevista com imagem, conforme ANEXO “A”.
k) A PM5 dispõe de uma Sala de Imprensa, junto ao Quartel do Comando-Geral, que poderá, mediante agendamento,
ser utilizada para tal fim.

3) Nota Oficial
É o documento enviado à imprensa, no qual o Comandante, Chefe ou Diretor, expressa um posicionamento oficial ou
esclarecimento sobre assunto relevante, urgente e de grande interesse público.
a) Tem por finalidade a redução e/ou eliminação de boatos, dúvidas e pressões por informação.
b) Utilizada para evitar a exposição de um representante da Corporação (quando essa postura for julgada a mais
conveniente) e limitar a repercussão.
c) Não requer formato jornalístico, mas precisa ser objetiva, clara e compreensível para uma diversidade de públicos.
d) Uniformiza o discurso, reduzindo interpretações equivocadas.
e) Observar, no que couberem, os procedimentos para a confecção de Release pela Brigada Militar, conforme
ANEXO “B”.

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4) Esclarecimento Jornalístico
É o procedimento preliminar, informal e circunstancial, de informação, prestado pelo policial militar de mais alta
patente ou graduação, à jornalista, sobre assuntos profissionais, dos quais ele possui dúvidas ou deseja coletar maiores dados.
a) Ficar sempre à disposição para prestar informações complementares.
b) Criar o hábito no profissional de imprensa a utilizar o policial militar como fonte permanente de informação.
c) Atender às demandas dos profissionais de imprensa, respeitando os prazos solicitados para repassar os dados.
d) Tratar igualitariamente a todos os veículos – de qualquer porte, grandes ou pequenos.
e) Falar somente dos assuntos compatíveis ao nível de competência da autoridade.
f) Observar a difusão de temas que são de competência expressa do Comando da Corporação (efetivo, viaturas,
orçamentos, etc).
g) Todos os assuntos tratados com jornalistas acerca das atividades e gerenciamento da Corporação deverão estar
afetos à esfera funcional.
h) As informações de interesse coletivo como lançamento de operações e serviços devem ser encaminhadas,
simultaneamente, a todos os veículos cuja linguagem editorial comporte a abordagem do tema a que se refere, não sendo autorizada
a divulgação de forma exclusiva para nenhum veículo de imprensa. A exclusividade pode ser negociada apenas quando a pauta for
pontual e sugerida pelo repórter, que solicita a preferência. Fotos sobre um mesmo fato também podem ser exclusivas, o que
possibilita maior probabilidade de utilização pelos veículos. O fotógrafo deve selecionar imagens de diferentes ângulos e enviar aos
veículos com os créditos e a informação de que se trata de imagem exclusiva, enviando determinada imagem somente a um veículo.
MIQUELI SOARES
i) Prestar informações calcadas emmiqueli.xs@gmail.com
análise e dados concretos, estando proibida a prolação de confidências ou
segredos, haja vista que o compromisso do repórter é com a notícia.

5) Resposta à Demanda
É resposta requisitada por determinada pessoa ou entidade que solicitou providências sobre assunto de alçada da
Brigada Militar.

a) Constar dados sobre as providências adotadas, em decorrência do fato trazido ao conhecimento da autoridade
Policial Militar e que sejam de sua respectiva competência, bem como informações complementares.
b) Responder de forma clara, objetiva e concisa.
c) São comuns para os casos de contrapontos de assuntos divulgados na mídia, de demandas recebidas via perfis
institucionais de redes sociais, sejam eles do governo do Estado, da Secretaria de Segurança Pública ou da Brigada Militar.
d) Deve ser utilizada para responder críticas recebidas/divulgadas, de maneira rápida (reativa), a fim de elucidar o
ocorrido e o crescimento de comentários despropositados sobre o assunto em tela.

6) Release
É um documento destinado aos órgãos de comunicações, visando noticiar um assunto e/ou evento de interesse da
instituição e da comunidade.
a) Deve informar e chamar a atenção do profissional de imprensa para um assunto que possa se tornar notícia.
b) Deve ser elaborado sob as técnicas jornalísticas na forma de sua redação, com vistas a apresentar um assunto de
interesse que se supõe público, o qual terá o posicionamento oficial da Corporação.

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c) A emissão do Release para a imprensa expressará a informação ÚNICA da Instituição acerca do assunto
diligenciado pela imprensa.
d) As transmissões das informações acerca de fatos e ocorrências devem ser corretos/checados e obedecerão às
rotinas estabelecidas pelo Comando da BM.
e) Observar o princípio da oportunidade da divulgação do fato, bem como o horário de fechamento das edições dos
boletins e jornais, o que determina aos OPM uma celeridade em repassar os dados à comunicação social e à imprensa.
f) Observar os procedimentos para a confecção de Release pela Brigada Militar, conforme ANEXO “B”.

7) Fotos
As fotos são utilizadas para acompanhamento de Releases e serão disponibilizadas na Internet e produção de
publicações institucionais.

a) Toda divulgação através de foto, de material apreendido em uma ação policial militar, deve utilizar como fundo
tão-somente o banner institucional padrão ou o display de mesa, de forma a dar notoriedade à instituição, conforme ANEXO “A”.
b) Observar os procedimentos para a confecção de Release pela Brigada Militar e orientações quanto ao uso de fotos,
conforme ANEXO“B”.

8) Vídeo Institucional
O material audiovisual produzido a partir da utilização de recursos tecnológicos e digitais, por iniciativa da
MIQUELI SOARES
Comunicação Social da Brigada Militar, com o objetivo específico de dar conhecimento à sociedade de atividades de interesse da
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Corporação.
a) O vídeo institucional existe somente um para toda a Corporação, tendo em vista que a instituição é única. Os
demais vídeos produzidos pelas Unidades deverão possuir outras nomenclaturas, tais como “Vídeo do XXº BPM”, “Vídeo em
homenagem aos 50 anos do XXº BPM”, entre outros.
b) Todo vídeo produzido pelas unidades deve ser precedido de autorização expressa do respectivo Comando
Regional, COE, CABM, CRBM, com base no projeto apresentado pelo setor responsável pela produção do vídeo.
c) O Comando Regional, COE, CABM, CRBM deverá interagir com o EMBM, no sentido de esgotar todos os ajustes
que se fizerem necessários a fim de se atingir o fortalecimento da imagem institucional.

9) Símbolos e materiais de divulgação da imagem institucional


O material produzido com o objetivo específico de difundir a imagem institucional à sociedade, de atividades de
interesse da Corporação, a partir da utilização de recursos materiais, tecnológicos e digitais, por iniciativa dos OPM, utilizando para
tal o logotipo ou o brasão da BM, bonecos institucionais, folders e cartazes de divulgação, entre outros recursos que levem a público
a imagem corporativa.
a) Todo material institucional deverá ser encaminhado ao Comando Regional, COE, CABM, CRBM, para avaliação,
e com cópia ao EMBM/PM5.
b) É expressamente proibida a criação e divulgação de símbolos institucionais não-oficiais.
c) São considerados institucionais (oficiais) os materiais/símbolos constantes no Decreto Estadual 54.256, que
instituiu a Identidade Visual da Brigada Militar do Estado, bem como aqueles que sofrerem o processo de análise e autorização
(certificação) pelo Comando da Corporação.

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4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Fica VEDADA a criação, manutenção e existência de sites paralelos ao Site oficial da Brigada Militar, devendo as páginas
já existentes ser removidas ou excluídas e seus usuários orientados e direcionados ao Site da BM.
b. São VEDADAS quaisquer publicações e compartilhamentos nos espaços institucionais da Comunicação Social da BM,
dos Comandos Regionais e grandes Comandos de notícias que foram publicadas em veículos de comunicação.
c. O acompanhamento da mídia em operações previamente agendadas deverá ser precedido de autorização do Comando
Regional, COE, CABM, CRBM respectivo.
d. Está VEDADO o transporte de profissionais da imprensa em viaturas policiais quando no acompanhamento de
ocorrências/ações policiais.
e. A mídia, em geral, deve ser encarada como instrumento formador de opinião pública. Em hipótese alguma pode a mídia
interferir em ação policial militar, cujo procedimento específico é peculiar apenas da atividade policial.
f. Em situações extraordinárias, o comandante da Operação deverá atentar para a presença da imprensa no local conflagrado,
adotando todas as medidas necessárias de segurança, de modo a evitar riscos a estes sem haver o cerceamento do direito de cobertura.
g. O estabelecimento de perímetros em ocorrências de vulto seguirá as normas específicas da Corporação, devendo o oficial
comandante/responsável pela ação eleger um oficial de ligação para contatar com a imprensa, visando o fornecimento de dados do
evento e o perfeito trabalho informativo dos órgãos midiáticos presentes no local.
h. É vedada a ação de jornalistas junto às partes envolvidas em ocorrência policial, que se caracterizem em procedimentos ou
comentários que exponham a privacidade dos envolvidos no fato, enquanto estes estiverem sob a custódia de policiais militares. O
MIQUELI SOARES
descumprimento de tais orientações poderá ocasionar o acionamento do Estado e da Instituição, bem como do servidor responsável
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pela custódia, no âmbito do direito civil.
i. Por se tratar de assunto ligado à imagem da Instituição, o Comando-geral definirá estratégias para a escolha de nomes para
as operações policiais, devendo sempre existir um significado justificável dentro das deliberações, a fim de evitar desgastes
institucionais.
j. A manipulação de assunto polêmico ou de complexidade superior à mera narrativa de fatos deve ser encaminhada via canal
de comando, a fim de adotar as medidas informativas pertinentes ou redirecionar o profissional de imprensa para o canal competente.
k. Os Comandantes, Chefes e Diretores deverão buscar o fortalecimento da imagem da Corporação, estabelecendo medidas
de aproximação/relacionamento com os veículos de comunicação de sua respectiva área de responsabilidade territorial.
l. Os Comandantes, Chefes, Diretores, Corregedor-geral e Ajudante-geral fiscalizarão os procedimentos contrários à presente
NI praticados por Policial Militar subordinado, devendo adotar as medidas de apuração e responsabilização cabíveis, segundo
legislação da Corporação.
m. Os Comandos Regionais, COE, CABM, CRBM deverão planejar o estabelecimento de medidas de implantação de setores
de Comunicação Social/PM5 em seus Comandos, com uma estrutura logística e de pessoal que permita atender as demandas da área
de comunicação social conforme prescreve a Diretriz Geral de Comunicação Social, as quais têm por escopo principal o
fortalecimento da marca “BRIGADA MILITAR”.
n. A presente NI revoga a NI ADM Nº 18.2 e NI TEC 09.

ANEXOS (ver na INTRANET)

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ANEXO A – BANNER INSTITUCIONAL PADRÃO E DISPLAY DE MESA


ANEXO B – PROCEDIMENTOS PARA CONFECÇÃO DE RELEASE
ANEXO C – REDES SOCIAIS

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NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


Diretriz Geral de Correição nº 038/2022

Diretriz Geral de Correição nº 038/2022

1. FINALIDADE

Estabelecer conceitos gerais relativos à Atividade Correcional e de Polícia Judiciária Militar, bem como, elaboração de Processos
Administrativos Disciplinares e de procedimentos investigatórios juntamente com seus ritos gerais e específicos, visando uma
sistematização e uniformização destes, nos mais diversos escalões das áreas correcionais da Brigada Militar.

2. EXECUÇÃO

a. Base legal:
1. Constituição Federal, de 05 de Outubro de 1988; 2. Constituição Estadual, de 03 de Outubro de 1989; 3. Decreto - Lei n.º 1.001,
de 21 de Outubro de 1969 (Código Penal Militar); 4. Decreto - Lei n.º 1.002, de 21 de Outubro de 1969 (Código de Processo Penal
Militar); 5. Lei Federal nº. 7.356, de 1º de fevereiro de 1980 (Código de Organização Judiciária do ERGS); 6. Lei Complementar
Estadual nº 10.990, de 18 de julho de 1997 (Estatuto MIQUELI
dos MilitaresSOARES
Estaduais). 7. Lei Estadual nº 10.991, de 18 de Agosto de 1997
miqueli.xs@gmail.com
(Dispõe sobre a Organização Básica da Brigada); 8. Militar do Estado e dá outras providências. 9. Lei nº. 5.836, de 05 de dezembro
de 1972 (Dispõe sobre Conselho de Justificação); 10. Decreto-Lei nº 667, de 02 de julho de 1969. (Reorganiza as Polícias Militares
e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, e dá outras providências). 11. Decreto Federal
nº 71.500/72 (Dispõe sobre Conselho de Disciplina); 12. Decreto nº 43.245, de 19 de julho de 2004 (RDBM);

b. Desenvolvimento:

A presente Diretriz Geral de Correição traz em seu bojo nova normatização correcional interna, ficando revogadas as abaixo
relacionadas, a contar da publicação desta:
Portaria Nº 063/EMBM/99; Portaria nº 004/Cor-G/2015; Portaria nº 005/Cor-G/2017; Portaria nº 006/Cor-G/2017; Portaria Nº
007/COR-G/2017;
c. Conceitos básicos:

1) Atividade correcional e de Polícia Judiciária Militar são todas as atividades que objetivam:
I - instaurar, instruir, acompanhar, controlar, fiscalizar os processos disciplinares, procedimentos de PJM e demais procedimentos
investigatórios (IPM, Sindicâncias, IPS, Auditorias) no âmbito da Corporação;
II - sanear e preparar os atos de competência disciplinar e de PJM de autoridade policial militar;
III - promover e conduzir a investigação criminal e disciplinar militar;
IV - expedir orientações sobre a aplicação da legislação, jurisprudência e doutrina relativas à apuração das infrações penais e
disciplinares e outras matérias atinentes ao tema;

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V - requisitar o comparecimento de Militares Estaduais para serem interrogados, prestarem depoimentos ou informações, bem como
civis na qualidade de vítimas ou testemunhas;
VI - receber notícias de irregularidades supostamente perpetradas por militares estaduais;
VII – adotar toda e qualquer medida legal que tenha como fulcro a manutenção e preservação da hierarquia e da disciplina militares
na Corporação;
VIII – cumprir as determinações das autoridades judiciárias no âmbito da sua jurisdição, conforme disposições da Lei Estadual nº
7.356, de 1º de fevereiro de 1980;

2) Sindicância Policial Militar (SIND) - A sindicância é o procedimento formal (físico ou eletrônico) que tem por objetivo a apuração
de fato que nos termos legais configure, em tese, transgressão disciplinar militar e sua autoria, tendo o caráter de instrução provisória,
cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos necessários à instauração de Processo Administrativo Disciplinar Militar
(PADM);

3) Afastamento e/ou Agregação - ocorre quando o Militar Estadual cuja atuação no serviço revelar-se incompatível com o cargo ou
que demonstrar incapacidade para o exercício das funções policiais-militares a ele inerentes será do mesmo imediatamente afastado,
sem prejuízo dos respectivos vencimentos e vantagens, salvo após decisão final do processo a que for submetido, desde que venha
a ser condenado. Ficará privado do exercício de qualquer função policial-militar, até a solução final do processo ou adoção das
providências legais que couberem ao caso; MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

4) Auto de Prisão em Flagrante de Delito Militar (APFDM) - o termo flagrante provém do latim flagrare, que significa queimar,
arder, que está crepitando. É o crime que ainda queima, isto é, que está sendo cometido ou acabou de sêlo. Desta forma, em sentido
figurado, o que está a queimar, crepitar, é o que está acontecendo no ato, no momento, evidente, notório, manifesto. Prisão em
flagrante delito é, assim, a prisão daquele que é surpreendido no instante mesmo da consumação da infração penal;

5) Inquérito Policial Militar (IPM) - é um procedimento administrativo que se destina à apuração sumária de fatos que possam
configurar crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de ministrar elementos
necessários à propositura da ação penal;

6) Processo Administrativo Disciplinar Militar (PADM) - é um processo orientado pelos princípios da instrumentalidade,
simplicidade, informalidade, economia procedimental e celeridade, buscando sempre a verdade real sobre o fato apreciado. Nos
casos em que são imputadas ao Militar Estadual ações ou omissões tidas como transgressões da disciplina policial-militar, estas
serão devidamente apuradas na forma do contido no Anexo I do RDBM, propiciando-se ao imputado o devido processo
administrativo para a sua ampla defesa e contraditório;

7) Conselho de Justificação (CJ) - é destinado a julgar, através de processo especial, da incapacidade do oficial da Brigada Militar
para permanecer na ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se justificar;

8) Conselho de Disciplina (CD) - é destinado a julgar da incapacidade das praças da Brigada Militar com estabilidade assegurada,
para permanecerem na ativa, criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se defenderem;
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9) Processo de Deserção (PD) - será lavrado quando o Militar Estadual ausentar-se, sem licença, da unidade em que serve, ou do
lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias;

10) Investigação Preliminar Sumária (IPS) – é o instrumento adotado pela Brigada Militar em decorrência da nova Lei de Abuso de
Autoridade, de 05 de setembro de 2019, a qual no seu artigo 27 tornou crime à instauração de procedimento investigatório, de
infração penal ou administrativa, quando à falta de qualquer indício. Portanto, o IPS é o instrumento utilizado para, de forma
sumaríssima, buscar indícios de materialidade e/ou de autoria que justifiquem a instauração de procedimento investigatório, como
IPM e SIND.

11) Citação - é o chamamento do acusado ao processo, ou do réu a juízo, dando-lhe ciência do ajuizamento da ação, processo,
imputando-lhe a prática de uma infração penal ou administrativa, bem como lhe oferecendo a oportunidade de se defender
pessoalmente e através de defesa técnica.

Art. 16-A. Nos casos em que servidores das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares figurarem como investigados em
inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da
força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas nos arts. 42 a 47
MIQUELI
do Decreto-Lei nº 1.001, de 21 de outubro de 1969 (Código SOARES
Penal Militar), o indiciado poderá constituir defensor. (Incluído pela
miqueli.xs@gmail.com
Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório,
podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.

12) Intimação - é a ciência dada à parte, no processo, da prática de um ato, despacho, decisão ou sentença. Refere-se a um ato já
passado, já praticado. Portanto, comunicam-se atos ao acusado, às testemunhas, aos informantes, ao defensor, ao perito, etc; 13)
Notificação - é a comunicação à parte ou outra pessoa, do dia, lugar e hora de um ato a que deva comparecer ou praticar. Está no
futuro;

14) Oitivas - a legislação processual penal militar enfatiza que o investigado é interrogado, a vítima ou o ofendido presta declaração
e a testemunha presta depoimento.

15) Boletim Geral (BG) e Boletim Interno (BI) - é instrumento por meio do qual se dá publicidade aos atos e fatos da vida profissional
e operacional dos integrantes da Brigada Militar, de modo que esta publicação, para os membros da corporação, revela-se como um
sistema próprio de publicação de seus atos administrativos de interesse da Corporação. Em sua 4º parte, constam os assuntos de
justiça e disciplina com recompensas, elogios, punições e exclusões.

16) Boletim Disciplinar (BD) - visam dar publicidade a assuntos de justiça e disciplina envolvendo Oficiais, sendo visto somente
por esses, respeitado o círculo a que pertencem, com o escopo de não afetar a segurança interna, bem como a hierarquia e disciplina;

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17) Recurso Disciplinar - é direito de todo o Militar Estadual, que se considerar prejudicado, ofendido ou injustiçado por ato de
superior hierárquico na esfera disciplinar, interpor o recurso previsto na legislação. O recurso disciplinar deve ser redigido de forma
respeitosa, sem comentários ou insinuações, tratando do caso específico, cingindo-se aos fatos que o motivaram, fundamentando-
se em argumentos, provas ou documentos comprobatórios e elucidativos;

18) Comportamento das praças - espelha o seu procedimento civil e policialmilitar sob o ponto de vista disciplinar;

19) Cancelamento e Anulação de Punições - O primeiro trata-se do cancelamento de sanção disciplinar, consiste na retirada dos
registros realizados nos assentamentos do Militar Estadual. O segundo refere-se à anulação de punição, consiste em tomar sem efeito
sua aplicação.

20) Sistema de Gerenciamento Correcional (SGC) - é um software de tecnologia da informação desenvolvido pela Brigada Militar,
baseado na linguagem de software livre, destinado ao uso institucional com vistas à padronização, virtualização, gestão e controle
dos processos e procedimentos de cunho disciplinar e de polícia judiciária militar;

21) Relatórios Correcionais - são informações que tem por escopo, oportunizar ao Comando-Geral conhecer a situação disciplinar
da tropa, quer de forma localizada, ou geral. Quando ocorrer situação que mereça, por vulto, incidência, intensidade ou outro
indicativo que evidencie fugir a normalidade, deverá MIQUELI SOARES
tal fato ser objeto de relatório, onde deverá ser buscado evidenciar as razões
miqueli.xs@gmail.com
do ocorrido;

d. Portarias – Manuais:

As normatizações de cunho correcional passam a ser reguladas por meio de Portarias editadas pelo Comandante-Geral ou a quem
lhe for delegada, atinentes a temas específicos, ou que aprovam normas contidas em Manuais de processos e procedimentos. Os
manuais têm por objetivo a padronização e planejamento dos atos procedimentais, garantindo a legalidade e eficácia dos atos da
administração policial militar, sendo esse de aplicação interna usual e obrigatória aos integrantes da Brigada Militar.

e. Resolução Correcional:

São normas com força de Portaria, editadas pelo Comandante-Geral ou a quem lhe for delegada, em situações de relevância e/ou
urgência, tais como, mudanças legislativas, consultas reiteradas sobre o assunto, etc. Destaca-se que as Resoluções Correcionais, ao
final de cada ano, quando se procederá as atualizações das Portarias, passarão a integrar o conteúdo da que tenha correspondência
de assunto, instante no qual a Resolução Correcional deixará de ser provisória e assumirá nova vestimenta, a de Portaria.

f. Considerações gerais:

1) A Constituição Estadual, em seu art. 129, designa como missões constitucionais da Brigada Militar a realização da polícia
ostensiva, a preservação da ordem pública e, em especial, a polícia judiciária militar;

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2) As atribuições de polícia judiciária militar, exercidas para a apuração de fatos ou indícios que, em tese, configurem crime militar,
devem ser desenvolvidas pelas autoridades previstas no art. 7º do CPPM, bem como, as definidas na presente diretriz.
3) O correto desempenho do exercício da polícia judiciária militar pelas autoridades competentes está diretamente relacionado à
preservação da ordem administrativa militar e aos valores que permeiam a vida castrense;
4) A constatação de crime militar impõe às autoridades responsáveis pela sua apuração a adoção das seguintes medidas:
a. Prisão em flagrante do(s) autor(es), quando presentes as caracterizadoras do art. 244 do CPPM;
b. Adoção das medidas preliminares ao IPM, na conformidade do que estabelece o art. 12 do CPPM;
c. Instauração de IPM, se não incidente a hipótese do art. 28, alínea “a”, do CPPM.
d. A adoção das medidas preliminares ao IPM, previstas no art. 12 do CPPM, configuram dever indeclinável das autoridades
elencadas no § 2º do art. 10 do mesmo estatuto processual, e deverão ser executadas na forma prevista na presente diretriz, bem
como nas Portarias e Normas Correcionais Provisórias editadas pela Corregedoria-Geral.

5) As autoridades de polícia judiciária militar deverão adotar, com base no art. 12 do CPPM, os seguintes padrões de
medidas preliminares ao IPM, assim como o que vier a ser estabelecido por meio de Portarias e Normas Correcionais
Provisórias editadas pela Corregedoria-Geral.

1 - Dirigir-se ao local, providenciando no seu completo isolamento, a fim de que não se alterem o estado e a situação das coisas, até
MIQUELI
a chegada do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Ademais, SOARES
objetivando elucidar o evento, deve ser observado o que adiante segue:
miqueli.xs@gmail.com
a) Descrição objetiva - sem opiniões ou conclusões subjetivas – do local dos fatos (muitas vezes a vítima morre num local mas
foi atingida em outro: importante verificar toda a extensão do local e isolá-lo);
b) Evitar transitar no local de crime;
c) Verificar se a vítima está, ou não, com sinais vitais “possui vida”. Caso não esteja, não mexer no cadáver (sequer para buscar
sua identificação);
d) Quando da chegada ao local, muitas vezes ermo, se há veículos em movimentos. Anotar aqueles que eventualmente saiam
neste momento ou cruzam com a viatura: marca, placas, cor, etc.;
e) Consignar o clima do dia / noite no local dos fatos: chuva, vento, sol, etc.;
f) Observar, anotar e preservar objetos próximos ao corpo da vítima;
g) Testemunhas: nome / endereço. Informar se havia mais pessoas no local. Referir se pessoas não quiseram se identificar por
medo de se expor; h) Descrição do local dos fatos e seu perímetro (ao redor: se há bar, apartamento, campo, terreno baldio, etc.);
i) Luminosidade: pouca luz, lua, escuro, etc.;
j) Condições do solo: ex. estrada de terra, vestígios de pneus de moto, carro, pegadas, etc.;
k) Posição da vítima: local, vestimentas, sangue;
l) Eventual informação se local foi desfeito;
m) Apreender os instrumentos e objetos que tiverem relação com o fato, após liberação dos peritos, lavrando o termo de
apreensão respectivo e descrevendo-os minuciosamente;
n) Sendo caso de flagrante, efetuar a prisão do infrator, com exceção das situações abarcadas pelas excludentes de ilicitude
previstas na legislação penal militar;
o) Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias, inquirindo testemunhas e envolvidos;

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p) Solicitar o comparecimento do IGP, consubstanciada nas atribuições de polícia judiciária militar exercidas naquele momento
(art. 12 c/c art. 321, ambos do CPPM).

6) Sistema de Correição e o canal técnico de correição no âmbito da Brigada Militar:

a. O Sistema de Correição e o Canal Técnico de Correição no âmbito da Brigada Militar, os quais integram as ações de planejamento,
padronização e execução das atividades de correição (esfera disciplinar militar) e de Polícia Judiciária Militar (PJM), cuja finalidade
é assegurar a correta aplicação da lei, padronizar os procedimentos de PJM e de processos disciplinares e procedimentos
administrativos, realizar correições, fiscalizações e garantir a observação e preservação dos princípios da hierarquia e disciplina na
Corporação;
b. O Sistema de Correição tem como fundamentos o permanente acompanhamento do público interno, visando prevenir e reprimir
a prática de atos lesivos aos princípios da legalidade e moralidade administrativas, crimes em geral e violações da disciplina e
hierarquia militares, bem como produzir o suporte probatório necessário à instauração dos respectivos processos e/ou procedimentos
administrativos adequados a cada caso concreto;
c. O Canal Técnico de Correição, sob coordenação da Corregedoria-Geral da Brigada Militar, tem como missão coordenar os
esforços institucionais nas esferas disciplinar militar e de PJM, difundir orientações, determinar providências, controlar, requisitar,
reunir, processar e difundir informações relacionadas à atividade correcional e de PJM;
d. Havendo especial interesse à atividade correcional eMIQUELI SOARES
de PJM, o Inquérito Técnico, em que pese ser procedimento especial regulado
miqueli.xs@gmail.com
pelo Departamento de Logística e Patrimônio, poderá ser requisitado pelos órgãos que compõem o Sistema de Correição;
e. Para fins de interpretação sistemática e efetivação desta Portaria e das demais regulamentações atinentes à atividade correcional
e de PJM no âmbito da BM, ficam denominadas “Seção de Correição” as Subseções de Correição do Comando de Policiamento da
Capital, do Comando de Policiamento Metropolitano, dos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva, do Comando de Operações
Especiais, do Comando Ambiental da BM, Comando Rodoviário da BM e Comando de Choque. Da mesma forma, assumem o
designativo “Seção de Justiça e Disciplina” as Subseções de Justiça e Disciplina dos OPM subordinados aos Comandos relacionados
no caput deste artigo;
f. Compõem o Sistema de Correição, implantado por meio do Canal Técnico de Correição, de forma técnica e colaborativa,
os seguintes órgãos:
I. Corregedoria-Geral;
II. Seção de Correição do Comando de Policiamento da Capital, do Comando de Policiamento Metropolitano, dos Comandos
Regionais de Polícia Ostensiva, do Comando dos Órgãos Especiais, do Comando Ambiental da Brigada Militar, Comando
Rodoviário da Brigada Militar e Comando de Choque;
III. Seção de Justiça e Disciplina dos OPM;
g. A Corregedoria-Geral é órgão central responsável pelo Sistema de Correição e de coordenação superior do Canal Técnico de
Correição, a qual compete a coordenação da atividade de correição e de PJM no âmbito da Brigada Militar e com atuação em todo
o Estado do Rio Grande do Sul;
h. As Seções de Correição compõem o Sistema de Correição e o Canal Técnico de Correição, e ficam responsáveis pela coordenação
da atividade de correição e de PJM no âmbito da sua competência disciplinar e na área de sua circunscrição, bem como pelo
fortalecimento do Sistema de Correição;

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i. As Seções de Justiça e Disciplina compõem o Sistema de Correição e o canal técnico de correição com vinculação técnica à Seção
de Correição do respectivo Comando ao qual são subordinadas, e ficam responsáveis pela coordenação da atividade de correição e
de PJM no âmbito da sua competência disciplinar e na área de sua circunscrição, bem como pelo fortalecimento do Sistema de
Correição;
j. Os órgãos de nível gerencial institucional e departamental de apoio, assim definidos pelo art. 4º e 5º do RIBM, além de seus órgãos
subordinados, deverão integrar o Canal Técnico de Correição de forma colaborativa, mantendo efetivo devidamente designado,
orientado, qualificado e apto a cumprir as demandas do canal técnico, a fim de qualificar o fluxo de informações do canal técnico e
solidificar o Sistema de Correição;
k. Ouvido o Corregedor-Geral, os OPM que possam produzir conhecimentos específicos e fortalecer as atividades de correição e de
PJM poderão compor formalmente o Canal Técnico de Correição;
l. À Corregedoria-Geral compete, dentre outras atribuições:
I. Realizar visitas, correições, inspeções e fiscalizações em todos os órgãos da Corporação;
II. Prestar auxílio técnico especializado aos Comandos, procedendo diligências e exarando informações e pareceres, de ofício,
ou quando motivadamente solicitado;
III. Acompanhar procedimentos investigatórios de interesse institucional a que tenham sido submetidos militares estaduais em
repartições policiais, OPM e outras;
IV. Adotar, de ofício, ou, quando motivadamente provocada, qualquer outra providência necessária ao fiel desempenho da
atividade de correição e de PJM; MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
m. Quando oportuno e conveniente à Administração Policial Militar o Corregedor-Geral proporá, motivadamente, ao Comandante-
Geral a substituição ou afastamento das funções de efetivo das Seções de Correição ou de Justiça e Disciplina que desempenhar
suas atribuições em desacordo com a legislação em vigor e as diretrizes e orientações estabelecidas pelo Canal Técnico de Correição,
sem prejuízo de qualquer responsabilização administrativa, disciplinar e criminal;
n. À Seção de Correição compete, dentre outras atribuições:
I. Realizar visitas, inspeções e fiscalizações nas Seções de Justiça e Disciplina dos OPM subordinados;
II. Prover apoio aos OPM subordinados, quando solicitado, prestando auxílio técnico especializado, procedendo diligências,
exarando informações, pareceres e, se necessário, consultando o canal técnico superior;
III. Acompanhar e/ou proceder às atividades de PJM de maior complexidade em sua área de circunscrição, quando solicitado
pela autoridade de PJM de OPM subordinada com circunscrição no local onde tenha ocorrido o fato;
IV. Adotar, de ofício, ou, quando provocada, qualquer outra providência necessária ao fiel desempenho da atividade de correição
e de PJM na esfera de sua competência disciplinar e na área de sua circunscrição;
V. Manter permanente acompanhamento do público interno quanto às questões disciplinares e judiciais;
VI. Acompanhar, controlar e fiscalizar os autos dos processos administrativos disciplinares e procedimentos de cunho
investigatório no âmbito das OPM subordinadas;
VII. Cientificar os Militares Estaduais requisitados pelo Poder Judiciário;
VIII. Cumprir diligências requisitadas pelo Comando-Geral, pelo Canal Técnico de Correição, pelo Poder Judiciário e pelo
Ministério Público;
IX. Expedir orientações às Seções de Justiça e Disciplina sobre as atividades de correição e de PJM, conforme interpretação e
regulamentação estabelecidas pelo canal técnico de correição;
X. Proceder à investigação criminal militar, nos termos da normatização vigente;
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XI. Adotar, de imediato, os desdobramentos quando da prisão e/ou cerceamento de liberdade de militar estadual sob sua
competência disciplinar, conforme normas aplicáveis à espécie;
XII. Informar à Corregedoria-Geral sobre toda prisão e/ou cerceamento de liberdade de militar estadual sob sua competência
disciplinar, destacando as medidas já adotadas;
XIII. Outras atividades por delegação de competência do ComandanteGeral e/ou do Corregedor-Geral;

o. Para comporem o Sistema de Correição deverão ser selecionados, preferencialmente, Militares Estaduais com Curso de Polícia
Judiciária Militar (ou equivalente) e/ou diplomados em curso de nível superior, os quais passarão, obrigatoriamente, por avaliação
e aprovação do Corregedor-Geral;
p. O Chefe da Seção de Correição deverá manter o efetivo devidamente qualificado, treinado e atualizado no que diz respeito às
normas aplicáveis à atividade de correição e de PJM;
q. As Seções de Justiça e Disciplina são órgãos colaborativos de apoio e execução dentro do Sistema de Correição, de forma que,
quando necessária consulta e/ou apoio do órgão central de correição, deverão canalizar a necessidade junto ao Comando ao qual
está subordinada que, por sua vez, não sendo dirimida a questão no âmbito regional, encaminhará à demanda ao órgão central;
r. A fim de não ocasionar solução de continuidade no Canal Técnico de Correição da Instituição, as autoridades com chefia sobre
os órgãos do art. 3º, II e III deverão comunicar à Corregedoria-Geral toda a substituição de Chefia de Seção de Correição e/ou Seção
de Justiça e Disciplina realizada no âmbito de sua circunscrição, indicando o respectivo Oficial QOEM substituto;
MIQUELI
s. Todos os órgãos e OPM deverão considerar, em seus SOARES
planejamentos, as ações que concorram para o fortalecimento do Sistema
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de Correição da Brigada Militar;
t. Em apoio aos respectivos Comandantes, Diretores e Chefes, o Comando-Geral, através do Sistema de Correição, orientará e
padronizará as ações adequadas às circunstâncias específicas de cada conjunto de fatos, avocando, quando necessário, a apuração
das infrações de maior gravidade, mais complexas ou institucionalmente mais relevantes.

7) Inspeções de correição pela Corregedoria-Geral e a fiscalização das atividades de correição no âmbito da Brigada Militar:

a. A Corregedoria-Geral da Brigada Militar (BM), sem prejuízo das competências atribuídas pela legislação aplicável à espécie,
exercerá as funções de orientar, fiscalizar e avaliar as atividades de correição e de Polícia Judiciária Militar (PJM) dos Órgãos
Policiais Militares (OPM) e Militares Estaduais (ME) da BM, mediante:
I.fiscalização permanente via Sistema de Gerenciamento Correcional;
II.visita de inspeção e correição;
III.correição extraordinária.
b. O Comando de Policiamento da Capital, Comando de Policiamento Metropolitano, Comandos Regionais de Polícia Ostensiva,
Comando de Operações Especiais, Comando Ambiental da BM, Comando Rodoviário da BM, Comando de Choque e os OPM
subordinados estarão sujeitos às inspeções, conforme permissivo do art. 14, parágrafo único, da Lei Complementar n. 10.991, de 18
de agosto de 1997 e art. 39 do Regimento Interno da BM;
c. A Corregedoria-Geral realizará fiscalização permanente por meio do Sistema de Gerenciamento Correcional, dentre outros meios,
do controle quantitativo e qualitativo das decisões administrativo-disciplinares, equacionando as dúvidas de interpretação da
legislação, doutrina e jurisprudência, além de normatizar o exercício da PJM na Corporação, regular, controlar, acompanhar,

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Dia 10

remeter, uniformizar procedimentos, providenciar e requisitar, junto a qualquer autoridade, certidões, diligências, exames, pareceres
técnicos e informações indispensáveis ao bom desempenho da atividade de correição no âmbito da BM;
d. As visitas de inspeção e correição têm por finalidade a verificação da organização administrativa da Seção de Correição para
aferição do acúmulo de serviço, das condições de trabalho, da regularidade do serviço, da eficiência e da pontualidade do Chefe da
Seção no exercício de suas funções, o cumprimento das obrigações legais e das determinações do ComandoGeral e da Corregedoria-
Geral, os processos em tramitação em sua área de atribuição e sua contribuição para a consecução dos objetivos estratégicos
definidos pela Instituição, a qualidade da redação, adequação técnica, sistematização lógica, nível de persuasão e conteúdo jurídico
das manifestações dos Oficiais que tenham atuado nos feitos examinados;
e. As visitas de inspeções e correições serão realizadas pelo Corregedor-Geral ou pelo Subcorregedor-Geral, ou, ainda, por delegação
destes, pelos Oficiais do Quadro de Estado Maior lotados na Corregedoria-Geral. Das visitas de inspeção e correição será
confeccionado relatório, o qual será entregue cópia ao comandante do OPM inspecionado, contendo a síntese das boas práticas
observadas, as eventuais irregularidades constatadas, bem como as conclusões e medidas necessárias a prevenir erros, corrigir
problemas e aprimorar o serviço desenvolvido pelo respectivo órgão;
f. Com fundamento nas observações feitas na inspeção e correição, a Corregedoria-Geral poderá sugerir ao Comando-Geral a edição
de instrução aos Oficiais QOEM e Comandantes de OPM;
g. O Oficial QOEM que estiver respondendo pela Chefia da Seção de Correição ou SJD inspecionado providenciará local adequado
para a realização dos trabalhos de inspeção e correição;
MIQUELI pelo
h. A Correição Extraordinária será realizada pessoalmente SOARES
Corregedor-Geral ou pelo Subcorregedor-Geral, que a
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presidirá, sendo determinada de ofício ou por determinação do Comandante-Geral, para a imediata apuração de:
I. excessos, erros ou omissões que incompatibilizem o Militar Estadual da correição para o exercício do cargo ou da função;
II. atos que comprometam o prestígio ou a dignidade da Instituição;
III. descumprimento do dever funcional ou procedimento incorreto.
i. A Correição Extraordinária será comunicada às autoridades elencadas no parágrafo único do art. 1º, com coordenação/comando
sobre a Seção de Correição e/ou Justiça e Disciplina objeto de correição, com antecedência mínima de vinte e quatro horas, podendo
ser efetuada por meio de mensagem eletrônica, indicando o dia e horário da instalação dos trabalhos, exceto se a referida autoridade
é objeto da Correição Extraordinária. Aplicam-se à Correição Extraordinária, no que couber, o disposto às visitas de inspeção e
correição;
j. Nos casos de Correição Extraordinária, o relatório circunstanciado terá caráter reservado e será levado a conhecimento do
Comando-Geral, com as devidas sugestões e recomendações;
k. Verificada a violação do dever funcional pelo Comando objeto da Correição Extraordinária, o Corregedor-Geral poderá adotar
as medidas administrativas necessárias à instauração do adequado procedimento investigatório ou processo administrativo
disciplinar;
l. As visitas de inspeção e correição serão realizadas a cada 12 meses, pelo menos; e as Correições Extraordinárias serão realizadas
sempre que necessário.
8) Remessa à Justiça Militar Estadual (JME) das listas contendo os Oficiais do Quadro de Oficiais do Estado Maior (QOEM)
aptos a comporem os Conselhos de Justiça (CJ), nos termos do art. 249 da Lei Estadual nº 7.356, de 1º de fevereiro de 1980
- Código de Organização do Judiciário Estadual (COJE).
a. Fica atribuída ao Corregedor-Geral a responsabilidade pela organização e remessa das listas contendo os Oficiais do QOEM aptos
a comporem os CJ da JME, as quais deverão ser remetidas às auditorias até o dia 05 do último mês do trimestre. As alterações
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Dia 10

deverão ser comunicadas, de imediato, à Corregedoria-Geral, inclusive as pendentes de publicação em Boletim de Movimentação
de Oficiais ou Diário Oficial do Estado.
b. As alterações funcionais, que tornem os Oficiais inaptos para comporem os CJ, ou que modifiquem a jurisdição para a qual
possam ser sorteados, deverão ser comunicadas à JME até o último dia útil do primeiro e do terceiro mês do trimestre;
c. Cabe ao Diretor do Departamento Administrativo a remessa ao Corregedor-Geral, até o último dia útil antes do término do
segundo mês do trimestre, da listagem dos Oficiais do QOEM, com a sua situação funcional atualizada, incluindo OPM em que
serve ou órgão para o qual está cedido, bem como os que estão agregados ao Quadro Organizacional;
d. Não serão incluídos nas relações a serem remetidas à JME:
I. O Comandante-Geral, o Subcomandante-Geral, o Chefe do Estado Maior e o Corregedor-Geral;
II. Os Oficiais do Gabinete do Comandante-Geral, da Secretaria Executiva do Chefe do Estado Maior, da Corregedoria-Geral,
da Seção de Inteligência do Estado Maior, os Oficiais do BOPE e os cedidos a outros órgãos (que estejam agregados);
III. Os oficiais que estejam com afastamento total do serviço por mais de 30 dias, a contar da data de remessa da lista para as
auditorias;
IV. Os oficiais que estiverem presos, respondendo a inquérito ou a processo criminal.
e. Eventuais afastamentos regulamentares ou impedimentos, que não tenham sido comunicados à Corregedoria-Geral até a data de
remessa das listas às auditorias, deverão ser informados a esta pelo Oficial sorteado para os Conselhos Permanentes de Justiça ou
convocado para os Conselhos Especiais de Justiça e também ao Juiz que o sorteou ou convocou;
MIQUELI
f. Eventuais afastamentos ou impedimentos verificados SOARES
após a instalação dos CJ deverão ser comunicados ao juízo competente pelo
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oficial nomeado.

9) Instauração de Conselho de Disciplina no âmbito da Brigada Militar e dá outras providências.


a. O Comando de Policiamento da Capital, Comando de Policiamento Metropolitano, Comandos Regionais de Polícia Ostensiva,
Comando de Operações Especiais, Comando Ambiental da Brigada Militar (BM), Comando Rodoviário e Comando de Choque
ficam responsáveis, exclusivamente, ressalvadas as competências do Comando-Geral, pela instauração, nomeação, instrução,
controle cartorial e solução de todos os Conselhos de Disciplina (CD) instaurados no âmbito da sua competência disciplinar e dos
seus órgãos subordinados, ficando suspensa a instauração de CD nas demais unidades operacionais dos Órgãos de Polícia Militar
(OPM). O cumprimento dessa disposição é competência do Chefe da Seção de Correição do Comando responsável pela instauração
do competente CD.
b. Havendo a necessidade de instauração de CD em desfavor de Militar Estadual (ME) subordinado aos órgãos de nível gerencial
institucional e departamental de apoio, assim definidos pelos art. 4º e 5º do RIBM, estes deverão encaminhar pedido de instauração
à Corregedoria-Geral, acompanhado de todos os documentos de origem, a fim de que sejam submetidos à análise e, se for o caso,
instaurado o CD por portaria do Comandante-Geral.
c. As Seções de Correição dos Comandos mencionados no art. 1º deverão manter rigoroso controle sob a tramitação dos CD sob
sua administração, de forma a dirimir eventuais dúvidas por parte dos membros dos colegiados nomeados e/ou decidir sobre os
procedimentos a serem adotados.
d. Os membros nomeados para comporem os colegiados dos CD não poderão estar com afastamentos funcionais já planejados pela
administração policial militar (férias, licenças especiais, etc.) nos primeiros 60 dias, contados a partir da Portaria de Instauração, a
fim de proporcionar a necessária celeridade processual.

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e. A nomeação dos membros dos colegiados deverá observar e respeitar os impedimentos previstos no Decreto nº 71.500/72 e
demais normas aplicáveis à espécie.
f. Os OPM subordinados aos Comandos, vislumbrando a necessidade de instauração de CD, deverão solicitar a devida instauração
e subsidiar os Comandos com todos os elementos e documentos de origem necessários para a instrução da Portaria, de forma a
centralizar e padronizar o controle e tramitação dos processos administrativos disciplinares regidos pelo Decreto nº 71.500/72,
desonerando da carga administrativa os OPM de nível operacional de apoio e de prestação de serviços à comunidade.
]g. Os Oficiais já designados a compor o colegiado deverão conduzir os trabalhos até a sua conclusão, cumulativamente com as
funções que exercem em seus órgãos de origem, permanecendo a solução do feito pela autoridade nomeante.
]h. Os Comandos deverão providenciar o fiel preenchimento das informações junto ao Sistema de Gerenciamento Correcional da
Brigada Militar – SGC, de forma que, quando solucionado, a decisão da autoridade no processo disciplinar seja imediatamente
inserida no sistema, sob pena de responsabilização da chefia com atribuições para tal;
i. Todas as dúvidas atinentes aos CD e no tocante a presente Portaria deverão ser dirimidas junto ao Setor de Conselhos da Seção
de Justiça e Disciplina da Corregedoria-Geral;
j. Os Comandantes, Chefes e Diretores deverão disponibilizar efetivo e os meios necessários à implementação do disposto nesta
Portaria, sendo responsáveis solidários os Oficiais QOEM em função de chefia correcional no âmbito dos OPM.

10) O exercício da polícia judiciária militar no âmbito da Brigada Militar


MIQUELI
a. São autoridades de polícia judiciária militar, de acordo SOARES
com a Lei de Organização Básica da Brigada Militar e para os efeitos do
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art. 7º do Código de Processo Penal Militar:
1. O Comandante-Geral, em todo o território do Estado e fora dele, em relação a todos os órgãos que constituem a estrutura da
Brigada Militar, bem como em relação a servidores militares estaduais que, nesse caráter, estejam no desempenho de missão
oficial, permanente ou transitória, no país ou no exterior;
2. O Subcomandante-Geral, em relação aos órgãos da estrutura da Brigada Militar que lhe são subordinados;
3. O Chefe do Estado-Maior, em relação ao Estado-Maior da Brigada Militar;
4. O Corregedor-Geral, em relação à Corregedoria-Geral, salvo casos de envolvimento de Militares Estaduais com organizações
criminosas, caso em que poderá instaurar IPM em todo âmbito da Brigada Militar;
5. O Ajudante-Geral em relação à Ajudância-Geral;
6. O Chefe de Gabinete, em relação ao Gabinete do Comandante-Geral;
7. Os Diretores, em relação aos respectivos Departamentos;
8. Os Comandantes Regionais, em relação aos respectivos Comandos Regionais e aos OPM de Polícia Ostensiva das respectivas
circunscrições territoriais;
9. Os Comandantes de OPM de Polícia Ostensiva, com autonomia administrativa;
10. Os Comandantes, Diretores e Chefes de OPM de Ensino, de Logística, de Saúde e Especiais.
b. O exercício da competência conferida às autoridades de que trata o item anterior, fica limitado aos OPM cujo Comando seja
titulado por oficial pertencente ao Quadro de Oficiais de Estado-Maior (QOEM), prevalecendo, em relação aos OPM não
enquadrados nessa hipótese, a regra de competência instituída no inciso VIII.
c. Na hipótese de Comandos de OPM de Polícia Ostensiva não titulados por oficial do QOEM, na forma do parágrafo anterior, o
respectivo Comandante deverá, sem prejuízo da adoção das providências imediatas que o caso requeira, de acordo com o que dispõe

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o § 2º do art. 10 do Código de Processo Penal Militar, comunicar o fato, no menor prazo possível, ao respectivo Comandante
Regional, solicitando a adoção das providências cabíveis à situação ocorrida no âmbito de suas atribuições.
d. Nas hipóteses de delegação do exercício da polícia judiciária militar a que aludem os parágrafos 1 e 2º do art. 7 do Código de
Processo Penal Militar, esta deverá recair em oficial pertencente ao Quadro de Oficiais de Estado-Maior (QOEM). Não sendo
possível, no âmbito do órgão, a efetivação da designação, será feita comunicação do fato à autoridade superior competente, para
que esta torne efetiva a delegação.

3. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. A presente diretriz, bem como, as Portarias deverão ser revisados anualmente (no último trimestre de cada ano) por integrantes
da Corregedoria-Geral da Brigada Militar e/ou por indicações de Militares Estaduais feitas pelo Corregedor-Geral ao Comando-
Geral, com o fito de manter sua atualização;
b. Destaca-se aos integrantes da Brigada Militar que a inobservância do contido na presente Diretriz acarretará, inevitavelmente, a
devida apreciação criminal e/ou disciplinar, tanto do Militar Estadual que teve ação contrária ao previsto nessa, como também
daquele que deixou de adotar as medidas necessárias ao seu fiel cumprimento.

MIQUELI SOARES
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NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.18/EMBM/2018

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 1.18/EMBM/2018

1. FINALIDADE
Estabelecer critérios e procedimentos quanto à autorização para afastamento total do serviço.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal;
b. Emenda Constitucional nº 020/98 (Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de transição e dá outras
providências);
c. Decreto-lei nº 5.452/43 (Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT);
d. Lei Federal nº 13.467/17 (Aprovada pelo Decreto Lei nº 5.452/43);
e. Lei Federal nº 8.213/91 (Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências);
f. Lei Federal nº 11.770/08 (Cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-maternidade mediante
concessão de incentivo fiscal, e altera a Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991);
g. Lei Complementar Estadual nº 10.098/94 (Dispõe sobre o Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Civis do Estado
do Rio Grande do Sul); MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
h. Lei Complementar Estadual nº 10.588/95 (Dispõe sobre a aposentadoria dos servidores públicos estaduais);
i. Lei Complementar Estadual nº 10.990/97 (Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar do Estado do
Rio Grande do Sul e dá outras providências);
j. Lei Complementar Estadual nº 10.991/97 (Dispõe sobre a organização básica da Brigada Militar do Estado e dá outras
providências);
k. Lei Complementar Estadual nº 12.134/04 (Dispõe sobre o IPE-Saúde e dá outras providências);
l. Lei Complementar Estadual nº 13.117/09 (Altera os arts. 141, 143 e 144, e revoga o art. 142 da Lei Complementar nº 10.098,
de 03 de fevereiro de 1994, que dispõe sobre o Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio
Grande do Sul e inclui alterações na Lei Complementar nº 10.090, de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre o Estatuto dos
Servidores Militares da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e dá outras providências);
m. Lei Estadual nº 15042/17 (Altera a Lei 9073/90, que dispõe sobre a dispensa de servidores da administração pública direta e
indireta para o exercício de mandato eletivo em confederação federação, sindicato, entidade ou associação de classe);
n. Lei Estadual nº 15.108/18 (Dispõe sobre o Programa Mais Efetivo da Brigada Militar (PME) e dá outras providências);
o. Lei Estadual nº 10.916/97 (Dispõe sobre a gratificação especial de retorno à atividade, prevista na lei nº 10.297, de 16 de
novembro de 1994);
p. Decreto Estadual nº 36.606/96 (Estabelece normas acerca da colocação à disposição de servidores e empregados da
Administração Direta e Indireta, cria o Cadastro Geral de Servidores e Empregados à Disposição – CAGED, e dá outras
providências);
q. Decreto Estadual nº 36.175/95 (Aprova o Regulamento de Movimentação do Servidor Policial Militar da Brigada Militar);

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r. Decreto Estadual nº 40.879/01 (Dispõe sobre o afastamento de servidores da administração direta e indireta do Estado, em
objeto de serviço ou no interesse da administração, sobre a fixação de quotas de diárias destinadas aos deslocamentos, e dá outras
providências);
s. Nota de Instrução da Brigada Militar que regula o ingresso, atribuições e a administração do Programa Mais Efetivo (PME);
t. Ordem de Serviço – SARH – Expediente nº 437-24.00/07-0, de 03/04/2007 (Estabelece procedimentos e prazos no
agendamento de avaliação médico-pericial junto ao Departamento de Perícia Médica e Saúde do Trabalhador – MEST, no âmbito
da administração direta e indireta do Estado do Rio Grande do Sul);
u. Lei complementar nº 15.165/18, altera a LC 10990/97 e a LC 10098/94 no que tange à licença paternidade, licença
maternidade e adotante;
v. Parecer PGE 13.914, de 30 de março de 2004.

3. EXECUÇÃO
a. As férias e as licenças (especial e ou capacitação, para tratar de interesses particulares, para tratamento de saúde própria, para
tratamento de saúde de pessoa da família, à gestante e à adoção, à paternidade e para acompanhar o cônjuge) assim como as núpcias,
o luto, a instalação e o trânsito, se constituem nas hipóteses previstas no Estatuto dos Servidores Militares para justificarem os
afastamentos temporários dos Militares Estaduais de Carreira. Aos Servidores Civis são aplicadas as regras previstas no Estatuto
dos Servidores Civis e aos Policiais Militares Temporários e Militares do PME, são aplicadas as regras previstas em suas legislações
próprias e, no que couber, no Estatuto dos Servidores MIQUELI SOARES
Militares e Estatuto dos Servidores Civis.
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1) Férias:
a) Gozo:
(1) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
(a) É obrigatória a concessão anual de férias a todos os policiais militares da Corporação, independente da
função que ocupem nos seus OPM;
(b) No planejamento anual de férias dos meses de abril a novembro os Comandantes de OPM deverão fixar a
indisponibilidade mensal em 9% (nove por cento) do efetivo do OPM, objetivando não dar solução de continuidade aos trabalhos
ordinários;
(c) Nos meses de dezembro e janeiro, fevereiro e março, por força dos necessários esforços de emprego
operacional na temporada de férias, festividades e carnaval, o percentual de ME em férias será de 7% (sete por cento) por mês;
(d) Cada OPM deverá elaborar e encaminhar ao seu respectivo escalão superior imediato (Comando,
Departamento, Corregedoria-Geral e Ajudância-Geral) o seu plano de férias relativo ao ano seguinte, até o dia 20 de outubro do ano
em exercício, para que este elabore um plano único (numérico-quantitativo), a ser encaminhado ao DA/Seção de Vantagens e
Vencimentos até 05 de novembro do ano em curso;
(e) Para que ocorra o acúmulo previsto no art. 61 da Lei Complementar 10.990/97 ou o previsto no art. 71 da
Lei Complementar 10.098/94, será necessário que o OPM de origem do servidor encaminhe ao escalão superior imediato,
justificativa quanto à pertinência da medida, para que esse decida a respeito observando o que prescreve o Decreto Lei 53144 de 07
de julho de 2017, colocando o seu parecer e encaminhando ao Diretor do DA para fins de decisão;

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(f) As eventuais situações, que se enquadrem como de absoluta necessidade de serviço que impossibilitem ao
servidor entrada em gozo de férias no período previsto, deverão ser comunicadas com a máxima antecedência possível, apontando
o novo período a ser gozado, para que se procedam aos ajustes necessários de controle e de vencimentos e vantagens.
(2) Férias de policiais militares temporários:
(a) Os Policiais Militares Temporários – PMT - terão seus períodos de férias tratados de forma individualizada,
com plano próprio, observando-se que somente farão jus ao primeiro período de férias, vencidos 12 meses de contratação. Do
primeiro para o segundo e do segundo para o terceiro ano de contratação as férias serão gozadas normalmente, observando-se,
contudo, que as férias relativas ao terceiro período não serão gozadas, mas sim ressarcidas, tudo conforme estabelece a Lei 12.558
de 12 de julho de 2006;
(b) Aos PMT serão aplicadas as demais regras previstas para os Militares de carreira no que couber.
(3) Férias de Servidores do Programa Mais Efetivo:
(a) Os servidores do PME terão seus planos de férias ajustados às peculiaridades de seu emprego, em especial
se decorrente de convênios externos à Brigada Militar, cujos períodos devem atender às demandas dos órgãos que recebem o servidor
do PME. Já os que são empregados nos OPM poderão ser incluídos no plano de férias dos OPM, desde que não tragam prejuízos ao
emprego operacional;
(b) Aos PME serão aplicadas as demais regras previstas para os Militares de Carreira no que couber porem
não contam para o percentual de afastamentos do OPM.
MIQUELI
(4) Férias de Servidores Civis (Estatutários, SOARES e Celetistas):
Extranumerários
miqueli.xs@gmail.com
(a) No planejamento anual de férias, os Comandantes de OPM deverão considerar a indisponibilidade mensal
máxima, correspondente a 9% do efetivo dos OPM, não se aplicando as regras estabelecidas aos Militares de Carreira previstas nas
letras “b)” e “c)” do nº “1)” da letra “a.” do nº “3.” da presente NI;
(b) Aos servidores civis serão aplicadas as demais regras previstas no Estatuto dos Servidores Civis do Estado;
(c) As férias dos servidores civis celetistas devem autorizadas a partir do 7º (sétimo) dia útil do mês conforme
Ordem de Serviço nº 0003/16 DOE 06/04/2016.
b) Interrupção do gozo:
As férias somente poderão ser interrompidas para servidores civis estatutários e extranumerários por motivos de
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por superior interesse público, nos termos
do art. 72 da LC Estadual nº. 10.098/94.
c) Afastamentos em período de férias:
(1) O policial militar em gozo de férias que desejar afastar-se do município sede de seu OPM deve observar as
seguintes regras:
(a) Para fora do País ou do Estado: Comunicar, através de seu OPM, o Comandante-Geral sobre o seu
afastamento, informando o local de destino e o período previsto para o afastamento;
(b) Dentro do Estado: Comunicar, através de seu OPM, o Comando imediatamente superior a que estiver
subordinado sobre o afastamento, informando o local de destino e o período previsto para o afastamento.

2) Licença Especial e Licença Prêmio (LE e LP) e Licença Capacitação (LC):


a) A autorização para gozo de Licença Especial/Licença Capacitação (para militares) ou Licença Prêmio (para civis)
será processada mediante requerimento do interessado, em padrão próprio, onde deverá constar o número de mês(es) a ser(em)
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usufruído(s), o período aquisitivo correspondente e o parecer do Cmt do OPM. O requerimento deverá ser encaminhado ao escalão
superior imediato que decidirá sobre a concessão do gozo da licença. Vencidas estas etapas, este escalão, em sendo favorável,
encaminhará a informação do gozo da licença ao Diretor do DA através da caixa de mensagens (dadp-sap@brigadamilitar.rs.gov.br),
e no caso dos Servidores Civis através da caixa de mensagens (dadp-ssrh@brigadamilitar.rs.gov.br) para fins de controle;
b) Os requerimentos de concessão das licenças em análise deverão ser atentamente instruídos, fazendo-se juntar
obrigatoriamente a Ata de Inspeção de Saúde, exclusivamente para o Servidor Militar. Este requerimento deverá ser mantido no
escalão intermediário, contendo os pareceres dos comandantes envolvidos, providenciando no registro do gozo da respectiva licença
junto ao RHE;
c) Os OPM elaborarão plano anual de concessão de LE de primeiro de março a dezesseis de dezembro, de forma que o
gozo não ultrapasse a data final;
d) O menor período de concessão de gozo de LE ou LP é de um mês (30 dias) por período aquisitivo, e o maior é de três
meses (90 dias) por período aquisitivo, conforme Parecer 13914, da PGE, de 30/03/04;
e) O limite máximo de Militares Estaduais por OPM em gozo de LE não poderá ultrapassar o percentual de 5% (cinco
por cento) do efetivo existente no OPM, devendo constar nas informações auxiliares o número de policiais militares existentes, bem
como o número de policiais militares em gozo da referida licença no OPM considerado. Nos OPM em que o efetivo existente for
igual ou inferior a 30 ME, o limite máximo será de um Militar Estadual em LE;
f) Os pedidos de afastamento que ultrapassarem o percentual acima estabelecido deverão ser indeferidos no escalão
imediatamente superior ao do OPM, salvo nos casos MIQUELI
de situaçõesSOARES
extraordinárias, plenamente justificadas, comunicando ao DA e
miqueli.xs@gmail.com
avaliadas pelo Comando-Geral;
g) A interrupção da LE/ LC ou LP pode ocorrer a qualquer tempo, desde que usufruído o período mínimo de (30 dias),
bastando que o ME se apresente em seu OPM, se submeta a inspeção de saúde e tenha encaminhada a comunicação de interrupção
da licença, para registro no Comando Intermediário e comunicação ao DA para controle;
h) Aos Servidores Civis, Estatutários e Extranumerários:
(1) As concessões de LP aos Servidores Estatutários e Extranumerários poderão ser de três meses, obedecendo ao
limite mínimo de um mês;
(2) As concessões de LP aos Servidores Estatutários e Extranumerários estão limitadas a 1/3 (um terço) da lotação
do respectivo OPM;
(3) Os OPM elaborarão plano anual de concessão de LP, sem a restrição prevista aos policiais militares.
3) Licença para Tratar de Interesses Particulares (LTIP ou LI):
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
(1) A LTIP será concedida ao policial militar com estabilidade, mediante requerimento do interessado, em padrão
próprio, onde deverá constar o prazo a ser usufruído até o máximo de 2 (dois) anos e o parecer do Cmt do OPM. O requerimento
deverá ser encaminhado ao escalão superior imediato que deverá avaliar e informar seu parecer (favorável ou desfavorável).
Vencidas estas etapas, este escalão, em sendo favorável, encaminhará solicitação de autorização para que o servidor possa entrar
em gozo da licença requerida, indicando obrigatoriamente a data desejada para início do gozo. Esta solicitação deverá dar entrada
no DA com antecedência mínima de cinco dias úteis à data de início da licença. Em caso de ser desfavorável, deverá, sucintamente,
justificar seu parecer. Em ambos os casos o requerimento deverá ser encaminhado via ao Diretor do DA (BM/DADP-SAP) a quem
caberá, por força de delegação, informar a decisão do Comando da Instituição;

101
Dia 10

(2) Os requerimentos de concessão de LTIP deverão ser atentamente instruídos, fazendo-se juntar obrigatoriamente
a Ata de Inspeção de Saúde do Servidor. Este requerimento deverá ser encaminhado ao DA, contendo os pareceres dos comandantes
envolvidos até o retorno da decisão do Comando-Geral, ocasião em que deverá ser arquivado e, se autorizado, o servidor deverá ser
posto em licença rigorosamente na data anteriormente indicada. A autorização do Comando da Instituição gera automaticamente o
lançamento da concessão do direito nos sistemas de uso próprio do DA, com o consequente corte de vencimentos e interrupção da
contagem de sua efetividade e tempo de serviço. Da mesma forma será providenciada a publicação em DOE da agregação do
servidor. Aos escalões subordinados competem as publicações para Boletins Internos para fins de assentamentos e demais
providências de sua competência;
(3) Por ocasião do encaminhamento do requerimento de LTIP, o OPM do policial militar e o escalão imediatamente
superior deverão verificar o índice máximo de indisponibilidade de efetivo que é de 1% (um por cento) do efetivo existente no
OPM;
(4) Não será concedida nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados desde a data
em que tenha reassumido o exercício do cargo;
(5) O Servidor em LTIP, ao ser agregado, permanecerá adido ao OPM a que pertencia no momento da entrada em
gozo da licença, observadas as disposições e efeitos da legislação pertinente;
(6) A interrupção da LTIP poderá ocorrer a qualquer tempo, bastando que o servidor se apresente em seu OPM e
tenha encaminhado o requerimento de interrupção da licença ao escalão imediatamente superior, o qual deverá informar
imediatamente o Departamento Administrativo para MIQUELI SOARES
que sejam adotadas as providências de reinclusão na folha de pagamento e
miqueli.xs@gmail.com
reversão ao quadro ordinário da Brigada Militar, cabendo a CAM a adoção de providências de inclusão no respectivo quadro do
servidor;
(7) Procedimentos a cargo dos OPM:
(a) Por ocasião do encaminhamento do requerimento de licença o OPM deverá tê-lo instruído adequadamente,
informando se o requerente gozou ou não algum período da referida licença, se está enquadrado nos requisitos da presente Nota de
Instrução;
(b) É responsabilidade exclusiva do OPM iniciar a contagem do período de duração da licença a partir da data
estipulada no ato concessivo ou da publicação, controlando a data de apresentação por término do período de licença;
(c) Encaminhar o requerimento com pedido de interrupção de LTIP pelo interessado, ao Comando/Direção o
qual remeterá ao DA, via PROA, a apresentação do ME com vistas à publicação em DOE dos atos necessários ao reingresso na
condição de ativo e das consequências daí decorrentes;
(d) Providenciar, caso o ME não se apresente por conclusão de LTIP, na necessária formalização dos atos de
comunicação de ausência, passando a contar o prazo de caracterização do crime de deserção, conforme disposições do CPM em
combinação com o CPPM;
(e) Encaminhar ao Departamento Administrativo, eventual o pedido de licenciamento do servidor que esteja
em gozo ou tenha concluída a LTIP;
(f) Orientar ao ME a entrar em contato com o serviço de contribuições do IPERGS a fim de encaminhar
providências que possam garantir-lhe o direito de usufruir dos benefícios do IPE-Saúde, enquanto em licença;
(8) Procedimentos a cargo do Departamento Administrativo:
(a) Processar as solicitações, mantendo o controle quantitativo dos servidores que se encontrem em LTIP;

102
Dia 10

(b) Elaborar, coletar as assinaturas e encaminhar os atos de agregação e reversão, decorrentes do gozo de LTIP,
bem como de eventual licenciamento ou demissão a pedido, tão logo o OPM ou escalão imediatamente superior proceda a
comunicação.
b) Servidores Civis Extranumerários:
Administrativamente não serão concedidas Licenças de Interesse (LI) aos Servidores Extranumerários da Corporação,
face disposição do art. 146 da Lei Complementar n° 10.098/94 e Parecer n° 12.209/98, da Procuradoria-Geral do Estado.
c) Servidores Civis Estatutários:
(1) Na mensagem enviada ao DA (dadp-sap@brigadamilitar.rs.gov.br), deverá constar, necessariamente o nome e
matrícula do SC requerente, acompanhado de parecer do comando imediatamente superior ao do OPM do servidor. O DA após
análise e conferência das informações, responderá a solicitação com a decisão do Diretor Administrativo. A publicação do
afastamento e registro nos assentamentos compete ao OPM;
(2) É responsabilidade exclusiva do OPM, iniciar a contagem do período de duração da licença a partir da data
estipulada no ato concessivo ou da publicação, controlando a data de apresentação por término do período de licença;
(3) O OPM de origem do servidor deverá encaminhar ao comando imediatamente superior o requerimento com
pedido de interrupção de LI a pedido do interessado, que informará ao DA, a apresentação do ME com vistas à publicação em DOE
dos atos necessários ao reingresso na condição de ativo e providências decorrentes;
(4) Não será concedida nova licença antes de decorridos 2 (dois) anos do término da anterior, contados desde a data
em que tenha reassumido o exercício do cargo. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
d) Servidores Civis Celetistas:
Aos Servidores Civis celetistas se aplica a suspensão de contrato nos termos do art. 471 da CLT.
e) Servidores do PMT e PME:
Não são aplicadas as regras relativas à LIP em razão da ausência de previsão legal.
4) Licença para Tratamento de Saúde (LTS):
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
(1) Fica delegada competência aos Comandantes, Diretores e Chefes de OPM, ao Corregedor-Geral e ao Ajudante-
Geral para a concessão de LTS, devendo, em consequência, exercerem rígido controle dos períodos de afastamento, de modo a não
permitirem que ocorram lapsos temporais sem a correspondente prescrição através de Ata de Saúde;
(2) Caso o ME ultrapasse 01 (um) ano em LTS, o OPM deverá remeter ao DA (Seção de Controle de Efetivo) as
Atas de Inspeção de Saúde para que o mesmo seja agregado ao QO;
(3) Caso o ME obtiver alta de sua convalescença, o OPM deverá remeter a Ata de Inspeção de Saúde ao DA (Seção
de Controle de Efetivo), para que seja confeccionada sua reversão ao QO;
(4) Caso o ME ultrapasse 02 (dois) anos de tratamento, após sua agregação, o OPM deverá comunicar o DA (Seção
de Inativação e Revisão de Atos), através de documento, para ser elaborado o ato de reserva.

b) Servidores Militares do Programa Mais Efetivo:


(1) Gozo de no máximo 30 (trinta) dias intermitentes ou no máximo 15 (quinze) dias contínuos no lapso temporal
de 1 (um) ano, de Licença para Tratamento de Saúde Própria (LTS), conforme previsto na legislação própria.
c) Servidores Militares PM Temporários:

103
Dia 10

(1) Gozo de no máximo 15(quinze) dias de Licença para Tratamento de Saúde Própria (LTS), findo os quais passam
a ser regidos pelas regras do INSS, conforme previsto na legislação própria.
d) Servidores Civis Estatutários e Extranumerários:
(1) É responsabilidade dos Chefes das Seções de Pessoal dos OPM, fornecer documento de apresentação do servidor,
devidamente preenchido, datado e assinado, e orientar que se dirijam ao Departamento de Perícia Médica e Saúde do Trabalhador
(DMEST), ou às Unidades Sanitárias do interior do Estado, para agendamento de avaliação nos casos de incapacidade laborativa;
(2) O prazo de agendamento será de cinco dias úteis, a contar do início da incapacitação;
(3) Os servidores que não observarem o prazo estabelecido, deverão comparecer ao DMEST ou Unidade Sanitária
para preenchimento do formulário “requerimento para abono de faltas”, justificando por não ter agendado em tempo hábil a avaliação
pericial e protocolar juntamente com a apresentação do local de trabalho, atestado de seu médico assistente e exames, se tiver, para
posterior análise do requerido;
(4) No atestado do médico deverá constar o CID;
(5) Findo o período de licença, o servidor deverá reassumir imediatamente suas atividades, sob pena de ser
considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação constante do laudo;
(6) Para fins de licença/afastamento, somente quando o servidor não tiver contemplado a sua expectativa, deverá
instruir processo administrativo junto ao protocolo do Departamento Administrativo;
(7) Os afastamentos por doença do SC, de até 3 (três) dias, deverão ser concedidos pela chefia imediata, mediante
MIQUELI SOARES
apresentação do atestado médico, convertendo-se na indisponibilidade de Afastamento por Moléstia (AFM).
miqueli.xs@gmail.com
e) Servidores Civis Celetistas:
Aplicam-se as mesmas regras dispostas para os servidores civis estatutários e extranumerários, sendo-lhes aplicada a
regra do auxílio doença, conforme exposto abaixo.

5) Auxílio-Doença (LSI):
a) Benefício exclusivo dos servidores sob Regime Geral de Previdência Social (RGPS): servidor militar temporário e
servidor civil celetista;
b) Nos afastamentos por problema de saúde própria com duração de até 15 dias a responsabilidade pelo vencimento do
servidor é do Estado, conforme prescreve o §3º do art. 60 da Lei Federal nº. 8.213/91, estando ainda nesse período regidos pelo
Regime Próprio de Providência Social (RPPS);
c) Os afastamentos elencados no item anterior serão concedidos, conforme dispõe o §4º do art. 60 da Lei Federal nº.
8.213/91:
(1) Pelas FSRs e JMSH: para os servidores militares PMs Temporários;
(2) Pelo DMEST e Unidades Sanitárias do Estado: para servidores civis celetistas.
d) Para os servidores do item anterior, após o 15º dia do afastamento total das suas atividades laborativas, a Licença
Saúde (LTS), pela mesma doença, é substituída pelo Auxílio-Doença (LSI), regulada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social
(INSS), deixando o servidor de receber os vencimentos pelo Estado para receber o referido auxílio, segundo o previsto no caput do
art. 60 da Lei Federal nº. 8.213/91;
e) O Auxílio-Doença, a contar do 16º dia, substituirá o vencimento durante o período de afastamento, sendo que tem um
valor de, aproximadamente, 91% da média dos Salários de Contribuição;
f) O Servidor não faz jus ao vale-refeição durante a vigência do Auxílio-Doença;
104
Dia 10

g) São procedimentos a cargo dos OPMs:


(1) Preencher o formulário de requerimento do benefício;
(2) Quando da concessão do Auxílio-Doença ao Servidor, passar a lançar no Mapa de Efetividade a situação LSI
(Licença Saúde INSS), enquanto perdurar o Auxílio, e somente após a sua concessão;
(3) Enquanto não receber os laudos do INSS, não deverá ser lançada efetividade;
(4) Manter o controle sobre estes afastamentos;
(5) Encaminhar ao DA/DP/SIRA, solicitação de dispensa do Programa PM Temporário, quando o afastamento
do ME for igual ou superior a 30 dias, e não ter configurado acidente de trabalho.
h) São procedimentos do servidor para a obtenção do Auxílio-Doença:
(1) De posse do Formulário do Benefício, dirigir-se até um Posto do INSS, ou marcar Perícia Médica através da
Internet. A apresentação do formulário no posto do INSS, deve se dar imediatamente após o último dia trabalhado;
(2) Se o Servidor protocolar o pedido após 30 dias, o auxílio doença não será pago;
(3) Informar ao OPM os afastamentos concedidos pela Perícia do INSS, bem como apresentar-se para o serviço
ao término dos afastamentos;
(4) Em caso de impossibilidade de comparecer pessoalmente no Posto do INSS, poderá fazê-lo por procuração,
conforme modelo disponibilizado na INTRANET/Departamento Administrativo/Seção de Vantagens/Servidores Civis ou através
do sítio http://www.mpas.gov.br.
6) Licença Acidente Serviço (LAI): MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
a) O Auxílio Doença é uma Licença concedida a partir do 16º dia;
b) O valor do benefício é de aproximadamente 91% do Salário de Contribuição, que é pago também pelo INSS e não
pelo Estado;
c) O direito ao vale-refeição permanece nesta licença, sendo pago quando o Servidor retornar a atividade:
(1) Procedimentos a cargo do Servidor:
(a) Fazer chegar, pelo meio mais rápido, ao conhecimento do setor do OPM com responsabilidade de
administrar o pessoal, a Comunicação de Acidente de Trabalho (Comunicação de Acidente do Trabalho) até 24 horas após a
ocorrência do acidente, levando o CAT até o INSS, após ter sido instruído pelo OPM;
(b) Apresentar-se à perícia médica, encaminhando ao OPM o Laudo do INSS;
(c) Apresentar-se ao OPM tão logo termine o gozo da Licença.
(2) Procedimento a cargo do OPM:
(a) Preencher a Comunicação de Acidente de Trabalho, conforme modelo disponibilizado na
INTRANET/Departamento Administrativo/Seção de Sistema de Recursos Humanos/ou no sítio http://www.mpas.gov.br;
(b) Manter o controle dos afastamentos do Servidor;
(c) Preencher o Mapa de Efetividade com a designação LAI (Licença Acidente INSS), a partir do décimo sexto
dia de afastamento do Servidor.
7) Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da Família (LFC):
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
Fica delegada competência aos Comandantes, Diretores e Chefes de OPM, ao Corregedor-Geral e ao Ajudante-Geral
para a concessão de LFC, com o consequente controle, observado o caráter indispensável da assistência requerida, se esta não puder
ser exercida simultaneamente ao exercício do cargo.
105
Dia 10

b) Servidores Militares PMs Temporários:


Aos Servidores do PMT não são aplicadas as regras relativas à LFC em razão de não haver previsão legal para esse
direito.
c) Servidores Militares do Programa Mais Efetivo:
Gozo de, no máximo, 30 (trinta) dias de licença para tratamento de saúde em Pessoa da Família (LFC), consecutivos
ou não, durante o período de 01 (um) ano.
d) Servidores Civis Estatutários e Extranumerários:
(1) É responsabilidade dos Chefes das Seções de Pessoal dos OPM orientar aos Servidores que se dirijam à Perícia
Médica do Estado, fazendo a apresentação mediante formulário, devidamente preenchido e assinado;
(2) O Servidor deverá comparecer ao Órgão de Perícia portando o Atestado Médico da pessoa da família,
comprovando ser indispensável a sua assistência, se esta não puder ser prestada simultaneamente ao exercício de cargo;
(3) Os servidores Celetistas não têm direito à LFC.
8) Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade:
a) Licença à Gestante:
Será concedida a todas as Militares Estaduais de Carreira e Servidoras Civis, pelo prazo de cento e oitenta dias, sem
prejuízo da remuneração, assim que requerida e comprovada mediante inspeção médica.
(1) Militares Estaduais de Carreira:
(a) MIQUELI
Completada a 24ª semana de gestação, SOARES
a licença poderá ser requerida, a qualquer tempo pela policial militar,
miqueli.xs@gmail.com
excetuadas as situações extraordinárias orientadas pelo médico;
(b) No caso de parto prematuro, a policial militar terá inalterado o direito ao gozo da licença gestante, a qual
será concedida tão logo se concretize o fato e terá a contagem iniciada a partir da alta da Unidade de Tratamento Intensivo;
(c) Quando, por recomendação médica, for prescrito tratamento, repouso ou cuidados especiais, em período
que preceda ou suceda ao período de efetivo gozo da Licença à Gestante, tal período será concedido a título de Licença para
Tratamento de Saúde (LTS);
(d) A inspeção médica será procedida pelos Órgãos de Saúde da Corporação bem como a concessão do gozo
da licença, fazendo constar no sistema RHE.
(2) Servidoras Estatutárias e Extranumerárias:
(a) Compete ao OPM a que pertença a servidora o encaminhamento ao Órgão de Perícia;
(b) A inspeção médica para concessão da licença será procedida por Órgão da Perícia Médica do Estado
(DMEST), bem como a concessão do gozo da licença, fazendo constar no sistema RHE.
(3) Servidores Civis Celetistas:
(a) Aplicam-se as mesmas regras da concessão da Licença de Saúde da presente Nota;
(b) Após o 15º dia de afastamento, aplica-se o disposto no art. 392 da CLT, que diz que “É proibido o trabalho
da mulher grávida no período de 28 dias antes e 92 dias depois do parto”, com base na Lei 8.213 de 24 de julho de 1991.
b) Licença Paternidade:
(1) Será concedida a todos os Militares Estaduais de Carreira, do PMT, do PME e Servidores Civis, tão logo haja o
nascimento de seu filho, o afastamento total do serviço, pelo prazo de 30 (trinta) dias.
(2) O prazo previsto no item anterior terá contagem iniciada a partir da alta da Unidade de Tratamento Intensivo,
em caso de nascimento prematuro.
106
Dia 10

(3) Em caso de falecimento da parturiente e sobrevivência da criança, serão concedidos os 30 (trinta) dias de licença
paternidade, os quais serão concedidos após os 08 (oito) dias de luto, totalizando 38 (trinta e oito) dias de afastamento do serviço.
c) Licença Adotante:
(1) À servidora militar adotante será concedida licença a partir da concessão do termo de guarda ou da adoção pelo
prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sem prejuízo da remuneração.
(2) Pela adoção de filho, o Militar Estadual e o servidor civil terão direito a licença de trinta dias consecutivos, a
partir da concessão do Termo de Guarda ou Adoção, inclusive em caso de natimorto;
(3) A concessão da licença aos adotantes far-se-á mediante a formalização do pedido, instruído com cópia do Termo
de Guarda ou Adoção;
(4) A situação dos Servidores deverá ser informada no mapa de efetividade do OPM, fazendo constar no RHE.
9) Afastamento por motivo de Núpcias:
a) Aos Servidores Militares de Carreira, do PME e do PMT e Servidores Civis Estatutários e Extranumerários é
assegurado o afastamento de até 8 (oito) dias consecutivos quando solicitado com antecipação à data do evento;
b) Aos Servidores Civis Celetistas é assegurado o afastamento de até 3 (três) dias consecutivos quando solicitado com
antecipação à data do evento.
10) Afastamento por motivo de luto:
a) Aos Servidores Militares de Carreira, do PME e do PMT e Servidores Civis Estatutários e Extranumerários é
MIQUELI
assegurado o afastamento de até 8 (oito) dias consecutivos SOARES
quando solicitado tão logo leve ao conhecimento da autoridade a que
miqueli.xs@gmail.com
estiver subordinado a ocorrência do óbito de seu ascendente, descendente, cônjuge, sogros, irmãos, companheiro ou companheira,
padrasto ou madrasta, enteado e menor sob sua guarda ou tutela;
b) Aos Servidores Civis Celetistas é assegurado o afastamento de até 2 (dois) dias consecutivos quando solicitado tão
logo leve ao conhecimento da autoridade a que estiver subordinado à ocorrência do óbito de seu cônjuge, ascendente, descendente,
irmão ou pessoa que viva sob sua dependência econômica.
11) Afastamento por motivo de trânsito aos Servidores Militares de Carreira:
a) É assegurado o afastamento para fins de trânsito sempre que decorrente de movimentação que implique,
obrigatoriamente, em mudança de localidade, pelo prazo de até 05 (cinco) dias, nos termos do que prescreve o art. 11 do
RMSPMBM, aprovado pelo Decreto Estadual nº. 36.175/95. PME – Direito a trânsito e instalação, conforme o Decreto n.º
36.175/95;
b) Da mesma forma, e com base no mesmo diploma, nas movimentações internas de OPM do interior do estado, o
trânsito será concedido pelo tempo necessário de deslocamento ao destino.
12) Afastamento por motivo de instalação aos Servidores Militares de Carreira:
É assegurado o afastamento para fins de instalação sempre que decorrente de movimentação que implique em mudança
de residência pelo prazo de 10 (dias) quando acompanhado de dependentes e de 04 (quatro) dias quando desacompanhado de
dependentes ou solteiro, mesmo que a movimentação se dê entre localidades dentro do mesmo OPM do interior do estado, segundo
o disposto no art. 13 do RMSPMBM, aprovado pelo Decreto Estadual nº 36.175/95.
13) Afastamento por motivo de provas escolares:
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira e Temporários:

107
Dia 10

(1) É assegurado ao militar estadual o direito a afastamento, sem prejuízo de sua remuneração, durante os dias de
provas finais do ano ou semestre letivo, para os estudantes de ensino fundamental, médio e superior, e durante os dias de provas em
exames supletivos e de habilitação a curso superior, nos termos do art. 67, caput, e parágrafo único da LC Estadual nº 10.990/97;
(2) Para eficácia deste afastamento, conceituam-se “provas finais do ano ou semestre letivo”, no caso de ensino
superior, como sendo aquela prova realizada somente no encerramento do respectivo ano ou semestre, excluindo-se eventuais provas
bimestrais que venham a ocorrer e, no caso de ensino fundamental e médio, como sendo aquela prova realizada em final de semestre
ou bimestre;
(3) É alcançado o benefício do afastamento também para a realização de exames de recuperação, de ano ou
semestre, desde que visem evitar a reprovação e a perda do período de estudo;
(4) Para fins de se instrumentalizar o dispositivo legal mencionado na alínea “(1)”, o servidor que estiver
estudando deve, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, informar, por escrito, a seu comando imediato, as datas previstas
para a realização de tais provas e/ou exames, bem como, depois de realizadas, apresentar no prazo de 72 (setenta e duas) horas úteis,
atestado do estabelecimento de ensino em que conste que o servidor, naquela data, compareceu para a realização das referidas
avaliações, cujas circunstâncias se enquadrem no já especificado nas alíneas anteriores;
(5) Ao afastamento por motivo de provas que se enquadrem na definição das alíneas “(2)” e “(3)”, não é cabível
a compensação de carga-horária, devendo, contudo, a própria OPM efetuar os registros devidos para controle de frequência do
servidor;
MIQUELI
(6) A não apresentação da previsão das SOARES
provas definidas nas alíneas “(2)” e “(3)”, e/ou a falta do ulterior atestado,
miqueli.xs@gmail.com
na hipótese de ter ocorrido o respectivo afastamento para a sua realização, implicará em falta não-justificada do servidor, devendo
o OPM adotar os procedimentos devidos na esfera administrativa e disciplinar, na forma do previsto no parágrafo único do artigo
67 da LC Estadual Nº 10.990/97;
(7) O gozo do direito previsto no artigo 67 da LC Estadual Nº 10.990/97 será excepcionalizado nas situações em
que, concedendo-se tal afastamento em determinada data, este represente condição que reduza o quantitativo de efetivo de modo
que, a fração ou OPM do servidor tenha comprometido, de forma grave, o exercício das missões constitucionais da Brigada Militar,
sejam estas consideradas tanto em circunstâncias ordinárias quanto especiais e/ou extraordinárias;
(8) Na ocorrência da hipótese especificada na alínea “(7)”, deverá o Comandante ou Chefe, motivar o ato
administrativo que suspender a concessão do afastamento previsto no artigo 67 da LC Estadual Nº 10.990/97, publicando tal
justificativa em Boletim.
b) Servidores Civis:
(1) Estatutários e Extranumerários: aplicam-se os mesmos procedimentos especificados nesta Nota de Instrução,
observados os termos do art. 123, I e II, e parágrafo único da Lei Complementar Estadual nº 10.098/94;
(2) Celetistas: aplicam-se os mesmos procedimentos desta Nota de Instrução para a hipótese específica que lhes
toca, cuja autorização é para afastamento relativo ao período que o servidor estiver prestando as provas do concurso vestibular para
ingresso em estabelecimento de ensino superior, nos termos do art. 473, VII, da CLT.
14) Licença para Acompanhar Cônjuge (LAC):
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
(1) É assegurado ao Militar Estadual de Carreira Estável o direito à licença para acompanhar Cônjuge nos termos
dos art. 148, 149 e 159 da LC Estadual nº 10.990/97, c/c a Lei nº 10.098/94, mediante requerimento devidamente instruído,
obrigatoriamente acompanhado de Ata de Inspeção de Saúde;
108
Dia 10

(2) A licença poderá ser renovada a cada dois anos, mediante novo requerimento;
(3) O ME em licença para acompanhar cônjuge será agregado, permanecendo adido ao OPM ao qual pertencia
no momento da entrada em gozo da licença, para os efeitos da legislação pertinente;
(4) A interrupção da licença poderá ocorrer a qualquer tempo, bastando que o ME se apresente em seu OPM,
submeta-se a inspeção de saúde e tenha encaminhada a comunicação de interrupção de licença ao Departamento Administrativo,
para que possa ser reincluído na folha de pagamento;
(5) Procedimentos a cargo dos OPM:
(a) A LAC será concedida Militares Estadual de Carreira com estabilidade, mediante requerimento do
interessado, em padrão próprio, onde deverá constar o prazo a ser usufruído até o máximo de 2 anos. O requerimento deverá ser
encaminhado ao escalão superior imediato que encaminhará solicitação de autorização para que o servidor possa entrar em gozo da
licença requerida, indicando obrigatoriamente a data desejada para início do gozo. Esta solicitação deverá dar entrada no DA (dadp-
svant@brigadamilitar.rs.gov.br) com antecedência mínima de cinco dias úteis à data de início da licença;
(b) Os requerimentos de concessão de LAC deverão ser atentamente instruídos, fazendo-se juntar
obrigatoriamente a Ata de Inspeção de Saúde do Servidor. Este requerimento deverá ser mantido no escalão intermediário até o
retorno da informação de concessão, ocasião em que deverá ser arquivado e o servidor deverá ser posto em licença rigorosamente
na data anteriormente indicada;
(c) A informação de concessão do direito gera automaticamente o lançamento nos sistemas de uso próprio do
MIQUELI
DA, com o consequente corte de vencimentos e interrupção SOARES
da contagem de sua efetividade e tempo de serviço. Da mesma forma
miqueli.xs@gmail.com
será providenciada a publicação em DOE da agregação do servidor;
(d) Aos escalões subordinados competem as publicações para Boletins Internos para fins de assentamentos e
demais providências de sua competência, bem como o controle do período de afastamento;
(e) O Servidor em LAC ao ser agregado, permanecerá adido ao OPM a que pertencia no momento da entrada
em gozo da licença, observadas as disposições e efeitos da legislação pertinente;
(f) A interrupção da LAC poderá ocorrer a qualquer tempo, bastando que o servidor se apresente em seu OPM
e tenha encaminhado o requerimento de interrupção da licença ao escalão imediatamente superior. Este comando deverá informar
prontamente ao Departamento Administrativo para que sejam adotadas as providências de reinclusão na folha de pagamento e
reversão ao quadro ordinário da Brigada Militar, cabendo à CAM a adoção de providências de inclusão no respectivo quadro do
servidor;
(g) É responsabilidade exclusiva do OPM iniciar a contagem do período de duração da licença a partir da data
estipulada no ato concessivo ou da publicação, controlando a data de apresentação por término do período de licença;
(h) Providenciar, caso o ME não se apresente por conclusão de LAC, na necessária formalização dos atos de
comunicação de ausência, passando a contar o prazo de caracterização do crime de deserção, conforme disposições do CPM em
combinação com o CPPM;
(i) Encaminhar ao Departamento Administrativo, eventual pedido de licenciamento do servidor que esteja em
gozo ou tenha concluída a LAC;
(j) Orientar ao ME a entrar em contato com o serviço de contribuições do IPERGS a fim de encaminhar
providências que possam garantir-lhe o direito de usufruir dos benefícios do IPE-Saúde, enquanto em licença;
(k) Informar ao IPERGS, até 30 (trinta) dias após o afastamento do ME, a data de início da licença, adotando
providências idênticas quando da interrupção e término da licença.
109
Dia 10

(6) Procedimentos a cargo do Departamento Administrativo:


(a) Processar as solicitações, mantendo o controle quantitativo dos servidores que se encontrem em LAC;
(b) Elaborar, coletar as assinaturas e encaminhar os atos de agregação e reversão, decorrentes do gozo de LAC,
bem como de eventual licenciamento ou demissão a pedido, tão logo o OPM ou escalão imediatamente superior proceda a
comunicação;
(c) Encaminhar, para publicação no DOE, os atos concessivos e decorrentes.
b) Militares Estaduais do PME e PM Temporário:
Não há previsão legal para a concessão de tal direito aos Militares Estaduais do PME e PMT.
c) Servidores Civis Estatutários:
(1) É assegurado aos Servidores Civis Estatutários estáveis o direito à licença, sem remuneração e contagem de
tempo de serviço, para acompanhar o cônjuge, quando este for transferido, independente de solicitação própria, para outro ponto do
estado ou do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo Legislativo federal,
estadual ou municipal, podendo ser renovada a cada dois anos;
(2) Os procedimentos a serem adotados pelos servidores civis, pelos OPM e pelo DA são os mesmos previstos
para os ME, excetos nos casos cujos procedimentos sejam exclusivos para militares.
d) Servidores Extranumerários:
Administrativamente não serão concedidas Licenças para Acompanhar Cônjuge aos Servidores Extranumerários da
MIQUELI
Corporação, face disposição do art. 147 da LC estadual SOARES
n°. 10.098/94 e Parecer n°. 12.209/98, da Procuradoria-Geral do Estado.
miqueli.xs@gmail.com
e) Servidores Civis Celetistas:
Não há previsão legal para a concessão de tal direito aos servidores civis celetistas.
15) Licença Especial para fins de Aposentadoria (LAA):
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
(1) Ultrapassado o prazo legal (30 dias), contados da data da protocolização do requerimento de Transferência
para a Reserva no DA, o OPM a que pertence o Militar Estadual de Carreira publicará em Boletim Interno que este entrou em gozo
de Licença, aguardando transferência para a reserva;
(2) Quando o ME detiver cargo em Comando Regional, OPM Especiais, Chefia ou Direção em nível
departamental, deverá comunicar ao Comando da Instituição o seu afastamento, para que seja providenciada a publicação dos
respectivos atos. Os demais ME comunicarão ao seu escalão superior imediato;
(3) O início do gozo da presente licença, observado o preceito legal, independe de autorização, motivo pelo qual
dispensa requerimento de concessão;
(4) No caso de servidores civis, deverá ser comunicado o início da LAA para dadp-ssrh@bm.rs.gov.br.
b) Servidores Civis Estatutários, Extranumerários e Celetistas:
(1) Ultrapassado o prazo legal (30 dias), contados da data da protocolização do Pedido de Aposentadoria no DA,
o OPM a que pertence o Servidor Civil Estatutário, Extranumerário ou Celetista publicará em Boletim Interno que este entrou em
gozo de Licença, aguardando Aposentadoria;
(2) O início do gozo da presente licença, observado o preceito legal, independe de autorização, motivo pelo qual
dispensa requerimento de concessão.
16) Licença para Concorrer a Mandato Público Eletivo e para Exercê-lo:
a) Servidores Militares Estaduais de Carreira:
110
Dia 10

(1) Os OPM deverão remeter ao Departamento Administrativo requerimento do Militar Estadual de Carreira
interessado em concorrer a cargo eletivo juntamente com declaração do Partido Político que ateste a condição de pré-candidato do
requerente e certidão do TRE em que conste que o Servidor está apto para concorrer ao cargo eletivo, sendo de exclusiva
responsabilidade do ME na condição de pré-candidato seguir a legislação eleitoral;
(2) Os OPM deverão remeter ao Departamento Administrativo, após a convenção partidária, a homologação da
candidatura do ME;
(3) Em caso de não homologação da candidatura, solicitar a reversão ao QOBM do ME em questão;
(4) Os ME que contarem com menos de 10 anos de efetivo serviço serão excluídos da Corporação, em obediência
ao dispositivo constitucional previsto pelo art. 14, §8º, I, da CR/88;
(5) Os OPM deverão informar, após 24 horas da divulgação oficial do resultado do pleito eleitoral pelo TRE, se o
servidor candidato foi ou não eleito, para a adoção de procedimentos administrativos decorrentes;
(6) Sendo eleito o ME, quando de sua posse, será transferido para a reserva, devendo, para tanto, enviar cópia do
Diploma que lhe confere as atribuições públicas do cargo eletivo assumido.
b) Militares Estaduais do PME e do PM Temporário:
(1) Os PME deverão requer o afastamento de suas atividades e o consequente cancelamento dos seus vínculos
jurídicos com a Brigada Militar retornando a sua condição de militar da Reserva ou Inativo que detinha anteriormente;
(2) Os PMT deverão requer o afastamento de suas atividades e o consequente cancelamento dos seus vínculos
jurídicos com a Brigada Militar. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
c) Servidores Civis Estatutários e Extranumerários:
(1) Os OPM deverão remeter ao Departamento Administrativo requerimento do Servidor interessado em concorrer
ao cargo eletivo, dirigido ao Secretário da Administração e dos Recursos Humanos, solicitando licenciamento das atividades, na
forma da lei eleitoral, juntamente com declaração do Partido Político que ateste a condição de pré-candidato do requerente e certidão
do TRE em que conste que o Servidor está apto para concorrer ao cargo eletivo;
(2) Os OPM deverão informar, após 24 horas da divulgação oficial do resultado do pleito eleitoral pelo TRE, se o
servidor candidato foi ou não eleito, para a adoção de procedimentos administrativos decorrentes;
(3) Sendo eleito o servidor, quando de sua posse, será afastado do exercício de suas atividades, na forma prevista
na LC Estadual nº 10.098/94.
d) Servidores Civis Celetistas:
Aos servidores civis celetistas será obedecido o mesmo rito previsto para os Servidores Civis Estatutários e
Extranumerários, sendo, contudo, observado para fins de embasamento o Dec. Lei 5.452 de 1º de maio de 1942 (CLT).
17) Afastamentos em decorrência de mandatos classistas:
a) É assegurado aos Militares Estadual de Carreira e Servidores Civis a dispensa de seus cargos e funções para
exercerem mandatos classistas em confederações, federações, sindicatos ou associações de classe, de âmbito estadual ou nacional,
sem prejuízo de sua situação funcional ou remuneratória, exceto promoção por merecimento;
b) Preenchidos os requisitos previstos para autorização para o afastamento, em especial os da Lei Estadual nº 9.073/90
e da LC Estadual n° 10.990/97, o DA, através da Seção de Afastamentos e Prontuários (SAP) e Setor de Servidores Civis da Seção
de Sistemas de Recursos Humanos (SSRH), providenciará nos respectivos atos de publicação da dispensa da função e de agregação
do servidor;

111
Dia 10

c) O servidor militar agregado permanecerá adido ao seu OPM de origem ou no qual o Comando-Geral determinar,
até o término de seu afastamento;
d) A Seção de Afastamentos e Prontuários (SAP) e a Seção de Vencimentos e Vantagens (SVV) do DA providenciarão,
respectivamente, nos atos de publicação no DOE de militares e civis, cabendo à AjG e o OPM de origem do ME providenciar nos
atos de publicação do afastamento e do retorno, nos respectivos Boletins Geral e Interno;
e) O DA, através da SAP e da SSRH, deve manter o controle nominal e numérico dos servidores militares afastados
para o exercício de mandatos classistas.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. É vedado o afastamento do serviço, concomitantemente pelo titular de Comando, Direção ou Chefia de OPM, e seu substituto
legal.
b. Os Comandantes Regionais, Diretores, Ajudante-Geral e Corregedor-Geral, deverão solicitar ao Comandante-Geral
autorização para entrarem em gozo de férias, cabendo ao Gabinete do Comandante-Geral comunicar ao solicitante a decisão, bem
como, em caso de autorização, informar ao DA para fins de controle.
c. A LTSPF somente poderá ser concedida para assistência das pessoas referidas no art. 76 da LC Estadual nº 10.990/97 e nas
condições estabelecidas pelo art. 77 do mesmo diploma legal, conquanto que haja a plena comprovação de inexistência de qualquer
outra pessoa que possa prestá-la.
d. Os prazos de desincompatibilização, no caso deMIQUELI
concurso aSOARES
cargo eletivo, deverão ser observados, conforme for estabelecido
miqueli.xs@gmail.com
para cada processo eleitoral, pela legislação eleitoral.
e. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a
Nota de Instrução Administrativas nº 024.5-RH, de 27 de abril de 2011.

112
Dia 11

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.6/EMBM/2018

ATENÇÃO!

Apostila foi atualizada neste tópico em razão de estar disponível na INTRANET a NI 2.6 de 2023. Em que pese o Edital
do CTSP traga, nos conteúdos programáticos, a cobrança da NI de 2018, é importante saber as diferenças de uma para
outra, uma vez que a de 2018 foi revogada pela de 2023. Atentem-se aos detalhes!

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.6/EMBM/2018

1. FINALIDADE

2018 2023
Regular a adoção de medidas preventivas de segurança nos Regular a análise de risco e a adoção de medidas preventivas
quartéis da Brigada Militar. de segurança nos quartéis da Brigada Militar

2. BASE LEGAL MIQUELI SOARES


miqueli.xs@gmail.com
2018 2023
Regimento Interno da Brigada Militar, de 02 de outubro de a. Decreto n.º 10.778, de 24 de agosto de 2021 (Estratégia
2002. Nacional de Inteligência de Segurança Pública);
b. Regimento Interno da Brigada Militar
c. ABNT NBR ISO 31000, 2ª Ed., de 28 de março de 2018
(Diretrizes de Gestão de Riscos).

3. EXECUÇÃO

2018 2023
a. Contextualização
As organizações criminosas (Orcrims), cada vez mais
SEM CORRESPONDÊNCIA investem na “profissionalização do crime”, com
aprimoramento de técnicas operacionais de combate, de
guerrilhas urbana e de inteligência estratégica. Com isso,
ações de referidas organizações, intensificaram-se no modus
operandi violento com impacto nos seus resultados.
Por outro lado, não raras as vezes, depara-se com inúmeras
fragilidades das instituições policiais, dentre as quais

113
Dia 11

podemos destacar, a ausência de cultura institucional voltada


à proteção interna e estruturas físicas sensíveis.
Assim, nota-se a constante necessidade de implementação de
instrumentos de proteção institucional em quarteis da Brigada
Militar a fim de prevenir, neutralizar e reprimir ações
violentas.
A presente Nota de Instrução visa fomentar a cultura
institucional da segurança orgânica, cabendo a cada OPM,
com base nas respectivas necessidades, peculiaridades e
dimensões, as análises de riscos e de estrutura, objetivando
desenvolver o respectivo Plano de Segurança.
b. Conceitos
1) Segurança Institucional: compreende o conjunto de
SEM CORRESPONDÊNCIA medidas voltadas a prevenir, detectar, obstruir e neutralizar
ações, independente da natureza que constituam ameaça à
salvaguarda da Instituição e de seus integrantes, inclusive à
sua imagem e reputação. Pode ser dividida em Segurança
MIQUELI SOARES
Orgânica e Segurança Ativa.
miqueli.xs@gmail.com
2) Segurança Orgânica: é o conjunto de normas, medidas e
procedimentos de caráter eminentemente defensivo,
destinado a garantir o funcionamento da instituição, visando
prevenir e obstruir ações de qualquer natureza. É
caracterizada como sendo o conjunto de medidas integradas e
planejadas destinadas a proteger os ativos institucionais
tangíveis e intangíveis.
Dos diversos ramos da segurança orgânica, esta NI
abordará a “segurança das áreas e instalações”.
3) Segurança Ativa: conjunto de medidas protetivas,
ofensivas, destinada a detectar, identificar, avaliar, analisar,
neutralizar as ações adversas de elementos ou grupos de
qualquer natureza, que atentem contra a segurança pública.
A segurança ativa deve ser constantemente monitorada e
exercida pelos agentes de inteligência de segurança pública
das diversas agências da Brigada Militar.
4) Segurança das áreas e instalações: compreende as ações a
serem implementadas a fim de limitar a circulação e/ou
acesso de pessoas no âmbito do perímetro da organização,
seja pela sensibilidade das informações do local e/ou para que

114
Dia 11

as pessoas, em razão da função que desempenham, não sejam


admoestadas.
c. Da responsabilidade solidaria
As medidas preventivas referentes a segurança orgânica,
SEM CORRESPONDÊNCIA ativa e à segurança do quartel, são de responsabilidade de
todos os Policiais Militares que fazem parte do OPM e que
tomem conhecimento sobre ameaças e riscos que visem
atentar contra a instituição ou qualquer um de seus
integrantes.
d. Análise e Gestão de Riscos
Inicialmente, como medida preliminar do Plano de Segurança
SEM CORRESPONDÊNCIA Orgânica, o OPM deve realizar a análise e gestão dos riscos.
Gestão de riscos é a atividade coordenada para dirigir e
controlar uma organização no que se refere a riscos (ABNT
NBR ISO 31000).
No processo de gestão de riscos temos a identificação de
fontes de riscos, as forças institucionais, as fragilidades, a
MIQUELI SOARES
probabilidade da incidência do risco, a consequência da
miqueli.xs@gmail.com
ocorrência e o resultado e danos estruturais a instituição ou
sua imagem.
A análise de risco realizada pelo comando do OPM para o
Plano de Segurança deverá considerar os seguintes níveis de
riscos e vulnerabilidades:
1) elevado: frações que possuam armamento, coletes
balísticos e artefatos químicos sob sua guarda;
2) inerente à atividade: as demais frações.
e. Segurança das áreas e instalações
Para a segurança das áreas e instalações, deverão ser adotadas
SEM CORRESPONDÊNCIA medidas preventivas
que serão definidas pela análise de risco e que consistem no
conjunto de providências
estruturais e físicas, além de procedimentos e condutas
necessárias para aumentar a segurança
do OPM.
São medidas preventivas de segurança do OPM:
1) Guarda Interna;
2) Serviços de Guarda;
3) Cercamento do perímetro do quartel;

115
Dia 11

4) Iluminação;
5) Alarmes/videomonitoramento;
6) Comunicações;
7) Segurança Orgânica
a. Guarda Interna f. Guarda Interna
Em todos os quartéis da BM devem ser estabelecidos um Em todos os quartéis da BM devem ser estabelecidos um
sistema mínimo de segurança física das instalações vitais, sistema de segurança física das instalações vitais, compatível
compatível com o tamanho de sua estrutura e com os riscos, com o tamanho de sua estrutura e com a avaliação de riscos,
que deve considerar: a ser realizada pelo comandante do OPM, devendo
considerar:
1) A localização do aquartelamento e suas vias de 1) A localização do aquartelamento e suas vias de acesso;
acesso;
2) O patrimônio que está sob guarda (armamento, 2) O patrimônio que está sob guarda (armamento,
equipamentos, viaturas e documentos); equipamentos, viaturas e documentos);
3) As características do terreno, edificações e seu 3) As características do terreno, edificações e seu porte;
porte;
4) O efetivo disponível; 4) O efetivo disponível;
MIQUELI SOARES
5) A iluminação pública e interna;
miqueli.xs@gmail.com
6) As ameaças extraordinárias que venham a aumentar o
risco e comprometer a segurança em situação de
anormalidade;
7) Segurança Orgânica;
5) O valor institucional e o símbolo que os quartéis 8) O valor institucional e o símbolo que os quartéis da BM
da BM representam por si só e no contexto da Segurança representam por si só e no contexto da Segurança Pública.
Pública.
b. Serviços de Guardas g. Serviços de Guardas
1) Treinamento do pessoal através de: 1) Treinamento do pessoal por meio de:
a) Instrução especial para os militares estaduais que a) Instrução especializada para os militares estaduais que
concorrem ao serviço de guarda do quartel, objetivando a concorrem ao serviço de guarda do quartel, objetivando a
criação de um estado de espírito de alerta, mesmo em situação criação de um estado de espírito de alerta, mesmo em situação
de normalidade; de normalidade;
b) Capacitação do efetivo em segurança orgânica;
b) Registro fixado em local visível e acessível ao pessoal de c) Registro fixado em local visível e acessível ao pessoal de
serviço de normas e procedimentos cuja execução rigorosa serviço de normas e procedimentos cuja execução rigorosa
deve ser fiscalizada; deve ser fiscalizada;
c) Exercício regular do Plano de Defesa da Instalação, que d) Exercício regular do Plano de Defesa da Instalação, que
deve considerar apenas o número de militares estaduais deve considerar apenas o número de militares estaduais
ordinariamente escalado. ordinariamente escalado;

116
Dia 11

d) Fixação de efetivo para serviços de guarda e permanência e) deve ocorrer a fixação de efetivo para serviços de guarda e
à quartelaria e segurança do quartel de forma ininterrupta. permanência à quartelaria e segurança do quartel de forma
ininterrupta.
2) Estabelecimento de normas de segurança do 2) Estabelecimento de normas de segurança do
aquartelamento quanto: aquartelamento quanto:
a) Ao controle de entrada, estacionamento e saída de a) Ao controle de entrada, estacionamento e saída de veículos;
veículos; b) Ao controle de entrada, permanência e saída de pessoas, no
b) Ao controle de entrada, permanência e saída de pessoas, que se refere à identificação,
no que se refere à identificação, buscas (quando necessário), buscas (quando necessário), acompanhamento e outras
acompanhamento e outras medidas necessárias; medidas necessárias;
c) À observância dos horários para fechamento dos portões; c) À observância dos horários para fechamento dos portões;
d) À adoção de eficiente sistema de fiscalização e registro dos d) No período noturno, deslocamento e permanência
controles de segurança. periódica de viaturas empregadas no policiamento ostensivo,
contribuindo com a segurança do quartel e apoio ao efetivo
3) Distribuição do pessoal de serviço, através: interno (tal medida deverá ser prevista no cartão-programa).
a) Do emprego de pessoal na guarda, ajustado ao porte da
instalação;
MIQUELI
b) Da adoção de ronda permanente, auxiliado por pontos de SOARES
miqueli.xs@gmail.com
monitoramento eletrônico;
c) Da adoção de medidas complementares, tais como:
(1) utilização de cães;
(2) elevação de muros e guaritas;
(3) uso de alarmes, pontos de videomonitoramento e
recepção/portaria eletrônica;
(4) sistema de videomonitoramento, com processos de
gravação.
c. Cercamento do perímetro do quartel h. Cercamento do perímetro do quartel
1) Estabelecimento de limites inconfundíveis, pela 1) Sinalizar à área de segurança policial militar;
sinalização, mesmo que sumária, da área sob administração
policial militar;
2) O cercamento, preferencialmente, será de alvenaria e com 2) O cercamento, preferencialmente, será de alvenaria e com
meios eletrônicos de monitoramento; meios eletrônicos de monitoramento;
3) As aberturas (portas e janelas) devem oferecer obstáculos 3) As aberturas (portas e janelas) devem oferecer obstáculos
à penetração de pessoas; à penetração de pessoas;
4) Os portões externos devem resistir, tanto quanto possível, 4) Os portões externos, preferencialmente, devem ser
a impactos de veículos, mesmo que necessário a colocação de resistentes à impactos e com acionamento eletrônico;
obstáculos do lado externo. 5) A colocação de obstáculos visando impedir o trânsito de
veículos e pessoas nas áreas adjacentes aos Quartéis

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Dia 11

(segurança afastada ou total) somente poderá ser realizada


nos casos de comprovada necessidade e após aprovação do
Comando Regional respectivo.
d. Iluminação i. Iluminação
Durante a noite, o quartel e seus pátios internos e externos, 1) Durante a noite, o quartel e seus pátios internos e externos,
inclusive calçada, devem estar adequadamente iluminados. inclusive calçada, devem estar adequadamente iluminados;
2) Solicitar junto a Prefeitura Municipal a iluminação pública
adequada na área de segurança policial militar.
e. Alarmes/videomonitoramento j. Alarmes/videomonitoramento
1) A instalação de alarmes e tele-alarmes deve ser priorizada, 1) A instalação de alarmes e tele alarmes deve ser priorizada,
inclusive com disparo de aviso sonoro em outro quartel inclusive com disparo de aviso sonoro em outro quartel
próximo que possa apoiar ou providenciar apoio em caso de próximo que possa apoiar ou providenciar apoio em caso de
sinistros e emergências; sinistros e emergências;
2) A instalação de portarias e recepção eletrônicos 2) A instalação de Circuito Fechado de Televisão (CFTV),
acompanhados de sistema de videomonitoramento com com gravação de imagens, deverá ser priorizada, observadas
gravação deverá ser priorizada, observadas o número de o número de entradas e saídas do quartel.
entradas e saídas do quartel.
f. Comunicações MIQUELI SOARES
k. Comunicações
miqueli.xs@gmail.com
1) Os Policiais Militares escalados para o serviço de guarda 1) Os Policiais Militares escalados para o serviço de guarda
deverão ser dotados de comunicação (telefonia, rádio deverão ser dotados de comunicação (telefonia, rádio
comunicador ou outros convencionados); comunicador ou outros convencionados);
2) Estabelecer um sistema de utilização dos meios de 2) Estabelecer um sistema de utilização dos meios de
comunicações disponíveis em cada OPM, para o rápido comunicações disponíveis em cada OPM, para o rápido
contato com o escalão imediatamente superior, ou OPM mais contato com o escalão imediatamente superior, ou OPM mais
próximo, na eventualidade de ataque às instalações. próximo, na eventualidade de ataque às instalações.
l. Segurança Orgânica
1) Controle de Acessos: os OPM deverão ter controle de
SEM CORRESPONDÊNCIA acesso de veículos e pessoas em suas dependências;
2) Educação de segurança: o policial militar uma vez
assumindo a função deve primar e orientar os demais colegas
a observar regras de segurança a fim de sedimentar uma
“mentalidade de segurança”.
3) Demarcações de áreas restritas no interior do quartel;
4) Controle e acompanhamento da circulação interna de
pessoas estranhas ao OPM
4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS 4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Os Comandantes Regionais e de OPM’s Especiais, os a. Os Comandantes Regionais, e de OPM Especiais, os
Diretores e Ajudante-Geral, deverão garantir o efetivo Diretores e Ajudante-Geral, deverão definir o efetivo

118
Dia 11

mínimo à segurança das instalações policiais militares, necessário a segurança das instalações policiais militares, de
mediante a fixação do mínimo necessário às medidas acordo com a análise de riscos;
concretas de segurança que julguem adequadas aos OPM’s
subordinados; b. Os Comandantes de Frações destacadas deverão informar
b. Os Comandantes de Frações destacadas deverão informar imediatamente o Comando superior, quando da
imediatamente o Comando superior, quando da indisponibilidade de efetivo para cumprimento da presente
indisponibilidade de efetivo para cumprimento da presente NI;
NI.
c. A colocação de obstáculos visando impedir o trânsito de
veículos e pessoas nas áreas adjacentes aos Quartéis
(segurança afastada ou total) somente poderá ser realizada
nos casos de comprovada necessidade e após aprovação do
Comando Regional respectivo; c. O material bélico que estiver na arrecadação ou aquartelaria
d. O material bélico que estiver na arrecadação ou deve ser o mínimo necessário para o emprego no cotidiano,
aquartelaria deve ser o mínimo necessário para o emprego no sendo que o pagamento em cautela desse material ao efetivo
cotidiano, sendo que o pagamento em cautela desse material deve ser priorizado e o restante encaminhado para quarteis
ao efetivo deve ser priorizado e o restante encaminhado para onde a segurança seja mais reforçada;
quarteis onde a segurança seja mais reforçada; MIQUELI SOARES
e. O local destinado a guardar o material bélico deve ser
miqueli.xs@gmail.com
e. O local destinado a guardar o material bélico deve ser adequado a segurança e compatível ao risco de ataques, furtos
protegido ao máximo, sendo que o comandante local deve ou roubos;
providenciar no levantamento das necessidades e formalizá-
las anualmente ao escalão superior, até que sejam sanadas; f. O material apreendido em ocorrência policial e que tenha
f. O material apreendido em ocorrência policial e que tenha considerável valor monetário deve ser acondicionado em
considerável valor monetário deve ser acondicionado em local mais seguro possível e, na primeira oportunidade, ser
local mais seguro possível e, na primeira oportunidade, ser encaminhado ao Órgão que tenha competência para recebê-
encaminhado ao Órgão que tenha competência para recebê- lo, evitando assim maior risco às instalações;
lo, evitando assim maior risco às instalações; g. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua
g. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário,
publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Nota de Instrução n.º 2.6, de 26 de novembro
especialmente, a Nota de Instrução Operacional nº 013, de 21 de 2018.
de setembro de 2006.

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Dia 12

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.15/EMBM/2018

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.15/EMBM/2018

1. FINALIDADE
Regular as atividades, instalação e funcionamento da Patrulha Escolar Comunitária (PEC).

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal de 1988;
b. Convenção sobre o Direito da Criança, aprovada pela ONU em 1989, e em vigência no Brasil desde 1990;
c. Regras Mínimas das Nações Unidas para a Proteção dos Jovens Privados de Liberdade, aprovada pela ONU em 1990;
d. Regras Mínimas das Nações Unidas para a Administração Juvenil e a Convenção Americana sobre os Direitos Humanos
(Pacto de São José);
e. Decreto-Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 - Código Penal;
f. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
g. Diretriz Geral da Brigada Militar nº 018/BM/EMBM/2003 - Operação Volta às Aulas;
h. Diretriz de Polícia Comunitária nº 033/2015.
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3. EXECUÇÃO

a. Contextualização
1) A atuação policial moderna deve considerar a escola como um dos principais agentes socializadores, sendo responsável
não apenas pela difusão de conhecimentos, mas pela transmissão dos valores culturais entre gerações;
2) O impacto do grande número de eventos que influenciam na segurança do ambiente escolar, como bullying e
cyberbullying, entre outros, não raras vezes resulta em violência no meio estudantil;
3) A violência física, moral e psicológica no ambiente escolar, advinda de fatores externos ou internos, prejudicam o
funcionamento e a tranquilidade necessária ao bom desenvolvimento no ambiente escolar;
4) A existência de conflitos de circulação e acidentes de trânsito com danos materiais, lesões corporais ou morte, são fatores
que atentam contra a harmonia do ambiente escolar;
5) Os riscos do tráfico de drogas e outros crimes, além do vandalismo contra o patrimônio público ou particular, são pontos
críticos que devem ter atenção especial dos organismos de segurança e da comunidade escolar;
6) As ameaças ao público do segmento escolar, direta ou indiretamente, que afetam o estado de segurança e prejudicam o
funcionamento das atividades, causando transtornos no ambiente, gerando mobilização policial e desgaste das instituições
envolvidas, corrompem a paz na comunidade escolar.
b. Estratégias para o enfrentamento da violência escolar
1) Palestras educativas a professores, pais e alunos com temas diversos, segundo a necessidade de cada estabelecimento de
ensino;
2) Reuniões periódicas com pais, alunos, membros da comunidade e autoridades governamentais, entre outros, viabilizando
a construção de possíveis soluções para os problemas enfrentados pela comunidade escolar;
120
Dia 12

3) Mapeamento de locais críticos, no que se refere a incidências criminais e manutenção de um banco de dados com
informações relevantes para análise das questões relativas à violência;
4) Aproximação entre escola e comunidade, como forma de estabelecer diálogos de orientações administrativas, regras
internas e atividades culturais, objetivando evitar futuras ações de violência no ambiente escolar;
5) Realização de operações policiais qualificadas nos estabelecimentos mapeados e considerados como críticos;
6) Adoção de um policiamento voltado para a resolução de problemas nos locais com maior índice de ocorrências;
7) Aplicação de princípios do policiamento comunitário, que se traduzem numa maior aproximação com a comunidade,
possibilitando uma atuação conjunta na resolução de problemas;
8) Participação em atividades lúdicas em que o tema “paz” seja abordado numa linguagem fácil e ao alcance do público
escolar.
c. Modo de Atuação no Programa
1) O desenvolvimento do “Programa de Patrulha Escolar Comunitária” é obrigatório nas Unidades em nível Batalhão ou
Regimento, sendo recomendado nas demais frações independentes;
2) As ações de patrulhamento escolar comunitário podem ser realizadas cumulativamente com as demais missões de polícia
ostensiva;
3) Em patrulhas constituídas, preferencialmente, integradas por efetivos com treinamento em policiamento comunitário,
escolar ou formados no PROERD, bem como integrantes do PME (Programa Mais Efetivo), ressalvadas as limitações impostas a
estes em legislação própria e pelo perfil pessoal;
4) Efetivo selecionado, com baixa rotatividade, de forma a permitir a familiarização com a comunidade escolar;
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5) Gestão da rotina e planejamento compartilhado pelos executores e comandantes, ouvidos os gestores dos
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estabelecimentos de ensino;
6) Visitas de aproximação rotineiras; Reuniões periódicas articuladas em conjunto pela Brigada Militar e pela comunidade
escolar, com frequência mínima mensal;
7) A realização de parcerias com serviços públicos e privados com o intuito de dar encaminhamento de soluções e
providências;
8) Realização de seminários e eventos culturais com a participação da comunidade escolar, Brigada Militar e demais setores
da comunidade escolar, visando a facilitação de solução de problemas, difusão de conhecimentos e troca de experiências;
9) Escrituração e registros próprios conforme Anexo “D”.
d. Atribuições das Patrulhas
1) Executar o patrulhamento de forma aleatória, de modo que contemple todas as Escolas locais, dando ênfase aos
estabelecimentos de ensino onde se observam, mediante análise das ocorrências do segmento, os maiores problemas de segurança
pública;
2) Contribuir para o planejamento das ações preventivas de forma integrada, através das demandas recebidas e processadas,
conforme Apêndice nº 03 do Anexo “D”;
3) Efetuar visita de aproximação nos Estabelecimentos de Ensino nas áreas sob suas responsabilidades, aleatoriamente ou
por agendamento, com base no Cadastro de Informações da Fração, nos logradouros e endereços de forma rotineira, conforme
Relatório de Visitação do Apêndice nº 01 do Anexo “D”, que deverá ser desenvolvido em formulário ou em livro de registro;
4) Atuar por meio de guarnições equipadas e em condições técnicas de efetuar intervenção em caso de ocorrências;
5) Relatar periodicamente ao seu escalão superior, para fins de remessa externa, situação, demanda, reclame ou providências
cabíveis a outros órgãos, conforme consta no Apêndice nº 02 do Anexo “D”, no Boletim de Atendimento padrão da Corporação;

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Dia 12

6) Participar das reuniões com o segmento, desenvolvido pelos Comandos;


7) Participar das reuniões especiais, quando demandado, com as direções de escolas sobre problema pontual;
8) Propor e promover reuniões de caráter preventivo junto à direção escolar;
9) Articular-se para comparecer em todos os eventos de relevância, tais como festividades e datas cívicas para comunidade
escolar, independente de horários e dias da semana, contribuindo com antecipação na minimização de riscos de eventos nocivos à
segurança escolar;
10) Promover palestras, conforme prioridades de público alvo, no sentido de sensibilizar a mudança comportamental, visando
evitar atos que resultem nas vitimizações decorrentes de violências no meio;
11) Atuar com vista à reestabelecer a ordem pública no âmbito escolar, quando necessário, observando a técnica policial no
que diz respeito ao uso diferenciado da força, com base na legislação concernente ao tema;
12) Atuar preventivamente na mudança de comportamentos nocivos à segurança escolar de seus membros;
13) Desenvolver ações de repressão qualificada ao tráfico de drogas e ao porte ilegal de arma de fogo;
14) Atender ocorrências nos estabelecimentos de ensino, dando o devido encaminhamento aos fatos que resultem em atos
delituosos;
15) Propiciar a composição e orientação de partes escolares, com apoio de suas direções, na resolução de conflitos que não
figurem crimes ou atos infracionais.
e. Atribuições dos Comandantes Regionais
1) Determinar aos Batalhões e Regimentos, Cias ou Esquadrões Independentes com responsabilidade territorial, a
constituição de equipes para desenvolver o “Programa de Patrulha Escolar Comunitária”, nos termos na presente normatização;
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2) Determinar ações seguindo a metodologia de patrulhamento escolar comunitário, cumulativamente com as missões de
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polícia ostensiva, nos demais OPM subordinados;
3) Orientar aos Comandantes com responsabilidade territorial e/ou comandantes de Patrulha Comunitária Escolar a
realização de reuniões periódicas com seu efetivo, bem como a participação nas reuniões com o segmento escolar;
4) Realizar o controle, através de suas terceiras seções (P3), dos relatórios de serviço de que trata o Anexo “D” e do
calendário de reuniões com a comunidade escolar;
5) Orientar seus Comandos subordinados quanto à possibilidade de estabelecerem parcerias com serviços públicos e
privados no encaminhamento de soluções e providências para melhorias de segurança no ambiente escolar, na forma da legislação,
competências e atribuições legais;
6) Fiscalizar as ações prescritas neste modo de atuação.

f. Medidas preventivas a serem desenvolvidas pela Patrulha Comunitária Escolar


1) Atuação voltada aos cuidados dos pontos sensíveis à segurança no ambiente escolar:
a) Orientar o controle de acessos de pessoas no interior das Escolas, bem como da rotina de serviços;
b) Atentar sobre a rotina e controle de horários de aulas e fluxo de alunos na entrada e saída das aulas;
c) Antecipar possíveis alterações no perímetro escolar, de pessoas, objetos e serviços que possam comprometer e
modificar as condições de segurança ou funcionamento (veículo de propaganda, vendedores ambulantes, pessoas desocupadas ou
alunos de outras escolas, ...);
d) Alertar a direção da escola para conserto de muros e cercas danificadas;

122
Dia 12

e) Dar encaminhamento as demandas urgentes de infraestrutura e saneamento básico que possam contribuir para a
propagação de doenças infectocontagiosas, assim como a constatação de falta de iluminação, mato alto, árvores sem poda, depósito
de lixo irregulares nas proximidades, etc.
2) Palestras preventivas: Acerca de temas tais como: Bullyng, Cyberbullyng, agressão física e verbal, drogadição, violência
familiar, bem como o papel das autoridades de segurança pública e a consequência do cometimento de atos infracionais. Atentar:
a) O palestrante representa a instituição policial;
b) As palestras preventivas precisam atender a maioria das escolas;
c) Palestras esporádicas não surtem o efeito desejado, pois precisam de continuidade para gerar resultados;
d) Os policiais palestrantes precisam ser orientados sobre as técnicas didático-pedagógicas e possuir conhecimentos da
área abordada;
e) As palestras por policiais exemplares produzem melhores resultados.
3) A atuação no trânsito: A fiscalização de trânsito pela Brigada Militar constitui-se missão relevante, mesmo que
concorrente à competência municipal, tendo por fim a proteção dos riscos decorrentes do uso das vias, objetivando:
a) Promover a fluidez e segurança do trânsito nas imediações da escola;
b) Fiscalizar o transporte escolar irregular;
c) Proteger a travessia na faixa de pedestres próximo à escola;
d) Mediar conflitos decorrentes do uso das vias;
e) Abordar suspeitos e condutores de veículos que ofereçam riscos à segurança da região.
4) Visita de Aproximação ou Visitação: Rotina que vai além do tradicional patrulhamento, permanência ou diligência, que
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impõem aos patrulheiros o ingresso no estabelecimento, percorrida preventiva e interação com a comunidade escolar e com a direção
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escolar, como o objetivo de colher demandas, ajustar e orientar procedimentos e providências em prol da segurança no segmento.
Nestes convívios periódicos ocorrerá a salutar aproximação dos PMs com a comunidade escolar, estabelecendo uma atuação
didático-pedagógica a partir da atividade proativa estabelecida.
5) Operações especiais do policiamento comunitário escolar:
a) Operações de repressão ao tráfico e uso de drogas: Operações programadas a partir das informações obtidas pela
integração e dados de inteligência, no perímetro escolar, com a cooperação do corpo docente, ou demanda Judicial, desencadeadas
pelos Comandos Territoriais e suas equipes escolares e táticas.
b) Operação Volta as Aulas
(1) Caracteriza-se pelas ações da Corporação no reinício das atividades escolares anuais, com ênfase em reuniões e
palestras específicas com o segmento, bem como ajustes para o enfrentamento dos problemas rotineiros, com base nas experiências
anteriores;
(2) Também destacar nas mídias regionais tais ações no sentido de agregar o envolvimento de todos;
(3) Realizar cerimônias militares e formaturas integradas com as representações escolares como marco simbólico
das ações que serão desenvolvidas conjuntamente e incentivar as boas práticas.
c) Blitz de Trânsito: Barreiras policiais desenvolvidas nos acessos dos estabelecimentos escolares, com o objetivo de
coibir ações delituosas, identificar suspeitos e apreender armas e objetos relacionados a crimes. Podem ser operadas com
exclusividade pela Patrulha Escolar Comunitária ou com apoio de Forças Táticas dos Comandos com responsabilidade territorial,
observado critérios e formas de atuação voltadas a comunidade envolvida. Tem por finalidade precípua a educação e a prevenção.
g. Recomendações e Cautelas para atuações repressivas ou abordagens de qualquer natureza

123
Dia 12

1) O conhecimento das particularidades do local, o tipo de ação a ser realizada e seus participantes, não só garantem o êxito
das ações, mas também contribuem para sua efetividade e evitam danos ao desenvolvimento das crianças e dos adolescentes;
2) Nas abordagens decorrentes de operações, os policiais militares devem organizar-se em equipes, considerando o
perímetro da escola, em cooperação com o corpo docente, que lhes franquearão os acessos e auxiliarão na manobra de alunos e dos
ambientes internos, assim como servirão de testemunhas das ações desenvolvidas;
3) Policiais femininas são imprescindíveis na composição das frações que atuaram nas operações qualificadas;
4) Analisar aspectos legais, antes da atuação, para preservar e fundamentar seu desenvolvimento;
5) Obter a anuência da Direção ou representante legal da escola, e sua cooperação, no decurso de fato de risco ou apuração
de denúncia de suspeita fundada de ato infracional ou crime;
6) O PM deve evitar ficar sozinho com criança ou adolescente durante a abordagem policial;
7) Na busca em pessoas ou em seus pertences, o PM deve fazê-la, preferencialmente, com presença de testemunha;
8) Não usar algemas em crianças e adolescentes, salvo quando oferecerem risco a si próprio, ao policial ou à comunidade;
9) Cuidados especiais ao transportar criança ou adolescentes nas viaturas policiais;
10) Não fazer suspeições generalizadas e usar medidas repressivas desproporcionais.
h. Postura do Patrulheiro Comunitário Escolar
1) Manter um relacionamento cordial com a direção escolar;
2) Mostrar que sua ação é preventiva e educativa;
3) Sempre que possível, participar das reuniões com professores, pais e alunos, propondo, quando for o caso, mudanças de
comportamento para evitar ou minimizar ocorrências no meio do ambiente escolar;
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4) Transmitir confiança à comunidade, destacando que a Brigada Militar está sempre por perto, orientando-a como deve
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acioná-la se necessário;
5) Estimular a comunidade a dar informações à Brigada Militar;
6) Desenvolver sua liderança;
7) Procurar conhecer as pessoas que fazem parte da comunidade escolar;
8) Solucionar os problemas dentro de sua área de competência e atribuição, em parceria com a comunidade escolar;
9) Organizar e mobilizar a comunidade escolar a participar da prevenção à violência escolar;
10) Promover a educação para o trânsito, onde a orientação verbal antecipada se torna mais eficiente do que a autuação
repressiva;
11) Considerar que ausência de polidez em qualquer etapa da abordagem pode gerar um trauma psicológico irreparável ou
desconstruir uma imagem heróica do policial junto à criança ou adolescente;
12) Analisar se o caso é crime, ato infracional ou se pode ser resolvido administrativamente, de acordo com a legislação
vigente;
13) Apenas em casos excepcionais e que a situação exija, o policial fará uso diferenciado da força.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Os OPMs em nível de Batalhão ou equivalente devem adequar-se para constituir, desenvolver e aprimorar suas Patrulhas
Escolares Comunitárias (PEC).
b. As PEC deverão ter prioridade no atendimento de ocorrências policiais no segmento escolar;

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Dia 12

c. O policiamento comunitário se constitui numa estratégia Institucional em que a Patrulha Comunitária Escolar se apresenta
como Programa fundamental, objetivando satisfazer as necessidades, estabelecer relações de confiança mútua e proporcionar
redução do medo do crime no ambiente escolar;
d. As ações desenvolvidas pelos Núcleos de Policiamento Comunitário e Bases Móveis Comunitárias poderão contemplar
atividades de patrulhamento escolar comunitário, sem prejuízo dos métodos determinados nesta normatização;
e. Os resultados das atividades da PEC serão acompanhados, controlados e avaliados através dos indicadores próprios;
f. A eficiência e a eficácia das ações da PEC são de responsabilidade de todos os envolvidos, no âmbito de seus níveis e
atribuições;
g. Todas as ações e iniciativas similares em execução no âmbito da Instituição, independente da sua intitulação, deverão ser
adaptadas e aperfeiçoadas, com a devida redenominação, visando a perfeita adequação à presente regulamentação;
h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a
Nota de Instrução Operacional nº 040.1 de 03 de agosto de 2015.

ANEXOS (ver na INTRANET):


Anexo “A” – Conceitos;
Anexo “B” – Tipos de violência contra crianças e adolescentes;
Anexo “C” – Órgãos e Entidades Relevantes a atuação no Segmento Escolar;
Anexo “D’ – Ocorrências e Eventos Significativos à Prevenção.
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NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.20/EMBM/2018

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.20/EMBM/2018

1. FINALIDADE
Regular a atuação da Brigada Militar na execução de atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem pública em áreas
de vulnerabilidade social.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988 (Art. 144, Art. 226);
b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 06 de outubro de 1989 (Art. 260, VIII);
c. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
d. Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso);
e. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
f. DGBM nº 04, de 28 de agosto de 2001(Policiamento Comunitário);
g. DGBM nº 18, de 04 de fevereiro de 2003 (Operação Volta às Aulas);
h. Diretriz de Polícia Comunitária nº 33, de 17 de novembro de 2015.

3. EXECUÇÃO
a. Conceitos MIQUELI SOARES
1) Áreas de Vulnerabilidade Social: Áreamiqueli.xs@gmail.com
urbana ou rural que apresenta fatores condicionantes à vulnerabilidade social,
onde pessoas estão sujeitas, individual ou coletivamente, à exclusão social pela pobreza, dificuldade de acessos à educação, cultura,
saúde e renda, vivendo nas ruas ou habitações precárias e em áreas irregulares, condicionadas eventualmente a depender de favores
de outros para subsistência e estando sujeitos a influências comportamentais nocivas, para satisfação de suas necessidades básicas
e fins culturais. Estes ambientes apresentam indicadores de criminalidade e violência elevados;
2) Conselhos Comunitários de Segurança Pública e Fórum de Justiça e Segurança: Espaços de discussões sobre as questões
referentes à segurança pública. As lideranças comunitárias de cada bairro serão capacitadas para participar dos debates e ações de
segurança pública e mediação de conflitos, representando moradores em suas principais demandas e necessidades;
3) Gabinetes de Gestão Integrada Municipal (GGIM): A articulação entre as diferentes forças de segurança – polícia militar,
bombeiro militar, polícia civil, guarda municipal, secretaria de segurança pública – e representantes da sociedade civil.
4) Núcleos de Justiça Comunitária: São locais para mediar conflitos e promover a coesão social, mediações realizadas pelas
lideranças das comunidades. Essas lideranças serão identificadas por meio de parcerias com a Defensoria Pública, Ministério
Público, Tribunais de Justiça e a Secretaria de Reforma do Judiciário.
b. Fatores determinantes à classificação de uma Área Vulnerável de interesse da Segurança Pública
1) Altos índices de pobreza, baixos índices de trabalho e renda conforme indicadores sociais mínimos e da síntese destes
indicadores, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
2) Elevados índices de demandas assistenciais, de acordo com os órgãos oficiais dos municípios, do Estado e da União;
3) Elevados índices de violência e criminalidade, de acordo com dados oficiais da Segurança Pública;
4) Organizações criminosas e facções atuando nestes locais;
5) Organização comunitária sob a influência de criminosos tidos como referência na comunidade;

126
Dia 12

6) Ausência do Estado percebida pela inexistente ou incipiente atuação de seus órgãos de serviços e direitos de
responsabilidade constitucional;
7) Baixo nível educacional, conforme índices oficiais;
8) Ocupações irregulares, precárias e serviço de saneamento básico e urbanização deficientes;
9) Elevada densidade demográfica da área, potencializando os fatores que condicionam à vulnerabilidade social e as
violências decorrentes;
10) Quantidade significativa de pessoas trabalhando na informalidade.
c. Objetivos da atuação da Brigada Militar nas Áreas Vulneráveis
1) Preservação da Ordem Pública pela ocupação de espaços através de ações de Polícia Ostensiva;
2) Mapear, identificar e reprimir ações de facções criminosas, com ênfase na proteção às pessoas;
3) Reduzir os índices de violência e criminalidade;
4) Promover a interação com a comunidade, buscando restabelecer a confiança da na Brigada Militar;
5) Garantir o funcionamento de serviços públicos essenciais e propiciar o restabelecimento das ações destes órgãos no
ambiente;
6) Atuar de forma integrada com outros órgãos e instituições responsáveis para redução dos índices de violência e da
vulnerabilidade social;
7) Desenvolver estratégias e ações de Policiamento Comunitário visando à integração organização comunitária.
d. Metodologia para atuação em Área Vulnerável
1) Delimitação territorial mediante Sumário de Estudo Estado Maior (SEEM), sob responsabilidade dos Cmt de
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Unidades com responsabilidades territoriais; miqueli.xs@gmail.com
2) Realização de encontros sistemáticos com lideranças Comunitárias preferencialmente com a governança local por
meio de Fóruns e Conselhos;
3) Mobilização de órgãos com responsabilidade Constitucional na Segurança Pública, Saúde e Assistência Social, dentre
outras, em grupos de gestão integrada;
4) Desenvolver ações de Polícia Comunitária;
5) Desenvolver o PROERD nas Escolas da Área;
a) Formalizar as necessidades de ações ou omissões ou alterações constatadas a outros órgãos ou instituições por
ocasião do recebimento de demandas comunitárias nas Áreas, , conforme Anexo “A”;
6) Planejamento compartilhado do Programa de Patrulhamento com Visitação de locais de Risco, Logradouros e
Estabelecimentos de acordo com as demandas apontadas nas interações;
7) Realização de operações de repressão qualificada, com PATAMOS e POEs, de acordo com informações dos
Comandantes dos Territórios e da Inteligência em Quadro de Trabalho Específico;
8) Acompanhamento de Indicadores e Avaliação Anual.
e. Missão
1) Comandos Regionais de Polícia Ostensiva
a) Determinar aos Comandos subordinados, com responsabilidade territorial, a execução de SEEM;
b) Determinar e fiscalizar as ações de acordo com os objetivos da atuação da Corporação nestas áreas;
c) Analisar os resultados alcançados pelos OPM (Comandos Subordinados) subordinados frente as metas
estabelecidas para a redução dos índices de criminalidade nos principais delitos existentes na área vulnerável;
d) Articular e apoiar os Comandos subordinados nos esforços para o cumprimento destes objetivos.

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Dia 12

2) Comandante de Batalhão e OPM equivalente


b) Delimitar os Territórios das Áreas Vulneráveis mediante Sumário de Estudo de Estado Maior, anualmente, em
função do conhecimento das áreas e índices de violência e criminalidade verificados;
c) Acompanhar anualmente a evolução dos indicadores das Áreas Vulneráveis, através de SEEM, efetuando
controles quantitativos e análises qualitativas até dezembro de cada ano, com objetivo de diagnosticar resultados, para manutenção
ou interrupção de ações do programa em face das melhorias constatadas;
d) Remeter pelo canal de comando à PM3, em dezembro de cada ano e após a análise acima referida, a informação
de existência de áreas vulneráveis, bem como suas delimitações territoriais para fins de atuação nos termos desta Nota de Instrução,
conforme Anexo “B”;
e) Efetuar diariamente (supressão) registros administrativos de ações preventivas, registros de fatos atípicos,
conforme Anexo “C”;
f) Mobilizar Órgãos com responsabilidade Constitucional na Segurança Pública, Saúde e Assistência Social, dentre
outras, para atuação em conjunto;
g) Compor Patrulhas Comunitárias e Escolares de acordo com o quantitativo necessário e disponível para atuar com
ênfase nos objetivos previstos nesta norma;
h) Desenvolver o PROERD nas Escolas da Área;
i) Intensificar as ações de inteligência nos locais;
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j) Determinar a participação de policiais militares, conforme o nível organizacional requerido, nas reuniões de
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planejamento e estratégias, escuta e interação comunitária nas ações adotadas para atuação nos locais;
k) Participar de ações sociais nas áreas delimitadas, de acordo com as Diretrizes e Normas em vigor;
l) Desenvolver Operações repressivas qualificadas, com planejamento prévio e objetivando redução de riscos em
geral e danos colaterais;
m) Incentivar e valorizar os efetivos engajados em todos os processos e atividades fundamentais a redução delitiva e
do medo do crime, tanto equipes de repressão como equipes de inteligência e prevenção primária;
n) Empregar o efetivo para operar Postos Bases Móveis Comunitárias, porventura alocados na área, observando a
capacidade de resolução dos objetivos por esta fração;
o) Empregar os efetivos necessários e disponíveis, tanto em permanência da Instalação Militar de referência, se
existente, quanto em patrulhas constituídas, para exercer a Responsabilidade Territorial e atendimento das demandas no local;
p) Estabelecer metas, executar e avaliar mensalmente, visando à redução dos índices de criminalidade dos principais
delitos existentes na área vulnerável.
3) EMBM/PM3
a) Desenvolver ferramentas para recebimento de dados relativos às ações da Brigada Militar nas Áreas de
Vulnerabilidade Social;
b) Subsidiar o Comando da Corporação na análise, estudos e estratégias para atingimento dos objetivos propostos.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Enquadram-se nos conceitos desta Nota de Instrução as Áreas anteriormente delimitadas e nominadas “Territórios de Paz”,
sujeitando-se a novos SEEM para fins de reclassificação, manutenção ou alterações das formas de atuação da Corporação;

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Dia 12

b. Recomendam-se, ressalvadas as indisponibilidades ou imperiosa necessidade de serviço, que os efetivos orgânicos das
frações responsáveis não sejam movimentados internamente no período de um ano de forma a estabelecer comprometimento com
as ações, metas e estabelecimento de relações de confiança com as pessoas e Instituições da região;
c. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente a
Nota de Instrução Operacional nº 041, de 02 de julho de 2015.

Anexos (ver na INTRANET)


Anexo “A” - Modelo de comunicação de irregularidade para providências administrativas cabíveis a terceiros
Anexo “B” - Indicadores quantitativos diários em área vulnerável
Anexo “C” - Aspectos qualitativos a serem observados no Relatório Anual

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Dia 14

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.14/EMBM/20236

1. FINALIDADE

Regular os procedimentos administrativos e operacionais referente ao trânsito.

2. BASE LEGAL

a. Lei nº 9.503, de 23 setembro 1997 - Código de Trânsito Brasileiro;


b. Lei nº 9.099, de 26 setembro 1995 - Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências;
c. Lei nº 10.259, de 12 julho 2001 - Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça
Federal;
d. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 outubro 1941 - Código de Processo Penal;
e. Decreto-Lei nº 1.002, de 21 outubro 1969 - Código de Processo Penal Militar;
f. Resoluções do CONTRAN e CETRAN/RS;
g. Decreto nº 96.044/1988, de 18 maio 1988 e sua regulamentação;
h. Resoluções da ANTT;
i. Portarias do SENATRAN;
j. NBR 10697, de 16 de novembro de 2020, que define os termos técnicos utilizados na preparação e execução de pesquisas
MIQUELI
relativas a sinistros de trânsito e na elaboração de relatórios SOARES
estatísticos e operacionais.
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3. EXECUÇÃO

a. Das Competências

1) Compete à Brigada Militar executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão
ou entidade executivos de trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados (art. 23, III,
CTB);

2) A competência dos órgãos executivos do Estado e dos Municípios poderá ser exercida, mediante convênio, pela Brigada
Militar. Os convênios celebrados pela Brigada Militar reproduzem as seguintes situações:

a) Convênio BM/DETRAN: O DETRAN delegou à BM sua competência originária para a fiscalização de trânsito, a autuação
e a adoção das medidas administrativas;

b) Convênio BM/Municípios – Delegação: Os Municípios sem estrutura própria (Agentes Municipais de Trânsito) delegaram à
BM suas competências originárias para a operação e fiscalização do trânsito de veículos automotores e de tração animal, a promoção
da segurança de pedestres e ciclistas, a autuação, a adoção das medidas administrativas atinentes a cada infração de trânsito;

c) Convênio BM/Municípios – Reciprocidade: Os Municípios com estrutura própria (Agentes Municipais) e a Brigada Militar
estabeleceram atuação recíproca nas infrações de competência municipal e estadual, de modo que ambos podem atuar em quaisquer
infrações, independente da competência (Resolução nº 906/22, Portarias n.°354/22, 1230/22, 004/23 do SENATRAN); (alterado
21Jun23)

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Referência: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I - Última atualização: 21Jun2023 13h30. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina
130
Dia 14

d) Convênio BM/DETRAN/Centro de Remoção e Depósito de Veículos (CRD): As remoções de veículos automotores em


virtude de crimes ou infrações de trânsito devem ser efetuadas através do telefone de discagem direta gratuita disponibilizada pelo
DETRAN (Disque CRD);

e) Convênio BM/DAER: O DAER delegou à BM, através do Comando Rodoviário da Brigada Militar, sua competência
originária para a fiscalização de trânsito, a autuação e a adoção das medidas administrativas nas rodovias estaduais.

b. Dos Crimes de Trânsito - Procedimentos:

1) Art. 302 CTB - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:

a) Sinalizar o local;

b) Promover o socorro à(s) vítima(s), inclusive o condutor-autor;

c) Isolar e preservar o local, quando necessário, observadas as Leis nº 5.970/73, 8.862/94 e 6.174/74, a fim de que seja
realizado levantamento do local, pelo órgão do IGP – Instituto Geral de Perícias;

d) Comunicar o fato à Polícia Civil (Instrução Normativa Conjunta (INC) nº 001, de 09 Junho 04, e nº 002, de 28 Junho 04);

e) Arrolar testemunhas;

f) Dar voz de prisão em flagrante a(os) condutor(es)/autor(es), quando couber e quando possível, de acordo com as
circunstâncias do sinistro, excetuando o que prevê o art. 301 do CTB;

g) Providenciar a realização do teste de alcoolemiaMIQUELI SOARES


do(s) condutor(es)/autor(es), com base no previsto no art. 277 do CTB c/c
art. 302 §3º do CTB; miqueli.xs@gmail.com

h) Preencher o Boletim de Acidente de Trânsito (BAT), se necessário, de acordo com as especificidades locais;

i) Preencher o Relatório de Avarias;

j) Preencher Boletim de Atendimento – BA;

k) Se a Polícia Civil comparecer ao local, entregar, mediante recibo, as partes, objetos, veículos e documentos; se não
comparecer, realizar a apresentação das partes e testemunhas e a entrega dos objetos, documentos e veículos, mediante recibo, na
DP, no momento em que já fará o registro Policial de Ocorrência;

l) Quando constatada alguma infração de trânsito, lavrar o competente Auto de Infração de Trânsito (AIT) e adotar as medidas
administrativas cabíveis, analisando todas as circunstâncias do fato.

2) Art. 303 CTB - Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:

Nota: Ao atender este tipo de ocorrência, faz-se necessário que o policial avalie o contexto dos acontecimentos a fim de
verificar a possibilidade da referida infração penal se enquadrar nas exceções 7, além das causas de aumento de pena8.

7
art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de Processo
Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber. § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de
lesão corporal culposa o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, exceto se o agente estiver: I - sob a influência de álcool ou
qualquer outra substância psicoativa que determine dependência; II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição
ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente; III - transitando em velocidade superior à máxima
permitida para a via em 50 km/h (cinquenta quilômetros por hora). § 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser instaurado inquérito policial para a
investigação da infração penal.
8
§ 1o do art. 302. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: I - não possuir
Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem
131
Dia 14

a) Sinalizar o local;

b) Promover socorro à(s) vítima(s), inclusive condutor-autor;

c) Isolar e preservar o local, observadas as Leis nº 5.970/73, 8.862/94 e 6.174/74, para a realização do levantamento do local
pelo órgão de Perícia. No caso do não comparecimento do referido Órgão, a guarnição de serviço deverá consignar tal fato no BA;

d) Arrolar testemunhas;

e) Providenciar a realização do teste de alcoolemia do(s) condutor(es)/autor(es), com base no previsto no art. 277 do CTB;

f) No caso de recusa do condutor em realizar o teste de alcoolemia, e apresentar MAIS DE UM SINAL de alteração de
capacidade psicomotora, preencher o auto de constatação caracterizando o conjunto de sinais que indique que o condutor está com
a capacidade psicomotora alterada, confeccionar AIT de acordo com o art. 165, dar voz de prisão e conduzir o condutor para
Delegacia de Polícia;

g) Preencher o Boletim de Acidente de Trânsito (BAT);

h) Preencher o BO na modalidade TC (Boletim de Ocorrência - Termo Circunstanciado) quando o condutor não estiver sob
influência de álcool. Somente será lavrado BO-COP quando o condutor-autor não estiver presente no local;

i) Será confeccionado BO-COP: quando não houver possibilidade de determinar a autoria do crime em tela e quando o autor
ou vítima estiverem hospitalizados sem condições de se manifestar;

j) Quando for viatura da Brigada Militar será confeccionado BOPM, no lugar do BO-COP;
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k) No caso da confecção do BO-TC, se a(s) vítima(s) desejar(em) exercer seu direito subjetivo de representação, encaminhar
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as partes a Exame de Corpo de Delito;

l) No caso da confecção do BO-TC, se a(s) vítima(s) não desejar(em) representar contra o autor, os veículos não serão
recolhidos. Se os veículos não possuírem condições de circular com segurança, devem ser providenciadas as remoções pelas
partes envolvidas;

m) No caso de negativa de representação contra o autor, se encaminha as partes para exame de corpo delito, podendo elas
optarem por não comparecerem, devendo-se esclarecer à vítima que poderá representar contra o acusado num prazo decadencial
de 6 (seis) meses, com o prejuízo das perícias não realizadas;

n) No caso das partes envolvidas não estiverem presentes no local do sinistro, recolher os veículos ao CRD (Centro de
Remoção e Depósito);

o) Confeccionar Relatório(s) de Avarias;

p) No caso de TC, onde o autor não assumir o compromisso de comparecimento no JECrim, este deve ser conduzido para a
Delegacia de Polícia;

q) Dar voz de prisão em flagrante ao(s) condutor(es)/autor(es) quando couber9 e quando possível, de acordo com as
circunstâncias do sinistro, conforme prevê o art. 291, §1º, do CTB, ou quando houver a incidência de alguma das causas de
aumento de pena, consoante art. 302 §1º;10

risco pessoal, à vítima do acidente; IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
9
Exceto nos casos do artigo 301 da Lei 9.503/1997
10
É pacífico o entendimento jurisprudencial de que a incidência de causa (s) de aumento de pena afasta a competência do Juizado Especial Criminal em razão da
132
Dia 14

r) Quando constatada alguma infração de trânsito, lavrar o competente AIT e adotar as medidas administrativas cabíveis,
analisando todas as circunstâncias do fato;

s) Nas infrações de ação penal pública condicionada ou de ação penal privada, estando a vítima impossibilitada de manifestar-
se quanto ao desejo de dar seguimento ao feito, o policial deve registrar um BO-COP;11

3) Art. 304 CTB – Omissão de socorro.12

a) Adotar as providências relativas ao atendimento do evento de trânsito (BAT);

b) Lavrar o BO (TC ou COP);

c) Lavrar o competente AIT, com base no art. 176, inciso I, do CTB, analisando todas as demais

circunstâncias do fato.

4) Art. 305 CTB – Fuga do local do acidente.13

a) Adotar as providências relativas ao atendimento do evento de trânsito (BAT);

b) Lavrar o BO (TC ou COP);

c) Preencher o Boletim de Atendimento – BA;

d) Lavrar o competente AIT.

5) Art. 306 CTB – Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada.14
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a) Procedimentos a serem adotados quando da constatação de alcoolemia:

Com uso de etilômetro:

Realizar o teste de alcoolemia, através de etilômetro, aferido pelo INMETRO e homologado pelo DENATRAN. Se a medição
realizada apresentar índice igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/l), deve-se
proceder da seguinte forma:

1) Prender em flagrante o condutor do veículo, apresentando-o à autoridade de Polícia Judiciária, juntamente com o veículo, o
comprovante de teste de alcoolemia (técnico) e objetos, se houver;

2) Arrolar testemunhas, preferencialmente que não sejam os Policiais envolvidos na ocorrência;

pena ultrapassar a pena máxima cominada de dois anos.


11
Na mesma linha do artigo 302, neste crime (LCC) também não há a necessidade do condutor conduzir o seu veículo em via pública, basta estar à direção de
veículo automotor e agir com culpa. Há de se inferir, também, que autolesão não é considerada crime, assim o autor não pode ser sujeito passivo (vítima) do crime
em comento. Neste caso, confeccionar apenas BA e BAT.
12
O crime do art. 304 do CTB só pode ser cometido por condutor de veículo envolvido em sinistro. Assim, se na mesma oportunidade motoristas de outros veículos,
não envolvidos no sinistro, deixam também de prestar socorro, incidem no crime genérico de omissão de socorro descrito no art. 135 do CP. O mesmo ocorre em
relação a pessoas que não estejam na condução de veículos automotores. É também requisito deste crime que o agente não tenha agido de forma culposa, pois, caso
o tenha, o crime será de homicídio ou lesões culposas com a pena aumentada (arts. 302 § 1º, III e 303, § 1º).
13
Nas circunstâncias que o veiculo acidentado é abandonado no local do sinistro, com claro intuito de encobrir algum delito, também confeccionar o BO-COP neste
enquadramento.
14
Em decorrência da Resolução CONTRAN 432/13, art. 3º, bem como com ao advento da Resolução 985/22 do CONTRAN, onde trás em sua ficha do art. 165 do
CTB, campo informações complementares, item 2, que a produção de eventual contraprova, a que alude o §2º, do art. 306 do CTB, é de responsabilidade exclusiva
da polícia judiciária, em momento posterior à apresentação do preso, sugerimos: Que o Policial Militar ao flagrar condutor com visíveis sinais de embriaguez ao
volante, no ato se concretiza a primeira prova, pois o Policial tem fé pública, devendo o mesmo, após 15 minutos realizar o teste do etilômetro, e em caso de índice
para condução a DP, que seja feito sem reteste, da mesma forma, nos casos da infração administrativa, onde o Policial deverá substanciar todas as informações no
histórico do AIT e/ou histórico na DP de que no momento da abordagem, (que obrigatoriamente deverá ser no mínimo 15 minutos anterior a realização do teste do
etilômetro), foi verificado tais sintomas. Sendo assim, a primeira prova fica a cargo do policial militar e a segunda prova se dará através do teste do etilometro, e no
momento da apresentação na DP do condutor que está no índice de crime, o delegado poderá solicitar a contraprova que o mesmo entender.
133
Dia 14

3) Preencher o(s) documento(s) operacional(is) correspondente(s) – (Boletim de Atendimento –BA, Termo de Recolhimento
de Documentos de Habilitação);

4) Lavrar o competente AIT, com base no art. 165 do CTB. Em caso da recusa do condutor a realizar o teste do etilômetro e
apresentar mais de UM SINAL, lavrar-se-á o Termo de Constatação de Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora, em
conformidade com o art. 5º e seu parágrafo 2º nos termos do anexo II da Res. 432/13 do CONTRAN;

5) Consultar a tabela de Valores Referenciais para Etilômetro, descontado o erro máximo admissível, para o preenchimento do
Auto de Infração de Trânsito cabível ao caso.

b) Em razão de recusa:

1) O condutor que se recusar a ser submetido a teste de etilômetro, exame clínico ou pericial que permita certificar a influência
de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência, e não apresentar ou apresentar apenas um sinal de
alteração de capacidade psicomotora deverá ser autuado no art. 165-A (conforme resolução 985/22, ficha do art. 165 A);

2) Caso o condutor venha a recusar-se a efetuar qualquer dos procedimentos previstos no art. 277, caput, do CTB, e
apresentar mais de um sinal de alteração de capacidade psicomotora, será autuado conforme art. 165 do CTB;

3) Identificar dois ou mais sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora, em conformidade com o art. 5º e seu
parágrafo 2º nos termos do anexo II da Res. 432/13 do CONTRAN, lavra o respectivo termo e:

a) Arrolar testemunhas;

b) Prender em flagrante o condutor do veículo,MIQUELI SOARES


apresentando-o à autoridade de Polícia Judiciária, juntamente com o
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veículo, o Termo de Constatação de Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora e objetos, se houver;

c) Preencher o Boletim de Atendimento – BA;

d) Lavrar o competente AIT, com base no art. 165 do CTB.

c) Quando não houver etilômetro disponível, ou ainda quando da presença de outras substâncias psicoativas:

(1) O condutor deverá ser submetido exame clínico ou pericial que permita certificar a

influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência;

(2) Identificar dois ou mais sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora, em conformidade com o art. 5º e seu
parágrafo 2º nos termos do anexo II da Res. 432/13 do CONTRAN, lavrar o respectivo termo e:

(a) Arrolar testemunhas;

(b) Prender em flagrante o condutor do veículo, apresentando-o à autoridade de Polícia Judiciária, juntamente com o veículo, o
Termo de Constatação de Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora e objetos, se houver;

(c) Preencher o Boletim de Atendimento – BA;

(d) Lavrar o competente AIT, com base no art. 165 do CTB.

6) Art. 307 CTB - Violar a suspensão ou a proibição para dirigir veículo automotor:

a) Quando a suspensão for por determinação judicial:

134
Dia 14

(1) Lavrar o respectivo Termo Circunstanciado, observado o prazo inicial e final da penalidade;15

(2) Recolher a CNH, PD ou ACC (Autorização para conduzir ciclomotor – Res. 789/20) do condutor-autor, mediante Termo
de Recolhimento, em duas vias, sendo uma entregue ao infrator;

(3) Lavrar o competente AIT, com base no art. 162, Inciso II, do CTB, podendo ser entregue o veículo a qualquer pessoa
habilitada indicada pelo infrator, registrando a entrega no AIT;

(4) Lavrar BO-TC pelo art. 310 do CTB, para o proprietário do veículo quando este não for o condutor/infrator, e
estiver/comparecer ao local da ocorrência;

(5) Lavrar BO-COP com fundamento no art. 310 do CTB, nos casos em que a pessoa, seja ela proprietária ou responsável pelo
veículo, não se apresentar ao policial militar, referenciando no histórico da NGO o nome completo e o número do CPF/CNPJ do
proprietário que consta no sistema e Consultas Integradas, buscando colher o relato do condutor/infrator no sentido de que este
indique o nome da pessoa que, de fato, permitiu/entregou a direção do veículo.16

b) Quando a suspensão do direito de dirigir for administrativa17

Aos condutores flagrados com o direito de dirigir suspenso, confirmados por consulta junto ao sistema Consultas integradas e
GID/Detran, deverão ser adotados as seguintes medidas:

(1) Se abordado dentro do prazo início e fim de cumprimento da SDD:

(a) Lavrar o competente AIT, com base no art. 162, Inciso II, do CTB, podendo ser entregue o veículo a qualquer pessoa
habilitada indicada pelo infrator, registrando a entregaMIQUELI
no AIT; SOARES
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(b) Recolher a CNH, PD ou ACC (Autorização para conduzir ciclomotor – Res. 789/20) do condutor-autor, mediante Termo
de Recolhimento, em duas vias, sendo uma entregue ao infrator.

(2) Condutor abordado após a data de término da punição mas ainda não realizou o curso de reciclagem:

(a) Autuar com base no art. 162, VII do CTB, por Dirigir veículo sem possuir cursos específicos obrigatórios, não devendo ser
recolhido o documento de habilitação;

(b) Retenção do veículo até a apresentação de condutor devidamente habilitado, e caso não apresente, o veículo deverá ser
removido ao depósito do CRD via 0800 Detran-RS.

7) Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição
automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela
autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada:

15
Quando não constar a data final da penalidade por decisão judicial, e ter a expressão “por tempo indeterminado” lavrar-se o BO-TC no artigo 307 da Lei
9.503/97.
16
JULGAMENTO HC DA 6ª TURMA STJ É atípica a conduta contida no art. 307 do CTB quando a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo automotor advém de restrição administrativa. A conduta de violar decisão administrativa que suspendeu a habilitação para dirigir
veículo automotor não configura o crime do art. 307, caput, do CTB, embora possa constituir outra espécie de infração administrativa, a depender do caso concreto.
STJ. 6ª Turma. HC 427.472-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 23/08/2018 (Info 641).
17
a. Quando for consultado junto ao Sistema Consulta integradas e este confirmar que o condutor está com o |direito de Dirigir Suspenso, o militar diante dos dados
obtidos verificará junto ao sistema GID/ DETRAN o histórico do condutor junto a abas “Módulos-Pesquisa condutor - Situação”.
b. A informação também poderá ser obtida no site do DETRAN/RS no campo HABILITAÇÃO/ CNH, opção “MAIS” e após “Suspensão e Cassação” onde consta
o processo;
c. As CNH recolhidas deverão ser remetidas ao órgão executivo de trânsito, mediante ofício;
d. O condutor indicado para condução do veículo somente assumirá a direção do veículo posterior a consulta da situação sua CNH junto ao sistema Consultas
Integradas ou GID/DETRAN.
135
Dia 14

a) Tem-se, portanto, que a redação da Lei 13.546/2017 acrescentou ao art. 308 do CTB a seguinte expressão: “Ou ainda de
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor.” Com isso, a mera execução de manobras arriscadas
na direção de veículo automotor passou a ser tipificada também como crime, mesmo diante da inexistência de corrida, disputa
ou qualquer outro tipo de competição automobilística.

b) Para configurar o crime previsto no caput, devem estar presentes os seguintes fatores:

(1) autor esteja na direção de veículo automotor;

(2) fato ocorra na via pública;

(3) ausência da autorização mencionada;

(4) dano potencial à incolumidade pública ou privada (isto é, não basta que se presuma o dano, mas o ocorrido deve se
revestir da materialidade suficiente para demonstrar um perigo à coletividade).

c) Em vista do princípio da especificidade, vale destacar que o crime do art. 308 do CTB absorve a contravenção penal
prevista no art. 34 do Decreto-lei n.° 3.688/41: “Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, pondo em
perigo a segurança alheia”.

d) A alteração da redação do caput, trazida pela Lei n.° 13.546, apenas incluiu a participação do condutor em “exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo automotor” (infração de trânsito do art. 175 do CTB), sem qualquer mudança
quanto à pena a ser aplicada).
MIQUELI
8) Art. 309 CTB - Dirigir veículo automotor sem SOARES
a devida Permissão:
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a) Caracteriza-se pela condução de veículo automotor em via pública, sem ter PPD ou CNH, ou durante o período em que o
direito de dirigir estiver cassado, desde que, da conduta, resulte perigo de dano concreto (zigue-zague, alta velocidade, ultrapassar
o sinal vermelho, freadas bruscas, contramão de direção).18

b) Lavrar o BO - Termo Circunstanciado, constando as ações que geraram o perigo de dano concreto;

c) Em estando a CNH do condutor cassada, recolher a mesma mediante Termo de Recolhimento, em duas vias, sendo uma via
do recibo entregue ao infrator;

d) Arrolar testemunhas ou informar a inexistência;

e) Lavrar o competente AIT, com base no art. 162, incisos I ou II, do CTB, podendo ser entregue o veículo a qualquer pessoa
habilitada indicada pelo infrator, registrando a entrega no AIT;

f) Lavrar BO-TC pelo art. 310 do CTB, para o proprietário do veículo quando este não for o condutor/infrator, e
estiver/comparecer ao local da ocorrência;

g) Lavrar BO-COP com fundamento no art. 310 do CTB, nos casos em que a pessoa, seja ela proprietária ou responsável pelo
veículo, não se apresentar ao policial militar, referenciando no histórico o nome completo e o número do CPF/CNPJ do
proprietário que consta no sistema de Consultas Integradas, buscando colher o relato do condutor/infrator no sentido de que este
indique o nome da pessoa que, de fato, permitiu/entregou a direção do veículo;

18
A simples condução de veículo sem possuir CNH ou PPD não gerando perigo de dano é atípica (não há crime, conforme Súmula 720/99, do STF, a qual
derrogou a contravenção penal descrita no art. 32 da LCP, lavrando apenas o AIT).
136
Dia 14

h) Se o autor estiver presente e se negar a assumir o compromisso de comparecer em juízo, conduzi-lo até a delegacia de
polícia para a lavratura do APF.

9) Art. 310 CTB – Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação
cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez,
não esteja em condições de conduzi-lo com segurança:19

a) Arrolar testemunhas ou informar a inexistência;

b) Lavrar BO-TC de acordo com a Súmula 575 do STJ20

c) Lavrar o competente AIT, observando os arts. 163 (entregar), 164 (permitir ou confiar) e 166 do CTB, no que couber, e
todas as demais circunstâncias do fato;

d) Quando o proprietário se fizer ausente e não comparecer no local:

(1) Arrolar testemunhas ou informar a inexistência;

(2) Lavrar BO-COP, referenciando no histórico o nome completo e o número do CPF/CNPJ do proprietário que consta no
sistema de Consultas Integradas, se este foi o autor, buscando colher o relato do condutor/infrator no sentido de que este indique o
nome da pessoa que, de fato, permitiu/entregou a direção do veículo;21

(3) Lavrar o competente AIT, observando os art. 164 e 166 do CTB, no que couber, e todas as demais circunstâncias do fato.

10) Art. 311 CTB - Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais,
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estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou
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concentração de pessoas, gerando perigo de dano:

a) Lavrar BO - Termo Circunstanciado, constando as ações que geraram o perigo de dano concreto;

b) Arrolar testemunhas;

c) Lavrar o competente AIT, observando o art. 220, inciso I (passeatas, cortejos) e inciso XIV (hospitais) do CTB, e todas as
demais circunstâncias do fato.

O crime de trânsito do art. 311 do CTB, por trafegar em velocidade incompatível em determinados locais, relaciona-se à
infração de trânsito discriminada no art. 220, em especial os incisos I e XIV: “Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma
compatível com a segurança do trânsito: I – quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles; e XIV

19
O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito determina que a conduta “entregar” exige a presença do proprietário junto ao condutor não habilitado no momento
da abordagem, ao passo que a conduta “permitir” caracteriza-se pela ausência do proprietário junto ao condutor não habilitado no momento da abordagem.
20
Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das
situações previstas no art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução do veículo.” O crime previsto no
art. 310 do CTB é crime de perigo abstrato (Informativo 559): DIREITO PENAL. CARACTERIZAÇÃO DO CRIME DE ENTREGA DE DIREÇÃO DE
VEÍCULO AUTOMOTOR A PESSOA NÃO HABILITADA. Para a configuração do crime consistente em "permitir, confiar ou entregar a direção de veículo
automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso" (art. 310 do CTB), não é exigida a demonstração de perigo
concreto de dano. Isso porque, no referido artigo, não há previsão, quanto ao resultado, de qualquer dano no mundo concreto, bastando a mera entrega do veículo a
pessoa que se sabe inabilitada para a consumação do tipo penal. Trata-se, portanto, de crime de perigo abstrato. Precedentes citados do STJ: RHC 40.650-MG,
Quinta Turma, DJe 14/10/2013; e RHC 39.966-MG, Quinta Turma, DJe 28/10/2013. Precedente citado do STF: HC 12.0495, Primeira Turma, DJe 15/5/2014.
REsp 1.468.099-MG, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 19/3/2015, DJe 15/4/2015. No caso de confecção de BO-TC nas hipóteses da parte final do mencionado
artigo, deve ser descrita no histórico a condição que impossibilita a condução segura do veículo pela pessoa flagrada na direção do mesmo;
21
Se o condutor/infrator não informar quem lhe permitiu, confiou ou entregou a direção do veículo, lavrar o BO-COP colocando como suspeito o proprietário que
consta no sistema Consultas Integradas
137
Dia 14

– nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação
de pedestres”.22

Diferentemente do que ocorre em relação ao excesso de velocidade e à velocidade abaixo da mínima permitida (infrações de
trânsito dos arts. 218 e 219), para a configuração da infração do art. 220 e do crime do art. 311, não há a necessidade de medição da
velocidade do veículo no momento dos fatos, sendo necessária a análise circunstancial; assim, uma velocidade de 30, 40 ou 50 km/h,
por exemplo, pode ou não ser compatível com a segurança em determinado local e/ou horário, o que exige, do agente público que
constatar a conduta, uma avaliação criteriosa, levando-se em consideração a seguinte definição, própria da Direção defensiva:
“velocidade compatível com a segurança é aquela que permite ao condutor total domínio do veículo, a fim de evitar risco às outras
pessoas, independente das condições adversas”.
Podemos citar como velocidade incompatível com a segurança a situação em que o condutor freia bruscamente seu veículo (o
que se permite apenas por razões de segurança, conforme art. 42 do CTB), quase atropela alguém (ou chega a atropelar), ou desvia
abruptamente de um obstáculo na via pública, perdendo temporariamente o controle da direção, entre outras.

A condição adicional para a ocorrência do crime, se comparada à infração de trânsito, consiste no “gerar perigo de dano”
(incolumidade pública a pessoas), o que exige uma característica específica para a punição criminal da conduta; assim, podemos
admitir que a velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque
e logradouros estreitos será tão somente infração administrativa (art. 220 do CTB) quando tais locais estiverem desprovidos de
pessoas, pois não haverá o perigo de dano presente, o que descaracterizaria a infração penal (art. 311 do CTB).

11) Art. 312 CTB - Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo
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procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de
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induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:23

a) Arrolar testemunhas;

b) Fazer constar como fato complementar na lavratura da ocorrência ou no Termo Circunstanciado;

c) Lavrar o competente AIT, com base no art. 176, inciso III, do CTB (sinistro com vítima), observando todas as demais
circunstâncias do fato.

c. Dos Sinistros de Trânsito

1) Em ocorrência de sinistro de trânsito somente com danos materiais o Policial Militar deverá:

a) Através da SOP, orientar imediatamente as partes a desobstruírem a via para garantir a segurança e a fluidez do trânsito, desde
que os veículos tenham condições de rodagem, e caso não seja cumprido, o ME, mediante abordagem, deverá autuar no art. 178 do
CTB;

b) Sinalizar o local para evitar novos sinistros;

c) Verificar a situação dos veículos e dos condutores;

d) Submeter os condutores ao exame do etilômetro, conforme prevê o art. 277 do CTB;

22
O entendimento do excesso de velocidade está no senso comum inerente ao homem médio.
23
Ex.1. Lugar: Alterando a cena do crime, para se fazer supor que o fato tenha ocorrido em local diverso de onde realmente ocorreu;
Ex.2. Coisa: Retirando vestígios que induzam a responsabilidade pela ocorrência ou modificando peças automotivas para se isentar de culpa;
Ex.3. Pessoa: fazendo alguém se passar pelo motorista, para acobertar o fato de o condutor não ser habilitado ou estar sob efeito de álcool.
138
Dia 14

e) Tomar ciência de como se deram os fatos e verificar se há dolo ou outro crime;

f) Não havendo crime, lavrar o BOAT, BA e demais documentos operacionais cabíveis;

g) Caso algum veículo necessite de remoção, esta deve ser solicitada pelo próprio condutor;

h) No atendimento de sinistros de trânsito, lavrar-se-á o AIT quando houver constatação de infração de trânsito, em que o agente
da autoridade de trânsito tiver elementos de convicção suficientes, que caracterizam a conduta infracional, como, por exemplo, de
condutor não habilitado ou sob influência de álcool, ou, ainda, de veículo não licenciado ou em mau estado de conservação.

Todavia, o fato circunstancial terá que se revestir de toda a materialidade relativa à infração efetivamente cometida e não de
mera presunção subjetiva do agente.

2) Sinistro de Trânsito com Lesões Corporais e Morte de Pessoa:

a) Deverão ser adotadas as providências previstas para os delitos de trânsito de homicídio culposo e de lesão corporal culposa
(arts. 302 e 303 do CTB) definidos na presente NI;

b) No atendimento de sinistros de trânsito, lavrar-se-á o AIT quando houver constatação de infração de trânsito, em que o agente
da autoridade de trânsito tiver elementos de convicção suficientes, que caracterizam a conduta infracional, como, por exemplo, de
condutor não habilitado ou sob influência de álcool, ou, ainda, de veículo não licenciado ou em mau estado de conservação.

Todavia, o fato circunstancial terá que se revestir de toda a materialidade relativa à infração efetivamente cometida e não de
mera presunção subjetiva do agente.
MIQUELI SOARES
3) Sinistro de Trânsito com Danos Materiais, Lesões Corporais ou Morte de Pessoa, envolvendo Veículo da Brigada
miqueli.xs@gmail.com
Militar:

1) Lavrar Boletim de Acidente de Trânsito (BAT) e do Boletim de Atendimento (BA), sendo supervisionados pelo Oficial de
Serviço, que deverá confeccionar o competente BOPM;

2) Nos locais onde não existir Oficial de Serviço, o BAT e BA, deverão ser supervisionados pelo Fiscal de Serviço Externo, que
deverá confeccionar o competente BOPM;

3) Solicitar o IGP no local;

4) Em caso de negativa ou impossibilidade de comparecimento do IGP, fazer constar no BA, e proceder o levantamento
planimétrico e fotográfico do local;

5) Em caso de Evento Morte, confeccionar BOPM, para fins acionamento do IGP;

6) Em caso de Evento com Lesões Corporais entre veículos policiais militares e veículos civis, informar a(s) parte(s) civil(is)
envolvida(s) quanto aos procedimentos que serão adotados na esfera de Polícia Judiciária Militar;

7) As viaturas policiais militares envolvidas no sinistro serão removidas para a sede da OPM, detentora de sua carga ou outro
local sob administração policial militar devidamente indicado pelo detentor da carga, as quais deverão ser mantidas incólumes para
fins de perícias complementares, até que esta condição seja oportuna e conveniente para os atos de Polícia Judiciária Militar.

d. Classificação dos Danos – Pequena, Média e Grande Monta (Ver Resolução Nº 810/2020, Alterada pela Resolução 851/21
do SENATRAN)

139
Dia 14

O veículo envolvido em sinistro deve ser avaliado pelo policial, na esfera das suas competências estabelecidas pelo Código de
Trânsito Brasileiro, e ter seu dano classificado, conforme estabelecido nos Anexos, desta NI:

1) Para automóveis, camionetas, caminhonetes e utilitários, com estrutura em monobloco, a classificação do dano deve ser
realizada conforme estabelecido no Anexo “M” desta NI;

2) Para motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos e quadriciclos, a classificação do dano deve ser realizada conforme
estabelecido no Anexo “N” desta NI;

3) Para reboques e semirreboques, caminhonetes e utilitários com estrutura em chassis, caminhões e caminhões-trator, a
classificação do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo “O” desta Resolução;

4) Para ônibus e micro-ônibus, a classificação do dano deve ser realizada conforme estabelecido no Anexo “P” desta Resolução;

5) O cumprimento dos procedimentos previstos na Resolução n.° 810/20 e 851/21 do SENATRAN não dispensa o registro
completo do sinistro no Boletim de Acidente de Trânsito – BAT;

6) Concomitantemente à lavratura do Boletim de Acidente de Trânsito (BAT), o policial deve avaliar o dano sofrido pelo veículo
no sinistro, enquadrando-o em uma das categorias a seguir e assinalar o respectivo campo no “Relatório de Avarias”, constante em
cada um dos anexos mencionados no número anterior:

a) Dano de pequena monta;

b) Dano de média monta;


MIQUELI SOARES
c) Dano de grande monta. miqueli.xs@gmail.com
7) Foto panorâmica de sentido crescente da via e foto panorâmica de sentido decrescente da via (Conforme Res 810/20);

8) No relatório de avarias: ao ser preenchido, o militar deve ao marcar qualquer item como NA (não avaliado) justificar no
campo específico para tal, no sistema, assim como no próprio relatório de avarias anexo à resolução;

9) Devem ser anexadas ao BAT fotografias do veículo acidentado – laterais direita e esquerda, frente e traseira, devendo ser
justificada a impossibilidade de juntada de imagens;

10) Será responsabilidade do Auxiliar do Pelotão e, em seguida, do Comandante de Pelotão avaliar a qualidade de fotos, croqui
e o cumprimento do tempo prescrito para homologação e envio dos dados (5 dias);

11) O Comando Regional de Polícia Ostensiva, após prévia análise da 3ª Seção e do respectivo Chefe do EM poderá reavaliar a
monta, com a reclassificação dos danos, de ofício, exercendo a autotutela ou quando a requerimento da parte interessada se verificar
a necessidade de revisão do BAT;

12) Em caso de danos de “média” ou “grande monta”, o órgão ou entidade fiscalizadora de trânsito responsável pelo Boletim de
Acidente de Trânsito (BAT) deve, em até SESSENTA24 dias da data do sinistro, expedir ofício, acompanhado dos registros que
possibilitaram a classificação do dano, ao órgão executivo de trânsito do Estado (DETRAN), responsável pelo registro do veículo,
conforme modelo constante em anexo; (alterado 21Jun23)

24
REDAÇÃO ANTERIOR: 12) Em casos de danos […] em até TRINTA dias da data do sinistro.
140
Dia 14

13) O envio da documentação poderá ser efetuado por meio eletrônico previamente definido entre os órgãos, excepcionalmente
admitido o meio postal, desde que contenha de forma visível a assinatura, o nome e matrícula do policial que emitiu o documento
ou de seu superior hierárquico (art. 4°, § 1º da Res. nº 810/20/CONTRAN);

14) A cópia dos documentos encaminhados ao DETRAN, no qual se encontra registrado o veículo, ficará arquivada no local de
origem para futuras consultas.

e. Infrações de Trânsito

Conforme o prescrito no Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, a autuação é ato administrativo, vinculado na forma da
lei, da autoridade de trânsito ou seus agentes quando da constatação do cometimento de infração de trânsito, devendo ser formalizado
por meio da lavratura do Auto de Infração de Trânsito (AIT).

O AIT é peça informativa que dá início ao processo administrativo e subsidia a autoridade de trânsito para aplicação das
penalidades, devendo ser preenchido de acordo com as disposições contidas no artigo 280 do CTB e demais normas regulamentares,
com o registro do fato que fundamentou sua lavratura.

Quando a configuração de uma infração depender da existência de sinalização específica, esta deverá revelar-se suficiente e
corretamente implantada de forma legível e visível. Caso contrário, o agente não deverá lavrar o AIT, comunicando à autoridade de
trânsito com circunscrição sobre a via a irregularidade observada.

As infrações estão tipificadas no Capítulo XV do CTB – artigos 162 a 255, sobre as quais deve ser observado o seguinte:

1) Do Auto de Infração de Trânsito (AIT): MIQUELI SOARES


miqueli.xs@gmail.com
a) APP DETRAN (Talonário Eletrônico de Multas);

b) Excepcionalmente na indisponibilidade do sistema/aplicativo poderá ser lavrado o AIT em talonário físico;

c) Do Fornecimento:

(1) O P3 do OPM deverá orientar e disponibilizar o aplicativo ao ME, havendo interesse do ME utilizar seu próprio aparelho
para lavrar os AITs, mediante termo de autorização, conforme anexo “C”;

(2) Compete ao Departamento de Logística e Patrimônio (DLP) a previsão e obtenção de equipamentos eletrônicos, como
Smartphones e/ou Tablet para utilizar os aplicativos operacionais, de modo a atender às necessidades dos OPM.

d) Do recebimento e distribuição:

(1) Compete ao DLP receber os equipamentos eletrônicos e distribuir aos Comandos;

(2) A PM3, o OPM e o PM operador do App TEM são responsáveis solidários pela atualização do APP.

e) Do fluxo do AIT (Anexo “Q”):

(1) Autuação por infração de competência estadual;

(2) A Autuação se dará quando a infração for constatada pelo Policial Militar;

(3) O AIT será lavrado pelo PM que constatar a infração, com a observância do art. 280 do CTB (vide Res. nº
217/06/CONTRAN e Portarias 354/22, 1230/22, 004/23 do SENATRAN;

(4) Verificação da consistência pelo Comandante imediato;

141
Dia 14

(5) A homologação deverá ocorrer no prazo máximo de 25 dias, face o limite de 28 dias para expedição do AIT;

(6) Os AIT cancelados ou anulados serão homologados como inconsistentes no SIT.

f) Autuação por infrações de competência municipal:

(1) Somente nos Municípios onde houver JARI’s instaladas;

(2) A autuação se dará quando a infração for constatada pelo Policial Militar;

(3) O AIT será lavrado pelo PM que constatar a infração, com a observância do art. 280 do CTB (vide Res. nº
217/06/CONTRAN e Portaria 354/22, 1230/22, 004/23 do SENATRAN;

(4) Verificação da consistência pelo Comandante imediato;

(5) Disponibilizar os AIT’s aos municípios para homologação em um prazo até 10 dias; verificar junto a PM3;

(6) Homologação pelo município e retorno dos AIT’s para o OPM;

(7) Os AIT cancelados ou anulados serão homologados como inconsistentes no SIT.

2) Da Autuação de Veículos Estrangeiros:

a) Todo veículo licenciado e registrado em outro país deve seguir as normas de trânsito estabelecidas pelo Código de Trânsito
Brasileiro, Convenção de Viena e RBUT, estando sujeito às penalidades e medidas administrativas neles estabelecidas;

b) Toda inobservância às normas do CTB constitui infração de trânsito, devendo ser lavrado o respectivo Auto de infração de
MIQUELI SOARES
Trânsito; miqueli.xs@gmail.com
c) O AIT lavrado deve ser, o mais breve possível, homologado no SIT;

d) O condutor estrangeiro, antes de sair do território brasileiro, deve quitar todos os valores pendentes, decorrentes das infrações
de trânsito constatadas;

e) Arquivamento, previsto apenas para os AITs lavrados em talonário físico, serão em lotes mensais e por ordem cronológica de
registro, devendo permanecer em arquivo pelo prazo de 5 (cinco) anos.

3) Da Notificação da Autuação por Infração de Trânsito (NAIT):

Dar-se-á nos termos da Resolução 918/22 CONTRAN e da Resolução nº 088/CETRAN/14 alterada pela 110/CETRAN/16.

a) Do Recebimento da Defesa de Autuação:

(1) Todo condutor autuado possui o direito subjetivo de ingressar com a DEFESA DA AUTUAÇÃO, assim prevê o art. 6º
da resolução 900/22/CONTRAN: “A defesa ou o recurso deverá ser protocolado no órgão ou entidade de trânsito autuador, ou
enviado, via postal, para o seu endereço, respeitado o disposto no artigo 287 do CTB”;

(2) Assim que o condutor infrator ingressar com a Defesa da Autuação, deve o PM protocolála no SIT;

(3) Documentos necessários para ingressar com a Defesa de Autuação:

(a) Requerimento de defesa da autuação;

(b) Cópia da NAIT (imprescindível para protocolar a Defesa de Autuação) ou do Auto de Infração de Trânsito- AIT;

142
Dia 14

(c) Cópia da CNH ou outro documento de identificação que comprove a assinatura do requerente e, quando pessoa jurídica,
documento comprovando a representação;

(d) Procuração, quando for o caso.

(4) Da entrega da defesa e recurso de autuação será fornecido o número de protocolo ao impetrante:

(a) As defesas e os recursos, direcionadas a JADA/JARI - DETRAN/RS, só poderão ser na forma eletrônica no site do
DETRAN;

(b) O não acompanhamento da documentação obrigatória na defesa não impede o recebimento, entretanto deverá ficar
consignada tal situação no recibo de entrega (Resolução n.° 900/22 CONTRAN).

f. Dos Recursos de Penalidades

1) Os recursos de penalidades deverão ser admitidos e encaminhados, de acordo com o que prevê a Resolução Nº 918/22 do
CONTRAN, às Juntas Administrativas de Recurso de Infração (JARI) respectivas no prazo máximo de 05 (cinco) dias ao do
recebimento, com as informações julgadas oportunas, conforme art. 285, § 2º, do CTB;

2) A JARI de destino será aquela do DAER, do DETRAN ou do Município, competente para julgar a infração recorrida, de
acordo com a competência estabelecida na Resolução Nº 906/22, do CONTRAN, e Portarias nº 354/22, 1230/22, 004/23 do
SENATRAN;

3) Os recursos relativos a atuações lavradas pelos OPM’s do CRBM deverão ser encaminhados à JARI/DAER;
MIQUELI SOARES
4) A interposição de recursos pode ser feita emmiqueli.xs@gmail.com
qualquer OPM, mesmo que diverso do que lavrou o AIT. Quando o AIT tiver
sido lavrado por outro órgão, que não a BM (PRF ou Agentes Municipais), o usuário deve ser orientado a fazer o encaminhamento
no órgão que o lavrou, o que pode ser feito via postal ao endereço das juntas de recursos do mesmo;

5) No momento da interposição do recurso, devem ser juntados ao requerimento os seguintes documentos, em cópia reprográfica,
verificados pelo Policial Militar recebedor mediante a exibição do original, conforme preconiza a Resolução n.° 900/22 CONTRAN,
resolução 88/14 foi alterada pela resolução 110/16 do CETRAN/RS:

a) Cópia do AIT25, NAIT ou cópia da NIP (Notificação de Imposição de Penalidade) ou outro documento que contenha a placa
do veículo e o número do AIT;

b) Razões do recorrente;

c) Cópia da CNH ou outro documento de identificação que comprove a assinatura do requerente e, quando pessoa jurídica,
documento comprovando a representação;

d) Cópia do Certificado de Registro e Licenciamento Anual do Veículo (infrações até 31/03/22);26

e) Procuração, quando for o caso;

f) No momento do recebimento de recurso, o OPM deverá numerá-lo, paginá-lo e protocolá-lo, lançando, no verso da folha de
recurso, a data e hora de entrada e a assinatura do recebedor. 27

25
Se o OPM for o Órgão autuador este deve juntar a copia do AIT.
26
A partir de 01/04/22 não há necessidade de juntada do CRLV.
27
Tal procedimento é de suma importância, pois permite a análise da tempestividade do instrumento recursal.
143
Dia 14

g) A análise sobre a concessão, ou não, de efeito suspensivo a recurso interposto, é de competência do DETRAN ou dos órgãos
executivos de trânsito, não sendo atribuição da Brigada Militar;

h) Os pedidos de diligências realizados pelas JARI’s diretamente aos OPM deverão ser atendidos no menor espaço de tempo
possível, a fim de permitir o oportuno julgamento dos recursos;

i) Os recursos e as diligências deverão ser remetidos às JARI’s;


j) A baixa de AIT no SIT só deverá ser procedida em atendimento a decisões das JARI’s;

k) Em havendo discordância da decisão da JARI, poderá o órgão autuador interpor recurso ao CETRAN/RS;

l) Os recursos e as diligências solicitadas deverão ser remetidos às JARI’s/DETRAN, através de SEDEX (Cartão Postagem,
conforme convênio).

g. Das Medidas Administrativas

Estão previstas no art. 269 do CTB e a adoção delas constitui atribuição da BM por delegação expressa do órgão executivo
estadual (DETRAN) e dos demais órgãos executivos de trânsito conveniados.

Medidas administrativas são providências de caráter complementar, exigidas para a regularização de situações infracionais,
sendo, em grande parte, de aplicação momentânea, e têm como objetivo prioritário impedir a continuidade da prática infracional,
garantindo a proteção à vida e à incolumidade física das pessoas e não se confundem com penalidades.

Compete à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e seus agentes aplicar as medidas administrativas, considerando
a necessidade de segurança e fluidez do trânsito. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
A ausência de registro no AIT da medida administrativa adotada ou a impossibilidade de sua aplicação ou conclusão não
invalidam a autuação pela infração de trânsito. A eventual invalidação, anulação ou arquivamento do AIT não prejudicará,
necessariamente, a medida administrativa aplicada pelo agente da autoridade de trânsito.

As Medidas Administrativas Consistem em:

1) Retenção do Veículo – art. 270 do CTB:

a) Deve ser adotada nos casos expressos no CTB, reproduzidos no Anexo “A” da presente NI;

b) No caso do parágrafo 2º do art. 270 do Código de Trânsito Brasileiro, não sendo possível sanar a falha no local da infração,
o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente
habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual (CLA), por meio de recibo, assinalando-se prazo
razoável, de até 30 dias, ao condutor para regularizar a situação, para o que se considerará, desde logo, notificado. Conforme prevê
o parágrafo único do art. 133 do CTB, o CLA tem seu porte dispensado, quando, no momento da fiscalização, seja possível acesso
ao sistema informatizado para verificar se o veículo está devidamente licenciado;

c) A liberação e entrega do veículo ao condutor regularmente habilitado será feita, desde que não comprometa a segurança no
trânsito e não se configure como de grave e iminente risco a segurança, assim, deverá autuar o infrator, recolher virtualmente o
CRLV, conforme art. 270 §1º e 2º, ambos do CTB;

d) Caso o motivo da retenção seja de grave e iminente risco à segurança do próprio condutor e demais usuários da via, deverá o
veículo ser removido para o depósito;

144
Dia 14

e) No caso do parágrafo 5º do art. 270, quando se tratar de transporte coletivo conduzindo passageiros ou de veículo de carga
transportando produto perigoso ou perecível pode ser aplicado o disposto no inciso III do art. 274 do CTB, desde que o veículo
ofereça condições de segurança para circulação em via pública a retenção pode deixar de ser aplicada imediatamente;

f) No caso do parágrafo 6º do art. 270 do Código de Trânsito Brasileiro, não efetuada a regularização no prazo a que se refere o
parágrafo 2º, será feito registro de restrição administrativa no RENAVAM por órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados
e do Distrito Federal, a qual será retirada após comprovada a regularização;

g) O descumprimento das obrigações estabelecidas no §2º do art. 270, resultará na remoção do veículo ao depósito, aplicando-
se, nesse caso ao disposto no art. 271, ou seja, caso o veículo seja flagrado, em circulação, fora do prazo estipulado no recibo de
recolhimento, sem a devida regularização, deverá ser autuado pela respectiva irregularidade e recolhido ao depósito, nos termos do
§ 7º do art. 270 do CTB.

2) Remoção do Veículo – art. 271 do CTB

a) Deve ser adotada nos casos expressos no CTB, reproduzidos no Anexo “A” da presente NI;

b) Art. 271- O veículo será removido, nos casos previstos neste Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade
competente, com circunscrição sobre a via;

c) Quando a irregularidade puder ser sanada no local onde for constatada a infração, o veículo será liberado tão logo seja
regularizada a situação.

§ 9º-A. Quando não for possível sanar a irregularidade


MIQUELI SOARES no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de
segurança para circulação, serámiqueli.xs@gmail.com
liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do
Certificado de Licenciamento Anual, contra a apresentação de recibo, e prazo razoável, não superior a 15 (quinze) dias,
será assinalado ao condutor para regularizar a situação, o qual será considerado notificado para essa finalidade na mesma
ocasião.

§ 9º-B. O disposto no § 9º-A deste artigo não se aplica às infrações previstas no inciso V do caput do art. 230 e no inciso
VIII do caput do art. 231 deste Código.

§ 9º-C. Não efetuada a regularização no prazo referido no § 9º-A deste artigo, será feito registro de restrição administrativa
no Renavam por órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, o qual será retirado após
comprovada a regularização.

§ 9º-D. O descumprimento da obrigação estabelecida no § 9º-A deste artigo resultará em recolhimento do veículo ao
depósito, aplicando-se, nesse caso, o disposto neste artigo.

Resolução 151/22 que entrou em vigor em 12 de dezembro de 2022, regulamentando:

Art. 1º O proprietário e/ou condutor de veículo automotor poderão realizar, no ato, em eventual fiscalização de trânsito, o
pagamento de débito, gravado no prontuário do veículo, que possa evitar a remoção.

§ 1º A verificação de pagamento dos débitos na forma do "caput" deste artigo apenas impede a imposição da medida
administrativa de remoção do veículo, não afastando as demais penalidades previstas na Lei Federal n.º 9.503, de 23 de
setembro de 1997, nem importando na efetiva regularização do veículo.

§ 2º Caso seja tecnicamente viável e do interesse do proprietário e/ou condutor, poderão ser pagos outros débitos, ainda
que não evitem a medida administrativa de remoção.

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Dia 14

Art. 2º Será considerado pagamento no ato da abordagem, para os efeitos do artigo 1º, aquele realizado em até 30 (trinta)
minutos a partir da constatação do débito pela autoridade de trânsito ou seu agente.

Parágrafo único. Caberá à autoridade de trânsito ou seu agente, quando identificada a pendência passível de pagamento
eficaz para evitar a medida administrativa, comunicar ao proprietário ou a seu condutor a faculdade prevista nesta
Resolução e o momento em que se considerou iniciado o tempo previsto no caput.

Art. 3º Os pagamentos poderão ser realizados através de dispositivos disponibilizados pela autoridade de trânsito ou seu
agente, no momento da abordagem, ou de sistema ou aplicativo de instituição bancária de que o responsável faça uso em
seus dispositivos eletrônicos, desde que possibilite o pagamento e que seja apto a comprovar, através de documento com
dados suficientes para identificar a origem da operação, o efetivo pagamento do débito.

§ 1º. A apresentação do comprovante de pagamento fornecido pelo estabelecimento bancário é suficiente para os efeitos
do artigo 1º desta Resolução, devendo a autoridade de trânsito, ou seu agente, certificar-se de que o documento corresponde
ao título representativo do débito.

§ 2º Não comprovam o pagamento documentos que indiquem o agendamento da operação ou qualquer outra circunstância
que não represente o efetivo pagamento.

Art. 4º Não se enquadra na autorização contida nesta Resolução o pagamento imediato de débito nos casos em que a norma
legal preveja a remoção por outras razões que não somente existência de débito.

Art. 5º Aplica-se o art 271, § 9º do CTB, mesmo diante da impossibilidade de pagamento dos débitos, nos casos de
excepcionalidade que se enquadrem nas previsões do art. 1º, § 5º c/c art. 269, § 1º, ambos do CTB, devidamente relatado
e circunstanciado pelo agente ou autoridade de trânsito, com inclusão de restrição administrativa no RENAVAM, pela
MIQUELI SOARES
entidade executiva de trânsito domiqueli.xs@gmail.com
Estado.

d) Considera-se iniciada a operação de remoção quando o veículo destinado para a remoção (guincho) se encontrar no local da
infração e o responsável pelo guincho já tiver iniciado qualquer procedimento mecânico de guinchamento, tais como, destravamento
do sistema de transmissão ou de frenagem, amarração de rodas, veículo sobre ao menos um dos patins, colocação de veículo na
lança do guincho, ou, subida de veículo, ainda que parcial, na plataforma do guincho, entre outros.

O veículo será removido ao depósito nos seguintes casos:

(1) Quando a irregularidade não for sanada e não se apresentar o condutor regularmente habilitado ou o veículo não reunir
condições para transitar com segurança;

(2) Quando o veículo não estiver devidamente registrado e licenciado, caso opte ou não consiga quitar os débitos conforme
prevê a Resolução 151/22 do CETRAN/RS;

(3) Quando necessário à boa ordem administrativa. O atendimento à boa ordem administrativa se dará nas infrações em que,
embora a irregularidade possa ter cessado em razão da abordagem, seja necessário garantir que a conduta não será praticada
novamente, tendo como objetivo prioritário a proteção à vida, à Segurança Viária e à incolumidade física da pessoa, em
consonância com o § 1º do art. 269 do CTB. São exemplos de infrações que ensejam o recolhimento do veículo ao depósito,
quando necessário à boa ordem administrativa: arts. 173; 174; 175; 210; 230, I; 231, VIII; 239; 253; e 253-A;

(4) O veículo em estado de abandono ou acidentado poderá ser removido para o depósito fixado pelo órgão ou entidade
competente, componente do Sistema Nacional de Trânsito, independentemente da existência de infração à legislação de trânsito.
Considera-se veículo em estado de abandono o veículo estacionado na via ou em estacionamento público, sem capacidade de
locomoção por meios próprios e que, devido a seu estado de conservação e processo de deterioração, ofereça risco à saúde

146
Dia 14

pública, à segurança pública ou ao meio ambiente, independentemente de encontrar-se estacionado em local permitido. A
remoção do veículo acidentado será realizada quando não houver responsável pelo bem no local do sinistro;

(5) A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado para esse fim, a serviço do órgão de trânsito, ou, na falta deste,
valendo-se da própria capacidade de movimentação do veículo a ser removido, desde que haja condições de segurança para o
trânsito, de acordo com a regulamentação do órgão responsável pela remoção;

(6) Nas infrações de estacionamento em que se prevê a remoção do veículo, esta não será aplicada se o condutor, regularmente
habilitado, retirar o veículo de onde se encontra irregularmente, desde que esteja devidamente licenciado e em condições de
circulação, se a retirada do veículo do local ocorrer antes do início da operação de remoção, ou ainda, quando o agente avaliar
que a operação de remoção trará ainda mais prejuízo à segurança e/ou fluidez da via;

e) A remoção somente deverá ser realizada por credenciado pelo DETRAN, acionado pela própria Autarquia, via Disque-CRD
(Centro de Remoção e Depósito de Veículos); Caso o disqueCRD não esteja operando, o policial militar deverá solicitar à sala de
operações o contato com o CRD;

f) Em nenhuma hipótese, o condutor ou proprietário deverá ser constrangido a aguardar a chegada do permissionário, assinar o
Termo de Remoção e Depósito de Veículo, nem impedido de cessar o estado infracional;

g) Em hipótese alguma, o Policial providenciará condutor para remover o veículo e nem ele próprio se disporá a fazê-lo, salvo
em casos que o local ofereça risco a guarnição ou o veículo comprometa a segurança viária, devendo ser registrado em Boletim de
Atendimento (BA) conforme disposto no §1° do art. 269 do CTB;
MIQUELI SOARES
h) Excepcionalmente, desde que o veículo ofereça condições de segurança, o Policial Militar lavrará o AIT, e a seu critério,
miqueli.xs@gmail.com
liberará o veículo, observando o seguinte: a remoção do veículo não se dará quando veículos particulares estiverem Transportando
Pessoa Portadora de Deficiência, Idoso, Criança, Gestante ou Pessoa que Necessite de Cuidados Médicos com Urgência, e
não sendo possível outro meio de transporte e em condições razoáveis de segurança (p. ex.: o local não possui linha regular de
ônibus ou não possibilita o acionamento de outro meio de transporte), para tanto deverá fundamentar tal procedimento no AIT ou
BA, em conformidade com a legislação específica de cada caso, desde que ofereça condições de segurança para a circulação em via
pública;

i) Após o veículo ter sido recolhido ao depósito, somente será liberado pelo DETRAN, através do Centro de Remoção e Depósito
(CRD).

3) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para dirigir ou autorização para conduzir ciclomotor
– art. 272 do CTB

a) Deve ser adotado nos casos previstos na parte geral do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Resolução CONTRAN
985/22, reproduzidos no Anexo “A” da presente NI;

b) O Policial Militar somente aplicará a medida administrativa de recolhimento de documento de habilitação quando ele flagrar
o cometimento das infrações previstas nos art. 162, II (Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir
ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspensão do direito de dirigir). No caso do art. 162, II, quando o
documento de habilitação for apresentado em meio físico, o agente da autoridade de trânsito deve providenciar o seu recolhimento,
mediante recibo, para que seja feito o encaminhamento para a autoridade de trânsito responsável pela aplicação da penalidade de
suspensão ou cassação. Se o documento for apresentado em meio digital, o bloqueio já estará inserido no próprio sistema do Renach;

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Dia 14

Da mesma forma, deve ser recolhida quando o Policial Militar detectar indícios de inautenticidade ou adulteração, o documento
de habilitação apresentado deverá ser recolhido e encaminhado, juntamente com o condutor, para a Polícia Judiciária, nos termos
do art. 272 do CTB.

c) Observar os seguintes procedimentos para o encaminhamento do documento de habilitação (CNH, PD ou ACC) ao


infrator:

(1) Na ocorrência da infração do art. 162, II, CTB (condutor com direito de dirigir suspenso ou cassado, conforme a Res
723/18 alterada pela Res 844/21), a CNH deve ser recolhida mediante recibo, sendo uma via entregue ao infrator, e enviada à
OPM para o devido encaminhamento, mediante ofício, ao DETRAN o qual vai adotar os procedimentos estabelecidos na Portaria
nº 653/18 – DETRAN/RS.

4) Recolhimento do Certificado de Registro de Veículo (CRV) – art. 273 do CTB

a) O recolhimento do CRV se dará conforme o previsto no art. 273 do CTB, devendo, no caso do inciso I (inautenticidade), o
veículo e o documento ser encaminhados à Polícia Civil, sendo o condutor preso em flagrante delito, nos termos dos arts. 297 e 304
do Código Penal;

b) Comprovada a infração de trânsito, lavrar AIT, observando o art. 234 do CTB;

c) Nos casos do art. 273, inciso II (não transferência do veículo em até 30 dias), do CTB, o recolhimento do CRV será feito
mediante recibo e encaminhado, mediante ofício, ao DETRAN.

5) Recolhimento do Certificado de Licenciamento SOARES – art. 274 do CTB


Anual (CLA/CRLV)
MIQUELI
miqueli.xs@gmail.com
a) O Recolhimento do CLA/CRLV se dará conforme o previsto no art. 274 do CTB, devendo, no caso do inciso I
(inautenticidade), o veículo e o documento ser encaminhados à Polícia Civil, sendo o condutor preso em flagrante delito, nos termos
dos arts. 297 e 304 do Código Penal;

b) Comprovada a infração de trânsito, lavrar AIT, observando o art. 234 do CTB;

c) No caso do art. 274, inciso II (se o prazo de licenciamento estiver vencido):

Lavrar o competente AIT, conforme art. 230, inciso V, do CTB; Aplicar a medida administrativa de remoção do veículo.
Observada a previsão do decreto 55.735/2128 e Resolução 151/22 do CETRAN/RS.

e) No caso do art. 274, inciso III, do CTB (no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não puder ser sanada no local), o
Policial Militar lavrará AIT, recolherá o CLA/CRLV de forma virtual, mediante recibo, onde será mantido pelo prazo de até 30
(trinta) dias nas infrações que tem a medida administrativa de Retenção e de até 15 dias quando tem a medida administrativa de
Remoção, a fim de oportunizar que o condutor regularize a situação, quando, então, deverá ser dado baixa no sistema. Findo tal
prazo, sem a regularização da situação, deverá o OPM incluir no SIT uma restrição administrativa, visando impedir o fornecimento
de uma segunda via do CLA/CRLV. O infrator deverá procurar o OPM de origem da infração para que possa regularizar a situação
de sua documentação;

f) O descumprimento do disposto no § 2º do art. 270 e § 9º-A do art. 271 do CTB, resultará na infração do art. 195 do CTB,
devendo ser lavrado pelo OPM que concedeu o prazo no primeiro dia após o vencimento do período estipulado;

28
Quando usuário efetivar o pagamento no ato da constatação da infração, apresentando o comprovante do pagamento dos débitos (físico ou digital), o veículo
será restituído ao mesmo e não será recolhido, não afastando a necessidade da lavratura do AIT.
148
Dia 14

g) Caso o veículo seja abordado, fora do prazo concedido, ainda com a mesma infração que resultou no recolhimento virtual do
CLA, este deverá ser autuado novamente na mesma infração, removendo o veículo com base no art. 270, § 7º do CTB para os casos
em que teve Medida Administrativa de Retenção (art. 270, § 2º do CTB), e o art. 271, § 9º-D do CTB para os casos que previa
Medida Administrativa de Remoção (art. 271, § 9º-A);

h) Caso o veículo abordado conste a Restrição Administrativa imposta por uma infração que ensejou o recolhimento virtual do
CLA, e esta já foi regularizada, o Policial, sem nova autuação, deverá orientar o condutor para que compareça junto ao OPM
autuador para retirar a restrição;

i) É importante salientar que o contra recibo só é válido para o deslocamento até um local mais próximo onde possa ser sanado
o problema, isto é, o veículo não está autorizado a transitar fora do espaço mínimo necessário para resolução do problema.

6) Transbordo de Carga em Excesso – art. 275 do CTB

Observar o que prescreve o art. 275 do CTB, referente a medida administrativa de retenção e nos casos de medida administrativa
de remoção observar o que preconiza o art. 6º da Res 623/16 CONTRAN.

a) Aplica-se, no que couber, a critério do Agente, o parágrafo 5º do art. 270 do CTB;

b) Observar o preconizado pela Resolução n.° 882/21/CONTRAN e suas alterações.

7) Realização de Teste de Dosagem de Alcoolemia ou Perícia de Substância Entorpecente ou que Determine Dependência
Física ou Psíquica
MIQUELI
a) Quando submeter o condutor aos testes, exames SOARES
e perícias:
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Conforme o art. 277 do CTB, o condutor de veículo automotor envolvido em sinistro de trânsito ou que for alvo de fiscalização
de trânsito poderá se submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, permita
certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. Aduziu a Lei 12.760/12 que tais
comprovações devem ser disciplinadas pelo CONTRAN, ou seja, atualmente a Res. 432/13 CONTRAN regula essas situações.

b) Quando é constatada a embriaguez por meio de etilômetro:

(1) Medição até 0,04 mg/L - enquadra-se na margem de tolerância da Resolução n.° 432/13), após a verificação da situação
do veículo, o motorista deve ser liberado;

(2) Medição de 0,05 mg/L até 0,33 mg/L - enquadra-se na redação do art. 165, mas ainda não alcança o índice definido para
o crime do art. 306, todos do CTB:

(a) Autuação do motorista, enquadrando-o no art. 165 do CTB;

(b) Inserir os dados do equipamento ofertado ao condutor (marca e modelo), assim como data da verificação e número do
Inmetro;

(c) De acordo com o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, quando o motorista não for o proprietário do
veículo, dever ser autuado também pelo art. 166 do CTB. Ficha do 121 art.166 do CTB, assim fica consignado:

I. Para que o AIT seja embasado pela ação de “entregar”: exige a presença do proprietário junto ao condutor no momento
da abordagem;

149
Dia 14

II. Para que o AIT seja embasado pela ação da conduta “confiar”: caracteriza-se pela entrega da chave ao condutor pelo
proprietário do veículo e por sua ausência, no momento da abordagem, devendo obrigatoriamente ser constatado pelo ME
que a alteração do estado físico e mental do condutor deu-se antes do ato de confiar a direção.

(d) O veículo pode ser entregue à pessoa devidamente habilitada indicada pelo motorista, que também deve ser submetido
ao teste (Res. 432/13);

(e) Caso não seja possível a apresentação de condutor devidamente habilitado, o veículo deve ser recolhido ao CRD,
conforme art. 270 §4º do CTB;

(f) A comprovação da capacidade psicomotora do infrator será realizada, preferencialmente, por etilômetro.

(3) Medição igual ou acima de 0,34 mg/L - enquadra-se na redação do art. 165 e alcança o índice definido para o crime do
art. 306, todos do CTB:

(a) Prisão do motorista;

(b) Arrolar testemunhas;

(c) Condução do motorista e testemunhas para a DP;

(d) Fazer constar no relato policial os sintomas de embriaguez apresentados pelo condutor;

(e) Sobre o veículo, o ME deverá contatar com a DP sobre a necessidade da apresentação, por ser objeto do delito. Caso a
autoridade judiciária entenda desnecessário, deverá ser liberado para pessoa devidamente habilitada (também submetida ao teste
MIQUELI SOARES
de alcoolemia), indicada pelo usuário infrator, registrando-se no BA a providência adotada;
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(f) Lavratura do AIT, tendo por base o art. 165 do CTB;

(g) Inserir os dados do equipamento ofertado ao condutor (marca, modelo), assim como data da verificação e número do
Inmetro;

(h) Lavratura de BA;

(i) De acordo com o Manual Básico de Fiscalização de Trânsito, caso o motorista não seja o proprietário do veículo,
deverá ser lavrado o AIT, com base no art. 166 do CTB. De acordo com a ficha do art.166 do CTB, assim fica consignado:

I. para que o AIT seja embasado pela ação de “entregar”: exige a presença do proprietário junto ao condutor no momento
da abordagem;

II. para que o AIT seja embasado pela ação da conduta “confiar”: caracteriza-se pela entrega da chave ao condutor pelo
proprietário do veículo e por sua ausência, no momento da abordagem, devendo obrigatoriamente ser constatado pelo
ME que a alteração do estado físico e mental do condutor deu-se antes do ato de confiar a direção;

III. Ainda, quando o proprietário do veículo estiver presente no momento da abordagem, lavrar-se-á BO-TC com
fundamento no art. 310 do CTB. Caso não esteja presente lavrar-se-á BOCOP com fundamento no art. 310 do CTB.

(j) A infração do art. 165 e o crime no art. 306 do CTB também poderão ser caracterizados por exame de sangue que apresente
resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L);

(k) No caso de encaminhamento do condutor para exame de sangue, exame clínico ou exame em laboratório especializado,
a referência a esse procedimento no AIT, no BA e no registro na DP (art. 8º Res 432/13);

150
Dia 14

(l) Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação dessa
situação por meio do teste de etilômetro e houver encaminhamento do condutor para a realização do exame de sangue ou exame
clínico, não será necessário aguardar o resultado desses exames para fins de autuação administrativa. (art 3º, § 3° Res. 432/13);

(m) Não deve ser recolhido o documento de habilitação do condutor, exceto nos casos do art. 162, II, do CTB (se o mesmo
estiver com o direto de dirigir suspenso/cassado) ou quando o Policial Militar detectar indícios de inautenticidade ou adulteração;

(n) Em caso de não apresentação de condutor habilitado, o veículo deverá ser encaminhado ao local definido pelo órgão
autuador;

(o) É vedada a lavratura simultânea de Autos de Infração com base nos artigos 165 e 165-A, na mesma abordagem;

(p) O condutor deverá se submeter ao teste ou exame solicitado pelo agente da autoridade de trânsito, no momento da
abordagem, cuja recusa a qualquer deles sujeitará o infrator à infração do art. 165 ou 165-A do CTB, conforme o caso;

(q) É permitida a lavratura da infração do art. 165 no caso de atendimento de sinistros de trânsito, desde que seja possível ao
condutor realizar o teste ou apresente dois ou mais sinais de alteração da capacidade psicomotora. Neste caso, o horário da
infração é o horário em que efetivamente foi realizado o teste ou constatado os sinais, sendo que o horário do sinistro deve ser
registrado no campo de observações.

c) Da Contraprova:

Considerando que a produção de eventual contraprova, a que alude o §2º, do art. 306 do CTB, é de responsabilidade exclusiva
da polícia judiciária e o pedido é posterior à apresentação do preso,
MIQUELI não se realiza o reteste tanto no caso de índice para o crime
SOARES
quanto no caso de somente infração administrativa,miqueli.xs@gmail.com
logo, não se faz a contraprova, ficando a cargo da autoridade judiciária.

d) Quando o motorista se negar a efetuar o teste do etilômetro:

(1) Condutor que não apresente visíveis sinais de embriaguez:

(a) Condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos do art. 277 (teste de etilômetro, exame clínico,
perícia ou outro procedimento, na forma disciplinada pelo CONTRAN) e não apresentar, ou apresente apenas um sinal de
alteração de capacidade psicomotora (ficha do art. 165-A);

(b) Lavrar autuação com base o art. 165-A do CTB (Código DENATRAN n.° 757-9.0), colocando-se no campo
“observações” que o condutor negou-se a realização de teste de etilômetro, a ele oferecido e disponível no local, inserindo os
dados do equipamento (marca, modelo, nº de série, data da aferição e número Inmetro) ofertado ao condutor;

(c) O veículo poderá ser entregue a pessoa habilitada indicada pelo motorista, caso não seja possível a apresentação de
condutor devidamente habilitado, o veículo deve ser recolhido ao CRD, conforme art. 270, §4º CTB;

(d) O condutor apresentado para conduzir o veículo passará pelo teste do etilômetro, em caso de recusa será rejeitado para
tal (art. 9º da Res. 432/13);

(e) Não deve ser recolhido o documento de habilitação do condutor, exceto nos casos do art. 162, II, do CTB (se o mesmo
estiver com o direto de dirigir suspenso/cassado) ou quando o Policial Militar detectar indícios de inautenticidade ou adulteração.

(2) Quando o condutor apresentar dois ou mais sinais de embriaguez e se negar a realizar o teste do etilômetro:

151
Dia 14

(a) Lavrar autuação com fundamento no art. 165 do CTB, produzindo o Termo de Constatação de sinais de alteração da
capacidade psicomotora, em conformidade com o art. 5º e seu parágrafo 2º da Res. 432/13 do CONTRAN, ensejando, também,
a ocorrência da prática do crime do art. 306 do CTB;

(b) Não deve ser recolhida o documento de habilitação do condutor, exceto nos casos do art. 162, II, do CTB (se o mesmo
estiver com o direto de dirigir suspenso/cassado) ou quando o Policial Militar detectar indícios de inautenticidade ou adulteração;

(c) Sobre o veículo, o ME deverá contatar com a DP sobre a necessidade da apresentação, por ser objeto do delito, caso a
autoridade judiciária entenda desnecessário, deverá ser liberado para pessoa devidamente habilitada indicada pelo motorista, que
também deverá ser submetida a fiscalização e, caso o agente verifique que o condutor apresentado também não está em condições
de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito do órgão ou entidade responsável pela fiscalização (CRD), através do sistema
0800, devendo este ser entregue à autoridade policial;

(d) A entrega do veículo pelo PM para autoridade policial judiciária deverá constar no BO;

(e) O art. 277, § 2º, admite a caracterização da infração do art.165 mediante imagem, vídeo, além dos testes de alcoolemia e
prova testemunhal. Quanto à constatação por imagem/vídeo, deve ser caracterizada claramente a infração praticada pelo condutor
e constar no AIT que foram registradas imagens da abordagem. Estas imagens/vídeos devem ser armazenadas adequadamente
na fração, contendo no arquivo dados sobre o auto de infração lavrado (número do AIT, data, local, CNH do condutor) para que,
numa eventual requisição por parte da autoridade de trânsito ou JARI, sejam devidamente disponibilizadas. Salienta-se que, pela
falta de regulamentação por parte do CONTRAN, do procedimento a ser adotado quando da produção de vídeos, esta prova não
será suficiente da comprovação da embriaguez doMIQUELI
condutor, sendo necessário estar acompanhada do Termo de Constatação de
SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora.

h. Recolhimento de Animais

Cada Cmt de OPM deverá ajustar junto ao órgão executivo de trânsito do Município a organização e execução dos serviços de
recolhimento e guarda de animais, diretamente ou por terceiros, conforme estabelece o art. 269, inciso X, do CTB.

No caso de constatação de animais soltos ou em situação de maus tratos na via pública, caberá confeccionar BO-COP ao
responsável, se conhecido e, caso esteja presente, confeccionar BO-TC.

i. Veículos em Situação de “Baixado”

Veículo transitando em via pública, com registro de baixa permanente, nas situações de: veículo irrecuperável; veículo
definitivamente desmontado; veículo sinistrado com laudo de perda total ou com registro de danos de grande monta; veículo vendido
ou leiloado, classificado como sucata por órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trânsito; veículo com informação
de frota desativada, devem ser autuados no art. 230, V do CTB (veiculo não registrado), conforme ficha do Manual Brasileiro de
Fiscalização, Resolução n.° 985/22 do CONTRAN, devendo ser observado os procedimentos previstos referentes a Medida
administrativa de Remoção. Obs: veículos com indício de crime deverão ser apresentados na DP.

j. Condutores e Veículos Estrangeiros

Observa-se que, conforme a Res. 933/22 CONTRAN e Res. 985/22 que aprovou o Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito,
juntamente com o documento da habilitação ou Permissão Internacional para Dirigir (PID), o condutor estrangeiro, deve portar a
cédula de identidade válida, não sendo necessária a tradução juramentada, sendo somente aceitas pelo período de 180 dias para
condutores oriundos de países que possuem acordos de reciprocidade com o Brasil e integrantes da Convenção de Viena. O prazo é
conferido através do passaporte e/ou Cartão de Entrada, documento de porte obrigatório. Caso não apresente e não cumpra qualquer
152
Dia 14

das obrigações acima dispostas será considerado não habilitado. Além dessas situações, também será considerado inabilitado
conforme a Ficha do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito nos seguintes casos: Se for oriundo de país não Parte Contratante
da Convenção de Viena sobre Trânsito Viário, de 1968, ou que não adote o Princípio da Reciprocidade; Se estiver conduzindo
veículo com documento de habilitação de categoria diferente da do veículo, ou não original (cópia) e se estiver conduzindo veículos
que exige categorias "D" e "E", com idade inferior a 21 anos; com idade inferior a 18 anos.

Os veículos comunitários29 do Mercosul, conforme Res. 35/2002 do GMC (Grupo Mercado Comum Mercosul), devem ser
conduzidos por proprietários, cônjuge ou parentes até segundo grau e, caso não seja, devem portar a Carta Poder. Caso não comprove
a regularidade para a condução do veículo, este deve ser retido até a regularização, devendo ser autuado no art. 232 do CTB conforme
Ficha do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito, Res 985/22 do CONTRAN.

Também, conforme Res. 238/07 CONTRAN, para os automóveis registrados em países do Mercosul, que estejam em viagem
de turismo em país diferente, devem portar o Seguro Carta Verde (Apólice de Seguro Civil), que deve ser contratado no país de
registro do veículo. Caso não porte, deve-se lavrar autuação pelo art. 232, emitir a GPNVE, reter o veículo e, caso não regularize,
remover o veículo.30

De acordo com a Resolução CONTRAN 933/22, art. 6º, Resolução nº 50/2011, art. 2º do CETRAN-RS, e Portaria 601/15 do
Detran/RS, e com base no art. 42 da Convenção de Viena sobre Trânsito Viário de 1968, promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10
de dezembro de 1981, no que tange a condução de veículo automotor por estrangeiro habilitado em outro país, e que esteja
transitando no Território Nacional e venha a cometer infração de trânsito que motive a penalidade administrativa a suspensão do
direito de dirigir terá sua carteira de habilitação recolhida pelo agente de trânsito.
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
A carteira de habilitação ficará recolhida até o final do prazo de suspensão do direito de dirigir ou até o condutor sair do território
nacional. Se a saída se proceder antes da expiração do prazo fixado e, desde que tenha havido o pagamento das multas de trânsito,
também será restituída no ato da saída.

Caso a infração que deu causa ao recolhimento do documento ocorrer no percurso de entrada no país, o documento de habilitação
de condutor oriundo de país estrangeiro deverá ser encaminhado ao DETRAN-RS. Igualmente, deverá ser encaminhada no caso de
estar em rota de saída e optar pelo não pagamento da GPNVE. Neste último caso o veículo será removido ao depósito credenciado,
na forma do disposto pelo § 3º, art. 2º, da Res. 382/2011, do CONTRAN.

Importando a infração de trânsito, também em medida administrativa de retenção ou de remoção de veículo, deverá permanecer
este retido ou recolhido até a apresentação de condutor habilitado e pagamento da multa de trânsito e taxas eventualmente existentes.

Para o condutor estrangeiro pagar a multa é necessária a GPNVE (Guia de Pagamento de Notificação de Veículo Estrangeiro) a
qual pode ser impressa em qualquer OPM da BM, após o cadastro do AIT no SIT, sendo que o estrangeiro somente fica obrigado a
pagar se for lhe entregue a GPNVE, e conforme o art. 119 do CTB §1º e §2º, Res 382/11 do CONTRAN e da Res 50/11 do
CETRAN/RS, o veículo deverá ficar retido até o pagamento das infrações se estiver na rota de saída do país, bem como para os
veículos que saírem do território nacional sem ter efetuado o pagamento e que posteriormente forem flagrados tentando ingressar
ou já em circulação no território nacional e, caso opte pelo não pagamento, deverá ser removido, conforme o art. 2º §2º da Res 50/11
do CETRAN/RS. Para as infrações cometidas por estrangeiros no percurso de entrada no Brasil, somente lavrar-se-á a notificação

29
Veículos em viagem de turismo do tipo: automóveis, bicicletas motorizadas, motohome, pickup, etc. Não se enquadram veículos de transporte remunerado:
ônibus, táxis, caminhões, etc.
30
Em infrações que caiba a retenção do veículo, fica o estrangeiro obrigado a regularizar a situação no momento da abordagem, em não sendo possível, desde que
o veículo tenha condições de segurança, deve ser autuado e liberado. Caso comprometa a condições de segurança, deve ser autuado e removido. Nunca se recolhe
documentos do veículo, tampouco autua-se por estarem vencidos.
153
Dia 14

e entrega da GPNVE, orientando o infrator para efetuar o pagamento antes da saída do território nacional, bem como multas já
notificadas e que estejam vencidas.

O Policial Militar deve atentar para o prazo prescricional, devendo ser observada a Resolução 36/11 do CETRAN/RS, onde a
pretensão executória das multas de trânsito prescreve em 05 (cinco) anos, contados do dia seguinte ao final do término do prazo
para apresentar recurso ao CETRAN ou da notificação da decisão irrecorrível.

Observa-se que, se tratando de multas aplicadas por outros órgãos como: PRF, DNIT, DER/DAER, SMT, EPTC, etc, tem-se
que estas infrações de trânsito não estão ao alcance de cobrança do Policial Militar, devido a não existência de convênio. No caso
do DAER/RS, exceção aos policiais militares integrantes do CRBM, que poderão fazê-lo, e no caso do DETRAN/RS todos
integrantes da BM poderão fazê-lo.

Quanto ao condutor estrangeiro, os procedimentos são os mesmos adotados em atendimento de sinistro de trânsito e infrações.31

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Todo o veículo abordado, obrigatoriamente deve ter sua situação verificada nos sistemas disponíveis, assim como seu condutor,
não esquecendo que seja verificada a situação de sua CNH, PPD ou ACC;

b. Os formulários de documentos operacionais serão conforme modelos em anexo a esta NI, fornecidos pela Instituição conforme
convênio com o DETRAN, mediante solicitação dos CRPOCOE ao DLP;

c. A penalidade de advertência por escrito não será aplicada pela Brigada Militar;

d. Deve ser lavrado um AIT por infração de trânsito; MIQUELI


e no caso deSOARES
infrações em que os códigos infracionais possuam a mesma raiz
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(três primeiros dígitos), considerar-se-á apenas uma infração. Exemplo: Condutor sem cinto de segurança, código de
enquadramento: 518-51; passageiro sem cinto de segurança, código de enquadramento: 518-52, logo, o policial militar deverá lavrar
apenas um AIT pelo código 518-51 e fazer constar no campo “Observações” que “o condutor e passageiro não faziam o uso de cinto
de segurança”; bem como nos casos das infrações Concorrentes, que são aquelas em que o cometimento de uma infração, tem como
consequência o cometimento de outra. Por exemplo: veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de registro (art. 230, V), nesse
caso, o agente deverá lavrar um único AIT, com base no art. 230, V. Já para as infrações Concomitantes, aquelas em que o
cometimento de uma infração não implica no cometimento de outra na forma do art. 266 do CTB. Por exemplo: dirigir veículo com
a CNH vencida há mais de trinta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a qual é habilitado (art. 162, III), lavrar-se-á um AIT
para cada infração. Logo, para as Infrações Continuadas que se caracterizam por uma conduta única, inalterada e ininterrupta,
observada por mais de uma vez em momentos distintos e sequenciais. A abordagem do condutor faz cessar a infração continuada.
Nesse caso, deverá ser lavrado um único AIT. São exemplos de infração continuada: condutor ou passageiro sem utilizar o cinto de
segurança (art. 167); condutor ou passageiro de motocicleta flagrado sem utilizar o capacete (art. 244, I ou II); veículo estacionado
em local proibido que não possa ser removido e permaneça estacionado no mesmo lugar. Agora, Infrações Sucessivas caracterizam-
se pelo cometimento de repetidas condutas idênticas, ao longo de um percurso, de forma reiterada e intermitente. Nesses casos, será
lavrado AIT para cada infração constatada, na forma dos arts. 266 e 280 do CTB. São exemplos de infrações sucessivas: duas ou
mais ultrapassagens pela contramão onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples contínua amarela (art. 203, V); dois ou mais excessos de velocidade superior à máxima permitida, flagradas

31
Nos casos das infrações que decorrem penalidade de SDD, retém-se o documento de habilitação, restituindo-o com a saída do estrangeiro do país. Caso não
compareça para retirá-la, passado o prazo de permanência, será enviado o documento ao DETRAN/RS, que restituirá ao país de origem.
154
Dia 14

por medidores de velocidade em pontos distintos, ao longo do percurso (art. 218, I, II ou III); dois ou mais avanços de sinal vermelho
do semáforo ou o de parada obrigatória (art. 208);

e. O formulário de AIT será único para infrações de competência do Estado e dos Municípios, conforme modelo constante do Anexo
“A”, devendo ser incluído apenas uma infração por AIT. No entanto, deverá ser apontado na parte superior do AIT de quem é a
infração, (municipal ou estadual) e, quando for de competência do município, obrigatoriamente deve colocar o código do mesmo;

f. Para a classificação dos danos de pequena, média e grande monta, deverão ser observados os dispositivos da Resolução
CONTRAN, 810/20, alterada pela 851/21. (ver os anexos “M”, “N”, “O” e “P”);

g. Todos os OPM de valor Batalhão/Regimento, deverão possuir, junto ao P-3, estrutura mínima cartorial para fazer a gestão de
documentação de trânsito um setor denominado “setor de trânsito”, para o controle dos procedimentos previstos na presente NI;

h. Nos OPM de valor de Companhia, Pelotão e Grupo, o controle dos procedimentos previstos na presente NI é da
responsabilidade direta dos respectivos Comandantes;

i. Cabe ao EMBM-PM3 manter o controle e difundir os dados relativos aos convênios firmados entre a BM e os demais órgãos de
trânsito, assim como em relação às JARI’s municipais e JARI/DAER para facilitar o fluxo dos recursos por infrações de trânsito;

j. Os Setores de Trânsito, além da legislação pertinente (CTB, Resoluções, NI, etc.), deverão ter, no mínimo, os seguintes
formulários e livros de controle: controle de AIT; controle de protocolo de defesa de autuação e recursos de trânsito; AIT’s
arquivados por inconsistência; Requisições Judiciais e do DETRAN; Formulários, conforme estipula a presente NI; Arquivo de
controle de CNH’s recolhidas;
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k. Todos os convênios relativos ao trânsito celebrados pela Brigada Militar encontram-se arquivados no EMBM-PM3;

l. Os conceitos e as definições relativas ao trânsito encontram-se dispostos no Anexo I do CTB;

m. O Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito Brasileiro, (MBFT), previsto na Resolução 985/22 do CONTRAN, contempla
os procedimentos gerais a serem observados pelas autoridades de trânsito e seus agentes, tendo efeitos vinculantes para todos os
órgãos do SNT;

n. Em razão de ser a legislação de trânsito dinâmica, e as normas que a regem estarem em constante mudança, alterações eventuais
serão automaticamente recepcionadas, no que couber, por esta NI;

o. Após a publicação desta, a EMBM-PM3 juntamente com o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) deve nomear
Comissão para análise e implementação do contido na Resolução 810/20, art. 1º, § 2º alterada pela Resolução 851/21 do
CONTRAN;

p. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Nota
de Instrução 2.14, de 01 de agosto de 2018.

Anexos: (VER NA INTRANET BM)


A - Codificação de Infrações de Trânsito;
B - Auto de Infração de Trânsito;
C - Termo de Autorização;
D - Recibo de Recolhimento de Documentos;
E -Termo de Exame Clínico;
F - Termo de Prova Testemunhal;
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G - Orientações para Preenchimento de Formulários;


H - Termo de Remoção e Depósito de Veículo;
I - Termo de Liber. Veíc. Envol. Delito Men. Pot. Ofen;
J - Requerimento de Certidão de Ocorrência de Trânsito;
K - Certidão de Ocorrência de Trânsito;
L - Recurso Administrativo;
M - Relatório de Avarias – Automóveis, Camionetas e outros;
N - Relatório de Avarias – Motocicletas e Assemelhados;
O - Relatório de Avarias – Reboque, Semirreboque e caminhões;
P - Relatório de Avarias – Ônibus e Micro-ônibus.
Q - Fluxograma Defesa Autuação Infração de Trânsito;

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Dia 14

ANEXO “G” DA NOTA DE INSTRUÇÃO N.° 2.14/EMBM/2023


(ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DE FORMULÁRIOS)
1. Auto de Infração de Trânsito
a. Município: Preencher com o código do Município constante da Tabela de Órgãos e Municípios (TOM) da Receita Federal;
b. Código: Preencher com o código do logradouro;
c. N° do Registro: Preencher com o número do registro da CNH do Condutor/Infrator;
d. Modelo Bafômetro: Preencher como a especificação da marca e modelo do bafômetro utilizado para realização do teste;
e. N.° do Equipamento: Preencher com o número de série do bafômetro utilizado na fiscalização;
f. Medição Realizada: Preencher com número apresentado no visor de leitura do bafômetro utilizado para realização do teste,
observando-se a unidade de medida especificada pelo fabricante do equipamento. Ex: 0,07g%, 7 dg/l, 0,35 mg/l, etc.
g. Valor Considerado (VC): para preenchimento do campo “Valor Considerado” do auto de infração, deve-se observar as
margens de erro admissíveis, nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante na RESOLUÇÃO
CONTRAN N.° 432/13. (inserido 21Jun23)
h. Modelo Radar: Preencher com a marca e modelo do RADAR utilizado pelo PM;
i. N.° Equipamento: Preencher com número de série do RADAR utilizado na fiscalização;
j. Velocidade Permitida: Preencher informando a velocidade máxima permitida para o local da infração;
k. Velocidade Registrada: Preencher informando a velocidade registrada pelo RADAR utilizado no local da fiscalização;
l. Identificação: Preencher com o número da matrícula do PM autuador;
m. Da destinação das vias do AIT:
MIQUELI SOARES
1) A primeira via destina-se ao infrator, devendo ser entregue quando da abordagem, assinada ou não. Na ausência do condutor
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recomenda-se deixar a via do infrator junto ao veículo;
2) A segunda via destina-se ao SIT e as anotações de providências tomadas pelo PM autuador.
2. Boletim de Ocorrência de Trânsito
a. Natureza da Ocorrência: Para o preenchimento deste campo deve ser observada a seguinte classificação:
1) Acidentes de veículos com Danos Materiais;
2) Acidentes de veículos com Lesões Corporais;
3) Acidentes de veículos com Morte de Pessoa.
b. Tipo do Acidente: Para o preenchimento deste campo deve ser observada a seguinte classificação:
1) Abalroamento: acidente em que, um ou mais veículo (s), em movimento, sofre(m) o impacto de outro(s) veículo(s), também
em movimento lateral ou transversalmente;
2) Atropelamento de pessoa: é o acidente em que, um veículo em movimento, causa lesão ou morte em pessoa;
3) Atropelamento de animal: é o acidente em que, um veículo em movimento, causa lesão ou morte em animal;
4) Capotamento: é o acidente, em que o veículo dá um giro sobre si próprio, não inferior a 180° (graus);
5) Choque: é o impacto de um veículo em movimento, à frente, ou em marcha a ré, contra qualquer obstáculo fixo. Ex: ponte,
árvore, veículo estacionado ou parado;
6) Colisão: é o tipo de acidente em que há o impacto entre os veículos em movimento, podendo ser frontal ou traseiro;
7) Tombamento: Ocorre quando um veículo, em movimento, tomba lateral ou frontalmente;
8) Não especificado: é todo acidente que não se enquadra nas especificações acima. Ex: Soterramento, Submersão, etc.
c. Data: Preencher com a data do acidente;
d. Hora: Preencher com horário do atendimento do acidente;

157
Dia 14

e. Logradouro: Informar o nome do logradouro e o número predial ou Km (Rua, Avenida, Estrada, etc.);
f. CNH: Preencher com a numeração tipográfica com dígito verificador impresso do espelho do documento;
g. Categoria: Informar a Categoria constante na CNH;
h. Prontuário: Preencher com o número de registro constante no documento;
i. Vencimento: Informar a data de validade constante no documento;
j. 1ª CNH: Informar a data da primeira habilitação;
k. Marca: Preencher com a marca do veículo constante no CLA. Ex: Ford, GM,VW, etc.
l. Espécie: Informar a espécie e o tipo do veículo. Ex: Passageiro/Automóvel, Carga/Caminhão, misto/camioneta, etc.;
m.Ano: Informar o ano de fabricação do veículo;
n. CLA N°: Preencher com o número do CLA impresso tipograficamente no documento do veículo;
o. Partes Danificadas: Preencher com “X” as partes dos veículos danificadas por ocasião do acidente. Os números 1, 2, 3 e 4
correspondem aos veículos descritos no campo identificação dos 161 condutores e veículos. Ex: As partes danificadas do veículo
N° 01 devem ser marcadas nos espaços abaixo ao N° 01.
p. Carteira de Identidade: Informar com número do documento de identidade apresentado pela testemunha;
q. Relatório Resumido: O PM deverá registrar as declarações preliminares dos condutores de como ocorreu o acidente,
descrevendo-as sucintamente. Informar o sentido de tráfego dos veículos, manobras efetuadas pelos condutores e outros dados
julgados úteis pelo PM que o atendeu, na medida do possível. Informar a sinalização existente no local, velocidade máxima permitida
para a via e as infrações de trânsito lavradas pelo PM. Deverá ser evitado expressar presunção de culpa;
r. Material Entregue na DP: Relacionar os objetos, documentos, veículos e outros materiais que serão entregues na DP por ocasião
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do registro da ocorrência; miqueli.xs@gmail.com
s. Registro na DP N°: Informar o número de registro da ocorrência da Polícia Civil;
t. Recebedor: Anotar o nome de modo legível, colher a assinatura do recebedor da ocorrência e carimbo do órgão quando
confeccionado Boletim de Atendimento em papel; (alterado 21Jun23)
u. Croqui: Elaborar desenho do local do acidente com a posição final dos veículos e dos corpos (se estes existirem), do provável
ponto de impacto indicando a posição dos indícios (tais como: cacos de vidros, fragmentos do veículo ou óleo derramado, etc.), as
marcas de frenagem e a sinalização existente no local (horizontal e vertical);
v. Se, ao chegar no local, o PM constatar que os veículos foram retirados da posição final, escrever “VEÍCULO(S) FOI (RAM)
RETIRADO(S) DO LOCAL”. Nesta hipótese o veículo movimentado não deve ser incluído no croqui, porém este deve ser
confeccionado com as demais informações.
3. Recibo de Recolhimento
a. CLA, CR, CNH, PD ou AC: Marcar com “X” de acordo com o documento recolhido;
b. N.° Registro da CNH: Preencher com o número de registro constante do documento;
c. CATEGORIA: Informar a categoria constante na CNH;
d. N.° do Documento: Informar com o número tipograficamente impresso no documento recolhido;

e. Quando ocorrer o disposto no § 2° art. 270 do CTB, o PM deverá estabelecer o prazo para regularização da infração de acordo
com o tipo de conserto a ser realizado, nunca superior a 30 (trinta) dias32, indicando o prazo no campo próprio; (alterado 21Jun23)
f. “O veículo está autorizado a trafegar com o presente recibo pelo prazo de ______ dias”;

32
REDAÇÃO ANTERIOR: […] nunca superior a 15 (quinze) dias.
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Dia 14

g. A CNH recolhida como medida administrativa de trânsito deve ser imediatamente devolvida ao proprietário, conforme recibo
de devolução. CNH em que33 o condutor esteja com direito de dirigir suspenso ou com suspeita de falsificação devem ser
apreendidas; 162 h. Da destinação das vias do Recibo: (alterado 21Jun23)
h. Da destinação das vias do Recibo:
1) A primeira via destina-se ao infrator, devendo ser entregue quando do recolhimento do documento;
2) A segunda via destina-se ao controle do OPM.
4. Termo do Teste do Aparelho de Ar Alveolar
a. Do Preenchimento dos Campos: Preencher conforme solicita o campo e segundo instruções anteriores;
b. Da destinação das vias do termo: Encaminhar a primeira, segunda e terceira via, a DP, DETRAN e OPM, respectivamente.
5. Termo de Exame Clínico
a. No local onde será realizado o exame. Ex. Hospital de Pronto Socorro;
b. Agente da Autoridade: Informar o nome do PM que apresentou o infrator para realização do exame;
c. Sr (a): Informar o nome completo da pessoa submetida ao exame;
d. A partir do histórico os campos deverão ser preenchidos pelo médico que realizar o exame, devendo o exame ser,
necessariamente, conclusivo quanto à pessoa apresentada estar ou não com a capacidade psicomotora alterada, em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, de acordo com o art. 306 do CTB.34 (alterado
21Jun23)
e. Médico Examinador: Deverá constar a assinatura do médico examinador, carimbo e número de registro no CREMERS;
f. A mesma destinação do termo do teste de ar alveolar.
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6. Termo de Prova Testemunhal miqueli.xs@gmail.com
a. O preenchimento dos campos do “equilíbrio e do hálito” serão realizados pelo PM a partir do observado pelas testemunhas e na
presença destas;
b. Os demais campos, conforme solicitado e segundo instruções anteriores;
c. A primeira e a segunda via serão encaminhadas a DP e ao OPM, respectivamente

33
REDAÇÃO ANTERIOR: g. […] CNH vencida, ou que o condutor esteja com direito de dirigir suspenso ou com suspeita de falsificação devem ser apreendidas;
162 h. Da destinação das vias do Recibo.

34
REDAÇÃO ANTERIOR: d. […] conclusivo quanto à pessoa apresentada estar ou não em estado de embriaguez alcoólica;
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Dia 15

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 4.11/EMBM/2018

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 4.11/EMBM/2018

1. FINALIDADE
Estabelecer normas administrativas para apuração, responsabilização, defesa e ressarcimento ao erário quando
da ocorrência de dano, furto, roubo ou extravio de bens patrimoniais da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal;
b. Constituição Estadual;
c. Lei 9.503 de 23/09/97 (Código de Trânsito Brasileiro);
d. Lei nº 10.406 de 10/01/02 (Código Civil Brasileiro);
e. Lei nº 5.869 de 11/01/73 (Código de Processo Civil);
f. Lei nº 13.105 de 16/03/2015 (Dispõe sobreMIQUELI
o Código SOARES
de Processo Civil).
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g. Lei Complementar nº 10.098/94 (Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do RS);
h. Lei Complementar nº 10.993/97 (Fixa o efetivo da Brigada Militar do Estado e dá outras providências);
i. Lei Estadual nº 6.196/71 (Código de Vencimentos e Vantagens da Brigada Militar);
j. Lei Estadual nº 9.298/91 (Dispõe sobre Cobrança Judicial de Créditos inscritos em dívida ativa da Fazenda
Pública Estadual);
k. Lei Estadual nº 10.044/93 (Dispõe sobre Cobrança de Créditos não inscritos em dívida ativa e dos relativos a
reparação de danos e dá outras providências);
l. Decreto Estadual nº 50.033/2013 (Dispõe sobre o uso de veículos automotores a serviço do Poder Executivo
Estadual);
m. Pareceres da PGE nº 8.895/91, 9.842/93, 11.904/97, 11.085/96 e 13.214/02;
n. Informação Resolutiva nº 001/2008 da Assessoria Jurídica da Brigada Militar;
o. Instrução Normativa TE nº 001/2004 (Dispõe sobre as reposições e indenizações ao Erário a serem descontados
da remuneração ou provento dos servidores).

3. EXECUÇÃO
a. Da apuração de danos causados aos bens da Brigada Militar
1) A apuração de dano, furto, roubo ou extravio dos bens integrantes do patrimônio da Brigada Militar, sejam
permanentes, de motomecanização, de material bélico, de tecnologia da informação, comunicação ou semoventes, bem

160
Dia 15

como os locados ou sob sua responsabilidade, serão efetivados, obrigatoriamente, por intermédio de Inquérito Técnico,
sendo devidamente instruído por Laudo Técnico/Avaliação de Veículo, auto de avaliação direta ou indireta, ressalvada
a hipótese constante na letra”c” das Prescrições Diversas da presente NI;
2) O objeto principal do Inquérito Técnico é a apuração de responsabilidade (definição da culpa) e a consequente
indenização do prejuízo causado ao Estado;
3) Deverá ser instaurado sindicância ou inquérito policial militar concomitantemente ao inquérito técnico, sempre
que a autoridade de primeiro grau de decisão administrativa tiver indicativos ou o Laudo Técnico/Avaliação de Veículo
concluir que os danos ao patrimônio da Brigada Militar foram decorrentes de causas pessoais cuja ocorrência se deu
pelo mau uso resultante de conduta dolosa ou culposa, por ação ou omissão;
4) O oficial ou graduado de serviço, nos casos de sinistros envolvendo viatura (s), deverá ouvir a termo todas as
partes envolvidas no evento, sempre que possível, devendo os termos de declaração ser anexados ao inquérito técnico
que será instaurado;
5) A autoridade que instaurar o inquérito técnico, automaticamente se tornará preventa para instauração, instrução
e decisão do PADIT, mesmo que o militar ou o bem, objeto do inquérito técnico, não estejam mais sob seu comando.
b. Da competência
1) São autoridades competentes para a instauração de inquérito técnico e processo administrativo de defesa de
MIQUELI SOARES
inquérito técnico - PADIT - os Comandantes, Diretores e Chefes com autonomia administrativa, o Ajudante-Geral, o
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Corregedor-Geral e, “ex-officio”, as autoridades superiores a estas;
2) Excepcionalmente em razão do grau de decisão, também é autoridade competente para instaurar e decidir
inquérito técnico e processo administrativo de defesa de inquérito técnico - PADIT - o Subdiretor do Departamento de
Logística e Patrimônio (DLP), especificamente quando os danos forem relativos aos bens DLP sede;
3) Considera-se a Organização Policial Militar na qual teve origem o inquérito técnico como autoridade de
primeiro grau de decisão administrativa e o DLP como autoridade de segundo grau de decisão administrativa.
4) Compete à autoridade de 1º grau de decisão administrativa (Comandantes, Diretores e Chefes com autonomia
administrativa):
a) Tão logo tome conhecimento da ocorrência de qualquer das hipóteses previstas para a instauração de IT,
designará um oficial ou graduado para que providencie nos levantamentos fotográficos e topométricos e observações
iniciais do local dos fatos, relacione testemunhas e, se necessário, solicite perícia técnica de órgão oficial;
b) Instaurar em até 48 (quarenta e oito) horas após ter tomado conhecimento da ocorrência de fato gerador, o
competente inquérito técnico nos casos exigidos na presente Nota de Instrução;
c) Solicitar ao Departamento de Logística e Patrimônio a numeração de portaria de inquérito técnico através
de mensagem expressa dirigida ao dlp-dit@bm.rs.gov.br;
d) Analisar atentamente o inquérito técnico tão logo receba do encarregado, verificando se estão contidos
todos os documentos obrigatórios, se as formalísticas exigidas foram cumpridas e se o seu relatório está de acordo com

161
Dia 15

o modelo exigido pela presente Nota de Instrução, restituindo-o ao encarregado, sempre que preciso, para as correções
necessárias;
e) Decidir o inquérito técnico tendo por base os laudos juntados, as provas documentais e testemunhais
reunidas e outros elementos de convicção disponíveis;
f) Providenciar o imediato conserto do bem sempre que o Laudo Técnico opine pelo conserto, devendo
constar na decisão de primeiro grau de decisão;
g) Publicar sua decisão em Boletim Interno, regional ou geral;
h) Observar o canal de comando no encaminhamento da primeira via do inquérito técnico ao Departamento
de Logística e Patrimônio (segundo grau de decisão), por intermédio do PROA – Sistema de Processo Administrativo;
i) Determinar o arquivamento de uma via do inquérito técnico na sede do seu OPM;
j) Formalizar os acordos, acompanhar os depósitos em conta corrente do Estado e ao final anexar todos os
comprovantes aos autos do inquérito técnico para fins de análise e arquivo no Departamento de Logística e Patrimônio;
k) Encaminhar para decisão em segundo grau (Departamento de Logística e Patrimônio) somente após
anexados todos os comprovantes de depósitos efetuados através de guias de arrecadação (GA) gerados através do Site
da Secretaria da Fazenda;
l) A autoridade de primeiro grau de decisão (PGD) ao instaurar o inquérito técnico é responsável também
MIQUELI SOARES
pela instauração do PADIT (Processo Administrativo de Defesa em Inquérito Técnico), independentemente do local
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onde se encontre lotado o militar considerado responsável pelo dano, podendo usar o instituto da carta precatória para
auxilio nas diligências complementares;
5) Compete ao Diretor do DLP - Autoridade de segundo grau de decisão:
a) Receber, analisar do ponto de vista técnico e jurídico o inquérito técnico, propor e/ou determinar alterações
sempre que constatar erros sanáveis na elaboração ou falta de documentos essenciais, contrariedade às normas em vigor,
interpretações equivocadas do ponto de vista legal, doutrinário e jurisprudencial, falta de justeza na análise dos autos,
entre outras providências julgadas oportunas no estrito sentido de qualificar a posição final da Brigada Militar para
adoção das medidas finais de Decisão em Segundo Grau Administrativo;
b) Decidir em grau administrativo final os inquéritos técnicos podendo concordar plenamente, parcialmente
ou discordar das soluções exaradas pelas autoridades de primeiro grau de decisão;
c) Instaurar e decidir PADIT, de ofício, a qualquer tempo;
d) Receber, analisar e decidir eventuais recursos impetrados em decorrência de decisão de PADIT no primeiro
grau de decisão;
e) Encaminhar à Procuradoria Geral do Estado, através do Sistema de Processo Administrativo - PROA, todos
os inquéritos técnicos em que se verificar a necessidade de ajuizamento de cobrança judicial decorrente da falta de
acordo com o responsável pelos danos;
f) Encaminhar à Secretaria da Fazenda do Estado via Departamento Administrativo, a fim de adotar as
providências necessárias de cobrança administrativa de valores relativos aos prejuízos ao erário decorrentes de
162
Dia 15

responsabilização comprovada de agentes públicos estaduais, sempre que houver acordo extrajudicial de ressarcimento
ao erário autorizando o desconto em folha de pagamento;
g) Determinar, depois de vencida toda a tramitação necessária, o arquivamento da primeira via do IT na
Divisão de Inquérito Técnico do DLP, o arquivamento de expedientes;
h) Autorizar eventuais acordos extrajudiciais com civis, em condições não previstas na presente NI;
c. Das causas que deram origem aos danos
As causas que deram origem aos danos, furtos roubos ou extravios ao patrimônio da Brigada Militar são
classificadas em:
1) Técnicas: inerentes a defeitos do material, alheias à responsabilidade do operador ou do pessoal encarregado
pela manutenção, tais como:
a) Defeitos de fabricação de peças, conjuntos ou órgãos, desde que não tenham sido constatados
anteriormente;
b) Defeitos de natureza imprevisível ou inevitável em peças, conjuntos ou órgãos;
c) Ruptura, quebra, afrouxamento ou perda de qualquer peça, quando imprevisível.
2) Pessoais:
a) Inerentes à profissão:
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(1) Danos resultantes de fatos ocorridos na manutenção da ordem pública, em instrução, ou calamidade
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pública, decorrentes de circunstâncias alheias à vontade do policial militar ou por autoria indeterminada de terceiros,
desde que obedecidas as normas legais, os procedimentos técnicos estabelecidos pela Instituição e eventuais ordens
internas em vigor;
(2) Dano, roubo ou furto de bem, dentro do aquartelamento, sem autoria determinada ou em circunstâncias
em que não seja possível a cobrança, desde que, comprovadamente isente de responsabilidade o detentor da carga ou
quem tinha o dever de zelar por sua guarda;
(3) Circunstâncias de extrema complexidade, inesperado, em que o operador ou responsável não tenha
contribuído para a ocorrência do dano ao patrimônio da Brigada Militar com dolo ou culpa e para as quais não se poderia
exigir conduta diversa de sua parte.
b) Responsabilizáveis:
Em decorrência da responsabilidade do(s) operador(es), do(s) responsável(is) pela manutenção, do
comandante, chefe ou diretor, de suas assessorias, de comandantes imediatos ou do encarregado da sua guarda, bem
como de terceiros, nas seguintes circunstâncias:
(1) Dolo ou culpa (imperícia, imprudência ou negligência);
(2) Deficiência de manutenção de qualquer escalão (por falta de suprimento, de planejamento ou de ação
de comando);
(3) Utilização de qualquer material que apresente defeito proibitivo, tecnicamente;
(4) Infringência aos procedimentos técnicos e às normas legais em vigor;
163
Dia 15

(5) Falta de habilitação específica para sua operação;


(6) Responsabilidade de terceiros no dano com autoria determinada;
(7) Falta de cuidado na guarda, controle ou conferência periódica do material;
(8) Deixar de adotar medidas preventivas necessárias ao perfeito funcionamento e uso dos bens;
(9) Dano, furto, roubo ou extravio de bens patrimoniais, decorrentes da ação de terceiros não
identificados, mesmo que o Militar Estadual não tenha contribuído com ação ou omissão, mas tinha o dever de zelar
pela sua guarda.
3) Decorrentes de causas fortuitas ou de força maior:
Decorrentes de causas previsíveis ou imprevisíveis, ambas de caráter irresistível quando incluírem situações
tais como:
a) Incêndio, desmoronamento, inundação, submersão, tormenta, terremoto e sinistros terrestres, aéreos,
fluviais e marítimos, e outros eventos da natureza semelhantes;
b) Estragos produzidos por animais daninhos;
c) Epidemias e moléstias contagiosas.
d. Os danos decorrentes de causas “técnicas”, devidamente comprovadas, eximirão de culpa o operador ou o
responsável pela manutenção ou carga e os prejuízos serão imputados ao estado, exceto nas hipóteses em que o bem
MIQUELI SOARES
estiver coberto por garantia de fabricação, ocasiões em que o fabricante ou fornecedor devem arcar com os danos, nos
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termos de legislação própria;
e. Os danos classificados como causas “pessoais - inerentes à profissão” ou decorrentes de causas fortuitas ou de
força maior, devidamente comprovados, serão imputados ao Estado;
f. Os danos decorrentes de causas “pessoais - responsabilizáveis” implicarão em ressarcimento ao erário público
por parte do responsável/ responsáveis, a quem serão imputados os prejuízos;
g. Os danos decorrentes de causas “pessoais – responsabilizáveis” devidamente comprovados, por falta de
manutenção, responderão de forma solidária o operador, o responsável pela manutenção e o comandante ou detentor da
carga;
h. Nos casos específicos de acidentes com viaturas, não eximirão de culpa circunstâncias eventuais em que o
condutor devia ter destinado atenção redobrada, quando previsíveis, sendo exigido dele, antecipação aos fatos ou
utilização de técnicas de condução defensiva de veículos, que incluem, entre outras:
1) Superfície irregular de ruas, rodovias e estradas;
2) Condições atmosféricas adversas;
3) Sinalização deficiente.
i. São circunstâncias que isentam o Militar Estadual de responsabilidade:
1) Legítima Defesa;
2) Estado de Necessidade;
3) Exercício Regular do Direito;
164
Dia 15

4) Estrito cumprimento do Dever Legal;


5) Caso Fortuito/Força Maior.
j. Dos instrumentos legais de apuração
1) Parecer Técnico é o exame, inspeção ou vistoria realizada pelos Centros Técnicos e/ou Militar Estadual (ME)
capacitado tecnicamente para tal, com a finalidade de determinar as causas das avarias encontradas no material,
especificando se são decorrentes de causas técnicas ou pessoais e se as mesmas são provenientes ou não de uso correto
do bem. Será feito por Servidor Militar (preferentemente Oficial), habilitado e nomeado em BI/BG, relatando o resultado
de exame realizado em determinado bem integrante do patrimônio da Brigada Militar que apresente avarias;
2) Inquérito Técnico é o procedimento investigatório, instaurado obrigatoriamente para apurar as causas, efeitos
e responsabilidades sobre dano, furto, roubo ou extravio dos bens integrantes do patrimônio da Brigada Militar,
inserindo-se entre estes os locados ou sob a sua responsabilidade. Será presidido (elaborado) por um Oficial Subalterno
ou Intermediário ou, em razão de fundada necessidade, por Oficial Superior.
a) Para a elaboração e decisão do inquérito técnico deve ser observado o princípio hierárquico, de modo que
ambos os procedimentos devam ser elaborados por oficial de posto hierárquico superior ao do acusado como responsável
por danos ao patrimônio da Brigada Militar. Sendo um Comandante de OPM o responsável, caberá ao escalão superior
instaurar o Inquérito Técnico e decidi-lo;
MIQUELI SOARES
b) O encarregado terá um prazo de 40 dias, contados do recebimento da portaria de nomeação, para concluir
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e remeter os autos à autoridade de primeiro grau de decisão. Este prazo poderá, a critério da autoridade nomeante ou
por solicitação do encarregado, ser prorrogado pelo prazo de 20 dias;
c) O inquérito técnico será confeccionado em uma via, que será arquivada no respectivo OPM de origem e
encaminhada, via PROA – Sistema de Processo Administrativo -, ao Departamento de Logística e Patrimônio para
decisão em 2º grau administrativo;
d) Como primeiro procedimento do inquérito técnico, o encarregado, ao receber a portaria de nomeação e
seus anexos, caso ainda não tenha sido feito, adotará as providências necessárias para a realização dos indispensáveis
Laudo Técnico/Avaliação de Veículo e Auto de Avaliação do bem;
e) Julgando necessário, o encarregado de Inquérito Técnico solicitará o recolhimento do bem ao DLP ou DI,
diretamente ao Centro Técnico, para que seja periciado e para que se procedam às avaliações, pareceres e laudos
necessários. Em não havendo condições de recolhimento, solicitará o comparecimento de um técnico no OPM onde
esteja o bem para a realização do Laudo Técnico/Avaliação de Veículo;
f) O Encarregado deverá ter cuidado especial quando o bem estiver coberto por garantia do fabricante ou
situação diversa que exija encaminhamento a serviço especializado;
g) A competência para efetuar as diligências que forem solicitadas, durante e após a decisão do IT, são de
responsabilidade do OPM que o instaurou.
k. Dos níveis de decisão:
1) Do primeiro grau de decisão:
165
Dia 15

a) Recebidos os autos do inquérito técnico a autoridade de primeiro grau de decisão dentro do prazo de oito
dias dará a decisão aos autos do inquérito técnico, na qual, obrigatoriamente, declarará se concorda ou não com as
conclusões do encarregado do inquérito técnico, indicando de forma clara e concisa as causas das avarias e seus
enquadramentos, verificará se há ou não responsável(is) pelo(os) danos. Em havendo certificar-se-á se foi exitoso ou
não o acordo para ressarcimento extrajudicial e autorização para desconto em folha de pagamento, devendo informar o
destino final do bem, se conserto ou descarga;
b) Tendo sido exitoso o acordo fará constar os termos em sua decisão para fins de adoção das providências
por parte da autoridade de segundo grau de decisão;
c) Não tendo sido exitoso o acordo, abrirá prazo após a publicação da decisão em primeiro grau
administrativo, para alegações de defesa, notificando o militar responsável, para que, querendo, utilize o direito de
defesa por intermédio do devido processo administrativo de defesa em inquérito técnico (PADIT) para o exercício
constitucional contraditório e ampla defesa;
d) Vencidas estas providências caberá à autoridade do primeiro grau de decisão (instauradora do IT),
cientificar os militares estaduais envolvidos na decisão, encaminhar os autos ao DLP, para a adoção das providências
decorrentes;
e) Tendo sido interposto recurso sobre PADIT, por parte do responsabilizado, o Cmt juntará o recurso aos
MIQUELI SOARES
autos do IT para fins de análise e decisão pela autoridade de segundo grau de decisão.
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2) Do segundo grau de decisão:
a) Recebidos os autos do inquérito técnico a autoridade de segundo grau de decisão, procederá a minuciosa
análise dos autos, avaliando os documentos juntados, o relatório do encarregado do inquérito técnico e a decisão a ele
dada, cabendo, em casos de dúvidas, falta de documentos obrigatórios ou necessários, ocorrência de erros sanáveis de
toda a ordem, descumprimento ou contrariedade às normas em vigor, restituir o inquérito técnico para que sejam
adotadas as providências sugeridas ou impostas para posterior decisão em grau administrativo;
b) Estando completo o inquérito técnico, caberá à autoridade de segundo grau de decisão expedir a decisão
em segundo grau administrativo (DSGA), concordando plenamente, parcialmente ou discordando das soluções exaradas
pelas autoridades de primeiro grau de decisão, devendo, contudo, motivar sua decisão se diversa da decisão do inquérito
técnico;
c) Tendo sido interposto recurso sobre decisão de PADIT em primeiro grau de decisão, procederá análise,
decidindo em segundo grau de decisão, fazendo constar na DSGA;
d) Uma vez procedida à decisão em grau administrativo, o diretor do DLP determinará a sua publicação em
Boletim Reservado Mensal de Controle Patrimonial (BRMCP);
e) Havendo descarga de bem patrimonial, o DLP determinará a adoção das providências pertinentes;
f) Havendo decisão no sentido de imputar a alguém a responsabilidade e os prejuízos decorrentes dos danos
causados ao patrimônio da Brigada Militar, e em não havendo aceitação de culpa e acordo de ressarcimento espontâneo,

166
Dia 15

caberá ao Diretor do DLP encaminhar à PGE através de PROA, os autos do inquérito técnico para fins de ajuizamento
de cobrança judicial, nos termos do art 2º da Lei 9.298/91.
l. Das Indenizações ao erário
Os prejuízos ou danos causados ao patrimônio da Brigada Militar, em sendo comprovados como decorrentes de
causas pessoais responsabilizáveis importarão em indenização ao erário por parte do responsável, seja ele policial
militar, militar de outras forças ou civil.
1) As indenizações previstas na presente NI serão efetivadas:
a) Por acordo extrajudicial, ocasião em que o responsável pela indenização assinará termo de acordo
extrajudicial, juntado aos autos, no qual manifestará o seu desejo de ressarcir o erário;
b) Por cobrança em ação judicial a ser promovida pela PGE.
2) O valor do bem, para efeito de indenização, será aquele que permita o seu conserto ou a sua reposição por
outro idêntico ou semelhante, observados os critérios estabelecidos pelos Centros Técnicos através de competente Auto
de Avaliação ou o fixado pela administração;
3) A indenização administrativa por acordo extrajudicial prevista na presente NI, imputada ou a imputar aos ME,
serão descontadas em folha de pagamento e poderão ser divididas em até 12 parcelas, desde que não excedam o limite
de 30% de seus vencimentos brutos, conforme preconiza o art. 87, item 2, alínea “a” c/c art. 90, item “3” da Lei Estadual
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nº 6.196/71 (CVV), situações em que poderão ser parcelados em tantas vezes quantas forem necessárias para atender a
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este dispositivo legal;
4) As indenizações decorrentes de acordos extrajudiciais, imputadas ou a imputar aos civis ou militares de outras
forças previstas poderão ser feitas em até 12 (doze) parcelas ou por decisão da autoridade de segundo grau de decisão
em mais vezes, cabendo à autoridade de primeiro grau de decisão, formalizar os acordos, acompanhar os depósitos em
conta corrente do Estado e ao final anexar todos os comprovantes aos autos do inquérito técnico para fins de análise e
arquivo junto ao DLP;
5) Sendo Militar Estadual o responsável pelos danos, não lhe será cobrada a importância relativa à mão de obra
do conserto, caso esta for realizada nas oficinas da força;
6) Nos casos em que houver o falecimento de civil ou militar responsável pelos danos, furtos, roubos ou extravios,
ou quando produzidos por menores, presos ou foragidos, o processo será remetido para a PGE para fins de análise e
parecer quanto às possibilidades jurídicas de cobrança de responsáveis ou de imputação dos prejuízos ao Estado;
7) Sendo o civil ou militar o responsável exclusivo pelos danos, furtos roubos ou extravios causados aos bens da
Brigada Militar, e não havendo acordo extrajudicial, a indenização dos prejuízos será proposta através da competente
ação civil de ressarcimento de danos promovida pela PGE;
8) Constatada a ocorrência de culpa concorrente entre os envolvidos a responsabilidade pelos danos será
imputada a todos na exata medida em que contribuíram para o evento;

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Dia 15

9) O valor da indenização de danos em veículo particular será determinado pelo auto de avaliação de danos,
lavrado pelo encarregado do inquérito técnico, com base nos orçamentos levantados em três oficinas especializadas ou
idôneas, considerando o de menor valor;
10) É permitido aos Comandantes de OPM autorizarem o conserto dos bens integrantes do patrimônio da Brigada
Militar com recursos provenientes de convênios que tenham sido estabelecidos em nome da Brigada Militar ou recursos
provenientes de leis, advindos da comunidade ou de outros órgãos públicos, para serem aplicados em investimentos em
Segurança Pública.
m. Do processo administrativo de defesa em inquérito técnico (PADIT)
1) Para efeito de aplicação da presente Nota de Instrução, entende-se como Processo Administrativo de Defesa
em Inquérito Técnico (PADIT) o conjunto de ações realizadas com vistas a Possibilitar o exercício do contraditório e
da ampla defesa e os recursos decorrentes no caso de apuração e imputação de responsabilidade por danos ao patrimônio
da Brigada Militar, dos bens sob sua responsabilidade ou locados, decorrentes da investigação através de Inquérito
Técnico, a fim de atender às disposições contidas no art. 5°, inciso LIV da Constituição Federal de 1988, quanto ao
devido processo legal;
2) O processo será iniciado através de Portaria de ofício tanto pela Autoridade de Primeiro Grau quanto pela
Autoridade de Segundo Grau;
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3) A Autoridade de Primeiro Grau quando possuir a responsabilidade para a investigação de danos ao erário
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através do Inquérito Técnico se torna, automaticamente, preventa para a instauração e decisão do processo.
n. Da instauração do PADIT pela autoridade de primeiro grau
1) Quando o Comandante publicar a decisão do inquérito técnico apontando que a responsabilidade pelos danos,
furtos roubos ou extravios ao patrimônio da Brigada Militar é do Militar Estadual, e este não reconhecer a sua
responsabilidade e não formalizar voluntariamente o necessário termo de acordo extrajudicial, a autoridade de primeiro
grau de decisão, instaurará o PADIT no sentido de oferecer ao acusado a possibilidade de apresentar suas razões de
defesa sobre as responsabilidades que lhe são atribuídas;
2) A nomeação do encarregado do PADIT, preferencialmente, deverá recair sobre oficial diferente do que
conduziu o inquérito técnico;
3) O encarregado, na portaria de PADIT, notificará o acusado para que este apresente a sua defesa, requeira a
produção das provas, arrole testemunhas, junte documentos e outras ações que julgar necessárias ao exercício do seu
direito de defesa, com o objetivo primordial de estabelecer o contraditório e a ampla defesa;
4) O encarregado, fundamentando sua decisão, poderá indeferir a produção de prova ou de diligência requerida
pelo acusado, quando considerar tais procedimentos como protelatórios, desnecessários, impertinentes, ou quando o seu
objeto for ilícito;
5) O prazo para a apresentação de defesa no PADIT será de 10 (dez) dias, contados da data do recebimento da
notificação;

168
Dia 15

6) Sendo necessário, o acusado poderá ter acesso e produzir cópias de peças ou de informações constantes dos
autos do inquérito técnico;
7) Não havendo defesa por parte do acusado, deverá o encarregado de PADIT formalizar ata comprobatória
assinada pelo acusado (se consensual) e por testemunhas;
8) Concluído o PADIT, após a reunião das alegações de defesa apresentadas pelo responsável e de eventuais
provas juntadas pelo acusado, o encarregado, sem emitir qualquer juízo de valor, remeterá tudo à autoridade de Primeiro
Grau de Decisão para que esta avalie a defesa apresentada e emita e publique sua decisão após a solução do IT;
9) Nos casos em que o Comandante entenda justificada a defesa do ME, fará a publicação em BI, notificará o
acusado Decisão do Processo e remeterá os autos conclusos para a Autoridade de Segundo Grau;
10) Nos casos em que o Cmt entenda que não foi justificada a defesa do ME, somente publicará em BI sua
decisão e juntará ao IT, para encaminhamento ao DLP;
11) O prazo para a realização do PADIT será de cinco 05 dias úteis, contados da data do recebimento por parte
do acusado, podendo ser autorizada a sua prorrogação, por mais três 03 dias. Vencido o prazo os autos de defesa devem
ser restituídos à Autoridade de Primeiro Grau de Decisão para adoções dos atos subsequentes;
12) Da decisão de primeiro grau, caberá recurso sobre a decisão do PADIT a ser dirigido à autoridade de
segundo grau a ser juntado aos autos do processo no prazo de 5 (cinco) dias, contados da solução de primeiro grau;
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13) Da composição do Processo Administrativo (Anexos K ao N).
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o. Da Instauração do PADIT pela Autoridade de Segundo Grau:
1) Quando autoridade de segundo grau de decisão, representada pelo Diretor do Departamento de Logística e
Patrimônio, concordar parcialmente ou discordar da decisão em primeiro grau do inquérito técnico e apontar a
responsabilidade pelos danos, furtos roubos ou extravios ao patrimônio da Brigada Militar ao do Militar Estadual, e este
não reconhecer a sua responsabilidade e não formalizar voluntariamente o necessário termo de acordo extrajudicial,
instaurará o PADIT no sentido de oferecer ao acusado a possibilidade de apresentar suas razões de defesa sobre as
responsabilidades que lhe são atribuídas;
2) A nomeação do encarregado do PADIT, preferencialmente, deverá recair sobre oficial diferente do que
conduziu o inquérito técnico, que será nomeado pela autoridade primeiro grau;
3) O encarregado procederá de acordo com o previsto nos números “3”, “4”, “5”, “6” e “7” da letra “n” do
número 3 - Execução;
4) Concluído o PADIT, após a reunião das alegações de defesa apresentadas pelo responsável e de eventuais
provas juntadas pelo acusado, o encarregado, sem emitir qualquer juízo de valor, remeterá tudo à autoridade de segundo
grau de decisão para que esta avalie a defesa apresentada e emita e publique a solução;
5) Nos casos em que o diretor do DLP entenda justificada a defesa do ME, fará a publicação em BRMCP (Boletim
Reservado Mensal de Controle Patrimonial), notificará o acusado da decisão do processo;
6) Nos casos em que o Diretor do DLP entenda que não foi justificada a defesa do ME, fará a publicação em
BRMCP (Boletim Reservado Mensal de Controle Patrimonial), notificará o acusado;
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7) Os Recursos de reconsideração de ato administrativo apresentados à autoridade de segundo grau, somente


serão avaliadas na medida em que forem apresentados fatos novos, visto que, já há análise de oficio dos autos do IT
pela autoridade de segundo grau.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Os casos omissos ou não esgotados pela presente NI serão solucionados, orientados ou decididos pelo Diretor do
DLP como responsável pelo Segundo Grau de Decisão ou, em casos excepcionais, pelo Comandante-Geral como
autoridade máxima da Brigada Militar;
b. Quando o laudo técnico ou auto de avaliação direta não constatar dano ao patrimônio da Brigada Militar dispensa-
se o prosseguimento do INQUÉRITO TÉCNICO, devendo ser realizado sucinto relatório pelo encarregado, o qual será
encaminhado para autoridade de Primeiro Grau, que providenciara no arquivamento na própria OPM;
c. Os materiais obsoletos ou com prazos de validade vencidos, objetos de descarga, quando não for possível sua
valoração monetária, não serão cobrados.
d. Os inquéritos técnicos instaurados pelo Comandante Geral não serão submetidos a Decisão em Segundo Grau,
devendo ser encaminhado ao DLP para publicação em BRMCP e atos decorrentes;
e. Nos PADITs instaurados pelo Comandante Geral da Brigada Militar caberá apenas Recurso de Reconsideração
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de Ato Administrativo dirigido àquela Autoridade;
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f. Por não tratar de apuração de fato disciplinar, não é necessária a juntada da Ficha de Assentamentos no Inquérito
Técnico;
g. Quando for instaurado Inquérito Técnico concomitantemente com IPM ou sindicância, deverão ser anexadas
cópias dos relatórios e Soluções de ambos os procedimentos investigatórios ao Inquérito Técnico;
h. Os materiais bélicos, de comunicação, entre outros, quando recuperados, deverão obrigatoriamente ser
submetidos à avaliação técnica a ser efetuada pelo Centro especializado, que expedirá Parecer manifestando-se quanto
à servibilidade do bem;
i. A Ficha Complementar de Dados, conforme Anexo “V”, deverá ser preenchida e acostada ao expediente, antes
da remessa ao DLP, após a conclusão do Inquérito Técnico;
j. Viaturas envolvidas em sinistro antes de serem transferidas e/ou descarregadas deverão aguardar Decisão de
Inquérito Técnico;
k. Caberá aos Comandos Regionais, Departamentos e Comandos de Órgãos Especiais providenciar na elaboração
dos Laudos Técnico/Avaliação de Veículo que envolvam viaturas sob sua responsabilidade, devendo requerer ao Centro
de Motomecanização apenas em caso de descarga do bem;
l. É vedado troca de peças entre viaturas sinistradas ou não;
m. Os acordos firmados, principalmente com Militares Estaduais, no montante de até R$ 100,00 (cem reais) deverão
ser recolhidos, obrigatoriamente, através de Guias de Arrecadação;

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Dia 15

n. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário,
especialmente, a Nota de Instrução Logística e Patrimônio nº 014.2/LPO/2012.

Anexos (ver na INTRANET):


Anexo "A"– Definição de Termos
Anexo "B"– Modelo de Relatório de Inquérito Técnico
Anexo "C"– Modelo de Solução de Inquérito Técnico
Anexo "D"– Modelo de Laudo Técnico/Avaliação de Veículo
Anexo "E"– Modelo de Ficha de Acidente de Viaturas
Anexo "F"– Modelo de Orçamento
Anexo "G"– Modelo de Parecer Técnico de Material Bélico
Anexo "H" – Modelo de Parecer Técnico para Material Permanente
Anexo "I” – Modelo de PT de Materiais de Tecnologia da Informação e Comunicações
Anexo “J”– Modelo de Notificação de PADIT
Anexo “K”– Modelo de Ata de PADIT
Anexo “L”– Modelo de Alegações de Defesa em PADIT
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Anexo “M” – Modelo de Solução de PADIT
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Anexo "N"– Modelo de Termo de Acordo Extrajudicial
Anexo “O” – Roteiro das fases do Inquérito Técnico
Anexo “P” – Roteiro para elaboração do IT
Anexo “Q” – Roteiro para elaboração do Parecer Técnico
Anexo “R” – Modelo de capa
Anexo “S” – Modelo de relatório PADIT
Anexo “T” – Modelo de capa de PADIT
Anexo “U” – Modelo de ficha complementar de dados
Anexo “V” – Modelo cientificação de Militar/procurador
Anexo “X” – Modelo de avaliação de semoventes

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Dia 17

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.22/EMBM/202335

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.22/EMBM/2023

1. FINALIDADE

Regular os procedimentos para a Lavratura de Boletim de Atendimento e Ocorrência.

2. BASE LEGAL

a. Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988;


b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 3 de outubro de 1989;
c. Lei Federal nº 9.099, de 26 de setembro de 1995;
d. Lei Federal nº 10.259, de 12 de julho de 2001;
e. Lei Federal nº 11.313, de 28 de junho de 2006;
f. Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006;
g. Lei Estadual nº 10.675, de 02 de janeiro de 1996;
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h. Decreto Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941;
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i. Decreto Lei nº 52.204, de 29 de dezembro de 2014;
j. Portaria SSP nº 274 de 16 de novembro de 2016;
k. Portaria SJS nº 074 de 1997;
l. Nota de Instrução n° 1.13/EMBM/2018.

3. EXECUÇÃO

a. Definição de termos

1) Sistema de Segurança Pública: Conjunto de atribuições destinadas a assegurar a ordem pública e a incolumidade das pessoas
e do patrimônio, exercidas harmonicamente pelo Estado, por meio dos órgãos definidos no art. 144 da Constituição Federal, pelos
demais órgãos e poderes que têm responsabilidade sobre a ordem pública, e pela Sociedade;

2) Polícia Federal: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do art. 144, CF, a apuração de infrações
penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo dispuser a lei. Também lhe compete prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência.
Ainda lhe cabe exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. Por fim, lhe cabe exercer, com exclusividade,
as funções de polícia judiciária da União;

35
Referência: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I - Última atualização: 10Jul2023 15h30. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina
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Dia 17

3) Polícia Rodoviária Federal: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do art. 144, CF, a função
de patrulhamento ostensivo nas rodovias federais;

4) Polícia Ferroviária Federal: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do art. 144, CF, a função
de patrulhamento ostensivo nas ferrovias federais;

5) Polícia Civil: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do art.144, CF, ressalvada a competência
da União, as funções de polícia judiciária e de apuração de infrações penais, exceto as militares;

6) Polícia Militar: Órgão do sistema de segurança pública, a quem compete, nos termos do art. 144, CF, as funções de polícia
ostensiva e de preservação da ordem pública;

7) Polícia Judiciária: É a função de polícia voltada a dar efetividade a requisições feitas pelas autoridades judiciárias, expressas
por meio de mandados judiciais, cumprida, em relação à União, com exclusividade pela Polícia Federal, e, em relação aos Estados,
pelas Polícias Civis e Militares, conforme a quem for dirigida a ordem;

8) Apuração de Infrações Penais: É função de polícia destinada à apuração de autoria e materialidade em relação a infrações
penais já ocorridas, para o que são empregadas técnicas de investigação criminal próprias;

9) Investigação Policial Criminal: É um processo de produção de conhecimento que dá suporte às atividades operacionais de
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apuração de infrações penais, quer em ocorrência, quer já ocorridas, assim como à gestão de elementos operacionais, através da
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determinação de padrões e tendências criminais num determinado espaço geográfico-temporal;

10) Polícia Ostensiva: É a atividade de vigilância da conduta normal da sociedade e de intervenção naquilo que se apresente
como anormal, independentemente da ocorrência ou não de ilícito penal. A atuação assume caráter preventivo - na medida em que,
por meio do policiamento ostensivo, busca inibir práticas infracionais -, assim como repressivo - na razão de sua pronta resposta a
fatos criminais em situação de flagrância, caracterizando a repressão penal imediata. Atua nas quatro fases da atividade estatal
policial: o ordenamento de polícia, o consentimento de polícia, a fiscalização de polícia e a sanção de polícia, tendo, portanto, suas
atribuições preventivas e de repressão penal imediata, alcance pleno;

11) Ordem Pública: Estado que abrange a segurança pública, a tranquilidade pública e a salubridade pública, e opera para que
o bem comum, e a pacífica e harmoniosa convivência social preponderem, segundo os valores legais, morais e políticos de uma
determinada sociedade;

12) Preservação da Ordem Pública: É função primordial do Estado, atribuída amplamente aos órgãos para tal fim definidos
no artigo 144 da Constituição Federal e, em sentido estrito, às Polícias Militares, que compreende a manutenção da ordem, no estado
de normalidade, o seu restabelecimento, quando rompida, e o seu aperfeiçoamento, quando necessário;

13) Policiamento Ostensivo: É o conjunto de ações policiais, exclusivo das Polícias Militares, que se caracteriza pela dissuasão,
decorrente da pronta identificação, própria do policial fardado e dos equipamentos e meios empregados, característico da fase de
fiscalização, na atividade policial, dirigidas, prioritariamente, à manutenção da ordem pública;

14) Prevenção Criminal Primária: Fase da prevenção criminal, orientada às causas, às raízes do conflito criminal, para
neutralizá-lo antes que o problema se manifeste, criando os pressupostos necessários para resolver as situações de vulnerabilidade,

173
Dia 17

criminogênicas, em que a educação, a socialização, a moradia, o trabalho, o bem-estar social, a qualidade de vida, são os aspectos
essenciais, correspondendo, tais exigências, a estratégias de política cultural, econômica e social, cujo objetivo último é o de dotar
os cidadãos de capacidade para superar, de forma produtiva, eventuais conflitos;

15) Prevenção Criminal Secundária: Fase da prevenção criminal que se funda em políticas de ordem legislativa, em programas
de prevenção policial, ordenação e ocupação do espaço urbano, etc., e atua não quando e onde o conflito criminal é gerado, mas
quando e onde ele se exterioriza;

16) Prevenção Criminal Terciária: Fase da prevenção criminal que consiste na adoção de políticas públicas e ações
comunitárias tendo por foco o apenado, a quem devem ser dirigidas ações que visem a evitar a reincidência criminal;

17) Autoridade Policial: É a pessoa que se encontra investida em função policial;

18) Boletim de Ocorrência: Documento operacional destinado ao registro dos Termos Circunstanciados, e das Comunicações
de Ocorrências Policiais;

19) Termo Circunstanciado / BO-TC: Boletim lavrado pelo policial militar no atendimento às ocorrências decorrentes de
infrações penais de menor potencial ofensivo, no qual devem ser registrados os dados essenciais do fato, desde que presentes os
elementos do flagrante delito e que o autor do fato assuma o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal, na data
estabelecida pelo policial, ou quando for regularmenteMIQUELI
intimado. SOARES
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20) Comunicação de Ocorrência Policial / BO-COP: Boletim lavrado pelo Policial Militar que atender a ocorrência, cujas
características não permitam a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante Delito, respeitando os protocolos de atendimento de cada
OPM;

21) Boletim de Atendimento (BA): Documento operacional formal lavrado pelos executores do policiamento ostensivo que
visa registrar as ações e providências preventivas, repressivas e de interferência da Brigada Militar, devendo ser lavrado em toda
atuação policial militar;

22) Infrações penais de menor potencial ofensivo: São todas as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena
máxima não superior a 2 (dois) anos de restrição de liberdade;

23) Juizados Especiais Criminais: São Órgãos do Poder Judiciário que têm competência para a conciliação, o julgamento e a
execução das penas relativas às infrações penais de menor potencial ofensivo;

24) Crimes de ação penal pública incondicionada: São os crimes em que a ação penal é promovida pelo Ministério Público,
independentemente de qualquer manifestação de vontade da vítima;

25) Crimes de ação penal pública condicionada: São os crimes cuja ação penal é promovida pelo Ministério Público, mediante
a representação do ofendido ou de seu representante legal;

26) Crimes de ação penal privada: São os crimes em que a ação penal é promovida pela parte ofendida ou seu representante
legal, através de uma queixa-crime;

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Dia 17

27) Contravenções Penais36: Infrações penais de menor potencial ofensivo, cuja ação é sempre pública incondicionada,
definidas na Lei de Contravenções Penais; (alterado 21Jun23)

28) Brigada Militar Mobile (BMMob): Sistema de registro de Boletins de Atendimentos, Termos Circunstanciados e
Comunicação de Ocorrência Policial de forma digital, que utiliza plataforma Android, sendo aplicada em tablet’s e smartphones;

29) Sistema de Informações Operacionais (SIOP): Sistema de registro e gerenciamento de Boletins de Atendimentos, Termos
Circunstanciados e Comunicação de Ocorrência Policial;

30) Subseção de Processamento de Ocorrências (SSPO): Subseção responsável pelo gerenciamento e processamento de
Boletins de Atendimentos, Termos Circunstanciados e Comunicação de Ocorrência Policial;

b. Processamento e encaminhamento dos termos circunstanciados

1) Os Boletins de Ocorrência na forma de Termos Circunstanciados (BO-TC) serão processados no P3 ou Seções


correspondentes das Unidades ou Frações;

2) Serão revisados os dados constantes do BO-TC feitos por NGO ou lançados através do BMMob (Brigada Militar Mobile),
com análise da conformidade do fato, por Oficial QOEM, o qual deverá revisar além da tipificação, todos os demais requisitos
necessários à inserção do TC, tais como a manifestação da vítima, o compromisso do autor do fato, a manifestação sobre existência
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de testemunhas, entre outros aspectos de acordo com a exigência de cada tipo penal;
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3) A inserção do TC no SIOP pelo policial militar digitador, deve ser fiel ao documento lavrado pelo policial militar atendente,
consideradas as alterações eventualmente feitas pelo oficial revisor, correção gramatical e de coesão textual, desde que não altere a
narração do fato;

4) O BO-TC, independente de físico ou virtual, deve ser lançados no SIOP em até 48 horas, observado o constante nos números
“2)” e “3)” da letra “b” do número 3 - Execução;

5) Depois de inseridos no SIOP, o BO-TC, independente de físico ou virtual, devem ser autuados e acostados o respectivo anexo
(por exemplo: ofício de encaminhamento ao DML, ficha de atendimento ambulatorial, entre outros), objetos apreendidos e cópia
digitalizada da inserção no SIOP, para remessa ao Juizado Especial Criminal ou Órgão Judiciário respectivo, pelo Comandante da
Unidade ou Fração, ou por autoridade delegada, mediante ofício (anexo “C”);

6) As diligências complementares ao BO-TC, quando requeridas pelo Poder Judiciário ou Ministério Público, deverão ser
dirigidas ao chefe do P3, para cumprimento da diligência e restituição, mediante ofício conforme anexo “D”;

7) No BO-TC que houver apreensão de substância com característica de entorpecente, a SSPO ou seção correspondente na
Unidade ou fração, deverá encaminhar ao IGP parte da substância entorpecente (observando os quantitativos máximos estabelecidos
na Portaria 074/SJS/97) Solicitando a realização de perícia, conforme Anexo “L”, em uma via. Tal encaminhamento deve ser
enviado em uma via através de ofício (anexo “E”) ao CRPO, o qual fará a remessa ao IGP;

36
REDAÇÃO ANTERIOR: 27) Contravenções Penais: Infraçoes penais de PEQUENO potencial ofensivo […].
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8) O restante da substância com característica de entorpecente deverá ser encaminhado ao DENARC para destruição, via ofício
(anexo “F”), após o recebimento da respectiva autorização judicial para destruição. Devem acompanhar o ofício três vias das guias
de trânsito e de remessa (anexos “G” e “H”) e cópia da ocorrência;

9) No momento da remessa do TC ao JECrim, por posse de substância entorpecente, deve acompanhar os autos o Laudo
Provisório de Constatação de Substância Entorpecente (anexo “I”);

10) No BO-TC virtual, a assinatura e a manifestação da representação do ofendido poderão ocorrer de duas formas:

a) De forma digital, no próprio aplicativo do BM-Mob;

b) De forma física, utilizando o (anexo “T”), o qual deverá ser digitalizado e inserido na ocorrência através do aplicativo.
Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo.

11) Para situações diversas, não comtempladas no BM-Mob, o atendente poderá utilizar o campo “situações diversas” do (anexo
“T”) e descrever o caso sucintamente, colhendo a assinatura do manifestante. Posteriormente, deverá ser digitalizado e inserido na
ocorrência através do aplicativo. Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo.

12) Ao finalizar o atendimento, deverá ser informado ao solicitante que o acesso a certidão da ocorrência será no site da Brigada
Militar, devendo informar: código do órgão do município (disponível no site da BM), número da ocorrência, ano e o RG, estando
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está disponível após 48 horas.
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c. Processamento e encaminhamento das comunicações de ocorrências policiais (COP)

1) Os Boletins de Ocorrência na forma de Comunicação de Ocorrência Policial deverão ser processados no P3 ou Seções
correspondentes, das Unidades ou Frações;

2) Serão revisados os dados constantes do BO-COP, feitos por NGO ou lançados através do BM-Mob (Brigada Militar Mobile),
com análise da conformidade do fato, por Oficial QOEM ou QTPM, o qual deverá revisar além da tipificação, todos os demais
requisitos necessários à inserção do COP, tais como a existência de comunicante, a descrição adequada do histórico, a manifestação

sobre existência de testemunhas, entre outros aspectos de acordo com a exigência de cada tipo penal;

3) A revisão por parte do Oficial QOEM ou QTPM, não exime a periódica auditoria das informações lançadas no Sistema de
Informações Operacionais (SIOP), pelo Chefe da Seção;

4) A inserção do BO-COP no Sistema de Informações Operacionais (SIOP) pelo policial militar digitador, ou, recebida via BM-
Mob, deve ser fiel ao documento lavrado pelo policial militar atendente, consideradas as alterações eventualmente feitas pelo Oficial
revisor, correção gramatical e de coesão textual, desde que não altere a narração do fato;

5) Os BO-COP, independente de físico ou virtual, devem ser lançados no Sistema SIOP em até 48 horas, observado o constante
nos números “2” e “3” da letra “b” do número 3 – Execução, devendo a Unidade adotar medidas necessárias para observância deste
prazo;

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Dia 17

6) Depois de inseridos no SIOP, o BO-COP deve ser transmitido à Delegacia competente, consignando, no Boletim de
Ocorrência, acima do NGO, a frase: “TRANSMITIDO”, através de carimbo próprio do CRPO ou da Unidade/Fração, devendo
constar, também, a rubrica do policial militar que transmitiu os dados;

7) Caso sejam produzidos outros documentos e/ou apreendidos objetos (ex.: Ofícios, Boletim de Atendimento Médico
Hospitalar, entre outros), deverão ser remetidos, através de ofício, à Delegacia competente (anexo “R”);

8) Na hipótese de furto ou roubo de veículo o atendente deverá informar a Sala de Operações ou cartório, a fim de que seja
lançado o “ALERTA” no sistema SIOP. Posteriormente, deverá redigir o histórico da ocorrência, a fim de que seja transmitida em
menor tempo possível, para que o veículo conste na base de dados nacional;

9) No BO-COP virtual, a assinatura e a manifestação da representação do ofendido poderão ocorrer de duas formas:

a) De forma digital, no próprio aplicativo do BM-Mob;

b) De forma física, utilizando o (anexo “T”), o qual deverá ser digitalizado e inserido na ocorrência através do aplicativo.
Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo.

10) Para situações diversas, não comtempladas no BM-Mob, o atendente poderá utilizar o campo “situações diversas” do (anexo
“T”) e descrever o caso sucintamente, colhendo a assinatura do manifestante. Posteriormente, deverá ser digitalizado e inserido na
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ocorrência através do aplicativo. Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo;
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11) Ao finalizar o atendimento, deverá ser informado ao solicitante que o acesso a certidão da ocorrência será no site da Brigada
Militar, devendo informar: código do órgão do município (disponível no site da BM), número da ocorrência, ano e o RG, estando
essa disponível após 48 horas.

d. Processamento e encaminhamento do Boletim de Atendimento (BA)

1) Toda e qualquer participação de Militar Estadual ou de guarnição de serviço da BM, decorrente da execução de serviço,
atendimento de chamado, comparecimento ou intervenção deverá ser registrado em BA, diretamente no BMMob. Entretanto,
havendo registro de ocorrência policial (BO-TC, BO-COP), não há necessidade de registro do BA no BMMob;

2) Os Boletins de Atendimento (BA) deverão ser processados no P3 ou Seções correspondentes, das Unidades ou Frações;

3) Serão revisados os dados constantes do BA, lançados através do BMMob (Brigada Militar Mobile), com análise da
conformidade do fato, por ME qualificado do P3 ou Seções correspondentes das Unidades ou Frações, o qual deverá revisar a
formalística e o conteúdo. (Todos os BA emitidos devem, após sua lavratura, serem revisados pelo Cmt do Pelotão do Militar
Estadual ou Cmt de fração de menor escalão quando com autonomia própria);

4) No caso de ser confeccionado BA na forma física, este deverá der digitalizado e inserido no SIOP, no prazo de 48 horas;

5) A inserção do BA no Sistema de Informações Operacionais (SIOP) pelo policial militar digitador, ou, recebida via BMMob,
deve ser fiel ao documento lavrado pelo policial militar atendente, consideradas as alterações eventualmente feitas pelo revisor,
correção gramatical e de coesão textual, desde que não altere a narração do fato;

6) No BA virtual, a assinatura poderá ocorrer de duas formas:

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Dia 17

a) De forma digital, no próprio aplicativo do BM-Mob;

b) De forma física, utilizando o (anexo “T”), o qual deverá ser digitalizado e inserido na ocorrência através do aplicativo.
Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo.

7) Para situações diversas, não contempladas no BMMob, o atendente poderá utilizar o campo “situações diversas” do (anexo
“T”) e descrever o caso sucintamente, colhendo a assinatura da parte. Posteriormente, deverá ser digitalizado e inserido no BA
através do aplicativo. Devendo a cópia física, ser destinada ao cartório, para fins de arquivo.

e. Controle, Registros e Comunicações dos Boletins de Ocorrências

1) As Unidades ou Frações deverão registrar e controlar os Boletins de Ocorrências (BOCOP/BO-TC) físicos, através
dos seguintes livros:

a) Livro de Controle de Boletins de Ocorrência (Pagamento e lavratura);

b) Livro de Controle de Pauta do JECrim, caso a Unidade agende as audiências do JECrim;

c) Livro de Registro de Material e Objetos Apreendidos ou Arrecadados (entrada e saída);

d) Livro de Anulação de Boletins de Ocorrências;


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e) Pasta/Arquivo de Comunicações de Prisões ao Ministério Público (nos termos da Nota de Instrução que regula o controle
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externo da atividade policial pelo Ministério Público).

2) Boletins de Ocorrências (BO-COP/BO-TC) produzidos mediante SIOP serão controlados de maneira sistêmica através de
relatórios e auditorias;

3) A anulação de BO, quando físico, em virtude de erro ou inadequação formal de preenchimento, será feita através da lavratura
de outro boletim, com as informações corretas e de forma imediata à anulação, sendo o NGO do Boletim incorreto lançado como
substituído. Não sendo o caso de confecção de novo BO, por ser a anulação decorrente de lavratura indevida, o registro será lançado
no livro de anulação como cancelado;

4) Deverá ser preenchido o termo de anulação de NGO, quando físico, pelo policial militar atendente (Anexo “Q”) para posterior
análise do Oficial QOEM revisor, não devendo o documento ser rasurado pelo policial militar atendentes antes da revisão;

5) Os respectivos controles podem ser feitos em livros ou arquivos virtuais, desde que mantenham os dados constantes no (anexo
“Q”) e sejam adotadas rotinas de backup na SSPO.

f. Atribuições do EMBM, dos Departamentos e dos CRPO

1) EMBM-PM3

a) Manter atualizada a doutrina policial militar, especialmente a Coletânea de Procedimentos Operacionais Padrão (POP);

b) Disponibilizar dados estatísticos referentes à confecção de BO-TC e BO-COP aos Comandos.

2) Departamento de Informática

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Dia 17

a) Administrar o acesso para consultas e registro dos dados lavrados nos Boletins de Ocorrência, junto ao Sistema de Informações
Policiais do Estado, hospedado na PROCERGS, bem como acesso ao SIGBM, SIP, SIOP, OFV (ex-VIN), INFOSEG, Consultas
Integradas;

b) Habilitar e treinar militares, na instância de Comando Regional, visando a propiciar condições para coordenar e fiscalizar a
operação dos terminais com acesso ao Sistema de Informações Policiais e SIOP, e demais sistemas corporativos necessários para o
processamento das ocorrências, repassando as instruções normativas emitidas pelo DI;

c) Propiciar condições para alimentação on-line pelos OPM interligados, em todas as Unidades ou Frações situadas em sedes de
Comarca, através de software próprio (SIOP e BM-Mob), lançando os Boletins de Ocorrência no Sistema de Informações Policiais
do Estado;

d) Disponibilizar relatórios estatísticos sobre andamento dos Boletins de Ocorrências, observando ambas as formas de elaboração
(TC ou COP).

3) Departamento de Logística e Patrimônio (DLP)

a) Disponibilizar os recursos materiais, equipamentos e formulários dos anexos necessários à operação do sistema;

b) Providenciar na confecção e distribuição os talonários do Boletim de Ocorrência;


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c) Controlar a numeração sequencial dos Boletins de Ocorrência, quando em meio físico;
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d) Estabelecer as normas e prazos quanto a pedidos e estoques mínimos;

e) Controlar, através do sistema, a distribuição, por Unidade, englobando o estoque mínimo, a fim de reposição imediata
automática ou remanejo na Corporação.

4) CRPO, CPC, CPM, CRBM, CABM, e COE

a) Auditar sistematicamente as Unidades e Frações subordinadas;

b) Instruir seu efetivo, quanto à forma de operação do SIOP e BM-Mob para a lavratura dos Boletins de Ocorrência;

c) Desenvolver relações institucionais, com os seguintes objetivos:

(1) Os Comandantes e Chefes, pessoalmente, ou por Oficiais especificamente designados, deverão promover audiências e, se
possível, debates de avaliação periódica com os representantes dos demais órgãos envolvidos;

(2) Os Comandantes de Unidades e de Frações deverão envidar esforços junto ao Poder Judiciário, no sentido de fixar rotinas
de trabalho, inclusive com disponibilização de data certa para realização de audiências do JECrim, tramitação do material
apreendido, estabelecimento de processos de correção de efeitos indesejáveis na confecção dos TC, repasse de recursos materiais,
etc.;

(3) Junto ao Ministério Público, deverão ser tomadas providências imediatas no sentido de proporcionar a correção de
procedimentos inadequados ou indesejados, no processamento dos BOTC;

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Dia 17

(4) Junto à Polícia Civil e à Polícia Federal, o Comando da Unidade ou Fração fixará rotinas para remessa dos BO-COP e do
material apreendido, estabelecendo, desde logo, processo para ajuste de eventuais preenchimentos indesejados ou tramitação
inadequada das COP.

g. Procedimentos Técnico Administrativos a serem adotados pelos OPMs nos casos de pessoas físicas solicitando a
exclusão de seus antecedentes criminais do sistema informatizado de consultas criminais:

1) Padronizar a entrada formal destes pedidos junto ao P/3 da unidade, por meio do modelo de requerimento, seguir o modelo
(NI 2.22 - Anexo “S” - Modelo de requerimento de para classificação sigilosa de antecedentes criminais de pessoa física), e
sistematizar procedimento de protocolo próprio; no caso de frações destacadas, estas devem receber os requerimentos e encaminhar
para o P/3 de sua unidade dentro do trâmite normal de envio de documentos.

2) O P/3 da unidade deverá avaliar se tais requerimentos preenchem os requisitos necessários para que os antecedentes criminais
do requerido sejam mantidos em sigilo, observando os seguintes documentos:

a) Requerimento assinado pela própria parte ou por representante legal; neste último caso, o requerimento deve ser acompanhado
de procuração simples;

b) Cópia de decisão judicial que comprove a absolvição, cumprimento da pena ou extinção de punibilidade;
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c) Enviar, via sistema PROA, ao respectivo Comando Regional e/ou Departamento, o qual encaminhará o procedimento, com
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parecer, ao DI - Centro de Produção da Informação (CPInfo), para as providências pertinentes ao caso concreto.

3) Procedimentos Técnico Administrativos a serem adotados pelo DI/CPInfo: Receber os processos no sistema PROA e
processar o registro de sigilo dos antecedentes criminais no sistema SIP - Consultas integradas, de forma a impedir que sejam os
seus dados divulgados nas folhas de antecedentes criminais.

4) Observações importantes:

a) Havendo requerimentos que não atendam aos requisitos acima, estes não deverão ser encaminhados ao DI/CPInfo, devendo
cientificar o requerente do fato; cabe aos Ch de P/3 das unidades orientar o seu Cartório e os Cmts de fração que farão o recebimento
de requerimentos desta natureza, para que só aceitem tais pedidos quando atendidos os critérios acima;

b) Só serão totalmente excluídos dos prontuários os antecedentes criminais com ordem judicial de forma expressa, a qual deverá
ser também anexada ao PROA.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. O controle das comunicações de prisão ao Ministério Público, referido na letra “e”, do nº “1”, da letra “d.”, do nº 3 – Execução,
é de competência das SSPO onde as vistorias de controle externo realizadas pelo Ministério Público ocorrem. No entanto, a
responsabilidade pela confecção da comunicação de prisão, prevista na Nota de Instrução relativa ao controle externo, é do
comandante de fração, o qual deverá confeccionar a comunicação, remetê-la ao Ministério Público e deixar cópia arquivada junto à
SSPO respectiva;

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Dia 17

b. O Oficial de Serviço Externo tem a seu cargo a fiscalização e a coordenação da lavratura dos Boletins de Ocorrências, orientando
e adequando os procedimentos às normas estabelecidas. Nas Unidades em que não houver Oficial de Serviço Externo, cabe ao
respectivo Comandante Regional estabelecer as rotinas de orientação e adequação destes procedimentos;

c. O Boletim de Ocorrência terá suas páginas rubricadas pelo servidor que o preencher e, sempre que possível, pelas partes
envolvidas na ocorrência quando física;

d. Na lavratura do Boletim de Ocorrência, os procedimentos serão adotados no local dos fatos, liberando as partes. Ante a
conveniência do procedimento e da pacificação do conflito, entretanto, poderão, vítima e autor, ser conduzidos para local apropriado,
onde será lavrado o BO;

e. Após o início da lavratura do BO-TC, havendo composição entre a vítima e o autor, querendo aquela desistir da queixa ou da
representação, deverá o policial encaminhar as partes ao atendimento médico, se necessário, preenchendo o BO na forma de COP e
colher a manifestação da vítima, no histórico, a respeito da desistência;

f. O isolamento do local de crime, até o encerramento dos atos de perícia, ficará a cargo da Brigada Militar, salvo na hipótese em
que faça a entrega da ocorrência à Polícia Civil/Polícia Federal;

g. O PM que atender a ocorrência deve informar ao perito do IGP a NGO ou número do BMMOB, bem como solicitar, deste, o
número da ocorrência no IGP, consignando tal dadoMIQUELI
norelatórioSOARES
da ocorrência. Quando da inserção de dados no sistema, deve,
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simultaneamente, ser expedido ofício ao Departamento de Perícias, contendo: NGO ou número BM-MOB, número do IGP, nome
do autor, nome da vítima, endereço, hora da ocorrência e a informação sobre para qual Delegacia de Polícia deve ser encaminhado
o referido laudo pericial;

h. Havendo impossibilidade de inserção de dados do Termo Circunstanciado OU da Comunicação de Ocorrência Policial por
falha no sistema de informática, deve a Unidade ou Fração fazer as inserções no ponto mais próximo em condições de realizar
esta tarefa. Na hipótese de inserção dos dados em outro ponto, os prazos não devem ultrapassar 48 horas, a contar do registro
efetuado pelo policial militar, no caso de Comunicação de Ocorrência Policial, e 48 horas, a partir da lavratura, na hipótese de
Termo Circunstanciado;37 (alterado 21Jun23)

i. Nas Comarcas em que ainda não tiver ocorrido a instalação de JECrim, os BO-TC deverão ser encaminhados ao Juízo Criminal
respectivo;

j. Cabe aos Comandantes dos CRPO, COE, CRBM, CABM e ao Diretor do DI adotar as necessárias providências para que, em
todas as Unidades ou Frações sede de Comarcas, existam servidores habilitados a consultar e registrar os dados constantes dos
Boletins de Ocorrência, mantendo-os atualizados e capacitados para o exercício da função;

37
REDAÇÃO ANTERIOR: h. Havendo impossibilidade de inserção de dados do Termo Circunstanciado E da Comunicação de Ocorrência Policial […].
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Dia 17

k. Os BO-TC e BO-COP lavrados pelo GSVG, juntamente com os materiais apreendidos no atendimento das ocorrências, devem
ser encaminhados à Unidade ou Fração do município em que foram confeccionados, a fim de serem inseridos os dados no sistema
de informática e encaminhados ao Poder Judiciário ou Delegacia de Polícia;

l. As causas de aumento e diminuição da pena, bem como as atenuantes e agravantes, constantes da parte geral do Código Penal,
não serão consideradas para a classificação da infração penal como sendo ou não de menor potencial ofensivo;

m. Quando o fato for penalmente atípico, será preenchido tão somente o Boletim de Atendimento;

n. Na hipótese de que o fato atípico esteja vinculado diretamente a um tipo penal (Ex.: a recuperação de automóvel furtado é
vinculada a um furto de veículo automotor), será lavrado o BO-COP, a fim de permitir a sua integração à ocorrência relativa ao fato
típico;

o. Os Cmt de OPM e Frações deverão propiciar instruções permanentes ao seu efetivo, como forma de evitar o preenchimento
inadequado do BO-TC/COP a ser encaminhado aos JECrim ou DP, em face da repercussão negativa de tal procedimento, evitando
desta forma o desgaste da Corporação e o desperdício de tempo e recursos materiais;

p. Os BO registrados como TC OU COP que requeiram aditamento à ocorrência ou correções de dados, e que não foram
chanceladas pela Polícia Civil, poderão ser efetuadas as devidas correções junto ao próprio SIOP38; (alterado 21Jun23)
MIQUELI SOARES
q. Os BO registrados como TC OU COP que requeiram aditamento e/ou correções depois de digitados e transmitidos ao sistema
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SIOP, e chancelados pela Polícia Civil no sistema SRO, deverão requerer as alterações necessárias junto à Delegacia de Polícia
que recebeu a transmissão da ocorrência39; (alterado 21Jun23)

r. Todos os militares estaduais da corporação devem possuir a carteira de identidade civil, registrada no Estado do Rio Grande do
Sul, a fim de terem registrada a documentação operacional (BO) em seu nome, junto ao sistema, e para que os registros fiquem
formalizados corretamente quando de sua transmissão;

s. Prioritariamente deverão ser confeccionados os BO-COP ou BO-TC diretamente no sistema SIOP/BM-MOB, que tem o
procedimento de preenchimento disponível nos manuais da INTRANETBM, no seguinte link:
https://intra.bm.rs.gov.br/apoio/di/downloads

t. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a NI
2.22/EMBM/2020 de 24 de janeiro de 2020.

ANEXOS: (VER NA INTRANET BM)

Anexo “A” - Normas de preenchimento do BO;


Anexo “B” – Modelo de NGO;
Anexo “C” - Ofício de remessa do TC ao JECrim;
Anexo “D” – Ofício de restituição de diligências ao MP/PJ;

38
REDAÇÃO ANTERIOR: p. Os BO registrados como TC E COP que […].
39
REDAÇÃO ANTERIOR: q. Os BO registrados como TC E COP que requeiram […].
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Dia 17

Anexo “E” – Ofício de remessa de substância entorpecente ao CRPO para IGP;


Anexo “F” – Ofício de remessa de substância entorpecente ao CRPO para DENARC;
Anexo “G” – Guia de trânsito de substância entorpecente ao DENARC;
Anexo “H” – Guia de remessa de substância entorpecente ao DENARC;
Anexo “I” – Laudo provisório de substância entorpecente;
Anexo “J” – Modelo de capa de TC;
Anexo “K” – Modelo de protocolo e comprovante de lavratura;
Anexo “L” – Encaminhamento de substância entorpecente ao IGP;
Anexo “M” – Auto de constatação de degradação ambiental;
Anexo “N” – Auto de constatação de dano;
Anexo “O” – Auto de resistência;
Anexo “P” – Ofício de encaminhamento à perícia – DML;
Anexo “Q” – Termo de anulação de NGO;
Anexo “R” - Ofício de remessa de documentos/materiais à DP;
Anexo “S” - Modelo de requerimento de para classificação sigilosa de antecedentes criminais de pessoa física;
Anexo “T” – Protocolo – Manifestação Da Vítima – Termo De Compromisso – BM-Mob
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ANEXO “A” DA NOTA DE INSTRUÇÃO N.° 2.22/EMBM/2023
(NORMAS DE PREENCHIMENTO DO BO)
1. FINALIDADE

Estabelecer orientações para o preenchimento do Boletim de Ocorrência da Brigada Militar, quando do atendimento de
ocorrências policiais militares.

2. EXECUÇÃO

a. Número Geral de Ordem (NGO):

É o número identificador do Boletim de Ocorrência, único e intransferível, junto aos órgãos da Secretaria da Segurança Pública,
destinando-se ao controle físico e eletrônico dos Boletins, desde sua produção até a distribuição às Unidades e aos policiais militares;

b. NGO de Referência (RFR):

1) Campo destinado para inserção do número de um Boletim que possua os dados iniciais ou de origem de uma ocorrência e à
qual o Boletim em preenchimento vise a complementar ou suplementar, caso em que o NGO do Boletim complementar será anulado
no sistema, vigorando o NGO do Boletim de Ocorrência complementado;

2) Identificação do Documento: No cabeçalho do Boletim de Ocorrência da Brigada Militar, o policial militar deverá assinalar
uma das alternativas:

c. Dados Gerais:

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Dia 17

1) Cód. do órgão: número identificador do Órgão Policial junto à Secretaria da Segurança Pública (SSP) - campo preenchido
pelo digitador do Sistema Informatizado;

2) Ano: número identificador do ano da inclusão da ocorrência no sistema - campo preenchido pelo digitador do Sistema
Informatizado;

3) Número interno: número identificador da inclusão da ocorrência no sistema - campo preenchido pelo digitador do Sistema
Informatizado;

4) Número do CIOSP: número identificador da ocorrência obtido junto ao CIOSP, Sala de Operações ou órgão similar - campo
preenchido pelo atendente da ocorrência;

5) Data de Comunicação: data em que a parte interessada comunica o fato à autoridade policial;

6) Hora de Comunicação: hora em que é feita a comunicação, pela parte interessada;

7) Forma de Comunicação: o servidor descreve qual foi a forma da comunicação do fato;

d. Dados Identificativos da Ocorrência:

1) Fato: apontar o nome da infração principal ou a causa motivadora da intervenção responsável pela presença da Polícia no
local, tal como figura na Relação de Infrações, quandoMIQUELI SOARES
seja diretamente vinculada a alguma infração penal. Deverão ser preenchidas,
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com base nos dados informativos do BO, as classificações de acordo com os critérios definidos para o Sistema de Informações
Policiais (SIP);

2) Fato Complementar: apontar o nome de outra infração constatada no local da ocorrência;

3) Complemento ao Fato Principal: dado que objetive complementar o fato da ocorrência, e que não se enquadre como fato
complementar (qualificadoras, majorantes, minorantes, etc.);

4) Data do Fato: data provável do fato, informada pelo comunicante;

5) Hora do Fato: hora provável do fato, informada pelo comunicante;

6) Endereço: Nome da rua, Av., etc.

7) Número: número do endereço do local da ocorrência ou mais aproximado possível;

8) Logradouro: logradouro do local da ocorrência se houver;

9) Código de Endereçamento Postal (CEP): campo a ser preenchido pelo digitador do documento;

10) Complemento: complemento do endereço (sala, apartamento);

11) Cidade: cidade do logradouro da ocorrência;

12) Ponto de referência: não estando definida identificação do logradouro, indicar ponto de referência que seja significativo
junto ao logradouro ou comunidade.

e. Participantes:

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Dia 17

1) Participação: assinalar uma das opções constantes;

2) Presente: assinalar no caso do participante estar presente;

3) Condição física: é a forma como o participante foi encontrado pelo policial (normal, ferido, hospitalizado ou morto);

4) Local: especificar onde se encontra o participante (hospital, DML, via pública, residência, veículo, etc.);

5) Documento - Tipo: preferencialmente RG, podendo ser CPF, Passaporte, CNH, Identidades funcionais;

6) Número: código alfanumérico do documento referido;

7) Emitente: órgão emissor do documento;

8) UF: Unidade Federativa que expediu o documento;

9) Nome: informar o nome do autor do delito, da vítima, da testemunha ou do comunicante do fato. Pode ser anotado nome de
Pessoa Jurídica como autora de infrações ambientais ou como vítima de infrações em geral. A identificação dos participantes da
ocorrência deve ser precedida de consulta aos sistemas operacionais de consulta a dados individuais em uso na Secretaria da
Segurança Pública (SSP/RS), disponibilizados à Corporação e, quando da impossibilidade de acesso aos sistemas, deverá constar
junto ao histórico da ocorrência a impossibilidade dessa ação, informando sucintamente a causa; 10) Data de Nascimento:
MIQUELI SOARES
transcrever a data de nascimento, indicada pelo participante;
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11) Filiação: informar nome da mãe e do pai do participante;

12) Naturalidade: transcrever a naturalidade indicada pelo participante (nome do município e do Estado de onde é natural o
participante);

13) Nacionalidade: transcrever a nacionalidade indicada do participante;

14) Sexo: apontar o sexo do participante, Masculino (M), Feminino (F);

15) Cor: apontar a cor aparente do participante, Amarelo (A), Branca (B), Negra (N), Pardo (P);

16) Cor dos olhos: apontar a cor dos olhos do participante, Azul (A), Castanho (C), Preto (P), Verde (V);

17) Estado Civil: apontar o estado civil indicado pelo participante, Casado (C), Solteiro (S), Divorciado (D), União estável (U),
Viúvo (V);

18) Grau de escolaridade: apontar a escolaridade indicada do participante, Fundamental (F), Médio (M), Superior (S);

19) Logradouro Residencial: apontar o endereço residencial indicado pelo participante;

20) Número: apontar o número indicado da residência;

21) Complemento: apontar o complemento do endereço residencial;

22) Bairro: transcrever o nome do bairro da residência, indicado pelo participante;

23) Código de Endereçamento Postal (CEP): campo a ser preenchido pelo digitador do documento;

185
Dia 17

24) Cidade: transcrever o nome da cidade e do endereço residencial;

25) Telefone: transcrever o número do telefone residencial ou de recados, indicado pelo participante, se este o possuir; 26) UF:
Unidade Federativa do participante;

27) Dados da Profissão: profissão declarada pelo participante; 28) Empresa: empresa declarada pelo participante;

29) Endereço Profissional: apontar o endereço profissional indicado pelo participante; 30) Número: apontar o número do
endereço profissional;

31) Complemento: apontar o complemento do endereço profissional;

32) Bairro: transcrever o nome do bairro do endereço profissional;

33) Código de Endereçamento Postal (CEP): campo a ser preenchido pelo digitador do documento; 34) Cidade: transcrever o
nome da cidade e do endereço profissional;

35) Telefone: transcrever o número do telefone profissional ou de recados, indicado pelo participante, se este o possuir; 36) UF:
Unidade Federativa a empresa;

37) Dados da CNH: preencher com o número de registro da Carteira Nacional de Habilitação;
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38) UF - Unidade da Federação: Estado de expedição da CNH;
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f. Relatório (Histórico):

Relatório lavrado pelo agente policial que atender a ocorrência policial, devendo observar os seguintes princípios:

1) Ser claro e completo o suficiente para oportunizar ao Órgão do Ministério Público subsídios para oferecimento ou não da
transação penal, além de permitir a elaboração da denúncia;

2) Fornecer ao Ministério Público e ao Poder Judiciário os elementos para instrução do feito e para sentença;

3) Ser objetivo e descritivo, indicando todas as circunstâncias relevantes;

4) Conter relato das partes envolvidas, mesmo sobre fatos que não presenciados pelo policial, que destacará serem tais
informações produzidas pela parte, sob sua responsabilidade. Não havendo tais declarações, deve o agente registrar que não houve
declarações das partes;

5) As versões, de forma breve e clara, serão consignadas na seguinte ordem: Condutor, Ofendido, Testemunhas e Autor;

6) Pode conter, desde que identificadas como tais, opiniões e impressões do próprio agente policial sobre o fato (indicação de
que as partes demonstravam exaltação ou medo, por exemplo, podem ser exploradas na audiência de instrução e julgamento, desde
que tal fato chegue ao conhecimento da autoridade judicial);

7) O responsável pela lavratura do Boletim de Ocorrência não deve constar como “participante” da ocorrência, pois os seus
dados identificativos serão lançados junto ao campo destinado à sua assinatura no Boletim;

186
Dia 17

8) As testemunhas, quando da lavratura do BO na forma TC, não serão intimadas, pois a primeira audiência no JECrim se destina
à conciliação entre a (s) vítima (s) e autor (es) da infração penal;

9) A presença ou não de outras testemunhas do fato deverá constar como observação no campo “Relatório da Ocorrência”,
visando a evitar que, na fase judicial, ocorra o arrolamento de testemunhas não-presenciais do fato;

10) No Relatório, as testemunhas deverão assinar logo após o término do parágrafo destinado à sua versão sobre o que
presenciaram dos fatos;

11) Nos delitos formais ou de mera conduta (aqueles em que a ação do autor é a própria consumação do delito, não exigindo
resultado material, tais como, violação de domicílio, porte de entorpecentes, ameaça, calúnia, difamação, etc.), é necessário que o
atendente, ao relatar o fato, descreva pormenorizadamente a conduta praticada, inclusive referindo gestos, palavras, sinais e ações
realizadas, pois que a essência do delito é a ação do autor;

12) O atendente da ocorrência, responsável pela lavratura do BO, deverá destinar a primeira linha do Relatório da Ocorrência
para especificar a infração penal ou fato que entende ter ocorrido, sugerindo-se, para tanto, o seguinte texto: “Trata-se de ocorrência
de furto simples, furto qualificado, ameaça, etc.”;

13) O relatório será lavrado consignando-se a versão dos participantes do fato, uma em cada parágrafo: A vítima Beltrano relata
MIQUELI
que...; A testemunha Sicrano informa que...; O autor Fulano SOARES
afirma que...;
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14) Presume-se fidedignidade de todas as afirmações da autoridade que relata os fatos, salvo quando, antecipadamente, ressalve
que decorre de informação das partes;

15) Pode ser complementado em documento anexo ou no verso do formulário, manuscrito ou não, desde que indicado tal
complemento no formulário principal, além de constar no anexo o número da referida NGO. O Relatório tem tal importância na
apreciação do fato, eis que o procedimento é essencialmente informal e oral, que muitas vezes será o único documento produzido
na instrução do feito, devendo, portanto, primar pelo conteúdo.

g. Inclusão de Armas:

Relacionar os dados de armas envolvidas na ocorrência:

1) Número da arma: anotar número da arma;

2) Marca: anotar marca da arma;

3) Espécie: anotar se revólver, pistola, etc. e, quando viável, o tamanho do cano (polegadas);

4) Calibre: anotar o calibre da arma;

5) Infra-tambor: anotar o número apresentado junto ao tambor do armamento quando houver.

h. Inclusão de Veículos:

Relacionar os dados de veículos envolvidos na ocorrência:

1) Placa: anotar a placa do veículo;

187
Dia 17

2) Chassi: anotar a numeração do chassi do veículo;

3) Marca: anotar a marca do veículo;

4) Modelo: anotar o modelo do veículo;

5) Cor: anotar a cor do veículo;

6) Ano-Modelo: anotar o ano-modelo do veículo;

7) Ano de fabricação: anotar o ano de fabricação do veículo.

i. Objetos Coletados e/ou Apreendidos (Inclusive Documentos): Relacionar objetos coletados ou apreendidos (inclusive
documentos), discriminando os seguintes dados:

1) Quantidade: indicar o número de objetos coletados ou apreendidos de um mesmo tipo;

2) Tipo: anotar o nome do tipo do objeto;

3) Descrição: descrever o objeto coletado ou apreendido, com suas características, forma, conteúdo, peso, etc.;

4) Nas ocorrências de recuperação de bens móveis, quando a localização do bem se fizer pelo atendente responsável pela
lavratura do BO, este será, obrigatoriamente, o comunicante
MIQUELI da ocorrência,
SOARES fazendo constar seus dados pessoais na qualificação
como participante; miqueli.xs@gmail.com

5) É desnecessário o preenchimento complementar de Auto de Apreensão, pois, todos os dados relativos aos materiais
apreendidos, inclusive substâncias entorpecentes, devem constar neste campo do BO-COP ou BO-TC. Caso o espaço seja
insuficiente, o policial militar deve acrescentar as demais apreensões no texto do histórico, na versão policial.

j. Manifestação da Vítima:

Nos casos de ação penal pública condicionada ou ação penal privada, colher manifestação de vontade da vítima no sentido de
que seja dado prosseguimento aos atos processuais ou policiais aplicáveis ao caso. Esta manifestação deverá ser colhida para cada
participante caracterizado como vítima. A manifestação da vítima sobre interesse na representação ou queixa, somente constará dos
documentos produzidos em caso de crime de ação penal pública condicionada ou de ação penal privada, respectivamente, não sendo
cabível quando o crime for de ação penal pública incondicionada. Deverá ser transcrito o nome da vítima no campo específico, bem
como assinalar as opções de acordo com sua vontade e por último colher sua assinatura no campo específico;

k. Termo de Compromisso do Participante, na condição de autor do fato:

1) Colher compromisso do Autor da infração no sentido de comparecer ao Juizado Especial, preenchendo a Comarca no campo
específico em data e hora ali estabelecida, quando assim dispuser a Secretaria do Juizado, ou mediante intimação, com a devida
assinatura do autor no campo específico;

2) Assentindo em comparecer ao juizado, não será lavrado o Auto de Prisão, sendo liberada a parte;

3) Não havendo a assunção de compromisso do autor do fato em comparecer ao Juizado Especial Criminal – JEC:

188
Dia 17

(a) Encaminhamento do autor do fato à Delegacia de Polícia para lavratura do APFD (auto de prisão em flagrante delito). Se
houver a negativa por parte do Delegado de Polícia para a lavratura do APFD, mesmo assim a ocorrência será entregue na DP,
conforme estabelece esta NI;

(b) Havendo mais de um autor, liberam-se os que assumam o compromisso e conduzem-se os demais, devendo ser
identificada a assinatura de cada compromissado.

4) Este mesmo formulário deverá ser utilizado para pautar as audiências do Núcleo de Conciliação Comunitária (NUCCOM),
onde houver.

l. Dados identificativos dos Policiais Militares que movimentaram a ocorrência:

Indicar nome completo e número da carteira de identidade civil (RG) dos policiais militares que efetivamente atenderam a
Ocorrência, apondo a assinatura no campo próprio.

1) Atendente: anotar nome e número de registro de identidade civil (RG) do policial que atendeu a ocorrência;

2) Digitador: anotar o nome e número de registro de identidade civil (RG) do digitador do BO junto ao sistema;

3) Revisor: anotar o nome e número de registro de identidade civil (RG) do responsável pela revisão do documento.

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

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Dia 17

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.23/EMBM/202340

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.23/EMBM/2023

1. FINALIDADE

Regular as atividades de polícia ostensiva para enfrentamento dos crimes de violência doméstica e familiar contra a
mulher e estabelecer a forma de atuação do Programa Patrulha Maria da Penha da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL

a. Constituição Federal, 05 de outubro de 1988;


b. Decreto-Lei n.° 2.848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal);
c. Decreto-Lei n.° 3.689, de 03 de outubro de 1941(Código de Processo Penal);
d. Lei n.° 11.340, de 07 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
e. Lei n.° 13.104, de 09 de março de 2015 (Feminicídio);
f. Decreto n.° 1.973, de 1° de agosto de 1996 (Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher, realizada em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994);
g. Decreto n.° 4.316, de 30 de julho de 2002 (Promulga o Protocolo Facultativo à Convenção sobre a Eliminação de
Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher);
MIQUELI SOARES
h. Diretriz Geral da Brigada Militar n.° 33, de miqueli.xs@gmail.com
17 de novembro de 2015 (Diretriz De Polícia Comunitária);
i. Lei n.° 14.188, de 28 de julho de 2021 (Define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência
Doméstica como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher previstas na Lei
n.° 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei n.° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), em todo o território nacional; e altera o Decreto-Lei n.° 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para
modificar a modalidade da pena da lesão corporal simples cometida contra a mulher por razões da condição do sexo
feminino e para criar o tipo penal de violência psicológica contra a mulher);
j. Lei n.° 14.149, de 05 de maio de 2021 (Institui o Formulário Nacional de Avaliação de Risco, a ser aplicado à mulher
vítima de violência doméstica e familiar);
k. Lei n.° 14.316, de 29 de março de 2022 (Altera as Leis n.° 13.756, de 12 de dezembro de 2018, e 13.675, de 11 de
junho de 2018, para destinar recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para ações de enfrentamento da
violência contra a mulher).

3. EXECUÇÃO

a. Aspectos Gerais

1) Conceito de Violência Doméstica e Familiar

Configura-se Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, ocorrida no âmbito da unidade

40
Referência: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I - Última atualização: 14Jun2023 13h30. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina
190
Dia 17

doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive
as esporadicamente agregadas, no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que
são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa, bem como em
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de
coabitação. As relações pessoais elencadas independem do sexo biológico, e no caso de transgêneros, independe da
realização de cirurgia de transgenitalização ou de alteração do nome no registro civil.

2) Conceito de Patrulha Maria da Penha (PMP)

Guarnição policial militar capacitada para executar ações do Programa de Prevenção à Violência contra a Mulher
em situação de violência doméstica e familiar, através de visitas regulares em dias e horários diversos e, também,
capacitada para, nos casos autorizados em lei e previstos nesta normativa, encaminhar e solicitar as medidas protetivas
junto ao Poder Judiciário.

3) Conceito de patrulheiro da Patrulha Maria da Penha (PMP)

É considerado Patrulheiro o Militar Estadual integrante da PMP que realizar as atividades de competência da mesma
MIQUELI
em cada OPM, com habilitação institucional, sendo apto ao SOARES
atendimento qualificado das mulheres vítimas de violência
miqueli.xs@gmail.com
doméstica e familiar, mesmos em locais onde não possui patrulha constituída.

4) Conceito de Rede de Enfrentamento

Segundo a Política Nacional de Enfrentamento à violência contra as mulheres, a qual tem o objetivo de estabelecer
conceitos, princípios, diretrizes e ações de prevenção e combate à violência doméstica contra as mulheres, conforme
normas e instrumentos internacionais de direitos humanos e legislação nacional, conceitua-se a Rede de Enfrentamento,
o envolvimento da sociedade em seu conjunto: os três poderes, todos os entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios), os movimentos sociais e as comunidades visando desenvolver estratégias efetivas de combate,
prevenção, assistência e garantia de direitos das mulheres vítimas de violência.

5) Conceito de Rede de Atendimento

Ação que reúne recursos públicos e comunitários em um esforço comum para enfrentar a violência doméstica contra
a mulher em nosso país. Conceitua-se Rede de Atendimento os serviços de diferentes setores, em especial, da assistência
social, do sistema de justiça, da segurança pública e da saúde, que visam à ampliação e ao acompanhamento adequado
das mulheres em situação de violência.

6) Abrangência da ação da PMP

A ação da PMP destina-se a atender especificamente os casos que a Lei Maria da Penha considera violência contra
a mulher, em razão da vulnerabilidade e hipossuficiência de gênero ocorrido em âmbito doméstico ou familiar. A PMP

191
Dia 17

atuará a partir do deferimento da Medida Protetiva de Urgência pelo Poder Judiciário, com despacho de necessidade de
acompanhamento da força policial até decisão de extinção ou término do prazo de concessão da Medida.

7) Dos critérios para implementação da PMP

a) A PMP poderá ser instalada em todo município sede de Batalhão e nos Municípios onde o índice da violência
doméstica e familiar recomende a adesão ao Programa;

b) O pedido de instalação de PMP será fundamentado em Estudo Sumário de Estado Maior e encaminhado ao
Comando da Brigada Militar para apreciação;

c) Existência na sede do Município de outros Órgãos Estaduais e Municipais que integram a Rede de Enfrentamento
à violência contra a mulher.

8) Composição da PMP

a) A PMP será composta por, no mínimo, dois policiais militares, devendo-se, obrigatoriamente, um deles ser
detentor de Curso de Capacitação;

b) A PMP deverá ser composta por, no mínimo, uma policial


MIQUELI SOARESmilitar feminina.
miqueli.xs@gmail.com
c) Serão selecionados policiais militares que tenham perfil e motivação no cumprimento da missão atribuída à PMP.

9) Seleção para o Curso da PMP

O Policial Militar deve preencher os seguintes requisitos para participar do Curso da PMP:

a) Ser voluntário(a);

b) Policial Militar da ativa;

c) Estar no mínimo no comportamento bom;

d) Estar apto(a) para o serviço, condições físicas e psíquicas;

e) Não estar respondendo procedimento investigativo administrativo, que enseje pena de exclusão, licenciamento ou
demissão;

f) Não possuir registro policial e/ou administrativo como autor(a) ou coautor(a) da prática de crimes de violência
contra mulher;

g) Aptidão e desenvoltura para a comunicação com o público.

b. Do Curso

1) O Curso de Capacitação será desenvolvido para Policiais Militares voluntários que preencham os requisitos
estabelecidos no item “3”, letra “a” nº “9)” desta normativa, bem como os demais exigidos nos respectivos editais;
192
Dia 17

2) O currículo do Curso de Capacitação, preferencialmente, atenderá a Matriz Curricular Nacional prevista para o
programa e será detalhado por ocasião do edital, visto sua constante atualização e revisão;

3) Os Comandos Regionais, observado o disposto no item anterior, poderão executar cursos de capacitação dentro
da sua área territorial, mediante planejamento e autorização do EMBM-PM3 e supervisão do Departamento de Ensino.

c. Divulgação

1) Em nível de Comando-Geral.

Ficará a cargo do Sistema de Comunicação Social da Brigada Militar, com suporte técnico da 3ª Seção do EMBM,
a divulgação dos trabalhos desenvolvidos no Estado.

2) Em nível de Comando Regional.

a) Caberá ao CRPO a difusão das atividades da PMP, através das seguintes ações:

(1) Release da implantação da PMP nos OPM aos órgãos de imprensa;

(2) Divulgação das atividades da PMP na imprensa e na comunidade local;


MIQUELI SOARES
b) O Comando Regional deverá encaminhar à 5ª Seção do EMBM material fotográfico produzido nos eventos do
miqueli.xs@gmail.com
programa, operações, bem como o veiculado na imprensa local, possibilitando a inserção no site da Brigada Militar e
redes sociais correspondentes.

c) O material previsto no item “b” acima, deverá ser enviado também à 3ª Seção do EMBM para fins de arquivo e
controle.

d. Controle dos dados de feminicídio

1) Compete à Agência Central de Inteligência

a) Manter controle dos dados do feminicídio considerando, além das informações da vítima e do acusado, do modus
operandi, do local/hora do fato, especialmente, se a vítima possuía Medida Protetiva de Urgência e se era atendida pelo
Programa Patrulha Maria da Penha;

b) Encaminhar à 3ª Seção do EMBM, através do e-mail embm-pm3@bm.rs.gov.br, os dados dos feminicídios a cada
nova incidência.

2) Compete à Agência Regional de Inteligência e Agência Local de Inteligência (ARI/ALI)

a) Realizar o controle de dados dos feminicídios, considerando além das informações da vítima e do acusado, do
modus operandi, do local/hora do fato, especialmente se a vítima possuía Medida Protetiva de Urgência e se era atendida
pelo Programa Patrulha Maria da Penha;

193
Dia 17

b) Remeter à Agência Central de Inteligência os dados dos feminicídios tão logo produzam o conhecimento.

e. Desenvolvimento do programa

1) Compete aos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva, através da 3ª seção

a) Indicar ao EMBM um oficial QOEM para atuar como responsável para o bom desenvolvimento do Programa
PMP, informando o número do telefone e/ou celular para contato com o mesmo;

b) Supervisionar a atuação das Patrulhas Maria da Penha em todos os Órgãos Policiais Militares subordinados,
interagindo com os mesmos, a fim de padronizar os procedimentos e fixar metas e planos de trabalho conforme
indicadores do Sistema AVANTE;

c) Realizar avaliação semestral, com as 3ª Seções dos OPMs subordinados, do trabalho desenvolvido pelas PMP, e
adotar as providências necessárias para sanar problemas constatados;

d) Enviar, de forma virtual, para a 3ª Seção do EMBM, Relatório Semestral apontando os problemas encontrados e
soluções adotadas;

e) Conferir, diariamente, se os dados das Patrulhas


MIQUELIMaria da Penha subordinadas foram lançados no Sistema
SOARES
Integrado PMP (google drive); miqueli.xs@gmail.com

f) Na cidade de Porto Alegre, o Comando de Policiamento da Capital (CPC) receberá, do Poder Judiciário, as MPU
deferidas, e remeterá as mesmas às respectivas Unidades para execução, de acordo com a área de responsabilidade
territorial, enquanto não for possível o recebimento via Sistema eproc, mantendo o devido controle acerca dos
cumprimentos das mesmas. Nos demais Comandos, os respectivos Comandantes ou Oficiais cuja tarefa tenha sido
delegada, deverão ajustar com o Poder Judiciário a forma de recebimento e execução das MPU.

2) Compete aos Comandantes de Unidade com PMP implementada

a) Designar um oficial QOEM responsável pelo Programa PMP nas sedes de OPM e um oficial QOEM ou QTPM,
exercendo a mesma função, quando a Patrulha for em sede de Cia/Pel destacados;

b) Selecionar e indicar Policiais Militares, conforme perfil e requisitos constantes na presente NI, para participação
em curso de capacitação;

c) Controlar e determinar, com as respectivas Companhias ou Esquadrões, a fiscalização das MPU recebidas;

d) Acompanhar as atividades da PMP nas frações subordinadas através de reuniões periódicas com os respectivos
Oficiais responsáveis pelo Programa;

e) Zelar pela conservação e correto emprego das viaturas destinadas para a atuação da PMP, devidamente
caracterizadas;

194
Dia 17

f) Indicar a necessidade de implantação da Patrulha Maria da Penha em determinado município do Estado, com base
nos índices de violência coletados e na existência de estrutura da rede local, fundamentando sua solicitação em Sumário
de Estudo de Estado-Maior;

g) Manter contato com as autoridades locais que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher,
bem como auxiliar nas medidas voltadas para a solução e intermediação das dificuldades comuns nas respectivas frações
subordinadas;

h) Determinar o emprego do efetivo das Patrulhas Maria da Penha em dias e horários diversos, abrangendo o maior
número possível de turnos e, considerando a possibilidade de atuação aos finais de semana.

3) Compete ao Comandante de Cia/Esquadrão/Pel com a PMP implementada

a) Estabelecer o fluxo de recebimento das MPU com o Poder Judiciário, preferencialmente, através de e-mail ou via
eproc;

b) Controlar e determinar, com os respectivos Pelotões, a fiscalização das MPU recebidas;

c) Determinar a consulta no Sistema de Consultas Integradas de dados capazes de subsidiar a atuação da PMP, tais
MIQUELI SOARES
como os seus antecedentes do agressor e registros policiais anteriores ao fato objeto da MPU e repassar à PMP;
miqueli.xs@gmail.com

d) Providenciar para que pelo menos um dos integrantes da PMP tenha acesso ao Sistema Consultas Integradas,
módulo Tribunal de Justiça, e ao Sistema eproc, para acompanhamento de informações relativas às MPU e demais dados
pertinentes;

e) Determinar a elaboração do roteiro de visitas pelo efetivo da PMP, priorizando a visitação às novas vítimas e aos
casos mais graves, sem deixar de visitar as demais mulheres cadastradas no máximo a cada 30 dias;

f) Determinar que sejam remetidos ao Juízo onde tramita o processo judicial que deferiu a Medida Protetiva de
Urgência, preferencialmente, de forma virtual (e-mail ou eproc):

(1) Os Boletins de Atendimento da primeira visita;

(2) Os Boletins de Atendimento que contenham o Formulário Nacional de Avaliação de Risco;

(3) Os Boletins de Atendimento que retratem casos de vulnerabilidade, de término de acompanhamento, de recusa
de atendimento e de retorno do agressor ao lar, lavrados pela PMP.

f) Adotar providências para manter as atividades de fiscalização das MPU quando ocorrer eventuais
indisponibilidades dos integrantes fixos das PMP (férias, afastamentos, cursos, etc.), de maneira que o Programa não
sofra solução de continuidade;

195
Dia 17

g) Designar, no mínimo, dois policiais militares para integrarem a referida patrulha que atuará de forma vinculada e
sob o comando do OPM de uma circunscrição, município ou região do Estado.

4) Compete à Patrulha Maria da Penha

a) Cumprir o roteiro de visitas às Mulheres em situação de violência doméstica e familiar, fiscalizando as MPU
conforme planejamento estabelecido pelos Comandantes de Unidade, Companhia/Esquadrão e Pelotão;

b) Remeter os Boletins de Atendimento lavrados via sistema para a 3ª Seção/Cartório do OPM;

c) Informar à 3ª Seção/Cartório a lavratura de Boletim de Atendimento que retrate situação de vulnerabilidade de


vítima, para que aquela seção proceda a remessa emergencial ao Poder Judiciário;

d) Realizar as visitas com a máxima discrição possível, de forma a evitar constrangimento desnecessário da vítima
perante vizinhos e familiares, podendo, mediante solicitação expressa da vítima utilizar viatura não caracterizada com
a logomarca do programa, afim de evitar a revitimização;

e) Confeccionar Boletim de Atendimento para cada visita realizada, selecionando o tipo de certidão lavrada de acordo
com cada caso;
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
f) Orientar a vítima informando seus direitos e esclarecendo quanto aos serviços especializados disponíveis na Rede
de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, se assim ela desejar;

g) Aplicar Formulário Nacional de Avaliação de Risco, na primeira visita à vítima, caso não tenha sido aplicado por
outro Órgão, e encaminhar à 3ª Seção do Batalhão com responsabilidade territorial para fins de processamento e envio
ao Poder Judiciário;

h) Inserir no Sistema Integrado PMP que está no Google Drive, os dados da vítima e do agressor, tão logo a MPU
seja recebida, e mantê-los atualizados após a realização de cada roteiro de visitação no dia útil subsequente;

i) Selecionar a opção “Certidão de Fiscalização de MPU”, no momento da lavratura do BA/BM-Mob, quando a visita
for considerada “de rotina” da PMP, coletando dados suficientes para subsidiar a sua atuação. Se houver o
preenchimento do Formulário Nacional de Avaliação de Risco, selecionar a opção “Certidão de Fiscalização de MPU –
Formulário Nacional de Avaliação de Risco”;

j) Selecionar a opção “Certidão de Vítima em Situação de Vulnerabilidade Sem Prisão”, no momento da lavratura
do BA/BM-Mob, nos casos em que for constatada grave ameaça à vida ou à integridade física da vítima. Se houver a
prisão do agressor, escolher a opção “Certidão de Vítima em Situação de Vulnerabilidade Com Prisão”, no momento da
lavratura do BA/BM-Mob;

k) Selecionar a opção “Certidão de Retorno do Agressor ao Lar com COP por Descumprimento de MPU”, no
momento da lavratura do BA/BM-Mob, em razão da constatação de reconciliação do casal e do crime de
196
Dia 17

descumprimento de MPU, quando o agressor não estiver no local. Se o agressor estiver no local, realizar a prisão em
flagrante pelo crime de descumprimento de MPU com a condução à DP e selecionar a opção “Certidão de Retorno do
Agressor ao Lar com Prisão em Flagrante por Descumprimento de MPU”;

l) Selecionar a opção “Certidão de Término de Acompanhamento”, no momento da lavratura do BA/BM-Mob,


quando a vítima informar que não necessita/deseja mais o acompanhamento da PMP ou que não resida mais em área de
atuação da PMP;

m)Selecionar a opção “Certidão de Não Localização da Vítima”, no momento da lavratura do BA/BM-Mob, quando
o endereço estiver correto, porém a mulher não estiver no endereço constante no cadastro;

n) Selecionar a opção “Certidão de Recusa de Atendimento da PMP”, no momento da lavratura do BA/BM-Mob,


quando a vítima manifestar, na primeira visita, que não deseja o acompanhamento pela PMP;

o) Selecionar a opção “Certidão de Endereço Incompleto ou Inexistente”, no momento da lavratura do BA/BM-Mob,


quando o endereço cadastrado estiver incorreto ou incompleto, informando aos Órgãos de Enfrentamento à Violência
Contra a Mulher e mantendo a situação “Aguardando” no Sistema Integrado PMP no Google drive, a fim de tentar
localizar o endereço correto da vítima; MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
p) Reportar ao Comando do Órgão Policial Militar qualquer problema na execução do serviço para adoção de
providências;

q) Manter pasta com arquivo físico ou virtual de toda documentação referente às fiscalizações, separadas por vítima
(ocorrência policial, medida protetiva, certidões, antecedentes e outros documentos que possam instruir o trabalho da
Patrulha);

r) Manter o controle diário das visitas realizadas com o preenchimento no Sistema Integrado PMP no Google drive;

s) Confeccionar Boletim de Ocorrência Policial para os crimes relatados que não estejam em situação de flagrância
e que a vítima não necessite ou manifeste interesse em solicitar MPU;

t) Encaminhar à Delegacia de Polícia ou DEAM os casos de flagrante.

5) Compete aos Oficiais Responsáveis pela PMP nível CIA/PEL

a) Controlar as atividades administrativas das ações da PMP na sua área de responsabilidade, informando seu
respectivo Comandante acerca destas;

b) Revisar a documentação produzida pela PMP;

c) Orientar o efetivo da PMP nos casos de dúvida;

d) Interagir com efetivo da 2ª Seção do OPM para diligências necessárias;

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Dia 17

e) Manter contato com as autoridades locais que integram a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher,
bem como intermediar para a solução das dificuldades encontradas na sua área de responsabilidade;

f) Realizar auditoria mensal de 5% dos BA/BM-Mob confeccionados pela PMP e enviar para o Comando Regional
com análise dos dados produzidos.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. As legislações, modelos de documentos e orientações pertinentes ao programa, estarão disponíveis no Google Drive
para consulta em pasta específica, sendo atualizada e administrada pela 3ª Seção do EMBM;

b. A viatura destinada para o emprego nas atividades desenvolvidas pela PMP deverá utilizar a logomarca do programa,
que pode ser do tipo removível, proporcionando identificação e visibilidade da ação, podendo ser dispensada essa
providência somente com autorização do Comando da Instituição. As viaturas destinadas mediante convênios com
outros Órgãos (convênios federais, emendas parlamentares etc.) deverão manter sua especificidade de emprego na PMP
e sua adesivagem própria, observada a exceção prevista no item 3.e. 4) d);
MIQUELI SOARES
c. Serão atendidos pela PMP, a critério dos respectivos Comandos e Oficiais Responsáveis pela PMP, casos
miqueli.xs@gmail.com
considerados graves, mas que a MPU ainda não tenha sido deferida em razão do trâmite do processo;

d. Nas situações que for verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica
da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado
do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida pelo policial militar que estiver atendendo a ocorrência, quando
o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia. Nestes casos o juiz
deverá ser comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, devendo a comunicação ser realizada pelo meio
mais célere, a ser definido pelo Oficial QOEM indicado como Coordenador Regional da Patrulha Maria da Penha
juntamente com o Poder Judiciário da Comarca com Jurisdição no local da MPU e certificado por meio de Certidão,
contendo os fatos, identificação das partes, testemunha(s), ciência do agressor e providências adotadas;

e. Os casos de arquivamento das MPU no Sistema Integrado PMP, ou seja, que a PMP deixará de realizar as visitas,
dar-se-ão pelas vias judiciais (revogação e expiração do prazo da MPU) e administrativa (recusa da vítima, término do
acompanhamento ou retorno do agressor ao lar);

f. Em nenhuma hipótese será permitida à PMP, por sua própria análise, encerrar o acompanhamento da MPU;

g. As atividades de fiscalização de MPU não podem ser realizadas por telefone, sob pena de a PMP certificar situação
falsa relatada por telefone pela vítima, considerando eventual possibilidade de constrangimento pelo próprio agressor.
A realização de contato telefônico limita-se à certificação de endereço ou de ajustes de turno mais adequado para a
realização das visitas;
198
Dia 17

h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário,
especialmente, a Nota de Instrução nº 2.23, de 24 de setembro de 2021.

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

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Dia 18

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 5.7/EMBM/2023

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 5.7/EMBM/2023

1. FINALIDADE
Regular o encaminhamento dos Policiais Militares expostos a eventos traumáticos e o registro de informações sobre suicídio de
Policiais Militares com objetivo de instrumentalizar o Departamento de Saúde na execução e elaboração de ações preventivas.

2. BASE LEGAL
a. Lei N° 13.819 de 26 de abril de 2019;
b. Portaria MJSP N° 629, de 27 de novembro de 2020;
c. Resolução CFM Nº 1.931, de 17 de setembro de 2009 (Código de Ética Médica);
d. Instrução Normativa GAB/MJ n 01, de 26 fevereiro de 2010;
e. Lei Estadual Nº 11.314, de 20 janeiro de 1999;
f. Lei Estadual Nº 11.394, de 13 dezembro de 1999;
g. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). Manual
MIQUELI Diagnóstico e Estatístico dos Trastornos Mentais, Quinta
SOARES
Edição (DSM-5). Porto Alegre: Artmed, 2014; miqueli.xs@gmail.com
h. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. SECRETARIA NACIONAL
DE SEGURANÇA PÚBLICA. Caderno técnico de tratamento do transtorno de estresse póstraumático – TEPT. Brasília: SENAP,
2019.

3. EXECUÇÃO
a. Critérios para inclusão de como exposição a evento traumático
Será considerado exposto a evento traumático o Policial Militar (PM) que vivenciou, testemunhou ou foi confrontado com
ocorrência de vulto, que envolveu ao menos um dos seguintes:
1) Morte ou lesão grave de policial militar;
2) Múltiplas vítimas fatais ou politraumatizadas;
3) Morte ou ferimento grave de cidadão civil relacionada à ação ou operação policial;
4) Grave risco de morte para o policial militar, provocado pela ação intencional de terceiros;
5) Confronto com a utilização de armas de fogo com o resultado de ferimento ou morte de cidadão civil;
6) Morte traumática e dolorosa de uma ou mais crianças com envolvimento, causal ou não, dos policiais;
7) Também será considerado exposto a evento traumático o PM que vivenciou, testemunhou ou foi confrontado com morte
violenta de colega próximo fora do horário de serviço, incluindo suicídio.

b. Da composição do sistema
1) Compõem o sistema de encaminhamento, atendimento e acompanhamento dos policiais militares expostos a eventos
traumáticos, na forma da presente Nota de Instrução:

200
Dia 18

a) Seção Biopsicossocial;
b) Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) e Hospital da Brigada Militar de Santa Maria (HBM/SM);
c) Formação Sanitária Regimental (FSR) e Junta Militar Policial de Saúde (JMPS);
d) Órgão Policial Militar (OPM).

2) Compõem o sistema de registro de informações relativas a suicídios e outras mortes violentas de policiais militares, na
forma da presente Nota de Instrução:
a) Seção Biopsicossocial;
b) Órgão Policial Militar (OPM) de origem do militar falecido;
c) EMBM-PM2.

c. Da prova documental
Será realizada quando necessário, de acordo com a avaliação do comandante da OPM de origem do PM. Poderá incluir um ou
mais dos itens abaixo:
1) Inquérito Policial Militar (IPM);
2) Sindicância Policial Militar;
3) Atestado de Origem (AO);
4) Inquérito Sanitário de Origem (ISO); MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
5) Ata da JMPS;
6) Parte do Comandante do Policial Militar;
7) Parecer da Seção Biopsicossocial;
8) Parecer do Médico da FSR ou da JMPS;
9) Documento emitido por profissional de saúde externo à instituição.

d. Das Competências
1) Compete aos OPM (Comandante imediato do servidor e/ou OPM):
a) Encaminhar à Seção Biopsicossocial, os militares expostos a evento traumático conforme o item “5a" (Critérios para
inclusão como exposição a evento traumático) da presente NI;
b) Ao ter ciência da situação, o Comandante do OPM, preferencialmente nas próximas 24 horas, deverá tomar providências
para que o formulário de Registro de Ocorrência de Exposição a Evento Traumático (Anexo A) seja preenchido e enviado para o
e-mail ds-biopsico@bm.rs.gov.br para mobilização da equipe da Seção Biopsicossocial;
c) Observar o parecer da FSR ou JPMS após a avaliação do estado emocional do servidor por profissional habilitado
(Assistente Social, Psicólogo ou Médico Psiquiatra), bem como manter o sigilo das informações;
d) Receber e reinserir o PM, em casos que houve Licença para Tratamento de Saúde (LTS), ou restrições para a atividade fim,
de forma acolhedora, coibindo julgamentos ou críticas a sua condição;
e) Em caso de suicídio de policial militar da ativa, responder ao Formulário Pós Suicídio (Anexo B) enviando à Seção
Biopsicossocial em caráter reservado, até no máximo 7 dias após o evento morte.
f) Coibir a divulgação inapropriada de notícias, documentos, imagens, vídeos ou áudios que exponham vítimas, militares ou
civis, de eventos violentos, como suicídio, acidente de transito, confronto armado ou outros.
201
Dia 18

2) Compete à Seção Biopsicossocial:


a) Avaliar todo PM que for encaminhado e emitir parecer técnico quando demandada;
b) Após a avaliação, orientar o PM quanto ao seguimento, podendo incluí-lo em um programa de tratamento contínuo ou não;
c) Se necessário, fornecer parecer psiquiátrico e/ou psicológico com informações sobre o acompanhamento e sugestões a
respeito da aptidão laboral do policial militar, incluindo eventuais restrições, a ser analisado na instância pericial competente; ;
d) Manter o diálogo com profissionais médicos da FSR/JMPS e comandantes dos OPMs preservando o sigilo profissional;
e) Propiciar ou encaminhar para psicoterapia breve, quando essa for indicada, na qual será trabalhado o foco determinante do
comprometimento emocional;
f) Realizar intervenções em grupo nas OPMs após eventos críticos que atinjam o efetivo;
g) Após suicídio de policial militar da ativa, receber de forma digital ou física o Formulário Pós-Ocorrência de Suicídio
Consumado de Militar Estadual da Ativa (Anexo B) enviado pela unidade onde o servidor estava lotado;
h) Observar o sigilo e os preceitos éticos no tratamento dos dados obtidos por meio do Formulário Pós-Ocorrência de Suicídio
Consumado de Militar Estadual da Ativa (Anexo B), bem como sobre quaisquer outras informações previstas como sigilosas que
exponham a vítima de evento traumático ou suicídio.

3) Compete ao HBM/PA e HBM/SM:


MIQUELI SOARES
a) Acolher os militares encaminhados pela Seção Biopsicossocial, propiciando o tratamento indicado: psicológico e/ou
miqueli.xs@gmail.com
psiquiátrico;
b) Emitir pareceres à FSR/JMPS de acordo com a evolução do caso;
c) Atuar de forma subsidiária à Seção Biopsicossocial quando solicitado.

4) Compete ao médico da FSR ou JMPS:


a) Receber o parecer elaborado pela equipe da Seção Biopsicossocial, HBM/PA ou HBM/SM, com as devidas recomendações
de conduta;
b) Repassar à Seção Biopsicossocial, HBM/PA ou HBM/SM quaisquer informações pertinentes sobre a saúde do militar
exposto a evento traumático.

5) Compete ao DS:
a) Propiciar estrutura e condições adequadas para a execução, manutenção e ampliação dos serviços de saúde mental da
instituição;
b) Elaborar e apoiar ações de prevenção com foco em saúde mental;
c) Prestar serviços de Assistência Social aos militares estaduais através da SAS (Seção de Assistência Social).

6) Compete ao DA:
a) Fornecer dados sobre o efetivo quando solicitado pela Seção Biopsicossocial com o objetivo de traçar diagnósticos e
embasar ações de planejamento e prevenção em saúde mental na instituição.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
202
Dia 18

a. As despesas decorrentes da presente Nota de Instrução correrão por conta da Dotação Orçamentária da BM.
b. As providências previstas na NI não dispensam a realização dos procedimentos investigatórios (IPM e Sindicâncias)
destinados à apuração dos fatos para estabelecimento de responsabilidade penal, civil ou administrativa, previstas em leis e
regulamentos;
c. Na hipótese de incapacidade temporária ou definitiva para o serviço na Brigada Militar serão seguidas as normativas que
regulamentam o tema, prezando para que todos os servidores em gozo de dispensas estejam em regular acompanhamento
psicológico e/ou psiquiátrico.
d. Nos casos de policiais militares com necessidade de tratamento psiquiátrico ou psicológico contínuo, este poderá ocorrer tanto
na Seção Biopsicossocial quanto no HBM/PA ou HBM/SM.
e. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a Nota
de Instrução 5.7/EMBM/2022, de 06 de maio de 2022.

Anexo (ver na INTRANET:


Anexo A – Formulário de Registro de Ocorrência de Vulto;
Anexo B – Formulário Pós-Ocorrência de Suicídio Consumado de Militar Estadual da Ativa.

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

203
Dia 18

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 5.12/EMBM/2023

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 5.12/EMBM/2023

1. FINALIDADE
Regular as atividades, instalação e funcionamento do Programa Anjos no âmbito da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;
b. Constituição Estadual do Estado do Rio Grande do Sul, de 06 de outubro de 1989;
c. Lei Nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de
transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental;
d. Resolução Nº 08, de 14 de agosto de 2019, que dispõe sobre soluções preventivas de violação e garantidoras
de direitos aos portadores de transtornos mentais e usuários problemáticos de álcool e outras drogas;
e. Nota de Instrução n° 5.1/EMBM/2023 que regula o funcionamento, procedimentos e pareceres das Juntas
MIQUELI SOARES
Policiais Militares de Saúde (JPMS) Permanentes e Extraordinárias e Formação Sanitária Regimental (FSR);
miqueli.xs@gmail.com
f. Nota de Instrução n° 5.6/EMBM/2023 que regula a divulgação de informações referentes à condição
sanitária dos Militares Estaduais;
g. Nota de Instrução n° 5.7/EMBM/2023 que regula o atendimento e acompanhamento dos Policiais Militares
expostos à ocorrência de vulto com objetivo de prevenir o desenvolvimento do Transtorno de Estresse Pós-
Traumático (TEPT).

3. EXECUÇÃO:
a. Contextualização
A natureza da função policial militar expõe o indivíduo ao estresse continuado ao mesmo tempo que exige
equilíbrio emocional para lidar com situações de risco iminente. Os transtornos mentais podem levar a
mudanças de comportamento que trazem consequências para a vida pessoal e para o desempenho adequado
da função. Quanto antes detectados, menores os prejuízos e melhores os desfechos destes quadros.
Após discussões sobre o tema envolvendo o Comando Geral, o Departamento de Saúde e o Departamento
de Ensino, fortaleceu-se a ideia da criação de um Programa para difundir informações adequadas sobre saúde
mental e promover uma mudança cultural que diminua o estigma dos transtornos mentais dentro da
Corporação. Esta estratégia passa a ser desenvolvida a partir do Curso de Capacitação em Saúde Mental

204
Dia 18

(CCSM) do Programa Anjos, um treinamento básico na área, além de atividades posteriores de educação
continuada. Os Militares Estaduais envolvidos nestas ações passam a ser designados como facilitadores.

b. Conceito de facilitador do Programa Anjos


Militar Estadual voluntário que concluiu o CCSM com aprovação, participando ainda de atividades
posteriores de educação continuada. Espera-se que o facilitador contribua para a conscientização de seus pares
quanto à importância da atenção em saúde mental e indiretamente colabore para uma maior aproximação da
tropa com os profissionais de saúde mental da Corporação.

c. Modo de atuação do facilitador do Programa Anjos


1) Transmitir entendimento adequado sobre saúde mental, auxiliando na diminuição do estigma na
Corporação;
2) Conhecer a rede de atendimento em saúde mental da instituição e, quando necessário, indicá-la;
3) Participar de reuniões e atividades de educação continuada promovidas pelo Programa;
4) Contribuir para a promoção de boas práticas
MIQUELIde saúde mental no efetivo.
SOARES
miqueli.xs@gmail.com

d. Delimitações da atuação do facilitador do Programa Anjos:


1) Vedações à atuação do facilitador, mesmo que tenha nível superior (graduação) em áreas de
atuação em saúde mental (psicologia, serviço social, enfermagem, educação física, entre outras):
a) Realizar atendimentos ou intervenções terapêuticas em saúde mental na Brigada Militar, exceto se o
processo seletivo pelo qual ingressou o possibilite (p.ex., oficial médico psiquiatra);
b) Participar de eventos ou ministrar palestras a respeito de saúde mental utilizando o nome, logotipo,
imagens, vídeos, material didático ou qualquer referência ao Programa Anjos, exceto se planejado em conjunto
com o Setor do Programa Anjos da Seção Biopsicossocial da Brigada Militar e mediante capacitação
específica e diversa do CCSM;
c) Ser designado para mediar conflitos familiares, entre colegas de trabalho ou de militares com seus
superiores hierárquicos;
d) Exercer função de negociador em situações de risco;
e) Interferir em questões de saúde ocupacional como afastamentos laborais por motivo psiquiátrico;
f) Interferir em demandas administrativas relativas ao efetivo, tais como mudanças de escala,
transferências de OPM, entre outras;

205
Dia 18

2) O facilitador não poderá ser responsabilizado em casos de suicídios tentados ou consumados ou outras
situações graves envolvendo saúde mental que não puderam ser prevenidas;
3) O facilitador que desrespeitar o modo ou delimitações de atuação poderá, a qualquer momento, ser
desligado pela Comissão Gestora do Programa;
4) O facilitador poderá solicitar seu desligamento do Programa Anjos à Comissão Gestora a qualquer
momento;
5) Para manter-se vinculado ao programa, uma assiduidade mínima de 75% na carga horária de
treinamentos periódicos deve ser observada.

e. Constituição da Comissão Gestora do Programa Anjos, nomeada pelo Comando Geral da Brigada
Militar
1) 01 (um) oficial QOEM;
2) 04 (quatro) oficiais QOES consultores técnicos.

f. Atribuições da Comissão Gestora do Programa


MIQUELIAnjos:
SOARES
miqueli.xs@gmail.com
1) Assessorar o Comando da Corporação nas ações relacionadas ao Programa Anjos;
2) Realizar reuniões com os facilitadores para averiguar o andamento do Programa, eventuais dificuldades,
ajustes, sugestões ou demandas específicas;
3) Planejar e promover, em conjunto com o Departamento de Ensino e com o Departamento de Saúde,
atividades de educação continuada, visando a reciclagem periódica de conhecimentos entre os facilitadores;
4) Propor ações e eventos de promoção e prevenção em saúde mental;
5) Avaliar o desligamento de facilitadores que desrespeitarem o modo ou delimitações de atuação conforme
esta Nota de Instrução, dando ciência ao Chefe do EMBM;
6) Avaliar o impacto do Programa Anjos no Serviço de Saúde Mental da Brigada Militar, e propor
ampliações ou modificações na estrutura de atendimento biopsicossocial, conforme a necessidade;
7) Sugerir revisões desta Nota de Instrução;
8) Participar do planejamento e execução das edições do CCSM do Programa Anjos.

g. Atribuições do Setor do Programa Anjos na Seção Biopsicossocial:


1) Gerenciar o grupo de facilitadores do Programa de todo o Estado;
2) Gerenciar a caixa de e-mail funcional (ds-anjos@bm.rs.gov.br) e o telefone funcional do Programa;

206
Dia 18

3) Comunicar à Comissão Gestora do Programa Anjos da Seção Biopsicossocial quando identificar


atuações de facilitadores em desacordo com o que está especificado nesta normativa, requerimentos de
desligamento ou quando da necessidade de verificação de questões diversas referentes ao funcionamento do
Programa.
4) Contribuir para o planejamento e a execução das edições do CCSM do Programa Anjos;
5) Atender às demandas da Comissão Gestora.

h. Atribuições das Formações Sanitárias Regimentais


1) Auxiliar no encaminhamento para atendimentos psicológicos na FSR ou fora dela, para atendimento
psiquiátrico ambulatorial ou para serviços de emergência em saúde mental dentro e fora da instituição;
2) Oferecer junto aos Comandos Regionais/OPM as condições para desenvolvimento de ações de
promoção em saúde mental, tais como eventos, palestras, grupos;
3) Oferecer junto aos Comandos Regionais/OPM e Departamento de Saúde as condições estruturais e
administrativas para o funcionamento do Programa;
4) Comunicar o Setor do Programa Anjos da Seção
MIQUELI Biopsicossocial quando identificar atuações de
SOARES
miqueli.xs@gmail.com
facilitadores em desacordo com o que está especificado nesta normativa, ou quando da necessidade de
verificação de questões diversas referentes ao funcionamento do Programa.

i. Atribuições dos Comandos Regionais, Departamentos e OPM


1) Oferecer junto às FSR condições estruturais e administrativas para o desenvolvimento de ações de
promoção em saúde mental, tais como eventos, palestras, grupos;
2) Viabilizar, quando possível, a apresentação dos Militares Estaduais para atendimento especializado em
saúde mental na instituição;
3) Conhecer e respeitar o que preconizam os itens desta normativa, especialmente aqueles que versam
sobre modo ou delimitações da atuação do facilitador do Programa Anjos;
4) Informar o Setor do Programa Anjos da Seção Biopsicossocial quando identificar atuações do facilitador
em desacordo com o que está especificado nesta normativa, ou quando da necessidade de verificação de
questões diversas referentes ao funcionamento do Programa.

j. Atribuições do Departamento de Saúde


1) Criar o Setor do Programa Anjos, sendo incluído na Seção Biopsicossocial do Departamento de Saúde;
2) Apoiar a realização de edições regulares do CCSM;

207
Dia 18

3) Promover, junto à Comissão Gestora e ao Departamento de Ensino, meios de educação continuada,


fomentando a reciclagem periódica de conhecimento entre os facilitadores;
4) Viabilizar junto aos escalonamentos da Brigada Militar as condições estruturais e administrativas para
o adequado funcionamento do Programa;
5) Realizar, a qualquer momento, o desligamento de facilitadores conforme avaliação da Comissão
Gestora;
6) Avaliar periodicamente os resultados do Programa, viabilizando modificações e ampliações quando
necessárias;
7) Divulgar as ações desenvolvidas pelo Programa;
8) Gerenciar revisões sistemáticas desta Nota de Instrução;
9) Promover ampliações e adequações na estrutura e funcionamento da assistência em Saúde Mental da
Brigada Militar com base na avaliação da Comissão Gestora do Programa Anjos.

k. Atribuições do Departamento de Ensino


1) Planejar e executar edições regulares doMIQUELI
CCSM, com apoio da Comissão Gestora e do Setor do Programa
SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Anjos da Seção Biopsicossocial;
2) Gerenciar os processos seletivos dos CCSM;
3) Promover, em conjunto com a Comissão Gestora do Programa Anjos e o Departamento de Saúde, meios
de educação continuada, fomentando a reciclagem periódica de conhecimento entre os facilitadores.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Os militares estaduais do corpo docente e os facilitadores farão jus ao uso do distintivo do CCSM do
Programa Anjos;
b. Militares Estaduais que se destacarem ao longo do curso, das atividades de educação continuada, e que
possuírem perfil apropriado poderão ser futuramente convidados pela Comissão Gestora para atuarem na área
da saúde mental sob a supervisão da mesma, com treinamento e atribuições específicas;
c. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação revogando a NI 5.12/EMBM/2021 de 18
de fevereiro de 2021.

208
Dia 19

NOÇÕES DE ATIVIDADE DE POLÍCIA MILITAR

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 7.1/EMBM/2018

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 7.1/EMBM/2018

1. FINALIDADE
Regular os procedimentos administrativo e operacional no que se refere ao crime de deserção cometido por Policial
Militar da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;
b. Constituição Estadual, de 03 de outubro de 1989;
c. Lei Federal nº 8.236, de 20 de setembro de 1991;
d. Lei Estadual nº 6.196, de 15 de janeiro de 1971 (Código de Vencimentos da BM);
e. Decreto-Lei nº 1.001, de 23 de outubro1969 (Código Penal Militar - CPM);
f. MIQUELI
Decreto-Lei nº 1.002, de 23 de outubro de 1969 SOARES
(Código de Processo Penal Militar - CPPM);
miqueli.xs@gmail.com
g. Lei Complementar Estadual nº 10.990, de 18 de julho de 1997 (Estatuto dos Militares Estaduais).

3. EXECUÇÃO
a. Definições básicas
1) Crime de deserção: constitui delito propriamente militar, quando o militar rompe laço que o liga à Corporação, afastando-
se por tempo superior ao mínimo compreendido como razoável pelo legislador. A deserção está prevista no art. 187 do Código Penal
Militar (CPM), sendo a situação em que se ausenta o militar, sem licença, da Unidade que serve, ou do lugar em que deve
permanecer, por mais de 08 (oito) dias;
2) Parte de falta ao serviço: documento que deverá ser lavrado após o encerramento do turno de serviço para o qual o militar
faltoso estava escalado;
3) Parte de ausência: documento que deverá ser lavrado exatamente à zero hora do dia seguinte àquele em que for verificada
a falta do militar. Iniciada a contagem para a caracterização da ausência, esta se consumará à zero hora do dia posterior ao dia de
ausência;
4) Inventário: procedimento formal por meio do qual são apurados todos os bens da Fazenda em poder do militar ausente
no interior do aquartelamento (armário, alojamento, ou qualquer outra dependência). Esse procedimento deverá ser realizado após
24 (vinte e quatro) horas de ausência, do qual será lavrado um termo relacionando todos os itens encontrados, com a assinatura de
duas testemunhas. O inventário pode ser feito pelo próprio Oficial que encaminhou a parte de ausência ou por outro devidamente
designado para tal fim, sendo que a determinação para o inventário, bem como a indicação das testemunhas e de eventual depositário
dos bens deverá constar em boletim interno. Ainda, por medida de cautela, deverão ser relacionados separadamente os bens
particulares do militar ausente;

209
Dia 19

5) Diligências para a localização do ausente: São providências que serão adotadas para que se localize o militar ausente e
fazê-lo voltar ao quartel, a fim de evitar que se consume o crime de deserção. Embora tenham sido revogadas pela Lei Federal n.º
8.236/91, estas deverão ser realizadas e devidamente certificadas, pois demonstrará, de maneira inequívoca, que o militar ausente
se encontra em lugar incerto e não sabido, haja vista que a administração militar buscou localizá-lo nos endereços fornecidos e nos
locais onde possivelmente poderia estar (hospitais, residência de parentes, ou outro local julgado conveniente pela autoridade,
podendo, inclusive, diligenciar junto aos perfis de redes sociais do militar ausente);
6) Parte de deserção: documento que deverá ser lavrado quando decorrido o transcurso de 08 (oito) dias de ausência (prazo
de graça), tendo como parâmetro a zero hora, tanto do dia inicial como do dia final;
7) Termo de Deserção: documento que será lavrado por ordem do Comandante ou outra autoridade competente, onde serão
especificados a ocorrência da deserção e suas circunstâncias, qualificação do militar desertor, bem como narrando todas as
providências adotadas. O termo deverá ser assinado pelo responsável pela sua lavratura, pelo Comandante e por duas testemunhas,
de preferência, oficiais. O presente termo deverá ser publicado em boletim interno da unidade;
8) Termo de exclusão (para praça sem estabilidade – art. 135, §2.º da Lei Complementar Estadual nº 10.990/97): documento
que será confeccionado após a publicação do termo de deserção no boletim correspondente, e, devidamente assinado pelo
Comandante da unidade, será encaminhado para o Departamento Administrativo para que se proceda à exclusão da praça desertora
sem estabilidade;
9) Termo de agregação (para oficial e praça com estabilidade – art. 92, §1.º, inc. III, da Complementar Estadual nº
10.990/97): documento que será confeccionado após a publicação do termo de deserção no boletim correspondente, e, devidamente
MIQUELI
assinado pelo Comandante da unidade, será encaminhado SOARES Administrativo para que se proceda a agregação do
para o Departamento
miqueli.xs@gmail.com
oficial ou da praça com estabilidade. Essa agregação terá o prazo de 01 (um) ano, findo este prazo será iniciado o processo de
demissão “ex-offício”.
10) Processo de deserção: O processo de deserção tem caráter de instrução provisória e se destina a fornecer elementos
necessários à propositura da ação penal perante a auditoria militar competente, sujeitando-se, desde logo, o desertor à prisão, tendo
rito processual especial previsto nos art. 451 a 462 do Código de Processo Penal Militar.
b. Da contagem dos prazos
1) Da consumação: A consumação do crime de deserção ocorre a partir do primeiro minuto depois de decorrido o prazo de
graça de 08 (oito) dias ininterruptos de ausência do militar, exceto para a deserção especial do art. 190 do CPM. Antes de exaurido
o prazo de graça não há desertor e sim ausente, contra quem devem ser tomadas providências administrativas disciplinares. Sobre o
prazo para a consumação a doutrina explica que: “[...] a questão iniciada em torno da contagem do prazo de ausência para a deserção
e da efetiva consumação deste crime militar próprio não é jurídica, mas aritmética, devendo-se levar em conta que um dia possui 24
horas (critério universal) e que 08 dias possuem 192 horas (consequência lógica). O que passar disso, seja um dia, uma hora ou um
minuto é, sem sombra de dúvidas ‘mais de oito dias’” (ASSIS, Jorge Cesar de. Prazo para a consumação da deserção: afinal, são
quantos dias?. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 06 mar. 2010. Disponível em: <http://www.
conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.26168&seo=1>. Acesso em: 20 ago. 2018.)
2) Do prazo de graça: O prazo de graça é regido pelo art. 451, §1º do CPPM, sendo que a contagem dos dias de ausência,
para efeito da lavratura do termo de deserção, iniciar-se-á à zero hora do dia seguinte àquele em que for verificada a falta injustificada
do militar.

210
Dia 19

Quadro esquemático exemplificativo:


Falta ao 1º 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° Consumação
Serviço (ausência)
Dia 03/11 Dia 04/11 à zero Dia 05/11 à Dia 06/11 Dia Dia Dia Dia Dia Dia 12/11 à
hora início da zero hora 07/11 08/11 09/11 10/11 11/11 zero hora
contagem de consumação consumação
ausência da ausência do crime
Parte de falta - Parte de Inventário Diligências para localização do ausente - Parte de
ao serviço ausência deserção
- Termo de
deserção
Período Consumação
desconsiderado Prazo de graça do Crime
militar de
Deserção

c. Procedimentos Administrativos
1) Da formação do processo de deserção:
a) O processo de deserção que será encaminhado à auditoria militar competente será composto das seguintes peças, todas
MIQUELI SOARES
numeradas sequencialmente:
miqueli.xs@gmail.com
(1) Autuação;
(2) Comunicação da falta ao serviço;
(3) Parte de ausência sem licença;
(4) Designação de comissão para assistir ao inventário de objetos deixados e/ou extraviados pelo ausente;
(5) Termo de inventário;
(6) Termo de diligências de localização do ausente;
(7) Parte de deserção;
(8) Termo de deserção;
(9) Termo de exclusão, para praça sem estabilidade;
(10) Termo de agregação, para oficial e praça com estabilidade;
(11) Cópia das publicações dos atos em boletim interno;
(12) Cópia dos assentamentos do militar.
2) Procedimentos a serem adotados em relação às praças sem estabilidade:
a) Confirmada a deserção a praça deverá ser excluída em conformidade com o art. 135, §2º da Lei Complementar
Estadual nº 10.990/97;
b) Remessa, de imediato, dos autos do processo de deserção à auditoria militar competente;
c) Sendo capturado ou se apresentando, o desertor deverá ser encaminhado à Junta Policial Militar de Saúde para fins
de inspeção de saúde, sendo que:
(1) Julgado incapaz para o serviço da Força, a ata de inspeção de saúde é remetida, com urgência, à auditoria para
que haja a isenção do processo;

211
Dia 19

(2) Julgado apto para o serviço da Força, o desertor deverá ser reincluído e agregado para se ver processar, devendo
o Comandante da unidade, com urgência, remeter à auditoria a ata de saúde e os atos de reinclusão e agregação para se ver processar.
d) Condenado ou absolvido, o militar desertor que foi excluído ou demitido somente poderá ser reincluído, em caráter
definitivo, por sentença do Conselho Permanente ou Especial de Justiça, em conformidade com o art. 135, §4.º da Lei Complementar
Estadual n.º 10.990/97;
e) Havendo sentença absolutória ou condenatória de até 06 (seis) meses deverão ser realizados os atos de reversão ao
QO/BM do militar;
f) Condenado à pena superior a 06 (seis) meses, com sentença passada em julgado, sua agregação será enquadrada no
art. 92, §1.º, inciso III, alínea “l”, da Lei Complementar Estadual nº 10.990/97.

3) Procedimentos a serem adotados em relação aos oficiais e às praças com estabilidade:


a) Confirmada a deserção deve o militar desertor ser agregado, em consonância com o art. 92, §1.º inc. III, alínea “g” da
Lei Complementar Estadual nº 10.990/97, pelo prazo de 01 (um) ano;
b) Remessa, de imediato, dos autos do processo de deserção à auditoria militar competente;
c) Se o militar desertor, durante o prazo de agregação, se apresentar ou for preso, deverá ser realizado seu procedimento
de reversão ao quadro organizacional da Corporação (QO/BM), sendo que, caso haja motivos para a agregação, deverá ser
fundamentada em outra alínea do art. 92, §1.º inc. III da Lei Complementar Estadual nº 10.990/97;
d) Em sendo procedida a reversão da agregação por apresentação do militar desertor, deverá ser remetida cópia dos atos
MIQUELI SOARES
de reversão à auditoria militar competente para fins de regularização processual;
miqueli.xs@gmail.com
e) Ocorrerá a demissão do oficial e a exclusão da praça com estabilidade desertores após transcorrido 01 (um) ano da
agregação, em conformidade como art. 135, §1.º, da Lei Complementar Estadual n.º 10.990/97;
f) Sendo capturado ou se apresentando, o desertor deverá ser encaminhado à Junta Policial Militar de Saúde para fins
de inspeção de saúde, sendo que:
(1) Julgado incapaz para o serviço da Força, a ata de inspeção de saúde é remetida, com urgência, à auditoria para
que haja a isenção do processo;
(2) Julgado apto para o serviço da Força, o desertor deverá ser reincluído e agregado para se ver processar, devendo
o Comandante da unidade, com urgência, remeter à auditoria a ata de saúde e os atos de reinclusão e agregação para se ver processar.
g) Condenado ou absolvido, o militar desertor que foi excluído ou demitido somente poderá ser reincluído, em caráter
definitivo, por sentença do Conselho Permanente de Justiça, em conformidade com o art. 135, §4.º da Lei Complementar Estadual
n.º 10.990/97;
h) Havendo sentença absolutória ou condenatória de até 06 (seis) meses deverão ser realizados os atos de reversão ao
QO/BM do militar.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Durante a deserção não haverá contagem de tempo de serviço em virtude da sua interrupção, conforme previsão do art. 135,
caput, da Lei Complementar Estadual nº 10.990/97;
b. O desertor não terá direito a receber vencimentos, conforme preconizado no art. 7º, alínea “d”, da Lei nº 6.196/71;
c. A estabilidade da praça ocorrerá aos 05 (cinco) anos de efetivo serviço, conforme art. 46, inc. IV, da Constituição Estadual;

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Dia 19

d. Comunicações do ausente ou desertor por meio telefônico, telemático ou similar não interrompem o prazo de ausência ou
cessam a deserção;
e. O desertor, quando preso ou apresentado, deverá ser recolhido ao estabelecimento prisional correspondente ao seu posto ou
graduação;
f. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a
presente Nota de Instrução ADM nº 025-RH, de 10 de fevereiro de 2006.

Anexos (ver na INTRANET):


Anexo “A” – Modelo de autuação do processo de deserção
Anexo “B” – Modelo de parte de falta ao serviço
Anexo “C” – Modelo de parte de ausência
Anexo “D” – Modelo de despacho de providências
Anexo “E” – Modelo de termo de inventário de bens do ausente
Anexo “F” – Modelo de termo de inventário de bens particulares do ausente
Anexo “G” – Modelo de auto de diligência de localização de ausente
Anexo “H” – Modelo de parte de deserção
Anexo “I” – Modelo de termo de deserção
Anexo “J” – Modelo de termo de apresentação

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NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 7.2/EMBM/2018

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 7.2/EMBM/2018

1. FINALIDADE
Determinar e sistematizar o exercício das atribuições de polícia judiciária militar quando da ocorrência de crime militar no
âmbito da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 05 Out 1998;
b. Constituição Estadual, de 03 Out 1989;
c. Decreto-Lei nº 1.001, de 21 Out 1969 (Código Penal Militar);
d. Decreto-Lei nº 1.002, de 21 Out 1969 (Código de Processo Penal Militar);
e. Decreto-Lei nº 3.689, de 03 Out 1941(Código de Processo Penal);
f. Lei Federal nº 7.960, de 21 Dez 1989;
g. Lei Federal nº 9.099, de 26 Set 1995;
h. Lei Federal nº 9.299, de 07 Ago 1996;
i. Lei Federal nº 9.839, de 27 Set 1999;
j. Lei Federal nº 13.491, de 13 Out 2017 (altera o Código Penal Militar);
k. Portaria nº 063/EMBM/99, de 06 Set 1999. MIQUELI SOARES
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3. EXECUÇÃO
a. Objetivos
1) Padronizar e sistematizar as ações da Corporação no exercício das atribuições de polícia judiciária militar;
2) Garantir o correto desempenho do exercício pleno das atribuições de polícia judiciária militar, segundo os preceitos
contidos no Código Penal Militar (CPM) e no Código de Processo Penal Militar (CPPM), bem como na legislação penal e processual
penal comum e extravagante;
3) Estimular o permanente estudo dos assuntos atinentes ao exercício das atribuições de polícia judiciária militar, por parte
dos integrantes da Corporação, para o aperfeiçoamento constante dos quadros, visando ao fiel cumprimento da legislação pertinente.

b. Considerações gerais
1) A Constituição Estadual, em seu art. 129, designa como missões constitucionais da Brigada Militar a realização da polícia
ostensiva, a preservação da ordem pública e, em especial, a polícia judiciária militar;
2) As atribuições de polícia judiciária militar exercidas para a apuração de fatos ou indícios que, em tese, configurem crime
militar, devem ser desenvolvidas pelas autoridades previstas no art. 7º do CPPM que, no âmbito da Brigada Militar, foram reguladas
pela Portaria n.º 063/EMBM/99, de 06 Set 1999;
3) O correto desempenho do exercício da polícia judiciária militar pelas autoridades competentes está diretamente
relacionado à preservação da ordem administrativa militar e aos valores que permeiam a vida castrense;
4) A constatação de crime militar impõe às autoridades responsáveis pela sua apuração a adoção das seguintes medidas:
a) Prisão em flagrante do(s) autor(es), quando presentes as caracterizadoras do art. 244 do CPPM;
b) Adoção das medidas preliminares ao IPM, na conformidade do que estabelece o art. 12 do CPPM;
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Dia 19

c) Instauração de IPM, se não incidente a hipótese do art. 28, alínea “a”, do CPPM.
5) A adoção das medidas preliminares ao IPM, previstas no art. 12 do CPPM, configuram dever indeclinável das autoridades
elencadas no § 2º do art. 10 do mesmo estatuto processual, e deverão ser executadas na forma prevista na presente NI, bem como
nas instruções normativas editadas pela Corregedoria-Geral.
c. Nos casos de prisão em flagrante delito militar; procedimentos em IPM e de registro de ocorrência militar:
1) A Corregedoria-Geral, atendendo às peculiaridades da temática, editará e publicará as respectivas instruções
complementares e/ou normativas necessárias à padronização e execução dos procedimentos de polícia judiciária militar, além de
modelário padrão por meio do Sistema de Correição da Brigada Militar.
d. Da competência dos crimes militares dolosos contra a vida:
1) Em caso de ocorrência de crimes dolosos contra a vida – art. 205 (homicídio), art. 207 (instigação, induzimento ou auxílio
ao suicídio), e art. 208 (genocídio), tentados ou consumados – cometidos por militares estaduais contra civis, nas circunstâncias
enunciadas no art. 9º do CPM, observar que a competência para a apuração é da Brigada Militar, eis que a Lei Federal n.º 9.299/96,
que alterou o CPPM, apenas deslocou, por ora, a competência para o Tribunal do Júri da Justiça comum do seu processamento e
julgamento. Tais delitos, todavia, não deixaram de ser abarcados pelo conceito de crime militar previsto no art.9º do CPM, conforme
alteração da Lei Federal nº 13.491/17. Disso decorre, com efeito, que tais crimes – sendo militares – são apurados mediante
investigação criminal militar presidida por autoridade de polícia judiciária militar, conforme o estabelecido na legislação processual
penal militar, observando-se, ainda, as instruções complementares e/ou normativas expedidas pela Corregedoria-Geral;
2) Reforçando este entendimento, cabe destacar que a própria CF, em seu art. 144, § 4º, assevera que: “Às polícias civis,
dirigidas por delegados de polícia, incumbe, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de
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infrações penais, exceto as militares”; miqueli.xs@gmail.com
3) Na mesma esteira, por força da alteração provocada pela Lei Federal nº 9.299/96, o art. 82, § 2º, do CPPM, preconiza, in
verbis, que “nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justiça Militar encaminhará os autos do inquérito policial
militar à Justiça Comum”;
4) A Lei que mandou para o Tribunal do Júri o julgamento dos crimes militares dolosos contra a vida não transmudou a
qualidade de militar estadual, atribuindo-lhe a condição de civil. Persiste, assim, à polícia judiciária militar o dever de apuração dos
crimes militares dolosos contra a vida, cometidos contra civis, imputados aos militares estaduais;
5) Ainda, há de se destacar as circunstanciais alterações trazidas pela publicação da Lei Federal nº 13.491 de 13 de outubro
de 2017, onde, além de considerar crimes militares não somente os crimes tipificados no Código Penal Militar, também todos os
previstos na legislação penal ampliando, por consequência, as responsabilidades das autoridades de polícia judiciária militar,
consolidando aos fatos tipificados como crimes militares dolosos contra a vida de civil, definitivamente, a natureza de crime militar.
e. As autoridades de polícia judiciária militar deverão adotar com base no art. 12 do CPPM os seguintes padrões de
medidas preliminares ao IPM, assim como o que vier a ser estabelecido por meio de instruções normativas/complementares
por parte da Corregedoria-Geral:
1) Dirigir-se ao local, providenciando no seu completo isolamento, a fim de que não se alterem o estado e a situação das
coisas, até a chegada do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Ademais, objetivando elucidar o evento, deve ser observado o que adiante
segue:
a) Descrição objetiva - sem opiniões ou conclusões subjetivas – do local dos fatos (muitas vezes a vítima morre num
local mas foi atingida em outro: importante verificar toda a extensão do local e isolá-lo);
b) Evitar transitar no local de crime;
c) Verificar se a vítima está, ou não, viva. Caso não esteja, não mexer no cadáver (sequer para buscar sua identificação);

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Dia 19

d) Quando da chegada ao local, muitas vezes ermo, há veículos em movimentos. Anotar aqueles que eventualmente
saiam neste momento ou cruzam com a viatura: marca, placas, cor, etc.;
e) Consignar o clima do dia / noite no local dos fatos: chuva, vento, sol, etc.;
f) Observar, anotar e preservar objetos próximos ao corpo da vítima;
g) Testemunhas: nome / endereço. Informar se havia mais pessoas no local. Referir se pessoas não quiseram se identificar
por medo de se expor;
h) Descrição do local dos fatos e seu perímetro (ao redor: se há bar, apartamento, campo, terreno baldio, etc.);
i) Luminosidade: pouca luz, lua, escuro, etc.;
j) Condições do solo: ex. estrada de terra, vestígios de pneus de moto, carro, pegadas, etc.;
k) Posição da vítima: local, vestimentas, sangue;
l) Eventual informação se local foi desfeito.
2) Apreender os instrumentos e objetos que tiverem relação com o fato, após liberação dos peritos, lavrando o termo de
apreensão respectivo e descrevendo-os minuciosamente;
3) Sendo caso de flagrante, efetuar a prisão do infrator, com exceção das situações abarcadas pelas excludentes de ilicitude
previstas na legislação penal militar;
4) Colher todas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias, inquirindo testemunhas e
envolvidos;
5) Solicitar o comparecimento do IGP, consubstanciada nas atribuições de polícia judiciária militar exercidas naquele
momento (art. 12 c/c art. 321, ambos do CPPM).
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f. Quando da instauração de IPM devem miqueli.xs@gmail.com
ser seguidas as previsões legais e as instruções normativas definidas pela
Corregedoria-Geral acerca do tema, enfatizando-se os seguintes aspectos:
1) Compete ao Comandante do OPM ou à autoridade de polícia judiciária competente, pelo meio mais rápido possível
(inclusive telefone), nomear um Oficial responsável para a confecção do respectivo IPM, como forma de garantir a eficácia dos
resultados, devendo a nomeação recair no próprio Oficial de Serviço, sempre que não estiver envolvido na ocorrência. Caso o
mesmo esteja envolvido, nomear outro Oficial;
2) O Oficial Encarregado pelo IPM, caso não tenha sido providenciado pelo Oficial de Serviço, deve, se ainda possível,
adotar as providências do art. 12 do CPPM;
3) Utilizar-se dos poderes de requisição constantes dos art. 321 e 378, § 3º, do CPPM, a fim de garantir a agilização dos
procedimentos;
4) Diligenciar sempre na busca da verdade real, analisando e avaliando todas as possibilidades legais, técnicas e jurídicas
para esclarecer a autoria e a materialidade dos fatos, bem como as circunstâncias em que ocorreram.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Nos crimes militares cometidos - quer no interior de quartéis quer na execução dos serviços externos - havendo,
simultaneamente ao crime militar, a prática de crime comum, por militar ou civil, deverá ser providenciada comunicação e
apresentação, em momento oportuno, à autoridade policial civil, informando as providências adotadas no âmbito militar, bem como
a existência do crime comum a ser apurado por aquela autoridade;
b. Nos casos em que os militares estaduais forem requisitados por autoridade policial civil para serem ouvidos na qualidade de
investigados e ou indiciados por fatos que configurem, em tese, crime militar nos termos do art. 9.º do CPM, o Comandante de
OPM, ou autoridade policial militar ao qual o militar estadual é subordinado, deverá informar a não apresentação, mediante a

216
Dia 19

respectiva fundamentação de que o fato será apurado por autoridade de polícia judiciária militar competente. Havendo dúvida quanto
a condição do militar estadual requisitado, frente à investigação policial, as mesmas autoridades deverão solicitar formalmente os
esclarecimentos pertinentes para fins de avaliação quanto a possibilidade de apresentação do militar;
c. Nos casos em que houver necessidade de se efetuar busca e apreensão, bem como interceptação telefônica, quebra de sigilo
fiscal, bancário e telefônico, captação e interceptação ambiental de sinais eletromagnéticos, óticos ou acústicos, infiltração policial
e programa de proteção à testemunha, tais pedidos devem ser solicitados aos Juízes de Direito das Auditorias Militares competentes,
com o intuito de que sejam expedidos, se for o caso, os respectivos mandados judiciais que permitam cumprir essas diligências;
d. Nos casos em que houver suspeitas ou indícios do cometimento de crimes conexos e/ou em associação criminosa, as
providências do item acima, mediante análise e avaliação da autoridade de polícia judiciária militar, poderão ser representadas, em
sede de complementariedade e/ou interoperabilidade, com instituições que possuam atribuição de investigação de crimes de natureza
comum, temática esta que será tratada em nota de instrução específica (investigação criminal);
e. Em caso de ocorrência de crimes de lesões corporais leves (art. 209, caput, do CPM), levíssimas (art. 209, § 6º, do CPM) ou
culposas (art. 210, caput, do CPM), deve-se considerar que o art. 88 da Lei Federal n.º 9.099/95 não tem incidência no âmbito da
Justiça castrense, portanto inaplicável aos crimes militares, em vista do que dispõe a Lei Federal n.º 9.839/99;
f. Os Comandantes de Comandos Regionais e de OPM Especiais e os Diretores de Departamentos deverão desenvolver
programas de instrução voltados à capacitação do efetivo, com vistas a cumprir as previsões legais e as constantes na presente NI;
g. A Corregedoria-Geral deverá adotar providências no sentido de coordenar, padronizar e controlar o exercício das atribuições
de polícia judiciária militar pelos OPM da Corporação, em observância as previsões desta NI e das demais instruções
complementares e/ou normativas, adotando providências corretivas e mantendo o Comando-Geral permanentemente informado;
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h. As transgressões disciplinares decorrentes da prática de ato apurado em sede de Inquérito Policial Militar (IPM) ou Auto de
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Prisão em Flagrante de Delito Militar (APFDM) serão de atribuição da(s) autoridade(s) que detiver(em) o poder disciplinar sobre o
militar estadual acusado, na forma do art. 20 do Regulamento Disciplinar da Brigada Militar (RDBM);
i. A Corregedoria-Geral, atendendo às peculiaridades da Brigada Militar, editará e publicará as respectivas instruções
complementares e/ou normativas necessárias à padronização e execução do exercício da Polícia Judiciária Militar, além de produzir
e difundir modelário padrão de documentação, por meio do Sistema de Correição da Brigada Militar, para uso das autoridades de
polícia judiciária militar.
j. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente, a
Nota de Instrução Administrativa nº 028.1, de 29 de novembro de 2006.

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Dia 20

NOÇÕES DE ATIVIDADE DE POLÍCIA MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA N.º 13.2-F

NOTA DE INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA N.º 13.2-F

1. FINALIDADE
Normatizar os procedimentos administrativo-financeiros no âmbito da Corporação, para o pagamento de Etapas de Alimentação
aos Militares Estaduais (ME) e aos fornecedores de gêneros alimentícios.

2. BASE LEGAL
a. Lei Estadual n.º 6.196, de 15Jan71;
b. Portaria Interministerial n.º 163/STN/01;
c. Decreto Estadual n.º 42.085, de 30Dez02;
d. Lei Estadual n.º 12.024, de 18Dez03;
e. Lei Estadual n.º 12.201, de 29Dez04;
f. Lei Estadual n.º 12.316, de 15Jul05;
g. Decreto Estadual n.º 49.257, de 21Jun12;
h. Parecer n.º 155/96 CAGE/DEO, de 09Out96;
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i. Parecer n.º 026/97-Ass Jur./BM - BG N.º 188/97;
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3. EXECUÇÃO
a. Do Direito
1) As Etapas de Alimentação serão fornecidas, nas seguintes modalidades:
a) Em Espécie:
(1) Aos Militares Estaduais nos OPM que possuam estrutura de rancho, salvo nos casos em que o Servidor manifeste
por escrito preferência pela percepção em dinheiro;
(2) Aos Militares Estaduais, quando houver possibilidade de se estabelecer sua obtenção mediante contrato ou
convênio;
(3) Aos Militares Estaduais, quando houver possibilidade de outro OPM fornecê-la;
(4) Aos Militares Estaduais que estiverem cumprindo punição disciplinar ou penas restritivas de liberdade em OPM.
Neste caso a alimentação será fornecida exclusivamente em espécie.
b) Em Dinheiro:
(1) Aos Militares Estaduais pertencentes aos OPM sem estrutura de rancho;
(2) Aos Militares Estaduais, que embora pertencentes aos OPM com estrutura de rancho, manifestem por escrito
preferência pela percepção das Etapas de Alimentação em dinheiro.
2) O Militar Estadual terá direito à alimentação por conta do Estado quando:
a) Em serviço externo, mediante escala de duração não inferior a seis horas;
b) Em serviço interno, mediante escala de duração não inferior a seis horas;
c) Em situação de prontidão;
d) Em exercício ou em operação especial de duração não inferior a seis horas;
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Dia 20

e) Quando em atividade de formação e qualificação profissional, previamente programada e aprovada pelo Comando-
Geral, de duração não inferior a seis horas.
3) Para efeitos do item anterior, consideram-se:
a) Serviço externo: é o conjunto de atividades na qual o Militar Estadual é empregado em ações ou operações diretamente
relacionadas com o público externo no exercício de atividades próprias de polícia ostensiva e de bombeiros;
b) Serviço interno: é o conjunto de atividades de polícia ostensiva e de bombeiro que, por suas características de
permanente e contínuo apoio ao serviço externo e de atendimento ao público em geral, não podem sofrer solução de continuidade
nas vinte e quatro horas do dia;
c) Em situação de prontidão: é a situação em que o militar estadual permanece no OPM em condições de deslocar do
quartel tão logo lhe seja determinado pelo escalão superior para cumprimento de missão;
d) Atividade de formação e qualificação profissional: compreendem os cursos, tanto de especialização e qualificação,
quanto os de formação, realizados sob supervisão do Departamento de Ensino e previamente aprovados pelo Comando da
Corporação.
4) Não terá direito à alimentação por conta do Estado o Militar Estadual, quando:
a) Em viagem em objeto de serviço, com respectivo saque de diária;
b) Em execução de serviço extraordinário, com respectiva gratificação.
5) Os integrantes do Corpo Voluntário de Militares Inativos (CVMI) terão tratamento análogo aos Militares Estaduais ativos,
nos termos da presente Nota de Instrução.

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b. Da Dotação Orçamentária miqueli.xs@gmail.com
O Estado Maior da Brigada Militar (PM4) estabelecerá a Dotação Orçamentária Anual, com base na média da despesa do último
ano. A liberação ocorrerá gradativamente com base nas necessidades da Corporação, da seguinte forma:
1) Em espécie:
As demandas deverão ser requisitadas pelos Comandos, Chefias ou Departamentos ao EMBM/PM4, e a liberação
acontecerá por meio de inclusão no Sistema de Finanças Públicas (FPE) de Solicitação de Recursos Orçamentários (SRO) na
modalidade “SEM COTA”, sendo que a distribuição ocorrerá por meio de Nota de Distribuição de Recursos (NDR), mediante
análise prévia.
2) Em dinheiro:
As demandas deverão ser lançadas pelos Comandos, Chefias ou Departamentos no RHE (Sistema de Recursos Humanos
do Estado) com base no mapa de saque de Etapas de Alimentação Mensal, onde o empenho e pagamento serão efetuados pela
Secretaria da Fazenda e o benefício será repassado ao ME via folha de pagamento.

c. Dos Recursos Financeiros


Os recursos financeiros serão repassados pelo Tesouro do Estado ao Estado Maior – PM4, no início do exercício financeiro,
ficando todo o valor reservado na modalidade “SEM COTA”, sendo liberado gradativamente através do atendimento das SRO
solicitadas, para fins de pagamento dos processos após o empenho regular das despesas.

d. Dos VALORES
1) Em Dinheiro:

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Dia 20

O valor da Etapa de Alimentação em dinheiro está prevista no Art. 64 da Lei Nº. 6.196/71, com redação dada pela Lei Nº.
12.201, de 29Dez04 e Lei N°. 12.316, de 15Jul05.
2) Em Espécie:
O valor da Etapa de Alimentação em espécie será estabelecido pelos Comandos, Chefias ou Departamentos, com base na média do
custo pesquisado na área de ação, ou no valor previsto no registro de preços.

e. Das Escalas de Serviço


O somatório de horas de qualquer tipo de escala de serviço executado na Brigada Militar, observado o contido na letra “a.” do
item “3. Execução” da presente NI, para efeito de saque de Etapas de Alimentação, deverá ser realizado da seguinte forma:
1) O cálculo para apuração das Etapas de Alimentação devidas ao Militar Estadual, em primeiro lugar deverá levar em conta
o valor estabelecido por Lei para a “Diária de Alimentação” e em segundo lugar a jornada de serviço executada a cada dia, dividindo-
se pelo número 06 (seis). Por exemplo: se o ME executou serviço de 06 (seis) horas, fará jus a uma Etapa de Alimentação; se o ME
executou serviço de 12 (doze) horas, terá direito a duas Etapas de Alimentação; se o ME executou serviço de 08 (oito) horas, fará
jus a uma Etapa de Alimentação, somente, relativa às 06 (seis) horas de serviço, sendo que o saldo de 02 (duas) horas não poderá
ser computado para efetuar-se um somatório visando à concessão de uma nova etapa;
2) Visando o pagamento de valor igual para os 04 (quatro) turnos de serviço existentes na BM, o Militar Estadual terá o
saque da indenização mensal correspondente ao total dos serviços de 06 (seis) horas executadas, a qual será multiplicada por 25%
(vinte e cinco por cento) do valor da diária de alimentação (ex: Nº. de Serviços x 25% do valor da diária de alimentação vigente)
equivalente a 01 (uma) etapa de alimentação.
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f. Dos Locais de Inclusão
1) Os Locais de inclusão são os Comandos, Chefias ou Departamentos equipados com terminal de computador ligado com
a PROCERGS e à Secretaria Estadual da Fazenda, a qual possibilita o acesso ao Sistema de Recursos Humanos do Estado (RHE),
para a inclusão das etapas em dinheiro. Já para a inclusão das etapas em espécie os sistemas a serem usados são o LIC (Registro de
Preço) e o Compras RS (Dispensa de Licitação);
2) Cada Comando, Chefia ou Direção correspondente a um Ordenador de Despesa Autorizado (ODA), em regra,
providenciará a inserção ou inclusão nos sistemas das Etapas de Alimentação, sendo ela em dinheiro ou em espécie.

g. Do Cadastro dos Credores


1) Todos os Militares Estaduais, bem como os fornecedores de gêneros alimentícios, obrigatoriamente deverão estar
cadastrados corretamente no sistema FPE; caso contrário a inserção dos dados será bloqueada por motivo de inconsistência, fato
que inviabilizará qualquer inclusão no sistema.
2) Os credores serão cadastrados pelo Departamento Administrativo/Divisão de Finanças (DA/DF), conforme abaixo:
a) Cadastro de Militares Estaduais
Solicitar ao DA/DF o cadastramento através do formulário padrão, conforme modelo do Anexo “A”, da presente NI,
anexando cópia da Carteira de Identidade, do CPF, da capa do último contracheque (com a conta bancária atualizada) e comprovante
de endereço residencial completo (contas de: água, energia elétrica e telefone). Caso o Militar Estadual não possua o comprovante
em seu nome poderá substituí-lo por declaração assinada pelo Comandante do OPM;
b) Cadastro de Fornecedores

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Dia 20

Solicitar ao DA/DF o cadastramento do fornecedor, conforme modelo do Anexo “B”, devidamente preenchido, anexando
cópia do CNPJ.
c) Alteração de Cadastro
Procede-se na forma dos itens anteriores para alterar dados cadastrais no sistema.

h. Do Pagamento de Etapas de Alimentação em Dinheiro.


1) O ODA (Comandante, Chefe ou Diretor) incluirá mensalmente no Sistema de Recursos Humanos do Estado (RHE), as
Etapas de Alimentação de acordo com os mapas de saques, os quais ficarão arquivados, com os registros de cada Militar. Isto
possibilitará consultas, pesquisas e dirimir dúvidas sobre os lançamentos;
2) Ao fazer o lançamento do nome do Militar Estadual, o responsável deverá conferir a Identificação Funcional (Id Func) e
Nome do Militar Estadual, visando evitar, desta forma, o pagamento a homônimos (servidores com nomes iguais);
3) Os lançamentos de Etapas de Alimentação serão mensais e únicos para cada local de inclusão;
4) Quando o Militar Estadual for transferido de OPM, o lançamento será efetuado pelo seu novo Comandante, Chefe ou
Diretor (ODA). Para isto, seu Comandante anterior informará, por escrito, os serviços realizados pelo Militar Estadual, no mês em
curso;
5) Fica padronizado o mapa constante no Anexo “C” como modelo na Corporação para o saque de Etapas de Alimentação
em dinheiro, o qual deverá ser preenchido à luz das escalas de serviços e arquivado nos Locais de Inclusão para fins de controle e
auditagem;

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i. Do Fornecimento das Etapas de Alimentaçãomiqueli.xs@gmail.com
em Espécie;
1) As Dispensas de Licitações ou utilização da aquisição através do Registro de Preço para obtenção dos gêneros alimentícios
poderão ser realizados nos OPM que possuem estrutura de rancho ou nos Comandos Regionais, a critério do ODA (Comandante
Chefe ou Diretor). Havendo necessidade de procedimento licitatório, deverá ser aberto SPI, instruído devidamente com a descrição
dos materiais, informando média de preços, quantidades e encaminhado ao DLP;
2) De acordo com o planejamento de cada OPM, as licitações poderão ser feitas para um período longo, observada a Dotação
Orçamentária distribuída no mês, desde que seja expresso nos editais e nos contratos o não reajuste dos preços, neste caso, é
recomendada a utilização do Registro de Preço para a aquisição, dessa forma evita-se grandes estoques;
3) Na aquisição de gêneros alimentícios que não permitam o recebimento total da quantia adquirida (perecíveis),
obrigatoriamente deverá ser firmado um contrato, entre o OPM e o fornecedor, de entrega e pagamento parcelado;
4) Para os casos do número anterior, utilizar-se-á o empenho global com liquidação parcelada. Neste caso, o processamento
das notas fiscais e a solicitação de liquidação deverá ser efetuada por um período não inferior a 08 (oito) dias;
5) Os procedimentos licitatórios obedecerão aos ditames da Lei Federal Nº. 8.666/93 e suas alterações;
6) O ODA, após constatar a legalidade da licitação ou da dispensa eletrônica, expedirá as Autorizações de Empenho, montando
o competente processo, remetendo-o via SPI ao DA/DF;
7) O DA/DF, após realizar os registros e controles necessários, encaminhará os processos à Seccional da CAGE, para a
gravação do empenho, retornando a seguir ao ODA para a efetivação da compra, extração da nota fiscal e atestado de recebimento
pelo OPM subordinado;
8) O OPM adquirente, através do seu ODA, remete o processo de liquidação contendo as notas fiscais, atestados de
recebimento, cópia da nota de empenho e justificativas pertinentes, o qual solicitará a liquidação ao DA/DF - CAGE;

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Dia 20

9) Após a liquidação do empenho pela Seccional da CAGE, o processo é encaminhado para a Secretaria da Fazenda (SEFAZ)
para o pagamento da despesa;
10) Os ODA deverão adquirir o valor total empenhado a fim de evitar que os empenhos permaneçam com saldo no sistema
FPE;
11) Quando a despesa for empenhada e o ODA, por razões justificáveis, não mais desejar adquirir a mercadoria, deverá
encaminhar ao DA/DF um processo via SPI, informando o n.º do empenho e o saldo, com autorização para ser levado à
receita, se for empenho do exercício anterior, e estornado, se for do exercício vigente, devendo para isto confeccionar a
respectiva Nota de Solicitação de Estorno de Empenho;
12) Os processos deverão ser montados e incluídos no SPI, observando a Instrução Normativa CAGE N°. 02, de 28 Jan 97;

j. Do Fornecimento de alimentação a ME em cumprimento à punição disciplinar ou pena restritiva de liberdade, em OPM que
não possua estrutura de rancho:
Solicitação de abertura de processo licitatório, confecção de dispensa eletrônica ou aquisição pelo Registro de Preço visando o
fornecimento terceirizado da alimentação:
1) Para viabilizar a licitação o Comando do OPM deverá, com antecedência, solicitar aos fornecedores comerciais da
localidade, no mínimo 03 (três) cotações de preços para café, almoço e janta, devendo ser assinadas pelo fornecedor constando o
carimbo do CNPJ e a validade da proposta;
2) As Dispensas de Licitação deverão ser realizadas nos moldes das demais, com prévio empenho, sendo isentas as de valores
abaixo de R$ 400,00 (quatrocentos reais), que podem ser feitas já para empenho e liquidação, seguindo os modelos dos processos
MIQUELI SOARES
normais, acrescentando Cópia do Boletim Interno ou Sentença judicial que publicou a punição ou pena do ME, devendo o período
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de penalidade ser o mesmo do fornecimento da alimentação, conforme Nota Fiscal (NF); Esta Nota deve ser discriminada,
separando-se café, almoço e janta, mencionando o período da punição (fornecimento);
3) Por ocasião da aquisição da alimentação, deverá ser efetuado contato com o fornecedor que venceu a proposta comercial
e solicitada a entrega da alimentação no local designado, já no caso do registro de preço a entrega é realizada de acordo com o
cadastro do almoxarifado no Sistema LIC.

k. Dos Empenhos e Pagamentos Indevidos


1) Dos casos envolvendo pagamento em dinheiro para militares estaduais:
No caso de identificação de lançamento indevido de etapa de alimentação, seja por quantitativo de cotas a que o
Militar Estadual fizer jus (a maior ou a menor) ou ainda, por lançamento da referida vantagem para outro servidor, o ODA
deverá remeter ao Departamento Administrativo processo SPI, devidamente instruído, solicitando a correção necessária
com a devida fundamentação.
2) Dos casos envolvendo pagamento em espécie para militares estaduais:
O ODA deverá confeccionar processo de estorno de empenho, bem como encaminhá-lo à Seccional da CAGE, via DA/DF. O
processo de estorno deverá estar devidamente instruído como qualquer outro desta natureza.
l. Das Etapas de Alimentação Avulsas
1) Todo o OPM que possuir estrutura de rancho, a critério do seu Comandante, poderá fornecer aos Militares Estaduais
Etapas de Alimentação avulsas, mediante indenização (pagamento), de acordo com os valores estipulados pelo Comando da
Corporação;

222
Dia 20

2) As receitas oriundas da comercialização de Etapas de Alimentação avulsas deverão ser recolhidas ao FUNDO
ESPECIAL DE SEGURANÇA PÚBLICA (FESP), conforme normas específicas vigentes;
3) Não haverá dotação específica para Etapas avulsas. A aquisição dos gêneros para este fim advém da dotação do
trimestre distribuída para o OPM.

m. Dos Pagamentos das Etapas de Alimentação


1) O pagamento dos empenhos liquidados, de Etapas de Alimentação, nas duas modalidades, será efetuado pelo Tesouro do
Estado, observando o cronograma financeiro da Secretaria da Fazenda (SEFAZ);
2) Os pagamentos serão realizados eletronicamente pelo Sistema FPE, via On-line, através da PROCERGS, diretamente na
conta corrente do credor, no caso da Etapa de Alimentação em Espécie, e será fornecida para ao Militar Estadual via folha de
pagamento, no caso de Etapa de Alimentação em dinheiro;
3) Nenhuma despesa será paga sem o prévio empenho e liquidação;
4) Os pagamentos aos fornecedores de gêneros alimentícios obedecerão rigorosamente à ordem cronológica da data de
vencimento consignada no processo;

n. Do Controle dos Gastos realizados


1) Cabe ao EMBM-PM4 manter o controle da Dotação Orçamentária e da Cota reservada disponível para atender as
demandas com Etapa de Alimentação da Corporação. No caso da ausência de recursos para esta despesa o EMBM deverá formalizar
pedido de suplementação de verbas para a Secretaria da Fazenda (SEFAZ);
MIQUELI SOARES
2) Cabe ao DA/DP-SVV fiscalizar, controlar, acompanhar e relatar as despesas ocorridas com Etapas de Alimentação na
miqueli.xs@gmail.com
forma de pagamento em dinheiro, realizando a verificação através do Sistema RHE e comunicando formalmente eventual erro,
irregularidade, inconformidade ou fraude, via canal de Comando, à Assessoria de Controle Interno (ACI) do Gabinete do
Comandante-Geral para as providências de sua competência, sob pena de responsabilização solidária;
3) Cabe ao DA/DF-SCC fiscalizar, controlar, acompanhar e relatar as despesas ocorridas com Etapas de Alimentação na
forma de pagamento em espécie, por processo licitatório, dispensa de licitação ou registro de preços. Em caso da constatação de
eventual erro, irregularidade, inconformidade, fraude ou mesmo indicativos de apontamentos pela Contadoria e Auditoria Geral do
Estado (CAGE) a Seção deverá comunicar formalmente, via canal de Comando, à Assessoria de Controle Interno (ACI) do Gabinete
do Comandante-Geral para as providências de sua competência, sob pena de responsabilização solidária;
4) Cabe ao Departamento de Ensino planejar, fiscalizar, controlar, acompanhar e relatar as despesas ocorridas com Etapas
de Alimentação na forma de pagamento em dinheiro ou em espécie necessárias para atender aos cursos da Instituição e, caso constate
eventual erro, irregularidade, inconformidade ou fraude deverá comunicar formalmente, via canal de Comando, à Assessoria de
Controle Interno do Gabinete do Comandante-Geral para as providências de sua competência, sob pena de responsabilização
solidária;
5) Cabe à Assessoria de Controle Interno adotar as providências de sua competência, sobretudo buscar os esclarecimentos
necessários para subsidiarem eventuais apontes na Tomada de Contas do Ordenador principal, especialmente, acompanhar a
apuração das responsabilidades administrativas, civis e penais que o caso ensejar, solicitando junto ao órgão de origem do fato ou
a Corregedoria-Geral, as medidas adequadas e imprescindíveis ao ressarcimento dos danos ao Erário através do conveniente
processo administrativo, de acordo com os princípios constitucionais e previsão contida na Nota de Instrução Administrativa N°.
008 F/2004.

223
Dia 20

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Não há empenho de despesa pública, de qualquer natureza, sem a prévia liberação dos recursos (Dotação Orçamentária e
COTA) no sistema FPE e sem o devido encaminhamento da Nota de Distribuição de Recurso (NDR);
b. Para despesas com Etapas de Alimentação fornecidas aos Militares Estaduais, será utilizada a natureza de Despesa (rubrica)
3.3.90.46 4604 quando paga em dinheiro e 3.3.90.46 4605 quando fornecida em espécie e adquirida pelo ODA;
c. Os processos licitatórios, autorizações de empenhos e solicitações de liquidações ressalvadas pela Seccional da CAGE serão
devolvidos ao Ordenador de Despesa Autorizado para as devidas providências;
d. A presente NI revoga as disposições em contrário, em especial a Nota de Instrução ADM 013.1-F.

Anexos (ver na INTRANET):


“A” – Modelo para cadastro de Militares Estaduais;
“B” – Modelo para cadastro de credores;
“C” – Modelo de mapa de saque de etapas de alimentação.

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

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Dia 21

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA N.º 033.2

NOTA DE INSTRUÇÃO ADMINISTRATIVA N.º 033.2

1. FINALIDADE
Regular os procedimentos a serem adotados pela Brigada Militar, no tocante à elaboração, execução e controle das escalas de
serviço ordinário, bem como para o pagamento de gratificação por exercício de serviço extraordinário (GSE - hora-extra) aos
militares estaduais.

2. BASE LEGAL
a. Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988;
b. Constituição Estadual, de 3 de outubro de 1989;
c.Lei n.º 4.320/64, de 17 de março de 1964, que institui normas gerais de direito financeiro;
d. Lei Complementar n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores da Brigada Militar;
e.Lei Complementar n° 11.650, de 19 de julho de 2001, que acrescenta os parágrafos 8º a 12º ao artigo 48 da Lei 10.990, de
18 de agosto de 1997, instituindo a convocação de MIQUELI
militar estadual para o cumprimento de serviço extraordinário e respectiva
SOARES
remuneração bem como dando outras providências;miqueli.xs@gmail.com
f. Lei Estadual n.° 10.991, de 18 de agosto de 1997, que aprova a Lei de Organização Básica da BM;
g. Decreto Estadual n.º 40.986 de 17 de agosto de 2001, que regulamenta os §§ 8º a 12º do artigo 48 da Lei Complementar nº
10.990, de 18 de agosto de 1997, com a redação dada pela Lei Complementar n° 11.650, de 19 de julho de 2001;
h. Decreto Estadual n.º 41.255 de 04 de dezembro de 2001, que dá nova redação ao Decreto n.º 40.986, de 17 de agosto de
2001;
i. Decreto Estadual n° 38.107, de 22 de janeiro de 1998, que regulamenta a LOB/BM;
j. Decreto Estadual nº 41.448, de 04 de março de 2002, que altera redação ao parágrafo 6º do artigo 2º do Decreto nº 40.986,
de 17 de agosto de 2001;
k. Parecer n.º 11.659 – PGE de 09 de junho de 1997, que estabelece a carga horária mensal.

3. EXECUÇÃO
a. Definição de Termos
Com a finalidade de harmonizar a compreensão sobre termos, situações e circunstâncias utilizadas na presente NI,
adotam-se, as seguintes definições:
1) Serviço: é a atividade interna ou externa, desenvolvida por militar estadual na execução de atividades de polícia
ostensiva e de bombeiro, em decorrência de dispositivo legal, gerenciada por um Comandante. É considerado também como serviço,
para todos os fins, desde que comprovado (atas, certidões, publicações em Boletim, etc), os atos realizados pelos militares estaduais
em função do serviço propriamente dito, tais como: instrução, treinamento, formaturas, frequência a audiências em delegacias de
polícia, no Ministério Público, no Poder Judiciário e em outros órgãos públicos ou afins.

225
Dia 21

2) Turno de Serviço: é o período temporal para emprego do militar estadual, em escala ordinária, resultante da divisão
de um dia de trabalho.
3) Jornada de Serviço: período de emprego do militar estadual, coincidente ou decorrente do somatório dos turnos
de serviço, quando agrupados.
4) Descanso ou Intervalo de Descanso: período temporal de afastamento total concedido ao militar estadual, entre
um turno de serviço/jornada de serviço e o outro subsequente.
5) Ciclo de Serviço: é o somatório da jornada de serviço e o período destinado ao respectivo descanso.
6) Jornada Semanal: somatório de horas trabalhadas no período de uma semana, que corresponde ao lapso temporal
ininterrupto de 07 (sete) dias.
7) Jornada de Compensação: período de emprego do militar estadual em mais de um turno de serviço,
sequencialmente, no mesmo dia, com a respectiva e imediata compensação da carga horária de turnos de serviços equivalentes, nos
dias subsequentes.
8) Folga: é o afastamento total concedido ao militar estadual, estabelecida na legislação e com periodicidade variada,
segundo o seu ciclo de serviço e conforme o planejamento dos Comandantes de OPM, desde que o beneficiado não tenha sofrido
afastamento do serviço, no período aquisitivo, por motivo diverso (falta, dispensa médica, etc.), quando se inicia nova contagem.
9) Escala ordinária: é a previsão de emprego de militar estadual em atividades de polícia ostensiva e de bombeiro,
em situação ordinária ou de rotina do OPM, devendo haver rigoroso controle de suas variáveis e, se possível, distinção sobre as
MIQUELI
executadas em dias úteis e as executadas em domingos e feriados.SOARES
miqueli.xs@gmail.com
10) Escala Especial: é a previsão de emprego de militar estadual em atividade de polícia ostensiva ou de bombeiro, em
situação extraordinária ou situação especial, ou ainda, em atividade administrativa fora dos padrões normais de sua jornada de
trabalho, para atender demandas de segurança pública, por um tempo determinado ou estimado.
11) Escala de Sobreaviso: é a previsão da possibilidade de chamada do militar estadual para emprego em atividade de
polícia ostensiva ou de bombeiro, em situação ordinária ou extraordinária. Nesta situação o militar estadual permanece em sua
residência, contudo, atento e prevenido da possibilidade de ser chamado para o desempenho de qualquer missão, conforme regulado
em item específico da presente Nota de Instrução Administrativa.
12) Comandante/Comando: termo genérico que corresponde às funções/OPM de Comandante, Chefe, Corregedor-
Geral, Diretor de Departamento e/ou Ajudante-Geral.

b. Das escalas de Serviço


Os Comandantes devem adotar medidas para que seja observado um mesmo padrão de escala em seus OPM, onde
deverão registrar separada e destacadamente os lançamentos dos serviços ordinários e os excedentes (serviços extraordinários).

c. Situação Ordinária
1) Os horários referenciais para turnos de serviço adotados na Corporação, sendo admitidas alterações no início e
término considerados nesta norma, em até duas horas, para mais e/ou para menos, a fim de atender situações especiais de horários
de transporte, aspectos operacionais, características sociais das localidades, etc. são os seguintes:
a) Turno 1: das 00:00 às 06:00 horas.
b) Turno 2: das 06:00 às 12:00 horas.
c) Turno 3: das 12:00 às 18:00 horas.
226
Dia 21

d) Turno 4: das 18:00 às 24:00 horas.


2) Todas as escalas de serviço deverão ser objeto de registro e arquivo próprio e rubricadas pelo respectivo Comandante
ou, no caso de existência de um sistema informatizado nos OPM, poderá ser criado um controle de escala em programa específico,
não se exaurindo, no entanto, a responsabilidade de fiscalização e controle por parte dos Comandantes.
3) Os Comandantes deverão, com um mínimo de 24 (vinte e quatro) horas da execução do serviço, dar ampla
divulgação, das respectivas escalas de seus subordinados, afixando-as em lugar de fácil visualização, bem como permitir o acesso
ao registro das escalas, àqueles militares estaduais que requererem e que estiverem submetidos ao respectivo controle.
4) Os Comandantes deverão, obrigatoriamente, conceder folgas regulares aos militares estaduais, de acordo com os
ciclos de serviço de cada um, de forma que a carga horária cumprida não extrapole os limites previstos na legislação.

d. Circunstâncias de previsão de emprego de efetivo em escalas


1) Situação Ordinária
a) Em situação ordinária, a carga horária de trabalho dos militares estaduais, deverá obedecer ao referencial de 40
(quarenta) horas semanais, devendo ser realizada uma carga horária normal no mês, de 160 horas (para o mês de 28 dias), 165 horas
(para o mês de 29 dias), de 171 horas (para o mês de 30 dias) e 177 horas (para o mês de 31 dias) que consiste no total de horas
trabalhadas, no mês pelo militar estadual, já deduzidos os períodos de descanso remunerado;
b) Excetua-se das situações acima, a ocorrência de escalas extraordinárias ou especiais, que deverão ser compensadas
MIQUELI por
com folga ou remuneradas através do pagamento da gratificação SOARES
exercício de serviço extraordinário (hora-extra), na forma da
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legislação, quando previamente autorizadas;
c) As escalas ordinárias de serviço externo nos OPM de Polícia Ostensiva e de Bombeiro obedecerão,
preferencialmente, consideradas 24 horas, ao padrão modular de 1:3 (um turno de serviço por três turnos de descanso), ou seja,
equivalente a 6h x 18h. No entanto, os respectivos Comandantes poderão ajustar suas escalas, fundamentadamente, a outros padrões,
a fim de otimizar seus recursos humanos, observando as peculiaridades do serviço a ser executado e as características dos seus
respectivos OPM, observando, em qualquer caso, os parâmetros legais para concessão das vantagens decorrentes. Assim, admitir-
se-ão variações de escalas e outros padrões modulares (exemplos: 12h x 36h, 12h x 48h, 8h x 16h, 24h x 48h);
d) As escalas de serviços internos, nos OPM de Polícia Ostensiva e de Bombeiros, deverão ser reduzidas ao mínimo
indispensável para manutenção do fluxo de apoio administrativo, sendo que as jornadas, em horas, não poderão ser superiores a 24
(vinte e quatro) horas. Cabem aos respectivos Comandantes os ajustes compensatórios necessários, de forma a que se observe o
referencial de 40 (quarenta) horas na jornada semanal, podendo ser adotada a projeção prevista para o mês;
e) É devido o pagamento de Etapa de Alimentação, conforme legislação específica, aos militares estaduais que
executarem carga horária até o limite estabelecido de 40 horas semanais, cabendo ao excedente, o pagamento da gratificação de
serviço extraordinário.
2) Situação Extraordinária ou Especial
a) Em situações extraordinárias, assim considerados os atendimentos de demandas de segurança pública, decorrentes
de eventos previsíveis e imprevisíveis (eventos esportivos, calamidade pública, reforço policial, eventos culturais, etc.), que
necessitem do aporte de efetivos, além da capacidade das escalas ordinárias, e não possíveis de compensação com folga, os
Comandantes Regionais, poderão ser autorizados a utilizar, em segmento subordinado, escalas que contemplem jornadas e ciclos
de serviço diferenciados das ordinárias, por tempo estimado ou determinado, com o respectivo pagamento da gratificação de serviço
extraordinário;
227
Dia 21

b) Em situações especiais, entendidas como a manutenção das atividades mínimas de prestação de serviço às
comunidades, em decorrência da dificuldade de operacionalizar a escala ordinária, pela ausência de efetivos, pela impossibilidade
de compensação com folgas e quando não exista a possibilidade do aporte de efetivos ser provido por outro OPM, os Comandantes
Regionais estão autorizados, dentro das cotas mensais estabelecidas, a utilizar, em segmento subordinado, escalas que contemplem
jornadas e ciclos de serviço diferenciados das ordinárias por tempo estimado ou determinado, com o respectivo pagamento de
gratificação de serviço extraordinário;
c) A deliberação da realização de escalas em situações extraordinárias ou especiais é de exclusiva responsabilidade
dos Comandos. Tais escalas decorrerão de documentos oficiais (Estudos de Estado Maior, Ordens de Serviço e, etc.) que justifiquem
o emprego de efetivos, fornecendo evidências da necessidade, possibilitando quaisquer esclarecimentos posteriores;
d) A jornada de serviço extraordinário executada sem autorização prévia e para a qual não haja disponibilidade de
cota de gratificação por serviço extraordinário será compensada com folga a critério de cada Comando/Chefia.
3) Situação de Sobreaviso
a) A adoção da escala de sobreaviso é de responsabilidade dos Comandantes, Chefes e Diretores;
b) As escalas de sobreaviso podem ser ordinárias ou permanentes decorrentes de situações que exijam atenção
contínua e pronto atendimento ou extraordinárias consequentes da ocorrência de situações especiais cuja previsão de
acontecimento e duração não seja possível definir no momento de seu estabelecimento;
c) As escalas de sobreaviso decorrentes de situações ordinárias ou permanentes devem observar as prescrições da
presente norma e instruções definidas pela Corporação.MIQUELI SOARESdeve ser objeto de Sumário de Estudo de Estado Maior
A sua implementação
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que demonstre a necessidade do emprego de forma a proporcionar maior rentabilidade operacional. Após cumpridos estes requisitos
o mencionado Estudo será analisado pelo EMBM para posterior autorização do Comando da Corporação;
d) Na situação de sobreaviso os Oficiais e Praças poderão permanecer no quartel, em suas residências ou em local
dentro da área de responsabilidade territorial do OPM em condições de recolherem-se imediatamente ao quartel, em caso de
necessidade, no prazo Máximo de 30 minutos;
e) As escalas de sobreaviso serão computadas na proporção de 1/3 como horas trabalhadas, não sendo consideradas
como tal as atividades decorrentes da responsabilidade territorial dos Comandantes de OPM ou Frações Operacionais, mesmo que
eventualmente ocorra acerto entre eles para que um responda pelos afastamentos do outro, salvo nos casos em que o servidor tenha
sido acionado para a execução direta do serviço, quando então será computado o tempo de permanência na atividade;
f) Todas as providências de ordem preventiva relativas ao pessoal e ao material são impostas pelas circunstâncias
decorrentes da situação da tropa e deverão ser tomadas pelos diversos níveis de comando e de chefia;
g) A ordem de suspensão do sobreaviso será determinada pela autoridade que a exarou, depois de cessado o motivo
da medida, voltando à tropa às suas atividades normais;
h) A utilização da escala de sobreaviso implica na observância, em concurso, dos seguintes critérios:
(1) adotar medidas acauteladoras de Segurança Pública;
(2) atender qualquer emergência, no mais curto prazo possível;
(3) especificar a parcela do efetivo policial militar que deve permanecer no OPM e fora dele;
(4) observar o número de policiais militares necessários e disponíveis, as demandas diárias, o tipo de escala em
vigência, a necessidade de se ter efetivo de sobreaviso, na hierarquia;
(5) cancelar todas as dispensas do serviço concedidas aos policiais militares;
(6) disponibilizar meios de transporte, comunicação, armamento, equipamentos de proteção individual, de acordo
228
Dia 21

com as normas internas da Corporação;


(7) adequar as demandas diárias dos militares estaduais ao atendimento das exigências do serviço, sendo que, em
geral, deve ser em quantidade fixa;
(8) apontar o problema através de estatística referente os dias e horários de maior demanda, comprovando o
emprego qualitativo do efetivo, a fim de evitar o trabalho sem necessidade;
(9) evitar violações aos militares estaduais, criando um vínculo da escala cumprida no mês atual com a do mês
anterior, considerando os dias trabalhados e os a trabalhar.

e. Da carga horária a ser cumprida pelos militares estaduais


1) Do cômputo da carga horária
a) Conforme legislação vigente, a carga horária ordinária semanal a ser cumprida pelos militares estaduais é de 40
(quarenta) horas. Para fins de cálculo, a carga horária ordinária de trabalho mensal corresponderá ao produto da multiplicação dos
dias de efetividade do servidor no mês em referência pelo fator 5,7 (equivalente a 342 minutos) que é a carga horária diária
(normal/média) de trabalho dos ME sem considerar os dias de descanso remunerado, cabendo o pagamento de gratificação de
serviço extraordinário apenas ao que for excedente;
b) Os dias em que o militar estadual estiver afastado do serviço por motivos regulamentares (férias, licenças,
dispensas, cedidos a outros órgãos e outros), quando devidamente lançados no sistema RHE ou ainda, afastado do OPM (sede)
com direito a perceber diárias de viagem, deverão ser MIQUELI SOARES
deduzidos do mês em referência.
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2) Situações excepcionais
a) Cumprimento de Punição Disciplinar
No caso de cumprimento de punições disciplinares há duas situações distintas a serem consideradas, com e sem
prejuízo do serviço. Na situação de cumprimento de punição disciplinar com prejuízo do serviço o dia deve ser deduzido do mês
em referência, aos moldes do que é feito com o dia em que o militar estadual se encontra percebendo diária de viagem. Já no caso
de cumprimento de punição disciplinar sem prejuízo do serviço devem ser computadas tão somente as horas efetivamente
trabalhadas;
b) Percepção de Gratificação Magistério
O período de tempo cumprido pelo militar estadual no exercício de docência na Corporação não deverá ser
computado como carga horária de serviço, uma vez que tal atividade é remunerada com indenização específica, devendo,
portanto, ser compensado pelo militar estadual posteriormente;
c) Dispensa para convalescença domiciliar
O período de dispensa para convalescença domiciliar prescrito pelo Profissional de Saúde deve ser contabilizado
com base na carga horária média normal dos militares, ou seja, 5,7h (equivalente a 342 minutos) conforme previsto na letra “a”
número 1 da letra “e” (da carga horária a ser cumprida) caso tal indisponibilidade se dê em dias que esteja escalado. Caso a
convalescença se dê em dias onde esteja previsto folga, como folga será considerada. O militar que afastar-se do serviço por mais
de 01 dia para convalescença domiciliar, salvo situação excepcionalíssima, devidamente justificada, NÃO deverá ser escalado
para cumprir escalas extraordinárias no mês em curso a sua convalescença.

f. Da gratificação por serviço extraordinário


1) Aspectos Gerais
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Dia 21

a) A convocação para o cumprimento de serviço extraordinário se dará na forma da Lei nº 11.650 de 19 de julho de
2001, podendo, no entanto, contemplar os militares estaduais através do voluntariado desde que observados as demais prescrições
estabelecidas na presente norma;
b) O exercício do serviço extraordinário não poderá exceder ao limite de 40 (quarenta horas) mensais para cada
militar estadual, salvo para dar curso a ocorrências já iniciadas ou fazer frente a situações imprevistas que atentem contra a vida das
pessoas e/ou afetem imediatamente a segurança pública;
c) Em situações de imperiosa e justificada necessidade, com o propósito de manter a normalidade dos serviços,
admitir-se-á que o limite acima estabelecido seja excedido desde que todos os demais militares estaduais da localidade já
tenham sido convocados para a execução de serviço extraordinário e já tenham cumprido 40 (quarenta horas) mensais
extraordinárias;
d) Excepcionalmente, quando a execução do serviço exigir especialização ou qualificação ou recair sobre a
necessidade de emprego de frações constituídas específicas, previstas no QO do OPM, cuja disponibilidade de militares estaduais
não permita o cumprimento do limite de 40 (quarenta horas) mensais extraordinárias, como, por exemplo, condutores e operadores
de viaturas de bombeiros (COV), emprego de Pelotões Especiais, tais situações devem ser objeto de encaminhamento de Sumário
de Estudo de Estado Maior para prévia apreciação e autorização do Comando Regional;
e) Não será autorizado o pagamento de gratificação por serviço extraordinário para a realização de serviços
administrativos da Brigada Militar;
MIQUELI
f) Os efetivos empregados ordinariamente SOARES
nos serviços administrativos poderão perceber a gratificação por serviço
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extraordinário, desde que executem serviços externos mediante escala, e tenham implementado as condições estabelecidas na
legislação vigente, particularmente, o cumprimento das 40 (quarenta) horas semanais;
g) Os militares estaduais empregados em atividades administrativas no OPM e que, paralelamente, concorram a
qualquer escala de serviço externo, deverão ser empregados em jornada não superior a 6 (seis) horas, antes ou após a atividade
principal por ele desempenhada, exceto em finais de semana, feriados e em situações de desastres, grave perturbação da ordem
pública ou requisições judiciais;
h) Os Comandantes deverão envidar esforços no sentido de que seja plenamente observada e cumprida por todos
militares estaduais a carga horária de 40 horas semanais, sendo que os períodos de horas não trabalhadas nas atividades internas
ou no serviço externo dos OPM deverão ser preenchidos com atividades de serviço e de treinamento, mediante convocação, as
quais serão consideradas objetos de serviço e complementarão a carga horária normal de trabalho;
i) Não será autorizado o pagamento da Gratificação por Serviço Extraordinário ao militar estadual quando estiver
percebendo diárias de viagem, a qualquer título, cabendo aos respectivos Comandantes os ajustes compensatórios necessários;
j) O pagamento da gratificação por serviço extraordinário será efetuado pelo posto/graduação do militar estadual
executante;
k) Não será autorizado o pagamento de GSE ao militar estadual que estiver beneficiado pela redução de carga
horária, conforme previsto no art. 127 da Lei 10.098/94;
l) Considerando a falta de efetivo (claros) existente na Corporação, as cotas de gratificação por serviço
extraordinário deverão ser direcionadas em sua totalidade, para utilização nos postos e graduações da carreira de nível médio.
2) Do processamento da gratificação por serviço extraordinário
a) A gratificação por serviços extraordinários será computada e processada mensalmente;

230
Dia 21

b) A síntese do fluxograma das etapas de processamento do pagamento da Gratificação de Serviço Extraordinário


se encontra previsto no Anexo “D”;
c) O processamento necessário para pagamento da gratificação de serviço extraordinário deve observar as seguintes
prescrições:
(1) Na normalidade
O Comando competente, após conferência da carga-horária ordinária e extraordinária cumprida pelos
militares estaduais subordinados através da documentação pertinente (Mapa de Gratificação por Serviço Extraordinário, extratos
de escalas, escalas de serviço, Ordens de Serviço e etc) procederá, nos casos em que couber, o lançamento da referida gratificação
diretamente no sistema RHE, observando os prazos de fechamento do sistema para a inserção de vantagens.
(2) Na excepcionalidade
(a) No caso de impossibilidade de lançamento da gratificação por serviço extraordinário no sistema
RHE em função de prazo expirado ou troca de setor (movimentação do militar estadual), o Comando Regional deverá
remeter ao Departamento Administrativo processo SPI devidamente instruído com Mapa de Pagamento de Gratificação por
Serviço Extraordinário e respectivo Extrato Demonstrativo de Carga Horária, conforme modelos constantes no Anexo “A” e
Anexo “B” da presente Nota de Instrução Administrativa, solicitando a efetivação do pagamento da vantagem.
(b) A documentação de instrução do processo deve ser restrita aos militares estaduais objetos da
solicitação de pagamento da gratificação por serviço extraordinário, ou seja, não deverão ser remetidos Mapas e Extratos
MIQUELI SOARES
Demonstrativos de Carga Horária de efetivos não contemplados no pleito.
miqueli.xs@gmail.com
(c) Os documentos que instruirão o processo poderão ser cópias autenticadas ou originais, no entanto,
em ambos os casos, devem estar devidamente assinados pelo Comando do OPM.
3) Da retificação e/ou estorno de gratificação por serviço extraordinário
a) Retificação de lançamento de gratificação por serviço extraordinário
(1) No caso de identificação de lançamento indevido de gratificação por serviço extraordinário, seja por
quantitativo de cotas a que o militar estadual fizer jus (a maior ou a menor) ou ainda, por lançamento da referida vantagem
para outro servidor, o Comando Regional deverá remeter ao Departamento Administrativo processo SPI devidamente
instruído, solicitando a correção necessária com a devida justificativa que ensejou a ocorrência do fato (fundamentação do
pleito).
(2) Quando a retificação implicar em solicitação de acréscimo de cotas para o militar estadual o processo
deve ser obrigatoriamente instruído com Mapa de Pagamento de Gratificação por Serviço Extraordinário e Extrato
Demonstrativo de Carga Horária.

b) Estorno de gratificação por serviço extraordinário


As solicitações de estorno de gratificação por serviço extraordinário deverão ser encaminhadas ao
Departamento Administrativo via processo SPI devidamente instruído e fundamentado. O estorno deve ser realizado
exclusivamente na forma estabelecida, uma vez que seu processamento se dará via folha de pagamento do ME, com a
remoção do registro.

231
Dia 21

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a. Toda a documentação que instruir processo de lançamento ou de pagamento de gratificação por serviço extraordinário
deve ficar arquivada no respectivo OPM/Comando, pelo prazo legal, conforme prevê o inciso V, do art. 7º, do Decreto nº 47.022,
de 25 de fevereiro de 2010, a disposição para fins de auditoria.
b. Mensalmente, até o dia 10, cada Comando deverá fazer publicar em Boletim Interno, a documentação que originou o
serviço extraordinário e a relação dos militares estaduais que executaram serviço extraordinário no mês anterior, para fins de
registro funcional devendo constar, no mínimo, os seguintes dados de cada militar estadual: nome, posto ou graduação,
identidade funcional, OPM, período de execução, total de serviços extraordinários executados.
c. O controle da efetivação do pagamento do serviço extraordinário será desenvolvido pelo Departamento Administrativo,
mediante relatório mensal expedido pela PROCERGS, com os dados atinentes a cada Comando.
d. Em caso de imperiosa necessidade de suplementação de cotas mensais de gratificação por serviço extraordinário para
emprego em situações especiais ou extraordinárias, os Comandos deverão formalizar, de forma oportuna, solicitação devidamente
fundamentada ao EMBM.
e. Os Comandantes deverão estabelecer critérios e observar na elaboração e execução dos seus planos de férias, bem como
na concessão dos demais afastamentos previstos na legislação, para que não sejam, ainda que potencialmente, geradas
circunstâncias especiais nos OPM subordinados a serem supridas por pagamento de gratificação por serviço extraordinário.
f. O DA deverá divulgar aos OPM os valores estabelecidos para a Gratificação de Serviço Extraordinário, nos seus diversos
níveis, atualizando-os sempre que houver alteração deMIQUELI
valores. SOARES
miqueli.xs@gmail.com
g. Esta NI entra em vigência 30 dias após a sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente a NI
ADM N.º 033.1, de 12 de março de 2008.

Anexos (ver na INTRANET):


A – Mapa de Pagamento de Gratificação por Serviço Extraordinário
B – Extrato Demonstrativo de Carga Horária
C – Instruções para Preenchimento do Mapa de Pagamento de Gratificação por Serviço Extraordinário
D – Fluxograma de Processamento da Gratificação por Serviço Extraordinário

232
Dia 21

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023

1. FINALIDADE

Regular o emprego dos principais Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo – IMPO, por parte da Brigada Militar
do Estado do Rio Grande do Sul.

2. BASE LEGAL

a. Constituição Federal de 05 outubro de 1988;

b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul de 03 outubro de 1989;

c. Decreto n.º 10.030, de 30 de setembro de 2019 - Aprova o Regulamento de Produtos Controlados;

d. Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010 - Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos
Agentes de Segurança Pública;

e. Lei nº 13.060, de 22 de dezembro de 2014 - Disciplina o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos
agentes de segurança pública, em todo o territórioMIQUELI
nacional; SOARES
miqueli.xs@gmail.com
f. Lei nº 13.869 de 05 setembro de 2019 - Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade, altera a Lei nº 7.960, de 21
de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906,
de 4 de julho de 1994, e revoga a Lei nº 4.898, de 9 de dez de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dez
de 1940;

g. Lei nº 9.455 de 07 abril de 1997 - Define os crimes de tortura e dá outras providências.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito

Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) são aqueles projetados, especificamente, para conter, debilitar
ou incapacitar, temporariamente, as pessoas, visando cumprir os preceitos validadores do restabelecimento da ordem
pública, e simultaneamente, normas nacionais e internacionais de Direitos Humanos, minimizando ao máximo, os riscos
de lesões permanentes e letalidade.

b. Emprego

Os Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) são utilizados para promover uso diferenciado da força, a
dispersão em Operações de Controle de Distúrbios (OCD), ou, para garantir a segurança e integridade da tropa, quando
não houver a necessidade de emprego da força letal por parte dos policiais militares.

c. Munições de Impacto Controlado (MIC) empregadas pela BM

233
Dia 21

São munições que utilizam a tecnologia física para obter seus resultados, por meio de impacto de baixa energia
cinética, provocando dor, sem causar lesões graves ou morte, desde que usadas corretamente. É fundamental conhecer
cada munição empregada pela BM, em especial quanto as suas distâncias de segurança, pois isso, aliado ao ponto de
impacto, é que vai fazer com que as munições sejam efetivamente de baixa letalidade. Caracterizam-se pela composição
do projetil em corpo de borracha (elastômero), com ou sem preenchimento interno de outro material menos lesivo (pó
inócuo), destinadas à proteção e segurança da tropa, podendo ser utilizadas tanto na espingarda calibre 12 Gauge, nos
lançadores AM 637/38 e 640 (Condor), ou equivalente. Insta destacar que as distâncias devem ser respeitadas, pois,
disparos em distâncias inferiores às recomendadas podem ser letais, em contrapartida, disparos em distâncias
maiores serão ineficientes.

Quando destinados a dissuadir indivíduos, devem ser efetuados disparos nas pernas evitando a região genital,
evitando-se disparos na linha horizontal ou contra o solo, evitando danos e lesões indesejadas e ricochetes.

1) Munição de impacto controlado (MIC) AM-403/P (Precision)

Cartucho fabricado pela empresa Condor S.A., composto de estojo de plástico semitransparente, com base de metal,
espoleta de percussão, carga de projeção e 1 projetil de elastômero macio, todo na cor Amarela, com formato
aerodinâmico e saia estabilizadora, visando dar maior precisão ao disparo em um alvo seletivo, que esteja de alguma
MIQUELI SOARES
forma comprometendo a segurança da tropa. miqueli.xs@gmail.com
Desenvolvida para ser disparada através de Espingarda Calibre 12 sem
“choke41”, na distância de 20 à 30 metros, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo. As munições de impacto
controlado têm sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região genital.

2) Munição de impacto controlado (MIC) AM-403/PSR (Precision Short Range)

Cartucho fabricado pela empresa Condor S.A., composto de estojo de plástico semitransparente, com base de metal,
espoleta de percussão, carga de projeção e 1 projetil de elastômero macio, todo na cor Cinza, com formato aerodinâmico
e saia estabilizadora, visando dar maior precisão ao disparo em um alvo seletivo, que esteja de alguma forma
comprometendo a segurança da tropa. Desenvolvida para ser disparada através de Espingarda Calibre 12 sem “choke”
na distância de 05 a 20 metros, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo. As munições de impacto controlado têm
sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região genital.

3) Munição de impacto controlado (MIC) CD (Curta Distância)

Cartucho fabricado pela empresa CBC, que apresenta pellets plásticos (discos de faces abauladas), medindo,
aproximadamente, 3,8mm cada, produzidos com polietileno de alta densidade. Cada estojo plástico – transparente -
conta com algo em torno de 300 a 400 pellets em seu interior, sendo projetados a uma velocidade média de 470 m/s da
saída do cano da arma. Desenvolvida para ser disparada através de Espingarda Calibre 12 sem “choke”. Sua utilização
é indicada para curtas distâncias entre 05 e 10m, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo, embora não tenha uma

41
É um acessório utilizado na Cal.12 com o objetivo de aumentar a velocidade do disparos e o agrupamento no alvo.
234
Dia 21

capacidade seletiva de alta precisão, esta munição possui elevado impacto psicológico. As munições de impacto
controlado têm sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região genital.

4) Munição de impacto controlado (MIC) AM-470 (Soft Punch)

Cartucho fabricado pela empresa Condor S.A., composto de estojo metálico, com base também de metal, espoleta
de percussão, carga de projeção e 01 projetil de impacto expansível, com invólucro na cor vermelha contendo em seu
interior pó inerte. Desenvolvido para ser disparado através do Artefato próprio Condor AM-637/38 ou AM-640, a curtas
distâncias, entre 05 e 20 metros, medidos entre a saída do cano da arma e o alvo. As munições de impacto controlado
têm sempre seu ponto de impacto nas pernas evitando a região genital.

5) Tabela de Munições de Impacto Controlado Empregadas na BM

Conforme anexo “A”.

d. Granadas Manuais

São artefatos bélicos de uso restrito (utilizado por forças policiais quando em serviço) com peso inferior a 1kg, com
o objetivo de facilitar seu transporte e lançamento. Esses Instrumentos de Menor Potencial Ofensivo são classificados
quanto ao TIPO (defensiva/militar ou ofensiva/policial), quanto ao FUNCIONAMENTO (explosiva mista e emissão),
MIQUELI SOARES
quanto à PROJEÇÃO (manual ou por artefato miqueli.xs@gmail.com
próprio) e quanto ao MECANISMO DE FUNCIONAMENTO (Espoleta
Ogival de Tempo/EOT).

1) Granadas Manuais Explosivas

A explosão não forma nuvem fumígena lacrimogênea e tem como principal objetivo diminuir a capacidade operativa
do oponente, direcionando-os para o local desejado pela tropa.

a) Granada Explosiva de Efeito Moral (GL-304 Outdoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A., é um artefato dotado de carga detonante, cujo efeito sonoro obtido,
associado a uma nuvem de pó branco inerte, para efeito moral, sem agressividade química, o que produz um impacto
psicológico ao oponente.

São empregadas para dispersar pessoas em OCD, em ambientes abertos (granadas outdoor).

Geralmente, apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor branca, a fim de evitar lesões indesejadas com
sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente, mantendo um afastamento de no
mínimo 10 (dez) metros dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões
indesejadas.

b) Granada Explosiva Luz e Som (GL-307 Outdoor)

235
Dia 21

A granada fabricada pela empresa Condor S.A., é um artefato dotado de carga detonante, cujo efeito sonoro e de
luminosidade intensa ofusca a visão dos agressores por alguns segundos, produzindo um impacto psicológico e
fisiológico.

São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor).

Geralmente, apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor preta, a fim de evitar lesões indesejadas com
sua fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente, mantendo um afastamento de no
mínimo 10 (dez) metros dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões
indesejadas.

c) Granada Explosiva de Efeito Moral (GB-704 Indoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante, cujo efeito sonoro obtido,
está associada a uma nuvem de pó branco inerte de efeito moral, sem agressividade química, que produz um impacto
psicológico.

São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes fechados (granada indoor). Geralmente,
apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor branca a fim de evitar lesões indesejadas com sua fragmentação
MIQUELI SOARES
após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente, mantendo um afastamento de no mínimo 5 (cinco) metros
miqueli.xs@gmail.com
dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.

d) Granada Explosiva Luz e Som (GB-707 Indoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante, cujo efeito sonoro e de
luminosidade intensa ofusca a visão dos agressores por alguns segundos, produzindo um impacto psicológico e
fisiológico.

São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes fechados (granada indoor). Geralmente,
apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor preta, a fim de evitar lesões indesejadas com sua fragmentação
após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente, mantendo um afastamento de no mínimo 5 (cinco) metros
dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.

2) Granadas de Emissão Fumígena Lacrimogênea (CS)

Formam nuvens de agente químico lacrimogêneo a base de Ortoclorobenzilmalononitrilo (CS), causando efeitos
fisiológicos (lacrimejamento intenso e desconforto respiratório) e psicológicos devido à densidade das nuvens de agente
químico lançado no ambiente. Não possuem distância de segurança e são lançadas manualmente. São empregadas para
dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor), bastando ao operador (Lançador Manual)
observar a direção e velocidade do vento.

a) Granada de Emissão Fumígena Lacrimogênea (GL-300/T tríplice – Outdoor)

236
Dia 21

Granada fabricada pela empresa Condor S.A., em corpo de alumínio, pesando 210g e tendo 38.0mm de diâmetro,
atua através da intensa geração de fumaça contendo agente lacrimogêneo (CS), emitida por 3 pastilhas que se distribuem
no solo, dificultando a devolução contra a tropa. Os efeitos produzidos pela emissão da carga fumígena causam,
primariamente, efeitos fisiológicos (lacrimejamento intenso e desconforto respiratório) e, secundariamente, efeitos
psicológicos através das densas nuvens de fumaça produzida pelo acionamento desse artefato. São lançadas
manualmente e empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor), bastando ao
operador (Lançador Manual) observar a direção e velocidade do vento.

b) Granada de Emissão Fumígena Lacrimogênea (GL-300/TH tríplice hyper – Outdoor)

Granada fabricada pela empresa Condor S.A., em corpo de alumínio, pesando 400g e tendo 58.5mm de diâmetro,
atua através da intensa geração de fumaça, contendo agente lacrimogêneo, emitida por 3 pastilhas que se distribuem no
solo, dificultando a devolução contra a tropa. Os efeitos produzidos pela emissão da carga fumígena causam,
primariamente, efeitos fisiológicos (lacrimejamento intenso e desconforto respiratório) e, secundariamente, efeitos
psicológicos através das densas nuvens de fumaça produzida pelo acionamento desse artefato. São empregadas para
dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor), bastando ao operador (Lançador Manual)
observar a direção e velocidade do vento.
MIQUELI SOARES
c) Granada de Emissão Fumígena Lacrimogêneas (GL-310 - Bailarina – Outdoor)
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Granada fabricada pela empresa Condor S.A., que atua por saturação de ambientes, por intermédio de geração intensa
de fumaça lacrimogênea, durante a emissão a granada se movimenta aleatoriamente, o que amplia a área contaminada
e impossibilita a devolução contra a tropa. Os efeitos produzidos pela emissão da carga fumígena causam,
primariamente, efeitos fisiológicos (lacrimejamento intenso) e, secundariamente, efeitos psicológicos através das densas
nuvens de fumaça produzida pelo acionamento desse artefato. São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em
ambientes abertos (granada outdoor), bastando ao operador (Lançador Manual) observar a direção e velocidade do vento.

3) Granadas Manuais Mistas

São granadas que possuem um efeito PRIMÁRIO (Explosão) e um efeito SECUNDÁRIO (formação de uma nuvem
fumígena lacrimogênea), com o objetivo de causar transtorno psicológico e fisiológico para direcionar os oponentes até
o local desejado pela tropa. Possuem micropartículas de agente químico Ortoclorobenzilmalononitrila (CS) ou
Capsaicina-Natural (OC) em sua composição.

a) Granada Mista (GL-305 Outdoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante (Efeito Primário), cujo som
obtido, associado a uma nuvem de cristais do agente químico CS que pairam no ar (Efeito Secundário), produzindo um
efeito psicológico e fisiológico.

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Dia 21

São empregadas para dispersar pessoas em OCD, em ambientes abertos (granadas outdoor). Geralmente, apresentam-
se na forma de invólucro de borracha na cor vermelha, a fim de evitar lesões indesejadas com sua fragmentação após a
deflagração, a granada deve ser lançada manualmente em parábola, mantendo um afastamento de no mínimo de 10 (dez)
metros dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas,
(ardência e dificuldade para respirar).

b) Granada Mista (GL-308 Outdoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante (efeito primário), cujo som
obtido, associado a uma nuvem de cristais do agente químico OC que pairam no ar (efeito secundário), produzindo um
efeito psicológico e fisiológico, (ardência e dificuldade para respirar).

São empregadas para dispersar pessoas em OCD, em ambientes abertos (granadas outdoor). Geralmente, apresentam-
se na forma de invólucro de borracha na cor verde a fim de evitar lesões indesejadas com sua fragmentação após a
deflagração, a granada deve ser lançada manualmente em parábola, mantendo um afastamento de no mínimo de 10 (dez)
metros dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões indesejadas.

c) Granada Mista (GB-705 Indoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A.MIQUELI SOARES


é um artefato dotado de carga detonante (efeito primário), cujo som
miqueli.xs@gmail.com
obtido, associado a uma nuvem de cristais do agente químico CS que pairam no ar (efeito secundário), produzindo um
efeito psicológico e fisiológico, (ardência e dificuldade para respirar).

São empregadas para dispersar pessoas em OCD, em ambientes fechados (granadas indoor). Geralmente,
apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor vermelha a fim de evitar lesões indesejadas com sua
fragmentação após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente, mantendo um afastamento de no mínimo
de 5 (cinco) metros dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões
indesejadas.

d) Granada Mista (GB-708 Indoor)

A granada fabricada pela empresa Condor S.A. é um artefato dotado de carga detonante (efeito primário), cujo som
obtido, associado a uma nuvem de cristais do agente químico OC que pairam no ar (efeito secundário), produzindo um
efeito psicológico e fisiológico, (ardência e dificuldade para respirar).

São empregadas para dispersar pessoas em OCD, em ambientes fechados (granadas indoor). Geralmente,
apresentam-se na forma de invólucro de borracha na cor verde a fim de evitar lesões indesejadas com sua fragmentação
após a deflagração. A granada deve ser lançada manualmente em parábola, mantendo um afastamento de no mínimo de
5 (cinco) metros dos infratores e da tropa, lembrando que a uma distância inferior poderá causar danos ou lesões
indesejadas.

4) Tabela de Granadas Policiais Manuais empregadas pela BM

238
Dia 21

Conforme anexo “B”.

e. Granadas lançadas por artefato próprio empregadas pela BM

São todas as granadas que necessitam de equipamentos ou armamentos desenvolvidos, especificamente, para o
lançamento desses artefatos, possuindo espoleta externa, idênticas às existentes em cartuchos de armas de fogo.

1) Granadas lançadas por artefato próprio de emissão fumígena lacrimogênea

São todas as granadas que necessitam de equipamentos ou armamentos desenvolvidos, especificamente, para o
lançamento desses artefatos. Granadas compostas por corpo ou estojo de alumínio, espoleta de percussão, carga de
projeção, e carga lacrimogênea (Ortoclorobenzilmalononitrilo - CS). Os projetis ou discos são dotados de orifício para
a saída da fumaça contendo o agente químico lacrimogêneo CS. Tem por objetivo atingir alvos distantes, onde o
lançamento de granadas manuais seja inviável operacionalmente.

a) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-201 Outdoor

Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal, espoleta de
percussão, carga de projeção e 01 projetil de médio alcance contendo CS que após o seu lançamento emite agente
químico por 25 segundos. Desenvolvido para ser disparado através de lançador Condor AM-637/38 ou AM-640, seu
MIQUELI SOARES
lançamento em um ângulo de 45° tem o alcance médio de 90 metros.
miqueli.xs@gmail.com

São empregadas para dispersar pessoas em OCD e em ambientes abertos (granadas outdoor), bastando ao operador
de artefato próprio observar a direção e velocidade do vento. Não é recomendado o disparo direto nos infratores, pois
há risco de danos ou lesões indesejáveis.

b) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-202 Outdoor

Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal, espoleta de
percussão, carga de projeção e 01 projetil de longo alcance contendo CS que após o seu lançamento emite agente químico
por 25 segundos. Desenvolvido para ser disparado através de lançador Condor AM-637/38 ou AM-640, seu lançamento
em um ângulo de 45° tem o alcance médio de 160 metros, bastando ao operador de artefato próprio observar a direção
e velocidade do vento. Não é recomendado o disparo direto nos infratores, pois há risco de danos ou lesões indesejáveis.

c) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-203/T Outdoor

Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal, espoleta de
percussão, carga de projeção e 03 projeteis contendo CS que após o seu lançamento se separam e cada um emite agente
químico por 25 segundos em locais diferenciados. Desenvolvido para ser disparado através de lançador Condor AM-
637/38 ou AM-640, seu lançamento em um ângulo de 45° tem o alcance médio de 90 metros, bastando ao operador de
artefato próprio observar a direção e velocidade do vento. Não é recomendado o disparo direto aos infratores, risco de
danos ou lesões indesejáveis.

d) Granada fumígena lacrimogênea lançada por artefato próprio GL-203/L Outdoor


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Dia 21

Fabricada pela empresa Condor S.A., composta de estojo metálico, com base também de metal, espoleta de
percussão, carga de projeção e 05 projeteis contendo CS que após o seu lançamento se separam e cada um emite agente
químico por 25 segundos em locais diferenciados. Desenvolvido para ser disparado através de lançador Condor AM-
637 ou AM-640, seu lançamento em um ângulo de 45° tem o alcance médio de 90 metros, bastando ao operador de
artefato próprio observar a direção e velocidade do vento. Não é recomendado o disparo direto aos infratores, risco de
danos ou lesões indesejáveis.

2) Tabela de Granadas Policiais lançadas por artefato próprio empregada pela BM

Conforme anexo “C”.

f. Espargidores de Agentes Químicos Empregados Pela BM

São instrumentos de menor potencial ofensivo, na forma de recipiente (frasco) metálico, ou de material sintético
resistente, que possuem em seu interior, agente químico sob pressão. Empregados para promover a rápida dispersão
(emprego tático coletivo), ou incapacitação imediata do agressor (emprego tático individual), de acordo com a
especificidade do instrumento utilizado e a recomendação do fabricante, devendo ser respeitado a distância mínima de
segurança, pois, em distâncias inferiores, pode causar danos oculares ao infrator.
MIQUELI
1) Espargidor de uso individual incapacitante SOARES
GL-108/E MINI (ESPUMA)
miqueli.xs@gmail.com
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC). Empregado pelo
operador em situações onde seja necessária a incapacitação imediata do agressor, pela individualização do alvo e do jato
direcionado. Seu uso é recomendado na parte frontal do rosto do infrator atingindo, principalmente, os olhos, nariz e
boca, causando reações fisiológicas como ardência e dificuldade para respirar. Após a utilização o operador deverá fazer
imobilização imediata do oponente evitando lesões secundárias devido à incapacitação. Sua distância de utilização
mínima é de 1m, podendo atingir até 2m. Possui baixo nível de contaminação ambiental, assim podendo ser utilizado
em ambientes fechados.

2) Espargidor de uso individual incapacitante GL-108/E MED (ESPUMA)

Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC). Empregado pelo
operador em situações onde seja necessária a incapacitação imediata do agressor, pela individualização do alvo e do jato
direcionado. Seu uso é recomendado na parte frontal do rosto do infrator atingindo, principalmente, os olhos, nariz e
boca, causando reações fisiológicas como ardência e dificuldade para respirar, após a utilização o operador deverá fazer
imobilização imediata do oponente evitando lesões secundárias devido à incapacitação. Sua distância de utilização
mínima é de 1 m, podendo atingir até 2m. Possui baixo nível de contaminação ambiental, assim podendo ser utilizado
em ambientes fechados.

3) Espargidor de uso individual incapacitante GL-108/E MAX (ESPUMA)

240
Dia 21

Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC). Empregado pelo
operador em situações onde seja necessária a incapacitação imediata do agressor, pela individualização do alvo e do jato
direcionado. Seu uso é recomendado na parte frontal do rosto do infrator atingindo, principalmente, os olhos, nariz e
boca, causando reações fisiológicas como ardência e dificuldade para respirar. Após a utilização o operador deverá fazer
imobilização imediata do oponente evitando lesões secundárias devido à incapacitação. Sua distância de utilização
mínima é de 2m podendo atingir até 5m. Possui baixo nível de contaminação ambiental, assim podendo ser utilizado
em ambientes fechados.

4) Espargidor de uso coletivo debilitante GL-108 ADVANTAGE MINI

Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC). Empregados pelo
operador em situações onde seja necessária a debilitação dos agressores, resultando na imediata dispersão. Seu uso é
recomendado na parte superior ou diretamente na face do infrator, assim causando uma contaminação maior nele e no
ambiente, gerando diversos efeitos fisiológicos como ardência e dificuldade para respirar. Utilizado somente em locais
abertos, através de jatos em forma de cone, respeitando as distâncias de segurança mínima de 1m, podendo atingir até
2m. Possui elevado grau de contaminação ambiental, bastando ao operador verificar a direção e a velocidade do vento.

5) Espargidor de uso coletivo debilitante GL-108 ADVANTAGE MED


MIQUELI SOARES
Fabricado pela empresa Condor S.A., tendomiqueli.xs@gmail.com
como agente químico a Capsaicina Natural (OC). Empregado pelo
operador em situações onde seja necessária a debilitação dos agressores, resultando na imediata dispersão. Seu uso é
recomendado na parte superior ou diretamente na face do infrator assim causando uma contaminação maior nele e no
ambiente, causando diversos efeitos fisiológicos como ardência e dificuldade para respirar. Utilizado somente em locais
abertos, através de jatos em forma de cone, respeitando as distâncias de segurança mínima de 1m, podendo atingir até
2m. Possui elevado grau de contaminação ambiental, bastando ao operador verificar a direção e a velocidade

do vento.

6) Espargidor de uso coletivo debilitante GL-108 ADVANTAGE MAX

Fabricado pela empresa Condor S.A., tendo como agente químico a Capsaicina Natural (OC). Empregados pelo
operador em situações onde seja necessária a debilitação dos agressores, resultando na imediata dispersão. Seu uso é
recomendado na parte superior ou diretamente a face do infrator assim causando uma contaminação maior nele e no
ambiente, gerando diversos efeitos fisiológicos como ardência e dificuldade para respirar. Utilizado somente em locais
abertos, através de jatos em forma de cone, respeitando as distâncias de segurança mínima de 2m, podendo atingir até
5m. Possui elevado grau de contaminação ambiental, bastando ao operador verificar a direção e a velocidade do vento.

7) Em caso de utilização do espargidor, além da documentação operacional pertinente, deverá ser preenchido
pelo Policial Militar o RELATÓRIO INDIVIDUAL DE UTILIZAÇÃO DE ESPARGIDOR (Anexo “D”), para
homologação do Comandante, Chefe ou Diretor do OPM e publicação em Boletim Interno, remetendo-se os documentos
ao final para arquivo na SSCOR e/ou correspondente.
241
Dia 21

8) Tabela de Espargidores de Agentes Químicos Empregados Pela BM

Conforme anexo “D”.

g. Treinamento e Habilitação

Deverão ser elaborados procedimentos de habilitação para o uso de cada tipo de instrumento de menor potencial
ofensivo e que incluam conhecimento teórico e demonstração pratica, conforme preconiza a Lei nº 13.060/14.

Para utilização de todos os instrumentos de menor potencial ofensivo, o policial militar deverá ser habilitado em
curso ou instrução específica, ministrada por instrutor formado em Curso de Especialização em Operações de Choque,
ou equivalente.

A habilitação de munição de impacto Controlado, pode ser ministrada por instrutor formado em curso de
especialização em operações de choque ou equivalente ou Curso de Instrutor do Uso Diferenciado da Força e da Arma
de Fogo ou equivalente.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Nenhum policial militar deverá portar instrumento de menor


MIQUELI potencial ofensivo para o qual não esteja devidamente
SOARES
habilitado. miqueli.xs@gmail.com

b. Sempre que um novo tipo de IMPO for introduzido na Instituição, deverá ser estabelecido um módulo de treinamento
específico com vistas à sua habilitação.

c. Os instrumentos de menor potencial ofensivo deverão ser armazenados conforme orientação do fabricante.

d. O policial militar que portar Cal. 12 na função de atirador em Operações de Controle de Distúrbios, somente utilizará
munições de impacto controlado, ficando expressamente vedado a utilização de munições letais neste tipo de
armamento.

e. O policial militar portador de instrumento de menor potencial ofensivo deverá portar armamento convencional, a fim
de que não se perca o potencial defensivo em situações que evoluam para um risco maior.

f. A presente Nota de Instrução visa cumprir os princípios da administração pública, em especial o princípio da
eficiência. Desta forma busca-se estabelecer, na Brigada Militar, as munições de impacto controlado que tenham como
fator primordial a seletividade, evitando danos/lesões secundárias indesejáveis.

g. Os IMPO, porventura, não citados nesta Nota de Instrução, devem ser utilizados seguindo as instruções do fabricante.

h. Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, em especial
a NI 2.9/EMBM/2022 de 17 de maio de 2022.

Anexos:
Anexo “A” – Tabela de Munições de Impacto Controlado Empregadas na BM;
242
Dia 21

Anexo “B” – Tabela de Granadas Policiais Manuais Empregadas Pela BM;


Anexo “C” – Tabela de Granadas Policiais Lançadas por Artefato Próprio Empregada pela BM;
Anexo “D” – Tabela de Espargidores de Agentes Químicos Empregados pela BM;
Anexo “E” – Relatório Individual de Utilização de Espargidor (VER INTRANET BM)

MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

243
Dia 21

ANEXO “A” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023


(TABELA DE MUNIÇÕES DE IMPACTO CONTROLADO EMPREGADAS NA BM)

NOME DESCRIÇÃO DISTÂNCIA DE CARACTERÍSTICAS


UTILIZAÇÃO
AM403/P Contém um projetil de elastômero na cor 20 a 30 metros, abaixo da Estojo transparente, com
AMARELA, com formato aerodinâmico que linha da cintura evitando a descrições no seu entorno de
propicia maior precisão ao operador. região genital. fácil percepção. CAL. 12
AM403/PSR Contém um projetil de elastômero na cor 05 a 20 metros, abaixo da Estojo transparente, com
CINZA, com formato aerodinâmico que linha da cintura evitando a descrições no seu entorno de
propicia maior precisão ao operador. região genital. fácil percepção. CAL. 12
CD Contém 300 a 400 pellets de polietileno. 05 a 10 metros, abaixo da Estojo transparente,
linha da cintura evitando a fechamento do cartucho na
região genital. parte superior tipo estrela.
CAL. 12
AM-470 Contém um projetil de impacto expansível. 05 a 20 metros, abaixo da Projetil de alumínio, com
linha da cintura evitando a descrições no seu entorno.
região genital.
MIQUELI SOARES DISPARADO POR
miqueli.xs@gmail.com ARTEFATO PRÓPRIO.

ANEXO “B” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023


(TABELA DE GRANADAS POLICIAIS MANUAIS EMPREGADAS PELA BM)

NOME DESCRIÇÃO RETARDO DISTÂNCIA DE TEMPO DE CORPO


UTILIZAÇÃO EMISSÃO
GL-304 Granada policial explosiva 2,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
outdoor de EFEITO MORAL 10 metros emissão BRANCA
Pó inerte, inócuo e inodoro.
GL-307 Granada policial explosiva 2,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
outdoor; 10 metros emissão PRETA
LUZ E SOM
GB-704 Granada policial explosiva 1,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
indoor de EFEITO MORAL 05 metros emissão BRANCA
Pó inerte, inócuo e inodoro.
GB-707 Granada policial explosiva 1,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
indoor; 05 metros emissão PRETA
LUZ E SOM
GL-305 Granada policial mista outdoor; 2,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
GRANADA 10 metros emissão VERMELHA
LACRIMOGÊNEA
GL-308 Granada policial mista outdoor; 2,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
GRANADA PIMENTA 10 metros emissão VERDE
GB-705 Granada policial mista indoor; 1,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo de BORRACHA
GRANADA 05 metros emissão VERMELHA
LACRIMOGÊNEA
GB-708 Granada policial mista indoor; 1,5 segundos Raio mínimo de Não há tempo BORRACHA
GRANADA PIMENTA 05 metros de emissão VERDE
244
Dia 21

GL300/T Granada policial outdoor 2,5 segundos Não há distância 25s ALUMÍNIO
Lacrimogênea; 03 pastilhas de mínima de
CS que se separam após utilização
lançamento.
GL300/TH Granada policial outdoor 2,5 segundos Não há distância 25s ALUMÍNIO
Lacrimogênea; 03 pastilhas de mínima de
CS que se separam após utilização
lançamento.
GL-310 Granada policial outdoor 1a2 Não há distância 15s ABS BRANCA
Lacrimogênea; segundos mínima de
BAILARINA utilização

ANEXO “C” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023


(TABELA DE GRANADAS POLICIAIS LANÇADAS POR ARTEFATO PRÓPRIO EMPREGADA PELA BM)

NOME DESCRIÇÃO RETARDO DISTÂNCIA DE TEMPO CORPO


UTILIZAÇÃO DE
EMISSÃO
GL-201 Contém 1 projetil de médio Não há retardo Alcance médio de 90 25s PROJETIL DE
alcance lacrimogêneo, onde não metros lançado a 45° ALUMÍNIO
se tenha uma distância razoável
para arremesso manual.
GL-202 Contém 1 projetil de longo Não há retardo Alcance médio de 160 25s PROJETIL DE
alcance lacrimogêneo, onde não MIQUELI SOARESmetros lançado a 45° ALUMÍNIO
se tenha uma distância razoável miqueli.xs@gmail.com
para arremesso manual.
GL-203/T Contém 03 projeteis de CS que Não há retardo Alcance médio de 90 25s PROJETIL DE
após o lançamento se separam metros lançado a 45° ALUMÍNIO
formando nuvens de agente
lacrimogêneo.
GL-203/L Contém 05 projeteis de CS que Não há retardo Alcance médio de 90 25s PROJETIL DE
após o lançamento se separam metros lançado a 45° ALUMÍNIO
formando nuvens de agente
lacrimogêneo.

ANEXO “D” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 2.29/EMBM/2023


(TABELA DE ESPARGIDORES DE AGENTES QUÍMICOS EMPREGADOS PELA BM)

NOME DISTÂNCIA DE FORMA DE SISTEMA DE JATO


UTILIZAÇÃO UTILIZAÇÃO
Gl-108/E mini 1 a 2 metros Individual Espuma
Gl-108/E Med 1 a 2 metros Individual Espuma
Gl-108/E Max 2 a 5 metros Individual Espuma
Gl-108 Advantage mini 1 a 2 metros Coletivo Cone
Gl-108 Advantage med 1 a 2 metros Coletivo Cone
Gl-108 Advantage max 2 a 5 metros Coletivo Cone

245
Dia 22

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/202342

NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/2023

1. FINALIDADE

Regular a atividade de saúde física policial militar no âmbito da Brigada Militar.

2. BASE LEGAL

a. Lei n.° 10.990, de 18 de agosto de 1997 - Estatuto dos Militares Estaduais;

b. Lei n.° 9.696, de 01 de setembro de 1998 - Regula a Profissão de Educação Física;

c. Lei n.° 12.577, de 19 de julho de 2006 - Lei de Promoções dos Oficiais da BM;

d. Lei n.° 12.307, de 08 de julho de 2005 - Dispõe sobre as condições específicas para ingresso na Brigada Militar, na
condição de Militar Estadual;

e. Portaria – COTER/C Ex. n.º 117, de 28 de outubro de 2021- Aprova o Manual de Campanha EB70-MC-10.375
MIQUELI SOARES
Treinamento Físico Militar, 5ª edição, 2021. miqueli.xs@gmail.com

3. EXECUÇÃO

a. Das Conceituações

1) Saúde Física Policial Militar (SFPM): consiste no conjunto de atividades físicas ou manifestações psicomotoras,
realizadas numa intensidade adequada, com a finalidade de produzir movimentos e ativar, convenientemente, os
sistemas neuromuscular, cardiorrespiratório e articular; 2) Saúde Física Policial Militar Especial (SFPME): atividades
físicas personalizadas e especializadas, direcionadas aos Militares Estaduais em “Condição Especial de Saúde”, visando
à melhoria na reabilitação e no treinamento individualizado, baseado nos princípios do treinamento

físico;

3) Teste de Aptidão Física (TAF): conjunto de avaliações físicas, utilizadas para medir a CAPACIDADE e
RESISTÊNCIA ORGÂNICA dos Militares Estaduais em condições normais de saúde;

4) Avaliação Física Especial (AFE): teste ou conjunto de testes físicos, utilizados para medir a capacidade e
resistência orgânica dos Militares Estaduais em condições especiais de saúde.

a) Não se enquadram, nesse caso, os Militares Estaduais em situações de dispensa médica temporária originada por
lesões, cirurgias, debilidades físicas, enfermidades, convalescenças médicas ou outras situações congêneres. A estes

42
REFERÊNCIA: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I. Última atualização: 25Mai2023 15h27. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina
246
Dia 22

militares, uma vez declarados aptos pela Junta Médica Policial Militar, será deferido prazo de 30 dias, salvo prescrição
médica em contrário, para recondicionamento físico e treinamento, a fim de serem submetidos a Teste de Aptidão Física
(TAF).

b) Por interesse do próprio Militar Estadual, contudo, a submissão ao TAF poderá ser realizada antes do prazo aqui
previsto.

5) Condição Normal de Saúde (CNS): é a condição de saúde em que o policial militar se encontra com as
FUNÇÕES ORGÂNICAS, FÍSICAS E MENTAIS em situação NORMAL para a prática de Saúde Física Policial Militar
e Avaliação Física regulamentares na Corporação, estabelecida após inspeção de saúde ordinária do Departamento de
Saúde.

6) Condição Especial de Saúde (CES): é a condição de saúde em que o policial militar encontrase com as funções
orgânicas, físicas e/ou mentais com restrições à prática da Saúde Física Policial Militar e ao Teste de Aptidão Física
regulamentares na Corporação, caracterizada por disfunções ou sequelas de caráter não transitório e devidamente
comprovadas por histórico médico em seus assentamentos ou ficha sanitária, estabelecida após inspeção de saúde do
Departamento de Saúde.

7) Não se enquadram nesse caso as situações de dispensa


MIQUELI SOARESmédica temporária originada por lesões, cirurgias,
miqueli.xs@gmail.com
debilidades físicas, enfermidades, convalescenças médicas ou outras situações congêneres.

8) Instrutor de Saúde Física Policial Militar (ISFPM): OFICIAL ou PRAÇA da Corporação, possuidor de Cursos
na área de Educação Física ou Saúde Física Policial Militar, encarregado de ministrar as atividades de Saúde Física
Policial Militar na Instituição.

A nomeação do Instrutor em Boletim Interno já deverá conter a designação de dois suplentes a fim de substituir
eventuais afastamentos ou impedimentos do titular.

9) Comissão Permanente de Pesquisa e Avaliação Física (COPPAFI): nomeada, no mínimo, anualmente em


Boletim Geral, composta por Oficiais e Praças da Corporação, possuidores de Cursos na área de Educação Física ou
Saúde Física Policial Militar, com a finalidade de realizar estudos e pesquisas, bem como aplicar as Avaliações Físicas
na Corporação.

10) Banca Examinadora (BE): Grupo nomeado, temporariamente, com a finalidade de aplicar Avaliação Física a
candidatos de concurso público para ingresso na Corporação ou de processo seletivo interno.

a) A Banca será composta por 3 ou mais Oficiais e/ou Praças, todos integrantes da COPPAFI, os quais não poderão
participar dos testes;

b) O Presidente da Banca, obrigatoriamente, deverá ter precedência hierárquica em relação aos avaliados;

c) O avaliador, preferencialmente, deverá ter precedência hierárquica em relação aos avaliados.

247
Dia 22

11) Coordenador Regional ou Departamental de Saúde Física Policial Militar (CRSFPM): Oficial QOEM mais
antigo integrante da COPPAFI, pertencente ao Comando Regional ou Departamento, nomeado pelo
Comandante/Diretor, para fins de planejamento, coordenação e orientação da Saúde Física Policial Militar dos OPM
subordinados.

a) Caso o Comando ou Departamento não possua Oficial do QOEM membro da COPPAFI, o Coordenador será o
Chefe da 3ª Seção (P3) ou da Divisão correspondente;

b) No Comando/Departamento em que o Coordenador Regional ou Departamental de Saúde Física Policial Militar


não for Membro da COPPAFI, este deverá ser designado para receber orientação da COPPAFI, junto à EsEF/BM, a
respeito das atividades de Saúde Física Policial Militar;

c) O planejamento a ser elaborado pela Coordenação Regional deverá abranger, além de questões

de ordem, a sequência de atividades físicas a serem orientadas e realizadas durante a sessão de

SFPM, em consonância com os Planos de Sessão previstos no Manual de SFPM.

12) Setor de Saúde Física (SSF): setor ou esfera de atuação da Saúde Física Policial Militar previsto na estrutura
da 3ª Seção (P3) de cada OPM, até o nível de Batalhão, destinado à coordenação e ao controle das atividades de SFPM.
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
13) Sessão de Saúde Física Policial Militar (SSFPM): é o período destinado à instrução de Saúde Física Policial
Militar. Deverá ser composta por condicionamento AERÓBICO, trabalho MUSCULAR GENERALIZADO ou
LOCALIZADO, ALONGAMENTO, RELAXAMENTO e podendo, ao final, haver previsão para práticas desportivas
e/ou palestras relativas à área de saúde física.

b. Da Instrução de Saúde Física Policial Militar

1) Objetivos:

a) Desenvolver, aprimorar e manter as valências físicas individuais em níveis compatíveis necessários para o
exercício da missão policial militar;

b) Melhorar a qualidade de vida dos recursos humanos da Brigada Militar, através da atividade física regular, como
promoção da melhoria do indivíduo;

c) Recuperar a integridade física dos componentes da Corporação em condições especiais de saúde;

d) Proporcionar aos militares atividades físicas agradáveis e momentos de descontração. Essas atividades são agentes
da manutenção do bem-estar e melhoria do relacionamento interpessoal dos seus participantes.

2) Metodologia:

a) As Instruções de Saúde Física Policial Militar deverão ser ministradas, durante as respectivas sessões, a todos
integrantes da Brigada Militar em condições normais ou especiais de saúde, devendo ser baseadas nos seguintes
conteúdos:
248
Dia 22

(1) Condicionamento aeróbico (corrida, caminhada, natação, etc.);

(2) Trabalho muscular generalizado ou localizado;

(3) Alongamento e relaxamento.

b) Poderão ser previstas práticas desportivas, atividades recreativas e/ou palestras relativas à área de saúde física para
momentos posteriores à execução dos exercícios dispostos nos itens acima.

3) Frequência das instruções:

A Instrução de Saúde Física Policial Militar na Corporação terá a frequência de duas vezes por semana, com duração
mínima de uma hora, em dia e horário adequados às rotinas operacionais e administrativas de cada OPM, devendo ser
contabilizada a respectiva carga horária.

4) Saúde Física Policial Militar Especial:

a) Nos casos de “Condição Especial de Saúde”, o policial militar, após inspeção de saúde, deverá ser encaminhado
para a “Saúde Física Policial Militar Especial”, obrigatoriamente, ministrada por profissional habilitado, membro da
COPPAFI, da sua Coordenadoria Regional de Saúde Física Policial Militar, que desenvolverá um trabalho específico
para recuperação ou melhoria da condição de saúde física doSOARES
MIQUELI policial militar;
miqueli.xs@gmail.com
b) Caso o Comando/Departamento não possua Membro da COPPAFI, o Militar Estadual que apresente “Condição
Especial de Saúde” deverá ser encaminhado ao OPM mais próximo que possua instrutor habilitado, ou à EsEF/BM, para
receber prescrição de atividade física adequada à limitação do Militar Estadual;

c) O policial militar em “Condição Especial de Saúde” deverá, no início e término de cada sessão de Saúde Física
Policial Militar de seu OPM, apresentar-se ao Instrutor de SFPM, a fim de informar o cumprimento da prescrição de
sua Sessão de SFPM Especial.

5) Supervisão da Saúde Física Policial Militar:

Ficará a cargo da Coordenação Regional de SFPM a supervisão das instruções dos Militares Estaduais aptos e
daqueles em Condição Especial de Saúde, devendo os OPMs encaminhar as atas dos resultados dos TAF e AFE
aplicados para serem publicadas em boletim regional.

6) Dispensa da Instrução de Saúde Física Policial Militar:

a) Ocorrerá quando o policial militar estiver matriculado em estabelecimento de prática desportiva ou de defesa
pessoal com frequência de no mínimo 2 (duas) vezes por semana, devendo, até o dia 05 (cinco) de cada mês, encaminhar
ao seu comando imediato o comprovante de frequência no respectivo estabelecimento, o qual deverá ser publicado em
BI;

249
Dia 22

b) Ocorrerá quando o Policial Militar estiver em treinamento de equipe que represente a Brigada Militar em
competições desportivas, devendo seu nome constar em Boletim Geral, retornando à prática da SFPM ordinária tão logo
cesse sua participação na referida equipe.

7) Da Atividade Recreativa e Desportiva:

a) A atividade recreativa tem como propósito a integração e a assepsia psicológica frente às rotinas da caserna,
devendo, entretanto, a participação do policial militar se dar por adesão e, por este motivo, não possuir conteúdo de
determinação em sua prática;

b) A prática desportiva tem o objetivo de proporcionar aos militares atividades físicas agradáveis e momentos de
descontração. Essas atividades são agentes da manutenção do bem-estar e melhoria do relacionamento interpessoal dos
seus participantes. O desporto compreende modalidades desportivas e competições esportivas;

c) Somente serão consideradas como ato de serviço as atividades recreativas e desportivas decorrentes de eventos
regulados/autorizados pelo Comando Geral, Comando Regional, Departamento e OPM, devendo ter
acompanhamento/orientação de membro da COPPAFI.

c. Da Avaliação Física Policial Militar


MIQUELI SOARES
1) Objetivos: miqueli.xs@gmail.com

a) Medir a capacidade e resistência orgânica, estabelecendo um perfil das condições de saúde física da Corporação;

b) Servir como instrumento de estudo para elaboração e prescrição de treinamento físico a ser desenvolvido por
ocasião das instruções sistemáticas, proporcionando o acompanhamento na evolução do condicionamento físico e da
qualidade de vida.

2) Finalidades:

a) Instrumentalizar a fase de exame de capacitação física dos concursos públicos para o ingresso na Brigada Militar;

b) Instrumentalizar a fase de exame de capacitação física dos processos seletivos internos da Corporação;

c) Instrumentalizar as avaliações sistemáticas dos OPM da Corporação;

d) Instrumentalizar as avaliações curriculares em Cursos da Corporação;

e) Instrumentalizar a renovação de contrato de Policial Militar Temporário;

f) Compor o Grau de Mérito para promoção de Carreira na Corporação.

3) Periodicidade Das Avaliações Físicas Sistemáticas:

a) Será realizada, no mínimo, uma vez ao ano, devendo as Atas de Avaliação Física dar entrada no Departamento de
Ensino/EsEFBM até o dia 30 (trinta) do mês de novembro;

250
Dia 22

b) As datas ou períodos das avaliações físicas deverão ser planejadas pela Coordenação Regional de SFPM e
publicadas em BI, devendo todos os Militares Estaduais, em condições normais e especiais de saúde, serem submetidos
a, no mínimo, uma testagem ao ano;

c) Os Militares Estaduais afastados de suas atividades, nas situações de dispensa, observação médica, licenças, férias
ou outros afastamentos regulamentares, após cessar o afastamento, deverão realizar a avaliação em período especial;

d) Uma vez declarado apto pela Junta Médica Policial Militar, o Militar Estadual afastado de suas atividades por
restrição médica temporária terá o prazo de 30 dias para recondicionamento e preparação física, com vistas à submissão
ao TAF;

e) O resultado do TAF ordinário não poderá, salvo disposição expressa em edital, ser empregado como grau a definir
a aprovação/reprovação na etapa de exame de saúde física dos processos seletivos internos;

f) Os resultados deverão ser cadastrados no SIGBM, módulo RHE, em campo específico.

4) Exercícios das Avaliações Físicas

a) O TAF - Teste de Aptidão Física - será composto dos seguintes exercícios:

(1) Barra: até 35 anos de idade (masculino);


MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
(2) Apoio Masculino: 36 ou mais anos de idade;

(3) Barra feminina em Isometria: até 35 anos de idade (feminino);

(4) Apoio Feminino: 36 ou mais anos de idade;

(5) Abdominal remador (masculino e feminino);

(6) Corrida de 12 minutos (masculino e feminino).

b) A AFE - Avaliação Física Especial - será composta por um teste ou conjunto de testes, conforme estipulado no
Anexo “D”, de acordo com a restrição médica de cada ME.

d. Da Aplicação das Avaliações Físicas:

1) As avaliações físicas ordinárias e demais não previstas no item “3 – EXECUÇÃO”, subitem 10 – “Banca
Examinadora”, serão sempre realizadas por, no mínimo, um Instrutor de SFPM, membro da COPPAFI,
preferencialmente com precedência hierárquica em relação aos avaliados, conforme demanda dos OPMs e/ou
planejamento da Coordenação Regional de SFPM;

2) Os Comandos Regionais que não possuírem, sob seu comando, integrantes da COPPAFI poderão solicitar,
antecipadamente, à EsEF-BM, a nomeação de um avaliador;

3) Para a realização das avaliações físicas, o policial militar deverá estar com a Inspeção Bienal de Saúde (IBS) ou
Inspeção Anual de Saúde (IAS) dentro do período de validade, segundo as normas de Saúde da BM;
251
Dia 22

4) A aplicação do TAF ou AFE ocorrerá num único dia;

5) Nos casos de concurso público de ingresso na Brigada Militar ou processo seletivo interno, os testes serão
aplicados uma única vez, não havendo possibilidade de se repetir o exercício em caso de reprovação;

6) Também serão aplicados uma única vez os testes realizados como requisito para ingresso no quadro de acesso
para promoção, não havendo possibilidade de se repetir o teste;

7) Os testes mencionados acima nos itens “5)” e “6)” poderão ser filmados como forma de comprovação dos
procedimentos realizados, conforme previsão editalícia, cabendo somente à Brigada Militar a gestão das imagens
reproduzidas. As imagens serão armazenadas em disco rígido na EsEF-BM ou em nuvem;

8) Os locais de aplicação dos testes deverão obedecer às seguintes condições mínimas de instalação:

a) Teste da Barra - em barra fixa paralela ao solo, com até 5 cm de diâmetro;

b) Teste de Apoio - em piso plano, sólido e seco;

c) Teste Abdominal (remador) - em piso plano, devendo sempre utilizar colchonete ou similar, visando amortecer o
contato da coluna com o solo;
MIQUELI
d) Teste de Corrida - em piso plano e sólido, sem SOARES
qualquer inclinação ou obstáculo, podendo ser em pista atlética ou
miqueli.xs@gmail.com
circuito devidamente demarcado em metros.

9) Antes do início dos testes, são necessários a confirmação e registro da idade do avaliado, bem como a
demonstração de cada exercício por parte do avaliador, descrevendo suas particularidades, conforme anexo “A”.

10) Os candidatos ou avaliados deverão realizar a prova correspondente à sua idade, no que se refere ao exercício de
flexão de braço (na barra ou no solo).

e. Da Pontuação Do TAF:

1) A pontuação dos testes que compõem o TAF obedecerá à Tabela Única de Avaliação, conforme Anexo “E”, sendo
que a pontuação máxima nos testes de Barra, Apoio e Abdominal será de 75 pontos, e no teste da Corrida, 150 pontos,
independentemente dos índices atingidos pelo candidato ou avaliado.

2) Nos casos de concursos ou processo seletivo interno, o candidato que obtiver pontuação ZERO em qualquer um
dos testes, estará automaticamente REPROVADO, não realizando os testes seguintes.

3) Na necessidade de vincular a pontuação final a um "Conceito", será observada a seguinte


conceituação/classificação:

a) INSUFICIENTE até 150 pontos

b) REGULAR de 151 a 210 pontos

c) BOM de 211 a 254 pontos


252
Dia 22

d) MUITO BOM de 255 a 299 pontos

e) EXCELENTE 300 pontos

4) Nos casos de Avaliações em Cursos, o TAF deverá ser aplicado na modalidade de TC (Teste Corrente), podendo,
ou não, ser aplicado também como TE (Tarefa de Estudo), devendo a pontuação final ser convertida em nota (valor
decimal) pelo sistema de Regra de Três, observadas as prescrições seguintes:

a) Deverão ser asseguradas as mesmas condições de avaliação (barra, pista e solo) para todas as turmas;

b) Deverá ser observada a mesma Banca Examinadora em cada escola ou polo de ensino.

5) Por ocasião do Edital, nos casos de concurso Público ou processo seletivo interno, a pontuação mínima para a
aprovação a ser alcançada pelos candidatos será estipulada de acordo com a natureza do curso, como forma de definir o
correto perfil dos candidatos a frequentá-lo, não podendo ser inferior a 211 (duzentos e onze) pontos, correspondentes
ao Conceito “BOM”.

6) Na transformação dos índices obtidos no teste de Corrida, em pontuação da tabela, DEVERÁ haver a interpolação
dos pontos quando não alcançada uma distância exata já mensurada, observando-se as seguintes particularidades:

a) Os índices atingidos que não apareçam naMIQUELI


sequênciaSOARES
da tabela, deverão ser considerados normalmente, sendo
projetados na grade de pontos de acordo com amiqueli.xs@gmail.com
faixa etária, limitando-se à pontuação máxima da prova;

b) A interpolação (projeção oculta dos dados na tabela) deverá ser considerada tanto nas colunas dos índices, quanto
nas colunas de pontos, onde, por meio de uma projeção linear horizontal, estabelecem-se os numerais intermediários
não impressos na tabela.

f. Da Ata De Exame Físico:

1) No momento da realização de concursos e processo seletivo interno, a Banca Examinadora deverá confeccionar a
ATA DE EXAME FÍSICO, observando as seguintes orientações:

a) Deverá ser descritiva e ininterrupta, sem espaços ou linhas em branco, podendo, em casos de um grande número
de avaliados, apresentar a relação nominal em forma de colunas, constando a identificação do avaliado e os resultados
em pontos e conceito;

b) Deverá ser assinada sua última folha e rubricadas as demais, no mínimo pelo Presidente e pelo Secretário da Banca
Avaliadora, porém, no texto de abertura da Ata, deverão constar TODOS os integrantes da Banca;

c) Na Ata de Exame Físico, os nomes serão distribuídos na seguinte classificação: APROVADOS, REPROVADOS
e NÃO COMPARECERAM;

d) Os nomes não poderão ser abreviados ou incompletos e, nos casos dos militares, deverão vir acompanhados do
posto ou graduação e Identificação Funcional;

253
Dia 22

e) Se o Exame Físico constar do Edital como classificatório, a relação nominal da Ata deverá ser em ordem
classificatória, constando o total de pontos obtidos pelos candidatos.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Nos casos de concurso ou processo seletivo interno, a Banca Examinadora deverá receber a Ata de Inspeção de Saúde
para conferir se os candidatos foram considerados APTOS nesta fase anterior do certame;

b. Os casos de recursos administrativos ou judiciais referentes ao exame físico deverão ser encaminhados oficialmente
ao órgão regulador do certame, ao qual caberá decidir sobre os procedimentos a serem adotados;

c. Nos casos da aplicação das Avaliações Físicas em cumprimento de recursos administrativos ou judiciais, a Banca
Examinadora deverá confeccionar uma “ATA DE EXAME FÍSICO, EM GRAU DE RECURSO”;

d. Na aplicação das Avaliações Físicas, a Banca Examinadora deverá preencher o documento do Anexo “C” da presente
Nota de Instrução – GRADE DE RESULTADOS, documento padrão, e que deverá ser arquivado juntamente com a Ata
correspondente;

e. Nos casos do TAF, cada candidato ou avaliado, através da Tabela Única do TAF, deverá ter conhecimento dos índices
MIQUELI SOARES
necessários à sua aprovação ou classificação, miqueli.xs@gmail.com
não constituindo atribuição da Banca Examinadora fornecer tais índices
durante a aplicação da avaliação;

f. Aplicam-se aos Militares Estaduais temporários as disposições da presente Nota de Instrução no que se refere às
instruções de Saúde Física Policial Militar e do Teste de Aptidão Física (TAF) ordinários;

g. Na aplicação das Avaliações Físicas, o Presidente da Banca Examinadora deverá seguir o protocolo de sequência de
atos, conforme Anexo “B” da presente Nota de Instrução;

h. A Banca Examinadora deverá obedecer rigorosamente aos horários previstos para os testes, publicados em Edital ou
Boletim Interno, não permitindo que candidatos atrasados participem, sob pena de gerar recursos administrativos ou
judiciais por parte de qualquer outro candidato que se sentir prejudicado;

i. Os Militares Estaduais deverão apresentar-se para os testes devidamente uniformizados, conforme prevê o
Regulamento de Uniformes da Brigada Militar;

j. Até a adequação do SIGBM pelo Departamento de Informática para inclusão dos dados, os OPMs deverão manter em
arquivo o resultado das avaliações, remetendo cópia via correio eletrônico para o DE/EsEF-BM, a qual definirá modelo
de planilha ou relatório para fins de padronização;

k. A nomeação de instrutores de Saúde Física Policial Militar para os cursos regulares da Corporação deverá incidir em
membros da COPPAFI;

254
Dia 22

l. Em regiões que não houver membro da COPPAFI, os Comandantes de OPM deverão solicitar indicação ao respectivo
CRPO e este, em caso de necessidade, reportar-se-á diretamente à EsEF/BM;

m. Nos casos da aplicação das Avaliações Físicas em Época Especial, deverá ser confeccionada uma “ATA DE EXAME
FÍSICO, EM ÉPOCA ESPECIAL”;

Esta Nota de Instrução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente
a Nota de Instrução 3.3/EMBM/2021, de 22 de novembro de 2021.

Anexos:
Anexo “A” – Descrição dos Exercícios do TAF;
Anexo “B” – Sequência de Atos da Banca Avaliadora;
Anexo “C” – Grade de Resultados; (VER NA INTRANET BM)
Anexo “D” – Avaliação Física Especial – AFE;
Anexo “E” – Tabela de Avaliação Física. (VER NA INTRANET BM)

ANEXO “A” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/2023


(DESCRIÇÃO DOS EXERCÍCIOS DO TAF)
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Os exercícios que compõem o Teste de Aptidão Física — TAF obedecerão, obrigatoriamente, à seguinte ordem e
execuções, com base nas descrições abaixo relacionadas.

1. Flexão de braço na Barra:

a. Posição Inicial: com a pegada em pronação das mãos na barra, braços estendidos e corpo suspenso, sem contato
dos pés no solo;

b. Execução: partindo da posição inicial, o avaliado flexionará a articulação dos cotovelos, suspendendo o corpo em
direção à barra, devendo passar o queixo acima da barra, retornando à posição inicial;

c. Correção do movimento.

1) Quando, no movimento da flexão dos braços, o queixo ultrapasse totalmente a barra e, no retorno, haja a total
extensão dos braços;

2) Quando a força dos braços não seja auxiliada ou facilitada por movimentos oscilatórios do corpo, em forma de
embalo ou impulso, contínuos ou partindo da inércia;

3) Quando haja flexão e extensão simultânea e simétrica dos braços;

4) Não será computada a contagem do movimento interrompido por ocasião da soltura da barra, antes de completar
a total extensão dos braços no retorno à posição inicial.

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Dia 22

d. Contagem: a contagem será validada e computada a cada vez que o candidato completar o movimento nos padrões
acima citados, retornando à posição inicial.

2. Flexão de braço sobre o solo (apoio masculino).

a. Posição Inicial: em posição de quatro apoios (mãos e pés paralelos entre si); pés e pernas em pequeno afastamento
lateral; palmas das mãos apoiadas no solo, com braços estendidos, suspendendo o corpo ereto e paralelo ao solo;

b. Execução: ao sinal estipulado pela Comissão de Avaliação, o avaliado flexionará a articulação dos cotovelos
paralelamente ao corpo até que alcance o ângulo de 90 graus, aproximando o tórax do solo, não podendo tocá-lo,
estendendo novamente os cotovelos (braços) e retornando à posição inicial;

c. Correção do movimento: será considerado correto o movimento onde não haja contato do restante do corpo com
o solo, e na posição onde o tronco permaneça estendido num alinhamento retilíneo, sem a saliência dos quadris para
cima ou para baixo;

d. Contagem: a contagem será validada e computada a cada vez que o candidato completar o movimento nos padrões
acima citados, retornando à posição inicial.

3. Barra feminina em isometria


MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
a. Posição inicial: as mãos, durante a pegada, devem estar com os dorsos voltados para o rosto (posição pronada) e
distantes a uma largura correspondente a dos ombros da avaliada. A avaliada poderá ser auxiliada por um apoio (banco,
cadeira, dentre outros) para se posicionar na barra, até que seu queixo ultrapasse o nível da barra, para o início da
modalidade;

b. Execução: Após a avaliada estar em posição para iniciar a modalidade, será retirado o apoio, permitindo-se a
flexão dos joelhos, momento em que será acionado o cronômetro, iniciando-se a avaliação. A avaliada deverá utilizar
força máxima dos membros superiores, a fim de manter-se suspensa durante o maior tempo possível, com o queixo
acima do nível da barra, sem tocá-la. O cronômetro será travado quando a avaliada sair da posição do queixo acima do
nível da barra ou encostá-lo na barra, ou ainda encostar os pés nos postes de sustentação. Não são permitidos movimentos
de flexão e extensão dos membros superiores e inferiores (pedalada), dos quadris e extensão da coluna cervical como
formas de auxiliar na execução da modalidade.

c. Correção do movimento: Será considerado correto o exercício quando as pernas da avaliada permanecerem na
posição paralelas ou cruzadas durante toda a execução da modalidade e o queixo estiver paralelo ao solo, acima da linha
da barra. Não será permitido o uso de acessórios pela avaliada para realizar a modalidade.

d. Contagem: será pontuado o tempo em que a avaliada conseguir manter-se com o queixo acima do nível da barra,
desde que também cumpra os demais procedimentos acima descritos.

4. Flexão de braço sobre o solo (apoio feminino)

256
Dia 22

a. Posição inicial: em posição de quatro apoios (mãos e joelhos paralelos entre si); palmas das mãos apoiadas no
solo, com braços estendidos, suspendendo o corpo ereto, musculatura dos glúteos e abdominais em contração isométrica,
mantendo um alinhamento dos joelhos ao tronco;

b. Execução: ao sinal estipulado pela Comissão de Avaliação, a avaliada flexionará a articulação dos cotovelos até
que alcance o ângulo de 90 graus, aproximando o corpo do solo, estendendo novamente os braços e retornando à posição
inicial, não permitindo o relaxamento da musculatura dos glúteos e abdominais;

c. Correção do movimento: será considerado correto o movimento quando não haja o contato do restante do corpo
com o solo, e na posição onde o tronco permaneça estendido num alinhamento retilíneo, sem a saliência dos quadris
para cima ou para baixo;

d. Contagem: a contagem será validada e computada a cada vez que o candidato completar o movimento nos padrões
acima citados, retornando à posição inicial.

5. Teste Abdominal (abdominal remador)

a. Posição Inicial: o avaliado coloca-se deitado em decúbito dorsal com os membros inferiores estendidos
paralelamente e os membros superiores estendidos, também, paralelamente; porém, acima da cabeça, com o dorso das
mãos tocando o solo; MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
b. Execução: ao comando do aplicador, o avaliado inicia a modalidade, flexionando simultaneamente o quadril e os
joelhos, com as plantas dos pés apoiadas no solo, adotando a posição sentada, mantendo os braços estendidos paralelos
ao solo, de modo que os cotovelos se alinhem com os joelhos, retornando à posição inicial quando os membros
superiores estendidos, ou não, deverão encostar-se ao solo acima da cabeça, momento em que será contabilizada uma
execução. O afastamento entre os membros inferiores não deve exceder à largura dos quadris do avaliado, e o
afastamento dos membros superiores não deve exceder à largura dos seus ombros. Ao comando de “Prepara... Vai!”,
aciona-se o cronômetro e o avaliado inicia os movimentos. Ao comando de “Pare!”, é finalizada a execução dos
movimentos e o cronômetro é travado. O repouso entre os movimentos é permitido na posição inicial, entretanto, o
objetivo é realizar o maior número possível de execuções em um minuto;

c. Correção do movimento: serão somente considerados, para contagem, os movimentos executados completos e
corretamente; não será computada a repetição quando o avaliado utilizar qualquer forma de auxílio durante o
movimento, como abraçar ou apoiar-se nos joelhos e/ou nas pernas ou, ainda, apoiar os cotovelos no solo; os pés deverão
tocar o solo durante a execução do movimento tanto na flexão, quanto na extensão de tronco/quadril; deverá ocorrer,
simultaneamente, a flexão e extensão do quadril, tronco e joelhos do avaliado; não será permitido o uso de acessórios
do avaliado para realizar a modalidade.

6. Teste de “Cooper” (Corrida de 12 minutos)

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Dia 22

a. Execução: O avaliado, partindo da inércia, ao sinal estipulado pela Comissão de Avaliação, iniciará o
deslocamento (preferencialmente em forma de corrida), devendo mantê-lo em mesmo sentido e direção durante os 12
(doze) próximos minutos, cronometrados pela Banca. Não é permitido uso de fones de ouvido ou qualquer equipamento
que dificulte o avaliado escutar as ordens do avaliador.

b. Contagem: Ao final dos 12 (doze) minutos, mediante sinal convencionado pela Comissão de Avaliação, o
avaliado (a) deverá parar no local onde se encontrar, podendo permanecer em movimento ou caminhada
perpendicularmente à pista, aguardando a tomada da distância pelo avaliador e posterior liberação da posição.

ANEXO “B” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/2023


(SEQUÊNCIA DE ATOS DA BANCA AVALIADORA)

Quando das aplicações da Testagem de Avaliação Física – TAF - o Presidente da Banca Avaliadora deverá cumprir
a seguinte sequência de atos:
1. Reunião da Banca Avaliadora para instruções e orientações preliminares;
2. Reunião ou Formatura dos candidatos ou avaliados;
3. Chamada geral dos candidatos ou avaliados, baseada na relação de aprovados no exame anterior, com a devida
identificação e confirmação da idade;
MIQUELI SOARES
4. Esta identificação, nos casos de Concurso oumiqueli.xs@gmail.com
Processo Seletivo Interno, deverá ser mediante apresentação da Carteira
de Identidade e/ou do Cartão de Inscrição;
5. Informações Gerais sobre o Exame a ser aplicado aos candidatos: sequência, pontuação mínima, particularidades do
local, metragem da pista, sinais convencionais, etc.;
6. Demonstração da execução correta dos exercícios por parte da Banca;
7. Realização dos testes pelos candidatos, na ordem estipulada no Edital, podendo, em caso de um grande número de
avaliados, serem feitos separados e de forma simultânea, dividindo a Comissão. O Presidente da Comissão,
preferencialmente, não deverá se envolver na contagem dos exercícios;
8. Reunião da Banca Avaliadora, pós-exame, para realização do somatório dos pontos e conferência dos candidatos ou
avaliados e seus resultados;
9. Elaboração e conferência da Ata de Exame Físico, conforme previsto na presente Nota de Instrução;
10. Encaminhamento da Ata de Exame Físico para:
a) Se referente a Concurso Público, ao Departamento Administrativo/DRESA;
b) Se referente a Processo Seletivo Interno, ao Departamento de Ensino.

ANEXO “D” DA NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.3/EMBM/2023

(AVALIAÇÃO FÍSICA ESPECIAL – AFE)

1. Das linhas gerais para aplicação da AFE:

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Dia 22

a. A AFE tem por objetivo medir a capacidade e resistência orgânica dos Militares Estaduais em condições especiais de
saúde;

b. Para fins de definições da AFE a ser aplicada, os Militares Estaduais são classificados, de acordo com suas limitações,
nas seguintes categorias:

1) Lesões em membros superiores;

2) Lesões em membros inferiores;

3) Problemas na coluna vertebral;

4) Problemas cardíacos.

c. As Militares Estaduais gestantes, enquanto aptas para o serviço policial militar, serão avaliadas e autorizadas ou não,
por médico da Brigada Militar, a realizarem o TAF. Não se aplica AFE em gestantes;

d. A aplicação da AFE deve ser precedida de rigoroso exame médico, em cujo parecer, a Junta Médica indicará,
expressamente, em qual categoria de AFE deverá ser submetido, em função de suas limitações;

e. Não será aplicado outro TAF alternativo, diverso dos existentes nesta Nota de Instrução, em Militar Estadual que, em
virtude de suas restrições médicas, não conseguirMIQUELI SOARES
realizar a AFE prevista;
miqueli.xs@gmail.com
f. O Militar Estadual que não pontuar em quaisquer dos testes previstos na AFE será, automaticamente, considerado
inapto no teste.

2. Os testes componentes da AFE, estabelecidos de acordo com as restrições médicas dos Militares Estaduais, são
os seguintes:

a. Para Militares Estaduais com LESÕES EM MEMBROS SUPERIORES:

1) Resistência abdominal – teste abdominal;

2) Resistência aeróbica – corrida de 12 minutos;

b. Para Militares Estaduais com LESÕES EM MEMBROS INFERIORES:

1) Resistência abdominal – teste abdominal;

2) Avaliação de força de membros superiores:

a) Flexão e extensão de cotovelos na barra fixa, obrigatório para homens até 35 (trinta e cinco) anos, inclusive;

b) Flexão e extensão de cotovelo, com apoio de frente sobre o solo, para homens a partir de 36 (trinta e seis) anos,
inclusive;

c) Barra feminina em isometria para mulheres até 35 anos;

259
Dia 22

d) Flexão e extensão de cotovelos, com apoio de frente sobre o solo, apoiando os joelhos sobre o solo, para
mulheres com 36 anos ou mais de idade.

3) Teste de milha (1.609m).

c. Para Militares Estaduais com PROBLEMAS NA COLUNA VERTEBRAL:

Teste de milha (1.609 m).

d. Para Militares Estaduais com PROBLEMAS CARDÍACOS:

1) Teste ergométrico, na esteira ou bicicleta, monitorizado eletrocardiograficamente e com acompanhamento


médico;

2) Critérios para aprovação – parecer médico após análise do resultado obtido no teste, no qual deverão ser
esclarecidas as limitações impostas ao avaliado, bem como sua aptidão ou não para o desempenho da atividade visada.

e. Para Militares Estaduais com LESÕES EM MEMBROS SUPERIORES E MEMBROS INFERIORES:

1) Resistência abdominal – teste abdominal;

2) Teste de milha (1.609 m).


MIQUELI SOARES
f. Para Militares Estaduais com LESÃO miqueli.xs@gmail.com
NOS MEMBROS INFERIORES E PROBLEMAS NA COLUNA
VERTEBRAL:

Teste de milha (1.609 m).

g. Para Militares Estaduais com LESÕES EM MEMBROS SUPERIORES E PROBLEMAS NA

COLUNA VERTEBRAL:

Teste de milha (1.609 m).

3. Conceituação e Pontuação

a. Para composição da conceituação e pontuação, quando o avaliado executar somente dois exercícios, a fórmula se dará
a partir do resultado do exercício abdominal ou apoio de frente sobre o solo ou flexão na barra, conforme faixa etária,
multiplicado por dois e somado a pontuação do teste de resistência aeróbica ou milha;

b. Quando for aplicado unicamente o teste de VO2Máx, a pontuação alcançada deverá ser multiplicada por dois.

4. Protocolo para aplicação dos testes

a. Teste ergométrico na bicicleta ou esteira monitorizado eletrocardiograficamente: deverá ser realizado com
acompanhamento médico e devido a sua complexidade e à necessidade de observância de preceitos técnicos que
garantam total segurança ao avaliado. Deverá ser realizado somente em laboratório de esforço dotado de todos os

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Dia 22

recursos necessários, em princípio, nos Hospitais da Brigada Militar, que farão o atendimento mediante agendamento
prévio.

b. Teste de Milha: consiste em o avaliado percorrer caminhando continuamente, no máximo ritmo possível, a distância
de uma milha, que equivale a 1609m. Antes do teste, mede-se o peso do candidato. Ao final do teste, verifica-se em
quanto tempo o candidato percorreu a distância solicitada e mede-se a frequência cardíaca. De posse destes dados,
juntamente com a idade do candidato, aplica-se a fórmula abaixo citada a fim de mensurar o VO2Max.

VO2Máx = 132,853 – (0,0796 x PC) – (0,3877 x idade) + (6,315 x sexo) – (3,2649 x T) – (0,1565 x FC)

Legenda: PC = Peso Corporal em Libras (1Kg = 2,20462262 libras)

Sexo = 1 (Masculino) ou 0 (Feminino)

T = Tempo em minutos

FC = Frequência cardíaca em BPM

5. Prescrições diversas:

O Militar Estadual que não conseguir realizar corretamente os testes previstos para sua AFE em razão de limitações
MIQUELIpara
físicas decorrentes de suas lesões deverá ser encaminhado SOARES
nova avaliação médica.
miqueli.xs@gmail.com

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Dia 23

NOÇÕES DE ATIVIDADE DE POLÍCIA MILITAR


DIRETRIZ DE GESTÃO OPERACIONAL Nº 036/2016 – Part. I

DIRETRIZ DE GESTÃO OPERACIONAL Nº 036/2016

GESTÃO OPERACIONAL

1. INTRODUÇÃO
1.1. CONTEXTO / SITUAÇÃO

A progressão do restabelecimento democrático nacional a partir da década de 80 exigiu e provocou nas instituições
públicas, em particular nas organizações policiais, intensas mudanças, pautadas principalmente pela reformatação da
missão que devem desempenhar, diante da definição de Estado Democrático de Direito, inserto na Constituição de 1988.

A partir da década de 90, e em decorrência das transformações sociais, as corporações policiais iniciaram o gradual
e comedido processo de rompimento com o modelo histórico até então estruturado, passando a se adequar à nova
MIQUELI
realidade social, às modernas práticas democráticas SOARES
e ao exercício pleno da cidadania. Iniciou-se uma etapa de câmbio,
miqueli.xs@gmail.com
buscando a conformação de uma polícia de controle para Polícia Cidadã.

Por força do estabelecimento do Estado Democrático de Direito na sociedade contemporânea, verifica-se uma nova
interpretação conceitual de ação positiva dos entes estatais, destinada à afirmação de direitos, à integral proteção social
e defesa da cidadania, bem como à discussão e redisposição das condições gerais observáveis causadoras da desordem
social e da violência.

Nesta perspectiva, a concepção policial de matriz reducionista, corporativista e de competição institucional foi
ultrapassada. A nova noção é calcada no pensamento sistêmico, no entendimento entre os órgãos públicos, que passam
a conduzir de forma articulada as suas respectivas competências. Trata-se de uma composição institucional complexa,
que implica na redefinição de processos produtivos e introdução de modernas técnicas de gestão.

À luz desta nova realidade, é apresentada esta Diretriz de Gestão Operacional da BM, que terá força normativa,
extensiva e principiológica em relação às demais normas e diretrizes operacionais da Corporação. Pretende-se, com tal
documento, comungar e sumariar orientações estratégicas, com o objetivo de proporcionar uma maior base e
modernização das práticas operacionais focalizando a garantia da dignidade da pessoa humana, a promoção dos direitos
e liberdades fundamentais e a prevenção criminal.

1.2. FINALIDADE

Estabelecer as diretrizes básicas do Comando-Geral para o planejamento, execução, coordenação, controle e


otimização das atividades operacionais de Polícia Ostensiva legalmente atribuídas à BM.

262
Dia 23

1.3. OBJETIVOS

a) Adequar a prática operacional da BM às disposições constitucionais e legais vigentes, notadamente para a


consolidação e promoção do conceito de segurança cidadã e democrática, com evidente valorização dos direitos e
liberdades fundamentais dos cidadãos;

b) Estabelecer preceitos administrativos com finalidade de alinhar os planejamentos e a estrutura operacional da BM


nos esforços de integração do Sistema de Segurança Pública/Defesa Social;

c) Aumentar a produtividade e a qualidade do serviço operacional, provocando reflexos positivos para ampliação na
sensação de segurança por parte da população;

d) Estabelecer preceitos visando à participação comunitária nos esforços de segurança e proteção social;

e) Definir os padrões operacionais para os Comandos e Unidades da BM, assegurando uma ação conjugada de todas as
forças disponíveis;

f) Normatizar as atuações das unidades e frações operacionais, dirimindo possíveis conflitos de competência interna,
promovendo a convenção e integração sistêmica entre os diversos tipos e modalidades de Policiamento Ostensivo;

g) Estabelecer preceitos gerais para facilitar a integração


MIQUELIeSOARES
cooperação entre as Unidades Operacionais da BM com
órgãos, entidades e autoridades, vinculadas,miqueli.xs@gmail.com
ou não, ao Sistema de Segurança Pública.

h) Definir ações integradas com outros órgãos do Sistema de Segurança Pública, objetivando estabelecer vinculações
comunitárias, que garantam espaço e participação da comunidade no planejamento operacional da BM.

i) Dimensionar e sedimentar a missão institucional da BM, conforme os dispositivos constitucionais vigentes;

j) Estabelecer princípios para o planejamento e execução das atividades de Polícia Ostensiva, através da concepção de
um serviço público orientado por resultados;

k) Definir estratégias de emprego operacional na BM, calcadas na prevenção e repressão qualificada.

2. BASE LEGAL
2.1. EMBASAMENTO CONSTITUCIONAL

2.1.1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL

“Art. 144 - A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes
órgãos:
I - ...
V- polícias militares e corpos de bombeiros militares.
§ 1º - ...
§ 5º - Às polícias militares cabem a Polícia Ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos
de bombeiros militares, além (...)” (grifo nosso)

263
Dia 23

A competência designada pelo texto constitucional às polícias militares é o exercício da Polícia Ostensiva e a
preservação da ordem pública.

Importante referir que é citado o vernáculo “Polícia Ostensiva” em vez de “Policiamento Ostensivo”, ampliando
desta forma o conceito, enaltecendo-o além do procedimento. Assegura-se que Policiamento é apenas uma etapa da
atividade de Polícia.

O Policiamento corresponde apenas à atuação fiscalizatória; por esse motivo, a expressão utilizada, “Polícia
Ostensiva”, magnifica a atuação de Polícia Militar à integridade do exercício do poder de polícia.

O adjetivo “Ostensivo” refere-se à ação presencial e imponente, característica do policial fardado, que por meio da
conformação e estética policial militar, com uso de uniformes, equipamentos e signos próprios, representa e evoca a
força da corporação policial.

Quanto à missão constitucional, em uma visão contemporânea, verifica-se que o novo Estado Democrático de
Direito, concebido pela Constituição Federal (CF/88), rearticula a ordem social, apresentando o aumento da missão
constitucional própria às instituições policiais para além do Policiamento Ostensivo, dirigindo seu foco de atenção ao
bem estar das pessoas, à garantia dos direitos fundamentais, ao livre exercício da cidadania, enfim, à valorização da
segurança cidadã e humana. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

2.1.2. CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

A Constituição do RS, ao tratar da defesa da sociedade, observou os limites colocados pela Constituição Federal, ao
definir a missão da BM, conforme observa-se:

“Art. 124. A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
a preservação da ordem pública, das prerrogativas da cidadania, da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - Brigada Militar; (...)
Art. 129. À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante- Geral, oficial do quadro da Polícia Militar,
do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado,
incumbem a Polícia Ostensiva, a preservação da ordem pública, a guarda externa dos presídios e a
polícia judiciária militar.
Parágrafo único. São autoridades policiais militares o Comandante-Geral da Brigada Militar, os
oficiais e as praças em comando de fração destacada.” (grifo nosso)

Elenca-se algumas considerações importantes para o entendimento do que seja Segurança Pública:

a) Tem o sentido de proteção, garantia e estabilidade;

b) Exige organização, por meio de estrutura própria, com distribuição de funções e responsabilidades;
264
Dia 23

c) Não há legitimidade de uma política de segurança desconexa de outras políticas públicas abrangentes;

d) Não é uma exclusividade de classe. É orientada pelo caráter geral, universal, de proteção;

e) Não é uma ação bélica de defesa nacional, mas sim, um serviço público sistemático e da mais alta importância,
a ser desenvolvido dentro dos limites legais e em conjugação com toda a sociedade.

A Brigada Militar, instituição policial militar do RS, é a força pública estadual, organizada com base na hierarquia e
disciplina e, constitucionalmente, é o órgão encarregado da garantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e
entidades públicos.

Esta sua condição única, no âmbito estadual, requer alto grau de treinamento e capacitação profissional dos seus
quadros, cuja mobilidade lhe permita ser demandada, de imediato, no mínimo intervalo de tempo possível e no
necessário espaço geográfico a ser coberto.

O emprego da BM, em tais ocasiões, deve cobrir-se de esmerado planejamento, observando-se os preceitos dos
diversos documentos doutrinários e de implementação específicos.

2.2. DECRETO-LEI Nº 667/69 E A COMPETÊNCIA DAS POLÍCIAS MILITARES


MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
O Decreto-Lei 667, de 02 de julho de 1969, admitido pela Constituição Federal, menciona de forma inequívoca a
competência das Polícias Militares. No Art. 3º afirma que as Polícias Militares são “Instituídas para a manutenção da
ordem pública e segurança interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal ...”.

Outrossim, no mesmo Art. 3º consta a competência das Polícias Militares:

“a) executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forças Armadas, o
Policiamento Ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o
cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos; (Redação
dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983)

b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se
presuma ser possível a perturbação da ordem; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983)

c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego


das Forças Armadas; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983)

d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa ou


para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se
à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como participante
da Defesa Interna e da Defesa Territorial; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983)

e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar poderá ser convocada, em seu conjunto,
a fim de assegurar à Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou ainda para

265
Dia 23

garantir o cumprimento das disposições deste Decreto-lei, na forma que dispuser o regulamento
específico. (Incluída pelo Del nº 2010, de 12.1.1983)” (grifo nosso)

Vê-se, portanto, que a missão constitucionalmente estipulada para a Polícia Militar, de executar com exclusividade
o Policiamento Ostensivo, fardado, já era mencionado em Lei. Há questionamentos em torno de uma possível supressão
do mecanismo que estabelece a exclusividade do Policiamento Ostensivo pela Polícia Militar. Entretanto, fato é que a
Lei demarca dessa forma, e ainda vigora plenamente. O exercício da atividade de Polícia Ostensiva por outros entes, em
qualquer nível, Federal, Estadual ou Municipal, configura usurpação de função legalmente delimitada.

2.3. POLÍTICA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA

É o planejamento da União para concertar as ações federais, estaduais e municipais na área da Segurança Pública e
da Justiça Criminal. Esse concerto não fere a autonomia dos Estados, pois as instituições que fazem parte são diversas
e autônomas, cada uma cumprindo suas responsabilidades.

O objetivo da atual política nacional de segurança pública é manter na agenda governamental programas capazes de
promover a segurança pública em seus eixos centrais: respeito aos Direitos Humanos e valorização de milhares de
homens e mulheres que atuam nas organizações MIQUELI SOARES
responsáveis por prevenir e reprimir violência e crime no Brasil, bem
miqueli.xs@gmail.com
como pretende que as ações sejam disciplinadas por planejamento estratégico.

2.4. MISSÃO INSTITUCIONAL DA BM

Cabe à Polícia a proteção da vida e da dignidade humana, fomentar sensação de segurança, garantir o direito de ir e
vir, direito a propriedade, resolver conflitos e assegurar os mais relevantes processos e direitos - como eleições livres,
liberdade de expressão e liberdade de associação - em cujos alicerces repousam uma sociedade livre, justa e fraterna. A
força da democracia e a qualidade de vida desejada por seus cidadãos são dependentes da habilidade da Polícia em
cumprir suas obrigações.

Relativo à Paz Social, o alcance do conceito e da experiência de paz tem percorrido um caminho longo que passou
de uma interpretação minimalista de suspensão do conflito a uma representação muito mais exigente, feita não de
abstenção, mas de interação deliberada, que acentua o caráter indissociavelmente multidimensional da experiência social
da paz. Galtung (1999) classifica a paz em: negativa-ausência de violência direta, e positiva- estrutural e cultural (que
busca a justiça social). Para ele, na paz estrutural, seria trocada a repressão pela liberdade; exploração pela igualdade;
imposição pelo diálogo, segmentação pela integração; fragmentação pela solidariedade; segregação pela participação.
A paz positiva substituiria a legitimação da violência pela legitimação da paz.

2.4.1. MISSÃO

266
Dia 23

A missão é a declaração da razão da existência de uma organização e fornece uma indicação breve e clara daquilo a
que ela se propõe.

À luz dessa definição, infere-se, em visão filosófica, à nossa Corporação a seguinte missão: “Cabe à Brigada Militar
fomentar e garantir a dignidade da pessoa humana, as liberdades e os direitos fundamentais, contribuindo para
a paz social”.

Assim, nossa missão consiste em executar em todo o território do RS a Polícia Ostensiva de Preservação da Ordem
Pública e de Prevenção Criminal, conforme os ditames constitucionais, atuando de forma articulada com o Sistema de
Segurança Pública, visando assegurar o livre exercício da cidadania, a garantia das liberdades e dos direitos
fundamentais, promover a dignidade da pessoa humana, a proteção das pessoas e do patrimônio, a preservação do meio
ambiente, colaborando para a promoção da paz social.

2.4.2. VISÃO

A visão define o que uma organização pretende ser futuramente, incorporando as suas ambições, seus objetivos e
como quer ser vislumbrada pela sociedade. Ela propicia a criação de um ambiente de envolvimento e comprometimento
dos colaboradores com o futuro da organização, a gestão volta-se para o sucesso no futuro e para os resultados no
presente. MIQUELI SOARES
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Disto, a visão da Brigada Militar, por indução, assim define-se: “Sermos excelentes na promoção dos direitos
fundamentais e da liberdade, como Força da Comunidade Gaúcha”.

Excelência: Não é um ato autocrático, mas a arte conquistada pelo treinamento e hábito conjunto. Dirige-nos ao
esforço, ao esmero, até o nível de internalização natural. Não é um estado absoluto, segundo a Fundação Nacional de
Qualidade, mas uma disposição intensa e ampla de fazer bem, em espírito e em verdade, sendo um horizonte com busca
e atitudes constantes.

Direitos fundamentais: São os direitos primários da pessoa natural. Abarcam os direitos de cidadania, os direitos à
vida, à integridade física e moral, direito à privacidade, direitos distintivos da personalidade (direito à informação);
direitos cujo o objeto imediato é a segurança (direitos subjetivos em geral, a um ambiente saudável e sustentável) e em
matéria penal (direito a presunção de inocência), inviolabilidade do domicílio, propriedade em geral (material, artística,
literária e científica) e muitos dos direitos de liberdade.

Liberdade: Direito a liberdade de expressão, de locomoção, de pensamento, de reunião, de associação, de profissão,


de ação, liberdade sindical, direito de greve.

2.4.3. VALORES

Os valores são virtudes desejáveis ou características básicas positivas que uma instituição quer preservar, adquirir
e/ou incentivar. Constituem uma fonte de inspiração no ambiente de trabalho. Os valores servem para dar significância
à direção buscada pelos integrantes da Corporação.

267
Dia 23

Os valores institucionais inferidos para a Brigada Militar são:

a) Respeito aos Direitos Fundamentais e Valorização das Pessoas

Estes são deveres que temos em relação a quem serve na BM e a quem servimos: o Cidadão e a Comunidade. A BM
demanda-se para dar aos seus integrantes condições (estabilidade, benefícios, saúde, recursos, formação, capacitação)
para que externem o seu potencial de inteligência e as suas capacidades na garantia dos direitos fundamentais das
pessoas.

Tais valores são reguladores permanentes das ações com foco na preservação da vida e da dignidade, observância
aos direitos humanos e às liberdades, dentro dos ditames instituídos na Constituição Federal.

Os comportamentos devem ser definidos pelo pleno respeito à dignidade humana. A Instituição não permite
discriminação de qualquer natureza e busca uma gestão igualitária, e reconhece no mérito, na prestação de serviço e nas
potencialidades profissionais os pressupostos para as recompensas e para as promoções de carreira.

b) Ética e Transparência

Valores basilares que regulam as práticas de conduta visando ao interesse da coletividade e à promoção do bem
comum.
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Ética é gerir os recursos com integridade emiqueli.xs@gmail.com
idoneidade. Respeito pelas pessoas, seus valores e sua individualidade.
Respeito pelo ambiente em que vivemos. Avaliação das consequências dos atos efetuados. Agir com honestidade em
todas as ações e relações.

Transparência é acompanhar e informar toda a sociedade sobre as ações feitas e os resultados obtidos pela BM,
permitindo um abrangente controle social. Esta prática reforça a credibilidade, a legitimidade institucional e a confiança
na BM.

A honra, o sentimento do dever, o pundonor policial militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes
da BM, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos princípios e ética policial militar.

"Ética Policial Militar" é o grupo de valores morais e de princípios ideais que regem a conduta do Policial Militar.
Esses valores e princípios, que fazem parte das normas e manuais procedimentais, guiam a Corporação a uma plenitude
profissional, cujo resultado final consiste em "Proteger e socorrer com qualidade e objetividade".

A ética policial militar pode ser destacada como o exercício da discrição. Por outro lado, moralmente, é o exercício
da lealdade. Lealdade à família, ao cidadão, ao superior, ao subordinado. Enfim, lealdade à BrigadaMilitar.

Cada policial militar deve exercer sua profissão estando bem consciente de que o prestígio e o valor de sua corporação
estão intimamente ligados à sua preparação moral e profissional.

268
Dia 23

Deve o profissional de Segurança Pública se preocupar com o "SER" e não com o "TER". O policial militar de
bem tem como parâmetro de caráter e personalidade a própria reserva moral e não o conteúdo econômico. Busca um
patrimônio gradual ao invés do enriquecimento rápido. Pratica o crescimento moral.

As instituições são respeitadas a partir do comprometimento moral e ético de seus gestores. A Brigada Militar zela
pelos mais elevados valores morais para ter o reconhecimento do povo gaúcho. Seus atos têm a perenidade da absoluta
transparência, tornando públicas suas atividades administrativas e operacionais.

A BM não encobre nem coaduna com seus integrantes que abdicam de seus compromissos morais e profissionais e
partem para caminhos obscuros. Para estes maus exemplos são reservados a rigidez da legislação penal policial militar
e a severidade das normas disciplinares, sendo extraídos exemplarmente do convívio castrense. A preservação da
instituição se faz com esta postura. É este o corporativismo cultuado.

c) Excelência e Representatividade Institucional

Ser excelente no desempenho é melhorar permanentemente os processos, os resultados e a satisfação das


necessidades das comunidades, inovando para ir além das expectativas. A atitude de excelência é trabalhar de forma
ágil, persistente, responsável, entusiasmada e comprometida, garantindo que as ações da BM tenham a maior efetividade
possível, gerando amplos benefícios para a sociedade gaúcha.
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As bases da excelência são aquelas adotadas pela Fundação Nacional da Qualidade: pensamento sistêmico,
aprendizagem organizacional, constância dos propósitos, orientação por processos e informações, visão de futuro,
geração de valor, conhecimento sobre o cidadão e a sociedade, desenvolvimento de parcerias e responsabilidade social.

A representatividade institucional é um valor externado pela capacidade de ser “exemplo” diante do público interno,
da comunidade, de outros órgãos e autoridades; demonstrada por meio da internalização e prática dos Valores
Institucionais.

d) Disciplina e Inovação

Disciplina é o hábito interno que conjuga o cumprimento das atribuições, regras e deveres. Inclui a disciplina tática
definida pela observância de regramento de atitudes e ações num contexto definido, observada a missão institucional. É
um valor intrínseco do ambiente policial militar, admirado e almejado por muitas instituições. Inovar é analisar
constantemente os ambientes interno e externo, buscando soluções criativas nos processos e serviços para melhorar o
atendimento das demandas da comunidade. Contemporaneidade, superação de paradigmas e criatividade são as palavras
de ordem.

e) Liderança e Participação

Liderança para conduzir as pessoas de forma harmoniosa em torno dos objetivos institucionais na prática da gestão
compartilhada e da instigação comunitária para a construção da cultura de paz. Liderança para focar a força de trabalho
no cumprimento da missão e para entrosar a comunidade no alcance da visão.

269
Dia 23

Participação significa, internamente, que cada policial deve ser um colaborador para o alcance dos objetivos
institucionais e, externamente, aplicando o mesmo método participativo com a comunidade, por meio da Polícia
Comunitária, incentivando a solução de problemas diagnosticados no âmbito local.

f) Coragem e Justiça

É a coragem que dá à nossa vontade a energia imprescindível para vencer os obstáculos. Ter coragem é manifestar
espírito de firmeza e iniciativa, alegria nocumprimento do dever, controle da violência. Leva-nos a perseverar nos
momentos difíceis e árduos, a resistirmos à mediocridade, a evitar rotinas e omissões. Pela coragem, vencemos a apatia,
a acomodação e abraçamos os desafios. É da coragem que brota nosso compromisso de sacrifício da própria vida na
defesa da sociedade, do cidadão que pede socorro e amparo.

A justiça regula nossa convivência, permite o bem comum, defende a dignidade humana, respeita os direitos
humanos. É da justiça que nasce a paz. É a virtude da vida comunitária que se rege pelo respeito à igualdade das pessoas
perante a lei. Da justiça, vem a gratidão, a verdade. A justiça é eterna, trata de nossos direitos e nossos deveres e diz
respeito ao outro, à comunidade e à sociedade.

2.4.4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

MIQUELIdos
Os objetivos estratégicos funcionam como balizadores SOARES
pontos de atuação onde o sucesso é fundamental para o
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cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro. A escolha estratégica é determinada por uma série de fatores
internos e externos.

Diante desta perspectiva, a BM pretende ser uma organização pública voltada para o cidadão como foco principal,
dispondo ações que geram valor para o usuário dos serviços, como a funcionalidade, qualidade, tempo de resposta,
satisfação do usuário e imagem positiva da Instituição.

Os objetivos estratégicos da Brigada Militar serão entendidos em consonância com seguintes perspectivas:

a) Cidadão e sociedade: ser uma organização pública voltada para o cidadão como foco principal, dispondo ações
que geram valor para o usuário dos nossos serviços, como a funcionalidade, qualidade, tempo de resposta,
satisfação do usuário e imagem positiva da BM.

b) Processos internos: processos críticos relativos à gestão operacional, gestão de usuários dos serviços, melhor
utilização dos recursos orçamentários, processos de inovação, regulatórios e sociais, em que se deve perseguir a
excelência para atendimento das demandas do cidadão.

c) Aprendizado e crescimento: medidas para guiar questões relativas às habilidades das pessoas e ao conhecimento
organizacional para produzir novos serviços.

Nesse sentido, regularmente o Comando-Geral estabelecerá os Planos Estratégicos, para guiar as ações em todos os
níveis (estratégico, tático e operacional), permitindo a consolidação do processo de modernização e inovação
institucional.
270
Dia 23

3. CONCEITOS BÁSICOS
AÇÃO PÚBLICA

Característica própria da atividade de Polícia Ostensiva, sendo exercida visando a preservar o interesse geral da
Segurança Pública nas comunidades, em resguardo do bem comum em sua amplitude. Não deve haver confusão ou
distorção com zeladoria, atividade de vigilância particular de bens ou áreas privadas e públicas, nem com a segurança
pessoal de indivíduos sob ameaça. A atuação episódica nessas duas situações ocorre por conta das excepcionalidades e
não como regra de observância imperativa.

ATIVIDADE TÉCNICA ESPECIALIZADA

Atuação de observância plena às leis e normas específicas, com ações diferenciadas, e que, embora seja característico
do policiamento moderno, não é peculiar a este. Na estrutura atual da BM, é considerada atividade especializada, por
exemplo, o policiamento ambiental, pois lida com técnicas, táticas e normas específicas.

ATIVIDADE DE RECOBRIMENTO DE POLÍCIA

Atuação em ocorrências de maior complexidade, ou potencialmente violentas, ou que por sua dimensão ou
repercussão extravasem à capacidade de atuação do policiamento ordinário. Sustenta-se nos princípios da qualificação
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especial como condição sinequa non para a realização das tarefas.

AUTORIDADE

É toda pessoa que exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil ou policial militar, investida em
consonância com as normas legais.

É a expressão de necessária superioridade constituída por uma investidura e pelo direito de se fazer obedecer.

CADEIA DE COMANDO

É o conjunto de escalões e canais de comando, por meio dos quais as ações de comando são exercidas verticalmente,
nos sentidos ascendente e descendente.

É característica das instituições que têm por base institucional a hierarquia e a disciplina e uma organização
verticalizada, desdobrando-se, a partir de sua cúpula, em escalões sucessivos de responsabilidade para o cumprimento
da missão. A cada escalão corresponde um comandante, que é o responsável, perante o comandante superior, pelo
planejamento e emprego de suas forças, sob todos os aspectos.

O sucesso das ações e operações policiais depende da obediência à Cadeia de Comando, que em princípio não deve
ser violada ou distorcida.

A violação da Cadeia de Comando usurpa as prerrogativas do Comandante intermediário não considerado e anula
sua autoridade legal, sem uma correspondente supressão de sua responsabilidade. Se a violação é necessária,

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Dia 23

imediatamente após, na primeira oportunidade, a cadeia de comando deverá ser regenerada por aquele que a violou, seja
no sentido ascendente ou descendente.

CANAL DE COMANDO

É o caminho por onde fluem, no sentido descendente, as ordens e orientações do comandante superior e, no sentido
ascendente, as respostas e informações dos subordinados.

COMANDO

É o conjunto de ações desenvolvidas pelo Comandante e seus assessores (Estado- Maior), visando unicamente a
atingir os objetivos da organização.

COMANDANTE

Comandante é o policial militar que planeja, organiza, dirige, coordena e controla o emprego de suas forças, em
razão de seu posto ou função, ou em decorrência de lei ou regulamento e, como tal, é o único responsável pelas decisões.

O Comandante de uma Região, OPM ou Fração Policial Militar será sempre o de maior posto ou graduação ou o
mais antigo, em exercício permanente de função na conurbação, localidade ou município.
MIQUELI
O Comandante tem atribuições específicas, devido SOARES
ao caráter particular de sua responsabilidade, gerindo os interesses
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do Comando-Geral, comprometendo-se com o resultado da atividade em conjunto, sendo responsável direto sobre os
objetivos da Corporação.

O Comandante exercerá o comando operacional nas operações policiais militares, conjuntas ou emergenciais,
evitando a interferência direta na execução das atividades técnicas ou especializadas do Comando Regional, OPM ou
Fração que comanda.

COMANDO OPERACIONAL

Grau de autoridade que encerra atribuições para compor forças subordinadas, designar missões e objetivos e exercer
a direção necessária à condução das operações policiais militares.

CONTROLE

É o acompanhamento das atividades da Corporação por todos os que exercem comando, chefia ou direção, de forma
a assegurar o recebimento, a compreensão e o cumprimento das decisões do escalão superior, pelo órgão considerado,
possibilitando, ainda, identificar e corrigir desvios. Pode ser: Controle direto e o Controle indireto.

O Controle direto (imediato) é realizado por meio do acompanhamento em paralelo com a execução das atividades.

O Controle indireto (mediato) é realizado por meio da análise de relatórios, mapas, estatísticas criminais, rotinas dos
sistemas informatizados, planos e ordens e outros documentos produzidos pela Unidade.

Também pode ocorrer o Controle interno e o Controle externo.

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Dia 23

O Controle interno é aquele que se desenvolve no interior de uma organização, por meio da fiscalização ou
acompanhamento organizado das atividades que executa, por meio de órgãos ou pessoas da própria classe ou categoria.
Ele tem em vista estabelecer, aprimorar e assegurar a qualidade da prestação de serviços da empresa, colocando-a em
níveis reconhecidamente satisfatórios perante seu cliente.

O Controle interno, além de ter por finalidade acompanhar a execução dos planos e ordens, bem como avaliar os
resultados obtidos, visa ainda a criar condições necessárias para garantir a eficácia do controle externo. Como se vê, o
controle interno está intimamente ligado ao controle externo.

CONTROLE CIENTÍFICO DA POLÍCIA

É a conjugação de elementos estáticos (indicadores) a elementos dinâmicos (reuniões de avaliação), caracterizando


uma gestão policial e permitindo o desenvolvimento de gestão do conhecimento policial.

ESCALÃO DE COMANDO

São os diferentes níveis de comando que compõem a Corporação, organizados em estrutura vertical (ou hierárquica).

FISCALIZAÇÃO

É a atividade dinâmica de observação e inspeção exercida,


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direção ou comando. miqueli.xs@gmail.com

GESTÃO POLICIAL

Gestão policial é o ato de coordenar e controlar a realização de uma atividade de policiamento, por meio de
informações oriundas de análise sobre o comportamento operacional de um ou mais OPM operacionais, e o processo
decisório no sentido de manter ou aprimorar a combinação de recursos logísticos e de pessoal, para a atividade-fim de
Polícia Militar.

INFRAÇÃO PENAL

É a violação das regras do Direito Penal Material (crime ou contravenção), contidas no Código Penal, Lei das
Contravenções Penais ou outras normas penais vigentes.

LIGAÇÃO HORIZONTAL

É o entendimento harmônico entre policiais militares, independentemente dos níveis hierárquicos a que pertençam,
a fim de prover solução a problemas que não dependem de interferência do escalão superior. Está bastante associada à
noção de sistema operacional.

É uma relação interpessoal, normalmente informal, objetivando evitar a dispersão de esforços, por meio de
cooperação e entrosamento.

OPERAÇÃO POLICIAL MILITAR

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Dia 23

É o concerto de ações, executado por um grupo coordenado de policiais, que exige planejamento e missão específica.

Pode ter caráter estratégico, tático ou operacional, administrativo ou de treinamento a ser implementado por
Comandos Intermediários (Regionais), Unidades (OPM), Subunidades ou outras frações isoladas ou em conjunto.

Pode envolver ainda ações combinadas de força policial militar, conjugadas com outras forças policiais ou policiais
militares, para o cumprimento de missões específicas, com a participação eventual de órgãos de apoio da Corporação e
de órgãos integrantes do sistema de Segurança Pública.

Exige alto nível de coordenação e de controle. O escalão superior deve ser informado frequentemente do andamento
das operações. Os Comandos Intermediários (Regionais) e Unidades (OPM), vizinhos à área de operações, devem ser
orientados no sentido de permanecerem atentos para emprego até o final da operação.

META

É o produto da delimitação no tempo, de um objetivo que se quer alcançar, relacionado ao desempenho do


policiamento, desde que tal delimitação esteja fundada em informações baseadas em um conhecimento estatístico, ou
que resulte de cálculo matemático realizado com uso de sistema de gerenciamento de informações.

ORIENTAÇÃO OPERACIONAL
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Conjunto de ordenações baixadas pelos Comandos Operacionais, visando assegurar a coordenação do planejamento
e da execução do Policiamento Ostensivo e da atividade técnica, pelos OPM subordinados. Pode se dar sob a forma de
memorando, planos, ofícios, etc.

PESQUISA “PRÉ” E “PÓS” ATENDIMENTO

Instrumento de avaliação do grau de satisfação da comunidade no campo da Segurança Pública, bem como a aferição
da qualidade dos serviços prestados pela Corporação, segundo a ótica do cliente. Visa, além dos objetivos institucionais,
ao fornecimento de dados necessários à melhoria da qualidade de vida do cidadão.

SEGURANÇA PÚBLICA/DEFESA SOCIAL

É o conjunto de ações desenvolvidas por órgãos, autoridades e agentes públicos, cuja finalidade exclusiva ou parcial
seja a proteção e o socorro públicos, por meio de prevenção ou repressão de ilícitos penais ou infrações administrativas.
A Segurança Pública/Defesa Social visa, antes de tudo, a atingir um rol de soluções que levem à harmonia social. A
Segurança Pública/Defesa Social consiste, então, num conjunto de ações tomadas para proteger os cidadãos contra riscos
decorrentes da própria sociedade. A Segurança Pública/Defesa Social é exercida pelos poderes constituídos, instituições,
órgãos e entidades públicos ou privados, que tenham por fim proteger o cidadão e a sociedade, por meio de mecanismos
que assegurem a ordem pública.

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Dia 23

4. PROPÓSITOS E ORIENTAÇÕES DE PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA EMPREGO DA


BRIGADA MILITAR

4.1. PREVALÊNCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E DA DIGNIDADE DA PESSOA

A dignidade da pessoa humana é um significado espiritual e moral e se externa por meio da capacidade de
autodeterminação consciente da própria vida. Constitui-se por um mínimo invulnerável juridicamente protegido que são
os direitos de personalidade.

Estes direitos integram um cerne de valores intrínsecos intimamente relacionados, como o direito à vida, à integridade
física e moral, à autodeterminação, à educação, à honra, à intimidade, à própria imagem, e às liberdades de circulação,
de reunião, de associação, de propriedade, de trabalho, de manifestação do pensamento, de crença e direitos e, por fim,
a uma existência materialmente digna.

O estado democrático de direito, por sua vez, tem por base maior o princípio da dignidade da pessoa humana. Daí
elevarem-se todos os direitos diretamente relacionados a prover o indivíduo das condições necessárias à plena satisfação
deste princípio.

A dignidade da pessoa humana pode ser entendida como um valor supremo, intrínseco, conferido ao ser humano
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pelo simples condição de ser “humano”, independentemente da raça, cor, sexo, religião, origem social ou econômica, o
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que o distingue das demais criaturas.

A dignidade é irrenunciável, inalienável, inerente à própria natureza do ser humano, apenas se perdendo com a
extinção da própria vida. Por se tratar de um valor inerente à pessoa, a dignidade impõe a todos, até mesmo e
principalmente ao Estado, o respeito aos direitos fundamentais, tais como a vida, a liberdade, a honra, a imagem, a
intimidade, a segurança, dentre outros que dela decorrem.

A Brigada Militar, no exercício da Polícia Ostensiva em todas as suas variáveis, deve sobrelevar pela garantia dos
direitos fundamentais e promoção dos direitos humanos.

4.2. ACEPÇÃO DE LEGALIDADE E LEGITIMIDADE

A ação dos policiais militares, no exercício de Polícia Ostensiva em suas diversas configurações, serviços e
oportunidades, devem desenvolver-se dentro dos estritos limites legais. Conforme dispõem as teorias do direito
administrativo, o exercício do Poder de Polícia é discricionário, mas não é arbitrário. Seus parâmetros são definidos em
lei.

A estrita observância aos limites legais, conjugada à observância das necessidades e anseios da população, asseguram
a legitimidade das ações policiais, propiciando assim, um ambiente de convivência harmoniosa, pacífica, de respeito e
credibilidade.

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Dia 23

O senso de legalidade não pode estar desconexo do senso comum da ordem pública, isto é, dos valores cultuados
pela comunidade como essenciais à sua harmonia, do anseio coletivo de preservar certos costumes, certas condicionantes
de convivência ou situações ou fatos que, se alterados por alguém, possam afetar a moral e a ética social.

O cidadão, sem distinções, tem assegurados os seus direitos e garantias fundamentais, sendo invioláveis o direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos constitucionais. O agente público, policial militar,
que tem a missão de garantir o exercício desses direitos, não pode, consequentemente, ignorá-los ou violá-los. Mesmo
àquele cidadão acusado ou apanhado em ilicitude deve ser assegurado o respeito à sua dignidade e integridade física,
em respeito à sua condição humana. O uso da força na atividade policial, quando necessário, deve ser legítimo e
proporcional à condição demonstrada pela pessoa abordada, observando-se ainda os demais princípios básicos do

uso da força.

A noção de legalidade é um juízo de valor que deve orientar a conduta de todo e qualquer profissional de Segurança
Pública. Deve ordenar todos os seus atos, deve inspirar suas ações, qualquer que seja a atividade a desenvolver.

A BM, em sua valorosa trajetória de serviços prestados à comunidade, atuando sempre com a observância da
legalidade e legitimidade, definiu como concepção em sua estrutura operativa - doutrinária o expurgo de práticas
violentas e arbitrárias. MIQUELI SOARES
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Deve haver a completa consciência em diferenciar o uso da violência (atitude incorreta) do uso legítimo da força.
Esta postura se consolida com a difusão da doutrina de Direitos Humanos, de forma transversal e sem exceções, em
todas as atividades educacionais, seja na formação, no aperfeiçoamento continuado ou no treinamento de práticas
operacionais.

Assim, deve estar sempre explícito a todos os policiais militares que o uso da força é uma ferramenta de trabalho da
polícia. Conhecer as leis que estipulam o seu uso, bem como as várias circunstâncias e intensidades disponíveis do uso
da força, é uma necessidade. Observar-se-á o uso diferenciado da força.

Interpreta-se por uso diferenciado da força, o resultado escalonado das possibilidades da ação policial, diante de uma
potencial ameaça a ser controlada. Essas variantes de níveis podem ser entendidas desde a simples presença e postura
correta do policial militar (devidamente fardado, armado e equipado) em uma ação de intervenção, bem como o emprego
de recurso de menor potencial ofensivo e, em casos extremos, o disparo de armas de fogo.

O emprego de todos os níveis de força nem sempre será necessário em uma intervenção. Na maioria das vezes,
bastará uma verbalização adequada para que o policial assuma o controle da situação. Por outro lado, haverá cenários
em que devido à gravidade da ameaça, o uso de força potencialmente letal deverá ser imediato. É fundamental que o
policial mantenha-se atento quanto às mudanças dos níveis de resistência do abordado para que selecione corretamente
o nível de força a ser empregado.

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A decisão entre as opções de força se baseará na avaliação de riscos e é importante considerar a importância da
formação e do treinamento de cada policial. Dessa maneira, o policial observará uma classificação dos níveis para o uso
diferenciado da força.

O modelo do uso diferenciado da força é um recurso visual, destinado a auxiliar no seu conceito, no planejamento,
treinamento e na comunicação dos critérios sobre o uso de força. O seu uso aumenta a confiança e a competência do
policial, na organização e na mensuração das respostas práticas adequadas.

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Figura 1: Modelo do uso diferenciado da força.

O modelo colocado é um diagrama dividido em quatro níveis que representam a possibilidade comportamental do
abordado. Do lado esquerdo, tem-se a percepção do policial em relação à atitude do abordado, e, do lado direito,
encontram-se os correspondentes níveis diferenciados de resposta. Cada nível representa uma intensidade de força que
possibilitará um adequado controle.

A seta dupla centralizada (ascendente e descendente) indica o processo dinâmico de avaliação e seleção das opções
bem como reforça o conceito de que o emprego da verbalização deve sempre ocorrer em todos os níveis. De acordo com
a atitude do abordado haverá uma resposta policial, no respectivo degrau.

O uso da força depende da compreensão das relações de causa e efeito entre as atitudes do abordado e as respostas
do policial. Isto ajudará em uma avaliação prática e tomada de decisão pelo nível mais adequado de força. Questões
específicas acerca do uso da força serão tratadas em doutrina operacional à parte.

4.3. Mobilização e Participação Social

A Mobilização Social é um processo educacional que promove a participação (empowerment) de muitas e diferentes
pessoas (difusão) em torno de um objetivo comum (convergência).
277
Dia 23

É a participação em parceria da comunidade, empresas, governos e organizações sociais para a erradicação ou


diminuição de um problema social: a fome, a pobreza, o dano ambiental, o desperdício de energia, a Segurança Pública,
etc.

Mobilizar pessoas não é uma tarefa fácil. Contudo, mais difícil é implementar uma mudança de hábitos. Um exemplo
típico é a campanha do disque-denúncia, em que a propaganda difundida pede que o cidadão denuncie qualquer ação
criminosa. A eficácia dessa campanha está calcada em seus números mostrarem a força da mobilização social e
apontarem para uma crescente utilização do serviço. Ou seja, o processo de mobilização para uma causa de longo prazo
é constante, o que se perfila com as características da Segurança Pública.

O princípio norteador para iniciar-se a mobilização é a conscientização. Conscientizar a comunidade de que aquela
atividade desenvolvida pela BM contribui para a segurança e proteção do cidadão, para preservar a ordem pública, para
garantir os seus direitos e para melhorar sua qualidade de vida. Mostrando, assim, que ações cooperadas, provocam
maiores, melhores e eficazes resultados. Todo processo de mobilização deve ser pautado pelo alcance de objetivos de
longo prazo e pela construção de uma visão, um projeto de futuro.

A moderna concepção de Segurança Pública, inclusa no conceito de Defesa Social, reforça que não é tarefa apenas
das instituições do poder público discutir os problemas de criminalidade e de Segurança Pública. Assim, no tocante à
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participação social, fica clara a necessidade miqueli.xs@gmail.com
do estabelecimento de novas formas de gestão, mediante a criação de
mecanismos e ferramentas que viabilizem a cooperação, a negociação e a busca do consenso. Propõe-se uma mudança
de foco capaz de ampliar as condições de eficácia da Polícia.

Cabe também à sociedade civil organizada a participação nas discussões e na perseguição de soluções atinentes ao
controle da criminalidade e redução dos índices de violência.

A práxis tem mostrado que a participação social na Segurança Pública é uma das experiências mais inovadoras, e
condicionante para o sucesso das ações, superando a histórico distanciamento entre as organizações de Segurança
Pública/Defesa Social e a comunidade.

4.4. MANDATO POLICIAL

A semelhança entre problemas que a polícia enfrenta talvez seja o poduto de que, embora os cenários sócio-culturais
sejam muito distintos nas diversas localidades, a função das polícias é essencialmente a mesma. Aponta-se dois aspectos
centrais no Sistema de Segurança Pública: o primeiro diz respeito às atividades de ordem, e o segundo ao aspecto
simbólico da justiça.

A manutenção da ordem se dá mediante a presença visível do estado e não se dedica, necessariamente, à repressão
aos delitos criminais, o que constitui pequena porção do que é efetivamente realizado pela Polícia Ostensiva, mais as
atividades de pacificação,

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mediações de conflitos, inclusive em âmbitos domésticos, patrulhamento e atividades assistenciais, de proteção e


socorro comunitários.

A presença simbólica da justiça, por outro lado, remete à atividade repressiva imediata, com vistas à aplicação da
lei, e à certeza de punição quando normas sociais são violadas. Trata-se de atividade que requer grande apego à
legislação e aos procedimentos da legislação penal, ao passo que o Policiamento Ostensivo refere-se mais ao contexto
da “ordem social” difusamente e vagamente entendido pelas pessoas em seu dia a dia.

O mandato autorizativo e comunitário da polícia é o uso da força. O conceito de polícia corresponde à proposta de
que a polícia, e apenas a polícia, está equipada (armada e treinada), autorizada (respaldo legal e consentimento social)
e é necessária para lidar com toda exigência (qualquer situação de perturbação da paz social) em que possa ter que ser
usada a força para coibí-la. Ele reconstitui a integralidade do trabalho policial dando conta de duas dimensões empíricas:
o que se espera que a polícia faça e o que ela de fato faz. Identifica o uso da força como o atributo comum que articula
as aspirações sociais em tudo que a polícia é demandada a fazer e o conteúdo substantivo de tudo que a polícia faz.
Estabelece, assim, a plenitude do mandato policial, definindo conceitualmente o que a polícia é.

Isso revela porque a polícia pode atender a emergências, respaldar a lei, sustentar a ordem pública, preservar a paz
social, ou desempenhar quaisquer outras funções sociais. Esclarece porque as polícias executam as mais diversas formas
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ou parâmetros de policiamento. Enfim, explicamiqueli.xs@gmail.com
que a polícia seja chamada a atuar, e atue, em todos os cenários em que
a força possa ser útil.

Para Muniz e Proença Jr. (2006), a solução policial se dirige a cenários, conflitos, atos e atitudes. Seria uma resposta
à sua existência e aos seus efeitos, posto que os processos sociais que os resultam estão aquém do lugar de polícia e
além do seu alcance instrumental. A solução policial estaria limitada pela legalidade e legitimidade que definem o lugar
de polícia. Isso, ao seu turno, determina as opções admissíveis quando a polícia usa de força, exigindo, moderando,
modificando ou proibindo determinadas escolhas ou alternativas táticas, de maneira que as possibilidades de obediência
que a polícia pode impor sejam pacíficas. A polícia atua com estas regras de enfrentamento, estipuladas para assegurar
que os meios não atentem contra os fins, espelhando o contrato social de uma comunidade política, sob o Império da
Lei. Porque a solução policial resulta de uma escolha pacífica de obediência sob consentimento social, ela admite
revisão, emenda ou reversão política, legal ou judiciária.

Prosseguem, reafirmando que as instâncias e dinâmicas de discricionariedade permitem compreender como o


mandato policial, potencialmente amplo e tão disperso, reduz-se a termos concretos mais limitados e restritos.

4.5. ENFOQUE NA AÇÃO PREVENTIVA

O emprego das frações deve obedecer a um ponderado planejamento, elaborado em bases fáticas, que atente para as
informações pertinentes à defesa pública e que permita a alocação de recursos humanos e materiais com base nas
informações gerenciais da Segurança Pública, resultados em conformidade com o diagrama a seguir:

279
Dia 23

Figura 2: Modelo básico de geoprocessamento da incidência criminal e da violência.

MIQUELI SOARES
O patrulhamento preventivo, resultante de planejamento cuidadoso, com escolha de itinerários e locais de ponto base
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(PB) definidos com critérios científicos, por meio da análise das informações espaciais e temporais, inibe a oportunidade
delitiva, bloqueando o ciclo da violência. Note o diagrama abaixo:

Figura 3: Distribuição no espaço e contextualização de oportunidades para a ação criminosa - teoria das
oportunidades.

Note que se não for possível a ação direta sobre a vontade do agente, a BM deve dificultar a oportunidade de ação
do delinquente, dando importância à ação preventiva. Para tanto, os policiais militares procurarão usar o modelo que
280
Dia 23

lida com a distribuição espacial e com cenários de oportunidades para a ação criminosa - teoria das oportunidades (ou
das atividades rotineiras), inserida no diagrama anteriormente mostrado.

A motivação para o crime pode ser vista como resultado de um contexto imediato de ação, e estar guiada para tipos
específicos de atos criminais.

Os fatos sociais, econômicos, políticos e culturais podem predeterminar alguns indivíduos ao crime. Tais fatores são
apenas um dos elementos na definição do cenário da atividade criminosa.

Os outros fatores têm a ver com a disponibilidade de alvos para ação criminosa, bem como a ausência de mecanismos
de controle e vigilância.

Nesse sentido, crimes requerem um ofensor motivado, ausência de vigilância eficiente e alvos disponíveis.

Portanto, se um desses elementos for retirado, pode-se evitar a ação criminosa pelo simples desequilíbrio da “situação
ideal”, nos termos do “Princípio do Menor Esforço”, cujo cerne pressupõe que qualquer indivíduo em sua rotina irá
procurar o caminho mais curto, o menor tempo possível, pela forma mais simples, para se alcançar determinado objetivo.
Ou seja, o infrator, disposto a cometer um crime, irá selecionar a sua vítima de forma que estes pressupostos sejam
preenchidos, o que seria a seleção do “alvo óbvio”.
MIQUELI SOARES
Assim, o cenário socioeconômico macroestrutural torna possível o dispor de alvos, como o agastamento de
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mecanismos de controle e vigilância, além de ser fator determinante das motivações e pressupostos à delinquência em
determinados contingentes de uma população.

Desse modo, uma análise sociológica do crime deverá considerar esses indícios de lugares e grupos, ao invés de
focalizar apenas nas características individuais ou de grupos sociais.

A presença ostensiva, correta e vigilante do policial militar nos hotspots de criminalidade inibe a ação delitiva. A
ação de presença da BM reduz os riscos e calca a confiança no seio da comunidade.

4.6. PATRULHAMENTO FOCADO

Não se trata aqui de simplesmente guiar comportamentos, mas de traçar orientações estratégicas em nível lato. O
patrulhamento focado desenvolve-se antes da eclosão delitiva, consistindo em ação dinâmica de observação, vigilância,
reconhecimento de pontos críticos, proteção aos ambientes passíveis de atuação criminosa, combate a práticas
contravencionais e incursão em locais de homizio de criminosos de alta periculosidade, antecipando-os. Far-se-á o
patrulhamento em velocidade compatível e com sinalização

identificadora ligada, a partir dos mapas criminais geoprocessados, ou quando em patrulhamento preventivo,
observando-se o binômio do patrulhamento motorizado que são, baixa velocidade e atitude expectante dos componentes
da guarnição.

281
Dia 23

4.7. POLÍCIA COMUNITÁRIA

A filosofia de Polícia Comunitária estimula a participação do cidadão em decisões sobre prevenção criminal e ao
policiamento, bem como, o engajamento de outras agências de serviço para prover maior impacto nos problemas de
segurança. Poder de decisão, criatividade e inovação são atitudes que devem ser estimuladas em todos os níveis da
estrutura policial. É uma estratégia que ressuscita a abordagem do policiamento pela solução de problemas. A meta da
solução de problemas é destacar a participação da comunidade por meio de análises, discussões e atitudes para reduzir
as taxas de ocorrências e o medo do crime.

O Policiamento Comunitário estimula a prestação de contas, pesquisas e estratégias entre as lideranças e os


executores, a comunidade e outros organismos públicos e privados. Isso requer técnicas inovadoras de solução de
problemas de modo a lidar com as variadas necessidades do cidadão. Estabelecer e reafirmar confiança mútua é o núcleo
da parceria com a comunidade. A polícia precisa da cooperação das pessoas na luta contra o crime; os cidadãos precisam
se comunicar com a polícia para transmitir informações relevantes.

Enquanto filosofia e estratégia organizacional, conforme definido em diretriz própria, a Polícia Comunitária deve
permear todos os níveis decisórios e atividades operacionais da BM, no sentido de possibilitar e criar condições para
que haja maior aproximação com a comunidade, obtendo assim, legitimidade, cooperação, parceria e reconhecimento.
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Para maiores esclarecimentos sobre o assunto deverá ser consultada a Diretriz de Polícia Comunitária, recentemente
revisada.

4.8. COMPROMISSO COM OS RESULTADOS

A missão institucional da Brigada Militar é também responsabilidade individual de cada integrante da Corporação.

Todo policial militar, em qualquer nível, precisa estar comprometido com os resultados. Mais do que uma
responsabilidade, tal compromisso deve ser assumido por todos, quaisquer que seja o seu grau hierárquico. Significa
que a missão só será considerada cumprida se os resultados propostos forem alcançados. Este compromisso individual
deve ser gravado pelo senso do dever cumprido, cujo sucesso da missão dependerá da abnegação e participação solidária
de cada membro da equipe.

O senso da missão compartilhada norteará os caminhos da Corporação na busca da longevidade institucional,


partindo do princípio de que todos, do Soldado ao Coronel, são responsáveis pelo êxito das atividades operacionais.

O que conta é a existência de um procedimento pactual definindo os direitos e as obrigações de resultados. A


prioridade é a capacidade de responder rapidamente aos usuários. Trata-se de um núcleo de responsabilidade coerente
e centrado em torno da missão institucional e de um profissionalismo uniforme, mais relacionado à prestação de serviços.

4.9. AUTORIDADE POLICIAL MILITAR

282
Dia 23

O policial militar, no exercício de suas funções constitucionais, individualmente ou não, é Autoridade Policial
Militar. Essa autoridade decorre do binômio poder/dever do exercício das atividades da Polícia Ostensiva. Assim, a
autoridade de um policial militar, em qualquer nível, implica direitos e responsabilidades.

Conforme afiança Lazzarini (2009), “o policial militar é um agente público, ou seja, é a pessoa física incumbida de
concretizar o dever do Estado de dar Segurança Pública, para preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e
do patrimônio, como previsto no artigo 144, caput, da Constituição da República.”

Assim, o policial militar que reportar uma ocorrência, proceder uma busca pessoal, desviar o trânsito de uma via,
autuar um infrator do trânsito ou efetuar uma prisão, estará no pleno exercício de uma competência que lhe é atribuída
por lei.

A autoridade do policial militar, que legitima a sua ação, decorre de sua investidura no cargo ou função para o qual
foi designado. O munus público do qual o policial militar é investido deve ser usado como atributo do cargo e não como
privilégio de quem o exerce. É esse poder que empresta AUTORIDADE ao agente público.

Ainda conforme Lazzarini (2009),

“O policial militar [...] encarna a autoridade do Estado, conforme temos sustentado, com base na
MIQUELI
doutrina e na jurisprudência do SOARES
Supremo Tribunal Federal. O policial militar, com efeito,
miqueli.xs@gmail.com
enquadrando-se na espécie de agente administrativo do gênero agente público, dentro da sua
investidura legal de oficial ou praça, tem a correspondente autoridade pública para fazer o Estado
vencer as resistências daquelas pessoas, físicas ou jurídicas, que não atendam os atos de Governo ou
da Administração Pública, lembrando-se que tais atos sempre se presumem legítimos e, portanto, são
de atendimento imperativo aos seus destinatários.

O policial militar, exercendo o Poder de Polícia, concretiza em ato o verdadeiro Poder Público,
removendo, com medidas quase sempre coercitivas, os obstáculos impostos pelos destinatários dos atos
do Governo ou da Administração Pública.”

4.10. RESPONSABILIDADE TERRITORIAL E MISSÃO INSTITUCIONAL

Em determinadas localidades pode haver dificuldade para a atuação plena quanto à responsabilidade territorial. No
entanto, é importante ressaltar que por esse princípio de responsabilidade territorial, combinado com o da universalidade,
os Comandantes, em todos os níveis, são responsáveis por todo e qualquer tipo de ocorrência da competência da Brigada
Militar, em sua circunscrição, competindo-lhes a iniciativa de todas providências legais e regulamentares para ajustar
os meios que a Corporação dispõe ao cumprimento de suas atribuições constitucionais.

Assim, nas localidades em que não houver frações específicas para as atividades de polícia de proteção e conservação
do meio ambiente ou de trânsito rodoviário, os Comandantes deverão prover ao seu pessoal treinamento peculiar e ter
planejamento e medidas próprias para atuar face a ocorrências dessa natureza.

283
Dia 23

O importante é que o princípio da universalidade não seja apenas usado aleatória e improvisadamente, mas seja
previsto em planejamento de cada OPM. Portanto, é necessário que o Comandante de cada localidade esteja
permanentemente informado sobre eventos específicos das atividades da BM.

4.11. ELABORAÇÃO DAS INTERVENÇÕES POLICIAIS

Não se admite a ação de uma fração da BM ou de um policial militar isolado que não siga a um planejamento
oportuno e, via de regra, escrito. Nos casos simples ou de urgência, poderá ser verbal ou mental.

No planejamento para o emprego da tropa serão considerados os fatores intervenientes básicos, quais sejam:

a) Fatores determinantes: tipicidade, gravidade e incidência de ocorrências policiais militares, presumíveis ou


existentes;

b) Fatores componentes: custos; espaços a cobrir; mobilidade, possibilidade de contato direto, objetivando o
conhecimento do local de atuação e relacionamento; autonomia; facilidade de supervisão e coordenação;
flexibilidade; proteção ao PM;

c) Fatores condicionantes: local de atuação; características físicas e psicossociais; clima; dia da semana; horário;
disponibilidade de meios.
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Os Comandantes dos diversos níveis deverão ter sempre um acompanhamento permanente da situação de Segurança
Pública das respectivas circunscrições, analisando-a devidamente e planejando medidas táticas (como lançar o efetivo)
e técnicas (formas de agir), que atendam, com qualidade e oportunidade, às necessidades locais.

Em qualquer ação policial militar, o homem deverá estar bem instruído, utilizar adequadamente os recursos
disponíveis, em especial no tocante a armamento e equipamento, e receber ordens claras que devem ser resumidas em
documentos pertinentes.

Competirá a cada Comandante exigir que os comandos subordinados ajam de forma ordenada, obedecendo a
planejamento prévio que vise, de forma inteligente, antecipar-se aos problemas locais e permitir soluções adequadas,
aceitas e exequíveis, evitando desgastes desnecessários de recursos humanos ou materiais.

Quando o policial militar age individualmente, em casos supervenientes ou emergentes, se lhe exige o planejamento
mental, nunca prevalecendo o instinto. O planejamento mental deve ser exercitado constantemente, à luz criativa,
capacitando o policial militar a solucionar, com presteza e acerto, qualquer ocorrência, face às suas reiteradas atuações,
em casos variados, ao longo de sua carreira.

4.12. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

A estratégia organizacional representa a maneira pela qual a Instituição se comporta frente ao ambiente que a circunda,
procurando aproveitar as oportunidades potenciais do ambiente e neutralizar as ameaças potenciais que rondam as suas
atividades. É uma questão de saber ajustar-se às situações.

284
Dia 23

Geralmente, ela envolve os seguintes aspectos fundamentais:

a) É definida pelo nível institucional da organização, quase sempre por meio da ampla participação de
todos os demais níveis e negociação quanto aos interesses e objetivos envolvidos;

b) É projetada para o longo prazo e define o futuro e o destino da organização. Neste sentido, ela atende à
missão, focaliza a visão organizacional e enfatiza os objetivos organizacionais;

c) Envolve a Corporação como uma totalidade para obtenção de efeitos de coesão. Isto significa que a
estratégia é um mutirão de esforços convergentes, coordenados e integrados para proporcionar
resultados alavancados;

d) É um mecanismo de aprendizagem organizacional por meio do qual a empresa aprende com a


reavaliação decorrente dos erros e acertos nas suas decisões e ações globais. Obviamente, não é a
organização que aprende, mas as pessoas que dela participam e que utilizam seu próprio arcabouço.

O planejamento estratégico pode focalizar a estabilidade no sentido de assegurar a perenidade do comportamento atual
em um ambiente previsível e estável. Também pode focar a melhoria do comportamento para assegurar a reação
adequada a frequentes mudanças em um ambiente mais dinâmico e incerto.
MIQUELI SOARES
Pode ainda focar as contingências no sentidomiqueli.xs@gmail.com
de antecipar-se a eventos que podem ocorrer no futuro e identificar as
ações apropriadas para quando eles eventualmente vierem a ocorrer.

Esse último, chamado Planejamento Prospectivo (ou Ofensivo), é o que mais se adequa aos cenários da BM, por estar
voltado para as contingências e para o futuro da Corporação. As decisões são tomadas visando compatibilizar os
diferentes interesses intrínsecos por meio de uma composição capaz de levar a resultados para o desenvolvimento natural
da instituição e adaptá-la às contingências que surgem no meio do caminho.

O planejamento prospectivo é o contrário do planejamento retrospectivo, que procura a eliminação das deficiências
detectadas no passado da organização. Sua base é a adesão ao futuro, no sentido de ajustar-se às novas demandas
ambientais e preparar-se para futuras contingências.

Em todos os casos, o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se de decidir agora o que fazer,
antes que ocorra a demanda. Não se trata da previsão das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas da tomada
de decisões que produzirão efeitos e consequências futuras.

A gestão pública moderna impõe alguns desafios, que somente serão vencidos a partir da adoção de um planejamento
prospectivo que contemple:

a) A capacidade de conquistar e fidelizar clientes;

b) A necessidade de diferenciar produtos e serviços;

c) A necessidade de fixar objetivos e atingir resultados.

285
Dia 23

Para bem cumprir as suas atribuições legais, os responsáveis pelo planejamento devem priorizar a observância dos
princípios básicos a seguir:

a) Integralidade - conjunto de ações que devem ser desenvolvidas em quatro âmbitos: policial proativo, sócio-
comunitário, legislativo-judicial e informações. Os quatro âmbitos emergem da necessidade de harmonizar e
aprofundar os efeitos dos diversos fatores que intervêm no fenômeno da insegurança das pessoas;

b) Coerência – dar consistência e adequar-se às exigências de administrar os recursos públicos de forma efetiva;

c) Sistematicidade - as ações devem ser perenes e sujeitas à avaliação constante;

d) Simultaneidade - a complexidade do problema e suas manifestações demandam uma ação coordenada e ao


mesmo tempo em diversos planos e setores;

e) Foco - é fundamental a concentração de esforços preventivos, atendendo a variáveis sócio-espaciais, em curto e


médio prazos;

f) Participação comunitária – promoção do envolvimento dos cidadãos a fim de que assumam, responsavelmente,
a necessária quota de contribuição a esta tarefa comum;

g) Ênfase na prevenção social - a preservação da segurança


MIQUELI SOAREScoletiva não se esgota com medidas repressivas, mas
pelo contrário, deve haver concentraçãomiqueli.xs@gmail.com
dos esforços para evitar o cometimento dos delitos - prevenção como
investimento social.

O esquema a seguir ilustra os princípios descritos:

Figura 4: Princípios básicos do planejamento operacional.

De suma importância para o alcance da eficiência na atividade fim é o uso do planejamento estratégico também na
atividade meio, principalmente na execução orçamentária e financeira. Considerando que os recursos, oriundos de fontes
diversas, são alocados dentro de um prazo de execução (anual, prazo de execução de plano de trabalho de convênios,
286
Dia 23

etc.), evitando perdas e desperdícios, as Unidades Executoras do orçamento devem fazer um planejamento estratégico
padrão, para o emprego dos créditos orçamentários e recursos financeiros disponibilizados anualmente.

O referido planejamento deve contemplar informações básicas que as Unidades devem fornecer a respeito da estimativa
de gasto com custeio e investimentos. Tal medida serviria como mensuração para indicadores de desempenho, além de
contribuir, sistematicamente com a eficiência da atividade finalística da BM.

4.13. ATUAÇÃO PAUTADA NOS DIFERENTES CENÁRIOS

O RS apresenta cenários bastante heterogêneos quanto ao desenvolvimento social, econômico e estrutural das
regiões, conurbações e municípios, configurando-se um desafio para a prestação de serviços de Polícia Ostensiva de
forma eficiente e que atenda às demandas e realidades locais.

Como a missão da Corporação é preservar a ordem pública, e esta pode ser conceituada como "a situação de convivência
pacífica e harmoniosa da população, fundada nos princípios éticos vigentes na sociedade", cabe aos gestores da BM
procurar respeitar os costumes e o modo de vida de cada comunidade, adequando a eles suas atividades operacionais,
sem ultrapassar, entretanto, os parâmetros definidos em lei e as diretrizes do Comando-Geral.

4.14. CAPACIDADE TÉCNICA


MIQUELI SOARES
Capacidade técnica é a capacidade de conhecer e praticar bem o munus da profissão.
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Ressalta-se, preliminarmente, que a Educação Policial Militar é um processo formativo, de natureza específica e
profissionalizante, desenvolvido de forma integrada pelo ensino, treinamento, pesquisa e extensão, que permitem ao
policial militar adquirir competências que o habilite para as atividades de Polícia Ostensiva, Preservação da Ordem
Pública e Defesa Social e Territorial, alicerçadas na lei e nos valores institucionais, com foco na preservação da vida e
na garantia da paz social. As especificações relativas à educação devem ser firmemente delineadas nas Diretrizes
inerentes ao Departamento de Ensino da BM.

O treinamento deve estar integrado à vida diária do policial militar como coluna de sustentação dos conhecimentos
e das habilidades próprias da especialidade, adquiridos no período de formação, complementando conhecimentos, por
meio da praxis de novas técnicas, e mantendo o estado físico dos policiais militares em nível adequado ao trabalho.

Deve-se ter sempre em consciência que, ao mesmo tempo em que o progresso e a tecnologia inovam e contribuem
para a evolução de novas práticas antissociais, é necessário que o policial militar se mantenha sempre atualizado e
receptivo a novos ensinamentos e técnicas, pilares da evolução e eficiência de qualquer profissional.

O treinamento efetivo e a obtenção de recursos modernos constituem a base fundamental da atuação do policial
militar, devendo os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva empreender os esforços necessários para que o policial
militar tenha capacitação técnica suficiente para desempenhar, com eficiência e eficácia, as ações e operações típicas de
sua atividade.

287
Dia 23

O policial militar não deve descurar-se do seu preparo físico, empenhando-se com dedicação nos treinamentos da
Unidade e principalmente nas atividades de defesa pessoal, uso da força e armas de fogo, ocorrências de alta
complexidade, dentre outras.

O treinamento do policial militar não pode prescindir de uma boa carga horária de ensinamentos jurídicos,
sociológicos, administrativos, humanísticos, pragmáticos e finalísticos, abordando os temas mais usuais e mais
requeridos na sua atuação diuturna. Tais conhecimentos proporcionam ao policial militar convicção e segurança para
agir.

4.15. RACIONALIZAÇÃO DO EMPREGO

A racionalização do emprego de recursos humanos e materiais no policiamento é fundamental para a eficiência e


eficácia das atividades, e deve ter por base as informações gerenciais de Segurança Pública, que indiquem as zonas
quentes de criminalidade, as horas de maior incidência, locais de maior concentração demográfica e outras, conforme o
indicado anteriormente.

O emprego dos recursos só obterá pleno rendimento operacional por meio de detalhado planejamento, calcado na
associação de variáveis que atentem para a interveniência dos fatores determinantes, componentes e condicionantes
do Policiamento Ostensivo. MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Deve ser uma tarefa contínua dos Comandantes, em todos os níveis, a promoção do enxugamento da máquina
administrativa, com prioridade absoluta para a atividade-fim. A meta a ser atingida é o limite máximo de 5% do efetivo
disponível dos respectivos OPM, empregado na atividade administrativa.

Mecanismos modernos de gestão das atividades operacionais merecem estudos perenes e científicos, objetivando a
disposição do maior número possível de policiais militares nas operações, bem como o melhor aproveitamento dos
recursos materiais disponíveis.

Na função de supervisão é importantíssimo detectar vulnerabilidades em certos pontos e a saturação de recursos em


outros, apontando a necessidade de remanejo no momento oportuno, ainda dentro do mesmo turno de serviço.

4.16. QUALIDADE DOS SERVIÇOS OFERTADOS

Uma das grandes preocupações do Comando-Geral da BM é com o aprimoramento técnico-profissional dos seus
integrantes. Assim, a busca do aperfeiçoamento das técnicas de policiamento e da racionalização do emprego dos meios
deve traduzir-se na melhoria da qualidade do atendimento à comunidade.

É de fundamental importância avaliar junto ao público externo a qualidade do serviço ofertado pela BM. A satisfação
da população em relação à BM condiciona sua perenidade. Por meio desse trabalho podem-se atingir os seguintes
objetivos:

a) melhorar, por meio do conhecimento de falibilidade, a qualidade do serviço prestado;

288
Dia 23

b) atingir os resultados propostos por meio da qualificação profissional;

c) ofertar um ambiente de tranquilidade pública pelo aperfeiçoamento do desempenho operacional.

A qualidade do serviço não deve ser medida, e nem mesmo reduzida, à imaginação do que a população deseja da
instituição. É preciso perguntar ao cidadão. Portanto, pesquisas "pré" e "pós" atendimento devem ser implementadas,
visando aferir o nível de satisfação do cidadão.

Pesquisas de vitimização são instrumentos úteis à real aferição da situação da Segurança Pública junto às
comunidades. Elas permitem verificar os índices ocultos das análises estatísticas de criminalidade.

A Instituição que presta serviços exclusivos e especiais de Segurança Pública, denominada BRIGADA MILITAR,
deve se preocupar com o "produto" ofertado à Comunidade e precisa cada dia mais, enxergar-se sob a ótica do cliente,
pensando da mesma forma que ele e oferecendo a este cliente mais do que um simples registro de BO- COP ou BO-TC.
Mais do que registrar fatos e enfrentar os delitos, a Polícia Comunitária orientada por resultados zela pela qualidade de
vida da população. Aqui reside uma visão moderna conceitual de Segurança Pública: entende-se por Segurança Pública
a preocupação por qualidade de vida e dignidade humana em termos de liberdade, acesso ao mercado e oportunidades
sociais para os indivíduos que compartilham um entorno social delimitado pelo território de um país, estado ou
município. Desse modo, esse estado antidelitual configura
MIQUELIoSOARES
marco do conceito de Segurança Pública, que possibilitará
miqueli.xs@gmail.com
ao povo proteger-se contra os riscos da vida gregária.

É preciso um esforço dos Comandos para identificar, dentre os vários indicadores de qualidade na prestação do
serviço policial militar, aqueles que, por serem emergentes, devem ser praticados diuturnamente, em especial pelo
patrulheiro a pé e motorizado:

a) o atendimento imediato, que impõe ao policial militar o dever imperioso de atender, com presteza, no momento
da necessidade do cidadão que recorre à BM; é inadiável um atendimento, nem transferível a outrem. O policial
militar que primeiro tomar conhecimento de uma ocorrência deverá encaminhá-la convenientemente;

b) o erro zero, que preconiza que o policial militar deve agir sempre focado no acerto desde o início de seu
empenho numa ocorrência; que deve acertar "de primeira", pois não haverá uma segunda vez para redimir um
possível erro; é a certeza da infalibilidade do policial militar. Outros parâmetros devem ser concebidos pelo
Comando, para balizar a atuação do policial militar.

4.17. COORDENAÇÃO E CONTROLE

Coordenação e controle são atividades realizadas pelos níveis estratégico, tático e operacional da BM, com o objetivo
de permitir aos comandos, em todos os escalões, avaliar, orientar, colher informações para o aperfeiçoamento, identificar
e corrigir desvios, verificar o desenvolvimento de atividades relacionadas a recursos humanos, emprego operacional,
inteligência, logística e comunicação organizacional.

289
Dia 23

A coordenação e o controle possuem uma grande significância para as organizações policiais militares, em três
aspectos. Primeiramente quanto à hierarquia e à disciplina, cujo instrumento é utilizado para manter e recompor a cadeia
de comando, quando de seu rompimento, e para gerar o contato direto do comandante ou chefe com seus colaboradores
diretos. Em segundo lugar, estão os aspectos da atividade policial, que incluem os princípios da participação comunitária
e do respeito aos direitos fundamentais, onde a coordenação da BM e o controle social proporcionam o direcionamento
correto da atividade de policiamento. Por fim, a atividade de coordenação e controle robustece os princípios da
administração pública, entre eles a publicidade e a eficiência.

4.17.1. CONCEITOS BÁSICOS

4.17.1.1. COORDENAÇÃO

É o ato ou efeito de conciliar as atividades da Corporação, conjugando-se os esforços necessários na realização dos
seus objetivos e da missão institucional. É realizada vertical e horizontalmente em todos os níveis da estrutura
organizacional da Corporação.

4.17.1.2. CONTROLE

É o acompanhamento das atividades da Corporação, por todos os que exercem comando, chefia ou direção, de forma
a garantir o recebimento, a compreensão e MIQUELI SOARES
o cumprimento das decisões superiores, pelo órgão considerado,
miqueli.xs@gmail.com
possibilitando, ainda, identificar e corrigir desvios.

4.17.1.3. ATIVIDADE-FIM

É o conjunto de labores de execução, que visam a alcançar os objetivos da Corporação, resultantes de sua missão
institucional.

a) Atividade de linha

É o emprego diretamente relacionado ao público;

b) Atividade auxiliar

É o emprego em apoio imediato à atividade de linha (como, por exemplo, coordenadores e equipes dos Centros de
Comando e Controle e Salas de Operações, e plantões de Subseções de Processamento de Ocorrências).

4.17.1.4. ATIVIDADE-MEIO

É o conjunto de esforços de planejamento e de apoio, que permitam ou facilitem a realização da atividade-fim da


Corporação.

4.17.2. VARIÁVEIS DAS ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

4.17.2.1. FORMAS DE CONTROLE

a) Controle direto (imediato)

290
Dia 23

É realizado por meio do acompanhamento concomitante com a execução das atividades.

b) Controle indireto (mediato)

É realizado por meio da análise de relatórios, mapas, rotinas dos sistemas informatizados, planos e ordens e outros
documentos produzidos. Considerando que a administração pública deve se pautar pelos princípios da economicidade,
celeridade e da eficiência, o controle indireto deverá ser exercido cada vez mais por meio dos sistemas informatizados
disponíveis, entre eles a Intranet BM, SIGBM, MCOp, etc.

4.17.2.2. TIPOS DE CONTROLE

a) Controle interno

É exercido pela própria Instituição, por meio da fiscalização ou acompanhamento sistemático das atividades que
executa. Visa estabelecer, melhorar e assegurar a qualidade da prestação de serviços.

O controle interno, além de acompanhar a execução dos planos e ordens, bem como avaliar os resultados alcançados,
visa criar condições indispensáveis para assegurar a eficácia do controle externo.

b) Controle externo

Previsto nas constituições Federal e Estadual,MIQUELI SOARES


dentre outras normas e legislações específicas dos diversos órgãos
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encarregados do controle externo das atividades administrativas e operacionais da Corporação.

291
Dia 25

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


NOTA DE INSTRUÇÃO Nº 3.6/EMBM/202343

1. FINALIDADE

Estabelecer procedimentos referentes ao desenvolvimento do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à


Violência (PROERD).

2. BASE LEGAL

a. Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988;


b. Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, de 03 de outubro de 1989;
c. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional);
d. Lei Federal n.º 11.343, de 23 de agosto de 2006 (Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas -
SISNAD; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de
drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá
outras providências);
e. Lei Estadual n.º 10.990, de 18 de agosto de 1997 (Dispõe sobre
MIQUELI SOARESo Estatuto dos Servidores Militares da Brigada Militar
miqueli.xs@gmail.com
do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências);
f. Lei Ordinária n.º 10.991, de 18 de agosto de 1997 (Dispõe sobre a Organização Básica da Brigada Militar do Estado
e dá outras providências);
g. Lei Estadual n.º 11.444, de 18 de janeiro de 2000 (Cria a campanha estadual permanente de combate à violência nas
instituições de ensino do Estado do Rio Grande do Sul, e dá outras providências);
h. Lei Estadual n.° 13.468, de 15 de junho de 2010 (Institui o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à
Violência − PROERD no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências);
i. Lei Estadual n.° 13.707, de 06 de abril de 2011 (Institui o Sistema Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas –
SEPPED −, o Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, o Fundo Estadual sobre Drogas – FUNED − e o
Departamento Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas – DEPPAD −, vinculado à Secretaria da Justiça e dos Direitos
Humanos, e dá outras providências);
j. Lei Estadual nº 15.108, de 11 de janeiro de 2018 (Dispõe sobre o Programa “Mais Efetivo” e dá outras providências);
k. Decreto Federal n.º 5.912, de 27 de setembro de 2006 (Regulamenta a lei n.° 11.343, de 23 de agosto de 2006, que
trata das políticas públicas sobre drogas e da instituição do sistema nacional de políticas públicas sobre drogas -
SISNAD, e dá outras providências);

43
REFERÊNCIA: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME I. Última atualização: 25Mai2023 15h27. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina

292
Dia 25

l. Resolução n.° 25, de 20 de dezembro de 2002 – CONAD - DOU nº 248 (Define Parceiro Estratégico para as ações de
Prevenção Primária, no âmbito do Sistema Nacional Antidrogas – SISNAD);
m. Procedimentos Internacionais definidos pelo D.A.R.E. International.

3. EXECUÇÃO

a. Conceito: O PROERD, baseado no programa internacional D.A.R.E. (Drug Abuse Resistance Education), que no
Brasil é organizado pela Câmara Técnica Nacional, vinculada ao Conselho Nacional de Comandantes-Gerais, tem o
objetivo de ensinar habilidades para tomada de boas decisões aos estudantes da rede escolar gaúcha, para ajudá-los a
conduzir suas vidas de maneira segura e saudável, através da aplicação de todos os currículos desenvolvidos pelo
D.A.R.E. Internacional por policiais devidamente habilitados.

b. Objetivos específicos:

1) Proporcionar e solidificar ferramentas de proteção às comunidades escolares para valorização da vida,


contribuindo para uma cultura de paz e para a construção de uma sociedade mais íntegra e saudável;

2) Desenvolver habilidades de tomada de decisão segura, saudável e responsável nos alunos, através da aplicação
dos currículos D.A.R.E. Internacional; MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
3) Prevenir a criminalidade, uma vez que boa parte dos crimes são relacionados direta ou indiretamente ao uso de
drogas e à violência;

4) Fortalecer a imagem da Brigada Militar através do policiamento ostensivo preventivo nas escolas, uma vez que o
trabalho com crianças e adolescentes na comunidade desmistifica a imagem de uma polícia apenas repressora.

c. Estrutura:

1) Coordenação Estadual:

a) Conceito: órgão vinculado ao Departamento de Ensino e com subordinação ao Estado-Maior da Brigada Militar,
cujas atribuições incluem fiscalização e controle do padrão e da qualidade do desenvolvimento do programa junto ao
Centro de Treinamento Estadual e de acordo com as normas específicas da Corporação e com as especificações técnicas
previstas pelo D.A.R.E. Internacional.

b) Responsabilidades:

(1) Planejar os cursos de formação de instrutores e de mentores, as capacitações anuais de atualização curricular e o
seminário estadual;

(2) Interagir com o Estado-Maior da Brigada Militar sempre que houver necessidade de comunicações e/ou
convocações destinadas aos Comandos Regionais;

293
Dia 25

(3) Manter banco de dados atualizado com as informações da execução do programa a partir dos dados lançados
pelos Comandos Regionais;

(4) Adquirir, controlar e distribuir os materiais didáticos e de divulgação do programa aos Comandos Regionais;

(5) Expedir orientações aos Comandos Regionais no que se refere à padronização do material de divulgação do
PROERD;

(6) Divulgar em nível estadual, com suporte da Comunicação Social da Brigada Militar, os trabalhos desenvolvidos
no Estado para que sejam divulgados no site da Brigada Militar, bem como nas redes sociais institucionais;

(7) Manter contato com o Departamento de Informática a fim de adotar providências para melhoria e atualização do
SisPROERD.

2) Centro de Treinamento:

a) Conceito: órgão vinculado administrativa e operacionalmente ao Departamento de Ensino, devendo seguir as


normas e procedimentos estabelecidos pelo D.A.R.E. Internacional nº 03-01, em decorrência das responsabilidades
legais que detém por ser reconhecido como um dos centros de treinamento no Brasil.

b) Responsabilidades: MIQUELI SOARES


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(1) Executar os cursos de formação de instrutores e de mentores e, as capacitações anuais de atualização curricular
(Seminário Estadual), conforme planejamento da Coordenação Estadual e Departamento de Ensino e autorização do
Estado-Maior da Brigada Militar;

(2) Manter atualizados os materiais didáticos em conformidade com os padrões do D.A.R.E. International, bem como
das diretrizes curriculares e pedagógicas que regulam a Educação Básica Nacional;

(3) Promover e definir as alterações no material didático pedagógico a ser utilizado no programa, de acordo com as
alterações do D.A.R.E. International;

(4) Desenvolver pesquisas para serem aplicadas após o encerramento de cada currículo PROERD junto à comunidade
escolar (alunos, professores e responsáveis) para avaliação e desempenho do Programa;

(5) Analisar as informações das visitas técnicas realizadas aos instrutores do programa, para avaliação da aplicação
e fidelidade ao Programa e produzir relatório à Coordenação Estadual;

(6) Propor à Coordenação Estadual o cronograma de capacitações anuais de atualização curricular, com a
metodologia e os conteúdos a serem desenvolvidos, considerando os dados extraídos do relatório das visitas técnicas.

3) Coordenações Regionais:

a) Conceito: órgãos vinculados aos respectivos Comandos Regionais, com subordinação técnica ao Departamento
de Ensino/Coordenação Estadual do PROERD e subordinação operacional ao Estado-Maior da Brigada Militar.

294
Dia 25

b) Responsabilidades:

(1) Determinar a inserção de dados do programa no SisPROERD;

(2) Planejar a execução do programa ao longo do ano letivo em três ciclos de formação como forma de potencializar
a aplicação em 50%;

(3) Prover os meios necessários para desenvolvimento do programa na respectiva área;

(4) Cumprir a meta estabelecida pelo Comando da Corporação;

(5) Supervisionar a aplicação do programa dentro dos padrões estabelecidos pela

Coordenação Estadual e D.A.R.E. Internacional, através da previsão das visitas técnicas dos mentores aos instrutores;

(6) Divulgar as ações realizadas através da respectiva comunicação social, encaminhando à Coordenação Estadual
material fotográfico e releases para a ampla divulgação;

(7) Reunir todos os instrutores da área, no início e no final do ano letivo, como forma de planejar e avaliar os
resultados atingidos.

4) Câmara Técnica:
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a) Conceito: órgão de assessoramento da miqueli.xs@gmail.com
Coordenação Estadual para deliberações afetas às revisões/atualizações
curriculares e cursos de formação, composto pelos mentores e pedagogos do Centro de Treinamento.

b) Responsabilidades:

(1) Emitir parecer quando solicitado pela Coordenação Estadual quanto às atualizações curriculares e propostas de
revisão ao D.A.R.E. Internacional;

(2) Analisar os resultados das visitas técnicas e emitir orientações aos instrutores e mentores, através da Coordenação
Estadual.

d. Formações e atualizações

1) Curso de Formação de Instrutores PROERD (CFIP): o curso será desenvolvido para Policiais Militares que
preencham os requisitos exigidos na seleção, com duração de 110 horas-aula, divididas em duas semanas, com 12 horas-
aula por dia, em dedicação exclusiva, habilitando os candidatos para aplicação dos currículos da Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio, obedecendo as previsões dos Procedimentos Internacionais do D.A.R.E.
International.

a) Seleção:

(1) O Policial Militar a ser selecionado para frequentar o CFIP deve preencher os seguintes requisitos:

(a) Ser voluntário;

295
Dia 25

(b) Ter, no mínimo, 02 (dois) anos de serviço em atividade-fim da Corporação, devendo casos excepcionais serem
analisados pelo Diretor de Ensino, mediante proposição do Cmt do (a) Policial Militar;

(c) Estar classificado, no mínimo, no comportamento “Bom”;

(d) Não estar respondendo a processo civil ou militar e nem a inquérito, na condição de indiciado em delitos
incompatíveis com a ética policial militar, com o sentimento do dever, da dignidade militar, do brio e do decoro de
classe;

(e) Não ser usuário de fumo, dependente de álcool e outras drogas;

(f) Ser Oficial ou Praça;

(g) Ser indicado pelo Comando do OPM, com assessoramento da equipe de Mentores e Instrutores da unidade;

(h) Participar de seleção organizada pelo Departamento de Ensino através da Coordenação Estadual.

b) Execução:

(1) O CFIP será executado por uma equipe de capacitação constituída de integrantes da Câmara Técnica, conforme
os procedimentos D.A.R.E. Internacional, devendo ser constituída obrigatoriamente por um facilitador, um pedagogo e
mentores; MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
(2) A proporção de candidatos a instrutor, por Mentor, não deverá ultrapassar o número de 6 (seis);

(3) As responsabilidades de cada membro da equipe de formação seguirão os procedimentos do D.A.R.E.


Internacional.

c) Desligamentos:

(1) O desligamento do candidato a instrutor do CFIP ocorrerá quando:

(a) Não obtiver um desempenho pedagógico satisfatório, circunstanciado pelas avaliações diárias da equipe de
capacitação;

(b) Não apresentar perfil ou aptidão para a função pretendida;

(c) Possuir conduta irregular durante o curso, tipificada no Estatuto dos Policiais Militares ou no RDBM;

(d) Não preencher algum requisito que deveria ser observado na sua indicação para o Curso.

2) Curso de Formação de Mentores (CFMP): O Curso de Formação de Mentores do PROERD será desenvolvido
para Policiais Militares instrutores com duração de 40 h/a, podendo ser candidatos policiais militares com atuação na
função de Instrutor do PROERD obedecendo as previsões dos procedimentos do D.A.R.E. International.

a) Seleção:

(1) O Policial Militar a ser selecionado para frequentar o CFMP deve preencher os seguintes requisitos:

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Dia 25

(a) Ser voluntário;

(b) Estar classificado, no mínimo, no comportamento “Bom”;

(c) Não estar respondendo a processo civil ou militar e nem a inquérito, na condição de indiciado em delitos
incompatíveis com a ética policial militar, com o sentimento do dever, da dignidade militar, do brio e do decoro de
classe;

(d) Não ser usuário de fumo, dependente de álcool e outras drogas;

(e) Ser Oficial ou Praça;

(f) Ser indicado pelo Comando do OPM, com assessoramento da equipe de Mentores e Instrutores da unidade;

(g) Participar de seleção organizada pelo Departamento de Ensino através da Coordenação Estadual.

(h) Atuar na função de Instrutor do PROERD;

(i) Possuir experiência mínima de 2 (dois) semestres trabalhados no programa, tendo aplicado no mínimo doze aulas
dos currículos PROERD, conforme exigência dos Procedimentos do D.A.R.E. Internacional.

b) Execução:
MIQUELI SOARES
(1) O CFMP será executado por uma equipemiqueli.xs@gmail.com
de capacitação constituída de integrantes da Câmara Técnica, conforme
os procedimentos D.A.R.E. Internacional, devendo ser constituída obrigatoriamente por um facilitador na função de
coordenador de curso, um pedagogo e outros facilitadores na função de mentores;

(2) A proporção de candidatos a mentor, por facilitador, não deverá ultrapassar o número de 6 (seis);

(3) As responsabilidades de cada membro da equipe de formação seguirão os Procedimentos do D.A.R.E.


Internacional.

c) Desligamentos:

(1) O desligamento do candidato a mentor do CFMP ocorrerá quando:

(a) Não obtiver um desempenho pedagógico satisfatório, circunstanciado pelas avaliações diárias da equipe de
capacitação;

(b) Não apresentar perfil ou aptidão para a função pretendida;

(c) Possuir conduta irregular durante o curso, tipificada no Estatuto dos Policiais Militares ou no RDBM;

(d) Não preencher algum requisito que deveria ser observado na sua indicação para o Curso.

3) Capacitação para pedagogos PROERD: A capacitação para pedagogos PROERD terá desenvolvida para
Policiais Militares com formação em pedagogia, com duração de 20 h/a, podendo participar policiais militares com
atuação na função de Instrutor do PROERD obedecendo as previsões dos procedimentos do D.A.R.E. International.

297
Dia 25

a) Seleção:

(1) O Policial Militar para frequentar a capacitação deve preencher os seguintes requisitos:

(a) Ser voluntário;

(b) Estar classificado, no mínimo, no comportamento “Bom”;

(c) Não estar respondendo a processo civil ou militar e nem a inquérito, na condição de indiciado em delitos
incompatíveis com a ética policial militar, com o sentimento do dever, da dignidade militar, do brio e do decoro de
classe;

(d) Não ser usuário de fumo, dependente de álcool e outras drogas;

(e) Ser Oficial ou Praça;

(f) Ter concluído a formação de, no mínimo, 1 (uma) turma de cada um dos currículos PROERD em aplicação.

b) Execução:

(1) A capacitação será coordenada por pedagogo integrante da Câmara Técnica, preferencialmente, com participação
em mais de 2 (dois) CFIP;
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(2) Os conteúdos abordados na capacitação serão, obrigatoriamente, os constantes dos Manuais de mentor e de
instrutor, conforme os Procedimentos do D.A.R.E. Internacional vigentes, habilitando os policiais militares para
tornarem-se competentes em teoria educacional, gestão de sala de aula e desenvolvimento infantil.

4) Capacitações anuais de atualização curricular (Seminário estadual): serão executadas anualmente com o
intuito de difundir eventuais atualizações nos materiais didáticos utilizados nos currículos PROERD e manter os padrões
de procedimentos dos instrutores PROERD exigidos pelo D.A.R.E. Internacional.

a) Seleção:

(1) Deverão participar os policiais militares que tenham desenvolvido quaisquer dos currículos PROERD no ano
anterior à capacitação e os policiais militares integrantes da Câmara Técnica.

b) Execução:

(1) A capacitação será planejada pela Coordenação Estadual do PROERD/Departamento de Ensino, autorizada pelo
Estado-Maior da Brigada Militar e executada pelo Centro de Treinamento;

(2) Os integrantes da Câmara Técnica, devidamente atualizados, comporão a equipe de multiplicadores das
atualizações curriculares;

(3) Os policiais militares deverão ser organizados em equipes, aos moldes dos Procedimentos D.A.R.E. Internacional
previstos para os CFIP e CFMP, mantendo o padrão de salas de microensino para possibilitar a difusão da metodologia
em nível aceitável de interação e estudos dos materiais;
298
Dia 25

(4) Os conteúdos abordados na capacitação serão, obrigatoriamente, os constantes dos Manuais de mentor e de
instrutor, conforme os Procedimentos do D.A.R.E. Internacional vigentes.

c) Aplicação do Programa:

O PROERD possui seis currículos vigentes e que podem ser aplicados pelos instrutores, conforme a sua habilitação
nos cursos de formação de instrutores, com duração e conteúdos conforme estabelecidos no manual do instrutor
PROERD:

(a) Currículo Educação Infantil: deve ser executado em até 30 minutos, a alunos de até 6 anos, em oito encontros
com a utilização de cartazes;

(b) Currículo Séries Iniciais: deve ser executado entre 30 e 45 minutos, a alunos de até 8 anos, com a utilização de
anexos ao manual do instrutor em quatro encontros;

(c) Currículo 5º Ano: deve ser executado em 45 minutos, a alunos de 09 a 11 anos, utilizando como apoio o livro
do estudante do 5º ano, slides e vídeos, em dez encontros;

(d) Currículo 7º ano: deve ser executado em 45 minutos, a alunos de 12 a 14 anos, utilizando como apoio o livro
do estudante do 7º ano e livro do dever de casa, slides e vídeos, em dez encontros;
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(e) Currículo Ensino Médio: deve ser executado em 45 minutos, a alunos de 15 a 17 anos, preferencialmente no 1º
Ano, utilizando o livro do estudante do Ensino Médio, slides e vídeo como material de apoio;

(f) Currículo PROERD Pais: deve ser executado em até duas horas, a adultos, utilizando livro do estudante e slides
e vídeos como material de apoio, em quatro encontros;

(g) Lições suplementares: os currículos do 5º e 7º Anos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, possuem palestras
suplementares sobre cigarro eletrônico, prevenção ao suicídio e uso seguro de internet, podendo ser desenvolvidas em
complementação aos currículos, conforme necessidade da escola e planejamento do instrutor com a Coordenação
Regional, seguindo o manual e os respectivos materiais de apoio.

(1) Desenvolvimento do programa:

(a) O planejamento do desenvolvimento do programa deve preceder sua execução, sendo necessária uma reunião
preparatória com os responsáveis das escolas interessadas e/ou selecionadas pelo Comando local para receber o
PROERD, com o intuito de definir o calendário de execução para o ano letivo e assinar o Protocolo de Intenções, nos
termos do Anexo “A”;

(b) A escolha das escolas a serem atendidas deve ser alvo de estudos e definição por parte do Comando do OPM/Cia,
ouvido o policial PROERD, tendo prioridade aquelas com significativos índices criminais no seu entorno e as
pertencentes aos bairros mapeados pelo Programa RS Seguro;

299
Dia 25

(c) O início da aplicação do programa nas escolas necessita de prévio planejamento da Coordenação Regional para
o período, com a respectiva inclusão do calendário de aulas pelo P3 no SisPROERD;

(d) Nas Escolas, o Policial Militar Instrutor deverá manter um relacionamento estritamente profissional com a
Direção, o Corpo Docente, Discente e demais funcionários, cumprindo a programação cadastrada no SisPROERD e
comunicando ao superior imediato e à direção da escola, eventuais alterações no cumprimento da programação;

(e) Ao Policial Militar Instrutor do PROERD cabe a responsabilidade de seguir fielmente o conteúdo das lições
previstas no manual do instrutor PROERD, não devendo incluir considerações diversas, tais como religiosas, políticas,
classistas, tão pouco utilizar materiais de apoio não autorizados pela Coordenação Estadual;

(f) O Policial Militar Instrutor deverá seguir as orientações do Procedimento Operacional Padrão nº 4.1;

(g) Ao Policial Militar Instrutor não caberá interferir nos procedimentos adotados pela administração da Escola
relativos à disciplina dos alunos;

(h) Na hipótese de haver alunos que não queiram participar do Programa, ao Policial Militar Instrutor caberá solicitar
à professora, responsável pela turma, que indique alguma tarefa a ser cumprida por eles, no ambiente da escola ou em
lugar escolhido pela escola;
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(i) A disciplina na sala de aula é responsabilidade do professor que acompanha o Instrutor do PROERD.
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(j) A conclusão do Programa é marcada por uma solenidade de formatura com todos participantes da turma e
professores, convidando pais, autoridades militares, civis, representantes da comunidade local, momento em que serão
entregues diplomas aos alunos concludentes dos diversos currículos. Esta solenidade será coordenada pela OPM com
responsabilidade territorial e pelas escolas participantes, preferencialmente, reunindo todas as turmas desenvolvidas no
período (ciclo ou semestre) e seguindo o Roteiro de Formatura dos alunos do PROERD, Anexo “C”;

(2) Inserção de dados no SisPROERD: A Coordenação Estadual do PROERD possui um sistema de cadastro de
dados dos instrutores, escolas, turmas e alunos para melhor gestão da informação que está disponível no link
http://sisproerd.bm.rs.gov.br onde todos os dados relativos ao programa devem ser lançados.

(a) Cadastramento de currículos: a Coordenação Estadual do PROERD é a responsável pelo cadastramento de


novos currículos ou alterações nos currículos existentes;

(b) Cadastramento do instrutor: o Policial Militar Instrutor do PROERD deve acessar o site e realizar cadastro
através da inserção de alguns dados pessoais e, após, irá receber um e-mail de acesso e orientações;

(c) Cadastramento de escola: as escolas que compõem a rede estadual de ensino já estão cadastradas no sistema;

(d) Cadastramento de turmas: de responsabilidade do P3 das OPM, devem ser inseridas as turmas a serem
atendidas, com os respectivos instrutores designados, estabelecendo o calendário de atendimento desde a 1ª até a última
aula, conforme cada um dos currículos;

300
Dia 25

(e) Cadastramento de alunos: após o cadastro das turmas pelo P3, o instrutor é notificado via sistema para aceitar
ou não as turmas. Aceitando, deve cadastrar os alunos inserindo dados pessoais obtidos junto à escola logo após o início
das aulas, pois, caso não lance, os dados não são contabilizados no resultado do OPM/Comando Regional;

(f) Relatório: a Coordenação Estadual do PROERD emitirá relatório ao Diretor do Departamento de Ensino
mensalmente, repassando os dados de execução por Comando Regional.

(3) Parcerias: De acordo com Resolução do Conselho Nacional Antidrogas – CONAD, o PROERD foi definido
como parceiro estratégico para as ações de Prevenção Primária, no âmbito do Sistema Nacional Antidrogas – SISNAD,
e, conforme previsão na Lei Estadual nº 13.468/2010, os Comandos Regionais deverão incentivar seus OPM a:

(a) Efetivar parcerias com os Conselhos Municipais e Conselho Estadual Antidrogas (COMAD/COMEN), e com os
Conselhos Municipais e Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA/CEDICA);

(b) Envolver nas ações de Prevenção às Drogas e à Violência as Secretarias Municipais de Educação e Saúde;

(c) Elaborar parcerias com empresas, desde que não sejam contrárias à filosofia do PROERDnpara a confecção de
brindes com o logotipo do PROERD, seguindo definições estabelecidas pela Coordenação Estadual, para a premiação
nas solenidades de formatura.
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(4) Desempenho do instrutor PROERD: miqueli.xs@gmail.com

(a) O desempenho do Instrutor PROERD será mensurado pelo número de turmas realizadas, obedecendo o mínimo
anual de:

I. Oficiais = 1 (uma) turma/ano;

II. Praças do Administrativo = 3 (três) turmas/ano;

III. Praças empregados no policiamento em Sede de Cia, Pelotão destacado e em nível de Batalhão = 6 (seis)
turmas/ano;

IV. Praças em Sede de GPM Destacados = 3 (três) turmas/ano.

(b) O desligamento do Instrutor PROERD será efetuado pelo Departamento de Ensino/Centro de Treinamento por
solicitação do Cmt do OPM através do canal formal, ou devido a encaminhamentos do canal técnico, mediante relatório
circunstanciado, nos seguintes casos:

I. Conduta criminosa;

II. Má conduta administrativa;

III. Deixar de cumprir conscientemente as diretrizes e procedimentos do D.A.R.E. Internacional, não desenvolvendo
adequadamente os currículos conforme constam no manual do instrutor;

301
Dia 25

IV. Usar conscientemente o nome, logotipo e/ou materiais protegidos por direitos autorais do D.A.R.E./PROERD de
maneira inadequada;

V. Conduta incoerente com um instrutor PROERD;

VI. Se o Instrutor permanecer 1 (um) ano sem ministrar aula do PROERD, salvo impedimentos justificáveis segundo
análise do Cmt do OPM, ouvidos os coordenadores da região;

VII. A pedido, após ter trabalhado durante dois semestres, mediante encaminhamento de requerimento.

(5) Desempenho do Mentor PROERD: para manter-se habilitado a desempenhar as funções de Mentor do
PROERD:

(a) O Mentor PROERD deverá participar de, pelo menos, um Curso de Formação de Instrutor ou ainda como
coordenador de oficina de trabalho pedagógico na capacitação anual de atualização curricular, no período máximo de
02 (dois) anos, a fim de manter suas habilidades, conforme descrito no Procedimento Internacional do D.A.R.E.

(b) Caso o Mentor não participe de Curso de Formação de Instrutores no período de 02 (dois) anos, poderá recuperar
a qualificação de Mentor do PROERD:

I. Participando de um CFMP conforme exigido na fase final


MIQUELI do processo de certificação;
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II. Recebendo uma capacitação para mentor conforme determinado pelo Centro de Treinamento, incluindo, no
mínimo, a revisão das habilidades necessárias para a mentoria, apresentação, crítica e conceitos de aula.

(6) Emprego operacional: A atividade do PROERD é uma ação preventiva e comunitária de polícia ostensiva,
sendo que o Policial Militar Instrutor do PROERD exerce atividade operacional, portanto:

(a) Fazem jus a etapa de alimentação e hora extra, sempre que preencher os requisitos legais para tanto;

(b) Devem estar aptos para o serviço operacional no momento do desenvolvimento do PROERD.

4. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. O Policial instrutor PROERD representa a corporação de forma muito próxima, sendo uma referência social perante
a comunidade escolar. Desta forma os Comandantes ou Chefes Imediatos deverão propiciar as melhores condições para
que esta representação ocorra da melhor forma possível.

b. As metas do programa serão estabelecidas pelo Estado-Maior da Brigada Militar no mês de dezembro de cada ano.

c. Com o intuito de proporcionar a formação continuada e atender a demanda da necessidade de ter Policiais com
formação de Instrutor do PROERD, o Centro de Treinamento deverá providenciar na tramitação de processo
administrativo para autorizar a realização de, pelo menos, 04 (quatro) cursos de formação por ano.

302
Dia 25

d. A designação da função de Coordenador Estadual do PROERD será realizada pelo Diretor de Ensino a oficial QOEM
que possua Curso de Formação de Instrutores PROERD e publicada em Boletim Geral.

e. A designação dos Coordenadores Regionais será realizada pelos respectivos Comandantes Regionais, entre oficiais
QOEM que possuam Curso de Formação de Instrutores PROERD e/ou sejam chefe do P3 (CRPO e OPM) e publicada
em Boletim Interno, com cópia à Coordenação Estadual do PROERD.

Anexos: (VER NA INTRANET BM)


Anexo “A” – Modelo de Protocolo de Intenções
Anexo “B” – Roteiro da formatura dos Instrutores do PROERD
Anexo “C” – Roteiro da formatura dos alunos do PROERD
Anexo “D” – Planilhas de Escolas Atendidas
Anexo “E” – Cadastro de Escolas interessadas em receber o PROERD
Anexo “F” – Prestação de Contas de Verbas Recebidas por Parceiros
Anexo “G” – Controle de Presença em Sala de Aula
Anexo “H” – Modelo descritivo Medalha PROERD
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Dia 26

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


DIRETRIZ DE GESTÃO OPERACIONAL Nº 036/2016 - Part. II

DIRETRIZ DE GESTÃO OPERACIONAL Nº 036/2016 - Part. II

1.1.1. TIPOS DE COORDENAÇÃO

As atividades de coordenação podem ser divididas em: coordenação de Comando, de Estado Maior, de Controle Interno,
de Centros de Comando e Controle e Salas de Operações.

1.1.1.1. COORDENAÇÃO DE COMANDO (OU VERTICAL)

É o conjunto de atividades decorrentes da autoridade de linha e do comandante, as quais, fluindo do topo organizacional
e incidindo sobre os elementos subordinados, possibilitam ajustar planos e normas e garantir a harmonia nas
intervenções decorrentes.

Neste aspecto entram os Comandos Regionais e os Comandos de OPM operacionais, por exemplo.

1.1.1.2. COORDENAÇÃO DE ESTADO-MAIOR (OU HORIZONTAL)

É o conjunto de esforços sintônicos de Policiais Militares que integram Seções do EM, Departamentos, Corregedoria e
Assessorias sem vinculação hierárquica - emboraMIQUELI SOARES
possam estar em níveis diferentes – visando alcançar objetivos comuns
miqueli.xs@gmail.com
e evitar a dispersão de esforços, por meio de cooperação, entrosamento e senso do dever comum, manifestados em
reuniões e ligações formais ou informais.

1.1.1.3. COORDENAÇÃO TÉCNICA DOS DEPARTAMENTOS

Acompanhamento por parte do gestor quanto a fiel execução orçamentária, financeira e controle patrimonial em
consonância com a legislação estadual, federal e normas técnicas vigentes na Corporação, referente aos procedimentos
e processos levados a efeito pelas Unidades executoras apoiadas e apoiadoras.

1.1.1.4. COORDENAÇÃO CORREICIONAL

A Corregedoria-Geral tem por competência além de outras atribuições definidas por normas e legislação específica,
coordenar os processos e procedimentos administrativos e de polícia judiciária militar, na esfera de sua competência,
mormente os que tenham maior gravidade, com considerável repercussão para a imagem da Instituição.

1.1.1.5. COORDENAÇÃO DE CONTROLE INTERNO

As atividades inerentes ao Controle Interno, além das previstas em leis e normas específicas, serão desenvolvidas no
sentido de assessorar o Comandante-Geral, quanto à pertinência e consonância das atividades de Gestão e Controle
Interno na BM, com foco no desenvolvimento de ações eficazes, visando a aplicação adequada dos recursos públicos.

1.1.1.6. COORDENAÇÃO DE CENTROS DE COMANDO E CONTROLE E SALAS DE


OPERAÇÕES

É o conjunto de ações harmonizadoras, desenvolvidas pelos coordenadores dos Centros de Comando e Controle e Salas
de Operações, em nome dos Comandantes dos respectivos níveis, que incidem sobre as frações empenhadas na

304
Dia 26

Segurança Pública no espaço sob sua responsabilidade, de forma a exercer limitado grau de coordenação e controle,
acompanhar-lhes a atuação, orientar, conjugar, convergir e integrar esforços.

1.1.2. COORDENAÇÃO DE POLICIAMENTO

É o conjunto de ações harmonizadoras exercidas pelas atividades de serviço diuturno desempenhadas por Oficiais, que
incide sobre o OPM ou as frações do OPM, empenhadas turno a turno, de forma a controlar-lhes diretamente a atuação.

1.1.3. COORDENAÇÃO DA ATIVIDADE DE INTELIGÊNCIA

É o conjunto de ações relacionadas à Inteligência de Segurança Pública, sob a responsabilidade dos Chefes de Agências
de Inteligência em seus respectivos níveis, e compreende a missão e o emprego de recursos para uma atividade
específica, em fiel observância às normas técnicas e orientações doutrinárias.

1.1.4. ATIVIDADES DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

1.1.4.1. SUPERVISÃO

É o ato da autoridade de linha ou autoridade técnica de verificar a execução das atividades, orientar e colher informações
para realimentação do planejamento na Corporação. Ocorre por meio de contatos locais ou pelos meios de comunicação
disponíveis para a análise de relatórios, mapas e outros documentos.

As supervisões são dos seguintes tipos:


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a) Supervisão de Estado-Maior; miqueli.xs@gmail.com

b) Supervisão dos OPM da atividade-meio ou supervisão técnica;

c) Supervisão dos OPM da atividade-fim ou supervisão operacional;

d) Supervisão por PM a qualquer subordinado sobre o qual exerce autoridade de linha;

e) Supervisão pedagógica;

f) Visita;

g) Supervisão indireta.

1.1.4.2. REUNIÕES

As Reuniões serão programadas a partir de proposta dos Chefes de Seção de Estado-Maior nos níveis estratégico, tático
e operacional, ou dos oficiais chefes de seção dos Departamentos, Controle Interno e Corregedoria-Geral, com a
aprovação e convocação do respectivo Comandante/Chefe/Diretor/Corregedor-Geral, por meio de nota de serviço ou
memorando que detalhe as atividades a serem desenvolvidas.

As reuniões são dos seguintes tipos:

a) Reunião de Comando-Geral;

b) Reuniões para Acordo de Resultados;

c) Reuniões Regionais;

305
Dia 26

d) Reunião de Avaliação.

1.1.4.3. SEMINÁRIOS

Os seminários são atividades de coordenação e controle, com a finalidade de harmonização de ações, conjugação de
esforços, discussão e análise de problemas de interesse da Segurança Pública, onde são abordados assuntos ligados à
doutrina da BM, nas diversas áreas.

1.1.4.4. COORDENAÇÃO E CONTROLE DOS TURNOS OPERACIONAIS

A atividade é exercida por Oficiais em escala de serviço diuturno, para enfatizar a presença diária de oficiais à frente
das ações/operações dos OPM operacionais. Pode ser exercida por 1º Sargento, desde que não haja oficiais para executá-
las.

O coordenador de policiamento, seja ele oficial ou graduado, no exercício dessa função, é o principal propulsor da
atividade operacional de uma fração. O seu grau de iniciativa, dedicação e empenho, influenciará de forma decisiva no
desempenho e comportamento dos policiais militares sob o seu comando.

1.2. GESTÃO OPERACIONAL ORIENTADA POR RESULTADOS

A modernização do conceito da Gestão Operacional na BM deve primar pelo modelo que privilegia uma administração
operacional fundamentada na definição de resultados a alcançar - método indutivo que parte do conhecimento científico
dos problemas locais de Segurança Pública e dosMIQUELI
seus efeitos sociais para atingir os objetivos esperados.
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Com o objetivo de produzir serviços de qualidade que atendam aos anseios da comunidade, cada Comandante, nos
diversos níveis, tem grande autonomia para desenvolver estratégias gerenciais de emprego operacional. Entretanto, por
outro lado, tem a necessidade de planejar estratégias e táticas de intervenção sob um enfoque eminentemente técnico-
científico pautado em uma gama de indicadores de desempenho e produtividade, com vistas ao alcance de metas.

Torna-se necessário o desenvolvimento de estratégias diferenciadas, adequadas à variação do ambiente em que cada
OPM se encontra inserido. Desse modo, estudo da evolução da criminalidade e da violência nas respectivas áreas de
policiamento, o envolvimento da comunidade na discussão de problemas, a verificação de falhas e óbices e a
concretização de planejamentos focados em intervenções qualificadas devem ser a tônica para direcionar o trabalho
policial de maneira clara, objetiva e prática.

O modelo de gestão operacional por resultados na BM será norteado pelos seguintes

objetivos desejáveis para a atividade-fim:

a) Regionalização ou setorização das atividades de Polícia Ostensiva, e valorização dos OPM operacionais, nos
OPM que possuem responsabilidade territorial;

b) Emprego dos OPM Especiais, de Operações Policiais Especiais, Ambiental e Polícia Rodoviária como
potencializadores dos OPM do CPC, CPM e demais Comandos Regionais do interior do Estado;

c) Acompanhamento da evolução da violência, criminalidade e características socioeconômicas dos municípios, com


o uso do geoprocessamento e indicadores estatísticos de Segurança Pública;

d) Avaliação frequente de resultados e estabelecimento de metas a serem atingidas;

e) Otimização da administração operacional nos OPM operacionais;


306
Dia 26

f) Ênfase preventiva e rapidez no atendimento;

g) Planejamento e execução das atividades de Polícia Ostensiva com maior especificidade, oferecendo serviços
adequados de acordo com as demandas locais;

h) Modelo gerencial que favoreça ações/operações descentralizadas;

i) Adequada distribuição de recursos e o ordenamento dos processos de trabalho, por meio do patrulhamento
produtivo direcionado, e portanto, não-aleatório;

j) Autonomia aos comandantes de OPM, de Companhia e de Pelotão de policiamento, para planejar e buscar
soluções para os problemas de Segurança Pública afetos à localidade, respeitadas as diretrizes e normas
estratégicas e do nível tático;

k) Modernização das técnicas de gestão visando à diminuição das atividades burocráticas, dando prioridade aos
resultados e ao atendimento ao público,

l) Adequada coleta e utilização das informações gerenciais de Segurança Pública, em especial aquelas relacionadas
à geoestatística;

m) Produção de ações/operações de Polícia Ostensiva preventiva, de acordo com características e tipologia criminais
predominantes em seus espaços geográficos específicos;
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n) Esforços específicos e articulados com outros atores do sistema de Segurança Pública/Defesa Social, procurando
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agir sobre as causas, fatores, locais, horários, condições e circunstâncias vinculadas ao cometimento de crimes e
desordens;

o) Policiamento orientado para a solução de problemas;

p) Sistemas de incentivo direcionados à valorização dos policiais que atuem em atividades de Polícia Ostensiva de
prevenção criminal e atendimento de ocorrências junto à comunidade;

q) Direcionamento dos recursos logísticos para as sedes de OPM, Companhias e Pelotões, de forma a aprimorar a
efetividade dessas Frações;

r) Foco nos resultados, isto é, a qualidade deve prevalecer sobre a quantidade;

s) Transparência e divulgação dos resultados positivos à comunidade, utilizando-se do site corporativo, redes
sociais, mídia local, periódicos, informativos diversos, etc;

t) Intensificação da atividade de Inteligência Policial para orientação do Policiamento Ostensivo nos esforços de
prevenção e repressão qualificada.

1.3. ANÁLISE CRIMINAL

A atividade de análise criminal deve ser desenvolvida nos diversos níveis operacionais, com o objetivo de identificar os
fatores que envolvem a criminalidade, em termos qualitativos e quantitativos, bem como, identificar as variáveis que se
relacionam com esses fatores, apresentando correlações entre si, ou não.
307
Dia 26

No contexto da moderna gestão policial orientada por resultados, a atividade de análise criminal apresenta preponderante
papel, e aliada às técnicas de planejamento, inteligência e resolução de problemas, configura-se em importante
instrumento gerencial para a efetividade das ações.

1.3.1. FINALIDADES

a) Facilitar a identificação e localização de problemas de Segurança Pública;

b) Proporcionar um acompanhamento geral e específico dos serviços e da produção da Organização, além de


identificar as possíveis deficiências no policiamento;

c) Possibilitar o emprego racional dos meios;

d) Proporcionar segurança para o público interno;

e) Possibilitar a produção de melhores resultados operacionais;

f) Dar confiabilidade às informações produzidas pela Corporação.

Torna-se importante ressalvar que as variáveis estudadas pelo processo de Análise Criminal devem ser observadas sob
a ótica sistêmica, em um contexto social, cultural, histórico e geográfico. Não podem ser consideradas de forma isolada.
A ênfase do estudo deve estar com o foco na ação preventiva a ser desenvolvida pelo policiamento.

1.3.2. A ATIVIDADE MIQUELI SOARES POLICIAL E DE ANÁLISE CRIMINAL


DE INTELIGÊNCIA
ATUANDO miqueli.xs@gmail.com
JUNTAS COMO COMUNIDADE DE ESTATÍSTICA E
GEOPROCESSAMENTO

As atividades de Inteligência Policial e de Análise Criminal possuem procedimentos bastante específicos que demandam
conhecimento técnico. Visando favorecer a difusão de conhecimento tecnológico no campo dessas atividades, bem como
proporcionar o desenvolvimento profissional por meio da troca de experiências dos policiais militares que desempenham
essas atividades, é constituída uma rede (equipe) denominada Comunidade de Estatística e Geoprocessamento,
composta pelos analistas de criminalidade nos diversos níveis da Instituição. Essa comunidade caracteriza-se pelo
interesse comum no estudo e desenvolvimento das técnicas de análise.

Para integrar esta rede (comunidade) deverá haver um profissional habilitado – analista criminal, por Comando Regional
e por OPM. A formatação desta rede, critérios e metodologia, além das atribuições específicas de cada nível, deverão
ser publicados em caderno técnico específico.

1.3.3. GEOPROCESSAMENTO

Geoprocessamento é, de forma geral, o conjunto de técnicas computacionais relacionadas com a coleta, o


armazenamento e o tratamento de informações espaciais ou georreferenciadas, para serem utilizadas em várias
aplicações nas quais o espaço físico geográfico represente relevância. Constitui-se em uma das principais ferramentas
do processo de análise da criminalidade.

O geoprocessamento oferece como produto mapas temáticos resultantes das operações de correlação espacial entre
diversas variáveis colocadas sob análise, indicando regiões de probabilidade de ocorrência dos fatores esperados no
estudo.

Dessa forma, o geoprocessamento permite identificar:

308
Dia 26

a) O mapeamento e caracterização das áreas integradas;

b) Tendências e padrões de evolução do fenômeno criminal;

c) Padrão de comportamento dos agressores;

d) Possíveis alvos;

e) Regiões de vulnerabilidade;

f) Pontos geográficos estratégicos;

g) Distância entre fatores, elementos e fenômenos;

h) A relação entre percepções sociais do medo (sensação de insegurança) e taxas reais de criminalidade.

A construção de mapas digitais procura incorporar a dimensão espacial à dimensão temporal da criminalidade, além da
aplicação das diversas teorias sociológicas do crime na busca da localização dos fatores causadores dos fenômenos,
buscando servir de orientação ao planejamento operacional.

Desta forma, construção de geo-arquivos consiste na montagem de bases georreferenciadas de informação de diversas
fontes administrativas, da justiça criminal e de dados censitários. A base espacial torna-se o denominador comum de
todas essas bases de informação oriundas de diferentes fontes, com distintas unidades de contagem, tornando-se possível
a construção de uma base de dados que agregue os MIQUELI SOARES
mais diversos tipos de informação.
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Os arquivos de base devem conter dados estruturais da área integrada como: eixos de ruas, quarteirões, bairros, centros
comerciais, áreas verdes, vilas, divisões administrativas dos diversos órgãos, subáreas das Companhias, áreas dos
Batalhões, além de informações georreferenciadas sobre pontos comerciais e aparelhos públicos, como bancos,
supermercados, mercearias, padarias, casas lotéricas, escolas, linhas de ônibus, prédios públicos, feiras, etc. As
informações de Segurança Pública a serem plotadas e analisadas no mapa devem ser produzidas por meio dos registros
de ocorrências policiais, pesquisas, e por meio de atividades de inteligência como é o caso da identificação de infratores
contumazes e gangues.

Deve ser uma das metas do Comando-Geral a extensão desta ferramenta de trabalho a todo território gaúcho, e desta
forma, os Comandantes Regionais e de OPM devem envidar esforços no sentido de implantar o geoprocessamento,
inicialmente nos municípios-sede, estendendo posteriormente às sedes destacadas. A atualização das informações
geográficas em sistema informatizado deve ser uma constante, de forma a permitir a utilização das bases desse sistema
na atividade de análise criminal por meio do geoprocessamento.

1.4. PREVENÇÃO ATIVA

É exercida através de Conselhos de Polícia Comunitária, os quais devem ser integrantes da estrutura administrativa dos
OPM operacionais, incumbido de centralizar esforços destinados ao desenvolvimento das diretrizes da BM, em Polícia
Comunitária, Direitos Humanos e Prevenção ao Uso e Tráfico de Drogas.

A prevenção ativa consiste no desenvolvimento de ações e operações visando ao provimento de serviços públicos de
segurança à população, destinadas à prevenção da criminalidade, planejadas com a participação dos representantes do
Município, do Estado ou da Federação, ou com lideranças e representantes das comunidades, realizadas segundo uma
política pública específica, podendo até aglutinar CONSEPRO ou outra entidade pró-BM, mas sob a coordenação direta

309
Dia 26

de policiais militares, especialmente profissionalizados em Polícia Comunitária, Direitos Humanos ou Prevenção ao


Uso e Tráfico de Drogas.

Devem ser características essenciais de prevenção ativa na BM:

a) Proteção integral: é o ideal de garantia de direitos e a satisfação de todas as necessidades das crianças e
adolescentes, não só no que se refere ao aspecto penal do ato praticado pelo menor ou contra o menor, mas,
também, em relação a seus direitos à vida, educação, saúde, convivência, lazer e liberdade.

b) Fundamentação metodológica (objetividade intrínseca): toda ação realizada pelo Conselho deve possuir um
propósito definido, que contenha, de forma explícita, objetivo, estratégia(s), meta(s) e responsável(eis).

c) Vinculação a uma política pública específica (objetividade extrínseca): cada ação de Prevenção Ativa deve ser
decorrente de uma política pública de alcance, federal, estadual ou municipal, preferencialmente focada no âmbito
local, a fim de que atinja seu público-alvo dentro de uma perspectiva maior, que extrapole a Polícia Militar e
pressuponha o envolvimento com outros órgãos e entidades ligados ao problema detectado ou a ser prevenido
pelo Conselho.

d) Transversalidade: todas as ações dos Conselhos voltadas para o público externo devem consistir em estratégias
que objetivem a prevenção do delito pelo maior número possível de enfoques, como o educacional, o operacional
e o sociológico. Nesse sentido, os planejamentos dos Conselhos devem possibilitar a interação entre suas pastas,
o uso compartilhado das informações respectivas e a realização de eventos que perpassem as temáticas de Direitos
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Humanos e Polícia Comunitária.
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e) Profissionalização: os integrantes do Conselho devem possuir pendor para a atividade de relacionamento
interpessoal e serão alvo de políticas específicas de capacitação pelo Comando-Geral, voltadas ao aprimoramento
de habilidades nesse sentido.

f) Cientificidade: as ações do Conselho devem basear-se em dados científicos, como o Índice de Criminalidade, o
Índice de Criminalidade Violenta, o Índice de Desenvolvimento Humano, bem como outros dados
disponibilizados por instituições de pesquisa (IBGE, FEE, etc.) ou em diagnósticos sobre o status da criminalidade
no espaço de aplicação da ação/estratégia, obtidos por meio da estatística e, ou do geoprocessamento.

g) Mobilização social: todo o trabalho de Prevenção Ativa deve ter como essência a participação comunitária, assim
compreendido o envolvimento de CONSEPRO, clubes de serviço, escolas, lideranças religiosas e outros
parceiros.

h) Continuidade: a Prevenção Ativa é trabalho de construção gradativa de um ambiente de tranquilidade pública, no


universo de sua aplicação (aglomerado urbano, grupo de cidadãos selecionado de acordo com propensão à
vitimização, etc.) e difere de ações pontuais, de repressão imediata, tradicionalmente realizadas por meio de
operações policiais militares. Pressupõe, por isso, uma contínua observância da relação causa-efeito e a sequência
dos programas preventivos, ainda que diante de mudanças de Comando, em todos os níveis.

1.5. A PARTICIPAÇÃO DA INTELIGÊNCIA POLICIAL NA PREVENÇÃO E


REPRESSÃO QUALIFICADA

Dentro do escopo institucional, a BM realiza a investigação da criminalidade (investigação policial preventiva), função
típica da polícia preventiva, destinada ao levantamento de informações para subsidiar o lançamento do efetivo policial
no teatro de operações.

310
Dia 26

Nesse raciocínio, a Inteligência Policial tem por finalidade coletar e buscar dados, produzindo conhecimentos
estratégicos, táticos e operacionais com vistas a antecipar a eclosão do delito e permitir à polícia planejar o emprego e
lançamento de seu efetivo e meios com cientificidade, possibilitando a prevenção e repressão qualificada.

Define-se a prevenção e repressão qualificada como um conjunto de medidas adotadas por órgãos policiais com o
objetivo de prevenir e/ou reprimir crimes de forma focalizada, mediante utilização da análise criminal e da inteligência
de Segurança Pública na produção de conhecimentos, visando resultados pontuais de redução da criminalidade.

Dessa forma, a repressão qualificada dos delitos deve ser precedida por ações integradas da análise criminal e da análise
de inteligência. A primeira, prioritariamente, tem por objetivo avaliar as informações espaciais e temporais,
normalmente decorrentes das consequências do ato delitivo. A análise de inteligência busca agregar qualidade aos dados
quantitativos com vistas a identificar as causas, atores, vinculações criminais e fatores conexos, complementando a
análise criminal, e possibilitar a produção de conhecimentos prospectivos.

Nesse entendimento, a investigação da criminalidade ou investigação policial-preventiva, por meio da análise criminal
e da Inteligência da Segurança Pública, move-se na direção de produzir conhecimentos que permita à Instituição planejar
o emprego de seu efetivo e meios com cientificidade, realizando ações e operações com vistas a prever, prevenir e
reprimir o delito, alcançando maiores níveis de eficiência e eficácia. Ressalta-se que ela não deve ser confundida com a
investigação criminal, própria da polícia judiciária e voltada para apuração dos delitos.

1.6. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL


MIQUELI SOARES
O princípio constitucional da eficiência no serviço público exige que a administração, em todos os seus serviços, busque
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formas de alcançar eficiência na prestação de serviços. A avaliação de resultados é citada como mecanismo para
mensuração da eficiência.

Para a Segurança Pública não é diferente. É imperativo que haja avaliação do trabalho policial, tanto dos resultados
numéricos, como de sua efetividade para a melhoria da sensação de segurança por parte da população.

Em consequência da política estadual para avaliação de desempenho, o Comando- Geral da BM tem de implementar
medidas para aferição do desempenho por Comandos Regionais, e por estes, a avaliação do desempenho dos OPM.

Em Polícia Militar, o uso de processos de avaliação de desempenho é uma demanda resultante do próprio fortalecimento
da cultura mundial de prestação de contas (accountability).

Dessa forma, alguns instrumentos são desenvolvidos com a finalidade de garantir uma avaliação de desempenho
sistemática e a possibilidade da correção dos procedimentos dentro de um período de tempo que possibilite a influência
positiva nos resultados. Ressalta- se que a busca por melhores resultados não pode e nem deve implicar desrespeito aos
princípios legais que norteiam a atividade de Polícia Ostensiva.

Os instrumentos descritos a seguir representam práticas de sucesso utilizadas, sobretudo, na administração gerencial e
que são importantes mecanismos de planejamento e avaliação que devem ser desdobrados pelos Comandos Regionais
de forma a adaptá-los com propriedade para todos os escalões subordinados.

1.6.1. ACORDO DE RESULTADOS

É o instrumento de contratualização de resultados celebrado pelo Comando-Geral com a própria Instituição, de forma
vinculada ao sistema de Segurança Pública. Baseia-se na projeção de metas a serem atingidas periodicamente, tanto de
produtividade quanto de redução da incidência da criminalidade. A fim de que seja alcançado o resultado global

311
Dia 26

pactuado pela BM, as metas acordadas serão desdobradas aos Comandos Regionais, e destes com todos os OPM
operacionais, nos mesmos percentuais estipulados.

1.6.2. MONITORAMENTO DE METAS

Uma vez que existam metas definidas e acordadas para os diversos OPM operacionais, deve haver a fragmentação dessas
em metas parciais dispostas em um período de tempo que permitam a observação de distorções em menor proporção
temporal. O monitoramento das metas permitirá a correção das medidas de intervenção focalizadas no problema,
garantindo o cumprimento da meta geral ao final do período.

Diretrizes gerais para o procedimento de monitoramento de metas devem ser produzidas pelo EMBM e desdobradas
para os diversos níveis.

1.6.3. INDICADORES DE AVALIAÇÃO

Indicadores são instrumentos quantitativos de avaliação de aspectos e variáveis que fazem parte de um processo de
produção ou serviço. Os indicadores são unidades de mensuração referencial que permitem a rápida visualização de
parâmetros-chave para a produção de serviços, possibilitando ao gestor a identificação imediata de problemas ou de
queda no desempenho.

A construção de indicadores para mensuração deve ser pautada em método científico, metodologia adequada de
mensuração e padrão referencial comparativo que permita agregar significado a esse indicador. O processo de gestão do
MIQUELI
conhecimento permite o refinamento da construção de SOARES
indicadores, uma vez que possibilita um aprendizado
institucional, ou seja, know- how. miqueli.xs@gmail.com

Na BM os indicadores devem ser projetados de forma a auxiliar os gestores na verificação de parâmetros de resultado
como é o caso da criminalidade incidente em uma unidade territorial, mensuração da produtividade alcançada pelos
diversos serviços, bem como mensuração de parâmetros de processo, como é o caso, por exemplo, do tempo de resposta
ou atendimento. Existem ainda os indicadores de parâmetros administrativos ou de apoio.

A fim de possibilitar um painel ou mapa gerencial de apoio a decisão, os Comandos Regionais devem produzir
Instruções normativas para a construção e definição dos indicadores técnicos em cada região de subordinação,
observando-se os parâmetros científicos de criação desses indicadores.

1.6.4. ÍNDICES DE SEGURANÇA PÚBLICA

Os índices e taxas de Segurança Pública correspondem à relação das ocorrências em cada município com dados
fornecidos pelos indicadores de Segurança Pública.

Os totais de ocorrências específicas, relacionadas com a população, resultam nos seguintes índices de Segurança
Pública:

➢ Índice de Criminalidade Violenta;

➢ Índice de Criminalidade;

➢ Índice de Contravenções;

➢ Índice de Assistência.

312
Dia 26

Conforme norma internacional, via de regra os índices são calculados por meio da fórmula: nº de ocorrências x 100.000
/ população.

Tendo em vista que várias cidades do Estado possuem populações com menos de

10.000 habitantes, devem ser utilizados para o cálculo do índice os valores: nº de ocorrências x

1.000 / população. Esta medida objetiva corrigir a discrepância que causaria em cidades com menos de 10.000
habitantes o emprego da fórmula padrão.

Os índices de Segurança Pública são construídos de forma padronizada, permitindo uma comparação entre as diversas
localidades de responsabilidade de um determinado comando e também um acompanhamento da evolução da
criminalidade ao longo do tempo (série histórica).

A definição das naturezas relacionadas aos índices são as seguintes:

➢ Índice de Criminalidade: relacionadas conforme artigos do Código Penal e legislação especial (Código
de Trânsito Brasileiro, Crimes ambientais, dentre outras);

➢ Índice de Criminalidade Violenta: homicídio (tentado ou consumado), estupro (tentado ou consumado),


latrocínio, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, roubos;

➢ Índices de Contravenções: relacionadas conforme artigos da Lei das Contravenções Penais e legislação
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especial (Código de Trânsito Brasileiro, Código Florestal);
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➢ Índice de Assistência: selecionadas as classes voltadas diretamente à assistência.

A relação entre o número de bancos, veículos, escolas, bem como outros, agregados à quantidade de ocorrência
respectiva, resultam em taxas.

A escolha de quais índices e taxas devem compor os indicadores de controle institucionais deve acontecer através de
definição estratégica do Comando-Geral e devem ser alvo de avaliação constante.

1.6.5. REUNIÕES PERIÓDICAS DE AVALIAÇÃO

A fim de garantir a eficácia da gestão policial, devem ocorrer, em todos os níveis de comando operacional, reuniões
periódicas de avaliação. Ocasião em que toda atividade de produção de diagnósticos estatísticos, o monitoramento de
metas e os indicadores de desempenho, por meio da análise criminal e da Inteligência de Segurança Pública, devem
convergir como suporte para um processo de tomada de decisão que privilegie a experiência dos gestores com
responsabilidade pelas diversas áreas.

As reuniões de avaliação devem ter uma periodicidade e definição prévia de pauta, permitindo a avaliação dos resultados
operacionais, planejamento de novas ações e, como feedback, a formulação de diretrizes táticas de atuação. Devem ser
observados, para tal atividade, os pressupostos definidos de Coordenação e Controle, objetivando suprimir sobreposição
de esforços.

1.7. RAPIDEZ NO ATENDIMENTO

313
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A rapidez na resposta é fator primordial para a eficiência e eficácia das ações e operações a cargo da BM, cujo objetivo
maior é prestar um atendimento ao público com excelência.

O tempo decorrido entre o recebimento de uma solicitação e a transmissão da ocorrência a um OPM ou Fração deve ser
o mínimo necessário. O procedimento de primeiro confirmar a solicitação para depois acionar uma guarnição deve ser
eliminado.

A confirmação dos pedidos é uma medida importante e adequada, mas deve ser tomada após o acionamento da
guarnição, concomitantemente com seu deslocamento.

A agilidade no atendimento não deve significar o desprezo dos necessários cuidados por parte do policial militar, quanto
a sua segurança e a de terceiros; a rapidez deve ser compatível com a urgência de sua intervenção.

1.8. RELACIONAMENTO EM NÍVEL MUNICIPAL/LOCAL

Atendendo-se aos preceitos de visão sistêmica para os esforços de Segurança Pública, é fundamental para o trabalho de
Polícia Ostensiva que ocorra a integração em nível local entre o OPM/Fração e os demais órgãos e entidades
relacionados à Segurança Pública, principalmente Polícia Civil e as guardas municipais.

Atuações de forma compartilhada, operações conjuntas, realização de reuniões e visitas periódicas, respeito e
convivência institucional são práticas recomendadas no relacionamento do policial militar e dos OPM com as
organizações públicas locais, mormente as integrantes do Sistema de Segurança Pública.
MIQUELI SOARES
É oportuno ressaltar que o poder de polícia miqueli.xs@gmail.com
inerente à administração pública, em qualquer esfera de governo, está
presente nos diversos órgãos que a integram, e seu exercício, observada a legalidade do ato, deve ser garantido pela BM,
conforme sua missão constitucional.

A sociedade terá maiores benefícios com a perfeita integração entre a BM e as demais entidades a serviço do público
local, pois se evita a dispersão de esforços. Não interessa a competição, e sim, a convergência dos esforços para o bem-
estar público, com agilidade e excelência, por meio de parceria e cooperação.

Os Comandantes, nos diversos níveis, como autênticos representantes da Instituição em cada localidade, devem se
conscientizar disso e procurar estabelecer relações profissionais com as inúmeras autoridades locais com atuação na
Segurança Pública.

Este relacionamento, contudo, não deve tolher-lhes a liberdade de ação, nem levá- los a algum tipo de subordinação ou
servilismo, envolvimento em atividades estranhas à nossa missão ou contrários aos interesses coletivos. O emprego do
Policiamento Ostensivo não pode estar subordinado a órgãos estranhos à estrutura da BM e nem deve atuar de acordo
com as vontades pessoais de seus representantes, se contrários ao interesse público. A impessoalidade e a moralidade
são importantes postulados inerentes à atividade policial.

Especificamente quanto às Guardas Municipais, estas foram concebidas na CF/88 e tiveram sua atuação regulamentada
pela Lei Federal nº 13.022, de 08 de agosto de 2014 (Estatuto Geral das Guardas Municipais).

As Guardas Municipais são corpos de segurança vinculados funcional e juridicamente ao Poder Executivo Municipal,
a quem cabe cogitar de sua criação e doutrina de emprego.

No RS, alguns municípios optaram por implantá-las, o que deve ser visto com naturalidade pela BM.

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Não há que se considerar a Guarda Municipal como um órgão concorrente, mas sim, como um aliado da BM no trabalho
de prevenção criminal e preservação da ordem pública. É necessário destacar que a BM não abrirá mão de suas
atribuições constitucionais e, portanto, não terceirizará suas competências às guardas municipais.

1.9. AÇÃO DE COMANDO E GESTÃO OPERACIONAL

A ação de Comando/Chefia, em todos os níveis, deve pautar-se pela moderna gestão orientada por resultados finalísticos.

Para a efetividade da ação de Comando evidencia-se a necessidade de conjugação e integração sistêmica das variáveis
de policiamento.

Além disso, a cooperação entre policiais militares que executam diferentes tipos de Policiamento Ostensivo deve ser
completa, ainda que os executores estejam vinculados a diferentes comandos.

Os OPM com responsabilidade territorial, de recobrimento, ambiental e rodoviário são obrigadas a engajarem-se em
quaisquer ocorrências emergentes em suas áreas de atuação, mesmo que não constituam sua missão principal, adotando
as medidas preliminares cabíveis até a solução definitiva pela OPM própria.

Quando a situação exigir o emprego de integrantes de mais de um OPM para o cumprimento da missão, o policial militar
de maior posto/graduação, ou o mais antigo, assumirá o comando das ações.

Salienta-se que tal metodologia será adotada harmonicamente com a doutrina organizacional da BM. Esta metodologia
é uma ferramenta gerencial para planejar, organizar, dirigir SOARES
MIQUELI e controlar as operações de resposta em situações críticas,
fornecendo um meio de articular os esforçosmiqueli.xs@gmail.com
de agências individuais quando elas atuam com o objetivo comum de
estabilizar uma situação crítica e proteger vidas, propriedades e o meio ambiente.

1.10. POLICIAMENTO VELADO

O policiamento velado é uma atividade executada em apoio ao Policiamento Ostensivo, com o emprego de policiais
militares em trajes civis, possuindo características, princípios e variáveis próprios.

As orientações para a execução do policiamento velado, vinculação técnica- operacional, formas de controle, etc, devem
ser detalhadas em norma específica.

2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
2.1. ESTRUTURA

A BM estrutura-se em três níveis decisórios: Direção Geral, Apoio e Execução.

Quanto à natureza das atividades, estrutura-se em atividade meio e atividade fim.

O nível de DIREÇÃO GERAL, ou estratégico, é composto pelo Comando-Geral, Estado-Maior, Assessorias e


Corregedoria-Geral.

O nível de APOIO é composto pelos Departamentos e seus subordinados.

Quanto ao nível de EXECUÇÃO temos: como tático, os Comandos Regionais, incluídos o Comando Rodoviário e o
Comando Ambiental; como operacional os OPM operacionais. Nestes últimos, os Batalhões/Regimentos serão

315
Dia 26

articulados em Companhias/Esquadrões, Grupamentos, Pelotões e Grupos, e receberão missões específicas, a serem


definidas nos respectivos Planos de Emprego Operacional.

A estruturação das unidades da BM por área geográfica, em atenção ao princípio da responsabilidade territorial, ocorre
nos níveis tático e operacional, exceção feita ao Comando de Órgãos Especiais e suas unidades subordinadas.

As Unidades que têm como atribuição a atividade-meio são responsáveis pelo apoio e assessoramento técnico para que
os serviços destinados à sociedade sejam desenvolvidos com efetividade; seus usuários são os policiais militares e os
OPM.

2.2. PROCESSO DECISÓRIO

2.2.1. TIPOS DE DECISÕES

a) Decisões de nível estratégico: são aquelas geralmente executadas com uma visão mais mediata, isto é, mais a
longo prazo e, dada à sua natureza e seu grau de importância para a organização, representa um impacto mais
amplo, profundo e duradouro. Na BM, em nível de direção geral (estratégico), são formuladas as políticas,
programas e diretrizes gerais do emprego da BM, no que se refere aos recursos humanos, logísticos, atividade de
inteligência, emprego operacional, comunicação organizacional, controle orçamentário, articulação e gestão. São
decisões que geram reflexos a longo prazo;

b) Decisões de nível tático: esse nível tem como função básica traduzir as decisões estratégicas em ações efetivas a
MIQUELI
serem implementadas pelos OPM operacionais SOARES
subordinados. Neste caso, o nível de execução em caráter tático
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apresenta decisões relacionadas ao processo de como executar as ordens emanadas pelo nível estratégico. Seus
reflexos são geralmente observados a médio prazo;

c) Decisões de nível operacional: nesse nível, os esforços são direcionados para cada processo ou projeto da
organização. São aplicadas em setores específicos e apresentam impactos limitados. Na BM, as decisões do nível
de execução ou operacional estão diretamente relacionadas à execução e desenvolvimento dos serviços. Tais
decisões, via de regra, geram reflexos a curto prazo.

2.2.2. CADEIA DE COMANDO E AS AUTORIDADES ORGANIZACIONAIS

A hierarquia e disciplina, pilares da organização policial militar, são exercidas por meio da observância dos postos e
graduações, da cadeia de comando e das autoridades organizacionais.

A cadeia de comando é o conjunto de escalões e canais de comando, por meio dos quais as ações de comando são
exercidas verticalmente, no sentido ascendente e descendente.

Os escalões de comando são os diferentes níveis de comando em estrutura escalar (vertical ou hierárquica) que
compõem a organização.

Os canais de comando são os caminhos por onde fluem as ordens e orientações do comando superior, no sentido
descendente, e as respostas e informações no sentido ascendente.

A não observação da cadeia de comando traz graves prejuízos ao processo decisório gerando, em última instância, a
ineficiência e ineficácia da prestação do serviço de Segurança Pública.

Na BM existem três tipos de autoridade:

316
Dia 26

a) A primeira é a autoridade de linha ou hierárquica, que possui o poder de comandamento e disciplinar sobre os
órgãos subordinados;

b) A segunda é a autoridade técnica ou funcional que emite orientações normativas em seu campo de atividade
específica; e

c) A autoridade de estado-maior ou assessoria, que por meio de estudos pertinentes, propõe soluções às autoridades
de linha e técnica, nas áreas de planejamento e gestão estratégica.

2.3. O SISTEMA OPERACIONAL DA BM

Para atender com eficiência as inúmeras demandas de serviço, é necessário que toda a estrutura interna da BM atue de
forma coordenada e alinhada aos objetivos institucionais.

A BM deve ser vista como um sistema global, composto por níveis e estruturas de comando e de responsabilidade
técnica, que devem se articular de forma harmônica, respeitando-se a estrutura de comando e autoridades
organizacionais (de linha, técnica e de assessoria). Cada setor deve ajustar seus planejamentos e metas, com o máximo
aproveitamento da estrutura, dos processos e sistemas internos, convergindo para a melhor prestação de serviços.

O sistema operacional da BM é compreendido desde as Seções do EMBM que prestam assessoria, passando pelos
Departamentos que exercem comandamento ou autoridade técnica, chegando aos OPM e demais frações, envolvendo
ainda todos os policiais militares que estejam na ponta da linha em plena atividade operacional.
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O funcionamento harmônico deste sistema permite a fluidez das informações e ordens, a agilidade dos processos, a
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precisão dos planejamentos e estratégias, e consequentemente, a eficiência da instituição.

2.4. ARTICULAÇÃO OPERACIONAL

Observar-se-á sempre o pressuposto da responsabilidade territorial, que é o princípio pelo qual os Comandos Regionais,
OPM e Frações de execução operacional, a partir de uma delimitação geográfica definida, são responsáveis pela
execução das atividades de Polícia Ostensiva em seus esforços iniciais.

Este princípio impõe aos comandantes territoriais constante acompanhamento do fenômeno criminal, atribuindo-lhes,
em grau sucessivo, a responsabilidade perante o escalão imediatamente superior, de prestar informações, anúncios e,
em caso de rompimento da malha protetora, solicitar apoio ou recobrimento.

Na atual política de integração de áreas geográficas, o princípio da responsabilidade territorial está atrelado a uma
correspondência com outros atores de Segurança Pública.

Não se descura, entretanto, que a função policial comporta três dimensões: social, jurídica e sistema de ação, cujo recurso
essencial é a utilização da força. Daí decorre que a atividade policial se recubra de uma complexidade natural quanto a
sua execução. Estas três dimensões conduzem a uma fragmentação das atividades policiais em atividades de preservação
da ordem, de prevenção e repressão criminal e de Polícia Ostensiva. As atividades de prevenção e repressão criminal
sugerem uma divisão em policiamento preventivo e policiamento complexo, conducente a uma remodelação das
estratégias e da organização das respostas ao fenômeno criminal e à violência.

Com a finalidade de configurar uma resposta especificamente adaptada ao conteúdo das demandas, contemplam-se dois
modelos operacionais diferenciados: o Territorial, com foco na prevenção criminal, baseado na proximidade e interação
comunitária, atendendo aos pressupostos e filosofia da Polícia Comunitária e o Recobrimento, sustentado na

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especialização, nas respostas a fenômenos criminais ou violentos ou potencialmente violentos que exijam respostas
estratégicas e altamente qualificadas, quer por sua dimensão, quer por sua repercussão, quer por sua complexidade.

Tanto um quanto outro pode levar a cabo atividades nas três dimensões, e nos dois modelos, assim como desenvolver
ações no campo da prevenção e repressão. A materialização destes conceitos revela-se nestes modelos convencionados,
cujos limites, âmbitos e contornos são a seguir explicitados.

2.4.1. PRESSUPOSTOS EPROCEDIMENTOS PARA ALTERAÇÕES NA ARTICULAÇÃO


OPERACIONAL

Qualquer alteração na articulação operacional da BM (criação, elevação ou extinção de OPM ou Frações), é privativa
do Comandante-Geral, sendo formalizada por meio de legislação competente.

Em face da vigente política de integração de áreas de responsabilidade, o processo para tais alterações na articulação
operacional deve considerar a participação de outras instituições.

O EMBM manterá constante monitoramento para detectar necessidades de alterações na estrutura operacional da BM.
Caso haja, por parte dos Departamentos, Comandos Regionais e OPM, a percepção da necessidade quanto a alterações
na estrutura organizacional, deverão reportar-se ao EMBM, encaminhando Estudo de Situação com a motivação,
desdobramentos e o respectivo parecer.

2.4.2. MODELO TERRITORIAL


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Consiste na divisão do Estado do RS em espaços geográficos denominados regiões, áreas, subáreas, setores e subsetores,
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de responsabilidade de Comandos Regionais e OPM.

O modelo de articulação territorial tem como princípios inspiradores uma maior proximidade aos cidadãos, a
descentralização dos serviços policiais, e a modernização dos serviços relacionados com a atenção ao público.
Articulado em respostas autossuficientes e multifuncionais, deverá permitir, utilizando critérios de descentralização, a
adequação entre o serviço policial e as necessidades de segurança que surgem nos respectivos espaços geográficos.

2.4.2.1. PLÁSTICA DO MODELO TERRITORIAL

Caracteriza-se por desenvolver atividades de prevenção e repressão imediata em matéria de delinquência sobre um
espaço territorial concreto, cuidando das respostas às demandas da comunidade, sejam elas de que ordem for, mormente
as que causarem insistentes clamores populares e estiverem relacionadas a infrações penais; desenvolve ainda tarefas
operacionais que excedem o âmbito das atividades ordinárias, tais como o policiamento propriamente dito de zonas
quentes de criminalidade, de eventos, de locais de risco, dentre outros, cuidando das tarefas convencionais, no campo
da dissuasão, executando o Policiamento Ostensivo geral, mas em perfeita consonância e de forma complementar. Todas
as frações deverão promover a divisão de seu efetivo, seja de que valor for.

As informações analíticas para guiar as duas formas de atuação deverão ser originadas nos OPM, que obrigatoriamente
terão em sua estrutura um setor de análise criminal. Este modelo responderá pelas atividades de segurança preventiva,
sem, contudo, se descurar da repressão sistemática ao crime organizado. As atuações no campo da repressão qualificada
por OPM territoriais serão calcadas na preparação, contenção, isolamento, estabilização, verbalização, atuando como
primeiras interventoras em ocorrências típicas de OPM Especializadas.

O Policiamento Ostensivo ordinário (segurança preventiva) é a atividade de maior expressão na BM, pois proporciona
um contato diuturno com as comunidades. É o responsável pela prevenção criminal e pela intervenção rápida, oportuna
e de qualidade nos pequenos conflitos sociais, em razão da sua presença real e potencial em toda parte do território
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gaúcho, percebida e visualizada de relance pelo uniforme, apetrechos e armamentos utilizados pelos policiais militares
empregados nos diversos tipos e, principalmente, pelos processos de policiamento, sejam eles a pé, em bicicletas, em
veículos motorizados de duas rodas (motocicletas) ou de quatro rodas.

Ele ainda pode ser visto montado ou helitransportado, haja vista que o policiamento montado e o aéreo atuam, como
missão secundária, no patrulhamento em zonas quentes de criminalidade, ou em locais de risco com empenhos
rotineiros, ou em grandes corredores de trânsito, ou em eventos de grande porte, ou ainda em ações de cunho humanitário
ou assistencial.

No modelo territorial são levadas a efeito as atividades de Polícia Ostensiva e de segurança, de polícia de preservação
da ordem e de prevenção criminal. Dentro da atividade de prevenção criminal é responsável pelo policiamento
preventivo, com ações e medidas tendentes a evitar ou a interromper a possibilidade ou a decisão de cometer um delito
e impedir a realização de fatos ou atos que impliquem num delito, bem como a reprimir, de forma imediata, um ato
delitivo em desenvolvimento, evitando a produção de consequências posteriores e garantindo, eventualmente, a
responsabilização dos supostos delinquentes. Poderá executar atividades de repressão ordinária ao crime organizado.

Na atividade de preservação da ordem, é responsável por garantir os movimentos sociais e pelo controle de distúrbios
civis. A dimensão e duração dos eventos podem ensejar o acionamento dos OPM especializados.

Na atividade de Polícia Ostensiva e de segurança, é responsável pelo policiamento de pontos sensíveis, de zonas quentes,
de áreas comerciais, de patrulhamento zonificado e direcionado, de rádio-atendimento, enfim, de todas aquelas
atividades que não se enquadrem nas demais modalidades.
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Por fim, ressalta-se que a intervenção policial é classificada em três níveis, quais sejam:

a) Intervenção de nível 1: adotada nas situações de assistência e orientação;

b) Intervenção de nível 2: adotada nas situações em que haja a necessidade de verificação preventiva;

c) Intervenção de nível 3: adotada nas situações de fundada suspeita ou certeza do cometimento de delito,
caracterizando ações repressivas.

2.4.2.2. ESTRUTURA BÁSICA DOS OPM DO MODELO TERRITORIAL

Além do esforço ordinário, os OPM com RT possuirão, em sua estrutura básica, um primeiro esforço de recobrimento,
representado, por 01 (um) Pelotão de Operações Policiais Especiais (POE). Quando possível, traduzir este reforço
em uma Companhia de Operações Policiais Especiais (COE), com 01 (um) Pelotão de Operações Policiais
Especiais (POE) e 01 (um) Pelotão de Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (ROCAM) e, havendo
possibilidade, mais 01 (um) Pelotão de Patrulhas Especiais (PATRES).

A estrutura de primeiro esforço de recobrimento poderá ser adequada de acordo com a realidade dos OPM.

Os primeiros esforços de recobrimento do OPM atuarão nas atividades de recobrimento em toda a área do OPM ao qual
estiverem subordinadas.

2.4.3. MODELO SUPRA-TERRITORIAL (RECOBRIMENTO)

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Este modelo visa a atuação em ocorrências complexas, ou potencialmente violentas, ou que por sua dimensão ou
repercussão extrapolem a capacidade de atuação do policiamento ordinário. Sustenta-se nos princípios da qualificação
especial como condição necessária para a realização das tarefas.

A organização operacional neste modelo configura-se em três níveis de recobrimento:

a) Primeiro esforço de recobrimento, que se situa nos OPM operacionais, é representado pelos POE ou COE;

b) Segundo esforço de recobrimento, que se situa nos Comandos Regionais, traduz-se pela demanda de esforços
não permanentes e emergenciais, sendo representado pelas Forças Tarefa (FT) ou Forças de Emprego Tático
(FET), estruturadas para uma missão e período específico;

c) O terceiro esforço de recobrimento, em âmbito territorial mais amplo, abrigando atividades de policiamento
complexo, é representado pelos OPM especializados/recobrimento como BOE, BABM, BRBM, BAv, etc.

2.4.3.1. PLÁSTICA DO MODELO

A conformação e desdobramento das OPM de recobrimento, relativas às aludidas modalidades criminais, derivarão do
conjunto de problemáticas delitivas específicas existentes nas regiões.

2.4.3.2. ESTRUTURA BÁSICA DOS OPM DE RECOBRIMENTO

a) 1º esforço de recobrimento: O primeiro esforço de recobrimento, conforme tratado anteriormente, será realizado
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pelos POE ou COE, já integrados à estrutura organizacional dos OPM.
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b) 2º esforço de recobrimento: nos Comandos Regionais, em que todos os esforços de policiamento ordinário
(policiamento a pé, ciclopatrulha e policiamento motorizado em viaturas de duas e quatro rodas) e o primeiro
esforço de recobrimento (POE ou COE) de todos os OPM estiverem efetivamente consolidados, poderá ser criada
a FT ou FET, cuja finalidade será a realização do segundo esforço de recobrimento.

A criação de FT ou FET dependerá da aprovação do EMBM, após análise de estudo de situação elaborado pelo Comando
Regional interessado, e somente será efetivada se forem obedecidos todos os níveis de escalonamento de emprego dos
esforços ordinários e de recobrimento.

A FT ou FET será diretamente subordinada ao Comando Regional e terá sua atuação direcionada para toda a Região,
constituindo-se em força de manobra do Comandante Regional.

c) 3º esforço de recobrimento: o terceiro esforço de recobrimento, para atuação em todo o território Gaúcho,
será realizado pelas seguintes Unidades especializadas:

➢ Batalhão de Operações Policiais Especiais;

➢ Batalhão de Aviação;

➢ Grupamento de Ações Táticas Especiais – GATE.

2.4.3.3. MODELO TERRITORIAL INTEGRADO

O Modelo Territorial Integrado foi criado tendo por base os princípios da Administração Pública da eficiência e da
mitigação de qualquer fator que cause retrocesso no atendimento as demandas sociais, especificamente as voltadas para
os serviços de Polícia Ostensiva.

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Tal modelo atende a necessidade do policiamento ordinário, ou seja, ao atendimento da demanda comunitária pela
presença potencial da polícia ostensiva e a necessidade do resguardo da segurança do próprio policial empregado na
consecução do policiamento.

O Modelo Territorial Integrado se traduz pela adoção da tática de emprego de Patrulhas Intermunicipais (Patrin). Essas
patrulhas são formadas por uma guarnição de até 03 (três) policiais militares orgânicos, reunidos de frações sediadas
em municípios limítrofes de uma mesma circunscrição de Comando Regional (CRPO) e cuja distância não seja superior
a 25 (vinte e cinco) quilômetros entre si. O objetivo é, nesse grupo de municípios, realizar o serviço de policiamento
ostensivo através de uma guarnição de serviço com maior número de policiais atuando diuturnamente, de forma a
aumentar a segurança dos próprios policiais e reduzir a quantidade de municípios com os postos Policiais Militares
fechados em parte do dia.

A implementação de Patrulhas Intermunicipais na área de ação do CRPO é facultada ao respectivo Comandante, o qual
a instalará e regulará internamente, mediante a avaliação e ponderação de diversos fatores e peculiaridades locais,
concorrentes para o bom desempenho das atribuições constitucionais e legais da BM, respeitando os seguintes
ordenamentos:

➢ As Patrin serão formadas mediante a expedição de escala de serviço unificada entre as frações, a ser elaborada
pela fração com ascendência imediata no nível de escalonamento organizacional – se forem formadas por
GPM a expedição da escala se dará pelo Pelotão – com supervisão dos respectivos Comandantes de
Companhia, OPM e CRPO, conforme o caso;
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➢ Dentre as frações dos policiais militares que compuserem as Patrin, deverá ser, àquela que corresponder a sede
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de Pelotão, mantida aberta para fins de funcionamento como sede de recebimento e despacho de ocorrências
pelo telefone 190;

➢ Durante o turno de serviço em que a Patrin estiver atuando, esta deverá efetuar, se em situação de normalidade,
ao menos uma averiguação da sede de cada uma das frações orgânicas que a compuserem, ali permanecendo
pelo tempo mínimo necessário a verificação da situação local;

➢ A Patrulha deverá dispor, no mínimo, de viatura de radiopatrulhamento, colete de proteção balística e


armamento do tipo pistola calibre .40, pagos individualmente, além de 01 (um) rádio móvel para comunicação.

O Comandante de Companhia das frações que empregarem o sistema de Patrin deverá contatar o Poder Executivo
(preferencialmente com o Prefeito Municipal) dos municípios que estiverem sob sua circunscrição policial militar, a fim
de comunicar do sistema e das razões de seu emprego, evidenciando o máximo esforço da BM em agir com a eficiência
possível, considerando os meios disponíveis, bem como a perspectiva de majorá-la à medida que as condições de atuação
se tornem mais favoráveis.

Os Comandantes envolvidos deverão adotar medidas acauteladoras complementares no sentido de, quando constituída
uma Patrin, zelar pela segurança do aquartelamento e do material nele dotado, bem como adotarão medidas de instrução
e treinamento ao efetivo que compuser a Patrin, dadas as características sociais e criminais de cada município em que o
militar irá atuar e que, por esta circunstância, difira daquelas correspondentes ao de seu local de atuação ordinário.

2.5. VARIÁVEIS DE POLICIAMENTO OSTENSIVO

São critérios pré-definidos, que permitem a identificação e padronização terminológica das principais variações do
Policiamento Ostensivo a cargo da BM.

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A correta identificação das variáveis do policiamento, bem como, a conjugação por meio de esforços operacionais,
favorece a sistematização para o planejamento de ações e operações, e assim, a criação e oferta de serviços de Segurança
Pública à população.

Permite ainda a construção de indicadores de criminalidade ou de gestão policial, facilitando o controle e


acompanhamento quanto ao atendimento às demandas impostas pela dinâmica do fenômeno criminal às unidades da
BM. Aponta-se as seguintes variáveis:

2.5.1. QUANTO AO TIPO

São qualificadores das ações e operações policiais militares, estabelecidos pelo processo utilizado por características
sócio-geográficas ou por aplicação de uma determinada especialidade legal. Podem ser:

a) Policiamento Ostensivo Geral: Tipo de policiamento ostensivo – preventivo e repressivo - exercido, com
exclusividade pela Brigada Militar visando atender as necessidades basilares de segurança inerentes ao cidadão
e à comunidade;

b) Policiamento Ostensivo de Trânsito: Tipo específico de policiamento ostensivo exercido pela Brigada Militar,
com objetivo de prevenir, reprimir e fiscalizar atos contrários à segurança de trânsito, praticados de forma
direta ou indireta, por pessoas de direito público ou privado, que utilizam as vias abertas à circulação pública,
mantendo a ordem, a disciplina, a organização e o respeito à lei, de forma a evitar e/ou minimizar acidentes de
trânsito, assegurar a livre circulação e a fluidez, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº
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9.503/97) e demais documentos legais pertinentes;
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c) Policiamento de Trânsito Rodoviário: tipo específico de Policiamento Ostensivo executado mediante convênio
em rodovias estaduais e em rodovias federais delegadas, visando a disciplinar o público no cumprimento e no
respeito às regras e normas de trânsito, estabelecidas por órgão competente, de acordo com o Código de
Trânsito Brasileiro (Lei n° 9.503/97) e demais documentos legais pertinentes.

d) Policiamento Ambiental: Tipo específico de policiamento ostensivo exercido pela Brigada Militar no combate
aos crimes e infrações contra o ‘patrimônio ambiental’ coibindo a degradação do ecossistema, a caça e pesca
ilegais, e a poluição em todas as suas formas, garantindo assim a proteção da fauna, dos recursos florestais,
hídricos, bem como trabalhando na preservação do meio ambiente através da Educação Ambiental. Não se
descura, entretanto, o crescente incentivo para que o nível de administração municipal participe do processo
de preservação do meio ambiente, por meio de conselhos municipais, instando a aproximação das instituições;

e) Policiamento de Guarda: Tipo específico de policiamento ostensivo exercido pela Brigada Militar através da
modalidade de permanência, que visa a proteção patrimonial (aquartelamentos, sedes dos poderes estaduais e
estabelecimentos prisionais) ou custódia de pessoas (apenados);

f) Policiamento de Eventos: tipo específico de Policiamento Ostensivo que visa a segurança de espetáculos
artísticos, desportivos, culturais, religiosos e similares;

g) Policiamento Aéreo: Exercício dinâmico do Poder de Polícia desempenhado pela Brigada Militar
compreendendo missões típicas de polícia administrativa, judiciária, de bombeiros e de defesa civil por meio
de atividades móveis de observação, fiscalização, reconhecimento, proteção, socorro, resgate ou mesmo de
emprego de força, com a utilização de aeronaves de asas fixas (aviões) ou asas rotativas (helicópteros).

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h) Policiamento de Fronteiras: Tipo específico de policiamento ostensivo realizado pela Brigada Militar
priorizando a prevenção com repressão imediata aos delitos em áreas de fronteiras reprimindo os crimes e
delitos transfronteiriços e ambientais transnacionais agindo diretamente na contenção da desordem, mediante
fiscalizações, vistorias e barreiras.

i) Policiamento de Operações Especiais: Tipo específico de policiamento ostensivo realizado pela Brigada
Militar com peculiaridades e missões especiais, realizado com exclusividade pela Brigada Militar através dos
batalhões e pelotões de operações especiais, com estruturas, técnicas e doutrinas específicas.

j) Policiamento em Áreas Rurais: Tipo específico de policiamento ostensivo realizado pela Brigada Militar em
áreas de baixa densidade demográfica, com características econômicas do setor primário, voltadas à agricultura
e à pecuária, com foco abrangente, priorizando a prevenção e a repressão aos ‘crimes do campo’.

k) Policiamento em Áreas Turísticas: Tipo específico de policiamento ostensivo realizado pela Brigada Militar
nas áreas de turismo, com atenção especial à migração e afluxo de pessoas, podendo ser sazonal ou perene.

l) Policiamento Montado: Tipo específico de policiamento ostensivo realizado pela Brigada Militar nos centros
urbanos (parques, praças desportivas e em eventos especiais e culturais ou em distúrbios civis) e nas áreas
rurais, zelando pela cidadania e garantindo o patrimônio e a paz social.

Conforme a localização e destinação, os OPM poderão executar mais de um tipo de policiamento, mas deve-se buscar
a especificidade das ações na produção de serviços, delineando-se tais atribuições na missão principal/secundária.
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Entretanto, essa busca de especificidade não desarreda a BM do princípio da universalidade.
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2.5.2. QUANTO À MODALIDADE

a) Patrulhamento: atividade móvel de observação, fiscalização, reconhecimento, proteção ou mesmo de


emprego de força, desempenhada pelo PM no posto;

b) Permanência: atividade predominantemente estática de observação, fiscalização, reconhecimento,


proteção, emprego de força ou custódia desempenhada pelo PM no posto;

c) Escolta: atividade destinada à custódia de pessoas e/ou bens em deslocamento;

d) Diligência: atividade que compreende a busca de pessoas, animais ou coisas, captura de pessoas ou
animais, apreensão de animais ou coisas, obtenção de provas e resgate de vítimas.

2.5.3. QUANTO À CIRCUNSTÂNCIA DE EMPREGO

a) Ordinária: emprego rotineiro dos meios operacionais, em obediência a um plano sistemático, que
contém as escalas de prioridade;

b) Extraordinária: emprego eventual e temporário de meios operacionais em face de acontecimento


imprevisto, que exige manobra de recursos, ou que necessite extrapolação de carga-horária de trabalho
normal;

c) Especial: emprego temporário de meios operacionais, em eventos previsíveis que exijam esforço
específico.

2.6. ESFORÇOS OPERACIONAIS - MALHA PROTETORA

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O conceito de malha protetora, instituído nas Polícias Militares na década de 1980, ainda é bastante atual e aplicável,
sendo baseado na ocupação de espaços vazios para prevenção ao delito. Consiste na definição de esforços de
policiamento de forma escalonada e sucessiva, a partir da célula básica do policiamento preventivo, como 1º esforço,
obedecendo ao princípio da responsabilidade territorial, até à utilização de unidades e esforços em recobrimento, para
fazer face a eventuais situações de crise ou elevação demasiada da criminalidade em determinados locais.

São apontados 05 (cinco) níveis de atuação:

a) Esforço ordinário – ocupação preventiva ou de repressão imediata dos espaços de responsabilidade territorial
pelos esforços da célula básica (GPM, Pel e Cia PM), por meio de seu efetivo a pé, em bicicletas e motorizado,
com vistas a criar um clima de segurança objetiva e subjetiva nas comunidades ou restabelecer a ordem
pública;

b) 1º esforço de recobrimento – verificando-se as vulnerabilidades após o esforço ordinário, o OPM emprega a


força tática disponível (POE ou COE) como forma de recobrir e intensificar o policiamento lançado, realizando
operações setorizadas;

c) 2º esforço de recobrimento – persistindo as vulnerabilidades, o OPM passa a contar com o apoio de outros
OPM de recobrimento do nível tático, mobilizado pelo Comando Regional (FT ou FET);

d) 3º esforço de recobrimento – trata-se do penúltimo recobrimento, sendo realizado por meio do emprego de
OPM especializado (BOE, BAv, BABM, etc.), conforme a natureza, a intensidade dos fatos e as necessidades
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do Comando Regional, para enfrentamento da criminalidade organizada;
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e) 4º esforço de recobrimento – emprego de Batalhão Especial de Pronto Emprego (BEPE), para fazer frente a
situações de grave perturbação da ordem, ou eventos de grande repercussão (nacional ou internacional) em
que há necessidade do envolvimento direto do Comando-Geral. O BEPE terá uma estrutura de comando
própria, subordinada diretamente ao Comando-Geral.

2.7. ATIVIDADES POLICIAIS ESPECIALIZADAS

A diversidade de tarefas desempenhadas pela polícia nos dias atuais, no mundo, não é uma especialização, e sim o
resultado de sua própria adaptação aos requisitos de manutenção da ordem. Constata-se que, embora a especialização
seja uma característica do policiamento moderno, não é peculiar a este.

Assim, a especialização da polícia está mais relacionada à atuação sob leis e normas específicas, com ações
diferenciadas, do que com a qualificação na utilização de táticas e técnicas voltadas para a legislação penal comum e
demais leis agregadas.

Na estrutura atual da BM, são consideradas atividades especializadas os policiamentos ambiental e de trânsito, pois
lidam com técnicas, táticas e normas específicas. Claro é que tais atividades não se tratam de recobrimento. Mas, apesar
dos OPM especializados compartilharem a mesma base territorial dos OPM possuidores de responsabilidade territorial,
não há que se falar em conflitos, visto que atuam sob um mesmo

Comando Regional, e suas atribuições são estabelecidas em normas especificas.

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2.7.1. MEIO AMBIENTE OU AMBIENTAL

O policiamento ambiental tem por atribuição o Policiamento Ostensivo, em áreas urbanas e rurais, com finalidade de
prevenir delitos, detectar e reprimir infrações administrativas e crimes contra o meio ambiente, a fim de diminuir índices
de degradação da natureza, em busca da melhoria da qualidade de vida da população.

A atuação administrativa dependerá da celebração de convênios com órgãos do Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA, e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA).

O detalhamento das atribuições do policiamento ambiental serão definidas em diretriz específica.

2.7.2. TRÂNSITO

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) instituído pela Lei nº 9.503/97, estabelece as normas alusivas à sistemática de
fiscalização de trânsito, principalmente por meio da definição dos artigos 23 (das Polícias Militares dos Estados e do
Distrito Federal) e 24 (dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios).

Pelas normas do CTB, tem-se que compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de
sua circunscrição, dentre outras atribuições, executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medidas
administrativas cabíveis, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas no CTB, no exercício regular
do Poder de Polícia de Trânsito. Além disso, compete ainda aos municípios e aos órgãos e entidades executivos
rodoviários dos Estados fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis relativas a
MIQUELI
infrações por excesso de peso, dimensões e lotação SOARES
dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar.
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Verifica-se a tendência do legislador à municipalização do trânsito, sendo que o exercício das atribuições executivas do
Município, previsto no CTB, dependerá de sua integração ao Sistema Nacional de Trânsito.

A competência da Polícia Militar relativa ao trânsito consiste em executar o Policiamento Ostensivo de trânsito, visando
a fiscalização quando e conforme convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou
executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes credenciados. Tem por finalidade prevenir e reprimir
infrações administrativas e crimes de trânsito, evitar acidentes, assegurar a fluidez e a livre circulação de veículos e
pedestres, propiciando segurança e conforto aos usuários das vias urbanas e rurais.

A atuação administrativa no policiamento de trânsito, nos diversos logradouros públicos, rodovias estaduais e federais
delegadas, se dá mediante a celebração de convênios com os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito – SNT.

O detalhamento das atribuições do policiamento de trânsito, urbano ou rodoviário, são definidos em diretriz específica.

3. EMPREGO OPERACIONAL
3.1. MISSÃO ESPECÍFICA DOS OPM E FRAÇÕES

3.1.1. MISSÃO

A atividade de Polícia Ostensiva comporta variáveis diversas, e conforme a realidade local das comunidades, o serviço
a ser prestado pode sofrer conformações, sem, contudo, desviar-se da missão institucional da BM.

Os OPM e suas frações devem ter claramente identificada a sua missão no contexto do sistema operacional da BM, o
que constará nos respectivos Planos de Gestão e Emprego Operacional.

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Os Comandos Regionais deverão exercer a coordenação do planejamento para a definição da missão de cada OPM
subordinado, atentando para o princípio da responsabilidade territorial e para as necessidades e possibilidades de
recobrimento.

No detalhamento do Plano deverá constar de forma expressa e inequívoca a missão principal, ou seja, aquela para qual
a unidade foi concebida e preparada, em termos de recursos e treinamento. Também deve ser definida a missão
secundária, em que, eventual ou excepcionalmente, tal OPM possa ser empregado, de forma suplementar ou em apoio.

Para os OPM de recobrimento, consideradas forças de reação do Comando-Geral, a missão principal será sempre
vinculada à possibilidade de atendimento a demandas específicas em todo o território do Estado.

3.1.2. JORNADAS OPERACIONAIS

As jornadas operacionais na BM serão definidas de forma a atender as demandas de serviço (preventivo ou


repressivo), correspondendo a carga horária, jornadas e turnos definidos em documento próprio estabelecido pelo
Comando da Corporação. Qualquer exceção para atendimento de peculiaridades regionais deve ser implementada tão
somente com ordem do Comandante-Geral e, no seu impedimento, por delegação, pelo Subcomandante-Geral.

3.2. COMANDOS REGIONAIS DE POLÍCIA OSTENSIVA (CRPO)

São os Comandos responsáveis pelas atividades de Polícia Ostensiva e pela implementação das políticas e diretrizes
operacionais do Comando-Geral nos respectivos espaços territoriais de responsabilidade. O município-sede, o espaço
MIQUELIdos
geográfico de responsabilidade e a articulação operacional SOARES
CRPO serão constantes no Plano de Articulação da
BM. miqueli.xs@gmail.com

Compete ao Comandante Regional:

a) Implementar as diretrizes de Polícia Ostensiva nas respectivas regiões contemplando, com as


adaptações necessárias, os pressupostos da polícia por resultados;

b) Elaborar o planejamento regional para emprego operacional, a ser atualizado anualmente, remetendo-
o à Chefia do EMBM para apreciação;

c) Estabelecer as diretrizes e coordenar a elaboração dos planejamentos dos OPM subordinados;

d) Exercer a coordenação e controle da atividade- fim, conforme diretrizes;

e) Incentivar e apoiar a iniciativa e a criatividade no exercício da atividade de policia ostensiva dos


comandos subordinados;

f) Normatizar os procedimentos operacionais, de forma a obter ações padronizadas e otimizadas, por meio
de planejamento constante, treinamento, reuniões periódicas e outros congêneres à disposição;

g) Por meio de seus Estados-Maiores, deverão realizar, permanentemente, pesquisas sobre assuntos
profissionais de interesse, por iniciativa ou por solicitação dos OPM subordinados, visando a apoiar e
aliviar os escalões subordinados, bem como dar-lhes maiores condições de operacionalidade.

As seções do Estado-Maior dos CRPO deverão manter estreita ligação com as seções correlatas dos escalões
subordinados e superiores, atuando em sinergia no sistema operacional da BM, visando à constante troca de
informações, ao controle, à orientação, à padronização de ações e ao detalhamento, em nível regional e local, da
doutrina de pessoal, inteligência, operações, ensino, treinamento, logística e comunicação organizacional.
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3.3. COMANDO RODOVIÁRIO (CRBM)

É o Comando (com caráter e em mesmo nível de Regional) responsável pela coordenação, controle e emprego dos
OPM de Polícia Rodoviária Estadual em todas as estradas estaduais (e federais sob responsabilidade estadual) em todo
o Estado do RS, e que podem atuar com ações de recobrimento cooperado aos Comandos Regionais.

3.4. COMANDO AMBIENTAL (CABM)

É o Comando (com caráter e em mesmo nível de Regional) responsável pela coordenação, controle e emprego dos
OPM de Polícia Ambiental (Meio Ambiente) em todo o Estado do RS, e que podem atuar com ações de recobrimento
cooperado aos Comandos Regionais.

3.5. COMANDO DE ÓRGÃOS ESPECIAIS (COE)

É o Comando (com caráter e em mesmo nível de Regional) responsável pela coordenação, controle e emprego dos
seguintes OPM especializados:

a) De atuação específica, isolada e fixa na Capital: Batalhão de Polícia de Guardas (BPG);


b) De atuação específica, isolada e em todo Estado: Grupamento de Supervisão de
c) Vigilâncias e Guardas (GSVG) e Batalhão de Polícia Fazendária (BPF);
d) De atuação em todo Estado, podendo atuar em recobrimento cooperado com os Comandos Regionais e seus
OPM: Batalhão de Aviação (BAv). MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com

3.6. UNIDADES DE EXECUÇÃO OPERACIONAL (OPM)

Os Órgãos Policiais Militares (OPM) são diretamente responsáveis pelo planejamento e execução dos serviços de
Polícia Ostensiva oferecidos pela BM à coletividade no seu espaço territorial, em observância ao princípio da
responsabilidade territorial, ou de sua competência técnica específica. Deve, ainda, exercer a coordenação e controle
das atividades, respondendo ao Comando imediatamente superior (nível intermediário). As Unidades de Execução
Operacional (ou OPM operacionais). Poderão ser:

a) Batalhões de Polícia Militar (BPM);

b) Batalhões de Policiamento em Áreas de Fronteira (BPAF);

c) Batalhões de Policiamento em Áreas Turísticas (BPAT);

d) Regimento de Polícia Montada (RPMont);

e) OPM especializados em virtude da missão:

➢ Batalhões, Companhias, Pelotões e Grupos Ambientais;

➢ Batalhões de Operações Policiais Especiais (BOE);

➢ Batalhão de Aviação (BAv);

➢ Batalhão de Polícia de Guardas (BPG);

➢ Batalhão de Polícia Fazendária (BPF).


327
Dia 26

➢ Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE*).

*O GATE, embora constante na relação como um OPM operacional, não o é, pois trata-se de uma fração do 1º BOE,
sediado em Porto Alegre. Cabe considerar em estudo necessário, sua autonomia administrativa como OPM
especializado, com estrutura de Companhia em caráter independente, por sua especial missão e natureza, desvinculando-
o do 1º BOE e aproximando-o, no organograma, mais do Comando-Geral.

3.7. FORÇAS DE REAÇÃO DO COMANDO-GERAL

São OPM especiais/especializados que, embora subordinadas a Comandos Regionais, são forças reativas e de
recobrimento disponíveis ao Comando-Geral da BM, destinadas a atuar em casos de graves perturbações da ordem, em
ocorrências que extrapolem a capacidade de atendimento pelos OPM, ou exijam o emprego de técnicas especiais.

Tais OPM são dotados com recursos materiais específicos (viaturas, armamento, equipamentos e apetrechos)
compatíveis com a missão, além de efetivo com treinamento especializado. Desenvolvem ações/operações táticas e de
recobrimento nas situações emergentes no campo da Segurança Pública em todo o território gaúcho, mediante
acionamento do Subcomandante-Geral. O emprego ordinário dos citados OPM será definido pelo seu Comandante
Regional.

São consideradas forças de reação do Comando-Geral os seguintes OPM:

a) Batalhões de Operações Policiais Especiais (BOE);


MIQUELI SOARES
b) Batalhão de Aviação (BAv); miqueli.xs@gmail.com

c) Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE).

Para o emprego operacional destes OPM, serão observados os seguintes parâmetros:

a) BOE

Emprego como FORÇA TÁTICA – em sua missão, visa ao enfrentamento da criminalidade organizada e violenta e,
de forma suplementar a atuação em apoio aos OPM com RT, de modo a cobrir zonas quentes de criminalidade não
ocupadas ou a reforçar locais críticos, com utilização de viaturas. Deverá estar em condições de emprego em todo o
Estado. Tem por objetivo o cumprimento de missões específicas, visando à repressão qualificada:

➢ captura de presos de alta periculosidade;

➢ cobertura aos oficiais de justiça em reintegrações de posse;

➢ combate ao crime organizado e criminalidade violenta.

➢ realização de escoltas especiais.

Emprego em CONTROLE DE DISTÚRBIOS CIVIS e POLÍCIA DE EVENTOS - Trata-se

da execução de atividades de restauração da ordem pública. Deverá estar em condições para emprego em todo o Estado,
promovendo constante treinamento de sua tropa com vistas à atuação preventiva e/ou repressiva, nos locais e áreas onde
ocorra ou haja incidência de perturbação da ordem, cabendo-lhe, como missão principal a atuação nas operações de:

➢ controle de distúrbios civis;

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Dia 26

➢ ocupação, defesa e retomada de pontos sensíveis;

➢ intervenção em conflitos relativos à posse e ao uso de terras e imóveis rurais e urbanos;

➢ repressão à rebelião e motins em presídios;

➢ operações com emprego de cães.

Como missão secundária, realizará o Policiamento Ostensivo geral em shows artísticos, eventos desportivos, festas
religiosas e similares, de grande porte, e o emprego, em recobrimento de locais críticos na Região Metropolitana de
Porto Alegre.

Emprego como ESCOLTA e SEGURANÇA DE DIGNITÁRIOS – em sua missão, visa à segurança de comboios
e/ou dignitários em deslocamentos na Região Metropolitana de Porto Alegre ou outras regiões.

b) Batalhão de Aviação (BAv)

Unidade responsável pelo emprego de aeronaves de asas fixas (aviões) e rotativas (helicópteros) da BM. Executa o
radiopatrulhamento aéreo rotineiro na Região Metropolitana de Porto Alegre e nas cidades do interior em ações e
operações programadas pelo Comando-Geral. A unidade é responsável, ainda, por atuar em ocorrências de alta
complexidade,

salvamento e socorro e calamidades, em apoio a outros OPM.


MIQUELI SOARES
O BAv possui sua sede em Porto Alegre e, miqueli.xs@gmail.com
de acordo com a necessidade devidamente comprovada em Estudo de
Situação, poderão ser criadas Companhias de Aviação em cidades-pólo no interior do Estado, permanecendo, contudo,
subordinadas administrativa e tecnicamente ao BAv, com vinculação operacional ao Comando Regional onde estará
sediada.

O emprego operacional do BAv e a desconcentração de suas subunidades deverão seguir o critério de atendimento às
macrorregiões do Estado.

Em caso de necessidade de emprego de aeronave fora da Região de atuação, a alocação ocorrerá mediante autorização
do Comando-Geral.

O emprego de aeronaves em vôos diurnos e noturnos será objeto de planejamento específico que deverá ser submetido
à apreciação do Subcomandante-Geral, com observância das normas, regulamentos e outras instruções da Agência
Nacional de Aviação Civil (ANAC) ou correspondente.

Em situações de emergência, o acionamento do BAv para atuação em qualquer parte do Estado poderá ser feito por
meio de contato direto do Comandante Regional ou, no impedimento deste, pelo Comandante do OPM, com o
Subcomandante-Geral. Logo que possível o responsável pelo acionamento deverá restabelecer a cadeia de comando,
comunicando a necessidade do acionamento a seu comando imediato.

Deverá ser editada norma específica tratando do emprego do radiopatrulhamento aéreo, notadamente quanto à questão
de emprego e vinculação operacional das Cias de Aviação instaladas no interior do Estado.

c) Grupamento de Ações Táticas Especiais (GATE)

O GATE, sediado e subordinado ao 1º BOE, atua em operações específicas que extrapolem a capacidade de atendimento
rotineiro do policiamento ordinário, em apoio aos OPM. Também poderá atuar nas ações/operações de caráter
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Dia 26

repressivo, em todo o Estado do RS, após terem sido esgotados todos os meios disponíveis para a solução do fato
delituoso ou na Gestão de Eventos de Segurança Pública/Defesa Social de Alto Risco, tais como:

➢ Resgate de pessoas que se encontrem como reféns ou "vítimas" de perpetradores de incidentes críticos;

➢ Salvamento de cidadãos que estão a portar armas e se encontrem em tentativa de suicídio;

➢ Prisão de cidadãos-infratores armados que se encontrem barricados;

➢ Localização e prisão de cidadãos-infratores que se encontrem em locais de difícil acesso tais como
matas e florestas;

➢ Resgate de guarnições policiais que se encontrem em confrontos com infratores fortemente armados no
interior de aglomerados urbanos;

➢ Desativação de artefatos explosivos improvisados e convencionais;

➢ Gestão de incidentes críticos que envolvam ameaças de bombas;

➢ Realização de vistorias antibombas em estádios de futebol e locais de grandes eventos;

➢ Retomada de estabelecimentos prisionais em situações de rebelião;

➢ Proteção de autoridades e pessoas ameaçadas,


MIQUELI conforme normas e legislação vigente;
SOARES
miqueli.xs@gmail.com
➢ Outras, após análise do Subcomandante-Geral.

O GATE deverá estar em condições de acionamento, diuturnamente, mantendo efetivo em regime de prontidão no
quartel. A tropa deverá estar treinada e preparada para ser reunida em curto espaço de tempo, utilizando-se os recursos
disponíveis. Havendo necessidade de atuação em qualquer localidade do Estado, o acionamento poderá ser feito
diretamente pelo Comandante Regional ou, no impedimento deste, pelo Comandante do OPM local ao Subcomandante-
Geral.

O GATE, embora constante na relação como um OPM operacional, não o é, pois trata-se de uma fração do 1º BOE,
sediado em Porto Alegre. Cabe considerar em estudo necessário, sua autonomia administrativa como OPM
especializado, com estrutura de Companhia em caráter independente, por sua especial missão e natureza, desvinculando-
o do 1º BOE e aproximando-o, no organograma, mais do Comando-Geral.

3.8. FORÇA-TAREFA

A força-tarefa é uma estrutura organizacional elaborada exatamente para atender a situações que indiquem haver
ponto(s) fraco(s) em uma estrutura rígida, tornando-a inapta a oferecer respostas adequadas em ocorrências de maior
complexidade, ou que haja necessidade de envolvimento simultâneo de diversos esforços de Segurança Pública.

É flexível, adaptável, dinâmica e participativa. Em organizações de negócios, força- tarefa é uma forma
institucionalizada de equipe ou grupo que reúne representantes de inúmeras unidades diferentes em uma base intensiva
e flexível, em muitos casos para lidar com um problema temporário. As pessoas que participam de uma força-tarefa
trabalham dentro de um prazo determinado e concentram sua energia e seu esforço na concretização de uma meta
específica. Dessa forma, a organização de força-tarefa é quase sempre bem- sucedida ao dar saltos quânticos em áreas
como o desenvolvimento de novos produtos.

330
Dia 26

Entretanto, o modelo de força-tarefa também tem seus limites. Devido à sua natureza temporária, o novo conhecimento
ou know-how criado em equipes de força-tarefa não é transferido com facilidade a outros membros da organização após
a conclusão do projeto. Portanto, a força-tarefa não é adequada à exploração e transferência do conhecimento de uma
forma ampla e contínua em toda a organização.

Considerando tal deficiência, quando da atuação da força-tarefa envolvendo integrantes da BM, estes deverão
documentar as decisões tomadas nas situações fáticas

enfrentadas, bem como o modus operandi utilizado nos processos decisórios e os resultados obtidos, visando subsidiar
no estabelecimento e consolidação de doutrina pertinente pelo Comando-Geral.

São consideradas forças-tarefa: Força de Emprego Tático (FET), Batalhão Especial de Pronto Emprego (BEPE), etc.

4. SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICA


4.1. OS SERVIÇOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Os serviços de Segurança Pública, para a BM, priorizam a prevenção ao delito e à desordem; possibilitam informações
para início da persecução criminal em casos de cometimento de ilícitos penais; utilizam a força quando necessária, de
forma gradual e moderada; permitem e valorizam a participação social, com respeito aos direitos humanos.

A criação de serviços de segurança na BM se dá por meio da conjugação das variáveis e esforços de policiamento,
agregando-lhes novos valores e conceitos, tendoMIQUELI SOARES
por finalidade oferecer à população ações e operações proativas e
reativas de ponta, que atendam as necessidadesmiqueli.xs@gmail.com
locais de forma “customizada” conforme a realidade e os problemas de
Segurança Pública.

São exemplos de serviços prestados pela BM, conforme as características e a demanda local: Patrulha Rural, Patrulha
Escolar, Patrulha “Maria da Penha”, PATRES, PATAMO, Núcleo de Polícia Comunitária, Bases Móveis de Polícia
Comunitária, PROERD, etc.

Para a criação de novos serviços deve haver a elaboração de estudos e experimentações, sob supervisão e
acompanhamento do EMBM. Caso sejam validados, os serviços serão aprovados e publicados por meio de normas
(instruções), permitindo assim a padronização.

O Departamento de Ensino (DE), por meio dos seus OPM de ensino, deverá ser envolvido no processo no que tange a
capacitação da tropa, visando à eficiência e adequação do serviço às normas da BM.

O somatório dos serviços já implementados e as experiências de sucesso na execução do policiamento deverão compor
o Dossiê de Serviços, sob coordenação do EMBM.

4.2. O PORTFOLIO DE SERVIÇOS

O desenvolvimento de serviços é um processo que corresponde a um conjunto de etapas e atividades, amparadas por
técnicas e métodos, da ideia até o lançamento, transformando o conhecimento humano e proporcionando a sobrevivência
de uma organização.

Com o enfoque na administração pública, a BM possui um portfólio (ou pasta) variado de serviços, adaptável às diversas
circunstâncias relacionadas à Segurança Pública.

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Dia 26

Os problemas sociais são dinâmicos e complexos dependendo da intervenção dos diversos órgãos do Sistema de
Segurança Pública, para sua efetiva solução, por meio da integração e interação. A BM isoladamente não soluciona
esses problemas. Suas técnicas, táticas e tecnologias estão voltadas para uma parte do problema. As ações são realizadas
de modo integrado com outros órgãos e entidades. Essas ações são caracterizadas pela interdependência organizacional
de resultados e pela necessidade de uma sistematização na atuação.

4.2.1. A METODOLOGIA DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO

A metodologia da BM para a aprovação e institucionalização dos serviços produzidos obedecerão um fluxo que deverá
ser objeto de instrução específica e, após aprovado, passará a fazer parte do portfolio de serviços integrados da
Instituição.

4.2.2. O PORTFOLIO DE SERVIÇOS INTEGRADOS

O Portfolio de Serviços Integrados, conceitualmente, é um repositório de propostas de novos serviços que, após
inicialmente aceito, passará por um detalhado processo de avaliação por uma ou mais comissões até que, caso aprovada
pela Instituição a mesma se torne um serviço oficial da Brigada Militar e, por sua vez, de Segurança Pública.

A Pasta de serviços aprovados estará disponível para ser consultado por qualquer usuário da BM, em todo o Estado do
RS, se tornando uma ferramenta centralizada e muito útil na disseminação de conhecimento e boas práticas entre os
OPM.

5. ORIENTAÇÕES FINAIS MIQUELI SOARES


miqueli.xs@gmail.com
Esta Diretriz será difundida à todos os OPM e Frações da BM.

O EMBM adotará providências para incluir os assuntos desta DGO nos diversos concursos internos, e na malha
curricular dos cursos de formação/especialização.

Revogam-se as disposições em contrário.

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Dia 30

NOÇÕES DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR


DECRETO Nº 42.871, DE 04 DE FEVEREIRO DE 2004 - Regula a Lei de Organização Básica da Brigada Militar.44

DECRETO Nº 42.871, DE 04 DE FEVEREIRO DE 2004.


(Atualizado até o Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)
Regula a Lei de Organização Básica da Brigada Militar.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso de atribuição que lhe confere o artigo 82, incisos V e VII,
da Constituição do Estado e de conformidade com a LEI Nº 10.991, de 18 de agosto de 1997, e suas alterações,

DECRETA:

Art. 1º - O presente Decreto regulamenta a estrutura, as atribuições, a denominação, o efetivo, o nível, a subordinação e o grau de
comando na Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, nos termos da LEI Nº 10.991, de 18 de agosto de 1997, que dispõe
sobre a sua Organização Básica.

TÍTULO I
MIQUELI SOARES
DA COMPETÊNCIA E DA ESTRUTURA GERAL
miqueli.xs@gmail.com

Art. 2º - A Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Instituição permanente e regular, organizada com base na hierarquia
e na disciplina, nos termos da LEI Nº 10.991, de 18 de agosto de 1997, tem as seguintes competências:

I - executar, com exclusividade, ressalvada a competência das Forças Armadas, a polícia ostensiva, planejada pela autoridade
policial militar competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes
constituídos;

II - atuar preventivamente, como força de dissuasão, em locais ou áreas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem
pública;

III - atuar repressivamente, em caso de perturbação da ordem pública e no gerenciamento técnico de situações de alto risco;

IV - exercer atividades de investigação criminal militar;

V - atuar na fiscalização e controle dos serviços de vigilância particular no Estado;

VI - executar o serviço de prevenção e combate a incêndio;

VII - planejar, organizar, fiscalizar, controlar, coordenar, instruir, apoiar e reconhecer o funcionamento dos serviços civis
auxiliares de bombeiro;

VIII - realizar os serviços de busca e salvamento aéreo, aquático e terrestre no estado;

44
REFERÊNCIA: APOSTILA CBA - CTSP VOLUME III. Última atualização: 23Mai2023 18h10. Disponível em:
https://intra.bm.rs.gov.br/direcao/pm3doutrina
333
Dia 08

IX - executar as atividades de defesa civil no Estado;

X - planejar, estudar, analisar, vistoriar, controlar, fiscalizar, aprovar e interditar as atividades, equipamentos, projetos e planos
de proteção e prevenção contra incêndios, pânicos, desastres e catástrofes em todas as edificações, instalações, veículos,
embarcações e outras atividades que ponham em risco a vida, o meio ambiente e o patrimônio, respeitada a competência de outros
órgãos;

XI - realizar a investigação de incêndios e sinistros;

XII - elaborar e emitir resoluções e normas técnicas para disciplinar a segurança contra incêndios e sinistros;

XIII - avaliar e autorizar a instalação de sistema ou centrais de alarmes privados contra incêndios, nos Órgãos de Polícia Militar
(OPM) de Bombeiros, mediante a cobrança de taxas de serviço não emergenciais, determinadas pela Lei nº 10.987/97, aplicando-
se as penalidades previstas em lei;

XIV - desempenhar outras atividades previstas em lei.

Art. 3º A Brigada Militar, vinculada administrativa e operacionalmente à Secretaria da Segurança Pública, estrutura-se em:
(Redação dada pelo Decreto nº 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

I - Órgãos de direção-geral, compreendendo:

a) Comandante-Geral;

b) Subcomandante-Geral;
MIQUELI SOARES
c) Conselho Superior; miqueli.xs@gmail.com

d) Estado-Maior;

e) Corregedoria-Geral;

f) Ajudância-Geral;

g) Gabinete do Comandante-Geral;

h) Comissão de Avaliação e Mérito;

II - Órgãos de apoio, compreendendo:

a) Departamento de Ensino;

b) Departamento de Logística e Patrimônio;

c) Departamento de Saúde;

d) Departamento Administrativo;

e) Departamento de Informática;

f) Comando do Corpo de Bombeiros.

III - Órgãos de Execução, compreendendo:

a) Comandos Regionais de Polícia Ostensiva;


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Dia 08

b) Comando de Polícia de Choque; (Redação dada pelo Decreto nº 55.763, de 18 de novembro de 2021)

c) Comando Rodoviário da Brigada Militar;

d) Comando Ambiental da Brigada Militar;

e) Órgãos de Polícia Militar de Polícia Ostensiva;

f) Comando dos Órgãos de Polícia Militar Especiais; (Redação dada pelo Decreto nº 55.763, de 18 de novembro de 2021)

g) Órgãos de Polícia Militar de Ensino;

h) Órgãos de Polícia Militar de Logística;

i) Órgãos de Polícia Militar de Saúde;

j) Órgãos de Polícia Militar de Tecnologia da Informação;

k) Órgãos de Polícia Militar Especiais. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.788, de 12 de maio de 2005)

Parágrafo único - São autoridades policiais militares os Oficiais e os Praças, no desempenho de atividade policial-militar.

TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO-GERAL

Art. 4º - Ao Comando-Geral, Órgão de Direção-Geral da Brigada


MIQUELI SOARESMilitar, compete à administração da Instituição, que será
exercida diretamente pelo Comandante-Geral e pelos demais órgãos que
miqueli.xs@gmail.com compõem o referido Comando, com funções específicas
de disciplina, assessoramento e suporte administrativo.

Art. 5º - Ao Comandante-Geral, indicado pelo Secretário de Estado da Justiça e Segurança e nomeado pelo Chefe do Poder
Executivo, compete:

I - a coordenação geral das atividades da Instituição;

II - a presidência da Comissão de Avaliação e Mérito;

III - a direção do Conselho Superior.

Art. 6º - O Subcomandante-Geral da Brigada Militar, ouvido o Comandante-Geral e o Secretário de Estado da Justiça e


Segurança e nomeado pelo Governador do Estado, sendo o substituto imediato do Comandante-Geral nos impedimentos eventuais
deste, competindo-lhe, igualmente, as funções que lhe forem por ele delegadas.

Parágrafo único. O Batalhão de Aviação da Brigada Militar - BavBM - e o Batalhão de Operações Policiais Especiais - BOPE,
criados nos termos deste Decreto, bem como a coordenação da Força Tarefa da Brigada Militar - FTBM, ficam diretamente
subordinados ao Subcomandante-Geral. (Parágrafo único alterado pelo Decreto Estadual n° 55.302, de 08 de junho de 2020)

Art. 7º - O Conselho Superior é constituído pelos Coronéis da ativa em exercício na Corporação, competindo-lhe, em
assessoramento direto ao Comandante-Geral, o acompanhamento e manifestação em assuntos relevantes da Instituição, com vista
ao fornecimento de subsídios para a tomada de decisão.

Parágrafo único - O Conselho Superior será secretariado pelo Coronel de menor precedência hierárquica.

Art. 8º - Ao Estado-Maior da Brigada Militar (EMBM), em assessoramento direto ao Comandante-Geral, compete o estudo e o
planejamento estratégico de todas as atividades da Instituição.

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Dia 08

§ 1º - O Estado-Maior da Brigada Militar, subordinado ao Comandante-Geral, será estruturado em:

I - Primeira Seção (PM-1) - Pessoal e Legislação;

II - Segunda Seção (PM-2) - Inteligência;

III - Terceira Seção (PM-3) - Operações e Instrução;

IV - Quarta Seção (PM-4) - Logística, Patrimônio e Orçamento;

V - Quinta Seção (PM-5) - Comunicação Social.

VI - Secretaria Executiva do Chefe do Estado Maior da Brigada Militar. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de
11 de novembro de 2004)

§ 2º - Para o cumprimento de suas missões o EMBM poderá requisitar informações dos demais órgãos componentes da estrutura
da Brigada Militar.

Art. 9º - A Corregedoria-Geral (Cor-G), responsável pela disciplina, orientação e fiscalização das atividades funcionais e da
conduta dos servidores da Instituição, será exercida pelo Corregedor- Geral, subordinado ao Comandante-Geral, contará com as
Seções de Justiça e Disciplina, de Feitos Especiais, de Correição e a Seção Administrativa.

Parágrafo único - Compete à Corregedoria-Geral:

I - cumprir atividades que lhe sejam atribuídas pelo Comandante-Geral;


MIQUELI SOARES
II - exercer a apuração de responsabilidade miqueli.xs@gmail.com
criminal, administrativa ou disciplinar;

III - fiscalizar, orientar e apoiar as atividades de polícia judiciária militar dos órgãos e dos policiais militares estaduais da
Brigada Militar, realizando inspeções e correições e sugerindo as medidas necessárias ou recomendáveis para a racionalização e
eficiência dos serviços;

IV - avaliar, para encaminhamento posterior ao Comandante-Geral, os elementos coligidos sobre o estágio probatório de
integrantes das carreiras dos policiais militares estaduais;

V - providenciar junto a qualquer autoridade certidões, diligências, exames, pareceres técnicos e informações indispensáveis
ao bom desempenho de sua função.

Art. 10 - A Ajudância-Geral será exercida pelo Ajudante-Geral, oficial do círculo dos Oficiais Superiores subordinado ao
Subcomandante-Geral, e contará com as Seções Administrativas e de Pessoal, competindo-lhe:

I - a administração do Quartel do Comando-Geral (QCG);

II - o arquivo geral e o boletim diário da Corporação;

III - o apoio de praças e de material a todos os Órgãos sediados no QCG;

IV - a segurança e serviços gerais do QCG.

Art. 11 - O Gabinete do Comandante-Geral (GabCmt-G), ao qual compete o assessoramento direto ao Comandante-Geral, será
chefiado por Oficial Superior a ele subordinado, contando com a seguinte estrutura:

I - Assessoria Jurídica;

II - Assessoria Parlamentar;
336
Dia 08

III - Secretaria Executiva do Comandante-Geral;

IV - Secretaria Executiva do Subcomandante-Geral;

V - Assessoria de Assuntos Estratégicos; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

VI - Assessoria de Assistência Biopsicossocial; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

VII - Assessoria de Controle Interno. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.898, de 30 de junho de 2005)

Art. 12 - A Comissão de Avaliação e Mérito (CAM), a qual compete o controle, a avaliação e o processamento das promoções
das carreiras de nível superior e médio, é órgão de assessoramento permanente do Comandante-Geral, regulado em legislação
própria e estruturado em:

I - Subcomissão de Avaliação e Mérito de Oficiais, presidida pelo Subcomandante-Geral;

II - Subcomissão de Avaliação e Mérito de Praças, presidida pelo Chefe do Estado-Maior.

TÍTULO III
DOS ÓRGÃOS DE APOIO

Art. 13 - Os órgãos de apoio da Brigada Militar são constituídos pelos Departamentos e Comando do Corpo de Bombeiros a que
se refere o inciso II do artigo 3° deste Decreto, subordinados ao Comando-Geral, competindo-lhes o planejamento, a direção, o
controle e a execução das diretrizes emanadas do comando da Instituição. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de
março de 2004)
MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
Parágrafo único - Os Órgãos de apoio da Brigada Militar organizarão em forma de sistema as atividades de administração,
bombeiro, defesa civil, ensino, informática, logística, patrimônio, pesquisa, recursos humanos, saúde e treinamento.

Art. 14 - O Departamento de Ensino (DE) é responsável pelas atividades de ensino, instrução e pesquisa, estruturando-se em:

I - Divisão de Logística e Orçamento;

II - Divisão de Ensino e Treinamento;

III - Divisão Administrativa.

Art. 15 - O Departamento de Logística e Patrimônio (DLP), é responsável pelos bens patrimoniais afetos à instituição,
competindo-lhe a aquisição, distribuição, manutenção e contratação de todos os serviços, estruturando-se em:

I - Divisão Administrativa;

II - Divisão de Logística;

III - Divisão de Patrimônio;

IV - Divisão Técnica;

V – Divisão de Convênios; (Inciso V inserido pelo Decreto Estadual n° 43.990, de 30 de agosto de 2005)

VI – Divisão de Inquérito Técnico. (Inciso VI inserido pelo Decreto Estadual n° 47.069, de 11 de março de 2010)

Art. 16 - O Departamento de Saúde (DS), é responsável pelas atividades de saúde da Instituição, estruturando-se em:

I - Divisão de Saúde Humana;


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Dia 08

II - Divisão de Saúde Animal;

III - Divisão Administrativa.

Art. 17 - O Departamento Administrativo (DA), é responsável pelos recursos humanos e pela execução das atividades financeiro-
orçamentário-contábeis da Instituição, estruturando-se em:

I - Divisão de Pessoal;

II - Divisão de Finanças;

III - Divisão de Auditorias; (Revogado pelo Decreto Estadual n° 43.898, de 30 de junho de 2005)

IV - Divisão de Recrutamento, Seleção e Acompanhamento.

Art. 18 - O Departamento de Informática (DI) é o responsável pelos sistemas de produção da informação, informatização e de
comunicações da Instituição, estruturando-se em:

I - Divisão de Gerência da Informação;

II - Divisão Técnica Operacional;

III - Divisão de Telefonia e Comunicação;

IV - Divisão de Gerência de Rede.


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Art. 19 - O Comando do Corpo de Bombeiros (CCB) é o responsável pelas atividades técnicas de bombeiro, estruturando-se em:
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I - Divisão Técnica de Prevenção de incêndio e Investigação;

II - Divisão de Operações e de Defesa Civil;

III - Divisão Administrativa.

TÍTULO IV
DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO
CAPÍTULO I
DOS COMANDOS REGIONAIS E ESPECIAIS
SEÇÃO I
DOS COMANDOS REGIONAIS DE POLÍCIA OSTENSIVA

Art. 20 - Os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva, escalões intermediários, subordinados ao Comando-Geral, competem
administrar a execução das atividades de polícia ostensiva e de segurança pública em suas respectivas responsabilidades territoriais,
e também as atividades administrativo-operacionais dos OPM que lhes são subordinados.

§ 1º - Os Comandos Regionais de Polícia Ostensiva serão comandados por Oficiais Superiores do QOEM.

§ 2° - Os Comandos Regionais contarão com Estado Maior, ao qual compete o assessoramento direto ao Comandante, o estudo
e planejamento estratégico e a coordenação da estrutura do respectivo Comando, estruturando-se em: (Redação dada pelo Decreto
Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

338
Dia 08

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento.

§ 3º - O Comando Regional de Polícia Ostensiva será constituído de no mínimo dois OPM.

SEÇÃO II
COMANDO REGIONAL DE BOMBEIRO

Art. 21 - Os Comandos Regionais de Bombeiro, escalões intermediários, subordinados ao Comando-Geral, competem


administrar e executar as atividades de bombeiros, defesa civil e de segurança pública em seus respectivos espaços de
responsabilidades territoriais, e também as atividades administrativo-operacionais das frações que lhes são subordinadas,
estruturando-se em: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

I - 1ª Seção - B1 - Efetivo, Legislação e comunicação social;

II - 2ª Seção - B2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - B3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - B4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

V - Seção de Prevenção de Incêndio - SPI

§ 1° - Os Comandos Regionais de Bombeiros serão comandados por Oficiais Superiores do QOEM. (Redação dada pelo Decreto
Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004) MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
§ 2° - Os Comandos Regionais contarão com Estado Maior, aos quais compete o assessoramento direto ao Comandante, o estudo
e planejamento estratégico e a coordenação da estrutura do respectivo Comando, estruturando-se em:

I - 1ª Seção - B 1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - B2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - B3 - Operações e Treinamento;

IV - 4" Seção -B4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

V - Seção de Prevenção e Incêndio - SPI. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

§ 3º - O Comando Regional de Bombeiro será constituído de no mínimo dois Subgrupamentos. (Redação dada pelo Decreto
Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

SEÇÃO III
COMANDO DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR ESPECIAIS

Art. 22. O Comando dos Órgãos de Polícia Militar Especiais - COE, subordinado ao Comando-Geral, é o responsável pelo
planejamento, pelo controle e pela fiscalização das atividades técnicas, administrativas e operacionais dos seguintes OPM Especiais:

I – Batalhão de Polícia Fazendária - BPF;

II – Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas - GSVG;

III – Batalhão de Polícia de Guardas - BPG. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.302, de 08 de junho de 2020)

339
Dia 08

§ 1° - O Comando dos órgãos de Polícia Militar Especiais (COE) contará com Estado Maior, ao qual compete o assessoramento
direto ao Comandante, o estudo e planejamento estratégico e a coordenação da estrutura do respectivo Comando, estruturando-se
em:

I - 1ª Seção-P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

§ 2° - O Comando dos Órgãos de Polícia Militar Especiais (COE), na estrutura organizacional da Brigada Militar, situa-se no
mesmo nível dos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de
2004)

§ 3º - O Comando dos órgãos de Polícia Militar Especiais será comandado por Oficial Superior do QOEM. (Redação dada pelo
Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

Art. 22-A - O Comando Rodoviário da Brigada Militar - CRBM - subordinado ao Comando- Geral, é responsável pelo
planejamento, controle e fiscalização das atividades técnicas e administrativo-operacionais dos Batalhões Rodoviários,
estruturando-se em:

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência; MIQUELI SOARES


miqueli.xs@gmail.com
III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento.

§ 1º - Aos Batalhões Rodoviários compete a execução das atividades de polícia ostensiva nas rodovias estaduais e outras
atribuições previstas em Leis e Regulamentos, estruturando-se em:

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento.

V - Companhias Rodoviárias

§ 2º - O Comando Rodoviário e dos Batalhões Rodoviários será exercido por Oficial Superior do QOEM.

§ 3º - O Comando Rodoviário da Brigada Militar - CRBM -, na estrutura organizacional da Brigada Militar, situa-se no mesmo
nível dos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

Art. 22 - B - O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM) subordinado ao Comando- Geral, é responsável pelo
planejamento, controle e fiscalização das atividades técnicas e administrativo-operacionais dos Batalhões Ambientais, estruturando-
se em:

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

340
Dia 08

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento.

§ 1º - Aos Batalhões Ambientais compete cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental, representar a Brigada Militar nas
atividades atinentes à área e promover o intercâmbio com outros órgãos governamentais, por intermédio da proposição de convênios
estruturando-se em:

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

V - Companhias de Polícia Ambiental.

§ 2º - O Comando Ambiental e dos Batalhões Ambientais será exercido por Oficial Superior do QOEM.

§ 3º - O Comando Ambiental da Brigada Militar (CABM), na estrutura organizacional da Brigada Militar, situa-se no mesmo
nível dos Comandos de Policia Ostensiva. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.788, de 12 de maio de 2005)

Art. 22 - C. O Comando de Polícia de ChoqueMIQUELI- CPChq, com sede em Porto Alegre, subordinado ao Comando-Geral, é
SOARES
responsável pelo planejamento, controle e fiscalização das atividades
miqueli.xs@gmail.com técnicas e administrativo-operacionais dos Batalhões de
Polícia de Choque, estruturando-se em: (Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social; (Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de
2021)

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência; (Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento; e (Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento. (Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

§ 1º O Comandante do Comando de Polícia de Choque e dos Batalhões de Polícia de Choque será Oficial Superior do QOEM.
(Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

§ 2º O Comando de Polícia de Choque - CPChq, na estrutura organizacional da Brigada Militar, situa-se no mesmo nível dos
Comandos Regionais de Polícia Ostensiva. (Incluído pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR

Art. 23 - Os Órgãos de Polícia Militar - OPM -, responsáveis pela execução das atividades administrativo-operacionais
indispensáveis ao cumprimento das finalidades da Instituição são classificados em: de Polícia Ostensiva, de Bombeiros, de Ensino,
de Logística, Tecnologia da Informação, de Saúde e Especiais.

§ 1º- Os OPM de Ensino, de Logística, Tecnologia da Informação e de Saúde são respectivamente, subordinados aos
Departamentos de Ensino, de Logística e Patrimônio, Informática e de Saúde.

341
Dia 08

§ 2º - Os OPM de Polícia Ostensiva são subordinados aos respectivos Comandos Regionais de Polícia Ostensiva, os
Subgrupamentos de Combate à Incêndio - SGCI - e os Subgrupamentos de Busca e Salvamento - SGBS -, são frações orgânicas dos
respectivos Comandos Regionais de Bombeiros.

§ 3º- Os OPM de Polícias Ostensiva, de Bombeiros e Especiais terão denominação própria, conforme seu nível hierárquico,
podendo constituir-se como:

I - Batalhão;

II - Regimento;

III - Grupamentos.

§ 4º - Constituem-se em fração do respectivo OPM a que se subordinam:

I - Companhia, Esquadrão ou Subgrupamentos;

II - Pelotão ou Seção;

III - Grupo.

§ 5º - Os OPM de Ensino, de Logística, Tecnologia da Informação e de Saúde terão denominação própria, conforme estabelecido
neste Decreto. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

§ 6º - Constituem-se em fração do respectivo OPM a que se subordinam:


MIQUELI SOARES
I - Companhia, Esquadrão ou Subgrupamentos;miqueli.xs@gmail.com

II - Pelotão ou Seção;

III - Grupo.

§ 7º - As frações denominadas Companhia, Esquadrão ou Subgrupamentos, quando subordinadas diretamente a um Comando


Regional, são consideradas OPM.

§ 8º - Os OPM de Ensino, de Saúde e de Logística terão denominação própria, conforme estabelecido neste Decreto.

SEÇÃO I
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE POLÍCIA OSTENSIVA

Art. 24 - Aos OPM de Polícia Ostensiva compete a execução das atividades de polícia ostensiva no seu espaço de
responsabilidade territorial, respondendo perante o Comando Regional pelo grau de segurança pública de sua circunscrição.

Art. 25 - Os OPM de Polícia Ostensiva têm espaço territorial definidos com base em indicadores de segurança pública e critérios
próprios da Instituição.

Art. 26 - Os OPM de Polícia Ostensiva serão constituídos nos seguintes níveis:

I - Batalhão e Regimento poderão ser constituídos de 2 a 7 companhias ou esquadrões contando com subcomandante e estado-
maior constituído das seguintes seções: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

a) 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

b) 2ª Seção - P2 - Inteligência;

342
Dia 08

c) 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

d) 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento.

II - Companhia ou Esquadrão, subordinados ao respectivo Batalhão ou Regimento, serão constituídos de 2 a 7 Pelotões, e terão
como Comandante oficial do QOEM; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

III - Pelotão subordinado ao respectivo comandante de companhia ou esquadrão neles enquadrados, constituído de dois a sete
Grupos Policial Militar e terá como Comandante Policial Militar do círculo de Oficiais;

IV - Grupo de Polícia Militar, subordinado ao comandante do respectivo Pelotão, nele enquadrado, constituído no máximo de
12 policiais militares e terá como comandante policial militar do círculo de Sargentos. (Redação dada pelo Decreto Estadual n°
43.447, de 11 de novembro de 2004)

Parágrafo único - Os atuais Batalhões e Regimentos deverão, adaptar sua estrutura organizacional ao disposto neste artigo.

SEÇÃO II
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE BOMBEIRO

Art. 27 - Aos Subgrupamentos de Combate a Incêndio - SGCI -, frações orgânicas do respectivo Comando Regional, compete a
execução das atividades de bombeiros e defesa civil no âmbito de seu espaço de responsabilidade territorial, respondendo perante
àquele Comando pela realização de suas atividades na correspondente circunscrição. (Redação dada pelo Decreto Estadual n°
43.447, de 11 de novembro de 2004)

I - Os Subgrupamentos de Combate a Incêndio (SCGI), serão constituídos de duas a sete Seções de Combate a Incêndio (SCI)
MIQUELI
e, quando couber, de uma Seção de Busca e Salvamento; sendo oSOARES
comando exercido por Oficial do QOEM; (Redação dada pelo
miqueli.xs@gmail.com
Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

II - Os Subgrupamentos de Combate a Incêndio (SGCI), quando couber, poderá contar com Assessoria de Análise Técnica
(AAT);

III - Os Subgrupamentos de Busca e Salvamento (SGBS) terão como comandante Oficial do QOEM, e serão constituídos de
duas a sete Seções; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

IV - A Seção de Combate a Incêndio (SCI), subordinada ao respectivo Subgrupamento, de Combate a Incêndio (SGCI), terá
como Comandante policial militar do círculo de Oficiais e será constituída de duas a sete Grupos de Combate a Incêndio podendo
um deles, se necessário, ser constituído como Grupo de Busca e Salvamento e, quando couber, contar com Assessoria de Análise
Técnica (AAT);

V - Seção de Busca e Salvamento (SBS), subordinado ao comandante do respectivo Subgrupamento terá como Comandante
policial militar do círculo de Oficiais; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

VI - Grupo de Combate a Incêndio - GrCI - e Grupo de Busca e Salvamento - GrBS -, subordinado ao respectivo comandante
de Seção, nele enquadrado, que será constituído de no máximo 12 policiais militares (QPM2 - Bombeiros) e terá como Comandante
policial militar praça do círculo de Sargentos (QPM2 - Bombeiros). (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de
novembro de 2004)

Parágrafo único - A Seção de Prevenção de Incêndio (SPI) é orgânica dos Comandos Regionais de Bombeiros e a Assessoria de
Análise Técnica (AAT) será orgânica dos Subgrupamentos e das Seções de Combate a Incêndios destacadas.

Art. 28 - Ao Subgrupamento de Busca e Salvamento - SGBS -, fração orgânica do respectivo Comando Regional de Bombeiros
a que estiver subordinado, compete administrar e executar as atividades de busca e salvamento no âmbito de sua responsabilidade
territorial, respondendo perante àquele Comando pela realização de suas tarefas, sendo que, a função de Comandante deverá ser
desempenhada por Oficial do QOEM. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)
343
Dia 08

I - 1ª Seção - B1 - Efetivo, Legislação e comunicação social;

II - 2ª Seção - B2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - B3 - Operações e treinamento;

IV - 4ª Seção - B4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

SEÇÃO III
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE ENSINO

Art. 29 - Os OPMs de Ensino, responsáveis pelas atividades de ensino, treinamento e pesquisa, serão comandados e dirigidos
por Oficiais do Quadro de Oficiais de Estado Maior, e correspondem: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 44.482, de 09 de
junho de 2006)

I - a Academia de Polícia Militar - APM, estruturada em: Seção Administrativa, Seção de Ensino, Corpo de Alunos e Seção de
Comando.

II - ao Instituto de Pesquisa da Brigada Militar - IPBM -, estruturado em: Seção Administrativa, Seção Técnica e Seção de
Pesquisa e Extensão;

III - ao Museu da Brigada Militar (MusBM), estruturado em: Seção Administrativa e Seção de Acervo;

IV - a Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos de Santa Maria – EsFAS/SM, estruturada em: Seção Administrativa,
Seção de Ensino, Corpo de Alunos e Seção de Comando. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.165, de 07 de abril de 2010)
MIQUELI SOARES
Soldados de Montenegro – EsFES/MN, estruturada em: Seção Administrativa,
V - a Escola de Formação e Especialização demiqueli.xs@gmail.com
Seção de Ensino, Corpo de Alunos e Seção de Comando; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.327, de 28 de junho de 2010)

VI - a Escola de Bombeiros - EsBo -, estruturada em: Seção Administrativa, Seção de Ensino, Corpo de Alunos e Seção de
Comando;

VII - a Escola de Educação Física da Brigada Militar - EsEFBM, estruturada em: Seção Administrativa, Seção de Ensino, Corpo
de Alunos e Seção de Comando;

VIII - o Colégio Tiradentes - Porto Alegre (CT-PA) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino, Corpo de Alunos.
(Redação dada pelo Decreto Estadual n° 44.787, de 13 de dezembro de 2006)

IX - O Centro de Formação Aeropolicial - CFAer - estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino, Corpo de Alunos e
Seção de Comando. (Inciso acrescido pelo Decreto Estadual n° 44.757, de 25 de abril de 2005)

X - o Colégio Tiradentes - Passo Fundo (CT-PF) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino, Corpo de Alunos.
(Inciso acrescido pelo Decreto Estadual n° 44.786, de 13 de dezembro de 2006)

XI - o Colégio Tiradentes - Santa Maria (CT-SM) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo de Alunos.

XII - o Colégio Tiradentes - Pelotas (CT-Pel) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo de Alunos.

XIII - o Colégio Tiradentes - Canoas (CT-Canoas) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo de Alunos.

(Incisos XI, XII e XIII acrescidos pelo Decreto Estadual n° 45.979, de 04 de novembro de 2008)

XIV - a Escola de Formação e Especialização de Soldados de Osório – EsFES/OS, estruturada em: Seção Administrativa, Seção
de Ensino, Corpo de Alunos e Seção de Comando. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.327, de 28 de junho de 2010)

344
Dia 08

XV - o Colégio Tiradentes – Santo Ângelo (CT-Santo Ângelo) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo
de Alunos. (Inciso XV acrescido pelo Decreto Estadual n° 46.787, de 04 de dezembro de 2009)

XVI - o Colégio Tiradentes – Rio Grande (CT-RG) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo de Alunos;

XVII - o Colégio Tiradentes – Caxias do Sul (CT-Caxias do Sul) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e
Corpo de Alunos.

XVIII - o Colégio Tiradentes – São Gabriel (CT-São Gabriel) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo
de Alunos.

XIX - o Colégio Tiradentes – São Luiz Gonzaga (CT-São Luiz Gonzaga) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino
e Corpo de Alunos.

(Incisos XVI a XIX acrescidos pelo Decreto Estadual n° 46.895, de 14 de janeiro de 2010)

XX – o Colégio Tiradentes – Ijuí (CT-Ijuí) estruturado em: Seção Administrativa, Seção de Ensino e Corpo de Alunos.

(Inciso XX acrescido pelo Decreto Estadual n° 47.163, de 04 de abril de 2010)

Art. 30 – À Academia de Polícia Militar, às Escolas de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos de Santa Maria e às Escolas
de Formação e Especialização de Soldados de Montenegro e de Osório, à Escola de Bombeiros e à Escola de Educação Física da
Brigada Militar, compete: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.327, de 28 de junho de 2010)

I - à Academia de Polícia Militar a formação, habilitação e especialização dos policiais militares das carreiras de nível superior;
MIQUELI SOARES
II – a Escola de Formação e Aperfeiçoamento demiqueli.xs@gmail.com
Sargentos de Santa Maria, a formação, habilitação e especialização de Sargentos
e às Escolas de Formação e Especialização de Soldados de Montenegro e de Osório, a formação, habilitação e especialização de
Soldados. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.327, de 28 de junho de 2010)

III - à Escola de Bombeiros a especialização dos Oficiais para as atividades de bombeiro e de defesa civil e a formação e
especialização de policiais militares de nível médio da Qualificação Policial Militar 2 (QPM-2), relativa a Praças Bombeiros;

IV - à Escola de Educação Física da Brigada Militar a especialização dos policiais militares na área de Educação Física, pelo
desenvolvimento de programas de incentivo à atividade e à saúde física, pelo planejamento, organização e coordenação do
treinamento físico dos policiais militares e das competições esportivas da Brigada Militar.

Art. 31 - Ao Instituto de Pesquisas da Brigada Militar (IPBM) é responsável pela pesquisa científica na instituição, compete:

I - manter cadastro dos pesquisadores, pesquisas e entidades afins;

II - acompanhar e avaliar os projetos de pesquisas, estudos técnicos e obras científicas;

III - elaborar projetos e proceder pesquisas encomendadas pelo escalão superior ou de iniciativa do OPM;

IV - efetuar intercâmbio técnico-científico com organizações de pesquisa;

V - difundir o conhecimento produzido para a comunidade, buscando sua aplicação no exercício das atividades constitucionais
e delegadas da Brigada Militar;

VI - estimular e desenvolver o comportamento investigativo e de produção científica na Instituição;

VII - apoiar, coordenar e executar projetos e investigações científicas, no âmbito da instituição, em todas as áreas de
conhecimentos afins às competências e à administração da Brigada Militar.

345
Dia 08

Art. 32 – Os Colégios Tiradentes de Porto Alegre, Passo Fundo, Santa Maria, Pelotas, Canoas, Santo Ângelo, Rio Grande, Caxias
do Sul, São Gabriel, São Luiz Gonzaga e Ijuí (CT-PA, CT- PF, CT-SM, CT-Pel, CT-Canoas, CT-SA, CT-RG, CT-Caxias do Sul,
CT-SG, CT-São Luiz Gonzaga e CT-Ijuí), integrantes do Sistema Estadual de Ensino destinam-se a ministrar o ensino médio, sob
direção de oficiais superiores do QOEM, na forma da legislação específica. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.163, de 07
de abril de 2010)

Parágrafo único - Os Colégios Tiradentes proporcionarão condições de ensino aos filhos de policiais militares que forem
transferidos por necessidade do serviço para o município sede do Colégio, com garantia de vagas, na forma da legislação vigente.
(Redação dada pelo Decreto Estadual n° 44.787, de 13 de dezembro de 2006)

Art. 33 - O Museu da Brigada Militar (MusBM), administrado por Oficial de Estado Maior, é o órgão responsável pelo acervo
histórico e cultural da Brigada Militar. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 47.482, de 09 de junho de 2006)

Art. 33-A - O Centro de Formação Aeropolicial é responsável pela formação e pela especialização dos policiais militares na
Área de Policiamento Aéreo, bem como pelo desenvolvimento de programas de incentivo desta atividade dentro da corporação.
(Artigo acrescido pelo Decreto Estadual n° 43.757, de 25 de abril de 2005)

SEÇÃO IV
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE LOGÍSTICA

Art. 34 - Os OPM de Logística, responsáveis pelas atividades de controle e fiscalização dos bens patrimoniais afetos à instituição
e de aquisição, distribuição, manutenção e contratação de todos os serviços, serão chefiados por Oficiais Superiores, correspondendo
a:

I - Centro de Intendência;
MIQUELI SOARES
II - Centro de Obras; miqueli.xs@gmail.com

III - Centro de Material Bélico;

IV - Centro de Motomecanização;

V - Centro de Logística. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

Art. 35 - Ao Centro de Intendência, estruturado em três Seções, Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de Oficinas,
compete:

I - a previsão, recebimento, armazenagem, confecção, distribuição e manutenção dos suprimentos de material de intendência;

II - a padronização, o controle individual do vestuário e uniformes e a atualização das especificações dos materiais de
intendência.

Art. 36 - Ao Centro de Obras, estruturado em três Seções: Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de Planejamento e
Obras compete: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

I - a previsão, recebimento, armazenagem e distribuição de materiais de obras;

II - O planejamento, projeto, execução e fiscalização dos serviços de engenharia, de obras e manutenção predial;

III - a padronização e a atualização das especificações dos materiais de obras.

Art. 37 - Ao Centro de Material Bélico, estruturado em três Seções, Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de
Manutenção, compete:

346
Dia 08

I - a previsão, recebimento, armazenagem, distribuição e manutenção de material bélico; II - produção de materiais destinados
ao treinamento da tropa;

III - a organização e controle individual da prática de tiro;

IV - a padronização e atualização das especificações do material bélico;

V - a avaliação, perícia, parecer técnico, padronização de armamento e munição.

Art. 38 - Ao Centro de Motomecanização, estruturado em três Seções, Administrativa, de Recebimento e Distribuição e de


Oficinas, compete:

I - a previsão, recebimento, armazenagem, distribuição e manutenção dos materiais de Motomecanização;

II - a avaliação, perícia, parecer técnico, padronização de material e frota;

III - o acompanhamento estatístico sobre a frota e sua manutenção;

IV - a padronização e atualização das especificações dos materiais de Motomecanização.

Art. 39 - Ao Centro de Logística, estruturado em três Seções: Administrativa, de Operações e de Subsistência, compete: (Redação
dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

I - o transporte e fornecimento de materiais de campanha;

II - a execução de ações de apoio a unidades empregadas


MIQUELIem operações;
SOARES
miqueli.xs@gmail.com
III - a previsão, o recebimento, a armazenagem e a distribuição de material de subsistência.

SEÇÃO V
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Art. 40 - O Centro de Produção da Informação responsável pela pesquisa, metodologia de processamento e análise de dados
operacionais e administrativos de interesse da instituição, estrutura-se em Seção de Desenvolvimento e Produção, Seção de
Estatística e Seção de Sistemas.

Art. 41 - O Centro de Manutenção Tecnológica responsável pela manutenção de equipamentos e da infraestrutura de redes de
telecomunicações, bem como pelo controle do material de informática e telefonia, estruturando-se em Seção de Manutenção de
Hardware, Seção de Manutenção de Redes e Seção de Controle de Material.

SEÇÃO VI
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR DE SAÚDE

Art. 42 - Os OPM de Saúde responsáveis pela assistência, prevenção médico-hospitalar e odontológica aos policiais militares,
civis e inativos da Corporação, e seus dependentes serão dirigidos por Oficiais Superiores, salvo disposições em contrário, e
correspondem:

I - ao Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre - HBM/PA;

II - ao Hospital da Brigada Militar de Santa Maria - HBM/SM;

III - ao Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar - CMOBM.

§ 1º - o Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) e o Hospital da Brigada Militar de Santa Maria (HBM/SM),
estruturam-se em duas Seções, a Administrativa e a Técnica.
347
Dia 08

§ 2º - as funções da área técnica de saúde do Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre (HBM/PA) e do Hospital da Brigada
Militar de Santa Maria (HBM/SM), serão próprias do QOES.

§ 3º - o Centro Médico-Odontológico da Brigada Militar (CMOBM) estrutura-se em Seção Técnico-Administrativa e em


Policlínicas.

SEÇÃO VII
DOS ÓRGÃOS DE POLÍCIA MILITAR ESPECIAIS

Art. 43 (Artigo 43 revogado pelo Decreto Estadual n° 55.302, de 08 de junho de 2020)

Art. 44 (Artigo revogado pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

Art. 45 (Artigo revogado pelo Decreto Estadual n° 43.788, de 12 de maio de 2005)

Art. 46 - Ao Batalhão de Polícia Fazendária compete a execução das atividades de fiscalização fazendária estruturando-se em:
(Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;


MIQUELI SOARES
V - Companhias de Polícia Fazendária. miqueli.xs@gmail.com

Art. 47 - O Grupamento de Supervisão, de Vigilância e Guardas terá sua competência definida em legislação própria
estruturando-se em:

I - Seção Administrativa;

II - Seção de Registro e Licenciamento;

III - Seção de Controle e Fiscalização.

Art. 48. Ao Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAvBM), subordinado ao Subcomandante-Geral da Brigada Militar,
compete planejar, controlar, fiscalizar e executar as atividades técnicas do policiamento aéreo da Brigada Militar, qualificar recursos
humanos, coordenar as atividades administrativo-operacionais dos OPM que lhe são subordinados e apoiar os OPM no cumprimento
de suas missões.

Parágrafo único. O 1º Esquadrão Independente de Aviação (1ºEsqIndAv), com sede no Município de Caxias do Sul e o 2º
Esquadrão Independente de Aviação (2ºEsqIndAv), com sede no Município de Capão da Canoa, são OPM subordinados
administrativa e operacionalmente ao Batalhão de Aviação da Brigada Militar (BAvBM). (Redação dado pelo Decreto Estadual nº
55.545, de 16 de outubro de 2020)

Art. 49 (Artigo revogado pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

Art. 50. Os OPM de Polícia de Choque, subordinados ao Comando de Polícia de Choque - CPChq, estruturam-se como: (Redação
dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de fevereiro de 2021)

I - 1º Batalhão de Polícia de Choque - 1º BPChq, de Porto Alegre; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021)

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II - 2º Batalhão de Polícia de Choque - 2º BPChq, de Santa Maria; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021)

III - 3º Batalhão de Polícia de Choque - 3º BPChq, de Passo Fundo; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021)

IV - 4º Batalhão de Polícia de Choque - 4º BPChq, de Caxias do Sul; (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021)

V - 5º Batalhão de Polícia de Choque - 5º BPChq, de Pelotas; e (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021)

VI - 6º Batalhão de Polícia de Choque - 6º BPChq, de Uruguaiana (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021)

Art. 51. Aos Batalhões de Polícia de Choque compete: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 54.424, de 20 de dezembro de
2018)

I - executar ações de manutenção da ordem pública:

II - apoiar as ações dos OPM;

III - atuar nas ações de alto risco;

IV - manter-se como OPM reserva de manobra do Comandante Geral; (Revogado pelo Decreto Estadual nº 55.763, de 18 de
fevereiro de 2021.) MIQUELI SOARES
miqueli.xs@gmail.com
V - executar o planejamento, controle e fiscalização de atividades relativas ao cumprimento de penas restritivas de liberdade dos
policiais militares. (Inciso revogado pelo Decreto Estadual n° 43.682, de 17 de março de 2005)

§ 1º Os Batalhões de Polícia de Choque estruturam-se em: (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 54.424, de 20 de dezembro
de 2018)

I- 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

V – Companhias de Choque. (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 54.424, de 20 de dezembro de 2018)

§ 2º - (Revogado pelo Decreto Estadual n° 54.424, de 20 de dezembro de 2018)

Art. 51-A - Ao Batalhão de Polícia de Guardas - BPG -, compete executar a guarda externa de estabelecimentos penais e
atribuições referentes ao cumprimento de penas restritivas de liberdade pelos integrantes da Brigada Militar, comandado por oficial
superior, estruturando-se em:

I - 1ª Seção - P1 - Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II - 2ª Seção - P2 - Inteligência;

III - 3ª Seção - P3 - Operações e Treinamento;

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IV - 4ª Seção - P4 - Logística, Patrimônio e Orçamento;

V - Companhias de Operações Especiais;

VI - Presídio Policial Militar (NR)." (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 43.447, de 11 de novembro de 2004)

Art. 51-B. O Batalhão de Operações Policiais Especiais estrutura-se em:

I – 1ª Seção – P1 – Efetivo, Legislação e Comunicação Social;

II – 2ª Seção – P2 – Inteligência;

III – 3ª Seção – P3 – Operações e Treinamento;

IV – 4ª Seção – P4 – Logística, Patrimônio e Orçamento; e

V – Companhias de Operações Especiais. (Artigo inserido pelo Decreto Estadual n° 54.424, de 20 de dezembro de 2018)

Art. 51-C. Ao Batalhão de Operações Policiais Especiais, fração reserva do ComandoGeral, vinculado diretamente ao
Subcomandante-Geral, para emprego em situações ou ocorrências que envolvam grave perturbação à ordem pública, bem como
outras intervenções de elevado rigor tático e estratégico, compete:

I – a aplicação de alternativas táticas para a resolução de situações de gerenciamento de crise;

II – as remoções, as desativações e as análises técnicas de explosivos, bem como as demais operações antibomba; e
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III – a implementação de ações de contraterrorismo e de contrainsurgência. (Artigo inserido pelo Decreto Estadual n° 54.424,
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de 20 de dezembro de 2018)

TÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS

Art. 52 - O exercício das funções da estrutura hierárquica estabelecida neste Decreto por titulares de postos de Oficial Superior
será efetivada por nomeação do Chefe do Poder Executivo, mediante indicação do Comandante-Geral, ressalvado o disposto nos
artigos 4º e 5º deste Decreto, e, nos demais casos, por designação do Comandante-Geral.

Art. 53 - As funções de Comandante-Geral, de Subcomandante-Geral, de Chefe do Estado- Maior, de Corregedor-Geral,


Comandante do Comando de Corpo de Bombeiros e de Diretores de Departamentos são privativas do posto de Coronel do QOEM,
com exceção da função de Diretor do Departamento de Saúde, que será exercida por um Coronel do Quadro de Oficiais Especialistas
em Saúde - QOES." (Redação dada pelo Decreto Estadual n° 42.937, de 02 de março de 2004)

Art. 54 - Observado o disposto neste Decreto, a estrutura interna e a respectiva competência dos órgãos integrantes da Brigada
Militar, inclusive quanto aos demais níveis de organização administrativa, serão regulados por Regimento Interno, proposto pelo
Estado-Maior e aprovado pelo Comandante-Geral.

Art. 55 - Ao exercício de funções de Comando corresponderá à percepção de função gratificada, conforme definido no
Regimento Interno, limitada ao estabelecido em lei.

Art. 56 - Para fins de fixação do efetivo, dos níveis, da subordinação e do grau de comando dos órgãos da Brigada Militar,
constituem indicadores de segurança pública básicos a população urbana e rural, e indicadores específicos da Instituição, para as
atividades de policiamento ostensivo e de bombeiro, os relacionados, respectivamente, nos Anexos I e II deste Decreto.

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Parágrafo único - A cada indicador aplica-se um fator numérico, a ser definido pelo Estado- Maior da Brigada Militar e aprovado
por Portaria do Comandante-Geral que definirá a proporção dos recursos humanos a serem disponibilizados para cada Município
do Estado.

Art. 57 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, em especial o
DECRETO Nº 38.107, de 22 de janeiro de 1998 e suas alterações.

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