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RAÇA RAÇA

AÇA RAÇA
RAÇ
RAÇA
RAÇA RA
RAÇA RAÇA
RAÇA RAÇA
RAÇA RA
CARTILHARAÇA R
MEDICINA RAÇ
RAÇA
UERJ
RAÇA RAÇA
A RAÇARAÇA RAÇ
AÇA RAÇA RAÇA
ÇA RAÇA RAÇA R
RAÇA
AÇA RAÇA RAÇA
RAÇA RAÇA RAÇ
RAÇA
RAÇA AOS VESTIBULANDOS RAÇA E
FUTUROS CALOUROS DA
ÇANOSSA QUERIDA UERJ, RAÇ
A MELHOR DORAÇA RIO,
NÓS, DA TURMARAÇA RA
2026, FIZEMOS ESSA
CARTILHA COM TODO CARINHO, POIS
RAÇA
PASSAMOS RAÇA
NA PELE AS DIFICULDADES
IMPOSTAS PELA PANDEMIA E ENTENDEMOS
RAÇA
QUE, MAIS DO RAÇA
QUE NUNCA, AQUELES QUE
ÇA VIRÃO DEPOIS DERAÇA RA
NÓS PRECISAM DE UM
NORTE NESSE NOVO MODELO DE
RAÇA VESTIBULAR. RAÇA R
RA RAÇA
E TRANSMITIR PELO MENOS UM POUCORAÇ
ESPERAMOS QUE ELA POSSA ORIENTÁ-LOS
DE
RAÇA
TODO O AMOR RAÇA
DISPONÍVEL NESSA
ÇA QUE, SE TUDO DER CERTO, FAMÍLIA,

A RAÇA SERÁ DERAÇAVOCÊS TAMBÉM! RAÇ


AÇA RAÇA RAÇA
RAÇA R
RA
RAÇA
RAÇA
RAÇA RAÇA RAÇ
AÇA RAÇ

S U M Á R I O
RAÇ
RAÇA
04 SOBRE A UERJ
RAÇ
07 A ATLÉTICA
08 O VESTIBULAR
09 SISTEMA DE COTAS
AÇA DESEMPENHO 2026
13
16 GRÁFICOS 2026
21 REDAÇÕES NOTA 10 RAÇ
30 DICAS E DEPOIMENTOS
RAÇA
37 RAÇA
MENSAGEM FINAL E AGRADECIMENTOS

- A CARTILHA ABAIXO NÃO POSSUI VÍNCULO COM A UERJ;


- TODAS AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NA CARTILHA SÃO

A RAÇA
REFERENTES AO EDITAL DO VESTIBULAR 2021;
RAÇA
- É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA A LEITURA DO EDITAL
2022 PARA EVENTUAIS MUDANÇAS;
- NENHUMA INFORMAÇÃO CONTIDA NESTA CARTILHA
SUBSTITUI AS INFORMAÇÕES OFICIAIS DO SITE
VESTIBULAR UERJ. 3
SOBRE A UERJ

A MELHOR
DO RIO!

UERJ GRANDE

Bandejão da UERJ grande

PPC - Policlínica Piquet Carneiro

4
SOBRE A UERJ

Sendo referência no atendimento


especializado ao adolescente e na
realização de partos de alto risco e
de partos humanizados, o HUPE
recebeu o título de “Hospital Amigo
da Criança”, concedido pela UNICEF
e pela OMS.
Nosso queridinho hupe

Unidade certificada
como padrão ouro na
rede global de Bancos
de Leite Humano

Os alunos, desde o início do curso, têm o


hospital como extensão da sala de aula,
podendo acompanhar procedimentos
cirúrgicos e os próprios residentes, além de
existir o plantão geral no qual os internos
ganham comissão, de acordo com o ano, e
têm experiências práticas que só teriam fora
da faculdade, permitindo uma formação
superior do HUPE
médica mais completa. Vista
5
SOBREA AUERJ
SOBRE UERJ

Além disso, o Pedro Ernesto é o primeiro hospital público a


oferecer procedimentos cirúrgicos com tecnologias de ponta,
sendo nacionalmente reconhecido pelo seu Programa de
Cirurgia Robótica.

O hospital também é destaque por introduzir, no Rio de Janeiro,


a primeira Clínica da Dor, centro de estudo e de tratamento da
dor.

Cirurgia robótica

A UERJ também foi pioneira ao


criar o primeiro ambulatório
público de Tratamento Pós -
covid

6
A ATLÉTICA
RAÇA,
RAÇA,
RAÇA!
´´Se envolver com a Atlética foi uma das melhores
coisas que eu fiz ao longo da faculdade.
Comecei frequentando as modalidades esportivas
onde fiz muitos amigos e conheci pessoas de vários
outros anos da faculdade. Esse contato me permitiu
levar a faculdade de modo mais leve, compartilhando
as experiências e sendo acolhida nos momentos
difíceis. O esporte e a música são a válvula de escape
de muitos alunos.
Pra participar basta querer - não precisa saber - e
entrar nos grupos pra começar a frequentar as
modalidades.
Aos poucos estamos retomando as atividades e
sempre de braços abertos pra quem quiser somar!´´

MARIA DA CAL- PRESIDENTE DA ATLÉTICA

@ATLETICAMEDICINAUERJ

Além de divers
os esportes, a
MedUerj ainda
tem uma bate
de arrepiar! ria

7
O VESTIBULAR
É preciso esclarecer que as seguintes informações apresentadas referem-se ao Edital do exame
de avaliação do Vestibular Estadual 2021, havendo possibilidade de mudanças no Edital do
Vestibular Estadual 2022, o qual será futuramente divulgado. Por isso, é de fundamental
importância que o candidato mantenha-se atualizado pelo site oficial do vestibular.

COMO FUNCIONARÁ O EXAME ÚNICO?


O Vestibular Estadual 2022 é desvinculado dos sistemas do ENEM e do SISU e ocorrerá
em um único dia, sendo composto por uma prova objetiva e uma redação que ocorre
uma vez por ano para selecionar, no caso da Medicina, uma única turma (a nossa com
104 alunos).

A pr ov a se
in ici a às 9h e
te rm in a 14 h,
60 questões de múltipla escolha; to ta liz an do 5
Valendo 1,5 pontos cada, com 4 alternativas; ho ra s de
Distribuição das questões: 4 interdisciplinares sobre o “texto av al ia çã o
base” e 7 questões de cada disciplina listada à seguir (Biologia, Física,
Geografia, História, Língua Estrangeira-Espanhol, Francês, Inglês-, Português
Literatura, Matemática e Química).
OBS: vale lembrar que as questões de Língua
Portuguesa/ Literatura incluem questões sobre o
livro “Os Sonetos”, de Luiz de Camões.

Valerá 10 pontos;
Baseada no livro ´´Uma Janela em Copacabana´´;
Estrutura de texto dissertativo-argumentativo, com limite de 30 linhas;
Será corrigida por dois avaliadores que não se comunicarão entre si, e caso haja
diferença maior que 2 pontos na nota, um terceiro avaliador, membro da banca
de elaboração da prova, recorrige a redação e dá a nota final.

1° Maior número de pontos em biologia;


Prova 2° Maior número de pontos em química;
Redação 3° Maior nota na prova de redação;
objetiva 4°Maior número de pontos na prova
objetiva;
5° Idade mais elevada.
pontos
Exemplo: estudante A fez 56 acertos, sendo 6 em
biologia, 7 em química e 8 na redação. Estudante B fez
55 acertos, sendo 7 em biologia, 6 em química e 9,5 na
Para ser aprovado na prova objetiva, o redação.
O estudante B estará em uma posição acima do A
candidato deve acertar no mínimo 15 questões devido ao seu maior número de acertos em biologia,
e somente serão corrigidas as Redações dos ainda que apresentem somatórios idênticos.
candidatos aprovados na prova objetiva)

8
SISTEMA DE COTAS
A UERJ
A UERJ e seus discentes se orgulham do RESISTE!
pioneirismo da instituição na adesão ao sistema
de cotas. Esse primeiro e grande passo permitiu
com que ao longo dos anos o ambiente acadêmico OBS: as informações contidas
construídodentro da Faculdade de Ciências nessa cartilha são referentes
Médicas da UERJ se diferenciasse de outras ao edital de ingresso para o
faculdades de medicinapelo Brasil, contando com ano de 2021, por isso é de
uma diversidade étnica, socioeconômica e cultural suma importância a leitura
pelo candidato do edital
anteriormente não existente.
complementar do ano de
2022 para ingresso via sistema
de cotas.

MODALIDADES
Em cumprimento à lei federal e ao seu pioneirismo, a UERJ reserva 45% das suas vagas
para as seguintes modalidades (contando como regra primordial para candidatos de
qualquer grupo atender à condição de CARÊNCIA SOCIOECONÔMICA definida como
renda per capita (por pessoa da família) mensal bruta igual ou inferior a R$ 1.650,00 (um
mil seiscentos e cinquenta reais)

20% das vagas do curso de Medicina (21 vagas) são reservadas para cotistas
negros, indígenas e quilombolas.
O candidato, além da comprovação de renda, deverá apresentar a seguinte
documentação:
A) Se concorrente ao grupo de cota para estudantes negros, os candidatos devem
encaminhar, para comprovação de sua opção de cota, uma autodeclaração,
enfatizando o conjunto das suas características físicas (fenótipo). A declaração deve
ser acompanhada de uma fotografia colorida, com boa iluminação, em tamanho 5x7,
pegando o rosto e os ombros do candidato.

B) Se concorrente ao grupo de cota para estudantes indígenas, os candidatos devem


encaminhar, para comprovação de sua opção de cota, uma autodeclaração da sua
condição de indígenas ou de descendentes diretos de indígenas nacionais,
acrescentando um documento expedido pela Fundação Nacional do Índio ou por
lideranças da sua comunidade étnica ou, ainda, por representações institucionais. A
declaração deve ser acompanhada de uma fotografia colorida, com boa iluminação,
em tamanho 5x7, pegando o rosto e os ombros do candidato.

C) Se concorrente ao grupo de cota para estudantes quilombolas, os candidatos


devem
encaminhar, para comprovação de sua opção de cota, uma autodeclaração da sua
condição de quilombola, acrescentando um documento comprobatório de
residência/pertencimento às comunidades remanescentes de quilombo, emitido por
associação quilombola reconhecida pela Fundação Palmares. A declaração deve ser

9
acompanhada de uma fotografia colorida, com boa iluminação, em
tamanho 5x7, pegando o rosto e os ombros do candidato
SISTEMA DE COTAS

20% das vagas do curso de Medicina da UERJ (21 vagas) são reservadas para
alunos oriundos da rede pública.
O candidato deve ter cursado os três anos do Ensino Médio em uma instituição
da rede pública de ensino e apresentar a seguinte documentação
comprobatória, além da comprovação de renda:
A) Para o candidato que já concluiu o ensino médio:
-Histórico escolar que comprove que o candidato cursou todas as séries do ensino
médio em escolas públicas de todo o território nacional;
-Comprovantes oficiais que indiquem que a instituição é pública municipal, estadual
ou federal, caso o histórico escolar não apresente o nome da instituição de ensino por
extenso ou a clara referência de sua condição pública;
-Diploma ou certificado de conclusão do ensino médio ou, na impossibilidade de
apresentação desses documentos, certidão ou declaração equivalente

B) Para o candidato que está cursando o último ano do ensino médio:


-Declaração de estar cursando o último ano do ensino médio, especificando também
ano, série e estabelecimento de ensino em que cursou cada uma das séries anteriores
do ensino médio.
-Comprovante oficial que indique que a instituição é pública municipal, estadual ou
federal, caso o histórico escolar não apresente o nome da instituição de ensino por
extenso ou a clara referência de sua condição pública

5% das vagas do curso de Medicina da UERJ (5 vagas) são reservadas para essa
categoria
Apresentar a seguinte documentação comprobatória, além da comprovação de
renda:
A) Para o candidatos portadores de deficiências:
- Laudo médico emitido nos últimos 6 meses, fornecendo a descrição da deficiência,
seu grau de acometimento, contendo o Código Internacional de Doenças
- CID e a assinatura do médico da área, de acordo com a lei federal nº 7853/198, com
os decretos n°3298/1999 e n° 5296/2004. (Essas publicações federais apresentam as
deficiências inclusas na cota).
- Exames médicos que comprovem a deficiência ou sua causa dão maior credibilidade
ao pedido, uma vez que, mesmo após aprovação no vestibular e deferimento da cota,
o aluno pode ser convocado para reafirmar sua condição. (opcional)

B) Filhos de policiais civis e militares, de bombeiros militares e de inspetores de


segurança e administração penitenciária, MORTOS OU INCAPACITADOS em razão do
serviço:
-Certidão de Óbito;
-Decisão administrativa que reconheceu a morte ou incapacidade em razão do
serviço;
-Diário Oficial onde consta a morte ou incapacidade;
-Documento de reforma ou aposentadoria por invalidez;
-Contracheque da pensão por morte, quando for beneficiário o dela, ou
dos proventos da aposentadoria pagos pelo IPERJ, RIOPREVIDÊNCIA ou
10
SISTEMA DE COTAS
DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS
PARA AS 3 MODALIDADES
Nas demais universidades os documentos referentes a comprovação da cota devem
ser enviados somente após a aprovação, no entanto, na UERJ, a documentação deve
ser enviada antes da realização do EXAME ÚNICO.

Anteriormente, todos os documentos deveriam ser enviados através dos correios,


mas com a pandemia, a instituição adotou o envio via sistema online. Portanto, é
indicado a organização prévia da documentação, pois os documentos serão
solicitados antes da realização da prova que está prevista para março.
O resultado da análise da documentação para concorrer ao sistema de cotas saiu
antes da realização do EXAME ÚNICO DE 2021, mas o pedido de recurso saiu após
a realização da prova, mas para o exame de 2022, essa dinâmica pode ser alterada.
Para comprovação da renda o candidato deve atender à condição de carência
socioeconômica definida como renda per capita (por pessoa da família) mensal
bruta igual ou inferior a R$ 1.650,00 (um mil seiscentos e cinquenta reais), essa
renda deve ser calculada utilizando-se a RENDA BRUTA (sem os descontos) das
pessoas relacionadas no Formulário de Informações Socioeconômicas (FIS) -
preenchido no ato da inscrição - que residam com o candidato e a seguinte
documentação deve ser enviada:

-Identidade: sua e a de todos os componentes do seu núcleo familiar;


-Renda: a UERJ especifica no edital (atenção: deverá ser conferido no Edital 2022 do
Vestibular) o que o candidato deve enviar de acordo com a sua situação
-Residência: aqui você vai ter que enviar um documento de cada membro, em que
conste o seu endereço. Serve: conta de água, fatura de cartão, boleto bancário, conta
de telefone, etc. Para menores de idade uma declaração da escola onde estuda ou
um comprovante de vacinação são aceitos.
-Situação de moradia: documento que comprove se o imóvel onde reside é próprio,
cedido, alugado, posse, ocupação ou outra situação. Caso seja outra situação de
moradia, é necessário realizar uma declaração de punho, datada e assinada por duas
testemunhas, explicando a situação.

OBSERVAÇÕES
1. Ainda que não trabalhe, o candidato deve enviar cópias de sua Carteira de Trabalho, mesmo que
esteja em branco. O mesmo vale para os componentes do seu núcleo familiar que sejam maiores de
18 anos.
2.Caso você tenha um irmão menor de idade que more na sua residência e um dos responsáveis
more em outro local, é necessário que a documentação desse responsável seja enviada.
3. Caso você não tenha contato com um dos seus pais, aconselhamos que entre em contato com o
DSEA pelos telefones disponibilizados no site da UERJ. Assim, você poderá se informar sobre o que
pode ser feito no seu caso;
4. É importante ressaltar que após o resultado da análise dos documentos, caso sua cota seja
indeferida, é possível pedir recurso e, eventualmente, complementar algum documento que
resultou no indeferimento. Nesse contexto, é importante acompanhar as atualizações do Boletim
do Candidato, no site do vestibular. Se, após o recurso, o pedido for indeferido novamente, o
candidato passa a concorrer automaticamente na ampla concorrência.

11
SISTEMA DE COTAS
5. Se a cota for DEFERIDA, no dia da matrícula não haverá uma banca de perícia que exija
documentos além dos especificados no edital para realização da matrícula. Ainda assim, é
aconselhável manter uma pasta de documentos organizada.
6. Além dos documentos citados, os quais devem ser enviados junto à documentação da cota, é
necessário salientar que o candidato, após a matrícula na UERJ, poderá ser convocado por
comissões específicas da universidade para verificar se ele realmente se enquadra na afirmação
contida na declaração.
7. Para mais especificidades sobre a documentação necessária, recomenda-se a leitura atenta do
Edital Vestibular UERJ 2022, salientando que as instruções específicas para os candidatos às vagas
do Sistema de Cotas podem sofrer alterações para o Vestibular de 2022. Portanto, é de suma
importância que o candidato ao Vestibular 2022 fique atento ao site do Vestibular UERJ.

BENEFÍCIOS PARA
SOMOS
CONTRA A
FRAUDE
COTISTAS NAS
COTAS.

A UERJ, além de implementar o Sistema de Cotas, aderiu também ao projeto


de ajuda de custo para estes universitários. Dessa forma, determinadas
medidas foram adotadas, como:
1. A redução do valor do bandeijão (restaurante universitário) para os alunos cotistas. Os
ingressantes pelo sistema de cotas pagam 2,00 reais, e ingressantes pela ampla concorrência
pagam 3,00 reais;
2. Bolsa permanência de R$ 550,00, que visa garantir que o aluno consiga manter-se na faculdade,
apesar dos percalços financeiros;
3. A aquisição do Riocard Universitário no Rio de Janeiro, com 76 viagens de Bilhete Único por mês.

Durante a pandemia, os alunos cotistas tiveram ainda alguns outros auxílios


da universidade para que pudessem continuar estudando. Dentre eles:
1. Auxílio alimentação emergencial no valor de R$ 300,00 (esse auxílio foi prorrogado até o final de
2022)
2. Auxílio suporte digital: A UERJ disponibilizou tablets e chips de internet para que os alunos
pudessem continuar assistindo suas aulas, mesmo que em casa. 3. Auxílio material didático: parcela
única no valor de R$ 600,00 ofertada aos alunos ingressantes pelo sistema de cotas.

Alguns dos veteranos ingressantes pelo sistema de cotas se disponibilizam a tirar


dúvidas dos candidatos que pretendem concorrer a reserva de vagas, abaixo estão
alguns Instagram que vocês podem recorrer para tirar dúvidas:
@leo_glacerda @arielrezendee O PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DA COTA É CANSATIVO E REQUER TEMPO DO
@gabriellaa.off @laaurads_ CANDIDATO, MAS, CASO VOCÊ TENHA DIREITO, CORRA ATRÁS, JUNTE TODOS
@pedrowolfws @_brunadurval_
OS DOCUMENTOS E PROCURE AJUDA DE SEUS FUTUROS VETERANOS QUE
@guigolinop @danielafaustinoo
INGRESSARAM PELO SISTEMA. ESTAMOS SEMPRE AQUI PARA AJUDÁ-LOS. NO
@sarahfarina.a
@evibritto FINAL TUDO VALE A PENA.

12
@alvesnina_
@brenda_sda
@pauloomedeiroos_
@natansemh_
@paulovitormachado_
@yas._.torres @evelyn_souza_r
DESEMPENHO 2026

13
DESEMPENHO 2026

14
DESEMPENHO 2026

15
DESEMPENHO 2026

IDADE
24 17 34 18
6.5% 2.2% 18 29 6.7% 6.7%
13% 6.7% 19
22
4.3% 28 13.3%
6.7%

21
27
13%
19 6.7%
20
19.6%
13.3%
22
6.7%

21
20
33.3%
37%

27 18
7.7% 7.7%
25
7.7%

24
7.7%
19
30.8%
23
7.7%

21 20
23.1% 7.7%
16
DESEMPENHO 2026

ANOS DE PREPARO
8
ac 4

6 3

4 2

2 1

0 0
1 1,5 2,5 3 3,5 4 6
2
,5

1
5
2
,5
3
5
4
5
6
1,

3,
,4
0

2
0

0
1 1,5 2,5 3 3,5 5 7

17
DESEMPENHO 2026

HORAS DE SONO
20 6

15
4

10

2
5

0 0
5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 10 6 6,5 7 7,5 8 8,5

0
7 8

18
DESEMPENHO 2026

HORAS DE ESTUDO
INDIVIDUAL
12 8
4,5
4.4% 7 6.7%
8 3 13.3%
6.7% 15.6% 6.7%

6,5
7
6.7%
8.9%
4
6,5 6.7%
2.2%
5
4,5 26.7%
6.7%

6
24.4% 5 6
17.8% 40%
5,5
2.2%

2
7.7%
10 3
23.1% 7.7%

7 4
7.7% 23.1%

6
7.7%

5
23.1% 19
DESEMPENHO 2026

HORAS DE AULAS
ASSISTIDAS POR DIA
15 3

10 2

5 1

0 0
0 1 2 3 3,5 4 5 6 6,5 7 9 1 2 2,5 3 4 4,5 5 5,5 6

0
0 2 4 5 6 8 20
Em função da pandemia, o acesso às redações do

REDAÇÕES
último vestibular nos foi negado. Por isso,
trouxemos as redações usadas na preparação dos
alunos aprovados, com diversos temas e
professores corrigindo. Em breve, tentaremos
trazer um e-book separado com o compilado das
redações dos aprovados da nossa turma no
vestibular que obtiveram as maiores notas.

Tema: A verdade e a sensação de


liberdade podem ser manipuladas?
Mente em cárcere
O filme “O quarto de Jack”, baseado no livro irlandês “Room”, foi um sucesso absoluto por
mostrar a história chocante do cárcere de uma mãe e de seu filho. Ao se deparar com a
imensidão do mundo além do Quarto, Jack, o menino nascido e criado dentro do cativeiro, tem
dificuldades para aceitar a implosão de sua pequena realidade anterior. A produção, como
metáfora da vida, escancara a maleabilidade da percepção humana. Seja por sequestradores
sociopatas, seja por governantes mentirosos, a sensação de liberdade e a verdade são desde
sempre manipuladas, a fim de um simples e perigoso objetivo: o controle.

A veracidade das informações nada mais é do que os anseios dos detentores de poder
mesclados com a conveniência momentânea. A partir de um ponto de vista histórico, é fácil
perceber diversos momentos nos quais a dita verdade foi usada como garantia dos desejos
escusos de governantes. Desde Getúlio Vargas - alardeando uma suposta ameaça comunista
para legitimar uma ditadura - até o conhecido Milagre Econômico Brasileiro - do qual apenas
as elites tiraram proveito -, é triste ver o que é tido como verídico ser facilmente manipulado e
usado com tanta naturalidade para alienar uma nação. Dessa forma, tais comportamentos
egocêntricos não são apenas naturalizados, como também reproduzidos até os dias atuais por
líderes, os quais agem de acordo com o lema: “Minha verdade acima de tudo, meus interesses
acima de todos”.

A noção de liberdade, tal qual a verdade, não foge do domínio elitista. Basta olhar para a
sociedade da Oceania do livro “1984”, de George Orwell, e suas particularidades. Para desviar a
atenção da opressão e por meio de uma série de amarras psicológicas, reforçadas por
propagandas e por códigos de conduta, o governo autoritário do Grande Irmão leva os
cidadãos a acreditarem que são livres, dentro dos padrões pré estabelecidos por ele. Poucos
são aqueles que se desvencilham dessas algemas e tomam ciência de parte da situação em
que estão, como Winston fez. No entanto, até mesmo esse lapso de consciência é
minimamente vigiado e controlado pelo Estado, no intuito de evitar que uma engrenagem
defeituosa prejudique o maquinário governamental. Assim, regimes totalitários se valem da
manipulação da sensação de liberdade para se perpetuarem.

Depreende-se, portanto, que a verdade e o sentimento de ser livre são, muitas vezes,
circunstanciais, já que ambos podem ser alterados de acordo com os interesses de quem os
domina. Dos que se dizem “mitos” àqueles que desejam concentrar o poder em suas mãos, é
inegável o quanto as falácias e o controle comportamental são utilizados por líderes para
manter o povo submisso às suas decisões. Enquanto isso, jacks e winstons permanecem sob o
véu da ignorância, esperando o dia em que finalmente poderão conhecer o mundo além de
seus pequenos quartos.

Redação João Gabriel Tavares Motta Oliveira; Nota: 10, corretora: Natalia Correia
21
REDAÇÕES
Tema: “Quem controla o passado controla o futuro; quem
controla o presente controla o passado”

Oceania e Brasília
“Bücherverbrennung” é um termo alemão que designa a queima de livros, realizada na
Alemanha nazista, cujo conteúdo não estava em consonância com os ideais do partido. Esse
episódio deixa clara a necessidade de regimes fascistas de manipular a realidade até então
existente para, dessa forma, padronizar a mente dos indivíduos de acordo com os interesses
dominantes. Nesse sentido, a deturpação da história é uma nítida estratégia de forças
pautadas no totalitarismo, que almejam a correção ideológica dos cidadãos, na tentativa de
construir um futuro artificial no qual dissonâncias de pensamento sejam cada vez menos
prováveis.

A manipulação do conhecimento, seja por meio de um filtro que o deturpa, seja por meio de
uma borracha que o apaga, impede o indivíduo de conceber, por completo, a realidade. O
Ministério da Verdade, da obra “1984”, de George Orwell, era responsável por essa função. Fora
da ficção, existem outros ministérios com o mesmo planejamento, como aquele que propôs
uma reedição dos livros didáticos de História, com objetivo de negar a ocorrência da ditadura
militar brasileira. Assim, caso a alteração do passado se torne frequente, as pessoas passam a
ter sua formação pautada numa visão tendenciosa sobre os fatos, o que as submete a uma
existência baseada nos desejos preocupantes daqueles que descaradamente se encarregam de
montar as verdades (as mentiras?) mais ideologicamente vantajosas a si próprios. De fato,
percebe-se que o controle dos registros históricos ameaça a liberdade de pensamento do
corpo social.

Essa limitação do conteúdo acessado pela população, embora seja cada vez mais perceptível
em regimes ditos democráticos, é um mecanismo primordialmente autoritário. Em ambos os
casos, seus representantes o fazem para garantir um futuro no qual seu poder seja absoluto e
inabalável. Na literatura, há o Socing, omitindo informações globais, como a guerra, ora com a
Lestásia, ora com a Eurásia. Fora dela, há o governo Bolsonaro, omitindo o número de mortes
diárias durante a pandemia. Nas duas situações, isso ocorre para parecer que tudo está
sempre sob controle e, assim, não se crie questionamentos sobre a capacidade de liderança de
tais figuras, que temem a perda de credibilidade em seus governos. Desse modo, o
corrompimento dos acontecimentos ofusca as noções sobre o futuro e, não há dúvidas que
líderes tirânicos precisam desse artifício para se perpetuarem em tal posição.

Portanto, o lema do Socing é, não apenas um fato, mas, talvez, um alerta feito pelo autor do
livro, que ao se deparar com a alienação de determinadas sociedades do século XX, provocada
pela destruição de memórias materiais, percebeu que o homem estaria sendo conduzido ao
lado sombrio da obliteração e manipulação da mente humana. Decerto, é uma pena perceber
que Oceania e Brasília estão cada vez mais próximas

Escrito por @marianeflores / Tema e correção por @sobrehumanas_ ; Nota 10


22
REDAÇÕES
Tema: ''A esperança é um meio de sobrevivência
em condições extremas como as do Winston?''

Amar e lutar
Winston e Júlia, protagonistas de “1984”, de George Orwell, mesmo cientes dos riscos, viveram
um romance às escondidas, em uma sociedade que era impedida de amar, sentir e pensar.
Ambos os personagens representavam, dessa forma, os resquícios de humanidade que existiam
em Oceania, ainda capazes de resistir à opressão do Socing, crendo em um futuro no qual isso
não existisse mais. Nessa perspectiva, acreditamos que a esperança é uma forma de sobreviver a
condições extremas como a dos personagens principais da obra, uma vez que os move a tomar
decisões e atitudes por conta própria, mantendo-os imprevisíveis, condição naturalmente
humana, embora nem sempre desejada por quem está no poder

A característica do homem em acreditar que sua vontade pode, de fato, acontecer se relaciona
com a capacidade singular que possui: a da imaginação. Conseguindo imaginar o futuro de forma
positiva, frente a um cenário adverso, surge a esperança. Esse sentimento, por ser fruto de uma
idealização da realidade, pode ser entendido como ponto de partida para a concretização de
ideias da pessoa que o sentiu, permitindo-a transformar a situação em que está inserida. Malala,
por exemplo, precisou vislumbrar um mundo em que ela e outras meninas paquistanesas
pudessem frequentar a escola, para poder agir, como ativista, em prol dessa causa. Winston, da
mesma forma, recordava-se do passado sem repressão, fazendo-o considerar um mundo sem o
Grande Irmão, o que o motivou a fazer parte da suposta confraria que poderia confrontar a força
autoritária. Nesse sentido, percebe-se que a esperança é fundamental para aumentar ou
diminuir nossa potência de agir e, como consequência, manter-nos vivos.

Esse sentimento de “luz no fim do túnel” que nutre a alma das pessoas, muitas vezes, é
desestimulado por classes dominantes que, conhecendo a imprevisibilidade que tais sensações
geram sobre as atitudes individuais, temem perder o controle da sociedade. Assim, é comum
escutar no dia a dia para que se use a razão em detrimento da emoção, pois, desse jeito, os
indivíduos deixam de lado a reflexão e o imaginário, aproximando-se de estruturas robotizadas -
menos profundas, menos sensitivas, menos resistentes. Sem grandes expectativas de mudar o
arredor, a massa permanece inerte, sem exigir mais direitos, visto que não foram incentivadas a
lutar por eles. “Pare de sonhar”, lhes é dito. Muito pelo contrário, sonhar é essencial; um
combustível para transformar injustiças em justiças, derrotas em vitórias, violência em paz.

Não restam dúvidas, portanto, que o ser humano depende da esperança para mudar aquilo que
lhe incomoda. É certo que não necessariamente vai conseguir, mas sua vontade é indispensável
para que o primeiro passo seja dado e, quem sabe, a vida se transforme como esperado. Enfim, é
preciso agirmos como Winston e Júlia, continuando a amar ou como Malala, continuando a lutar,
para que uma distopia como a de Orwell se torne cada vez mais distante da vida real.

Escrito por @marianeflores / Tema e correção por @sobrehumanas_ ; Nota 10


23
REDAÇÕES
Tema: ''Como a atual negação científica
afetará o futuro em sociedade?''

Um mundo dissolvido na névoa


No século XVII, o cientista Galileu Galilei, ao descobrir o heliocentrismo, foi condenado à
prisão por aqueles que caracterizavam o pensamento científico como herético. Hoje, muitos
ainda negam a ciência defendida por Galilei, a exemplo dos apoiadores do terraplanismo. Esse
descaso com a verdade, contudo, não se restringe à astrofísica, mas também é verificado em
outros setores, como a saúde e o meio ambiente, o que prejudicará o futuro em sociedade

“Tudo se dissolvia na névoa.” A frase do livro “1984”, de George Orwell, reflete um efeito do
negacionismo científico: a perda da distinção entre a verdade e a mentira. Assim como no
mundo de Orwell, no qual o protagonista Winston Smith falsificava registros e estatísticas,
atualmente, fatos se tornam fantasias e notícias falsas são propagadas. Como consequência
disso, a vida humana se torna vulnerável à disseminação de crenças equivocadas, como a de
que vacinas causam invalidez e anomalias, pronunciada pelo presidente brasileiro. Desse
modo, vê-se que o retorno a um obscurantismo, no qual a opinião se torna mais valorizada do
que uma tese comprovada, será responsável pelo retrocesso quanto aos mecanismos de
preservação da vida.

Além disso, o ceticismo a respeito da ciência aliena o homem, o que pode acarretar a aceitação
passiva de políticas danosas. De fato, ao negar o saber científico, todo o processo de
elaboração de hipóteses, de reflexão e da busca pelo conhecimento é contestado. Nesse
sentido, a própria capacidade dos indivíduos de desenvolverem um raciocínio lógico é
combatida. Em função disso, promove-se uma alienação que subjuga o homem às ideologias
dominantes de forma acrítica. Sob essa análise, a população se mantém silente mediante a
intenções de “passar a boiada”, como manifestada pelo ministro do meio ambiente do país,
apesar desse ato ferir o uso sustentável da natureza. Logo, enquanto o questionamento e a
lógica forem reprimidos, serão mantidas explorações indevidas por meio de um poder
irrestrito e não discutido.

Infere-se, portanto, que a atual negação científica é perigosa para a construção de um futuro
que pressuponha a harmonia e o desenvolvimento socioeconômico. Apesar disso, ainda se
vive em meio à morte dos fatos, sob a qual a prisão de Galileu Galilei e a névoa da distopia
encontram a realidade.

Escrito por Maria Clara Rios de Castro / Tema e correção por Equipe Mini ; Nota 10
24
REDAÇÕES
Tema: '' Como a supressão das singularidades das
pessoas pode ser nociva para a manutenção do
regime democrático? ''
O silêncio da democracia
“Eu nunca fui tímida, eu fui silenciada.” A frase da ativista Monique Evelle reflete a realidade
atual de muitos indivíduos, vítimas da exclusão social. Pobres, analfabetos, negros, mulheres
são, diariamente, calados sob a imposição de uma voz única dominante. Esse cenário de
supressão das singularidades, contudo, é nocivo para a manutenção do regime democrático ao
banalizar as desigualdades e promover o controle irrestrito sobre os cidadãos.

Discutir democracia é, de fato, discutir individualidades. É ampliar o debate sobre o sonho dos
“não-indivíduos”, um dia, virem a ser, como ao tratar de suas lutas identitárias, a exemplo do
antirracismo. No entanto, ao suprimir suas vozes, provoca-se a naturalização de uma
estrutura violenta: assim como Aristóteles racionalizou a escravidão, a sociedade
contemporânea, enquanto se espanta com a insensibilidade do filósofo grego, passa a
justificar condições sociais também degradantes. Nesse sentido, a sociedade brasileira passa
a, por exemplo, marginalizar os pedintes, o que mantém os altos números de moradores de
rua no país. Esse cenário se dá pela instauração, como voz única, do projeto da classe
dominante de enriquecer os mais ricos e ignorar as injustiças sociais de uma pluralidade,
como os sem-teto. Dessa forma, com o abandono das subjetividades, ideais, como a igualdade,
são esvaziados de seus sentidos democráticos

Se, ao contrário da visão aristotélica, a escravidão de corpos parece cada vez mais repulsiva
para o corpo social, a escravização das mentes é, progressivamente, incorporada pela
coletividade. No livro “1984”, de George Orwell, o personagem Winston Smith se torna um
estranho em seu próprio mundo ao abdicar de sua consciência em nome dos princípios do
governo totalitário no país fictício Oceania. Nesse contexto, mentiras, como a de que “dois
mais dois são cinco”, se transformam em verdades irrefutáveis. Analogamente ao enredo,
hoje, as escolas padronizam o ser humano em um ensino conteudista que se encaixa
passivamente na ordem existente, às custas da construção de seres democráticos que alterem
o status quo. Sob essa perspectiva, o oprimido instala seu opressor em si: adota seus valores e
seus costumes, até que acredita não haver opressão, o que, assim, prejudica a democracia.

Infere-se, portanto, que um regime que erradica distinções coloca o indivíduo na condição
distópica de “1984”, em que se torna um ser estranho em seu próprio mundo. Sob esse prisma,
escraviza-se o homem em uma incapacidade de expressar sua contribuição única para
melhorar a realidade em seus moldes sociais e estruturais. Assim, silencia-se não apenas as
pessoas, como Monique Evelle, mas a própria democracia.

Escrito por Maria Clara Rios de Castro / Tema e correção por Equipe Mini ; Nota 10
25
REDAÇÕES
Tema: '' Como a supressão das singularidades das
pessoas pode ser nociva para a manutenção do
regime democrático? ''
O silêncio da democracia
“Eu nunca fui tímida, eu fui silenciada.” A frase da ativista Monique Evelle reflete a realidade
atual de muitos indivíduos, vítimas da exclusão social. Pobres, analfabetos, negros, mulheres
são, diariamente, calados sob a imposição de uma voz única dominante. Esse cenário de
supressão das singularidades, contudo, é nocivo para a manutenção do regime democrático ao
banalizar as desigualdades e promover o controle irrestrito sobre os cidadãos.

Discutir democracia é, de fato, discutir individualidades. É ampliar o debate sobre o sonho dos
“não-indivíduos”, um dia, virem a ser, como ao tratar de suas lutas identitárias, a exemplo do
antirracismo. No entanto, ao suprimir suas vozes, provoca-se a naturalização de uma
estrutura violenta: assim como Aristóteles racionalizou a escravidão, a sociedade
contemporânea, enquanto se espanta com a insensibilidade do filósofo grego, passa a
justificar condições sociais também degradantes. Nesse sentido, a sociedade brasileira passa
a, por exemplo, marginalizar os pedintes, o que mantém os altos números de moradores de
rua no país. Esse cenário se dá pela instauração, como voz única, do projeto da classe
dominante de enriquecer os mais ricos e ignorar as injustiças sociais de uma pluralidade,
como os sem-teto. Dessa forma, com o abandono das subjetividades, ideais, como a igualdade,
são esvaziados de seus sentidos democráticos

Se, ao contrário da visão aristotélica, a escravidão de corpos parece cada vez mais repulsiva
para o corpo social, a escravização das mentes é, progressivamente, incorporada pela
coletividade. No livro “1984”, de George Orwell, o personagem Winston Smith se torna um
estranho em seu próprio mundo ao abdicar de sua consciência em nome dos princípios do
governo totalitário no país fictício Oceania. Nesse contexto, mentiras, como a de que “dois
mais dois são cinco”, se transformam em verdades irrefutáveis. Analogamente ao enredo,
hoje, as escolas padronizam o ser humano em um ensino conteudista que se encaixa
passivamente na ordem existente, às custas da construção de seres democráticos que alterem
o status quo. Sob essa perspectiva, o oprimido instala seu opressor em si: adota seus valores e
seus costumes, até que acredita não haver opressão, o que, assim, prejudica a democracia.

Infere-se, portanto, que um regime que erradica distinções coloca o indivíduo na condição
distópica de “1984”, em que se torna um ser estranho em seu próprio mundo. Sob esse prisma,
escraviza-se o homem em uma incapacidade de expressar sua contribuição única para
melhorar a realidade em seus moldes sociais e estruturais. Assim, silencia-se não apenas as
pessoas, como Monique Evelle, mas a própria democracia.

Escrito por Maria Clara Rios de Castro / Tema e correção por Equipe Mini ; Nota 10
26
REDAÇÕES
Tema: “Sofrimento psicológico pelo modo de
pensar distinto”

Condenação pela diferença


Yevgeny zamyatin, em 1924, publicou o romance “Nós”, obra conhecida por relatar um futuro
no qual o livre arbítrio é sinônimo de infelicidade, as pessoas são reduzidas a números e cada
passo da sociedade é manipulado. Apesar de distópica, a obra mimetiza os impactos
psicológicos no indivíduo frente a uma sociedade com modo de pensar distinto. Esse viés de
sofrimento pessoal decorrente da diversidade de ideias possui profunda relação com a
desumanização populacional e com a exclusão das pessoas com pensamento incomum.

Indubitavelmente, a desconstrução do caráter humano está intrinsecamente conectada com o


sofrimento psicológico pessoal pela reprodução de um pensamento distinto da maioria.
Sigmund Freud, importante nome da psicanálise mundial, tornou-se expoente nos estudos do
homem como produto de três agentes distintos que interagem no aparato psíquico -Id, Ego e
Superego-, apontando para o pensamento crítico como força maior de Id e para o molde social
como grande representação do Superego. Tal máxima se materializa nas sociedades
contemporâneas com a formação de cidadãos puramente guiados pelo Superego, tendo seu Id
suprimido por forças ideológicas maiores vindas de grande parte da comunidade. Essa
realidade de ausência de pensamento individualizado decorrente do bombardeamento de
ideias dominantes estabelece um processo doloroso de silenciamento e transformação das
pessoas em meras reprodutoras da realidade difundida pelos grupos mais influentes,
estabelecendo a existência de seres com pensamentos massificados distanciados da essência
do homem e reduzidos a animais irracionais.

Ademais, é explícita a relação entre a tristeza gerada pela divergência de opiniões em relação
a uma maioria e a exclusão. Esse cenário encontra origem no fato de que as sociedades
tendem a excluir pessoas com pensamentos distintos dos que consideram correto e a fazer
desaparecer ideias vistas como discordantes, o que acarreta um sofrimento constante vivido
pelas camadas excluídas, haja vista o homem ser um animal social com demandas de convívio
para se alcançar uma vida digna. George Orwell, em “1984”, materializa essa realidade por
meio do apagamento da existência de inimigos do regime pelo Ministério da Verdade, situação
na qual dados eram alterados e informações eram apagadas para aparentar que
determinadas pessoas com pensamentos distintos acerca do partido nunca existiram.

É possível, portanto, destacar a existência do sofrimento enfrentado pelas pessoas por seu
modo de pensar distinto. A materialização de uma comunidade digna e ética na qual as
diferenças sejam acolhidas e respeitadas possui como pressupostos fundamentais
indissociáveis a preservação dos princípios humanos e o combate à exclusão social. Dessa
forma, distopias como “Nós” deixarão de ser um retrato representativo dos dias atuais,
distanciando cada vez mais a realidade de uma ficção tóxica e opressiva.

Escrito por Ana Beatriz Polônia / Tema e correção por Equipe Foco Medicina ; Nota 10
27
REDAÇÕES
Tema: “As ações de um homem podem mudar uma
sociedade inteira?”

Atitude potencializada ou sufocada


O livro “O conto da Aia”, de Margareth Atwood, retrata a República de Gilead, fortemente
edificada sobre duas principais classes: os comandantes e as mulheres férteis obrigadas a
gestarem bebês para os patriarcas. Diante de um cenário de torturas, estupros e violência
psicológica, a protagonista June, mulher fértil, opõe-se às determinações autoritárias do governo
e estimula outras mulheres a lutarem contra a ordem social vigente. Assim, compreende-se que
as ações de uma única pessoa são capazes de influenciar significativamente uma sociedade.
Todavia, quando esse exemplo é sufocado, impedindo mudanças, a conduta particular torna-se
insignificante.

De fato, uma atitude individual é revolucionária quando seu legado é propagado por gerações,
amplificando-a. A presença de um exemplo particular é capaz de despertar referências nos
indivíduos que compartilham a mesma opinião, mobilizando-os a lutar pela causa e
fundamentando uma resistência coletiva. A existência de uma imprensa livre potencializa sua
difusão, visto que viabiliza o fluxo de informações entre os cidadãos, ampliando o seu alcance e
imortalizando atitudes. A ação da ativista negra Rosa Parks durante os anos 60 exemplifica essa
situação, na medida em que negou fornecer o assento do ônibus para um homem branco e, assim,
promoveu visibilidade e fortalecimento ao movimento negro em nome da igualdade civil. Desse
modo, a propagação da ação particular dá voz à mudança pretendida, viabilizando-a.

No entanto, caso se torne um exemplo isolado, as ações de um indivíduo são esquecidas e


inviabilizam mudanças. A obra “1984”, de George Orwell, ilustra esse cenário, uma vez que a
insubordinação do protagonista Winston, em relação ao governo totalitário da Oceania, foi
sufocado pela Polícia das Ideias, órgão fiscalizador de pensamentos e condutas incompatíveis com
a ideologia dominante. O extremo controle do fluxo e da gênese de informações em Estados
ditatoriais impossibilitou que o exemplo de diversos militantes oprimidos, como Winston, fosse
propagado, visando a coibir possíveis contestações ao governo. Na realidade, a figura da judia
Sophie Scholl foi apagada pela ditadura nazista, objetivando coibir revoluções. Logo, a supressão
do exemplo inibe as possíveis mudanças.

Evidencia-se, portanto, à luz do exemplo de Rosa Parks e da distopia de Orwell, a dimensão da


influência das atitudes individuais sobre a sociedade. Nesse sentido, a propagação de condutas
particulares pela imprensa dá voz e visibilidade às pautas, promovendo possíveis mudanças.
Contudo, o apagamento dos exemplos e a supressão de sua divulgação impede a transformação
do coletivo. Assim, como em “O conto da Aia”, as ações particulares geram mudanças desde que
não sejam sufocadas.

Escrito por Maria Tavares da Rosa / Tema e correção por Equipe Foco Medicina ; Nota 10
28
REDAÇÕES
Tema: “O controle é a única forma de gerar
poder?''

O gado manipulado e com medo


Na música '' Admirável Gado Novo'' de Zé Ramalho, percebe-se o exercício da vigilância na
manutenção do poder: ''Lá fora faz um tempo confortável / A vigilância cuida do normal '' .
Embora seja essencial para mantê-lo, o estabelecimento de uma sociedade sob o domínio de
um grupo requer também o uso instrumental do medo e da manipulação. Assim, esses dois
fatores permitem haver o poder, enquanto sua perpetuação ocorre ao limitar a privacidade.

Em '' 1984'', de Orwell, verifica-se a veiculação de conteúdo manipulatório para confirmar a


suposta necessidade de concentrar poder no Socing, partido do governo'' O Grande Irmão zela
por ti''. Quando se dificulta o acesso às fontes controladoras de notícias, a sociedade fica
vulnerável aos desmandos de um regime déspota, pois a capacidade de julgamento é
comprometida na ausência de meios para comparar a validade de tais atitudes. Logo, ao
minimizar o contato com os dados, a verdade fabricada torna-se indiscutível e, por isso, o
aparato ditatorial permanece inabalado, devido à inaptidão dos súditos para questioná-lo.

Somado a isso, na obra '' Origens do totalitarismo'', a filósofa Hannah Arendt demonstra a
geração de poder político oriundo do medo: por causa do temor de sofrer represálias do
aparato estatal, a coesão entra os indivíduos é prejudicada e acontece o isolamento em prol
da aglutinação ao redor do líder. Quando um governo emerge como promotor do sentido da
vida, maximiza-se seu poder sobre o tecido social, visto que nesse contexto frequentemente
ocorre o apaziguamento de ideias contrárias, no qual a mente racionaliza sentimentos
distintos sobre a figura da liderança, responsável por exercer o posto de paternidade nos
súditos.

Esclarece-se, portanto, à luz da obra de Orwell e Arendt, as maneiras nas quais é possível
surgir o poder. Com a impossibilidade de comparar a atualidade aos outros governos, o
apresentado torna-se inquestionável, haja vista a ausência de parâmetros tidos como ideias.
Além disso, ao isolar os indivíduos, o governo ditatorial consegue aniquilar a troca de
informações, a partir das quais podem ocorrer julgamentos da realidade. Desse modo, o poder
permanece acomodado confortavelmente, enquanto a população é submetida aos ditames do
normal, que a converte em gados, incapazes de pensar.

Escrito por: Leonardo Cardoso / Tema e correção por Equipe Foco Medicina ; Nota 10
29
DICAS DE ESTUDO
Nós, da Turma 2026, resolvemos fazer um compilado de dicas de estudos e de
materiais que consideramos relevantes na nossa caminhada até alcançarmos a tão
sonhada aprovação. Nessa parte da cartilha vocês encontrarão um drive feito por
nós com compilados de provas antigas,indicações de canais de professores,
métodos de estudo, materiais e outros instrumentos muito utilizados pela nossa
turma durante nossa preparação para o novo modelo do vestibular da UERJ.

CANAIS DO YOUTUBE
Guilherme Goulart Professor Ferretto
Boaro
Quibio com Vitor Considera
Chama o físico
Comu Vulgar (youtube e
instagram da professora
Carol Braga)
Samuel Cunha 1. Chá de humanas
2. Pílulas de Biologia
3. Drops UERJ

Débora Pluvie doMonteiro


Redação Redação descomplicada
Descomplicada Debora Pluvie
Jana Rabelo Carecas de saber
doMonteiro

MATERIAIS GRATUITOS
Drive do Pré-Vestibular social do CASAF
Canal do Telegram do Pré-vestibular do CASAF
Canal do Telegram da Comu Vulgar: listas de biologia e simulados
Hexag Solidário: material didático e apostilas de questões
completas são disponibilizadas gratuitamente, assim como um
planejamento anual para estudos
Projeto Medicina: listas em PDF de diversas matérias com muitos
exercícios de diferentes bancas
Drive dos medgrams: @soseiquenadaseivest e @quelnamed

Muitas pessoas gostam de perguntar dicas e modos de estudo, além de pedir conselhos.
Por isso, divulgaremos aqui os medgrams dos alunos da turma:
1- @quelnamed
2- @soseiquenadaseivest
3- @kellymedk
4- @bella.motiva
Clique no nome
para ir para o perfil
correspondente!
30
DICAS DE ESTUDO
PROVAS ANTIGAS
As provas mais usadas pelos alunos da UERJ foram: UERJ, USS, UNESP e FUVEST.

Um método de estudos muito recomendado pela maioria dos alunos aprovados na


UERJ é o uso de provas antigas da banca para auxiliar na hora dos estudos. As
provas ajudam a ver quais conteúdos já estão dominados e quais necessitam de
mais atenção. Além disso, com a prática de fazer as provas regularmente, um
enfoque maior é dado a matérias mais recorrentes no vestibular.
Com isso, criamos um drive com as provas antigas da UERJ e da USS, feita pela
mesma banca, para facilitar o acesso e uso desse recurso. Além disso, o drive
contém provas de outros vestibulares para aprofundar os estudos.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O DRIVE!

MÉTODOS DE ESTUDO
Esse aplicativo ajuda a reduzir o tempo gasto usando o telefone durante o período de
estudos. Quando o aplicativo é iniciado, o aluno escolhe um período de tempo para
estudar e, assim, o aplicativo não pode ser fechado. Nesse tempo, uma “árvore” é
plantada e, caso o aluno saia do aplicativo, a árvore é perdida. Assim, esse método de
estudos ajuda a não interromper o fluxo de estudos devido ao uso do telefone.

Esse método é basicamente uma forma de gerenciamento de tempo. Ele consiste em


dividir seu período de estudos em ciclos de 25 minutos de foco e 5 minutos de
intervalo. Após a realização de 4 ciclos, é feito um intervalo maior de 15 a 30 minutos.

Nesse modelo de estudo são feitos pequenos cartões em que frente e verso são
preenchidos com perguntas x respostas, termo x definição, tópico x palavras chave ou
algum outro tipo de dicotomia. Essa técnica é um complemento para os estudos que
exercita a memória de forma dinâmica, impedindo que informações sejam esquecidas
ao longo do tempo. Para utilizá-los, o estudante deve ler a pergunta, tópico ou termo e
responder da forma que achar melhor ( por escrito, em voz alta ou na cabeça), depois
as respostas devem ser conferidas e os cartões separados em pilhas de erro e acerto.
Esse processo deve ser realizado por 20 ou 30 minutos.

31
DEPOIMENTOS
Essa é pra você que teve que dar alguns passos pra trás, que acha que está
muito “tarde” pra ir atrás do seu sonho ou que “não tem mais idade” pra
recomeçar. Talvez você já seja formado, talvez você já esteja trabalhando,
talvez você, como eu, esteja nos últimos anos de uma faculdade com a qual
você não se identifica, com a qual você não pertence genuinamente. Te digo,
independente de quais sejam suas crenças, essa vida que você tem, é uma só.
Umazinha só. Pode acabar amanhã, pode acabar daqui há 80 anos, mas você só
tem ela. E por mais que eu não tenha chegado no final dela, posso te falar que
você se arrependeria demais de não ter seguido seu instinto e mergulhado em
busca dos seus propósitos e desejos. Então, vai buscar o que é seu. Eu tive
muito medo no início, mas ouvi dizer que é pra ir com medo mesmo, e fui. Hoje
o medo se transformou em felicidade, alívio, gratidão, força e tantos outros
sentimentos. Eu espero que você vá com medo também, tem muita coisa boa te
esperando! E lembra: o tempo é uma invenção nossa. Cachorros não sabem que
dia é hoje, gatos não se atrasam e baleias não comemoram aniversário hahaha.
Ressignifique o tempo, se desapegue dos padrões que o sistema impõe, mude
seus planos, se desconstrua, se construa novamente, se conheça, acima de
tudo. No mais, espero que você se entregue por inteiro a esse processo que é o
vestibular. Que você chore, sorria, sinta dor, esperança... só podemos sentir
isso tudo porque estamos vivos. A vida é curta demais pra desperdiçarmos com
o que não nos pertence ou pra nos preocuparmos com opiniões que não as
nossas. Boa jornada, te espero! ♥️
Mariane Flores, 24 anos

Sempre acreditar que vai dar certo. Essa foi a frase da minha jornada
repetida quase que constantemente. Chegar na UERJ não foi só
aperfeiçoamento de prova, aprofundamento de conteúdo, execução de
exercícios, mas também um auto exercício mental e emocional pra lidar com
um período tão desgastante, de lutas paralelas, com perdas e sentimento de
incapacidade. Meu maior sonho era estar na UERJ, foi a primeira faculdade
da vida que visitei e que logo me abriu um novo universo, e a última frase
do meu percurso era que eu estaria aqui. Estudo, dedicação e disciplina
foram essências pra alcançar meu sonho, associando cada dia o meu
propósito nisso. Como você se imagina daqui 20/30 anos? O que são 5 anos
quando se tem incontáveis fazendo aquilo que ama e sempre sonhou? É
sobre isso. Hoje dou início ao meu sonho, orgulhoso do meu trajeto e grato
pelo tempo de cursinho!

32
Paulo Vitor da Silva Machado, 24 anos
DEPOIMENTOS
A UERJ vale toda a luta. Não devemos colocar nossa saúde física ou mental
em segundo lugar em nenhuma hipótese, todos temos sonhos que
buscamos com muito esforço alcançar, sabemos a dificuldade que é acesso
para entrar na faculdade de medicina, mas não devemos deixar isso ser
nossa única fonte de felicidade. Corri atrás, seja de documentação, seja de
canais gratuitos, seja de xerox com baixo preço pra poder imprimir provas
antigas. Aliás, fazer questões antigas da UERJ, USS, Estácio, Unesp são a
melhor forma de estar treinado para prova da UERJ. É possível achar muito
material bom e de qualidade gratuito, para isso, basta procurar no lugar
certo e caso não ache chamem seus veteranos para colaborar com isso. Não
se esqueçam que a UERJ é totalmente voltada para o social, venham para
fazer diferença e lutem pela saúde popular gratuita e com qualidade.
Boa sorte a todos(as) e espero receber com muito carinho dentro da maior
faculdade de medicina do RJ e se duvidar do mundo!
A MEDUERJ É PAZ E AMOR!
Pedro Henrique Santana Antunes, 27 anos

Eu comecei a estudar para os EQs no 1 ano. Eu moro em favela, estudava em


uma escola particular com o desconto do Minha Escola Minha Vida... meu pai
ficou desempregado nesse ano, então eu estava dando tudo de mim para
armazenar o máximo de informação e tirar o máximo de proveito do ensino
que meus pais estavam se matando para pagar, pra fazer valer o esforço
deles. Naquele ano eu não consegui o A, tirei 42, mas os coordenadores da
escola viram um potencial em mim, me deram um desconto bem maior e me
colocaram em uma turma especial de pré-vestibular com alunos também do
1º, 2º e 3º ano. Então eu fiz o 2º e o 3º ano nessa turma, equivalendo a 2 anos
de pré-vestibular. Essa seria a Uerj do meu 3º ano, mas como ela adiou eu
não sabia o que fazer e fiquei desesperada pois eu tinha terminado o 3º ano
e a Uerj não tinha acontecido e meus pais não teriam como pagar mais um
ano de pré-vestibular pra mim. Meu coordenador ligou algum tempo depois
do Enem e me deu o pré-vestibular de graça, os livros, os projetos e tudo
mais, então eu estudei até a Uerj com eles. Muitos me disseram que eu não
conseguiria, que Medicina não era lugar de gente favelada, mas tinha muito
mais gente por mim do que contra mim e, se eu tivesse escutado cada
comentário negativo, eu não estaria aqui hoje.
Evelyn de Souza Ribeiro, 18 anos

33
DEPOIMENTOS
Minha primeira tentativa foi ao final do ensino médio. Ficava no colégio das 7h
às 13h, para o ensino médio. Na parte da tarde, eu ficava no pré-vestibular
fornecido pelo colégio e de noite ia para um pré-vestibular particular, até 22h30.
Assim era minha rotina de segunda a sábado. Meu desempenho foi péssimo. Não
obtive, sequer, conceito A na UERJ. Voltei a tentar no ano seguinte, finalizado
ensino médio, passava o dia no pré-vestibular. Arrebentava nos simulados, era o
primeiro. Mantive a carga anormal de estudos. Mais uma vez, meu desempenho
foi terrível. Eu estava péssimo, me sentindo a pior pessoa do mundo.
Infelizmente, quanto a psicológico, o apoio familiar era tão terrível quanto meu
desempenho. Desisti. Iniciei a faculdade de biomedicina na UNIRIO. Tentei me
encontrar, passei por diversos estágios, nada me agradava. Iniciei o estágio em
análises clínicas. O contato com as pessoas me encantou, a interação, o olho no
olho. Poder ajudar, acalmar, passar confiança. Era o que eu almejava, no
entanto, na biomedicina, esse contato era muito limitado. A maior parte da carga
horária era no laboratório, o que não me agradava. Veio a pandemia, todo dia
notícias da saúde sucateada, desvalorizada... Aquilo me incomodava
tremendamente. Na faculdade, só faltava o tcc. Não me importei, larguei tudo e
comecei a estudar para o vestibular. Com calma. Estudava 4 horas por dia. Sem
me pressionar. Comemorava cada avanço, não importando o tamanho. Passei!!!
E justamente para a que eu sempre quis, a UERJ!!!
Denis Costa, 24 anos

Oii vestibulandooo(a), sei que esse é um dos momentos mais tensos das nossas
vidas. Não temos certeza nenhuma do futuro, muitos estão mudando de curso,
outras pessoas trabalham e estudam... Independente da realidade de vida, nunca
temos que lidar "só com o vestibular". Eu, por exemplo, demorei seis anos
durante esse processo e vivenciei o adoecimento e a morte de uma das pessoas
mais queridas da minha vida: a minha mãe. Sei que muitos que estão lendo isso
não têm a melhor estrutura familiar ou financeira, às vezes não apresentam
apoio de ninguém próximo... Tudo isso dói e influencia no nosso processo até a
aprovação. Então, eu só quero dizer que, independentemente da sua situação
atual, ela não define o seu futuro. Ela não te tira a chance de ser um profissional
brilhante e bem sucedido. Jamais deixe de acreditar nisso. Nossas experiências
constroem quem somos e como atuamos no mundo. Não sinta vergonha, raiva
ou medo por ser quem é. Sinta orgulho da sua trajetória, orgulho de fugir do
óbvio, orgulho de lutar pelo seu sonho. Te espero aqui ❤️
Fernanda Moraes, 23 anos

34
DEPOIMENTOS
Oi, tudo bem com você?
Eu me chamo Guilherme e queria compartilhar um pequeno trecho da minha
história. Nós que estudamos para medicina, temos histórias diferentes, porém
sempre com um ponto em comum, a nossa determinação e luta para alcançar a tão
sonhada vaga.
No ano de 2020, assim como para muitos, eu perdi a minha avó para o COVID-19.
Ela era muito próxima a mim e eu fico muito feliz de compartilhar que cuidei dela
até o final. Assim como qualquer perda, gera um sentimento difícil e para um
estudante de med sempre acaba sendo potencializado, pelos nossos medos e
incertezas. No mesmo ano que perdi alguém que amava, tive a surpresa de ser
aprovado em uma universidade particular de MED em São Paulo, com direito a uma
bolsa 100%. Para mim, assim como para muitos, isso já seria o suficiente para
falar que alcancei meu sonho, porém a vida me derrubou de novo e aquela bolsa
me foi negada, devido a minha idade de 29 anos (Só era permitida para alunos de
até 25 anos). Novamente, o nosso mundo desaba, a gente pensa que não é pra
gente isso, porém, eu como um bom teimoso, decidi continuar lutando e fiz o
vestibular da UERJ 2021 e, consequentemente, consegui ser aprovado.
Quando eu relato essa história a vocês, o que eu quero com ela?
Apenas mostrar a todas as pessoas que estão lendo que a vida é difícil mesmo,
que o caminho é árduo e cheio de obstáculos, mas mesmo assim, vale a pena lutar
pelos nossos sonhos. Devemos continuar acreditando neles e lutando para que ele
até seja alcançado, pois você assim como eu, vai conseguir.
EU ACREDITO EM VOCÊ!
Honre a si mesmo com esse sonho e todas as pessoas que te amam, eu sei que
você vai chegar lá.
Guilherme F. Parra, 29 anos

Oii, futuros uerjianoooos, não tô acreditando até agora que passei, acredita? A
batalha foi dura, quatro anos de muitos estudos. Sabe, pensei muito antes de
escrever isso aqui pra vocês, porque existem tantas pessoas de tão variadas
histórias, dificuldades e sonhos lendo.... Mas uma coisa eu posso dizer: a luta
vale a pena!! Eu comecei a estudar, de fato, pra meduerj em 2019, e vendo minha
nota, pensei muito que eu conseguiria naquele vestibular, porque minha média
estava dentro de todos cortes dos anos anteriores. Quando eu cliquei na lista e
não vi meu nome lá, confesso que desabei.... Para montar os caquinhos
novamente demorou um pouquinho.... Como eu montei?? Então, não tem fórmula
mágica não, com muita fé em Deus, apoio da família e amigos, eu recomecei todo
meu estudo em 2020, organizei cronograma e fui.

35
DEPOIMENTOS
A prova começou a ser adiada devido à pandemia, até perdi as contas de quantas datas já
existiram até chegar no tão sonhado 18 de julho de 2021! Afinal, acabei estudando um ano a
mais pra prova, né, porque ela foi adiada por um ano. Mas sabe.... Nesse tempo eu aprendi
tanta coisa! Aprendi a esperar, a confiar em Deus, a confiar no processo!! Aprendi que
precisamos respeitar e agradecer durante o processo, pois é por meio dele que a vitória
chega. A cada lista que eu fazia, a cada questão.... Você tá mais perto do tão sonhado
sonho! Houve empecilhos, desânimo, vontade de desistir..., mas a vontade de passar foi
maior. Tô dizendo isso tudo pra você entender que nenhuma história de aprovação possui
uma fórmula mágica, ou então o curso perfeito, ou então a pessoa gênia que passa pra
medicina. Não não. Por trás de cada aprovação existe um ser humano! Por trás de cada
aprovação existe reprovações anteriores! A gente aprende com o tempo. E eu entendi que o
meu tempo foi agora (e não poderia ter sido de outra forma, acreditem). O processo é uma
dádiva que aprendi a amar (mesmo me gerando um potinho de estresse). Então, vivam cada
dia, não só o dia do vestibular, vivam a vida de vocês, curtam seus amigos, sua família e o
agora. Estudem a cada dia sendo seres humanos. Quando é pra acontecer, acontece de uma
forma linda e posso dizer que o equilibro entre estudar e aproveitar existe, viu?? Como
existe! Antes de eu ser uma vestibulanda, eu sou a Brenda, antes de passar pra medicina,eu
sou irmã de alguém e filha de alguém. Lembrem sempre disso e curtam a jornada.
Brenda Sant'ana, 21 anos

Olá, futuros calouros. Quero que esse depoimento chegue em pessoas que ainda duvidam
que esse sonho é possível porque eu também já duvidei. Foram quatro anos e meio para
que hoje eu pudesse escrever isso para vocês como caloura medicina UERJ, mas agora falo
com sorriso no rosto que não me arrependo de um só dia de estudo e abdicação. Minha vida
de vestibular foi marcada por pessoas do bem que viveram esse sonho comigo, pai e mãe
que não me deixaram desistir, familiares que pagaram minhas inscrições das provas,
amigos que me incentivaram, mas creio que o principal foi a minha vontade de vencer. Em
um ano completamente atípico, me agarrei no meu sonho e segui até o fim, apesar dos
adiamentos e incertezas, segui; e tenho certeza que a persistência foi a chave da minha
aprovação. Estou longe de ser uma pessoa excepcional, mas meu comprometimento com
essa caminhada foi consolidando minha aprovação, tijolinho por tijolinho, um dia de cada
vez. Então, a mensagem que quero deixar aqui é: não duvide da sua capacidade; não se
compare com outras pessoas; viva esse processo com peito aberto e humildade; não
permita que ninguém diga o que você deve fazer; não há fórmula mágica ou um único
caminho rumo à aprovação; e por fim, a vida é o que acontece na caminhada e não na
chegada. Te vejo ano que vem?
"Aí [...] Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo? Seguimos diferentes trajetórias para
Respira fundo e volta pro ringue chegar à sonhada MEDUERJ!
[...] CLICA AQUI PARA ACESSAR OUTROS DEPOIMENTOS
Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do sol, entendeu?

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Faz isso por nós. Faz essa por nós
Te vejo no pódio"
Evillyn de Brito, 22 anos
QUERIDOS
VESTIBULANDOS,
que essa cartilha seja apenas um
breve resumo do que aguarda vocês,
uma demonstração da pluralidade de
caminhos percorridos até aqui. Queremos
compartilhar esse amor vermelho e branco, crescer
com o que cada um tem para somar! A UERJ resiste,
então resistam também, sejam firmes nessa jornada.
Todos passamos por isso, sabemos como pode ser
difícil e desanimador, mas vale a pena. Acreditem no
potencial de vocês. A MedUERJ é única, é a melhor do
Rio!
COM AMOR,
2O26.
BOA SORTE, FUTURO(A) CALOURINHO!

37
RAÇA RAÇA
AGRADECIMENTOS
AÇA RAÇA
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A RAÇA XECUFÇarÃ
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