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CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA
R E S O LV E :
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES COMUNS
CAPÍTULO II
DO PAGAMENTO NOS AUTOS DA AÇÃO PENAL
Art. 3º Havendo fiança depositada com decisão judicial destinando o valor para o
pagamento de custas e multa, a secretaria deverá adotar os procedimentos
necessários para quitação dos débitos, nos termos desta Instrução Normativa.
§ 1º Caso a decisão mencionada no caput ainda não tenha sido proferida, a
secretaria deverá certificar sobre a pendência de depósito de fiança, promovendo a
conclusão dos autos para deliberação judicial.
§ 2º Sendo a fiança insuficiente para quitação integral dos débitos, as custas serão
recolhidas prioritariamente.
§ 3º Recolhidas as custas, não remanescendo valores para o pagamento integral da
multa, a quantia que sobejar será transferida para o Fupen, via ofício ou alvará
eletrônico, com a cobrança apenas do residual.
Art. 6º As custas poderão ser pagas, total ou parcialmente, nos próprios autos da
ação penal, desde que anteriormente ao envio para protesto.
Art. 8º As guias para o recolhimento da multa do Fupen serão geradas por meio da
página www.fupen.depen.pr.gov.br, e as guias das custas do Funjus pelo Sistema
Uniformizado, na intranet do Tribunal de Justiça.
§ 1º Comparecendo o apenado antes da expedição da certidão de dívida
ativa ou envio para protesto, a guia do Fupen deverá ser atualizada, e a do
FUNJUS, cancelada, com posterior reemissão no respectivo sistema.
§ 2º Após a expedição da certidão em dívida ativa, desde que anteriormente ao
ajuizamento da execução da pena de multa, o(a) apenado(a) poderá pagar a dívida
por meio de depósito judicial, ficando vedada a reemissão ou o cancelamento dos
boletos, devendo a secretaria, imediatamente, comunicar ao Fupen para
transferência dos valores e realização das baixas necessárias.
§ 3º Em nenhuma hipótese deverá ser atualizado o valor da pena de multa após a
apresentação dos cálculos iniciais por parte do(a) contador(a), uma vez que
a atualização e a correção são feitas automaticamente pelo sistema do Fupen.
§ 4º O pagamento de custas e multa deve, obrigatoriamente, ser realizado por meio
de boleto, sendo vedado o recebimento, por parte das secretarias, de quaisquer
valores para tal finalidade.
Art. 9º Para a emissão das guias do Funjus e Fupen, são obrigatórias as seguintes
informações do(a) apenado(a):
a) nome completo;
b) Cadastro de Pessoa Física - CPF;
c) dados processuais e
d) cálculo judicial com o correspondente valor a ser executado.
§ 1º Caberá à secretaria o preenchimento de todos os dados das guias, com a busca
das informações em todos os sistemas informatizados disponíveis, visando ao
registro completo e possibilitando a inscrição em dívida ativa ou o protesto do
título, no caso de inadimplência.
§ 2º Após o esgotamento das buscas pelos sistemas disponíveis, caso seja
verificado que o(a) apenado(a) não possui CPF, o(a) Magistrado(a) deverá solicitar
a inscrição junto à Receita Federal, para fins de emissão das guias ao Funjus e
Fupen.
§ 3º Emitida a guia, a secretaria deverá extrair a certidão de cadastramento da
multa do Sistema do Fupen, com a juntada no respectivo processo.
Art. 10. As informações sobre o pagamento das custas e da multa serão extraídas
dos próprios sistemas, salvo em caso de dúvida quanto aos recolhimentos.
Art. 11. Comprovado pagamento da pena de multa, o processo deverá ser concluso
para análise da extinção da pena de multa pela quitação do débito.
Parágrafo único. A extinção da pena de multa pelo pagamento deverá ser registrada
no Sistema Projudi para consulta na ferramenta Oráculo, sendo desnecessária a
comunicação a outros Juízos, inclusive o Juízo Eleitoral.
CAPÍTULO III
DA EXECUÇÃO DA PENA DE MULTA
Art. 13. Expedida a Certidão de Pena de Multa Não Paga, o Ministério poderá
ajuizar execução da dívida perante a Vara de Execução Penal de Pena de Multa
anexa ao Juízo da condenação, observado o procedimento descrito pelos artigos
164 e seguintes da Lei 7.210, de 11 de julho de 1984, Lei de Execução Penal.
Parágrafo único. O cadastramento da ação e a inserção dos documentos necessários
devem ser realizados pelo(a) próprio(a) exequente, ficando vedada a entrega de
qualquer documento físico à secretaria.
Art. 14. O(a) executado(a) será citado(a) para, no prazo de 10 (dez) dias, pagar a
dívida ou para nomear bens à penhora.
§ 1º A citação pode ser feita por carta com aviso de recebimento, exceto
do(a) executado(a) preso(a), que deve ser citado(a), pessoalmente, por mandado.
§ 2º Se o(a) executado(a) não for localizado(a), o feito deverá ser encaminhado ao
Ministério Público para atualização do endereço.
§ 3º Incluem-se no cálculo da dívida, as custas concernentes à execução da pena de
multa.
Art. 15. Após a citação, em caso de pagamento, o(a) executado(a) deverá efetuar
depósito judicial atrelado ao número da execução de pena de multa, cabendo à
secretaria providenciar a efetiva transferência dos valores à conta vinculada ao
Fupen.
Art. 15. Após a citação, sendo requerido o pagamento pelo(a) executado(a), a
secretaria emitirá novo boleto no site do Fupen, com vencimento para 10 (dez)
dias, a contar da data de emissão. (Redação dada pela Instrução Normativa nº 77,
de 1º de dezembro de 2021)
§ 1º O(a) Magistrado(a) poderá deferir o pagamento em parcelas sucessivas,
ficando o dinheiro depositado em conta judicial e sendo transferido após a quitação
da integralidade da dívida.
§ 1º O(a) Magistrado(a) poderá deferir o pagamento em parcelas sucessivas, com a
geração dos respectivos boletos do Fupen. (Redação dada pela Instrução
Normativa nº 77, de 1º de dezembro de 2021)
§ 2º Fica vedada a emissão de novo boleto pelo Sistema do Fupen, ainda que
vinculado à execução da pena de multa.
§ 2º A falta de quitação de duas parcelas, consecutivas ou não, redundará no
vencimento das demais, prosseguindo a execução da multa. (Redação dada pela
Instrução Normativa nº 77, de 1º de dezembro de 2021)
§ 3º Com a quitação integral do débito, o processo deverá ser remetido à conclusão
para decretação da extinção da pena de multa pelo pagamento.
§ 4º O Fupen deverá ser comunicado sobre o pagamento.
Art. 16. Não efetuado o pagamento dentro do prazo da citação, sendo realizada a
penhora, proceder-se-á conforme os arts. 164, § 2º, 165 e 166 da Lei de Execução
Penal.
Art. 17. Os depósitos judiciais e as penhoras de valores e bens, inclusive on-line,
deverão ser cadastrados no Sistema Projudi e, constantemente, atualizados pela
secretaria.
Art. 18. Não sendo localizado(a) o(a) devedor(a) ou encontrados bens sobre os
quais possa recair a penhora, proceder-se-á na forma do art. 40 da Lei 6.830, de 22
de setembro de 1980.
Art. 19. Caso o titular da ação penal, devidamente intimado, não proponha a
execução da multa no prazo de 90 (noventa) dias, o Juiz da execução criminal dará
ciência do feito ao órgão competente da Fazenda Pública (Federal ou Estadual,
conforme o caso) para a respectiva cobrança na própria Vara de Execução Fiscal,
com a observância do rito da Lei 6.830/1980.(Revogado pela Instrução Normativa
nº 77, de 1º de dezembro de 2021)
CAPÍTULO IV
DO PROTESTO DAS CUSTAS NÃO PAGAS
Art. 20. Não havendo o pagamento das custas devidas ao Fundo da Justiça - Funjus
decorrentes de sentença criminal transitada em julgado, após efetuada a intimação
disciplinada no artigo 4º desta Instrução Normativa, o débito será levado a protesto,
com a emissão da Certidão de Crédito Judicial - CCJ.
Parágrafo único. As custas decorrentes da intimação integrarão as custas finais para
efeito de protesto.
Art. 21. As CCJs são emitidas pela secretaria por meio do Sistema Uniformizado,
disponível na intranet, e vinculadas ao Sistema Projudi.
§ 1º Os elementos da CCJ são:
I - identificação da secretaria apresentante;
II - Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do Fundo da Justiça;
III - identificação do(a) devedor(a) (CNPJ ou CPF, endereço, Município, Estado e
Código de Endereçamento Postal - CEP);
IV - dados do processo (foro/comarca, vara, número do processo, data da sentença,
data do trânsito em julgado);
V - valor do débito referente às custas devidas ao Fundo da Justiça;
VI - local e data;
VII - assinatura do(a) Chefe de Secretaria e aprovação do(a) Magistrado(a)
responsável, ambas por meio eletrônico.
§ 2º Após o vencimento da guia de custas finais, o pagamento do débito deverá
ocorrer, exclusivamente, conforme especificado no artigo 23, vedado o
recolhimento por forma diversa.
§ 3º A partir da data do vencimento da guia, o débito será atualizado com base no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, acrescido de juros de 1%
(um por cento) ao mês.
§ 4º Os valores constantes das CCJs não estão sujeitos à atualização monetária a
que se refere o art. 754 do Código de Normas do Foro Extrajudicial - CNFE ou
outra norma que venha a substituí-lo.
Art. 22. A secretaria será responsável por elaborar as CCJs e enviar para aprovação
do(a) Magistrado(a) do dia 1º até o dia 15 de cada mês, a fim permitir que o(a)
Tabelião(ã) adote os procedimentos de protesto até o final do mesmo mês.
§ 1º Após o decurso do prazo estabelecido no caput, será realizado o envio
eletrônico do arquivo único contendo as CCJs à Central de Remessa de Arquivos -
Paraná - CRA.
§ 2º Não são devidas pelo TJPR custas de distribuição, de contador e Funarpen no
protesto de CCJ decorrente de valores devidos ao Funjus.
§ 3º O Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil - Seção Paraná -
IEPTB/PR informará ao Funjus o número de protocolo referente ao protesto e o
tabelionato para onde o documento foi distribuído, o qual ficará vinculado ao
sistema Projudi.
§ 4º Somente serão encaminhadas a protesto as custas relativas a processo cujo
trânsito em julgado tenha ocorrido há menos de 5 (cinco) anos e cujos(as)
devedores(as) sejam domiciliados(as) no estado do Paraná, salvo outro convênio
dispondo de forma diversa.
§ 5º Gerada a CCJ e juntada aos autos, inexistindo outras pendências, o processo
será arquivado, ficando vedada a suspensão ou a remessa ao arquivo provisório.
Art. 24. Expirado o tríduo legal do art. 12 da Lei 9.492/1997 e realizado o protesto
da CCJ, o pagamento das custas deverá ser feito por meio de guia pós-protesto
emitida pelo devedor no portal do TJPR.
§ 1º Com a confirmação do pagamento da guia referida no caput, será enviada,
automaticamente via sistema, a autorização eletrônica para a baixa do protesto.
§ 2º Após a quitação da guia pós-protesto, é compulsório o comparecimento do(a)
devedor(a) ao tabelionato para efetivar a baixa do protesto com o pagamento do
numerário referente a essa baixa.
§ 3º Caso solicitado pelo(a) interessado(a), a secretaria ou o tabelionato orientará
o(a) devedor(a) sobre o acesso à guia pós-protesto, emitindo-a em caso de
necessidade.
Art. 26. O registro do protesto e as demais despesas decorrentes do envio das CCJs
relativas a valores devidos ao Funjus somente serão pagos pelo(a) devedor(a) no
momento da baixa do protesto, ficando o TJPR isento do pagamento de quaisquer
valores.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 31. Esta regulamentação é aplicada às Varas Criminais, podendo, também, ser
empregada pelos Juizados Especiais Criminais, salvo se conflitar com as
disposições da Lei Estadual 18.413, de 29 de dezembro de 2014, e as normativas
da Supervisão-Geral do Sistema dos Juizados Especiais, notadamente, em relação
aos prazos para recolhimento da multa.
Parágrafo único. Os prazos previstos no § 2º do art. 2º da Instrução Normativa n.º
12, de 3 de julho de 2017, não se aplicam ao recolhimento das custas e da pena de
multa oriundas do processo criminal e da execução de pena. (Incluído pela
Instrução Normativa nº 77, de 1º de dezembro de 2021)