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Indice

1. Introdução........................................................................................................................1
1.1. Hipóteses:.....................................................................................................................1
1.2. Objectivos do Trabalho................................................................................................2
1.2.1. Objectivo Geral........................................................................................................2
1.2.2. Objectivos específicos..............................................................................................2
1.3. Metodologia.................................................................................................................2
2. Evolução do ensino superior em Moçambique...............................................................5
2.1. Acesso ao Ensino Superior em Moçambique..............................................................6
3. Referencial Teórico sobre Procura por Serviços de Educação........................................7
3.1. Teorias da Demanda e Oferta da Educação.................................................................9
3.1.1. Abordagem de investimento....................................................................................9
3.1.2. Abordagem de consumo.........................................................................................10
3.2. Factores Determinantes na Procura por Educação....................................................10
3.3. Elasticidade da Demanda Educacional......................................................................11
1. Introdução

O presente trabalho debruça-se em torno da procura por educação no qual abordaremos


aspectos teoricos e evidencia empirica, importa salientar que a Educação é uma dimensão
chave do desenvolvimento de todos os países do mundo, estando inscrita no Objectivo 1 de
Desenvolvimento Sustentável .

Constitui objectivo central da pesquisa, fazer uma análise conjunta dos possiveis
determinantes económicos que influenciam na procura por educação em Moçambique, A
abordagem microeconômica assume que os indivíduos maximizam bem-estar, de forma a
adotar um comportamento consistente no tempo, isto é, os indivíduos tentam fazer o
melhor para antecipar as consequências incertas de seus atos. No entanto, essas ações são
restritas por recursos limitados, como renda, tempo, memória imperfeita e capacidade de
cálculo, e pelas oportunidades disponíveis na economia, que, por sua vez, são amplamente
determinadas pela ação privada e coletiva de outros indivíduos e organizações.

As famílias, portanto, decidem se o jovem deve permanecer nos estudos ou ingressar no


mercado de trabalho, tendo em vista que, além de potenciais geradores de renda no
presente, eles têm a capacidade de acumular capital humano para o futuro. Essas decisões,
no entanto, possuem elevados custos de oportunidade para as famílias, principalmente
aquelas em situação de maior vulnerabilidade, especialmente nos países em
desenvolvimento, como o Moçambique.

A abordagem microeconômica assume que os indivíduos maximizam bem-estar, de forma a


adotar um comportamento consistente no tempo, isto é, o indivíduo tentam fazer o melhor
para antecipar as consequências incertas de seus atos. No entanto, essas ações são restritas
por recursos limitados, como renda, tempo, memória imperfeita e capacidade de cálculo, e
pelas oportunidades disponíveis na economia, que, por sua vez, são amplamente
determinadas pela ação privada e coletiva de outros indivíduos e organizações.

1.1. Hipóteses:

H0: O rendimento das famílias e o número de instituições do ensino superior não são
suficientes para determinar a procura por educação (número de matriculados de ensino
superior).

1
“Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos”
1
H1: O rendimento das familias e o número de instituições do ensino superior são elemento
suficientes para determinar a procura por educação (número de matriculados de ensino
superior).

1.2. Objectivos do Trabalho

1.2.1. Objectivo Geral

Formulação de sugestões de possiveis determinantes da procura por educação e avaliar de


que modo o rendimento familiar, o numero das instituiçõe educacionais do ensino superior
existentes em Moçambique podem afectar nas decições dos agentes economico a
demandar por serviço de educacionais.

1.2.2. Objectivos específicos

Analisar o nível de corelação entre as seguintes variaveis número de estudantes


matriculados, rendimento das famílias e o número das instituições do ensino superior;

Avaliar a evolução das instituições do ensino superior em Moçambique;

1.3. Metodologia

O ponto de partida desta pesquisa tera como base o uso da ferramenta de análise Regressão
multipla (estatistica descritiva do Excel2) de salientar que a analse regressão multipla é um
dos veiculos utilizados na analse empirica de economia e no ramo de ciências socias.

Para efeitos da simplificacao da realidade e da analse, dado ausencia de informacao


exautiva do rendimento das familia usaremos o PIB percapita como uma variavel proxy do
rendimento das familia, limitamos a pesquisas apenas para instituições do ensino superior.

Análise de Regressão Múltipla é uma técnica estatística que pode ser usada para previsão
de valores de uma ou mais variável resposta (dependente) a partir de um grupo de variáveis
preditoras (independentes). Além disso, o método permite mensurar o efeito de cada
variável preditora, individualmente, no resultado da variável resposta (JOHNSON;
WICHERN, 2007) (DENIS, 2016).

2
A ferramenta de análise Regressão executa uma análise de regressão linear usando o método de "quadrados
mínimos
2
Sejam X1, X2, · · · , Xp as p variáveis preditoras da variável resposta Y. Na aplicação,
temos p = 2, e as variáveis correspondentes são:

Y = Numero de estudantes matriculados no ensino superior.

X1 =Rendimento das Familias.

X2 = número de instituições do ensino superior

Especificamente, o modelo de regressão linear com uma única resposta fica na forma:

Y = β0 + β1x1 + . . . + βpxp + ε,

Em que o modelo clássico de regressão linear assume que Y representa a variável resposta
que depende das variáveis explicativas X1, X2, · · · , Xp e de um erro aleatório ε oriundo
de falhas durante a medição e efeitos de variáveis não avaliadas no modelo. Os valores das
variáveis preditoras obtidos durante a observação do experimento são consideradas como
fixas. Portanto, o erro e a variável resposta Y são classificadas como variáveis aleatórias
cujo comportamento é caracterizado por um conjunto de pressupostos sobre suas
distribuições.

Com n observações independentes de Y e os valores associados de Xi, o modelo completo


será:
Y1 = β0 + β1x1,1 + β2x1,2 + · · · + βpx1,p + ε1
Y2 = β0 + β1x2,1 + β2x2,2 + · · · + βpx2,p + ε2
Yn = β0 + β1xn,1 + β2xn,2 + · · · + βpxn,p + εn

 Além disso, temos que:

 xn,1, xn,2, · · · ,xn,p são valores observados das variáveis explicativas. Constantes

conhecidas.

 β0, β1, β2, · · · , βp são parâmetros do modelo. Coeficientes de regressão.

 ε1, · · · , εn são erros aleatórios.

3
O termo linear se refere ao fato da média da variável resposta Y ser uma função linear dos

parâmetros β0, β1, · · · , βp, denominadas coeficientes de regressão. As variáveis preditoras

podem entrar ou não no modelo como interação.

Os erros aleatórios possuem as seguintes propriedades, denominadas condições de Gauss-

Markov:

1. E(εi) = 0
2. V ar(εi) = σ 2 (constante)
3. Cov(εi ,εj ) = 0, i 6= j

Portanto, os erros tem média zero e variância σ 2 , desconhecida. São não correlacionados e
possuem distribuição normal, ou seja, ε ∼ N(0,σ2 ).

Dado que as condições acima se verificam, então a variável Y tem distribuição normal com
variância σ 2 e média igual à:

E(Y |x) = β0 + β1x1 + β2x2 + · · · + βpxp.

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2. Evolução do ensino superior em Moçambique

É possível afirmar que o sector do ensino superior teve, desde a criação de Moçambique
como Estado independente (1975), três leis principais: em 1993; em 2003 e em 2009.

Desde à Independência de Moçambique em 1975, o ensino superior era estatal, foi com a
revisão da Constituição em 1990, que surge a primeira Lei sobre o Ensino Superior n.º
1/93, de 24 de Junho, que permitia a criação de instituições de ensino superior privadas.

Em resultado da complexidade que se gera na gestão do Ensino Superior (por via do


aumento de atividade no sector), surge a necessidade de se proceder à alteração da Lei nº
1/93 e, em sua substituição, é criada a Lei nº 5/2003, de 21 de Janeiro, que em matéria de
regulamentação visou, entre outros aspetos, o Controle da Qualidade.

Assim, em resposta aos constantes desafios pela governabilidade do sector, cria-se a Lei nº
27/ 2009, de 29 de Setembro – Lei do Ensino Superior.

Nos últimos 10 anos foram também aprovados e iniciado o processo da implementação um


conjunto fundamental de instrumentos para a visão e regulamentação do Ensino Superior: o
Sistema Nacional de Avaliação, Acreditação e Garantia de Qualidade do Ensino Superior,
Decreto nº 63/2007, o Regulamento do Quadro Nacional de Qualificações do Ensino
Superior, Decreto nº 30/2010, o Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de
Créditos Académicos, Decreto nº 32/2010, o Regulamento do Conselho Nacional de
Ensino Superior, Decreto nº 29/2010, o Regulamento de Licenciamento e Funcionamento
das Instituições de Ensino Superior, Decreto nº 48/2010, e o Regulamento de Inspeção às
Instituições de Ensino Superior, Decreto nº 27/2011 (MINEDH, 2012).

5
Numero de istituições do Numero de Incrições do ensino
50 ensino superior superior
45 44
40 39 41 42 200000
35 36 37
30 32 160000
25 25 25 120000
20 22
15 16 80000
13
10 9 40000
5
0 0
03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Nr Inst Superiores Nr Matriculas

Fonte: Elaborado pelos autores, com base dos dados do MEC3 (2003/15)

O ensino superior teve um crescimento exponencial de instituições de ensino superior e a


sua respetiva população, no país, ao longo de uma década de grande crescimento (2003-
2015) com o número das IES a crescerem de 9 em 2000 para 44 em 2015.

Neste sentido, passou-se de uma única instituição de ensino superior, a Universidade


Eduardo Mondlane (UEM), com cerca de 2.433 estudantes, para 44 IES, com cerca de 174
mil estudantes, em 2015,este crescimento numérico demostra a preocupacao dos
Moçambicanos em procurar serviços educacionais.

2.1. Acesso ao Ensino Superior em Moçambique

A Lei n° 27/2009, de 29 de Setembro (Lei do Ensino Superior) estabelece, na conjugação


do Artigo 22 com o Artigo 23, n° 5, alínea a), que constitui condição de acesso ao primeiro
ciclo de formação do ensino superior, que corresponde ao grau académico de Licenciatura,
a conclusão com aprovação da 12a classe ou equivalente. Tendo em conta que, nas
Universidades públicas, o número de vagas é inferior ao número de candidatos, estas
Universidades estabelecem os Exames de Admissão como critério de seleção, sem prejuízo
de outros fatores de ponderação fixados na Lei.

3
Ministério da Educação e Cultura, Direcção de Coordenação do Ensino Superior
6
3. Referencial Teórico sobre Procura por Serviços de Educação

Schultz (1961), Ben Porath (1967) e Freeman (1986) afirmam o papel da educação como
um investimento no futuro. Schultz menciona que, uma vez que se espera que a educação
aumente a produtividade dos indivíduos no trabalho, seria de esperar que aumentasse as
suas expectativas quanto à renda salarial futura.

A análise económica da procura de educação reconhece que, sendo um investimento, a


escolha de enviar à escola alguns membros da família implica custos (Becker, 1962; Ben-
Porath, 1967; Wilkinson, 1966; Heckman, 1976; Lazear, 1977; ou Mattila, 1982 citados por
Santos, 2016).

Becker (1962), assume que o montante investido no capital humano resulta de uma
optimização do comportamento e é suposto que cada pessoa invista um montante que
maximize seu bem-estar económico.

Segundo Freeman (1986), a ideia básica do modelo oferecido por Becker (1964), Ben
Porath (1967) e outros é que o individuo enfrenta a cada ano uma opção ou de trabalhar por
tempo integral ou de ir a escola e investir no capital humano.

Na sua revisao de literatura, Santos (2016) encontra que a educação implica a redução no
consumo de outros bens, para permitir a eventual aquisição de livros e material escolar,
uniformes e outros materiais relativos à educação, mas também o pagamento da matrícula e
propinas quando a educação não é gratuita, e que, portanto, a renda da família,
normalmente aproximada através do consumo total do agregado familiar são,
consequentemente, factores essenciais na apreciação da capacidade da mesma de enviar as
crianças à escola e, logo, são determinantes evidentes da procura de educação.

Os conceitos abordados na Teoria do Capital Humano, já haviam sido estudados por Adam
Smith em sua publicação em 1776, “A Riqueza das Nações”, assim como por Alfred
Marshall, em seu estudo “Os princípios econômicos do mais valioso investimento dos
capitais, os seres humanos”

Segundo Smith (1974), trabalhos que exigem maior grau de conhecimento tendem a gerar
maior renda para o indivíduo que o realiza, como uma compensação. Para que a pessoa
adquira o conhecimento necessário para produzir, ela tem que despender tempo praticando.

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Para Solow (1956) o crescimento econômico era estruturado pela relação de três
coeficientes, sendo eles os recursos naturais, o capital e o trabalho, chamados de fatores de
produção.

A função produção do modelo de Solow possui retornos constantes de escala, seja,


duplicando todos os elementos de produção, o produto será também duplicado. A equação
é representada por :

Y =F (K , N ). (1)

Em que Y (produto) é em função do K (estoque de capital) e L (mão-de-obra). A


quantidade de produto por trabalhador (y) é representado pela divisão de Y por L e de
capital por trabalhador de K por L (MANKIW, 1998).

Quando analisado o produto por trabalhador, no modelo de crescimento, ao aplicar mais


capital o produto por trabalhador crescerá, como mostra a equação (2).

α
Y =K

Porém, o crescimento terá retornos decrescentes de escala, ou seja, conforme adicionadas


unidades de capital, y crescerá em menor proporção. Tanto as variáveis produto e produto
por trabalhador, estoque de capital e estoque de capital por trabalhador, são endógenas ao
modelo (JONES E VOLLARTH; 2015).

Ao introduzir a tecnologia (A) no modelo de Solow, como apresentado na equação (3),


pode-se observar o efeito gerado no produto com o aumento da eficiência na produção, ou
seja, o aumento da capacidade de produção dos trabalhadores. Porém a variável A não é
determinada dentro do modelo de Solow, é exógena (MANKIW, 1998).

α 1−α
Y =F ( K , L ) =K ( LA ) (3)

A função de cumulação de capital humano, segundo Jones e Volarth (2015), é dada pela
equação (4),

φμ
H=e L (4)

Na qual apresenta que o indivíduo dedica uma parcela de seu tempo para adquirir
conhecimentos e habilidades (u), a uma constante (), que indica o impacto gerado do
tempo despendido, que geram a proporção de mão-de-obra qualificada no momento. A
partir de aplicações empíricas, Jones e Volarth (2015) chegaram à conclusão que a

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constante () indica que, em média, um ano a mais de estudo proporciona cerca de 10% de
incremento na renda do trabalhador.

3.1. Teorias da Demanda e Oferta da Educação

Demanda Educacional: A procura por educação tem a ver com vontade, capacidade e
prontidão para adquirir algo que é considerado útil o suficiente para pagar o preço
associado a ela e arcar com os riscos envolvidos na aquisição dessa coisa. Os economistas
usam a população etária relevante elegível ou o número de participantes potenciais
qualificados que estão dispostos, para participar de um programa educacional específico a
um determinado custo e em um tempo especificado para medir a demanda educacional.

3.1.1. Abordagem de investimento

A abordagem de investimento da teoria da demanda educacional vê a decisão de se


inscrever em instituições de ensino como uma decisão de investimento. Assim, um
indivíduo comprará educação se o valor presente do fluxo esperado de benefícios resultante
da educação exceder o custo atual da educação. O fluxo esperado de benefícios inclui a
renda adicional vitalícia resultante dessa educação; e as comodidades sociais e intelectuais
adicionais, que uma pessoa pode esperar receber como resultado da aquisição dessa
educação.

O custo da educação inclui custos diretos e custos directos:

 Custos directos estão relacionados no pagamento de propinas, livros e custo de


vida diferenciado e outros custos decorrentes da entrada na escola).

 Custos indiretos (na forma de custos de oportunidade, medidos pela perda de renda
incorrida enquanto na escola); e os custos não monetários (que incluem coisas como
o ônus do estudo e, para alguns estudantes, a dor de estar longe de casa). O
investimento em educação, como outros investimentos, envolve riscos como o não
cumprimento de um ciclo educacional e o risco de desemprego após a conclusão.
Consequentemente, a teoria da demanda educacional pressupõe que os indivíduos
ajam de acordo com as estimativas de uma taxa de retorno com a devida permissão
para os riscos associados aos seus investimentos. Normalmente, o indivíduo deve
comparar as taxas de retorno esperadas com alguma taxa de juros apropriada. Um

9
indivíduo adquire um nível de educação se a taxa de retorno esperada exceder as
taxas de juros. Por outro lado, o indivíduo não adquire a educação se a taxa de juros
exceder a taxa de retorno. Uma programação de demanda agregada para inscrições
deriva da organização da demanda. Além disso, o cronograma de demanda para
matrículas deriva da organização dos indivíduos de acordo com a taxa de retorno
esperada (do maior para o menor).

3.1.2. Abordagem de consumo

A abordagem de consumo da teoria da demanda educacional afirma que um indivíduo


comprará educação se os custos de matrícula forem relativamente mais baixos que os
preços atuais de bens de consumo. Em outras palavras, para uma determinada população, a
demanda de matrículas deve variar positivamente com o índice de preços ao consumidor e
negativamente com o dinheiro e os custos reais da educação.

O fluxo de benefícios esperado da educação inclui as comodidades sociais e intelectuais


adicionais que uma pessoa pode receber por causa de sua educação. Esse elemento dos
benefícios esperados faz com que a educação pareça um consumidor durável, gerando um
fluxo de serviços futuros ao longo da vida do indivíduo. Além desses serviços futuros, uma
inscrição pode trazer benefícios atuais de consumo, como atividades sociais, intelectuais e
atléticas disponíveis em instituições de ensino. Embora não seja fácil medir o valor desses
benefícios, é aproximadamente medido pelos gastos que um indivíduo precisaria fazer para
comprar um pacote substituto de bens e atividades fora da instituição educacional.

3.2. Factores Determinantes na Procura por Educação

 Preço do substituto - alterações no preço do substituto próximo afetam a disposição


e disponibilidade das pessoas para se matricular na escola. Se o preço do
treinamento no exterior cair enquanto o preço do treinamento local permanece
constante, os candidatos em potencial podem mudar para o mais barato substituto.
Isso afetará adversamente a demanda por treinamento local.

 Preço dos complementos: mantendo constante o preço da educação, uma mudança


no preço, de complementos como livros, uniformes escolares e dormitórios afetarão
a disposição edisponibilidade de participantes potenciais para se matricular na
escola. A mudança no custo dos livros pode levar a uma mudança da educação para
outras atividades. Alguns pais pobres podem se tornardesencorajados e

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consequentemente retirar seus filhos das escolas. Consequentemente, oquanto maior
o preço dos complementos à educação, menos atraente é a educação.

 População de consumidores. Uma mudança na população em idade escolar leva a


uma mudança na demanda por educação, mesmo quando o custo da educação
permanece constante.

 Renda de consumidores. Segurando o preço da educação, mudanças constantes na


renda de os pais ou participantes em potencial afetam a mudança na demanda por
educação. Isso implica que quanto maior a renda dos consumidores, maior a
mudança na demanda por educação. Isto é É importante notar que existem três
principais tomadores de decisão que tomam as decisões de respeito de seus pedidos
de vagas no sistema educacional. Estes são os lares incluindo pais e filhos,
sociedade ou governos e instituições de ensino.

 Gosto e preferências dos consumidores. Mantendo o preço da educação constante,


uma mudança naa preferência e o gosto do consumidor levarão a uma mudança na
demanda por educação. Quanto maior ogosto do consumidor pela educação, maior é

Limitações da lei da demanda educacional

Existem alguns casos excepcionais em que a lei da demanda educacional não é válida.
Esses casos excepcionais incluem:

 Ostentação, que faz com que potenciais participantes demandem educação mesmo
quando o preço desses serviços educacionais está subindo. O exemplo inclui algumas
escolas particulares criadas para crianças ricas. A demanda por essas escolas não pode
diminuir à medida que as propinas aumentam devido ao desejo das pessoas de serem
exclusivas, esnobes (efeito esnobe) ou se dissociarem das pessoas comuns. Quanto mais
altos os preços do ensino privado, mais as pessoas valiosas pensam que são e, portanto,
mais dispostas a frequentar essas escolas.

 Especulações, sobre aumento ou redução do preço da educação podem causar um


colapso na lei da demanda. Às vezes, acontece que pode haver um aumento no preço no
futuro próximo. Consequentemente, os participantes em potencial preferem se inscrever
no programa agora, em vez de esperar para pagar um preço mais alto no futuro. Se
muitos participantes qualificados se comportarem dessa maneira, um aumento no preço

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da educação pode, de fato, levar a um aumento no número de pessoas solicitando um
lugar na escola. As especulações podem criar um efeito de onda; nesse caso, as pessoas
se matriculam nas escolas porque outras o fazem. Tanto a ostentação quanto a
especulação resultam em uma curva de demanda excepcional, que não se inclina para
baixo.

 Serviços educacionais inferiores: são aqueles que atraem menos pessoas à medida que
a renda real aumenta (efeitos de Geffen). Quanto maior o preço da educação inferior,
menor a renda real das pessoas e, portanto, menor a disposição das pessoas em adquirir
uma suposta serviço educacional inferior. No entanto, se o preço desse serviço cai, a
renda real do povo aumentará e isso os levará a adquirir mais educação superior. A
educação inferior (por exemplo, escolas públicas de ensino fundamental na Nigéria)
geralmente é frequentada por pessoas pobres porque elas não podem pagar os
substitutos superiores (por exemplo, ensino primário privado). Quando a renda deles
aumentar, haverá uma mudança do sistema educacional inferior para o superior.
Consequentemente, esse serviço de educação inferior experimenta demanda anormal a
preços mais baixos e demanda normal a preços mais altos.

3.3. Elasticidade da Demanda Educacional

A elasticidade da demanda de educação é a medida do grau de responsividade da demanda


de matrículas a mudanças no preço da educação, preços de substitutos, preços de bens e
serviços complementares (como livros e uniformes) e renda do consumidor. A elasticidade
da demanda de inscrição é normalmente expressa como uma porcentagem. O principal
motivo para medir a elasticidade da demanda educacional é descobrir quanto aumento de
matrícula resulta de alterações nas cobranças ou taxas de usuários. Se, em termos
percentuais, a alteração de preço exceder a alteração resultante na inscrição, a demanda é
considerada inelástica. Se o inverso for o caso, a demanda é considerada elástica. Se a
mudança resultante for igual à mudança de preço, então a demanda é dita de elasticidade
unitária.

O coeficiente de demanda pode ser expresso como:

Varição percentual na Inscrição


Ed=
Varição percentual num dado factor

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A demanda por educação é geralmente inelástica em relação ao preço da educação. Isso
significa que a demanda educacional geralmente cai muito menos que 1% quando o preço
da educação aumenta 1%.

Oferta Educacional

A oferta educacional refere-se à quantidade de educação em termos de número de lugares


que as instituições de ensino estão dispostas, prontas e aptas a oferecer a um determinado
preço por um período de tempo.

Os candidatos e o mercado de trabalho exigem serviços educacionais. Os candidatos


exigem admissão, enquanto os empregadores do trabalho exigem diplomados. No entanto,
na maioria dos casos, oferta educacional significa o número de vagas disponíveis para
candidatos elegíveis. Por exemplo, uma escola secundária particular pode estar disposta a
produzir 1.000 abandono escolar todos os anos, mas pode não ser capaz de atingir essa
meta por um motivo ou por outro. Se, por fim, produzir 510 abandono escolar por ano, o
suprimento será de 510.

Pode até ser que 1.000 alunos tenham realmenteadmitido com a esperança de prepará-los
para o exame final. Portanto, o fornecimento, nesse caso, não é o admitido, mas o número
realmente oferecido para o emprego. Ao contrário da lei da demanda educacional, à medida
que o preço cai, a quantidade de educação oferecida diminui, pois os produtores estarão
dispostos a fornecer mais bens a preços mais altos para obter mais lucros. A curva de oferta
é, portanto, inclinada para cima. Isso indica uma relação direta entre o preço e a quantidade
de educação oferecida. Portanto, quanto maior o preço, maior a quantidade de educação
oferecida e quanto menor o preço, menor a quantidade ofertada

Equilíbrio do mercado na educação

O ponto de equilíbrio será atingido a um preço em que o número de vagas demandadas seja
igual ao número fornecido pelas instituições de ensino. Isso pode ser ilustrado através de
curvas combinadas de demanda e oferta educacional. O ponto de equilíbrio é o ponto em
que a curva de demanda intercepta a curva de oferta. O preço de equilíbrio ou o preço de
mercado iguala demanda e oferta.

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Excesso de oferta de vagas para estudantes e demanda excessiva por vagas de
estudantes: O excesso de oferta de vagas para estudantes é uma situação em que o número
de alunos matriculados é menor que o número de vagas oferecidas. O excesso de oferta
ocorre quando o preço da educação, consequentemente, algumas pessoas são cotadas
quando o preço da educação excede o que os indivíduos particulares podem pagar, o
resultado é uma situação excedente na oferta educacional. Como regra, um aumento na
oferta fará com que o preço de equilíbrio caia e a quantidade demandada aumente. Por
outro lado, o excesso de demanda por vagas de estudantes representa uma situação em que
o número de pessoas que buscam admissão em um sistema educacional é maior que o
número que pode ser acomodado. Por exemplo, 30.000 pessoas podem estar buscando
admissão, enquanto apenas 15.000 podem ser fornecidos. A diferença entre 30.000 e
15.000 é o excesso de demanda por educação. O excesso de demanda ocorre como
resultado da baixa contribuição de alunos ou pais para a educação em termos de propinas e
outras formas de custo privado da educação. Como regra, um aumento na demanda causará
um aumento no preço de equilíbrio e na quantidade de educação oferecida e vice-versa.

Resultados da regressão

SUMMARY OUTPUT

Regression Statistics
Multiple R 0.973453
R Square 0.947612
Adjusted R Square 0.937134
Standard Error 12926.01
Observations 13

ANOVA
df SS MS F Significance F
Regression 2 30222046176 15111023088 90.44095 3.94617E-07
Residual 10 1670816553 167081655.3
Total 12 31892862729

CoefficientsStandard Error t Stat P-value Lower 95% Upper 95%Lower 95.0%


Upper 95.0%
Intercept -50684.4 14220.85835 -3.564089517 0.005146 -82370.4592 -18998.4 -82370.5 -18998.4
Nr. Instituições Ensino Superior 3248.738 800.5400319 4.058183283 0.002293 1465.023827 5032.453 1465.024 5032.453
Redimento das Familias 91.91015 68.21478206 1.347364093 0.207597 -60.08185824 243.9022 -60.0819 243.9022

As variáveis de estímulo podem ser divididas em: número de instituiçõe do ensino


superior; rendimento das famílias.

O numero de instituiçõe do ensino superior mostra-se significativa (P-value:0,0022 <5%)


positivamente associada, sugere que na medida que aumenta o numero de instituições do
ensino superior reflete no aumento do numero estudantes matriculados (mantendo todos os
factores constantes)

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O Rendimento das famílias mostra-se insignificante (P-value:0.2> 5%) sendo uma
evidência existencia de outros elementos que podem influenciar o número de matriculados
do ensino superior, a título exemplicativo em Moçambique existe entidades públicas assim
como privadas que financiam os custos educacionais dos estudantes.

Conclução

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Bibliografia

Becker, G. S., 1962. Investment in Human Capital: A Theoretical Analysis. The Journal of
Political Economy

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