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CENTRO UNIVERSITÁRIO ATENEU

ARQUITETURA E URBANISMO

HISTÓRIA PRIMITIVA E CLÁSSICA


Sociedades antigas: Mesopotâmia, Egito, Pérsia, Fenícia, Hebreus, Grécia e Roma

FORTALEZA – CE
2024
• MESOPOTÂMIA
A antiga civilização da Mesopotâmia floresceu entre 3500 a.C. e 500 a.C. na região entre os
rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio. Essa área fértil, atualmente parte do Iraque, Síria e
Turquia, possibilitou o desenvolvimento da agricultura e o florescimento de cidades-estado
como Ur, Uruk, Babilônia e Assur.

A religião era politeísta, com vários deuses e deusas associados a diferentes aspectos da
natureza e da vida cotidiana. Os templos eram centros religiosos e administrativos, onde os
sacerdotes realizavam rituais e oferendas aos deuses. A crença na vida após a morte
influenciou a construção de tumbas elaboradas e o sepultamento de objetos com os mortos.

A Mesopotâmia foi palco de diversas invenções que marcaram a história, como:


Escrita cuneiforme: Sistema de escrita com símbolos gravados em tábuas de argila.
Matemática: Sistema sexagesimal (base 60) fundamental para a astronomia e o tempo.
Astronomia: Observação e mapeamento dos astros, com influência na astrologia e
calendário.
Leis e código de conduta: Código de Hamurabi, um dos primeiros conjuntos de leis escritas.
Irrigação: Sistema de canais para levar água aos campos e aumentar a produção agrícola.
Roda e carroça: Facilitou o transporte de pessoas e cargas.

A Arquitetura Monumental estava presente nos zigurates, templos em forma de pirâmide


com terraços escalonados, eram o centro das cidades e representavam a ligação entre o céu e
a terra. Já os Palácios reais imponentes demonstravam o poder e a riqueza dos governantes.

• EGITO
A civilização do Egito Antigo floresceu entre 3100 a.C. e 30 a.C. ao longo do Rio Nilo, no
nordeste da África. Essa região fértil, atualmente parte do Egito, possibilitou o
desenvolvimento da agricultura e a concentração da população em cidades como Mênfis,
Tebas e Alexandria.

A religião era politeísta, com vários deuses e deusas associados a diferentes aspectos da
natureza e da vida cotidiana. Os templos eram centros religiosos e administrativos, onde os
sacerdotes realizavam rituais e oferendas aos deuses. A crença na vida após a morte
influenciou a prática da mumificação e a construção de tumbas elaboradas, como as
pirâmides.

O Egito Antigo foi palco de diversas invenções que marcaram a história, como:
Hieróglifos: Sistema de escrita com símbolos que representam sons e objetos.
Matemática: Sistema decimal fundamental para o comércio e a construção.
Medicina: Desenvolvimento de técnicas de cura e tratamento de doenças.
Calêndrio solar: Dividido em 365 dias, com 12 meses e 30 dias cada.
Técnicas de construção: Pedra, tijolos e engenharia para erguer monumentos imponentes.
Navegação: Construção de embarcações para o comércio e transporte fluvial.

Como o tipo de arquitetura presente nessa sociedade, podemos citar:

As pirâmides, tumbas dos faraós, são consideradas uma das Sete Maravilhas do Mundo
Antigo e representam o poder e a grandiosidade da civilização egípcia.
Os templos, como o de Karnak e Luxor, eram complexos religiosos com colunas, estátuas e
relevos que retratavam a mitologia egípcia.
As mastabas, tumbas retangulares de tijolos, eram utilizadas para sepultar membros da elite.

• PERSIA
A antiga civilização persa floresceu entre 550 a.C. e 330 a.C. em uma região que abrangia o
atual Irã, Iraque, Turquia, Afeganistão e partes do Paquistão e da Ásia Central. Essa área
montanhosa e planície fértil possibilitou o desenvolvimento da agricultura e pecuária, além
da criação de um império poderoso.

A religião oficial era o zoroastrismo, que pregava a dualidade entre o bem e o mal,
representados por Ahura Mazda e Angra Mainyu. O culto zoroastrista era simples e focado na
pureza, com rituais realizados em templos de fogo. A crença na vida após a morte
influenciava a prática de sepultamento em torres do silêncio.

A Pérsia Antiga foi palco de diversas invenções, como:


Sistema de correio: Rede de estradas e mensageiros para comunicação rápida e eficiente.
Moeda cunhada: Daricos, moedas de ouro e prata que facilitaram o comércio.
Jardins persas: Oásis paradisíacos com flores, árvores e fontes que influenciaram a
arquitetura paisagística.

Na arquitetura, os palácios imperiais, como Persépolis e Pasárgada, eram complexos


grandiosos com colunas, esculturas e relevos que retratavam o poder e a riqueza do império.
As tumbas reais, como os Naqsh-e Rostam, eram esculpidas em penhascos e representavam a
importância da vida após a morte. Os templos de fogo, como o de Takht-e Jamshid, eram
locais de culto zoroastrista com altares para o fogo sagrado.

• FENÍCIA
A civilização fenícia floresceu entre 1200 a.C. e 300 a.C. em uma estreita faixa costeira do
Mar Mediterrâneo, no atual Líbano, Síria e Israel. Essa região montanhosa e com portos
naturais favoreceu o desenvolvimento da navegação e do comércio marítimo, tornando os
fenícios conhecidos como os "marinheiros do mundo antigo".

Os fenícios eram politeístas, adorando diversos deuses e deusas associados a diferentes


aspectos da natureza e da vida cotidiana. Alguns dos deuses mais importantes eram:
Baal: Deus da fertilidade e da chuva, considerado o protetor da cidade de Tiro.
Astarte: Deusa do amor, da guerra e da fertilidade, cultuada em cidades como Sidon e
Biblos.
Melkart: Deus da cidade de Tiro, associado à navegação e ao comércio.

Os fenícios praticavam rituais de sacrifício, oferendas e adivinhação para agradar seus


deuses.

A civilização fenícia contribuiu para o desenvolvimento da:


Navegação: Aperfeiçoamento de técnicas de navegação e construção de navios, como o
birreme e o trirreme.
Alfabeto: Criação do primeiro alfabeto consonantal, base para os alfabetos grego, latino e
muitos outros.
Técnicas de produção: Vidro soprado, púrpura de Tiro, técnicas de metalurgia e cerâmica.
Ciências: Astronomia, matemática e medicina.

A arquitetura fenícia era caracterizada por:


Cidades-estado fortificadas: Muros altos protegiam as cidades contra invasores.
Templos: Construídos em pedra e com colunas, dedicados aos deuses fenícios.
Palácios reais: Residências luxuosas dos reis e nobres fenícios.
Casas: Construídas em pedra ou tijolos, com terraços e varandas.

• HEBREUS
A antiga sociedade hebraica floresceu entre 1200 a.C. e 70 d.C. em uma região montanhosa
no Oriente Médio, abrangendo a área da atual Palestina e Israel. Essa terra, considerada
sagrada pelos hebreus, era palco de constantes conflitos com outros povos da região.

Os hebreus eram monoteístas, acreditando em um único Deus, Yahweh. A religião hebraica


era baseada na Torá, os cinco primeiros livros da Bíblia, que continham leis, histórias e
ensinamentos religiosos. Os hebreus praticavam rituais de sacrifício, oferendas e orações para
se conectar com Deus. A crença em um Deus único e na justiça social influenciou a cultura e
a história hebraica.

A sociedade hebraica contribuiu para o desenvolvimento da:


Religião: Monoteísmo, base para o Judaísmo, Cristianismo e Islamismo.
Ética: Dez Mandamentos, princípios básicos da moral e da ética judaica.
Literatura: Bíblia Sagrada, texto religioso e cultural de grande importância.
Direito: Código de leis da Torá, base para o sistema jurídico ocidental.

A arquitetura hebraica era caracterizada por:


Templos: Construções grandiosas dedicadas ao culto religioso, como o Templo de
Jerusalém.
Sinagogas: Locais de reunião para oração, estudo e leitura da Torá.
Casas: Construções simples de pedra ou tijolos, com pátios e terraços.

• GRÉCIA
A civilização grega antiga floresceu entre 800 a.C. e 146 a.C. em uma região montanhosa e
peninsular no sul da Europa, abrangendo a atual Grécia, ilhas do Mar Egeu e partes da Ásia
Menor e da Itália. Essa região, com diversos portos naturais, favoreceu o desenvolvimento da
navegação e do comércio marítimo, impulsionando o contato com outras culturas e o
desenvolvimento da sociedade grega.

Os gregos eram politeístas, acreditando em vários deuses e deusas com diferentes poderes e
responsabilidades. O culto religioso era realizado em templos, com oferendas, sacrifícios e
festivais. Os Jogos Olímpicos eram um festival religioso em homenagem a Zeus, o deus
supremo. A mitologia grega, com histórias sobre os deuses e heróis, influenciou a cultura e a
arte grega.

A sociedade grega contribuiu para o desenvolvimento da:


Democracia: Sistema de governo em que o poder é do povo.
Filosofia: Reflexão crítica sobre o mundo e a natureza humana.
Ciências: Matemática, astronomia, física e medicina.
Literatura: Poesia, teatro e história.
Arte: Arquitetura, escultura, pintura e cerâmica.
Olimpíadas: Jogos esportivos internacionais que unem nações.

A arquitetura grega era caracterizada por:


Templos: Construções grandiosas e simétricas dedicadas aos deuses, como o Partenon em
Atenas.
Teatros: Locais de apresentação de peças de teatro, como o Teatro de Dionísio em Atenas.
Ágoras: Espaços públicos para reuniões, comércio e debates políticos.
Estádios: Locais para competições esportivas, como os Jogos Olímpicos.
Casas: Construções simples de pedra ou tijolos, com pátios e jardins.

• ROMA
A civilização romana antiga floresceu entre 753 a.C. e 476 d.C. na Península Itálica, no sul da
Europa. A cidade de Roma, às margens do Rio Tibre, foi o centro do Império Romano, que se
expandiu para dominar grande parte da Europa, norte da África e partes da Ásia.

Os romanos eram politeístas, acreditando em vários deuses e deusas com diferentes poderes e
responsabilidades. O culto religioso era realizado em templos, com oferendas, sacrifícios e
festivais. O imperador romano era considerado divino e cultuado como um deus. A religião
romana influenciou a cultura, a arte e a política da época.

A sociedade romana contribuiu para o desenvolvimento da:

Engenharia: Construção de pontes, aquedutos, estradas e outras obras grandiosas.


Direito: Sistema jurídico que influenciou o direito moderno.
Arquitetura: Edifícios imponentes como o Coliseu, o Panteão e o Fórum Romano.
Urbanismo: Cidades planejadas com infraestrutura urbana eficiente.
Língua: Latim, base para as línguas românicas como português, espanhol e italiano.
Exército: Força militar poderosa que expandiu o Império Romano.
A arquitetura romana era caracterizada por:

Templos: Construções grandiosas e imponentes dedicadas aos deuses, como o Templo de


Júpiter Capitolino.
Basílicas: Edifícios públicos utilizados para tribunais, reuniões e comércio.
Anfiteatros: Locais de espetáculos como lutas de gladiadores e jogos esportivos, como o
Coliseu.
Aquedutos: Estruturas grandiosas para transportar água para as cidades.
Pontes: Construções robustas para facilitar o transporte terrestre.

CRIAÇÕES ARQUITETÔNICAS

PARTERNON

Templo dedicado à deusa Ateneia, padroeira da cidade de Atenas. É um local para abrigar a
estátua de Ateneia Parthenos, feita de ouro e marfim. Símbolo do poder e da riqueza da
cidade de Atenas.

O Parthenon é considerado um dos edifícios mais importantes da história da arquitetura e um


símbolo da cultura grega antiga. Inspirou arquitetos ao longo dos séculos e continua a ser
uma referência para a arquitetura clássica. Com isso, tornou-se patrimônio Mundial da
UNESCO e um dos monumentos mais visitados da Grécia.

Foi construido em Acrópole de Atenas, Grécia, entre 447 a.C. a 438 a.C. O material
predominante é o mármore pentelico. Possui aproximadamente 70 metros de comprimento,
31 metros de largura e 14 metros de altura. Com seu estilo Dórico, é caracterizado pela
simplicidade, robustez e simetria.

Características de sua arquitetura:


Colunas: 46 colunas dóricas, 8 em cada lado frontal e 17 em cada lado lateral.
Frontões: Esculturas em alto-relevo representando o nascimento de Atenas e a luta entre
Ateneia e Poseidon.
Frisos: Esculturas em baixo-relevo representando a procissão das Panateneias, um festival
religioso em homenagem à deusa Ateneia.

ZIGURATES

Os zigurates foram estruturas religiosas proeminentes na Mesopotâmia antiga, erguidas por


sumérios, babilônios e assírios entre o 4º milênio a.C. e o século VII d.C. Esses templos em
forma de pirâmide com degraus eram centros de adoração e um símbolo do poder tanto dos
deuses quanto dos governantes terrenos.

Eram usados como locais de rituais, oferendas e orações. Acreditava-se que os zigurates
conectavam o plano terrestre ao celestial, servindo como uma ponte para os deuses.

Sua forma piramidal escalonada, com terraços recuados, era uma característica marcante. O
número de andares variava, geralmente entre três e sete, culminando em um santuário no
topo. Os zigurates eram construídos principalmente com tijolos de barro cozidos ao sol,
material abundante na região. Em alguns casos, uma camada externa de tijolos esmaltados
embelezava a estrutura, conferindo-lhe um brilho iridescente. O tamanho dos zigurates
impressionava. O Zigurate de Ur, por exemplo, chegava a 170 metros quadrados na base e 50
metros de altura, demonstrando o poder e a grandiosidade da civilização que o construiu.
BIBLIOGRAFIA

Mesopotâmia. Toda matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/mesopotamia/. Acesso em: 23/03/24.

Idade Antiga. Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/idade-antiga.htm. Acesso em: 23/03/24.

Egito. Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/egito-1.htm. Acesso em 23/03/24.

Persas. Toda matéria. Disponivel em: https://www.todamateria.com.br/persas/. Acesso


em 23/03/24.

Civilização fenícia. História do mundo. Disponível em:


https://www.historiadomundo.com.br/fenicia/civilizacao-fenicia.htm. Acesso em:
23/03/2024

Hebreus. História do mundo. Disponível em:


https://www.historiadomundo.com.br/hebreus. Acesso em: 23/03/2024.

Grécia. Mundo educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/grecia-1.htm. Acesso em: 23/03/24.

A história da Roma Antiga. Toda matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/roma-antiga/. Acesso em: 23/03/24.

Partenon. Artout. Disponível em: https://artout.com.br/partenon/. Acesso em 23/04/24.

Perto dos deuses. Aventuras na história. Disponível em:


https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/perto-dos-deuses-conheca-os-
impressionantes-zigurates-da-babilonia.phtml. Acesso em: 23/03/24.

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