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SCAFFOLDS BIOIMPRESSOS: A CONVERGÊNCIA DA

IMPRESSORA 3D E ENGENHARIA MECÂNICA NA


FABRICAÇÃO DE ESTRUTURAS PARA MEDICINA
REGENERATIVA
Mariana Barbosa de Souza1, Karen Soares Pereira2
1
Aluna do Curso de Bacharelado em Engenharia Mecânica – IFPE/Campus Caruaru
2
Bacharela em Administração AESGA/ Garanhuns
mbs4@discente.ifpe.edu.br, karensoaresp@hotmail.com
Palavras-chave: Bioimpressão. Impressão 3D. Poros e materiais. Tecido.
1 INTRODUÇÃO
A utilização de Scaffolds semeado com células é uma técnica que está sendo
utilizada na engenharia tecidual e hoje é auxiliada por impressoras 3D para ajudar a
construção controlada e personalizada de poros e biomateriais. A impressão 3D avançou
nas últimas décadas e tem se tornada uma abordagem de biofabricação para impressão de
tecidos órgãos, muitas vezes com o objetivo de dimensionar características do tecido.
Neste trabalho, investigou-se o potencial uso de impressoras 3D, mostrando a
versatilidade que esse equipamento pode ser utilizado na indústria. As biotintas são
compostas por diversos tipos celulares, podendo ser células tronco tais como: células de
medula óssea, embrionárias ou células tronco pluripotente induzidas e também podem ser
usadas células diferenciadas. Também podem ser utilizadas células de linhagem, no
entanto, essas seriam para outros tipos de impressão 3D, que não são de tecidos e órgãos.
Além disso, também foi proposto o estudo de algumas técnicas utilizadas na
bioimpressão. As técnicas de inkjet, laser e micro fluídico são as mais precisas e
apresentam uma melhor resolução de bioimpressão. Contudo, possuem um alto custo, são
limitadas a fabricação de pequenos tecidos e exigem biotintas pouco viscosas, o que
diminui a sustentação do construto. Porém, a micro extrusão é a mais utilizada por ser
facilmente escalonada, com capacidade para bioimpressão de tecidos maiores e com uso
de biotintas com diferentes modelos de viscosidades. A técnica de SWIFT apresenta
limitação da bioimpressão que é a quantidade de células por mililitro de biotinta. No
micro extrusão, é possível obter 10 milhões de células por mililitro. Diante desse
contexto, levando-se em conta a alguns desafios a serem superados que essa tecnologia
se popularize.
Dentre elas são: o alto custo dos materiais e equipamentos utilizados, a dificuldade
de padronização e confiabilidade dos métodos, o trabalho em um ambiente estéril que
impeça a contaminação da cultura e do construto durante a bioimpressão e o transplante,
a construção de tecidos, a vascularização dos tecidos, além dos requisitos exigidos na
legislação para que esse tipo de terapia seja aprovado.
2 METODOLOGIA
Com base nos objetivos do presente trabalho podemos classificar que o trabalho
está organizado e dividido nos seguintes tópicos: introdução, metodologia, resultados e
discussão e conclusão. O trabalho foi realizado por meio de pesquisas bibliográficas
acerca do assunto disponíveis nas seguintes bases de dados: Scielo, Google Acadêmico.
A pesquisa bibliográfica foi realizada em trabalhos recentes. As palavras-chave utilizadas
foram: Bioimpressão, impressão 3D, poros e materiais e tecido.
O caminho do trabalho se deu da seguinte forma: utilizar uma abordagem
qualitativa e quantitativa para uma compreensão abrangente do assunto, identificar a
população-alvo (pesquisadores, empresas e etc.). O processo de bioimpressão 3D pode
produzir uma variedade tecidos com formatos e graus de complexidades distintos.
Entretanto, ainda não propicia a biofabricação de tecidos e órgãos funcionais em larga
escala (Groll J et al., 2016).
A engenharia de tecidos vem surgindo como uma abordagem promissora no que
tange ao processo de restauração das funções cardíaca, a regeneração do tecido cardíaco
embora ainda seja um desafio, em função de suas estruturas as perspectivas geram boas
expectativas.
3 RESULTADO E DISCUSSÕES
A seleção dos dados, de acordo com as pesquisas que foram utilizadas
anteriormente resultou em alguns temas abordados que apresentaram conteúdo relevante
referente a apresentação e análise das técnicas de impressão 3D utilizadas na
bioimpressão dos Scaffolds, a influência da engenharia mecânica na qualidade e na
funcionalidade dos Scaffolds.
A exposição de resultados relacionados à integração de princípios de engenharia
na fabricação de Scaffolds. Houveram discussões sobre como a engenharia mecânica
afeta a resistência, a durabilidade e biomecânica de Scaffolds, materiais efetivos para a
bioimpressão na medicina regenerativa a identificação e avaliação dos materiais mais
promissores para a bioimpressão de Scaffolds. A análise das propriedades
biocompatíveis, mecânicas e desagradáveis dos materiais utilizados.
Atualmente a tecnologia da impressão 3D é utilizada em diversos âmbitos, com
aplicação no setor aeroespacial, nas áreas de engenharia, medicina regenerativa, pois essa
tecnologia traz benefícios significativos. Contudo, um dos maiores desafios para expandir
o uso no mercado de trabalho é a necessidade de alto investimento, porque é uma
inovação tecnológica.
Para utilização desse método primeiro é necessário ter o modelo 3D desejado em
um software de modelagem tridimensional, e em seguida transformar cada camada
através do software onde será determinado a quantidade e espessura do modelo.
Muitos desses produtos são espécie de protótipos de uso na engenharia mecânica,
pois permite que os engenheiros verifiquem e ajustem as peças ante de introduzir a
produção, que faz com que reduza os gastos no custo de projetos.
4 CONCLUSÕES
Ressalta-se, portanto, a importância da medicina regenerativa a impressão 3D
representa áreas interdisciplinares que têm se aproximado para transformar a abordagem
de tratamentos médicos e potencialmente revolucionar a terapia das doenças e lesões. O
uso de células-tronco, terapias celulares, engenharias de tecidos e órgãos danificados por
meio do estimulo do próprio processo de cura no corpo.
Contudo, a impressão 3D é aplicada na medicina regenerativa por meio da técnica
de bioimpressão. Permite a deposição de células, biomateriais e fatores de crescimento
em padrões tridimensionais específicos. Para criar scaffolds que são estruturas
tridimensionais que servem como suportes para o crescimento celular. A capacidade de
personalização oferecida pela impressão 3D permite a criação de scaffolds adaptados às
necessidades especificas de cada paciente.
A aplicação pode ser feita na criação de pele, ossos, cartilagem, até rins e coração.
As impressoras 3D permitem podem ser personalizadas de acordo com o que é solicitado,
tem sido utilizada em casos de sucesso para criar ossos e tecidos moles para transplantes
e reparo. A combinação da medicina regenerativa e impressão 3D oferece um potencial
significativo para transformar a abordagem aos tratamentos médicos, proporcionando
soluções personalizadas e avançadas para a regeneração de tecidos e órgãos.
REFERÊNCIAS
ABREU, C. et al. Indústria 4.0: Como as empresas estão utilizando a simulação para
se preparar para o futuro. Revista de Ciências Exatas e Tecnologia, n.12, v. 12, p.49-
53, 2017.Disponível em:
http://revista.pgsskroton.com.br/index.php/rcext/article/view/5444. Acesso em: 25 dez.
2018.
CURTIS, W. Rapid prototyping: trully functional prototype – time-compression
technologies. Moldes de Prototipado, Astúrias, v. 03, n. 04, p. 12, Mar./Apr. 2006.
Disponível em: Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2016.
SEGUIN, L. Trabalho explicativo a respeito das impressoras 3D, e seus
desenvolvimentos. Curso de Curso Técnico em Instrumentação, Curso Nacional de
Aprendizagem Industrial-SENAI, Santos, 2011.
TAKAGAKI, L. K. Tecnologia de Impressão 3D. Revista Inovação Tecnológica, São
Paulo, v. 2, n. 2, p. 2840, jul. /dez. 2012.

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