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1. Introdução........................................................................................................................1
1.1. Hipóteses:.....................................................................................................................1
1.2. Objectivos do Trabalho................................................................................................2
1.2.1. Objectivo Geral........................................................................................................2
1.2.2. Objectivos específicos..............................................................................................2
1.3. Metodologia.................................................................................................................2
2. Evolução do ensino superior em Moçambique...............................................................5
2.1. Acesso ao Ensino Superior em Moçambique..............................................................6
3. Referencial Teórico sobre Procura por Serviços de Educação........................................7
3.1. Teorias da Demanda e Oferta da Educação.................................................................9
3.1.1. Abordagem de investimento....................................................................................9
3.1.2. Abordagem de consumo.........................................................................................10
3.2. Factores Determinantes na Procura por Educação....................................................10
3.3. Elasticidade da Demanda Educacional......................................................................11
1. Introdução
Constitui objectivo central da pesquisa, fazer uma análise conjunta dos possiveis
determinantes económicos que influenciam na procura por educação em Moçambique, A
abordagem microeconômica assume que os indivíduos maximizam bem-estar, de forma a
adotar um comportamento consistente no tempo, isto é, os indivíduos tentam fazer o
melhor para antecipar as consequências incertas de seus atos. No entanto, essas ações são
restritas por recursos limitados, como renda, tempo, memória imperfeita e capacidade de
cálculo, e pelas oportunidades disponíveis na economia, que, por sua vez, são amplamente
determinadas pela ação privada e coletiva de outros indivíduos e organizações.
1.1. Hipóteses:
H0: O rendimento das famílias e o número de instituições do ensino superior não são
suficientes para determinar a procura por educação (número de matriculados de ensino
superior).
1
“Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao
longo da vida para todos”
1
H1: O rendimento das familias e o número de instituições do ensino superior são elemento
suficientes para determinar a procura por educação (número de matriculados de ensino
superior).
1.3. Metodologia
O ponto de partida desta pesquisa tera como base o uso da ferramenta de análise Regressão
multipla (estatistica descritiva do Excel2) de salientar que a analse regressão multipla é um
dos veiculos utilizados na analse empirica de economia e no ramo de ciências socias.
Análise de Regressão Múltipla é uma técnica estatística que pode ser usada para previsão
de valores de uma ou mais variável resposta (dependente) a partir de um grupo de variáveis
preditoras (independentes). Além disso, o método permite mensurar o efeito de cada
variável preditora, individualmente, no resultado da variável resposta (JOHNSON;
WICHERN, 2007) (DENIS, 2016).
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A ferramenta de análise Regressão executa uma análise de regressão linear usando o método de "quadrados
mínimos
2
Sejam X1, X2, · · · , Xp as p variáveis preditoras da variável resposta Y. Na aplicação,
temos p = 2, e as variáveis correspondentes são:
Especificamente, o modelo de regressão linear com uma única resposta fica na forma:
Y = β0 + β1x1 + . . . + βpxp + ε,
Em que o modelo clássico de regressão linear assume que Y representa a variável resposta
que depende das variáveis explicativas X1, X2, · · · , Xp e de um erro aleatório ε oriundo
de falhas durante a medição e efeitos de variáveis não avaliadas no modelo. Os valores das
variáveis preditoras obtidos durante a observação do experimento são consideradas como
fixas. Portanto, o erro e a variável resposta Y são classificadas como variáveis aleatórias
cujo comportamento é caracterizado por um conjunto de pressupostos sobre suas
distribuições.
xn,1, xn,2, · · · ,xn,p são valores observados das variáveis explicativas. Constantes
conhecidas.
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O termo linear se refere ao fato da média da variável resposta Y ser uma função linear dos
Markov:
1. E(εi) = 0
2. V ar(εi) = σ 2 (constante)
3. Cov(εi ,εj ) = 0, i 6= j
Portanto, os erros tem média zero e variância σ 2 , desconhecida. São não correlacionados e
possuem distribuição normal, ou seja, ε ∼ N(0,σ2 ).
Dado que as condições acima se verificam, então a variável Y tem distribuição normal com
variância σ 2 e média igual à:
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2. Evolução do ensino superior em Moçambique
É possível afirmar que o sector do ensino superior teve, desde a criação de Moçambique
como Estado independente (1975), três leis principais: em 1993; em 2003 e em 2009.
Desde à Independência de Moçambique em 1975, o ensino superior era estatal, foi com a
revisão da Constituição em 1990, que surge a primeira Lei sobre o Ensino Superior n.º
1/93, de 24 de Junho, que permitia a criação de instituições de ensino superior privadas.
Assim, em resposta aos constantes desafios pela governabilidade do sector, cria-se a Lei nº
27/ 2009, de 29 de Setembro – Lei do Ensino Superior.
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Numero de istituições do Numero de Incrições do ensino
50 ensino superior superior
45 44
40 39 41 42 200000
35 36 37
30 32 160000
25 25 25 120000
20 22
15 16 80000
13
10 9 40000
5
0 0
03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20
Nr Inst Superiores Nr Matriculas
Fonte: Elaborado pelos autores, com base dos dados do MEC3 (2003/15)
3
Ministério da Educação e Cultura, Direcção de Coordenação do Ensino Superior
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3. Referencial Teórico sobre Procura por Serviços de Educação
Schultz (1961), Ben Porath (1967) e Freeman (1986) afirmam o papel da educação como
um investimento no futuro. Schultz menciona que, uma vez que se espera que a educação
aumente a produtividade dos indivíduos no trabalho, seria de esperar que aumentasse as
suas expectativas quanto à renda salarial futura.
Becker (1962), assume que o montante investido no capital humano resulta de uma
optimização do comportamento e é suposto que cada pessoa invista um montante que
maximize seu bem-estar económico.
Segundo Freeman (1986), a ideia básica do modelo oferecido por Becker (1964), Ben
Porath (1967) e outros é que o individuo enfrenta a cada ano uma opção ou de trabalhar por
tempo integral ou de ir a escola e investir no capital humano.
Na sua revisao de literatura, Santos (2016) encontra que a educação implica a redução no
consumo de outros bens, para permitir a eventual aquisição de livros e material escolar,
uniformes e outros materiais relativos à educação, mas também o pagamento da matrícula e
propinas quando a educação não é gratuita, e que, portanto, a renda da família,
normalmente aproximada através do consumo total do agregado familiar são,
consequentemente, factores essenciais na apreciação da capacidade da mesma de enviar as
crianças à escola e, logo, são determinantes evidentes da procura de educação.
Os conceitos abordados na Teoria do Capital Humano, já haviam sido estudados por Adam
Smith em sua publicação em 1776, “A Riqueza das Nações”, assim como por Alfred
Marshall, em seu estudo “Os princípios econômicos do mais valioso investimento dos
capitais, os seres humanos”
Segundo Smith (1974), trabalhos que exigem maior grau de conhecimento tendem a gerar
maior renda para o indivíduo que o realiza, como uma compensação. Para que a pessoa
adquira o conhecimento necessário para produzir, ela tem que despender tempo praticando.
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Para Solow (1956) o crescimento econômico era estruturado pela relação de três
coeficientes, sendo eles os recursos naturais, o capital e o trabalho, chamados de fatores de
produção.
Y =F (K , N ). (1)
α
Y =K
α 1−α
Y =F ( K , L ) =K ( LA ) (3)
A função de cumulação de capital humano, segundo Jones e Volarth (2015), é dada pela
equação (4),
φμ
H=e L (4)
Na qual apresenta que o indivíduo dedica uma parcela de seu tempo para adquirir
conhecimentos e habilidades (u), a uma constante (), que indica o impacto gerado do
tempo despendido, que geram a proporção de mão-de-obra qualificada no momento. A
partir de aplicações empíricas, Jones e Volarth (2015) chegaram à conclusão que a
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constante () indica que, em média, um ano a mais de estudo proporciona cerca de 10% de
incremento na renda do trabalhador.
Demanda Educacional: A procura por educação tem a ver com vontade, capacidade e
prontidão para adquirir algo que é considerado útil o suficiente para pagar o preço
associado a ela e arcar com os riscos envolvidos na aquisição dessa coisa. Os economistas
usam a população etária relevante elegível ou o número de participantes potenciais
qualificados que estão dispostos, para participar de um programa educacional específico a
um determinado custo e em um tempo especificado para medir a demanda educacional.
Custos indiretos (na forma de custos de oportunidade, medidos pela perda de renda
incorrida enquanto na escola); e os custos não monetários (que incluem coisas como
o ônus do estudo e, para alguns estudantes, a dor de estar longe de casa). O
investimento em educação, como outros investimentos, envolve riscos como o não
cumprimento de um ciclo educacional e o risco de desemprego após a conclusão.
Consequentemente, a teoria da demanda educacional pressupõe que os indivíduos
ajam de acordo com as estimativas de uma taxa de retorno com a devida permissão
para os riscos associados aos seus investimentos. Normalmente, o indivíduo deve
comparar as taxas de retorno esperadas com alguma taxa de juros apropriada. Um
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indivíduo adquire um nível de educação se a taxa de retorno esperada exceder as
taxas de juros. Por outro lado, o indivíduo não adquire a educação se a taxa de juros
exceder a taxa de retorno. Uma programação de demanda agregada para inscrições
deriva da organização da demanda. Além disso, o cronograma de demanda para
matrículas deriva da organização dos indivíduos de acordo com a taxa de retorno
esperada (do maior para o menor).
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consequentemente retirar seus filhos das escolas. Consequentemente, oquanto maior
o preço dos complementos à educação, menos atraente é a educação.
Existem alguns casos excepcionais em que a lei da demanda educacional não é válida.
Esses casos excepcionais incluem:
Ostentação, que faz com que potenciais participantes demandem educação mesmo
quando o preço desses serviços educacionais está subindo. O exemplo inclui algumas
escolas particulares criadas para crianças ricas. A demanda por essas escolas não pode
diminuir à medida que as propinas aumentam devido ao desejo das pessoas de serem
exclusivas, esnobes (efeito esnobe) ou se dissociarem das pessoas comuns. Quanto mais
altos os preços do ensino privado, mais as pessoas valiosas pensam que são e, portanto,
mais dispostas a frequentar essas escolas.
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da educação pode, de fato, levar a um aumento no número de pessoas solicitando um
lugar na escola. As especulações podem criar um efeito de onda; nesse caso, as pessoas
se matriculam nas escolas porque outras o fazem. Tanto a ostentação quanto a
especulação resultam em uma curva de demanda excepcional, que não se inclina para
baixo.
Serviços educacionais inferiores: são aqueles que atraem menos pessoas à medida que
a renda real aumenta (efeitos de Geffen). Quanto maior o preço da educação inferior,
menor a renda real das pessoas e, portanto, menor a disposição das pessoas em adquirir
uma suposta serviço educacional inferior. No entanto, se o preço desse serviço cai, a
renda real do povo aumentará e isso os levará a adquirir mais educação superior. A
educação inferior (por exemplo, escolas públicas de ensino fundamental na Nigéria)
geralmente é frequentada por pessoas pobres porque elas não podem pagar os
substitutos superiores (por exemplo, ensino primário privado). Quando a renda deles
aumentar, haverá uma mudança do sistema educacional inferior para o superior.
Consequentemente, esse serviço de educação inferior experimenta demanda anormal a
preços mais baixos e demanda normal a preços mais altos.
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A demanda por educação é geralmente inelástica em relação ao preço da educação. Isso
significa que a demanda educacional geralmente cai muito menos que 1% quando o preço
da educação aumenta 1%.
Oferta Educacional
Pode até ser que 1.000 alunos tenham realmenteadmitido com a esperança de prepará-los
para o exame final. Portanto, o fornecimento, nesse caso, não é o admitido, mas o número
realmente oferecido para o emprego. Ao contrário da lei da demanda educacional, à medida
que o preço cai, a quantidade de educação oferecida diminui, pois os produtores estarão
dispostos a fornecer mais bens a preços mais altos para obter mais lucros. A curva de oferta
é, portanto, inclinada para cima. Isso indica uma relação direta entre o preço e a quantidade
de educação oferecida. Portanto, quanto maior o preço, maior a quantidade de educação
oferecida e quanto menor o preço, menor a quantidade ofertada
O ponto de equilíbrio será atingido a um preço em que o número de vagas demandadas seja
igual ao número fornecido pelas instituições de ensino. Isso pode ser ilustrado através de
curvas combinadas de demanda e oferta educacional. O ponto de equilíbrio é o ponto em
que a curva de demanda intercepta a curva de oferta. O preço de equilíbrio ou o preço de
mercado iguala demanda e oferta.
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Excesso de oferta de vagas para estudantes e demanda excessiva por vagas de
estudantes: O excesso de oferta de vagas para estudantes é uma situação em que o número
de alunos matriculados é menor que o número de vagas oferecidas. O excesso de oferta
ocorre quando o preço da educação, consequentemente, algumas pessoas são cotadas
quando o preço da educação excede o que os indivíduos particulares podem pagar, o
resultado é uma situação excedente na oferta educacional. Como regra, um aumento na
oferta fará com que o preço de equilíbrio caia e a quantidade demandada aumente. Por
outro lado, o excesso de demanda por vagas de estudantes representa uma situação em que
o número de pessoas que buscam admissão em um sistema educacional é maior que o
número que pode ser acomodado. Por exemplo, 30.000 pessoas podem estar buscando
admissão, enquanto apenas 15.000 podem ser fornecidos. A diferença entre 30.000 e
15.000 é o excesso de demanda por educação. O excesso de demanda ocorre como
resultado da baixa contribuição de alunos ou pais para a educação em termos de propinas e
outras formas de custo privado da educação. Como regra, um aumento na demanda causará
um aumento no preço de equilíbrio e na quantidade de educação oferecida e vice-versa.
Resultados da regressão
SUMMARY OUTPUT
Regression Statistics
Multiple R 0.973453
R Square 0.947612
Adjusted R Square 0.937134
Standard Error 12926.01
Observations 13
ANOVA
df SS MS F Significance F
Regression 2 30222046176 15111023088 90.44095 3.94617E-07
Residual 10 1670816553 167081655.3
Total 12 31892862729
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O Rendimento das famílias mostra-se insignificante (P-value:0.2> 5%) sendo uma
evidência existencia de outros elementos que podem influenciar o número de matriculados
do ensino superior, a título exemplicativo em Moçambique existe entidades públicas assim
como privadas que financiam os custos educacionais dos estudantes.
Conclução
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Bibliografia
Becker, G. S., 1962. Investment in Human Capital: A Theoretical Analysis. The Journal of
Political Economy
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