Matrícula: 18112080499 Curso: Licenciatura em Pedagogia Polo CEDERJ: Resende Tutor(a) presencial: Marlisa Dos Santos Garcia Da Lapa
A diversidade de sujeitos da educação de pessoas jovens, adultas e idosas.
Quando falamos em EJA, estamos nos referindo a uma modalidade de ensino
que tem diversas especificidades e exige que os professores que atuam nesse segmento, sejam preparados para atuar de forma a garantir a permanência do aluno na escola para continuidade de seus estudos. É necessário que a ação docente seja direcionada para atender às diferentes realidades de seus alunos, sejam elas culturais, sociais ou até mesmo diferenças de idades. Historicamente, podemos dizer que o ensino da EJA sempre foi visto como uma prática de ensino fragmentada, como uma ampliação de programas sociais. Isso porque, não há uma exigência de formação específica dos docentes, ficando a cargo do próprio professor buscar alternativas de cursos para essa formação. Os alunos da EJA tem como missão a produção de conhecimento através do trabalho. Assim, a EJA visa atender à classe trabalhadora, devendo ser o ensino articulado ao mundo do trabalho. Hoje, a relação entre a organização social e a escolaridade é muito forte, pois o emprego em si, depende da escolaridade do indivíduo. Sem estudo, as oportunidades de emprego são ainda mais difíceis. É notório então, que o retorno desses indivíduos à escola não significaapenas uma bus ca para ampl iar seus conhec imentos para conseguir um emprego ou adquirir umapromoção, mas principalmente conseguir se manter no mercado de traba lho.Ao analisar a Educação de Jovens e Adultos, podemos tomar como referência a pluralidadedos sujeitos que dela fazem parte, são trabalhadores, desempregados, negros, brancos, moradores deáreas rurais e urbanas, portadores de necessidades especiais, jovens, adultos, idosos etc. Os sujeitos da EJA são taxados como pessoas predestinadas ao fracasso escolar. A EJA engloba diversos processos formativos, por isso é fundamental que professores e a equipe de gestão escolar e opróprio Estado, estejam ajustados para a construção de práticas educativas, que atendam as experiências e vivências dos alunos, como forma de conquistá-los e os manter na escola. O ensino na EJA é mais flexível e por isso a metodologia de suas aulas também deve ser diferenciada, atendendo às necessidades individuais dos alunos. É preciso destacar que o aluno da EJA já conhece alguns conteúdos, embora não saiba sistematizá-los. Alguns já dominam informalmente ou por intuição, algumas representações, como opróprio nome, os letreiros de ônibus e até o contar dinheiro. É importante respeitar esse conhecimento e utilizá-lo como ponto de partida do conhecimento formal. Os alunos devem ter a oportunidade de relatar essas experiências, e expor aquilo que já conhecem, e assim, suas necessidades e expectativas devem ser atendidas. Ao trabalhar com EJA, o professor deverá ter a humildade de aceitar os conhecimentos já adquiridos por seus alunos, de forma democrática e a partir daí articular as ações utilizadas para ampliar o conhecimento e agregar novos conhecimentos, de acordo com suas experiências. O aluno deve ser o centro da ação educativa e se levarmos em conta sua realidade social e cultural, conseguiremos agregar novos saberes, acessando-o por meio da sua realidade social, e do seu conhecimento consolidado.