Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA
SOCIEDADE
DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE 4.1 Diversidade de
sexo, gênero e sexualidade; diversidade étnico-racial; diversidade
cultural. 4.2 Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos
vulnerabilizados: crianças e adolescentes; idosos; LGBTQIA+; pessoas
com deficiências; pessoas em situação de rua, povos indígenas,
comunidades quilombolas e demais minorias sociais.
DIVERSIDADE DE SEXO, GÊNERO E
SEXUALIDADE
CEDAW
q documento que sofre críticas da comunidade internacional, por
prever a igualdade entre homem e mulheres em relação à família, por
impor imperialismo cultural e pela intolerância religiosa.
q foco: eliminar a discriminação contra a mulher:
"discriminação contra a mulher" significará toda a distinção,
exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício
pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na
igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural e civil ou em qualquer outro campo.
CONVENÇÃO BELÉM DO PARÁ
q foco: eliminar a violência doméstica:
"discriminação contra a mulher" significará toda a distinção,
exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício
pela mulher, independentemente de seu estado civil, com base na
igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e
liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural e civil ou em qualquer outro campo.
CONVENÇÃO BELÉM DO PARÁ
q a violência doméstica abrange a física, sexual e psicológica:
a) ocorrida no âmbito da família ou unidade doméstica ou em
qualquer relação interpessoal, quer o agressor compartilhe, tenha
compartilhado ou não a sua residência, incluindo-se, entre outras
turmas, o estupro, maus-tratos e abuso sexual;
b) ocorrida na comunidade e comedida por qualquer pessoa,
incluindo, entre outras formas, o estupro, abuso sexual, tortura,
tráfico de mulheres, prostituição forçada, sequestro e assédio sexual
no local de trabalho, bem como em instituições educacionais,
serviços de saúde ou qualquer outro local; e
c) perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer
que ocorra.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q igualdade entre homens e mulheres (art. 5º, I, CF);
q proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei (art. 7º, XX, CF);
q tratamento diferenciado em termos de aposentadoria:
§ 62 anos, frente aos 65 para homens para servidores e
empregados privados, conforme art. 40, III, CF e art. 201, §7º, CF)
§ 55 anos, frente aos 60 para homens para aposentadoria por
idade para empregados privados
q dispensa do serviço militar obrigatório em tempos de paz (art. 142,
§2º, CF)
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q exercício em igualdade de condições dos deveres decorrentes da
sociedade conjugal entre homens e mulheres (art. 226, §, 5º, CF);
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q participação política da mulher
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por
cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção
de programas de promoção e difusão da participação política das
mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
q participação política da mulher
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha e da parcela do fundo partidário destinada a campanhas
eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na
televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas,
deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao
número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada
conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e
pelas normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse
partidário. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de
2022)
LEI MARIA DA PENHA
Finalidade da Norma
q coibir e prevenir a violência doméstica familiar;
q criar os Juizados de Violência Doméstica e Familiar;
q adotar medidas de assistência e proteção às vítimas de violência
doméstica e familiar.
CONCEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por
afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.
CONCEITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Art. 40-A. Esta lei será aplicada a todas as situações previstas no art. 5º,
independentemente da causa ou motivação dos atos de violência, ou da
condição do ofensor ou da ofendida.
FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
VIOLÊNCIA
POLÍTICA
qualquer distinção, exclusão ou restrição no
reconhecimento, gozo ou exercício de seus
direitos e de suas liberdades políticas
fundamentais, em virtude do sexo.
ALTERAÇÕES IMPORTANTES
q CE não permite propaganda eleitoral que discrimine em razão do
gênero, cor, raça ou etnia;
q CE torna crime divulgação de fatos inverídicos (durante a campanha
ou em período eleitoral) imputando aumento de pena se envolver
menosprezo ou discriminação à condição da mulher ou à sua cor,
raça ou etnia;
q CE torna crime assediar, constranger, humilhar, perseguir ou
ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora
de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à
condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de
impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho
de seu mandato eletivo;
ALTERAÇÕES IMPORTANTES
q CE torna crime calúnia, difamação e injúria eleitoral, imputando
aumento de pena se envolver menosprezo ou discriminação à
condição da mulher ou à sua cor, raça ou etnia;
q Lei dos Partidos Políticos exige que estatutos estabeleçam normas
sobre prevenção, repressão e combate à violência política contra a
mulher;
q Lei das Eleições passou a exigir exigir a observância da proporção
entre homens e mulheres previsto no §3º do art. 10 da mesma lei
(70% no máximo e 30% no mínimo) no âmbito dos debates sobre as
eleições proporcionais.
LEI 14.786/2023
Art. 2º O protocolo “Não é Não” será implementado no ambiente de
casas noturnas e de boates, em espetáculos musicais realizados em
locais fechados e em shows, com venda de bebida alcoólica, para
promover a proteção das mulheres e para prevenir e enfrentar o
constrangimento e a violência contra elas.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei não se aplica a cultos nem a
outros eventos realizados em locais de natureza religiosa.
Art. 4º Na aplicação do protocolo “Não é Não”, devem ser observados
os seguintes princípios:
I - respeito ao relato da vítima acerca do constrangimento ou da
violência sofrida;
II - preservação da dignidade, da honra, da intimidade e da integridade
física e psicológica da vítima;
III - celeridade no cumprimento do disposto nesta Lei;
IV - articulação de esforços públicos e privados para o enfrentamento do
constrangimento e da violência contra a mulher.
Art. 4º Na aplicação do protocolo “Não é Não”, devem ser observados
os seguintes princípios:
I - respeito ao relato da vítima acerca do constrangimento ou da
violência sofrida;
II - preservação da dignidade, da honra, da intimidade e da integridade
física e psicológica da vítima;
III - celeridade no cumprimento do disposto nesta Lei;
IV - articulação de esforços públicos e privados para o enfrentamento do
constrangimento e da violência contra a mulher.
DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
CONVENÇÃO SOBRE ELIMINAÇÃO DE TODAS AS
FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO RACIAL
• TIDH da ONU;
• internalizado, com status supralegal;
• objetivo central: eliminar a discriminação;
• adoção das vertentes repressivo-punitiva e
promocional;
• admite-se a diferenciação:
ü entre cidadãos e não-cidadãos;
ü disposições legais por conta de nacionalidade,
cidadania e naturalização; e
ü ações afirmativas.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
Editada 2013
Aprovação no SF DL 1/2021
Depósito e
2021
Ratificação
Promulgação DE 10.932/2022
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
1. Discriminação racial é qualquer distinção, exclusão, restrição ou
preferência, em qualquer área da vida pública ou privada, cujo propósito
ou efeito seja anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em
condições de igualdade, de um ou mais direitos humanos e liberdades
fundamentais consagrados nos instrumentos internacionais aplicáveis aos
Estados Partes. A discriminação racial pode basear-se em raça, cor,
ascendência ou origem nacional ou étnica.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
2. Discriminação racial indireta é aquela que ocorre, em qualquer esfera da
vida pública ou privada, quando um dispositivo, prática ou critério
aparentemente neutro tem a capacidade de acarretar uma desvantagem
particular para pessoas pertencentes a um grupo específico, com base nas
razões estabelecidas no Artigo 1.1, ou as coloca em desvantagem, a
menos que esse dispositivo, prática ou critério tenha um objetivo ou
justificativa razoável e legítima à luz do Direito Internacional dos Direitos
Humanos.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
3. Discriminação múltipla ou agravada é qualquer preferência, distinção,
exclusão ou restrição baseada, de modo concomitante, em dois ou mais
critérios dispostos no Artigo 1.1, ou outros reconhecidos em instrumentos
internacionais, cujo objetivo ou resultado seja anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício, em condições de igualdade, de um ou
mais direitos humanos e liberdades fundamentais consagrados nos
instrumentos internacionais aplicáveis aos Estados Partes, em qualquer
área da vida pública ou privada.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
4. Racismo consiste em qualquer teoria, doutrina, ideologia ou conjunto
de ideias que enunciam um vínculo causal entre as características
fenotípicas ou genotípicas de indivíduos ou grupos e seus traços
intelectuais, culturais e de personalidade, inclusive o falso conceito de
superioridade racial. O racismo ocasiona desigualdades raciais e a noção
de que as relações discriminatórias entre grupos são moral e
cientificamente justificadas. Toda teoria, doutrina, ideologia e conjunto de
ideias racistas descritas neste Artigo são cientificamente falsas,
moralmente censuráveis, socialmente injustas e contrárias aos princípios
fundamentais do Direito Internacional e, portanto, perturbam gravemente
a paz e a segurança internacional, sendo, dessa maneira, condenadas
pelos Estados Partes.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
5. As medidas especiais ou de ação afirmativa adotadas com a finalidade
de assegurar o gozo ou exercício, em condições de igualdade, de um ou
mais direitos humanos e liberdades fundamentais de grupos que
requeiram essa proteção não constituirão discriminação racial, desde que
essas medidas não levem à manutenção de direitos separados para
grupos diferentes e não se perpetuem uma vez alcançados seus objetivos.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
6. Intolerância é um ato ou conjunto de atos ou manifestações que
denotam desrespeito, rejeição ou desprezo à dignidade, características,
convicções ou opiniões de pessoas por serem diferentes ou contrárias.
Pode manifestar-se como a marginalização e a exclusão de grupos em
condições de vulnerabilidade da participação em qualquer esfera da vida
pública ou privada ou como violência contra esses grupos.
CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO,
A DISCRIMINAÇÃO RACIAL E A INTOLERÂNCIA
Mecanismos de Fiscalização do TIDH:
ü denúncia à Comissão;
• titulares ativos: pessoa e organizações não-governamentais;
• é necessário ato específico de ratificação da competência da
Comissão para recebimento de denúncias;
ü competência da Corte para julgar questões referente à Convenção;
ü constituição do Comitê Interamericano.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• Art. 5º, XLI e XLII: mandado constitucional de criminalização do
racismo
efetivação da igualdade de
oportunidades aos negros
combate à discriminação e
intolerância racial
CONCEITOS
# discriminação racional ou étnico racial: constitui toda forma de
distinção baseada em fatores étnicos ou de descendência que impliquem
na anulação ou restrição dos seus direitos humanos.
# desigualdade racial: diferenciação injustificada no acesso e fruição de
bens, serviços e oportunidade em razão de fatores étnicos ou de
descendência.
# desigualdade de gênero e raça: constatação do fosso entre as
mulheres negras e demais segmentos da sociedade.
# população negra: conjunto de pessoas que se declaram negas ou
pardas segundo o IBGE.
# políticas públicas: ações, iniciativas e programas adotados pelo Poder
Público voltado para a efetivação de direitos humanos, no âmbito de suas
prerrogativas institucionais.
RACISMO ESTRUTURAL
1) Racismo sob a concepção individualista: o racismo é compreendido
como um comportamento de indivíduos ou grupos que agem por
motivações psicológicas ou desvios éticos, consistindo em uma
"irracionalidade" ou "patologia" comportamental.
RACISMO ESTRUTURAL
2) Racismo sob a concepção institucional: o racismo constitui uma relação
de poder desigual entre grupos raciais.
RACISMO ESTRUTURAL
3) Racismo sob a concepção estrutural: o racismo é parte da estrutura
social. A ordem social tem o racismo como um de seus elementos
estruturantes. Em virtude disso, a atuação meramente inerte ou "normal"
das instituições resulta em práticas racistas, pois as instituições
reproduzem a ordem social racista.
CONSTITUCIONALIDADE DAS COTAS
q Estabelecer um ambiente acadêmico plural e diversificado, superando
a pouca diversidade racial do ensino superior público e, com isso,
eliminando distorções sociais historicamente consolidadas.
q Há dois critérios utilizados comumente: a autoidentificação e a
heteroidentificação (identificação feita por terceiros).
q Cota deve ser proporcional e razoável, reservando-se as vagas em
número adequado, apto a não excluir em demasia os demais membros
da comunidade não abrangidos no critério de seleção.
CAPOEIRA E ESTUDO DA HISTÓRIA
GERAL DA ÁFRICA E DA HISTÓRIA DA
POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
ECA
criança adolescente jovem
CP
inimputável imputável
PRINCÍPIO DA PRIORIDADE ABSOLUTA
FAMÍLIAS
1º. Família natural
Ordem de
Excepcionalidade 3º. Família substituta
composta por
parentes Adoção nacional;
Adoção internacional
por estrangeiros.
DIREITO À EDUCAÇÃO
q direito fundamental (obrigatório e gratuito), ensino médio
(progressiva obrigatoriedade e gratuidade) no ECA;
q atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
q atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos
de idade;
q oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
adolescente trabalhador.
Ensino
Educação Infantil Ensino Médio
Fundamental
inicia-se aos 6
duração de três
0 a 5 anos duração de nove
anos
anos
obrigatórios e gratuitos
RESERVA DO POSSÍVEL NA EDUCAÇÃO
q limitação dos recursos disponíveis diante das necessidades infinitas a
serem supridas;
q LGBTQIAPN
LGBTQIA+
L: Lésbicas - Mulheres que se sentem atraídas afetiva e sexualmente por
outras mulheres.
G: Gays - Homens que se sentem atraídos por outros homens.
B: Bissexuais - Pessoas que se relacionam afetiva e sexualmente tanto
com homens quanto com mulheres.
T: Transexuais ou Travestis - Pessoas que não se identificam com o gênero
atribuído no nascimento.
Q: Queer - Pessoas que não se encaixam nas normas tradicionais de
gênero e sexualidade.
LGBTQIA+
I: Intersexo - Pessoas cujas características sexuais não se enquadram nas
definições típicas de masculino ou feminino.
A: Assexuais - Pessoas que não sentem atração sexual, embora possam ter
relações românticas.
P: Pansexuais - Pessoas que sentem atração por outras
independentemente de seu gênero.
N: Não-Binário - Pessoas que não se identificam exclusivamente como
homem ou mulher.
APÓS YOGYAKARTA...
q Resolução do Conselho da ONU com questões sobre a
comunidade LGBTT (UHRC, human rigths, sexual orientation and
gender identity) (2006, 2014, 2016);
q Adoção por cortes, a exemplo do STF no RE 477.554
(reconhecimento da união homossexual como entidade familiar);
q Documento se diz vinculante, mas não é.
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
PRINCÍPIOS
(i) direito ao gozo (iii) direito ao
(ii) direito à igualdade e (v) direito à segurança (vi) direito à
universal dos direitos reconhecimento perante (iv) direito à vida;
a não-discriminação; pessoal; privacidade;
humanos; a lei;
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
DIREITO À IGUALDADE E À NÃO-DISCRIMINAÇÃO
Homofobia e transfobia inseridos no conceito de racismo da Lei
7.716/1989 (ADO 26):
“d) dar interpretação conforme à Constituição, em face dos mandados
constitucionais de incriminação inscritos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da
Carta Política, para enquadrar a homofobia e a transfobia, qualquer que
seja a forma de sua manifestação, nos diversos tipos penais definidos na
Lei nº 7.716/89, até que sobrevenha legislação autônoma, editada pelo
Congresso Nacional, seja por considerar-se, nos termos deste voto, que
as práticas homotransfóbicas qualificam-se como espécies do gênero
racismo, na dimensão de racismo social consagrada pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento plenário do HC 82.424/RS (caso
Ellwanger), ...
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
DIREITO À IGUALDADE E À NÃO-DISCRIMINAÇÃO
Homofobia e transfobia inseridos no conceito de racismo da Lei
7.716/1989 (ADO 26):
“na medida em que tais condutas importam em atos de segregação que
inferiorizam membros integrantes do grupo LGBT, em razão de sua
orientação sexual ou de sua identidade de gênero, seja, ainda, porque
tais comportamentos de homotransfobia ajustam-se ao conceito de atos
de discriminação e de ofensa a direitos e liberdades fundamentais
daqueles que compõem o grupo vulnerável em questão”.
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
RECONHECIMENTO PERANTE A LEI
Alteração do nome da pessoa transgênero (RE n. 670.422/RS):
I) O transgênero tem direito fundamental subjetivo à alteração de seu
prenome e de sua classificação de gênero no registro civil, NÃO se
exigindo, para tanto, nada além da manifestação de vontade do
indivíduo, o qual poderá exercer tal faculdade tanto pela via judicial como
diretamente pela via administrativa.
II) Essa alteração deve ser averbada à margem do assento de nascimento,
vedada a inclusão do termo “transgênero”.
III) Nas certidões do registro não constará nenhuma observação sobre a
origem do ato, vedada a expedição de certidão de inteiro teor, salvo a
requerimento do próprio interessado ou por determinação judicial.
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
RECONHECIMENTO PERANTE A LEI
Alteração do nome a pessoa transgênero (RE n. 670.422/RS):
IV) Efetuando-se o procedimento pela via judicial, caberá ao magistrado
determinar de ofício ou a requerimento do interessado a expedição de
mandados específicos para a alteração dos demais registros nos órgãos
públicos ou privados pertinentes, os quais deverão preservar o sigilo
sobre a origem dos atos (STF. Plenário. RE 670.422/RS, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 15/8/2018)
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
DIREITO A TRATAMENTO HUMANO DURANTE A PRISÃO
Alocação de presos: garantia a uma travesti presa em regime semiaberto o
direito de pernoitar na ala feminina (STJ).
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
PROTEÇÃO CONTRA ABUSOS MÉDICOS
Pessoas intersexo.
Art.1º - São consideradas anomalias da diferenciação sexual as situações
clínicas conhecidas no meio médico como genitália ambígua,
ambigüidade genital, intersexo, hermafroditismo verdadeiro, pseudo-
hermafroditismo (masculino ou feminino), disgenesia gonadal , sexo
reverso, entre outras.
Art. 2º - Pacientes com anomalia de diferenciação sexual devem ter
assegurada uma conduta de investigação precoce com vistas a uma
definição adequada do gênero e tratamento em tempo hábil;
Art 6º - O tema “anomalia da diferenciação sexual” deve ser abordado
durante eventos médicos, congressos, simpósios e jornadas, visando sua
ampla difusão e atualização dos conhecimentos na área.
DIREITO DE CONSTITUIR FAMÍLIA
É possível a adoção de uma criança por casal homoafetivo. É possível
também a adoção unilateral do filho biológico da companheira
homoafetiva (STJ. 3ª Turma. REsp 1.281.093-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 18/12/2012).
Direitos Humanos
Prof. Ricardo Torques
RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO
HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR
características: protetiva;
extraordinária;
temporária.
abrangência: